1 - on camera - parte 2 -...

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PARTE 2

DECUPAGEM TÉCNICA

Decupagem ou Análise Técnica: Com o roteiro pronto, começa o processo de levantamento de necessidades cena a cena. Este processo é conhecido como

decupagem. É aqui que se decide, baseado no custo e na opção estética, qual será o

meio usado para o projeto.

Filme: ANA MARIA Cena 1 Local: Locação praia com Chapéus de sol Atores: 2 - Ana Maria e Seu Pedro Figurino: Vestido de algodão, uniforme de sorveteiro Figuração: Pessoas na praia Objetos de cena: Carrinho de sorvete. Material de praia para figuração Equipamento: Câmera com Zoom, equipamento de captação de som Equipe: Diretor, ass. de direção, continuista, diretor de fotografia, operador de câmera, técnico de som direto, equipe de produção, figurinista, cenógrafo, maquinista. Obs.: Não esquecer da alimentação da equipe e atores/ figuração.

DECUPAGEM TÉCNICA

CLAQUETE

Uma pequena lousa onde está marcado o número da cena, do plano e do take além do

nome do vídeo e um espaço para observações. Ela deve ser preenchida e filmada por cerca de

10 segundos antes de cada take. Se o som estiver sendo captado por um gravador externo

(não pela câmera) Ela deve ser ditada e ter capacidade de produzir um ruído seco que

corresponda a um movimento rápido e preciso na imagem (normalmente uma haste de

madeira presa à claquete é usada para isto). Este som e movimento vão permitir

que o vídeo e o audio sejam rapidamente sincronizados na edição.

FICHA DE FILMAGEM

Durante a filmagem, alguém da equipe, geralmente o assistente de direção, vai

preenchendo uma ficha de filmagem, onde se anota de forma rápida o que aconteceu em cada take e quais foram os melhores

(Contrarregra).

Vídeo: ANA MARIA [...] CENA 1 (Praia Manhã) Plano 2 - Close Seu Pedro TAKE: 01 Seu Pedro errou o texto 02 Seu Pedro ainda tenso 03 não valeu (passou carro buzinando) 04 Ruim de interpretação 05 mais ou menos 06 melhorzinha 07 acabou a fita no meio do take 08 A BOA [...]

FICHA DE FILMAGEM

LOCAÇÕES

Sair para as locações com a equipe garante a oportunidade de realizar um bom programa, além, de garantir uma interação entre o grupo, que resultam em um trabalho satisfatório e de qualidade no futuro.

O bom produtor, deve explicar sobre a produção e o roteiro ao câmera. Deve-se iniciar a produção filmando primeiro as cenas importantes da história e fazendo as externas primeiro caso ocorra uma mudança climática, não seremos pegos de surpresa.

Deve-se montar as sequências de cenas na cabeça, terminando todas as tomadas em um cenário antes de mudar para outra locação. Fazer mais tomadas e planejá-las, para que possa haver opção de escolha na hora da edição. Não se deve esquecer de fazer a lição de casa, lembrar que cada tomada é importante, filmar a vista geral, fazer uma tomada desc r i t i va nas entrevistas, evitar pulos na imagem que possuem efei tos desagradáveis ao espectador, utilizar cortes intermediários para suavizar os cortes bruscos.

O corte brusco na maioria das vezes é evidente, quando se corta uma cena no meio ou compactando o tempo, não devemos subestimar quem assiste à nossa produção, o telespectador vive o que assiste, um descuido tira a realidade e a veracidade do assunto tratado. (Microfones em cenas). Fazer tomadas neutras, utilizar os inserts tornando a ação mais lenta, não confiar em imagens de arquivo e filmar o que for possível, são alguns dos cuidados a serem tomados.

Para um som melhor deve-se dizer ao técnico de som o que se esta querendo, fazer as tomadas com som direto e sincronizado, usar uma claquete, eliminar os ruídos da locação, se eles persistirem mudar a locação ou fazer com que eles apareçam.

A iluminação deve ser utilizada para dirigir a atenção do espectador para o sujeito principal, evitando sombras duplas no nariz do mesmo, iluminando assim o cenário por igual, deslocando o objeto de filmagem mais a frente, verificar a iluminação com os olhos semicerrados para ver onde está mais iluminado e tomando cuidado com as cenas de alto contraste.

Filmar demais não é a solução de uma boa produção, o segredo está em planejar cada tomada e sequência. Dar um tempo ao iniciar a gravação de uma cena, e ao terminá-la, garante boas tomadas sem cortes bruscos na atuação. Use o monitor para não haver susto com o que foi filmado, ele é o olho “fiel” do que está sendo registrado. Use o tripé ou tripé sobre roda, pois o estilo pula-pula é extremamente desnecessário e antiprofissional (Salvo exceções!!!).

EDIÇÃO

Na edição selecionamos as melhores tomadas de cena, a fim de realizar nossa matéria / filme / vídeo. A chave da edição é descobrir o ponto preciso onde a tomada de cena começa a ficar interessante e o ponto preciso onde ela deixa de ser interessante. Devemos nos perguntar qual das partes funciona melhor. Nas tomadas com movimento, o tempo de vida natural pode ser considerado maior e ele também é afetado pelos planos seguintes.

Na edição também temos que encontrar um modo de reunir as imagens a fim de montar a reportagem / filme / vídeo. Fazer uma lista contendo o número do rolo, da cena e do take e uma descrição sucinta do conteúdo (decupagem), tal trabalho é feito pelo con t ra - reg ra , mas nunca faz ma l acompanhar “um filho” de perto.

Depois de terminada a filmagem, usando a ficha de filmagem como guia, são

escolhidos os takes que serão utilizados na edição. E nada mais é que uma lista

dos takes utilizáveis, escritas no formato cena/plano/take:

[…] , 1/2/6, 1/2/8, [...]

DECUPAGEM DO MATERIAL

EDIÇÃO

Tome cuidado com os problemas na imagem que poderão causar problemas na edição. Para que isso não aconteça deve-se ver as imagens antes de ter acabado todas os dias de filmagem. (Isso evita ter que armar o set novamente para refilmar alguma cena) Indique a ordem de montagem. O diretor deve estar presente na sala de montagem e depois assistir a primeira versão do filme para ver se ele é realmente bom .

Verifique a duração do filme, se os cortes nas cenas ficaram suaves, se eles estão passando naturalmente, cortar as pontas paradas dos movimentos de câmera e dos movimentos tremidos, não alimente esperanças em relação as tomadas pois elas podem ficar boas ou não, use fusões entre seqüências mas só quando houver uma razão especial, sobreponha o som as imagens apenas depois da edição, guarde seus pedaços de cena, grave a locução como trilha gravada. Obtenha aprovação do filme e do texto para locução, e terminada a edição considere-a como final para não dar margem a pensar duas vezes e refazer todo o trabalho.

O tempo de edição, em vídeo, é limitado, portanto aproveite ao máximo o tempo na ilha de edição duplicando todo o material em um videocassete de trabalho, onde você marcará os cortes, usando de preferência o Time code, isso economiza seu tempo na ilha de edição, tal processo tem o nome de “decupagem”. Chegue á ilha de edição com a lista das cenas e cortes pretendidos totalmente roteirizados.

EDIÇÃO - HOJE

Digitalização: passagem do material escolhido para o computador onde será feita a edição. Hoje em dia os equipamentos de edição (dos mais baratos aos mais sofisticados) são baseados em computador e utilizam de um método chamado "Edição não linear" onde após a digitalização se tem um grande controle sobre o material. O método mais antigo, edição linear (O que foi citado anteriormente), embora não perca tempo digitalizando o material, é muito menos flexível e mais demorado.

Edição e Finalização: é o processo onde o vídeo ganha sua forma final, com todas as transições, letreiros, sons e efeitos.

REDAÇÃO

Ao diagramar o roteiro, anote onde a locução deve ser sincronizada perfeitamente, coloque a cronometragem entre colchetes. Deixe o texto claro, curto e simples, não deixe os parágrafos terminarem na página seguinte, use clipes no lugar de grampos para prender as folhas, escreva os numerais em palavras, remova os cacófatos, e cheque o texto em conjunto com a imagem, antes de gravá-lo.

LOCUÇÃO

Um ensaio antes de gravar é ideal para que o locutor “pegue” o espírito que o vídeo deve ter, você deve acompanhá-lo na leitura e corrigir a acentuação das frases e palavras, deixando a locução como imaginada durante o processo de edição.