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Pré-Impressão Fotografia - 1 Princípios Básicos

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Pré-Impressão

Fotografia - 1Princípios Básicos

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Fotografia 1 - Princípios Básicos

SENAI-SP, 2003

Trabalho desenvolvido na Escola SENAI Theobaldo De Nigris.

Sob orientação da Divisão de Recursos Didáticos da Diretoria de Educação do Departamento Regional

do SENAI-SP.

3ª edição, 2000

Trabalho elaborado por: Heloísa Cobra Silva

José Eduardo Marelim Viana

Mário Pacheco

Editoração Eletrônica: Regilene Ribeiro Danesi Ron

Sandra Akemi Hirata Fujita

Colaboração: Rana Kimie Castanon

SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Departamento Regional de São Paulo

Escola SENAI Theobaldo De Nigris

Rua Bresser, 2315 – Mooca Cep 03162-030 – São Paulo - SP

Telefone (0XX11) 6097-6333

Telefax (0XX11) 6097-6305

SENAI on-line 0800-55-1000

E-mail [email protected]

Home page http://www.sp.senai.br

Page 3: 03 Fotografia I

Introdução 05

Antecedentes históricos 06

Classificação dos diversos tipos de câmeras 09

Objetivas 13

Filme preto e branco 18

Bibliografia 20

Sumário

Pré-Impressão – Fotografia 1 - Princípios Básicos

Escola SENAI Theobaldo De Nigris

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Pré-Impressão – Fotografia 1 - Princípios Básicos

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Pré-Impressão – Fotografia 1 - Princípios Básicos

Com o desenvolvimento da sociedade de consumo, a publicidade tomou-se uma

indústria que abriu campo a inúmeras outras áreas profissionais.

Dentre elas a fotografia que desde os velhos “reclames” datados por volta de 1914

publicados como anúncios, tentava propagar o desenvolvimento de uma indústria que

não tardaria a se desenvolver no Brasil.

O grande “boom” fotográfico é recentíssimo. Data dos últimos 10 anos o expressar

através da imagem fotográfica. Real necessidade foi a substituição das velhas

ilustrações por imagens reais.

As ilustrações na propaganda eram representadas pelos desenhos e pseudo-pinturas.

Não se cogitando no passado da utilização da fotografia esta, entretanto, representou

uma nova concepção no tratamento e obtenção de novas características formais

exercendo, por sua vez, grande influência sobre o design. Também, ofereceu a

possibilidade de utilizar um elemento novo como linguagem muito mais versátil e

dinâmica: onde o artista cria realidades novas dentro de padrões técnicos que

transcrevem e se desenvolvem numa imagem precisa.

Por sua vez, a fotografia de publicidade traduz-se pela interpretação criativa de

diretores de arte através de um leiaute que, entregue ao fotógrafo, deverá ser cumprido

à risca.

Obviamente fica aqui o bom senso. A criatividade se desenvolve paralela à formação

ou concepção do trabalho, cabendo a ambos os profissionais se posicionarem na

busca de um resultado final.

Introdução

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Pré-Impressão – Fotografia 1 - Princípios Básicos

O princípio básico da fotografia consiste de uma câmera escura com um orifício em

uma de suas paredes, em que deveria passar a luz (imagem), invertendo-se na parede

oposta da câmera. Isto se deve à propriedade da luz caminhar em linha reta.

Antecedentes históricos

O estudo histórico da fotografia se desenvolve em vários ângulos segundo as

possibilidades da câmera escura, as propriedades de sensibilização de materiais etc.

O princípio da câmera escura foi descoberto no século XI pelo astrônomo árabe AI

Hazan, que a utilizava para estudar os eclipses solares. No início do século XVI

Leonardo Da Vinci construiu uma câmera escura segundo o princípio de Aristóteles:

uma caixa com um orifício minúsculo de um lado e um pergaminho no outro. Esta

câmera rudimentar servia para ele observar as relações exatas entre os objetos da

natureza e estudar as relações da anatomia humana.

Durante mais de 150 anos os artistas utilizaram o princípio da câmera escura apenas

como recurso para obtenção da reprodução de imagens desenhadas.

Em 1757, I.B. Beceari descobre o efeito provocado pela ação da luz numa placa

sensível (cloreto de prata). Este efeito passa a ser um elemento decisivo para a

elaboração da fotografia.

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Pré-Impressão – Fotografia 1 - Princípios Básicos

Em 1799, Chaussier descobre a ação do hipossulfito de sódio nos sais de prata.

Em 1802, 1. Wedgwood, em uma palestra apresentada no Royal lnstitute de Londres,

define a fotografia “como um meio para fixar imagens com a ajuda de uma câmera

escura, mediante uma substância sensível à ação da luz”. A invenção efetiva da

fotografia se deve a Joseph Nicephore Niépce (1735 - 1833) que em 1822 obtêm

imagens permanentes utilizando uma substância asfáltica comumente chamada

betume da judéia, substância esta utilizada na litografia. O tempo de exposição

empregado por Niépce era de seis a oito horas em pleno sol.

Em 1839, Louis Daguerre reduz esse tempo para três a quatro minutos. Juntamente

com Niepee aperfeiçoa o processo que haviam inventado: a gravação de uma fotografia

com a chapa revestida de prata e sensibilizada com iodeto de prata, dando origem ao

daguerreátipo. Após exposta, era banhado em mercúrio quente.

Em 1841, aparecem as objetivas de duas lentes, Chevalier, e as de quatro lentes,

Voigtlãnder; com isto já não era necessário expor ao sol os objetos que deveriam

fotografar. O tempo de exposição, que no princípio era de alguns minutos, se reduz a

cinco segundos. Neste mesmo ano William Henry Fox Talbot, rico cavaleiro inglês,

descobre a película negativa. Em 1847, o tempo necessário de exposição foi reduzido

para três segundos.

Em 1871, R.L. Maddox introduz o uso da gelatina de brometo de prata, reduzindo o

tempo de exposição para um centésimo de segundo.

Em 1877, o americano George Eastman usou como base para o negativo a película de

celulóide, inventada pelos irmãos Hyatt em 1864.

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Pré-Impressão – Fotografia 1 - Princípios Básicos

Em 1884, a empresa Eastman lança no mercado a película sensível em rolos

(Stripping film): rolos de celulóide flexíveis com uma emulsão fotossensível própria para

fotografia. Desta maneira temos os elementos fundamentais para a obtenção da

fotografia: câmera escura, objetiva, e película sensível.

Em 1888, George Eastman lança no mercado a “KODAK”, uma pequena máquina

fotográfica que dispensava grandes conhecimentos fotográficos. O único trabalho do

usuário era expor as chapas pois a Eastman se encarregava do processamento do

filme, confecção das cópias e reposição de um novo filme na câmera, popularizando e

barateando a fotografia.

Neste mesmo ano, S. P. Mackellen tira a patente da primeira máquina reflex, na qual o

espelho se desloca automaticamente antes da exposição.

Depois destes eventos, a fotografia sofreu apenas inovações e aperfeiçoamentos e não

novas invenções.

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Pré-Impressão – Fotografia 1 - Princípios Básicos

Câmeras de Fole de grande formato

Conhecidas como câmera de estúdio, devido à sua configuração, a luz entra

diretamente pelas lentes e a imagem aparece invertida no visor (vidro despolido). Estas

máquinas têm uma enorme vantagem em relação as outras câmeras devido à

flexibilidade na manipulação da imagem. Tanto o plano frontal da câmera quanto o

posterior são ajustáveis em relação aos lados dobráveis de modo que podem girar,

inclinar, subir e descer. O uso correto desses ajustes pode corrigir linhas divergentes

ou alterar planos de definição de maneira a possibilitar o controle final da imagem. Usa

filmes planos de formatos maiores (8"x10”, 5"x7", 4"x5"), que possibilitam uma melhor

reprodução dos originais. Ex: Linhof, Sinar, Combo etc..

Dentre os diversos tipos de câmera existentes no mercado, algumas são mais

simples, outras mais sofisticadas, mas todas precisam dos mesmos dispositivos para

a obtenção de uma fotografia.

Mas é através do visor, onde se configura a imagem a ser fotografada, que se

determinam os três sistemas de classificação de câmeras.

Classificação dos diversostipos de câmeras

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Pré-Impressão – Fotografia 1 - Princípios Básicos

Câmeras de formato médio

A segunda categoria dos tipos de câmeras é o grupo que utiliza filmes em rolo do

tamanho 120 (6x9 cm, 6x7 cm, 6x6 cm, 6x4,5 cm). Sua portabilidade maior e

simplicidade na manipulação faz com que a câmera 120 seja a ideal para as situações

em que um pico de ação precisa ser capturado ou quando a expressão do modelo é

importante. Esta câmera, que é usada na mão e de fácil focalização, produz

rapidamente muitas exposições sem muito esforços, auxiliando, desta forma, a

criatividade do fotógrafo em cada exposição. Liberando-o do ponto de vista único

imposto pelo tripé.

Câmera de formato pequeno

Esse grupo abrange as câmeras mais ágeis utilizadas no mercado. Têm formato

pequeno, são leves e de manuseio simples. Existem muitas variedades de câmeras

35mm: reflex de objetiva única, que registra no filme exatamente o que o olho vê. Tem

objetivas intercambiáveis que podem ser trocadas de acordo com a necessidade

técnica ou de linguagem. Podem ter um motor acoplado, o que possibilita que sejam

feitas múltiplas exposições. Foram desenhadas para a ação, para maior intimidade

com o assunto, para registrarem qualquer estímulo visual e por essas razões é que

são, sem dúvida, as câmeras mais populares. Ex.: Pentax, Canon EOS, Nikon F4 etc.

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Pré-Impressão – Fotografia 1 - Princípios Básicos

Câmera visor direto com zoom Câmera visor direto

Câmeras digitais

As câmeras digitais são fisicamente muito semelhantes às Reflex 35 mm. A diferença

básica é que não usam filme. A imagem é convertida, por meio de sensores (CCD),

em impulsos elétricos que são guardados numa memória eletrônica (disquetes ou

cartões de memória).

A imagem é formada por “pixels”, unidade que identifica o menor ponto da imagem.

Usado como medida para resolução, determina também o preço das câmeras e a

qualidade final da imagem. Trabalham com softwares especiais que permitem

modificar e tratar as imagens. Impressoras digitais dão saída da imagem digital em

Na câmera de visor direto ou de visor telemétrico a imagem vai diretamente do objeto

ao olho do fotógrafo, sem passar através das lentes que as levam ao filme. Nesta caso,

deve-se tomar cuidado com a diferença existente entre a imagem registrada no visor e

a real imagem que será registrada no filme. Está diferença é conhecida como

fenômeno de paralaxe e ocorre devido à distância entre a objetiva e o visor. O que se vê

não é o que se fotografa. Geralmente as objetivas são fixas, mas alguns modelos

sofisticados possuem objetivas intercambiáveis. Ex.: Pentax, Yashica MG, Canon Sure

Shot etc.

Câmeras Reflex

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papel colorido, utilizando tecnologia jato de tinta, laser ou térmica. Mini-labs híbridos

produzem ampliações fotográficas a partir de arquivos digitais.

Câmeras digitais de 10 Mb são consideradas profissionais, mas a evolução técnica é

muito rápida e logo ficam ultrapassadas.

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Pré-Impressão – Fotografia 1 - Princípios Básicos

A diferença entre os elementos está na sua forma: os positivos são mais largos no

centro que na periferia, fazendo os raios divergirem entre si.

Nas objetivas, quanto maior o número de lentes corretivas, melhor a imagem captada

pela câmera.

Nas objetivas, a função básica das lentes é ordenar os raios de luz refletidos do objeto

a ser fotografado a um ponto comum.

As lentes, por sua vez, são semelhantes a um prisma, mas diferenciadas pela sua

superfície curva (côncava ou convexa).

Para a formação de uma imagem perfeita, precisamos de um conjunto de lentes que

corrijam as aberrações das lentes simples.

Nas objetivas modernas, usam-se lentes positivas e negativas ou elementos

convergentes e divergentes.

Objetivas

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Pré-Impressão – Fotografia 1 - Princípios Básicos

Distância focal

Entende-se por distância focal o intervalo entre o plano para onde convergem os raios

paralelos, conhecidos como plano focal e o centro óptico da lente (ponto nodal). Como

o plano focal coincide com a superfíce do filme, diz-se que a distância focal é o

intervalo entre o centro da lente, em que a imagem se inverte até o filme.

A distância focal de uma objetiva normal (aquela que reproduz a imagem vista pelo olho

humano e que pode variar de máquina para máquina) é coincidente com a diagonal do

fotograma.

Assim sendo, em uma máquina de 35mm cujo fotograma é de 24x36mm, calculamos

a diagonal desse retângulo para saber a distância focal da objetiva normal (cerca de

50mm). Desta forma, concluímos que quando utilizamos uma teleobjetiva de 200mm

ela aproxima o assunto 4 vezes mais que a de 50mm.

Além da objetiva normal e teleobjetiva encontramos as grandeangulares conhecidas

como olho de peixe, possuindo uma grande profundidade de campo. Permite que tanto

o primeiro plano quanto o fundo sejam focados. As macro objetivas permitem uma

aproximação maior do objeto fotografado sem perda de localização.

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Obturador

O obturador controla o tempo da passagem da luz que incide no filme. Neste caso,

podemos constatar que diafragma e obturador corresponde à exposição.

Existem dois tipos de obturadores: Obturador de íris (interlente), composto de lâmina

metálicas de alta precisão, dispostas em forma circular. Entre os elementos da

objetiva, sua velocidade pode variar de 1 seg. a 1/500 seg.

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Pré-Impressão – Fotografia 1 - Princípios Básicos

Obturadores de cortina (plano focal) são constituídos de duas cortinas, situadas

próxima ao filme. A exposição é feita pelo deslocamento de uma cortina que corre

paralela ao filme. Este tipo de obturador permite trocar a objetiva em qualquer

ambiente. Estes obturadores possuem velocidades de exposição que vão de 1 a 1/

8000 seg. dependendo do tipo de câmera.

Possuem uma velocidade “B” que permite exposições maiores que 1 seg.

Diafragma

O diafragma é o mecanismo que controla o diâmetro do orifício por onde passa luz, é

conhecido como número “f’ ou ponto.

É constituído de lâminas dispostas em forma circular. Na verdade, o diaframa faz a

função da íris no olho humano que se abre e fecha controlando a luminosidade da

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imagem que chega à retina.

A marcação das aberturas está assinalada em um anel em torno da objetiva. Esses

números seguem um padrão: 1.2, 1.4, 2, 2.8, 3.5, 4, 5.6, 8, 11, 16, 22, 32, 45, 64, 90; podem

variar, dependendo do tipo de câmera. Normalmente, quanto menor o número “f”, maior a

abertura do diafragma, pois o número é uma fração (ex.: 1:1.4, 1:16 etc).

Cada número “f” determina a luminosidade da imagem. Assim, a passagem de um

diafragma para outro indica que a luminosidade foi reduzida pela metade ou aumentada

o dobro.

Nas objetivas atuais, o diafragma permanece aberto até o momento do disparo. Isto

facilita a localização e o preparo da máquina. Na parte frontal das objetivas

encontramos um número “f” que corresponde à luminosidade da objetiva. Neste caso,

quanto menor o número, maior a luminosidade da objetiva.

O obturador deve trabalhar diretamente relacionado com o diafragma, dependendo da

imagem a ser fotografada ou do resultado a ser obtido como, por exemplo, se

utilizarmos 1/250 seg. com diafragma “f”’: 8, resultará uma mesma exposição se

usarmos 1/500 com diafragma “f” 5.6, escala de obturador: B, 1, 2, 4, 8, 15, 30, 60, 125,

250, 500, 1000, 2000, 4000, 8000.

Profundidade de campo

Uma imagem possui várias planos, partindo da imagem focalizada com o plano médio.

Os planos que se encontram na frente e atrás com razoável nitidez são denominados

profundidade de campo. Para controlar a profundidade de campo, é necessário

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Pré-Impressão – Fotografia 1 - Princípios Básicos

conhecer as aberturas do diafragma com relação ao que se vai fotografar (distância,

quantidade de luz, se tem movimento ou não etc).

Comumente, quando a abertura de diafragma é grande, a profundidade de campo é

menor, caso contrário, quando a abertura é pequena, maior é a profundidade de

campo.

Nesse caso, maior será a área focalizada da imagem.

Muitas vezes, é necessário encontrar uma abertura média, em relação a uma

velocidade de abertura de obturador correta para uma perfeita exposição.

As escalas de profundidade de campo podem ter seu local de marcação, dependendo

do tipo de câmera ou sistema. No sistema reflex monobjetiva, encontra-se em um anel

da objetiva paralelo a outro disco que determina a profundidade de campo.

Nas máquinas reflex de objetivas gêmeas (bireflex), ela se encontra próxima ao botão

de focalização. Apesar de podermos encontrar outras variações, o funcionamento é

basicamente igual em todas as máquinas.

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Pré-Impressão – Fotografia 1 - Princípios Básicos

Obviamente a luz é o elemento mais importante no processo fotográfico. A luz constitui

uma pequena faixa do espectro eletromagnético que atravessa o espaço numa

pequena faixa desse espectro, compreendida entre 400 e 700 nanômetro. Esta faixa

somada aos raios infra-vermelho e ultra-violeta constituem o espectro visível,

conforme segue:

400 a 480 nanômetro - azul

480 a 500 nanômetro - cyan

500 a 550 nanômetro - verde

550 a 600 nanômetro - amarelo

600 a 700 nanômetro - vermelho

Os fabricantes de filmes, desenvolveram filmes sensíveis a essa faixa do espectro para

que fosse possível reproduzir exatamente o que vemos, apesar da existência de outros

tipos de filmes, alguns de efeitos especiais, ou para um trabalho médico e científico.

O material fotosensível compõe-se de duas camadas básicas: emulsão - haletos de

prata suspensos em gelatina sensível à luz e suporte - base transparente normalmente

feita de acetato, podendo ser em alguns casos, fabricados em poliéster.

Quando a luz atinge o filme, modifica a estrutura básica dos haletos. Quanto maior a

quantidade de luz a atingir o filme, maior é a mudança de sua estrutura molecular.

Na etapa da exposição do filme há a formação da imagem latente, não perceptível ao

olho humano.

A revelação do filme vai acelerar esse processo tomando-o visível ao olho. Na

revelação, ocorre a transformação dos haletos de prata a prata metálica pura, que

aparece ao olho na cor preta.

Filme branco e preto

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Pré-Impressão – Fotografia 1 - Princípios Básicos

Ortocromático

Este filme atinge uma pequena gama do especto visível, não sendo sensível ao laranja e

o vermelho. Desta forma, os objetos dessas cores aparecem pretos no filme e é possível

sua manipulação em laboratório com luz de segurança vermelha ou laranja.

Pancromáticos

Conhecidos como filmes “padrão” por um comportamento de sensibilidade ideal, esses

filmes “enxergam” todas as cores, traduzindo-as em tonalidades grises proporcionais à

sensibilidade individual de cada cor.

Esta é a diferença fundamental desse filme em relação ao olho humano o qual,

normalmente, vê as cores reais do original.

Sensível ao azul

Utilizado em alguns campos da fotografia, é conhecido como espectograma em cunha,

extremamente sensível ao azul.

Infra-vermelho

Os filmes infra-vermelho reagem unicamente na faixa ultra- violeta, verde azulado e

infra-vermelho.

A faixa infra-vermelho é captada através da forma de calor. Foi originalmente projetada

para fins científicos e militares, mas ganhou popularidade graças ao resultado final na

alteração da imagem. O único problema na sua utilização é quanto à câmera, que deve

ser totalmente vedada aos raios infra-vermelhos.

Após a revelação, dá-se origem a uma imagem negativa devido ao comportamento da

luz. As zonas escuras da imagem devem ser fixadas através de um agente químico,

“fixador’, eliminando todos haletos não revelados. O fixador torna-os solúveis em água

e sua remoção é feita por meio de um banho em água.

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Pré-Impressão – Fotografia 1 - Princípios Básicos

BUSSELLE, Michael. Tudo sobre fotografia.

HEDGECOE, John. Manual de técnica fotográfica.

LANGFORD, Michael J. Fotografia básica. 31.ed. São Paulo, Martins Fontes.

NILS, Tore Olof Foimer - Johnson. Elernentos de éptica.

Bibliografia