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Pré-Impressão
Fotografia - 1Princípios Básicos
Fotografia 1 - Princípios Básicos
SENAI-SP, 2003
Trabalho desenvolvido na Escola SENAI Theobaldo De Nigris.
Sob orientação da Divisão de Recursos Didáticos da Diretoria de Educação do Departamento Regional
do SENAI-SP.
3ª edição, 2000
Trabalho elaborado por: Heloísa Cobra Silva
José Eduardo Marelim Viana
Mário Pacheco
Editoração Eletrônica: Regilene Ribeiro Danesi Ron
Sandra Akemi Hirata Fujita
Colaboração: Rana Kimie Castanon
SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Departamento Regional de São Paulo
Escola SENAI Theobaldo De Nigris
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Introdução 05
Antecedentes históricos 06
Classificação dos diversos tipos de câmeras 09
Objetivas 13
Filme preto e branco 18
Bibliografia 20
Sumário
Pré-Impressão – Fotografia 1 - Princípios Básicos
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Pré-Impressão – Fotografia 1 - Princípios Básicos
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Pré-Impressão – Fotografia 1 - Princípios Básicos
Com o desenvolvimento da sociedade de consumo, a publicidade tomou-se uma
indústria que abriu campo a inúmeras outras áreas profissionais.
Dentre elas a fotografia que desde os velhos “reclames” datados por volta de 1914
publicados como anúncios, tentava propagar o desenvolvimento de uma indústria que
não tardaria a se desenvolver no Brasil.
O grande “boom” fotográfico é recentíssimo. Data dos últimos 10 anos o expressar
através da imagem fotográfica. Real necessidade foi a substituição das velhas
ilustrações por imagens reais.
As ilustrações na propaganda eram representadas pelos desenhos e pseudo-pinturas.
Não se cogitando no passado da utilização da fotografia esta, entretanto, representou
uma nova concepção no tratamento e obtenção de novas características formais
exercendo, por sua vez, grande influência sobre o design. Também, ofereceu a
possibilidade de utilizar um elemento novo como linguagem muito mais versátil e
dinâmica: onde o artista cria realidades novas dentro de padrões técnicos que
transcrevem e se desenvolvem numa imagem precisa.
Por sua vez, a fotografia de publicidade traduz-se pela interpretação criativa de
diretores de arte através de um leiaute que, entregue ao fotógrafo, deverá ser cumprido
à risca.
Obviamente fica aqui o bom senso. A criatividade se desenvolve paralela à formação
ou concepção do trabalho, cabendo a ambos os profissionais se posicionarem na
busca de um resultado final.
Introdução
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O princípio básico da fotografia consiste de uma câmera escura com um orifício em
uma de suas paredes, em que deveria passar a luz (imagem), invertendo-se na parede
oposta da câmera. Isto se deve à propriedade da luz caminhar em linha reta.
Antecedentes históricos
O estudo histórico da fotografia se desenvolve em vários ângulos segundo as
possibilidades da câmera escura, as propriedades de sensibilização de materiais etc.
O princípio da câmera escura foi descoberto no século XI pelo astrônomo árabe AI
Hazan, que a utilizava para estudar os eclipses solares. No início do século XVI
Leonardo Da Vinci construiu uma câmera escura segundo o princípio de Aristóteles:
uma caixa com um orifício minúsculo de um lado e um pergaminho no outro. Esta
câmera rudimentar servia para ele observar as relações exatas entre os objetos da
natureza e estudar as relações da anatomia humana.
Durante mais de 150 anos os artistas utilizaram o princípio da câmera escura apenas
como recurso para obtenção da reprodução de imagens desenhadas.
Em 1757, I.B. Beceari descobre o efeito provocado pela ação da luz numa placa
sensível (cloreto de prata). Este efeito passa a ser um elemento decisivo para a
elaboração da fotografia.
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Em 1799, Chaussier descobre a ação do hipossulfito de sódio nos sais de prata.
Em 1802, 1. Wedgwood, em uma palestra apresentada no Royal lnstitute de Londres,
define a fotografia “como um meio para fixar imagens com a ajuda de uma câmera
escura, mediante uma substância sensível à ação da luz”. A invenção efetiva da
fotografia se deve a Joseph Nicephore Niépce (1735 - 1833) que em 1822 obtêm
imagens permanentes utilizando uma substância asfáltica comumente chamada
betume da judéia, substância esta utilizada na litografia. O tempo de exposição
empregado por Niépce era de seis a oito horas em pleno sol.
Em 1839, Louis Daguerre reduz esse tempo para três a quatro minutos. Juntamente
com Niepee aperfeiçoa o processo que haviam inventado: a gravação de uma fotografia
com a chapa revestida de prata e sensibilizada com iodeto de prata, dando origem ao
daguerreátipo. Após exposta, era banhado em mercúrio quente.
Em 1841, aparecem as objetivas de duas lentes, Chevalier, e as de quatro lentes,
Voigtlãnder; com isto já não era necessário expor ao sol os objetos que deveriam
fotografar. O tempo de exposição, que no princípio era de alguns minutos, se reduz a
cinco segundos. Neste mesmo ano William Henry Fox Talbot, rico cavaleiro inglês,
descobre a película negativa. Em 1847, o tempo necessário de exposição foi reduzido
para três segundos.
Em 1871, R.L. Maddox introduz o uso da gelatina de brometo de prata, reduzindo o
tempo de exposição para um centésimo de segundo.
Em 1877, o americano George Eastman usou como base para o negativo a película de
celulóide, inventada pelos irmãos Hyatt em 1864.
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Em 1884, a empresa Eastman lança no mercado a película sensível em rolos
(Stripping film): rolos de celulóide flexíveis com uma emulsão fotossensível própria para
fotografia. Desta maneira temos os elementos fundamentais para a obtenção da
fotografia: câmera escura, objetiva, e película sensível.
Em 1888, George Eastman lança no mercado a “KODAK”, uma pequena máquina
fotográfica que dispensava grandes conhecimentos fotográficos. O único trabalho do
usuário era expor as chapas pois a Eastman se encarregava do processamento do
filme, confecção das cópias e reposição de um novo filme na câmera, popularizando e
barateando a fotografia.
Neste mesmo ano, S. P. Mackellen tira a patente da primeira máquina reflex, na qual o
espelho se desloca automaticamente antes da exposição.
Depois destes eventos, a fotografia sofreu apenas inovações e aperfeiçoamentos e não
novas invenções.
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Câmeras de Fole de grande formato
Conhecidas como câmera de estúdio, devido à sua configuração, a luz entra
diretamente pelas lentes e a imagem aparece invertida no visor (vidro despolido). Estas
máquinas têm uma enorme vantagem em relação as outras câmeras devido à
flexibilidade na manipulação da imagem. Tanto o plano frontal da câmera quanto o
posterior são ajustáveis em relação aos lados dobráveis de modo que podem girar,
inclinar, subir e descer. O uso correto desses ajustes pode corrigir linhas divergentes
ou alterar planos de definição de maneira a possibilitar o controle final da imagem. Usa
filmes planos de formatos maiores (8"x10”, 5"x7", 4"x5"), que possibilitam uma melhor
reprodução dos originais. Ex: Linhof, Sinar, Combo etc..
Dentre os diversos tipos de câmera existentes no mercado, algumas são mais
simples, outras mais sofisticadas, mas todas precisam dos mesmos dispositivos para
a obtenção de uma fotografia.
Mas é através do visor, onde se configura a imagem a ser fotografada, que se
determinam os três sistemas de classificação de câmeras.
Classificação dos diversostipos de câmeras
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Câmeras de formato médio
A segunda categoria dos tipos de câmeras é o grupo que utiliza filmes em rolo do
tamanho 120 (6x9 cm, 6x7 cm, 6x6 cm, 6x4,5 cm). Sua portabilidade maior e
simplicidade na manipulação faz com que a câmera 120 seja a ideal para as situações
em que um pico de ação precisa ser capturado ou quando a expressão do modelo é
importante. Esta câmera, que é usada na mão e de fácil focalização, produz
rapidamente muitas exposições sem muito esforços, auxiliando, desta forma, a
criatividade do fotógrafo em cada exposição. Liberando-o do ponto de vista único
imposto pelo tripé.
Câmera de formato pequeno
Esse grupo abrange as câmeras mais ágeis utilizadas no mercado. Têm formato
pequeno, são leves e de manuseio simples. Existem muitas variedades de câmeras
35mm: reflex de objetiva única, que registra no filme exatamente o que o olho vê. Tem
objetivas intercambiáveis que podem ser trocadas de acordo com a necessidade
técnica ou de linguagem. Podem ter um motor acoplado, o que possibilita que sejam
feitas múltiplas exposições. Foram desenhadas para a ação, para maior intimidade
com o assunto, para registrarem qualquer estímulo visual e por essas razões é que
são, sem dúvida, as câmeras mais populares. Ex.: Pentax, Canon EOS, Nikon F4 etc.
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Câmera visor direto com zoom Câmera visor direto
Câmeras digitais
As câmeras digitais são fisicamente muito semelhantes às Reflex 35 mm. A diferença
básica é que não usam filme. A imagem é convertida, por meio de sensores (CCD),
em impulsos elétricos que são guardados numa memória eletrônica (disquetes ou
cartões de memória).
A imagem é formada por “pixels”, unidade que identifica o menor ponto da imagem.
Usado como medida para resolução, determina também o preço das câmeras e a
qualidade final da imagem. Trabalham com softwares especiais que permitem
modificar e tratar as imagens. Impressoras digitais dão saída da imagem digital em
Na câmera de visor direto ou de visor telemétrico a imagem vai diretamente do objeto
ao olho do fotógrafo, sem passar através das lentes que as levam ao filme. Nesta caso,
deve-se tomar cuidado com a diferença existente entre a imagem registrada no visor e
a real imagem que será registrada no filme. Está diferença é conhecida como
fenômeno de paralaxe e ocorre devido à distância entre a objetiva e o visor. O que se vê
não é o que se fotografa. Geralmente as objetivas são fixas, mas alguns modelos
sofisticados possuem objetivas intercambiáveis. Ex.: Pentax, Yashica MG, Canon Sure
Shot etc.
Câmeras Reflex
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papel colorido, utilizando tecnologia jato de tinta, laser ou térmica. Mini-labs híbridos
produzem ampliações fotográficas a partir de arquivos digitais.
Câmeras digitais de 10 Mb são consideradas profissionais, mas a evolução técnica é
muito rápida e logo ficam ultrapassadas.
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A diferença entre os elementos está na sua forma: os positivos são mais largos no
centro que na periferia, fazendo os raios divergirem entre si.
Nas objetivas, quanto maior o número de lentes corretivas, melhor a imagem captada
pela câmera.
Nas objetivas, a função básica das lentes é ordenar os raios de luz refletidos do objeto
a ser fotografado a um ponto comum.
As lentes, por sua vez, são semelhantes a um prisma, mas diferenciadas pela sua
superfície curva (côncava ou convexa).
Para a formação de uma imagem perfeita, precisamos de um conjunto de lentes que
corrijam as aberrações das lentes simples.
Nas objetivas modernas, usam-se lentes positivas e negativas ou elementos
convergentes e divergentes.
Objetivas
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Distância focal
Entende-se por distância focal o intervalo entre o plano para onde convergem os raios
paralelos, conhecidos como plano focal e o centro óptico da lente (ponto nodal). Como
o plano focal coincide com a superfíce do filme, diz-se que a distância focal é o
intervalo entre o centro da lente, em que a imagem se inverte até o filme.
A distância focal de uma objetiva normal (aquela que reproduz a imagem vista pelo olho
humano e que pode variar de máquina para máquina) é coincidente com a diagonal do
fotograma.
Assim sendo, em uma máquina de 35mm cujo fotograma é de 24x36mm, calculamos
a diagonal desse retângulo para saber a distância focal da objetiva normal (cerca de
50mm). Desta forma, concluímos que quando utilizamos uma teleobjetiva de 200mm
ela aproxima o assunto 4 vezes mais que a de 50mm.
Além da objetiva normal e teleobjetiva encontramos as grandeangulares conhecidas
como olho de peixe, possuindo uma grande profundidade de campo. Permite que tanto
o primeiro plano quanto o fundo sejam focados. As macro objetivas permitem uma
aproximação maior do objeto fotografado sem perda de localização.
8050
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Obturador
O obturador controla o tempo da passagem da luz que incide no filme. Neste caso,
podemos constatar que diafragma e obturador corresponde à exposição.
Existem dois tipos de obturadores: Obturador de íris (interlente), composto de lâmina
metálicas de alta precisão, dispostas em forma circular. Entre os elementos da
objetiva, sua velocidade pode variar de 1 seg. a 1/500 seg.
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Obturadores de cortina (plano focal) são constituídos de duas cortinas, situadas
próxima ao filme. A exposição é feita pelo deslocamento de uma cortina que corre
paralela ao filme. Este tipo de obturador permite trocar a objetiva em qualquer
ambiente. Estes obturadores possuem velocidades de exposição que vão de 1 a 1/
8000 seg. dependendo do tipo de câmera.
Possuem uma velocidade “B” que permite exposições maiores que 1 seg.
Diafragma
O diafragma é o mecanismo que controla o diâmetro do orifício por onde passa luz, é
conhecido como número “f’ ou ponto.
É constituído de lâminas dispostas em forma circular. Na verdade, o diaframa faz a
função da íris no olho humano que se abre e fecha controlando a luminosidade da
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imagem que chega à retina.
A marcação das aberturas está assinalada em um anel em torno da objetiva. Esses
números seguem um padrão: 1.2, 1.4, 2, 2.8, 3.5, 4, 5.6, 8, 11, 16, 22, 32, 45, 64, 90; podem
variar, dependendo do tipo de câmera. Normalmente, quanto menor o número “f”, maior a
abertura do diafragma, pois o número é uma fração (ex.: 1:1.4, 1:16 etc).
Cada número “f” determina a luminosidade da imagem. Assim, a passagem de um
diafragma para outro indica que a luminosidade foi reduzida pela metade ou aumentada
o dobro.
Nas objetivas atuais, o diafragma permanece aberto até o momento do disparo. Isto
facilita a localização e o preparo da máquina. Na parte frontal das objetivas
encontramos um número “f” que corresponde à luminosidade da objetiva. Neste caso,
quanto menor o número, maior a luminosidade da objetiva.
O obturador deve trabalhar diretamente relacionado com o diafragma, dependendo da
imagem a ser fotografada ou do resultado a ser obtido como, por exemplo, se
utilizarmos 1/250 seg. com diafragma “f”’: 8, resultará uma mesma exposição se
usarmos 1/500 com diafragma “f” 5.6, escala de obturador: B, 1, 2, 4, 8, 15, 30, 60, 125,
250, 500, 1000, 2000, 4000, 8000.
Profundidade de campo
Uma imagem possui várias planos, partindo da imagem focalizada com o plano médio.
Os planos que se encontram na frente e atrás com razoável nitidez são denominados
profundidade de campo. Para controlar a profundidade de campo, é necessário
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conhecer as aberturas do diafragma com relação ao que se vai fotografar (distância,
quantidade de luz, se tem movimento ou não etc).
Comumente, quando a abertura de diafragma é grande, a profundidade de campo é
menor, caso contrário, quando a abertura é pequena, maior é a profundidade de
campo.
Nesse caso, maior será a área focalizada da imagem.
Muitas vezes, é necessário encontrar uma abertura média, em relação a uma
velocidade de abertura de obturador correta para uma perfeita exposição.
As escalas de profundidade de campo podem ter seu local de marcação, dependendo
do tipo de câmera ou sistema. No sistema reflex monobjetiva, encontra-se em um anel
da objetiva paralelo a outro disco que determina a profundidade de campo.
Nas máquinas reflex de objetivas gêmeas (bireflex), ela se encontra próxima ao botão
de focalização. Apesar de podermos encontrar outras variações, o funcionamento é
basicamente igual em todas as máquinas.
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Obviamente a luz é o elemento mais importante no processo fotográfico. A luz constitui
uma pequena faixa do espectro eletromagnético que atravessa o espaço numa
pequena faixa desse espectro, compreendida entre 400 e 700 nanômetro. Esta faixa
somada aos raios infra-vermelho e ultra-violeta constituem o espectro visível,
conforme segue:
400 a 480 nanômetro - azul
480 a 500 nanômetro - cyan
500 a 550 nanômetro - verde
550 a 600 nanômetro - amarelo
600 a 700 nanômetro - vermelho
Os fabricantes de filmes, desenvolveram filmes sensíveis a essa faixa do espectro para
que fosse possível reproduzir exatamente o que vemos, apesar da existência de outros
tipos de filmes, alguns de efeitos especiais, ou para um trabalho médico e científico.
O material fotosensível compõe-se de duas camadas básicas: emulsão - haletos de
prata suspensos em gelatina sensível à luz e suporte - base transparente normalmente
feita de acetato, podendo ser em alguns casos, fabricados em poliéster.
Quando a luz atinge o filme, modifica a estrutura básica dos haletos. Quanto maior a
quantidade de luz a atingir o filme, maior é a mudança de sua estrutura molecular.
Na etapa da exposição do filme há a formação da imagem latente, não perceptível ao
olho humano.
A revelação do filme vai acelerar esse processo tomando-o visível ao olho. Na
revelação, ocorre a transformação dos haletos de prata a prata metálica pura, que
aparece ao olho na cor preta.
Filme branco e preto
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Ortocromático
Este filme atinge uma pequena gama do especto visível, não sendo sensível ao laranja e
o vermelho. Desta forma, os objetos dessas cores aparecem pretos no filme e é possível
sua manipulação em laboratório com luz de segurança vermelha ou laranja.
Pancromáticos
Conhecidos como filmes “padrão” por um comportamento de sensibilidade ideal, esses
filmes “enxergam” todas as cores, traduzindo-as em tonalidades grises proporcionais à
sensibilidade individual de cada cor.
Esta é a diferença fundamental desse filme em relação ao olho humano o qual,
normalmente, vê as cores reais do original.
Sensível ao azul
Utilizado em alguns campos da fotografia, é conhecido como espectograma em cunha,
extremamente sensível ao azul.
Infra-vermelho
Os filmes infra-vermelho reagem unicamente na faixa ultra- violeta, verde azulado e
infra-vermelho.
A faixa infra-vermelho é captada através da forma de calor. Foi originalmente projetada
para fins científicos e militares, mas ganhou popularidade graças ao resultado final na
alteração da imagem. O único problema na sua utilização é quanto à câmera, que deve
ser totalmente vedada aos raios infra-vermelhos.
Após a revelação, dá-se origem a uma imagem negativa devido ao comportamento da
luz. As zonas escuras da imagem devem ser fixadas através de um agente químico,
“fixador’, eliminando todos haletos não revelados. O fixador torna-os solúveis em água
e sua remoção é feita por meio de um banho em água.
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Pré-Impressão – Fotografia 1 - Princípios Básicos
BUSSELLE, Michael. Tudo sobre fotografia.
HEDGECOE, John. Manual de técnica fotográfica.
LANGFORD, Michael J. Fotografia básica. 31.ed. São Paulo, Martins Fontes.
NILS, Tore Olof Foimer - Johnson. Elernentos de éptica.
Bibliografia