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ZINE D D D D D D D D D D D D D D D 31 BIENAL

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Zine realizado por parte dos educadores da 31 Bienal de São Paulo (grupo D)

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31 BIENAL

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visitas

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ateliês

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visita: Paola Lopes

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visita: Rafael Amambahy

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rolês

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ed. martinelli / copan / conversa com Regiane

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desenhos: Camila Vasques

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templo de salomão

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moinho

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moinho

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teatro vertigem

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A metáfora do tarta-stalker e ação educativa na 31ª BienalStalkerStalker, Andrei TarkovskyTo-stalker, Andrei Tar-ta-kovskypor Eloisa Torrão

O primeiro contato que tive com arte-educação ou arte/educação ou arte e educação e compreendi a variação de termos e a complexidade conceitual que um sinal ou uma barra podem significar nesse caso foi em fevereiro de 2013 quando assisti Stalker durante uma aula do Jorge Menna Barreto.To stalk é um verbo inglês, que significa caminhar pé ante pé, dar passos longos, marchar cambaleando, meio incerto. É o andar característico de quem invade um território desconhecido, e pode significar também caçar um animal ocultando-se atrás de outro. Uma forma bastante peculiar de aproxi-mação e de perseguição – quase uma dança, tartadançar.Tarkovsky preza pelos deslocamentos corporais, cada indivíduo tem um ritmo producente da sua própria autonomia. O filme é protagonizado por três homens – o escritor, o professor e o stalker – que partem para uma jornada ao local proibido, à terra de ninguém, a uma região assombrosa, lama em que borbulham estranhos objetos de fantasia, tipo coisas que não existem (ou existem?) e por fazer pensar, censurada pelo governo: a Zona. Porque quase sempre funciona assim, os locais férteis para construção de pen-samentos inconformistas são censurados ou ganham classificação indica-tiva. Arte também.O stalker realiza um trabalho de guia turístico conduzindo grupos de pessoas decepcionadas em busca de redescobertas ao longo da Zona. Redescober-ta da criatividade, das ideias, dos processos de utopia, de transformações. Ele é como um tecido de transição, nos faz questionar se mediadores são portadores (e produtores) de um saber próprio ou são apenas transmissores (e reprodutores) de um saber alheio.A ação educativa é uma provocação de questionamentos, sensações, memórias, percepções, etc e, propõe a socialização disso tudo no grupo durante a visita, prezando pelas relações coletivas tanto com o ambiente quanto com outras pessoas, idéias e vivências e pela emancipação intelec-tual dos indivíduos. Quer dizer, realizar uma visita e carregar um crachá de educador/educadora que conhece o mapa físico da Zona, é um trabalho que não se ensina, mas se aprende junto a cada trajeto. E cada trajeto é um novo desvendar.

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A visita faz uma aproximação da arte como uma porrada de experiên-cias geradoras de uma infinidade de interpretações que levam em consideração não só a obra, mas também o espaço expositivo e princi-palmente os sujeitos presentes e suas experiências. Stalker faz uma ação educativa fúnebre, onde a verdadeira motivação da sua ida constante aquele lugar se explica numa das cenas mais bonitas: logo que chegam nas imediações da Zona, quando a tela ganha cor, elese atira ao chão e afunda o rosto no capim. Ele pertence aquele lugar e sente-se completo ali. Quem realiza uma visita educativa também sente-se completo naquele tempo e espaço. Mas como dito, é preciso que se unam num só tempo, trabalho-de-arte-espaço-sujeitos-que-produzem-conhecimento.A Zona e a ação educativa que depende muito mais de fatores externos a nós e do quanto nos colocamos disponíveis ao imprevisto, nos tira o conforto intrínseco do pensamento humano de controle total. Não domi-namos os processos orgânicos que interferem nos sujeitos, tampouco o que nos causa, não dominamos a arte e não atingimos racionalmente os lugares onde ela está ou o modo como se comporta. É uma vida al-heia, instalada entre nós e o mundo, desenvolvendo sua própria lógica. Para nós, incontrolável.Escrever sobre a experiência em ação educativa sem tarta-pensar, tarta-dançar, tarta-falar seria estar à vontade demais, e segundo Bergson, em Introdução à metafísica, só nos sentimos à vontade no descontínuo, no imóvel, no que está morto.

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corriqueiros

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performance: Natália Marchiori

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por Alex Santana

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por Diran Castro

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conversa com Paula e Leo Matsuhei

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conversa com Paula e Leo Matsuhei

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Resposta ao Funk Ostentação EDU KRIEGER

Você ostenta o que não temPra tentar parecer mais felizMas não sabe que pra ser alguémTem que agir ao contrário do que você dizVocê pensa que tem liberdadeExibindo riqueza e poderMas não vê que na realidadeO sistema é que lucra usando você

E o sistema tem a corDo racismo e da escravidãoCada vez que você dá valorÀ roupinha de marca e à ostentaçãoA elite burguesa e brancaQue é dona das lojas de grifeSe dá bem, pois você bota bancaMas é o sistema que aumenta o cacife

Clipe norte-americanoDe artista que faz hip hopVocê quer imitar por enganoPensando que assim vai ganhar mais ibopeÉ a regra do capitalismoEles querem que a gente consumaPra vivermos à beira do abismoA gente pra eles é p*rra nenhuma

Sua história de vida tambémMas seu papo é tão consumistaQue faz de você um artista refémDessa pose fajuta e falidaQue só finge aumentar autoestimaInfeliz de quem sobe na vidaE não sabe o que faz quando chega lá em cima

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Você pensa que é modeloPras crianças da comunidadeSinto muito, mas devo dizê-loQue o que você faz é uma puta maldadeSe o moleque não tem condiçãoDe entrar nesse mundo grã-finoIsso pode virar frustraçãoE você vai f*der com o pobre menino

Que pra ter um tênis fodaPode até assaltar um playboyPois se fica excluído da modaRecebe desprezo e isso lhe dóiE as mulheres que dão atençãoQue te cobrem de beijo e afetoValem menos do que seu cordãoPois você trata elas pior que objeto

Quem batalha pra viverE botar a comida na mesaDe repente te vê na TVDirigindo carrão e exibindo riquezaOstentando pra ter atençãoE achando que isso é maneiroSem saber que essa ostentaçãoFaz o branco do banco ganhar mais dinheiro

Negro tem que ter poderNegro tem que ser protagonistaTem que estar no jornal, na TVNo outdoor e na capa de toda revistaMas não tem a menor coerênciaOstentar um anel de brilhanteIsso só vai gerar violênciaInveja e recalque no seu semelhante

Que legal sua conquista

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dia da consciência negra 20/11

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AUTORES

Alex SantanaCamila Vasques Camila VieiraDaiana Ferreira de LimaDiran Castro Eloisa TorrãoFlor Aram Laura Crispim Letícia FerrazNatália MarchioriPaola LopesPatrício Araújo DuartePedro AndradaRafael Amambahy Rebeca Youssef

DEZ 2014 educativo 31 bienal grupo D