web design - ed26
TRANSCRIPT
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8/6/2019 Web Design - Ed26
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R$8,90
fevereiro 2006 :: ano 3 :: n 26 :: www.arteccom.com.br/webdesign
EstudodecaSo:
bondfaro.com Redesenhopara facilitara
navegaodosusurios
a voz em fOrmA dE imageM
EntreviSTa:josBessa
(elEsboeHaroldinhO)O verdadeiroprofissionalabsorve e
compartilha,paraqueomercadocresa
Portflioagncia:EuroRsCG4D Liberdadecomoestmulonoprocessode criao
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direitos
autorais
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Do meu v Luiz...Quem passou pela vida em brancas nuvens
E em plcido repouso adormeceu
Quem no sentiu o frio da geada
Quem passou pela vida e no sofreu
Foi espectro de homem, no foi homem
S passou pela vida, no viveu.
Saudades do meu vov Luiz... essa poesia decorei de tanto ler o livro
que ele nos deixou. Meu av era um fazendeiro do interior de Minas e,
cheio de amigos, tinha um caderno onde estes escreviam suas poesias ou
de terceiros, enfim, deixavam ali uma recordao para ele.
Em cada letra, desenhada nanquim e bico de pena, dava pratica-
mente para imaginar cada amigo do meu av. Este gostava muito dele,
como caprichou nas capitulares... como disps de seu tempo. Depois lia
outra, com um tipo mais corrido, uma escrita mais rpida, e imaginava:
este deve ser um daqueles amigos polticos dele... seria um dos Canedo?
Fora o contedo das poesias, que tambm dizem muito das pessoas que
as escrevem. Talvez digam at mais do que elas mesmas sobre si.
Bem, de volta a 2006. ... as pessoas no escrevem mais poesias, no
enviam cartas, no desenham mais letras. Mas continuamos interpretando
o que escrito da mesma forma. J que no temos mais o prazer de dese-
nhar cada tipo e cuidar para que no caia uma s gota de tinta no papel,
vamos utilizar esse tempo para escolher muito cuidadosamente a fonte
para que contedo seja transmitido eficazmente. Com certeza, ela vai te
ajudar a transmitir sua mensagem e a atingir o objetivo de seu projeto.
Boa leitura e um grande abrao!
Editorial Equipe
Criao e edio
Produo grfica
Distribuio
www.arteccom.com.br
www.prolgrafica.com.br
www.chinaglia.com.br
A Arteccom uma empresa de design, especializada na
criao de sites e responsvel pelos seguintes projetos:
Revista Webdesign :: www.arteccom.com.br/webdesign
Curso Web para Designers :: www.arteccom.com.br/curso
Encontro de Web Design :: www.arteccom.com.br/encontro
Portal Banana Design :: www.bananadesign.com.brProjeto Social Mag-Malien :: www.arteccom.com.br/ong
Adriana Melo
::AArte
ccom
noseresponsa
bilizapor
informa
eseop
iniescon
tid
asnosart
igosass
ina
dos,
bem
comope
loteor
dosan
nc
iospu
blic
itrios.
::No
perm
itidaarepro
du
o
de
tex
tosou
imag
enssem
au
toriza
o
dae
ditora.
Direo Geral
Adriana Melo
Direo de Redao
Luis Rocha
[email protected] e Diagramao
Camila Oliveira
Leandro Camacho
Ilustrao
Beto Vieira
Assinaturas
Jane Costa
Gerncia de Tecnologia
Fabio [email protected]
Desenvolvimento Web
Eric Nascimento
Financeiro
Cristiane Dalmati
4 :: quem somos
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menu :: 5
apresentao
pg. 4 quem somos
pg. 5 menu
contato
pg. 6 emailspg. 6 fale conosco
fique por dentro
pg. 8 direito na web
pg. 10 bloguices
portflio
pg. 12 agncia: Euro RSCG 4D
pg. 18 freelancer: Alex Leo
matria de capa
pg. 20 entrevista: Jos Bessa
pg. 28 tipografia na web: como garantir o
sucesso esttico e funcional de seu projeto
e-maispg. 39 debate: o poder das comunidades
pag. 46 como administrar o tempo
com a palavra
pg. 58 experience design: Claudio Toyama
pg. 60 marketing: Ren de Paula Jr.
pg. 62 bula da Catunda: Marcela Catunda
pg. 64 webdesign: Luli Radfahrer
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fale conosco pelo site www.arteccom.com.br/webdesign:: Os emails so apresentados resumidamente. :: Sugestes dadas atravs dos emails enviados revista passam a ser de propriedade da Arteccom.
Assunto:
6 :: emails
Assunto:
Assunto:
Gostaria muito que vocs
explicassem como fazer para
sabermos se o site em que
estamos realmente seguro
ou no. Sei que quando ns
clicamos no cadeado que apareceno canto direito da pgina, h
informaes de certificados de
segurana. Mas acabei de ler
uma matria sobre isso e j esto
falsificando as informaes bem
como os cadeados que aparecem
(Curiosidades: Golpistas
usam certificados digitais para
phishing, site Infoexame). Ah,
j ia esquecendo: sou leitora da
Webdesign faz pouco tempo,
acho que seis meses. Gosto muito
da revista, mas s vezes noentendo nada de programas e
de certas palavras. , eu sei que
tenho que fazer um curso bom
de webdesign, mas no tenho
condies de bancar com as
mensalidades. Aqui, os cursos so
caros. Vocs no teriam uma dica
para me dar? Sou iniciante.Juliana de [email protected]
Ol, Juliana.
Na edio 21 (setembro), fizemos
uma longa abordagem sobreo tema Segurana. Inclusive,
h dicas de como identificar os
sites seguros. Como voc est
iniciando, uma boa pedida ler
a Cartilha de Segurana para
Internet (http://cartilha.cert.br/),
preparada pelo CERT.br. Sobre
cursos, voc pode conferir os
anncios publicados nesta edio.
Segurana na web
Parabns pela organizao do
evento e pela maravilhosa revista.
Gostei muito da esttica da ltima
edio, estava mais bonita que o
habitual. Tenho uma sugesto: por
que vocs no deixam uma pgina
como mural de empregos, onde
as empresas divulgam que tipo
de profissionais esto precisando
e informaes para contato?
Estou com uma dificuldade
tremenda para encontrar algum
profissional com conhecimento
em WebStandards em Ribeiro
Preto. Se essa seo existisse,
seria muito mais fcil para as
pessoas que passam pela mesma
situao. Sucesso a vocs e at a
prxima edio :-)Caio [email protected]
Ol pessoal, com certeza no tem
como se lembrar das pessoas que
mandam sugestes, pois creio
que sejam muitas. Mas j enviei
algumas, rsrsrsrs. A de hoje no
especfica sobre webdesign, nem
programao, e acho que pode
chamar as pessoas a comprar a
revista. A idia manter uma
lista de empregos na revista, se
possvel os to falados empregos
distncia, porm quase nunca
vistos. A maioria dos profissionais
(isto inclui eu) procura este tipo de
emprego. Portanto, seria uma boapara os leitores e para a revista ter
algo do tipo. Valeu e at mais. []sJuliano [email protected]
Caio e Juliano, a participao
de vocs sempre fundamental
para que nosso trabalho evolua.
Depois do Bloguices (pginas
10 e 11) e da nova diagramao,
vamos trazer em maro mais uma
novidade: uma seo chamada
Novidades para maro Mtricas e Mercado, onde
publicaremos novidades sobre
emprego e estatsticas atualizadas
sobre e-commerce, hospedagem,
segurana, navegadores, domnios
etc. Qualquer sugesto adicional,
fale conosco pelo site da
Webdesign.
Na edio 24, havia um pequeno
comentrio sobre uma divisofeita no cadastro de portflios.
Mas no encontrei essa diviso
no site. Fiz o cadastro, mas
at agora nunca recebi um
informativo sequer da revista, at
para confirmar o cadastro. Tenho
interesse em participar na parte
de portflio calouro! Um forte
abrao,Roberto [email protected]
Estou enviando esse e-mail
por uma dvida. Sou novo naprofisso de webdesigner e no
tenho um portflio grande. Ento,
gostaria de saber melhor como
funciona o cadastro de portflio
do site. Espero respostas,Danilo [email protected]
Ol, Roberto.
Implementamos essa diviso em
janeiro. Por favor, visite o site da
revista (www.arteccom.com.br/
webdesign) e confira as mudanas.
Seu portflio foi cadastrado comsucesso. Essa rea gera uma grande
demanda e mensalmente vamos
analisando os profissionais e as
agncias cadastradas. Aguarde!
Danilo, para cadastrar seu portflio,
basta entrar no site da revista e
preencher seus dados no formulrio
localizado no lado esquerdo. Boa
sorte!
Cadastro de portflio
Adorei a seo de downloads!
Minha vida de freela ficou
muito mais organizada. Parabns
a toda equipe [email protected]
Oi, Cosme.
A idia essa: ajudar nosso leitor
em sua caminhada profissional.
Lembrando que na seo
Downloads, do site da revista,
possvel obter os seguintes
modelos: tabela referencial de
custos de site, modelo de briefing,
contrato de prestao de servios
de desenvolvimento de site,
proposta e pesquisa de satisfao.
Assunto: Freelancer organizado
Assunto:
Parabns pelo excelente EWD-
SP! O mercado de webdesign
realmente carece de timas
iniciativas como esta. Isso
s fortalece nossa profisso.
O evento estava muito bem
organizado, desde o local, stands
e palestras. Alis, excelentes
palestras. Para terminar com
chave de ouro, as premiaes
mostraram o que est sendo feito
de bom neste mercado. Mais uma
vez parabns e muito sucesso a
Arteccom!Tercio [email protected]
Oi, Tercio.
Muito bom receber esse tipo de
feedback, pois assim temos um
parmetro sobre a qualidade
dos eventos. Aproveitamos para
anunciar que a 11 edio do EWD
comear em maio. O novo site do
evento j est quase pronto.
11 EWD
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Marianna Furtado advogada
com ps-graduao em Direito
da Propriedade Intelectual pela
PUC-Rio. Atualmente, pertence
equipe do escritrio
Montaury Pimenta, Machado &
Lioce Advogados.
Envie sua dvida para:
Acho que a revista deveria falar sobre plgio na internet. Salve os criadores e diga no pirataria. Bruno Neves - [email protected]
Plgio
Muitas pessoas confundem a prtica
de plgio com a de reproduo ou cpia
desautorizada de uma determinada obra.
De acordo com o Dicionrio Houaiss da
Lngua Portuguesa (2000), Plagiar signifi-
ca: 1. apresentar como da prpria autoria
(obra artstica, cientfica etc. que pertence
a outrem); 2. fazer imitao de (trabalho
alheio).
Assim preciso esclarecer que plgio
no necessariamente uma cpia servil,
idntica de obra alheia. O plgio uma
prtica de carter ofensivo maior do que a
cpia, vez que, ardilosamente, o plagiador
apodera-se da criatividade da obra de um
terceiro, disfarando-a para que aparenteser uma obra nova.
Por isso, a diferenciao entre as mo-
dalidades de infrao em usurpao e
contrafao. Na usurpao, o infrator
apresenta como sua obra de outrem, fur-
tando do verdadeiro criador a sua autoria.
Na contrafao a obra no simplesmen-
te copiada e sim recomposta de manei-
ra a aparentar ser obra nova autnomadaquela em que serviu de origem para o
plgio.
Entretanto, h que se destacar que
no constitui prtica de plgio os casos
em que ambas as obras - mesmo possuin-
do semelhanas oriundas das caractersti-
cas comuns daquele determinado objeto
- possuam cada uma criatividade prpria.
Certo que o elemento determinan-
te na identificao da ocorrncia da pr-
tica de plgio o fato de que nenhuma
criatividade oriunda do intelecto do ento
plagiador acrescentado quela criao
a que se recorreu para criar a obra-pl-
gio, aproveitando-se a prpria estrutu-
rao ou apresentao do tema da obra
original.
8 :: direito na web
Caando os e-plagiadores
"Vasculhar a internet em busca
de contedos semelhantes ou copia-
dos sem autorizao prvia o ob-
jetivo principal do Copyscape (www.
copyscape.com).
Trata-se de uma ferramenta de
busca que pode ser utilizada para acom-
panhar os caminhos de um contedo
publicado e descobrir se foi plagiado
por algum website. O sistema tambm
pode ser usado para localizar citaes
legtimas de contedo online."
Fonte: InfoGuerra (www.infoguerra.com.br)
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E como diria Jorge Benjor em Fevereiro tem carnaval.
Janeiro um ms que nasce morto.
Nada pra fazer seno esperar o mundo voltar de frias enquanto o sol brilha para quase todos. Mas, ao
contrrio do lado daqui, o mundo Nasdaq no descansa, e quem vive a rotina digital no pode deixar de ler e
saber que, deu pau na Nasdaq, o mundo www explode.
E toma tabela. Pior que decorar tabuada. Quem vive a rotina digital no pode deixar de ler e conhecer o site
me do mundo virtual, uma bolsa de valores em corretores. http://www.nasdaq.com/ - Fonte - By my self
10 :: blog
Bloguices
Tem uma Boquinha a pra mim?
E no que na China jogar virou emprego?
Em turnos de doze horas os sortudos chamados
de Fazendeiros do Ouro se revezam enquanto
brincam com jogos. A nova modalidade de
mo-de-obra nada mais faz do que queimar etapas e vender personagens de games. So os mercenrios
do start. Eles enfrentam as mais sangrentas batalhas, sofrem nas mos impiedosas de monstros, caam
os mais valiosos tesouros e depois vendem pra voc. isso mesmo, senhoras e senhores, a terceirizao
chegando ao mundo dos games, inclusive os multi players.
Se esse trabalho d dinheiro? Por l os caras to tirando unsUS$ 250 por ms. T dentro.Fonte by Folha Online
By Margarida Flores
Portas e Windows Escancaradas para 2006
Dizem que se conselho fosse bom a gente no dava, vendia. Mas os caras do Internet Storm Center (ISC),
do SANS Institute, no pensaram assim e lanaram um SOS:Se voc um feliz ou infeliz usurio do sistemaoperacional Windows, corra para instalar a correo de segurana no oficial imediatamente, tipo agora.
A coisa toda pra proteger voc de ataques como os via e-mail compostos por ttulos como happy new
year (feliz ano novo) , com um arquivo HappyNewYear.jpeg, que ao contrr io de um voto de felicidades
pra 2006 se trata de um arquivo WMF corrompido.
A histria agora a seguinte , nem os JPEG esto li vres do WMF.
Resumindo, que se lixem os cartezinhos de natal bonitinhos, deleta essas porcarias. Telefone t a pra ser
usado.
Leia e entenda voc mesmo o boletim da Microsoft: http://www.microsoft.com/technet/security/
advisory/912840.mspx . - Fonte by IDG Now
Luzes! Cmera! Google!?!
Como se no bastasse mandarem em um bom pedao da internet, agora o Google vai entrar com pipoca nas
salas de cinema bancando um filme independente. Sero dados US$ 500 mil a Reid Gershbein para que o
cineasta possa terminar Broken Arrows.
O roteiro narra a trgica histria de um homem que perde sua mulher em um ataque terrorista e por conta
disso resolve sair por a fazendo justia com as prprias mos. - Fonte by Magnet
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blog :: 11
LINKS BRINDES
T com sono? T com fome? T com dengue?
Links brinde, em 2006 mais entretenimento
pra vocs.Esse bisonho: plstico bolha. Estoureas bolhinhas e s. Ploct! http://www.bossmonster.com/games/bubblepop.html
A pirataria t comendo solta por a, masum seleto grupo de artistas nem deveria sepreocupar com isso. http://www.zonicweb.net/badalbmcvrs/index.htm
Vai dizer que no lembra daquelas baladasque os Scorpions faziam nos anos 80? Podeconfessar, fala baixinho, ningum vai ouvir.Msicas que embalaram namoros, violentosrompimentos, aquela profunda sensao de
que ningum te ama, ningum te quer.Aqui uma verso acstica. http://crass.on.ru/flash/bbird.html
Al? Al? Al? De onde falam? Em vez deatender o telefone normalmente, as pessoaslevam orelha os objetos mais variadose incomuns do planeta como animais,monitores de computador, cestos de lixo emuito mais. rea especial para brasileiros.
Cheque pra rir. http://www.sidetalkin.com/photos.html
FLASH BACK
DOCES LINKS DO PASSADO.
Dificuldade em se expressar? As pessoasdizem que voc insensvel demais? No sepreocupe. Isso tudo pode simplesmente serdificuldade em demonstrar emoo nas suasexpresses faciais. Emotion Eric demonstraexemplos prticos para voc. Entre nesse linkpr-histrico e aprenda com o mestre:
http://www.emotioneric.com
RDIO DO MS
O papa pop. O pop caribenho.
http://www.more94fm.com/
NOTA IMPORTANTEMargarida Flores sofre ataque de amnsiaMargarida Flores sofre ataque de amnsia.Perdi a cabea e minha senha do Hotmail.E quem consegue decorar tanta senha? Euno. Cadastrei e esqueci mesmo. Isso quedizer que, o [email protected]
j era. Quer mandar uma email com dicaselogios, elogios, elogios, elogios ou divulgaro seu evento, se for legal eu falo dele.Mande para:[email protected] Blog legal?Manda o link. Dose dupla de prediletos.http://catarro.blogspot.com/http://www.gardenal.org/ressacamoral/
Prmio Selo RIOfazDESIGN 2006.
O Selo RIOfazDESIGN um prmio concedido a
empresas e instituies instaladas no Estado do Rio
de Janeiro que utilizam com regularidade o design
como ferramenta em seus diversos setores e nveis
de atuao: impressos e meios de comunicao,
equipamentos e veculos, uniformes, embalagens,
produtos e tudo mais que der pra fazer design.
O Prmio se divide em 7 categorias. Quem ganhar ter
o direito de utilizao do Selo RIOfazDESIGN 2006, um
atestado de diferencial de qualidade e o direito de participar da III Exposio
RIOfazDESIGN.
As inscries vo de 4 de janeiro a 4 de fevereiro de 2006.
Pra saber mais: [email protected]
Nova seo!A partir desta edio as notcias da seo clipping sero dadas por
Margarida Flores!
Todos os links esto no site da revista.
Time elege as melhores fotografias de 2005
Veja voc mesmo e no se choque. Nem tudo so flores no mundo.
Uma dica, lencinhos de papel em mos porque a coisa no vai ser fci l.
Vale a digitao http://www.time.com/time/yip/2005/
Previses de Michel Lent para o Web New Year
1. Os salrios dos publicitrios com conhecimento de internet vo inflacionar.
Nas grandes agncias, estes salrios iro se equiparar ou passar os salrios dos
publicitrios tradicionais.
2. Veremos um movimento migratrio de contas online indo para agncias
especializadas. Grandes clientes, deixando grandes agncias tradicionais sem
expertise em interactive, buscando agncias focadas neste ferramental.
3. At o final de 2006, 2 ou 3 novas agncias especializadas em online ganha-
ro grande destaque no mercado brasileiro. Se transformaro em hot shops
queridinhos do mercado, num movimento parecido com o que j acontece nos
Estados Unidos e Europa.
E tem mais previses.
A fonte do prprio. Digite e leia em http://www.lent.com.br/viu/
D olho nas prateleiras. Chega ao Brasil o Manual do Estil ista
T na moda ler. Alis, sempre esteve.
No esquea ento (se o assunto te interessar) de ler Fashion Design - Manual
do estilista, da britnica Sue Jenky Jones, uma bblia para estudantes e interes-sados no tema. Completssimo.
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12 :: portflio agncia - Euro RSCG 4D
O RECONHECIMENTO INTERNACIONAL
DO TALENTO BRASILEIRO
Eles esto de olho em nosso talento. No, a redao da revista Webdesign no foi
contaminada pela mania de perseguio. apenas uma constatao do crescente sucesso que os
profissionais de internet no pas vem fazendo no mercado gringo.
Um bom exemplo desse cenrio faz parte da histria da Euro RSCG 4D (www.eurorscg4d.
com.br) no Brasil. A agncia surgiu em 1999. Eu e minha scia, a Roberta Raduan, tnhamos
uma produtora de web (WBD) e prestvamos servio para alguns clientes, entre eles a Intel. Foi
por causa de uma promoo na internet que desenvolvemos para eles que o grupo Euro RSCG
nos conheceu, gostou do nosso trabalho e nos convidou para fazermos parte da rede. Na poca,
chamamos Euro RSCG Interactive, depois Interaction e, h dois anos, somos 4D, revela Alon
Sochaczewski, scio-diretor de criao da agncia.A incluso do termo 4D foi uma estratgia ocorrida globalmente. Ela representa mais
do que uma troca de nome. Os 4D falam de quatro disciplinas que atuamos hoje em dia: Digital,
Direct (Marketing Direto), Drive (promoes, aes no ponto de venda, eventos) e Data (trabalho
inteligente com banco de dados). Ou seja, hoje nossa agncia e as outras 44 do grupo Euro RSCG
4D fazem Marketing Services, integrando essas disciplinas e entregando um trabalho coeso e
sempre muito criativo, define.
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portflio agncia - Euro RSCG 4D :: 13
(A bolha da internet) foi uma overdose de desinformao, apostas despropositadas na web, tudo totalmente
fora de controle, o que prejudicou demais o desenvolvimento da internet no pas
Furando a bolha
O ano de 2001 deixou marcas profundas em alguns
profissionais que trabalhavam com internet na poca.
Esse perodo ficou conhecido como bolha da internet,
quando a supervalorizao das empresas pontocom acabou
se tornando um grande desastre comercial, aps o boom
ocorrido entre 1999 e 2000.
Enfrentamos a bolha da internet e, nessa poca, as
pessoas no tinham noo alguma de como a tecnologia
podia trabalhar para as suas marcas. Foi uma overdose
de desinformao, apostas despropositadas na web, tudototalmente fora de controle, o que prejudicou demais o
desenvolvimento da internet no pas. Mas sempre fomos
muito srios e comprometidos com o negcio dos nossos
clientes, por isso passamos por aquele perodo e estamos
aqui hoje, fortes e crescendo e, melhor, ganhamos o
respeito e a admirao do mercado, afirma Alon.
2005: o ano das premiaes
Dentre as principais realizaes j alcanadas pela
agncia, Alon diz que manter um crescimento constante
durante os seis anos de existncia uma grande conquista.
Ele destaca tambm as importantes premiaes recebidas
ao longo desse tempo.
O ano de 2005 foi, particularmente, um perodo de
grandes conquistas, com mais de 60 prmios ganhos em
festivais nacionais e internacionais. Em Cannes, que o
Oscar do nosso mercado, levamos cinco lees e fomos a
terceira agncia interativa mais premiada do mundo. No
Brasil, tambm fomos a agncia do ano no Prmio About,
e a mais premiada no ABANET, que reconhece cases e no
peas isoladas. Destaco tambm os dois prmios AMAUTA
que recebemos, o mais importante festival de marketing
direto da Amrica Latina.
Mas nem s de prmios vive uma agncia. Outro
destaque importante fo i a conquista da conta das
cervejarias Kaiser, um cliente muito aberto, maduro, que
nos possibilitou colocarmos no ar grandes campanhas e
projetos, diz.
Liberdade para se atingir a criatividade
Uma dvida muito comum de quem inicia na profisso
envolve a formao de uma agncia web. Na Euro, o perfil
bem variado.
Temos vr ios perf is dentro da a gncia. Desde
o fera em tecnologia, ao expert em mdia, passa ndo
pelo profissional de atendimento, planejamento, peloscriativos - diretor de arte, redator. Sempre oferecemos
palestras e possibilidades para nossa equipe reciclar seus
conhecimentos e incentivamos isso o tempo todo. No mais,
nosso time tambm trabalha integrado, ou seja, buscamos
quebrar a diviso de trabalho on e off-line e incentivamos
a todos trabalharem em todos os jobs da casa, explica
Alon.
Um aspecto fundamental para estimular a criatividade/
produo dos profissionais que trabalham na agncia
Bolha da internet
A entrada do sculo XXI foi um momento de fora
na Internet. O bug do milnio no gerou prejuzos e
grandes empresas da era virtua l que nasceram de pe-
quenas idias como Hotmail, Google, Yahoo e Amazon
contabilizaram lucros antes impensveis. Ao mesmo
tempo, teve incio o tempo das grandes fuses de em-presas, como a reunio dos grupos AOL e Time-Warner.
A chamada Bolha da Internet estava inflando e no
demoraria muito a estourar.
Fonte: Terra Tecnologia (http://tinyurl.com/cx76q)
x
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Sempre oferecemos palestras e possibilidades para nossa equipe reciclar seus conhecimentos e
incentivamos isso o tempo todo
www.eurorscg4d.com.br
CASES
envolve o planejamento do ambiente fsico (estrutura,
decorao, computadores etc).
O que damos aos nossos profissiona is liberdade.
Liberdade para colocar psteres pela agncia, para decorar
seu ambiente de trabalho, para fazer suas pesquisas e
dividir com o grupo as novidades que descobriu. Acredito
que isso motivador e ajuda a turbinar sua criatividade.
Tambm propiciamos um a mbiente alegre, jovial, um
ambiente de equipe mesmo, revela.
Segundo Alon, o estmulo criatividade representa
o segredo para uma agncia sobreviver no disputado
mercado de internet. Criatividade a palavra-chave,
o nosso segredo e o motivo pelo qual estamos aqui,
crescendo, conquistando prmios e clientes, completa.
E tudo isso vai ajudar tambm na consolidao dosdiferenciais da agncia. Somos uma agncia que faz
Marketing Services, ou seja, no temos uma soluo pronta
para nossos clientes. Eles nos trazem seus problemas de
comunicao, ns olhamos para ele e levamos a soluo
ideal, que pode ser na internet, ou uma promoo, uma
ao no ponto de venda, um evento, ou tudo isso junto,
integrado. Temos diversas ferramentas e as usamos
conforme a necessidade do cliente naquele momento.
Trabalhamos comunicao integrada, sempre de formamuito criativa e ousada, aponta.
Kaiser - Videokast
www.kaiser.com.br
Dando continuidade as inovaes realizadas, em agos-
to de 2005, no site da cervejaria Kaiser, a Euro RSCG 4D im-plementou, no comeo de janeiro, a tecnologia videocast,
rebatizando-a de videoKast, com K de Kaiser.
Para quem ainda no sabe, videocast so arquivos de
imagens transmit idos pela web. No caso do site da Kaiser,
a tecnologia permite que as pessoas transformem fotos
em um vdeo dinmico, editando-o com efeitos especiais,
trilhas e outros recursos.
14 :: portflio agncia - Euro RSCG 4D
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A ferramenta para edio do videocast foi desenvol-
vida pela agncia. Entre as vantagens, o usurio pode sal-
var seu videocast durante a produo, inserir frases (let-
terings), fazer quantos videocasts quiser e envi-los por
e-mail para os amigos, dividindo com eles seus melhoresmomentos.
Garota Veet
www.veetbrasil.com.br/garotaveet
A Reckitt Benckiser tinha como objetivo rejuvenescer
o posicionamento dos seus produtos depilatrios Veet no
mercado brasileiro. O objetivo da empresa era modernizar
o produto, a partir de uma campanha que falasse, princi-
palmente, com garotas a partir dos 13 anos, poca em que
se inicia a depilao juntamente com a primeira menstru-
ao.
Diante disso, a Euro RSCG 4D recebeu a misso de
desenvolver o site do Concurso Garota Veet, criado para
ser a principal ferramenta de votao no concurso e princi
pal mdia para as candidatas buscarem votos.
O planejamento de mdia no poderia ter sido melhoro site atingiu cerca de 70 mil cadastrados que votaram nas
garotas participantes do concurso. O site contou com 69
mil votos via internet e 750 votos por celular (SMS), alm
da inscrio de 700 garotas, das mais diversas cidades do
Brasil.
portflio agncia - Euro RSCG 4D :: 15
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16 :: portflio agncia - Euro RSCG 4D
CASES
Nokia Trends
www.nokiatrends.com.br
O Nokia Trends uma plataforma de marketing baseada na msica e na arte multimdia, criada em 2004 para estimu-
lar as novas formas de consumo de informao por meios eletrnicos, no s tradicionais, mas, sobretudo, os mveis.A Euro vem cuidando do desenvolvimento do site desde sua primeira edio (2004). Criado para ser um elemento
complementar na divulgao do evento, o site fez tanto sucesso que acabou se tornando a principal ferramenta de
comunicao entre o Nokia Trends e seu pblico-alvo, justamente pelo fato de ilustrar, de maneira ampla, o conceito
do evento.
Os nmeros refletem esse sucesso: no ms da ltima edio do evento, em setembro de 2005, o nmero de page
views saltou de 200 mil para 718 mil (um crescimento de 257%). No mesmo perodo, o nmero de visitas teve um acrs-
cimo de 235%. Numericamente, o valor de visitas subiu de 37 mil para 125 mil. Em nmeros de visitantes nicos, com-
preendido entre agosto e setembro, o aumento fo i de 32 mil para 110 mil, representando alta de 245%.
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18 :: portflio freelancer - Alex Leo
Colocando a Bahia no mapado design na web
A expanso do acesso internet pelo pas comea
a colher seus frutos. Um deles vem de Salvador, Bahia, e
envolve o design na web. Meu interesse pela rea surgiu
quando a internet chegou l em casa. Lembro bem quando
vi a web pela primeira vez, por vo lta dos 12 anos, em um
curso de informtica avanado. Pensei que negcio esse,
coisa de maluco..., mas fascinava. Mal sabia que pouco
tempo depois ia comear a brincar de fazer sites, relata
Alex Leo.
A brincadeira se tornou algo srio e o baiano iniciou
sua caminhada neste mercado to disputado. Em 2003,
consegui um estgio no SERPRO, onde aprendi o famoso
Flash, que at ento era quase uma incgnita para mim, e
me aperfeioei no Fireworks, Dreamweaver e programao
ASP com SQL Server, lembra.
Alm disso, Leo resolveu investir em alguns trabalhos
no remunerados para tornar seu trabalho conhecido.
Dentre os que fiz, posso citar o Style Host, ScriptBrasil e F1
Mania. Com isso, comecei a ter mais visibilidade e contatos.
O resultado foi a conquista de projetos remunerados. O
Esporte Clube Bahia (http://www.ecbahia.com.br) foi o mais
importante pela alta visibilidade aqui no Estado.
Mas o melhor ainda estaria por vir. Em 2005, seria
a vez do desenvolvimento da nova verso do site do tenista
Fernando Meligeni. O contato surgiu com a pessoa que
atualizava o site (Thiago). Ele tinha sido um cliente meu,atravs da criao de um layout para um portal de tnis, que
gostou do meu trabalho e me indicou para a empresria do
Meligeni, revela.
Para chegar no modelo atual do site, ele precisou
desenvolver trs esboos de layout. Tivemos uma constante
troca de idias (atravs de Messenger e e-mail) para definir
qual seria a estrutura e o oramento final. A princpio pensei
em um site com as cores do tnis e Brasil (verde, amarelo
e um pouco de azul), que retratasse a nacionalizao doFernando. Mas a empresria e sua equipe queriam algo
diferente e sugeriram um azul. Segui a linha de um site
flutuante com bordas arredondadas e tons fortes, conta.
O esforo de Leo seria reconhecido: o projeto foi
vencedor da categoria Pessoa Fsica do prmio Plugin
Website Awards 2005 (http://concurso.plugin.com.br). Uma
das grandes sacadas foi a criao do Espao dos Tenistas,
que funciona como um pequeno portal de informaes
sobre o universo do tnis e procura atrair usurios de forma
permanente, diz.
Para o futuro, Alex diz que pretende investir cada
vez mais em sua formao profissional. Estudar, praticar
e demonstrar que ser webdesigner uma profisso
importante que requer muita preparao e estudo. Passei
para o ltimo semestre do curso de Sistemas de Informao
da Faculdade Ruy Barbosa. Depois, pretendo ingressar em
outro curso, Design ou Publicidade, ainda no sei qual, at
l decido, pois creio que ainda sou novo e tenho muito que
aprender.
Site: www.aldesigner.com.br
Email: [email protected]
www.aldesigner.com.br
www.meligeni.com.br
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20 :: entrevista - Jos Bessa
Os mais antigos no devem esquecer do Design de Bolso (http://
tinyurl.com/d7n4k), famoso manifesto experimental - em forma de fanzine
- produzido por Elesbo (Jos Bessa) e Haroldinho (Cludio Reston), entre
os idos de 1997 e 2001.
Mas a quantas anda a produo da dupla? A curiosidade tamanhae a resposta voc confere a seguir. Isso porque conversamos com Bessa,
que fala sobre a evoluo do trabalho da dupla (atualmente, eles lapidam
suas idias no Visorama Diverses Eletrnicas - www.visorama.tv), ana-
lisa o atual momento do mercado de design, desmistifica o processo de
criao e revela os novos desafios que viro. Boa leitura!
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entrevista - Jos Bessa :: 21
Wd :: Em algum momento, o uso dos personagensElesbo e Haroldinho prejudicou a conquista de pro-
jetos/clientes?
Bessa :: Excetuando uma ou duas situaes pontuais
no primeiro ano, creio que no tenhamos passado por qual-
quer impedimento, ou pelo menos algo que nos tenha sido
externado. Se houve incompreenso ou m vontade, ela
provavelmente partiu de minorias conservadoras dentre
os prprios designers, procurando isolar-nos em um nicho
pitoresco, humorado, como galhofeiros sem a devida co-
notao profissional. Essa ignorncia tambm pode advir
do nosso afastamento das chamadas panelas.
Um aspecto delicado, cuja percepo nos escapou nos
primeiros anos, foi a compreenso do risco da apresen-
tao de um escritrio multifacetado, cuja proposta, pela
amplitude, poderia facilmente ser vista como pretensiosa.
Entendemos que era necessrio setorizar a abordagem,
com o foco inicial na solicitao do cliente, deixando para
uma segunda etapa o esclarecimento de outras reas detrabalho, facilitando assim a digesto.
Wd :: De 2000, quando vocs se apresentaram no
1 Encontro de Web Design, para os dias atuais, quais
foram as principais modificaes ocorridas no trabalho
da dupla?
Bessa :: Entre 1997 e 2001, atravessamos um perodo
de intensa produo e exposio, principalmente a expe-
rimental, e, a partir de 2002, um plat que apontava para
a necessidade de repensar e reforar a gerao de caixa,
historicamente prejudicada pela nossa indisposio para
com os segmentos de prospeco e atendimento.
Trabalhvamos apenas os dois desde o incio, com a
breve passagem de uma estagiria que nos fez perceber,
por exemplo, o quo difcil era delegar dentro daquela reali-
dade. Entretanto, era necessrio expandir para sobreviver.
O ano particularmente fraco acelerou a busca de uma
sada, encontrando caminho na proposta de uma produ-
Passados esses dois primeiros anos do novo escritrio, a percepo de uma fase de
amadurecimento, afinando a expresso do conjunto
capas das edies do Design de bolso
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22 :: entrevista - Jos Bessa
tora com a qual trabalhvamos, desejosa por nos unir ao
departamento de arte para a composio de uma empresa
de design para mdia eletrnica. Assim surgiu, no incio de2003, a Visorama Diverses Eletrnicas. A despeito dos
descumprimentos do proponente que prejudicaram sobre-
maneira esse incio, o natural rompimento com a empresa,
meses depois, nos deu a chance de caminhar por conta
prpria e abandonar definitivamente um jogo de interesses
onde vale mais rebolar para o mercado aplaudir. No o
que pretendemos.
Passados esses dois primeiros anos do novo escritrio,
a percepo de uma fase de amadurecimento, afinando
a expresso do conjunto. O portflio ainda no de nosso
agrado, e importante que essa percepo real, prag-
mtica, sirva de objeto para extrairmos aquilo que trar
brevemente a verdadeira cara da Visorama.
"A dinmica do pixel permite abordagens
estticas e interativas, sem que isso
necessariamente aponte para a similitude do
impresso ou a pirotecnia computacional"
Wd :: Nesta mesma apresentao, vocs enfatizaram
que ...celulose celulose, pixel pixel.... Apesar de
no trabalhar com web, voc podia apontar as principais
diferenas entre o design impresso e o online?
Bessa :: um bom momento para rever e destrinar a
afirmativa, a um tanto resumida e ortodoxa. A dinmica do
pixel permite abordagens estticas e interativas, sem que
isso necessariamente aponte para a similitude do impressoou a pirotecnia computacional.
O papel eletrnico j uma realidade, cujo advento
aproxima cada vez mais o byte ao pigmento. O pice da
tecnologia no perceb-la. importante o domnio tc-
nico e conceitual do meio, precisando a abordagem para
um pblico e uma linguagem no necessariamente bvias.
No somos extratos de estatsticas, mas usurios indivi-
dualizados que dispensam a falsa intimidade automatizada.
Pster do Design de Bolso 8
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entrevista - Jos Bessa :: 23
A travada funciona como o resfriado
ou a ressaca: no h frmula, apesar das
receitas
Wd :: Em seu blog (www.bricabraque.com/blog),
retiramos o seguinte pensamento: Criar sofrer. No
criar, sofrer mais. Como o processo de criao de
vocs? O que fazem quando ocorre uma travada no
momento da criao?
Bessa :: No utilizamos conscientemente um mtodo,
uma frmula de criao. Trabalhamos em cima das sensa-es imediatas a partir do briefing, e discutimos a seguir os
primeiros resultados para avaliar a participao da equipe,
ou mesmo a mudana de responsvel ou de rumo.
A travada funciona como o resfriado ou a ressaca:
no h frmula, apesar das receitas. Procuramos nos afastar
do ambiente para deixar a cabea despressurizar. Muitas
vezes pode haver obsesso por um caminho sem potencial,
bloqueando o pensamento para outras propostas.
Wd :: Quais so as principais referncias no trabalho
da dupla?Bessa :: Nunca procurei identificar minhas influncias,
e no vejo relevncia. Temo que alguma indicao, apontar
um profissional ou processo histrico, teime por engessar
ou preconceituar a percepo sobre o que eu produzo.
Ousaria dizer que a identificao tende a acontecer com
um design de explorao tipogrf ica e da forma. Por certo
j flertei com outros caminhos, mas, no apanhado, isso
que sobressai.
Wd :: Ainda no seu blog (http://tinyurl.com/92ul5),
h uma passagem que diz: A tipografia um feudo
por natureza, e o potencial arrogante entre seus entu-
siastas, enorme. A interpretao de determinados tipos
de fontes a mesma de pessoa para pessoa? Como a ti-
pografia influencia na transmisso da mensagem?
Bessa :: H uma conscincia coletiva na sociedade
contempornea, mas a interpretao h de ser pessoal,
ainda que determinadas convenes e preconceitos, muitas
vezes travestidos como um ensino tipogrfico, possam pas-
Pgina de Junho do calendrio promocional
da V.ROM, feito com o nmero 6
Pgina-dupla para a centsima edio da revista
francesa de design grfico tapes
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24 :: entrevista - Jos Bessa
teurizar a percepo do designer.
Nesse aspecto, curiosamente, o usurio leigo pode apresentar maior
autonomia. um dado para demonstrar o quanto devemos nos ater pesquisa pessoal, importncia de nossa prpria opinio, historicamente
fragilizada por dogmas estrangeiros ou tantos professores-profissionais-
frustrados.
natural que se respeite a experincia alheia, mas fundamental
que o designer experimente e procure entender por conta prpria como
a tipografia funciona. A prtica fundamental para a consistncia.
A prtica fundamental para a consistncia
Wd :: Falando ainda sobre esse assunto, voc acha que a tipografia
afeta o significado de uma palavra?
Bessa :: Sobremaneira. A leitura no-verbal trabalha em paralelo,
e uma escolha impensada pode retardar a mensagem escrita. Ler, todos
continuaro, mas o impacto ser influenciado pela tipografia.
O verdadeiro profissional absorve e compartilha, para
que o mercado cresa, o nvel melhore e todos sejamos
mais respeitados
Wd :: Nos projetos Design de Bolso e Tipoptamo, vocs colo-
caram em prtica a busca por novos caminhos de expresso. Como
voc analisa a atual produo de design no Brasil?
Bessa :: No acompanho a produo nacional como um todo, mas
tenho a felicidade de conhecer novas e vigorosas expresses como o
Buraco de Bala (www.buracodebala.com) - e a Famlia, Colleti vo (www.
colletivodesign.com.br), Nitrocorpz (www.nitrocorpz.com) - entre ou-
tros, gente cujo talento e conscincia profissional so proporcionais. Os
prprios eventos estudantis aumentaram qualita e quantitativamente,
gerando mais discusso e promovendo um intercmbio necessrio a um
pas continental e fragmentado.
H muita gente competente, mas importante observar que roti-
neiramente o vigor acaba encapsulado pela reproduo de linguagens e
tendncias abraadas pelo mercado publicitrio. Mais e melhores profis-
sionais surgem medida que a profisso e a informao se expandem, mas
o resultado ainda tmido para o usurio final. algo que leva tempo.
Cartaz-proposta para a 25 Bienal de Artes de So Paulo
Vinheta de abertura do Festival
Internacional de Curtas do Rio de Janeiro, o Curta
Cinema 2005
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entrevista - Jos Bessa :: 25
fundamental que o designer ou qualquer outro profissional tenha
postura para negociar, relutar e saber onde di o prprio calo, e que,
acima de tudo, deixe a informao circular: de nada adianta protegerseus processos atrs de mecnicas obscuras e feudos intelec tuais para
a masturbao dos colegas. Repasse o aprendizado, compartilhe solu-
es. Ningum melhor por conta de um programa ou macete, isso
bobagem. O verdadeiro profissional absorve e compartilha, para que
o mercado cresa, o nvel melhore e todos sejamos mais respeitados. E
aquilo que voc ensina hoje pode ser reprocessado e retornado amanh.
Todos ganham.
No quero viver de passado, mas permanecer
produtivo para que o meu discurso represente um
momento atual e sincero
Wd :: Quais so os projetos futuros da dupla?
Bessa :: Queremos lanar a ltima edio do Design de Bolso, fe-
chando o ciclo, e um livro-portflio que abrace toda a produo entre
1997 e 2002, fechando aquela tampa. importante pontuar e entender
o presente, e o que pretendemos daqui em diante. No quero viver de
passado, mas permanecer produtivo para que o meu discurso represente
um momento atual e sincero. Estudar preciso.
Uma das trs paredes feitas para o ambiente (corredor)
da arquiteta Vera Rupp no Casa Cor 99, utilizando
poesias do Antnio Ccero
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A
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28 :: tipografia na web
L nha descendente
nha ascendente
nh se e a
nha de caixa alta
Como sabemos, o desenvolvimento de um projeto
de internet envolve algumas etapas (planejamento, conte-
do, design, tecnologia, entre outras). Na fase do design, comum o foco dos debates entre os profissionais recair
sobre temas como cores, layouts, imagens, arquitetura da
informao e usabilidade. E a tipografia? Qual seria sua
importncia dentro deste contexto, ou seja, como ela aju-
daria a alcanar o objetivo do site?
Ela um dos fatores determinantes da personali-
dade de um projeto grfico, independente em que mdia
ele seja executado: impressa, eletrnica. A escolha da
tipografia determinante, tanto pelo aspecto esttico,
quanto pelo aspecto funcional, diz Michel Lent Schwartz-
man, designer grfico e scio-diretor da agncia 10Minu-
tos (www.10minutos.com.br).
Ou seja, uma boa tipografia vai garantir unidade
grfica, determinando legibilidade, estilo e originalidade
a uma pea grfica. Por isso, importante estudar e
conhecer tipografia to a fundo. Antes do computador,
desenhar uma famlia tipogrfica era um processo meticu-
loso e detalhista, o que contribua para a qualidade geral
da tipografia. Hoje, com a facilidade oferecida pela tecno-
logia e a distribuio em massa pela internet, comum se
encontrar fontes com pssimo design e erros grosseiros.
claro que ainda existem, e sempre iro existir, diversas
fontes modernas muito bem desenhadas e de alta quali-
dade, afinal o computador no impede de forma alguma
que o processo tipogrfico continue sendo meticuloso,detalhista e bem trabalhado, mas preciso saber identi-
ficar as verdadeiras obras tipogrficas em meio a tantas
opes dos mais variados estilos e padres estticos,
alerta Gui Borchert, diretor de arte da agncia R/GA
(www.rga.com).
Outro fator a ser considerado envolve a influncia
que a tipografia exerce na transmisso da mensagem. A
tipografia voz em forma de imagem. No s influen-
cia como tambm determina o tom e a prpria forma
Tipografia: um dos fatores determinantes
da personalidade de um projeto grficoMichel Lent (10Minutos)
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tipografia na web :: 29
Como garantir o sucesso esttico e
funcional de seu projeto
de se comunicar uma mensagem. A tipografia um dos
elementos mais importantes em um projeto grfico,
quase um projeto parte, se considerarmos que antesde ser uma fonte, cada letra de cada famlia tipogrfica
foi criada e desenhada individualmente, dentro de um
padro esttico definido pelo tipgrafo, em um processo
que pode levar meses e at mesmo anos para ser com-
pleto, explica Borchert.
Lembrando ainda que a interpretao dos tipos leva
em conta a bagagem cultural da pessoa. A interpretao
varia de acordo com o contexto no qual ela est inserida
e com a carga de informao que o receptor da mensa-
gem tem para associar a fonte a alguma lembrana. Fon-
tes handscript ou handwrite remetem a coisas infantis.
Ao encontrar um texto escrito com esse tipo de fonte, a
pessoa lembra da poca em que estava na escola, apren-
dendo a ler, dos livros infantis que usam esse tipo de
fonte etc. Mas, para que ocorra a associao, necessrio
que o visitante do site j tenha entrado em contato com
determinada famlia de fonte, por isso a interpretao
pode variar. Mesmo variando, possvel ter uma garan-
tia de interpretao, pois as lembranas do crebro no
vem de um nico lugar, analisa Rafael Apocalypse, desig-
ner grfico e scio-fundador do ideiadigital (www.ideiadi-gital.ppg.br).
Fonte mais indicada: com ou sem serifa?
Uma pergunta muito comum se existe um tipo ideal
para uso na internet. A escolha vai depender do projeto
a ser desenvolvido. Qual a finalidade dessa fonte?
Texto? Ttulo? Subttulo? Legenda? para leitura rpida
ou lenta? So estas e muitas outras perguntas que devem
ser feitas para se escolher uma fonte mais adequada,
argumenta Marcio Shimabukuro, criador do laboratrio
digital tipogrfico experimental Tipograma Fontes (www.
tipograma.com.br).
As dvidas se tornam mais freqentes quando falamos
de fontes com ou sem serifa. Existem estudos que indi-
cam a tipografia sem serifa para web, pois muitas serifa-
das, em um tamanho reduzido, geram manchas desagrad-
veis em suas letras. No acredito que isso seja uma regra e
nem que haja algo mais ou menos indicado para esta mdia.
Tudo vai depender da finalidade do site, explica Marcio.
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30 :: tipografia na web
A viso compartilhada por Michel Lent, que aponta
ainda que o ideal que a fonte tenha sido desenhada
para a tela. Estas fontes j foram planejadas prevendo
seu comportamento quando representada em pixels, que
tm uma resoluo muito menor do que a mdia impressa.
O padro de resoluo em PCs de 72 pontos por pole-
gada, contra 150 pontos na impresso de jornal e 300 em
revistas, relata.
J existem tipos com serifa de boa leitura
em tela, mesmo sem anti-aliasing
Gui Borchert (R/GA)
Porm, novos tipos esto surgindo para tornar a visuali-zao da serifa melhor em monitores. J existem tipos com
serifa de boa leitura em tela, mesmo sem anti-aliasing. o
caso da Georgia, do tipgrafo Matthew Carter, por exem-
plo, desenhada para a Microsoft especificamente para lei-
tura em tela. A exibio de fontes na tela vem evoluindo
gradativamente. As tcnicas de anti-aliasing esto se
desenvolvendo significantemente e a qualidade do texto
em tela vem de certa forma se aproximando cada vez
mais da tipografia impressa. Por isso, acho que o que ir
determinar a tipografia escolhida, assim como em outras
mdias, ser justamente o projeto em si, e no o fato de
ser ou no para web, afirma Gui Borchert.
No tutorial Web Typography Tutorial, Nadav Savio
aborda justamente esta questo e explica que o problema
envolvendo a tipografia online no envolve a web em si,
mas a forma como elas so dispostas em diferentes telas.
Ento, como resolver esta situao?
O designer no deve pensar apenas na mensagem
e em como transmiti-la, mas tambm nas limitaes espe-
cficas desse meio. Toda fonte usada no site deve estar
instalada no computador do visitante. Caso contrrio, o
browser ir usar a fonte default para exibir o texto e o
efeito planejado pelo designer ser perdido. Quer dizer
que estamos limitados ao escolher tipos para web? De
uma certa forma, sim, mas a tecnologia nos permite diver-
sas outras maneiras de conseguir os efeitos desejados e
usar a fonte que quisermos. Tcnicas de image-replace-
ment, via CSS, ajudam muito na hora de usar uma fonte
diferente em um ttulo. Outra alternativa, por exemplo,
so os scripts server-side para gerar uma imagem, a par-
tir de um texto dinmico, usando uma determinada fonte
disponvel no servidor do site, explica Rafael.
Dessa forma, Borchert refora a importncia de setestar o projeto em diferentes monitores e resolues,
para ver qual ser o resultado, e assim fazer os ajustes
necessrios. Tenho uma viso otimista com relao ao
"A tipoGrafia evozem forma deimagem"Gui Borchert (R/GA)
X
Tcnica que adiciona pontos sombreados ao contorno da fonte
(ou qualquer outra figura vetorial), de forma a borrar a imagem
e tornar seu contorno mais suave.
Fonte: Dicas-l (www.dicas-l.com.br)
-Anti-aliasinG
X
Confira o tutorial do WebMonkey, em ingls, no link: http://
hotwired.lycos.com/webmonkey/01/45/index4a.html
Web TypoGraphy Tutorial
X
Tcnica, em CSS, muito usada para substituir textos
por imagem, servindo tanto para facilitar o trabalho do
desenvolvedor quanto para aumentar acessibilidade dos
usurios.
Fonte: Poro da Taberna (www.pdt.2ss.com.br)
ma e-re acement ImaGe-replacement
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tipografia na web :: 31
assunto. Temos observado uma constante evoluo da
qualidade de exibio de tipografia em tela. A tendncia
uma evoluo gradativa que ir contribuir para a melhora
da qualidade na exibio do design digital, diz.
Legibilidade e alinhamento do texto
Alm da fonte, outras questes influenciam o pro-
cesso de escolha da melhor tipografia de um site. A pri-
meira seria a legibilidade. No s na web, mas em qual-
quer mdia, existem inmeros fatores que podem influen-
ciar na legibilidade. O segredo saber balancear padro
esttico com legibilidade, para que o projeto, alm de
visualmente bem resolvido, seja tambm eficiente na
comunicao, aponta Borchert.
Elabore um plano cromtico que evite
um mau contraste entre letra e fundo
Marcio Shimabukuro (Tipograma Fontes)
Para que isso acontea, Michel recomenda que sejam
respeitados os tamanhos para os quais as famlias foram
desenhadas e evitar o uso de letras muito pequenas e cores
de fundo que ofeream pouco contraste em relao cor
do texto. Elabore um plano cromtico que evite um maucontraste entre letra e fundo. Tanto o alto quanto o baixo
contraste devem ser evitados, acrescenta Shimabukuro.
Outro aspecto envolve a definio do alinhamento
dos elementos do site. Ele costuma influenciar em muito
a leitura. O ideal que o texto seja desenhado de forma
que permita uma leitura cadenciada e linear. Para isso
importante escolher um tipo de alinhamento e mant-lo
ao longo do texto, sem grandes variaes, relata Michel.
O ideal utilizar o alinhamento esquerda porque, alm
de representar a forma natural da escrita ocidental, forma
um bloco consistente, marcando bem o comeo e o fim
do pargrafo, completa Rafael.
Combinando fontes no site
Um dos recursos para tornar a leitura de uma pginaagradvel est na combinao de fontes. Porm, preciso
tomar cuidado para que essa combinao no prejudique
o projeto esttico do site.
Procuro no trabalhar com mais do que
trs tipos de fonte em um projeto grfico
Michel Lent (10Minutos)
Como a escolha das fontes ajuda a determinar
a identidade do projeto grfico, o ideal que se deter-
mine um grupo de fontes que ser respeitado durante o
projeto. Novamente, no h uma regra especfica, mas
eu procuro no trabalhar com mais do que trs tipos de
fonte em um projeto grfico. Geralmente, uma para ttu-
los, outra para texto corrido e uma terceira para detalhes
especiais. Ao combinar fontes diferentes, procuro tambm
alternar serifas e no serifas. Mas este um pensamento
X
- esquerda: visualmente mais confortvel, pois resulta em
comprimentos diferentes para cada linha e facilita o usurio a
no se perder na leitura.
- direita: recomendado para pargrafos bem curtos, por
alguma opo esttica e no aleatoriamente.
- Justificado: utilizado se o projeto pedir uma massa de texto
quadrada ou retangular.
- Centralizado: deve ser evitado para textos longos, pois
dificulta bastante a leitura.
Fonte: Curso Web para Designers
tipos de alinhamento
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32 :: tipografia na web
mais clssico. No d para tomar como regra. H proje-
tos editorais brilhantes que fogem completamente a essa
padro, revela Michel. Em alguns casos, prefervel usarvariaes tipogrficas dentro da mesma famlia ao invs de
se introduzir uma nova tipografia que poderia afetar a coe-
so visual do projeto grfico, acrescenta Borchert.
Ferramentas e dicas para se trabalhar com tipogra-
fia na web
Algumas ferramentas podem ajudar o designer na
hora de definir qual ser a tipografia utilizada em seu pro-
jeto. Uma boa opo o Typetester, criado pelo croata
Marko Dugonjic (confira, no Box abaixo, detalhes sobre o
Typetester), um aplicativo online que permite a compara-
o de fontes na tela.
Mas as opes no param por a. Para a criao de
fontes, existem programas especficos como Fontogra-
pher, TypeTool e Fontlab, por exemplo, que permitem
a criao de fontes. J no desenvolvimento de layouts
usando tipografia, cada programa tem sua forma de lidar
com as fontes, mas que de uma forma geral acaba sendo
Bate-papo:MarkoDugonjic,profissionaldewebdaagnciaweb.burza(http://web.burza.hr/en/who/is/maratz/
#leftCol)ecriadordoTypetester(http://typetester.maratz.com/)Wd::ComosurgiuaidiadoTypetester?Marko::OTypetesterfoiaevoluonaturaldaferramentadetiposdesenvolvidainternamenteparaosdesi
g-
nersdaagnciaemquetrabalho(web.burza).Todosqueexperimentavamoprimeiromodelo,pediammaisalguma
coisanova.Fuimeempolgandoconsideravelmentenaquelapocaparaatendertodasassugestes.
Assim,acabeificandocomumalongalistadefuncionalidadesecomeceiapensarmaisseriamentesobreoapli-
cativo.Quandotinhacercade80%dasfuncionalidadesimplementadas,decidiofereceroTypetesterdegraapara
todomundo.
Wd::ComooTypetesterpodeajudarotrabalhodowebdesigner?Marko ::Tipografiaparaawebtemmuitaslimitaes.Dentreoutras:nemtodousuriotemtodasasfontes
existentesinstaladasemseucomputadoreosnavegadoresnorenderizamasfontesdamesmaforma.
semelhante, como o caso do Photoshop, Illustrator,
Flash etc. Em relao ao gerenciamento de fontes, exis-
tem diversos programas, como o Suitcase, por exemplo,que permite testar, visualizar, ativar e desativar diversas
fontes sem sobrecarregar o sistema, relata Borchert.
J para quem pretende se aprofundar no assunto, o
especialista ressalta a necessidade do estudo contnuo.
Conhecimento tipogrfico nunca demais. Estude tipo-
grafia extensivamente. Desde a origem da escrita at
tipografia moderna; da caligrafia as fontes bitmap; tip-
grafos tradicionais a type foundries modernas. Procure
estar por dentro de novas tcnicas e novas famlias tipo-
grficas, conhea as melhores type foundries, estude as
diferenas de estilos tipogrficos, analise cada letra pro-
fundamente, suas diferenas, variaes, formas e deta-
lhes. No se limite a buscar somente fontes de graa na
web. O preo que se paga ao comprar uma famlia tipo-
grfica um investimento justo, que alm de garantir o
tratamento grfico ideal para o seu projeto, significa tam-
bm apoio ao desenvolvimento contnuo de fontes cada
vez melhores para todos, afirma.
Testandoseu(web)tipo
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tipografia na web :: 33
Freqentemente,meusamigosdesigners/ilustradoresficamsurpreendidossobrecomoasfontessorende-
rizadasnosnavegadores,Issoporque,svezes,oslayoutsficamcompletamentediferentesdoquefoifeitono
Photoshop.
Dessaforma,oTypetesterpodeajud-losavisualizarfontesemumbrowseredecidirqualtipodefonteser
utilizada. Assim,elescapturamatelacomosajustesdesejadosecolamelacomanovadisposionoPhotoshop.
Dessamaneira,elestmumcenriomelhorparainiciarodesenvolvimento.Oaplicativovemsendomuitotilemcompararpequenosdetalhes,mostrandoadistnciaentrelinhasdeumtipo
(line-heightnoCSS)outestandoalegibilidadedotexto. Finalmente,ogeradordeCSScriaocdigodeformaime-
diata-nohnecessidadedesabercomocodificarcomoCSS,vocpodeajust-lonopaineldevisualizaoprvia.
Wd::QuaissoosprojetosfuturosdoTypetester?Marko::Atualmente,estamostestandoosistemadeusuriocomumhistricoealgumasopesdecustomiza-
o.Aidiaqueousuriopossaselogar-comumnomedeusurioeumasenha-parapreservarsuasprefern-
cias,verseuhistricodeatividadesnositeetc.
Linotipo:Inventadaem1890porOttmarMergenthaler,
faziaacomposiomecnicadostextos
atravsdafundiodecaracteres,formando
linhastipogrficas.Ostiposeramfundidos
numacaldeiracomchumboderretido,
formandoalinhadematrizemumasbarra.
Jresfriadas,aslinhaseramreunidasnuma
bandeja,seguindoapsparaamquinade
impresso.Fonte:htt
p://tinyurl.com/d3l95
Mquinadeescrever:SegundoohistoriadorMichaelAdler,aprimeira
mquinadeescreverdocumentadafoifabricada
porumnobreitalianochamadoPellegrinoTurri,por
voltade1808.Elefabricouumartefatoparaque
umaamiga,cega,pudessesecorrespondercomele.
Fonte:http://tinyurl.com/d8phk
Tiposmveis:No Ocidente,afirma-sequeoprocesso
deimpressofoiinventadoporJohannes
Gutenberg.Em1455,elecriouasletrasde
chumboconhecidascomotiposmveis,
quederamorigemsprimeirasgrficas.Fonte:IBGETeen
Letraset:Conhecidastambmcomoletratransferveis.Soletrasprontasparasertransferidasparaodesenho,devriostamanhosemodelos.Fonte:http://tinyurl.com/eyeh5
Papiro:Plantaaquticadamesmafamlia
daTiririca(Cyperusrotundus).Erautilizadaprincipalmentena
produodepapelnoEgitoantigo.Fonte:http://pt.wikipedia.org/
wiki/Papiro
uriosidadesCuriosidades
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34 :: tipografia na web
Bate-papo: Crystian Cruz, designer criador da tipografia "Brasilro" (www.promo-design.com.br/tipografia)
Wd :: Como surgiu a idia de criar a Brasilro?
Crystian :: A riqueza da escrita popular brasileira foi algo que sempre me fascinou,
do desenho das letras forma como elas esto dispostas. Afinal, como no apreciar uma
placa com letras invertidas ou textos exprimidos no final por falta de espao?
Desta admirao nasceu a vontade de criar uma tipografia digital que fosse um
retrato deste tipo de expresso visual genuinamente brasileiro. A inocncia dos anni-
mos autores dos escritos populares merecia ser registrada. Dois anos depois dos pri-
meiros estudos foi publicada a primeira verso da "Brasilro", uma tipografia que busca
mostrar a essncia da nossa escrita popular.
Wd :: Que tipo de estudo voc realizou durante o processo de criao?
Crystian :: Tudo comeou com uma extensa pesquisa fotogrfica. Para desenvolver
a tipografia, precisava analisar um grande nmero de placas e muros que utilizassem em
seus textos uma escrita feita mo, a fim de identificar as principais caractersticas do
desenho das letras e a forma com que estas estavam dispostas. Aps ter tirado centenas
de fotos em vrias cidades do Brasil, comecei a identificar o que era pertinente para a
criao da "Brasilro".
Como resultado da pesquisa, cheguei a importantes concluses que me guiaramno desenvolvimento do alfabeto. Quase sempre os textos esto dispostos somente em
maisculas, porm as letras g, i e j geralmente aparecem em minsculas ( curioso
ver como o autor destas placas no consegue imaginar como seriam estas letras em
caixa alta).
Outra constatao foi de que as letras s e n, em muitos casos, aparecem inver-
tidas. Por se tratar de uma tipografia estilo script (manuscrita), desde o incio tive uma
grande preocupao em fazer com que a fonte, ao ser digitada num computador, no
ficasse com uma aparncia artificial, um problema comum em fontes deste estilo.
Tendo tudo isso em mente, parti para a fase de desenvolvimento do alfabeto. A pri-
meira meia-dzia de letras foi extrada de algumas placas. J as demais foram desenha-
das diretamente no computador.
Wd :: A Brasilro j foi utilizada em diferentes lugares (livros, anncios,
revistas, cinema, outdoors, websites etc.). Existe algum segredo no processo de
criao para que uma determinada fonte seja legvel, mesmo sendo utilizada em
meios diversos?
Crystian :: O sucesso da utilizao de uma tipografia numa pea de design depende
mais do designer que est utilizando a fonte do que de seu criador. Hoje em dia a maioria
das tipografias comerciais so projetadas para usos especficos. As fontes Verdana e Trebu-
chet, por exemplo, foram desenvolvidas para uso em telas de computador, e no mostram
Eu sou "BrasilEro"
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tipografia na web :: 35
a mesma boa performance de leitura em tela quando aplica-
das em materiais impressos.
Outro exemplo interessante a famosa fonte Times
New Roman, que aparece como default em alguns softwa-
res de texto. Ela foi desenvolvida para o jornal londrino
The Times, em 1932, com a preocupao de se adequaraos padres de impresso dos jornais da dcada de 30.
Apesar disso, hoje ela aparece tambm como fonte seri-
fada default de browsers como o Internet Explorer, para
ser lida massivamente na tela de um computador, meio
para qual no foi projetada.
Portanto, antes de utilizar uma fonte em algum pro-
jeto, vale a pena uma consulta no site do autor da fonte
(ou ler os textos e PDFs que acompanham os arquivos
digitais das fontes) para ver se a fonte desejada se ade-
qua ao tipo de projeto que voc est desenvolvendo.
Hoje, com os vrios portais de fontes que existem na web
(como o www.myfonts.com), fica fcil procurar fontes que
se adequem s necessidades de seu projeto.
A Brasilro uma fonte display, ou seja, no foi
projetada para ser usada em textos longos, mas sim para
pequenas frases, de preferncia num tamanho de corpo
grande. Acredito que o sucesso massivo do uso da fonte
em mdias to distintas (capas de livros, aberturas de fil-
mes, outdoors, websites, revistas, identidade visual etc.)
se deve ao bom uso da fonte nestes projetos.
A tipografia por si s no resolve nenhuma pea gr-
fica, ela precisa estar em perfeita harmonia com os demais
elementos que compem o layout para atingir o resultado
esperado. Um exemplo de um bom resultado o site do
filme brasileiro A Pessoa Para o Que Nasce (www.apessoa.com.br), onde a fonte est em perfeita harmonia
com a linguagem visual do site.
Wd :: A Brasilro est disponvel gratuitamente
na internet (observao: utilizamos ela na capa da
revista). O que voc acha da comercializao de fontes
na web?
Crystian :: Particularmente no confio em fontes
grtis que so distribudas pela internet. A grande maio-
ria delas no rene as qualidades tcnicas necessrias
para ser usada em projetos de design, alm de que quase
nunca so distribudas com o "character set" completo
(geralmente faltam os acentos e vrios sinais de pontua-
o). S decidi distribuir a Brasilro gratuitamente pela
internet, porque o propsito desta fonte fazer as pes-
soas refletirem sobre a cultura visual brasileira. Quero
atingir o maior nmero possvel de pessoas.
abcdefghijklmnopqrstuvwxyz1234567890parte da famlia tipogrfica "Brasilro"
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36 :: tipografia na web
Famlia: termo utilizado para definir um conjunto de tipos com as
mesmas caractersticas.
Fonte: conjunto de todos caracteres tipogrficos compostos pelo
alfabeto, sinais de pontuao, nmeros e outros elementos.
Serifa: linhas ou curvas que complementam o desenho de uma
letra, nas suas extremidades.
Tipo: caracter tipogrfico.
Tipografia: arte de compor um texto, visando torn-lo facilmente
legvel, adaptado ao contexto em que lido e aos objetivos comque foi publicado.
Tipologia: estudo da formao dos tipos.
Fontes: Dicionrio Publicitrio Online, Wikipedia, LightSeed, UnB
Total de votos: 331
Por pontos - 27%Em pixel - 64%
Percentagem (%) - 9%
acessa e participe!
www.arteccom.com.br/webdesign
Como voc especifica otamanho das fontes de seu site?
GlossrioGLOSSARIO
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web 2.0:: 37
www.typophile.com
www.promodesign.com.br/tipografia
www.fontana-d.com
www.tupigrafia.com.br
www.fabrikadetypos.com.br
www.tiposdoacaso.com.br
misprintedtype.com/v3
www.emigre.com
www.typography.com
www.houseindustries.com
www.t26.com
www.linotype.com
www.miniml.com
studio.adobe.com/us/type/main.jsp
www.p22.com
www.korhoen.net/css_typeviewer.html
www.stcassociates.com/lab/fontbrowser.html
webtypography.net
www.dsg4.com/04/extra/bitmap/index.htmlwww.1001freefonts.com
www.acidfonts.com
www.fontfreak.com
www.larabiefonts.com
www.fontfile.com
www.free-fonts.com
www.coolarchive.com
www.007fonts.com
www.webfxmall.com/fonts
www.fontshop.com
www.fontface.com
www.fontparadise.com
simplythebest.net/fonts
www.abstractfonts.com
www.highfonts.com
www.downloadfreefonts.com
Fontes: Gui Borchert, Sobresites - Design, Curso Web para designers
dicas de sites
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38 :: tipografia na web
Participao dos assinantesQual a importncia da escolha correta da tipografia para um site?
Do ponto de vista esttico, a tipografia uma extenso ou parte do design. Assim como cores e formas devem estar equili-
bradas, o uso de fontes pode contribuir ou inviabil izar esse equilbrio visual. Com relao usabilidade, a escolha das fontesvai permitir ou prejudicar uma fcil e rpida leitura, deixando o usurio confortvel para navegar ou simplesmente expul-
sando-o de seu website.
Daniel [email protected]
O tipo vai ser responsvel, em grande parte, pela apresentao do contedo de um site. Ento, se a escolha do tamanho,
forma e at cor do tipo no f or feita com cuidado, o desinteresse pelo contedo do site ser latente, pois dificultar na
busca pela informao.
Mauro [email protected]
Acho um fator bsico e essencial para o contedo de um website. A relao entre tipografia x usurio-alvo e tipografia
x design deve ter uma ateno redobrada e refinada para que a principal meta de todo desenvolvimento web seja alcan-
ada: resultados!
Miriam [email protected]
A escolha da tipografia para um site vai depender muito do tipo de informao que se deseja passar e para que tipo de p-
blico se destina. Mas fundamental que a escolha seja correta, pois a organizao cl ara da tipografia em um site garante a
legibilidade da informao e a identidade visual deste site.
Rafael [email protected]
A tipografia est atrelada de certa forma identidade do site. O processo de escolha passa por decidir desde se a fonte ser aplicadadiretamente no HTML ou se ser renderizada em imagem ou mesmo flash. A escolha adequada da tipografia tambm importa para
uma melhor legibilidade e leitura do site. Finalizando, a escolha de um tipo que complemente o design importante, mas preciso
levar em conta tambm a acessibilidade, como, por exemplo, sites que disponibilizam o aumento da fonte dinamicamente.
Rodrigo [email protected]
A importncia est relacionada ao processo de composio da tipografia que ser disponibilizada ao usurio. Acredito que a
tipografia correta deve ser legvel, de fcil compreenso, padronizada e atingir os objetivos da publicao.
Se voc assinante, participe desta seo pelo site www.arteccom.com.br/webdesign/clube
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O poder das
comunidades
debate - o poder das comunidades :: 39
Qual a dimenso dos bits e bytes gerados pelas comunidades virtuais no Brasil?
A primeira constatao vem de um estudo do Ibope, divulgado em maio de 2005
(http://tinyurl.com/a3tcd), no qual ficamos sabendo que, no final de 2004, os sites
de comunidades respondiam por 19,5% do tempo total de uso da web nas residncias
brasileiras.
Mas as evidncias no param por a. Para se ter uma idia, o Orkut, um dos principais
responsveis pela disseminao das comunidades / redes sociais no pas, visto pelo
internautas brasileiros como uma poderosa ferramenta para dividir interesses comuns
em comunidade, aponta pesquisa feita pelo Instituto QualiBest (http://tinyurl.com/
e36by).
Dessa forma, fomos perguntar a alguns profissionais de internet se a opinio das
comunidades / redes sociais j capaz de transformar um produto ou servio na web.
Confira a seguir.
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40 :: debate - o poder das comunidades
As comunidades e redessociais so atualmente ogrande termmetro dasmarcas e da aceitaodo pblico por determinado
produto ou temasSim, capaz. Se no transforma porque os donos
dos produtos no querem. E isso uma grande chance des-
perdiada. As comunidades e redes sociais so atualmente
o grande termmetro das marcas e da aceitao do pblico
por determinado produto ou temas. importante que os
departamentos de marketing das empresas tenham sem-
pre algum de olho nas comunidades que envolvem suas
marcas e transforme isso em um levantamento sistemtico.
Quando encontrar alguma opinio negativa, crtica ou su-gesto, responda imediatamente. No tente se defender,
mas sim se colocar disposio do internauta. So peque-
nos gestos como esse que transformam o crtico em aliado
e em um multiplicador da sua marca.
Vejam o exemplo da comunidade Sushi em So Paulo,
criada pelo meu amigo Sergio Teixeira Jr., em abril de 2004.
Em quase dois anos, o grupo soma mais de 11 mil pessoas
que do suas opinies como consumidores e freqenta-
dores de restaurantes de comida japonesa. Muita pol-
mica surgiu desde ento: vale restaurante rodzio? Para
os puristas, no. Fico pensando sempre quando estou de
olho nessas comunidades se os donos tambm esto por
dentro do que se passa na cabea dos seus clientes. Alguns
estabelecimentos so absolutamente desancados pelos
consumidores. Algum faz alguma coisa para melhorar?
Outro exemplo a lanchonete Memphis Burger, de
So Paulo. Com uma comunidade criada pelo prprio dono,
todos os consumidores so respondidos em tempo real e a
sugestes, anotadas e, muitas vezes, adotadas. Fao parte
de um sem nmero de comunidades e vejo que a web d
as ferramentas para cada um poder melhorar seu produto
e servio. J vi grandes lojas virtuais mudarem seus proce-
dimentos quando so alertadas por funcionrios que par-
ticipam de comunidades. Acho que falta agora as marcas
ganharem mais ateno na web, tal como fossem uma loja
de rua ou de shopping.
:: Aline SordiliGerente - Portal Abril
www.abril.com.br
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debate - o poder das comunidades :: 41
Sou amigo de um economista cujo chefe recebe visitas
da equipe do Fundo Monetrio Internacional (FMI). O chefe
da equipe americana, por sua vez, ao chegar em seu pas,
tem reunies peridicas com... o presidente dos Estados
Unidos. Ou seja: estou a quatro pessoas do, teoricamente,
homem mais poderoso do mundo. Esta teoria dos sete-pas-
sos-de-qualquer-pessoa-no-mundo, que se no me engano
surgiu de um experimento cientfico numa universidade dos
EUA, a base das redes sociais hoje em destaque. Sobre
ela foram construdos mecanism os que nos colocam em
contato com pessoas distantes, opinies diversas, outras
comunidades etc.Portanto, verdade. A correta gesto de comunidades
pode alterar um produto ou servio na web. Podemos ofe-
recer uma corrente de opinies mais ou menos igual so-
bre uma idia ou produto e, atravs dela, obter resultados
qualitativos no que se diz respeito a este grupo. Essa a
opinio mais corriqueira. Est nas revistas, nos papos de
bar, nos planos de negcio. Mas podemos olhar a questo
por um outro ngulo. E se a prpria c omunidade fosse o
produto da vez? E se este mesmo fluxo de opinies fosse o
grande capital do momento?
A partir da o que conta no mais o novo CD da Ma-
donna, mas o que EU ACHEI, ou QUE PALAVRAS (emoes,
interpretaes, avaliaes) eu associei a faixa de trabalho.
No importa se o espremedor faz suco mais rpido, mas sim
que em meu Orkut existe a comunidade Eu gosto de laran-
jada com biscoito maisena. Enfim, saber surfar no fluxo
de opinies ser o grande diferencial de profissionais de
comunicao e reas afins.
:: Mauro Amaral
Editor, Arquiteto de Informao e Estrategista
de Contedo
www.carreirasolo.org
Em um recente artigo que publiquei no www.carreira-
solo.org, falei sobre o que, para alguns, o den deste tipo
de viso: as tecnologias e filosofias de desenvolvimento /
trabalho que esto sendo chamadas de Web 2.0. Na minha
opinio, o grande barato de tudo o que vem por a, e
sempre muita coisa, este novo olhar. Menos sistemas e
mais interaes. Menos tecnologia e mais empatia. Menos
cdigos e mais linguagens comuns. Enfim, o poder s pes-
soas. Ou voc pode escolher a plula azul.
...sabersurfarnofluxo
deopinies ser ogrande
diferencial deprofissionaisde
comunicaoereas afins
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42 :: debate - o poder das comunidades
A corrida para fazer partedessas redes sociais indica queas pessoas querem ver e seremvistas pelos amigos
A resposta simples: sim. As comunidades so a con-
cretizao de uma srie de tendncias que foram identifica-
das em um estudo realizado com pr-adolescentes em sete
pases, inclusive o Brasil, pela empresa inglesa Millward Bro-
wn. Esse estudo tornou-se um interessante livro em 2003,
chamado Brand Child, assinado por Martin Lindstrom.
Entre as principais tendncias apontadas no estudo,
algumas explicam o sucesso das comunidades, especial-
mente em pases com internet jovem (63% dos internautas
residenciais brasileiros tm menos de 35 anos - fonte: Niel-
sen//NetRatings), caso do Brasil. A primeira delas aponta
que a lngua formal de um pas j no o principal instru-
mento de comunicao entre os jovens. Quem freqenta
uma comunidade, sabe que muitas vezes difcil entender
o que est sendo escrito.
Uma segunda tendncia importante o fato de os jo-
vens necessitarem pertencer a um grupo. A corrida para fazer
parte dessas redes sociais indica que as pessoas querem vere serem vistas pelos amigos. Talvez, a tendncia mais impor-
tante para explicar porque as comunidades so mecanismos
capazes de transformar um produto ou servio na internet
o uso de lderes de grupos para divulgao de novos pro-
dutos e marcas. Empresas j descobriram que, em muitos
casos, mais eficaz realizar aes via pessoas conhecidas e
respeitadas por seus pares, do que partir para uma grande
comunicao de massa. Essa abordagem est sendo utilizada
institucionalmente, funcionando como uma comunicao en-
tre amigos. Algum de uma comunidade faz um comentrio
sobre um produto, que atravs das conexes estabelecidas
entre os membros da comunidade, ganha fora e torna-se um
movimento fora de controle de quem o criou.
Tal abordagem institucional nasceu da observao do
poder das comunidades como frum de comentrios e rei-
vindicaes espontneas. Como sempre, as empresas ten-
tam capitalizar esses movimentos espontneos para seu
interesse.
No Brasil, particularmente, as comunidades tm uma
fora enorme, pois os internautas brasileiros se caracterizam
por usar todas as formas de comunicao online, propor-
cionalmente acima dos outros pases. O exemplo do Orkut
talvez represente bem a maneira como o brasileiro apai-
xonado por comunicar-se. No Brasil, em outubro de 2005,
6,2 milhes de pessoas visitaram a comunidade Orkut, o
que representou 52,7% do total de brasileiros que navega-
ram a partir de suas residncias. O segundo pas com mais
visitantes foi a Itlia, com 68 mil ou 0,39% do total (fonte:
Nielsen/NetRatings).Mas o sim definitivo pergunta ttulo est relacionado
ao tamanho das comunidades no Brasil e nos outros pases.
Nove milhes de internautas residenciais, ou 72% do total
de usurios domiciliares em novembro de 2005, visitaram
ao menos uma comunidade no perodo, passando nelas 3
horas e 20 minutos, em mdia por pessoa (fonte: Nielsen//
NetRatings). inegvel que esses mecanismos de rede so-
cial podem modificar um produto. Afinal, muito mais fcil
mobilizar pessoas online que fora da web.
:: Alexandre Magalhes
Coordenador de Anlise do IBOPE Inteligncia
www.ibope.com.br
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debate - o poder das comunidades :: 43
:: Marcelo SantIago
Presidente da AMI (Associao de Mdia
Interativa)
www.ami.org.br
saiba mais sobre
comunidades,
na edio de maro
Graas internet a informao trafega a uma velo-
cidade espantosa e pode atingir pessoas ou pontos que
jamais poderamos prever. E esse o grande desaf io que
o marketing boca a boca e as redes sociais propem s
empresas: nesse tipo de ambiente no h um elo central
controlando as informaes, alm de como e a quem ela
ser distribuda. Desde sempre a publicidade utiliza-se de
testemunhal de pessoas famosas com enorme sucesso,basta ver a longevidade das campanhas de Lux, que j foi
chamado de o sabonete das estrelas. Mas, nesse mundo
globalizado, nem s os famosos so formadores de opinio:
uma pesquisa realizada pela Forrester e a Intelliseek mostra
que as recomendaes de consumidores so fundamentais
na formao de opinio sobre determinado produto e ser-
vio. Ou seja, as pessoas tendem a confiar cada vez mais
na opinio de um estranho que ele conheceu na internet do
que em um anncio ou comercial de TV.
Pensando nisso, algumas empresas j oferecem ser-
vios de criao de comunidades virtuais ou aluguel de
formadores de opinio para gera r interesse sobre deter-
minados produtos e servios. Mas preciso muita ateno
com essas aes, para no ultrapassar os limites da tica e
enganar o consumidor. A Federal Trade Comission, agncia
reguladora norte-americana, est atenta para abusos e j
recebeu protestos contra a Procter&Gamble, por exemplo,
que contratou 250 mil jovens para elogiar espontaneamen-
te alguns de seus produtos.
Em resumo: aquela histria de falem mal, mas fa-
lem de mim no funciona mais nos dias de hoje, onde
a mdia est fragmentada, o mundo est conectado e o
consumidor tem o poder de deciso em suas mos. Como
controlar os influenciadores? Como acompanhar o que
est sendo dito sobre seu produto nos milhes de sites
da rede? Essas so as dvidas que ns, profissionais de
marketing e publicidade, teremos que conviver a partir
de agora.
...as recomendaesde con-
sumidoressofundamentaisnaformao deopiniosobre
determinado produtoe servio
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44 :: como administrar o tempo
A difcil tarefa de administrar o tempo (moderno).
PLANEJAMENTO,PLANILHAS,
AGENDAS
ETC.
Reportagem sugerida pelo leitor Disnay Batista
Em mundo cada vez mais tecnolgico, no qual as fronteiras se tornam quase
inexistentes, saber administrar os 60 minutos de uma hora, 24 horas de um dia, os
sete dias da semana, os 365 dias do ano, imprescindvel para garantir o sucesso
no trabalho e tranqilidade na vida pessoal.
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Os aliados para se administrar o tempo
Diante da quantidade de trabalho que recebe por
ms, Laert procura dividir suas tarefas de acordo com a
hierarquia de importncia e urgncia em que aparecem.
Na agncia, fazemos reunies para identificar essas
prioridades. A partir da, cada um planeja sua age nda
da forma que se sente mais confortvel em gerenciar
o p rpr io tempo . Porm, a pauta nunca pode ser
extremamente rgida, at porque a prpria dinmica
da internet exige que haja espaos para trabalhos que
chegam de ltima hora. Ser objetivo fator determinante
para a boa produtividade, diz.
Agenda e p lanejamento so outros a l iados na
administra o do tempo e na organizao de tarefas.Trabalho com um planejamento mensal, onde as viagens
so agendadas com algumas semanas de antecedncia. Na
rotina diria, utilizo o incio das manhs para responder
e-mai l s , acompanhar e me reuni r com os gestores
da empresa. Dedico as tardes e incio das noites para
trabalhar em projetos especficos ou seguir uma agenda
Se voc no sabe onde, nem como gasta o
seu tempo, a probabilidade de voc reclamar
que nunca tem tempo para nada muito
grande Laert Yamazaki (Idia 3 Digital)
Segundo Laert Yamazaki, diretor da Idia 3 Digital, a
questo da administrao do tempo assemelha-se admi-
nistrao financeira pessoal. Se voc no tem um controlede sua vida financeira e no sabe onde gasta seu dinheiro,
provavelmente voc ter grandes prejuzos ou, no mnimo,
no saber aproveitar ao mximo tudo o que o dinheiro
pode fazer por voc. Com o tempo a mesma coisa. Se
voc no sabe onde, nem como gasta o seu tempo, a pro-
babilidade de voc reclamar que nunca tem tempo para
nada muito grande, argumenta.
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46 :: como administrar o tempo
Tento ser produtivo o tempo todo, me cobro muito isso pelo respeito que tenho ao meu
tempo e das pessoas que interagem comigo Cesar Paz (AG2)
de reunies com clientes . No final do dia volto aos e-
mails. Utilizo como apoio o Palm desktop que eu mesmo
administro para agenda, contatos, tarefas e anotaes,
revela Cesar Paz, diretor da AG2 (Agncia de Inteligncia
Digital).
Alm desses fatores, podemos citar a definio de
prioridades. No entanto, como definir prioridades diante
de tantas tarefas importantes, por exemplo? Priorizar ordenar. Ordem associa-se noo de n mero e
priorizar tarefas requer necessariamente um esquema
de numerao. Entretanto, recomenda-se a priorizao
em duas etapas. Primeiro classificar as aes em trs
categorias. Depois, dentro de cada categoria, numerar as
tarefas de acordo com a sua prioridade. A recomendao
adicional de que se use apenas trs categorias (vitais/
necessrios; importantes; triviais) para classificar todas as
tarefas que se tem a fazer, independente do assunto ou do
tipo de ao, orienta Jaime Wagner, diretor da PowerSelf
e autor do livro A Arte de Planejar o Te