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Psicologia – B Watson e o Behaviorismo
John Watson e o Behaviorismo
CONCLUSÕES
OBJECTO DE ESTUDO DA PSICOLOGIA PARA WATSON
§ Para Watson apenas o comportamento (actividade observável e verificável) pode ser objecto de estudo da psicologia. O comportamento é a resposta observável a estímulos igualmente observáveis, dependentes destes, isto é, varia em função da situação ou do meio.
§ O comportamento é uma relação causal entre situações e respostas a essas situações ou conjuntos de estímulos (ordens, recompensas, castigos, etc.). toda a resposta se deve algum estímulo e a todo o estímulo se segue uma resposta; assim, existe um determinismo comportamental de causa e efeito (leis).
§ A psicologia não deve centrar-‐se na análise da estrutura dos processos mentais, mas na explicação e controlo do comportamento.
CONCEPÇÃO DE SER HUMANO PRESENTE NESTA TEORIA
§ O ser humano é o resultado de diversos processos de aprendizagem (somos o modo como fomos educados e a forma como crescemos num certo meio, respondendo às situações). Homem = produto social.
POSIÇÃO ACERCA DOS SEGUINTES CONCEITO DICOTÓMICOS
INATO/ADQUIRIDO § Se somos produtos do meio, se somos o que a socialização e a educação fazem de nós, então o factor hereditário ou inato é irrelevante. Os teóricos em parte influenciados pela perspectiva behaviorista tendem a apontar as variações culturais no comportamento dos indivíduos como evidência de que este é o fundamentalmente condicionado pelo ambiente social.
CONTINUIDADE / DESCONTINUIDADE
§ Watson defende que os princípios de aprendizagem que se aplicam ao desenvolvimento humano na infância são praticamente os mesmos que se aplicam aos adolescentes. Muitos partidários do behaviorismo pensam que não faz sentido falar de adolescência ou estádios do desenvolvimento sobrevalorizam a descontinuidade entre infância e idade adulta.
§ Watson entende que o desenvolvimento individual é gradual, cumulativo, contínuo, sem alterações bruscas de ritmo (mudança quantitativa), uniforme.
Segundo Watson, a psicologia é uma parte da ciência natural cujo objecto é a conduta humana; a vida psíquica ou a consciência não necessitam de menção. A linguagem é só “um tipo de conduta tão objectiva como o basebol” e pensar não é mais do que falar de nós próprios. Portanto, segundo Watson, os processos mentais ou da consciência, se existem, não podem ser estudados cientificamente.
Psicologia – B Watson e o Behaviorismo
EXTERNO / INTERNO § Segundo Watson, as causas de um comportamento não estão no interior da personalidade do indivíduo. A ideia de que o comportamento seria causado por factores que atuariam no interior do sujeito (temperamento, pensamentos, intenções, necessidades e motivações) era para Watson cientificamente prejudicial e devia ser abandonada.
§ O progresso científico na psicologia exigia o abandono do mentalismo. Não é cientificamente correto, nesta perspectiva, dizer que “Manuel bate nas pessoas porque é agressivo”. As causas do comportamento de um indivíduo estão fora dele, nos condicionamentos a que foi submetido.
§ Neste sentido, e porque aquilo que somos é inferido do que fazemos, devemos dizer que “Manuel é agressivo porque bate nas pessoas”. A vida interna ou mental (sentimentos, pensamentos) não devia ser considerada condutora do comportamento ou da actividade observável.
§ Pensamentos e sentimentos são simples produtos derivados de factores ambientais que condicionaram ou causaram a atividade manifesta ou observável (a agressividade). Por exemplo, escutar uma música que marcou um jantar memorável com a namorada pode levar-‐nos a pensar nela ou mesmo a telefonar-‐lhe. A causa real é externa – música – e não interna – pensar nela.
§ A sobrevalorização do externo face ao interno relaciona-‐se com o facto de os estados mentais não estarem disponíveis para observação alheia e de os próprios indivíduos que os vivem não conhecerem com precisão esses estados.
INDIVIDUAL / SOCIAL § O comportamento difere de indivíduo para indivíduo devido a diferentes condicionamentos ou influências ambientais. A sociedade dá aos indivíduos as condições de aprendizagem e, por isso, molda os comportamentos ou os modos de ser observáveis.
§ Todo o nosso comportamento é influenciado pela experiência, ou seja, somos produtos do meio e por ele somos modelados. Somos “organismos em situação” e a observação do que fazemos permite, com uma certa segurança, prever o que faremos.
§ PROJECTO DE MELHORAMENTO: É possível uma sociedade com pessoas mais felizes, saudáveis e produtivas, se alteramos as condições em que os indivíduos vivem. Somos o resultado da influência, seja boa ou má, dos agentes socializadores.
§ Como o comportamento humano é determinado pelo meio, alterando as situações, poderemos modificar os comportamentos dos indivíduos: o que cada indivíduo é, ou mostra ser, depende ou é determinado pelo modo como foi socializado.
Rodrigues, L. (2009), Psicologia B. Lisboa: Platano, p. 58-‐59.
Professora Joana Inês Pontes