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Edição: 126 - Ano III 20 e 21 de novembro de 2010 Paróquia da Santíssima Trindade - Rua Gama Abreu, 71 - Bairro da Campina - Belém - Pará - (91) 3242-4917 Cristo é Rei Pe. Ronaldo Menezes A festa de Cristo Rei, com a qual encerramos o ano litúrgico, é relativamente recente. Foi instituída pelo Papa Pio XI, em 1925, em resposta aos regimes totalitários e ateus, que negavam os direitos de Deus e os da Igreja, como querem fazer, novamente, nos dias de hoje, em alguns países, retirando, por exemplo, os crucifixos dos lugares públicos, em nome da laicidade do estado. Os verdadeiros cristãos não podem se conformar com a negação de Deus nem com os desatinos contra a fé. Os estados podem ser laicos, mas isso não quer dizer que os cidadãos devam ser, necessariamente, ateus e concordem com os postulados dos estados que querem banir de suas instâncias os sinais da fé cristã. Durante a revolução mexicana, muitos de nós, levados à morte, iam para o último momento gritando “Viva Cristo Rei”. Era uma forma de dizer que os cristãos, quando têm fé segura e sólida, não a negam nem perante os maiores desafios. Esta postura, a lealdade a Cristo até à morte, é própria dos verdadeiros cristãos, desde os primeiros tempos. Estevão e, depois dele, tantos outros, como Sebastião, Inês, Águeda, Cecília, Luzia, até os mais recentes, como os cristãos que foram mortos, juntamente com os seus dois sacerdotes, em Bagdá, dão testemunho dessa fidelidade ao Senhor, Rei de todos os corações. Em nossas Igrejas, uma imagem sobressai entre todas as outras. É a do crucifixo. Ela, silenciosamente, proclama uma verdade, valiosíssima para todos os que têm fé: Jesus Cristo reina levantado na Cruz. Ou, Deus reina a partir da Cruz. Ele reina para sempre, pois é imortal. Os homens também reinam, governam, mandam, mas por um período de tempo muito curto, curtíssimo na verdade. Porque, ele, o homem, é mortal, e o seu poder, passageiro. Não pergunte como Cristo reina no mundo, se o mundo está tão dividido e os povos se governam por si mesmos ou há alguém que governa sobre eles, às vezes com tirania e soberba. Cristo, na verdade, não quer reinar sobre este mundo decadente e em fase de destruição. Ele, o Senhor, não quer ter sua realeza reconhecida pelos estados ou governos, que não têm o menor interesse em tê-lo por perto. Seria vergonhoso para algumas pessoas ter Deus tão próximo, fazendo o que fazem, embora saibam, no fundo do coração, que uma conduta má não passa despercebida por Deus nem ficará sem uma severa cobrança dele. O Senhor quer reinar no coração do homem, porque todo o universo já lhe pertence e está sob o seu domínio. O homem, todavia, mesmo criado por ele, pode recusá-lo, soberbo em sua autodeterminação. Talvez nem todos tenham a coragem que teve aquele que, pregado noutra cruz, ao lado da de Jesus, pediu: “Jesus, lembra-te de mim quando estiveres em teu reino”. Ou mereçam a resposta de Jesus: “Eu te asseguro: hoje mesmo estarás comigo no paraíso”. Há quem queira viver para si mesmo e ter uma vida independente de Deus, dedicada exclusivamente aos seus próprios interesses e satisfações, buscando glória pessoal e uma forma histórica de eternidade. Nós, hoje, somos convidados a viver para o Senhor, a tê-lo como Rei em nossa vida, vivendo dele, do seu Espírito e da sua Palavra, a fim de que possamos construir, mesmo a duras penas, o seu reino entre os homens, que será “eterno e universal: reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino da justiça, do amor e da paz”.

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Edição dos dias 20 e 21 de novembro de 2010

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Page 1: Vox Dei - Ano 03 - Edi:126

Edição: 126 - Ano III 20 e 21 de novembro de 2010

Paróquia da Santíssima Trindade - Rua Gama Abreu, 71 - Bairro da Campina - Belém - Pará - (91) 3242-4917

Cristo é ReiPe. Ronaldo Menezes

A festa de Cristo Rei, com a qual encerramos o ano litúrgico, é relativamente recente. Foi instituída pelo Papa Pio XI, em 1925, em resposta aos regimes totalitários e ateus, que negavam os direitos de Deus e os da Igreja, como querem fazer, novamente, nos dias de hoje, em alguns países, retirando, por exemplo, os crucifixos dos lugares públicos, em nome da laicidade do estado.

Os verdadeiros cristãos não podem se conformar com a negação de Deus nem com os desatinos contra a fé. Os estados podem ser laicos, mas isso não quer dizer que os c i d a d ã o s d e v a m s e r , necessariamente, ateus e concordem com os postulados dos estados que querem banir de suas instâncias os sinais da fé cristã. Durante a revolução mexicana, muitos de nós, levados à morte, iam para o último momento gritando “Viva Cristo Rei”. Era uma forma de dizer que os cristãos, quando têm fé segura e sólida, não a negam nem perante os maiores desafios.

Esta postura, a lealdade a Cristo até à morte, é própria dos verdadeiros cristãos, desde os primeiros tempos. Estevão e, depois dele, tantos outros, como Sebastião, Inês, Águeda, Cecília, Luzia, até os mais recentes, como os cristãos que foram mortos, juntamente com os seus dois sacerdotes, em Bagdá, dão testemunho dessa fidelidade ao Senhor, Rei de todos os corações.

Em nossas Igrejas, uma imagem sobressai entre todas as outras. É a do crucifixo. Ela, silenciosamente, proclama uma verdade, valiosíssima para todos os que têm fé: Jesus Cristo reina levantado na Cruz. Ou, Deus reina a partir da Cruz. Ele reina para sempre, pois é imortal. Os homens também reinam, governam, mandam, mas por um período de tempo muito curto, curtíssimo na verdade. Porque, ele, o

homem, é mortal, e o seu poder, passageiro.Não pergunte como Cristo reina no mundo,

se o mundo está tão dividido e os povos se governam por si mesmos ou há alguém que governa sobre eles, às vezes com tirania e soberba. Cristo, na verdade, não quer reinar sobre este mundo decadente e em fase de destruição.

Ele, o Senhor, não quer ter sua realeza reconhecida pelos estados ou governos, que não têm o menor interesse em tê-lo por perto. Seria vergonhoso para algumas pessoas ter Deus tão próximo, fazendo o que fazem, embora saibam, no fundo do coração, que uma conduta má não passa despercebida por Deus nem ficará sem uma severa cobrança dele.

O Senhor quer reinar no coração do homem, porque todo o universo já lhe pertence e está sob o seu domínio. O homem, todavia, mesmo criado por ele, pode recusá-lo, s o b e r b o e m s u a autodeterminação. Talvez nem

todos tenham a coragem que teve aquele que, pregado noutra cruz, ao lado da de Jesus, pediu: “Jesus, lembra-te de mim quando estiveres em teu reino”. Ou mereçam a resposta de Jesus: “Eu te asseguro: hoje mesmo estarás comigo no paraíso”.

Há quem queira viver para si mesmo e ter uma vida independente de Deus, dedicada exclusivamente aos seus próprios interesses e satisfações, buscando glória pessoal e uma forma histórica de eternidade.

Nós, hoje, somos convidados a viver para o Senhor, a tê-lo como Rei em nossa vida, vivendo dele, do seu Espírito e da sua Palavra, a fim de que possamos construir, mesmo a duras penas, o seu reino entre os homens, que será “eterno e universal: reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino da justiça, do amor e da paz”.

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Tiragem: 2.800

E d m u n d o n a s c e u cristão, na Inglaterra, no ano 841, filho do rei Alkmund da Saxônia.

Aos 15 anos de idade, o bispo Humberto de Elman o coroou rei dos anglos orientais. Governou com sabedoria e prudência. Sua caridade para com os pobres, órfãos e viúvas, bem como sua grande coragem, foram dignos de nota.

Edmundo foi um sábio legislador, porém seu reino cedeu ante as pressões dos povos escandinavos. Nessa época, toda a Inglaterra sofria duramente, agredida com frequência pelos piratas dinamarqueses que invadiam e saqueavam seus vilarejos.

No ano de 870, os dinamarqueses efetuaram uma grande invasão nos domínios do rei Edmundo. Para defender seu povo e o reino, ele reuniu seu pequeno exército e combateu os invasores, mais equipados e em maior número.

Depois de uma corajosa resistência, para evitar um inútil derramamento de sangue, Edmundo dissolveu o exército e foi capturado pelos invasores em Hoxne, onde lhe foi imposta a assinatura de um tratado oneroso para o seu povo, e sobretudo, contrário à religião cristã.

Ele, porém, rejeitou a proposta . Dessa maneira selou seu destino: morreu, nas cercanias de Thetford, traspassado pelas flechas dos bárbaros, como São Sebastião, no dia 20 de novembro de 870. Expirou com palavras de perdão, pronunciando o nome de Jesus.

Sua veneração tornou-se culto de enorme devoção do povo inglês. O corpo de Santo Edmundo foi sepultado em Beadoricesworth, que

Santo EdmundoMarina Campos

Tão logo Jesus e seus discípulos chegaram a Cafarnaum, os coletores de impostos acercaram-se de Pedro e perguntaram-lhe se o seu Mestre não pagava o imposto devido ao templo. Pedro lhes garantiu que sim, e foi mencionar o fato a Jesus. Este argumentou que tal pagamento não era necessário, porém aceitaria pagar para não ofender aqueles funcionários. Então, pediu a Pedro que descesse ao mar e lançasse o anzol. Quando apanhasse o primeiro peixe, deveria abrir-lhe a boca e ali apanhar uma moeda que valia o dobro do imposto cobrado. Foi essa moeda que pagou o imposto em nome de Jesus e de Pedro ( Mateus 17, 24 -27).

Vamos colorir?

hoje se chama Bury St. Edmund, na região de Cambridge. Existe, atualmente, uma congregação de sacerdotes ingleses chamados “Padres de Santo Edmundo”.

Pedro conversa com Jesus.

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Os primeiros cristãos honraram os seus irmãos, que foram fiéis a Jesus até ao sangue. Os que deram a vida por Jesus, no início do século 2º, receberam o título de “mártires”, que logo passaram a receber culto especial na comunidade cristã. O primeiro registro que temos é o da morte do bispo de Esmirna, Policarpo. É uma carta que a comunidade de Esmirna escreve à comunidade de Filomélio, quando foi morto o seu bispo Policarpo, em 155. Eles queriam acolher o corpo do seu bispo, mas o s j u d e u s s e o p u s e r a m , c o m e s t a justificativa: “Que não ocorra que essa gente cristã abandone seu crucificado e comece a prestar culto a esse”.

A resposta dos cristãos foi esta: “Jamais abandonaremos o Messias, que morreu para a salvação do mundo inteiro, ... nem vamos prestar culto a ninguém mais além dele. Porque adoramos Jesus, o Messias, como o Filho de Deus; mas tributamos aos mártires a homenagem do nosso afeto como a discípulos e imitadores do Senhor, pelo amor insuperável que demonstraram para com seu mestre e rei”.

O corpo de Policarpo foi queimado pela autoridade pagã, mas os cristãos recolheram seus ossos. Veja o restante da carta: “Pelo menos, pudemos recolher os ossos do mártir, mais preciosos que pedras de grande valor e mais estimados que ouro puro, que depositamos em lugar conveniente. ... Nos conceda o Senhor celebrar o natalício do martírio de Policarpo, para memória dos que já terminaram seu combate, e como exercício e preparação dos que ainda têm de combater”. Belo testemunho, você não acha?

Quase todos os dias recebo e.mails com lindas mensagens otimistas ou religiosas tendo ao fundo imagens e trilhas sonoras maravilhosas, numa exortação à meditação e contemplação inspiradas em belas paisagens que Deus criou. O problema é que no final do texto, o remetente manda que a mensagem seja repassada a um número específico de encaminhamentos para não ser penalizado com alguma desgraça. Nem me dou ao trabalho de repassar. Deve ser Spam ou vírus. É o que penso.

Quanta bobagem! Quem se presta a misturar Deus e superstição, realmente não conhece a Deus. Essa pessoa deve ser do mesmo tipo daqueles que insultaram Jesus no Calvário. Péssimo gosto!

As pessoas que buscam autoajuda em livros de títulos sugestivos, ou através dessas mensagens, podem vir a confundir as coisas, esse engodo literário ou virtual não merece ir adiante.

A oração sincera, quando é feita com humildade, é a maior aliada da autoajuda. Nela você põe todo o pensamento positivo que conseguir, e assim há o exercício mais emblemático da fé.

Quando invocamos a Deus com toda a fé, a inteligência emocional se exacerba, e se tem a compreensão exata das trincheiras que são criadas para mascarar o exercício espiritual da oração, são palavras que a olhos mais avisados, parecem mais de acordo com o entendimento racional, com a neuro-linguística ou com o exoterismo e não passam de experiências vazias, sem conteúdo.

A procura de respostas para a existência, está bem longe do “COMER, REZAR, AMAR”, filme ora em cartaz nos cinemas Não há necessidade de ir até a India procurar um guru, ou guia espiritual, ou mesmo procurar uma visão holística da existência. Temos à mão a forma que atende à compreensão do mais pródigo, que é a leitura da Bíblia Sagrada. Não se deve apenas temer ao Senhor Deus. Deve-se, mais que qualquer coisa, respeitar o amor incondicional que Ele tem por nós.

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PASTORAL DA COMUNICAÇÃO

O Culto aos Santos Temer ou respeitar o Senhor?Adiene Brabo

Segunda – 22/11 - Tt 1,1-9 / Sl 23(24) / Lc 17,1-6Terça – 23/11 - Ez 47,1-2.8-9.12) / Sl 45(46) / Jo 2,13-22Quarta – 24/11 - Tt 3,1-7 / Sl 22 (23) / Lc 17,11-19Quinta – 25/11 - Fm 7-20 / Sl 145(146) / Lc 17,20-25Sexta – 26/11 - 2Jo 4-9 / Sl 118 (119) / Lc 17,26-37Sábado – 27/11 - 3Jo 5-8 / Sl 111 (111)/ Lc 18,1-8Dom – 28/11 - Ml 3,19-20a / Sl 97(98)/ 2Ts 3,7-12 / Lc 21,5-19

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Por dentro da paróquia... " Quanta alegria e felicidade: vamos à casa do Senhor!"

Salmo 121(122)

RosárioEm todas as suas aparições, a Virgem Maria nos solicitou que rezássemos o Rosário como uma arma

poderosa contra o maligno. No dia 24/11, última quarta-feira do mês, como ocorre todos os meses, teremos a reza do Rosário, às 15h, aqui na Igreja da Trindade. Prestigie a oração do Rosário. Venha conosco ofertar

essa coroa de rosas à Nossa Senhora.

Grupo Santa ZitaPara nós, seguidores de Jesus, a dimensão da espiritualidade será sempre descobrir a vontade de Deus

em nossas vidas.Ao encerrar suas atividades do exercício de 2010, o Grupo Santa Zita das domésticas, proporcionará um

momento especial de espiritualidade às suas integrantes. Dia 23/11, às 19h, no Centro Paroquial.

Curso de PadrinhosNa segunda-feira, dia 22/11, às 20h, será realizado, no nosso Centro Paroquial, mais um Curso de

Padrinhos, através do qual os padrinhos e madrinhas serão orientados sobre a importância do batismo e o significado dos padrinhos na vida da criança.

Espiritualidade do ECCContinuando sua tarefa de preparar os casais para a evangelização das famílias, o ECC realizará um momento

de espiritualidade no dia 24/11, às 20h, no Centro Social Monsenhor Geraldo Menezes. A ênfase da espiritualidade do ECC é a transmissão de amor para as famílias, assim sendo todas as famílias da nossa

Paróquia serão muito bem acolhidas por esse trabalho religioso.

Curso de MeditaçãoUm dos eventos da semana nesta Paróquia será o Curso de Meditação – Qualidade de Vida, ministrado pela

irmã Ângela Tutas. A meditação é um importante instrumento de transformação de vida. O Curso se dará nos dias 24, 25 e 26 do corrente, no Centro Social.

ConfissõesNo próximo sábado, dia 27/11, a partir das 9h, o nosso Pároco estará recebendo as confissões das

crianças da Catequese, que se preparam para o banquete sagrado da Primeira Eucaristia.

O Dízimo é uma fonte de graças, mas é possível entendê-lo assim apenas quando se faz a experiência com Deus. Contribuir com o Dízimo é uma atitude de amor que brota no coração de quem é grato a Deus. Quem vive a generosidade, sem medo de partilhar, está aberto também para acolher os benefícios concedidos pelo Pai. Ao contribuir com o Dízimo, o cristão participa da grande missão da Igreja: a evangelização! Quem oferta o Dízimo com consciência e fé torna-se evangelizador, mesmo que não possa ou não saiba como anunciar a Palavra de Deus. Pastoral do Dízimo

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