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índice

Oração do Sínodo de João ............................................................ 11

INTRODUÇÃO:«UM TRABALHO ARTESANAL DE DIÁLOGO» .................. 13

Francisco e os jovens ............................................................. 15«Tornar-se artesãos de futuro» .............................................. 17 O Sínodo dos Jovens: um «trabalho artesanal de diálogo» . 18O tópico «Vós sois artesãos de futuro» ................................ 20Como utilizar este tópico ...................................................... 21

1. VÓS SOIS ARTESÃOS DE FUTURO .................................. 25Vós sois artesãos de futuro .................................................... 27 «Caminhar na vida», jamais «dar voltas à vida»! ................. 30Mantende a vossa dignidade, não vos deixeis excluir ......... 33Jovens na cultura do descartável ........................................... 33 Procurai ser «verdadeiros» .................................................... 34Não tenhais medo de sonhar um mundo mais justo .......... 35O mundo precisa de jovens corajosos .................................. 36Não tenhais medo de chorar! ................................................ 37Vivemos no tempo da imagem ............................................. 39A juventude é… ...................................................................... 39Os jovens, fermento do futuro .............................................. 40Um jovem que ama não se reforma ..................................... 41Ações concretas ...................................................................... 41

2. SEMPRE JUNTOS: JOVENS E IDOSOS, FUTURO E MEMÓRIA .......................................................................... 43Jovens e idosos ....................................................................... 45Caminhar com uma memória .............................................. 47Criar memória ajuda a ser povo a caminho ......................... 48Vós sois a esperança para o futuro ....................................... 48Maria ensina-nos a fazer memória ....................................... 49

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3. ANDAI EM CONTRACORRENTE, FAZEI BARULHO ..... 55O desejo da felicidade ............................................................ 57«Felizes os puros de coração» ............................................... 59Fazei barulho indo em contracorrente ................................. 63Os jovens devem fazer barulho, sonhar ............................... 64Espero que haja barulho ........................................................ 65Vós sois aqueles que têm de fazer barulho… ....................... 65Fazei barulho e organizai-o bem ........................................... 68

4. DEIXAI-VOS AMAR E SER AMADOS ................................ 69Deixai-vos amar e surpreender por Deus ............................. 71Conduzidos pelo amor maior ............................................... 72O desafio do amor para não se tornar «jovem-museu» ................................................................. 76O desafio da integridade moral ............................................. 77Amar na proximidade ............................................................ 79A amizade: um presente para ter e oferecer ........................ 80Uma amizade é sempre a dois .............................................. 81Viver a amizade capaz de transmitir a alegria do Evangelho ...................................................................... 81«Adoecei de amor» ................................................................ 82

5. PLANTAI SEMENTES DE ESPERANÇA ............................ 83O nosso Deus é um Deus das palavras, dos gestos, dos silêncios ....................................................................... 85Dois olhares: para ver e para sonhar .................................... 87O que é a esperança? ............................................................. 88O caminho da esperança ....................................................... 89Que esperança existe hoje? ................................................... 90Três caminhos para manter viva a esperança ...................... 91Perdermos o deslumbramento de sonhar juntos ................ 94A esperança é Jesus Cristo .................................................... 95Vós sois uma riqueza para transformar em esperança ..................................................................... 96Chamados a salvar a esperança ............................................ 98


6. NÃO VADES VIVENDO: VIVEI!.......................................... 101Não vades vivendo: vivei! ....................................................... 103Acreditemos numa nova confiança na vida ......................... 104Lutar pela vida ........................................................................ 105Jesus dá a verdadeira paixão à vida ....................................... 106Vence a tua vida ..................................................................... 107«Agarrar a vida como ela se apresenta, para aprender a viver» 112

7. GERAÇÃO «NEM-NEM» ...................................................... 115Um problema: os jovens «nem-nem» .................................. 117Uma geração de jovens que não têm trabalho ..................... 118Como impedir o recrutamento? ........................................... 119Universidade: local para aprender a interrogar-nos e dar respostas aos desafios .............................................. 120Os desafios morais no mundo dos estudantes .................... 121O saber é um caminho privilegiado para o desenvolvimento integral da sociedade ......................... 123A universidade: local de trabalho artesanal do diálogo ....... 125Repensar os modelos ............................................................. 126

8. NÃO SEJAM «JOVENS-NO-SOFÁ», MAS «JOVENS-COM-SAPATOS» ....................................... 131A dor e a guerra já não são anónimas .................................. 133Aquilo que Deus sonha para nós .......................................... 135Jesus é o Senhor do risco, do sempre mais… ...................... 139O mundo precisa não de jovens-sofá, mas de jovens-com-sapatos… ............................................ 140Jesus convida a deixar uma marca, a construir uma ponte 142O mundo e a Igreja precisam de vós .................................... 143A Visitação: um ícone do voluntariado cristão .................... 144Uni-vos na amizade social..................................................... 146

9. TRANSFORMAR UMA PAREDE NUM HORIZONTE ..... 149«As coisas podem ser mudadas?» ........................................ 151Perante os fracassos ............................................................... 152


Como enfrentar as dificuldades ............................................ 156 Tornai-vos mensageiros de esperança .................................. 157As poças na vida da esperança .............................................. 158

10. TENDE SEMPRE A CORAGEM DE QUERER MAIS E MAIS E MAIS ........................................................ 163

Olhai na direção do horizonte e olhai também para trás .... 165Os jovens «quietistas»: aqueles do «nada se pode mudar!» .. 166Como difundir a paz neste mundo? ..................................... 167A «deusa da lamentação» é um engano ............................... 168A festa que agrada a Deus ..................................................... 168Os erros são os grandes mestres de vida ............................. 170O medicamento da «escutoterapia» ..................................... 171Ser sentinelas da manhã ....................................................... 172

REZAR COM O PAPA FRANCISCO ....................................... 173Vós sois artesãos de futuro .................................................... 175Caminhar na vida, nunca andar às voltas ............................ 177Conduzidos pelo amor maior ............................................... 179Não tenhais medo de chorar! ................................................ 181Mantende viva a esperança ................................................... 184


Senhor Jesus, a Tua Igreja a caminho do Sínodo

dirige o olhar a todos os jovens do mundo.

Rezamospara que, com coragem, dêmos em mão a sua vida,

alcancemos os feitos mais bonitos e profundose conservemos sempre um coração livre.

Acompanhados por guias sábios e generosos, ajuda-os a responder à chamadaque Tu diriges a cada um deles,

para realizar o seu projeto de vidae alcançar a felicidade.

Mantém aberto o seu coração aos grandes sonhos e torna-os atentos ao bem dos irmãos.

Como o Discípulo amado, estejam também eles sob a Cruz

para acolher a Tua Mãe, recebendo-a como Teu presente.

Sejam testemunhos da Tua Ressurreiçãoe saibam reconhecer-Te vivo ao seu lado,

anunciando com alegria que Tu és o Senhor.Ámen.

PAPA FRAnciScO

´


inTROdUÇÃO

«Um trabalho artesanal de diálogo»


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Francisco e os jovens

Uma «sim-patia» recíproca

Entre o Papa Francisco e os jovens existe uma «sim-patia» (syn-pathos), uma «paixão» recíproca. Na carta de prepara-ção do Sínodo dos Jovens, o Papa escreve: «Desejava que estivésseis vós no centro da atenção, porque vos trago no

coração.» Francisco expressa muitas vezes este pensamento. Dirigindo-se aos jovens da diocese de Piacenza e Gubbio — depois de o bispo ter dito que o Papa fizera um grande esforço para estar com eles —, Francisco diz: «Fi-lo por egoísmo, sabem porquê: porque gosto de estar convosco; gosto de estar com os jovens, porque tendes uma promessa de esperança dentro do vosso coração.»

Uma simpatia «com-fidencial»

Deste «prazer de estar junto» nasce a «confidência»,uma confiança recíproca: confiar um no outro, certos da mútua


PaPa Francisco

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compreensão. O Papa Francisco diz muitas vezes aos jovens: «Vou confidenciar-vos uma coisa.» Em concreto, fala várias vezes do encontro que marcou a sua vocação. Res- ponde às muitas perguntas que lhe são feitas e que, por vezes, parecem curiosidades ou então um desejo de entrar na sua intimidade: «Que aprendeu com os seus erros? Como vê realmente Deus, onde vê Deus? Porque reza no papel de pontífice e porque reza? De que tem medo? Porque deixou de ver televisão? Quando se encontra com os jovens, sente a sua alegria e o seu amor por si? Qual foi o maior desafio ou dificuldade que enfrentou na sua missão como religioso?»

Francisco não foge às perguntas: «Quero falar-vos cara a cara» — diz aos estudantes universitários de Roma Tre. Aos jovens do Quénia, reunidos no estádio Kasarani, con-fidencia: «Vou revelar-vos um segredo. Trago sempre dois objetos no bolso: um rosário para rezar e algo que parece estranho… a história do falecimento de Deus»; e mostra um estojo que contém pequenas imagens da Via Crucis. E resu- me: «Com estes dois objetos, tento dar o meu melhor. Graças a eles, não perco a esperança.»

Conclui todos os encontros com o pedido para rezarem por ele: «Peço-vos do fundo do coração, porque preciso, pre-ciso mesmo muito!» E confia todos a Maria: «Uma jovem como vós, à qual Deus dirigiu o Seu amistoso olhar, para que vos dê a mão e vos guie na alegria de um “Aqui estou” pleno e generoso.»

Uma simpatia «dia-logante»

Esta capacidade de sintonia e confidência recíproca faz com que Francisco e os jovens entrem em «diá-logo», «co-muniquem»,


Vós sois Artesãos de Futuro

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«con-versem». Prova disso é o facto de os textos escritos ou transcritos disponíveis serem provenientes de entrevistas e discursos precedidos de perguntas ou reflexões dos jovens, às quais Francisco tenta responder falando de forma sincera.

Deste conhecimento e consonância recíproca, deste diá-logo, talvez tenha nascido a decisão do «sínodo» dos jovens, em que «sínodo» significa «caminho-juntos» (syn-odòs), um caminho realizado com Francisco e jovens, jovens e idosos, para um futuro baseado na sua memória criativa.

«Tornar-se artesãos de futuro»

Aos jovens que vieram de Brescia até Roma em peregrina- ção, Francisco disse: «É verdade que viveis no presente, mas, olhando para o futuro… vós sois artesãos do futuro, arte-sãos de futuro. Depois — e esta é a vossa alegria —, é bom caminhar na direção do futuro, com as ilusões, com tantas coisas bonitas, sendo também uma responsabilidade vossa. Tornarem-se artesãos de futuro.»

A palavra «artesão» evoca a arte, a beleza, o labor, a genia-lidade, a criatividade, a unicidade e a novidade (o manufacto não é um produto em série), a alegria do artista, um olhar para o que ainda não existe, mas é sonhado, a paciência da espera e a constância e minuciosidade do trabalho, o jogo de mãos-mente-fantasia… Se pensarem no luthier que, para construir um instrumento (guitarra, bandolim, violino…), se prepara escolhendo cuidadosamente os tipos de madeira que deve usar, define os tempos de maturação, a forma de interligar os vários materiais… o produto final é um «único».


PaPa Francisco

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Quando Francisco convida os jovens a tornarem-se «arte-sãos de futuro», refere-se a este imaginário. Como verda-deiros «artesãos de futuro», os jovens têm três vontades: a vontade da beleza (são investigadores de beleza), a de serem bons (profetas da bondade) e a sede da verdade (pesquisado-res da verdade).

O Sínodo dos Jovens: um «trabalho artesanal de diálogo»

A caminho do sínodo guiados por Francisco

O ser ou tornar-se artesão de futuro é um ato permanente na vida de um jovem, é o que o torna jovem. No diálogo com os jovens universitários de Roma Tre, respondendo às duas perguntas e definindo as relações e os objetivos essenciais num ambiente universitário, Francisco refere a necessidade de estabelecer um «trabalho artesanal do diálogo»: o diálogo estabelece-se com a espiritualidade do artesão, algo que é familiar a Francisco, mesmo quando se encontra com gran-des personalidades.

Na minha opinião, esta expressão — «trabalho artesanal do diálogo» — pode definir todo o trabalho de preparação para o sínodo, constituindo assim a ação de fundo.

Um sínodo não «de exclusão» mas «de inclusão»

Por isso, «nenhum jovem se deve sentir excluído» do sínodo: o sínodo é «para e de todos os jovens». Para explicitar a sua intenção, Francisco disse, aquando da preparação para a Jornada Mundial do Panamá:



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«Qualquer um poderia dizer:“— Então… fazemos o sínodo para os jovens

católicos… para os jovens que pertencem às asso-ciações católicas, assim tem maior impacto…” Não! O sínodo é o sínodo per e de todos os jovens! Os jovens são os protagonistas.

“— Mas também os jovens que se sentem agnósticos?” Sim!

“— Também os jovens que não têm fé?” Sim!“— Também os jovens que estão afastados da

Igreja?” Sim!“— Também os jovens que — não sei se existe

algum… talvez exista alguém — se sentem ateus?” Sim!

Este é o Sínodo dos Jovens, e todos nós que- remos ouvir-vos. Todos os jovens têm algo a dizer aos outros, têm algo para dizer aos adultos, têm alguma coisa para dizer aos padres, às freiras, aos bispos e ao Papa! Todos precisamos de vos ouvir.»

Três momentos do «diálogo artesanal»

Ao convocar o sínodo, Francisco referiu três momentos: os jovens, a fé e o discernimento vocacional.

Podem considerar-se como o fruto do diálogo iniciado — e que continua — entre ele e os jovens, que, hoje em dia, é diversamente codificado nas várias publicações dos seus discursos, homilias, cartas e entrevistas, muitas vezes estru-turadas em forma de pergunta-resposta entre os jovens e Francisco.


PaPa Francisco

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Pensámos então deixar-nos guiar por Francisco e prepa-rar três tópicos diferentes para cada um destes momentos:

1. Vós sois artesãos de futuro;2. A fé está no coração de tudo;3. Descobri o projeto de Deus para vós.

Discurso na vigília Da oração De preparação para a JornaDa MunDial

Da JuventuDe no panaMá, 8 De abril De 2017.

O tópico «Vós sois artesãos de futuro»

Este primeiro tópico, relativo aos jovens, tem cronologia abaixo apresentada:

1. «Vós sois artesãos de futuro»: uma primeira identifica-ção dos jovens;

2. Jovens e idosos, futuro e memória: relação geracional, passado e futuro, importância de guardar memória;

3. «Andai contra a corrente, fazei barulho»: fazer-se ouvir e valer na sociedade e na Igreja;

4. Deixai-vos amar e amai: deixar-se amar para amar, a amizade;

5. «Plantai sementes de esperança»: a esperança (futuro) para guardar, salvar, plantar;

6. «Não vades vivendo: vivei!»: aprender a viver em ple- nitude;

7. Geração «nem-nem»: jovens sem trabalho e sem pos- sibilidade de estudar — o valor da universidade para o futuro;



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8. Não sejam «jovens-no-sofá», mas «jovens-com-sapatos»: empenhar-se na sociedade e na Igreja;

9. «Transformai uma parede num horizonte»: enfrentar as dificuldades, os fracassos, o pecado;

10. Tende sempre a coragem de querer mais, mais e mais: é o «magis» da espiritualidade no qual Francisco se inspira.

Para completar o diálogo, será igualmente necessário vencer os outros dois momentos (a fé e o discernimento vocacional), em constante diálogo com Francisco e com o que será oferecido durante a preparação.

Como utilizar este tópico

Este tópico tem como objetivo ajudar a estabelecer um diá-logo sem excluir ninguém, convidando, aliás, a fazer parte quem se mostre disponível para participar num «diálogo artesanal», do qual não estão excluídos os idosos portado-res de uma memória de base para o futuro. O interlocutor principal é Francisco, que nos introduz neste diálogo atra-vés de conversas mantidas nos encontros com os jovens dos quatro cantos do mundo e em diferentes situações. Não esquecendo que a sua palavra parte ou é o reflexo da «Palavra» e do seu encontro com Jesus: a Palavra feita carne.

O tópico pode ser utilizado nos encontros de grupo ou, então, na reflexão pessoal.


PaPa Francisco

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Em grupo

O encontro poderia ter a seguinte sequência, que não deverá ser rigorosa mas obedecer às situações em que se encontra, dando atenção aos participantes, às suas perguntas, às suas expectativas…

— Acolhimento: travar conhecimento, criar o ambiente, sobretudo no primeiro encontro…;

— Leitura: ler um texto ou parte dele;— Silêncio, em que cada um se concentra em alguma

expressão ou palavra-chave; se alguém dispuser do texto, pode sublinhá-lo ou evidenciá-lo. Podem sentir- -se incentivados, motivados pela surpresa, perceber o eco da «Palavra»;

— Partilha: cada um comunica livremente o eco do que compreendeu «por si» e «para nós»: é o material que o artesão descobriu com alegria ou admiração para criar a sua (a nossa) obra. Evitamos assim a discussão, o lamento, a condenação. Somos «artesãos», constru-tores; não destruidores;

— Oração: entramos no «diálogo artesanal» com Aquele que se escondia nas palavras de Francisco e de todos aqueles que nos manifestaram as suas reflexões, des-cobertas… É com ele que nos abrimos aos novos hori-zontes e podemos tornar-nos construtores de futuro. No final deste livro, existem alguns exemplos de ora-ção, partindo dos textos de Francisco, traduzindo as suas palavras em oração.



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Sozinhos

Pode usar-se a mesma sequência, dando espaço à reflexão após a leitura e a oração; é precisamente ao traduzir o texto em oração que se realiza o «diálogo artesanal» e se abrem os horizontes.

Ao definir este tópico, alegro-me de poder servir de ajuda a todos os que o utilizarão e de ser um companheiro discreto deste «diálogo artesanal» e «percorrer pequenos jardins avistando prados».

Maria guia-nos; ela, que é nossa mestre neste diálogo iniciado na casa de Nazaré, mesmo sob a Cruz, e que hoje em dia continua com cada um de nós.

DoM gianfranco, 24 De Maio De 2017

festa De nossa senhora auxiliaDora


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Vós Sois Artesãos de Futuro

Escrevo-vos, jovens, porque sois fortese a Palavra de Deus permanece em vós.

(1JO 2, 13.15)


Vós sois artesãos de futuro

Vivem no presente, mas olhando para o futuro

Porque gosto de estar com os jovens? Porque vós tendes den-tro do vosso coração uma promessa de esperança. Vós sois portadores de esperança. Vós, é verdade, viveis no presente, mas olhando para o futuro… vós sois artífices de futuro, arte-sãos de futuro. Além disso — e esta é a vossa alegria —, é muito bonito caminhar para o futuro, com as ilusões, com tantas coisas bonitas… e é também a vossa responsabilidade. Tornar-se artesãos de futuro. Quando me dizem: «Padre, que tempos difíceis… Mas não há nada a fazer!» Como não há nada a fazer? E explico que se pode fazer muito! Mas quando um jovem me diz: «Padre, que tempos difíceis… Mas não há nada a fazer!»… Não! Mando-o ao psi-quiatra! Porque, na verdade, não se compreende! Não se compreende um jovem, um rapaz, uma rapariga que não aspiram a grandes feitos, não arriscam grandes ideais para o futuro. Acabam por fazer aquilo que podem, mas o desafio

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PaPa Francisco

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prende-se com os grandes e bonitos feitos. E vós sois arte-sãos de futuro. Porquê?

Tendes dentro de vós três vontades…

Porque dentro de vós existem três vontades: a vontade da beleza. Gostais de beleza e, quando fazeis música, teatro, pintura — coisas relacionadas com a beleza —, estais à pro-cura dessa beleza, sois pesquisadores de beleza. Segundo: sois profetas da bondade. Gostais da bondade, de ser bons. E esta bondade é contagiosa, ajuda todos os outros. E tam-bém — terceiro — tendes sede de verdade: procurai a verdade. «Mas, padre, eu tenho o dom da verdade!» Estás enganado, porque a verdade não se tem, não a temos con-nosco, encontra-se. É um encontro com a verdade, que é Deus, mas é necessário procurá-la. E estas três vontades que tendes no coração deveis levá-las em frente, para o futuro, e fazer o futuro com a beleza, com a bondade e com a verdade. Entendeis? Este é o desafio: o vosso desafio. Mas se fordes preguiçosos, se estiverdes tristes — é algo feio, um jovem triste —, se estiverdes tristes… então, essa beleza não será beleza, essa bondade não será bondade e essa verdade será algo… Pensai bem nisto: apostai num grande ideal, o ideal de fazer um mundo de bondade, beleza e verdade. E isto podeis fazê-lo, tendes o poder para o fazer. Se não o fizerdes, é por preguiça.

Fazei barulho indo em contracorrente

Queria dizer-vos isto, e mais: coragem! Ide em frente, fazei barulho! Onde há jovens, deve existir barulho. Claro que há



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regras, mas o sonho de um jovem é fazer sempre barulho. Ide em frente! Na vida, existirão sempre pessoas que vos pedirão para abrandar, desviar-vos do vosso caminho. Por fa- vor, ide em contracorrente. Sede corajosos, corajosas: ide em contracorrente. Alguns dizem-me: «Não, mas isso… Bebe um pouco de álcool, consome um pouco de droga.» Não! Andai em contracorrente nesta civilização que nos está a fazer muito mal. Percebeis? Andai em contracorrente; e isto significa fazer barulho, ir em frente, mas com os valores da beleza, da bondade e da verdade. É isto que vos quero dizer. Quero desejar-vos o melhor, um bom trabalho, ale-gria no coração: jovens alegres! E, por isso, queria dar-vos a Bênção.

Segui em frente com Maria, a corajosa

Mas antes, todos juntos, rezemos à Nossa Senhora, que é a Mãe da beleza, a Mãe da bondade e a Mãe da verdade, que nos dê esta graça da coragem, porque a Nossa Senhora era corajosa, esta mulher tinha coragem! Peçamos a ela, que está no Céu, que é a nossa Mãe, que nos dê a graça da cora-gem para seguir em frente e em contracorrente.

Todos juntos, como estão, assim, rezemos uma ave-maria à Nossa Senhora.

Discurso De sauDação à peregrinação

De Jovens Da Diocese De piacenza-bobbio,

basílica Do vaticano, 28 De agosto De 2013.


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