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1 Escola Estadual Georgete Eluan Kalume Secretaria de Educação e Esporte do Estado do Acre VIVIA MAS NÃO VIA, AGORA VEJO 2012/2013

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Escola Estadual Georgete Eluan Kalume

Secretaria de Educação e Esporte do Estado do Acre

VIVIA MAS NÃO VIA, AGORA VEJO

2012/2013

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Sumario

Capa .................................................................................................................01

Sumario ...........................................................................................................02

Justificativa .....................................................................................................03

Objetivo ...........................................................................................................04

Objetivo Específicos ......................................................................................04

Fundamentação Teórica ................................................................................05

Metodologia ....................................................................................................06

Recursos .........................................................................................................07

Cronograma ....................................................................................................08

Avaliação ........................................................................................................09

Histórico do Projeto ......................................................................................10/11

Referência Bibliográfica ...............................................................................12

Anexos ...........................................................................................................13/15

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Justificativa

Com as mudanças nas famílias em nossa sociedade, as mulheres passaram a exercer funções diferentes na sociedade em que estão inseridas e o mais comum dessas funções nos dias de hoje são mulheres que são pais e mães e dessa forma necessitam trabalhar ou até mesmo ficar em casa para cuidar dos filhos. Por essa razão destacamos entre essas mulheres, as que trabalham diariamente seja em casa ou fora numa maioria são analfabetas ou nem sequer terminaram o Ensino Médio. Durante alguns anos estamos com o desfio de mudar essa realidade na vida das domésticas (mães) analfabetas da comunidade escolar Georgete Eluan Kalume. Então implementamos na escola a “Alfabetização de Jovens e Adultos e EJA-Educação de Jovens e Adultos”, com a intenção de transformar, realizar e evoluir a vida das mulheres com a educação para chegarem a igualdade.

Observando essa demanda, constatamos a importância de orientara-las sobre as questões de valorização, conscientização, auto-estemas e valores perdidos durante a vida e a educação a nosso ver, seria a melhor maneira de combater a desigualdade entre homens e mulheres contribuindo para uma sociedade igualitária. Por essas mulheres já estarem muito tempo exercendo essas funções familiares-domésticas, os “homens” de forma machista querem que as mulheres não estudem que o seu lugar é em casa, ou seja, pelo ciúme, medo do desenvolvimento dela ficam achando que elas são incapazes de aprender e por muitas vezes fazem as mesmas acreditarem através de ameaças físicas e psicológicas que elas não são “nada” e que vão sempre depender. Dessa forma entramos em ação para incentivar, apoiar e assim conquistar a confiançadas mesmas e trazê-las para a escola.

Acreditamos que a educação liberta, transforma e faz a diferença em qualquer classe social e a alfabetização é sem dúvida a base de uma estrutura que representa a alavanca no despertar do interesse pela transformação do mundo pela igualdade. O educando sente a necessidade de saciar suas curiosidades, para isso, ela precisa saber em que mundo está vivendo conhecer a sociedade e o contexto ao qual está inserida. Trabalhar as mudanças de vida permite enriquecer o conhecimento cultural, intelectual e social do ser humano. Educação é a solução para a desigualdade.

Nessa perspectiva de melhorar a qualidade de vida dessas mulheres a escola proporciona à oportunidade de serem alfabetizados e de dá continuidade aos estudos e, conseqüentemente contribuir para um melhor desempenho familiar. Na oportunidade o projeto oferecerá cursos de profissionalização como forma de

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estimular o processo educacional, pois, aprender a gostar de si mesma é descobrir um caminho de sucesso na vida acadêmica e profissional.

Objetivo:

Aproveitar as oportunidades oferecidas e promovida pela educação como ponto de partida para sua transformação e conquistar seu espaço na sociedade e assim promover a igualdade de gênero.

Objetivos Específicos:

• Promover a alfabetização e continuidade aos estudos;

• Conscientizar a valorização que a educação (ensino) vai trazer para suas vidas;

• Reduzir a pobreza e a discriminação social e a violência contra a mulher;

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Fundamentações Teóricas:

Há hoje uma grande preocupação sobre analfabetismo de jovens e adultos. Segundo a revista Escola publicada em abril de 2009, o ”Brasil está entre os 15 países de maior índice de analfabetos”, no entanto segundo pesquisa as mulheres estudam mais que os homens e isso foi uma forma de percebemos que estamos no caminho certo.

Educadores preocupados com esse índice estão cada vez mais empenhados em desenvolver projetos voltados para alfabetização e transformação.

É na escola que podemos proporcionar atividades diversificadas, com o objetivo de formar cidadãos críticos, pensantes, reflexivos, capazes de compreender o que realmente está escrito, ou mesmo a mensagem que está sendo transmitida.

A leitura é uma atividade necessária e não deve ser praticada apenas com a finalidade de cumprir a obrigação com as disciplinas de um curso, mas para enriquecer seu conhecimento cultural, intelectual e social encontrados em livros, revistas, jornais, outros periódicos, ou em qualquer tipo de textos informativo. Ao aprender a ler, interpretar e escrever, as pessoas adquirem confiança. Mais importante ainda é que passam a ser agentes participativos do processo de mudança e evolução da sociedade. Vivenciar a leitura no ambiente escolar é abrir um espaço de troca de idéias, onde o aluno (mães) podem revelar a opinião sobre o que leu ou o que está lendo; é oportunizar a expressão dos sentimentos e principalmente, respeitar o pensamento dos outros.

“As chamadas minorias, por exemplo, precisam reconhecer que, no fundo, elas são a maioria. O

caminho para assumir-se como maioria está em trabalhar as semelhanças entre si e não só as diferenças

e assim criar a unidade na diversidade, fora da qual não vejo como aperfeiçoar-se e até como construir-se

uma democracia substantiva, radical.”

(Freire, Paulo. Pedagogia da esperança. Paz e Terra, 1992).

O ambiente alfabetizador acolhe o educando das mais variadas culturas, por isso o processo de aprendizagem acontece de forma diferenciada, ou seja, cada aluno tem a maneira de enriquecer seu próprio conhecimento. Porém, o professor além de ser mediador da aprendizagem, deve ser também um incentivador, passar segurança e ser amigo.

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Para ampliar novos conhecimentos escolares, professores e comunidade devem estar integrados na formação de uma visão de mundo mais abrangente, crítico, cooperativo e humano para a igualdade.

METODOLOGIA:

A construção continuada do cotidiano escolar requer análise reflexiva do papel político educacional e social da escola. Sendo assim a equipe escolar deve avaliar as metodologias de ensino, dos conteúdos selecionados para atender às necessidades das mulheres inseridas no projeto e assim perceber as mudanças que iram acontecer nas suas vidas durante o processo escolar.

A escola assume posições, decisões e estratégias humanas, inteligentes e procura adequar, em diferentes contextos, as diversas realidades em que essas mulheres estão constantemente inseridas na sociedade sejam de exclusão ou inclusão. O Projeto Pedagógico, objetiva, deste modo, adequá-las às necessidades, características e a realidade dos direitos que as mesmas têm.

Sabemos que a conscientização não nasce de um momento para o outro, mas compete a nós desenvolvê-lo, contemplando-as de forma adequada cada disciplina curricular, colocando-a sem contato com diferentes assuntos voltados para o assunto, e assim oportunizar as mulheres a serem alfabetizados para darem suportes familiares e profissionais, pois mulheres alfabetizadas, direitos e igualdades adquiridas.

Ao convidamos para estudarem descobrimos que estávamos na direção certa. As mães aceitaram de bom grado e fizeram suas matriculas. Foram matriculados 40 que participam das aulas assiduamente.Para eficácia do projeto contamos com a parceria com o Programa Alfa 100 e tivemos imediato apoio. Os professores utilizarão os livros do Programa ALFA 100, os mesmos estão capacitados com Formação Continuada oferecida pela SEME. Eles desenvolverão seu trabalho tendo o cuidado de apresentar atividades que despertem a atenção do aluno já que são jovens e adultos.

Em todo momento, o professor registrará os avanços e as dificuldades encontradas. Ademais, diante das observações feitas pelo educador, o mesmo deverá buscar mecanismos para minimizar os problemas relacionados com a desigualdade de gêneros. Também, será acompanhada pela equipe gestora, para que o projeto seja desenvolvido no período de 08 meses, tempo em que todas sejam alfabetizadas e em seguida deem continuidade aos seus estudos. No de correr do projeto, outras parcerias também prestarão serviços voluntários com atividades que proporcionem as mulheres. Vários cursos os quais servirão para o aperfeiçoamento profissional e social tais como: Culinária: panificação, bombons de chocolate, bolos, tapiocas, entre outros; Palestra: controle de natalidade,

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estudo bíblico, prevenção de drogas, doenças sexualmente transmissíveis, artes, estética e prevenção de acidentes e violências domésticas, farão parte do processo escolar.

RECURSOS:

• MATERIAIS DIDÁTICOS:

Todo material didático e de apoio será fornecido pelo programa ALFA 100 e escola.

● FÍSICO: - A ESCOLA

● HUMANO: - EQUIPE GESTORAE FUNCIONÁRIOS;

Colaboradores de outras instituições sem fins lucrativos, cujo intuito é subsidiar e apoiar com diversas atividades profissionais .

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- CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES

MESES 2012

ETAPAS

ATIVIDADES PREVISTAS ABR

MAI

JUN

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ

Levantamento junto à secretaria da escola (mulheres)

x

Planejamento da equipe gestora de ações para elaboração e desenvolvimento do projeto

X

Reunião com as crianças para motivação e incentivo aos pais.

x

Início do projeto (parceria ALFA 100)

x

5º Campanha "Mulheres e Direitos" pede fim da violência. video

Palestra de auto-estima . Saúde e Bem Estar fala sobre motivação e auto-estima para o dia a dia.

X

x

x

x

x

x

x

x

Desenvolvendo atividades produtivas (parcerias - artes, culinária, estudo bíblico, entre outros)

C

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ES

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TIC

A

Conhecimentos das leis e direitos da mulheres – Lei Maria de Penha

9º Inclusão digital

10º

Assistir o vídeo Tião Simpatia –Lei Maria da Penha

x

x

11º

Análise final dos dados da aprendizagem. (diagnóstico)

x

x

12º

Levantamento individual dos resultados obtidos para entrega dos certificados.

x

13º x

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Encerramento. Formatura

AVALIAÇÃO: A avaliação será feita pelo professor gradativamente a partir da participação, empenho e desempenho das alunas-mulheres, durante e após as atividades desenvolvidas, devendo o professor observar as habilidades já adquiridas para que possam proporcionar meios para ampliar seus conhecimentos.Sendo assim, consideramos os aspectos sociais que envolvem a nossa escola no planejamento educacional, mesmo em nível mínimo, para que a avaliação não falhe em seus resultados. Nessa perspectiva, a nossa gestão visa a uma nova forma de avaliar, em que a comunicação e o diálogo estejam envolvidos, tendo como base a real participação dos diferentes segmentos, a possibilidade de exercer seu papel como cidadão, tendo maior liberdade de expressão e oportunidade para trocar experiências e conhecimentos. Com base nesse cenário, os envolvidos nesse processo vão se tornando cada vez mais responsáveis, criativos e autônomos. Além de se envolver no processo, que deve ser contínuo conforme proposta do projeto político-pedagógico.

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HISTÓRICO DO PROJETO: O Projeto é especialmente dedicado as mães da Escola Georgete Eluan Kalume, no entanto, o mesmo foi ampliado às necessidades de toda a comunidade. Em 2012 tínhamos matriculado 40 mulheres onde se formou 32. Atualmente contamos com 70 alunos matriculados contando 40 na alfabetização e 26 no I seguimento 04 no II seguimento do EJA, sendo na maioria mulheres. Por esse motivo, proporcionamos oficinas educativas e profissionalizantes tais como: Palestra - Saúde da mulher - Corpo e sexualidade - Violência doméstica - Drogas - Controle de natalidade - Direitos e igualdades sociais - Valores Sociais com lições que ajudarão nossos irmãos transmitindo mensagens de amor, perdão, justiça, ajuda entre outros. Oficinas - Pintura em tecido - Trabalho com retalho - Culinária ( Experimentação de receitas ) - Artesanato - Carteira de identidade Eventos- Formatura Por esse motivo procuramos nos fortalecer nas parcerias para poder oferecer alguns desses cursos, para que não seja necessário utilizar os recursos da escola e estes processos facilitam, pois termos uma gestão presentes em nossa escola, onde se incluem discussões internas e externas para que possamos avaliar em conjunto o que é necessário para gerar o nosso próprio crescimento e aprimorar o nosso desempenho, valorizar o tempo dedicado à participação em atividades propostas pela escola, envolver todos aqueles que fazem parte da Georgete Kalume na elaboração de estratégias e técnicas, exposição de idéias, planejar em conjunto, permitir que essas pessoas apliquem seus conhecimentos novos e antigos, ou seja, que tragam e incorporem junto à escola, suas experiências positivas de forma a somar e desenvolver a educação na instituição de ensino. Por esse motivo acreditamos na eficácia da nossa gestão, onde se baseia

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no fato de que existe a conferência de buscar novos parceiros que possam nos fornecer materiais escolares, palestra, alimentação, manutenção de cozinha, banheiros, etc, onde são essenciais para o bom funcionamento da escola. Esse trabalho visa também resgatar a auto-estima, humanizar, relações e construir cidadania de direitos e igualdade. Com isso não estamos querendo que as mulheres se sintam apenas público alvo de um projeto aonde as ações chegam prontas, mas como participantes do processo da construção do grupo, aprendendo assim conversar, ouvir, concordar, discordar, descobrindo que o grupo é capaz, inteligente e criativo, com objetivo de alcançar aquilo que foi planejado anteriormente.

Considerando que é do interesse da nossa escola que nossos alunos sejam instruídos e formados, e que esta é a principal função da nossa instituição, administrá-la de modo eficiente e eficaz é uma das condições para que cumpramos o nosso papel na sociedade. Por assim ser administrada, a nossa escola oferece condições para a melhoria da qualidade do ensino visando a busca da igualdade e da aprendizagem por esse motivo que envolvemos as mães nesse processo.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Cartinha LeiMaria da Penha Apostila – Projeto de Leitura. Conhecendo e Aprendendo – 2004. CAGLIARI Luiz Carlos. Alfabetização e Lingüística. Spione: São Paulo, 2000. EDITORA ABRIL. Revista Escola. A origem da vida. Nº. 221. Ministério da Educação, 2009. EDITORA ABRIL. Revista Nova Escola. O Prazer da Descoberta. Nº. 143. Ministério de Educação, 2001. FREIRE, Paulo. A importância de Ato de Ler. – ed. São Paulo. Cortez, 1998 Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa/ Ministério da Educação. 3ª edição. Brasília. 2001 Proposta Curricular do Ensino de Língua Portuguesa - SEME 2004 Vídeos diversos

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NEXOS

Valorização e contribuição da mulher na

sociedade

Elevando a autoestima

O homem reconhece o valor da sua esposa e a pede em casamento após anos de

convivência(casamento coletivo)

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O direito de ser amada

Direito a escolaridade (troca de identidade)

Curso de bombons – empreendedorismo, renda familiar.

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Curso de customização – renda familiar

Reciclagem uma saída para o lixo doméstico

Parceiras dos filhos no processo ensino e aprendizagem

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Palestra sobre sexualidade

Direitos das mulheres