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REFERÊNCIAS Dantas-Berger, Sonia Maria; Giffin, Karen. A violência nas relações de conjugalidade: Invisibilidade e banalização da violência sexual? Cadernos de Saúde Pública, 2005, 21(2), 417-425. Hirigoyen, Mary France A violência no casal: da coação psicológica à agressão física. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2006. McGoldrick, Monica; Gerson, Randy. Genetogramas e o ciclo de vida familiar. In B. Carter & M. McGoldrick, M. (2a ed). As mudanças no ciclo de vida familiar – Uma estrutura para a terapia familiar. Porto Alegre: Artmed, 2001. Miller, Mary Susan. Feridas Invisíveis: abuso não-físico contra mulheres. SãoPaulo: Summus, 1999. Panuzio, J., & DiLillo, D. (2010). Physical, psychological and sexual intimate partner agression among Newlywed couples: longitudinal prediction of marital satisfaction. Journal of Family Violence. 2010, 25(7), 689-699. Rosa, Antonio Gomes; Boing, Antonio Fernando; Büchele, Fátima; Oliveira, Walter Ferrerira ; Coelho, Elza Berger Salema. A Violência Conjugal Contra a Mulher a Partir da Ótica do Homem Autor da Violência. Saúde Soc.São Paulo, 2008, 17 (3), 152- 160.
Ele é alcoolista em abstinência há 15 após 18 anos de alcoolismo ativo.
História familiar de intenso conflito conjugal e alcoolismo, marcando um
padrão transgeracional de conflito e violência. Mesmo sem álcool, manutenção da
relação de ofensa, humilhação e indiferença às demandas afetivas. Dificuldade
comunicacional: confusa (Féres-Carneiro, 2005). Forma de resolução de conflito:
Afastamento X envolvimento no conflito (Kurdek, 1194). Violência bi-direcional como
preditor de maior insatisfação conjugal, quando comparada à violência de um ou de
outro cônjuge (Panuzio & DiLillo,2010). Violência psicológica apresenta maior trânsito
entre os sexos, revelando-se como fenômeno altamente recíproco e prejudicial (Dantas-
Berger & Giffin, 2005).
História de violência familiar (surtos da mãe, agressão física).
Diagnóstico positivo para transtornos psiquiátricos, alto nível de conflito conjugal, desejo
sexual empobrecido, dificuldade de alteridade e empatia. Violência psicológica expressa
através de: Controle, isolamento, intimidação, indiferença às demandas afetivas além da
rigidez de papéis conjugais. Dificuldade comunicacional: expressão comunicacional com
verbalizações omitidas (Féres-Carneiro,2005), como indicador de baixo êxito conjugal .
Relação marcada pelo conflito conjugal desde sua origem. Não
aceitação de Julia em função da origem étnica. O bebê, fruto da relação anterior só foi
conhecido após um ano (receio de exclusão). Reconhecimento da violência na forma da
obediência materna à lugar masculino na conjugalidade e o paradoxal pressuposto de
um relacionamento feliz. Dificuldade de reconhecimento da violência. História familiar
altamente conflitiva, marcando um padrão transgeracional. Distanciamento afetivo:
violência/ infidelidade. Sentimento de abandono como marca da relação. Ciclo da
Violência: acúmulo de tensão, tensão máxima(eclosão), lua-de-mel (Walker, 1999).
A violência psicológica apresenta-se a partir de uma
dinâmica conjugal disfuncional, marcada por padrões
transgeracionais de alto nível de conflito e importante dificuldade comunicacional,
revelando aspectos silenciados na conjugalidade. Expressa uma relação fortemente
conflitiva, revelando diferentes aspectos da conjugalidade. Os resultados destacam a
importância de tratar os aspectos constitutivos da relação conjugal como forma de
prevenir outras formas de violência. Sugere-se o aprofundamento de estudos a fim de
desvelar o conceito assim como apontar novas possibilidades conjugais, mais
saudáveis, geradoras de maior qualidade relacional,
e menor carga de sofrimento psíquico.
Nome dos Participantes
Idade Ocupação Tempo de Relacionamento
Número de Filhos
Casal 1 César Rosa
58 60
Empresário Professora
33 anos 02
Casal 2 Léo Ana
38 31
Contador Fisioterapeuta
8 anos Sem filhos
Casal 3 Pietro Julia
36 34
Fun.Público Professora
11 anos Sem filhos*
*Julia tem uma filha de 11 anos, fruto de um relacionamento anterior, que vive com os avós maternos.
4. CONCLUSÃO
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA: INVISIBILIDADE NA RELAÇÃO CONJUGAL
3. RESULTADOS E ANÁLISE DOS DADOS
Casal 1:
Casal 2:
Casal 3:
Patrícia Manozzo Colossi; Denise Falcke; Josiane Razera [email protected]; [email protected]; [email protected]
Programa de Pós-Graduação em Psicologia- Universidade do Vale do Rio dos Sinos-UNISINOS
A violência conjugal assume destaque em contextos sociais e psicológicos,
de modo especial nas psicoterapias, pelo impacto e sofrimento que causa a
todos os envolvidos no contexto familiar. No mundo, 1 em cada 3 mulheres e,
no Brasil, entre 26% e 34,5% das mulheres são agredidas por seus
companheiros afetivos (Rosa et al, 2008). Com isso, impõe-se a necessidade
de articulação de diferentes áreas para prevenir, proteger e tratar os
envolvidos em contextos violentos. Contudo, os casos descritos na literatura
apresentam, predominantemente, a violência física, e do homem contra a
mulher, em uma perspectiva clássica da compreensão da violência de gênero.
1.1. Violência Psicológica no Casal: Caracterizada por uma expressão
menos evidente da violência, quando comparada à forma física, dificultando
seu reconhecimento. Contudo, pessoas que sofrem a violência física,
costumam referir “um doloroso histórico de abuso não-físico” (Miller, 1999,
p.22). Definida por Hirigoyen (2006) como “uma série de atitudes e de
expressões que visam a aviltar ou negar a maneira de ser de uma outra
pessoa”, expressa através de “micro-violências”: Indiferença, Ameaça,
Intimidação, Assédio, Isolamento, Ciúme patológico, Aviltamento,
Humilhação, Controle.
2.1 Delineamento:
Estudo qualitativo, exploratório, estudos de casos múltiplos.
2.2 Objetivos: Investigar a dinâmica conjugal de casais em situação de
violência psicológica
2.3 Instrumentos: Entrevista semi-estruturada, Entrevista de resolução de
dilemas, Genograma familiar (Carter & McGoldrick), Entrevista individual com
os cônjuges.
2.4 Participantes:
1. INTRODUÇÃO
2. MÉTODO