viagens s/a edição 25
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O clima entre nós já é de festa e de agradecimento. Não apenas pela celebração de mais um fim de ano, mas especialmente por pequenas conquistas, que nos trazem grandes alegrias. Sim, temos muito o que comemorar nesta 25ª edição, a última de 2013. A matéria “Reforma Geral”, de autoria do jornalista e de nosso colunista Fabio Steinberg, publicada na edição 19, abordando a situação dos aeroportos do país, ganhou o 1º Prêmio Abear de Jornalismo, na categoria Competitividade. Parabéns ao Fabio e à Associação Brasileira das Empresas Aéreas por reconhecer os trabalhos jornalísticos! Outro gol marcado: Viagens S/A é hoje a revista de bordo do Aiport Bus Service, a linha executiva de ônibus que há mais de duas décadas liga o Aeroporto de Guarulhos a diversos pontos estratégicos de São Paulo, entre eles o Aeroporto de Congonhas, transportando em média 160 mil passageiros por mês. Ficamos felizes em compartilhar o conteúdo com nosso principal público-alvo.TRANSCRIPT
Edição #25 | Distribuição gratuita
axéivete
NaviOSBrasil perde posição
no ranking mundial de cruzeiros marítimos
eSPeCiaL SaLvaDOR
O melhor do verão e da gastronomia na cidade
mais festeira do país
BiG DataComo transitar em tempos de muita
informação compartilhada
A cantora celebra os 20 anos de
carreira e se consolida como empresária no
mercado de entretenimento
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YQ 0005-12 Anúncio ST DE LISBOA-PRAIA DA JOAQUINA 420X275 VIAGENS SA_ok.pdf 1 12/16/13 12:26 PM
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YQ 0005-12 Anúncio ST DE LISBOA-PRAIA DA JOAQUINA 420X275 VIAGENS SA_ok.pdf 1 12/16/13 12:26 PM
O clima entre nós já é de festa e de agradecimento. Não apenas pela cele-
bração de mais um fim de ano, mas especialmente por pequenas con-
quistas, que nos trazem grandes alegrias. Sim, temos muito o que comemo-
rar nesta 25ª edição, a última de 2013. A matéria “Reforma Geral”, de autoria
do jornalista e de nosso colunista Fabio Steinberg, publicada na edição 19,
abordando a situação dos aeroportos do país, ganhou o 1º Prêmio Abear de
Jornalismo, na categoria Competitividade. Parabéns ao Fabio e à Associação
Brasileira das Empresas Aéreas por reconhecer os trabalhos jornalísticos! Ou-
tro gol marcado: Viagens S/A é hoje a revista de bordo do Aiport Bus Service,
a linha executiva de ônibus que há mais de duas décadas liga o Aeroporto de
Guarulhos a diversos pontos estratégicos de São Paulo, entre eles o Aeroporto
de Congonhas, transportando em média 160 mil passageiros por mês. Fica-
mos felizes em compartilhar o conteúdo com nosso principal público-alvo.
Já que estamos falando em conquistas, nada melhor do que mostrar a
trajetória bem-sucedida de Ivete Sangalo, estrela de nossa capa, e que festeja a
partir deste mês, com uma super produção, seus 20 anos de carreira. A editora
executiva Simone Galib relata todos os preparativos para o mega show na Are-
na Fonte Nova, em Salvador, que será levado, em 2014, às principais capitais
do país. E mostra também a veia empreendedora da cantora baiana, que repo-
siciona sua empresa e sua marca no mercado com a garra que lhe é peculiar.
Ainda em ritmo de Bahia e das férias de verão, a colaboradora Ana Paula
Garrido traz um roteiro completo com o melhor de Salvador, assunto tam-
bém da nossa gastronomia. Traçamos ainda um perfil completo do mercado
de cruzeiros marítimos no Brasil, que está perdendo passageiros e posições
no ranking internacional em razão de dificuldades com infraestrutura portu-
ária e altas taxas, conforme relata Fabio Steinberg. Mesmo assim, transatlân-
ticos cinco-estrelas já estão em águas brasileiras para mais uma temporada
de grandes viagens.
Boa leitura e feliz 2014!
PublisherAndrea Magalhães
Diretora ExecutivaAdriana Pompeu
Editora ExecutivaSimone Galib
Direção de ArteMarcelo Max
ColaboradoresAna Paula Garrido, André Webber, Chuca Cardoso, Fábio Steinberg, Felipe Boni, Isabel Liberalquino, Juliana Pessoa, Kelen Feitosa, Luciano Pinho, Luiz Fantin, Mario Potomati e Toni Sando
Administrativo / FinanceiroAdriana Magalhães
Contato e [email protected].: +55 11 2355.2606 / +55 11 98633.1111
Impressão e acabamento
Tiragem20.000 exemplares
Distribuição gratuita nos ônibus Airport Bus Service, ações em aeroportos, feiras e eventos (definidos por edição), mailing direcionado, hotéis, bares e restaurantes.
A revista Viagens S/A respeita a liberdade de expressão. As matérias, reportagens e artigos são de responsabilidade exclusiva de seus signatários.
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Edição #25 | Distribuição gratuita
AXÉIVETE
NAVIOSBrasil perde posição
no ranking mundial de cruzeiros marítimos
ESPECIAL SALVADOR
O melhor do verão e da gastronomia na cidade
mais festeira do país
BIG DATAComo transitar em tempos de muita
informação compartilhada
A cantora celebra os 20 anos de
carreira e se consolida como empresária no
mercado de entretenimento
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Andrea MagalhãesPublisher
CARTA AO LeITOR
®
6 | Edição #25 |
É HORA DECELEBRAR
10. CRuzeIROSMar revolto 18. BOLSA De VIAGenSMercado e tendências 22. CAPAO furacão Ivete 30. COnexãODestino, gente e afins 34. CuLTuRA 36. GASTROnOMIAComer, beber e trabalhar 38. CheF S/A 40. eSPAçO FéRIASSalve Salvador 48. MunDO DIGITALA revolução da informação 52. MeRCADOViagens de incentivo em alta
54. DIáRIO De BORDOO barato que sai caro
56. PenSATABalanço geral
58. CuRTAS 60. BASTIDOReS
62. TeCnOLOGIA 64. CALenDáRIOFeiras e eventos 66. IMPReSSõeSOs ‘troféus’ do Pantanal
SuMáRIO
10.
22.
40.
38.
10 | Edição #25 |
CRuzeIROSSh
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• por Fabio Steinberg
A maré anda baixa para o mercado de cruzeiros no Brasil: o país contabiliza queda de 30% no número de navios. Segundo especialistas do setor, os motivos são os altos custos operacionais, os entraves burocráticos, as taxações e a precária infraestrutura dos portos
10 | edição #25 |
MARREVOLTO
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12 | Edição #25 |
CRuzeIROS
Cabine inspirada na atriz Sophia Loren do navio MSC Divina
partir daí, uma soma de fatores
favoráveis fez com que a ativida-
de ganhasse o gosto popular. “A
estabilidade econômica do país, o
clima e os destinos nacionais con-
tribuíram para tornar o Brasil um
importante mercado para o setor”,
comenta Adrian Ursilli, diretor co-
mercial e de marketing da armado-
ra italiana MSC.
Seis anos depois, o número de
navios mais que triplicou para 20
e o de passageiros quase sextupli-
cou para 800 mil. Durante essa fase
áurea, o país tornou-se o quinto
principal mercado de cruzeiros do
mundo. “O setor registrou um cres-
cimento de cerca de 600% na últi-
ma década, sendo que na tempo-
rada 2010/2011 contribuiu com R$
1,4 bilhão e 20 mil empregos para
a economia brasileira”, comen-
ta Ricardo Amaral, presidente da
CLIA Abremar e da empresa de ori-
gem norueguesa Royal Caribbean.
Estima-se que para cada tripulan-
te contratado surgem outros três
postos de trabalho indiretos, sejam
associados a gastos dos turistas
nas cidades portuárias ou na pró-
pria cadeia produtiva do setor. “Isso
Paciência tem limites. Este
bem que poderia ser o lema
da CLIA Abremar, associação
que representa as armadoras e opera-
doras de turismo marítimo no Brasil,
porque melhor traduz os ânimos de
seus associados. Sem muito alarde,
o número de navios que vinham ao
país nos verões passados reduziu-se a
quase metade diante de um estima-
do menor movimento de passageiros.
Com graves problemas de infraestru-
tura e custos operacionais nem um
pouco competitivos, a rota dos cruzei-
ros repete o mesmo percurso já per-
corrido pela aviação no Brasil. Para
superar barreiras de lucratividade,
há menor oferta. Com isso, os preços
tendem a aumentar – ou, no eufemis-
mo de vendas, é o fim das promoções
com descontos.
Também pudera. Um mercado
imenso que tinha tudo para deslan-
char vem a cada temporada se desfa-
zendo como espuma diante do mar
de incertezas, falta de perspectiva,
estímulos e baixa prioridade dado
ao assunto pelas autoridades. É uma
pena. Os cruzeiros são cortejados pe-
los governos do mundo inteiro, pois
promovem um impacto econômico
global estimado em US$ 100 bilhões
e geram mais de 753 mil empregos.
O Brasil tinha todas as condi-
ções para manter idêntica trajetó-
ria de sucesso. O crescimento da
indústria no país foi vertiginoso.
Em 2004 e 2005, seis navios trans-
portaram 140 mil passageiros. A
demonstra que os cruzeiros marí-
timos têm um papel fundamental
para a economia e o turismo brasi-
leiros”, conclui Amaral.
DIFICULDADESDefinitivamente, os ventos mu-
daram de direção. Cansados de sin-
grar um oceano de empecilhos in-
transponíveis e jamais solucionados
com afinco pelos vários governos
brasileiros, o círculo virtuoso da ex-
pansão dos cruzeiros no país come-
çou a apresentar ano a ano sinais
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ão
Adrian Ursilli, diretor comerciale de marketing da MSC
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Piscina com borda infinita do MSC Divina
Piscina do navio Costa Fascinosa, da Costa Cruzeiros
invertidos. “Desde 2010 houve que-
da de 30% na operação de navios no
Brasil e a tendência futura é de mais
queda”, revela Ursilli, da MSC. As-
sim, a temporada 2013/2014 deve se
reduzir a apenas 11 navios e 640 mil
passageiros. “Os altos custos opera-
cionais, os entraves burocráticos, as
taxações e a infraestrutura portuá-
ria precária acarretaram essa queda.
Além disso, não houve uma renova-
ção nas opções de cidades turísticas
capazes de receber navios, seja por
condições de atracação e ancoragem
ou por conta do impacto ambiental”,
lamenta Renê Hermann, presidente
da Costa Cruzeiros, a veterana ar-
madora italiana. Resultado do ma-
rasmo: o Brasil perdeu duas posições
no ranking mundial de transporte de
passageiros em cruzeiros marítimos
desde 2011. “Embora tenhamos aler-
tado o governo há algum tempo para
esse cenário, muito pouco foi feito”,
conclui Hermann.
Um estudo encomendado pela
Abremar à Fundação Getúlio Vargas,
em 2011, ressalta as oportunidades
de negócios que os cruzeiros marí-
timos geram no país. Não se tratam
apenas do progresso das cidades
portuárias, mas também das dife-
rentes cidades não litorâneas. Essas
condições são promovidas pela ca-
deia produtiva ao contratar serviços
e comprar insumos em diferentes
regiões do Brasil. O trabalho da FGV
alerta sobre três grupos de entraves
ao desenvolvimento dessa indústria.
A primeira dificuldade é a res-
trita infraestrutura portuária. Assim
como o nanismo crônico provoca-
do pela ausência de planejamento
dos aeroportos brasileiros provoca
graves dificuldades operacionais, o
exponencial crescimento dos cruzei-
ros não foi acompanhado por uma
correspondente expansão dos portos
brasileiros. Com isto, perderam a ca-
pacidade de receber o crescente fluxo
de navios e turistas com a qualidade
existente no resto do mundo. O estu-
do confirma a situação caótica diante
da ausência de intervenções e inves-
timentos dos terminais de passagei-
ros, estrutura de atracação e serviços
gerais. Ressalta que muitos destinos
com grande potencial turístico não
oferecem instalações mínimas para
que os grandes transatlânticos - a
maioria com capacidade para até 4
mil passageiros - possam atracar.
No porto de Santos, o maior
do país, quando há mais de um
Renê Hermann, presidente da Costa Cruzeiros
14 | Edição #25 |
Alexandre Zachello, CEO da Pullmantur
CRuzeIROS
14 | edição #23 |
navio de passageiros, a atracação
é feita na área de cargas, por vezes
a alguns quilômetros do terminal,
obrigando ao fretamento de ôni-
bus e vans que fazem o transpor-
te entre os dois pontos (veja box).
Mesmo considerando as condições
precárias, portos como Santos, Rio
e Salvador ainda têm espaço para
atracar. Pior é o que ocorre com a
maioria dos destinos turísticos bra-
sileiros, onde o desembarque é feito
no mar com apoio de barcos auxi-
liares ou, nos casos menos graves,
em cais ou marinas privadas.
“Dentre os pontos críticos evi-
denciados nos terminais portuários,
elencam-se: falta de sinalização; di-
visão entre terminal de passageiros
e de carga; logística; estrutura re-
ceptiva; área destinada à bagagem;
falta de informação sobre atracação
do navio; painel de informações; es-
trutura de alimentos e bebida e co-
mércio em geral, entre outros”, re-
porta a FGV. “O Brasil possui mais de
8 mil quilômetros de costa, mas in-
felizmente há poucos lugares onde
podemos levar nossos passageiros
devido à falta de infraestrutura”,
complementa Alexandre Zachello,
CEO da espanhola Pullmantur.
OUTROS VILÕESNo segundo grupo de proble-
mas apontados pelo relatório estão
as pesadas taxas operacionais. Não
se tratam apenas da cobrança de
pernoites dos navios, mas também
de um extorsivo pagamento de pra-
ticagem, que é a operação de ma-
nobra de entrada e saída de navios
dos portos (leia o box). Há ainda
taxas de embarque e desembarque,
que em Recife chegam a R$ 68,00 e
em Salvador, 87,00 por passageiro.
Esses valores afugentam cruzeiros
e levam o Brasil a perder mercado.
“O terminal de Santos, que cobra
R$ 100,00 por embarque, deve ser o
mais caro do mundo”, desabafa Mil-
ton Sanches, dirigente da BCR Cru-
zeiros e um dos mais experientes
profissionais do setor. “Com esses
custos exorbitantes, os minicruzei-
ros, sucesso também no segmen-
to corporativo, não se expandem
como poderiam”, revela Guilherme
Paulus, fundador e maior acionista
individual da CVC, a maior agência
de viagens do país. Hermann, da
Costa Cruzeiros, reclama também
de tarifas no último minuto para a
retirada de cargueiros em locais de
atracação previamente agendados
para os navios de cruzeiros.
O estudo da FGV aponta ainda
um terceiro grupo de vilões dos cru-
zeiros: dez órgãos públicos que, por
sua vez, criam regulamentações e
controles próprios. Isto gera para a
indústria de navios de cruzeiro um
cipoal burocrático complexo, custoso
e por vezes impossível de desfazer.
“As condições brasileiras limitam o
crescimento do setor e isso prejudica
o desempenho do segmento e com-
promete cenários futuros”, comenta
Ricardo Amaral. Some-se aos pro-
blemas a equiparação dos cruzeiros
náuticos à cabotagem, o que obriga
a contratar 25% da mão de obra no
Brasil. “Nem tem tanta gente prepa-
rada no país para ocupar essas va-
gas”, desabafa Guilherme Paulus.
Conspirando contra esse deses-
timulante ambiente de negócios no
Brasil, surgiram novos mercados
que oferecem condições bem mais
Deck do Monarch Sun, da Pullmantur
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Guilherme Paulus, fundador e maior acionista individual da CVC
vantajosas para conquistar o mer-
cado sazonal dos navios no Hemis-
fério Sul que surge a cada inverno
europeu. É o caso de Dubai, Emira-
dos Árabes, Austrália e Ásia, além
de Punta del Este e Valparaíso, na
América do Sul. “Há uma junção de
fatores para a queda de oferta, que
vai da falta de infraestrutura até
incentivos dados por outros países
para colocarmos nossos navios lá”,
resume o dirigente da Pullmantur.
Como interromper essa san-
gria? Adrian Ursilli, da MSC, acredi-
ta que o mercado brasileiro voltará
a crescer tão logo ocorram mudan-
ças na visão do governo, dando
maior apoio ao setor. Ele cita ainda
a necessidade de planejamento e
medidas de estímulo, como permi-
tir a livre concorrência na prestação
de serviços portuários para baixar
os custos, diminuir a carga tributá-
ria aplicada ao setor e investimen-
tos na área de infraestrutura por-
tuária para os navios de cruzeiros.
Amaral, da CLIA Abremar, diz que
é preciso eliminar distorções, como
consolidar uma legislação que de-
fina que um navio em viagem de
longo curso não pode ser confun-
dido com um roteiro doméstico de
cabotagem. Enfim, é preciso tornar
os cruzeiros nacionais competitivos
em relação aos outros mercados.
O fato é que não existe no Brasil
um único porto voltado exclusiva-
mente ao turismo. Guilherme Pau-
lus sonha com soluções híbridas,
com navios que sejam um misto
de carga e passageiros, uma práti-
ca comum na Europa. Quanto aos
cruzeiros de grande envergadura,
enquanto portos adequados para
abrigá-los não existirem, cidades
como Recife, João Pessoa, Natal,
Fortaleza, Manaus e Belém vão fi-
car a ver navios de longe. Esse nicho
abandonado por questões técnicas
começa a ser explorado pela BCR
Cruzeiros. A empresa freta navios
menores, capazes de cobrir várias
cidades inviáveis para a atracação
de transatlânticos, e dali vai a Fer-
nando de Noronha.
FORA DO BRASILEnquanto os problemas estrutu-
rais não são superados, viajar de na-
vio para o exterior está se tornando
uma tendência. Paulus revela que em
2013, a CVC deve enviar 15 mil pas-
sageiros para fora do Brasil, o que re-
presenta um crescimento de 40% em
relação ao ano anterior. Alexandre
Zachello, da Pullmantur, confirma o
movimento. “Nosso grande objetivo
AS TAXAS MAIS CARAS DO MUNDOProtegida por monopólio, a
manobra de entrada e saída
dos navios em portos, co-
nhecida como praticagem,
aplica no Brasil as taxas mais
caras do mundo. Um navio
de 137 mil toneladas paga
R$ 109 mil em Salvador, R$
44 mil em Santos e R$ 23 mil
no Rio. Enquanto isso em Pe-
quim (um dos mais caros do
exterior) sai por R$ 17 mil;
em Nova York, por R$ 14 mil;
em Miami, por R$ 11 mil e
em Atenas, por R$ 5 mil. Se
compararmos com o porto
de Barcelona (o mais bara-
to, cerca de R$ 3 mil), Santos
chega a custar 1080% a mais,
Ilhabela 892% e Rio 521%.
Esses dados fazem parte de
um levantamento da CLIA
Abremar, preocupada com
a desvantagem nacional em
cruzeiros. O problema se
estende a regiões da Amé-
rica do Sul, com taxas mais
camaradas. É o caso de Val-
paraíso, no Chile (R$ 7 mil)
e Montevidéu, no Uruguai
(quase R$ 9 mil).
O navio Oasis, da Royal Caribbean
16 | Edição #25 |
é ampliar o número de viajantes em-
barcados nos roteiros internacionais,
principalmente no Caribe onde man-
temos dois navios com itinerários di-
ferentes. Não há necessidade de visto
americano, e um deles permanece
por lá o ano inteiro”, conclui. “Temos
investido cada vez mais na estratégia
de levar o turista brasileiro para fé-
rias no exterior, em especial no Cari-
be e na Europa, e cresce o número de
hóspedes brasileiros a bordo de nos-
sos navios Oasis e Allure of the Seas”,
complementa Ricardo Amaral, da
Royal Caribbean. “Observamos que
há interesse em explorar cidades in-
ternacionais a bordo de um navio e
já tivemos um aumento de 20% no
número de brasileiros embarcados
em cruzeiros no exterior”, confirma
Hermann, da Costa Cruzeiros. Sur-
gem afinal os primeiros roteiros en-
tre Miami e Brasil, com escalas no
Caribe e cidades nordestinas, como é
o caso do MSC Divina.
CRuzeIROS
EMBARQUE COMPLICADO
O que para qualquer porto do mundo seria um simples embarque em
um navio, torna-se pesadelo no porto de Santos. Depois do trânsito
infernal em São Paulo, o ônibus enfrenta uma Via Anchieta saturada e
repleta de caminhões lentos ou parados. Duas horas depois, o veículo,
cheio de passageiros, atravessa com dificuldade a área decadente nas
redondezas do porto santista. A cena lembra o fim do mundo, como
um set fantasmagórico do filme Blade Runner. Há áreas abandonadas
e já tomadas pelo mato, caminhos feios e esburacados, edifícios deso-
cupados e em ruínas. No terminal de passageiros, milhares de pessoas
se espremem na espera. Parece rodoviária (no caso brasileiro, aeropor-
to) em véspera de feriadão. Mas o sacrifício não acaba aí. É preciso ain-
da entrar em outro ônibus que levará o turista ao seu navio, atracado a
dois a três quilômetros dali. É que em Santos só há lugar em frente ao
terminal de passageiros para um navio de cruzeiro por vez. Pombos,
trens de carga, guindastes, mar poluído e uma favela em frente são
os únicos companheiros involuntários dessa jornada deprimente. Ao
embarcar no navio estado-da-arte, o turista recebe o derradeiro cho-
que cultural: ele deixa Nova Delhi e, em segundos, entra em Londres.
Porto de Santos: uma experiência que é melhor esquecer.
Ricardo Amaral, presidente da CLIA Abremar e da Royal Caribbean
Que uma coisa fique clara:
quem trabalha com turismo no
Brasil é antes de tudo um otimista.
Isto é particularmente verdadeiro
quando o assunto são os cruzeiros.
“Com o crescimento do mercado, os
benefícios serão imensos. Esse seg-
mento contribui para o fluxo de tu-
ristas nas cidades-escala, gera um
impacto econômico local positivo
com o comércio e com os passeios
turísticos, além de criar empregos.
Se seguirmos essa cartilha, o Brasil
terá condições de voltar ao posto de
quinto lugar no ranking e alcançar
com rapidez a marca de 1 milhão de
passageiros transportados”, anima-
-se Renê Hermann. “As autoridades
vêm realizando constantes investi-
mentos em infraestrutura no país.
O que falta é acelerá-los”, comple-
menta Alexandre Zachello. “Apesar
da atual realidade, o nosso país tem
um potencial incrível como destino
de cruzeiro marítimo, e não pode-
mos desperdiçar esta oportunida-
de”, conclui Ricardo Amaral.
Parece que nem tudo está per-
dido. Alguns passos, ainda que
tímidos, estão sendo dados com
a construção de novos terminais
marítimos em cidades como Ma-
naus, Fortaleza, Natal, Salvador e
Recife. A questão é saber se esse é
um movimento governamental que
gravita apenas por conta da Copa
do Mundo e embalado pelos in-
centivos do PAC, ou é fruto de uma
decisão estratégica em relação ao
turismo brasileiro. Só o tempo dirá.
18 | Edição #25 |
BOLSA De VIAGenS MeRCADO e TenDênCIAS• por Fabio Steinberg
AEROPORTO INÉDITO
É na cidade paulista de Caça-
pava, no Vale do Paraíba, que
está surgindo o primeiro aeroporto
privado do Brasil. Entre as rodo-
vias Carvalho Pinto e Dutra, depois
de sete anos para obter licenças e
investimentos da própria Constru-
tora Penido de R$ 250 milhões, o
projeto Aerovale finalmente saiu
do papel. Com uma pista de 1.530
metros, menor que a de Congo-
nhas, mas maior que a do Santos
Dumont, o aeroporto incluirá um
terminal de passageiros, heliportos
e um conjunto de hangares. Previs-
to para entrar em operação antes
da Copa do Mundo, a meta do em-
preendimento é receber voos regio-
nais de empresas aéreas comerciais
e da aviação geral, entre aeronaves
privadas e táxi aéreo.
ESTRADAS EM BAIXA
Más notícias para quem depende das
estradas brasileiras: elas pioraram
de um ano para cá. É o que aponta relató-
rio da CNT, depois de avaliar 96 mil quilô-
metros de rodovias. O problema se agrava
nas que são controladas pelos governos,
fora de concessões. Há deficiências no
pavimento, sinalização ou geometria.
Também aumentaram erosões na pis-
ta, buracos, quedas de barreira e pontes
caídas, com graves riscos à segurança. A
entidade estima que em 2013 dos R$ 355
bilhões necessários, menos de 4% foram
investidos em estradas pelo governo fede-
ral. Apenas um lembrete: no Brasil, 66%
da movimentação de cargas e 90% de
passageiros dependem das rodovias.
18 | edição #25 |
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FERIADOS EM CASA
Quando chegam as festas de fim de ano, em vez de viajar os
nova-iorquinos preferem ficar por lá. Eis o que revela uma
pesquisa do site NewYork.com: diferente do resto do mundo, 80%
dos residentes querem permanecer e se integrar ao clima mágico
que toma conta da cidade nessas ocasiões. E mais: 75% que vivem
distantes até 300 quilômetros planejam visitar Nova York no final
do ano. E qual seria o “hotel dos sonhos” tanto para moradores
como para visitantes? Acertou quem pensou no Plaza, que con-
segue ser ainda mais popular que outros ícones, como o Waldorf-
-Astoria, Four Seasons e St. Regis. Já a decisão de restaurante é
bem mais complexa. É que existem milhares de opções e, se al-
guém quiser comer todas as noites em um lugar diferente, vai
levar 54 anos para cumprir a missão.
XADREZ AÉREO
Comprar mais barato passagens da clas-
se executiva pela internet lembra um
jogo de gato e rato entre as companhias aé-
reas e consumidores. Dependendo do mo-
mento, os preços chegam a cair até 70%. De
olho nesse fato, surgiu a Passport Premiere
(www.passportpremiere.com), que é espe-
cializada em obter o melhor negócio para
o passageiro. Nesse tremendo xadrez, a es-
tratégia é ocupar rapidamente a janela que
se abre por instantes cada vez que um voo
está vazio e as empresas decidem cortar o
preço para garantir um mínimo de ocupa-
ção. O site promete compensar os custos da
taxa individual de US$ 399 ou com acom-
panhante de US$ 599 por ano em troca do
acesso aos benefícios da business class a
preços bem reduzidos.
SEM SIMPATIA
Bolívia, Venezuela e Rússia (foto) ganharam o duvidoso títu-
lo dos países que pior recebem turistas. Na direção oposta,
Islândia, Nova Zelândia e Marrocos levaram o título dos mais
simpáticos. Estas conclusões fazem parte de um estudo do WEF
(World Economic Forum), que avaliou a atratividade e a compe-
titividade da indústria do turismo em 140 países, considerando
fatores como infraestrutura, atrações, preservação do meio am-
biente, destino de viagens de negócios e segurança. Os Estados
Unidos ocuparam a 104º posição, enquanto China e Coréia do
Sul ficaram entre os piores. Já o Brasil, se não fez feio, tampouco
fez bonito: estacionou no meio do caminho.
CLASSE ECONÔMICA REVISITADA
As companhias aéreas não param de inovar em bus-
ca de mordomias para seus passageiros de primeira
classe e business. Em Paris, recepcionistas uniformiza-
das da Air France acolhem passageiros nos carros para
os instalar em área especial. Não é um caso isolado. De
mesas de bilhar em Istambul a estações de música em
Atlanta, a imaginação é o limite das aéreas quando se tra-
ta de agradar este tipo de cliente. Mas a realidade é que
a maioria viaja mesmo é em classe econômica. Depois de
levar surra das aéreas asiáticas e do Oriente Médio, como
a Etihad que, além de comida e bebida grátis ainda ofere-
ce até babá a bordo inclusive para a classe econômica, as
empresas ocidentais aprenderam a lição. A começar pela
própria Air France, que promete melhorar o espaço entre
as fileiras e as refeições na classe econômica, um modelo
que começa a ser copiado pelas concorrentes.
QUEM PRECISA DE ROOM SERVICE?
A maioria esmagadora (77%) dos viajantes raramen-
te ou nunca usa o serviço de quarto dos hotéis.
A revelação, que não chega a ser surpresa para quem
viaja, é de uma pesquisa da empresa de transportes
GO Group, de Chicago. O interesse pelo assunto surgiu
diante da notícia de que vários hotéis decidiram redu-
zir e até eliminar os serviços de quarto, muitos deles
substituídos por lojas de conveniência nas próprias ins-
talações. Dos 23% que usam room service, apenas 3%
sempre fazem isto como rotina quando se hospedam.
20 | Edição #25 |
BOLSA De VIAGenS
OLHOS NOS OLHOS
Uma pesquisa mundial sobre reuniões de negócios,
patrocinada pelo Crown Plaza Hotels & Resorts,
revelou que empresas deixam de ganhar dinheiro ao
não investir o suficiente em contatos pessoais. Quase
metade dos entrevistados lamentou não fechar con-
tratos ou clientes se foram pela carência de relações in-
terpessoais. Não é pouca coisa. Com médias estimadas de
perdas da ordem de 24% dos resultados anuais, é como jogar
no lixo um trimestre de vendas. Dos participantes, 81% acham que
as reuniões cara a cara são ideais para construir relacionamentos de con-
fiança e longo prazo entre as partes. Apesar disso, 63% contam que as reuniões de
trabalho virtuais cresceram nos últimos anos, em uma demonstração de que as empresas adotam cada
vez mais tecnologias para reduzir custos, como as videoconferências.
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An ViagensSA Ed25 dez-jan
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013 18:24:38
22 | Edição #25 |
CAPA
22 | edição #25 |
Ivete Sangalo comemora os 20 anos de carreira com um mega show e gravação de DVD no Arena Fonte Nova, em Salvador, e uma empresa própria reposicionada no mercado, que amplia os negócios. Com uma média de 100 shows por ano, a cantora também será uma das maiores estrelas do verão no país e no Carnaval da Bahia
• por Simone Galib
O FURACÃO
IVETE!
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24 | Edição #25 |
CAPA
Enquanto muitos já entram
em ritmo de final de ano, de-
sacelerando, Ivete Sangalo,
na contramão, vai levantar poeira
- leia-se multidões - a exemplo do
que vem fazendo ao longo de sua
bem sucedida trajetória no cenário
musical do país e até mesmo fora
dele. Ela está comemorando neste
dezembro 20 anos de carreira. Claro
que a data não poderia passar em
branco na vida dessa baiana de Ju-
azeiro, dona de uma voz poderosa,
muito carisma e grande capacidade
de incendiar os palcos. O bom mo-
mento será festejado com o público
em um mega show no estádio Are-
na Fonte Nova, em Salvador, onde
grava mais um DVD, o quarto ao
vivo, e que estima atrair uma pla-
teia de 40 mil pessoas. Depois, ela
emenda com o Réveillon, faz shows
durante o verão e o ápice da mara-
tona é o Carnaval da Bahia, onde
mantém uma programação reple-
ta de adrenalina, na qual qualquer
um perderia o fôlego - menos ela.
Em clima de contagem regres-
siva e de muitos preparativos para
a gravação do seu DVD no último
dia 14, que incluíam ensaios com
convidados, coletivas de impren-
sa e a uma agenda sempre lotada,
Ivete falou a Viagens S/A, reve-
lando o quanto a atual fase está
sendo importante, tanto na vida
pessoal, quanto na profissional.
“Com certeza será mais um mo-
mento especial. São 20 anos de his-
tória, cantando e compartilhando
com o público. Tantas músicas, os
fãs mandando sugestões”, diz ela,
acrescentando que se sentia ainda
mais feliz por dividir o palco com
convidados, como os cantores Ale-
xandre Pires, Alexandre Carlo, Bell
Marques e Saulo. “É uma data que
merece ser celebrada. São momen-
tos de alegria, de conquistas incrí-
veis. E isso tinha que ser em Salva-
dor, na Bahia, onde tudo começou
e onde encontro inspiração para
o meu trabalho”, conta. Para ela,
nada poderia ser melhor do que co-
memorar duas décadas de carreira
fazendo o que mais gosta: música.
“Faço porque amo. Quando eu can-
to, sempre imagino as pessoas ou-
vindo e captando a mensagem da
forma que tem de ser”, diz.
A direção do vídeo é de Nick
Wickham, que trabalhou com Ivete
no DVD do Madison Square Garden,
um complexo de quatro arenas em
Nova York, e já assinou trabalhos
com Madonna, Shakira e Beyoncé.
Não é pouca coisa. Serão oito músi-
cas inéditas e 43 no total do projeto.
Fã confessa de Stevie Wonder, Ivete
diz que vai homenagear o cantor
norte-americano com uma canção,
que ela mantém em segredo, mas
promete muita emoção. Nesta su-
per produção, 16 músicos e 13 baila-
rinos acompanharão a cantora, que
usará figurinos inspirados nos anos
1970, em referência ao Hip Hop,
moda de rua e tradições populares.
“Será uma estrutura nunca vista no
Brasil para apenas um artista”, diz
ela. O show no Fonte Nova, no qual
estima-se que a cantora investiu R$
3 milhões, posteriormente vai se
repetir nas principais arenas bra-
sileiras e será adaptado para todo
o país. Ou seja: o furacão Ivete vai
continuar a mil por hora em 2014!
NO SUPERLATIVOCorpão, vozeirão, multidão, ma-
lhação, consolidação e consagração.
Aliás, com Ivete tudo é assim mes-
mo - no superlativo. A cantora tem
15 milhões de fãs em suas redes so-
ciais (Facebook, Twitter e Instagram),
mas é no Twitter que se sente mais
à vontade para interagir pessoal-
mente com os fãs e se manter em
linha direta com a imprensa. Ela já
vendeu ao longo de duas décadas
mais de 6 milhões de CDs e DVDs.
Seu site recebe cerca de 350 mil vi-
sitas por mês e existem mais de 200
fã-clubes espalhados pelo país. Na
Ivete Sangalo Shop, a loja virtual,
são comercializados seus produ-
tos oficiais, como camisetas, capas
para iPhones, adesivos, bijouterias e
muito mais. Em 2012, foi eleita pela
revista Rolling Stone a 100ª maior voz
do Brasil e comparada, pelo jornal
The New York Times, às cantoras Tina
Turner e Janis Joplin (veja box). Ivete
nasceu mesmo para a arte. Além de
cantar como poucas, ela toca violão,
guitarra, piano e é fera na percussão.
Viveu também seu lado atriz, estre-
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ando, em 2012, na Rede Globo onde
interpretou Maria Machadão, a dona
do bordel Bataclã, no remake de Ga-
briela, baseada na obra homônima de
Jorge Amado. E se saiu muito bem.
Na publicidade, é uma espécie
de musa das grandes campanhas e
mais de 30 marcas, entre elas algu-
mas das mais poderosas do país, já
tiveram a artista estrelando as suas
peças, tanto na TV como na mídia
impressa. Além disso, seu nome com
frequência é vinculado a eventos que
têm a cara do Brasil. No final de no-
vembro, por exemplo, foi uma das
São 20 anos de história, cantando
e compartilhando com o público. É uma data que merece ser celebrada. São momentos de alegria, de conquistas incríveis. Faço porque amo. Quando eu canto, sempre imagino as pessoas ouvindo e captando a mensagem da forma que tem de ser.
MULHER DE NEGÓCIOSNa paralela, a cantora se posi-
ciona cada vez mais como empre-
sária, administrando com pulso
firme e tino empreendedor os ne-
gócios, que não se limitam à pró-
convidadas na festa de lançamento
do uniforme da seleção para a Copa
do Mundo de 2014, realizada no Ater-
ro do Flamengo, no Rio de Janeiro.
Vestindo uma calça super colada de
couro preto, que ressaltava as cur-
vas bem esculpidas do seu corpo, ela
cantou com o pagodeiro Thiaguinho.
Aliás, vale lembrar que Ivete é tam-
bém a musa dos jogadores de futebol
brasileiros.
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26 | Edição #25 |
pria marca. Estima-se hoje que seu
patrimônio já ultrapasse os R$ 500
milhões e que ela cobre entre R$
500 mil e R$ 700 mil por uma apre-
sentação. A cantora faz em média
nove shows por mês e 100 ao longo
do ano. A empresa que comanda
- a antiga produtora Caco de Tel-
lha - também ganhou novo nome.
“Depois de a reposicionarmos no
mercado, percebemos que era ne-
cessário expressar isso também na
marca que, desde 1o de novembro,
se chama IESSI Music Entertain-
ment”, diz a cantora. “Hoje, Ivete
é quem responde unicamente pela
carreira, a marca tem a sua cara,
sua personalidade e também tem
a ver com o novo momento”, com-
pleta Cynthia Sangalo, irmã, fiel
escudeira e diretora administrati-
va da IESSI. Segundo ela, “a agen-
da de Ivete já está fechada para o
primeiro semestre de 2014 e temos
mais 17 contratos, entre publicida-
de e licenciamento”. Aliás, a IESSI
já assina a gravação do novo DVD.
“Estamos cada vez mais focados
em nosso segmento e acreditamos
que a mudança de nome reforça a
maneira com que temos nos comu-
nicado com empresas parceiras e o
público”, afirma Fabio Almeida, di-
retor comercial.
Cynthia Sangalo diz ainda que a
empresa agencia o cantor Saulo e a
banda Filhos de Jorge, com perspec-
tiva de novos produtos e projetos
para os próximos dois anos. Sobre a
relação das duas, irmãs de sangue
e parceiras comerciais, a diretora
administrativa da IESSI vai direto
ao ponto: “Ela é dividida em duas
partes: a profissional, que é igual a
MUITO AMORCasada com o nutricionista
Daniel Cady, 12 anos mais jovem,
Ivete, aos 41 anos, é mãe de Marce-
lo Sangalo Cady, de 4 anos. E o que
muitos se perguntam - e a questio-
nam também - é onde ela consegue
tamanha energia para manter esse
ritmo alucinante de shows e ainda
conciliar tantos papéis - mãe, can-
tora, empresária, esposa, empreen-
dedora. Vale lembrar que, mesmo
quando estava grávida, a popstar
Fábio Almeida e Cynthia Sangalo,
diretores da IESSI
Ivete Sangalo durante entrevista, em Salvador, fala sobre o mega show dos 20 anos de carreira
CAPA
todas as outras. Eu trabalho, faço
bem feito, dou retorno e ela não
briga comigo (risos). O diferencial
é que há uma pitada de amor em
tudo, é mais prazeroso trabalhar
para a irmã. A relação fraternal é
100% vitoriosa, tudo é pautado no
carinho, no cuidado e, principal-
mente, no respeito, afinal nos sen-
timos responsáveis uma pela outra
para sempre.”
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Terminada a gravação do DVD, Ivete já começa a aquecer as turbinas para a virada do ano, o verão e o Car-
naval. Ela conta que vai participar do Réveillon Absolutto, em Maceió, e de vários eventos da temporada mais
fervida do ano. “É uma fase intensa. No Carnaval de Salvador, vou cantar, pela primeira vez, no camarote
Cerveja&Cia, na quinta-feira, no próprio bloco Cerveja&Cia, no sábado, e no bloco Coruja, na segunda-feira
e no domingo”, diz. Recentemente, o marido de Ivete, Daniel Cady, revelou em um evento, em Salvador,
alguns dos segredinhos que garantem a ela fôlego, disposição e beleza para encarar essa maratona: a do-
bradinha exercícios físicos e alimentação regrada. “Ivete ama o cortadinho de quiabo e todos os tipos de
saladas, além de feijão verde. Também é apaixonada por frango.” Ele contou ainda que eles priorizam uma
alimentação mais saudável, à base de alimentos orgânicos, azeite e óleo de girassol. Legumes e banana da
terra também não faltam no cardápio da família.
TEMPERATURA MÁXIMA
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28 | Edição #25 |
PRESTÍGIOINTERNACIONAL
Caçula de outros cinco irmãos, Ivete Maria Dias de Sangalo Cady nasceu em uma família de músicos, em 27 de maio de 1972, na cidade de Juazeiro, no interior da Bahia. Mal poderia imaginar que seu nome seria conhecido internacionalmente. Em junho deste ano, durante turnê por cinco cidades dos Estados Unidos, ela foi capa do caderno de Artes do The New York Times, um dos mais influentes jornais norte-americanos, em reportagem assinada por Larry Rohter (aquele mesmo jornalista envolvido na polêmica do ex-presidente Lula e a cachaça). Ele disse que Ivete faz parte de uma linhagem de cantoras ousadas, que inclui Tina Turner, Janis Joplin e Bette Midler.A matéria relembrou toda a trajetória da cantora brasileira e incluiu depoimentos dos autores do livro The Sound of Brazil, de Ricardo Pessanha e Chris McGowan. Todos eles destacaram a voz poderosa, o carisma e presença de palco da rainha do axé. Entrevistada em Manhattan, ela se disse reticente em investir de fato em uma carreira internacional, porque isso a obrigaria a passar temporadas longe do Brasil. Indagada por Viagens S/A sobre qual o show que mais a marcou fora do país, ela não tem uma lembrança específica. “É impossível dizer um só, pois quando você canta fora, lida com diversas emoções. É um público que está com saudade de casa e quer mostrar para os amigos o som e um pouco de sua cultura.”
CAPA
gravou e lançou o CD e DVD Pode
Entrar: Multishow Registro, feito no
estúdio de sua própria casa, em Sal-
vador. “Tem que conciliar as atua-
ções. É uma delícia estar presente,
porque há amor em cada uma des-
sas funções. E eu tenho uma estru-
tura que me permite fazer tudo isso,
sem que nenhuma das partes saia
prejudicada ou tenha menos da mi-
nha atenção. A de mãe é prioridade,
sempre. Mas, consigo conciliar tudo
e dar o máximo de mim em todas.
Aliás, esse não é um mérito só meu.
Tantas mulheres se dividem assim.
Faço o que toda mulher faz”, revela.
Sim, Ivete realmente protagoni-
za o que muitas mulheres vivem no
cotidiano, ou seja, tarefas múltiplas,
mas em seu caso específico há al-
guns ingredientes a mais. Quer saber
quais? “O amor dos fãs! São eles que
me dão energia! E também ativida-
de física constante, alimentação ba-
lanceada e muito líquido”, entrega a
cantora. Tamanho sucesso e expo-
sição também acabam colocando-a
frequentemente no centro de polêmi-
cas. Uma delas é a diferença de idade
entre ela e o marido. Ivete, esbanjan-
do bom humor e respostas certeiras
para perguntas indiscretas, disse re-
centemente à imprensa que, com o
passar do tempo, conseguiu tirar isso
de letra. “No começo eu estranhava
nossa diferença de idade, mas hoje
acho que é duas vezes mais velho do
que eu. Ele é espírito velho”, brinca.
Assim, de DVD em DVD, de
show em show, contando todos os
seus passos e compassos, cheios de
detalhes, em várias páginas das re-
des sociais e no site, onde os fãs inte-
ragem loucamente, emendando um
sucesso no outro e soltando o vozei-
rão para multidões, Ivete Sangalo
merece, sim, celebrar com muita
festa esses 20 anos de trajetória pro-
fissional. Indagada sobre o que gos-
taria de fazer e que ainda não fez, ela
responde, à queima-roupa: “Eu sem-
pre descubro que tenho ainda muito
mais para fazer”. O Brasil agradece –
canta e dança junto. Axé Ivete!
Tem que conciliar
as atuações. É uma delícia estar presente porque há amor em cada uma dessas funções. A de mãe é prioridade sempre.
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30 | Edição #25 |
AS MARAVILHAS DE VÊNETO
COnexãO DeSTInO, GenTe e AFInS• por Simone Galib
foto
s: di
vulg
ação
Cortina D´Ampezzo, em Belluno, famosa pela estação de esqui
Vista de Bassano del Grappa, na província de Vicenza
Lago Fedaia, na província de Belluno
Passo di Falzarego, a 2.105 metros do nível do mar
Padova, repleta de paisagens bucólicas
Burano, na lagoa de Veneza
Pensou em um destino reple-
to de cidades lúdicas, praias,
montanhas, lagos e paisagens ci-
nematográficas? Acertou se ima-
ginou Vêneto, região formada por
sete províncias - Belluno, Rovigo,
Vicenza, Pádua, Treviso, Verona e
Veneza -, no nordeste da Itália, e
que recebe anualmente cerca de
15 milhões de turistas. Todas essas
cidades esbanjam história, cultura
e arte. Verona, por exemplo, vive
até hoje do mito Romeu e Julieta e
tem como símbolo a Arena, um dos
mais importantes anfiteatros do
país. A medieval Pádua abriga a Ba-
sílica de Santo Antônio, onde se en-
contram as relíquias do santo que é
um dos mais amados e celebrados
do mundo. E Veneza, uma das mais
românticas, dispensa comentários
por seus cenários de gôndolas, ca-
nais e antigos palácios. Tem mais:
a região oferece boas compras, com
produtos vindos diretamente das
principais fábricas da indústria da
moda, além de visitas aos produ-
tores de vinhos. Não por acaso, os
brasileiros estão entre os 15 países
que mais a visitam e a tendência,
segundo as autoridades do turismo
local, é que esse índice cresça ain-
da mais. Benvenuto!
31| www.viagenssa.com |
GRANDE ANGULAR
O grupo Shangri-La, sinônimo de hotéis me-
moráveis na Ásia, colocou o pé no Ociden-
te, com muito estilo: escolheu para sua primei-
ra propriedade europeia um antigo palácio que
foi residência da família de Napoleão Bonapar-
te, em Paris, com excelente localização e uma
das melhores vistas da Torre Eiffel: você abre
sua janela e dá de cara com o símbolo máximo
da cidade, como se ela estivesse em seu jardim.
Sem contar com a panorâmica do rio Sena e
seus arredores. O palácio – hoje um hotel bu-
tique de luxo - foi cuidadosamente restaurado
e o estilo da época, mantido em seus restau-
rantes, lobby e suítes, onde há uma boa conju-
gação da hospitalidade asiática com a arte de
viver francesa. No verão, o lounge do terraço é
também aberto aos não hóspedes. Vale a pena
conhecer, nem que for só para tomar uma taça
de champanhe.
www.shangri-la.com/paris
NEGÓCIOS E PÉ NA AREIA
Inaugurado há pouco mais de dois anos na praia de Boa Viagem, em Recife, o Transamérica Prestige Beach Class Inter-
national desbancou alguns hotéis clássicos locais, tornando-se uma das mais concorridas opções de hospedagem na
capital pernambucana. Com uma localização privilegiada, todos os amplos quartos e suítes, envidraçados, escancarados
para o mar, bons serviços e academia, o hotel vive lotado e, além dos executivos, também virou um dos prediletos das
noivas: aos finais de semana, chega a hospedar até 20 delas, que vivem o seu dia de princesa e saem de lá direto para a
igreja. Além disso, está localizado em uma área mais tranquila de Boa Viagem onde os tubarões não costumam aparecer
com frequência. Ótima opção para negócios e melhor ainda para o lazer!
www.transamericagroup.com.br
32 | Edição #25 |
COnexãO
ÁSIA DE LUXO
Para quem ainda está planejando as férias do começo de ano e quer visitar a Tailândia, a Tereza Perez Tour tem um
programa de dez dias, que inclui algumas das principais atrações do país. Ele inclui três noites em Bangkok, a cidade
moderna, ocidentalizada e com boa vida noturna; duas noites em Chiang Mai; e outras quatro na paradisíaca ilha de
Koh Kood. O roteiro inclui ainda um passeio de meio dia em Bangkok, traslados e algumas refeições, além de hospeda-
gem em hotéis estrelados, como o Four Seasons Chiang Mai. Custa por pessoa a partir de US$ 9.676 (parte terrestre, em
apartamento duplo) e tem validade de 15 de janeiro a 31 de março de 2014.
www.teresaperez.com.br
BELEZA BRASILEIRA
O shopping JK Iguatemi, em São Paulo, que reúne algumas
das marcas internacionais mais descoladas do planeta,
ganha outro endereço elegante: uma filial do Studio W, do
cabeleireiro Wanderley Nunes, o preferido das celebridades
e consultor da Rede Globo. O espaço de 700 metros quadra-
dos, todo envidraçado, esbanja conforto e tecnologia. Há, por
exemplo, uma área específica de coloração, onde as clientes
podem acompanhar o preparo das tintas. O serviço de mani-
cure e pedicure, em parceria com a Natura, oferece também
massagens com os produtos da linha Ekos, e os homens têm
um espaço especial, além de uma barbearia super charmosa.
Para sair de lá novinho em folha!
33| www.viagenssa.com || www.viagenssa.com | 33
UNIVERSO PARTICULAR
O que já era bom ficou ainda melhor: a Galeries Lafayet-
te, a loja de departamentos com 70 mil metros qua-
drados e que é o segundo lugar mais visitado de Paris (só
perde para o Museu do Louvre), tem no Boulevard Hauss-
mann um andar inteiramente dedicado às mulheres e den-
tro dele, no 4º andar da loja Coupole, um setor só de linge-
ries. São 50 marcas de underwear para o dia e noite, roupas
de banho e meias, nos mais variados tamanhos. As cole-
ções estão agrupadas em espaços coloridos: azul-roxo para
as tendências; rosa-claro para estilistas de luxo e contem-
porâneos; e vermelho para meias e meias-calças. No espaço
azul-roxo, também funciona uma área de beleza com mais
de 60 metros quadrados de maquiagem e acessórios -há
nada menos que 300 tipos de esmalte. Para enlouquecer!
PROTEÇÃO MÁXIMA
Preparados para o verão? Não basta apenas usar bloqueador solar.
É preciso também preparar a pele antes de tomar sol. Um bom re-
curso são as cápsulas do Bio Soler Tan, da Eccor Nutrition, feitas à base
de antocianinas, um antioxidante natural derivado da casca de uvas
italianas. Elas contêm ainda bio-carotenóides naturais e vitamina E,
protegendo a pele contra a radiação ultravioleta, além de oferecer um
bronzeado mais duradouro.
HOMENS ELEGANTES
Atenção rapazes de fino trato: acaba de desem-
barcar em São Paulo, mais precisamente no
Shopping Pátio Higienópolis, a primeira loja da reno-
mada maison francesa Rochas, fundada em 1925 por
Marcel Rochas, que criou um império de lifestyle sob
a sua assinatura. Nestes novos tempos, enquanto a
linha feminina passa por uma repaginação, a mascu-
lina está em plena forma. Na filial brasileira, há um
mix completo do prêt-a-porter: são blazers, ternos,
suéteres, camisas, jaquetas de couro e acessórios. En-
tre as matérias-primas principais estão as legítimas
lãs frias italianas, Loro Piana e Marzotto.
www.rochasweb.com.br
34 | Edição #25 |
SEGUINDO PISTAS
Baseado no livro homônimo, que
vendeu mais de 2,5 milhões de
exemplares e ficou entre as listas dos
mais vendidos da Alemanha, Trem
Noturno para Lisboa, estrelado por
Christopher Lee, Jeremy Irons e Me-
lanie Laurent, conta a história de Rai-
mund Gregorius, professor em Berna,
na Suíça, que é surpreendido, num dia
de chuva, pela visão de uma mulher
que está prestes a pular de uma pon-
te. Ele a salva e depois ela desaparece,
deixando com ele uma capa verme-
lha, um livro e uma passagem para
Lisboa. Naquela noite, o protagonista
embarca no trem e segue a pista do
escritor Amadeu do Prado, cuja obra
conheceu quando ficou com o livro da
misteriosa mulher. Em Portugal, inicia
uma busca pelo passado de Amadeu,
descobrindo uma história de amor,
amizade, paixão, conflitos familiares e
agitações políticas.
BAÚ DE MEMÓRIAS
A história contemporânea do país
pode ser relembrada sob a ótica
de alguém que participou ativamen-
te dela. Em O Improvável Presidente
do Brasil (Ed. Civilização Brasileira,
368 págs.), Fernando Henrique Car-
doso traz uma visão mais pessoal dos
acontecimentos nas últimas décadas.
Ao revisitar sua infância, a relação
com os pais e a juventude, ele revela
como, sem saber, já se preparava para
ser um dos presidentes mais emble-
máticos da democracia brasileira.
A obra foi publicada primeiro, e em
2006, nos Estados Unidos, com pre-
fácio de Bill Clinton. “É mais fácil, às vezes, entrar em pormenores pessoais em
uma língua estrangeira do que na própria”, explica ele. Aliás, o livro é considerado
por FHC como a sua narrativa mais íntima. Foi o último, diz ele no prefácio, que
contou com a participação da mulher, Ruth Cardoso. A crítica norte-americana
gostou. “É uma leitura estimulante e prazerosa”, publicou a The Economist.
CuLTuRA• por Simone Galib
À MODA ANTIGA
Quem gosta de filmes de épo-
ca, pode apostar em Um Final
de Semana em Hyde Park. Nos anos
1930, Margaret Suckley, prima do
presidente Franklin D. Roosevelt, é
chamada por ele a sua casa, em Hyde
Park. Pouco a pouco, estabelece-se
entre os dois uma intimidade clan-
destina. Nesta condição de amante
secreta, ela assiste à histórica visita
dos reis ingleses aos Estados Unidos,
às vésperas da 2ª Guerra Mundial.
Dirigido por Roger Michell, o longa é
estrelado por Bill Murray, Laura Lin-
ney e Samuel West, entre outros.
foto
s: di
vulg
ação
36 | Edição #25 |
• por Andrea Magalhães
OS MELhORES E MAIS DESCOLADOS RESTAuRANTES DE
GASTROnOMIA COMeR, BeBeR e... TRABALhAR
Foto
s: di
vulg
ação
CASA DE TEREZAÉ um espaço para vivenciar uma Bahia elegante,
cheia de conteúdo histórico e muita arte. A chef
Tereza Paim mostra por meio de sua gastrono-
mia autoral o melhor da culinária local. Focada
na tradição da boa mesa, ela utiliza ingredientes
regionais, mas com técnicas internacionais. Am-
bientado em um amplo casarão, tem vários am-
bientes temáticos e ainda uma vendinha típica do
início do século passado, com grande variedade
de produtos baianos. Funciona todos os dias para
almoço e jantar.
Rua Odilon Santos, 45, Rio Vermelho, tel.: (71) 3329-3016www.terezapaim.com.br
SALVADORRESTAURANTE AMADO BAHIA
Contemporâneo e brasileiro, está locali-
zado em um antigo trapiche na praia da
Preguiça, na Cidade Baixa de Salvador.
Os vários ambientes aconchegantes ofe-
recem uma vista deslumbrante da Baía
de Todos os Santos. Sempre tem gente
elegante, bonita e descolada. A cozinha
é assinada pelo chef e proprietário Edi-
nho Engel, que, com “alma brasileira”,
utiliza ingredientes de alta qualidade e
técnicas precisas. Funciona de segunda
a sábado, das 12h à meia-noite e, aos
domingos, das 12h às 17h.
Av. Contorno, 660, Dois de Julho,tel.: (71) 3322-3520www.amadobahia.com.br
37| www.viagenssa.com |
THE BEEFO restaurante tem como carro-chefe os cortes es-
peciais das raças Red e Black Angres e pratos da
culinária contemporânea portuguesa, como os já
consagrados Bacalhau Lagareiro e Arroz de Pato. A
casa também abriga uma adega com cerca de 200
rótulos das principais procedências e dispõe de um
pequeno empório gourmet com queijo serra da es-
trela, presunto ibérico Pata Negra e chouriços, além
de queijos franceses e italianos e uma produção pró-
pria de pão rústico, terrines e patês. Abre de segun-
da a quinta, das 12h às 23h, sexta e sábado, das 12h
à meia-noite, e aos domingos, das 12h às 17h.
Rua São Paulo, 498, Pituba,tel.: (71) 3248-3477, www.thebeef.com.br
PEREIRAO restaurante surgiu em 2004, na Barra, ocupando uma bela mansão estilo colonial, em um ambiente que une
o clássico ao moderno. Seu cardápio contemporâneo é bem variado: entradas, saladas, pastas, risotos, pescados,
carnes, aves e sobremesas, todos impecáveis. É de sua varanda que se pode ver o maravilhoso pôr do sol na Barra,
o que faz da casa um dos melhores e mais agitados endereços para happy hour de Salvador, com muita gente
bonita e animada. Abre todos os dias, das 12h à meia-noite.
Av. 7 de Setembro, 3959, Barra, tel.: (71) 3264-6464www.pereirarestaurante.com.br
PARAÍSO TROPICALÉ de uma renovadora e
revolucionária culinária
baiana, feita à base de
frutos e ervas exóticas,
cultivadas em sua horta
e pomar orgânico. Seu
proprietário, o chef Beto
Pimentel, um homem
simples, amante da na-
tureza e de alegria conta-
giante, é considerado um
alquimista gastronômico.
Premiado de 2000 a 2013
pelo Guia Brasil 4 Rodas
como o “melhor da co-
mida regional do Brasil”,
ele oferece experiências,
como trocar o azeite de
dendê pela polpa do próprio fruto; no lugar do tra-
dicional leite de coco, a polpa e água do coco verde,
e ainda aproveita as frutas, além de folhas e flores
para complementar os sabores e aromas. Funciona
de segunda a sábado, das 12h às 22h e, aos feriados e
domingos, das 12h às 17h.
Rua Edgar Loureiro, 98 B, Resgate – Cabula,Tel.: (71) 3384-7464www.restauranteparaisotropical.com.br
38 | Edição #25 |
INGREDIENTES
PARA o Filé 200 g de filé 150 ml de molho escuro 20 g de açúcar mascavo 40 g de polpa de tamarindo 10 ml de azeite 20 g de manteiga para o filé 20 g de manteiga para o molho 30 ml de vinho branco Sal Pimenta preta moída
MoDo De FAzeRFilé Tempere o medalhão de filé com sal e frite na manteiga com azeite. Reserve.MolhoDerreta a manteiga e junte o açúcar mascavo, a polpa de tamarindo e deixe reduzir um pouco, depois acrescente o molho escuro.
PARA o RiSoto 80 g de arroz arbório 10 g de cebola picada 10 g de azeite para fritar a cebola 1 litro de caldo de legumes 30 g de manteiga 30 g de queijo tipo parmesão 30 ml de azeite 10 g de raspa de limão siciliano
MoDo De FAzeRFrite a cebola com o azeite até dourar, depois acrescente o arroz e deixe fritar ligeiramente, acrescente o vinho e deixe evaporar o álcool; coloque o caldo de legumes aos poucos até o arroz ficar consistente. Retire do fogo, acrescente a manteiga gelada, o azei-te e o queijo parmesão, batendo ate ficar cremoso e, por último, a raspa do limão siciliano. Finalizar com mini cebola caramelizada.
FILÉ COM MOLHO DE ALECRIM E RISOTO DE LIMÃO SICILIANO
Chuca Cardosoé consultora gastronômica e
proprietária da Chef em Casa.
GASTROnOMIA CheF S/Afo
tos d
ivulg
ação
MISTURA FINA • por Chuca Cardoso
40 | Edição #25 |
eSPAçO FéRIAS
O que é que a Bahia tem? Além de muita festa, a capital do estado, cheia de personalidade, já está em ritmo de verão. Ali há um pouco de tudo: praias, história, bons museus, restaurantes sofisticados e muito sincretismo religioso. Embarque nesse roteiro mágico!
• por Ana Paula Garrido
40 | edição #25 |
SALVE
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SALVADOR!
Vista aérea de Salvador, uma das capitais mais festeirasdo país, que já entra em ritmo de verão e se aquece para o Carnaval
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42 | Edição #25 |
eSPAçO FéRIAS
Esse trecho da música de Mo-
raes Moreira, eternizada por
Dodô e Osmar, criadores do
trio elétrico e precursores do que vi-
ria a ser o maior festival a céu aber-
to do mundo, define bem como é a
Bahia, principalmente sua capital,
Salvador. Alegria nessa terra é um
estado de espírito e é difícil não se en-
cantar com essa energia. As pessoas
são felizes e festeiras, adoram rece-
ber o turista e se orgulham em mos-
trar toda a beleza que a cidade tem.
Já na saída do aeroporto, um
cheiro de azeite de dendê desper-
ta o olfato e atrai o olhar para um
tabuleiro de uma baiana vestida
de branco que, sorridente, o con-
vida a experimentar a iguaria mais
famosa da Bahia. “Vai um acarajé
aí, meu rei”? E assim, já contagiado
pela informalidade e alegria sote-
ropolitana, degustando a culinária
típica, você começa a desvendar os
encantos da cidade.
Salvador é uma das maiores ci-
dades no Brasil, mas ainda guarda
traços provincianos e costumes de
uma vila antiga que parece ter con-
gelado no tempo. O roteiro esco-
lhido é uma seleção de locais para
uma primeira impressão do que a
Bahia tem de melhor.
PÔR DO SOL NO FAROLPara conhecer as belezas dessa
cidade litorânea sem perder as atra-
ções históricas, comece o tour por um
dos ângulos mais deslumbrantes de
Salvador. Do bairro de Ondina em di-
reção à Barra, passando pelo morro
do Cristo, um lindo cenário se abre
com um mar ora azul, ora verde, com
ondas na maré cheia ou deliciosas
piscinas naturais na maré vazia. Em
frente, o Farol da Barra, construído
no século 17 em local estratégico na
entrada da baía, servia como forte de
proteção de possíveis ataques inva-
sores, enquanto que o farol, consi-
derado o mais antigo do continente,
até hoje auxilia as embarcações na
entrada e saída da cidade.
Além da torre de 22 metros de
altura, também estão abertos para a
O pôr do sol, no Farol da Barra, costuma arrancar aplausos de baianos e visitantes
O acarajé, um dos símbolos da culinária local
“ah, imaGiNa Só Que LOuCuRa é eSSa miStuRaaLeGRia, aLeGRia O eStaDO Que ChamamOS BahiaDe tODOS OS SaNtOS, eNCaNtOS e axéSaGRaDO e PROfaNO, O BaiaNO é CaRNavaL!”
visitação pública o museu náutico e
as dependências do forte. Mas é no
fundo do Farol, olhando na direção
da ilha de Itaparica, que você terá
uma experiência inesquecível: as-
sistir a um pôr do sol no mar. De tão
bonito, o espetáculo costuma arran-
car aplausos da plateia no final.
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43| www.viagenssa.com |
Continue o passeio pela orla em
direção ao Porto da Barra, uma pe-
quena e charmosa praia entre os
Fortes Santa Maria e São Diego. Suas
águas são calmas e cristalinas e, com
sorte, você ainda pode encontrar
Caetano Veloso ou outros artistas
que, quando pousam na terra, pas-
sam por lá para beber uma água de
coco ou renovar as energias no mar.
Subindo a Ladeira da Barra,
tem a linda igreja de Santo Antônio
e o tradicional Yate Clube. Para os
privilegiados sócios, além de uma
marina e enorme piscina, o clube
oferece praia particular e até um
flutuador para os que preferem se
bronzear no mar. Para os que não
são sócios, o restaurante envidraça-
do é uma boa alternativa para curtir
a vista da Baía de Todos os Santos.
CORREDOR LUXUOSOO próximo trecho é o Corredor
da Vitória, uma avenida cheia de ár-
vores centenárias, onde antigamen-
te estavam os belos casarões da aris-
tocracia baiana, alguns deles ainda
preservados, como os que abrigam o
Museus de Arte da Bahia, o Geológi-
co e o belíssimo Carlos Costa Pinto.
Hoje, o bairro é um dos metros
quadrados mais caros da cidade, com
luxuosos edifícios à beira-mar que
têm acesso exclusivo a píeres, onde
os moradores podem sair dos aparta-
mentos direto para suas lanchas.
No fim da Vitória, fica a pra-
ça do Campo Grande onde está o
teatro Castro Alves e o antigo Ho-
tel da Bahia, que já teve suas me-
moráveis festas e hospedou muita
gente famosa. Esse trecho é tam-
bém conhecido como o início do
circuito tradicional do Carnaval.
Praia da Barra, uma das mais bem frequentadas da capital baiana
Descendo a avenida Contorno
em direção à Cidade Baixa, surge
outra paisagem fantástica do mar
e da parte antiga da cidade. Está
ali o Solar do Unhão, belíssima
construção do século 17, composta
por casa-grande, senzala, capela e
alambique, cercado por um belís-
simo gradil de ferro, projetado por
Carybé. Hoje abriga o Museu de
Arte Moderna com mais de 2 mil
obras de pintores, como Di Caval-
canti, Tarsila do Amaral e Portinari,
e também o Parque das Esculturas,
que exibe obras a céu aberto de ar-
tistas como Mario Cravo Neto, Tatti
Moreno e Bel Borba. Além disso, aos
sábados no horário do pôr do sol,
há o jam session no MAM, agradável
show com público descolado.
É também nesse trecho que se
nota a divisão da Cidade Baixa e da
Cidade Alta, como Salvador foi ini-
44 | Edição #25 |
eSPAçO FéRIAS
da prefeitura e, ao fundo, o antigo
Paço Municipal que abriga hoje a
Câmara de Vereadores. Faça uma
pausa na Cubana, uma das sorvete-
rias mais antigas da cidade, e cur-
ta a vista da balautrada, programa
descolado dos anos 30, quando a
praça e adjacências eram um dos
locais preferidos da elite baiana.
Seguindo em direção ao Pelou-
rinho pelo Terreiro de Jesus, aprecie
a beleza da construção da primeira
faculdade de medicina do Brasil, ao
lado da Catedral de Salvador e da
imponente igreja de São Francisco,
uma das mais ricas e espetaculares
em estilo barroco, com seu interior
coberto de ouro.
O Pelourinho e seus arredores
são um capítulo à parte. Ali está a
alma da antiga Bahia refletida nos
casarões, becos e igrejas repletas de
história e de simbologias da cultura
baiana e do Brasil Colônia. Foi tam-
bém o local onde os escravos eram
castigados no meio da praça e em
que os primeiros casarões da aristo-
cracia foram erguidos. Vale a visita
às igrejas, aos museus, às galerias, à
cialmente construída. Pouco a pou-
co revitalizada, com construções
mais novas como a Marina, uma
das mais modernas do Brasil, com
badalados bares e restaurantes com
varandas à beira-mar, como o Soho,
Lafayette e o Acqua, sempre cheios
e bem frequentados. A vista para a
Baía de Todos os Santos é sensacio-
nal e chama a atenção o Forte São
Marcelo, pela localização e origina-
lidade da construção circular, a es-
cultura de Mario Cravo, a bela sede
da Marinha e a igreja da Conceição
da Praia, toda em pedra sabão.
Outra atração da região é o
Mercado Modelo, com o melhor do
artesanato baiano, esculturas de
santos e orixás, carrancas, comi-
das típicas etc. Também é lá que se
pode assistir a uma roda de capoei-
ra, sempre acompanhada pelo som
dos berimbaus, encontrados em di-
ferentes materiais e tamanhos por
todo o mercado.
CIDADE ALTASuba o Elevador Lacerda até a
praça Municipal, onde o governa-
dor-geral Tomé de Sousa escolheu
para construir os primeiros prédios
da administração pública do Brasil.
De um lado, está o belíssimo palácio
Rio Branco, em frente à sede atual
Vista do Solar do Unhão, uma construção do século 17
A Cidade Baixa com a marina, à esquerda, e o Mercado Modelo, no centro
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45| www.viagenssa.com |
Fundação Jorge Amado e, claro, não
saia de lá sem ouvir ao menos algum
batuque, de preferência do Olodum.
Dizem que Salvador tem 365
igrejas, uma para cada dia do ano,
mas lenda ou não, o que chama a
atenção é o sincretismo religioso.
Igrejas católicas e terreiros de can-
domblé convivem na mais perfeita
harmonia. Seus santos e entidades,
mesmo não cultuados por uma
maioria, são respeitados por todos.
O sagrado e o profano se confun-
dem e estão presentes nas manifes-
tações populares e até mesmo nos
seus monumentos, como os vistos
no Dique do Tororó, local onde está
o reformado estádio da Fonte Nova,
que receberá os jogos da Copa do
Mundo. A lagoa, único manancial
O Carnaval é o evento mais es-
perado do ano, onde milhares de
foliões invadem as ruas para ver
seus ídolos, como o furacão Ivete
Sangalo, o divertido Durval Lelys e
o irreverente Carlinhos Brown que,
do alto dos trios elétricos, arrastam
multidões no meio da rua e fazem a
cidade inteira dançar. Outra ótima
experiência é ver os desfiles dos blo-
cos afros, como o lindo Ilê Aiyê e o
tapete branco que se forma na ave-
nida com a passagem dos Filhos de
Gandhy. A festa carnavalesca dura
sete dias, intensos, até a quarta-
-feira de cinzas. Somente na quinta,
segundo os baianos, é quando final-
mente começa o ano na cidade.
RIO VERMELHODiariamente, o boêmio Rio Ver-
melho, bairro onde moraram Jorge
Amado e Zélia Gattai, recebe cente-
nas de pessoas que lotam as mesas
dos bares da praça na happy hour,
para beber cerveja gelada acompa-
nhada dos acarajés mais disputa-
dos da cidade, os das baianas Regi-
na, Cira e Dinha.
Mas é no dia 2 de fevereiro
que o bairro vira uma grande festa
para comemorar o dia de Yeman-
já. Baianos e turistas, filhos e mães
de santo, babalorixás e gente de to-
das as tribos reverenciam a rainha
O Elevador Lacerda, marco da arquitetura local
Performances de blocos afros no Pelourinho
natural da cidade, cercada de ár-
vores e espaço para a prática de es-
portes, tem 12 orixás, obra do artis-
ta Tatti Moreno, que flutuam sobre
as águas, consideradas sagradas
para os praticantes do candomblé.
EM RITMO DE ESQUENTAÉ entre dezembro e fevereiro
que Salvador ferve em festas, mui-
tas delas religiosas e conhecidas
como festas de largo, onde mis-
sas e procissões misturam-se com
música, dança e muita animação.
Também começam os ensaios de
verão, shows semanais das grandes
bandas de axé que servem de ter-
mômetro para o Carnaval, com as
músicas, danças e ritmos que farão
sucesso na temporada de verão.
46 | Edição #25 |
eSPAçO FéRIAS
do mar, levando flores, perfumes e
oferendas, colocados em grandes
balaios de palha e levados pelos
pescadores em um cortejo.
Muitos já conhecem as famo-
sas e coloridas fitinhas do Bonfim,
cada cor representando um santo
ou orixá, que são amarradas no
pulso com direito a três pedidos. O
que poucos sabem é que, Senhor do
Bonfim para os católicos e Oxalá,
para os adeptos do candomblé, é
o padroeiro da cidade. E é na festa
da Lavagem do Bonfim que se vê a
maior expressão do sincretismo re-
ligioso desse povo, quando os devo-
tos seguem a pé por cerca de 8 qui-
lômetros, acompanhando o cortejo
de baianas que, com suas saias ro-
dadas e jarros de flores na cabeça,
sobem a Colina Sagrada para lavar
as escadarias da igreja.
É nessa parte da cidade, onde
fica o templo sagrado, que se tem
a sensação que a Bahia parou no
tempo. Vale um passeio por seus
arredores para conhecer a Ribeira e
se refrescar com os saborosos sor-
vetes de frutas tropicais da antiga
sorveteira que leva o nome do bair-
ro. Siga para a Ponta de Humaitá,
onde há uma igreja e um pequeno
farol, com uma vista incrível para
o lado da agitada Salvador que não
parou. Ali, ao contrário, parece a
pacata Bahia do início do século.
Uns barquinhos no mar, pescado-
res com tarrafas tentando pescar o
almoço do dia, mulheres pegando
marisco na praia, bares com mesas
e cadeiras nas calçadas da orla e
gente sem pressa admirando o mar
calmo e a tranquilidade de uma ci-
dade provinciana.
SEM PRESSAQue tal tirar um dia inteiro para
conhecer as praias? Mudando a
rota e seguindo em direção ao lito-
ral norte, faça um passeio pela orla
para conhecer as praias, passando
pelo Jardim de Alá, Jaguaribe, Ale-
luia, Stella Maris até o Farol de Ita-
poã, e as dunas da lagoa do Abaeté,
locais cantados em prosa e verso
por Vinícius de Moraes e Caymmi.
Sem pressa, siga pelo litoral norte,
na Estrada do Coco, e conheça ou-
tras praias gostosas, como Ipitanga,
Jauá, Villas, Guarajuba, e algumas
quase desertas, como Arembepe e
Tacimirim. Encerre a visita na Praia
do Forte. Entre um mergulho e ou-
tro, não deixe de conhecer a caipi-
rinha de mangaba e o bolinho de
peixe do bar do Souza para fechar o
dia com chave de ouro!
CIRCUITO DAS ILHASTem mais um tempinho? Alu-
gue uma lancha ou escuna e faça
um passeio nas águas tranquilas
da Baía de Todos os Santos. Além
de ver a cidade pelo mar, explore as
ilhas próximas e surpreenda-se com
os locais paradisíacos da região.
Distante apenas 30 minutos de
lancha, ou 50 minutos de ferryboat,
ou ainda 275 km pela estrada, Itapa-
rica, a maior ilha da baía, tem praias
paradisíacas. Completam o cenário
um conservado centro histórico, en-
cantadoras pracinhas, ruas de pa-
ralelepípedos bem arborizadas, ca-
O Dique do Tororó com as imagens flutuantes de 12 orixás
Igreja de São Francisco, em estilo barroco e folheada a ouro
Foto
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sinhas antigas, onde os moradores
e veranistas colocam suas cadeiras
nas portas para conversar com os
vizinhos, em um clima bucólico. A
ilha, que já foi palco de lutas histó-
ricas da Bahia, também é famosa
pela fonte de água mineral. Segun-
do os moradores locais, “a água é
fina e faz véia virar menina”. Quem
não quer experimentar?
A 270 km de Salvador e também
acessada por barco pela baía, vizinha
à ilha de Itaparica, está o municí-
pio de Salinas das Margaridas, com
praias deliciosas. Anualmente, pro-
move o Festival do Marisco, oportuni-
dade de degustar a a melhor culinária
típica da região. Outra ilha é Madre
de Deus. Além da culinária, organiza
um festival de música no verão, que
vem atraindo mais turistas.
NO RECÔNCAVODa Baía de Todos os Santos, su-
bindo o leito do rio Paraguaçu em
direção ao Recôncavo Baiano, está
Maragogipe, cidade situada em
uma área de manguezais, no en-
contro das águas do rio Guaí e Pa-
raguaçu. Ali ainda são construídos
saveiros, embarcações muito utili-
zadas para transporte de mercado-
rias pela baía. Mas, a cidade ficou
conhecida principalmente pela tra-
dicional arte em cerâmicas, a maior
atividade econômica da região.
São Felix e Cachoeira, também
no Recôncavo, foram muito im-
portantes para a economia baiana.
Consideradas cidades irmãs e sepa-
radas pelo rio Paraguaçu, tiveram
seu apogeu entre os séculos 18 e
19, quando escoava de seus portos
a riqueza da produção agrícola da
região, principalmente o açúcar e o
fumo. O charuto até hoje movimen-
ta a economia local. Com status de
“Cidade Monumento Nacional” teve
sua identidade cultural preservada
e ainda hoje é possível apreciar a
arquitetura do Brasil Império em
suas casas e monumentos.
E, para finalizar, uma visita a
Salvador não estaria completa sem
conhecer as delícias do tabuleiro de
uma baiana. Acarajé com vatapá,
camarão seco, abará, cocada, boli-
nho de estudante, lelê, mingau de
mungunzá e cuscuz de tapioca. E o
que dizer de outras iguarias, como
sarapatel, moqueca de siri mole e
xinxim de galinha? O verão está
chegando, os tambores já tocam e
todos os santos estão chamando! Vá
descobrir e se surpreender com toda
essa magia. A gente se vê por lá!
A Praia do Forte, uma das mais famosas da linha verde do litoral norte
MELHORES ENDEREÇOS
CliMaTemperatura média anual é de 25°. nos meses de verão pode superar 30°. Chuva nos meses de junho e julho. A Bahia não aderiu ao horário de verão.
BaRES,RESTaURaNTES E CaFéSSoFiSTiCadoS E CoM viSTaAmado, Pereira e Yate Clube, Soho, Lafayette, Acqua (na Marina) Culinária típicaYemanjá, Bargaço, Sorriso da Dadá, alternativoParaíso Tropical, Boteco do França, Boca de GalinhaacarajéDas baianas Cira, Dinha e ReginaBar pé na areiaBarraca do Lôro, na praia de Aleluia Souza, na Praia do ForteCaranguejo da Celylambreta do PapitoCafé com culturaPalacete das Arte e Museu Carlos Costa Pinto
ENSaioS dE CaRNavalalavontê: com Ricardo Chaves, Durval Lelys, Manno Goes, Magary Lord, Ramon Cruz e Jonga Cunha, todas as terças até o Carnaval, no bar Red River, Rio VermelhoEnsaio do harém: com Tuca Fernandes, no Alto do AndúTerreiros de Candomblé: Gantois, da Mãe Menininha, Casa Branca e o Ilê Axé Opô Afonjá, de Mãe Stella de Oxossi.
O uso de smartphones, tablets e laptops permite que usuários compartilhem produtos e serviços em tempo real, o que faz do mundo hoje um grande banco de dados. Aqui, especialista mostra como as empresas devem transitar nesse novo processo
• por Luciano Pinho
A REVOLuçãO DA
MunDO DIGITAL
INFORMAçãO
48 | edição #25 |
49| www.viagenssa.com |
Até alguns anos atrás os da-
dos não eram tão relevan-
tes no processo de desen-
volvimento de sistemas e, mesmo
no processo de tomada de decisão
das empresas, o caminho a ser tri-
lhado era definido pelo empirismo
metodológico de muitos e pela ins-
piração de alguns.
Em meados dos anos 1990,
ocorreu uma grande mudança
principalmente graças ao advento
da internet em larga escala, fazen-
do com que os dados ficassem cada
vez mais acessíveis.
A partir daí, notava-se que o in-
sumo principal para os anos seguin-
tes seria a informação, as empresas
tinham que lidar com um volume de
dados cada vez maior. As fronteiras
diminuíram e a competição entre os
mercados forçou uma mudança de
postura dentro das empresas, que
viram a necessidade preeminente
de oferecer aos seus dirigentes me-
lhores informações como forma de
preparar para um mercado cada
vez mais competitivo.
Esta necessidade de busca dos
dados também se mostrou neces-
sária, pois os clientes estavam mais
municiados de informações sobre
os produtos e serviços e com isso
passaram a exigir melhor quali-
dade, mais opções, menor preço e
mais velocidade na entrega.
O novo contexto empresarial le-
vava em consideração a fidelização, a
customização e sedução do cliente e
a inteligência aplicada aos negócios.
BIG DATAEssa mudança no ambiente
informacional das empresas que a
esta altura havia ganhado mais im-
portância, tamanho e complexida-
de forçou uma adaptação na forma
de tratar estas informações. Surgiu
um conceito chamado business in-
telligence (BI), que alia a criação de
armazéns de dados (datawarehou-
ses), além de uma metodologia pró-
pria para conseguir reunir os dados
de todas as áreas da empresa de
forma precisa, íntegra e no tempo
certo do negócio.
Com a maturidade dos ambien-
tes de BI estamos presenciando a
ocorrência de um novo fenômeno,
comparável a popularização da in-
ternet: migramos agora para a era
do Big Data. E o que vem a ser isso?
Big Data é um fenômeno tecno-
lógico provocado pelo rápido cres-
cimento de dados, novos tipos de
dados complexos em paralelo aos
avanços da tecnologia. Estes deram
origem a um ecossistema de pro-
dutos de software e hardware, que
permitem que sejam analisados
novos níveis de detalhamento das
informações, além das já existentes
e antes impossíveis de serem anali-
sadas em conjunto com as demais,
em um tempo muitas vezes menor.
Tratar esta nova complexidade é
algo que os sistemas de BI não esta-
vam preparados.
Para entendermos a lógica des-
te crescimento, podemos apontar a
popularização dos dispositivos mó-
veis com acesso à internet, como
smartphones, tablets e laptops,
contribuindo diariamente para que
usuários utilizem e compartilhem
de serviços e produtos de forma co-
laborativa e em tempo real, geran-
do um grande volume de informa-
ção a cada segundo.
Segundo pesquisas de mercado,
cerca de 90% dos dados do mun-
do foram criados nos últimos dois
anos. E outra grande responsável
por isso é a adesão massiva nas re-
des sociais, aumento do uso de víde-
os, imagens, dados orientados por
GPS, e outros formatos não textuais.
Estes dados têm valor, e valor
real. Quando um usuário curte a pá-
gina de uma empresa ou um novo
produto, ou ainda, posta um comen-
tário na rede, ele pode ser identifi-
cado como um potencial comprador
ou no mínimo uma influência posi-
tiva para aquele produto ou marca.
Isso pode atuar de forma negativa
também. Essas redes têm o poder de
multiplicar este potencial.
50 | Edição #25 |
Luciano Pinhoé consultor de Business Intelligence e Big Data
na Accenture e professor no MBA de gestão
empresarial, de projetos e de finanças da universidade
Católica de Salvador.
BANCO DE DADOSOs casos de Big Data têm tido o
poder de transformar radicalmente
como as empresas usam suas in-
formações. Um bom exemplo foi o
seu uso na campanha do atual pre-
sidente dos Estados Unidos, Barack
Obama. A utilização das redes so-
ciais pode ser descrita como peça-
-chave na disputa. A equipe de sua
campanha montou um gigantesco
banco de dados, com detalhes de
cada eleitor e de como as pessoas
reagiam a diferentes abordagens.
As informações orientaram volun-
tários, indicaram as melhores for-
mas de arrecadar fundos e aponta-
ram quem poderia ser convencido
a apoiar a reeleição do presidente.
Os modelos de campanha usados
antes disso foram descartados, e
as ações eram concentradas no re-
sultado de cada ato, pois agora era
possível perceber as reações de for-
ma mais detalhada e muito mais
rápida. Foram registrados dados em
níveis de detalhe impressionantes e
mensagens acabaram direcionadas
para públicos bem específicos.
Outros exemplos de casos bem
aplicados podem dar a real dimen-
são do alcance potencial do Big
Data, como o da companhia que
tira fotos de satélite e vende aos
seus clientes informações em tem-
po real sobre a disponibilidade de
vagas de estacionamento livres em
uma cidade em uma determinada
hora ou quantos navios estão an-
corados. Ainda podemos ver casos
como o de um hospital no Canadá,
que utilizou a tecnologia para mo-
nitoramento dos quadros dos bebês
prematuros, permitindo aos médi-
cos antecipar as ameaças às vidas
das crianças e diminuir a mortali-
dade significativamente. Isso não
era possível de ser feito antes devi-
do ao volume dados e a velocidade
que se fazia necessária neste caso.
Big Data está evoluindo como
um conceito de negócio em con-
junto com a evolução da tecnolo-
gia. As organizações estão tornan-
do os dados como um elemento
central da estratégia e, portanto,
ele é percebido como um estágio
evolutivo para a próxima geração
de gerenciamento de informações
e análises avançadas.
É importante entender que Big
Data não é simplesmente grande
volume e que projetos podem fa-
lhar se não prestar atenção na va-
riedade dos dados, velocidade de
resposta para os usuários e comple-
xidade dos dados a serem tratados,
tanto quanto no volume.
Big Data é enorme e impres-
sionante, mas seu valor depende
da capacidade de uma organiza-
ção para analisá-lo de forma útil.
As empresas devem utilizar este
potencial de analisar grandes vo-
lumes e novos tipos de informação
para detectar oportunidades e ris-
cos que, de outra forma, passariam
despercebidos. O processo ajudará
a ter uma nova visão do mundo,
mas fazer as análises corretas vão
mostrar a você o que está olhando
e ajudá-lo a compreender o que sig-
nifica isso para a organização.
MunDO DIGITAL
52 | Edição #25 |
O setor de marketing promocional apresentou
um crescimento médio de 3,5% em 2012 e es-
pera, no Brasil, um faturamento bruto de mais
de US$ 22,323 bilhões em 2013. Com destaque para
ações de marketing voltadas a criar experiências abso-
lutamente exclusivas e que não podem ser encontradas
à venda em agências de viagens, as chamadas “viagens
de incentivo” cada vez mais contribuem para a profis-
sionalização dos destinos turísticos mundo afora.
Muitas vezes erroneamente tratadas como simples
viagens de premiação, as de incentivo têm como
diferencial a capacidade de potencializar a união de
equipes, melhorar a autoestima de colaboradores,
aprofundar o senso de identidade entre os envolvidos e
seus empregadores e ainda aumentar a produtividade.
O aumento dessa modalidade e a conscientização
dos gestores sobre as diferenças entre uma premiação
e um pacote dado gratuitamente são uma questão
fundamental, discutida na IMEX, a maior feira deste
segmento, realizada em Frankfurt, na Alemanha. Com
quase 15 mil participantes, 4 mil potenciais compra-
dores de 75 países e 3.500 empresas de 157 nações, o
evento posicionou o Brasil no top 10 dos mais aque-
cidos destinos em questão de vendas e trouxe lições
valiosas que podem ser aplicadas a nossa realidade.
Sem exageros, pode-se dizer que uma viagem de
incentivo séria preza pela exclusividade e pelo ineditis-
mo, sendo customizada propositalmente para atingir os
premiados. Um exemplo é oferecer um jantar na Mura-
lha da China ao som da Ópera de Pequim ou participar
de um banquete medieval em um castelo na Irlanda.
É a construção de uma memória única e que não está
disponível para ser comprada em um balcão de agência.
Ao mesmo tempo, é possível notar que o que conta
verdadeiramente é a criatividade da proposta. E o Brasil
com isso? Simples, nosso país esbanja opções turísticas.
Faltam o entendimento de que não se trata de premia-
ção e a capacidade de fazer eventos adequados a cada
público. São incontáveis possibilidades, desde um al-
moço em plena Pinacoteca ao som da Osesp até um fim
de semana de degustação de queijos e vinhos com espe-
cialistas internacionais, em uma fazenda de arquitetura
europeia em Santa Catarina.
O mercado mundial de incentivo está aquecido, a
posição de destaque de destinos brasileiros no exterior
é um fato e a diversidade cultural e ambiental de nossa
nação é reconhecida junto com a conhecida criatividade
brasileira para solucionar desafios. Esta é a receita para
que destinos famosos e outros encantadores, mas des-
conhecidos, se destaquem com propostas inovadoras.
MeRCADO
• por André Webber
O setor de marketing promocional está aquecido internacionalmente e deve faturar no Brasil mais de uS$ 22 bilhões este ano
VIAGENSDE INCENTIVOS
EM ALTA
André Webberé diretor da unidade de incentivo da Tour house.
54 | Edição #25 |
Quem nunca entrou em uma roubada
só para conseguir alguma pequena e
hipotética vantagem e acabou se dan-
do conta de que o custo benefício não valeu
a pena? Ofertas relâmpago. Passagens a um
custo baixíssimo e com conexões sem pé
nem cabeça. Hotéis lindos, ao menos na
foto, é claro! Compras coletivas. Excursões
com grandes grupos. Cruzeiros em períodos
festivos. São inúmeras as modalidades dis-
poníveis no mercado. Basta escolher a sua e literal-
mente “ser feliz”, se é que o leitor me entende.
Tenho de admitir, talvez por não me prender muito
aos detalhes de tais ofertas, tal qual nas linhas finas de
um contrato diabólico, que constantemente acabo em-
barcando em uma dessas furadas e aí, quando me dou
conta de que aconteceu de novo, prometo para mim
mesmo que essa vai ser a última vez. Como se fosse as-
sim, fácil. Sejamos francos! Escapar de uma roubada é
quase como ganhar na loteria sozinho. E o autoengano
é um dom! Conheço gente que, do alto de sua esperteza,
já teve até que dormir em aeroporto só para pagar mais
barato a passagem. E aí eu me pergunto: será que isso
realmente é ser esperto?
Não faz muito tempo tive de comprar passagens
para ir a um congresso no exterior. Como a viagem es-
tava próxima de acontecer e considerei os preços apre-
sentados pela agente de viagens um absurdo, decidi
que tentaria a façanha de salvar meu orçamento em
um daqueles sites de leilão de passagens. Digitei as in-
formações necessárias para busca e as ofertas começa-
ram a saltar na tela do computador feito pipoca. Como
era possível que os preços fossem tão inferiores aos das
próprias companhias aéreas?
Não tive dúvida, comprei a passagem com uma
diferença de R$ 500. Era inacreditável. Tinha econo-
mizado uma pequena fortuna. Eu me sentia o próprio
Mel Gibson interpretando o guerreiro escocês William
Wallace em Coração Valente. Ninguém
naquele momento poderia ter sido mais
inteligente e habilidoso do que eu. Ou será
que eu descobriria justamente o oposto?
Chegou o dia da viagem e lá fui com
minhas duas malas para o aeroporto. Até o
momento do embarque, tudo absolutamente dentro da
normalidade. Eu realmente era muito esperto! Eu me
acomodei ‘confortavelmente’ em meu assento e lá fo-
mos nós. Em poucas horas, chegaria ao meu destino.
Poucas horas? Só então me dei conta de que ao comprar
a passagem, não havia me atentado para a duração da
viagem. De repente, comecei a suar frio. Poderia eu ter
sido tão ingênuo?
Foi aí que descobri onde estava a pegadinha! De
fato, eu havia entrado numa Brastemp, pois um voo que
em média é de 18 horas, para mim duraria 28. Como
assim 28 horas num avião? Não podia acreditar! Pior: de
repente, caiu a ficha que tudo que vai, volta. Eu teria de
encarar outras 28 horas para regressar ao Brasil.
É, meu caro leitor, vida de viajante não é fácil. Ainda
mais para aqueles que se julgam mais espertos, como
foi o meu caso. Agora, se por ventura você fizer o mes-
mo, fica aqui a dica de uma ilustre brasileira que já es-
teve à frente do Ministério do Turismo, Marta Suplicy:
“relaxe e ...” Boa viagem!
DIáRIO De BORDO
• por Felipe Boni
Cuidado com promoções relâmpago e paisagens baratas. Nem sempre são o que parecem!
O BARATO QUE SAI
CARO!
Felipe Boni é empresário, jornalista, escritor, blogueiro, roteirista e autor de peças teatrais. Atualmente, conduz os
trabalhos da B2F, uma agência boutique de relações públicas, e escreve semanalmente para o Blog do Boni.
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art_an_rev_viagem_sa_210x275.ai 1 11/12/2013 11:32:15
56 | Edição #25 |
Quando nos deparamos com a condução de mais
um ano que se finaliza e percebemos como esta-
mos cada vez mais apressados, acumulados de
ideias, pensamentos, compromissos e aflições, verifica-
mos como tudo isso nos tira do centro, do foco, da aten-
ção em nós mesmos.
A realidade sempre começa na
mente. Para suas ideias e projetos se-
rem realizados, sua mente tem que
estar limpa e, para tanto, é necessário
abrir espaço. A clareza dos pensamen-
tos, o otimismo, a alegria e a certeza da
concretização dependem da sua força
e tranquilidade.
A tecnologia facilitou muito nos-
sas vidas, mas por outro lado, nos apri-
sionou, criou dependência e fez com
que nossa distração aumentasse ainda
mais, dificultando que voltemos a nós mesmos para nos
perceber. Toda essa aparelhagem, hoje necessária, “rou-
ba” a atenção e a energia vital. Perdemos, muitas vezes, a
capacidade de nos relacionar pessoalmente e de nos in-
tegrar à própria natureza. Poderíamos dizer que estamos
nos tornando apenas “mente e corpo”!
Diariamente, devemos nos perguntar: “O que faço
realmente me autorrealiza, me faz feliz, me torna uma
pessoa melhor e mais saudável”? Todas nossas ideias de-
vem alimentar nossa força interior com alegria e autorre-
alização para se tornar um veículo saudável à vida que es-
tamos escolhendo viver. Tudo deve acompanhar a ordem
da unidade. Não existe separação, tudo está sempre unido
por uma grande força divina vital. Precisamos estar mais
unidos com o todo para, então, sentirmos que aprendemos
a nos construir com todos. É um exercício que começa em
nós mesmos, nessa casa que chamamos de “corpo”.
Os valores atribuídos ao que buscamos não devem
contrariar nossa saúde nem a perda da consciência pro-
gressiva da vida e do sucesso. Atribuímos valores exces-
sivos às coisas desnecessárias que,
quando acabam, nos causam sofri-
mento. Precisamos não ter medo de
nos absorver nas coisas boas, como
por exemplo, no amor.
Viva feliz, seja feliz, celebrando
sua vida, como sendo o que você pos-
sui de mais precioso para avançar em
direção ao maior ponto que você qui-
ser. Não negue sua realidade, ela é a
soma de grandes esforços gerados na
sua existência. Acredite em você, o
caminho dado na sua direção interna
é a sua maior aspiração, a mais sustentável de todas as
vidas, porque ela é sua e de mais ninguém.
Aproveite... respire e avance; expire e se aceite; ins-
pire e abra espaço; expire e se expanda para se encon-
trar e viver em paz, dentro e fora de você.
Todo final gera um lindo começo. Celebre o ano que
está se finalizando da mesma forma que festeja o novo
que chega. Alegria na partida. Alegria na chegada!
PenSATA
• por Isabel Liberalquino
A realidade sempre começa na mente. Para concretizar ideias e realizar projetos, ela deve estar limpa. Abra espaço e celebre com alegria mais um fim de ano e começo de outro
BALANçO GERAL
Isabel Liberalquinoé astróloga, taróloga cabalista e ioguini do Instituto de Alquimia
e elementoterapia. www.unialmantiga.org.br
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58 | Edição #25 |
CuRTAS
MAGIA DO NATAL
As apresentações da Árvore Encantada devem
atrair milhares de pessoas ao Radisson Ho-
tel, em Curitiba, em frente à praça do Japão. Em
meio a luzes, imagens e pirotecnia, 60 crianças
do Coral Curumim compõem a árvore musical,
uma das maiores atrações da cidade nesta épo-
ca do ano. Elas cantam desde clássicas canções
natalinas até sucessos da MPB. O público ainda
pode doar brinquedos, que serão encaminhados
a instituições. As apresentações acontecem às
sextas-feiras até 20 de dezembro.
ROTEIRO DE FÉ
De olho na programação mundial do
turismo religioso, a CVC está lançan-
do roteiros para a canonização dos papas
João Paulo 2º e João 23, que acontecerão
conjuntamente, em Roma, na Itália, em
27 de abril de 2014. Os roteiros Canoni-
zação e Itália Tradicional e Canonização
e Rota Franciscana com Cascia oferecem,
além dos traslados para a cerimônia, um
mergulho na cultura e história do país,
com passeios em Roma, Florença, Vene-
za, Milão e Assis. Os pacotes custam a
partir de 918 euros por pessoa e podem
ser parcelados em até 12 vezes, sem juros.
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PARAÍSO MEXICANO
Considerado o terceiro porto mais importante do Mé-
xico e um dos destinos preferidos de férias, Puerto
Vallarta tem ruas pitorescas, praias charmosas, merca-
dos de artesanato, boutiques, joalherias, bares e restau-
rantes estrelados. Além disso, oferece todo tipo de ativi-
dades ao ar livre. E uma das maneiras mais rápidas de
chegar lá é pela Aeromexico, que tem voos a partir de
Guarulhos para a Cidade do México e, de lá, para Puerto
Vallarta. Para se planejar!
60 | Edição #25 |
BASTIDOReS
SuPER FESTIVALConsiderado um dos principais eventos de negócios para o turismo da América Latina, o Festival de Gramado (Festuris) reuniu, em sua 25ª edição, mais de 14 mil participantes e 2.500 expositores. Segundo Rosa helena Volk, secretária de Turismo de Gramado, “o festival abriu as portas do mundo e trouxe à tona um assunto que hoje é nossa principal fonte econômica, o turismo”. Para o presidente da Abav-RS, Danilo Martins, “o nível de informação e de organização foram espetaculares”. A próxima edição será de 6 a 9 de novembro de 2014.
Marcus V Rossi, Marta Rossi e Eduardo Zorzanello, diretores do Festuris
Luís Sobrinho, gerente geral Brasil da AirEuropa.
Córa Chiappetta, chefe de gabinete, e Camila Mumbach, diretora de marketing da Secretaria de Turismo do Rio Grande do Sul
Foto
s divu
lgaç
ão
61| www.viagenssa.com |
Marisa Guilger, gerente de vendas leisure travel, e Priscila Toledo, executiva de contas do Meliá Hotels International
Vanda de Almeida, comercial da Aiport Bus Service
Nathalia Lemeszenki, gerente de contas Sul, e Carla Reis, gerente de marcas Brasil do Iberostar Hotels & Resorts
62 | Edição #25 |
• por Mario PotomatiTeCnOLOGIA
CENTRAL MULTIMÍDIA
Muito mais que um console, o X Box One vai mu-
dar a maneira de você interagir com a sua TV.
Poderá usar o comando de voz do Kinect para mudar de
canal, ter um menu personalizado com canais a cabo
que mais gosta, além dos ondemand de vídeo, como
Netfliz e HBO Go, entre outros. Outra grande vantagem
é a integração com
SkyDrive para arma-
zenar seu conteúdo
multimídia nas nu-
vens. E as novida-
des não param
por aí, mas
agora é hora
de comprar o
seu e desco-
brir. O valor de
lançamento no
país é de R$ 2.299,00.
CONTROLADA POR IPHONE OU IPAD
A Canon EOS 70D tem como novidade a compa-
tibilidade com o iPhone ou iPad, que permite
fotografar por meio dos gadgets, visualizar as fotos
ou transferir o conteúdo para a web, utilizando o
aplicativo EOS Remote (gratuito). Mas, para que
tudo funcione, você precisa estar conectado à in-
ternet via Wi-Fi. Ela tem ainda um sen-
sor CMOS de 20,2 megapixels e pro-
cessador de imagem
DIGIC 5+ e permite
gravar vídeos em
Full HD (1080p).
No Brasil, cus-
ta a partir de R$
3.100,00.
SEGURANÇAPORTÁTIL
O sensor Spotter é um
pequeno gadget que
promete ajudar a proteger
sua casa ou escritório. Ele detecta
movimentos, luzes, sons e temperatura.
Você configura os alertas, que são enviados para seu
iPhone 4 ou superior e para smartphones com siste-
ma Android a partir da versão 2.2. Custa nos Estados
Unidos US$ 50 e no Brasil ainda não tem data de lan-
çamento prevista.
PARA FANÁTICOS POR TV
Com o Slingbox 350 é possível assistir TV em qual-
quer lugar a partir do seu smartphone, tablet ou
PC. Para que isso ocorra, o aparelho precisa estar co-
nectado à internet e ao decodificador de TV a cabo do
usuário, permitindo o streaming de todo conteúdo via
Wi-Fi, 3G ou 4G. O equipamento é compatível com PC,
Mac, dispositivos móveis Android, iOS, Windows Phone
e Kindle Fire, e dispositivos conectados, como Smart-
TVs e AppleTV. O produto é compatível com SD, HD
e FullHD. No Brasil, tem preço sugerido de R$ 799,00.
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66 | Edição #25 |
Está nervoso? Vá pescar! Conselho bom demais! E
foi assim que rumei para Cuiabá dia desses e, de
lá, para Cáceres, 250 quilômetros adiante, às mar-
gens do rio Paraguai, a bordo de um barco-hotel e seguin-
do o curso desse rio, uma das veias pulsantes do Pantanal
mato-grossense. O bom é que você embarca à noitinha,
se acomoda em cabines duplas com ar condicionado e
banheiro, janta bem e vai dormir cedo, apesar da ansie-
dade de não ver a hora de a pescaria começar. Às 5h, já
tem gente fazendo barulho na parte superior do barco. O
café da manhã regional farto é servido e, às 5h30, todos
já estão dentro dos botes de alumínio. O piloteiro é seu
guia, protetor e amigo. Ele cuida de tudo, sabe onde tem
os “poços” para pescar, coloca a isca, ajuda na reta final
da retirada do peixe da água e alerta sobre a melhor for-
ma de fisgar e trazer para dentro do barco os “troféus”.
É claro que a gente pega bastante peixe, fácil mesmo
até para os neófitos (que não era o meu caso), com a asses-
soria segura do piloteiro e, claro, com uma certa dose de
sorte. Mas há regras a serem observadas pelos pescadores.
Pintado (o grande troféu) só embarca de 85 cm para cima
(mais ou menos 7 kg). Barbado, outro excelente peixe de
couro, só acima de 60 cm. Dourado? Nenhum nesta épo-
ca do ano. Mas, há muitas piranhas: elas devoram a isca
e atrapalham a pescaria. Algumas mais graúdas, a gente
embarca e depois faz um sashimi maravilhoso, à margem
do rio. Os piloteiros tiram o filé sem espinhos, preparam
o molho à base de shoyu, gengibre, limão e um pouco de
pimenta verde. O “prato” é o copo vazio de água mineral.
Nessa pescaria, o meu troféu foi o pintado, de 10,3 kg,
que trouxe para casa com mais 5 kg de outros peixes, a
cota máxima. Se antes de terminar a pescaria, a cota ge-
ral estiver completa, todos os peixes pescados devem ser
soltos. No último dia, o piloteiro nos levou a uma pequena
clareira na margem do rio e nos mostrou uma cruz com
um nome de um rapaz, de 22 anos, que morreu naquele
local, em 2008. Ele foi pego de surpresa por uma onça.
Pantanal tem disso também, mas é maravilhoso!
IMPReSSSõeS
• por Luiz Fantin
OS ‘TROFÉUS’DO PANTANAL
Luiz Fantiné diretor de marketing da
Allia hotels.
PRÊMIOS SÃO UMA EXCELENTE MANEIRA DE MOSTRAR QUE ESTAMOS NO CAMINHO CERTO. E DE CAMINHO A GENTE ENTENDE MELHOR QUE NINGUÉM.CVC, A MARCA MAIS LEMBRADA E ADMIRADA DA CATEGORIA DE TURISMO DO BRASIL.
A CVC foi a marca mais lembrada na categoria turismo no ano de 2013. Por isso, além de comemorar, queremos agradecer nossos colaboradores, parceiros e, principalmente, a todos os clientes que souberam reconhecer nosso trabalho. Foram diversas conquistas nacionais e regionais que são o resultado do compromisso, da dedicação e da vontade de sempre fazer tudo por uma boa viagem.