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O silêncio em prol da comunhão com Jesus. ADDE - ASSOCIAÇÃO DE DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA ESPÍRITA | www.adde.com.br | ANO 05 | NÚMERO 25 | OUTUBRO/NOVEMBRO 2015 GUERRA SANTA Visão Espírita O sentido real da libertação da alma pregado por Jesus. Bem Coletivo O desejo de possuir bens e as suas vertentes para a vida. Palavra Espírita Por que nos esquecemos dos fatos de uma vida regressa? Atualidade Página 03 Página 07 Página 08 Página 06 Que atire a primeira pedra aquele que não tiver pecado! Essa máxima deveria ser repensada por algumas crenças, que acabam por fazer uma lavagem cerebral na mente dos seus adeptos, levando-os a acreditar que a guerra entre as religiões e a pregação dos seus dogmas, para conversão dos desviados e perdidos no mundo, podem reservar um bom lugar no plano superior, sendo uma das maneiras de chegar a Deus. O burilamento dos comportamentos infelizes e das más inclinações, além do trabalho no bem são as portas de entrada para a paz tão sonhada do lado de lá. Mas não basta só isso, a salvação não é tão simples como muitos imaginam. Jesus é tão justo que, ao ser humano, foi dada a oportunidade da reencarnação para ajudar no processo de limpeza da alma e remissão dos pecados. Página 05 Mais Distribuição GRATUITA Não jogue este jornal em vias públicas Verdade e Vida Jornal LEIA TAMBÉM Fique por dentro dos projetos da ADDE. Página 04 LEITURA PRECIOSA Pratique o Evangelho no lar e leve luz para a sua família. Página 02

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O si lêncio em prol da comunhão com Jesus.

ADDE - ASSOCIAÇÃO DE DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA ESPÍRITA | www.adde.com.br | ANO 05 | NÚMERO 25 | OUTUBRO/NOVEMBRO 2015

GUERRA SANTA

Visão Espírita

O sent ido real da l iber tação da alma pregado por Jesus.

Bem Coletivo

O desejo de possuir bens e as suas ver tentes para a vida.

Palavra Espírita

Por que nos esquecemos dos fatos de uma vida regressa?

Atualidade

Página 03 Página 07 Página 08 Página 06

Que atire a primeira pedra aquele que não tiver pecado! Essa máxima deveria ser repensada por algumas crenças, que acabam por fazer uma lavagem cerebral na mente dos seus adeptos, levando-os a acreditar que a guerra entre as religiões e a pregação dos seus dogmas, para conversão dos desviados e perdidos no mundo, podem reservar um bom lugar no plano superior, sendo uma das maneiras de chegar a Deus. O burilamento

dos comportamentos infelizes e das más inclinações, além do trabalho no bem são as portas de entrada para a paz tão sonhada do lado de lá. Mas não basta só isso, a salvação não é tão simples como muitos imaginam. Jesus é tão justo que, ao ser humano, foi dada a oportunidade da reencarnação para ajudar no processo de limpeza da alma e remissão dos pecados.

Página 05

Mai

s

DistribuiçãoGRATUITA

Não jogue este jornal em vias públicas

Verdade e VidaJornal

LEIA TAMBÉMFique por dentro dos projetos da ADDE.

Página 04

LEITURA PRECIOSAPratique o Evangelho no lar e leve luz para a

sua família.Página 02

2

EditorialTenho certeza que muita

gente já ouviu alguém dizer: o que fiz para merecer tamanha cruz?

Por conta da misericórdia divina, esquecemos dos nos-sos atos em vidas pregressas, isso porque, se lembrássemos de tudo, com certeza não su-portaríamos lidar com todos os nossos comportamentos in-felizes e ações realizadas em prol de prejudicar o próximo. Mas, por melhor que o indiví-duo seja hoje, ele não pode li-vrar-se do que fez, a justiça de Deus é implacável e não abre precedentes. Como um HD de computador, o perispírito ar-mazena essas informações ao longo de todas as nossas re-encarnações e, cabe a nós, re-alizarmos a programação que foi combinada do outro lado, e

passar por provas e expiações, inclusive com relação às ques-tões familiares. Muitas vezes, nossos principais inimigos do passado reencarnam como nossos pais, cônjuges, filhos etc., para que possamos per-doar e sermos perdoados. E, se fugirmos, não expurgare-mos nossas falhas e pecados, e as mesmas situações podem repetir-se em outras vidas, só que com consequências mais desastrosas e devastadoras.

Pense nisso!

Boa leitura!

Se você estuda a Doutrina Espírita e tem facilidade para escrever, envie-nos um artigo inédito e ele poderá ser publicado aqui no jornal.*

Envie para: [email protected]* os textos estarão sujeitos a análise prévia

PARTICIPE DO JORNAL VERDADE E VIDA

O jornal Verdade e Vida pede desculpa, pelo erro cometido na página 05 - última coluna da - linha 19, em que “São José do Rio Preto”, foi inserido no contexto do artigo, sem fazer parte do assunto citado. O correto é: “O sentimento de gratidão é, indubitavelmente, um dos maiores entre os demais.”

ERRATA

Evangelho no Lar1. Escolha o dia de sua prefe-

rência. Sugerimos um dia de fácil memorização, por exemplo, se-gunda ou sexta-feira.

2. Escolha um aposento si-lencioso e agradável da casa, de preferência a sala de jantar, e que esteja com os aparelhos eletro--eletrônicos desligados.

3. Coloque uma jarra com água sobre a mesa, para fluidifi-cação. Na falta dessa podem ser utilizados copos, qualquer um, em número correspondente aos inte-grantes do Evangelho.

4. Sentar-se à mesa sem alarde e sem barulho.

5. Fazer a prece de abertura, a que toque mais fundamente o sentimento familiar. Pode ser uma prece pronta ou uma prece espon-tânea, o importante é repetirmos o sentimento da fé e a confiança na proteção Divina.

6. Após, fazer uma leitura bre-ve de O Evangelho Segundo o Es-piritismo. Comentar com palavras próprias o trecho lido. No início poderá existir certa timidez, mas, com o correr do tempo, os comen-tários surgirão espontaneamente, pois os espíritos amigos estarão auxiliando na compreensão dos textos selecionados.

7. Os demais integrantes po-derão tecer comentários também, caso o desejem, mesmo que estes levem a assuntos pessoais e/ou a diálogos, naturalmente que sem-pre pertinentes ao tema em foco. O Evangelho no Lar é antes de tudo uma reunião de espíritos reencarnados no mesmo ambien-te, buscando através da prece, da elevação de pensamentos e do diálogo fraterno, o amparo e o auxílio do alto para seus pro-blemas e necessidades. Não deve ser jamais solene ou ritualístico, com palavras e movimentos de-corados a lembrar missas e de-mais cultos.

8. Para incentivar a participa-ção dos filhos ou demais mem-bros, com exceção dos peque-ninos, é conveniente pedir que leiam mensagens espíritas, para reflexão do grupo. Incentivar também, com carinho, o comen-tário após a leitura. Sugerimos aqui os livros Fonte Viva e/ou Pão Nosso, de Emmanuel, Agen-da Cristã e/ou Sinal Verde, de André Luiz.

Elaborado pelo Instituto An-dré Luiz. Site Espírita André Luiz - www.institutoandreluiz.org/

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RECORTE E USE

ExpedienteEste jornal é uma publicação da ADDE – Associação de Divulgação da Doutrina Espírita (CNPJ 08.195.888/0001-77) - para a região de São José do Rio Preto/SP. Os textos assinados são de responsabilidade de seus autores.

Diagramação: Junior Pinheiro - [email protected]

Jornalista Resp: Renata Girodo - [email protected] - MTB 67369/SP

Revisão: Patrícia Amaral

Comercial: Anízio Junior - [email protected]

Receba o jornal, em sua casa espírita, cadastrando-se no site, ou por meio do e-mail: [email protected]

Tiragem: 8 mil exemplares.

Ditribuição Gratuita

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A VERDADE QUE LIBERTAQuando Jesus disse conheça a

verdade e ela vos libertará, qual seria essa libertação prometida por Ele?

Seria irmos de um lugar para outro sem obstáculos? Logicamente que não, pois nem sempre podemos fazê-lo.

Seria podermos fazer qualquer coisa que quiséssemos? Também não, porque nem sempre podemos fazer o que bem entendermos.

Seria pensarmos livremente sem obstáculos? Certamente que não, pois quando temos uma lesão do sistema nervoso somos impossibilitados de desenvolver um raciocínio perfeito.

Qual seria, então, esta tão famigerada liberdade?

A educação do espírito é a grande libertação de nossos sofrimentos físicos, psicológicos e espirituais.

Quando Licurgo, um orador ateniense, foi convidado para falar sobre educação, solicitou três meses de prazo para apresentar sua palestra. No dia aprazado, ele se apresentou acompanhado de quatro animais; dois cães irmãos da mesma gestação e duas lebres irmãs, também da mesma idade. Deu um sinal para que soltassem um cão e uma lebre, sendo que a lebre foi estraçalhada pelo cão. Diante da plateia assustada, ele mandou que fizessem entrar os dois outros animais, os quais entraram brincando. Então ele iniciou sua palestra dizendo: isto é educação: um cão foi educado para matar e o outro foi educado para amar.

Jesus foi o nosso grande educador. Quando O chamaram de

bom, Ele respondeu que bom era Deus. Quando o chamaram de rei, Ele disse que o Seu reino não era deste mundo. Ele se posicionou como Mestre de todos nós. Lecionou por diversas maneiras, como pedagogo emérito. A maneira mais efetiva de nos ensinar foi por meio de seus exemplos vivenciados.

Porém, Ele usou de outro recurso muito eficaz, contando suas célebres parábolas (estórias usando símbolos e particularidades da época).

Convidou-nos ao arrependi-mento, contando a parábola da ovelha perdida. Disse que se um pastor notar a ausência de uma única ovelha dentre cem ovelhas, ele deixa as noventa e nove e vai buscar a centésima ovelha que está perdida. Concluiu dizendo que

há mais alegria no céu diante do arrependimento de um errado do que o merecimento de noventa e nove justos.

Falou da importância do devotamento, citando a parábola do servo inútil. Ao final, asseverou que o servo que trabalha só para cumprir

seu dever é inútil a Deus. Para que sejamos úteis a Deus, devemos cumprir nosso dever e ajudar a cumprir o dever dos nossos irmãos.

Esclareceu a respeito de nossos potenciais que devemos usar para o cumprimento de nossos programas reencarnatórios, falando a respeito de nossos talentos. Aqueles que usarem bem seus talentos terão mais outros talentos na continuidade da vida espiritual, mas os que não

os usarem bem, terão seus talentos retirados. “Dar a quem tem e retirar de quem não tem.”

Ensinou que para vivermos em paz precisamos perdoar. Narrou a parábola do credor incompassivo, advertindo que se Deus nos perdoa imensamente, devemos perdoar àqueles que nos prejudicam ligeiramente. A misericórdia Divina é de noventa e nove por cento, enquanto que o nosso sofrimento é de apenas um por cento, em relação aos débitos para com Sua lei.

Citou a parábola dos bodes e das ovelhas para enfatizar a importância de fazermos o bem. Sentenciou que as ovelhas (as pessoas que fazem o bem ao próximo) passariam à sua direita e que os bodes (as pessoas que deixam de fazer o bem) passariam à sua esquerda.

Contou a parábola das dez virgens, mostrando a necessidade de sermos uma luz espiritual ao desencarnarmos. Esta luz nada mais é do que o bem feito, aqui na terra, ao nosso próximo, confirmando a colocação do Chico Xavier: “façamos todo o bem possível hoje, porque amanhã, ele, o bem, será o nosso único advogado”.

Se quisermos libertar, verda-deiramente, nosso espírito de todos os sofrimentos, libertando-o das mazelas que envolvem nossas almas falidas e falíveis, temos que seguir os ensinamentos de Jesus.

Visão Espírita por: Aguinaldo de Paula Vasconcelos

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ONDE TUDO COMEÇOUNo dia 05 de junho de 2006,

um grupo com aproximadamente 40 pessoas, reunia-se na sede da União das Sociedades Espíritas de São José do Rio Preto (USE). O objetivo do encontro era

fundar uma associação, que se encarregasse da divulgação do Espiritismo, sem estar vinculada, diretamente, as casas espíritas da cidade.

O Dr. Aguinaldo, um dos idealizadores do projeto, em breve explanação sobre o assunto, disse algumas palavras que ficaram guardadas na memória de muitos dos participantes: “tudo aquilo que é projetado aqui na Terra, com o intuito de servir, de ajudar, de divulgar a doutrina do amor, com certeza já estava projetado

no mundo espiritual.” E com o aval superior, nasceu

a Associação de Divulgação da Doutrina Espírita (ADDE).

Inicialmente, as reuniões eram realizadas na USE, em seguida os

encontros passaram a acontecer no Centro Espírita Francisco de Assis (CEFA). O grupo teve uma ótima acolhida nesses lugares, mas, na

verdade, ainda faltava alguma coisa. O que a equipe idealizava, era um ambiente, carinhosamente projetado, somente para a ADDE. E com a colaboração do Anísio

Del’Arco Júnior e do Francisco Silvestre (Chico), o sonho que povoava as mentes e os corações, tornou-se realidade, em agosto desse ano.

O espaço que já abriga diversos projetos como o Jornal Verdade e Vida, gravações e transmissões de palestras, cursos e eventos espíritas, também está investindo

no seguimento de vídeos pela internet, e aspira para um futuro próximo, a implantação de um canal de televisão.

E muitas outras novidade ainda estão por vir!

Para você que se interessou, e quer conhecer mais sobre a ADDE, faça-nos uma visita, na última segunda-feira do mês, na Rua Voluntários de São Paulo nº 3180, sala 111 – Edifício Eli Buchala – Centro.

por: Equipe ADDE

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Veja o centro espírita mais perto de sua casa

acessando o site da ADDE.

Pontos de Luz

GUERRA SANTA POR UM PEDAÇO DO CéU

Em época em que a liberdade religiosa é pregada aos quatro ventos nos países laicos, ainda existe uma grande resistência por parte de alguns pseudo religiosos que acreditam que o deus deles é melhor, ou que a religião que a servem é a única porta de entrada para o “céu”, e que todas as demais levam ao infortúnio e pecado em vida, e ao “inferno” no desencarne.

As disputas pelos credos – muitas vezes são camufladas e, em outras tantas, são expostas publicamente nas mídias impressas e televisivas –, já geraram guerras e ceifaram a vida de milhões de inocentes no mundo todo. Ainda assim, tem quem faça parte do exército implacável, que acredita que vale qualquer preço para angariar mais ovelhas para o

pastoreio do Cristo. Acreditam que o simples fato de trazerem alguém para a sua religião, pode gerar a tão sonhada salvação. Ora, mas como isso pode ser possível

se a salvação é individual, como prega a Bíblia?

Essa é a questão primordial que deveria ser colocada em pauta nos meios religiosos e nas discussões acerca do tema. Esquecer de

olhar a sua própria vida e, querer mudar a conduta do próximo, é como tapar os olhos e andar rumo ao despenhadeiro, é queda na certa! Em Mateus capítulo 7

versículo 5, o recado é bem claro: “Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás de tirar o argueiro do olho do teu irmão.” Deus e Jesus não são representados por construções

ou placas de igreja ou de centro espírita. Eles são a personificação do amor, fraternidade, paz, união, humildade e boa vontade, lições que precisam ser seguidas. De acordo com Lucas – capítulo 6, versículos 43 e 44, “não há árvore boa que dê mau fruto; nem tampouco árvore má que dê bom fruto. Porquanto, cada árvore é conhecida pelo seu próprio fruto. Porque não se colhem figos de espinheiros, nem dos abrolhos se vindimam uvas”.

Que a regeneração do mundo traga para o ser humano o entendimento de que ninguém deixará de viver provas e expiações na Terra, ou gozará de boa vida no plano espiritual por conta da sua doutrina, mas pelas suas ações e trabalho no bem.

Então, mãos à obra!

Capa por: Renata Girodo

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Atualidade por: Roosevelt A. Tiago

NEM SEMPRE O SILêNCIO é UMA PRECE

É comum encontrarmos nas casas espíritas a indicação, por meio de placas e cartazes, de que “O silêncio é uma prece”, porém, sem discordar da importância do silêncio, muitas vezes, mesmo no silêncio, podemos estar na mais profunda angústia ou perturbação, embora estejamos quietos.

Mesmo no habitual convite para que todos entrem em oração no início das palestras, o fato de todos ficarem em silêncio e de olhos fechados não quer dizer que estejam todos em oração.

O silêncio pode esconder muitas faces da alma humana, enganando aos que apenas veem a aparência e julgam que ela traduza a intimidade do espírito.

A frase correta seria: “Aproveite o silêncio, fazendo uma prece”, afinal, orar é colocar o silêncio em ação, numa atividade ampliada pela quietude das distrações humanas.

Encontramos em O Livro dos Médiuns uma observação que qualifica o silêncio: “Recolhimento e silêncio respeitosos, durante as confabulações com os espíritos; União de todos os assistentes, pelo pensamento, ao apelo feito aos espíritos que sejam evocados.”

Novamente, é importante com-

preender que eles não falam de um silêncio qualquer, mas de “recolhimento e silêncio respeitoso”, ou seja, de qualificar

o ato de silenciar, utilizando da quietude para impulsionar nosso pensamento para onde desejamos.

Na mesma obra já citada, na questão 332, ainda com referência ao silêncio, lemos: “Sendo o recolhimento e a comunhão dos pensamentos as condições essenciais a toda reunião séria, fácil é de compreender que o número excessivo dos assistentes constitui uma das causas mais contrarias à

homogeneidade. Não há, é certo, nenhum limite absoluto para esse número e bem se concebe que cem pessoas, suficientemente

concentradas e atentas, estarão em melhores condições do que estariam dez, se distraídas e bulhentas”.

Muitas observações podem ser colhidas desta contribuição, mas todas indicam que o silêncio é neutro e pode ser utilizado para ascender em direção às alturas do bem, ou algemar nas estâncias sombrias dos objetivos fúteis.

Quando aprendemos a buscar a paz no silêncio, obtemos o primeiro

passo para a convivência conosco mesmo, lembrando o poeta Mario Quintana: “O excesso de gente me impede de ver as pessoas”, assim o silêncio é importante para aprendermos a nos abster das ilusões das multidões, dando um pouco de tempo a nós mesmos.

Aproveitar do ambiente da casa espírita para silenciar e refletir, fugindo dos excessos das conversas fúteis, é sinal de inteligência, mas que deve estar a serviço do bem próprio, visando à elevação geral.

O silêncio é certamente importante, mas que não basta isoladamente. É necessário ser conduzido, pelo pensamento, onde se deseja repousar. Afinal, silêncio ocioso vai para onde ele quer, nos levando para onde não queremos ir.

São inúmeras as oportunidades em que podemos colher do Evangelho, situações onde Jesus se isolava para orar, cultivando a eloquência do silêncio elevado.

Mergulhe no silêncio sempre que puder, mas que ele tenha objetivo e finalidade útil.

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Bem coletivo por: Carlos Antônio de Barros

PROPRIEDADE E PROPRIETáRIOS LEGÍTIMOS

Segundo O Livro dos Espíritos, “é natural o desejo de possuir”, mas “quando o homem deseja possuir para si somente e para uma satisfação pessoal, o que há é o egoísmo”. A resposta foi dada à questão 883, formulada por Kardec.

Complementando, a questão seguinte afirma que “propriedade legítima só é a que foi adquirida sem prejuízo de outrem”. Certamente são conceitos elementares que as pessoas ambiciosas demais desprezam.

Bom lembrar que negócios sempre darão prejuízos a pessoas, grupos e nações quando conduzidas fora das normas éticas. O Espiritismo, obviamente, não condena o desejo pela propriedade, mas estabelece regras éticas bastante claras para sua legitimidade.

É lamentável que, diariamente, rádio, jornal e televisão noticiem sonegações, associações cri-

minosas com propósito de apropriar-se dos recursos públicos, incluindo os destinados à saúde, à educação e à merenda

escolar.

Todavia, é preciso que a sociedade estabeleça, ética e moralmente, ação mediadora que favoreça a propriedade legítima; e outra que iniba a insaciabilidade de homens que

acumulam bens sem utilidade para ninguém ou apenas para saciar suas ambiciosas paixões.

O nosso País, por exemplo,

com suas terras férteis e suas riquezas naturais, vem sofrendo ao longo dos seus 515 anos um contínuo processo de exploração, no qual a ganância de poucos tem desfavorecido a necessidade da maioria e comprometido a

sustentabilidade do seu meio ambiente.

Em face dessa exploração, grupos nativos das regiões

afetadas acabam perdendo o direito de viver nas terras dos seus antepassados como legítimos proprietários. E ainda têm suas jazidas de pedras preciosas exploradas clandestinamente.

(17) 3218-1917 / 3218-3233 Av. Treze de Maio, 4140 Pq. Res. Cambuí - Rio Preto

Palavra Espírita por: Francisco Rebouças

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A DIVINA BêNÇÃO DO ESQUECIMENTO

Importantes advertências nos fazem os espíritos superiores para que aprendamos a aproveitar o momento presente de nossas vidas na Terra, alertando-nos para o fato de que o passado já se foi, e do futuro nada sabemos. Em vista disso, o dia de hoje é o mais importante a ser vivido! E, foi por essa razão que a soberana sabedoria do universo nos beneficiou com o esquecimento das nossas ações do passado quase sempre desditosas, equivocadas e negativas, que só nos trariam enormes embaraços diante daqueles que fazem parte de nossas relações do presente.

Se o ser humano não recebesse da providência divina o inestimável benefício que o esquecimento do passado nos propicia, estaríamos às voltas com as lembranças dolorosas de nossas ações infelizes do passado, sofrendo as consequências morais do mal que fizemos aos entes queridos do nosso coração, ou dos sofrimentos que eles nos causaram; dos inimigos que nos prejudicaram ou daqueles a quem prejudicamos etc., situações essas que nos deixariam profundamente desequilibrados, sem qualquer condição de tê-los como familiares, ou mesmo entre os nossos amigos.

Isso porque, como nos aclara a Doutrina Espírita, é por meio da reencarnação que nos relacionamos novamente com aqueles a quem tivemos por familiares, amigos ou inimigos do passado, que hoje podem estar em nossa família como nossos pais, irmãos, filhos, ou mesmo entre

nossos mais queridos amigos, tendo novamente a sublime oportunidade para que nos reconciliemos, perdoando-nos mutuamente, pois, somos filhos do mesmo Pai, consequentemente, irmãos em Deus.

Precisamos entender que tudo o que nos acontece no presente e que, aparentemente, nada fizemos por merecer, tem uma causa anterior, isto

é, são dívidas contraídas perante a lei maior de amor e caridade, pois, sendo Deus soberanamente bom e justo, impossível é que um filho seu possa ser injustiçado, pagar por aquilo que não deve. Daí, podemos concluir com absoluta certeza de que alguém que tem um filho ou um pai, ou qualquer outro familiar ou não, como entrave em sua vida, é porque algo o prende a essa criatura, por força das leis que regem os destinos das criaturas na Terra.

“...Todas as lágrimas procedem

de razões justas, embora não alcances prontamente as suas nascentes.

Reconforta-te na decisão das atitudes sãs a que te entregas e não permitas que as leviandades dos fracos e irresponsáveis tisnem de sombras os claros céus do teu porvir.

Faze a tua parte ajudando sem, contudo, colocares sobre os ombros o fardo da responsabilidade que te não

compete.Ninguém se poupa às dores,

inevitáveis, na senda evolutiva. Não é justo, porém, permitir que estas esmaguem ou anulem os objetivos relevantes da tua promissora e produtiva reencarnação”. ¹

Sabemos que a família representa, para cada um de nós, uma dádiva da misericórdia divina, ofertando-nos imprescindíveis oportunidades de reaproximação com os nossos desafetos de outrora para que, sob a bênção do

esquecimento do passado, aprendamos a amá-los e perdoá-los e, ao mesmo tempo, também sermos perdoados e auxiliados por aqueles a quem devemos, reatando os vínculos interrompidos por desavenças e incompreensões causadas pela ignorância que nos mantinham escravos do egoísmo e do orgulho, causadores de nossas infelicidades e dores.

Pela lei natural da reencarnação, Deus nos concede novas oportunidades que carecemos para a devida reparação dos equívocos de ontem, para que, por meio do esforço no trabalho de burilamento individual, possamos dar nossa parcela de contribuição para o progresso e crescimento do bem e da paz entre os homens, contribuindo com nossa pequena, mas importante e imprescindível tarefa de elevação moral espiritual, nossa e do nosso planeta.

Precisamos cumprir o plano que traçamos com a ajuda dos amigos celestes quando da nossa vinda para o campo da matéria, pois, todos nós, ao reencarnarmos, trazemos um “planejamento de vida”, o qual nos comprometemos a cumprir à risca os nossos deveres perante à espiritualidade, e diante da necessidade de pacificação de nossa consciência atormentada que tanto nos incomoda e que nos cobra a urgente reparação do mal e a devida disposição de servir como verdadeiros discípulos sinceros e operosos do Mestre de Nazaré.

Bibliografia:1- Franco Divaldo. Livro Leis Morais da

Vida, pelo Espírito Joanna de Ângelis – Cap. 46