vcp - relatório anual de sustentabilidade 2008
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Relatório Anual de Sustentabilidade 2008 da VCP produzido pela TheMediaGroup.TRANSCRIPT
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2008
Alameda Santos, 1.357 - 6o andar
01419 908 São Paulo SP
www.vcp.com.br
Presente resPonsável,futuro sustentadoRelatóRio anual de SuStentabilidade
primeiro lote de celulose úmida
produzida em três lagoas 2008
leidiane nunes da Silva Operadora na linha de fibras
con
teú
do Mensagem da Administração
Mensagem do Presidente
Perfil da Empresa
Estratégia
Gestão
Desempenho
Balanço Social
Sumário GRI
Indicadores de Desempenho
Informações Corporativas
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Este relatório reúne as principais informações sobre os resultados da Votorantim Celulose e Papel (VCP) e inclui dados de suas unidades fabris,
florestais e administrativas relativos ao ano fiscal de 2008. Os dados não abrangem a participação no consórcio Conpacel e na empresa Aracruz
Celulose S.A. De ciclo anual, o relatório anterior foi publicado em abril de 2008, sendo referente ao ano fiscal de 2007. (GRI 3.6, 3.2, 3.3)
Para o relato do desempenho econômico e financeiro, foram obedecidas as normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – com
adaptação à Lei nº 11.638/07, que atualiza as regras contábeis brasileiras e aprofunda a harmonização dessas normas aos princípios
internacionais de contabilidade. Também são seguidos os Princípios de Comunicação Transparente da Associação Brasileira de Comunicação
Empresarial (Aberje) e as recomendações da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca). Para os aspectos de responsabilidade
corporativa e sustentabilidade, utilizou-se o modelo da Global Reporting Initiative (GRI) e, para o Balanço Social, o Guia para Elaboração do
Balanço Social do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e o modelo preconizado pelo Instituto Ethos. (GRI 3.1, 3.9)
Alguns dados referentes a anos anteriores diferem de números publicados em relatórios passados, como decorrência de alterações
introduzidas pela Lei nº 11.638/07 ou por aperfeiçoamento de processos de mensuração. Essas mudanças são indicadas nos locais
pertinentes. (GRI 3.10, 3.11)
O critério de seleção das informações para a elaboração do documento baseou-se na análise de materialidade, na qual foram priorizadas
as relevâncias dos temas com relação às opções estratégicas da VCP, buscando retratar com fidelidade o seu desempenho. Foi utilizada
técnica de benchmarking, com modelos de referência nacionais e internacionais de relatórios, contando com o apoio da consultoria
KEYASSOCIADOS tanto na adaptação da estrutura do relatório como na organização de seu conteúdo. Todos os indicadores foram auditados
pela PricewaterhouseCoopers. (GRI 3.5, 3.13)
Este é o primeiro ano em que a Companhia publica o Relatório de Sustentabilidade com o nível A+, na metodologia GRI. A adoção desse
novo modelo reflete a motivação em aprimorar os relacionamentos com as diversas partes envolvidas, os processos de gestão e a prestação
de contas para analistas, investidores, sociedade e clientes. Este relatório aponta o interesse da Organização e seus esforços no sentido de
integrar a sustentabilidade à sua gestão. (GRI 3.7)
Seu processo de elaboração procurou primar pela participação interna. Foram formados grupos de trabalho com finalidades específicas e
de acordo com o foco do relatório: Atividades Anuais e Desempenho Operacional e Financeiro, Responsabilidade Social e Responsabilidade
Ambiental. Várias reuniões de interação foram realizadas com pessoas-chave, nos vários processos abordados pelo relatório, sendo definidos
coordenadores responsáveis pelos blocos formados por assuntos relevantes selecionados. O processo envolveu ainda entrevistas individuais e
específicas destinadas a esclarecer a importância do equilíbrio, da comparabilidade, da exatidão e da clareza das informações.
O relatório está dividido em três grandes capítulos: Estratégia, Gestão e Desempenho. Ao longo desses capítulos, o leitor poderá obter
informações sobre governança, estratégia, gestão e desempenho dos respectivos temas materiais identificados pela VCP. Procura-se, com isso,
permitir que a busca por informações seja mais objetiva e selecionar a leitura de acordo com as preferências de cada leitor.
A versão on-line desse relatório, incluindo as Demonstrações Financeiras, pode ser encontrada no site: www.vcp.com.br/Investidores
Solicitações de informações adicionais ou sugestões a respeito deste relatório podem ser enviadas para a área de Relações com Investidores
(e-mail: [email protected]). (GRI 3.4)
SOBRE O RELATóRIO
01.
MEnSAGEM DAADMInISTRAçãO
(GRI 1.1)
Demonstramos agilidade na análise, na tomada de decisão e em sua execução. Rapidamente, revisamos todos os projetos de investimento,
adequando os desembolsos a um cenário de liquidez mais restrita. A prioridade foi a conclusão das obras de uma nova fábrica de celulose,
o Projeto Horizonte, no Mato Grosso do Sul, que entrou em operação no final de março de 2009. Essa mesma razão nos levou a suspender
temporariamente os estudos de uma nova fábrica no Rio Grande do Sul, como parte do Projeto Losango.
nesse meio tempo, nos preparávamos para ganhar muito mais musculatura. Essa condição foi dada com a aquisição da Aracruz Celulose,
operação anunciada em agosto e concluída em janeiro de 2009. É a sequência de um movimento iniciado em 2001, quando passamos a
deter 28% do capital votante da empresa, e com o negócio, a VCP se transforma na maior produtora mundial de celulose, com capacidade de
5,8 milhões de toneladas anuais.
Com a partida do Projeto Horizonte e a integração com a Aracruz, passaremos a vivenciar as oportunidades e os desafios representados por
nosso novo porte global, especialmente por acumularmos a liderança em volume de produção e em competitividade de custos.
Essa conjugação de forças representa uma nova dimensão de criação de valor em toda cadeia de produção, que se traduz em maior confiança
dos clientes, flexibilidade para atuar com diversificação de produtos e alternativas logísticas, rede global de relacionamentos e disponibilidade
de recursos humanos e tecnológicos para o desenvolvimento. A qualidade dos talentos das duas empresas combinadas e a potencialidade
das sinergias a serem capturadas nos permitem olhar o futuro ainda com mais confiança. Mais um fato emblemático em relação ao futuro é a
decisão de migrarmos, oportunamente, para o novo Mercado da BM&FBovespa, como avanço nas práticas de governança.
Este é um cenário que torna mais próximo o alcance da Visão VCP 2020, de dobrar o valor da empresa. Claramente também é um momento
de cautela, de repensar investimentos e estratégias. Mas nosso objetivo é ousado e para alcançá-lo vamos precisar fazer ainda mais em 2009.
Temos a convicção de que contaremos novamente com o apoio de nossos acionistas, clientes, profissionais e parceiros na busca da superação
de resultados. nossa visão é de longo prazo, combinando desempenhos econômico, social e ambiental com o compromisso de criação de
valor para todos os nossos públicos.
josé RobeRto eRmíRio de moRaes _ PRESIDEnTE DO COnSELHO DE ADMInISTRAçãO
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O exercício de 2008 foi um momento de transição para a VCP. Além
de marcar nossos 20 anos de existência, demonstrou a consistência
estratégica de uma empresa que tem se preparado ao longo de sua
história para assumir posição de relevância no mercado mundial. A
maneira como enfrentamos os efeitos da crise econômica, deflagrada
no segundo semestre, demonstra claramente o engajamento em torno
de um objetivo comum: crescer de forma sustentável, sendo referência
no setor de celulose e papel.
MEnSAGEM DAPRESIDênCIA
02.
(GRI 1.1)
O que parecia desafiador no primeiro semestre, mesmo com a economia mundial a pleno vapor e as operações realizadas com sucesso
garantido, tornou-se uma tarefa ainda mais complexa após a crise que surgiu no centro financeiro do mundo – os Estados unidos – e abalou
a economia global. A lição de casa foi exaustiva, mas imbuídos de um espírito de cooperação mútua pudemos alcançar as metas traçadas
para o ano. Vendemos 1,2 milhão de toneladas de celulose, exatamente o volume projetado, e aumentamos a participação de papéis
especiais no mix total de receita, seguindo a estratégia de presença seletiva em papéis de alto valor agregado. Isso só foi possível graças à
uma gestão prudente, aliada à coerência de governança.
Com disciplina e de acordo com a demanda, revisamos nosso portfólio de investimentos, a partir da avaliação de que a crise financeira
continuaria representando impactos importantes no preço da celulose a curto prazo. Concentramos recursos na conclusão da unidade
Três Lagoas, que agrega uma capacidade anual de 1,3 milhão de toneladas – volume já negociado com nossos clientes para 2009.
Desde 2002, o setor brasileiro de celulose e papel vinha obtendo desempenhos extraordinários, graças ao aumento da demanda por fibra.
nesse ambiente, aproveitamos bem nosso potencial competitivo, com base em tecnologia e produtividade florestal, firmando-nos como
produtor de baixo custo e alta eficiência. Essas vantagens se mantêm, especialmente com a expectativa de manutenção de crescimento em
tissue (papéis sanitários), produtos em que a fibra do eucalipto apresenta melhor desempenho.
no campo da sustentabilidade três reconhecimentos, em especial, nos honraram em 2008, como indicativos do nosso compromisso
com a criação de valor sustentável. O primeiro foi a inclusão no Dow Jones Sustainability Index, índice que reúne empresas socialmente
responsáveis listadas na Bolsa de nova York. O segundo foi a confirmação de nossa permanência no Índice de Sustentabilidade Empresarial
(ISE) da BM&FBovespa, pelo quarto ano consecutivo. O terceiro é representado pela menção do Projeto Poupança Florestal em relatório do
Programa das nações unidas pelo Desenvolvimento (PnuD) como exemplo de ação do setor privado para reduzir a pobreza e estimular o
desenvolvimento humano.
Acreditamos que uma empresa sustentável é construída a partir da adoção de valores éticos e morais. Por isso, o respeito para com todos
os públicos vem em primeiro lugar e permeia nossas atividades. Em 20 anos de história, possibilitamos o desenvolvimento de milhares de
pessoas, por meio de programas de capacitação humana e geração de renda, tanto entre os profissionais como das comunidades com as
quais nos relacionamos.
no cenário incerto de 2009, atuaremos com importantes vantagens competitivas representadas pela aquisição da Aracruz, concretizada nos
primeiros dias do ano. A combinação das duas empresas permitirá captarmos sinergias avaliadas em R$ 4,5 bilhões a valor presente, com a
formação de uma líder mundial que adota um modelo diferenciado de governança e sustentabilidade.
josé LuCiano Penido _ DIRETOR-PRESIDEnTE
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Agilidade, austeridade e busca de eficiência foram palavras-chaves
no desempenho da VCP em 2008. Avançamos rapidamente em nosso
projeto de crescimento em celulose e foco em papéis de maior valor
agregado, mesmo em meio a um cenário de retração internacional de
preços de commodities e da grave crise financeira global.
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03.Ao adquirir o controle da Aracruz, concretizado no primeiro
trimestre de 2009, VCP criou a maior produtora de celulose
do mundo, com capacidade de 5,8 milhões de toneladas
anuais e participação de 12% no mercado global de celulose.
Atuação ecoeficiente levou ações da empresa a integrarem o
Dow Jones Sustainability Index e o ISE, da Bovespa.
Ao comemorar 20 anos de existência em
2008, a Votorantim Celulose e Papel S.A.
(VCP) preparou-se para assumir a posição
de maior produtora de celulose do mundo,
objetivo concretizado no primeiro trimestre
de 2009 ao adquirir o controle da Aracruz
Celulose S.A., empresa da qual já detinha
28% da participação acionária votante.
Com isso, a capacidade de produção
combinada das duas companhias chega
a 5,8 milhões de toneladas anuais, com
participação de 12% no mercado global de
celulose. (GRI 2.1)
no final de 2008, operava duas unidades
industriais em São Paulo: Jacareí (celulose
de mercado) e Piracicaba (papéis
especiais); uma fábrica em construção (em
Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, com
entrada em operação no final de março
de 2009); um consórcio de produção
de papel (Conpacel, em Americana, São
Paulo); três áreas florestais (São Paulo,
Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul);
um terminal portuário em Santos (SP); um
escritório corporativo em São Paulo (SP);
três escritórios de venda de celulose no
exterior – Zug (Suíça), Baltimore (EuA) e
Shangai (China); um Centro de Distribuição
em Campinas (SP), que começou a operar
no segundo semestre de 2008 e 19 filiais
KSR (distribuidora de papel). (GRI 2.3, 2.5)
A base florestal é representada por 596 mil
hectares, sendo 344 mil plantados, ou seja,
com área preservada acima do mínimo
legal. Das 1.592 mil toneladas (1.201 mil
toneladas de celulose e 391 mil toneladas
de papéis) negociadas em 2008, 60% do
total foi destinado às exportações para
clientes nos cinco continentes.
<< JuLIAnA – VIVEIRO DE CAPãO BOnITO – SP
PERFIL DA EMPRESA
A preocupação e o respeito pelo meio
ambiente estão implícitos em todas as
atividades da Companhia, do plantio à
colheita do eucalipto, passando pelos
processos de produção de celulose e
papel. Além da celulose branqueada de
eucalipto (celulose de mercado), destinada
especialmente a produtores de papel no
Brasil, nos Estados unidos, na Europa e
na Ásia, a VCP produz papéis couchés, offset, cut size, autocopiativos e térmicos,
comercializados com as marcas Image e
Starmax , Top Print e Printmax, Copimax e
Maxcote, Easycopy, Extracopy e Slipcopy,
Termocopy, Termolabel, Termoticket,
Termoloto, Termoscript e Termobank,
tendo como clientes principalmente
gráficas promocionais, editores e
distribuidores. (GRI 2.2, 2.7)
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Controlada pelo Grupo Votorantim – um
dos maiores conglomerados empresariais da
América Latina –, a VCP registrou, em 2008,
receita líquida de R$ 2.487 milhões, ativos
totais de R$ 11.464 milhões e prejuízo
líquido de R$ 1.312 milhões. (GRI 2.8)
Única empresa de capital aberto do Grupo,
a VCP negocia suas ações nas Bolsas de
Valores de São Paulo (BM&FBovespa) e
de nova Iorque (nYSE). Seus papéis estão
listados no nível 1 de Governança Corporativa
na bolsa paulista e integram o Índice de
Sustentabilidade Empresarial (ISE) desde
seu lançamento, em 2005. Além disso, em
2008, pela primeira vez, foi listada no Dow
Jones Sustainability Index, que seleciona
as empresas que apresentam melhor
desempenho em sustentabilidade em cada
setor da indústria no mundo. (GRI 2.6)
Com relação a mudanças significativas
ocorridas no período, dois fatos merecem
destaque: o cancelamento, em julho, de
2.784.091 ações preferenciais adquiridas dos
ex-controladores da Ripasa e a venda, em
agosto, do total de sua participação na joint venture Ahlstrom VCP Indústria de Papéis
Especiais S.A. para a empresa finlandesa
Ahlstrom Corporation, conforme estratégia
definida de reposicionamento do negócio e
foco na expansão em celulose. (GRI 2.9)
CaPaCidade de PRodução (31/12/2008) (GRi 2.8)
FlorestalÁrea total: 596 mil ha
Área plantada: 345 mil ha
Jacareí (SP)Área total: 167 mil ha
Área plantada: 97 mil ha
Conpacel (SP) – 50%Área total: 76 mil ha
Área plantada: 53 mil ha
Três Lagoas (MS)Área total: 227 mil ha
Área plantada: 138 mil ha
Rio Grande do SulÁrea total: 126 mil ha
Área plantada: 57 mil ha
Celulose de mercadoCapacidade total:
1.260 mil t (dez/08)2.700 mil t (2009) – com Horizonte
Jacareí (SP)1.100 mil toneladas
Conpacel (SP) – 50%Total: 325 mil t
Celulose de mercado: 160 mil t
Três Lagoas (MS)Celulose de mercado:
1.300 mil t (início em 2009)
PapelCapacidade total: 358 mil tPapel mercado: 328 mil t
Conpacel (SP) – 50%Papéis revestidos: 50 mil t
Papéis não revestidos: 145 mil t (+- 30 mil t para consumo próprio)
Piracicaba (SP)Térmicos/autocopiativos: 91 mil t
Papéis revestidos: 72 mil t
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GRuPo VotoRantim
Controlador da VCP, o Grupo Votorantim
completou 90 anos em 2008, mantendo-se
em constante evolução para se tornar um
dos maiores conglomerados empresariais
da América Latina. É o quarto maior grupo
privado do Brasil, de acordo com a revista
Valor Grandes Grupos-2008, do jornal Valor
Econômico, uma das mais importantes
publicações brasileiras diárias de economia
e finanças.
Concentra sua atuação em setores de base da
economia que demandam capital intensivo,
alta escala de produção e tecnologia de ponta,
como: cimento, mineração e metalurgia
(alumínio, níquel e zinco), siderurgia, celulose
e papel, suco concentrado de laranja e
LoCaLização
especialidades químicas. Atua também no
mercado financeiro, por meio do Banco
Votorantim, e em novos negócios, com
investimentos em empresas e projetos de
biotecnologia e tecnologia da informação.
Mantém operações próprias em cerca de 100
municípios brasileiros e em mais oito países
(Estados unidos, Canadá, Argentina, Chile,
Colômbia, Peru, Bolívia e China), além de
unidades comerciais e de logística na América
do norte, Europa, Ásia e Oceania, totalizando
sua presença em 17 países. Em 2008, registrou
receita líquida de R$ 35,0 bilhões, com
geração de caixa (EBITDA) de R$ 7,3 bilhões e
investimentos Capex de R$ 7,7 bilhões.
são Paulo
Piracicaba
JacareíPorto de Santos
ConpacelSão Paulo
Rio Grande do sul
Santa Maria Porto Alegre
Pinheiro MachadoPelotas
Rio GrandeBagé
mato Grosso do sul
Três Lagoas
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COMPROMISSOS VOLunTÁRIOS (GRI 4.12)
A busca pela eficiência e melhoria contínua
da gestão socioambiental é expressa pelos
compromissos assumidos pela VCP com
iniciativas sustentáveis e pelas práticas
alinhadas às certificações internacionais de
qualidade de gestão.
Pacto Global – Iniciativa da Organização
das nações unidas (Onu) que convida
empresas de todo o mundo à promoção
do crescimento dos negócios em harmonia
com o meio ambiente e a sociedade, de
acordo com dez princípios relacionados
a Direitos Humanos, Direito do Trabalho,
Meio Ambiente e Combate à Corrupção. O
Pacto Global é uma forma de as empresas
contribuírem na busca de uma economia
global mais sustentável e inclusiva, para
que os Oito Objetivos de Desenvolvimento
do Milênio possam ser atingidos até 2015.
Mais informações: www.pactoglobal.org.br/
Pacto empresarial pela integridade
e contra a Corrupção – Estabelece um
conjunto de diretrizes e procedimentos que
devem ser adotados no relacionamento
com os poderes públicos. Tem como base
a Convenção da Onu contra a Corrupção,
o 10º princípio do Pacto Global e as
diretrizes da Organização para Cooperação
e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Mais
informações: www.empresalimpa.org.br/
oprojeto.aspx
Pacto pela erradicação do trabalho
escravo – Articulado pelo Instituto Ethos,
Organização Internacional do Trabalho (OIT)
e OnG Repórter Brasil, mantém ferramentas
para que o setor empresarial e a sociedade
brasileira não comercializem produtos de
fornecedores que usam trabalho escravo.
Mais informações: http://www1.ethos.org.
br/EthosWeb/pt/399/o_instituto_ethos/o_
internethos/o_que_fazemos/politicas_
publicas/pacto_pelo_trabalho_decente/
pacto_nacional_pela_erradicacao_do_
trabalho_escravo.aspx
declaração internacional sobre
Produção mais Limpa – Formaliza o
compromisso com os seis princípios do
Programa das nações unidas para o Meio
Ambiente (PnuMA), agência responsável
por catalisar as ações globais no contexto
do desenvolvimento sustentável: Liderança;
Conscientização, Educação e Formação;
Integração; Pesquisa e Desenvolvimento;
Transparência e Implementação. Mais
informações: http://www.unido.org/index.
php?id=o5133
selo empresa amiga da Criança –
Concedido pela Fundação Abrinq, reconhece
empresas que realizam ações sociais para
público interno e comunidade e promovem
e divulgam os direitos da criança e do
adolescente no Brasil. Mais informações:
http://www.fundabrinq.org.br/portal/
alias__abrinq/lang__en-uS/tabID__112/
DesktopDefault.aspx
Certificação FsC – O Forest Stewardship
Council (Conselho de Manejo Florestal)
é uma organização não governamental
que certifica práticas sustentáveis de
manejo florestal. É hoje o selo verde mais
reconhecido em todo o mundo e seu
objetivo é difundir o uso racional da floresta,
garantindo sua existência a longo prazo.
O FSC desenvolve os princípios e critérios
universais para certificação; credencia
organizações certificadoras especializadas e
independentes e apoia o desenvolvimento
de padrões nacionais e regionais de manejo
florestal. Mais informações: www.fsc.org.br/
Lei sarbanes-oxley – Criada nos
Estados unidos em 2002 para assegurar
a confiabilidade das demonstrações
contábeis e financeiras das companhias
listadas nas bolsas de valores daquele país.
A certificação abrange todos os processos
críticos envolvidos na apuração e divulgação
de resultados econômico-financeiros da
empresa. Mais informações:
http://www.soxlaw.com/
iso 9.001, iso 14.001, oHsas 18.001 –
As certificações ISO 9.001 de gestão da
qualidade, ISO 14.001 de gestão ambiental
e OHSAS 18.001 de saúde e segurança no
trabalho são padrões internacionalmente
reconhecidos por estruturar os
sistemas de gestão e gerenciamento do
desempenho de uma organização a partir
do estabelecimento de padrões. Mais
informações: www.iso.org
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 11
Compromissos
• Pacto Global – 2007
• Pacto Empresarial pela
Integridade e Contra a
Corrupção – 2006
• Pacto pela Erradicação do
trabalho Escravo – 2005
• Declaração Internacional
sobre Produção Mais
limpa do PnuMA – 2005
• Selo Empresa Amiga
da Criança – 1999
Certificações
• Forest Stewardship
Council – 2005
• lei Sarbanes-Oxley – 2006
• ISO 9.001; ISO 14.001;
OHSAS 18.001
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VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200812
Digestor – Cozimento de cavaco a vapor – unidade Jacareí – SP
RECOnHECIMEnTOS, CERTIFICAçÕES E PREMIAçÕES (GRI 2.10)
índiCes de sustentabiLidade
A VCP passou a integrar em 2008 o Dow
Jones Sustainability Index World (DJSI), no
setor de papel e florestas, sendo reconhecida
como uma das oito empresas brasileiras em
excelência em gestão econômica, ambiental
e social. Pelo quarto ano consecutivo integra
também o Índice de Sustentabilidade
Empresarial (ISE), da BM&FBovespa.
O Dow Jones Sustainability Index World foi
lançado em 1999 como o primeiro indicador
de desempenho do mercado acionário que
reúne as principais empresas do mundo com
gestão orientada para a sustentabilidade.
Relaciona as companhias que, em cada
setor de atividade, apresentam melhor
desempenho nas questões ligadas à
sustentabilidade. A seleção tem por base
mais de 2,5 mil empresas, de 51 países e
57 setores de atividade, e considera, além
dos indicadores financeiros, aspectos como
transparência, relações com os investidores,
responsabilidade socioambiental e
qualidade da gestão.
Revisto anualmente, o DJSI de 2008 é
integrado por 320 empresas selecionadas
por uma consultoria suíça independente e
especializada em mercado de capitais (SAM
Group). Elas são classificadas como as mais
capazes de criar valor para os acionistas a
longo prazo, por meio de uma gestão dos
riscos associados a fatores econômicos,
ambientais e sociais.
Já o ISE é um referencial para os investimentos
socialmente responsáveis no mercado
brasileiro. Em sua quarta revisão, a carteira
reúne 38 ações de 30 das 394 empresas
com ações negociadas na Bolsa, totalizando
um valor de mercado de R$ 372 bilhões (ou
30,7% da capitalização total em dezembro
de 2008). O índice vigora de 1º de dezembro
de 2008 até 30 de novembro de 2009. O
processo de seleção é realizado em parceria
com o Centro de Estudos em Sustentabilidade
da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que avalia
aspectos econômico-financeiros, sociais,
ambientais, governança corporativa, gerais
básicos e natureza do produto. A VCP integra
o ISE desde a sua primeira carteira,
lançada em 2005.
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PRInCIPAIS RECOnHECIMEnTOS EM 2008
Prêmio motivo Cedente
Inclusão no relatório Creating Value for All: Strategies for Doing Business With the Poor (Criando Valor para Todos: Estratégias para Fazer negócios Com os Pobres)
Menção do Projeto Poupança Florestal como um dos destaques de ações empresariais que
possibilitam a inclusão dos menos favorecidos em seus processos produtivos.
Programa das nações unidas pelo Desenvolvimento (PnuD) – Organização das
nações unidas (Onu)
As Empresas Mais Admiradas da Carta Capital
Destaque do setor nos fatores: ética, qualidade de gestão, compromisso com RH
e comprometimento com o desenvolvimento sustentável.
Revista Carta Capital
DCI 2008 – As Empresas Mais Admiradas Eleita por empresários, executivos e economistas
como a mais admirada do setor de papel e celulose.Jornal Diário do Comércio e Indústria
As Empresas de Maior Prestígio do Brasil Escolhida pelos consumidores como a marca de
maior prestígio no setor de papel e celulose.Revista Época negócios
Prêmio Apex-Brasil de Excelência em Exportação Grande Empresa Exportadora, como destaque
entre as companhias que mais elevaram as suas exportações nos últimos anos.
APEX – BR Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos
CEO do Ano José Luciano Penido, diretor-presidente da VCP,
recebeu o Prêmio Latin American CEO Of The Year.RISI
Troféu Zélio
Apoio da empresa, pelo oitavo ano consecutivo, ao Salão Internacional do Humor de Piracicaba.
O troféu é uma criação do artista plástico e cartunista Zélio Alves Pinto.
Secretaria Municipal de Ação Cultural de Piracicaba
4ª Mostra de Ações Ambientais Ciesp Jacareí unidade Jacareí recebeu o prêmio na categoria
Ações Ambientais na Humanidade, com o Projeto nEA (núcleo de Educação Ambiental).
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) – Jacareí
Destaque da Rural Reconhecimento por fomentar e incentivar a agricultura familiar do Rio Grande do Sul por
meio do plantio consorciado. Sindicato Rural de Bagé
Destaque da ABTCP Reconhecimento nas categorias Fabricante de
Papéis Gráficos, Manejo Florestal Sustentável e Responsabilidade Social.
Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP)
Prêmio Top Vale 2008
Empresa mais lembrada por leitores e população das cidades de Jacareí, São José dos Campos e
Taubaté (região do Vale do Paraíba), nas categorias Meio Ambiente e Responsabilidade Social.
Jornal Vale Paraibano
Selo Criança e Adolescente – Qualidade e Trabalho com Responsabilidade Social
Reconhecimento pelo atendimento prestado à criança e adolescente de Piracicaba através do
“Programa Adolescente em Ação”OABSP - Piracicaba
Empresa CidadãEleita pelo 6º ano consecutivo empresa cidadã
do município de JacareíCâmara Municipal de Jacareí
Prêmio Abrasca de Criação de Valor Criação de valor ao acionista em 2007.
Categoria: Papel e Celulose. Associação Brasileira das
Companhias Abertas (Abrasca)
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200814
04.
Alinhada aos dez princípios do Pacto Global, a atuação
da VCP reflete o compromisso com a sustentabilidade
e tem por base o conceito de ecoeficiência e os
valores ética e respeito. Busca harmonizar a criação
de valor econômico, ambiental e social, em ações que
aprofundem o relacionamento com seus diversos públicos
e promovam melhorias no meio ambiente.
Visão estRatéGiCa da
sustentabiLidade (GRi 4.9)
A aspiração da VCP em sustentabilidade é
ser percebida como empresa que harmoniza
a criação de valor econômico, ambiental
e social. Essa aspiração está baseada na
busca constante pelo comprometimento
e envolvimento dos públicos de
relacionamento, reduzindo assim o risco do
negócio e ampliando as oportunidades em
responsabilidade corporativa.
Dentre os valores que permeiam a
VCP estão a ética e o respeito. A
Empresa acredita que para alcançar o
desenvolvimento sustentável é necessário
ir além da qualidade no que produz. O
engajamento e o compromisso com as
questões socioambientais são valores
imprescindíveis numa história de sucesso.
Por isso, investe em ações que visam
aprofundar o relacionamento com seus
diversos públicos e promover melhorias
no meio ambiente.
O conceito de ecoeficiência – produzir
mais com menos insumos e uso de
tecnologias mais limpas – é seguido à
risca por toda a Companhia, tendo como
objetivo comum a produção com base
em fontes renováveis. Por essa razão, foi
a primeira empresa brasileira a tornar-
se signatária em 2005 da Declaração
Internacional sobre a Produção Mais
Limpa, do Programa das nações unidas
para o Meio Ambiente (PnuMA).
<< SR. AnTônIO E DOnA EDnA – PROJETO COLMÉIAS
ESTRATÉGIA
na área florestal, além da certificação
internacional do Forest Stewardship
Council (Conselho de Manejo Florestal),
a VCP iniciou em 2008 um projeto de
certificação pelo Cerflor, que atesta,
no Brasil, a gestão sustentável dos
recursos florestais.
As atitudes da VCP alinham-se aos dez
princípios do Pacto Global, iniciativa
da Organização das nações unidas
(Onu) para mobilizar empresas de todo
o mundo a adotarem, em suas práticas
de negócios, valores fundamentais nas
áreas de Direitos Humanos, Relações de
Trabalho, Meio Ambiente e Combate à
Corrupção. no final de 2008, contava com
a adesão de 5.200 organizações.
VCP
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VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200816
estRatéGia de neGÓCios
A estratégia de crescimento da VCP
reflete a visão de futuro sobre o mercado
mundial de celulose e papel. A Companhia
reposicionou seus ativos a partir do final
de 2006, concentrando a atuação em
celulose, para melhorar suas vantagens
competitivas, consolidando-se como uma
das maiores e mais rentáveis empresas do
mundo, e em 2009 ganhou ainda maior
relevância com a aquisição do controle da
Aracruz Celulose.
na definição estratégica, foram
identificadas cinco macrotendências:
1. Transferência da indústria de celulose e
papel do Hemisfério norte para novas
geografias, com destaque para América
Latina (especialmente Brasil), Indonésia
e Rússia, pela disponibilidade de
matéria-prima de baixo custo;
2. Custos em ascensão;
3. Adição de novas capacidades dos líderes
de celulose aumenta a concentração e a
força relativa desse elo;
4. Impacto da mídia eletrônica na
demanda de papel. Apesar do declínio
nos países desenvolvidos, a demanda
de papel deve continuar crescendo nos
países emergentes;
5. uso alternativo de fibras.
Essas macrotendências, aliadas à evolução
favorável do custo operacional da
indústria, impactam positivamente sobre
os preços de celulose, o que indica um
futuro promissor para o setor de celulose.
Adicionalmente, estima-se que as maiores
taxas de crescimento de consumo de papel
devem se concentrar, nos próximos anos,
nos segmentos de embalagens e papéis
sanitários (tissue).
Esse movimento foi aprofundado em
2008, com reforço ao foco de crescimento
em celulose e atuação concentrada
em papéis de alto valor agregado. Foi
nessa direção que a empresa priorizou
80% dos investimentos de R$ 1,2 bilhão
realizados durante o ano. O maior volume
foi absorvido pelo Projeto Horizonte, em
Três Lagoas (MS), com expansão de área
florestal e construção de uma fábrica, com
capacidade de 1,3 milhão de toneladas.
Projeto Horizonte – no final de março
de 2009, entrou em operação a unidade
Três Lagoas, um investimento total de
aproximadamente R$ 3,9 bilhões, iniciado
em fevereiro de 2007. Será a maior fábrica
de celulose do País com uma única linha de
produção. Instalada em terreno com mais de 2
milhões de metros quadrados, a unidade será
autossuficiente em geração de energia, com
o uso de licor negro e biomassa proveniente
de resíduos florestais, além de manter baixo
consumo de água. A construção mobilizou um
contingente de 10 mil pessoas em seu pico e
envolveu modernos sistemas de segurança e
saúde. O empreendimento elevará em 300%
o Produto Interno Bruto (PIB) do município de
Três Lagoas e em 13,5% o PIB do Mato Grosso
do Sul. Deverá criar cerca de 30 mil postos de
trabalho diretos e indiretos na região.
Em virtude da crise econômica deflagrada
no final de 2008, a VCP suspendeu
iniciativas em fase de desenvolvimento.
A de maior amplitude era o Projeto
Losango, no Rio Grande do Sul. O
plantio da safra de 2008 foi concluído,
porém não será feito o cultivo de 2009.
Foi também adiada a decisão sobre a
construção de uma fábrica de celulose,
que estava em fase de licenciamento
ambiental e teria sua execução discutida
em 2009 pelo Conselho de Administração
da Companhia. O projeto original previa a
entrada em operação em 2011.
Informações sobre: Gestão – página 34 e Desempenho – página 69
InVESTIMEnTOS EM 2008 (R$ MILHÕES)
FLORESTAS
MAnuTEnçãO, T.I., OuTRAS
COnPACEL
PROJETOS DE EXPAnSãO
MODERnIZAçãO
InVESTIMEnTOS (R$ MILHÕES)
639 593 542674
1.189
2004 2005 2006 2007 2008
33%2%
5%
6%
54%
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 17
estRatéGia CLimÁtiCa
O tema mudanças climáticas é considerado
estratégico para a VCP, que investe
em uma matriz energética sustentável,
com recursos naturais renováveis (80%
originada da queima de biomassa e licor
negro), e vê vantagens competitivas
para negociação de créditos de carbono
(Protocolo de Quioto). (EC2 e En6)
As emissões de gases de efeito estufa (GEE)
são inventariadas desde 1998, abrangendo
todas as operações industriais e
florestais, e integram o Sistema de Gestão
Ambiental (SGA). O objetivo é identificar
oportunidades de desenvolvimento futuro
de projetos de captura de carbono, com
retornos significativos para a Empresa
e para o meio ambiente. A participação
no Carbon Disclosure Project (CDP),
desde 2005, impulsionou a avaliação da
possibilidade de configuração de projetos
de carbono de acordo com os critérios
da Bolsa de Chicago (Chicago Climate
Exchange – CCX).
A VCP identifica que a geração de créditos
de carbono poderá trazer oportunidades
de comercialização no âmbito do próprio
Grupo Votorantim e/ou através de câmaras
de comércio de emissões.
Instituições de pesquisa apoiam as ações
da VCP para obtenção de créditos de
carbono. Entre as parcerias para o estudo
de alternativas tecnológicas destaca-se
um projeto para quantificar os ciclos de
carbono em florestas naturais e plantadas
de reflorestamento (eucalipto), realizado
pela universidade de São Paulo (uSP).
Envolve especialistas de diversas áreas,
como biólogos, hidrólogos, engenheiros
florestais e meteorologistas.
unidade Florestal Extremo Sul
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200818
Em cenários adversos, como eventos
climáticos extremos e mudanças de uso da
terra com manejo inadequado, os impactos
podem ser previstos e os riscos, calculados.
Com isso, os estudos buscam apontar
quais métodos podem ser empregados
para que sejam atingidos conceitos como
integridade e sustentabilidade
do ecossistema.
Com o comprometimento de produzir
produtos com menores teores de gases
de efeito estufa a VCP, de forma pioneira
no setor de celulose e papel, calculou
sua “pegada de carbono” ou “carbon footprint”, confirmando por auditoria
independente o fornecimento de celulose
de mercado com a remoção de
3,69 t CO2eq/ tsa.
Informações sobre: Gestão Ambiental – página 36 e Desempenho Ambiental – página 81
estRatéGia soCiaL
Alinhada às demandas da estratégia
do negócio, a estratégia social da VCP
estabelece direcionamentos claros
no relacionamento da empresa com
colaboradores, comunidades das regiões
onde está presente e sociedade.
Com o apoio do Sistema de
Desenvolvimento Votorantim (SDV), busca
promover a constante disseminação dos
valores Votorantim; desenvolver uma
cultura direcionada à gestão de pessoas,
aliada à excelência das operações e ao
foco nos resultados e permitir o melhor
uso do capital humano.
no relacionamento com as comunidades,
procura compreender a realidade e a
demanda dos municípios, definindo as
prioridades de investimento social com
base em indicadores como o Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH), Índice
de Exclusão Social (IES), o Índice de
Desenvolvimento Infantil (IDI), entre
outros. A aplicação de recursos é orientada
para potencializar os resultados das ações
socioambientais, valorizando a cultura, as
necessidades locais e a sustentabilidade
dessas comunidades.
Informações sobre: Gestão Social– página 44 e Desempenho Social – página 88
A VCP estabeleceu um grande objetivo para o ano de 2020: atingir faturamento equivalente a uS$ 4 bilhões, com retorno de investimentos superior ao seu custo de capital. Para amparar a realização dessa meta, definiu uma Missão e uma Aspiração.
Ser referência como empresa de celulose e papel, criando oportunidades e diferenciais competitivos, gerando valor sustentado para os acionistas, alinhada ao Sistema de Gestão Votorantim.
Alcançar posição de relevância mundial em celulose de fibra curta, sustentar a liderança regional de papéis revestidos e especiais e participar do mercado de papéis reprográficos.
A VCP está alinhada aos Valores do Grupo Votorantim, expressos na sigla SEREu: Solidez, Ética, Respeito, Empreendedorismo e união.
A Solidez representa a busca pelo crescimento sustentável com a geração de valor, mesmo em ambientes com constantes e aceleradas mudanças.
A Ética aparece na atuação responsável e transparente nas ações, para que os resultados sejam sempre percebidos como contribuições para o bem comum.
O Respeito está na relação com os diversos públicos com os quais interage em seus produtos e serviços e na disposição para aprender com as pessoas.
O Empreendedorismo surge na ousadia de realizar, na competência de manter o que foi alcançado e na determinação de buscar novas oportunidades.
A união é expressa na percepção de uma identidade comum que integra pessoas, ações, relações, interesses e resultados, na qual o todo é mais forte.
A VCPPRInCÍPIOS, VALORES E MISSãO (GRI 4.8)
MISSãO
ASPIRAçãO
VALORES
OBJETIVO
19VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200820
PoLítiCas e PRÁtiCas
O Sistema Integrado de Gestão VCP segue
os critérios de excelência do Prêmio
nacional de Qualidade (PnQ) e é alinhado
ao Sistema de Gestão Votorantim (SGV),
que permeia todas as empresas do Grupo.
O modelo conjuga as melhores práticas de
todas as unidades, com foco na qualidade
e na redução de custos. Os objetivos são:
• Gerar resultados – Estabelecer, atingir
e manter as metas empresariais e
estratégicas, por meio da captura de
sinergias, multiplicação e busca contínua
das melhores práticas;
• Modelo integrado – Tomada de ações
interligadas e ordenadas visando
atender às necessidades de mercado
(stakeholders);
• Identidade única – Pela uniformização da
linguagem e da padronização de ações;
• Perenização do conhecimento –
Comprometimento dos profissionais
no desenvolvimento de uma cultura
direcionada à retenção do conhecimento
dos processos, gestão da inovação e
promoção da excelência empresarial.
O sistema de Gerenciamento Pelas
Diretrizes permite estabelecer e
acompanhar metas de desempenho em
diferentes frentes. O GPD é definido pela
diretoria e permeia todas as ações da
Empresa. Com base nele, são abertos
Planos de Ação ou Projetos PDCA (Plan,
Do, Check and Act, ou Planejar, Executar,
Checar e Agir), executados com o apoio
de metodologias como Seis Sigma (uso de
modelos estatísticos para atingir metas
desafiadoras); Balanced Scorecard (BSC),
com avaliação contínua de indicadores de
desempenho nas perspectivas financeira,
de mercado, interna e de aprendizado
e crescimento; GVA (Geração de Valor
Adicionado), que mede a capacidade de
agregação de riqueza para o acionista;
Business Intelligence, para a radiografia
completa dos negócios, Manutenção
Preventiva Total (TPM) e 5S, entre outras.
Emerson - profissional do Acabamento da VCP Piracicaba em trabalho na Rebobinadeira Cameron / Beazer 5
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 21
objetiVos e metas (GRi 1.2)
A VCP reposicionou seu portfólio nos
últimos anos. Seu foco, até 2020, é ser
uma empresa com 95% do seu negócio em
celulose e 5% em papel, com ênfase em
papéis especiais.
metas eConômiCas
As metas econômicas permanecem
inalteradas, como parte da Visão
VCP 2020:
• Atingir vendas de uS$ 4 bilhões;
• Produzir 6 milhões de toneladas de
celulose total (mercado e integrada);
• Comprometimento com disciplina
de investimento: retorno mínimo de
WACC+3% (Weighted Average Cost Of
Capital, ou custo médio ponderado
do capital).
metas ambientais
• Resíduos sólidos: zero de resíduos sólidos
para disposição em aterro industrial, a
partir de 2012, em todas as unidades
fabris da VCP;
• Ecoeficiência: Estender o Programa
de Ecoeficiência, já em andamento
com quatro clientes gráficos, para os
segmentos promocional e educacional,
atingindo 40 clientes até 2014.
metas soCiais
Com o objetivo de potencializar os
resultados sociais, obtendo maior sinergia
entre as diversas práticas desenvolvidas
para seus públicos de relacionamento, a
VCP atua orientada pela visão de futuro
e por políticas pautadas no compromisso
de desenvolvimento do País. Com base
nesses conceitos a VCP estabeleceu seus
principais desafios sociais em 2009:
• Estimular o debate e o reconhecimento
à prática da Responsabilidade Social na
comunidade ;
• Atuar com responsabilidade na geração
de emprego, capacitação e renda;
• Respeitar o compromisso com a
empregabilidade regional;
• Desenvolver o capital humano
da empresa.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200822
05.A gestão é profissionalizada e diferencia responsabilidades
dos gestores pelo desempenho dos negócios e atuação dos
acionistas, representados no Conselho de Administração.
O desempenho é direcionado por objetivos e metas
estabelecidos em reunião anual de planejamento estratégico,
que incluem aspectos econômicos, sociais e ambientais.
GoVeRnança CoRPoRatiVa
O modelo de governança corporativa
da VCP segue rigorosos princípios de
transparência e equidade. Desde 2001,
é listada no nível 1 de Governança
Corporativa da BM&FBovespa e, em
2006, foi certificada pela adequação às
normas da Lei Sarbanes-Oxley, aplicável a
companhias que negociam ações na nYSE.
A certificação é mantida até hoje.
A comunicação aberta e a divulgação
ampla de informações fazem parte de
sua cultura e estão presentes em todas
as unidades de negócio. Periodicamente,
os gestores da VCP reúnem-se para
avaliações de desempenho e discussões
de metas e estratégias, sendo os
resultados do ano apresentados por meio
do Relatório Anual de Sustentabilidade,
em versão impressa e eletrônica.
As boas práticas de governança, aliadas
a um modelo sólido de desenvolvimento
sustentável, levaram a VCP a ser
listada pela primeira vez no Dow Jones
Sustainability Index World (DJSI) pelo
quarto ano consecutivo no Índice de
Sustentabilidade Empresarial
(ISE BM&FBovespa).
Algumas práticas de governança
corporativa incluem mecanismos para
acionistas e empregados fazerem
recomendações ou orientações ao
Conselho de Administração e à Diretoria,
assim como demais públicos de
relacionamento. um canal é a Ouvidoria,
com acesso pela página da Companhia
na internet. Para acionistas e investidores,
é mantido um Manual para participação
em Assembleia, também disponível para
consulta pela internet. Outro canal é o
ombudsman de investidores, que recebe
<< JuLIAnE – ÁREA ADMInISTRATIVA – unIDADE FLORESTAL CAPãO BOnITO – SP
reclamações, sugestões e opiniões, além
de apurar ou encaminhar para apuração as
manifestações recebidas para que sejam
resolvidas e certificar-se que as demandas
cheguem aos responsáveis. Mais uma
prática relevante é a realização de
encontros periódicos dos funcionários com
a Diretoria e o presidente da Empresa, nos
quais são discutidos resultados e desafios.
(GRI 4.4)
A Companhia mantém políticas de
divulgação de fatos relevantes e de
negociação de ações, aplicáveis a todos
os profissionais com acesso a informações
que possam ser consideradas privilegiadas.
Elas estabelecem os processos de
comunicação com o mercado e as
restrições para as negociações com papéis
da VCP em determinados períodos.
VCP
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GESTãO
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200824
estRutuRa e FunCionamento
A VCP é uma sociedade anônima, de
controle acionário familiar, que mantém
como principais órgãos de governança o
Conselho de Administração e o Conselho
Fiscal. São adotadas normas nacionais
e internacionais de registros contábeis e
de manutenção de registro de empresa
aberta, tanto na Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) quanto na Security
Exchange Commission (SEC), nos
Estados unidos. (GRI 4.1)
Conselho de administração –
Responsável pela determinação das
estratégias da Organização, o Conselho
de Administração é integrado por cinco
membros, sendo quatro representantes da
família Ermírio de Moraes, que controla
100% das ações ordinárias da Companhia,
e o presidente da Diretoria Executiva (CEO).
não há conselheiros independentes. Os
conselheiros são eleitos por voto direto
na Assembleia Geral dos Acionistas, para
mandatos de dois anos, com possibilidade
de reeleição, e não são remunerados pela
função. O presidente do Conselho não
ocupa função executiva. Em abril/2009
houve uma eleição de novos membros para
o Conselho de Administração. (GRI 4.2,
4.3, 4.7)
Conheça o perfil dos integrantes do
Conselho de Administração no site:
http://www.vcp.com.br/Investidores/
GovernancaCorporativa/Pages/
ConselhoseComites.aspx
Aderbal e Marcos – CAT Engenharia de Manutencao – unidade Piracicaba – SP
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 25
diretoria executiva – A gestão é
profissionalizada, diferenciando a
atuação dos acionistas (representados
no Conselho de Administração) e as
responsabilidades dos gestores pelo
desempenho dos negócios. Composta
por um presidente (CEO) e seis diretores
(Comercial Celulose; negócio Papel; Supply
Chain e Estratégia; Técnica e Industrial;
Engenharia; Finanças e Relações com
Investidores e Desenvolvimento Humano e
Organizacional). São eleitos pelo Conselho
de Administração com mandato de um
ano, que pode ser renovado.
Conheça o perfil dos integrantes da
Diretoria Executiva no site: http://
www.vcp.com.br/Investidores/
GovernancaCorporativa/Pages/
ConselhoseComites.aspx
Conselho Fiscal/Comitê de auditoria – O
Conselho Fiscal reúne-se mensalmente e
desempenha também as atribuições de
um Comitê de Auditoria, para assegurar
que todos os controles sejam executados
adequadamente. É integrado por três
membros, sendo um representante de
acionistas minoritários, o segundo com
notórios conhecimentos de contabilidade
nos padrões brasileiros (BRGAAP) e o
terceiro especialista em contabilidade
norte-americana (uSGAAP). Reúne-se
mensalmente, e o mandato é de um
ano, com possibilidade de reeleição pela
Assembleia Geral, que também fixa sua
remuneração. (GRI 4.7)
Conheça o perfil dos integrantes
do Conselho Fiscal no site: http://
www.vcp.com.br/Investidores/
GovernancaCorporativa/Pages/
ConselhoseComites.aspx
Comitê de divulgação – Responsável pelo
processo de divulgação de informações,
atos e fatos relevantes da Companhia,
assegurando a ampla disseminação e a
qualidade das informações colocadas
à disposição do mercado, assim como
pela prática dos processos e controles de
divulgação. É integrado por representantes
das áreas de Relações com Investidores,
Controladoria, Jurídica, Tesouraria,
Comunicação e Planejamento Estratégico.
Comitê de investimentos – É
encarregado de avaliar a cada seis
meses o portfolio de projetos da
Empresa, organizados nas categorias
Expansão, Modernização, Pesquisa
e Desenvolvimento, Tecnologia da
Informação, Manutenção e Higiene,
Segurança, Meio Ambiente e Social. O
objetivo fundamental é racionalizar as
decisões de alocação de capital para
assegurar o cumprimento de metas no que
se refere a posicionamento estratégico,
competitividade, redução de riscos,
crescimento e retorno. É integrado pela
Diretoria, gerentes-gerais e área de Gestão
de Ativos e Riscos.
Comitê de sustentabilidade –
Responsável por assegurar que a
sustentabilidade integre a estratégia
empresarial e todos os seus processos
gerenciais. O Comitê é formado por
diretores e gerentes de diferentes
áreas da Empresa e representantes de
públicos estratégicos, compondo uma
equipe multidisciplinar de três a nove
membros efetivos, além de dois membros
permanentes (o diretor-presidente da VCP
e o gerente-geral de Sustentabilidade).
Comitê de inovação – Coordena o
programa de inovação, que contempla
projetos com foco no crescimento sustentável
do negócio, desenvolvimento de produtos
e soluções, aplicação no dia a dia de ideias
que contribuam para o crescimento e ganho
de eficiência das operações. É coordenado
pelo diretor de Desenvolvimento Humano e
Organizacional e integrado por gestores de
áreas de negócio. As unidades operacionais
também mantêm comitês.
Conduta – A Companhia mantém uma
política de divulgação de fatos relevantes
e um Código de Conduta a ser seguido
por todos os profissionais com acesso a
informações que possam ser consideradas
privilegiadas, além de estabelecer restrições
para as negociações com papéis da VCP em
determinados períodos. Todos os negócios
que envolvam relações comerciais entre
acionistas e seus familiares e empresas do
Grupo devem respeitar, rigorosamente, os
princípios de isenção e transparência, da
ética, da competitividade e da inexistência
de conflitos de interesse, razão pela qual
os acionistas e seus familiares não devem
desenvolver negócios ou atividades cuja
viabilização dependa exclusivamente do
Grupo, ou de suas empresas. As empresas
do Grupo devem adotar para com os
membros da família as mesmas regras
(divulgação, preço, forma de pagamento,
prazos contratuais, qualidade etc.)
estabelecidas no tratamento com terceiros.
(GRI 4.6, 4.8)
auditoria independente – O relacionamento
da VCP com os auditores segue os princípios
de independência, para eliminar o risco de
conflito de interesses. A auditoria externa é
escolhida pelo Conselho de Administração,
com consulta ao Conselho Fiscal/Comitê
de Auditoria. Em 2008, esse trabalho foi
executado pela PricewaterhouseCoopers
Auditores Independentes, para demonstrações
financeiras em moeda estrangeira, e pela Terco
GrantThornton Auditores Independentes, para
as demonstrações financeiras de acordo com a
legislação societária brasileira.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200826
aVaLiação de desemPenHo
O desempenho da Diretoria Executiva é avaliado periodicamente em uma reunião entre o
dirigente e o Conselho de Administração, que tem como objetivo analisar e alinhar os resultados
da Empresa, bem como a atuação pessoal do CEO. Essa avaliação é feita de acordo com os
objetivos e as metas estabelecidos com base no EBITDA Day – reunião anual de orçamento
e planejamento estratégico em que são estabelecidas metas quantitativas e qualitativas
direcionadoras da Companhia para o ano seguinte, que compõem o chamado Painel de Metas.
Além de aspectos econômicos, as metas incluem desempenho ambiental e social.
O CEO debate o Painel com os Conselheiros, dos quais recebe retorno sobre seu
desempenho, permitindo ajustes e adequações em sua conduta e nas diretrizes da Empresa.
Ao final do ano, o desempenho retratado no Painel de Metas é a base para a remuneração
variável do CEO e dos demais executivos da Empresa. Além disso, permite ao Conselho
de Administração acompanhar e avaliar as diretrizes propostas por seus membros para a
Companhia. (GRI 4.5, 4.9) A VCP ainda não conta com um processo formal de autoavaliação
do Conselho de Administração. (GRI 4.10)
estRutuRa oRGanizaCionaL
A VCP introduziu em dezembro de 2008 uma nova estrutura organizacional. Foram criadas
as diretorias de negócio Papel, Supply Chain e Estratégia e Técnica e Industrial, que
absorveram as antigas Diretorias Florestal e Logística Integrada e Operações Florestais. A
reestruturação teve o objetivo de proporcionar mais sinergia ao negócio, por ocasião da
partida do Projeto Horizonte em 2009.
Conselho de Administração
Presidência
Jurídico
Desenvolvimento Humando e
Organizacional
Finanças e Relações com Investidores
Comercial Celulose
negócio Papel, Supply Chain e
EstratégiaTécnica e Industrial Engenharia
Auditoria
Comitê de Auditoria
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 27
negócio Papel, supply Chain e
estratégia – Engloba negócio Papel
(responsável pelos setores de Papéis
Gráficos e KSR, Papéis Especiais, Logística
Papel, Operações Piracicaba, Sistema de
Informação, Performance e Conpacel);
Supply Chain (Suprimentos e Logística);
Operações Florestais; Planejamento
Estratégico e Sistemas de Gestão.
técnica e industrial – Engloba
Engenharia e Projeto Horizonte; Pesquisa
e Desenvolvimento; Operações Jacareí e
Três Lagoas; Desenvolvimento e Qualidade
Florestal, Meio Ambiente Industrial.
engenharia – Responsável por coordenar
todos os trabalhos de engenharia nas
etapas de desenho, contratação, construção,
comissionamento e partida de projetos.
Comercial Celulose – Responsável por todo
o processo de venda do produto. Desde 2007,
fica sediada em Zug, na Suíça, e tem o apoio
de escritórios em São Paulo (Brasil), Baltimore
(Estados unidos) e Shanghai (China).
Finanças e Relações com investidores
– Suas atribuições incluem as áreas de
Controladoria, Controladoria Internacional,
Relações com Investidores, Análise de
negócios, Contabilidade e Planejamento
Tributário, Tesouraria, Gestão de Ativos e
Riscos e Custos e Competitividade.
desenvolvimento Humano e
organizacional – Tem a responsabilidade
de atrair, desenvolver e motivar profissionais,
prover lideranças atuais e futuras com as
competências requeridas para a efetividade
operacional, promover a segurança e saúde
no trabalho e a qualidade de vida. Gerencia
as áreas de comunicação interna e externa,
coordena todos os programas de melhoria de
estrutura e da dinâmica organizacional e lidera
os processos de gestão do conhecimento, bem
como os programas de fomento à inovação
(processos, produtos e linhas de negócio).
GeRenCiamento de RisCos (GRi 1.2)
Para a VCP, risco é todo e qualquer
evento que a impeça de atingir seus
objetivos. Apesar de manter uma gerência
responsável pela gestão de riscos e
ativos, essa cultura está disseminada
por toda a Empresa. Cada funcionário,
independentemente do setor de atuação,
é responsável por identificar, modelar,
influenciar e disseminar a questão.
Essa consciência é criada a partir de
reuniões e apresentações sobre conceitos,
de forma a permitir que cada área possa
capacitar seus gestores de risco. Todo o
processo é supervisionado pela gerência
de Ativos e Riscos, que atua para auxiliar
na elaboração e validação dos planos
de mitigação/contingência. Além disso,
procura antecipar eventos que afetem
os objetivos estratégicos e operacionais
da Empresa e apoia as demais áreas
aportando conhecimento e tecnologia.
O modelo de gestão de riscos da
Companhia foi considerado benchmark
no processo de análise para a seleção
das empresas que integram o Dow Jones
Sustainability Index, um reconhecimento
especial a todos os envolvidos no processo
de gerenciamento de riscos da empresa.
um dos desafios da VCP é aprimorar
constantemente a eficiência dos processos
de gestão de riscos. Para isso, entende
que será preciso criar um modelo para
antecipação de eventos de risco e melhor
encadeamento das iniciativas de gestão
nessa área, de modo a sustentar essa
cultura e garantir sua perenidade.
Riscos financeiros – uma gestão de caixa
conservadora minimiza a exposição a riscos
financeiros. São contratados instrumentos
de proteção para reduzir o impacto da
desvalorização cambial sobre passivos
financeiros denominados em moedas
estrangeiras. Além do hedge natural
proporcionado pelas exportações, podem
ser realizadas operações de swap ou
adquiridos títulos indexados à variação do
dólar norte-americano, com determinação
de limites de posições e exposição, além de
monitoramento dos riscos envolvidos.
As aplicações financeiras ou contratos
de swap são efetuadas com instituições
de primeira linha para limitar o risco de
crédito, e a maioria das exportações é
segurada por seguros de crédito.
Para todos os processos com prováveis
desfechos desfavoráveis são constituídas
provisões, além de mantidas apólices de
seguro de equipamentos, instalações e
cobertura de responsabilidade civil.
Riscos operacionais – A manutenção
preventiva e preditiva dos equipamentos
minimiza o risco de paradas não-programadas
nas atividades industriais e florestais. O
processo inclui inspeções periódicas, testes
e avaliações, para assegurar a eficiência e
qualidade das operações. na área florestal,
são plantadas diferentes espécies de clones de
eucalipto para reduzir a possibilidade de perda
de áreas em decorrência de alguma praga
ou doença. Adicionalmente, um sistema de
alerta e brigadas são mantidos para prevenir e
controlar os riscos de incêndio.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200828
Riscos ambientais – Todos os processos
de produção florestal e industrial da
VCP são pautados por dois princípios,
ecoeficiência – produzir mais, com menos
– e precaução – a ausência de certeza
científica não deve ser utilizada como
razão para postergar medidas eficazes e
economicamente viáveis para prevenir a
ameaça de danos sérios ou irreversíveis
de degradação ambiental ou danos à
saúde humana. A Empresa gerencia todos
os aspectos ambientais envolvidos em
seus processos de produção industrial e
florestal, com o uso racional dos recursos
naturais, atividades de conscientização,
educação e treinamento; investimento
em infraestrutura e equipamentos,
manutenção, planos de emergência,
procedimentos documentados, rotinas
operacionais e exigências contratuais.
Além disso, a gestão sustentável é
atestada pelas certificações FSC (Forest
Stewardship Council) e ISO 14001.
(GRI 4.11)
Riscos de mercado – A Companhia
não tem qualquer poder de ingerência
sobre preços de commodities e insumos
ou sobre as oscilações de demanda. O
acompanhamento de tendências dos
mercados nacionais e internacionais
de papel e celulose permite monitorar
esses riscos para amparar decisões
sobre redirecionamentos da produção.
Adicionalmente, são mantidos
contratos de longo prazo com clientes e
fornecedores estratégicos.
Riscos tecnológicos – A adoção
das mais modernas tecnologias do
setor confere ganhos de eficiência e
segurança nas operações, minimizando
riscos operacionais e de impacto ao
meio ambiente. São mantidos sistemas
redundantes em tecnologia de informação
e um plano de contingência de TI, para
assegurar a execução dos negócios em
qualquer ambiente.
Riscos de imagem/reputação – A
VCP adota a política para gestão de
crises e comunicação elaborada pelo
Grupo Votorantim, que prevê planos de
contingência para diferentes situações
que possam representar impacto sobre
a imagem ou a reputação das empresas.
Além disso, a busca de diálogo e
relacionamento transparente com todas as
suas partes interessadas tem como objetivo
inserir as expectativas de diferentes
públicos em sua estratégia empresarial.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 29
Fernando, Renan, Benedito e Cecília em reunião na unidade Jacareí – SP
Conduta
A VCP segue um Código de Conduta
comum a todas as empresas do Grupo
Votorantim. Os negócios que envolvem
relações comerciais entre acionistas e
seus familiares e empresas do Grupo, seja
na qualidade de pessoas físicas ou por
meio de empresas das quais façam parte
direta ou indiretamente, devem respeitar
rigorosamente os princípios de isenção
e transparência, ética, competitividade e
inexistência de conflitos de interesse. Por
essa razão, os acionistas e seus familiares
não devem desenvolver negócios ou
atividades cuja viabilização dependa
exclusivamente do Grupo ou de suas
empresas. (GRI 4.6, 4.8)
O Código é um conjunto de normas
mediadoras entre o jeito de ser e o jeito
de agir. nele estão descritos os princípios
que orientam o relacionamento do Grupo
com os principais públicos envolvidos
em sua atuação: empregados, clientes,
fornecedores, comunidades e governo,
entre outros.
As empresas do Grupo devem adotar para
com os membros da família as mesmas
regras (divulgação, preço, forma de
pagamento, prazos contratuais, qualidade
etc.) fixadas no tratamento com terceiros.
Cabe às pessoas ou empresas interessadas
em desenvolver relacionamentos de ordem
comercial com o Grupo, informar eventual
ocorrência de vínculos familiares, pois
as transações revistas nesse contexto
necessitarão da aprovação prévia do
Conselho Executivo do Grupo.
Combate à CoRRuPção
um dos itens do Código de Conduta diz
respeito ao combate à corrupção. As
medidas anticorrupção são aplicáveis a
100% das unidades e todos os profissionais,
no ato da integração, recebem cópia do
Código. O protocolo de recebimento,
assinado, fica arquivado no prontuário
de cada empregado. no ano, todos os
profissionais receberam treinamento sobre o
tema. (GRI SO2, GRI SO3)
Desde 2006, com a certificação SOX,
esse item é avaliado por uma auditoria
independente (PricewaterhouseCoopers), na
matriz de Entity Level Control. Além disso,
todos os meses são realizadas reuniões nas
unidades fabris com lista de presença, ata
e participação de pelo menos um diretor,
nas quais um tema do Código de Conduta é
apresentado pelo responsável da unidade.
não há registros na Ouvidoria de casos de
corrupção durante o ano. não há ações
judiciais relativas a corrupção. (GRI SO4)
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200830
PoLítiCas PúbLiCas
A VCP participa de diferentes fóruns,
associações e outros grupos que envolvem
entidades de diversos setores. O objetivo
é tomar parte na elaboração de políticas
públicas para a preservação e restauração
do meio ambiente e criação de condições
de desenvolvimento das comunidades das
localidades em que atua. (GRI 4.13)
no fórum da Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel (ABTCP), por exemplo,
participa como membro da Comissão de
Meio Ambiente, que tem como objetivo
a discussão de temas sobre mudanças
climáticas, projetos de carbono, conservação
de energia, resíduos sólidos, recursos hídricos
e produção mais limpa, entre outros.
na Associação Brasileira de Celulose e
Papel (Bracelpa), integra o Comitê de
Sustentabilidade e o Comitê de Comunicação,
com destaque para discussões sobre o
papel das empresas e sua responsabilidade
social corporativa, proteção ambiental e
posicionamento quanto às reduções de
Gases Efeito Estufa.
Outra participação importante ocorre no
Comitês de Bacias Hidrográficas, cuja idéia
central é o de estimular projetos que tragam
benefícios e melhorias da qualidade ambiental
da própria Bacia. Os resultados deste trabalho
vêem trazando ganhos importantes para áreas
de interesse público como saneamento básico,
prevenção da poluição e educação ambiental.
Desde o início da legislação aplicável nossa
empresa vem cumprindo seu papel de usuária
e pagadora pelo uso da água, participando
ativamente dos Comitês e contribuindo para
melhor divulgar os benefícios de aderir ao
pagamento com a responsabilidade de ver
os recursos aplicados na Bacia. Esses comitês
também fiscalizam a aplicação dos recursos
financeiros arrecadados pela Agência nacional
de Águas, com destaque aos projetos de
saneamento básico, recuperação de matas
ciliares, biodiversidade e conservação de
energia. (GRI SO5)
entidades do setor
• Associação Brasileira dos Produtores de
Celulose e Papel (Bracelpa)
• Associação Brasileira Técnica de Celulose
e Papel (ABTCP)
• Fundo de Desenvolvimento Florestal de
São Paulo
• Instituto de Pesquisa e Estudos Florestais
(Ipef)
• Sociedade de Investigações Florestais
(SIF)
• Associação Brasileira de Produtores de
Florestas Plantadas (Abraf)
• Associação Gaúcha de Empresas
Florestais (Ageflor)
• Associação Sul-Mato-Grossense de
Produtores e Consumidores de Florestas
Plantadas (Reflore)
• Associação Brasileira da Indústria de
Formulários (Abraform)
• Associação Brasileira da Indústria Gráfica
(Abigraf)
• Associação Brasileira de Tecnologia
Gráfica (ABTG)
• Associação nacional dos Distribuidores
de Papel (Andipa)
• Associação nacional dos Profissionais de
Venda em Celulose, Papel e Derivados
(Anave)
• Associação Brasileira das Indústrias de
Etiquetas Adesivas (Abiea)
• Associação Brasileira de Automação
Comercial (Afrac)
• Federação das Indústrias do Estado de
São Paulo (Fiesp)
• Federação das Indústrias do Estado do
Rio Grande do Sul (Fiergs)
• CEBDS
entidades sociais e ambientais
• Instituto Ethos de Empresas e
Responsabilidade Social
• Grupo Referencial de Empresas
Sustentáveis (GRES/Ethos)
• Instituto Akatu pelo Consumo Consciente
• Conselho Brasileiro de Manejo Florestal (Brasil)
• Forest Stewardship Council
(FSC)
• Global Report Initiative (GRI)
• The Forest Dialog/ WBCSD World Business
Council for Sustainable Development
• Carbon Development Program (CDP)
• PnuMA/Onu
• Conselho do núcleo Santa Virgínia do
Parque Estadual da Serra do Mar
• Conselho da Floresta nacional de Lorena
• Conselho da Floresta nacional de
Capão Bonito
• Conselho nacional do Meio Ambiente
(Conama) – Câmara Técnica
Comitês de bacias hidrográficas
• Ceivap – Comitê Federal da Bacia do
Paraíba do Sul
• Comitê para Integração da Bacia
Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul
• Comitê Estadual do Paraíba do Sul (CBH-PS)
• Comitê da Bacia Hidrográfica dos rios
Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ)
universidades
• núcleo de Extensão da Esalq – nace/
Esalq – uSP – parceira em projeto sobre
agrossilvicultura e gestão participativa da
área rural em Joanópolis
• unESP – Faculdade de Engenharia de
Guaratinguetá
• unESP – BOTuCATu
• núcleo de Arqueologia da universidade
Braz Cubas
• FAEnQuIL – uSP
• unITAu
• uFV (Viçosa)
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 31
ORIGEM DOS FORnECEDORES
(% DO TOTAL DAS COMPRAS)
73,8%
21,5%
4,7%
SãO PAuLO
MATO GROSSO DO SuL
OuTROS ESTADOS
PoLítiCa e PRÁtiCas Com
FoRneCedoRes
A VCP desenvolve uma série de ações
que visam ao fortalecimento das relações
com fornecedores. uma delas é o Projeto
Aliança, criado para aproximar ainda mais
os parceiros de negócios. Os fornecedores
são convidados a participar do processo de
produção, dos projetos de expansão e da
resolução de problemas do cotidiano da
Companhia, de forma a estreitar os laços
de confiança entre as partes e permitir o
desenvolvimento de soluções de sucesso.
Fornecedores locais representaram 78,5%
do total de compras e contratações
realizadas pela Empresa em 2008,
considerados como tais aqueles localizados
no mesmo estado em que está instalada
uma unidade fabril (SP e MS). (GRI EC6)
Os contratos são estabelecidos por meio
de processo de homologação, que consiste
na avaliação de diversos aspectos: saúde e
segurança no trabalho, jurídico, comercial,
técnico, responsabilidade ambiental,
responsabilidade social corporativa e
financeiro. O fornecedor é reprovado caso
não obtenha nota mínima em alguma das
avaliações ou não atinja 70% no
cálculo ponderado.
O indicador de homologação (em %) é
calculado sobre a base de fornecedores
estratégicos, que são aqueles de quem a
VCP efetua compras acima de
R$ 1 milhão/ano, fornecedores de serviços,
de listas técnicas (que interferem no
produto final) e de logística internacional,
além de receptores de resíduos. O processo
é válido por dois anos, acompanhado de
uma avaliação periódica a cada três meses,
o que permite propor um novo plano de
ação caso o desempenho não
esteja satisfatório.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200832
A base de fornecedores é variável ao longo dos anos (777, 1.272 e 1.006 respectivamente
em 2006, 2007 e 2008). Em 2008, o critério adotado considerou a média e não somente
o valor pontual. Ao longo dos anos, o processo evolui com critérios mais rígidos. A
homologação é auditada com base nas normas ISO 9000 e ISO 14001.
Com a aplicação do programa de desenvolvimento de fornecedores, realizado com o Instituto
Euvaldo Lodi (IEL), as compras no Mato Grosso do Sul, que em 2007 representavam 0,17% do
total da VCP, passaram a equivaler a 4,7% em 2008. no estado, há um projeto de qualificação de
fornecedores locais conduzido pela VCP em conjunto com o Serviço nacional da Indústria (Senai).
2006 2007 2008
Valor total 1.896.289 2.071.083 2.275.286
Fornecedores de São Paulo 1.581.282 1.817.164 1.678.769
% fornecedores São Paulo 83,0 88,0 73,8
Fornecedores de Mato Grosso do Sul não apurado 3.467 106.762
% fornecedores de Mato Grosso do Sul não apurado 0,2 4,7
Fornecedores de outros estados 315.007 250.452 489.755
% fornecedores de outros estados 17 12 22
2006 2007 2008
número de contratos 87.101 45.709 60.819
Volume financeiro (R$ milhões) 1.896 2.071 2.275
Contratos que incluíram critérios ou avaliação de direitos humanos
85% 83% 91%
Contratos recusados, que exigiram condições de desempenho ou submetidos a avaliações referentes a direitos humanos
2% 4% 17%
GASTOS COM FORnECEDORES – R$ MIL (GRI EC6)
GASTOS COM FORnECEDORES – R$ MILHÕES (GRI EC6)
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 33
Contratos com parceiros de negócios
são acompanhados pelo Código de
Ética da VCP, que rechaça práticas
discriminatórias e trabalho escravo ou
infantil. Em 2008, foram recusados
17% de 61 mil contratos avaliados, por
não atenderem aos requisitos de direitos
humanos, fiscais e trabalhistas.
tRabaLHo inFantiL ou FoRçado
A VCP adota diversas medidas para mitigar
o risco de contratação de trabalho infantil
ou de manutenção de trabalho forçado
nas atividades industriais e florestais,
como Minuta Contratual e Avaliação
de Responsabilidade Social. Todos os
contratos firmados com fornecedores
e demais parceiros de negócios são
acompanhados do Código de Ética da
Empresa, que rechaça qualquer prática
discriminatória ou em desacordo com a
legislação vigente. O documento traz ainda
cláusula específica sobre a proteção ao
trabalho, rejeitando o trabalho escravo
e exigindo que sejam cumpridas as
legislações trabalhista e previdenciária,
além de observações aos diretos humanos.
Além disso, a Empresa é signatária do
Pacto de Erradicação do Trabalho Escravo.
(GRI HR1, HR6, HR7)
Em 2008, foram avaliados 60.819
contratos de fornecedores, perfazendo um
montante financeiro de R$ 2,3 bilhões.
Desse total, 91% incluíram critérios de
avaliação de direitos humanos, sendo que
17% foram recusados por não atenderem
aos requisitos. (GRI HR2)
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200834
GESTãO ECOnôMICA na gestão do caixa e dos riscos financeiros,
a VCP utiliza instrumentos derivativos
para proteger o fluxo de caixa futuro de
oscilações cambiais através de política que
permite realizar contratos dessa natureza
até o valor nocional (capital de referência
em contratos de permuta) de 80% do
fluxo de caixa livre operacional em dólares
(geração de caixa em moeda estrangeira
após o pagamento dos custos e despesas
na mesma moeda).
Em momentos de significativa
desvalorização do real, esses contratos
permitem manter um fluxo de
recebimentos suficiente para cobrir
obrigações. um eventual efeito positivo da
variação do câmbio compensa as despesas
decorrentes dos derivativos, não existindo
caráter especulativo nessas operações.
Os derivativos têm seus vencimentos
distribuídos ao longo do tempo. As regras
contábeis, entretanto, determinam que
seus valores sejam marcados a mercado no
fechamento do período, refletindo assim, o
valor (positivo ou negativo) do instrumento
naquela data, muito embora não haja
necessidade de liquidação imediata
(recebimento ou desembolso de caixa).
Os derivativos contratados pela VCP não
sofrem chamada de margem e o ajuste
de caixa só é observado no vencimento
do contrato. De forma alinhada à política,
no final de 2008, esses intrumentos
representavam volume nocional líquido
equivalente a 17% do fluxo de caixa
operacional em dólar. no acumulado do
ano, a despesa líquida da marcação a
mercado acumulou R$ 335 milhões. O
efeito caixa foi negativo em
R$ 121 milhões. A contrapartida dessas
operações foi observada no aumento
da receita decorrente da desvalorização
cambial, em razão dos melhores preços de
celulose e dos papéis exportados.
Por sua característica exportadora
(aproximadamente 60% das receitas
indexadas ao dólar), a Companhia
também mantém a maior parte do seu
endividamento bancário indexado ao dólar
americano. Dessa forma, assegurar uma
proteção natural (hedge) à exposição da
dívida, com recebimentos e obrigações
na mesma moeda. Adicionalmente, como
parte da estratégia de proteção, no final
de 2008, também possuía cerca de
uS$ 92 milhões em aplicações
indexadas ao dólar.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 35
VCP + aRaCRuz
no mês de janeiro de 2009, a VCP
anunciou a conclusão da compra do
controle acionário da Aracruz Celulose
S/A, configurando a criação da maior
empresa de celulose do mundo. As famílias
Lorentzen, Almeida Braga e Moreira
Salles venderam sua participação de
aproximadamente 28% no capital votante
da Aracruz, assim como o Grupo Safra,
detentor de outros 28% de ações com
direito a voto da empresa, e cada um dos
grupos receberá R$ 2,7 bilhões, em valor
nominal, pagos em seis parcelas até julho
de 2011. Com a negociação, o Grupo
Votorantim e o BnDES, passam a formar o
novo bloco de controle da companhia.
A operação envolve uma reestruturação
societária que contará com diversas etapas
até a sua conclusão, culminando com a
incorporação de Aracruz por VCP em uma
nova companhia que terá capacidade
produtiva de 5,8 milhões de toneladas/
ano, mais de 1 milhão de hectares em áreas
manejadas, sendo 40% de preservação, cerca
de 15 mil funcionários (diretos e terceirizados)
e aproximadamente R$ 7 bilhões em receita
líquida anual. Do ponto de vista de ganhos
de eficiência, e de mercado, dentre outros,
estudos preliminares indicam que a operação
deve gerar uma captura de sinergias da
ordem de R$ 4,5 bilhões.
Pilar da VCP desde a sua criação,
em abril de 1988, a sustentabilidade
também continuará como eixo central do
negócio. A VCP é integrante do Índice
de Sustentabilidade Empresarial da
Bovespa, signatária do Pacto Global da
Onu e também integrante do Índice de
Sustentabilidade Dow Jones. Tanto Aracruz
como VCP também se destacam pelo
manejo certificado de suas florestas. Com
a fusão entre as empresas, essas práticas
ganharão relevância e contribuirão para
a formação de uma nova companhia,
referência também em sustentabilidade e
ecoeficiência, garantindo processos mais
limpos e melhorando a qualidade de vida
das comunidades onde atua.
Para os dois sócios que farão parte do
bloco de controle da nova empresa, a
operação é a maturação de um projeto
de longo prazo, pois desde o fim dos
anos 1980, quando criou a VCP, o Grupo
Votorantim tem o setor de celulose como
foco e parte de seu core business, sendo
natural a sua busca pela consolidação no
setor em uma grande operação global.
O BnDES, por sua vez, participou da
criação e desenvolvimento das principais
empresas de celulose e papel do país. É
acionista da Aracruz desde a criação da
empresa, em 1967, e da VCP, desde 1988,
contribuindo para a inserção do País num
mercado altamente competitivo e no qual
o Brasil sempre teve potencial de figurar
como referência.
Informações sobre: Estratégia de negócios – página 16 e Desempenho Econômico – página 69
unidade Florestal do Vale do Paraíba – SP
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200836
GESTãO AMBIEnTALEm sua gestão ambiental, a VCP
desenvolve iniciativas que buscam o
equilíbrio dos impactos provocados
por suas atividades no meio ambiente.
Para isso, adota programas que visam
à conservação da biodiversidade e a
ecoeficiência, desenvolvendo políticas
e práticas ambientais aplicadas ao seu
processo produtivo.
eCoeFiCiÊnCia
Política e práticas ambientais
As atividades industriais e florestais são
realizadas sob os mais rigorosos critérios
de ecoeficiência, alinhadas aos princípios
da sustentabilidade. O uso consciente
dos recursos naturais e o respeito às
comunidades de seu entorno sempre fizeram
parte da história da Empresa em seus 20
anos de existência e são fatores primordiais
para executar o programa P+L (Produção
Mais Limpa) nas unidades industriais.
Toda madeira utilizada nos processos
produtivos é oriunda de florestas plantadas
exclusivamente para esse fim. Além disso,
grande parte das florestas próprias são
certificadas pelo Forest Stewardship Council
(FSC – Conselho de Manejo Florestal), que
garante o correto manejo, contribuindo para
o desenvolvimento sustentável.
Para incentivar as boas práticas
ambientais, os melhores projetos de cada
unidade recebem o reconhecimento da
VCP. Em 2008, foi premiado um projeto de
Jacareí, que tem como objetivo o aumento
da densidade básica da madeira e a
redução do consumo específico com maior
produtividade. Como parte da política
ambiental, a Companhia procura planejar
suas operações visando à melhoria de seus
processos atrelada à redução de impactos
ambientais negativos e à ampliação dos
efeitos positivos. (GRI En14)
A VCP desenvolve várias iniciativas
para mitigar os impactos ambientais de
produtos e serviços em suas unidades,
englobando ações para otimização do
consumo de insumos, redução do descarte
de resíduos industriais e melhoria da
eficiência energética. (GRI En6)
ECOEFICIênCIACompromisso Votorantim com o equilíbrio dos cinco elementos fundamentais para a vida:• Água: consumo menor que 30m³/tsa;• Ar: redução das emissões que causam o aquecimento global e o efeito estufa;• Energia: utilização de recursos naturais renováveis;• Terra: 38% da área preservada e gerenciamento integrado de resíduos sólidos;• Pessoas: desenvolvimento de profissionais considerando principalmente os
aspectos dos direitos humanos e a promoção da diversidade.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 37
InICIATIVAS DE MITIGAçãO DE IMPACTO (GRI En6, En10 e En26)
Água energia materiais
Área industrial
Ações para otimizar o consumo e reduzir os impactos do descarte
• Segregação de água para reutilização na fábrica (índice de 48%
em Piracicaba e 81% em Jacareí);
• Exposições e palestras de conscientização para o uso racional
da água;
• Participação nas Câmaras Técnicas de uso e conservação da água na
indústria do Comitê da Bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ),
em Piracicaba, e do Comitê da Bacia do Rio Paraíba do Sul
(CBH-PS/Ceivap), em Jacareí.
• Trabalhos de melhoria de eficiência energética na unidade,
conforme indicador En5;
• Reuniões frequentes da Comissão Interna de
Consumo de Energia (Cice).
• Trabalhos para redução do consumo de matérias-primas;
• Desenvolvimento de matérias-primas com
menor impacto ambiental.
Descartes Efluentes da ETE. Perdas energéticas.Refugo, resíduo efluente
com matéria-prima.
Área florestal
Ações para otimizar o consumo
• Controle de vazão;
• Meta de redução de consumo nos pontos mais críticos (viveiros) – GPD viveiro;
• Conceito de reúso integral de água do viveiro RS.
• utilização preferencialmente de lâmpadas fluorescentes
• Monitoramento da qualidade dos plantios;
• Recomendações da P&D.
Descartes• Efluentes das quadras e
estufas dos viveiros;
• Efluentes dos lavadores.
• Lâmpadas fluorescentes e comuns.
• Embalagens de adubos, agrotóxicos e lubrificantes.
Ações para reduzir os impactos do descarte
• Monitoramento físico-químico do efluente (laudos nos escritórios de
meio ambiente e viveiros);
• Manutenção preventiva dos equipamentos (conforme
programação da área);
• Conceito de reúso integral de água do viveiro RS;
• Palestras informativas e projetos específicos de
conscientização e sensibilização.
• Homologação e avaliação ambiental do receptor de resíduos;
• Orientação aos usuários sobre o correto armazenamento
(treinamentos de integração e reciclagem, conforme lista de
presença com DHO, gestores e escritório de meio ambiente);
• Segregação dos resíduos;
• Palestras informativas e projetos específicos de
conscientização e sensibilização.
• Homologação e avaliação ambiental do receptor de resíduos;
• Orientação aos usuários sobre o correto armazenamento
(treinamentos de integração e reciclagem, conforme lista de
presença com DHO, gestores e escritório de meio ambiente);
• Segregação dos resíduos;
• Substituição de caixas plásticas por caixas de papelão para o envio
de mudas ao campo (RS);
• Palestras informativas e projetos específicos de
conscientização e sensibilização.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200838
iniciativa impacto
Construção ou uso de fábricas, minas e infraestrutura de transporte
não houve
Poluição
Fumaça preta do transporte de madeira;
contaminação do solo por vazamento/derramamento de óleos;
ruído do transporte de madeira (comunidade do entorno) e lançamento de efluentes dos separadores e viveiros.
Introdução de espécies invasoras, organismos nocivos e agentes patogênicos
não houve.
Conversão de habitat Impacto positivo: pastagem em eucaliptocultura e/ou área de conservação.
Mudanças em processos ecológicos fora do nível natural de variação
Evolução na estrutura sucessional das florestas nativas, restauração das APPs e retirada das espécies exóticas (pinus) em Capão Bonito.
Espécies afetadasna fauna pelo aumento durante a vida dos plantios florestais (positivo) e
redução parcial no pós-corte (negativo).
Extensão das áreas impactadas
O impacto em relação à fauna e à paisagem pode ser positivo ou negativo, dependendo da área que será colhida durante o ano, de acordo com o Plano Anual de Colheita (PAC). São positivas as fases de crescimento
e manutenção do plantio (estrutura florestal), enquanto o pós-colheita (área aberta) pode representar impacto negativo. Em 2008, foram colhidos 11.989 hectares de florestas e plantados 50.713 hectares.
Duração dos impactos Positivo – aproximadamente durante 7 anos; negativo – aproximadamente 1,5 ano.
Reversibilidade ou irreversibilidade dos impactosReversíveis em razão das etapas de reforma florestal (plantio pós-colheita) e condução florestal
(regeneração da cepa do eucalipto). A reforma do plantio possibilita ações de manejo da paisagem, criando mosaicos e conexões entre áreas florestadas.
IMPACTOS DIRETOS E InDIRETOS (GRI En12)
eCoeFiCiÊnCia oPeRaCionaL
A VCP desenvolve várias iniciativas para
ampliar a eficiência de suas operações,
reduzir o consumo de materiais e insumos
e mitigar os impactos ambientais de
produtos e serviços em suas unidades
industriais e florestais.
O Grupo de Trabalho de Energia, por
exemplo, analisa todas as ações e os
procedimentos adotados durante um
determinado período. A partir dessa
avaliação, traça estratégias, metas e planos
de ação para todas as unidades fabris.
Anualmente, a VCP vem reduzindo o
consumo de água bruta em seus processos
industriais. Tal resultado é consequência
de um esforço conjunto das unidades,
o que permitiu índices de reciclagem
e reutilização que chegam a 45% em
Piracicaba e 81% em Jacareí.
Desde 1999, a VCP mede suas emissões
de Gases de Efeito Estufa (GEE). Ao longo
desse tempo, vem investindo em uma
matriz energética baseada em combustíveis
renováveis, como o licor negro e a casca
ou cavaco de madeira, para uso industrial
em suas caldeiras. (GRI En18)
O Sistema de Gestão Ambiental monitora
os aspectos do transporte de produtos,
identificando os impactos provocados por
emissões atmosféricas e poluição sonora.
Periodicamente, são feitas inspeções
nos veículos e adotados programas para
conscientização dos motoristas e das
transportadoras contratadas. (GRI En29)
no ano, foram investidos R$ 57,4 milhões
em projetos ambientais, sendo
R$ 28,4 milhões em investimentos e
R$ 23,5 milhões em custeio. O valor
consolidado foi 48,6% superior aos
recursos destinados em 2007.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 39
Consumo de mateRiais,
eneRGia e ÁGua
mateRiais
Como parte do conceito 4R (Repensar,
Reduzir, Reutilizar e Reciclar), a VCP
desenvolve ações para otimizar a utilização
de insumos, em especial para reduzir o
consumo de produtos químicos.
na unidade Jacareí foi possível diminuir,
em 14%, o uso de ácido sulfúrico; em
13%, dióxido de cloro; em 7%, soda
cáustica e, em 3%, o peróxido de
hidrogênio durante o ano de 2008.
A unidade Piracicaba consumiu mais
aparas de papel de 2006 a 2008, a partir
da utilização das mantas de refugo couché
do processo. Em 2008, houve aumento no
consumo de celulose, cargas minerais e
químicos, devido a uma mudança no mix de
produção, por meio de: pequeno aumento
no volume de papéis couché; ampliação
significativa do papel base para térmicos
(baixa gramatura) e início da operação da
máquina de revestimento PC3 (novo coater).
Melhorias obtidas na unidade Piracicaba
em 2008:
• Projeto de melhoria continua para
redução em 2,6% na geração de resíduos
industriais em 2008;
• Otimização da malha de controle do
sistema de aplicação de tinta (supply system), minimizando o descarte
de formulações em interrupções do
processo, com ganho de 104 toneladas
de formulação – Projeto P+L;
• Redução de 453 toneladas de consumo de
celulose no processo, devido a otimizações
no processo de depuração da máquina P2;
• Redução de 108 toneladas/ano de fibra
e formulação devido à reutilização de
perdas após quebra de folha no processo
de revestimento;
• Reaproveitamento de sobra das
formulações. (GRI En26)
Maquina P2 em produção na unidade Piracicaba – SP
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200840
EnERGIA Anualmente, a VCP investe em projetos
de eficiência energética através do Grupo
de Trabalho de Energia, responsável
pelo planejamento das ações no âmbito
energético em todas as unidades fabris, onde
o sistema de gestão de energia é fortalecido
pela Comissão Interna de Conservação de
Energia (Cice), que tem por objetivo:
• Realização de auditoria energética, com
mapeamento de todos os pontos de
consumo por área e quantidades;
• Elaboração conjunta do cronograma
de reuniões, para determinação de
atividades a serem desenvolvidas e meta
de redução de consumo de energia;
• Divulgação mensal dos resultados
alcançados;
• Envolvimento dos funcionários no
programa;
• Estudos de reduções energéticas.
As unidades industriais têm dedicado
grande esforço para reduzir a participação
dos combustíveis de fontes não renováveis
na matriz energética, focando a utilização
de licor negro e biomassa.
Em Jacareí foi elevada significativamente a
autoprodução de energia elétrica, em uma
usina de cogeração que combina ciclo de
gás e ciclo de vapor, modelo de geração
mais eficiente do que o convencional
(somente ciclo vapor). A unidade é a
única produtora de celulose que utiliza o
ciclo combinado. Em 2008, foi alterado
o conceito de utilização de vapor no
processo de branqueamento, passando
de troca térmica por contato direto para
troca por contato indireto, recuperando o
condensado no tratamento de água das
caldeiras. A economia energética no ano
foi de 164.007.000 KJ, resultando em
aumento de eficiência de 0,69%.(GRI En7)
Em Piracicaba, a eficiência no consumo
de gás natural melhorou a partir de 2007,
quando a operação começou a trabalhar
com uma única caldeira, e não com duas.
nessa fábrica, o consumo de gás está
diretamente relacionado ao tipo de papel
produzido e ao mix de produção. (GRI En7)
Em 2008, foram introduzidas várias
iniciativas para reduzir o consumo de
energia indireta, como parte de um
conjunto de ações para redução de
despesas que impactaram em ganhos
ambientais, como um programa de
transporte para otimizar o número de
viagens e necessidades de deslocamento
de pessoas de Jacareí (SP) para Três Lagoas
(MS), em virtude do Projeto Horizonte.
Foi instalado um itinerário de ônibus,
com saídas semanais, para transporte dos
colaboradores entre as unidades. Para a
otimização do transporte de profissionais
entre Jacareí e São Paulo, foi introduzido
um sistema único entre as unidades, o
Expressinho. Além disso, os carros da
frota podem utilizar combustíveis de
fontes renováveis – etanol. Também
houve melhora na utilização de recursos,
com a ampliação do uso de áudio e
videoconferências. (GRI En7)
José Adenílson, módulo de tora, unidade Florestal Capão Bonito – SP
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 41
ÁGuA Anualmente, a VCP vem reduzindo o
consumo de água bruta. Em 2008, o
consumo absoluto foi de 34.493.597 m³, o
que representa queda de 8,5% em Jacareí e
3% em Piracicaba em comparação a 2007.
na unidade Piracicaba, a diminuição no
consumo reflete maior reaproveitamento
de água do processo de fabricação de
papel e reúso de água de refrigeração.
Através do sistema de captação,
bombeamento e refrigeração de água
industrial não contaminada no processo.
O volume total do recursos retirado da
fonte, em 2008, foi de 3.900.112 m³,
que representa redução de 2,96% ante o
ano anterior. Mais de 45% dessa água é
reciclada e reutilizada, percentual que vem
crescendo nos últimos três anos.
A preocupação em reduzir o consumo
de água bruta também faz parte da
rotina diária em Jacareí. A unidade
busca continuamente a melhoria de seus
processos para identificar oportunidades
de redução. A adoção de reúso de
condensado da evaporação e filtrado
alcalino das máquinas extratoras de
celulose na linha de branqueamento
de polpa, permitiu reduzir 295 m³/h
de captação de água e lançamento de
efluentes. O percentual de água reciclada e
reutilizada no ano foi de 81%.
O consumo das duas unidades industriais
não afeta os rios Piracicaba e Paraíba
do Sul. no primeiro caso, a vazão de
capacitação de água bruta é em média
de 0,17 m³/s e a vazão mínima do rio é
de 8,2 m³/s. Em Jacareí, a vazão média
de captação de água é de 0,7 m³/s,
ante vazão mínima do Rio Paraíba do
Sul de 40 m³/s, ou seja, o equivalente a
1,7%. Mesmo não causando impacto,
as unidades realizam controles on-line
de parâmetros de efluentes, além de um
plano de monitoramento hídrico. Também
participam do Comitê de Bacias PCJ
(Piracicaba, Capivari e Jundiaí) e do Rio
Paraíba do Sul. (GRI En9)
Estação de tratamento de esgoto – unidade Jacareí – SP
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200842
emissÕes, eFLuentes e Residuos
emissões atmosféricas
Em 2008, o total de emissões diretas de CO2 na unidade Jacareí totalizou 292.306 toneladas.
na unidade Piracicaba ocorreu uma regulagem do sistema de combustão da caldeira que
permitiu melhoria no aproveitamento energético e, consequentemente, redução de emissão
de gases. Considerando as duas fábricas, o total de emissões de CO2 no ano foi de
344.765 toneladas.
A unidade Piracicaba registrou um pequeno aumento nas emissões de GEE no segundo
semestre de 2008, em razão da maior geração de vapor para o processo produtivo e
aumento do consumo em um novo equipamento de produção (coater na máquina PC3).
A unidade Jacareí também vem reduzindo as emissões de SOx e nOx (óxidos de enxofre e
nitrogênio). Para isso, foram instalados queimadores para baixa emissão de nOX, dentro das
melhores práticas de controle ambiental disponíveis.. Também houve a conversão da caldeira
CBC-80, com base de combustível óleo, para utilização também de gás natural. O consumo
de gás R22 (gás freon, ou diclorodifluormetano) foi reduzido em decorrência da utilização de
outros gases menos agressivos, como R141B e R134A (gases HFC – Hidroflúor Carbono).
efluentes Hídricos
A Produção Mais Limpa e o uso de metodologias Seis Sigma vêm permitindo uma melhoria
contínua no lançamento de efluentes e redução do uso de água. um desses projetos é o
reúso de condensado da evaporação e filtrado alcalino das máquinas extratoras de celulose
na linha de branqueamento de polpa, na unidade Jacareí. Com a iniciativa, houve redução
de 7.080 m3/dia de captação de água e lançamento de efluentes no Rio Paraíba do Sul.
Em Piracicaba, as metas de tratamento de efluentes procuram manter a concentração de
DBO e sólidos sedimentáveis em valores 30% abaixo do limite legal. O alcance dessa meta
– assim como de outras ambientais – é fundamental para os funcionários terem direito ao
Programa de Participação de Resultados (PPR).
Resíduos sólidos
nas unidades fabris, a gestão de resíduos é realizada com base no princípio dos 4Rs
(Reduzir, Repensar, Reutilizar e Reciclar). Anualmente, são fixadas metas de redução para
as unidades, que, se alcançadas, elevam o Indicador de Desempenho Ambiental (IDA),
que é atrelado ao Programa de Participações no Resultado (PPR). Para por em prática
esse conceito, a Empresa mantém parceria com o Instituto Akatu. O objetivo é equacionar
a eficiência operacional, com relativa diminuição do consumo de ativos ambientais, em
uma proposta para que a sociedade também participe dessa discussão e faça a sua parte.
Além disso, a VCP desenvolve um amplo trabalho de treinamento interno, para que os
funcionários absorvam esses conceitos de ecoeficiência.
A unidade Piracicaba possui 35 monitores ambientais de diversas áreas, que atuam na
conscientização e no direcionamento dos profissionais próprios e terceiros, para que
separem os resíduos perigosos e trabalhem de acordo com o padrão operacional, definido
com a área de meio ambiente da VCP.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 43
biodiVeRsidade
O Programa de Conservação de
Biodiversidade tem por objetivo conhecer,
identificar, monitorar e manejar a
biodiversidade contida nas áreas da
VCP, observando as particularidades da
região em alinhamento com as diretrizes e
operações da Empresa.
Atualmente, do total de área que a VCP
ocupa ou arrenda, aproximadamente
1.700 km2 constituem-se de áreas de
conservação, destes 230,8 km² estão
localizados dentro ou adjacentes a
áreas protegidas ou com alto índice de
biodiversidade e em 2008 foram restaurados
e preservados 23,37 km² de terras.
(GRI En11, En13)
A estratégia de conservação ambiental
fundamenta-se em dois fatores principais:
conhecimento do meio no qual a
VCP atua e definição das atividades
operacionais que são desenvolvidas
nestes ambientes. Constantemente são
realizados diagnósticos para verificação da
quantidade e qualidade das populações,
espécies ameaçadas e habitats, além
de monitoramento de emissões e ações
corretivas para desvios. A partir dos
levantamentos, é feito um planejamento
socioambiental das operações para
melhoria dos processos, visando reduzir os
impactos negativos e ampliar os positivos
e restaurar áreas para melhoria das
condições ambientais das reservas nativas,
incrementando recursos para a fauna e
flora. (GRI En14)
Dentre as ações implantadas para
viabilizar o Programa de Conservação da
Biodiversidade, destacam-se: o Projeto
Conserv-Ação que envolve o levantamento
de espécies da fauna e flora de todas as
áreas de conservação da VCP nas três
unidades florestais SP, MS e RS, bem
como monitorar os indicadores do estado
ambientais de cada uma.
um dos itens analisados é a presença de
espécies ameaçadas de extinção, para
tanto a VCP mantém o Programa de
Proteção de Espécies Raras e Ameaçadas
de Extinção, que inclui projetos específicos
nas unidades florestais com algumas
dessas espécies. Estes projetos são
definidos com base nos levantamentos
anteriores. Espécies ameaçadas estudadas
atualmente são o Pequi na unidade
Florestal Três Lagoas, o Muriqui (primata)
estudado na unidade Florestal de São
Paulo na região do Vale do Paraíba e o
papagaio-verdadeiro em Itapeva na região
de Capão Bonito.
O Projeto de Conservação do Papagaio-
Verdadeiro (Amazona aestiva) inclui,
além do monitoramento dos grupos e
censos periódicos, a instalação de 50
ninhos artificiais – tanto em áreas da VCP
como em propriedades vizinhas, pois a
proximidade destes ninhos das residências
diminui o número de saques causados por
aqueles que praticam o trafico de animais.
Em adição a isto os ninhos naturais são
monitorados e os filhotes anilhados.
Paralelamente ao estudo ecológico é
feito um trabalho de Educação Ambiental
para conscientização e sensibilização das
comunidades que vivem próximas às áreas
de ocorrência da espécie.
Informações sobre: Estratégia Climática – página 17 e Desempenho Ambiental – página 81
Agricultor, Sr. José Ferreira – Projeto Sementes do Futuro – unidade Florestal Capão Bonito – SP
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200844
GESTãO SOCIALA Gestão Social da VCP é direcionada
para o relacionamento com seus públicos
de interesse – profissionais, governo e
sociedade e clientes – no que se refere à
excelência das iniciativas e respeito aos
direitos humanos.
PúbLiCo inteRno
desenvolvimento do capital humano
Em 2008, profissionais da VCP
participaram de atividades da Academia
de Excelência, criada para promover o
desenvolvimento das pessoas de forma
a sustentar a perenidade e a geração
de valor do Grupo Votorantim. Ela está
estruturada em três grandes centros
de capacitação: a Escola Introdutória,
focada na formação dos trainees e dos
profissionais do Grupo; o Centro de
Liderança, para desenvolvimento do
Perfil do Líder Votorantim; e os Centros
Técnicos, direcionados à formação e
preparação dos profissionais do Grupo
nas competências técnicas críticas para os
desafios dos negócios.
Com o objetivo de capacitar os novos
profissionais para atuação na fábrica
de celulose de Três Lagoas, houve
crescimento da média de horas de
treinamento por funcionário em relação
aos anos anteriores e maior concentração
para o público operacional.
Desde 2001, é mantido um Programa
de Especialização em Celulose e Papel
(nível de pós-graduação), criado com
o objetivo de proporcionar habilitação
técnico-científica aos profissionais,
desenvolvendo a capacidade de pesquisa
e criação nas áreas de conhecimento
da tecnologia de celulose e papel.
Desenvolvido em parceria com a
universidade Federal de Viçosa (uFV),
o programa tem carga horária de
390 horas.
Outra iniciativa é o Programa de
Formação em Técnico de Celulose e Papel,
para capacitar profissionais de nível
operacional. A primeira turma habilitou
72 profissionais, entre os anos de 2005 e
2007, com carga horária total de 3.270
horas e investimento de R$ 310.650,00. A
segunda turma, iniciada no ano de 2007
e com previsão para conclusão em 2009,
também está capacitando 72 profissionais.
Em 2008, foram aplicados R$ 4,6 milhões
em programas de treinamento, valor
12% acima do ano anterior. O número de
participações foi de 22.155, perfazendo
um total geral de aproximadamente
563.190 horas de treinamento.
empregabilidade – Dois programas
visam ao desenvolvimento contínuo
dos profissionais, apoiando sua
empregabilidade: concessão de bolsas de
estudos e de bolsas de idiomas. Eles foram
criados para possibilitar o crescimento
individual e o aprendizado organizacional,
além de amparar a atuação da Empresa
em âmbito global.
O programa de bolsa de estudos prevê
subsídio para cursos técnicos, de
graduação e pós-graduação. O programa
de idiomas concede bolsas principalmente
para o aprendizado de inglês. Em 2008,
foram contemplados 284 profissionais e o
valor investido foi de R$ 552.474,00 para
o Programa de Bolsa de Estudos. Para o
Programa de Idiomas, foram contemplados
89 profissionais, com o total investido de
R$125.149,96.
Desde agosto de 2007, a VCP investe
também em um projeto de Educação de
Jovens e Adultos (EJA), no Mato Grosso
do Sul, com o objetivo de capacitar
os profissionais que não concluíram
os ensinos Fundamental e Médio. A
Empresa cobre 100% do custo com
as mensalidades, além de ajuda para
transporte e lanche.
É mantida ainda uma política que prevê
o serviço de recolocação (outplacement) para os profissionais desligados de cargos
de gerência e diretoria, que varia de nove
meses a um ano. Em agosto de 2008, o
benefício foi concedido a profissionais
desligados em funções de coordenação,
após a reestruturação da área de Papel.
Em dezembro de 2008, foi promovido
um workshop de apoio à recolocação
para profissionais desligados nesses
níveis hierárquicos, em decorrência de
reestruturação de várias áreas. (GRI LA11)
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 45
Crescimento individual e aprendizado
sobre a organização são os objetivos dos
programas de desenvolvimento contínuo,
que buscam ainda amparar a atuação
internacional da companhia. Em 2008,
as atividades de treinamento somaram
563,2 mil horas, com média de 194
horas de participação por profissional.
avaliação de desempenho – O Sistema
de avaliação SDV foi adotado de forma
coorporativa a partir de 2005, quando
começaram a ser avaliados os diretores-
presidentes das unidades de negócio
do Grupo. Desde então, passou a ser
disseminado para os demais níveis
hierárquicos, contemplando, até o
final de 2008, todos os gerentes,
coordenadores e consultores. no ano,
40,67% dos profissionais da VCP
receberam análise de desempenho e de
desenvolvimento de carreira. (GRI LA12)
Em 2008, foi realizado o 2º Ciclo de
Avaliações de Líderes, que constou de
autoavaliação, avaliação do gestor e de
subordinados. Para compor os resultados,
foram incluídas avaliações de potencial,
conduzidas pela consultoria Korn Ferry,
que permitiram elaborar uma matriz
nine Box, (nove quadros) que relaciona o
potencial de crescimento e o desempenho
desses profissionais. Foi realizado ainda
o mapeamento de sucessores para as
posições críticas, com a definição do Plano
de Desenvolvimento Individual (PDI).
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200846
ComuniCação
A VCP preza pela transparência na
comunicação com seus públicos de
interesse e em especial com seus
empregados. Para isso, mantém vários
canais para prestar informações sobre
suas atividades e assuntos relevantes que
impactem a vida dos colaboradores. Entre
eles estão duas publicações: a revista
ÉVocê, publicada como encarte do jornal
do Grupo Votorantim nosso Grupo, e o
jornal Entre nós, com conteúdo específico
para cada uma das unidades da VCP.
A internet também tem sido utilizada
para comunicação rápida, por meio das
ferramentas de e-mail (Informe Executivo,
boletim Já, newsletter Votorantim Global e
Comunicado Departamento Informa) e do
Portal VCP net. Além desses canais, são
realizados eventos presenciais periódicos
– como o Encontro com o Presidente,
Encontro com a Diretoria e o Espaço
Aberto – e é mantida uma Ouvidoria,
aberta a todos os profissionais e demais
stakeholders da VCP.
O Encontro com o Presidente, realizado
uma vez por ano em cada unidade,
promove o diálogo direto entre os
profissionais e o diretor-presidente da
Empresa, em que são discutidos resultados
e desafios e abertas sessões de perguntas
e respostas.
Já o Espaço Aberto reúne mensalmente
líderes informais e formadores de opinião.
Críticas, sugestões, dúvidas e comentários
gerais são feitos abertamente e registrados
em ata distribuída aos gestores das
unidades e à Diretoria da Empresa, que
asseguram um retorno a respeito de todas
as questões registradas.
Sr. João – Fardo de Papel – unidade Piracicaba – SP
Diferentes canais promovem o diálogo
entre a VCP e seus profissionais, em um
processo que busca ampla transparência
na comunicação. Informações sobre as
atividades da empresa e fatos relevantes
dos negócios são temas de reuniões com
diferentes instâncias, de publicações
impressas, da internet e intranet.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 47
ContRatação LoCaL
Em todos os recrutamentos, a VCP prioriza a
busca de candidatos da cidade e/ou região,
sobretudo no Mato Grosso do Sul e no Rio
Grande do Sul. Apenas quando não consegue
preencher os pré-requisitos da vaga,
seleciona candidatos de outras localidades.
Para a parte operacional busca
recrutamento interno, com treinamento
específico para adequação à função. no
caso de Três Lagoas (MS), o treinamento
foi ministrado na unidade Jacareí, que
mantém a mesma natureza da fábrica então
em construção. Quando a Empresa não
tem estrutura interna, busca no mercado
profissionais com o perfil desejado.
A Companhia desenvolve também
programas de qualificação dos possíveis
candidatos. Em Três Lagoas (MS), foram
formadas 250 pessoas da comunidade
local em cursos técnicos de celulose,
química, mecânica, instrumentação e
eletrônica, pelo Serviço nacional de
Aprendizagem Industrial (Senai), para o
quadro de operações e manutenção da
fábrica de celulose.
Para atender à demanda, o Senai do
Mato Grosso do Sul fez parceria com
outros do Rio de Janeiro e de São Paulo.
A Companhia construiu/financiou dez
salas no Senai, que foram transferidas à
entidade no final do projeto.
Esse trabalho foi iniciado em abril de
2007 e finalizado em fevereiro de 2008. A
fábrica absorveu, em 2008, 107 pessoas
das 250 treinadas. O contingente não
aproveitado pelas áreas de operação
e manutenção tem sido absorvido por
prestadores de serviços, além de ser
avaliado para demais áreas, como DHO,
Logística e Colheita. (GRI EC7)
saúde e seGuRança oCuPaCionaL
Promover a saúde e a segurança dos
profissionais contratados é uma das
prioridades da VCP, que desenvolve
eficazes programas de treinamento e
prevenção de acidentes de trabalho.
O sistema de gestão de segurança e
saúde no trabalho prevê uma série de
ferramentas de prevenção de acidentes
e de doenças ocupacionais. Exemplos
são a Comunicação de Condições e
Práticas Abaixo do Padrão (Pockets), os
Formulários de Observação de Tarefa
(ORT) do Módulo de Comportamento
Seguro, as inspeções regulares e aleatórias
de segurança, o 5S Total – que inclui
aspectos relacionados ao cumprimento das
normas Regulamentadoras do Ministério
do Trabalho – e as reuniões de Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
e Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes no Trabalho Rural (CIPA TR).
um Comitê Central de Segurança e Saúde
no Trabalho reúne-se mensalmente para
avaliar as condições de trabalho, identificar
pontos de melhoria e encaminhar
soluções. Ele é coordenado pelo gerente
corporativo de Higiene, Segurança e
Medicina do Trabalho e tem a participação
dos responsáveis técnicos pelas unidades
industriais e florestais (engenheiros de
segurança, técnicos de segurança, médicos
e enfermeiros do trabalho).
O Encontro com a Diretoria foi retomado em
2008. na ocasião, os profissionais puderam
conhecer melhor os desafios de cada área
de atuação através do diálogo com o líder
responsável pela operação e ainda foram
apresentadas as atividades de DHO.
Com o objetivo de manter o contato
e atendimento aos funcionários que
atuam na atividade florestal, a VCP criou,
em 2008 o DHO Móvel, uma equipe
dedicada que realiza visitas regulares
aos colaboradores que desempenham
atividades na área florestal, circulando nas
fazendas das 4h às 24h.
Os atendimentos visam suprir as
necessidades e esclarecer dúvidas dos
colaboradores em todas as funções de
Recursos Humanos, tais como Folha de
Pagamento, Benefícios, Remuneração,
Treinamento e Desenvolvimento, Segurança
do Trabalho, Comunicação e Inovação. no
ano, foram realizados 2.169 atendimentos
para mais de mil profissionais.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200848
Os Comitês de Segurança de Células
reúnem-se mensalmente, com a
participação de representantes de
segurança, de meio ambiente e de
ergonomia das células de produção. Cada
unidade também mantém um Comitê
de Gerenciamento de Segurança, cujas
reuniões têm periodicidade bimensal. É
conduzido pelo gerente-geral da unidade,
com a participação de todos os gestores e
do time de Higiene, Segurança e Medicina
do Trabalho. Em todas as reuniões dos
comitês são lavradas atas, enviadas para
todos os participantes e disponibilizadas
em rede. Há também um Comitê de
Segurança de Terceiros, com o objetivo
de avaliar as condições de trabalho dos
empregados terceirizados.
O percentual de empregados representados
em comitês formais de segurança e saúde
– compostos por gestores e trabalhadores
– que ajudam no monitoramento e
aconselhamento sobre programas
de segurança e saúde ocupacional é
superior a 75%. Desde 2004 com a
adoção do Sistema de Gestão de Saúde,
Segurança e Meio Ambiente do Sistema
de Gestão Votorantim (SGV), 100% dos
profissionais estão representados pelos
vários comitês da área de HSMT: comitês
de células, comitês de ergonomia,
comitês de qualidade de vida, comitê de
gerenciamento, CIPA e CIPA TR. (GRI LA6)
Os acordos sindicais preveem que
a empresa forneça gratuitamente
Equipamentos de Proteção Individual
(EPIs), treinamentos em caso de Incêndio
e direito de recusa ao trabalho por risco
grave ou iminente à integridade física do
profissional. (GRI LA9)
Em 2008, foram registrados 30 acidentes
com afastamento, com um óbito de terceiro
atingido por descarga elétrica durante
uma tempestade. nos últimos três anos
houve uma queda de 40% no número de
afastamentos e de 28,6% na taxa de lesões.
Todos os acidentes ou incidentes ocorridos
são tratados de acordo com sistemática
prevista pelo Sistema de Gestão de
SSMA, que inclui notificação Preliminar
de Acidente/Incidente, formulário em
que todos os acidentes e incidentes
são notificados para os profissionais de
segurança da VCP e para as lideranças de
2 a 24 horas após a ocorrência, de acordo
com sua gravidade.
Em um segundo momento, todos os
acidentes e incidentes são analisados e
investigados por meio da metodologia de
Árvore de Causas, com auxílio da Técnica
de Análise Sistemática de Causas
(TASC-DnV®). A partir dessa avaliação,
planos de ação são estabelecidos para
evitar a recorrência, conforme padrão
fixado pela Política Corporativa de
Segurança e pelo Sistema de Gestão de
SSMA do Sistema de Gestão Votorantim.
As condições de segurança são medidas
pelo Índice de Desempenho em
Segurança, que tem quatro variáveis
com pesos diferenciados. As variáveis
proativas (taxa de aplicação de ações de
segurança e índice obtido no programa
de Comportamento Seguro) recebem
peso maior que as variáveis reativas (Taxa
de Frequência de acidentes com e sem
afastamento e Taxa de Gravidade
de acidentes).
Com o suporte dessas ferramentas, a
Empresa busca diminuir o número de
acidentes e a Taxa de Frequência. A meta
é reduzir esse indicador para menos de um
acidente por 1 milhão de homens/horas
trabalhadas até 2010.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 49
Regras de Ouro de Segurança –
Procedimentos definidos com a
participação dos profissionais da Empresa
(próprios e terceiros) e que têm como
foco as atividades com risco de acidentes
graves. São definidas de sete a dez Regras
de Ouro em cada unidade ou processo. O
descumprimento das diretrizes inicia um
processo de gestão de consequências que
pode acarretar advertência e até mesmo
demissão. O objetivo é garantir que
todo e qualquer trabalho seja realizado
sob padrões absolutamente rígidos de
segurança, visando à preservação da saúde
e à qualidade de vida do profissional.
Movimento Alerta – Outra iniciativa
direcionada à conscientização dos
profissionais para a valorização da vida
é o Movimento Alerta. uma iniciativa do
Grupo Votorantim, ele visa padronizar a
comunicação em segurança para todas as
unidades do Grupo. A mensagem principal
está focada no slogan “Acidentes só
acontecem para quem passa dos limites”.
Trata-se de uma comunicação visual
bastante simples e objetiva que aborda
normas e procedimentos de segurança,
evitando a exposição desnecessária ao
risco e, portanto, zelando pela segurança,
saúde e pelo bem-estar individual e dos
colegas de trabalho.
Programa Estrada Segura – Desde 2004,
quando a VCP incluiu em seu Sistema
de Gestão de Saúde e Segurança os
terceiros fixos, tem registrado melhorias
no desempenho de segurança desse
público, verificadas também na forma de
crescimento do número de profissionais de
segurança locados nessas atividades.
uma das iniciativas de destaque nesse
processo é o Programa Estrada Segura.
Lançado em 2005, tem como objetivo
ampliar a segurança dos trabalhadores
das empresas prestadoras de serviços de
transporte, que percorrem juntas mais de
200 mil quilômetros por dia, com cargas
delicadas e muitas vezes perigosas, e inclui
a distribuição do jornal VCP na Estrada com Segurança.
Os resultados alcançados são positivos. Em
2006, o índice era de 1,58 acidente por
milhão de quilômetros rodados – padrão
mundial. Em 2007, caiu para 1,21 e, em
julho de 2008, baixou para 0,91.
PReVenção e ContRoLe de
RisCo de doenças (GRi La8)
O Programa + Vida, lançado em junho de
2003, visa favorecer uma atitude proativa
de todos os profissionais e seus familiares,
por meio de ações de promoção da saúde,
atividade física, lazer e cultura, buscando a
melhoria da qualidade de vida. A iniciativa,
pioneira, foi baseada no levantamento
dos hábitos de vida e de saúde dos
funcionários da VCP, por meio de exames
laboratoriais e questionário sobre estilo de
vida. O programa também possui métodos
para avaliar e acompanhar os resultados,
e em 2008, 8.347 profissionais e familiares
tiveram acesso a alguma atividade
do Programa.
Conduzido em quatro frentes (+Família,
+Saúde, +Movimento e +Cultura), o
programa conta com a participação
dos comitês instalados nas unidades,
constituídos por aproximadamente
40 profissionais que atuam de forma
voluntária. O +Saúde inclui ações como:
Orientação nutricional – Atendimento
individualizado com nutricionistas. Até o
final de 2008, a iniciativa havia atingido
2.675 profissionais, que juntos perderam
5.741,4 kg.
Programa para Gestantes – Em sete
módulos, o programa aborda assuntos
como gestação, sinais e sintomas
do trabalho de parto, tipos de parto
e anestesia, nascimento, puerpério,
amamentação, cuidados com o bebê e
interação mãe e bebê. O treinamento
é ministrado pelos profissionais de
enfermagem da empresa e aberto as
profissionais gestantes, esposas de
profissionais, provedoras gestantes e
esposas de provedores.
Saúde da Mulher – Ação de sensibilização
que, por meio de palestras e bate-papos,
aborda temas relevantes, como câncer de
mama e útero, TPM e direitos da mulher.
Saúde do Homem – A versão Saúde do
Homem engloba assuntos como exames
preventivos e controle do estresse.
Aids – A Empresa realiza anualmente
um evento de conscientização no Dia
Mundial de Luta contra a Aids (1º de
dezembro). Há também a abordagem do
tema por ocasião das Semanas Internas de
Prevenção de Acidentes, seja no âmbito
industrial, administrativo ou rural. Todos os
preceitos éticos pertinentes aos eventuais
portadores do vírus HIV ou da Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida são seguidos
pelo serviço médico da VCP. A Empresa
garante o trabalho desses profissionais,
enquanto apresentam condições clínicas
e psicológicas compatíveis com sua
atividade profissional, sem qualquer tipo
de discriminação e prestando todo o
acompanhamento necessário.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200850
Tratamento para dependência química – É
mantido convênio com clínica especializada
para tratamento de dependência química,
tanto em regime de internação como
ambulatorial, que abrange todos os
profissionais próprios e seus
respectivos familiares.
Ergonomia – O processo ergonômico
da VCP foi pensado com o objetivo
de promover a melhoria gradativa e
consistente das condições de trabalho,
acompanhando sistematicamente as
mudanças tecnológicas, organizacionais
e processuais. Há comitês de ergonomia
compostos por profissionais das diferentes
áreas, que atuam voluntariamente no
desenvolvimento do mapa ergonômico
da Empresa, identificando pontos
críticos passíveis de melhorias, fazendo
o estudo do impacto financeiro das
possíveis mudanças e acompanhando as
queixas dos profissionais, identificando
nelas a existência de possíveis fatores
ergonômicos.
A abordagem feita pelo Processo
Ergonomia permite controlar o risco
pela introdução de mecanismos de
intensificação das tarefas ou instalação de
pausas compensatórias, além da ginástica
laboral, realizada em todos os setores da
Empresa duas vezes ao dia.
Paralelamente, é mantido em Jacareí um
serviço interno de fisioterapia, reabilitação
e condicionamento físico, para promover
melhor tratamento e pronta recuperação
dos profissionais acometidos por doenças
osteomusculares das mais diversas
etiologias, bem como propiciar um melhor
condicionamento físico.
Programa de Apoio ao Empregado
(PAE) – Introduzido em 2008, oferece
assistência profissional e confidencial a
qualquer tipo de problema que possa
comprometer a saúde e o bem-estar dos
profissionais VCP e de seus familiares.
Inclui assistência a problemas conjugais,
familiares, emocionais, financeiros, legais,
dependência de álcool/drogas e outros.
+Movimento – Ação de incentivo à
atividade física. A ginástica laboral está
implantada em 100% das unidades VCP.
Anualmente, a empresa realiza uma
semana dedicada à conscientização sobre
a importância da atividade física, até
mesmo através de mudanças simples de
hábito, como usar as escadas e percorrer
pequenas distâncias a pé.
+Família – Envolve ações educativas
com filhos de profissionais. Divididos em
duas faixas etárias – de 5 a 11 e de 12 a
17 anos –, o evento tem como objetivo
conscientizá-los sobre temas relacionados
à qualidade de vida, como alimentação
saudável, drogas e orientação sexual.
+Cultura – Promove ações de incentivo à
leitura, ao teatro e ao cinema.
PRÁtiCas tRabaLHistas
no final de 2008, a VCP mantinha 7.742
profissionais, entre próprios, terceiros
permanentes e temporários, além de
6.836 atuando em projetos, a exemplo da
construção da fábrica de celulose em Três
Lagoas (MS). Em relação ao ano anterior,
houve crescimento de 1,15% do quadro
geral e foram abertos 162 novos postos
de trabalho próprios.
O número de contratos de terceiros
permanentes diminuiu 1,5% em relação
a 2007, totalizando 4.838 profissionais.
Contudo, o número de contratos de
terceiros para projetos cresceu 56%,
grande parte em razão do avanço nas
obras do Projeto Horizonte. (GRI LA1)
Em 2008, 45% do quadro de pessoal
próprio da VCP era composto por
funcionários com até três anos de casa.
Do total, 83% eram homens e 17%
eram mulheres, sendo 37% deles com
idades entre 31 e 40 anos. A taxa de
empregados com nível de escolaridade
superior era de 34%; a maioria, 51%,
possuía nível médio.
Durante o ano, 824 profissionais
deixaram a Companhia e o quadro médio
de empregados manteve-se em 2.823
pessoas, representando um turnover de 29,19%.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 51
GênERO
83%
17%
ESCOLARIDADE
15%
51%34%
TEMPO DE SERVIçO (AnOS)
45%
24%
9%
22%
IDADE (AnOS)
35%6%22%
37%
PeRFiL do PRoFissionaL PRÓPRio VCP
HOMEnS
MuLHERES
ATÉ 3
DE 4 A 10
DE 11 A 20
ACIMA DE 20
FunDAMEnTAL
MÉDIO
SuPERIOR
DE 18 A 30
DE 31 A 40
DE 41 A 50
ACIMA DE 50
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200852
RemuneRação
A política salarial da VCP se baseia nos
acordos coletivos e em pesquisas de
mercado realizadas anualmente pelo
Grupo de Recursos Humanos das empresas
do segmento papeleiro e de celulose.
Além de remuneração fixa, mantém
programas de incentivo, como participação
nos resultados (PPR), oferecido aos
funcionários em virtude da superação de
metas estabelecidas e de remuneração
variável (PRV), que contempla profissionais
em cargos executivos. (GRI LA3)
beneFíCios
Para agregar mais qualidade de vida
aos profissionais contratados, com
prazo determinado (temporário) ou
indeterminado, a VCP oferece um pacote
de benefícios adicionais: (GRI LA3)
• Assistência odontológica;
• Kit escolar;
• Auxílio-creche;
• Auxílio por filho especial;
• Seguro de vida;
• Auxílio-funeral;
• Convênio farmácia (unidades fabris
e florestais);
• Brinquedos de natal;
• Assistência médica;
• Vale-refeição (somente no
escritório central);
• Alimentação em restaurante próprios
(unidades fabris e florestais);
• Cartão-alimentação;
• Transporte fretado (unidades fabris
e florestais);
• Vale-transporte.
TOTAL DE COLABORADORES SInDICALIZADOSOutro benefício é o plano de previdência
privada VotorantimPrev, mantido pela
Fundação Senador José Ermírio de
Moraes (Funsejem), entidade fechada
sem fins lucrativos, auditada por auditor
independente e regularmente pelo Conselho
Fiscal. Os participantes optam por um
percentual de contribuição que varia de
0,5% a 6% do salário e a patrocinadora
efetua contrapartida das contribuições, que
são limitadas a 1,5% para quem ganha até
15 unidades de Referência do Plano. Aos
que estão acima dessa faixa, a Empresa
contribui até o limite de 6%. O custo da
patrocinadora pode variar de acordo com
as alterações do percentual de contribuição
dos participantes.
ReLaçÕes Com a emPResa
Todos os funcionários próprios da VCP são
contratados em regime de Consolidação
das Leis Trabalhistas (CLT) e abrangidos
pelos Acordos ou Convenções Coletivas,
independentemente de sua condição
de associado ou não a sindicatos de
trabalhadores ou de tempo de empresa.
(GRI LA4)
A VCP procura manter o prazo de 11
semanas para notificação referente a
mudanças operacionais, apesar de esse
aspecto não estar especificado em acordo
coletivo. As mudanças operacionais são
avaliadas sob duas dimensões: construção
da mudança e operacionalização após a
mudança. (GRI LA5)
Em nenhuma atividade desenvolvida na VCP
há risco de os empregados não exercerem
sua liberdade de opção para se associar
ou não a qualquer entidade reconhecida
legalmente. As negociações coletivas
acontecem sempre com a representação do
sindicato de trabalhadores da categoria,
o que dá legitimidade aos acordos ou
convenções firmadas. O Código de Conduta
garante esses direitos e respeita essa
liberdade. (GRI HR5)
1.171
2006 2007 2008
757677
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 53
diVeRsidade e iGuaLdade de
oPoRtunidades (GRi La13 e La14)
Em 2008, a VCP deu sequência ao
programa iniciado em 2006 para
contratação de pessoas portadoras de
deficiência, seguindo a legislação que
prevê destinar de 2% a 5% dos postos de
trabalho a profissionais com esse perfil, de
acordo com o número total de funcionários
da unidade. no fim do exercício, 102
pessoas com deficiência integravam o
grupo de profissionais próprios da VCP.
Segundo o último censo de profissionais,
realizado em 2008, que coletou dados
sobre o perfil de cor com base na
autodeclaração, 84,4% das pessoas
empregadas diretamente pela VCP são
brancas, 14,5% negras (pretas ou pardas)
e 0,9% amarelas.
diReitos Humanos
O respeito aos direitos humanos guia
o relacionamento da VCP com seus
diversos públicos, é um de seus valores
e considerado tema fundamental no
desenvolvimento de suas atividades. As
diretrizes éticas e de garantias de respeito
à vida estão reunidas no Código de
Conduta, que dissemina o posicionamento
da VCP e de todas as empresas do Grupo
Votorantim contra quaisquer tipos de
constrangimento.
no acompanhamento dessas questões
atua a Ouvidoria, responsável por orientar
os profissionais e as partes interessadas na
busca de esclarecimentos e soluções para
assuntos de caráter ético, comportamental
ou em desacordo com o Código de
Conduta. Em 2008, a Ouvidoria recebeu
a denúncia de um caso de discriminação
racial na unidade Três Lagoas. A ação
foi presenciada por vários profissionais
do local e resultou na dispensa do autor
da infração, um exemplo prático do
funcionamento da política, gestão e
mecanismos de controle. (GRI HR4)
Também é promovida a capacitação
dos profissionais em direitos humanos
– atividade em que o número de horas
praticamente triplicou de um ano para o
outro. Adicionalmente, 100% do pessoal
de segurança é submetido a treinamento
nas políticas ou procedimentos da
Organização relativos a aspectos de
direitos humanos relevantes para as
operações, anualmente. (GRI HR8)
Alexandre, José Antônio, Devair, Felipe, Edson Carlos, Julio e André Mauricio em treinamento da Brigada de emergência na unidade Piracicaba – SP
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200854
GoVeRno e soCiedade
Políticas e práticas sociais
O relacionamento da VCP com seus
diferentes públicos é pautado por diretrizes
que prezam pela ética e pela transparência.
Atuando de forma responsável e sempre
aberta ao diálogo, busca atender às
necessidades e expectativas de todas as
partes envolvidas em seus negócios.
O cumprimento de leis, normas e
compromissos assumidos está baseado
no Código de Conduta, que assegura a
integridade, qualificação e valorização
dos profissionais.
Esses princípios também se aplicam às
práticas trabalhistas e de trabalho decente,
na busca de garantia aos direitos humanos,
na gestão da cadeia produtiva e nos
relacionamentos com governos, sociedade e
comunidades com as quais interage.
Da mesma forma que põe em prática essa
filosofia, a VCP também a exige de seus pares
de negócio. Os contratos com fornecedores
e demais parceiros são rigorosamente
fiscalizados, a fim de que todas as obrigações
sociais sejam cumpridas.
Para se aproximar ainda mais do público
externo, a Companhia criou a Ouvidoria
que, entre outras funções, atua como canal
de denúncias relacionadas à atuação da
VCP e à conduta de seus profissionais.
Além da Ouvidoria, a VCP disponibiliza
a Linha Verde, em Jacareí e linhas
“0800”, canais de contato para partes
interessadas situadas em localidades
onde VCP atua que permitem o registro
de informações, demandas ou sugestões
das comunidades às equipes de meio
ambiente florestal e industrial.
Gestão de impactos (GRi so1)
Em 2008, a VCP colocou em prática
programas para avaliar os impactos diretos
e indiretos de seu manejo florestal em
comunidades locais. O processo considera
os aspectos antes, durante e depois
das operações.
uma das medidas adotadas no ano foi a
comunicação prévia com as comunidades
sobre a passagem dos caminhões de carga.
Agentes da VCP vão até essas localidades
e discutem a melhor maneira de executar a
tarefa, causando o menor impacto possível
no dia a dia da população local.
Em Jacareí, as principais ocorrências são
reclamações quanto ao odor e ruídos no
entorno. Em relação aos ruídos, a unidade
minimizou as ocorrências por meio de
investimentos em sistemas abafadores.
Quanto ao odor, o nível tem-se mantido
constante, sem grandes variações. não há
registro de reclamação sobre a produção
de papel em Piracicaba.
Cronogramas e ações preventivas e
corretivas, resultantes do processo de
facilitação do diálogo, são registrados
no sistema de gestão on-line da VCP.
Da mesma forma, todas as reuniões e
ações realizadas nas comunidades são
documentadas em atas e planilhas que
ficam arquivadas no Departamento
Florestal, em São Paulo.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 55
Cidadania e filantropia corporativa
A VCP possui uma política corporativa que
estabelece critérios para doações, inclusive
de caráter político-partidário. O documento
está disponível na intranet da Companhia e
deve ser seguido por todos os funcionários.
O processo baseia-se no manual A responsabilidade social das empresas no processo eleitoral, publicado pelo Instituto
Ethos e pela Transparency International.
Em 2008 a VCP doou R$ 255.128 a
projetos sociais.
A legislação vigente sobre financiamento
de campanhas eleitorais e de partidos
políticos indica que doações de empresas
para comitês financeiros são limitadas a
2% do faturamento bruto do ano anterior
à eleição. no caso da VCP, em 2008 o
percentual de doações para partidos
políticos representou 0,023%.
no site do Tribunal Superior Eleitoral
são divulgados os nomes de todos os
candidatos que receberam doações da
Empresa, com o respectivo valor doado
e informações sobre o número da nota
Fiscal. Além disso, para o público interno
envolvido no processo foram divulgados
os nomes dos candidatos que receberam
a aprovação da Diretoria. A doação é
basicamente em forma de papéis. Em
2008, três candidatos também receberam
doações em dinheiro. (GRI SO6)
Relações com a comunidade
no processo de comunicação aberta adotado
pela VCP, o diálogo com as comunidades
das regiões nas quais está presente é parte
importante das tomadas de decisão. A
Companhia busca participar ativamente
da discussão de problemas locais e do
encaminhamento de soluções, assim como
contribuir com melhorias na infraestrutura
que favoreçam o desenvolvimento local.
nesse sentido, o controle dos impactos
é passo fundamental nos negócios. Em
1998, a Empresa criou o Programa de
Educação Ambiental e Relacionamento
com a Comunidade, que funciona por meio
de núcleos de Educação Ambiental (nEAs).
Além de serem centros disseminadores de
informações ambientais, os nEAs também
funcionam como ponto de apoio para
esclarecer dúvidas das comunidades em
relação aos processos produtivos e à atuação
da Empresa. Contam ainda com bibliotecas
e realizam diversas atividades educacionais e
culturais. no final de 2008, a VCP mantinha
sete núcleos, localizados em Santa Branca (SP),
dois em Capão Bonito (SP) – sendo um na
fazenda e outro na cidade –, em Jacareí (SP),
Piracicaba (SP), Três Lagoas (MS) e Capão do
Leão (RS), além de uma unidade móvel, criada
para percorrer os municípios de atuação no
Vale do Paraíba, no interior de São Paulo.
Com foco em educação ambiental, a VCP
desenvolveu o Jornaleco, um informativo
mensal voltado para escolas da rede pública
de ensino, onde a VCP possui fábricas
e bases florestais (formato impresso). O
público do informativo é formado por
alunos e professores da rede pública de
ensino (estaduais e municipais) e filhos de
profissionais próprios e provedores.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200856
diReitos indíGenas
Pela primeira vez em 20 anos, a VCP está
próxima a uma comunidade indígena.
Trata-se da Tribo Ofaié, ou Povo do
Mel, localizada no município de Três
Lagoas. A VCP abraçou a causa e iniciou
um projeto de regularização da escola
existente na tribo e resgate da língua-
mãe. O projeto, executado em parceria
com a OnG Instituto Cisalpina, conta
com a participação de antropólogos das
universidades de Campo Grande e Brasília.
Seus objetivos são:
• Regularização da escola;
• Introdução do Ensino Fundamental
completo, para as crianças em idade
regular de ensino-aprendizagem
(6 a 14 anos);
• Introdução da Educação de Jovens e
Adultos (EJA), para adolescentes, jovens
e adultos (maiores de 15 anos);
• Execução de cursos instrumentais;
• Execução de oficinas de prevenção de
DST/Aids.
O projeto é de longo prazo. As primeiras
reuniões com a tribo foram realizadas
em 2008, para levantar as necessidades
e expectativas de seus integrantes. não
há informação de casos de violação de
direitos dos povos indígenas. (GRI HR9)
diReitos Humanos
A VCP está ciente dos riscos de contratação
de mão de obra infantil e de trabalho
forçado nas atividades industriais e
florestais e adota diversas medidas para
mitigá-los, como Minuta Contratual e
Avaliação de Responsabilidade Social. Todos
os contratos firmados com fornecedores
locais e demais parceiros de negócios são
acompanhados do Código de Ética, que
rechaça qualquer prática discriminatória ou
em desacordo com a legislação vigente. Os
fornecedores internacionais também são
convidados a responder o documento de
avaliação. O contrato traz ainda cláusula
específica sobre a proteção ao trabalho,
rejeitando o trabalho escravo e exigindo que
sejam cumpridas as legislações trabalhista
e previdenciária, além de observações
aos diretos humanos. A Empresa também
é signatária do Pacto de Erradicação do
Trabalho Escravo. (GRI HR1, HR6, HR7)
Ana Paula e Fabíola Andresa, alunas de uma escola local, em atividades no núcleo de Educação Ambiental (nEA) da unidade Jacareí – SP
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 57
instituto VotoRantim
A VCP atua alinhada às diretrizes do
Instituto Votorantim, criado em 2002 com
o objetivo de qualificar o investimento
social do Grupo Votorantim. A decisão
de constituí-lo veio fortalecer sinergias
entre as empresas e identificar e
aproveitar oportunidades de gerar valor
para a sociedade, promovendo esforços
em torno de uma causa comum: a
juventude. Atualmente, atua no campo da
Responsabilidade Social Corporativa (RSC),
estimulando internamente princípios e
boas práticas de sustentabilidade.
Os programas direcionados à juventude
são definidos como “rotas”. Criando rotas
para o futuro, o Instituto sugere caminhos,
oferecendo aos jovens oportunidades
nos campos da educação, do trabalho,
da cultura e do esporte, bem como no
fortalecimento de direitos e no incentivo
aos jovens talentos que se destacam
em seus diversos projetos pelo Brasil.
na atuação em educação, o objetivo é
elevar a escolaridade do jovem para o seu
desenvolvimento continuado, por meio de
um ensino de qualidade.
inVestimento soCiaL exteRno
Anualmente, a VCP destina parte de seus
recursos para projetos sociais, ambientais
e culturais de interesse público. O repasse
segue os parâmetros do Investimento
Social Privado ou Externo (ISE) e está
em consonância com as estratégias
e diretrizes definidas pelo Instituto
Votorantim, que orienta as ações de todas
as empresas do Grupo.
O foco de atuação do Instituto é o
desenvolvimento de jovens, entre 15 e 29
anos, nas áreas específicas de educação,
trabalho, cultura e esporte. O objetivo é
fornecer educação complementar (arte,
cidadania, inclusão digital e reforço escolar,
entre outros), visando à qualificação
profissional e inserção no mercado.
Em 2008, a VCP destinou às iniciativas de
ação social R$ 1,6 milhão. O foco está em
ações relacionadas à geração de trabalho
e renda, em projetos da Empresa e de
parceiros, e o restante a doações para
ações específicas selecionadas. Seguindo
essa política, os principais projetos
desenvolvidos no ano foram:
PRoGRamas aPoiados (GRi eC8)
Programa objetivos beneficiários Resultados esperados
Área industrial
Geração
(Capão Bonito/ SP)
Investimento:
R$ 293,2 mil
Consolidar o Projeto Geração como ação no ambiente escolar e com
recursos da Secretaria de Educação do município de Capão Bonito (SP).
30 jovens e dois educadores por grupo; 120 jovens, de 15 a 17 anos
(cursando a partir da 7ª série).
Criar capacidade instalada na Secretaria para que o projeto se transforme em política pública;
adaptar e aprimorar o projeto-piloto desenvolvido em parte das escolas de Capão Bonito para todo o município.
Inclusão Digital
(Capão Bonito/ SP)
Investimento:
R$ 45 mil
Proporcionar a apropriação de tecnologias da informação,
promovendo a capacitação para o mercado de trabalho; colaborar para o desenvolvimento pessoal e profissional
de adolescentes.
400 alunos, de 13 a 18 anos.400 alunos formados em
Capão Bonito (SP).
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200858
Centro de Educação Profissionalizante (CEP)
(Piracicaba, Saltinho e Rio das Pedras/ SP)
Investimento: R$ 122,4 mil
Capacitar o menor aprendiz assistido pela Guarda Mirim de Piracicaba como assistente administrativo, possibilitando sua inserção no mercado de trabalho por meio
de programa socioeducativo profissionalizante; desenvolver senso
crítico, incentivando a associação entre o conteúdo teórico e a prática de
aprendizagem; proporcionar melhor desempenho escolar no ensino regular.
270 jovens, de 16 a 18 anos, cujas famílias têm renda de até quatro
salários mínimos.
Atingir 100% dos jovens inseridos na Associação da Guarda Mirim
de Piracicaba (SP); obter 40% de contratação pela empresa na qual o menor aprendiz realizou sua prática
de aprendizagem.
Adolescente Aprendiz
(Três Lagoas/ MS)
Investimento: R$ 104,5 mil
Capacitar jovens de Três Lagoas com apoio do Serviço nacional de
Aprendizagem Industrial (Senai); promover sua inserção no mercado de
trabalho; diminuir a evasão escolar; atenuar os riscos a que os jovens
estão expostos.
150 jovens, de 18 a 23 anos.Inserção de 150 jovens (aprendiz do
projeto no mercado de trabalho).
Teen Barulho
(Salesópolis/ SP)
Investimento: R$ 62,8 mil
Promover as inclusões social e ambiental de adolescentes,
proporcionando-lhes, por meio de oficinas de teatro, canto, música e artesanato, oportunidades de
exteriorizarem seus sentimentos; atuar efetivamente na prevenção
dos problemas de gravidez precoce, drogas, DST e Aids, exploração
sexual infantil e juvenil e outros decorrentes da ociosidade, como baixo
autoconceito e falta de perspectiva e projeto de vida.
50 jovens, de 15 a 17 anos.Despertar o interesse dos jovens
por questões sociais e ambientais do município.
Fatec – Tecnólogo em Silvicultura (Capão Bonito/ SP)
Investimento:
R$ 1.000 mil
Viabilizar o curso de nível superior – Tecnólogo em Silvicultura, no Centro Paula Souza; atuar efetivamente
em parceria com o poder público e outras empresas na expansão da
educação profissional gratuita de nível tecnológico e na diversificação das
atividades florestais na região de Capão Bonito, que apresenta alta vocação
florestal; participar da construção do laboratório, aquisição dos
equipamentos e da compra de livros para a biblioteca.
60 jovens, de 18 a 21 anos (quatro turmas por ano, com
vestibulares semestrais).
Valorização das atividades florestais por meio dos usos múltiplos
da madeira; oportunidade de capacitação dos funcionários da VCP
e de terceiros; investimento social externo com potencial transformador
regional com alcance florestal.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 59
Marcus Vinicius, estudante, em visita à Biblioteca do nEA da unidade Jacareí – SP
Via VotoRantim (GRi eC8)
uma das maneiras de investir na juventude
é destinar recursos aos Fundos dos Direitos
da Criança e do Adolescente (FIA). O
mecanismo, instituído pelo Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA), estimula os
contribuintes a direcionar parte do Imposto
de Renda devido aos programas e projetos
de atenção aos direitos desse público.
Desde 2004, as empresas do Grupo
Votorantim adotam a prática e, a partir de
2006, foi estruturado o Via Votorantim,
um programa que integra e alinha todas
as destinações ao FIA, assegurando o
encaminhamento de recursos a programas
de qualidade.
O grande diferencial do programa é o
acompanhamento dos projetos apoiados,
com oficinas de capacitação para
profissionais das entidades responsáveis
por sua execução e membros dos Conselhos
Municipais dos Direitos da Criança e do
Adolescente (CMDCA), fortalecendo a rede
de proteção à criança e ao adolescente
dos municípios atendidos. Além disso, o
programa envolve diretamente funcionários
da Votorantim no acompanhamento dos
projetos apoiados, por meio de visitas e
relatórios de monitoramento. Em 2008,
foram desenvolvidos os seguintes projetos:
Projeto Vida – Seu objetivo é recuperar
a autoestima de crianças e adolescentes
que apresentam desinteresse pela escola,
falta de motivação e de perspectiva e que
estão expostos ao mundo das drogas.
Desenvolvido em Arroio Grande (RS),
visa alcançar crianças e adolescentes dos
bairros mais críticos do município. As
atividades incluem:
• Práticas esportivas (futebol, vôlei,
basquete e capoeira);
• Oficina de dança, teatro, música,
serigrafia e confecção de brinquedos;
• Oficinas de saúde e higiene;
• Oficinas de leitura e informática;
• Dinâmicas de grupo e palestras sobre
autoestima, socialização, sexualidade,
prevenção do uso de drogas e Doenças
Sexualmente Transmissíveis;
• Oficinas direcionadas aos familiares.
unidade acolhedora da Criança e
do adolescente – O Conselho Tutelar
do município de Brasilândia (MS) tem
aplicado medidas de proteção às crianças
e adolescentes que sofrem negligência,
violência e maus tratos no ambiente
familiar, são abandonadas ou precisam
ser afastadas da família de origem. nesse
contexto, o projeto tem como objetivo
oferecer abrigo qualificado, com proteção,
cuidados e acompanhamentos psicológico
e social que atendam às necessidades
básicas das crianças e dos adolescentes.
As atividades incluem:
• Abrigamento;
• Cursos e atividades de artes, recreação
e lazer;
• Reforço escolar e apoio à frequência e
assiduidade escolar;
• Palestras, reuniões e atendimentos
dirigidos aos familiares;
• Ações direcionadas à restituição dos
vínculos familiares.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200860
jovem aprendiz – Em Cerrito (RS),
muitas famílias estão na linha de extrema
pobreza por falta de trabalho. nesse
contexto, muitos jovens são impedidos
de continuar os estudos, não têm acesso
a vestuário e material didático e incidem
em problemas como gravidez precoce, uso
abusivo de álcool e drogas, isolamento e
depressão. Alguns cometem delitos e são
recolhidos em unidades de internação.
Para enfrentar essa situação, o projeto
promove a inclusão de adolescentes no
mercado de trabalho, proporcionando-lhes
novos conhecimentos, motivação e resgate
da autoestima, cidadania e dignidade. As
atividades incluem:
• Apoio aos adolescentes para
regularização de documentação;
• Cursos de informática e relações
humanas;
• Acompanhamento dos jovens nos
locais de trabalho e avaliações com os
contratantes;
• Encontros mensais para troca de
experiência;
• Palestras sobre sexualidade e prevenção
ao uso de drogas.
Formando jovens para o Futuro – O
município de Monteiro Lobato (SP) abriga
muitas famílias pobres e com dificuldade
de acesso à profissionalização. Esse quadro
se estende aos jovens, que se encontram
desmotivados e expostos a problemas
como alcoolismo, dependência química,
gravidez precoce e envolvimento em
infrações. O projeto pretende proporcionar
aos adolescentes e a seus familiares
atividades de qualificação profissional e
oportunidade de inserção no mercado
de trabalho.
As atividades incluem:
• Cursos profissionalizantes nas áreas de
mecânica e elétrica, incluindo temas
como meio ambiente e saúde, qualidade
total, matemática aplicada, informática,
empreendedorismo, ética e cidadania.
• Cursos profissionalizantes para familiares
na área da construção civil.
abrigo municipal – O projeto, executado
em Santa Branca (SP) tem por objetivo
abrigar provisoriamente crianças e
adolescentes vítimas de maus tratos ou
abuso sexual, órfãos e abandonados,
enquanto seus pais ou responsáveis se
estruturam para recebê-los novamente.
Inclui a oferta de atendimento
qualificado, infraestrutura adequada e
apoio lúdico-pedagógico que promovam
o desenvolvimento desse público. As
atividades incluem:
• Abrigamento;
• Aulas de dança, música e informática;
• Atividades de reforço escolar;
• Encaminhamento para outras atividades
socioeducativas da rede pública de
atendimento.
Centro de informática educativa –
Taquarivaí, na região de Capão Bonito (SP)
apresenta altos índices de vulnerabilidade
e pobreza. nesse contexto crescem as
ameaças aos adolescentes, expressas no
contato com as drogas, abuso sexual e
falta de oportunidades de qualificação
profissional. Assim, o projeto busca
fornecer aos adolescentes mais
vulneráveis suporte psicossocial e
iniciativas de qualificação profissional.
As atividades incluem:
• Construção de um espaço físico de
atendimento em terreno cedido pela
Prefeitura Municipal;
• Curso de informática;
• Atividades de reforço escolar;
• Palestras sobre sexualidade, DST e
dependência química;
• Atendimento psicossocial aos
adolescentes e a seus familiares.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 61
demoCRatização CuLtuRaL (GRi eC8)
A VCP também investe em projetos que tornem o jovem participante da cultura, possibilitando seu acesso a experiências artísticas. Por meio
do Programa para Democratização Cultural, desenvolve uma série de atividades direcionadas à população de baixa renda, especialmente
jovens, em regiões com poucas opções e aparelhos culturais.
PRojetos CuLtuRais
ação descrição
Biblioteca Pública PelotenseRestauração, recuperação e modernização do edifício histórico da biblioteca, caracterizada por um rico acervo
documental, de grande importância para a história do Brasil.
Caravana do Cinema Brasileiro
Realização de mostra gratuita de cinema, com a produção nacional recente, em escolas, centros comunitários, praças e ruas, seguidas de debate com o público acerca dos temas retratados nos filmes. Acontece em 32
municípios do Vale do Paraíba, Litoral norte e Serra da Mantiqueira, todos no Estado de São Paulo, que não possuem sala de cinema.
Circuito EstradaforaCaravana inflável itinerante que compreende exibições de filmes nacionais, apresentações teatrais, realização
de palestras para educadores da rede pública de ensino, além de atividades com artistas locais, como saraus e apresentações musicais.
Concertos pelo Brasil
Realização de 84 concertos de músicas erudita e instrumental em 43 cidades de 12 estados. O projeto visa oferecer à sociedade apresentações gratuitas das Orquestras Bachiana Jovem, Orquestra de Câmara do Estado de Mato
Grosso, além de outros grupos nacionais e internacionais. As apresentações serão realizadas em locais públicos como forma de comemorar os 90 anos do Grupo Votorantim.
III Festival de Cinema de Guararema
Realização de um festival de cinema com projeções gratuitas de filmes de curta e longa metragens. O evento conta com oficinas de produção audiovisual, exibições diurnas e noturnas (praça pública e Teatro Municipal), debates com
cineastas e personalidades, seminários sobre meio ambiente, além de passeios ecológicos.
Kinema: Linguagem Audiovisual e Educação
Formação em audiovisual para estudantes e professores da rede pública da região do Vale do Paraíba. Compreende também formação de acervo audiovisual e exibição de filmes.
Quadra – Pessoas e IdeiasFormação e desenvolvimento artístico de jovens na área de dança contemporânea, além de intercâmbios nacional e internacional de ideias para o desenvolvimento humano (eventos, discussões, debates) envolvendo instituições,
pesquisadores, estudantes e a comunidade no aprimoramento da Pesquisa de Tecnologia do Convívio.
Som MaiorRealização do Festival de Música Estudantil, além de oito workshops de música, teatro e literatura
e um show cultural no Teatro Municipal de Piracicaba.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200862
PouPança FLoRestaL
O Poupança Florestal é um programa de
inclusão social e distribuição de renda que
consiste em financiar toda a cadeia de
produção do eucalipto, desde o preparo
do solo até o fornecimento de mudas
de última geração e assistência técnica
pela Emater/RS-Ascar. A agrossilvicultura
(plantio consorciado de outras culturas nas
lavouras de eucalipto) é incentivada por
meio da doação de sementes, estimulando
a fixação do homem no campo. no
ano passado, mais de 56 toneladas de
sementes foram doadas a partir do projeto-
satélite Floresta à Mesa, beneficiando 162
produtores. Desde 2006, 485 produtores já
foram beneficiados com a doação de 176
toneladas de sementes, em uma área de
9.365 hectares.
A VCP garante a compra da madeira a
preço predeterminado e corrigido pelo
mesmo índice aplicado no financiamento.
Convênio firmado com o Banco Real
assegura taxas de juros competitivas para
os produtores, não exige a propriedade
como garantia e permite a utilização de
mão de obra familiar remunerada.
Os mais de 700 participantes do
programa passaram por treinamento
no Centro Regional de Qualificação de
Produtores Rurais de Canguçu (Cetac),
da Emater/RS-Ascar, onde receberam
aulas práticas e teóricas sobre manejo
e legislação ambiental. Ao todo, o
Poupança Florestal abrange 28 municípios
da metade Sul do Estado.
O programa valeu à VCP a inclusão no
relatório Creating Value for All: Strategies
for Doing Business With the Poor (Criando
Valores para Todos: Estratégias para Fazer
negócios Com os Pobres), produzido
pelo Programa das nações unidas para o
Desenvolvimento (PnuD). A Companhia
foi uma das três empresas brasileiras
relacionadas no estudo inédito que
apresenta diferentes exemplos de como
o setor privado está trabalhando para
reduzir a pobreza e contribuindo para o
desenvolvimento humano.
O estudo concentrou-se nas ações que
podem ser adotadas para incluir as
pessoas de baixa renda no mercado global,
como consumidores, trabalhadores e
produtores. O relatório demonstra ainda
os desafios de fazer negócio em mercados
caracterizados pela falta de infraestrutura
e de informação e relata como as empresas
lidam com essas dificuldades.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 63
IMPOSTOS E InVESTIMEnTOS nO MSno Mato Grosso do Sul, a construção da nova fábrica de celulose – Projeto Horizonte – significa um acréscimo importante de recolhimento de impostos para Estado e município. Do total de investimentos, cerca de 20% correspondem a equipamentos importados; cerca de 35% foram utilizados para a compra de equipamentos da indústria nacional; e aproximadamente 15% custearam as obras civis.
Para sustentar este investimento, a Companhia atuou em 16 programas ambientais na região. Entre os principais projetos desenvolvidos estão: qualificação da mão-de-obra regional; recuperação da vegetação natural; adequação de infra-estrutura e saúde; educação ambiental e relacionamento com a comunidade. As parcerias e incentivos realizadas com o Estado e municípios da região também foram fatores decisivos para que a nova fábrica fosse construída com indicadores econômicos e sociais de desenvolvimento.
imPaCtos indiRetos (GRi eC9)
Várias iniciativas foram adotadas pela
VCP na gestão dos impactos econômicos
indiretos decorrentes de sua atividade. As
ações concentraram-se em Três Lagoas,
no Mato Grosso do Sul, mas envolveram
também operações realizadas no estado
de São Paulo. Os impactos econômicos
indiretos são causados basicamente por
ações e programas de capacitação para
as comunidades do entorno das fábricas
e florestas. As iniciativas compreendem
projetos de caráter socioambiental, na busca
do desenvolvimento sustentável do negócio.
Programa ieL (instituto euvaldo Lodi)
– Tem como objetivo qualificar empresas
fornecedoras para adequação às exigências
do mercado em atendimento e qualificação
técnica. Iniciado em junho de 2008,
beneficiou 19 empresários do município
de Três Lagoas que atuam em diversos
segmentos (construtoras, floricultura,
empresas de informática, gráficas, bebidas,
agência de publicidade, vidro e decoração,
mecânica, restaurantes, florestal,
iluminação e financeira). Com investimento
R$ 54 mil, a expectativa é desenvolver
fornecedores locais, estimulando melhoria
e modernização na gestão das empresas,
incremento da competitividade, novos
negócios, novos mercados, transparência
dos critérios técnicos exigidos pelo
mercado para fornecimento e qualificação
da prestação de serviço.
Projetos Colmeias e apicultura
integrada e sustentável – Colocam
as florestas de eucaliptos da VCP à
disposição para a produção de mel.
Incluem programas de formação de
apicultores, de capacitação em gestão do
negócio e rastreabilidade da produção;
construção de infraestrutura para colheita
e beneficiamento dos produtos apícolas;
criação de indicadores da produtividade
de mel; e fortalecimento da atividade
apícola. Desenvolvido em Capão Bonito
(SP), desde 2005, pela Associação de
Produtores Rurais do Bairro dos Moreiras
(Aprubam), com o apoio da VCP, o
Colmeias foi estendido para Itapeva e
Itapetininga. Em 2008, contava com 42
apicultores diretamente envolvidos no
projeto, que utilizam 17 mil hectares de
florestas de eucalipto (pasto apícola).
Entre 2005 e 2007, foi administrado pela
OnG Ecoar Florestal, tarefa assumida no
decorrer do ano pela Arkhé Assessoria e
Consultoria Socioambiental. no ano, a
Empresa destinou R$ 95 mil para o projeto.
no Mato Grosso do Sul ele foi iniciado
em 2008, com o compromisso da VCP de
auxílio técnico. A gestão será executada
pelo SEBRAE-MS.
Foto Aérea – unidade VCP – MS
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200864
Curso de tecnólogo de silvicultura –
Realizado pela Faculdade de Tecnologia de
São Paulo (Fatec), forma profissionais para
as atividades de planejamento, execução
e controle de manejo e produção florestal.
O projeto, com o apoio do Instituto
Votorantim, teve início em 2008, em Capão
Bonito (SP), beneficiando 80 jovens.
Projeto sementes do Futuro – Apoia o
desenvolvimento do sistema de produção
de sementes florestais nativas no município
de Ribeirão Grande (SP), visando à
conservação ambiental e geração de renda
para as comunidades rurais envolvidas.
Iniciado em 2005, por meio de parceria
com a Associação Ecoar Florestal, conta
com a participação de 42 coletores, que
obtiveram em 2008 um retorno de R$ 53
mil com a venda de sementes.
Projeto de desenvolvimento do Polo
madeireiro – Criado a partir de um
convênio com a Associação da Indústria
Madeireira de Capão Bonito (ASSIM),
prevê a venda de uma quantidade
predeterminada de madeira, a preço de
custo, pela VCP às madeireiras associadas
por um período de 10 anos. O objetivo
principal do projeto é o fomento à
indústria madeireira local, gerando
emprego e renda para o município. Em
2008 foram fornecidos 29.436,25m3.
CLientes
Responsabilidade sobre o produto
A preocupação com a qualidade, a saúde
e a segurança dos produtos está presente
em todas as etapas de produção, da
concepção de um projeto ao resultado
final. Anualmente, são realizadas pesquisas
para identificar as necessidades de planos
de ação sobre aspectos relevantes, que
direcionam ações preventivas ou corretivas.
Para a Companhia, a satisfação e a
segurança de seus parceiros comerciais
vêm em primeiro lugar. (GRI PR1)
A celulose e os papéis fabricados pela
VCP são produtos estáveis sob condições
normais de manuseio e estocagem, não
oferecendo riscos à saúde e à segurança
do cliente. Vários papéis possuem
aprovação para utilização em contato com
alimentos, atendendo à Portaria 177 da
Anvisa, como para os casos dos papéis
couché e térmicos. O papel autocopiativo
já foi analisado pelo Instituto Adolpho
Lutz, que considerou não existir problema
toxicológico para a saúde dos usuários. O
papel apergaminhado formulário contínuo
faz parte da composição dos papéis
couché, atendendo também à Portaria 177.
Todo e qualquer problema que cause
complicações de utilização, danos ao
produto do cliente, ou cuja especificação
esteja em desacordo com o estabelecido
pelo cliente (aspectos técnicos, logísticos,
embalagem etc.) ou ainda que provoque
segregação e/ou separação pelo cliente,
é registrado formalmente no Formulário
de Atendimento a Reclamação Cliente
Celulose. Conforme o procedimento
interno de atendimento de reclamações –
mercados interno e externo –, é realizada
uma análise técnica da queixa, que dará
origem ao Relatório Técnico ao Cliente.
Esse material é documentado e fica
armazenado no Departamento de Suporte
e Soluções Técnicas a Clientes.
imPaCtos na saúde e seGuRança (GRi PR1)
avaliação na fase de ciclo de vida do produto Celulose (1) Papel
Desenvolvimento do conceito do produto Sim nA
Pesquisa e desenvolvimento Sim nA
Certificação Sim nA
Fabricação e produção Sim nA
Marketing e promoção Sim nA
Armazenamento, distribuição e fornecimento Sim nA
uso e serviço Sim nA
Disposição, reutilização ou reciclagem nA nA
(1) Celulose Kraft Branqueada de Eucalipto processos ECF (Elemental Chlorine Free) e VCF (Votorantim Chlorine Free), isentos de cloro elementar
nA - não se aplica
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 65
avaliação na fase de ciclo de vida do produto
Celulose (1) Papel
Terceirização de componentes do produto ou serviço
nA nA
Conteúdo, principalmente com respeito a substâncias que possam provocar impacto ambiental ou social
De acordo com políticas e procedimentos internos
De acordo com políticas e procedimentos
internos
uso seguro do produto ou serviço
De acordo com políticas e procedimentos internos são
impressos, nos dois lados do fardo, informações sobre o produto como tipo (ECF ou
VCF), data, linha de produção, nº de lote, unidade, código do
produto e código de barras.
nos produtos Copimax e Maxcote está ilustrado o
modo correto que o usuário deve manusear as caixas, a fim de que não ocorram acidentes.
Para os demais produtos este indicador não é aplicável.
Disposição do produto e impactos ambientais/sociais
Todo material é reciclável e pode ser reutilizado.
Indicação da reciclagem como método preferencial de
descarte para os produtos destinados ao consumidor final.
RotuLaGem
Há procedimentos internos na VCP que garantem a identificação e rastreabilidade dos
fados de celulose, através da impressão, nos dois lados opostos dos fardos de toda celulose
produzida de informações sobre o tipo de produto (ECF ou VCF), data e linha de produção,
nº de lote/unidade e código do produto e código de barras. Além disso, de acordo com o
produto a ser produzido é utilizada a cor de tinta:
ECF – Impressão na cor verde.
VCF – Impressão na cor preta. (GRI PR3)
Os papéis das marcas Copimax e Maxcote, destinados ao consumidor final, levam em
sua embalagem informações sobre as características do produto e o descarte preferencial
através da reciclagem, visando mitigar impactos ambientais e sociais. Cerca de 93% das
embalagens dos produtos VCP são recicláveis, como as dos produtos IMAGE, PRInTMAX,
TOPPRInT, TERMOSCRIPT, TERMOTICKET, TERMOLABEL, TERMOLOT, EXTRACOPY, MAXCOTE,
STARMAX, e TERMOCOPY são recicláveis, sendo a embalagem do produto COPIMAX a única
exceção por conter BOPP (polipropileno biorientado) em sua composição. Os materiais das
bobinas são 100% recicláveis.
inFoRmaçÕes na RotuLaGem (GRi PR3)
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200866
Bobinas de Papel – unidade Piracicaba – SP
satisFação de CLientes
Ao longo dos últimos anos, a VCP tem
desenvolvido vários projetos estratégicos
com seus principais clientes, no intuito
de fortalecer ainda mais a cadeia de
produção. Com o objetivo de obter
aperfeiçoamento de processos, melhor
aproveitamento de celulose, assim como
conferir características específicas aos
produtos dos clientes, são estabelecidos
acordos de cooperação, pelos quais a
VCP transfere conhecimento técnico na
produção de vários tipos de papéis e divide
os ganhos advindos dessas iniciativas.
Desde 2002, a Companhia possui uma
sistemática anual de avaliação de
satisfação de clientes, de acordo com
a norma ISO 9000-2000. O objetivo é
alcançar no mínimo 80% de satisfação.
Caso esse índice não seja obtido, são
estabelecidos planos de ações para
elevar o coeficiente. O levantamento da
impressão é feito por meio de contatos
telefônicos diários, visitas comerciais
e técnicas, feiras e eventos do setor,
assim como durante visitas de clientes às
instalações da Companhia.
A pesquisa realizada em 2008 apontou
um índice de satisfação superior a 80% e
indicou pontos de melhoria. Como planos
de ação, estão previstos: realizar um road show com clientes na Europa e Ásia, em
2009; e colocar em prática os acordos de
cooperação estabelecidos com uPM
e GP-uSA.
Além disso, em 2008 a VCP contratou a
consultoria Roland Berger para realizar
uma pesquisa mais aprofundada das
necessidades dos seus clientes e identificar
pontos fortes e fracos, de forma a oferecer
serviços e produtos mais adequados
e, assim, ampliar sua participação
no mercado de celulose. no primeiro
estágio, que deverá levar dois anos, esse
trabalho será desenvolvido no continente
europeu, que representa cerca de 60% das
exportações de celulose da VCP e 40% do
consumo mundial de celulose. (GRI PR5)
Vários programas e iniciativas marcam
o relacionamento com os clientes,
destacando-se:
Foco do cliente – A VCP entende que
trabalhar “no foco do cliente” não significa
meramente tomar parte em um projeto,
mas sim absorver e praticar uma filosofia
de trabalho. Diversas ações vêm sendo
criadas, visando sempre a uma maior
compreensão de cada segmento.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 67
Programa VCP olho na Qualidade
– Criado para esclarecer dúvidas e
desenvolver uma rede de convertedores
que utilizam os papéis autocopiativos da
VCP, garantindo o uso correto do produto e
a qualidade na confecção de bobinas para
PDV/ECF e formulários multivias. Quem
participa ganha um selo comprovando
a autenticidade dos papéis, oferecendo
maior confiabilidade aos clientes.
Programa Garantia VCP Performance
total – Desenvolvido com o objetivo de
criar um diferencial competitivo para
os convertedores que compram papéis
térmicos VCP, atuam corretamente no
mercado, utilizam o papel correto para
a aplicação correta e, constantemente,
encontram-se diante de concorrentes
que utilizam papéis inadequados para
determinada aplicação. O programa
abrange a qualidade em toda a cadeia,
desde a compra da matéria-prima,
manuseio e conversão, buscando a
garantia da imagem adequada para o
produto final.
Certificação para gráficas – Programa
VCP de EcoEficiência na Gráfica – De
maneira pioneira, e em parceria com a
Escola Senai Theobaldo De nigris, foi
lançado, em maio de 2008, o Programa
VCP de Ecoeficiência na Gráfica
implantado inicialmente em quatro
gráficas do segmento promocional, todas
em São Paulo. Para 2009, a previsão
é certificar mais 8 gráficas, incluindo
empresas fora do estado. O objetivo é
disseminar os conceitos de ecoeficiência
e produção ambientalmente responsável.
Foram avaliados quesitos como gestão
de resíduos e de tintas, desperdício,
tratamento de seus efluentes etc.
Gerenciamento de relações com o cliente
A VCP é signatária do Código Brasileiro
de Autorregulamentação Publicitária,
que condena a propaganda enganosa.
Todas as iniciativas de marketing
adotadas para seus produtos respeitam
a legislação vigente, a ética e as normas
de referências locais e internacionais. A
Companhia não vende produtos proibidos
em certos mercados ou que sejam objetos
de questionamento por parte de seus
stakeholders. (GRI PR6)
ConFoRmidade
na esfera judicial, a VCP não sofreu ação
judicial de grande relevância no que se
refere à infração a normas e regulamentos
nos últimos três anos. Ao longo de 2008,
a Companhia esteve envolvida, como
autora ou requerida, em 50 processos
administrativos e ações judiciais cíveis,
criminais e trabalhistas, que foram pagos
ou aguardaram decisão no decorrer dos
anos de 2006 a 2008. (GRI SO8)
Em 2008, a VCP sofreu seis processos
administrativos relacionados a questões
ambientais, sendo: dois Termos de Ajuste
de Conduta (TACs) firmados, ambos
herdados dos respectivos ex-proprietários
das fazendas Limoeiro, em Resende
(RJ) – Procedimento Administrativo
1.30.008.000134/2006-60 – e São
Miguel, em natividade da Serra (SP) –
Procedimento Investigatório 02/1999;
Inquéritos Civis do Ministério Público do
Estado de São Paulo – Promotoria de
Justiça Cível – nº 18/2008 (Jacareí),
nº 02/2008 (São Luiz do Paraitinga),
nº 02/2008 (Salesópolis), nº 03/2008 e
nº 11/2008 (Promotoria de Justiça Regional
do Meio Ambiente do Vale do Paraíba).
Também foram computadas duas
advertências imputadas pela Polícia
Militar Ambiental do Estado de São Paulo,
referentes à supressão de vegetação nativa
em estágio secundário inicial em área de
0,04 ha e corte de duas árvores nativas
sem autorização do órgão ambiental
competente, na Fazenda Santa Terezinha
5 (Jacareí/SP). Por ter sido enquadrado na
Resolução Estadual SMA 37/2005, o auto
de infração ambiental não foi valorado,
pelo fato de a Empresa não ser reincidente.
Recebeu ainda multa no valor de R$ 5.100,
em favor do Fundo nacional Antidrogas
(Funad), por venda de produtos químicos
por CnPJ não habilitado para tanto.
(GRI En28)
Informações sobre: Estratégia Social – página 18 e Desempenho Social – página 88
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200868
06.A VCP comercializou 1,2 milhão de toneladas de celulose e
391 mil de papel, alcançando a meta de volumes estabelecida
para 2008. A receita líquida somou R$ 2,5 bilhões, sendo
47% em exportações e 56% representada por celulose. no
ano, destacou-se o crescimento de 13% na demanda mundial
por celulose de eucalipto, foco de atuação da companhia.
desemPenHo eConômiCo
o setor de Celulose e Papel
Em 2008, a produção brasileira de
celulose cresceu 6,7% para 12,8 milhões
de toneladas, posicionando o País como
quarto maior produtor mundial e líder
na produção de celulose de eucalipto.
A projeção da Associação Brasileira de
Celulose e Papel (Bracelpa) destaca a
competitividade da Indústria Brasileira em
um cenário de queda de preço do produto
que provocou fechamento de capacidades
de indústrias norte-americanas e
europeias. A produção de papel atingiu 9,2
milhões de toneladas, aumento de 1,6%
em relação ao ano anterior, com o 12º
maior volume no ranking mundial.
As indústrias do setor recolheram cerca
de R$ 2,2 bilhões em impostos e suas
exportações somaram uS$ 5,8 bilhões
(FOB), o equivalente a 16% do saldo da
balança comercial brasileira.
A área plantada soma 6,0 milhões de
hectares no País, sendo 1,7 milhão cultivado
para fins industriais. De acordo com a
Bracelpa, 2,7 milhões de hectares são
de florestas preservadas. O setor detém
certificações internacionais para 2,2 milhões
de hectares de florestas, com atestado de
que executam manejo correto e cumprem
normas de proteção do meio ambiente e da
biodiversidade. Adicionalmente, a indústria
mantém acordos para produção de madeira
com aproximadamente 16,5 mil pequenos e
médios produtores rurais, que cultivam 344
mil hectares no País.
<< BOBInA DE PAPEL STARMAX – unIDADE PIRACICABA – SP
PRODuçãO BRASILEIRA DE CELuLOSE E PAPEL
14
Milh
ões
t
Crescimento Médio Anual
Celulose 7,6%
Papel 5,7%
12
10
8
6
4
2
0
CELuLOSE
PAPEL
1970
0,8
1,1
1980
3,1
3,4
1990
4,4
4,7
2005
10,4
8,6
2006
11,2
8,7
2008
12,8
9,2
2007
12,0
9,0
VCP
REL
ATó
RIO
An
uAL
DE S
uSTE
nTA
BILI
DADE
200
8
69
DESEMPEnHO
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200870
desemPenHo dos neGÓCios
Apesar da crise econômica mundial, a VCP
encerrou o exercício de 2008 com
1,6 milhão de toneladas vendidas – 1,2
milhão de celulose e 391 mil toneladas
de papel. O volume total manteve-se
inalterado em relação a 2007, mas
individualmente houve crescimento de
9% em celulose (1,1 milhão de toneladas
no ano anterior), alcançando a meta
estabelecida para o ano. Mesmo com o
recuo de 22% no volume vendido de papel
(499 mil toneladas em 2007), o volume
superou em 3%, ou 11 mil toneladas, a
meta de 2008.
COMPOSIçãO DO VOLuME – 2007
31%
69%
DESTInO DAS VEnDAS – 2007
(VOLuME, EM MIL TOnELADAS)
39% 40%
61% 60%
COMPOSIçãO DO VOLuME – 2008
DESTInO DAS VEnDAS – 2008
(VOLuME, EM MIL TOnELADAS)
PAPEL
CELuLOSE
MERCADO InTERnO
MERCADO EXTERnO
PAPEL
CELuLOSE DE MERCADO
PAPEL
CELuLOSE
MERCADO InTERnO
MERCADO EXTERnO
VOLuME DE VEnDAS
(MIL TOnELADAS)
1.5921.201
391
2008
1.5971.098
499
2007
1.612942
670
2006
1.493867
626
2005
1.459844
615
2004
25%75%
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 71
CELuLOSE – COMPOSIçãO DE VEnDAS
DESTInO DAS EXPORTAçÕES – CELuLOSE
30%
10%
60%
CeLuLose
O bom desempenho industrial permitiu elevar
em 9% o volume de vendas de celulose, que
alcançou 1.201 mil toneladas em 2008. O
mercado externo respondeu por 76% do
volume (79% em 2007) e 78% da receita
líquida do produto (82% no ano anterior).
no acumulado do ano, o preço médio
manteve-se praticamente estável em
reais, com variação positiva de 0,5% e
comportamento inverso nos dois semestres.
nos primeiros seis meses, a elevação
dos preços compensou a valorização do
câmbio, enquanto no segundo semestre
houve queda dos preços em dólares, que foi
compensada pela rápida desvalorização do
real a partir de setembro.
Os estoques mundiais dos produtores de
celulose de fibra curta encerraram o ano
com 53 dias equivalentes de consumo,
acima dos 32 dias observados em
dezembro de 2007, mas abaixo dos 59 e
60 dias de outubro e novembro de 2008,
respectivamente.
A demanda por celulose de eucalipto se
destacou no mercado de fibras totais,
encerrando o ano com crescimento
próximo de 12%, fundamentada
pela atuação em um mercado com
comportamento mais inelástico (tissue
– papéis sanitários), competitividade em
custos e por substituição de outras fibras.
O custo caixa de produção elevou-se
13% em comparação a 2007, encerrando
o ano a R$ 533. Esse comportamento
foi influenciado pela alta nos produtos
químicos e energia elétrica e aumento do
custo com madeira, devido principalmente
ao maior raio médio da madeira
transportada.
ÁSIA
AMÉRICA DO nORTE
EuROPA
CuSTO CAIXA DE CELuLOSE (R$/T) *
* Inclui Conpacel
457 469 464 470533
2004 2005 2006 2007 2008
78%
22%
2008
82%
18%
2007
76%
24%
2008
Volume Receita líquida
79%
21%
2007
MERCADO InTERnO
MERCADO EXTERnO
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200872
PaPeL
no acumulado do ano, foram
comercializadas 391 mil toneladas de
papel, superando em 3% a previsão para
o período. A redução de 22% no volume,
quando comparado a 2007, reflete o
reposicionamento estratégico de presença
seletiva em papéis, com desinvestimentos
e exercício do direito de venda da
participação de 40% na joint venture com
a Ahlstrom, em Jacareí, e pela troca de
ativos (unidade Luiz Antonio pelo Projeto
Horizonte) com a International Paper.
Dessa forma, os volumes de papéis de
imprimir e escrever, couché e cut-size
não são comparáveis. no caso dos
autocopiativos e térmicos, o aumento
no volume vendido foi de 6%, havendo
perspectivas de novo crescimento em
2009, quando o novo coater de Piracicaba
já estiver operando a plena capacidade.
PAPÉIS – MIX DE PRODuTOS PAPÉIS – COMPOSIçãO DAS VEnDAS
22%
32%
46%
2008
26%
38%
36%
2007
26%
42%
32%
2008
Volume Receita líquida
29%
48%
23%
2007
ESPECIAIS/OuTROS
REVESTIDOS
nãO REVESTIDOS
REVESTIDOS E ESPECIAIS MERCADO InTERnO
nãO REVESTIDOS MERCADO InTERnO
MERCADO EXTERnO
25%
68%
7%
2008
27%
60%
13%
2007
31%
54%
12%
2008
Volume Receita líquida
32%
49%
20%
2007
Com presença seletiva em produtos de
maior valor agregado, a VCP manteve
importante fatia do mercado de papéis
revestidos e não revestidos e aumentou
sua participação em especiais (térmicos
e autocopiativos). A instalação de um
novo coater em Piracicaba permitirá
ampliar esses volumes em 2009.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 73
Em 2008, a companhia manteve
importante fatia do mercado de papéis
revestidos e não revestidos e aumentou
sua participação no segmento de papéis
especiais (térmicos e autocopiativos).
no que se refere ao mix de vendas da
VCP, papéis não revestidos reduziram sua
participação no portfólio total, passando
de 48% em 2007 para 42%, conforme
estratégia definida de participação seletiva
em papéis e alto valor agregado.
O mercado interno ganhou mais
relevância, passando a representar 88% do
volume de vendas de papel, somando-se às
contribuições das unidades de Piracicaba e
Conpacel, e pela distribuidora KSR. A VCP
continua sua parceria com a Ahlstrom por
meio do fornecimento de celulose para
continuidade das operações da empresa
finlandesa em Jacareí, além de atuar como
representante de vendas de papéis dos
mercados gráfico e de distribuição.
Papel ecoeficiente – A VCP fez, em 2008,
uma ampla abordagem sobre o uso de
papel ecoeficiente que produz. Por meio
de uma Análise de Ciclo de Vida (ACV),
mostrou a grandes players do segmento a
importância do ciclo natural do papel com
as marcas VCP. Esse trabalho foi realizado
em parceria com institutos independentes,
como a Fundação Espaço Eco – uma das
maiores referências em sustentabilidade
no Brasil.
Fardo de Celulose
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200874
desemPenHo FinanCeiRo
Receita líquida – A receita líquida totalizou
R$ 2,5 bilhões, 5% inferior à de 2007. O
desempenho reflete a redução de 5% do
preço médio, principalmente pela queda
dos preços médios de papéis revestidos e
não revestidos – efeito da competição no
mercado local – e pela maior participação
de celulose na composição da receita,
que representou 56% do faturamento. O
mercado interno respondeu por 53% da
receita líquida (54% em 2007).
COMPOSIçãO DA RECEITA – 2007
DISTRIBuIçãO DA RECEITA – 2007
COMPOSIçãO DA RECEITA – 2008
DISTRIBuIçãO DA RECEITA – 2008
PAPEL
CELuLOSE
RECEITA LÍQuIDA (R$ MILHÕES)
2.4871.393
1.094
2008
2.6141.271
1.343
2007
2.8921.130
1.762
2006
2.7721.067
1.705
2005
2.9821.127
1.855
2004
PAPEL
CELuLOSE
MERCADO InTERnO
MERCADO EXTERnO
PAPEL
CELuLOSE
MERCADO InTERnO
MERCADO EXTERnO
49%
46% 47%
51%
54% 53%
56%
44%
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 75
Custo dos produtos vendidos – A
margem bruta foi reduzida de 34%
em 2007 para 32% em 2008, variação
explicada principalmente pela inflação
sobre insumos químicos observada ao
longo do ano. As reduções de custos e
os ganhos de produtividade industrial
compensaram apenas parcialmente esses
efeitos em 2008, e se consolidarão no
resultado de 2009.
despesas com vendas – As despesas com
vendas alcançaram R$ 259 milhões, 4%
inferior a 2007. Essa queda reflete o menor
volume de vendas de papel e o impacto
positivo das renegociações de contratos
de frete internacional em parceria com
o Grupo Votorantim. Em relação à
receita líquida, as despesas com vendas
mantiveram a participação de
t10% em 2008.
despesas gerais e administrativas – As
despesas gerais e administrativas, de
cerca de R$ 132 milhões, cresceram 7%
devido às despesas não recorrentes com
reestruturação corporativa e aquisição da
Aracruz, além do dissídio anual que incidiu
sobre o custo da mão de obra. O programa
de redução de despesas fixas compensou
parcialmente este efeito.
ebitda – A geração de caixa, expressa
pelo EBITDA (resultado antes de juros,
impostos, depreciação e amortização)
totalizou R$ 782 milhões, com margem
de 32%, dois pontos percentuais abaixo
do ano anterior. O resultado deve-se à
inflação observada nos principais insumos
no decorrer do ano.
Resultado financeiro – O resultado
financeiro representou despesa líquida
de R$ 1.515 milhões em 2008, em
comparação à receita de R$ 572 milhões
em 2007. Essa variação foi consequência,
principalmente, do efeito negativo da
desvalorização de 46% do real em relação
ao dólar, iniciada a partir do terceiro
trimestre de 2008, com impacto sobre os
empréstimos em moeda estrangeira. O
aumento no endividamento causado pela
correção cambial não gera necessidade de
desembolso imediato. A VCP controla sua
exposição financeira à moeda estrangeira
adequando seu fluxo de recebimentos
ao perfil de amortização da dívida. A
amortização da dívida segue o período
estabelecido em cada contrato e o prazo
médio de 3,5 anos com base em 31 de
dezembro de 2008.
imposto de Renda e Contribuição
social – A taxa efetiva de Imposto de
Renda e Contribuição Social foi de 37% em
2008 ante 14% em 2007, em decorrência
principalmente do resultado financeiro
negativo no período.
equivalência patrimonial – A VCP
contabilizou em 2008, via equivalência
patrimonial, valor negativo de R$ 493
milhões, inferior ao valor positivo de
R$ 42 milhões registrados em 2007. A
variação reflete as perdas com derivativos
da Aracruz, que tiveram impacto sobre o
resultado da empresa.
EBITDA (R$ MILHÕES)
MARGEM EBITDA
EBITDA E MARGEM *
1.269
43%
959
35%
1.113
38%
880
34%
782
32%
2004 2005 2006 2007 2008
* inclui participação pro forma de 50% no Conpacel, a partir de 2007
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200876
Lucro líquido – Como consequência, o prejuízo líquido do exercício de 2008 foi de R$ 1.312
milhões, inferior ao lucro líquido de R$ 838 milhões registrado em 2007.
endividamento – Em 31 de dezembro de 2008, a dívida financeira líquida da VCP era de
R$ 4,2 bilhões, o que representou aumento de R$ 2,8 bilhões sobre o endividamento líquido
em 31 de dezembro de 2007. Esse acréscimo decorre da necessidade de recursos para
conclusão do Projeto Horizonte, que teve sua capacidade inicial ampliada de
900 mil para 1,3 milhão de toneladas, e ao efeito do câmbio no endividamento em dólares.
O crescimento da alavancagem era previsto, respeitando o cronograma de investimentos e
expansão, e início da geração de caixa do Projeto Horizonte no segundo trimestre de 2009.
endiVidamento (em 31 de dezembRo)
2007 2008
dívida bruta total 2.662 4.741
R$ 334 556
uSD 2.328 4.185
Custo médio a.a 6,3% 6,1%
Prazo médio (anos) 5,0 3,5
% parcela de curto prazo 20% 44%
Caixa total (*) 1.308 529
R$ 820 314
uS$ 488 215
% parcela de curto prazo 100% 99%
dívida líquida 1.354 4.212
(+) 50% dívida líquida Conpacel 201 -
dívida líquida consolidada 1.555 4.212
PERFIL DE AMORTIZAçãO DA DÍVIDA BRuTA* – R$ MILHÕES
* não considera o fluxo de amortização de derivativos
2.033
458 420 526395
909
2009 2010 2011 2012 2013 2014 em diante
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 77
GeRação e distRibuição de RiQueza
(GRi eC1)
O valor adicionado em 2008 foi de R$ 2.198
milhões, distribuído entre terceiros (R$ 3.271
milhões, ou 149% do total, como pagamento
de juros a financiadores), profissionais
(R$ 332 milhões, ou 15% do valor adicionado,
na forma de salários e encargos sociais),
governo e sociedade (menos R$ 94 milhões) e
acionistas (menos R$ 1.310 milhões).
A DVA atualmente apresentada como parte
integrante das Demonstrações Contábeis,
atende aos critérios de elaboração e
apresentação exigido pelo CPC-09 (Comitê
de Pronunciamentos Contábeis) e pela
Deliberação CVM nº 557.
açÕes Como inVestimento
As ações preferenciais da VCP negociadas
na Bolsa de Valores de São Paulo
encerraram 2008 cotadas a R$ 17,93,
ou menos 66% em relação ao ano
anterior, enquanto o Ibovespa, que reúne
os papéis de maior liquidez, registrou
desvalorização de 41%. Os papéis da VCP
foram negociados em 100% dos pregões
da Bovespa, com crescimento de 24% no
número de negócios, com 128 milhões de
títulos, e de 2% no volume financeiro, que
totalizou R$ 4,8 bilhões.
na Bolsa de Valores de nova Iorque, a
última cotação dos ADRs nível III foi de
uS$ 7,93, recuo de 73% em dólares,
enquanto o índice Dow Jones registrou
queda de 34%. O Bloomberg Paper &
Forest Index Europe (BEuFRST) perdeu
52% e o Bloomberg Paper & Forest Index
uS (BuSFRST) desvalorizou-se 67%.
Viveiro de mudas – Florestal Extremo Sul
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200878
PRInCIPAIS InDICADORES (GRI 2.8)2004 2005 2006 2007 2008
Vendas (mil toneladas) Totais 1.459 1.493 1.611 1.597 1.591- Mercado interno 515 506 591 630 635- Mercado externo 944 987 1.020 967 956 Resultados (R$ milhões) Receita bruta 3.295 3.167 3.316 3.007 2.909- Mercado interno 1.843 1.795 1.942 1.792 1.742- Mercado externo 1.452 1.372 1.373 1.215 1.167Receita líquida 2.982 2.772 2.892 2.614 2.487Lucro bruto 1.472 1.199 1.172 899 799Lucro operacional 995 667 719 817 (1.785)EBITDA 1.269 959 1.113 880 782Lucro líquido 790 549 658 838 (1.312)margens Margem bruta 49% 43% 41% 34% 32%Margem EBITDA 43% 35% 38% 34% 32%Margem líquida 26% 20% 23% 32% -53%ações nº de ações (mil) 191.613 191.613 204.146 204.146 201.361nº de ações ex-tesouraria (mil) (1) 191.456 190.532 204.114 204.117 201.361Lucro (prejuízo) por ação (R$ mil) (1) 4,13 2,88 3,22 4,1 (6,51)Valor de mercado (R$ milhões) 8.297 5.557 8.486 11.065 2.263Montante de dividendos (R$ milhões) 288 280 320 318 -Financeiro (R$ milhões) Ativo total 6.989 8.462 9.264 11.002 11.464Patrimônio líquido 3.917 4.162 5.116 5.632 4.132Investimentos (2) 639 593 542 674 1.189Liquidez corrente (ativo/passivo circulante) 0,9 2,5 1,7 1,7 0,7Retorno sobre patrimônio líquido (3) 23% 14% 16% 16% -23%Dívida bruta (4) 2.300 3.277 3.080 2.876 4.741Dívida líquida (4) 1.077 1.874 1.647 1.555 4.212Dívida líquida/patrimônio líquido 27% 45% 32% 28% 102%operacionais nº de empregados próprios – São Paulo 3.580 3.497 3.313 2.111 2127nº de empregados próprios – Rio Grande do Sul 44 123 174 215 137nº de empregados próprios – Mato Grosso do Sul 416 640nº de empregados próprios – total 3.624 3.620 3.487 2.742 2.904nº de empregados de terceiros – São Paulo 3.998 4.130 4.039 2.965 3.199nº de empregados de terceiros – Rio Grande do Sul 841 884 713 928 741nº de empregados de terceiros – Mato Grosso do Sul 1.013 898nº de empregados de terceiros – total 4.839 5.014 4.752 4.906 4.838nº de empregados total (5) 8.463 8.634 8.239 7.648 7.742Produtividade (R$ mil/funcionário) 823 765 829 953 855Produtividade (t/funcionário) 403 412 462 582 547Produção papel (mil t) (6) 597 602 611 424 318Produção celulose (mil t) 1.347 1.372 1.444 1.394 1.263
* Informações correspondem à VCP e às suas subsidiárias e controladas, com exceção da Aracruz Celulose S.A. (12,4%), exceto quando indicado de outra forma. Os indicadores diferem das demonstrações financeiras auditadas, as quais incluem a consolidação proporcional na Aracruz. Da mesma forma, os resultados da participação na Ahlstrom VCP Indústria de Papéis S.A. (“JV”), até o momento anterior à venda da participação da VCP em Agosto 2008 e da e da Ripasa S.A. Celulose e Papel (50%) até a formação do consórcio, também são reconhecidos pela equivalência patrimonial.
(1) Grupamento das ações em 2004, na proporção 200 para 1. Os anos anteriores foram ajustados para manter a compatibilidade; (2) não inclui as aquisições das participações na Aracruz e na Ripasa (2005); (3) Patrimônio líquido inicial; (4) Consolidado 50% da dívida da Ripasa a partir de janeiro de 2007; (5) não considera os temporários; (6) Exclui papel base para a produção de papel revestido.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 79
RECEITA LÍQuIDA – R$ MILHÕES
EBITDA E MARGEM *
RESuLTADO LÍQuIDO – R$ MILHÕES
RESuLTADO OPERACIOnAL – R$ MILHÕES
EBITDA (R$ MILHÕES)
MARGEM EBITDA
1.269
43%
959
35%
1.113
38%
880
34%
782
32%
2004 2005 2006 2007 2008
2.982 2.772 2.892 2.6142.487
790549 658
838
-1.312
2004 2005 2006 2007 2008
995667 719 817
-1.785
2004 2005 2006 2007 2008
* inclui participação pro forma de 50% no conpacel a partir de 2007
2004 2005 2006 2007 2008
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200880
VALOR DE MERCADO – R$ MILHÕES
PRODuTIVIDADE – R$ MIL/FunCIOnÁRIO
DÍVIDA LÍQuIDA – R$ MILHÕES
InVESTIMEnTOS (R$ MILHÕES)
639 593 542674
1.189
2004 2005 2006 2007 2008
1.077
1.874 1.647 1.555
4.212
2004 2005 2006 2007 2008
823 765 829953
855
2004 2005 2006 2007 2008
8.297
5.557
8.486
11.065
2.263
2004 2005 2006 2007 2008
Informações sobre: Estratégia de negócios – página 16 e Gestão Econômica – página 34
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 81
DESEMPEnHO AMBIEnTAL
Consolidado (R$ mil) 2006 2007 2008
investimentos 16.531 7.200 28.450
Resíduos 14.392 5.443 11.175
Emissões 0 0 4.807
Recursos hídricos 1.744 845 5.498
Revegetação de áreas degradadas e proteção de áreas 0 0 8
Remediação de áreas contaminadas 0 0 0
Gestão ambiental 0 856 247
Outros investimentos ambientais 395 56 915
Custeio 17.678 23.862 23.496
Resíduos 2.117 2.623 4.795
Emissões 136 15 776
Recursos hídricos 12.366 15.527 10.710
Revegetação de áreas degradadas e proteção de áreas 376 1.185 2.804
Remediação de áreas contaminadas 0 0 0
Gestão ambiental 2.339 4.124 3.775
Outros custeios ambientais 344 388 636
Programas básicos (mato Grosso do sul) 5.436
total 34.209 31.062 57.382
2006 2007 2008
jacareí (*)Volume (m3) 163.668.857 163.970.735 163.987.200
% 79% 80% 81%
Piracicaba
Volume (m3) 3.491.124 3.559.610 3.601.215
% 43% 45% 48%
Consolidado (R$ mil) 2006 2007 2008
jacareí Piracicaba jacareí Piracicaba jacareí Piracicaba
Total de energia economizada (GJ) 391.119,78 0 1.131.748,00 67.790,09 164.007,00 0
Aumento na eficiência 13% 0% 5% 5% 0,69% 0%
inVestimentos e Gastos em PRoteção ambientaL (GRi en30)
eCoeFiCiÊnCia
eneRGia eConomizada (GRi en5)
ÁGua ReCiCLada e ReutiLizada (GRi en10)
(*) Considerada apenas a água que recircula nas torres de resfriamento.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200882
Autossuficiência na matriz energética – unidade Três Lagoas – MS
Consumo de mateRiais, eneRGia e ÁGua
mateRiais usados (GRi en1)
Consumo de eneRGia indiReta (*) (GRi en4)
2006 2007 2008
materiais diretosPeso total (toneladas) 3.657.135 3.442.595 3.542.005
Volume total (litros) 59.704.545 164.208.423 216.206.428
não-renováveis
Peso total (toneladas) 109.630.449 85.012.800 81.796.554
Volume total (litros) 33.309.776 26.023.732 63.974.172
2006 2007 2008
Fontes não-renováveis
óleo Combustível 7A + 3A + Diesel (Forno de Cal) – kg
34.363.676 34.025.670 30.251.211
óleo Combustível 3A + Diesel (Vapor) – kg 10.665.698 5.377.546 5.419.120
Gás natural (nm3) 64.594.115 45.530.755 45.905.259
Fontes renováveisLicor negro + biomassa (t) 6.241.742 5.862.076 5.192.916
(*) unidade Jacareí
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 83
totaL de RetiRada de ÁGua PoR Fonte – (GRi en8)
eneRGia diReta ComPRada – Gj (GRi en3)
Fonte 2006 2007 2008
Captação superficial (m3)
Jacareí 35.643.155 33.444.915 30.593.485
Piracicaba 4.306.695 3.976.371 3.858.013
Captação subterrânea (m3)
Piracicaba 39.514 42.600 42.099
Consolidado (m3)
Jacareí 35.643.155 33.444.915 30.593.485
Piracicaba 4.346.209 4.018.971 3.900.112
2006 2007 2008jacareí Piracicaba jacareí Piracicaba jacareí Piracicaba
não-renováveis
Carvão 0 0 0 0 0 0
Gás natural 2.755.994 1.039.957 3.092.538 983.061 3.106.973 1057145
óleo 1.708.748 0 1.556.338 0 1.596.117 1064787
óleo combustível 0 0 0 0 0 0
Diesel 3.457 397 12.970 398 12.720 397
GLP 0 93.176 0 106.575 0 112.810
Renováveis
Biodiesel nA nA nA nA nA nA
Valores médios de captação subterrânea para 2006 e 2007, em Piracicaba, devido a problemas com hidrômetro.
Consumo de eneRGia eLétRiCa – Gj (GRi en4)
2006 2007 2008
Jacareí 2.978.061,7 3.129.150,3 2.625.181,6
Piracicaba 432.099,3 412.793,1 415.263,8
Florestal (*) 3.275,6 13.878,0 17.594,2
(*) Dados referem-se a São Paulo e Rio Grande do Sul, em 2006, e incluem Mato Grosso do Sul em 2007 e 2008
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200884
toneladas equivalentes de Co2
2006 2007 2008 Variação
jacareí
Emissões diretas 281.528 288.491 292.306 3.815
Quantidade de CO2 reaproveitada na planta de
PCC (Carbonato de Cálcio Precipitado) 11.001 10.257 8.196 -2.061
Emissões diretas (descontada a quantidade de CO2 reaproveitada) 270.527 278.234 284.110 5.876
Emissões indiretas (eletricidade importada) 3.494 1.772 3.174 -359
Piracicaba*
Emissões diretas 49.187 47.958 52.459 2.212
Emissões indiretas (eletricidade importada) 3.876 3.359 5.582 -2.223
Fonte 2006 2007 2008
Transporte ferroviário 2.336 2.336 2.336
Transporte marítimo 114.033 114.033 114.033
Total 116.368 116.368 116.368
Fonte 2006 2007 2008
Toneladas de CO2e 270.527 278.234 284.110
kg de nOx (nO e nO2) 1.117 1.081 1.128
kg de SOx (SO2 e SO3) 822 631 516
Consolidado 272.466 279.946 285.754
substâncias (kg)
Gás 141 B – Jacareí 69 176 125
Gás 134 A – Jacareí 6 6 4
Gás R-22 – Jacareí 1.768 1.394 1.443
Gás-R22 – Piracicaba 362 721 673
Soma 2.205 2.297 2.245
emissÕes de Gases de eFeito estuFa (GRi en16)
outRas emissÕes ReLeVantes de Gases de eFeito estuFa (GRi en17) – uso indireto de energia (t equivalentes de Co2)
emissÕes de substânCias destRuidoRas da Camada de ozônio (GRi en19)
emissÕes, eFLuentes e Resíduos
* Este controle está implantado na unidade Jacareí e a unidade Piracicaba deve replicá-lo a partir de 2009.
*As emissões de CO2 provenientes de automóveis não foram contabilizadas.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 85
Viveiro de mudas - unidade Florestal Capão Bonito – SP
jacareí Piracicabaemissões (kg) 2006 2007 2008 2006 2007 2008
nox (emissões diretas) 1.117.115 1.080.833 1.128.617 nD 72.358 54.900
nox (emissões indiretas) nD nD nD nD nD nD
nOx (outras emissões indiretas) nD nD nD nD nD nD
SOx (emissões diretas) 822.946 630.760 515.919 nA nA nA
SOx (emissões indiretas) nD nD nD nA nA nA
Poluentes orgânicos persistentes (POP) nD nD nD nA nA nA
Compostos orgânicos voláteis (VOC) nD nD nD nD nD nD
Poluentes atmosféricos perigosos (HAP) nD nD nD nD nD nD
Emissões de chaminé e fugitivas nD nD nD nD nD nD
Material particulado (MP) 1.585.070 695.358 1.029.942 nA nA nA
Outras (TRS) 74.365 30.740 30.739 nD nD nD
nox, sox, e outRas emissÕes atmosFéRiCas siGniFiCatiVas (GRi en20)
nD - não disponível; nA - não aplicável
desCaRte totaL de ÁGua, PoR QuaLidade e destinação (VoLume (m³/ano) (GRi en21)
2006 2007 2008 destinação método
Jacareí 30.088.655 30.215.074 22.111.414 Rio Paraíba do Sul Lodo ativado duplo estágio
Piracicaba 4.304.395 4.098.630 4.525.238 Rio Piracicaba Físico-químico e lodo ativado
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200886
2006 2007 2008Resíduos perigosos Piracicaba jacareí Piracicaba jacareí Piracicaba jacareí
Reúso - - - - - -
Re-refino 6,51 - 2,69 - 2,59 -
Reprocessamento/reciclagem 0,478 - 0,356 - 0,540 72
Compostagem - - - - - -
Co-processamento 48,82 - 60,04 - 62,64 32
Tratamento biológico - - - - - -
Incineração 0,045 - 0,467 - 0,035 0,23
Aterro sanitário interno - - - - - -
Aterro sanitário externo - - - - - -
total 55,86 - 63,13 - 65,90 105,23
Resíduos não perigosos
Reúso 37,84 - 51,89 - 88,84 -
Re-refino - - - - - -
Reprocessamento/reciclagem 576,16 - 433,73 - 9.856,65 3.390
Compostagem - - 643,27 - 3.623,43 -
Co-processamento 6.788,95 - 6.246,11 - 4.855,50 -
Tratamento biológico - - - - - -
Incineração nA - nA - nA -
Aterro sanitário interno - - 740,66 - - 131.042
Aterro sanitário externo 947,41 - 2.245,60 - 779,63 419
total 8.350,36 - 10.361,26 - 19.204,05 134.851
total geral 8.406,21 184.837 10.424,40 188.271 19.269,95 134.956,23
Gestão de Resíduos (t) (GRi en22)
biodiVeRsidade
PRoPRiedades em ÁReas PRoteGidas e/ou aLto índiCe de biodiVeRsidade (GRi en11)
2006 2007 2008
Total – dentro ou adjacente a áreas (km2) 230,82 230,82 230,82
Dentro de áreas (km2) (1) 192,68 192,68 192,68
Em áreas adjacentes (km2) (2) 38,14 38,14 38,14
(1) Refere-se a SP e RS. MS não tem áreas nessa situação; (2) Refere-se a RS. SP e MS não têm áreas nessa situação.
* As informações disponibilizadas para os anos de 2006 e 2007 para a unidade Jacareí foram estimadas (% correspondente a geração de resíduos industriais = 99% base 2008) e foram contabilizadas de maneira macro. A apuração detalhada, por tipo de resíduo, iniciou-se no ano de 2008.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 87
Habitats PRoteGidos ou RestauRados (km2) – 2008 (GRi en13)
esPéCies em RisCo de extinção – Lista iuCn* (GRi en15)
PRojeto PaPaGaio VeRdadeiRo – monitoRamento de ninHos aRtiFiCiais (50 ninHos)
2006 2007 2008
Criticamente ameaçadas 0 0 0
Ameaçadas 6 7 7
Vulneráveis 12 15 15
Quase ameaçadas 0 0 0
Mínimo de preocupação 0 0 0
Total de espécies afetadas 18 22 22
espécie nome comum Quantidade
Amazona aestiva papagaio-verdadeiro 8 (16%)
Otus atricapillus coruja-sapo 5 (10%)
Falco sparverius quiri-quiri 4 (8%)
Xiphocolaptes albicollis arapaçu 3 (6%)
Myiarchus ferox maria-cavaleira 1 (2%)
Passeriformes não identificados 3 (6%)
Habitats
protegidos
Habitats em revegetação permanente
Habitats em revegetação
provisóriaHabitats
suprimidosLocalização
(estado)
Floresta Atlântica 519,97 21,94 0 0 São Paulo
Cerrado 586,93 0 0 0 Mato Grosso do Sul
Pampa 608,11 1,43 0 0 Rio Grande do Sul
total 1.715,01 23,37 0 0
ConFoRmidade
2006 2007 2008
nº de processos 3 7 6
• Administrativos 3 5 6
• Judiciais 0 2 0
• Arbitragem 0 0 0
Valor monetário relativo a multas (R$) 0 0 5.100
• Pagas 0 0 5.100
• Pendentes por decisão 0 0 0
n° total de sanções não monetárias 0 0 1
muLtas e sançÕes ambientais (GRi en28)
Informações sobre: Estratégia Climática – página 17 e Gestão Ambiental – página 36
* não considera unidade Florestal Rio Grande do Sul
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200888
RECuRSOS InVESTIDOS EM TREInAMEnTO (R$ MILHÕES) (GRI LA10)
2006 2007 2008
4.105
4.585
3.705
DESEMPEnHO SOCIAL
tReinamento (HoRas) (GRi La10)
tiPo de atiVidades de tReinamento
Categoria 2006 2007 2008
Diretoria 16,00 208,00 48,00
Gerência 1.743,28 7.407,49 5.049,51
Administrativo 20.697,96 44.751,63 67.634,74
Operacional 29.168,71 79.713,19 410.958,96
Supervisão 23.559,99 14.762,79 22.839,93
Técnicos 43.598,90 80.769,04 56.658,38
Total 118.784,84 227.612,14 563.189,52
2006 2007 2008Participações Horas Participações Horas Participações Horas
Presenciais 7.744 118.220,42 17.109 227.205,12 22.005 562.694,95
Treinamento (on-line) 82 564,42 77 407,02 150 494,57
Videotreinamento e cartilhas 0 0 0 0 0 0
total 7.826 118.784,84 17.186 227.612,14 22.155 563.189,52
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 89
AnÁLISE DE DESEMPEnHO –
% DE PROFISSIOnAIS (GRI LA12)
2006 2007 2008
35,30%
40,67%
27,65%
Roberta, nelson, Paulo e José Renato no Módulo de Cavaco da unidade Florestal Capão Bonito – SP
aVaLiação de desemPenHototaL de CuRsos disPoníVeis
tReinamento
2006 2007 2008
Capacitação Técnica 206 434 393
Formação 50 139 178
Saúde e Segurança 160 79 70
Idiomas 10 55 59
Comportamental 26 39 25
Ambiental 8 17 19
Total 460 763 744
2006 * 2007 * 2008
Investimento por empregado (R$) 1062,89 1497,21 1579,06
Horas de treinamento por empregado 34,07 83,01 193,94
* Dados de 2006 e 2007 revistos.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200890
COnTRATAçãO LOCAL (% DO TOTAL)
90,381,1 86,787,4
80,569,4
2006 2007 2008
EMPREGADOS
ALTA GERênCIA
ContRatação LoCaL (GRi eC7)
Região (*) 2006 2007 2008
Centro-Oeste 0 0 0
Sudeste 164 121 109
Sul 3 3 2
Total 167 124 111
Região (*) 2006 2007 2008
Centro-Oeste 0,0% 48,6% 33,0%
Sudeste 90,3% 86,4% 86,7%
Sul 90,8% 92,6% 91,2%
Total 90,3% 81,1% 86,7%
Região (*) 2006 2007 2008
Centro-Oeste 0,0% 0,0% 0,0%
Sudeste 89,6% 84,6% 85,2%
Sul 37,5% 37,5% 25,0%
Total 87,4% 80,5% 69,4%
membRos da aLta GeRÊnCia ContRatados no LoCaL
% emPReGados PRÓPRios PRoVenientes da Comunidade LoCaL
% membRos de aLta GeRÊnCia PRoVenientes da Comunidade LoCaL
VCP não mantém operações nas Regiões norte e nordeste.
VCP não mantém operações nas Regiões norte e nordeste.
VCP não mantém operações nas Regiões norte e nordeste.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 91
La adipsustrud mod essit augait ad min henim velis nonsenim nostincipit laorer susci ea facipisi. Henim veliquat vulputem ero dolortiscin elissit luptat praese min utet iril dunt dit digniam iriustrud el in essi eriustin volore dolestrud duipit ute consequi blaortio eugue mincipi scilla consequis augait, con velestrud duisl eugiam dit la core tat. Duis
Profissionais reunidos na entrada da VCP-MS
2006 2007 2008
n° de lesões 50 37 30
Taxa de lesões (TL) 0,42 0,36 0,30
n° de doenças ocupacionais 5 4 3
Taxa de doenças ocupacionais (TDO) 0,042 0,039 0,029
n° de dias perdidos 22.983 7.646 6.964
Taxa de dias perdidos (TDP) 195,34 74,32 68,6
n° de dias com faltas 4.210,84 5.583,38 5.703,69
Taxa de absenteísmo (TA) 0,20 0,29 0,27
n° absoluto de óbitos 3 1 1
saúde e seGuRança (GRi La7)
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200892
ÍnDICE DE ABSEnTEÍSMO *
* Total de dias perdidos por faltas em relação ao total de dias/homem previstos para trabalho. Considera faltas justificadas e injustificadas e 250 dias de trabalho no ano.
** Dados de 2006 e 2007 revistos.
0,47%
0,21% 0,20%
0,29% 0,27%
2004 2005 2006 2007 2008
Claudio – Operador na sala de controle das extratoras de celulose – unidade Jacareí – SP
aFastados do tRabaLHo (GRi La7)
2006 2007 2008
acidentes de trabalho maternidade
tratamento de saúde
acidentes de trabalho maternidade
tratamento de saúde
acidentes de trabalho maternidade
tratamento de saúde
Total de licenciados
50 17 128 37 21 142 30 17 143
Licenças iniciadas
50 12 88 37 14 80 30 17 64
Total de dias perdidos
22.983 1.744 9.345 7.646 2.100 12.559 6.964 1.580 20.602
2004 2005 2006 2007** 2008
Total de ocorrências 124 66 50 37 30
Taxa de frequência 6,0 2,75 2,12 1,80 1,48
aCidentes na emPResa (*)
* Com afastamento.
** Dado de 2007 revisto.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 93
Profissionais em tempo integral
Contratos por prazo indeterminado ou permanente
Contratos por prazo determinado ou temporário
Região 2006 2007 2008 2006 2007 2008
Centro-Oeste 0 416 640 - - 1
Sudeste 3.314 2.111 2.127 - - 0
Sul 173 215 137 - - 0
Total 3.487 2.742 2.904 0 0 1
Contratados em tempo integral
Contrato de terceiro permanente
Contrato de terceiro projeto
Região 2006 2007 2008 2006 2007 2008
Centro-Oeste 0 1.013 898 0 4.379 6.836
Sudeste 4.037 2.971 3.199 0 0 0
Sul 713 928 741 0 0 0
Total 4.750 4.912 4.838 0 4.379 6.836
(*) Próprios e terceiros, exceto projeto.
PReVenção e ContRoLe de RisCos e doenças
PRÁtiCas tRabaLHistas
tipo de assistência abrangência
Aconselhamento Profissionais VCP e Terceiros
Prevenção e controle de risco Profissionais VCP e Terceiros
Tratamento Ambulatórios Médicos VCP e Rede Credenciada
Educação e treinamento Profissionais VCP e Terceiros
PRoGRamas de assistÊnCia (GRi La8)
tRabaLHadoRes PoR tiPo de emPReGo e ContRato (GRi La1)
Considerados empregados ativos e diretores (não considerados afastados e expatriados).
2006 2007 2008
norte 0 0 0
nordeste 0 0 0
Centro-Oeste 0 1.429 1.538
Sudeste 7.351 5.082 5.326
Sul 886 1.143 878
no exterior 0 0 0
Total 8.237 7.654 7.742
totaL de tRabaLHadoRes (*)
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200894
2006 2007 2008
Diretoria 9 8 6
Gerência 182 158 154
Administrativo 403 446 427
Operacional 1777 1420 1432
Supervisão 126 71 63
Técnicos 990 639 822
Total 3.487 2.742 2.904
totaL de PRoFissionais PRÓPRios
RotatiVidade (GRi La2)
2006 % 2007 % 2008 %
taxa de rotatividade – total 14,33% 10,44% 29,19%
Rotatividade por gênero (nº de demitidos)
Homens 426 12% 231 8% 559 19%
Mulheres 82 2% 94 3% 265 9%
Rotatividade por faixa etária (nº de demitidos)
Até 30 anos 221 6% 134 5% 391 13%
De 30 a 50 anos 247 7% 160 6% 399 14%
Mais de 50 anos 40 3% 31 1% 34 1%
Rotatividade por região (nº de demitidos)
Centro-Oeste 157 5% 52 2% 307 11%
Sudeste 351 10% 273 10% 289 10%
Sul - - 228 8%
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 95
mensal Por hora (220 h mensais)2006 2007 2008 2006 2007 2008
Salário mínimo nacional – R$ 350 380 415 1,5909 1,7273 1,8864
São Paulo - Menor salário pago (escriturário) – R$
410 517 549 1,8366 2,3500 2,4955
Proporção em relação ao salário mínimo (%)
117 136 132 117 - -
Florestal Sul – Menor salário pago (escriturário) – R$
406 431 528 1,8455 1,9591 2,64
Proporção em relação ao salário mínimo (%)
116 113 110 - - -
Mato Grosso do Sul – Menor salário pago (escriturário) – R$
- 404 415 - 1,8364 1,8864
Proporção em relação ao salário mínimo (%)
- 106 100 - - -
R$ milhões 2004 2005 2006 2007 2008
Salários 157 171 168 119 149
PPR + PRV 14 18 21 21 23
Encargos sociais compulsórios 41 69 64 52 62
Total de benefícios 34 39 45 36 49
RemuneRação
PRoPoRção saLaRiaL (GRi eC5)
FoLHa de PaGamento
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200896
TOTAL DE COLABORADORES
SInDICALIZADOS (HR5)
ReLação Com a emPResa
1.171
2006 2007 2008
757677
2008Cd (1)
nº participantes ativos 2,136
Valor das obrigações da Empresa (uS$ milhões) 55.204.992
Índice de cobertura do passivo 100%
Salário-base contribuição – empregado 4,65%
Salário-base contribuição – empresa 3,64%
% empregados participantes 94%
beneFíCios
diVeRsidade e iGuaLdade
PLano de Pensão (GRi eC3)
diVeRsidade* (GRi La13)
(1) CD: Contribuição Definida (Plano VotorantimPrev); CDV: Contribuição Definida Variável (Plano VCnE – fechado para novas adesões).
* Profissionais próprios.
Gênero Faixa etária (anos) Raça/corPessoas com deficiência
Homens mulheres até 30 30 a 50 mais de 50 brancos negros amarelos
Diretoria 6 0 - - - 6 - - -
Gerência 69 9 3 62 13 75 - 3 -
Administrativo 237 190 185 223 19 380 40 7 54
Operacional 1.351 81 541 833 58 1.139 290 3 33
Supervisão /técnicos 752 209 294 605 62 855 93 13 15
Total 2.415 489 1.923 1.723 152 2.455 423 26 102
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 97
PRoPoRção de saLÁRio de Homens e muLHeRes (R$ médio mensaL) (GRi La14)
2006 2007 2008Cargo Homens mulheres % Homens mulheres % Homens mulheres %
Diretoria nA nA - nA nA - nA nA -
Gerência 17.159,21 14.183,00 83% 16.917,39 16.079,00 95% 18.049,96 16.272,33 90%
Supervisão/Técnicos 4.526,96 3.169,31 70% 4.839,17 3.460,57 72% 4.767,88 3.315,14 70%
Administrativo 3.183,87 3.197,72 100% 3.311,49 3.185,87 96% 3.673,76 2.891,22 79%
Operacional 1.543,56 601,20 39% 1.270,24 512,14 40% 1.713,03 869,00 51%
2006 2007 2008
Mulheres 494 506 489
negros 122 118 116
Profissionais acima de 45 anos 631 454 479
Pessoas com deficiência 30 114 102
Mulheres em cargo de chefia 12 19 20
negros em cargo de chefia 2 3 3
ComPosição de GRuPos minoRitÁRios
Obs.: Salário-base em 31 de dezembro.
nA – não Aplicável – na VCP há apenas diretores homens.
diReitos Humanos
tReinamento em diReitos Humanos (GRi HR3)
tipos de atividade Participações Horas Participações Horas Participações Horas
Presenciais 1.241 5.632 2.972 12.630 3.590 36.421
Treinet (On-line) 0 0 0 0 0 0
Videotreinamentos e cartilhas 0 0 0 0 0 0
Total 1.241 5.632 2.972 12.630 3.590 36.421
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200898
COnTRIBuIçOES POLÍTICAS *
(VALOR R$ MIL)
2006 2007 2008
não houve
689.500
1.641
saúde e seGuRança oCuPaCionaL
número total2006 2007 2008 % treinado
Próprios 25 25 25 100%
Terceiros 59 75 81 100%
Total 84 100 106 100%
tReinamento de PessoaL de seGuRança (GRi HR8)
* Doações 100% no Brasil
Cidadania e FiLantRoPia CoRPoRatiVa/ inVestimento soCiaL PRiVado
Recursos financeiros investidos (R$ mil) 2007 2008
Programa de apoio a unidades de conservação 3.964 3.730
Programa de educação ambiental 43 122
Programa de monitoramento da qualidade das águas superficiais - 151
Programa comunicação e relacionamento 184
Programa fomento desenvolvimento empresarial 2 201
Programa monitoramento e controle operação transporte 6 85
Plano ambiental de construção 84
Programa adequação infraestrutura 135 853
Programa saúde pública 24 518
Total 4.173 5.928
inVestimento em inFRaestRutuRa e
seRViços em beneFíCio PúbLiCo – (GRi eC8)
(*) 100% doado no Brasil.
desenVoLVimento do CaPitaL Humano
média de HoRas de tReinamento (GRi HR3)
ContRibuiçÕes PoLítiCas* (GRi so6)
2006 2007 2008
Diretoria 1,78 26,00 8,00
Gerência 9,58 46,88 32,76
Administrativo 51,36 100,34 157,78
Operacional 16,41 56,14 286,95
Supervisão 186,98 207,93 362,50
Técnicos 44,04 126,40 68,71
Total 34,07 83,01 193,77
2006 2007 2008
Valor (R$ mil) 1.641 não houve 689,5
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 99
ConFoRmidade
PRoCessos
muLtas – (GRi so8)
sançÕes não monetÁRias (GRi so8)
2006 2007 2008
nº de processos pagos
Administrativos 4 6 4
Judiciais 0 1 1
Arbitragem 0 0 0
Total 4 7 5
nº de processos pendentes por decisão
Administrativos 25 27 43
Judiciais 0 1 7
Arbitragem 0 0 0
Total 25 28 50
2006 2007 2008
Pagas 259.149,11 441.887,57 154.553,90
Pendentes por decisão 88.052,00 88.416,00 51.815.558,75
Total 347.201,11 530.303,57 51.970.112,65
2006 2007 2008
Trabalhista SR SR SR
Tributária SR SR SR
Regulação contábil SR SR SR
Corrupção SR SR SR
Discriminação SR SR
Procedimento Preparatório nº 149/2008 do Ministério Público do Trabalho da 4ª Região. Trata-se de termo de ajustamento de conduta.
Violação à legislação SR SR SR
Total 0 0 0
SR – sem registro.
Informações sobre: Estratégia Social – página 18 e Gestão Social – página 44
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008100
ReLato da sustentabiLidade
Para a divulgação de seu desempenho, das
perspectivas e de seus modelos de gestão
em 2008, a VCP adotou pelo quarto ano
consecutivo as diretrizes internacionais
da Global Reporting Initiative (GRI), na
versão G-3. A GRI é uma rede de ação
global que colabora no desenvolvimento
de normas de elaboração de relatórios
de sustentabilidade, o que envolve as
dimensões econômica, social e ambiental
das empresas. (GRI 3.1)
A VCP apresenta documento com a
divulgação de seus resultados desde
1999, sendo que o último Relatório Anual
foi publicado em abril de 2007. Essa
estratégia visa estreitar o relacionamento
com os stakeholders – acionistas,
colaboradores, comunidades, fornecedores,
governo e clientes – além de servir como
ferramenta para aprimorar ainda mais seus
modelos de gestão. (GRI 3.2, 3.3)
O levantamento das informações deste
Relatório abrange o período de 1º de
janeiro a 31 de dezembro de 2008.
Os indicadores contemplam a área
administrativa, as unidades industriais e
florestais localizadas nos Estados de São
Paulo (Jacareí, Capão Bonito e Piracicaba)
e Mato Grosso do Sul (Três Lagoas). Os
dados não abrangem a participação de
50% da VCP no Consórcio Conpacel, a
participação em Aracruz, bem como as
terras e florestas localizadas no Estado do
Rio Grande do Sul, salvo quando expresso
o contrário. (GRI 3.6, 3.7, 3.8)
Para o levantamento dos indicadores
GRI e a elaboração da matriz de
materialidade, foi contratada a consultoria
Key Associados. A compilação dos
dados envolveu as principais áreas
da Companhia. A organização das
informações e dos capítulos priorizou a
transparência, com resultados divididos por
segmentos de negócios e as perspectivas
para 2009. Todos os dados, tanto de
natureza econômico-financeira como
ambientais e sociais, foram verificados
pela PricewaterhouseCoopers Auditores
Independentes. Alguns desses indicadores
foram revistos em relação aos dados
publicados no relatório anterior, como
consequência de ajustes, adequadção
da metodologia de cálculo e revisão.
Os indicadores financeiros seguiram as
disposições da Lei nº 11.638/07, que
alterou critérios para contabilização
de itens como ativos no exterior e
investimentos. (GRI 3.9, 3.10; 3.11, 3.13)
Mais informações sobre este relatório
podem ser obtidas com a área de Relações
com Investidores – Alameda Santos,
1357, 9º andar, São Paulo, SP, 01419-908
– e-mail: [email protected], telefone: 55 11
2138 4261/4361/4168/4287. (GRI 3.4)
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 101
ReLaCionamento Com PaRtes
inteRessadas
O conteúdo do Relatório Anual de
Sustentabilidade 2008 foi definido em um
processo de identificação da materialidade,
baseado em vetores internacionais
e nacionais e no diálogo com partes
interessadas, para a identificação e o
refinamento de temas relevantes para a
organização e os interesses dos públicos
internos e externos. Como parte desse
processo, destacam-se duas atividades de
engajamento de stakeholders: o Projeto
do Pensamento Sistêmico e o 1º Ciclo de
Diálogo entre as Partes Interessadas.(GRI
3.5, 4.14; 4.15; 4.16)
A primeira envolveu profissionais de
diferentes áreas (Sustentabilidade,
Relações com Investidores, Comercial,
Desenvolvimento Humano e
Organizacional, Suprimentos, entre
outras), em dois dias de debates e
exercícios de Pensamento Sistêmico. na
ocasião, foram coletadas informações
e opiniões, para identificar a percepção
interna a respeito das partes interessadas
sobre as quais a Empresa detém ou sofre
influência significativa.
A segunda atividade, o Ciclo de Diálogo,
contou com a participação de clientes,
fornecedores, representantes de governo,
comunidades e OnGs. Realizado na
sede da VCP, em São Paulo, reuniu
representantes dos seguintes públicos:
OnGs (Guarda Mirim de Piracicaba,
Som Maior, Ecoar Florestal, Centro
Comunitário Monte Alegre e Projeto
Muriqui, Casa da Floresta); governo
(Secretaria do Meio Ambiente de Jacareí);
fornecedores (Fertécnica); clientes
(Papirus); investidores (analista do Banco
Real / Grupo Santander) e público interno
(representado por profissionais das
áreas de Sustentabilidade, Relações com
Investidores e Comercial Celulose).
Essas práticas contribuíram
significativamente para a identificação
dos temas materiais, possibilitando que
o processo de engajamento amadureça
ao seu tempo, de forma estruturada e
consistente. nessa definição foram ainda
ponderados os compromissos assumidos
pela VCP com iniciativas externas (a
exemplo de Pacto Global, certificações
de qualidade e outras) e nos índices de
sustentabilidade em que está presente (ISE,
da Bovespa e Dow Jones Sustainability
Index, da nYSE). no eixo interno, levou-
se em conta as estratégias e políticas da
Companhia e os compromissos relatados
no Relatório de Sustentabilidade de 2007.
O processo permitiu identificar os principais
temas e preocupações dos públicos de
relacionamento da VCP (GRI 4.17):
• Compromissos Econômicos, Ambientais
e Sociais;
• Desempenho Econômico;
• Operações Florestais e Industriais;
• Políticas / Sistema de Gestão
do Meio Ambiente;
• Emissões, Efluentes e Resíduos;
• Investimento Social Privado;
• Indicadores de Práticas Trabalhistas;
• Atração e Retenção de Talento;
• Cidadania / Filantropia Corporativa.
Foram considerados 40 temas, dos quais
37 reconhecidos como materiais. De
acordo com o grau de relevância, foram
situados em quatro quadrantes da matriz
de materialidade, de forma a identificar os
aspectos que devem ser considerados na
versão eletrônica e no relatório impresso,
assim como os temas que não foram
considerados de relevância significativa
para o relato de 2008. Foram considerados
os temas que detiveram índices externo
e interno superior a 50%, a partir de
critérios de ponderação e definição dos
parâmetros construídos e determinados
pela consultoria externa.
Esses temas foram validados pela Diretoria
da VCP, considerados na elaboração deste
relatório e serão avaliados e trabalhados
como parte do planejamento estratégico
da organização.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008102
matRiz de mateRiaLidade – metodoLoGia etHos
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 103
Ciclo de diálogo com partes interessadas
temas para o Relatório impresso indicadores GRi
• Compromissos econômicos, ambientais e sociais 4.10, 4.11, 4.12. 4.13, En14, En26, En30
• Desempenho econômico EC1, En30
• Operações florestais e industriais En11, En12, En13, En15
• Políticas / Sistema de Gestão do Meio Ambiente En6, En18, En26, En30
• Emissões, efluentes e resíduos En16, En17, En19, En20, En21, En22, En23, En24, En25, En29
• Investimento social privado EC6, EC8
• Indicadores de práticas trabalhistas 4.5, EC3, EC5, LA1, LA2, LA3, LA4, LA5, LA6, LA13, HR5
• Atração e retenção de talento EC3
• Cidadania / filantropia corporativa SO6
• Compromissos voluntários (ex. Pacto Global, certificação FSC, etc.) 4.2, LA4, LA5, PR2, PR4, PR6
• Códigos de Conduta / compliance / corrupção e suborno SO3, SO4
• Conformidade legal, multas e sanções. LA7, LA9, PR2, PR3, PR4, PR6, PR7, PR9, En15, En24, En28
• Reclamações externas pertinentes1.2, 4.4, 4.12, 4.14, 4.15, 4.16, 4.17, EC8, LA4, HR2, HR5, HR6, HR7,
HR9, SO5, SO6, SO7, SO8, PR2, PR4, PR5, PR7, PR8, En9, En11, En12, En13, En14, En15, En23, En24, En29
temas para o Relatório on-line – Completo
• Estratégias e objetivos para sustentabilidade En14, En26; 4.7, 4.9
• Matriz de materialidade e relacionamento com partes interessadas 3.5, 4.14, 4.15, 4.17
• Gestão de riscos: investimentos, negócios e seguros EC2, HR5, HR6, SO2, SO4
• Estratégias de negócios
• Investimento de capital EC4
• Missão, Visão e Valores da VCP 4.6, 4.8
• Satisfação de clientes PR5, PR8
• Gerenciamento de risco e crise, governança corporativa 1.2, SO3, SO4
• Gerenciamento de relações com o cliente PR6
• Seguros ambientais
• Fornecedores socioambientais (corretos) HR2, HR6, HR7
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008104
1 – base de Cálculo 2008 Valor (mil reais) 2007 Valor (mil reais)
Receita líquida (RL) 2.487.099 2.614.364
Resultado operacional (RO) (1.787.079) 817.018
Folha de pagamento bruta (FPB) 282.704 191.435
2 – indicadores sociais internos Valor (R$ mil) % sobre FPb % sobre RL Valor (R$ mil) % sobre FPb % sobre RL
Alimentação 9.326 3,30% 0,37% 7.031 3,67% 0,27%
Encargos sociais compulsórios 62.328 22,05% 2,51% 51.685 27,00% 1,98%
Previdência privada 4.554 1,61% 0,18% 4.839 2,53% 0,19%
Saúde 12.814 4,53% 0,52% 9.773 5,11% 0,37%
Segurança e saúde no trabalho 4.836 1,71% 0,19% 2.538 1,33% 0,10%
Educação 0,40 0,00% 0,0% 80 0,04% 0,00%
Cultura 0 - - 0 - -
Capacitação e desenvolvimento profissional 4.598 1,63% 0,18% 3.181 1,66% 0,12%
Creches ou auxílio-creche 223 0,08% 0,01% 160 0,08% 0,01%
Participação nos lucros ou resultados 23.109 8,17% 0,93% 20.621 10,77% 0,79%
Outros 17.248 6,10% 0,69% 11.319 5,91% 0,43%
total – indicadores sociais internos 139.036 49,18% 5,59% 111.226 58,10% 4,25%
3 – indicadores sociais externos Valor (R$ mil) % sobre Ro % sobre RL Valor (R$ mil) % sobre Ro % sobre RL
Educação 3.112 -0,17% 0,13% 736 0,09% 0,03%
Cultura 0 0,00% 0,00% 0 0,00% 0,00%
Esporte 103 -0,01% 0,00% 2,42 0,00% 0,00%
Outros 1.238 -0,07% 0,05% 2484 0,30% 0,10%
total das contribuições para a sociedade 4.453 -0,25% 0,18% 3.222 0,39% 0,12%
Tributos (excluídos encargos sociais) 93.301 -5,22% 3,75% 163.797 20,05% 6,27%
total – indicadores sociais externos 97.754 -5,47% 3,93% 167.019 20,44% 6,39%
4 – indicadores ambientais Valor (R$ mil) % sobre Ro % sobre RL Valor (R$ mil) % sobre Ro % sobre RL
Investimentos relacionados com a produção/operação da Empresa 56.467 -3,16% 2,27% 31.006 3,80% 1,19%
Investimentos em programas e/ou projetos externos 915 -0,05% 0,04% R$56 0,01% 0,00%
total dos investimentos em meio ambiente 57.382 -3,21% 2,31% 31.062 3,80% 1,19%
Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” para minimizar resíduos, ao consumo em geral na produção/ operação e ao aumento da eficácia na utilização de recursos naturais, a Empresa
( ) não possui metas ( ) cumpre de 51% a 75%
( ) cumpre de 0% a 50% (X) cumpre de 76% a 100%
( ) não possui metas ( ) cumpre de 51% a 75%
( ) cumpre de 0% a 50% (X) cumpre de 76% a 100%
BALAnçO SOCIAL
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 105
5 – indicadores do Corpo Funcional 2008 2007
nº de empregados(as) ao final do período 2.904 2.742
nº de admissões durante o período 977 477
nº de empregados(as) terceirizados(as) 4.838 4.912
nº de estagiários(as) 32 0
nº de empregados(as) acima de 45 anos 479 454
nº de mulheres que trabalham na Empresa 489 506
% de cargos de chefia ocupados por mulheres 8,93% 7,98%
nº de negros(as) que trabalham na Empresa 116 118
% de cargos de chefia ocupados por negros(as) 1,34% 1,26%
nº de portadores(as) de deficiência ou necessidades especiais 102 114
6 – informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial 2008 meta 2009
Relação entre a maior e a menor remuneração na Empresa 77,53 nD
número total de acidentes de trabalho 30 nD
Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela Empresa foram definidos por: ( ) direção
(X) direção e gerências
( ) todos(as) empregados(as) ( ) direção
(X) direção e gerências
( ) todos(as) empregados(as)
Os padrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho foram definidos por:
(X) direção e gerências
( ) todos(as) empregados(as) ( ) todos(as) + Cipa
(X) direção e gerências
( ) todos(as) empregados(as)
( ) todos(as) + Cipa
Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à representação interna dos(as) trabalhadores(as), a Empresa: ( ) não se envolve
( ) segue as normas da OIT
(X) incentiva e segue a OIT ( ) não se envolverá
( ) seguirá as normas da OIT
(X) incentivará e seguirá a OIT
A previdência privada contempla: ( ) direção( ) direção e
gerências(X) todos(as)
empregados(as) ( ) direção( ) direção e
gerências(X) todos(as)
empregados(as)
A participação nos lucros ou resultados contempla: ( ) direção( ) direção e
gerências(X) todos(as)
empregados(as) ( ) direção( ) direção e
gerências(X) todos(as)
empregados(as)
na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade social e ambiental adotados pela Empresa:
( ) não são considerados ( ) são sugeridos (X) são exigidos
( ) não serão considerados ( ) serão sugeridos
(X) serão exigidos
Quanto à participação de empregados(as) em programas de trabalho voluntário, a Empresa: ( ) não se envolve (X) apoia
( ) organiza e incentiva ( ) não se envolverá (X) apoirá
( ) organizará e incentivará
número total de reclamações e críticas de consumidores(as):
na Empresa
nD
no Procon
nD
na Justiça
nD
na Empresa
nD
no Procon
nD
na Justiça
nD
% de reclamações e críticas atendidas ou solucionadas:
na Empresa
nD
no Procon
nD
na Justiça
nD
na Empresa
nD
no Procon
nD
na Justiça
nD
Valor adicionado total a distribuir (em mil R$): em 2008: 2.198.396 em 2007: 3.350.095
Distribuição do Valor Adicionado (DVA): (GRI EC1)
84% governo 15% colaboradores (as)
0% acionistas 149% terceiros 60% retido14% governo 11% colaboradores (as)
9% acionistas 50% terceiros 16% retido
7 – outras informações
Para esclarecimento sobre as informações declaradas: Relações com Investidores – tel.: (11) 2138-4361 – e-mail: [email protected]
Esta empresa não utiliza mão de obra infantil, trabalho degradante e análogo à escravidão, não tem envolvimento com prostituição ou exploração sexual de criança ou adolescente e não está envolvida com corrupção.
nossa empresa valoriza e respeita a diversidade interna e externamente.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008106
SuMÁRIO GRI (GRI 3.12)
Correlação com o Pacto Global
Princípio do Pacto Global
Página / Comentário
1. estRatéGia e anÁLise
1.1. Declaração do detentor do cargo com maior poder de decisão na organização (como diretor-presidente, presidente do conselho de administração ou cargo equivalente) sobre a relevância da sustentabilidade para a organização e sua estratégia.
3, 5
1.2. Descrição dos principais impactos, riscos e oportunidades. 21, 27
2. PeRFiL oRGanizaCionaL
2.1. nome da organização. 7
2.2. Principais marcas, produtos e/ou serviços. 7
2.3. Estrutura operacional da organização, incluindo principais divisões, unidades operacionais, subsidiárias e joint ventures.
7
2.4. Localização da sede da organização. 112
2.5. número de países em que a organização opera e nome dos países em que suas principais operações estão localizadas ou são especialmente relevantes para as questões de sustentabilidade cobertas pelo relatório.
7
2.6. Tipo e natureza jurídica da propriedade. 8
2.7. Mercados atendidos (incluindo discriminação geográfica, setores atendidos e tipos de clientes/ beneficiários).
7
2.8. Porte da organização. 8, 78
2.9. Principais mudanças durante o período coberto pelo relatório referentes a porte, estrutura ou participação acionária.
8
2.10. Prêmios recebidos no período coberto pelo relatório. 12, 13
3. PaRâmetRos PaRa o ReLatÓRio
Perfil do relatório
3.1. Período coberto pelo relatório (como ano contábil/ civil) para as informações apresentadas. 100
3.2. Data do relatório anterior mais recente (se houver). 100
3.3. Ciclo de emissão de relatórios (anual, bienal etc.). 100
3.4. Dados para contato em caso de perguntas relativas ao relatório ou seu conteúdo. 100
escopo e limite do relatório
3.5. Processo para a definição do conteúdo do relatório. 101
3.6. Limite do relatório (como países, divisões, subsidiárias, instalações arrendadas, joint ventures, fornecedores).
100
3.7. Declaração sobre quaisquer limitações específicas quanto ao escopo ou ao limite do relatório. 100
3.8. Base para a elaboração do relatório no que se refere a joint ventures, subsidiárias, instalações arrendadas, operações terceirizadas e outras organizações que possam afetar significativamente a comparabilidade entre períodos e/ou entre organizações.
100
3.9. Técnicas de medição de dados e as bases de cálculos, incluindo hipóteses e técnicas, que sustentam estimativas aplicadas à compilação dos indicadores e outras informações do relatório.
100
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 107
3.10. Explicação das consequências de quaisquer reformulações de informações fornecidas em relatórios anteriores e as razões para tais reformulações (como fusões ou aquisições, mudança no período ou ano-base, na natureza do negócio, em métodos de medição).
100
3.11. Mudanças significativas em comparação com anos anteriores no que se refere a escopo, limite ou métodos de medição aplicados no relatório.
100
sumário de conteúdo GRi
3.12. Tabela que identifica a localização das informações no relatório. 105
Verificação
3.13. Política e prática atual relativa à busca de verificação externa para o relatório. Se a verificação não for incluída no relatório de sustentabilidade, é preciso explicar o escopo e a base de qualquer verificação externa fornecida, bem como a relação entre a organização relatora e o (s) auditor (es).
100
4. GoVeRnança, ComPRomissos e enGajamento
Governança
4.1. Estrutura de governança da organização, incluindo comitês sob o mais alto órgão de governança responsável por tarefas específicas, tais como estabelecimento de estratégia ou supervisão da organização
1 a 10 24
4.2. Indicação caso o presidente do mais alto órgão de governança também seja um diretor executivo (e, se for o caso, suas funções dentro da administração da organização e as razões para tal composição).
1 a 10 24
4.3. Declaração do número de membros independentes ou não executivos do mais alto órgão de governança. 1 a 10 24
4.4. Mecanismos para que acionistas e empregados façam recomendações ou deem orientações ao mais alto órgão de governança.
1 a 10 23
4.5. Relação entre remuneração para membros do mais alto órgão de governança, diretoria executiva e demais executivos e o desempenho da organização (incluindo desempenho social e ambiental).
1 a 10 26
4.6. Processos em vigor no mais alto órgão de governança para assegurar que conflitos de interesse sejam evitados. 1 a 10 25, 29
4.7. Processo para determinação das qualificações e conhecimento dos membros do mais alto órgão de governança para definir a estratégia da organização para questões relacionadas a temas econômicos, ambientais e sociais.
1 a 10 24, 25
4.8. Declarações de missão e valores, códigos de conduta e princípios internos relevantes para o desempenho econômico, ambiental e social, assim como o estágio de sua implementação.
1 a 10 19, 25, 29
4.9. Procedimentos do mais alto órgão de governança para supervisionar a identificação e gestão por parte da organização do desempenho econômico, ambiental e social, incluindo riscos e oportunidades relevantes, assim como a adesão ou conformidade com normas acordadas internacionalmente, códigos de conduta e princípios.
1 a 10 15, 26
4.10. Processos para a autoavaliação do desempenho do mais alto órgão de governança, especialmente com respeito ao desempenho econômico, ambiental e social.
1 a 10 26
Compromissos com iniciativas externas
4.11. Explicação de se e como a organização aplica o princípio da precaução. 7 28
4.12. Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente de caráter econômico, ambiental e social que a organização subscreve ou endossa.
10
4.13. Participação em associações (como federações de indústrias) e/ou organismos nacionais/ internacionais. 30
engajamento dos stakeholders
4.14. Relação de grupos de stakeholders engajados pela organização. 101
4.15. Base para a identificação e seleção de stakeholders com os quais se engajar. 101
4.16. Abordagens para o engajamento dos stakeholders, incluindo a frequência do engajamento por tipo e por grupos de stakeholders.
101
4.17. Principais temas e preocupações que foram levantados por meio do engajamento dos stakeholders e que medidas a organização tem adotado para tratá-los.
101
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008108
InDICADORES DE DESEMPEnHO
Correlação com o Pacto Global
Princípio do Pacto Global
Página / Comentário
indiCadoRes de desemPenHo eConômiCo
Forma de gestão 1, 4, 6 e 711, 15, 16, 20, 23,
26, 27, 31, 34
desempenho econômico
eC1 Valor econômico direto gerado e distribuído, incluindo receitas, custos operacionais, remuneração de empregados, doações e outros investimentos na comunidade, lucros acumulados e pagamentos para provedores de capital e governos.
77
eC2 Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as atividades da organização devido a mudanças climáticas.
7 17
eC3 Cobertura das obrigações do plano de pensão de benefício definido que a organização oferece. 96
eC4 ajuda financeira significativa recebida do governo.
Indicador não é apresentado por
sensibilidade das informações.
Presença no mercado
eC5 Variação da proporção do salário mais baixo comparado ao salário mínimo local em unidades operacionais importantes.
1 95
eC6 Políticas, práticas e proporção de gastos com fornecedores locais em unidades operacionais importantes. 31, 32
eC7 Procedimentos para contratação local e proporção de membros de alta gerência recrutados na comunidade local em unidades operacionais importantes.
6 47, 90
impactos econômicos indiretos
eC8 Desenvolvimento e impacto de investimentos em infraestrutura e serviços oferecidos, principalmente para benefício público, por meio de engajamento comercial, em espécie ou atividades pro bono.
57 a 62, 98
eC9 Identificação e descrição de impactos econômicos indiretos significativos, incluindo a extensão dos impactos.
63, 64
indiCadoRes de desemPenHo ambientaL
Forma de gestão 7, 8 e 9 17, 18, 36
materiais
en1 Materiais usados por peso ou volume. 8 83
en2 Percentual dos materiais usados provenientes de reciclagem. 8, 9
A VCP não utiliza materiais recicláveis
em seu processo produtivo.
energia
en3 Consumo de energia direta discriminado por fonte de energia primária. 8 83
en4 Consumo de energia indireta discriminado por fonte primária. 8 81, 82
en5 Energia economizada devido a melhorias em conservação e eficiência. 8, 9 81
en6 Iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo de energia, ou que usem energia gerada por recursos renováveis, e a redução na necessidade de energia resultante dessas iniciativas.
8, 9 -
en7 Iniciativas para reduzir o consumo de energia indireta e as reduções obtidas. 8, 9 40
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 109
Água
en8 Total de retirada de água por fonte. ADIC. 8 83
en9 Fontes hídricas significativamente afetadas por retirada de água. 8 41
en10 Percentual e volume total de água reciclada e reutilizada. 8, 9 81
biodiversidade
en11 Localização e tamanho da área possuída, arrendada ou administrada dentro de áreas protegidas, ou adjacente a elas, e áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas.
8 43, 86
en12 Descrição de impactos significativos na biodiversidade de atividades, produtos e serviços em áreas protegidas e em áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas.
8 38
en13 Habitats protegidos ou restaurados. 8 43, 87
en14 Estratégias, medidas em vigor e planos futuros para a gestão de impactos na biodiversidade. 8 36, 43
en15 número de espécies na Lista Vermelha da IuCn e em listas nacionais de conservação com habitats em áreas afetadas por operações, discriminadas pelo nível de risco de extinção.
8 87
emissões, efluentes e resíduos
en16 Total de emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa, por peso. 8 84
en17 Outras emissões indiretas relevantes de gases de efeito estufa, por peso. 8 84
en18 Iniciativas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e as reduções obtidas. 7, 8, 9 38
en19 Emissões de substâncias destruidoras da camada de ozônio, por peso. 8 84
en20 nOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas, por tipo e peso. 8 85
en21 Descarte total de água, por qualidade e destinação. 8 85
en22 Peso total de resíduos, por tipo e método de disposição. 8 86
en23 número e volume total de derramamentos significativos. 8não foram registrados
en24 Peso de resíduos transportados, importados, exportados ou tratados considerados perigosos nos termos da Convenção da Basileia13 – Anexos I, II, III e VIII, e percentual de carregamentos de resíduos transportados internacionalmente.
8
não se aplica aos resíduos gerenciados,
que não foram transportados
internacionalmente
en25 Identificação, tamanho, status de proteção e índice de biodiversidade de corpos d’água e habitats relacionados significativamente afetados por descartes de água e drenagem realizados pela organização relatora.
8
O descarte não é significativo (0,9%
da vazão do Rio Paraíba do Sul e 0,2% do Rio
Piracicaba)
Produtos e serviços
en26 Iniciativas para mitigar os impactos ambientais de produtos e serviços e a extensão da redução desses impactos. 7, 8, 9 37, 38
en27 Percentual de produtos e suas embalagens recuperados em relação ao total de produtos vendidos, por categoria de produto.
8, 9não há recuperação
de produtos e embalagens
Conformidade
en28 Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não monetárias resultantes da não conformidade com leis e regulamentos ambientais.
8 67, 68
transporte
en29 Impactos ambientais significativos do transporte de produtos e outros bens e materiais utilizados nas operações da organização, bem como do transporte de trabalhadores.
8 38
Geral
en30 Total de investimentos e gastos em proteção ambiental, por tipo. 7, 8, 9 81
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008110
indiCadoRes de desemPenHo soCiaL
PRÁtiCas tRabaLHistas e tRabaLHo deCente
Forma de gestão 1, 3 e 6 17, 44
emprego
La1 Total de trabalhadores, por tipo de emprego, contrato de trabalho e região. 51, 93
La2 número total e taxa de rotatividade de empregados, por faixa etária, gênero e região. 6 94
La3 Benefícios oferecidos a empregados de tempo integral que não são oferecidos a empregados temporários ou em regime de meio período, discriminados pelas principais operações.
52
Relações entre os trabalhadores e a governança
La4 Percentual de empregados abrangidos por acordos de negociação coletiva. 1, 3 52
La5 Prazo mínimo para notificação com antecedência referente a mudanças operacionais, incluindo se esse procedimento está especificado em acordos de negociação coletiva.
3 52
saúde e segurança no trabalho
La6 Percentual dos empregados representados em comitês formais de segurança e saúde, compostos por gestores e por trabalhadores, que ajudam no monitoramento e aconselhamento sobre programas de segurança e saúde ocupacional.
1 48
La7 Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo e óbitos relacionados ao trabalho, por região.
1 91, 92
La8 Programas de educação, treinamento, aconselhamento, prevenção e controle de risco em andamento para dar assistência a empregados, seus familiares ou membros da comunidade com relação a doenças graves.
1 49, 50, 93
La9 Temas relativos a segurança e saúde cobertos por acordos formais com sindicatos. 1 48
treinamento e educação
La10 Média de horas de treinamento por ano, por funcionário, discriminadas por categoria funcional. 88
La11 Programas para gestão de competências e aprendizagem contínua que apoiam a continuidade da empregabilidade dos funcionários e para gerenciar o fim da carreira.
44
La12 Percentual de empregados que recebem regularmente análises de desempenho e de desenvolvimento de carreira.
45, 89
diversidade e igualdade de oportunidades
La13 Composição dos grupos responsáveis pela governança corporativa e discriminação de empregados por categoria, de acordo com gênero, faixa etária, minorias e outros indicadores de diversidade.
1, 6 96
La14 Proporção de salário base entre homens e mulheres, por categoria funcional. 1, 6 97
diReitos Humanos
Forma de gestão 1, 2, 3, 4, 5 e 6 56
Práticas de investimento e de processos de compra
HR1 Percentual e número total de contratos de investimentos significativos que incluam cláusulas referentes a direitos humanos ou que foram submetidos a avaliações referentes a direitos humanos.
1, 2, 3, 4, 5 e 6 33, 56
HR2 Percentual de empresas contratadas e fornecedores críticos que foram submetidos a avaliações referentes a direitos humanos e as medidas tomadas.
1, 2, 3, 4, 5 e 6 33
HR3 Total de horas de treinamento para empregados em políticas e procedimentos relativos a aspectos de direitos humanos relevantes para as operações, incluindo o percentual de empregados que recebeu treinamento.
1, 2, 3, 4, 5 e 6 98
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 111
não discriminação
HR4 número total de casos de discriminação e as medidas tomadas. 1,2 e 6 53
Liberdade de associação e negociação coletiva
HR5 Operações identificadas em que o direito de exercer a liberdade de associação e a negociação coletiva pode estar correndo risco significativo e as medidas tomadas para apoiar esse direito.
1, 2 e 3 52
trabalho infantil
HR6 Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência de trabalho infantil e as medidas tomadas para contribuir para a abolição do trabalho infantil.
1, 2 e 5 33, 56
trabalho forçado ou análogo ao escravo
HR7 Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência de trabalho forçado ou análogo ao escravo e as medidas tomadas para contribuir para a erradicação do trabalho forçado ou análogo ao escravo.
1, 2 e 4 33, 56
Práticas de segurança
HR8 Percentual do pessoal de segurança submetido a treinamento nas políticas ou procedimentos da organização relativos a aspectos de direitos humanos que sejam relevantes às operações.
1 e 2 53, 98
direitos indígenas
HR9 número total de casos de violação de direitos dos povos indígenas e medidas tomadas. 1 e 2 56
soCiedade
Forma de gestão 10 18, 54, 55
Comunidade
so1 natureza, escopo e eficácia de quaisquer programas e práticas para avaliar e gerir os impactos das operações nas comunidades, incluindo a entrada, operação e saída.
54, 55
Corrupção
so2 Percentual e número total de unidades de negócios submetidas a avaliações de riscos relacionados a corrupção. 10 29
so3 Percentual de empregados treinados nas políticas e procedimentos anticorrupção da organização. 10 29
so4 Medidas tomadas em resposta a casos de corrupção. 10 29
Políticas públicas 10
so5 Posições quanto a políticas públicas e participação na elaboração de políticas públicas e lobbies. 1 a 10 30
so6 Valor total de contribuições financeiras e em espécie para partidos políticos, políticos ou instituições relacionadas, discriminadas por país.
10 55
Concorrência desleal
so7 número total de ações judiciais por concorrência desleal, práticas de truste e monopólio e seus resultados.
não foram registradas
Conformidade
so8 Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não monetárias resultantes da não conformidade com leis e regulamentos.
99
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008112
Autodeclarado
C C+ B+ A+2002“de acordo com” B A
Obrig
atór
io
níVeL de aPLiCação GRi
A VCP declara ter atingido nível A+ de aplicação do GRI/G3, com dados econômico-
financeiros, sociais e ambientais auditados e nível de aderência verificado pela
PricewaterhouseCoopers.
ResPonsabiLidade PeLo PRoduto
Forma de gestão 1 e 8 64
saúde e segurança do cliente
PR1 Fases do ciclo de vida de produtos e serviços em que os impactos na saúde e segurança são avaliados visando melhoria, e o percentual de produtos e serviços sujeitos a esses procedimentos.
1 64
PR2 número total de casos de não conformidade com regulamentos e códigos voluntários relacionados aos impactos causados por produtos e serviços na saúde e segurança durante o ciclo de vida, discriminados por tipo de resultado.
1não foram registrados
Rotulagem de produtos e serviços
PR3 Tipo de informação sobre produtos e serviços exigida por procedimentos de rotulagem, e o percentual de produtos e serviços sujeitos a tais exigências.
8 65
PR4 número total de casos de não conformidade com regulamentos e códigos voluntários relacionados a informações e rotulagem de produtos e serviços, discriminados por tipo de resultado.
8não foram registrados
PR5 Práticas relacionadas à satisfação do cliente, incluindo resultados de pesquisas que medem essa satisfação. 66
Comunicações de marketing
PR6 Programas de adesão às leis, normas e códigos voluntários relacionados a comunicações de marketing, incluindo publicidade, promoção e patrocínio.
66
PR7 número total de casos de não conformidade com regulamentos e códigos voluntários relativos a comunicações de marketing, incluindo publicidade, promoção e patrocínio, discriminados por tipo de resultado.
não foram registrados
PR8 número total de reclamações comprovadas relativas à violação de privacidade e perda de dados de clientes. 1não foram registradas
Compliance
PR9 Valor monetário de multas (significativas) por não conformidade com leis e regulamentos relativos ao fornecimento e uso de produtos e serviços.
não foram registradas
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 113
InFORMAçÕES CORPORATIVAS
ConseLHo de administRação
Paulo Henrique de Oliveira Santos –
Presidente
João Carvalho de Miranda
José Luciano Penido
ConseLHo FisCaL/ComitÊ
de auditoRia
Samuel de Paulo Matos
João Carlos Hopp
Haroldo do Rosário Vieira
diRetoRia exeCutiVa
José Luciano Penido – diretor-presidente
Ari Borg – diretor Comercial
Celulose
Carlos Roberto Paiva Monteiro – diretor
de engenharia
Francisco Fernandes Campos Valério –
diretor técnico e industrial
Marcelo Strufaldi Castelli – diretor
de negócio Papel,
supply Chain e estratégia
Miguel Caldas – diretor de
desenvolvimento
Humano e organizacional
Paulo Prignolato – diretor de Finanças
e Relações com investidores
endeReço
VCP – Votorantim Celulose e Papel
Alameda Santos, 1.357 – 6º andar
01419-908 – São Paulo – SP – Brasil (GRI 2.4)
www.vcp.com.br
CnPJ: 60.643.228/0001-21
IE: 100.550.127.115
seRViços aos inVestidoRes /
dePaRtamento de aCionistas
serviço de ações escriturais
Assessoria de Investfone
Banco Itaú
Tel.: 55 11 5029-7780
Fax: 55 11 3247-3120
Av. Engenheiro Armando de Arruda
Pereira, 707 - 10º andar
Bairro: Jabaquara – São Paulo
04344-902 – São Paulo – SP
banCo dePositÁRio dos adss níVeL iii
The Bank of new York
Shareholder Relations
P.O. Box 11258
Church Street Station
new York, nY 10286-1258
Tel.: 1 610 382-7836
e-mail: [email protected]
www.stockbny.com
esPeCiaLista em adss na boLsa de
VaLoRes de noVa YoRk – nYse
LaBranche & Co
Tel.: 1 212 820-0411
55 Broadway, 25th Floor
new York, nY 10006 - uSA
e-mail: [email protected]
CÓdiGos de neGoCiação nas boLsas
nível I – Bovespa: VCPA4
ADR nível III – nYSE: VCP
uma ADR equivale a uma ação preferencial
ReLaçÕes Com inVestidoRes
Paulo Prignolato – Diretor
Gustavo C. Barreira – Gerente
Mara B. Dias
Anna Laura F. Linkewitsch
Alameda Santos, 1.357 – 9º andar
01419-908 – São Paulo – SP – Brasil
Tel.: 55 11 2138-4261
Fax: 55 11 2138-4066
e-mail: [email protected]
auditoRes indePendentes
Terco Grant Thornton Auditores
Independentes
Av. das nações unidas, 12.995,
13º, 14º e 15º andares
Brooklin novo, São Paulo - SP
Brasil - CEP 04578.000
Tel.: 55 11 3054-0000
Fax: 55 11 3054-0077
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008114
CRÉDITOS
CooRdenação: GeRÊnCia de ReLaçÕes Com inVestidoRes
ConsuLtoRia GRi: keYassoCiados Ltda.
Redação: editoRa Contadino
desiGn GRÁFiCo: tHemediaGRouP
Fotos: tiCo utiYama
aCeRVo VCP
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 115
Relatório de asseguração limitada dos auditores independentes sobre o RelatórioAnual de Sustentabilidade de 2008 da Votorantim Celulose e Papel S.A.
Aos Srs. AdministradoresVotorantim Celulose e Papel S.A.
Introdução
Fomos contratados com objetivo de realizarmos um trabalho de asseguração limitada doRelatório Anual de Sustentabilidade da Votorantim Celulose e Papel S.A., do exercíciosocial de 2008, preparado sob a responsabilidade da administração da VotorantimCelulose e Papel S.A.. Esta responsabilidade inclui o desenho, a implementação e amanutenção de controles internos para a adequada elaboração e apresentação doRelatório Anual de Sustentabilidade. Nossa responsabilidade é emitir um relatório deasseguração limitada das informações divulgadas no Relatório Anual de Sustentabilidadeda Votorantim Celulose e Papel S.A. do exercício social de 2008.
Procedimentos Aplicados
O trabalho de asseguração limitada foi realizado de acordo com as Normas eProcedimentos da Asseguração - NPO-01 emitidas pelo IBRACON, Instituto dos AuditoresIndependentes do Brasil, e compreendeu: (i) o planejamento dos trabalhos, considerandoa relevância e o volume das informações apresentadas no Relatório Anual deSustentabilidade de 2008 da Votorantim Celulose e Papel S.A.; (ii) a obtenção doentendimento dos controles internos; (iii) a constatação, com base em testes, dasevidências que dão suporte aos dados quantitativos e qualitativos do Relatório Anual deSustentabilidade; (iv) entrevistas com os gestores responsáveis pelas informações; e (v)confronto das informações de natureza financeira com os registros contábeis. Dessaforma, os procedimentos aplicados acima foram considerados suficientes para permitir umnível de segurança limitada e, por conseguinte, não contemplam aqueles requeridos paraemissão de um relatório de asseguração mais ampla, como conceituado nas Normas eProcedimentos de Asseguração – NPO-01.
Escopo e Limitações
Nosso trabalho teve como objetivo verificar e avaliar se os dados incluídos no RelatórioAnual de Sustentabilidade de 2008 da Votorantim Celulose e Papel S.A., no que tange àobtenção de informações qualitativas, à medição e aos cálculos de informaçõesquantitativas, se apresentam em conformidade com os seguintes critérios: (i) a NormaBrasileira de Contabilidade NBC T 15 – Informações de Natureza Social e Ambiental; e (ii)as diretrizes para relatórios de sustentabilidade do Global Reporting Initiative (GRI G3). Asopiniões, informações históricas e informações descritivas e sujeitas a avaliaçõessubjetivas não estão no escopo dos trabalhos desenvolvidos.
Nível de Aplicação GRI G3
Seguindo as diretrizes e critérios do GRI G3, a Votorantim Celulose e Papel S.A.declara um Nível de Aplicação A+ em seu Relatório Anual de Sustentabilidade de 2008.Os procedimentos aplicados foram suficientes para nos assegurarmos de que o nível deaplicação declarado pela Votorantim Celulose e Papel S.A. está de acordo com asdiretrizes e critérios estabelecidos pelo GRI G3.
VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008116
Conclusão
Baseados em nossa revisão, não temos conhecimento de qualquer modificação relevanteque deva ser procedida nas informações contidas no Relatório Anual de Sustentabilidadeda Votorantim Celulose e Papel S.A. relativas ao exercício social findo em 31 dedezembro de 2008, para que essas informações estejam apresentadas adequadamente,em todos os aspectos relevantes, em relação aos critérios utilizados, definidos pela NormaBrasileira de Contabilidade NBC T 15 e as diretrizes e critérios do GRI G3.
São Paulo, 29 de maio de 2009.
PricewaterhouseCoopersAuditores IndependentesCRC 2SP000160/O-5
Carlos Eduardo Guaraná MendonçaContador CRC 1SP196994/O-2