valvopatias
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ERICK FRANK BRAGATO
ESTÁGIO EM CARDIOLOGIA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
2014
ESTENOSE MITRAL
Aparelho valvar mitral: Ânulo mitral – dois
folhetos ou cúspides valvares – cordoália
tendínea – músculos papilares.
Área valvar normal= 4-6 cm²
DEFINIÇÃO: Estenose mitral é uma restrição a
abertura dos folhetos, reduzindo a área valvar mitral
e levando a formação de um gradiente de pressão
diastólico entre AE e VE. (AVM<2,5 cm²).
Classificação AVM Gradiente
pressórico
médio*
PS da
artéria
pulmonar
Leve 1,5-2,5cm² <5mmHg <30mmHg
Moderada 1,0-1,5 5-10 30-50
Grave <1,0 >10 >50
FISIOPATOLOGIA
Na EM ocorre obstrução fixa ao fluxo de
sangue do AE para o VE.
Necessidade de um gradiente de pressão
transvalvar para manter fluxo adequado.
CONGESTÃO PULMONAR
Aumento da pressão do AE – aumento da
pressão no leito venocapilar pulmonar –
Síndrome congestiva.
Fatores determinantes: DC e FC
Alto débito: esforço, estresse, anemia, febre,
gestação, hipertireoidismo...
Taquicardia reduz o tempo da diástole
HIPERTENSÃO ARTERIAL PULMONAR
Aumento crônico da pressão venocapilar
pulmonar> aumento da pressão arterial
pulmonar (HAP passiva).
HAP reativa leva à obliteração crônica e
progressiva do leito arteriolar pulmonar (fase
avançada).
Quando PAP>50-60, o VD pode entrar em
falência miocárdica, levando a insuficiência
ventricular Direita (IVD)> congestão
sistêmica
BAIXO DÉBITO CARDÍACO
Quando a estenose se torna crítica, associado
a IVD, o DC torna-se limitado, especialmente
durante o esforço.
ETIOLOGIA
Cardiopatia reumática crônica (95%)
Mais comum no sexo feminino (2/3).
Dupla lesão mitral (est+insuf)> estenose mitral
pura> insuficiência mitral pura.
Degeneração fibrótica e fibrocalcífica: fusão
das comissuras.
É comum o acometimento de jovens.
Congênita
Endocardite infecciosa
amiloidose
QUADRO CLÍNICO
Dispneia aos esforços (Sd. Congestiva)
Sd. De baixo débito: fadiga, cansaço, e
lipotímia provocado pelo esforço.
Tosse com hemoptise: ruptura de capilares
ingurgitados e hipertensos.
Dor torácica: distensão do tronco da artéria
pulmonar
Rouquidão: AE aumentado comprime o n.
laríngeo recorrente.
Disfagia para sólidos: Compressão esofágica
pelo AE aumentado.
SE IVD, a pressão jugular estará aumentada.
Hiperfonese de B1 (fases iniciais: os folhetos
ainda tem mobilidade)
Hipofonese de B1 (calcificação dos folhetos em
fases avançadas)
Hiperfonese de P2 (componente pulmonar da
B2, HAP)
Estalido de abertura (quando a valva de abre
logo após B2)
Ruflar diastólico: com a campânula, em foco
mitral, decúbito semilateral esquerdo. Quanto
>duração, > a gravidade da estenose! Se intenso
pode irradiar-se para axila e para o foco
tricúspide.
EXAMES COMPLEMENTARES
ECG: FA; Aumento do AE (onda P larga e bífida
em D2, porção negativa da P aumentada em
V1); Sobrecarga de VD com desvio do eixo para
direita, R ampla em V1 e V2, S ampla em V5 e
V6.
RAIO X DE TÓRAX
Duplo contorno na silhueta direita do
coração.
Sinal da bailarina (deslocamento superior do
brônquio fonte E).
Abaulamento do 4º arco cardíaco esquerdo.
Deslocamento posterior do esôfago
contrastado.
Inversão do padrão vascular.
Linhas B de Kerley.
Edema intersticial.
ECOCARDIOGRAMA DOPPLER
Estimativa da área valvar mitral (AVM).
Diâmetro do AE, função ventricular esquerda.
Estimativa da PAP.
Presença de trombo intra-atrial.
Escore de BLOCK (resposta à plastia):
Grau de calcificação valvar
Grau de espessamento
Mobilidade das cúspides
Acometimento do aparelho subvalvar
HISTÓRIA NATURAL
Pacientes em classe funcional I da NYHA, a
sobrevida é de 80% em 10 anos.
Em classe funcional IV, a sobrevida em 5 anos
é de 15%
A morte ocorre por ICC, com
tromboembolismo sistêmico contribuindo
com 20% dos óbitos.
TRATAMENTO CLÍNICO
Betabloqueador (droga de escolha)
Antagonista do cálcio do tipo verapamil e
diltiazem (Contra-indicação ao BB)
Diuréticos (cuidado)
Anticoagulação: FA ou trombo em AE
Cardioversão na vigência de FA e instabilidade
hemodinâmica
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Valvoplastia Percutânea com Balão (Escore
de Block <8, sem trombo em AE ou Ins. Mitral
moderada a grave).
Comissurotomia Cirúrgica Aberta ( Com
trombo AE).
Troca Valvar (Escore de Block > 11/Ins.
Mitral moderada a grave).
Biológicas: para pacientes > 65 anos
Metálicas: < 65 anos. A trombose de valva
protética pode ocorrer em 20% dos casos se
não instituída anticoagulação.
Valva Aórtica
Constituído por um anel fibroso, 3 folhetos
ou cúspides (meia lua), seios de valsalva de
onde se originam as duas artérias coronárias:
Folheto coronariano direito, folheto
coronariano esquerdo e folheto posterior.
Área valvar aórtica normal: 2,5-3,5cm²
Na EA há uma restrição à abertura dos
folhetos, levando a formação de um
gradiente de pressão sistólico entre o VE e a
Aorta.
FISIOPATOLOGIA
FASE COMPENSADA
EA é um processo crônico e insidioso,
permitindo mecanismos compensatórios bem
sucedidos.
Hipertrofia Ventricular Concêntrica do VE:
Manutenção de um DS satisfatório.
Evita aumento excessivo da pós-carga.
FASE DESCOMPENSADA
Isquemia miocárdica
Redução da reserva coronariana x aumento da
demanda metabólica.
Débito Cardíaco fixo
A hipertrofia ventricular não garante mais o
aumento do DC no esforço.
Insuficiência Cardíaca Congestiva
Fibrose miocárdica>HVE>redução da
complacência ventricular>aumento da pressão
no AE e venocapilar pulmonar>congestão (IC
diastólica)
Na falência miocárdica ocorre dilatação do VE,
queda da FE levando a IC sistólica
ETIOLOGIA
Valva bicúspide congênita.
Causa mais comum em crianças, adolescentes e
adultos <65 anos.
Degenerativa Calcífica.
Causa mais comum de EA, pois acomete mais
idosos. Fatores de risco: DM e hipercolesterolemia.
Cardiopatia reumática crônica.
Causa comum em nosso meio de EA em
adolescentes e adultos. É comum IA associada
(dupla lesão aórtica). É mais comum no sexo
masculino.
Artrite reumatoide, outros defeitos congênitos.
QUADRO CLÍNICO
Assintomáticos por longa data.
Angina que geralmente não responde à
nitratos.
Síncope desencadeada pelo esforço físico (DC
fixo) ou por arritmias isquemia-induzidas.
Dispneia devido congestão pulmonar
exacerbada pelo exercício. IC sistólica ou
diastólica.
Pulso “tardus” e “parvus”: pulso carotídeo com
ascensão lenta e sustentada e amplitude fraca.
Quarta bulha, devido HVE concêntrica e
redução da complacência (a contração atrial é
mais vigorosa).
Hipofonese de A2 na EA calcífica.
Sopro mesossistólico no foco aórtico em
“diamante”: mais intenso no meio da sístole
e com irradiação para carótidas. A EA é mais
grave quanto > a duração do sopro.
Fenômeno de Gallavardin: O sopro pode
irradiar-se para o foco mitral (continuidade
anatômica do anel mitral e aórtico).
EXAMES COMPLEMENTARES
ECG: Sinais de hipertrofia ventricular
esquerda, sobrecarga em AE e BRE são
comuns.
Raio X de tórax: Calcificação da valva
aórtica.
Ecocardiograma-Doppler: determina a área
valvar, o gradiente pressórico VE-Ao
(Gradiente médio).
Cateterismo: Em pacientes > 45 anos, que
irão realizar troca valvar. Padrão ouro para
estimar gradiente pressórico VE-Ao e
quantificar a estenose.
COMPLICAÇÕES
Embolia sistêmica (cálcio ou microtrombo
aderido a valva).
Endocardite infecciosa (a turbulência
predispõe à endocardite).
Hemorragia digestiva baixa (angiodisplasia
intestinal é mais incidente nos indivíduos
com EA - Síndrome de Heyde).
HISTÓRIA NATURAL
Conversão da fase assintomática para
sintomática em 80% após 3 anos.
A fase sintomática apresenta mau
prognóstico sem intervenção cirúrgica.
TRATAMENTO CLÍNICO
Não existe tratamento medicamentoso para EA
grave!!
Cuidado com diurético e vasodilatadores
(hipotensão).
BB são contraindicados.
FA deve ser tratada prontamente, pois é
importante fator de descompensação.
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Troca valvar (próteses biológicas ou metálicas).
Biológicas: para pacientes > 65 anos
Metálicas: < 65 anos. A trombose de valva
protética pode ocorrer em 20% dos casos se não
instituída anticoagulação.
Autoenxerto da valva pulmonar com colocação
de bioprótese no local.
Valvoplastia cirúrgica indicado para crianças e
adolescentes com EA congênita.
Implante de bioprótese aórtica por cateter –
TAVI.
APARELHO VALVAR TRICÚSPIDE
Ânulo tricúspide> três cúspides valvares
(anterior, posterior e septal)> cordoália
tendínea> músculos papilares
ESTENOSE TRICÚSPIDE
Área da VT normal: 4-6cm²
Na ET há uma redução da AVT com formação
de um gradiente de pressão diastólico entre
o AD e o VD.
Ocorre estenose quando a AVT< 2-2,5cm²
As manifestações clínicas já aparecem
mesmo com gradientes pressóricos pequenos
(>5mmHg).
ETIOLOGIA
Cardiopatia reumática crônica.
Outros: mixoma atrial D, atresia congênita.
Estenose tricúspide isolada está quase sempre
relacionada à estenose mitral.
Gradiente de pressão AD-VD diastólico> 5mmHg,
já pode levar à Sd. Congestiva sistêmica.
A ET pode reduzir a congestão pulmonar da EM**
QUADRO CLÍNICO
Baixo débito: fadiga e cansaço aos esforços.
Congestão sistêmica: Edema de mmii,
turgência jugular patológica, ascite,
hepatomegalia.
Ruflar diastólico que aumenta de intensidade
durante inspiração.
Estalido de abertura tricúspide em BEE
baixa.
EXAMES COMPLEMENTARES
ECG: sinais de aumento AD, onda P apiculada
e de amplitude elevada.
Raio X de tórax: discreto aumento da área
cardíaca à custa do aumento do AD.
Ecocardio: confirma o diagnóstico, AD com
diâmetro aumentado, gradiente pressórico>
5mmHg e AVT< 2 cm², PAP estará sempre
inferior ao esperado, pelo grau de estenose
mitral associada.
TRATAMENTO
Diuréticos e restrição sódica (diminuição da
pré-carga).
Cirurgia em caso de lesão valvar grave,
associada à doença da mitral.
Troca valvar: Bioprótese
INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
Existe um refluxo de sangue para o VE
durante a diástole ventricular, devido uma
incompetência do mecanismo de fechamento
valvar.
Classificação quanto a gravidade:
IA Fração regurgitante
Mínima FR<20%
Leve FR=20-40%
Moderada* FR=40-60%
Grave* FR>60%
ETIOLOGIA
DOENÇAS QUE LESAM A VALVA
Cardiopatia Reumática Crônica (é comum
dupla lesão aórtica)
Degeneração mixomatosa
Valva bicúspide congênita
Colagenoses (AR, LES, espondilite
anquilosante)
DOENÇAS DA AORTA
Aterosclerose da Aorta ascendente (mais
comum).
Necrose Cística da Média (pode ser primária
ou associada à Sd. Marfan).
Aortite Sifilítica.
Arterite de Takayasu (vasculite).
FISIOPATOLOGIA
FASE COMPENSADA
Redução da complacência ventricular
esquerda (maior volume do VE).
Aumento da pré-carga> Um maior volume do
VE> Aumenta muito o DS (10L/min) e
compensa o volume regurgitante (6L/min).
Hipertrofia ventricular esquerda excêntrica
para compensar a pós-carga elevada.
FASE DESCOMPENSADA
Após muitos anos.... Sobrecarga de volume>
lesão miocárdica.
ICC e isquemia miocárdica (bradicardia-dep.)
A bradicardia aumenta o tempo diastólico e
também a fração regurgitante.
Queda da PAD> perfusão coronariana
prejudicada.
HVE>aumenta consumo de O2
INSUFICIÊNCIA AÓRTICA AGUDA
Não há mecanismo compensatório!
O VE não consegue albergar um volume
regurgitante >50-60%.
Leva a hipotensão arterial e ao choque
cardiogênico.
Causas:
Endocardite infecciosa
Dissecção Aórtica (extensão retrógrada para
as cúspides)
Trauma cardíaco, febre reumática aguda.
QUADRO CLÍNICO
Assintomático por vários anos.
Aumento acentuado da pressão de pulso (PAS-
PAD= divergente)>palpitações.
Fadiga e tonteira> baixo DC efetivo.
Dispneia aos esforços e ortopneia (sd. Congestiva)
Angina noturna bradicardia-dependente.
EXAME FÍSICO
PAS de mmii> PAS de mmss (sinal de Hill).
Pulso em martelo d’água> elevação ampla e
um colapso abrupto (pulso de Corrigan).
Pulso Bisferiens> dois picos sistólico.
Sinais da Pressão de Pulso aumentada:
Musset Pulsação da cabeça
Müller Pulsação da úvula
Quincke Pulsação dos capilares
subungueais
Traube Ruído sistólico e diastólico
audíveis na A. Femoral
Duroziez Sopro na A. femoral
B2 hipofonética ou ausente.
B3 pela sobrecarga volumétrica.
Sopro protodiastólico aspirativo: quanto
maior a duração maior a gravidade. Mais
audível com o paciente sentado e o tronco
para frente.
EXAMES COMPLEMENTARES
ECG:HVE do tipo sobrecarga.
Raio X de tórax : cardiomegalia de grande
monta + alargamento da silhueta aórtica.
Ecocardiograma-doppler: capaz de avaliar a
etiologia e estimar a gravidade.
CATE: Quando há dúvidas no doppler ou
quando o paciente é de risco para doença
coronariana e vai se submeter a troca valvar.
RNM cardíaca: é o mais acurado para estimar
gravidade.
TRATAMENTO CLÍNICO
Em pacientes sintomáticos: vasodilatadores,
IECA em caso de disfunção sistólica.
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Deve ser indicado em todos os pacientes com
IA crônica grave com sintomas limitantes
e/ou disfunção sistólica do VE (FE<50%).
Cirurgia: troca valvar
INSUFICIÊNCIA MITRAL
É a condição em que existe um refluxo de
sangue para o AE durante a sístole
ventricular, devido incompetência do
mecanismo de fechamento valvar mitral.
FISIOPATOLOGIA
Sobrecarga de volume ao AE na sístole
Sobrecarga de volume ao VE na diástole
INSUFICIÊNCIA MITRAL CRÔNICA – ETIOLOGIA
Degeneração mixomatosa (prolapso de valva
mitral), 3% de prevalência, 20% desenvolvem
IM, incidência aumentada de arritmias.
Doença reumática (dupla lesão ou IM
isolada).
IAM (por necrose parcial do músculo papilar).
Calcificação senil do anel (idosos).
Dilatação Ventricular Esquerda (dilatação do
anel valvar).
FASE CRÔNICA COMPENSADA
Aumento da complacência atrial esquerda
(aumento de volume sem elevar a pressão).
Aumento da complacência ventricular
esquerda ( a parede ventricular torna-se mais
elástica e evolui com HVE excêntrica).
Redução da pós-carga Ventricular: O VE
trabalha com uma pós-carga baixa, pois
manda volume para o AE e para Aorta. A FE
geralmente > 70% (superestimada).
Aumento da pré-carga ventricular (Frank-
Starling), faz aumentar o DS total.
FASE CRÔNICA DESCOMPENSADA
Após anos de IM crônica....
Lesão do miocárdio ventricular> diminuição da
contratilidade (e estado de baixa pós-carga)>
diminuindo a fração de ejeção.
FE<50% significa GRAVE disfunção sistólica do VE.
Sintomas da Sd. Congestiva pulmonar.
INSUFICIÊNCIA MITRAL AGUDA
Causas: Endocardite infecciosa (Estafilocócica)
Ruptura espontânea de cordoália (idiopática ou
secundária a degeneração mixomatosa).
Febre reumática aguda, trauma, IAM,
miocardites agudas.
Leva uma sobrecarga volumétrica abrupta
sobre o AE e VE> síndrome congestiva
pulmonar> edema agudo de pulmão e choque
cardiogênico.
QUADRO CLÍNICO
Pacientes assintomáticos podem apresentar
sintomas em um teste ergométrico.
Na fase descompensada: dispneia,
ortopneia, dispneia paroxística noturna.
Íctus de VE deslocado para esquerda da linha
hemiclavicular e para baixo do 5º EIC.
3ª Bulha devido sobrecarga de volume
crônica e enchimento rápido do VE.
Sopro holossistólico no foco mitral (inicia-se
com a B1 e prolonga-se além de B2),
aumenta com o handgrip.
Click mesossistólico no prolapso de valva
mitral.
VALVA REGURGITADA IRRADIAÇÃO
FOLHETO ANTERIOR AXILA + INFRAESCAPULAR E
POSTERIOR FOCOS DA BASE OU INTERESCAPULAR
EXAMES COMPLEMENTARES
ECG: Aumento do AE e sobrecarga de volume
(HVE), aumento da onda R, onda T apiculada.
Raio X de tórax: Cardiomegalia.
Ecocardio-doppler: é capaz de diagnosticar a
etiologia da IM (transesofágico). É necessário
para acompanhamento semestral.
CATE quando há dúvidas no Ecocardio.
HISTÓRIA NATURAL
Pacientes classe III e IV possuem sobrevida em
5 anos de 30%.
FE<60% já denota disfunção sistólica.
Necessidade de acompanhamento semestral ou
anual dos pacientes graves.
IM aguda grave, se não operados
precocemente, costumam evoluir para o óbito.
Complicações: FA e fenômenos
tromboembólicos; endocardite infecciosa;
instabilidade hemodinâmica na IM aguda.
TRATAMENTO CLÍNICO
Indicada na ICC: Vasodilatadores, BB e
diuréticos (atuam na IC e reduzem o
diâmetro ventricular>anel mitral).
IM Aguda: inotrópicos de ação rápida e
vasodilatadores (NIPRIDE).
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Valvoplastia mitral: colocação de um anel
que mantém o orifício valvar pequeno.
Troca valvar: quando não for possível a
plastia (valva calcificada, acometimento
grave, degeneração, etc.)
INSUFICIÊNCIA TRICÚSPIDE
Condição na qual existe um refluxo de
sangue do VD para AD durante a sístole,
devido incompetência do mecanismo de
fechamento tricúspide.
É mais comum que a ET.
IT secundária (disfunção sistólica do VD,
Hipertensão pulmonar).
IT primária: acomete diretamente a valva:
prolapso (degeneração mixomatosa); doença
reumática crônica; Outras.
FISIOPATOLOGIA
Sobrecarga de volume ao AD e VD> síndrome
congestiva sistêmica e diminuição do DC.
QUADRO CLÍNICO
Turgência jugular, hepatomegalia, anasarca
cardiogênica, fadiga, cansaço aos esforços.
Sopro holosistólico no foco tricúspide.
EXAMES COMPLEMENTARES
ECG: Sinais de aumento atrial direito e
sobrecarga de VD. FA é comum.
Raio X: Aumento da área cardíaca à custa do
aumento atrial direito e do VD.
Ecocardiograma: Confirma o diagnóstico e a
etiologia.
TRATAMENTO
Diuréticos e restrição de sódio.
Correção cirúrgica é fundamental quando
HAP>50mmHg