urbanização de assentamentos precários | paraisópolis...

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urbanização de assentamentos precários | paraisópolis mecanismos de inclusão da cidade informal eliane roberto ferreira tecnóloga de construção civil | arquiteta e urbanista email: [email protected] fevereiro de 2011

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urbanização de assentamentos precários | paraisópolis mecanismos de inclusão da cidade informal

eliane roberto ferreiratecnóloga de construção civil | arquiteta e urbanista

email: [email protected]

fevereiro de 2011

urbanização de assentamentos precários | paraisópolis mecanismos de inclusão da cidade informal

eliane roberto ferreira

fevereiro de 2011

apresentação

O presente artigo é parte do trabalho final de graduação realizado pela autora no ano de 2010 na Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e

Urbanismo da Universidade Estadual de Campinas, com o título de “|Re| integração social na favela de Paraisópolis: mecanismos de inclusão da cidade informal”.

O avanço da mecanização do campo e a demanda da mão-de-obra pelas indústrias resultou no êxodo populacional para os centros urbanos, pelo menos, metade da população mundial, hoje, vive nas cidades.

Cidades sem infra-estrutura capaz de acompanhar o crescimento populacional, com a quase ausência de políticas habitacionais e planejamento urbano ineficaz, a população de baixa renda é impelida a ocupar áreas ambientalmente frágeis, vivendo em condições de risco e degradação.

Para desenvolvimento deste trabalho foi escolhida como estudo de caso a favela Paraisópolis, segunda maior da cidade de São Paulo. A proposta consiste em uma intervenção urbana pautada em uma linha condutora dividida em três hierarquias: condicionantes do projeto, onde foi feito o reconhecimento das restrições físicas e legais do lugar; deficiências, onde são elencados os maiores problemas e, por último, o levantamento das potencialidades urbanísticas locais, aquelas que podem ser incorporadas ao projeto . Em seguida, já estabelecidas as intervenções necessárias, a proposta é dividida em etapas de implantação, reconhecendo a inviabilidade de se fazer todas as intervenções concomitantemente e, a medida que a intervenção se sucede, se irradia pela comunidade como um processo de produção do espaço.[1]

O projeto está inserido nas diretrizes dos planos de urbanização de favelas, estabelecidos pela Prefeitura Municipal da cidade de São Paulo, o qual "busca oferecer aos moradores das comunidades carentes o direito à cidade, trabalhando em prol das funções sociais e do bem-estar da população".

3

A tática de intervenção estabelece-se na oferta de um programa que contemple os equipamentos de que a comunidade é mais carente, inseridos no setor mais degradado, conferindo uma nova centralidade local, a seguir a irradiação desse programa por todo o assentamento, aumentando o alcance da população atendida até extrapolar os limites da comunidade, permitindo a integração com o bairro.

Para viabilizar a proposta, inicialmente é feita a remoção das moradias sob condições de alto risco de desabamento e risco de inundação e implantação de um parque linear nas imediações do córrego do Grotão; redesenho do viário, através da abertura de novas ruas possibilitando o acesso veicular e peatonal em áreas onde o acesso praticamente inexiste, além disso, a reorganização das vias que muito estreitas são incapazes de receber o fluxo de mão dupla.

Considerando que o espaço público formal do local estabelece-se, principalmente, através das vias de acesso e passeio, propõe-se o trabalho nas calçadas através de sua criação onde ela inexiste, aumento de suas dimensões quando possível, implantação de mobiliário urbano, conferindo a esses espaços uma nova identidade e através do tratamento diferenciado, hierarquias entre as ruas que estabelecerão conexões entre os novos edifícios implantados. É sugerida a construção de edifícios educacionais, uma unidade básica de saúde, plataforma de embarque e desembarque, áreas de lazer e unidades habitacionais.

A metodologia de projeto foi desenvolvida através de estudos sobre a crise habitacional, instalação e consolidação das favelas no Brasil, as tipologias e parâmetros de intervenção pública, com enfoque na cidade de São Paulo; análise do crescimento da favela Paraisópolis, além das visitas de campo na favela e no seu entorno para entendimento do lugar, das relações com os bairros vizinhos e levantamento das necessidades mais latentes. Em seguida, estabelecido um programa de necessidades fundamentado nesses levantamentos e, por último, o desenvolvimento de uma proposta urbana que busca o crescimento local, a inclusão social e a inserção da favela, como área permeável e participativa no contexto urbano.

[1] ver maricato (2009)

foto da capa: acervo pessoal / 2010foto página 1: acervo pessoal / 2010foto página 3: sehab - 2008

urbanização de favelas

4

novos assentamentos = mais áreas degradadas

crescimentocrescimento

favelas

o que é urbanização de favelas?áreas informalmente assentadas são gradualmente melhoradas, formalizadas e incorporadas à cidade | dotar comunidades precárias de infra-estrutura básica, equipamentos públicos e áreas de lazer “construir a cidade onde já existe habitação”

a construção das habitações não acompanhou o ritmo acelerado de urbanização das cidades

miséria e degradação

urbanizar favelassolução mais eficaz

agravante do problema

erradicação | reurbanizaçãomiséria e degradação | teorias e métodos em defasagem diante do constante crescimento

hortas

lazer

infra-estrutura

música

cinema e teatro

lazer

lazer malha viária

vegetação de contenção

transporte

mobiliário e u p m n oq i a e t acessibilidade dança

ginástica

habitação

energia

inclusão

biblioteca

sustentabilidade restaurante ciclovia

saúde

educação

redes regularização fundiária

profissionalizar

iluminação

ruas

participação

serviçostrabalho com água

lixo área de risco utilização dos vazios

melhoria por contágio

porque urbanizar favelas?para integrar a favela à cidade através de infra-estrutura, serviços, equipamentos públicos e políticas sociais, de desenvolvimento e planejamento urbano | estender o acesso à terra e cidadania à todos | complementar e oferecer condições ambientais.

para quem urbanizar favelas?

Segundo o IBGE são aproximadamente 6,5 milhões de favelados no Brasil ou 51 milhões de pessoas distribuídas em assentamentos irregulares | 3 milhões de pessoas morando em favelas na cidade de São Paulo | as favelas surgem como alternativa àqueles que não têm condições de pagar pela moradia | sem perspectiva de emprego formal e de outras oportunidades.[3]

[2] PMSP (2008)

"O desenvolvimento desigual é a desigualdade social estampada na paisagem geográfica e é simultaneamente a exploração d a q u e l a d e s i g u a l d a d e geográfica para certos fins sociais determinados". (SMITH, 1988).

identificação do problema

quadro de pobreza e

desigualdades sociais

nos próximos 25 anos o crescimento será de 1,8 bilhões de

pessoas - principalmente nos países em desenvolvimento [2]

[3] PMSP (2008)

5

foto: acervo pessoal / 2010

favelas6

Brasil -183 milhões de habitantes; 6,5 milhões de favelados

ou 51 milhões de pessoas distribuídas em assentamentos irregulares

Paraisópolis -2°maior favela de São Paulo; 60 mil moradores residindo em aproximadamente 20 mil casas;

Região Metropolitana de São Paulo -19,8 milhões de habitantes 9% do PIB nacional Cidade de São Paulo -10.9 milhões de habitantes; mais de 3 milhões morando em favelas; 1567 favelas; 1152 loteamentos irregulares;

1885 cortiços;

Estado de São Paulo -41,4 milhões de habitantes 34% do PIB nacional

A demanda da mão-de-obra pelas indústrias e o avanço da mecanização do campo resultou no êxodo das pessoas para os centros urbanos,

atualmente a população mundial é de 6,5 bilhões de habitantes e metade desse contingente vive nas cidades[4]. Cidades que não têm infra-estrutura capaz de acompanhar esse crescimento, sem políticas públicas adequadas ao atendimento de todos, com um mercado imobiliário inacessível por uma população cuja renda familiar é muito baixa. Resultando em miséria e degradação, em teorias e métodos, medidas que parecem sempre estar em defasagem diante do constante crescimento.

Não obstante, a sociedade diferenciada e cada vez mais individualizada não mantém coesa a democracia. Com os avanços tecnológicos na comunicação e na informação ela passou a ser global e concomitantemente, fragmentada, e sob essa ótica assistimos a uma cidade contraditória "(...) uma paisagem cheia de disparates e incongruências, formada por arranhacéus 'inteligentes' implantados em avenidas sem esgoto, barracos com antenas parabólicas, malabaristas diante de carros blindados (...)" (ARANTES e FIX, 2008)[5].

A pobreza está intrinsecamente ligada à riqueza, a maior prova disso é a existência do maior número de assentamentos informais nas cidades mais ricas[6]. As favelas surgem como alternativa àqueles que não têm condições de pagar pela moradia, que não têm perspectiva de emprego formal ou de oportunidades, seguindo a ordem da especulação imobiliária, delineando assim, as formas das cidades de hoje. Segundo Koolhaas (2006), "a cidade contemporânea, aquela que é constituída por essas periferias, deveria gerar uma espécie de manifesto, uma homenagem prematura a uma forma de modernidade que, confrontada com as cidades do passado, talvez parecesse desprovida de qualidades, mas na qual um dia haveremos de reconhecer ao mesmo tempo vantagens e desvantagens.” Através da consolidação do regime de exclusão permanente a cidade passa a ser redefinida, ela é truncada, desigual e injusta. Enquanto observamos que para a construção de uma ponte com o intuito de desafogar o trânsito ou para conferir à cidade um novo cartão postal centenas de famílias são flageladas[7], configurando o caráter dualista da cidade, embora as situações coexistentes sejam conscientes de sua dependência, uma é estranha à outra.[8]

[4]Fonte: DAVIS, 1998.[5] Pedro Arantes e Mariana Fix: São Paulo: metrópole ornitorrinco, 2008.[6] Das 3000 favelas existentes no Brasil, cerca de 1600 estão localizadas na cidade de São Paulo. Dados da PMSP (2008).[7] Ponte Estaiada Otávio Frias de Oliveira: As famílias que ainda residiam nas adjacencias da ponte foram removidas recentemente.[8] VIGLIECCA (2006), sobre o projeto de urbanização da favela de Paraisópolis. Fonte: www.vitruvius.com.br - acesso em maio/2010.

paraisópolis7

A Favela de Paraisópolis localiza-se na zona sudoestede São Paulo, na Sub-Prefeitura de Campo Limpo e é considerada a segunda maior favela da capital.

Com, aproximadamente, 60 mil moradores, ocupa uma área de 798.695 m² e tem cerca de 18.000 domicílios ocupados por famílias com renda média de R$ 558,00. Aproximadamente dois mil imóveis foram regularizados pelo governo municipal em 192 lotes, onde aproximadamente 100 proprietários foram beneficiados com o usocapião.[9]

O conjunto formado pelas comunidades de Paraisópolis, do Jardim Colombo e Porto Seguro é denominado de Complexo Paraisópolis. Localizada em uma das regiões mais ricas de São Paulo, a antiga fazenda que hoje é chamada de Paraisópolis, em 1921 foi dividida em 2.200 lotes e começou a ser invadida na década de 1950 por trabalhadores, atraídos para o bairro com a construção de casas de alto padrão. Por não serem terrenos públicos, o que compromete a regularização, a Prefeitura incentivou que os donos dos terrenos trocassem as dívidas com o governo pelas terras invadidas[10]. Em 2002, o Plano Diretor do município criou mecanismos legais para permitir a urbanização e legalização da favela[11].

O surto de crescimento populacional ocorrido nas décadas de 60 e 70 fez com que migrantes vindos de diversas partes do Brasil, em sua maioria do Nordeste, para trabalhar no mercado da construção civil, aumentassem a população de Paraisópolis. Esse crescimento foi acentuado com o desfavelamento de áreas mais nobres nas gestões dos governos de Paulo Malluf e Celso Pitta, ocasionando a mudança dos moradores de uma favela erradicada para um assentamento em processo de consolidação. Atualmente, a maioria dos moradores trabalham na região, no próprio comércio local ou prestando serviços domésticos para o bairro vizinho.

A favela sempre foi assolada por problemas como a falta de infra-estrutura básica, falta de escola, posto de saúde, água encanada, rede de coleta de esgoto, luz elétrica, segurança, transportes e ruas asfaltadas; mas hoje, Paraisópolis adquire o perfil de um bairro, através da realização de ob-ras públicas e privadas, como a instalação de redes de água e de esgoto; fornecimento de energia elétrica, o alargamento e nivelamento de ruas; os habitantes passam a dispor de um endereço.

[9] Dados da Secretaria Municipal de Habitação retirados do livro da PMSP Urbanização de Favelas: Experiência em São Paulo (2008). [10] Para fomentar a regularização fundiária, foram publicadas a Lei n°14.062/2005 e os Decretos n°47.144/2006 e n°47.272/2006. Fonte: PMSP (2008).[11] Fonte: www.prefeitura.sp.gov.br – consulta em fev/2010.

1954

1994

2004

2010

imagens: sehab - acesso 2009

As obras como a de um Centro Educacional Unificado (CEU); escola técnica, escolas de ensino fundamental e médio; e até mesmo a inauguração

de uma loja das Casas Bahia, ajudaram a valorizar os imóveis na favela.

Para a arquiteta Maria Teresa Diniz, coordenadora do Programa de Urbanização do Paraisópolis, "a transformação de Paraisópolis em bairro é um processo irreversível". A população que vive em áreas de risco, estimada em 2,4 mil pessoas, será levada pela Secretaria Municipal de Habitação para conjuntos habitacionais em construção em Paraisópolis ou para apartamentos construídos pela CDHU, do governo estadual[12].

Todavia, para Secchi (2010), "estão fazendo muitos projetos que estão avançando na hipótese de que essa favela possa se transformar em um bairro normal, moderno. Acho que não é possível. Não temos dinheiro, meios nem tempo para fazer isso. O que vi hoje é importante, como escolas, creches e esportes. Aquelas pessoas não são tão pobres assim. Se os ajudarmos a melhorar a situação em que vivem, elas conseguem. A arquitetura tem de fazer algumas sugestões claras, mas, se quisermos mudar radicalmente todas as favelas, não teremos sucesso."

Existe uma série de projetos para a urbanização de Paraisópolis, a maioria está voltado para a melhoria das habitações. Com a canalização do Córrego do Brejo, por exemplo, as famílias que moravam nas margens foram realocadas para áreas menos adensadas dentro da favela. Existe, ainda, o projeto Paraisópolis, que visa integrar os núcleos Paraisópolis, Jardim Colombo e Porto Seguro à cidade formal por meio da regularização urbanística e fundiária, com acesso à infra-estrutura, à inclusão social e à melhoria de suas condições ambientais, de habitabilidade e saúde.

De acordo com a PMSP (2008), após a superação de barreiras legais, que impossibilitavam o investimento de recursos públicos em áreas de propriedade particular, a partir de 2006 foram inciadas as obras de intervenção "prevendo a universalização do acesso aos serviços públicos". A implantação do projeto acontece de forma coletiva e conta com a criação de novos espaços urbanos destinados ao convívio. Os moradores são integrados ao trabalho através de uma rede de organizações não-g o ve r n a m e nta i s a t u a nte s n a fave l a ( Fó r u m Multientidades); "eles são conscientizados do processo de urbanização para que entendam os benefícios da mudança trazida pelas obras".

[12] Fonte: www.prefeitura.sp.gov.br – consulta em fev/2010.

8

9

Estádio doMorumbi

Av. Giovanni Gronchi

Av. João Dias

Term. João Dias

Estrada de Itapecerica

Porto Seguro

Jd. Colombo

Vila Praia

Jd. Rebouças

Jd. Olinda

Jd. Catanduva

Pq. Regina

Pullman

Complexo Paraisópolis

Zona de CentrPolar: Pq. Ara

alidaderiba

N

paraisópolis | localização

foto de satélite: acesso - 2010

10

paraisópolis | divisão

imagem: foto de satélitefavela paraisópolis - sem escalafonte: Google - acesso outubro 2010

legenda:

avenida giovanni gronchivia perimetral

córregos

Nfoto de satélite: acesso - 2010

setor antonico

setor brejo

setor grotinho

setor centro

área incorporada

Situação atual: topografia acidentada, apresenta risco de desabamento para as casas que se encontram na encosta do morro cuja arquitetura é precária. Existência de moradias de chapas de madeira.Nível de degradação: altorepresenta: 15% da população

Situação atual: topografia acidentada. Nível de degradação: altorepresenta: 10% da população

Situação atual: região menos acidentada, nela está localizado o Córrego do Brejo. Muitas famílias foram removidas durante o processo de canalização do córrego.Nível de degradação: baixorepresenta: 20% da população

Situação atual: região cortada pelo córrego Antonico, subafluente do Ribeirão Pirajussara. Concentração do comércio.Nível de degradação: médiorepresenta: 40 % da população

Situação atual: concentração de residências. Nível de degradação: médiorepresenta: 15% da população

Área que se encontrava vazia e a PMSP incorporou à ZEIS. Destinada à moradias e construção da Via Perimetral.Área não degradada

setor grotão11

paraisópolis | setores

homens63 %

mulheres37 %

entre 26 e 39 anos51%

entre 40 e 59 28%

entre 19 e 26 16%

acima de 60 anos menos de 18 anos

gráfico 1: distribuição dos chefes de família por sexo

gráfico 2: idade dos chefes de família

gráfico 3: média salarial das famílias moradoras

gráfico 4: distribuição das famílias por tempo de moradia

sem informação

mais de 15 anos 12 %

de 10 a 15 anos 10 %

de 5 a 10 anos 24 %

de 3 a 5 anos 13 %

de 5 a 3 anos 24 %

menos de 1 ano 16 %

sem informação

até 2 salários 40 %

de 2 a 319 %

de 3 a 419 %

acima de 5 sal.7%

de 4 a 57%

perfil

12

intervenção13

urbanizando favelas: considerações gerais

É importante ressaltar que cada assentamento possui características próprias e é imprescindível o entendimento do lugar e sua relação com o entorno para que as propostas atendam um número maior de pessoas.A ordem das táticas de intervenção a seguir se aplica à favela Paraisópolis, todavia, pode variar de acordo com o perfil de cada comunidade.

como urbanizar favelas?1 - reconhecimento do local

2 - relação com seu entorno

3 - considerar a participação da comunidade

4 - implantação de equipamentos e habitação

5 - trabalho do espaço público

condicionantes restrições físicas

restrições legais

deficiências degradação

ausência de equipamento/

mobiliário

condicionantes

deficiências

potêncialidades localização / relação c/ entorno

vazios existentes e criados após intervenção

potencialidades

hierarquia de interveção

táticas

estrutura de intervenção

1. reconhecimento

2. relação com o entorno

4. implantação de equipamentosqualificadores urbanos

- áreas de influência- potencialidades

- av. giovanni gronchi | comunidades vizinhas - acesso aos transportes | trabalho

5. habitação

5. espaço público

3. participação da comunidade

14

táticas| reconhecendo os indíces de degradação

alto

médio

baixo

PMSP

PMSP

u dPMSP at an o

sem atuação da PMSP

inundação isolamento risco deincêndio

acúmulode lixo

risco de desabamento

alta densidade

insalubridade ausência de saneamento

poluição visual

poluiçãosonora

topografia muito acidentada

15

táticas|relações

reconhecimentodo local e levantamento das

maiores necessidades

programa de necessidades

reconhecimentodo entorno e identificação

da relação com a comunidade

transportetrabalho

PMSP

PMSP

análise dos índices de degradação

existência de atuação da PMSP

catalisadores de degradação

16

táticas|catalisadores dos índices de degradação

creche

escola

posto de saúde

acesso

saneamento

comércio consolidado

habitaçõessem risco

vegetaçãode

contenção

área de

lazer

intervenção da PMSP

intervenção da PMSP

índice alto catalisador

médio

baixo

nenhum

inserção de infra-estrutura

aumento na inserção de infra-estrutura

eliminação da situação de degradação

situação 1

situação 2

situação 3

17

táticas|explosão do programa por todo o assentamento

explosão

redes

público

comunidade

do programa | expansão dele pelo

estabelecimento de de

espaço programa

maior da

assentamento

consolidadas como irradiação

do atendimento

conexãoruas

| educ

ação

saúd

einfra

sane

amen

ot

ocup

ação

dos

vaz

ios la

zer

cida

dania

concentração das na área com maior índice de

necessidades degradação

18foto de satélite: acesso - 2010

19

paraisópolis 2011...

táticas

táticas|implantação de redes de expansão da melhoria | melhoria por contágio

20

propostas

análise dos índices de degradação

PMSPanálise das intervenções da PMSP

análise do perfil da comunidade e do sítio

Proposta

propostas de intervenção

espaços utilizadosexpansão pelo assentamento

irradiaçãode infra pela

quadra

expansão para as quadrasvizinhas

geral

áreas de risco espaços intersticiais espaços a serem utilizados

intervenção é um catalisador

0

número de remoções é

mínimo

espaços utilizados

ruas: estruturas de conexão

espaço de uso público consolidado

ligação entre os edifícios

hierarquias entre as ruas: conexões

21

propostas

sistema viário

malha original ortogonal

topografia acidentada

isolamento vielas

alternativa

ocorrência

acompanhando a topografia

desobstrução e criação de novos

caminhos

apropriação das vielas

resultado

proposta

acesso veicular e peatonal

isolamento

ocorrência

reestruturaçãoda malha

proposta

atendimento do assentamentoo

implantação de caçambas

estacionárias em vários pontos

pontos isolados e com acúmulo

inundação insalubridade

coleta de lixo

isolamento

ocorrência

22

propostas

redes de água | luz | esgoto

atendimento no perímetro das

quadras

reestruturaçãoda malha

proposta

atendimento do interior da

quadra

implantação de equipamentos

implantação de sistemas de captação

dependências

a reestruturação da malha viária desencadeia uma série de melhorias relacionadas umas com as outras | melhora o sistema de fluxos | que melhora o sistema de acessos | reduzindo os pontos de acúmulo de lixo através da circulação do caminhão de coleta | melhora do acesso veicular e peatonal ocasiona a implantação de redes | mobiliário urbano | acessibilidade | melhoria por contagio | atendimento do assentamento

moradia educação

crechescentros comunitários

lazer

centro de esportescriação de área de lazer na adjacência do córregopraças em espaços residuais

uhsucs

restaurante e mercado popularplataforma de embarque

saúde

ubs

cidadania

confrontação23

programa de necessidades básico

situação atual e situação proposta

sobreposição do programa

perspectiva: estrutura de conexão - rua de saúde

perspectiva: estrutura de conexão - rua de lazer

perspectiva: córrego grotão_horta comunitária e área infantil

perspectiva:praça do skate - córrego do grotão - quadras poliesportivas

perspectiva: campo da palmeirinha | edifícios habitacionais em

perspectiva: edifícios habitacionais - pré etapascomércio no térreo | rampa e escadas

perspectiva: praça em espaço residual entre as casas

perspectiva: campo da palmeirinha | arquibancada | iluminação | tratamento do campo

perspectivas: córrego do grotão

perspectiva: habitação

perspectiva: habitação

perspectiva: habitação

perspectiva: restaurante popular

perspectiva: centro de lazer

acesso ao material na íntegra | bibliografia

pranchas banca final _ apresentação:

http://www.megaupload.com/?d=GPLENB0F

Memorial:

http://www.megaupload.com/?d=43LSVDVR

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Revistas:

Revista AU – ano 22 n°161 – ago 2007: Cidade e Oportunidade. (pag. 72 – 75). Revista AU - ano 23 n° 166 - jan 2008: FDE Jardim Angélica, São Paulo, Sp. Núcleo de Arquitetura. (pag. 44 - 49) Revista AU - ano 24 n° 181 - abril 2009: Democratização Paramétrica. (pag. 44 - 49). Revista AU - ano 24 n° 186 - set 2009: Elemental Paraisópolis. (pag. 44 - 49). Revista AU - ano 24 n° 187 - out 2009: A integração da favela é desejada pela cidade? (pag. 16 - 17). Revista Projeto Design - n° 348 - fev 2009: Intervenção transformará megafavelas em bairro. (pag. 100) MARICATO, E. É preciso repensar o modelo. Revista AU - ano 24 n° 186 - set 2009 (pag. 62 - 64). ROLNIK, R. Regularização urbanística e exclusão territorial. Revista Polis n°32. São Paulo, 1999. 160

Legislações e Normas:

Plano Regional Estratégico da Subprefeitura do Campo Limpo. Plano Regional Estratégico do Município de São Paulo. Manual de projeto geométrico de travessias urbanas - 2010. NBR 9050 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos

Sítios consultados na internet:

http://www.prefeitura.sp.gov.br – acessos em março e setembro de 2010. http://www.geografia.fflch.usp.br – acesso março de 2010. http://www.vitruvius.com.br/revistas/arquitextos - acesso abril de 2010. http://www.archdaily.com - acessos em abril e setembro de 2010. http://www.usp.br/fau/depprojeto/.../fix_metropoleornintorrinco.pdf - acesso abril de 2010. http://www.habisp.inf.br - acessos em abril e setembro de 2010. http://www.mmbb.com.br - acesso maio de 2010. http://www.arcoweb.com.br - acesso maio de 2010. http://sptransporte.kit.net/SPTrans/Terminais - acesso maio de 2010. http://www.kristinejensen.dk/pragsboulevard.html - acesso outubro de 2010.