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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
Gleison Morais de Carvalho
A INFLUENCIA DO ALONGAMENTO PASSIVO SOBRE
PARAMETROS CARDIOV ASCULARES EM ADULTOS ATlVOS
CURITIDA
2007
A INFLUENCIA DO ALONGAMENTO PASSIVO SOBRE
PARAMETROS CARDIOV ASCULARES EM ADULTOS ATIVOS
CURlTlBA
2007
I:g~~~:1~,}CONSULTA JINTERNA _
Gleison Morais de Carvalho
A INFLUENCIA DO ALONGAMENTO PASSIVO SOBRE
PARAMETROS CARDIOV ASCULARES EM ADUL TOS ATIVOS
Trabalho de conclusao de curso apresentado aoCurso de Educayiio Fisica da Faculdade dcCiencias Biol6gicas e de Sal,de da UniversidadeTuiuti do Parana, como requisito parcial para aobtenyiio do grau de Licenciado em EducayiioFisica.
Orientador: Prof. Dr. Gerson Luiz Oal-C6l
CURlTIBA
2007
TERMO DE APROV A(:AO
Gleison MOnlis de Carvalho
A INFLUENCIA DO ALONGAMENTO PASSIVO SOBRE
PARAMETROS CARDIOVASCULARES EM ADULTOS ATIVOS
Este tmbalho de conclusao de curso foi julgado e aprovado para a obten,ilo do grau de Liceneiado emEduea,ilo Fisica no Curso de Edueayilo Fisiea da Faellidade de Cicneias Biologicas e de Saude da Universid.1deTuiuti do Pammi.
Curitiba, 23 de novembro de 2007
ClIrsO de Eduea",10 FisicaUniversiruldc TlIiuti do Paran{l
Professor Orientador Dr. Gerson Luiz Dal-ColUniversidade TlIiuti do ParanMDepartamento
Professor Ms. Eduando SeherenUniversidade Tuiuti do PamnMDepaI1mnento
Professor Esp. Daniel StrapassonUniversidade Tuiuti do PamnMDepartml1ento
DEDlCATORIA
Dedico este trabaUlO a lIlinha familia que selllpre cOlllpattiUmralll os lIleus
sonhos e desalentos, vitorias e derrotas, incentivando-Ille a prosseguir na jomada
independente dos obstaculos. Aos docentes da wliversidade que prepat'aram lIleu
caminho e espirito, conveltendo a vontade em conhecimento e sabedoria. E por ultimo,
mas nao menos impOItante, a todos os colegas que me ajudaram na sua concretizayao,
pois sem eles a conclusao de minha graduayao nao selia possive\.
AGRADECIMENTOS
Agradeyo a minha mae, Marlene Terezinha de Carvalho, por todo 0 apoio
dw-ante essa longa caminhada, pela ajuda prestada nos momentos dificeis e as alegrias
cornpartilhadas, e por ser para mim uma fonte inesgotavel de orgulho e inspirayao.
A rneu orientador e amigo Professor Doutor Gerson Luiz Dal-C6l pelos
rnateliais ernprestados, incentivos e esclarecimentos neste trabalho, sernpre com boa
vontade e rnuito profissionalismo. Ao Professor Daniel Strapasson pelas ajudas nas
aplicayoes dos testes e incentivos na pesquisa.
E aos meus colegas Fabiano Hessel Dias, Paula Carolina Polakoski, Everton
Luiz Carvalho e Guilherrne Chierighini pelas ajudas e Olientayoes referentes a
fonnatayao de texto, conversao de arquivos e aplicayoes dos testes, que forarn de
rnuita irnpOltiincia para a concretizayao deste trabalho.
SUMARIO1 INTRODUc;::AO. . 122 FUNDAMENTAC;::AO TEORICA 142.1 ALONGAMENTO 142.l.1 Tipos de alongamento 152.l.1.1 Passivo 162.l.1.2 Ativo 172.1.1.3 Ativo-passivo 172.1.1.4 Ativo-assistido 172.1.1.5 Movimentos lentos 182.1.1.6 Facilitayao Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) 182.1.2 Objetivos do alongamento 192.1.3 Adaptayoes agudas 202.1.4 Adaptayoes cronicas 202.1.5 Fatores Iimitantes 212.1.5.1 ObstHlyOeSanatomicas 212.1.5.2 Reflexos nemoI6gicos 222.1.5.3 Restriyoes musculares 222.1.5.4 Envelhecimento 222.2 MOSCULO ESTRIADO ESQUELETICO 232.2.1 Filamentos grossos 242.2.2 Filamentos finos 252.2.3 Contrayao muscular 252.2.4 Tipos de fibras 272.2.5 Mecanismo Nemofisiol6gico 282.3 SISTEMA NERVOSO CENTRAL.. 302.4 SISTEMA NERVOSO AUTONOMICO 322.4.1 Distribuiyoes anatomicas do sistema nervoso simpatico 322.4.2 Distribwyoes !I11atomicasdo sistema nervoso parassimpiLtico 342.4.3 Tipos de substilncias hormonais pelas terminayoes nemais 362.4.4 Efeitos estimulantes 362.5 SISTEMA CARDIOVASCULAR 392.5.1 Corayao 392.5.2 Vasos sanguineos 402.5.3 Cicio cardiaco 412.5.3.1 Sistole e diastole 422.5.4 Pressao arterial. 422.5.4.1 Hipeltensao 442.6 iNorCE DE MASSA CORPOREA (lMC) 453 PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS 464 RESULTADOS E DlSCUSSAO 544.1 PERFIL DOS PARTICIPANTES 544.2 PRESSAO ARTERIAL (PA) 544.3 SISTEMA NERVOSO AUTONOMO (SNA) 554.4 FREQUENCIA CARDIACA (FC) 555 CONSIDERAC;::OES FINAlS 57
LlSTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - Tacograma e gnifico da analise espectral. 48FIGURA 2 - Alongamento quadriceps.. . 49FIGURA 3 - Alongamento flexores do quadril. 49FIGURA 4 - Alongamento adutores de quaruil.. . 50FIGURA 5 - Alongamento extensores de quadli!, semitendineo, entre outros 51FIGURA 6 - Alongamento extensores do quadril. 5 IFIGURA 7 - Alongamento posteriores de coxa. . 52FIGURA 8 - Alongamento musculos do movimento flexao plantar. 52FIGURA 9 - Alongamento dorsiflexores. . 53
LlSTA DE GRAFICOS
GRAFICO 1 - Variayoes da pressao arterial media sist61ica e diast6lica no periodo pree p6s-alongamento passivo S4GRAFICO 2 - Atividade do Sistema Nervoso Simpatico (LF) e Sistema NervosoParassimpatico (HF) sobre 0 corayao no periodo pre e p6s-alongamento passivo ... SSGAAFICO 3 - Variayoes da freqiil!ncia cardiaca media nos peIiodos pre e p6s-alongamento passivo S6
A INFLUENClA DO ALONGAMENTO PASSIVO SOBRE PARAMETROSCARDIOVASCULARES EM ADULTOS ATlVOS.
Autor: Gleison Morais de CarvalhoOrientador: Prof. Dr. Gerson Luiz Dal-C61Universidade Tuiuti do ParanaCurso de Educayao Fisica
RESUMO
o objetivo deste trabalho visa identificar a partir de uma serie de alongamento passivo,influencias relaciolladas a parametros cardiovasculares, freqiiencia cardiaca, pressaoaIterial e sistema nervoso autonomo. PaI'a tanto foram investigados uma amostra de 9illdividuos ativos e aplicou-se a coleta de dados que consistiam na seguinte seqiiencia:I - No periodo pre-alongamento foi aferido dmante 20 minutos a freqiiencia caI'diacae pres sao arterial a cada 5 minutos. 2 - Realizayao da serie de alougamento passivo. 3- No periodo p6s-alongamento mais 20 minutos com aferiyao da freqiiencia caI'diaca epressao alterial a cad a 5 minutos. 4 - Os dados da freqiiencia cardiaca foramanalisados por softwaI'es desenvolvidos por Porta (1999) para verificayao da atividadedo sistema nervoso autonomo. Ap6s a coleta e analise dos dados concluiu-se que 0
alongamento passivo pode promover alterayoes na pressao arterial porem isso naoocorreu com a freqiiencia cardia e sistema nervoso autonoll1o.
Palavras chave: freqiiencia cardiaca, pressao alterial e sistema nervoso autonomo.
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I INTRODU<;::AO
l.l JUSTIFICATIVAo Sistema Nervoso Autonomo e responsavel por controlar as fun90es ultemas
do corpo humano. E dividido em dois sistemas diferentes, Sistema Nervoso
Parassimpatico (Cranio - Sacral) e Sistema Nervoso Simpatico (Toraco - Lombar),
este por sua vez, esta associado com diversas patologias (cardiopatias) como a
hipertensao arterial e fatores de rISCO cardiovasculares como a obesidade que
promovem uma eleva9ao da sua atividade.
Sabe-se por meio de estudos que a atividade fisica uilluencia no Sistema
Nelvoso Autonomo proporcionando uma diminui9ao da atividade do Sistema Nervoso
Simpatico e um predominio maior da atividade do Sistema Nervoso Parassimpatico,
porem pouco se encontra a respeito do alongamento e da existencia de algwna
influencia sobre esse sistema, por esse motivo despeltou-me inteITesse em realizar um
estudo sobre 0 assunto.
1.2 FORMULAc;AO DO PROBLEMA
Sera que 0 alongamento passiv~ e eficaz na aitera9ao da atividade do sistema
cardiovascular, principalmente do sistema nervoso autonomo em adultos saudaveis?
1.3 OBJETIVOS
I.3 1Gerai
Velificar os efeitos de uma selie de alongamento passivo sobre parametros
cardiovasculares.
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1.3.2 Especificos
Avaliar os efeitos de uma serie aguda de alollgamento passivo sobre:
• Pressiio artel1ai
• Freqiiencia cardiaca
• Atividade do sistema nervoso autollomo.
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2 FUNDAMENTA<;:AO TEORICA
2.1 ALONGAMENTO
Para entender 0 alongamento e sua definiyao, primeiramente deve-se entender
o contexto em que esta inserido. Diferentes tennos estao relacionados ao alongamento
como atividade fisica, entre e1es a defilliyao de que e "a atividade realizada pelo corpo
com objetivos diferentes do desenvolvimento especifico de aptidao fisica" (Robergs,
Robelt 2002), exercicio significando "atividade realizada com 0 objetivo de melhorar,
manter ou expressar um tipo especifico de aptidao fisica" (Robergs, Robert 2002) e
aptidao fisica defmida como "estado de fllllcionamento corporal caracterizado pela
capacidade de tolerar 0 estresse do exercicio". Esses tennos acabam se mistmando
quando se refere a qualquer tipo de alongamento, seja ele estatico, dinamico ou
tecnicas de facilitayao nemomuscular proprioceptiva, pois quruldo sao realizados
acabrun proporcionruldo trabalho muscular e mn maior dispendio energetico.
Qualquer que seja 0 treinamento de alongrunento deve-se analisar a aptidao
fisica do individuo antes da execuyao dos mesmos.
Existem diferentes termos e significados para defmiyao de aiongamento, para
Hru-vey et a1. (2002) significa intervenyao que aplica ten sao aos tecidos moles, induz
ao aumento na extensibilidade destes tecidos, sendo runplamente administrado pru·a
aumentru· a mobilidade articular e revelter contrahlras.
A flexibilidade e outro termo bastante associ ado e muitas vezes confundido
com alongamento, cujo significado e diferente. Para Enoka (2000) flexibilidade sao
exercicios elaborados para aumentar a amplitude de movimentos com musculos dos
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membros passivos (estaticos) ou com um ou mais musculos tentando allxiliar no
alongamellto (dil1amicos).
A diferenya basica entre alongamento e flexibilidade e que 0 primeiro atua
diretamente na mllsclilatura (tecidos moles) proporcionando lima maior extensibilidade
dos mesmos. Iii 0 seglmdo aplica-se na articulayao com exercicios de alongamento
visando uma maior amplitude articular.
2.1.1 Tipos de alongamento
Todas as tecnicas de alongamento utilizadas na ahlalidade dividem-se em dois
grupos, alongamento dinamico que e chamado de balistico quando possui movimentos
livres, e alongamento estiltico, como 0 proprio nome jil diz sem movimento mantendo
a postura de alongamento. 0 alongamento estatico e considerado mais segura em
comparayao com 0 dinamico pOl'que ha menor risco de lesoes, provoca menor
atividade dos fusos musculares e a incidencia de dor muscular e menor. 0
alongamento dinamico e considerado mais perigoso pois estimula 0 fuso muscular
fazendo com que ocorra reflexo de estiramento gerando assim contrayao do muscuJo
alongado, essa contrayao dependendo do caso pode ser muito intensa levando a lesoes
severas.
De acordo com Femandes el. al. (2002, p.71, citado por BROOKS et.
al.,(996) cerca de 10 a 20 anos atI'as, 0 alongamento balistico era 0 metoda mais
popular. Atualmente as tecnicas de alongamento estatico sao comllmente lItilizadas.
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No alongamento balistico sua execw;:ao e feita por meio de torque (momento
de forya) aplicado para gerar movimentos dinamicos n'tpidos ate 0 limite da amplitude
de movimento da articulayao envoI vida.
HI no alongamento estatico e assumida uma posiyao onde a articulayao se
posicione em seu limite de amplitude de movimento para posteriormente ser gerado 0
torque de alongamento que sera realizado de forma passiva. Essa fOIma passiva pode
ser induzida de diferentes form as tanto pela gravidade dos segmentos anatomicos
envolvidos no alongamento quanta pOl' manipulayao manual por meio de pesos para
almlentar 0 torque de alongamento ou aumento do brayo de resistencia.
Seja 0 alongamento diniimico ou estatico para desenvolve-Ios sao usadas as
seguintes formas de execuyao: passivo, ativo, ativo-passivo, ativo-assistido,
movimentos lentos e facilitayao neuromuscular proprioceptiva (FNP).
2.1.1.1 Passivo
Passivo e a forma de execuyao onde nao existe contl'ayao voluntaria dos
musculos agonistas (milsculo oposto ao alongado) em momenta algum. Os exercicios
sao realizados pOI'profissional da area ou pelo proprio individuo.
o alongamento passivo na otica de Christophe Geoffroy,
e um alongamento global, lento, que mobiliza as cadeias museu lares(alongamento global), em busea de um ganho de amplitude perdido pelaatividadc fisiea. Utilizamos a a9i'io da for93 da gravidade pelo peso dopr6prio eorpo, eombinada ou nao a uma tra9iio manual ou a uma for9ae>.'!erior.
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2.1.1.2 Ativo
Ao contnirio da proposta anterior na forma ativa existe a ocolTl!ncia de
contrayao volwltitria dos musculos agonistas.
2.1.1.3 Ativo-passivo
E a junyao da forma ativa e passiva, ou seja, "e a combinayao de urn
alollgamento ativo seguido por um alollgamento passive: contrair - relaxar - alongar
wn mesmo grupo muscular." (GEOFFROY, 2001).
o individuo faz um movimento ate sua amplitude possivel e a partir deste
ponto um profissiollal da area assume a responsabilidade chegando a amplitude de
movimento desejada, enquanto 0 individuo alongado procura relaxar a musculatura
como urn todo. Mas se nao for preferido 0 proprio individuo podera fazer a execuyao
com auxilio de outro segmento corporal, sendo comum nas extremidades dos membros
superior e inferior.
2.1.1.4 Ativo-assistido
Muito parecido com 0 ativo-passivo, pois no inicio de sua aplicayao e feito de
forma ativa com auxilio de profissional visando completar a amplitude de movimento
mas 0 illdividuo nao deixa de buscar a rea1izayao voluntitria do movimento. Pode
tambem ser executado por outro segmento corporal ao inves de auxilio exterior.
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2.1.1.5 Movimentos lentos
Sao movimentos lentos e regulares dentTO da amplitude fisiologica das
articulayoes, utilizados muitas vezes em aquecimentos, sem pretensao de ser
treinamento de flexibilidade embora alguns fisioterapeutas consideram como
instrumento para a preservayao ou aquisiyao de amplitude fisiologica.
2. I 1.6 Facilitayao Neuromuscular Proprioceptiva (FNP)
Tecnicas de alongamento por meio do FNP tem sido muito utilizadas no
ambiente de Fisioterapia e Educayao Fisica. As principais tecnicas utilizadas sao duas:
contrair relaxar e cono'air relaxar agonista contrair.
Cono'air relaxar e tambem conhecido como de inibiyao autogena. Consiste de
uma cono'ayao isomeo'ica maxima dos musculos alvo do treinamento seguido por um
alongamento estatico. Essa tecnica baseia-se nas observayoes de Sherrigton da induyao
sucessiva que considera a cono'ayao do musculo a ser alongado pode caUSal'uma maior
ayao inibitoria dos orgaos telldinosos de Golgi (OTG).
o metodo de contrair relaxar agonista e contrair e identico a tecnica citada no
paragrafo allteIior exceto que durante 0 alongamento estatico in't OCOlTer uma
cOlltrayaO da musculatura agonista concentricamente. Pode ser chamado de illibiyao
autogena mais inervayao reciproca.
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2.1.2 Objetivos do alongamento
o alongamento tem sido utilizado com objetivos muito diferentes dependendo
a area em que ele e aplicado. Na Educa~ao Fisica e utilizado como wn complemento
no treinamento sendo na escola, clube, academias, esportes, etc.
Outra area que 0 alongamento tambem esta inselido e a Fisioterapia,
auxiliando nos processos de reabilita~ao mantendo caracteristicas mecanicas e fun~5es
neuromusculares.
A questao da fun~ao do alongamento e outra vaJiavel relacionada aos
objetivos. AlglUls autores citam que 0 alongamento pode servir nao so para aumento
da tlexibilidade, como e usado comumente, mas para diminuir a dor muscular apos
realiza~ao de atividade fisica e para melhora do bem-estar.
"Para a prescri~ao do exercicio sera necessario levar em conta algumas
importantes variaveis: 1. 0 tempo disponivel para a r4ealiza~ao de exercicios; 2. A
historia de atividade fisica do individuo; 3. Tipo de atividade de que 0 aluno gostruia
de fazer; 4. Equipamento e facilidades disponiveis para 0 uso; 5. Caracteristicas
individuais que podem afetar a performance nos variados tipos de exercicio."
(COLLEN &RON, 2000, citado por FERNANDES el al., 2002, p. 74).
Todos os exercicios de alongamento devem ser analisados e avaliados pru·a a
obten~ao dos progressos conseguidos. Para 0 sucesso de programa de exercicios, deve-
se obedecer a necessidade, desejos e lirnita~5es de cada individuo.
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2.1.3 Adaptar;;oes agudas
As adaptar;;oes agudas ocorridas pelo alongamento passivo podem ser
explicadas por meio da resposta viscoelastica do musculo ao estresse. Quando a
musculatura e mantida em posir;;ao de alongamento (eshltico) tende-se a diminuir sua
ten sao passiva no decorrer do tempo. Fenomeno este chamado como 0 relaxamento
viscoelastico ao estresse.
"Alongamentos estaticos repetidos resultam em diminuir;;ao passiva da rigidez
e atenua9ao da resposta de estresse ao relaxamento (GLEIM & MCHUGH, 1997,
citado por FERNANDES el aI., 2002, p. 77)".
2.1.4 Adaptar;;oes cronicas
Nao existem muitos estudos mostrando altera90es da rigidez passiva ap6s urn
program a de alongamento.
Felllandes el at. (2002) cita urn trabalho de Gleim e Mchugh, 1997, onde
foram observados 36% de diminui9ao da tensao passiva de flexores plantares ap6s tn?s
semanas de programa de alongamento, enquanto outros autores nao conseguiram
encont:rar alguma mudanr;;a na rigidez de musculos posteriores de coxa ap6s longo
periodo de treinamento, e, apesar do aumento na amplitude de movimento, aumentos
na amplitude eram atribuidos ao aumento na "tolerancia ao alongamento". Estes
estudos mostram que 0 aumento na amplitude de movimento nao significa
necessariamente uma diminuir;;1iona resistencia passiva do musculo.
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2.1.5 Fatores limitantes
Existem alguns fatores que limitam a mobilidade atticular e por conseqiiencia
acabam limitando 0 alongamento ou flexibilidade. Entre eles sao: Obstru~5es
anatomicas, fazem parte os ossos, tecido adiposo, pele, capsula atticular, ligamentos e
musculo. Reflexos neurol6gicos, sao processos que illibem ou ativam 0 musculo, por
exemplo, reflexos do fuso nemomuscular e 0 reflexo illibit6rio do 6rgao tendinoso de
Golgi. Conu·ole voluntario, quando a dor ou receio limita a capacidade de levar a
articula~ao alem de seus limites. Restri~5es musculares, e 0 comprimento e a tigidez
do musculo e por fim 0 envelhecimento que aumenta a densidade e rigidez da mau·iz
exu·acelular.
2.1.5.1 Obsuu~5es anatomicas
Pouco pode ser feito sobre as restri~5es anatomicas. Geralmente as resu·i~5es
6sseas promovem prote~ao e estabilidade para a articula~ao. A articula~ao do ombro
tem uma grande amplitude de movimento em todos os pIanos devido it falta de
restti~5es anatonucas. Contudo esta aJticula~ao enu·e as outras e a menos estavel e
mais sujeita a les5es. Limita~5es proporcionadas pela b>Tavideze obesidade, por
exemplo, podem impedir severamente a flexibilidade. Quando estas condi~5es mudam,
como ap6s 0 nascimento ou perda de peso, a amplitude de movimento pode melhorar
bastante, com freqiiencia (BROOKS et a!., 1996; POWERS e HOWLEY, 2000, citado
por FERNANDES el at. 2002, p. 79).
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2.1.5.2 Reflexos nemol6gicos
A1gtms estudos realizados mostram que a extensao da amplitude de
movimento de uma articulayao e com freqiiencia indepeudente da atividade
eletromiogrMica da regiao, tomando assim dificil a avaliayao das limitayoes
neurol6gicas na amplitude de movimento.
2.1.5.3 Restriyoes musculares
o comprimento e rigidez muscular intluenciam 11a amplitude articular. 0
alongamento busca agir na deformayao do tecido conjuntivo para inferir nesses fatores.
As pontes entre de miosina e actina, fibras musculares que intrinsecamente ja
tenham uma viscosidade mais rigida ou a imobilizayao de algum musculo levando-o a
perda de sarc6meros sao fatores que podem causar limitayoes e rigidez muscular.
2.1.5.4 Envelhecimento
Quando 0 corpo humane envelhece, seus 6rgaos e seus tecidos ficam
envelhecidos ocasionando mudanyas em suas estlUturas. Essas mudanyas envolvem as
duas principais protein as estlUtmais do corpo Illunano, 0 colageno e a elastina, e estao
associadas com 0 intennolecular cross-linking (Jigayao entre moleculas) e
modificayoes nas cadeias.
o cross-linking envolve dois mecanismos, 0 plirneiro e um processo
enzimatico que ocorre dmante 0 desenvolvimento e matmayao, 0 segundo e uma
desfavoravel reayao nao enzimatica com a glicose (glicayao), dmante 0
envelhecimento. A glicayao e a principal respons!tvei pelo envelhecimento de urn
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tecido pois moditica as cadeias do colitgeno e elastina e altera as intera~oes celula-
matriz.
o aumento do cross-linking ocasiona a perda de elasticidade do tecido
conjuntivo e amplitude de movimento e diminuida.
Durante 0 envelhecimento ocone a diminui~ao da for~a e enfraquecimento
muscular tomando 0 individuo mais suscetivel a quedas e fraturas que podem levar a
inatividade devido it redu~ao da capacidade do rnusculo de se regenetar.
2.2 MUSCULO ESTRIADO ESQUELETlCO
Neste capitulo busca-se entender os aspectos contritteis da musculatura
estriada esqueletica, atinal e nela que 0 alongamento atua.
o musculo estriado esqueletico e composto por tibras vermeUlas e tibras
brancas. As tibras vermeUlas (cornumente chamadas de tibras oxidativas) possuem
uma maior quantidade de mioglobina (mais sangue, dai vem seu nome) e outras
hemoprotein as. Sao muito ricas em mitocondrias, oxidam aerobicamente itcidos graxos
e carboidratos e tem contra~ao lenta. lit as tibras brancas tern menos mioglobina, sao
ricas em glicose e glicogenio e por meio deles obtem energia de forma anaer6bia. Tem
cont:ra~oes ritpidas responsilveis por movimentos bruscos.
Os mllsculos dos seres humanos tem uma rnistura entre tibras vermeUlas e
brancas.
A rnusculatura alem de ser formada por tibras possuem quatro proteinas
responsitveis pel a sua contra~ao: miosina, actina, tropomiosina e troponina. Todas elas
funcionando com uma pelfeita intera~ao.
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De acordo com Femandes e/ al. os musculos esqueleticos sao,
formados por numerosas fibras, as celulas muscularcs, cuja membrana echamada sarcolema, que e composto intemamente por uma membranaplasmatica e uma camada extema composta por uma fina camada de materialpolissacaridico que contem inllmeras fibrilas colagenas, que nasextremidades irao se fundir com as fibras tendinosas que por sua vez sefundirao em forma de feixes para formar os tcndiies musculares. 0sarcoplasma (citoplasma) matriz intracelular destas celulas, contem umIiquido rico em forya i6nica, mitoc6ndrias, alem de um extenso e organizadoreticulo sarcoplasmatico (reticulo endoplasmatico), que tem papelfundamental no contrale da contrayiio muscular. 0 reticulo sarcoplasmaticocontem tambem um conjunto organizado de filamentos contritteis: asmiofibrilas. (2002 , p. 28).
Estas miofibrilas sao constituidas por filamentos [mos e filamentos grossos
que conferem uma aparencia estriada as fibras musculares. Nas miofibrilas existe a
menor wtidade fwlcional do musculo, 0 sarcomero, que compreende entre duas Iinhas
Z e podendo observar zonas c1aras (banda \) e zonas eSClU'as(banda A) altemadas. Na
contrayao 0 sarcomero diminui seu tamanho em ate 40% grayas ao deslizamento dos
filamentos [mos entre os filamentos grossos.
2.2.1 Filamentos grossos
Sao constituidos pela miosina, uma proteina com seis cadeias polipeptidicas
sendo que duas dessas cadeias sao iguais e enrolam-se uma sobre a outra numa especie
de helice, resultando num longo filamento de dupla helice chamado de cauda miosina.
Nela estao as outras quatro cadeias polipeptidicas formando duas poryoes globulares
que sao as cabeyas da miosilla com atividade ATpasica.
A miosina tern dois pontos de articuiayao. Um deles fica iocaiizado entre a
cabeya e a cauda e 0 outro na poryao media da cauda. Estes pontos de articulayao sao
atacados por enzimas como tripsina e papaina, sendo a primeira responsavel pel a
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fragmenta~ao da molecula miosina em meromiosina leve e meromiosina pesada e a
segunda pode hidrolisar a meromiosina pesada produzindo a por~ao globular e
filamentosa que gra~as aos pontos de articula~ao permitem mudan~as de suas
orienta~oes com rela~ao it meromiosina leve na contra~ao muscular.
Os filamentos grossos sao formados por centenas de moleculas de miosina,
associadas cauda a cauda, deixando suas cabe~as em dire~oes opostas. Quando essas
cabe~as Iigam-se as actinas do filamento fino chamamos esse fenomeno de pontes
cruzadas.
2.2.2 Filamentos finos
Os filamentos finos sao fOl1nados pela actina, tropomiosina e troponula. A
actina tern monomeros globulares (actina G) que se polimerizam e fonnam uma fita
helicoidal (actina F). Todo filamento fino possui duas destas fitas emoladas numa
especie de helice cobrindo sete actulas. A tropomiosina e wn filamento que se estende
por toda a fita F de actina e estit ligado troponina em celtos intervalos. As troponina
tem tres subunidades, a TNC (capaz de fazer liga~oes com 0 Ca2+, a TNI (inibidora da
contra~ao muscular) e a TNT (liga 0 complexo a tropomiosina e lou actina).
2.2.3 Contra~ao muscular
"A teoria mais aceita atualmente para explicar a contra~ao do mllsculo
esqueletico foi formulada em 1954, sirnultaneamente por dois grupos de
pesquisadores: Huxley e Hanson e Huxley e Nierdergerke, com base, principal mente,
em observayoes do encwtamento e estiramento de fibras e miofibrilas isoladas ao
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microscopio de contraste de fase." (VIANNA, 1981; HUXLEY, 1980 citado por
FERNANDES el al., 2002, p. 30). "Pel a teoria, a contra~ao do musculo e devida it
fonna~ao de pontes (apos a liga~ao de caicio it troponina C) entre a actina e a miosina,
sendo que esta ultima fimciona como uma dobradi~a e faz com que 0 filamento fino
deslize sobre 0 filamento grosso" (TREGEAR E MARSTON, 1979; EISENBERG E
HILL, 1978; HUXLEY, 1990 citado por FERNANDES el al., 2002, p. 30).
Este deslizamento de filamentos come~a por meio da despolariza~ao do
sarcolema por U1n impulso nervoso, fazendo com que 0 calcio acumulado no reticulo
sarcoplasmiltico seja Iiberado no citoplasma da celula iigando-se a troponina C. Com
isso ocorre uma mudan~a confomlacional na TNC que e transmitida para as outras
subullidades da troponina e tambem a tropomiosina, deixando os sitios para a Iiga~ao
da cabe~a de miosina com a actina, livres. A energia necessaria para a realiza~ao
dessas iiga~6es e provelliente do ATP (Adenosina Trifosfato) que se liga a cabe~a de
miosina para sepani-la da actina, em seguida 0 ATP e hidrolisado deixando como
produto ADP mais PI (Fosfato Inorgilnico) fazendo Wlla mlldan~a confollllacional na
cabe~a da miosina. Chegando 0 Ca++no mioplasma (Citoplasma) a inibi~ao que os
filamentos fmos promovem e desfeita liberando a liga~ao da cabeya da miosina com a
actina. Em seguida 0 PI e ejetado da cabeya da miosina promovendo uma ligayao forte
entre actina e miosina gerando uma transloca~ao do filamento fmo, e 0 ADP e tambem
ejetado provocando um complexo forte de liga~ao denominado Estado de Rigor.
Por ultimo, 0 ATP se liga de volta a cabeya da miosilla acabando com 0
Estado de Rigor deixalldo as miofibrilas preparadas para um novo cicio.
27
2.2.4 Tipos de fibras
o tecido muscular pode ser dividido em: liso, cardiaco e esqueietico. A
musculatura esqueletica pode ser classificada em tipos de acordo com sua funyao e
caracteristicas bioquimicas das fibras.
A teoria mais aceita para classificayao do musculo esqueletico e a proposta por
Engel em 1962 que realizou milhares de biopsias musculares humanas e classificou as
fibras musculares esqueleticas em tipo I e II.
Em 1970 por meio de experimentos com ph do meio de pre-incubayao e outros
metodos, mostrou-se a existencia de subtipos inseridos na fibra de tipo II, as fibras
llA, lIB, lIe sendo esta ultima geralmente agrupada a do tipo ITA devido as suas
pequenas proporyoes.
Segwldo Fernandes, "as fibras dos tipos I, IIA e lIB diferem em muitos
aspectos, incluindo as proteinas do processo contratil (somente a actina e identica), as
atividades enzimaticas glicoliticas e oxidativas, as reservas de substratos energeticos e
o teor de mioglobina, 0 potencial de membram, a relayao capilar fibra, a produyao
maxima de tensao e fatigabilidade." (2002, p. 32).
o corpo humano possui uma formayao mista de fibras do tipo I e II, podendo
haver um predomillio maior de uma de acordo com a musculatura. Por exemplo, nos
musculos ellvolvidos em atividades de longa dw-ayao h:i uma predominiincia de fibras
do tipo I como na musculatura antigravitacional. Ja as fibras de tipo II, principaJmente
lIB, estao relacionadas it musculatura de atividades de grande intensidade e curta
dw-ayao. Essa mudanya de quantidades de fibras de acordo com a musculatura pode
variru· tambem de acordo com as funyoes realizadas pelo individuo, por exemplo, ums\l)~~ 'f;-i-\
"" --'i- ~-\~1'>\1'>\.\\l~S''''J'S1b\~\"",.,....... \\~\
28
maratonista tern mais fibras do tipo I na musculatura do quadriceps do que um
velocista, ou seja, existe lmla correlayao entre funyao e predominancia de fibras.
As quantidades e tipos de fibras presentes em uma pessoa podem variar muito
como mostram pesquisas realizadas por diversos autores como Nygaard E. &Sanchez
1., Lexell e Taylor que realizaram diversas biopsias em individuos vitimas de morte
acidental, mostrando variayoes significativas. Atraves desses autores mostra-se a
necessidade de cuidado na interpretayao da composiyao musculo esqueIetica a partir
de uma amostra.
2.2.5 Mecanismo Neurofisiologico
o musculo estriado esqueletico apresenta mn impOltante mecanismo
neurofisiol6gico propriosensitivo composto por fibras intrafusais microscopicas que
ficam paralelas as fibras extrafusais, chamado de fuso muscular. E neste fuso onde a
ceJula denominada motoneuronio (celula nervosa que compreende a via entre 0
cerebro ou medula espinhal e 0 orgao efetor, urn musculo ou gHindula. Tambem
chamado de neurollio motor) e a celula muscular se encontram. Neste encontro 0
sarcolema forma a placa motora. 0 fuso muscular e responsitvel por controlar a
velocidade e a durayao da defonnayao muscular, como a do alongamento, por isso que
musculos responsitveis por movimentos delicados e de precisao sao mais ricos em
fusos dos musculos que realizam movimentos grosseiros.
As fibras aferentes primitrias "que sao terminais axollicos de fibras sensitiva
que ficam enrol ados em fonna de espiral, e 0 receptor que detlagra impulso e alcanya a
medula au·aves de fibras espessas denominadas de fibras la." (FERNANDES et ai.,
29
2002). As fibras tipo II que sao as terminayoes aferentes seculldarias tem maior
sensibilidade ao alongamellto, portanto, minimas diferenyas de comprimento nas fibras
musculares sao percebidas por essas fibras, e sao essellciais para a manutenyao do
tonus postural. "Ambas as fibras fazem sil1apse com os motoneuronios alfa e gama,
respectivamente, e facilitam a contrayao das fibras intrafusais e extrafusais."
(FERNANDES, e/ al., 2002).
o orgao tendinoso de Goigi (OTG) e outro mecanisme propriosensitivo alem
do fuso responsilVel por controlar a deformayao muscular. Localizado proximo a
junyao musculo tendinea, emola-se nas fibras extrafusais nas suas extremidades, e
sensivel ao alongamento passive e a contrayao muscular. Inibe a contrayao muscular
ativa devido ao seu limiar baixo e tem Iimiar alto para 0 alongamento passiv~, ou seja,
quando a musculatma exerce uma tensao excessiva 0 OTG reage inibindo a atividade
do motoneuronio alfa e consequentemente diminuilldo a tensao do musculo.
Durante 0 alongamento se realizado de forma lenta acaba ativando 0 OTG e
diminuindo a ten sao muscular, como foi dito no paragrafo anterior, e pennitindo que 0
sarcomere se alongue.
Resumidamente, 0 fuso muscular provoca reflexamente a contrayao muscular
o que explica a necessidade da realizayao de exercicios de alongamento de forma lenta
para nao ocorrer 0 reflexo de estiramento monossimiptico. Jit 0 OTG provoca
reflexamente 0 relaxamento muscular "0 que e a base para a teoria do relaxamento
pos-isometrico, onde 0 musculo encontra-se neurologicarnente relaxado, sendo,
portanto mais facilmente alongado apos uma contrayao isornetrica maxima (como a
principio utilizado para 0 emprego do 3S)" (FERNANDES el al., 2002).
30
2.3 SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Fonnado por tres subsistemas principais: 1 - eixo sensorial responsavel por
transmitir sinais das terminayoes nervosas sensoriais perifericas para quase todas as
partes da medula espiuhal, tronco cerebral, cerebelo e cortex. 2 - eixo motor
responsavel por conduzir sinais neurais, com origem em todas as areas centrais do
sistema nervoso para os musculos e gliindulas de todo 0 corpo. 3 - sistema integrador
responsavel por analisar a infonnayao sensorial armazenando-a na memoria para usos
futuros e utiliza ambas as informayoes (sensorial ou armazenada) na escolha das
respostas apropriadas.
Reayoes Ileurais cOllsideradas mais simples sao illtegradas a !livel da medula
espinhal, incluindo a retirada de algum segmento do corpo do campo de ayaO de
estimulo illtensamellte doloroso, reflexos de estiramento e movimentos de marcha. la
as reayoes mais complexas como a manutenyao da postura, equilibIio, controle da
respirayao e circulayao sao integradas a nivel do tronco cerebral.
Contudo as reayoes consideradas ainda mais complexas sao processadas no
cerebro como 0 pensamento, lIlmazenamento de memorias, etc.
luntamente com todas essas pllltes atua 0 cerebelo palticipando da
coordenayao de todas as funyoes motoras seqiienciais.
A sinapse e a unidade basica de contrale do sistema nervoso, onde os sinais
passam das fibrilas terminais de urn neuronio para a celula neural seguinte. E formada
por un1 botao sinaptico que fica na extremidade da fibIila neural e membrana
superficial do neuronio seguinte onde encosta 0 botao sinaptico. Esse botao secreta
uma especie de substiincia tl"lIllsmissora que pode gerar na membrlllla tanto reayoes
31
inibitorias quanta excitat6rias fazendo com que slllais que cheguem ao neuronio
seguinte possam produzir excitayao ou inibiyao. "Urn neuronio, em geral, s6 e
excitado peJa descarga simultanea de grande nurnero de sinapses; isto e, os sinais
villdos de muitas sinapses devern-se sornar, antes que um potencial de ayao seja
produzido no neuronio estimulado". (GUYTON, \998). Se esse mesrno neuronio
estiver sendo estirnulado por sinapses inibit6rias serao necessanas rnais sinapses
excitat6rias para produzir reayao.
Segundo Guyton os neuronios referentes ao sistema nervoso central sao
orgallizados em vanos tipos de circuitos:
I. 0 circuito divergente, que permite a estimulayao de muitos neuronios por
um imico sinal que chega; cada um dos neuronios estimulados vai, por sua
vez, estimlliar mllitos OlltroS nellronios. Por exemplo, a estimula<;iio de 11m
grande nellronio do cortex motor do cerebro pode, algumas vezes, fazer com
que 15.000 fibras de 11mmiIsculo periferico contraiam.
2. 0 cireuito convergente, ondc os sinais oriundos de diversas origens
cerebra is devem atllar, a 11m so tempo, sobre 0 mesmo neuronio, para que
este entre em atividade. Por exemplo, alguns dos neuronios do cerebro que
participam na analise de sinais aferentes necessitam, nao apenas dos sinais
sensoriais, originados na periferia mas, tambem, de sinais controladores
simultaneos, oriundos de outras partes do cerebro, antes que ocorra a rea<;iio.
3.0 circuito reverberatorio, formado por series de ncuronios que transmitem
sinais por via circular. [sto e, um neuronio estimula outro neuronio, em
seguida, Olltro e outro e assim por diante, ate que 0 sinal retorne ao neuronio
inicial. Dessa forma, 0 sinal percorre 0 circuito, ou "revcrbera", ate que 0
neuronio fatigue. Contudo, enquanto 0 circuito rcverbera, tambem envia
sinais para outras partes do cerebro e para 0 sistema muscular, causando
32
estimula~o prolongada. Por exemplo, as contra~oes mllsclllares que
prodllzem a respira~iio sao 0 resultado complexo de reverbera~iio no centro
respiratorio do tronco cerebral. (1998, p. 99).
Pode-se considerar 0 sistema nervoso como 0 sistema que sente, pensa e
control a no organismo. Para executar tais funyoes ele reline informayoes sensoriais
vindas de todo 0 corpo e os transmite para a medula espinhal e 0 encefalo e assim
podendo reagir de forma imediata enviando sinais ao musculo e orgaos illtemos,
produzindo a resposta, a resposta motora. Pode oconer tambem 0 contrario, a
infonnayao e guardada nos bancos de memoria do encefalo e comparada com outras
infonnayoes e com isso novos pensamentos sao construidos para entao alguns minutos,
meses ou anos depois ocona a resposta motora.
Dessa fOITlla,0 sistema nervoso desempenha tres uUlyoes, funyao sensorial,
fWlyaOintegrativa (pensamento e memoria) e fmwao motora.
2.4 SISTEMA NERVOSO AUTONOMICO
Possui dois componentes distintos, simpatico e parassimpatico com algumas
diferenyas como distribuiyoes anatomicas das fibras nervosas, efeitos estimulantes e
tipos de substancias honllonais pelas terminayoes neurais.
2.4.1 Distribuiyoes anatomicas do sistema nervoso simpatico
A cadeia simpatica situa-se a cada lado da medula espinhal. Tem conexoes
com a medula espinhal e os orgaos. Durante cada cadeia existem pequenas dilatayoes
bulbosas, os ganglios simpaticos onde estao os COl-pOS celulares neuronais. Tem um
33
ganglio simpatico para cada segmento medular toracico e lombar, entretanto, existe
apenas tn:s ganglios simpaticos cervicais e dois a tres ganglios simpaticos sacrais. Sao
a partir dos ganglios que as fibras simpaticas sao conduzidas ate os orgaos.
Existem tambem outros ganglios situados no plexo da cavidade abdominal e
sao deles que partem a maiorias das fibras nervosas simpaticas terminais dirigindo-se
para orgaos abdominais.
As fibras simpaticas chegam it cadeia simpittica a partir dos segmentos
tonlcicos e dos tres segmentos lombares supeIiores da medula espillhal. A inervayao
simpatica para a cabeya e feita por fibras que ascendem a partir da cadeia toracica,
para regiao cervical dessa mesma cadeia, com distribuiyao ao longo das arteIias
cervicais e cefitlicas, para as diferentes estruturas da cabeya. Do mesmo modo as fibras
sinlpaticas partem da regiao lombar da cadeia simpittica, com trajeto descendente, para
o abdome infelior e para as pelllas.
A cadeia simpittica e Iigada a medula espinhal pelo seguinte modo. As fibras
simpitticas deixam a medula pelas raizes anteIiores do nervo espinhal, em seguida
passam por nervo muito pequeno chamado de ramo branco para a cadeia simpittica.
Algumas passam direto para nervos simpitticos viscerais que inervam os orgaos
intelllos do corpo, enquanto as outras retolllam para 0 nervo espinhal por meio de
outro pequeno nervo, 0 ramo cinzento. Essas fibras, entao, trafegam pelos nervos
espinhais por todo 0 corpo, para atingir os vasos sanguineos, as glandulas sudoriparas
e os musculos eriyadores dos pelos, que fazem com que os pel os corporais fiquem
levantados.
34
Os nervos simpaticos tambern contem fibras sensonals. Essas fibras tern
origem nos 6rgaos internos e em seguida penetram nos nerves simpaticos, por onde
finaLmente passam para os nerves espinhais. Por eles atingem as raizes posteriores da
subs tancia cinzenta da medula e vao causar reflexos medulares simpaticos ou
transmitir sensacoes para 0 cerebro, do rnesmo modo como as sensacoes sao
transmitidas da periferia do corpo. Essas sensacoes sao as sensacoes viscerais.
Os sinais simpaticos sao transmitidos da medula espinhal para a periferia por
meio de dois nemonios, situados um em seguida ao ontro. 0 corpo celular do primeiro
nemonio esta situado na substancia cinzenta lateral da medula espinhal, que e uma
pequena protrusao da substancia cinzenta, localizada a meia distancia entre as pontas
anterior e posterior. A £Ibra desse nemonio, a £Ibra pn!-ganglionar, passa para 0
sistema simpatico. Faz sinapse com 0 segundo nemonio que fica situ ado em urn dos
ganglios da cadeia simpatica ou em um dos ganglios mais perifericos. A £Ibra desse
segundo neuronio, a £Ibra p6s-ganglionar, passa entao, diretamente para 0 6rgao que
vai se controlado. 0 primeiro nemonio, localizado na rnednla, e nemonio pre-
ganglionar, e 0 segundo localizado no ganglio simpatico, e 0 nemonio p6-ganglionar.
Desse modo, 0 sistema nervoso simpatico motor e diferente do sistema motor
esqueletico, visto que os rnllsculos esque\eticos sao estirnulados pOl' um unico
nemonio e nao pOl'meio de via com dois nemonios.
2.4.2 Distribuicoes anatomicas do sistema nervoso parassimptttico
As fibras desse sistema tem origem pril1cipalrnente, no decimo par de nervos
craJlianos, que e 0 nervo vago. Porem algumas £Ibras tem origem no terceiro, no
35
setimo e no nona pares cranianos e tam bern em varios segmentos sacrais da medula
espillhal, em especial, de S-2 a S-4.
Pelo nervo vago passa as fibras parassimpaticas que vilo para 0 corayilo, para
os puLmoes e para quase todos os orgaos do abdome. Os outros nervos cranianos
canegam fibras parassimpMicas para a cabeya, enquanto as fibras sacrais inervam, a
bexiga urinaria, a parte inferior do colon e 0 reto.
o sistema parassimpatico, como 0 sistema simpatico, e caracterizado pelo fato
de que seus sinais devem passar por neuronios pre e pos-ganglionares antes de
estimular os diferentes orgilos. Porem, existe disposiyilo anatomica diferente para 0
neuronio po-ganglionar, que e a seguinte. Os corpos celulares dos neuronios pre-
ganglionares ficam no tronco cerebral ou na medula espinhal sacra, mas suas fibras
passam, sem intemlpyilo, ate 0 orgao que vai ser inervado, ao inves, ao inves, como no
simpatico, de atingir apenas um ganglio. Os neuronios pos-ganglionares
parassimpaticos ficam situados na parede do orgilo e as fibras pos-ganglionares tem
comprimento de apenas algwls milimetros, antes de atingir seu destino final, nas fibras
lIlusculares lisas ou em celulas glandulares. Entretanto existem exceyoes a essa regra
gerai, pois na cabeya, quase todas as fibras pre-ganglionares terminam em um de
quatro pequenos, mas distintos ganglios: 1 - 0 ganglio ciliar, situado por tras do globo
ocular, enviando fibras pos-grulglionares para as estruturas oculru'es, 2 - 0 ganglio
esfenopalatino, situado por detras do nruiz e inelvando as glandulas laclimais e nasais,
3 - 0 gfmglio otico, situado pouco adiante da orelha e inervando as glandulas parotidas
e 4 - 0 ganglio submruldiblllar, sitllado sob a parte lateral da mruldibula e inervando as
glandulas submandibulares.
36
2.4.3 Tipos de substancias honnonais pelas termina90es nemais
Uma das diferen9as principais entre os nervos simpilticos e parassimpilticos e
a de que as fibras p6s-ganglionares dos dois sistemas secretam, ua imensa maiOIia das
situa90es, substancias hormollais transmissoras diferentes. "Os new"anios p6-
ganglionares do sistema parassimpatico secretruu acetilcolilla, motivo de serem
chrunados de colinergicos." (GUYTON, 1998, p. 158). "Os do sistema simpatico
secretanl em sua maioria, 0 norepinefrina; POitrultO, a maior paJte dos neuranios do
sistema simpatico e dita ser adrenergica." (GUYTON, 1998, p. 158).
Tanto a acetilcolina quanto a norepinefrina possuem a capacidade de excitar
alguns 6rgaos internos ao mesmo tempo em que inibem outros. Frequentemente, se um
desses honnanios excita um 6rgao, 0 seu oposto 0 inibe, mas isso uao e regra.
2.4.4 Efeitos estimulantes
Efeitos no olho. 0 sistema simpatico dilata as pupilas pennitindo a entrada de
mais IlIZ no globo ocular enquanto 0 sistema simpatico faz com que se cont:raia
dimi.nuindo a quanti dade de luz. 0 efeito parassimpatico pode ser visto tambem no
musculo ciliar que focaliza 0 cristalillo para a visao de longe ou de perlo.
SeCre9aO dos sucos digestivos. E control ada em maior paJte pelo
parassimpatico enquanto 0 simpatico tem efeito diminuido sobre as gliindulas do tuba
gasointestillal.
Glandulas sudoripru·as. Sao estimuladas pelo simpatico e por centro
encefalicos que nonnalmente couo'olam 0 sistema parassimpatico e nao pelos ceno'os
que cono'olam 0 simpatico.
37
Vasos sanguineos. Talvez a mais importante fun<;:aodo sistema simpatico seja
a de controlar os vasos sanguineos de todo 0 corpo. A maior parte desses vasos
contrai-se pela estimula<;:aosimpatica, embora alguns, como os vasos coronarianos se
dilatem. Pelo controle dos vasos sanguineos perifericos 0 sistema simpatico e capaz de
regular, por curtos periodos de tempo 0 debito cardiaco e a pressao ruterial, a
constri<;:ao das veias e dos reservat6rios venosos aumenta 0 debito cru·diaco, e a
constri<;:aodas arteriolas aumenta a resistencia periferica, 0 que eleva a pressao arterial.
o parassimpatico quando atua sobre os vasos srulguineos, os faz dilatru· na
maioria dos casos, mas seu efeito e tao minusculo e ocorre em areas tao restritas do
corpo que pode ser ignorado de forma quase total.
Pulmoes. Os br6nquios sao dilatados pela estimula<;:ao simpatica. Conhldo, 0
sistema simpatico uao tem quase que nenhum efeito sobre os vasos sanguineos do
pulmao.
Controle dos mecanismos gastrintestinais. Cerca de 55% das fibras
parassimpatica sao distribuidas para 0 tuba gastrintestinal, 0 que indica, que a mais
importante fun<;:aodesse sistema e a de regular as atividades gasnintestinais.
Libera<;:aode glicose pelo figado. A estimula<;:ao simpatica provoca a rapida
degrada<;:aode glicogenio com a formayao de glicose, no figado, acompanhada dessa
libera<;:ao de glicose para 0 sangue. Essa glicose sanguinea aumentada representa
suprimento de nutrientes disponivel a curto prazo, para as celulas dos tecidos, 0 que e
muito util durante 0 exercicio.
Efeito sobre os rins. A estirnula<;:ao simpatica produz intensa vasoconstri<;:ao
dos vasos sanguineos renais e diminui de forma muito acentuada a produ<;:aode urina.
38
Esse e urn mecanismo muito impOltante para a regula9ao do volume sanguineo e da
pressao artetial, pois quando e necessatia, a estimula9ao simpatica pode ocasionar a
reten9ao de Jiquido na circula9ao, aumelltando 0 vollUue sanguineo e 0 retolllo venoso
para 0 cora9ao, ao mesmo tempo. Esses efeitos par periodos de horas ou de dias,
tambem aumentam 0 debito cardiaco e a pressao artelial.
Esvaziamento da bexiga urinruia. Estimula9ao parassimpatica que excita a
parede do orgao, e ao mesmo tempo, illibe 0 esfincter uretral, que geralmente impede 0
livre f]uxo da urina.
Controle das fun90es sexuais. No masculino, 0 parassimpatico produz it
ere9iio, e 0 simpatico a ejacula9ao. No feminino, 0 parassimpatico produz a ere9ao de
todos os tecidos ereteis em tomo do introito vaginal, 0 que faz com que fique
estreitado e tambem ao mesmo tempo, a secre9ao de grandes quantidades de muco, 0
que facilita 0 ato sexual. 0 efeito do simpatico sobre a frn19ao sexual femillina nao e
bem conhecido, mas acredita-se que esses nervos possam produzir 0 petistaltismo
uterino inveltido durante 0 orgasmo femillino.
Efeitos metabolicos. A estimula9ao simpatica gelleralizada aumenta 0
metabolismo de todas as celulas do corpo.
Estimula9ao das atividades mentais. Estimula9ao simpatica produz aumento
na velocidade do trabalho mental devido ao aumento do metabolismo nas celulas
neuronais.
39
2.5 SISTEMA CARDIOVASCULAR
Utilizado para distribuir e transportar substiincias essenciais para os tecidos do
corpo hlunano e eliminar produtos finais do metabolismo. Participa tambem do
processo de homeostasia como ajuste de temperatura, fornecimento de oxigenio e
nutIiente, manutenyao de Jiquidos corporais em diversos estados fisiol6gicos.
o sistema circulat6rio s6 consegue executar suas funyoes grayas aos seus
componentes, corayao, vasos sanguineos e os capilares. Alterando 0 fluxo sanguineo
esses mecanismos conseguem dar conta das exigencias variadas de cad a tecido do
organismo em diversificadas condiyoes fisiol6gicas e patol6gicas.
2.5.1 Corayao
Formado por duas bombas distintas: 0 corayao direito, responsavel em
bombear sangue pelos pulmoes e 0 corayao esquerdo, responsavel em bombear sangue
para os 6rgaos perifericos. Cada mn desses corayoes e uma especie de bomba pulsatil
contendo duas camaras, 0 atrio e 0 ventI·kulo. 0 atrio funciona como um ajudante que
escOlva 0 sangue para 0 ventriculo ajudando-o a entrar nessa camara. 0 ventI'kulo e a
forya principal que propele 0 sangue pela circulayao pulmonar ou periferica.
No corayao ex.istem tres tipos de musculatura cardiaca, musculatura atrial,
musculatura ventricular e as especiaJizadas fibras musculares excitat6rias e
condutoras. A musculatura atrial e ventricular contraem-se de forma semelhante a
muscuIatura esqueIetica porem com maior durayao. Ja as fibras excitat6rias e
condutoras contI'aem-se por um periodo c1ll10 pelo fato de conter poucas fibrilas
40
contrateis e tern ritmicidade e velocidade condUl;;ao variilVeis geralldo urn sistema
excitatorio para 0 corayao.
o lllusculo cardiaco e estriado e contem llliofibrilas fonnadas por filalllentos
de actina e llliosina que deslizam uns sobre os outros, assemelhando-se ao musculo
esqueletico.
2.5.2 Vasos sanguineos
Apos ser ejetado 0 sangue lllove-se pela aOlta e suas ramificayoes ruteriais,
essas raIl1ificayoes confonne se aproxilllam da periferia tomam-se mais [mas e
trul1bemmodificam sua histologia. A aorta e predominantemente elastica, entretrulto as
arteriais perifel;cas e ruteriolas tOnlrul1-selllais lllusculares.
A resistencia por atrito nas arterias e pequena e as pressoes sao pouco mel10res
do que na aorta. Por outro lado arterias pequenas oferecern resistencia moderada ao
f1uxo srulguineo. Essa resistencia telll seu apice nas arteriolas que as vezes sao
denominadas como valvulas reguladoras do sistema vascular. "Assim, a queda da
pressao e maior aU'aves do segmento terminal das pequenas ruterias e arteriolas."
(BERNE el al., 2000). "Ajustes no grau de contrayao do mllsculo circular desses
pequenos vasos pelll1item a regulayao do f1uxo sanguineo para os tecidos e auxilia no
conu'ole da pressao sanguinea arterial".
Ao longo das aIteIiolas alem da reduyao da pres sao, existe a mudanya de f1uxo
pulsatil pru'a continuo pela combinayao de dois fatores, distenbilidade das grandes
arterias e resistencia por atrito, nas pequenas ruterias e ruteriolas.
41
Varios capilares Oliginam-se de cada arteriola. 0 leito capilar tem wna area de
sec~ao transversa muito !,'fande, apesar da area de sec~ao transversa de cada capilar ser
bern menor do que de cada alteriola, ou seja, a velocidade do fluxo sanguineo nos
capilares fica bem lenta. Os capilares por consistirem de pequenos tubos com paredes
de espessura de uma celula e velocidade de fluxo lenta, sao ideais para tIoca de
substiincias difusiveis entre 0 sangue e os tecidos.
o sangue quando retoma dos capilares para 0 cora~ao passa pOI venulas e em
seguida atraves de veias de tamanhos crescentes. A pressao desses vasos diminui de
fOlma progressiva ate que 0 sangue chegue ao iltrio direito. Nas proximidades do
cora~ao 0 llumero de veias diminui,e espessura e composi~ao das paredes venosas
muda, a area total da sec~ao transversa dos canais venosos dimillui, e a velocidade do
fluxo sanguineo aumenta.
2.5.3 Cicio cardiaco
o sangue entra no ventriculo direito pelo iltrio direito e e bombeado para 0
sistema ruterial pulmonru', Iii passa por capilares pulmonru'es onde 0 di6xido de
carbono e retirado e 0 oxigenio e inserido. 0 sangue corn oxigenio retoma para 0 iltrio
esquerdo por meio das veias pulmonares e entao e bombeado do ventriculo para a
periferia e assim completando 0 cicIo.
42
2.5.3.1 Sistole e diastole
"To do cicio cardiaco consiste em urn periodo de relaxamento, chamado de
diastole, durante 0 qual 0 corayao se enche de sangue, seguido por peIiodo de
contrayao chamado sistole." (GUYTON & HALL, 1997).
2.5.4 Pressao arterial
A pressao alterial e urn parametro pulsatil, pois, a cada batimento do corayao
uma pequena quantidade de sangue e bombeada para a aorta. A pressao arterial em
condiyoes normais aumenta a cada contrayao cardiaca cerca de ate 120mmhg,
correspondente a pressao sist61ica. Nos intervalos entre batimentos cardiacos a pres sao
chega a cair cerca de 80nullhg, valor da pressao diast6lica. A pressao arterial media
que e a pressao media durante todo cicio cardiaco, e a pres sao que deteIlllina a
intensidade media de todo fluxo sanguineo pelos vasos sistemicos.
Para garantir que 0 fluxo sanguineo da circulayao sistemica nao altere devido
as pressoes variaveis e importantissimo que a pressao alterial media mantenha-se
constante. [sso ocorre a urn grupo de mecanismos que envolvem 0 sistema nervos, os
rins e diversos mecanismos hormonais.
Guyton (1998) os explica da seguinte fOI1lla,
I. Controle neural. 0 controle a curto pmzo da pressao arterial, durante
periodos de segundos ou de rninutos, e realizado quase que integral mente
por reflexos nervosos. Urn dos rnnis importantcs desses reflcxos e 0 reflexo
barorrcccptor. Quando a pressiio arterial fica rnuito aumcntada, ocorrern
distensiio e excita9iio de receptores neurais cspeeiais, os barorreeeptores,
situados nas paredes da aorta c da arteria car6tida intcrna. Esses
43
barorreceptores enviam sinais para 0 bulbo raquidiano, no tronco cerebral
que, por sua vez, cnvia sinais desde 0 bulbo, pelo sistema ncrvoso
autonomico, para provocar (a) lentifica~iio do cora~o, (b) for~a de contra~iio
cardiaca diminuida, (c) dilata~iio das arteriolas e (d) dilata~ao das grandes
veias que, em conjllnto, atuam no sentido de fazer com que a pressao arterial
baixe ate 0 valor nomml. Efeitos exatamente opostos ocorrem quando a
pressao arterial fica demasiadamente baixa e os barorreceptores deixam de
ser estimulados.
2. Controle renal. Os rins sao responsitveis quase que inteiramente pelo
controle a longo prazo da pressiio arterial. Atuam p~r meio de dois
mecanismos muito importantes para 0 controle da pressiio arterial.: um de1es
e 0 mecanismo hemodiniimico, 0 outr~ e 0 mecanismo hormonal. 0
mecanismo hcmodinamico e muito simples. Quando a pressao arterial
aUmenk1.acima do normal, a pressao excessiva nas arterias renais faz com
que 0 rim filtre quantidadcs aumentadas de Iiquido e, portanto, que tambem
excrete quantidades aumentadas de agua e sal. A perda dcssa agua e desse
sal diminui 0 volume sanguineo, 0 que faz com que a pressiio retome aos
valores normais. De modo inverso, quando a pressiio cai abaixo do valor
normal, os rins retem agua e sal ate que a pressiio retome ao normal.
3. Controle hormonal. Varios honnonios desempenham papeis importantes
no controle da pressiio, mas, indubitavelmente, 0 de maior significa9ao C 0
sistema hormonal renina-angiotensina do rim. Quando a prcssiio cai a
valores insuficientes para manter 0 fluxo sanguineo normal pelos rins, os
rins secretam a renina. Essa substfrncia e uma enzima que age sobre uma das
proteinas do plasma para fracionar 0 composto de a~o hormonal
angiotensina. Por sua vez, essa angiotensina produz a contra~iio das
arteriolas de todo 0 corpo, 0 que pennite que a pressao arterial aumente ate
seu valor normal.(1998, p.243,244).
44
Alterayoes em um destes mecanismos isoladamente ou em conjunto podem
levar a alterayoes significativas da pres sao arterial.
2.5.4.1 Hipertensao
E definido como um aumento anormal e cronico da pres sao alterial igual ou
superior a 140/90mrnhg. Seu diagnostico pode ser estabelecido quando a pressao
arterial de uma pessoa e aferida em pelo menos duas circwlstancias distilltas e os
valore fiquem ou ultrapassem os 140/S0mrnhg.
Esta diretamente relacionada com doenyas cardiacas, arterosclerose, acidente
vascular cerebral, insuficiencia cardiaca, hipernofia do ventriculo esquerdo,
aneurismas a61ticos e doenyas vasculares perifericas.
E uma doenya degenerativa e silenciosa, onde a grallde maiolia das pessoas
que tem esse problema nao sabe que tem. Em 90 a 95% dos casos e referente a
hipertensao essencial, ou seja, sem causa conhecida.
o exercicio fisico pode auxiliar em seu tratamento, mas de preferencia
exercicios aer6bios e continuos (endurance). 0 treinamento de forya pode ser utilizado
mais como um complemento e nao como objetivo Plincipal devido ao grande aumenta
da pressiio arterial durante sua execuyao de forma intensa, podendo chegar como
estudos mostram a 400mmhg da pressao sist6lica. "0 exercicio prolongado de baixa
intensidade (aer6bio) e, POrtalltO, recomendado como um metodo nao fannacol6gico
para dinUnuir a hipeltensao." (ACSM citado por ROBERGS A. R., ROBERTS S. 0.,
2002, p. 434).
45
2.6 tNmcE DE MASSA CORPOREA (lMC)
o indice de massa corpore a e a fonnula que indica se urn adulto esta acima do
peso, se esta obeso ou abaixo do peso ideal considenivel saudavel.
A formula para calcular 0 indice de massa corporea e: IMC = peso / (altura)2
46
3PROCEDTMENTOS METODOLOGICOS
3.1 TIPO DE PESQUISA
Este traballlO e caracterizado como sendo uma pesquisa descritiva e
comparativa. Seglmdo Thomas e Nelson (2002), pesquisa descritiva e aquela que
descreve e aborda quatro aspectos: descriy3o, registros, am\.lise e interpretay30 de
fenomenos atuais. E tambem lima pesquisa comparativa pelo fato de analisar as
reayoes de parametros cardiovasculares antes e depois de uma serie de alongamento
passivo.
3.2 DESCRI<;AO DO UNlVERSO
Para a realizay30 da pesquisa foram investigados aleatoriamente individuos
adultos de ambos os sexos, entre 20 e 42 anos de idade praticantes de atividade fisica
na academia da Ulliversidade Tuiuti do Parana a pelo menos 1 meso Para cada
participante foi disuibuido um termo de consentimento que foi entregue no dia da
aplicay30 do teste para ser assinado como uma forma de regulamentar a participay30
na pesquisa.
Neste trabalho conc1uiu-se a coleta de dados com 9 individuos dentro dos
pariimeu"os estabelecidos, a qual realizou-se no laborat6rio de Fisiologia da
Universidade Tuiuti do Parana.
47
3.3 MATERIAL E lNSTRUMENTOS PARA COLETA DE DADOS
Os avaliados deste estudo t'icaram na posiyao decubi to dorsal sobre uma maca
onde foi avaliada a valiabilidade da frequencia cardiaca por urn monitor cal'diaco
modular "Ecafix" durante 20 minutos antes e apos a execuyao de uma serie de
alongamento passivo. A onda eletrocardiogn'tfica sent registrada e digitalizada em
microcomputador pelo program a SAD, com uma frequencia de amostragem de
240HzJcanal para amilise postelior. A pressao a1teIial talnbem foi um pal'iimetro
afeIido por meio de metodos auscultatolio, empregando-se esfigmomanometro a cada
5 minutos.
o Sistema Nervoso Autonomo, modulayoes simpaticas e parassimpaticas
foram avaliadas pela analise espectral da frequencia cardiaca. Nesse metodo, as ondas
eletrocardiograficas foram analisadas pelo program a PRE, que forneceu os valores de
intervalo R-R a cada cicio cardiaco. Posteriormente, a variabilidade desses valores foi
analisada no dominio da frequencia pelo metodo de Analise Auto Regressiva (AR)
utilizando-se software LA (Program a de Analise Linear - versao 8.0). Todos os
programas mencionados foram desenvolvidos por Porta (1999).
48
Figura I. Tacograma e grilfico da amilise espectral da variabilidade da freqiiencia cardiaca.
A serie (seqiiencia) de exercicios de alongamento abrangeu a musculatura dos
membros inferiores e cada posiyao sent mantida durante 30 segundos. De acordo com
Beaulieu aplld Bandy & col (1997 citado por FERNANDES el. al. 2002, p.76)
posiyoes sustentadas por menos que 30 segundos, poderao nao resultar no relaxamento
do ml\ScuJo que esta sendo alongado, nao a\canyando os beneficios maximos. Com 0
alongamento passivo a ten sao da musculatura diminui atraves do tempo, no caso 30
segundos, aturuldo na resposta viscoelastica ao estresse promovelldo um maior
relaxrunento.
A amplitude articular de cada exercicio foi control ado pelo avaliado utilizando
sua percepyao subjetiva, 0 aplicador do teste executa 0 alongamento passivo ate lima
amplitude em qlle 0 avaliado sinta lim leve a moderado desconforto e entao avise 0
aplicador pru·a segurar a posiyao.
49
Exercicio 1
Alongamento do gmpamento extensor do joelho (quadriceps). Durante a
execuyao nao existem nenhum movimento pelvico ou de tomozelo por parte do
avaliado concentralldo assim 0 alongamento sobre 0 quadriceps.
Figura 2 - Alongamento quadriceps.
FONTE: Livro Cincsiologia do alongamento (2002, p. 166)
Exercicio 2
Movimento de hiperextensao do quadtil com uma leve intellsificayao de flexao
do joelho direcionando 0 alongamento para os flexores do quadril como um todo em
especial 0 iliopsoas e reto femoral. Procurar manter a cintura pelvica do avaliado bem
apoiada. Este exercicio tem como limite a nao acentuayao da lordose lombar.
Figura 3 - Alongamellto flexores do quadril.
FONTE: Livro Cinesiologia do alongamento (2002, p. 166)
50
Exercicio 3
Alongamento para os musculos adutores do quadril. Entretanto pelo fato do
avaliado estar com 0 quadril em abduyao horizontal com rotayao lateral faz com que os
musculos flexores e adutores de quadril (iliopsoas, pectineo e adutor Iongo) sejam
alongados lluma menor intensidade devido a posiyao de flexao do ql1adril, dando
enfase aos adutores curto e magno. 0 avaliado deve sentar sobre os isquios e manter a
coluna ereta.
Figura 4 - Alongamcnto adutorcs de quadril.
FONTE: Livro Cinesiologia do alongamento (2002, p. 168)
Exercicio 4
No membro inferior direito ocorre 0 alongamento dos musculos extensores do
ql1adril, gluteo maximo, semitendineo, semimembranaceo, biceps femoral cabeya
longa, gluteo medio poryao posterior e adutor magno poryao extensora. No membro
inferior esquerdo ocorre alongamento dos musculos iliopsoas, rete femoral, pectineo,
tensor da fascia-lata e adutor longo poryao flexora.
51
Figura 5 - Alongamento extensorcs de quadril, semitendineo entre outros.
FONTE: Livro Cinesiologia do alongamento (2002, p. 165)
Exercicio 5
Alongamento dos musculos extensores do qnadril sem intensificar sobre os
posteriores de coxa mantendo 0 joelho flexion ado do membro inferior que esta sendo
alongado. A regiao glutea deve ficar em contato com a superficie em que 0 avaliado
estiver deitado evitando a bascula posterior da cilltura pelvica que inibiria 0
alongamento dos gluteos maximos, semitendineo, selnimembranaceo e biceps femoral
cabeya longa, pela liberayao de fixayao proximal destes musculos.
Figura 6 - Alongamento extensores do quadril.
FONTE: Livro Cinesiologia do alongall1ento (2002, p. 163)
Exercicio 6
Alongamento dos posteriores de coxa: semitendineo, selnimembranaceo,
biceps femoral cabeya longa e adutor magno. A regiao glutea permanece apoiada com
controle do proprio avaliado.
52
Figura 7 - Alongamento posteriores de coxa.
FONTE: Livro Cincsiologia do alongamento (2002, p. 164)
Exercicio 7
Alongamento para os musculos que realizam 0 movimento de flexao plantar
do tOll1ozelo, que sao: triceps sural, gastrocnemicos cabeyas medial, lateral e 0 s6leo,
tibial posterior, flexor longo do balux, flexor longo dos dedos, fibulares longo e curto.
Se for desejado pode-se dar uma maior enfase para 0 alongamento dos mllsculos flexor
longo do hilux e flexor longo dos dedos, pelo movimento de extensao dos dedos.
Figura 8 - A1ongamento milsculos do movimento flexiio plantar.
,
~~-, ---'-,\;\
FONTE: Livro Cinesiologia do alongamento (2002, p. 167)
Exercicio 8
Visa alongar os musculos dorsiflexores do tornozelo, que· sao: tibial anterior,
extensor longo dos dedos, extensor longo do haIux e fibular terceiro.
53
Figura 9 - Alongamento dorsiflexores.
FONTE: Livro Cinesiologia do alongamento (2002, p. 167)
3.4 ANALISE DE DADOS
As informar;oes coletadas foram organizadas por meio de grMicos. Seus
aspectos significativos foram divididos nas categ0l1as: perfil dos participantes, pressiio
arterial, sistema nervoso aut6nomo e freqUencia cardiaca.
54
4 RESULTADOS E DISCUSSAO
4,1 PERFIL DOS PARTICIPANTES
Os pruticipantes apresentru'am media de Indice de Massa Corporea (!MC) de
24 ± 4, altura de 1,74cm ± 0 08 e peso corporal 73,2kg ± 12,5,
4,2 PRES SAO ARTERIAL (PA)
Os valores de pressao arterial media (PAM) tiveram mudanyas significativas
compru'alldo 0 periodo pre-alongamento e pos-alongamellto, No periodo pre-
alongrunento passivo 0 valor medio da pres sao arterial sistolica (PAS) foi 110 ±
2nunHg e pressao arterial diastolica (PAD) foi 77 ± ImmHg, JiI no periodo que
abrange 0 pos-alongamento passivo 0 valor medio da PAS foi 106 ± llmllHg e PAD
igual a 75 ± 0,411UnHg,
GRMICO 1 - VARIACOES DA PRES SAO ARTERIAL MEDIA SISTOUCA E
DIASTOUCA NO PERlODO PRE E POS-ALONGAMENTO PASSIVO,
140
130
120
110
100
90
eo •70 _" • ~eo50
40
30
20
10
min -.20 min -15 min ·10 min-5 min+ 5 min + 10 min +- 15 min+ 20
Tempo
55
4.3 SISTEMA NERVOSO AUTONOMO (SNA)
Ao contnirio da pressao arterial 0 sistema nervoso autonomo nao mostrou
altera90es sigllificativas em sua atividade. A media da atividade do Sistema Nervoso
Simpatico (SNS) e Sistema Nervoso Parassimpatico CSNP) foram as seguintes: Pre-
alongamento passivo - SNS = 53 ± 23% e SNP = 44 ± 24%. P6s-alongamento passivo
- SNS = 54 ± 22% e SNP = 45 ± 22%. 0 gnlfico 2 abaixo mostra 0 SNS como sendo
LF (low frequency) e 0 SNP igual HF (high frequency).
GRA.FICO 2 - ATIVIDADE DO SISTEMA NERVOSO SIMPATICO (LF) E
SISTEMA NERVOSO PARAS SIMPATICO CHF)SOBRE 0 CORACAO NO
PEIUODO PRE E P6S-ALONGAMENTO PASSIVO .
.g 80t» •prettl•... •p6s00 600G) I':,'•....c
40 1+0 I'1/1G) I:::'0 :·1fttl 20'0 ~c.: ':os;
:i P: 1<~ 0 ~
LF HF
4.4 FREQUENCIA CARDIACA (FC)
Pelo fato do sistema nervoso simpatico e sistema nervoso parassimpatico nao
terem apresentado diferen9as significativas nas suas atividades a freqiiencia cardiaca,
como conseqiiencia, tambem nao obteve aitera90es significantes. A media da
56
freqiH~nciacardiaca total no periodo pre-alongamento passivo foi iguaJ a 61 ± 9bpm e
no pos-aJollgamellto passivo 58 ±9bpm.
GRAFICO 3 - VARIA<;:OES DA FREQOENCIA CARDIACA MEDIA NOS
PERlODOS PRE E POS-ALONGAMENTO PASSIVO.
80 •pre
60 •p6s
E F-a. Ite40U Ii,u.
20 ~.~;
0I·;~
57
5 CONSIDERA(:OES FlNAIS
Ap6s a apresentayao, discussao e analise dos dados, conclui-se que uma serie
de alongamento passivo composta por 8 exercicios, sendo que em cada posiyao ficou
mantida durante 30 segundos e a intensidade dos mesmos, foi de leve it moderada de
acordo com a percepyao subjetiva do avaliado, nao foi suficiente para alterar de forma
aguda a atividade do sistema nervoso simpatico e sistema nervoso parassimpatico em
nenhum dos periodos, pre e p6s-alongamento passivo, e como conseqUencia acabou
nao influenciando a freqUencia cardiaca.
Porem, 0 alongamento passivo pode promover e apresentar alterayoes na
pressao mtelial, principal mente na pressao alterial sist61ica que teve seus valores
diminuidos no periodo p6s-alongamento, caracterizmldo assim UlIl estado de
hipotensao.
Como os resultados da pressao alteIial foram antagonicos aos do sistema
nervoso autonomo e freqUencia cardiaca, sugere-se que 0 estado de hipotensao arterial
p6s-alongamento ocorreu devido a um decrescimo de forma aguda da resistencia
periferica nos vasos sanguilleos por causa do relaxmnento muscular promovido pelos
exercicios de alongamento passivo.
Recomenda-se para trabalhos futuros um peliodo de tempo maior para
observa,.oes desses pariimetros, com isso talvez demonstrar diferentes adapta,.oes
agudas ao alongamento passivo.
58
REFERENCIAS
BARBANTI V. J. DiciolHlrio de Educavao Fisica e esporte. 2. ed. Sao Paulo: Manole,2003.BERNE, R. M.; KOEPPEN B. M.; LEVY M. N.; STANTON B. A. Fisiologia. 4. ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2000.ENOKA, R. M. Bases Neuromecanicas da Cinesiologia. 2. ed. Sao Paulo: Manole2000.FERNANDES, A.; MARINHO A.; VOIGT L.; LIMA V. Cinesiologia doAIongamento. 2. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2002.GEOFFROY, C. Alongamellto para todos. Manole, 200l.GUYTON A. C. Fisiologia HUlnmla. 6. ed. Rio de Janeiro: Gumlabm'a Koogan, 1998.GUYTON A. c.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia medica. 9. ed. Rio de Janeiro:Guallabara Koogan, 1997.McARDLE et. a/., Nutriyao para 0 desp01to e exercicio. Rio de Jmleiro: GumlabaraKoogan,200l.ROBERGS, R. A.; ROBERTS S. O. Fisiologia do exercicio pm'a aptidao, desempenllOe saltde. Sao Paulo: Photte, 2002.THOMAS, J. R.; NELSON, J. K. Metodos de Pesquisa em atividades Fisicas. P01tOAlegre: funned, 2002.