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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA FLORESTAL
CAMPUS DE PARAUAPEBAS
ALANY DE ARAÚJO COSTA
MAYLSON DE MOURA OLIVEIRA
ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA DE UM SISTEMA AGROFLORESTAL
LOCALIZADO NO MUNICÍPIO DE PARAUAPEBAS-PA
PARAUAPEBAS, PA
2018
Trabalho de Conclusão do Curso apresentado à
Universidade Federal Rural da Amazônia Campus de
Parauapebas, como parte das exigências do curso de
Graduação em Engenharia Florestal.
Orientador: Prof. MSc. Carlos Alberto De Sousa
Nogueira
Co-orientadora: Prof. MSc. Anna Karyne Costa Rego
ALANY DE ARAÚJO COSTA
MAYLSON DE MOURA OLIVEIRA
ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA DE UM SISTEMA AGROFLORESTAL
LOCALIZADO NO MUNICÍPIO DE PARAUAPEBAS-PA
PARAUAPEBAS, PA
2018
ALANY DE ARAÚJO COSTA
MAYLSON DE MOURA OLIVEIRA
ANALISE DE VIABILIDADE ECONOMICA DE UM SISTEMA AGROFLORESTAL
LOCALIZADO NO MUNICIPIO DE PARAUAPEBAS-PA
Trabalho de Conclusão do Curso apresentado à Universidade Federal Rural da Amazônia
Campus de Parauapebas, como parte das exigências do curso de Graduação em Engenharia
Florestal.
Aprovado em: 05 de março de 2018
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________________
Profª Drª Dilma Lopes da Silva Ribeiro
Universidade Federal Rural da Amazônia
______________________________________________________
Prof ºMSc. Marcos Rodrigues
Universidade Federal Rural da Amazônia
AGRADECIMENTOS
A Deus.
Aos meus pais Trajano Alves de Oliveira e Gilza Maria de Moura Oliveira que me
apoiaram nos momentos difíceis.
Ao meu Orientador MSc Carlos Alberto Nogueira, minhaCo-orientadora Profa. MSc.
Anna KaryneCosta, com os quais aprendi muito. Obrigado pelos ensinamentos,
questionamentos, discussões e, sobretudo por serem exemplos de profissionais.
À minha companheira de trabalho ALANY DE ARAÚJO COSTA, pela parceria e
cooperação na realização deste.
A todos os colegas/irmãos do Curso de Engenharia Florestal pelo companheirismo,
apoio e sobretudo pelos momentos de descontração ao decorrer da graduação.
À ASSOCIAÇÃO NOVO ENCANTO, por todo apoio e colaboração prestados, e
acima de tudo, pelo exímio trabalho ao qual se dispõem a realizar.
Aos os professores do curso de Graduação em Engenharia Florestal
da UFRA pelos momentos de auxílio na construção do conhecimento.
À Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA, Parauapebas, pela oportunidade
em executar o trabalho.
Maylson de Moura Oliveira
AGRADECIMENTOS
À Deus.
Em primeiro lugar agradeço a Deus, por tudo que me proporcionou. Pela força nos
momentos difíceis para que não pudesse desistir. Pelo seu amor infinito por mim... Até aqui o
senhor me ajudou!!!.
À Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA, pelaoportunidade da realização
deste curso, pelos momentos de aprendizagem e socialização.
Ao meu orientador Professor MSc. Carlos Alberto De Sousa Nogueira e minha co-
orientadoraProfessoraMSc. Anna Karyne Costa Rego, pelos ensinamentos e pela paciência.
Aos membros da banca examinadora desta dissertação, ProfªDrªDilma Lopes da Silva
RibeiroeProfºMsc. Marcos Rodrigues, por suas valiosas contribuições.
Ao meu parceiro de trabalho Maylson de Moura Oliveira, pela paciência ao longo
deste trabalho.
À associação Novo Encanto por nos permitir realizar este trabalho em sua
propriedade.
Aos professores do curso de Graduação em Engenharia Florestal
da UFRA pelos momentos de construção do conhecimento.
À todos os colegas do curso de Graduação em Engenharia Florestal
da UFRA, em especial, as discentes Carolline Lopes dos Santos e Lauren Barbara Pinheiro
Fernandes pelo companheirismo, apoio e momentos de descontração.
Ao meu pai Antonio Hélio Pereira Costa e minha mãeDalva de Araújo Costa, e aos
meus irmãos Darlan de Araújo Costa e Gleiciane de Araújo Costa, pela força constante e
apoio durante todo o percurso desta jornada.
Ao meu marido Robert da Silva Farias, pelo amor, compreensão, apoio durante todo o
meu percurso da graduação.
Aos meus sogros Pedro Rodrigues Farias e Laura Oliveira da Silva pelo apoio em
todos os momentos deste percurso.
A todos os meus familiares e amigos pelas palavras de incentivo e carinho.
A todas as pessoas que colaboraram, direta ou indiretamente, para a realização desta
graduação.
Alany de Araújo Costa
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Composição, espaçamento e densidade do SAF da propriedade
Augusto Cangulê no município de Parauapebas – PA
26
Tabela 2: Tempo de permanência dos componentes do SAF da propriedade
Augusto Cangulê no município de Parauapebas – PA.
26
Tabela 3: Preço dos insumos e mão de obra praticada no município de
Parauapebas e estado do Pará no ano de 2018.
27
Tabela 4: Preço de venda dos produtos praticados no mercado de Parauapebas
e no estado do Pará no ano de 2018.
28
Tabela 5: Produtividade do SAF proposto para propriedade Augusto Cangulê
no município de Parauapebas – PA.
31
Tabela 6: Custos com o preparo da área SAF. 32
Tabela 7: Resultado dos indicadoreseconômicos. 34
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Localização da propriedade no município de Parauapebas-PA. 18
Figura 2: Área de Implantação do SAFs. 19
Figura 3: Ilustração(castanha do brasil, cupuaçu, açaí, cumaru, cajá,
mandioca e ipê amarelo)-1° ao 3°ano.
20
Figura 4: Ilustração (castanha do brasil, cupuaçu, açaí, cumaru, cajá e ipê
amarelo)-4° ao 20°ano.
21
Figura 5: Ilustração (castanha do brasil, cupuaçu, açaí, , cajá)- 20°ano. 21
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico1: Custos de mão de obra e insumos por produto SAFs. 32
Gráfico2: Custos e receitas por produto SAF. 33
Gráfico3: Receitas, custos e fluxo de caixa do SAF ajustados pela taxa de
juros de 9,5%.
34
ANALISE DE VIABILIDADE ECONOMICA DE UM SISTEMA AGROFLORESTAL
LOCALIZADO NO MUNICIPIO DE PARAUAPEBAS-PA.
RESUMO
O modelo agrícola implantado na Região Amazônica nas últimas décadas é fruto de
programas governamentais de colonização, que incentivaram o desmatamento e,
consequentemente, mudanças na forma de exploração e uso dos recursos naturais, atividades
antrópicas extremamente danosas à sustentação e à conservação dos ecossistemas. A região
sudeste do Pará possui como principais atividades econômicas a pecuária e a mineração. Em
Parauapebas, devido à exploração de minério de ferro pela antiga Companhia Vale do Rio
Doce, atual Vale, por meio do Projeto Grande Carajás, provocou uma expansão territorial
desgovernada. Como alternativa de combate às praticas degradantes desenvolvidas na região,
tem-se os sistemas agroflorestais (SAFs), que podem ser definidos como sendo a modalidade
de uso integrado da terra para fins de produção florestal, agrícola e/ou pecuário. Desta forma,
tendo em vista que a região sudeste paraense, especialmente, o município de Parauapebas, não
tem muitas informações a respeito de sistemas agroflorestais, esse trabalho visa identificar se
os mesmos são alternativas economicamente viáveis para os agricultores do sudeste
paraense.Para a análise dos dados foi utilizado à planilha Amazon SAF versão 4.11. Foram
calculados os seguintes indicadores de viabilidade econômica: valor presente líquido (VPL),
taxa interna de retorno (TIR), relação benefício/custo (RB/C) e payback. A partir destes
verificou-se que os in sumos foi o responsável pelos maiores custos no sistema. Apesar das
altas despesas o cajá foi o que apresentou o maior lucro seguido pelo cupuaçu. Deste modo
depreende-se que os indicadores apresentados comprovam que essa atividade é
economicamente viável.
Palavras-chave: Alternativas Econômicas; Produção Sustentável; Indicadores Econômicos.
ANALYSIS OF ECONOMICAL VIABILITY OF AN AGROFLORESTAL SYSTEM
LOCATED IN THE MUNICIPALITY OF PARAUAPEBAS-PA.
ABSTRACT
The agricultural model implemented in the Amazon Region in the last decades is the result of
governmental programs of colonization, which encouraged deforestation and, consequently,
changes in the way of exploitation and use of natural resources, anthropic activities extremely
harmful to the sustainability and conservation of ecosystems. The southeastern region of Pará
has cattle farming and mining as its main economic activities. In Parauapebas, due to the
exploitation of iron ore by the former Companhia Vale do Rio Doce, the current Vale, through
the Grande Carajás Project, provoked an ungoverned territorial expansion. As an alternative
to combat degrading practices developed in the region, there are agroforestry systems (SAFs),
which can be defined as the integrated use of land for forestry, agricultural and / or livestock
production purposes. Thus, considering that the southeastern region of Para, especially the
municipality of Parauapebas, does not have much information about agroforestry systems,
this work aims to identify if they are economically viable alternatives for farmers in
southeasternPará. For the analysis of the data was used to Amazon SAF version 4.11. The
following economic viability indicators were calculated: net present value (NPV), internal
rate of return (IRR), benefit / cost ratio (RB / C) and payback. From these, it was found that
the inputs were responsible for the higher costs in the system. Despite the high expenses the
cajá was the one that presented the greater profit followed by the cupuaçu. In this way it can
be seen that the indicators presented prove that this activity is economically viable.
Keywords:Economic Alternatives; Sustainable Production; Economic indicators.
SUMÁRIO
ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA DE UM SISTEMA AGROFLORESTAL
LOCALIZADO NO MUNICÍPIO DE PARAUAPEBAS-PA.
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 12
2. OBJETIVOS ............................................................................................................. 143
2.1. Objetivo Geral ........................................................................................................... 143
2.2. Objetivos Específicos................................................................................................. 143
3. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................ 143
3.1 Ocupação da Amazônia nas décadas de 60 e 70 ..................................................... 143
3.2 Histórico de ocupação do município de Parauapebas ........................................... 134
3.3 Sistemas Agroflorestais ............................................................................................. 134
3.4 Vantagens e Desvantagens dos SAFs ....................................................................... 147
4 MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................... 18
4.1. Caracterização da área de estudo .............................................................................. 18
4.2 Espécies selecionadas para análise ............................................................................ 22
4.2.1 Açaí ............................................................................................................................... 22
4.2.2 Cajá ............................................................................................................................... 22
4.2.3 Cupuaçu ........................................................................................................................ 23
4.2.4 Castanha do Brasil ........................................................................................................ 23
4.2.5 Cumaru ......................................................................................................................... 24
4.2.6 Ipê Amarelo .................................................................................................................. 24
4.2.7 Mandioca ...................................................................................................................... 25
4.3 Distribuição das espécies na área ............................................................................... 25
4.4 Coleta de dados ............................................................................................................ 26
4.4.1 Despesas com manutenção da área ............................................................................... 27
4.4.2 Valores para comercialização dos produtos.................................................................. 28
4.5 Análise econômica da produção ................................................................................. 28
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES .............................................................................. 30
5.1 Produtividade .............................................................................................................. 30
5.2 Custos, Receitas e Fluxo de Caixa.............................................................................. 31
5.3 Indicadores Econômicos ............................................................................................. 34
6 CONCLUSÕES ........................................................................................................... 35
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 36
APÊNDICE.............................................................................................................................42
12
1. INTRODUÇÃO
O modelo agrícola implantado na Região Amazônica nas últimas décadas é fruto de
programas governamentais de colonização, que incentivaram o desmatamento e,
consequentemente, mudanças na forma de exploração e uso dos recursos naturais, atividades
antrópicas extremamente danosas à sustentação e à conservação dos ecossistemas (ROSA,
2002; REGO, 2016). As florestas nativas foram exploradas, principalmente, pela pecuária,
exploração de madeira e produtos não madeireiros, agricultura de corte e queima e exploração
mineral (ALMEIDA et. al., 2006).
A região sudeste do Pará possui como principais atividades econômicas a pecuária e a
mineração. Em Parauapebas, devido à exploração de minério de ferro pela antiga Companhia
Vale do Rio Doce, atual Vale,por meio do Projeto Grande Carajás, provocou uma expansão
territorial desgovernada (IBGE, 2017). Com o crescimento populacional, além da mineração,
a vegetação primária deu lugar a pecuária, aumentando o desmatamento, reduzindo os
recursos naturais e degradando o solo.
Como potencial alternativa de combate às praticas degradantes desenvolvidas na
região, tem-se os sistemas agroflorestais (SAFs), termo relativamente recente usado para
caracterizar práticas tradicionais de uso da terra desenvolvidas especialmente nas regiões
tropicais por muitas comunidades rurais em várias partes do mundo, que surgiram na década
de 1970, reduzindo o desmatamento, fortalecendo as comunidades e diversificando os
agroecossistemas (MIRANDA, 2012).
Os sistemas agroflorestais podem ser definidos como sendo a modalidade de uso
integrado da terra para fins de produção florestal, agrícola e/ou pecuário. Dentro dessa esfera
de ação, pode-se afirmar que os mesmo apresentam-se como protótipos alternativos de
sustentabilidade, pois estão alicerçados em princípios econômicos de utilização racional dos
recursos naturais renováveis, sob exploração ecologicamente sustentável, sendo capazes de
gerar benefícios sociais, sem comprometer o potencial produtivo dos ecossistemas.
(SANTOS, 2000).
Algumas experiências com análise financeira de SAFs na Amazônia (OLIVEIRA e
VOSTI, 1997; SILVA, 2000; SÁ et al., 2000; SANTOS, 2000) confirmam que a associação
de cultivos arbóreos, perenes e anuais proporcionam uma rápida recuperação do capital
investido e com geração de renda imediata nos primeiros anos.
Tendo em vista que na região sudeste paraense, especialmente, no município de
Parauapebas, não se tem muitas informações a respeito de sistemas agroflorestais,
13
essetrabalho visa identificar se os mesmos são alternativas de produção economicamente
viáveis para os agricultores do sudeste paraense.
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral
Analisar viabilidade econômica de um sistema agroflorestal (SAFs) em uma
propriedade localizada no município de Parauapebas no estado do Pará.
2.2. Objetivos Específicos
Identificar as espécies com maior potencial econômico; egerar coeficientes técnicos de
produção para o fortalecimento dos sistemas agroflorestais no município.
3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1 Ocupação da Amazônia nas décadas de 60 e 70
Historicamente, percebe-se que o processo de evolução tecnológica na agricultura,
sempre foi o objeto de todos que procuravam melhorar as práticas da mesma. Isto
proporcionou um acúmulo de conhecimentos que possibilitou, ao ser humano, dispor de
tecnologias de produção agrícola que diminuíssem as restrições ambientais a esta atividade.
Assim, por meio do artificialismo do ambiente natural, procurou-se sempre obter alimentos
em qualidade e quantidade suficiente para garantir os padrões nutricionais e a sustentabilidade
das sociedades (ASSIS, 2006; CAMARGO, 2007).
Nas últimas décadas, a Região Amazônica foi alvo desta evolução tecnológica da
agricultura, a qual nos anos de 1960 e 70, o governo militar definiu projetos e ações de
colonização na região Amazônica, com objetivo de integrar essa região ao restante do país
(ROSA, 2002; REGO, 2016; SANTANNA, 1999). As florestas nativas foram exploradas,
principalmente, pela pecuária, exploração de madeira e produtos não madeireiros, agricultura
de corte e queima e exploração mineral (ALMEIDA et al., 2006).
Historicamente a intensificação do sistema de corte e queimatem causado impactos
ambientais, especialmente no que se refere à redução de áreas de vegetação nativa (MUNIZ,
2004) e redução da fertilidade dos solos (MOURA, 2004).Os sistemas agrícolas das lavouras
itinerantes ou roça e a pecuária extensiva foram e ainda são grandes
14
consumidores de terras e de fertilidade natural dos solos e, por consequência, da vegetação e
da biodiversidade (FERRAZ JÚNIOR, 2004).
Segundo Verona (2008), com os impactos que a prática de corte e queima trouxeram, a
agricultura busca formas de usar melhor a terra, de modo que seja economicamente viável e
ecologicamente correto. Neste sentido, atualmente cresce a preocupação da sociedade sobre
questões ambientais, alimentação saudável, agricultura alternativa e consequentemente, uma
melhor qualidade de vida, de forma que a população procura cada vez mais o
desenvolvimento sustentável.
3.2 Histórico de ocupação do município de Parauapebas
Com os incentivos governamentais das décadas de 1960 e 70, houve vários projetos
para colonização da Amazônia. Dessa forma, a região sudeste do Pará, mas especificamente,o
município de Parauapebas começou a ser construída em 1981, quando se deu início à
implantação do Projeto "Ferro Carajás" (IBGE, 2017). Estes projetos propiciaram fluxo
populacional, em especial, de pequenos produtores rurais (SANTANNA; YOUNG, 2010). E
a partir, da Lei Estadual nº 5.443/88, de 10 de maio de 1988, a vila Parauapebas que era
administrada pelo município de Marabá foi emancipada em município (IBGE, 2017).
Segundo Rivero et. al. (2009), o Sudeste Paraense, o Sul do Mato Grosso, o Centro de
Rondônia, o Leste do Maranhão e o Norte do Tocantins foram desmatadas para cederem lugar
a pecuária, pois a mesma exige baixos níveis de capital, pouco preparo para o solo e tem
poucas restrições associadas a relevo. Estes fatores tornaram a pecuária à atividade mais
intensamente associada aos processos de desmatamento na maior parte da região.
Os incentivos no projeto Grande Carajás baseado na extração, transformação e
exportação de minerais, numa clara orientação voltada para o mercado externo foram
modestos, porém, o grande número de migrantes atraídos para a sua área de influência
resultou em grandes impactos em termos de desmatamento (SANTANNA, 1999).
3.3 Sistemas Agroflorestais
A revitalização de ecossistemas degradados tem recebido crescente importância diante
do quadro cada vez mais alarmante de crise ambiental e diminuição da qualidade de vida das
populações humanas e naturais. O que hoje predomina no meio rural são grandes áreas
intensamente cultivadas com monoculturas, solo nu sofrendo intenso processo erosivo, zonas
15
ripárias sem vegetação provocando o assoreamento de rios, e pequenos fragmentos florestais,
isolados e permanentemente perturbados pelas atividades humanas (AMADOR, 1999).
De forma a amenizar as práticas degradantes, a agricultura sustentável vem sendo
prioridade nas estratégias de desenvolvimento, onde os recursos naturais são combinados com
os recursos humanos e tecnológicos, apoiados por políticas públicas que asseguram a
promoção contínua da produção e distribuição de alimentos, podendo aumentar a viabilidade
dos sistemas de produção e melhorar a qualidade de vida dos produtores (ARCO-VERDE,
2008).
A agricultura familiar no Brasil exerce importante papel como principal fonte de
abastecimento de alimentos do mercado interno, gera renda e contribui para a produção
agrícola brasileira. A técnica denominada agrofloresta ou Sistema Agroflorestal (SAF) é
viável para a agricultura familiar por reunir vantagens econômicas, sociais e ambientais
(CENSO AGROPECUÁRIO, 2006).
No Brasil, as pesquisas com SAFs iniciaram-se no final da década de 1980, voltadas
para avaliações biológicas e técnicas das interações entre as espécies componentes desses
sistemas (MONTOYA; MAZUCHOWSKI, 1994).
Segundo Brienza Junior et al. (2009), as práticas agroflorestais vêm sendo adotadas há
décadas na Amazônia brasileira, podendo-se destacar os sistemas desenvolvidos pelos
agricultores em Tomé-Açu, Pará; ossistemas do projeto RECA (Reflorestamento Consorciado
e Adensado), em Nova Califórnia, Rondônia; e os sistemas da APA (Associação de
Produtores Alternativos de Ouro Preto do Oeste), também em Rondônia.
De acordoSilveiraet al.(2012), trabalho realizado em propriedades de agricultores
familiares, no município de Conceição do Almeida-BA, onde inicialmente era pastagem,
muito compactado e com alta incidência de formigas, o SAF conseguiu recuperar a fertilidade
do solo e diminuir a incidência de formigas sem o uso de produtos químicos.
O trabalho realizado por Lucena et. al. (2016),no munícipio de Altamira no estado do
Pará, o SAFproporcionou a diversidade da propriedade, a fertilidade do solo, além do
desempenho econômico satisfatório, podendo ser ferramenta de auxílio para os produtores.
Segundo Costa et al. (2017), o trabalho realizado no município de Parauapebas-PA, os
quintais agroflorestais apresentaram diversidade biótica, constituindo-se como fonte de
alimentos para as famílias, promovendo segurança alimentar com qualidade nutricional pela
variedade de alimentos que enriquecem a dieta dos proprietários dos quintais.
De acordo com a instrução normativa nº 5 de 8 de setembro de 2009 do Ministério do
Meio Ambiente, os Sistemas Agroflorestais (SAFs) são definidos como sistemas de uso e
16
ocupação do solo em que plantas lenhosas perenes são manejadas em associação com plantas
herbáceas, arbustivas, arbóreas, culturas agrícolas, forrageiras em uma mesma unidade de
manejo, de acordo com arranjo espacial e temporal, com alta diversidade de espécies e
interações entre estes componentes (MMA, 2009).
Os Sistemas Agroflorestais, segundo PaludoeCostabeber (2012), podem ser
classificados conforme os aspectos funcionais e estruturais, sendo diferenciadas três
categorias básicas: Silviagrícola ou agrossilviculturais (combinação de espécies florestais com
culturas agrícolas); Silvipastoril (espécies florestais, forrageiras e animais)e Agrossilvipastoril
(espécies florestais, culturas agrícolas e forrageiras para alimentação animal).
Segundo Abdo et al. (2008), considerando a distribuição no espaço e no tempo dos
componentes (plantas e animais) de um sistema, os sistemas agroflorestais são classificados
em:
-Sequenciais: Relação cronológica entre as colheitas anuais e os produtos arbóreos; os
cultivos agrícolas e as árvores implantadas se sucedem no tempo.
-Simultâneos: Integração simultânea e contínua de cultivos anuais ou perenes, árvores
para obtenção de madeira, frutíferas ou de uso múltiplo (para fornecer proteínas e sombra para
animais, por exemplo).os simultâneos podem-se observar que existem várias situações: duas
culturas com a mesma época de plantio e colheita (SAF coincidente), culturas de mesma
época de semeadura e épocas diferentes de colheita (concomitantes).
Outro modelo de SAF é o sobreposto quando ocorre a semeadura de uma cultura antes
do final do ciclo de uma cultura já instalada no local e cuja colheita será feita após o término
do ciclo da primeira cultura instalada. Ainda temos o modelo interpolado no qual durante o
ciclo de uma cultura perene temos a implantação de culturas de ciclo menor. Existem vários
tipos de SAFs: quintais agroflorestais, cultivo de faixas em culturas perenes, taungya, aléias,
multiestratos, capoeira melhorada, cerca viva, árvores em pasto, pastagens em plantações
florestais entre outras (VILAS BOAS, 1991; SANTOS, 2000; BERNARDES, 2012).
De acordo com Instituto das Águas da Serra da Bodoquena- IASB (2009), para
implantação de um sistema agroflorestal, deve-se levar em consideração as características do
local como relevo, vegetação original, direção e intensidade dos ventos, solo, disponibilidade
de água, histórico de uso da área e espécies a serem utilizadas. Na escolha das espécies,
devem-se priorizar as espécies nativas, as espécies que garantirão a subsistência e a soberania
alimentar da família e as espécies comerciais de melhor saída no mercado local.
Outra classificação dos SAFssão os chamados quintais agroflorestais. Segundo Dantas
(1994), os quintais agroflorestais são outro tipo de sistemas agroflorestais, os mesmos podem
17
ser definidos como pomares domésticos ou quintais caseiros, formados sem arranjo definido,
pela combinação de espécies perenes, temporárias e animais domésticos, visando o
suprimento alimentar da família, sem fins lucrativos ou conservacionistas.
O quintal agroflorestal é um tipo tradicional, geralmente, de espaços pequenos
situados próximos às residências, consistindo na mistura de espécies florestais, agrícolas e
ervas medicinais coexistindo com a criação de pequenos animais domésticos, sendo o
conjunto manejado pela mão de obra familiar (LUNZ, 2007). Os quintais florestais
proporcionam inúmeros benefícios como recuperação do solo, otimização do espaço e dos
recursos ambientais disponíveis, proteção da biodiversidade, diminuição da incidência de
pragas e doenças (FIGUEIREDO JUNIOR et. al., 2013).
3.4 Vantagens e Desvantagens dos SAFs
Os SAFs apresentam várias vantagens frente aos sistemas de monocultivo, tais como:
utilização mais eficiente do espaço, redução efetiva da erosão, melhoria das condições
microclimáticas, a alta diversidade de espécies, o que pode contribuir para diminuição do
ataque de pragas, redução do risco de perda total da cultura principal. No consórcio de
espécies, uma planta ajuda a outra a se desenvolver, melhoria da alimentação das populações
rurais e dos consumidores, o alimento produzido sem adubos químicos é mais rico em
nutrientes e mais saudável, fornecimento de uma maior variedade de produtos e/ou serviços
da mesma área de terra, garantia de produção e renda para as gerações futuras, valorizam a
cultura local (ARCO VERDE, 2008; SANTOS, 2000).
Segundo Gomes et al. (2008), os sistemas agroflorestais ainda podem contribuir para
recuperar áreas alteradas ou degradadas, permitindo sua utilização novamente no sistema
produtivo, de forma a representar uma alternativa para o uso dos recursos naturais,
aumentando ou mantendo a produtividade da terra sem ocasionar degradação, favorecendo
desse modo, a decomposição de resíduos de plantas no sistema, estimulando a ciclagem de
nutrientes.
Os sistemas agroflorestais, de acordocomLunz e Melo (1998), devido presença do
componente arbóreo, favorece a diversidade de espécies e a grande produção de fitomassa
permitindo a sustentabilidade pela ciclagem direta de nutrientes entre a vegetação e osolo,
proporcionando o melhor desenvolvimento ecológico sustentável para a fauna e flora local.
18
Em contrapartida, existem também as desvantagens, tais quais: competividade entre
componentes vegetais, podendo impactar a produção, alelopatia, uma vez que podem ser
liberados compostos químicos de um componente vegetal que sejam tóxicos a outro, o
conhecimento de agricultores e técnicos sobre SAFs é limitado, o custo de implantação e
monitoramento é mais elevado se comparado ao monocultivo, faltam estudos econômicos que
comprovem sua viabilidade (SANTOS, 2000; VILAS BOAS, 1991).
4 MATERIAL E MÉTODOS
4.1. Caracterização da área de estudo
O estudo foi conduzido na propriedade Augusto Cangulê, da Associação Novo
Encanto (Figura 1), localizada no município de Parauapebas, região Sudeste do Estado do
Pará, onde está sendo conduzida a manutenção de plantios agroflorestais. A propriedade faz
parte de um aglomerado de chácaras rurais, localizada na PA-275, Km 57- Zona Rural.
Figura 1: Localização da propriedade no município de Parauapebas-PA.
Fonte:Associação Novo Encanto de Desenvolvimento Ecológico (2012).
A propriedade estudada possui 0.46 haem sua área total, dos quais0.21 ha foram
destinados à implantação de um sistema agroflorestal, com o objetivo de formar um
ecossistema florestal biodiverso e produtivo. A prática adotada visa além de uma produção
orgânica de variados alimentos, a recuperação ambiental da área. Tal experiência traz alguns
aspectos práticos relevantes para o desenvolvimento de SAFs de âmbito econômico na região.
19
Em 2012,os proprietários da área em questão, iniciaram os preparos e a implantação
do plano de recuperação por meio de SAFs, onde a área de plantio encontrava-se altamente
degrada (Figura 2). Anterior a isso era utilizada para prática desportiva de motovelocidade,
consequência de tal fato teve-se a compactação do solo e marcado pela presença de
cupinzeiros e com uma alta susceptibilidade ao fogo durante o período de seca.
Figura 2: Área de Implantação do SAFs
Fonte: Associação Novo Encanto de Desenvolvimento Ecológico(2012).
Buscando seguir os princípios ecológicos de sistemas biodiversos, visando constituir
uma alternativa de incremento da biodiversidade e proximidade do agroecossistema as
condições do ecossistema natural, foram implantadas estrategicamente componentes vegetais
de modo a facilitar a aceleração do processo de recuperação das condições ambientais com
pouca dependência de recursos externos, podendo-se destacar: chacronacabloca, mariri,
abacate, tento vermelho, seringueira, goiabeira, pau preto entro outras.
A área supracitada, onde se desenvolveu um SAF afim da restauração ecológica local,
serviu como base para análise de viabilidade econômica, de modo a demonstrar a seguridade
do ponto de vista econômico, ambiental e social.
Para esta pesquisa, foram selecionadas dentre as espécies presentes na área de
recuperação, algumas espécies agrícolas e florestais, consideradas principais do ponto de vista
econômico, tais quais: castanha do Brasil, açaí, ipê amarelo, cumaru, cupuaçu, mandioca e
cajá. Todas de interesse econômico, produtoras de algum tipo de retorno econômico, como
frutas, sementes e madeira e produtos medicinais (Figuras 3, 4, 5).
20
A implantação do SAF pelos proprietários seguiu as seguintes etapas:
Limpeza da área;
Aração/gradagem;
Marcação e coveamento;
Plantio e replantio;
Adubação na cova
Adubação de manutenção;
Roçagem e coroamento;
Manejo dos perfilhos;
Colheita.
Figura 3: Ilustração(castanha do brasil, cupuaçu, açaí, cumaru, cajá, mandioca e ipê amarelo)-1° ao 3°ano
1-Mandioca, 2-Cupuaçu, 3-Caja, 4-Açaí, 5-Cumaru, 6-Ipê amarelo, 7-Castanha do brasil
FONTE: Pesquisa de campo- 2018
21
Figura 4:Ilustração (castanha do brasil, cupuaçu, açaí, cumaru, cajá e ipê amarelo)-4° ao 20°ano
1-Cupuaçu,2-Cajá,3-Açaí,4-Cumaru, 5-Ipê amarelo,6- Castanha do Brasil.
FONTE: Pesquisa de campo- 2018
Figura 5:Ilustração (castanha do brasil, cupuaçu, açaí, , cajá)- 20°ano
1-Cupuaçu,2-Cajá,3-Açaí,4- Castanha do Brasil.
FONTE: Pesquisa de campo- 2018
22
4.2 Espécies selecionadas para análise
4.2.1 Açaí
O açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.),também conhecido por açaí, açaí-do-pará, açaí-
do-baixo-amazonas, açaí-de-touceira, açaí-de-planta e açaí-verdadeiro, é uma palmeira nativa
da Amazônia e a principal espécie do gênero Euterpe explorada na região (OLIVEIRA et al.,
2002).
É uma palmeira que produz touceira com até 45 estipes por touceira em diferentes
estágios de crescimento, mas raramente ocorreexemplar de caule único (OLIVEIRA et al.,
2015).Cada estipe contém, em média, dez a doze folhas compostas com 3,5m de
comprimento, dispostas de forma alternada.Sua inflorescência ou cacho é formado por uma
ráquis e um número variável de ráquilas, onde estão inseridos milhares de flores masculinas e
femininas (OLIVEIRA et al., 2007; VENTURIERI et al., 2014). Cada cacho possui centenas
a milhares de frutos tipo drupa, de 0,5 a 2,8 g e diâmetro de 1 a 2 cm, verde-brilhante quando
imaturo e violáceo ou verde-opaco quando maduro (OLIVEIRA et al., 2015).
É utilizado de inúmeras formas: os frutos são empregados na polpa processada, as
inflorescências na fabricação de vassouras; o caule (estipe) na extração de celulose, na
construção de casas, como lenha e como isolamento elétrico; as folhas na obtenção de
celulose, na cobertura de casas rústicas e na confecção de artesanatos; as sementes na
confecção de artesanatos (biojóias) ou como adubo orgânico; os cachos secos como adubo,
vassoura e queimado como repelente; e as raízes como vermífugo e anti-diarréico
(CYMERYS; SHANLEY, 2005); como também a planta em si é usada no paisagismo.
Contudo, sua importância econômica, social e cultural está centrada na produção de frutos e
palmito (OLIVEIRA, 2007).
4.2.2 Cajá
Esta espécie encontra-se dispersa nas regiões tropicais da América, África e Ásia,
sendo no Brasil encontrado principalmente nas regiões Norte e Nordeste (SACRAMENTO
eSOUZA, 2000). Fruto, assim como a ciriguela, pertencente a família Anacardiaceae, o cajá é
também chamado de cajá-mirim ou taperebá no Brasil; pruniermombin na Guiana Francesa;
ciruela de monte e jocote na Guatemala; ciruelaamarilla no México e Equador; jobo na
América Central; hogplum ou yellowmombin na América do Norte, etc. A espécie
Spondiasmombin desenvolve-se na América Tropical(LEON eSHAW, 1990).
23
Devido à sua elevada acidez o cajá é pouco consumido ao natural, mas principalmente
na forma de polpa, suco, picolé, sorvetes e néctar. A madeira pode ser utilizada em
marcenarias, enquanto a casca, os ramos e as folhas possuem propriedades medicinais.
A casca possui propriedades antidiarréica, antidesintérica. As folhas são usadas contra
as dores de estômago, complicações do parto e enfermidades dos olhos e laringe. Compostos
com propriedade antiviral foram identificados nas folhas, a partir do que o extrato passou a
ser recomendado principalmente para combate a herpes (SACRAMENTO eSOUZA, 2000).
4.2.3 Cupuaçu
O Theobromagrandiflorum (WilldenowexSprengel) Schumann, pertence à família
Sterculiaceae, e é conhecido como cupuaçu. Seu nome vem da língua Tupi (kupu = que
parece com o cacau + uasu = grande) (GONDIM et al, 2001).
O gênero Theobroma é tipicamente da região neotropical, distribuído em floresta
tropical úmida, ocorre espontaneamente nas matas de terra firme e várzea alta atualmente, está
disseminado por toda a bacia amazônica (SOUZA et al, 1999).
O cupuaçuzeiro é uma árvore que atinge 7m de diâmetro de copa , 4m a 10m de altura
(SOUZA et al., 1999). O fruto é uma baga capsulácea de 12 cm a 25cm de comprimento e 10
cm a 12 cm de diâmetro, pesando em média 1,2 kg. As sementes estão envolvidas por uma
abundante polpa branco-amarelada de sabor ácido e cheiro agradável (CAVALCANTE, 1996;
VENTURIERI, 1993).
A polpa do cupuaçu é muito utilizada na elaboração de sucos, bolos, sorvetes, cremes,
pudim e outros. As sementes são utilizadas na fabricação de cupulate, e na indústria de
cosméticos (SOUZA et al.,1999; RIBEIRO, 2000).
4.2.4 Castanha do Brasil
A Castanha do Brasil (Bertholletia excelsa, H. B. K.), conhecida também como
Castanha do Pará, é um dos principais produtos da biodiversidade da floresta amazônica. Têm
grande potencial econômico, especialmente na Amazônia brasileira, representando um dos
principais elementos na economia de muitas famílias extrativistas (SOUZA; MENEZES,
2008).
A Castanha do Brasil pertence à família das Lecythidaceae,fruto nativo da região
amazônica. Seu fruto é um ouriço de forma esférica, com mesocarpo extremamente duro e
24
abriga cerca de 15 a 24 castanhas ou sementes, as quais medem de 4 a 7 cm de comprimento
(BRAGA, et al., 2009).
A amêndoa oleaginosa de elevado valor energético, rica em proteínas de alto valor
biológico, apresenta componentes das vitaminas do complexo B1, B2 e B3, também podem
ser encontradas as pró vitaminas A e vitamina E, minerais como o cálcio, magnésio, ferro,
potássio, sódio, entre outros (SANTOS et al., 2011; SOUZA; MENEZES, 2004).
4.2.5 Cumaru
O gênero Dipteryx, é uma espécie de grande dispersão podendo ser encontrada, no
Brasil, no Acre,Amazonas,Goiás, Maranhão, Mato Grosso,Mato Grosso do Sul, Pará e
Rondônia, e em outros países como Bolívia, Colômbia, Guiana, Peru e Venezuela (CRUZ et
al.,2011; BRAZ et al., 2012;)
Segundo Carvalho (2009), o nome de gênero Dipteryx, vem do grego e se refere às
duas alas na ráquis da folha, entretanto o nome especificoodorata, é característico do odor da
semente. A árvore chamada cumaruzeiro é arbórea (árvore), de comportamento sempre-verde
ouperenifólio de mudança foliar. As árvores maiores atingem dimensões próximas a 40 m de
altura e 150 cm de DAP (diâmetro à altura do peito, medido a 1,30 m do solo), na idade
adulta.
A Dipteryxodoratana fase de viveiro apresenta melhor e maior crescimento a pleno
sol, proporcionando mudas fortes, com boa qualidade (UCHIDA; CAMPOS, 2000). É
indicada para plantios de enriquecimento de capoeiras e outros sistemas agroflorestais por
causa da rápida germinação e frutificação (GONZAGA, 2006). Frutifica precocemente, aos 4
ou 5 anos de idade e os frutos amadurecem geralmente entre os meses de abril a julho, no Pará
(CARVALHO, 2009).
4.2.6 Ipê Amarelo
A espécie Handroanthusalbus (Cham.). Mattos, antigamente chamada de Tabebuia
alba, nativa do Brasil, é uma das espécies do gênero Tabebuia que possui “Ipê Amarelo”
como nome popular. O nome alba provém de albus (branco em latim) e é devido ao tomento
branco dos ramos e folhas novas (BARRICHELO;MÜLLER, 2006).
Os ipês são muito utilizados na ornamentação urbana devido à beleza de seu porte e de
suas flores, além do paisagismo é usada naconstrução civil em forma de tacos para assoalho,
25
dormentes, mourões, vigas, eixo de rodas de carroçaria, marcenaria e carpintaria (LORENZI,
2002).
As árvores de Tabebuia alba possuem cerca de 30 metros de altura. O tronco é reto ou
levemente tortuoso, com fuste de 5 a 8 m de altura. A casca externa é grisáceo-grossa,
possuindo fissuras longitudinais esparas e profundas. A coloração desta é cinza-rosa intenso,
com camadas fibrosas, muito resistentes e finas, porém bem distintas (BARRICHELO;
MÜLLER, 2006; LORENZI, 2002).
As flores são frequentemente dispostas em inflorescências axilares, terminais ou
caulifloras, do tipo cimoso ou racemoso. As sementes são frequentemente achatadas, aladas e
anemocóricas (CAMARINHA et al,2015).
4.2.7 Mandioca
A mandioca, ManihotesculentaCrantz, é uma planta perene, arbustiva, pertencente a
família das Euforbiáceas. A parte mais importante da planta é a raiz. Rica em fécula,
utilizadas na alimentação humana e animal ou como matéria prima para diversas indústrias.
Originária do continente americano, provavelmente do Brasil, a mandioca já era cultivada
pelos índios, por ocasião da descoberta do país. Este trabalho reúne informações técnicas
simplificadas, necessárias ao cultivo da mandioca, de resultados de pesquisas geradas pelos
principais órgãos do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (ANDRADE e SIQUEIRA,
2010).
É cultivada em regiões de clima tropical e subtropical, com precipitação pluviométrica
variável de 600 a 1.200 mm de chuvas bem distribuídas e uma temperatura média de em torno
de 25ºC. Temperaturas inferiores a 15ºC prejudica o desenvolvimento vegetativo da planta.
Pode ser cultivada em altitudes que variam de próximo ao nível do mar até mil metros. É bem
tolerante à seca e possui ampla adaptação às mais variadas condições de clima e solo. Os
solos mais recomendados são os profundos com textura média de boa drenagem. Devem-se
evitar solos muito arenosos e os permanentemente alagados (ANDRADE e SIQUEIRA,
2010).
Os produtos das raízes para alimentação humana são a farinha, a fécula, o beiju, o
carimã, dentre outros. A fécula é bastante utilizada nas indústrias de alimentos como em
outras indústrias (ANDRADE e SIQUEIRA, 2010).
4.3 Distribuição das espécies na área
26
As culturas foram plantadas com espaçamentos aleatórios, onde a castanha do Brasil, o
cumaru e o ipê amarelo, totalizam 2 plantas cada cultura. O cupuaçu possui 58, o cajá 49, o
açaí com 7 e a mandioca com 2.000plantas (Tabela 1).
Tabela 1 – Composição, espaçamento e densidade do SAFno município de Parauapebas – PA.
SAF
Espécies Espaçamento(m) Densidade
(Ind/0,21 ha) Nome vulgar Nome cientifico
Castanha do Brasil BertholletiaexcelsaH.B.K aleatório 2
Cupuaçu Theobramagrandiflorum aleatório 58
Açaí Euterpe oleracea aleatório 7
Cumaru Dipteryxodorata aleatório 2
Ipê amarelo Handroanthunsalbus aleatório 2
Cajá Spondiasmombin L. aleatório 49
Mandioca ManihotesculentaCrantz aleatório 2000
FONTE: Pesquisa de campo - 2018.
Tabela 2 – Tempo de permanência dos componentes do SAF da propriedade Augusto Cangulêno município de
Parauapebas – PA
FONTE: Pesquisa de campo - 2018.
4.4 Coleta de dados
Os dados de implantação e manutenção do sistema foram fornecidos pelos
responsáveis pela Associação Novo Encanto a fim de contribuir com a determinação dos
coeficientes técnicos. As informações referentes a produtividade foram levantadas na
literatura tendo em vista que a associação não dispõe dessas informações. Para isso, priorizou-
se a consulta de estudos científicos desenvolvidos na região.
Componentes do SAF Anos
1 2 3 4 5 6 7 8 ... 20
Castanha do Brasil X x x x x x x x x x
Cupuaçu X x x x x x x x x x
Açaí X x x x x x x x x x
Cumaru X x x x x x x x x x
Ipê amarelo X x x x x x x x x x
Cajá X x x x x x x x x x
Mandioca
x
27
Para a análise dos dados foi utilizado à planilha AmazonSAFversão 4.11 (ARCO-
VERDE e AMARO 2014).
Inicialmente foi feita a caraterização do sistema analisando-se seus componentes
quanto aos custos de materiais e serviços utilizados durante as etapas de implantação e
manutenção. Foram também obtidos dados de produção e de receita para todas as espécies
cultivadas na área.
Os custos foram calculados para uma área de 0,21 ha, onde os mesmos foram
divididos seguindo todas as etapas utilizadas no cultivo, classificados em:
1. Implantação: preparo de área, aquisição de mudas e estacas de tutor amento
demudas, coveamento, adubação de base e cobertura;
2. Manutenção: poda, aplicação de herbicidas, adubação, roçagem;
3. Colheita: custos de colheita de frutos e madeiras do plantio.
4.4.1 Despesas com manutenção da área
Para a comprovação da viabilidade econômica deste sistema foram mensurados todosos
coeficientes técnicos necessários para implantação, manutenção e colheita, sendo que estes
são definidos por Arco-Verde e Amaro (2014) como um valor numérico que expressa à
relação existente entre a quantidade de insumos gasta e a quantidade de produtos obtida. O
detalhamento dos coeficientes técnicos levantados para este trabalho encontra-se nos
apêndices.
Os custos referentes às atividades de cada cultura foram baseados nos praticados no
município de Parauapebas e no estado do Pará, devido à localização da propriedade, o quetorna a
escoação da produção, a aquisição de mão de obra e insumos mais acessível e a
análise de viabilidade mais real (Tabela 3).
Tabela 3 – Preço dos insumos e mão de obra praticada no município de Parauapebas e estado do Pará no ano de
2018.
Descrição Unidade Preço/unidade
1. INSUMOS
Muda de Castanha do Brasil unid R$ 10,00
Muda de Cupuaçu unid R$ 4,50
Muda de Açaí unid R$ 2,00
Muda de Cumaru unid R$ 10,00
Muda de Ipê amarelo unid R$ 10,00
Muda de Cajá unid R$ 3,00
Raiz de Mandioca feixe R$ 10,00
Compostagem kg R$ 3,00
2. MÃO DE OBRA
28
Homem-dia diária R$ 50,00
Motosserista diária R$ 100,00
FONTE: Pesquisa de campo - 2018.
4.4.2 Valores para comercialização dos produtos
O preço de venda dos produtos (Tabela 4) foi estimado com base em pesquisa
desenvolvida nas feiras do município, no caso do preço da madeira de ipê, cumaru e a
amêndoa do cumaru foramverificados os preços praticados no mercado estadual sendo
considerado um preço médio.
Estes valores adotados foram mantidos constantes para todos os anos do horizonte de
planejamento do sistema.
Tabela 4 – Preço de venda dos produtos praticados no mercado de Parauapebas e no estado do Pará no ano de
2018.
Componentes Produto Unidade Preço (R$)
Castanha do Brasil Fruto kg R$ 6,00
Cupuaçu Fruto kg R$ 3,10
Açaí Fruto kg R$ 3,00
Cumaru Amêndoa kg R$ 7,50
Cumaru Madeira m³(Tora) R$1.012,00
Ipê amarelo Madeira m³(Tora) R$1.800,00
Cajá Fruto kg R$ 2,00
Mandioca Raiz kg R$ 3,00
FONTE: Pesquisa de campo - 2018.
Para a estimativa da receita foi considerado que será vendido 75% de tudo que for
produzido, pois se faz necessário descontar às perdas que podem ocorrer durante a colheita, o
transporte ou até mesmo qualquer eventualidade que venha acontecer durante a produção.
4.5 Análise econômica da produção
Os dados referentes aos coeficientes técnicos e a produtividade foram inseridos em
planilha eletrônica elaborada por Arco-Verde; Amaro (2014) através do software Microsoft
Excel® (AMAZONSAF, versão 4.11), para o cálculo dos indicadores econômicos no
horizonte temporal de 20 anos.
A composição da receita do sistema considerou os valores, de comercialização, de
todos os produtos gerados no sistema sendo eles frutíferos e madeireiros, sendo multiplicado
o seu valor de mercado pela sua produção anual dos 0,21 ha de plantio.
29
Os custos e receitas foram calculados anualmente deacordo com as culturas. O
conjunto de entradas e saídas de recursos eprodutos por unidade de tempo corresponde ao
fluxo de caixa.
Foram calculados os seguintes indicadores de viabilidade econômica: valor presente
líquido (VPL), taxa interna de retorno (TIR), relação benefício/custo (RB/C) e payback
levando em consideração a taxamínima de atratividade do projeto equivalente a 9,5%,
sendo,2,5%ao ano correspondente ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
Familiar (PRONAF floresta), somado a taxa de juros de longo prazo (TJLP) de 7%, calculada
no período de 12 meses (fevereiro de 2017 a fevereiro de 2018). O PRONAF floresta é o mais
adequado para o SAF, por apresentar taxa de juros menores para os produtores rurais.
O VPL pode ser definido como o resultado da diferença positiva entre receitas e
custos, atualizados de acordo com determinada taxa de desconto (REZENDE; OLIVEIRA,
2001). Quanto maior o VPL, mais atrativo será o projeto. O valor sendo superior à zero, o
projeto apresentará viabilidade econômica (BORNER, 2009).
Onde: Rj = receitas no período j; Cj = custos período j; i = taxa de desconto (juros); j = Período de ocorrência; n
= duração do projeto em anos ou em número de períodos de tempo; I = Investimento Inicial.
O TIR refere-se a taxa anual de retorno do capital investido, tendo propriedade de
ser a taxa de desconto que iguala o valor atual das receitas (futuras) ao valor atual dos
custos (futuros) do projeto. Sendo entendida, também, como a taxa média de crescimento
de um investimento (REZENDE; OLIVEIRA, 2001). Deseja-se a TIR maior do que a
taxade desconto exigida pelo investimento, para obter-se a viabilidade do projeto (ARCO-
VERDE, 2008).
Onde: Rj = receitas no período j; Cj = custos período j; i = taxa de desconto (juros); j = período de ocorrência
de RjeCj;n = duração do projeto em anos ou em número de períodos de tempo; I = investimento inicial.
A Relação Benefício/Custo (RB/C) consiste em relacionar o valor atual do fluxo de
benefícios do projeto dividido pelo fluxo de custo do projeto. Consiste em determinar a
relação entre o valor presente dos benefícios e o valor presente dos custos para dada taxa de
30
desconto. Ou seja, indica se os benefícios superam ou não aos custos totais do projeto, sendo
desejado um valor maior ou igual um (BORNER, 2009).
Onde: Rj = receitas no período j; Cj = custos no período j; i = taxa de desconto (juros); j = período de
ocorrência de Rj e Cj; n = duração do projeto.
O payback é o tempo necessário para retornar o capital investido, ou seja, é o tempo
decorrido entre o investimento inicial e o momento no qual o lucro líquido acumulado se
iguala a esse valor. Algebricamente o período de payback, ou período de recuperação (PR),
pode ser descrito como: (ARCO-VERDE; AMARO, 2014).
Onde: Rj= receitas no período j;Cj= custos no período j; j= período de ocorrência de RjeCj; T= tempo para o
fluxo de caixa igualar os investimentos; I= investimento inicial.
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.1 Produtividade
Os dados de produtividade das espécies avaliadas forampesquisados na literatura,
tomando como referência estudos regionais destas culturas, dessa forma, estimou-se a
produtividade média anual dos componentes do sistema (Tabela 5).
De acordo com o método produtivo utilizado no SAF, as mudas serão plantas no
primeiro ano. No segundo ano a mandioca é colhida, plantada novamente no terceiro ano e
colhida no quarto ano, com produção de 3.000 kg/0,21 ha de raiz.
No quinto ano do sistema, correspondente a produção do açaí, obtém-se uma produção
inicial de 100 kg/0,21 ha, no segundo ano aumenta para 115 kg/0,21 ha, e estabiliza no sexto
ano de produção, décimo do sistema, com o equivalente a 140 kg/0,21 ha e permanece
constante até o vigésimo ano do sistema.
O primeiro ano de produção do cupuaçu corresponde ao sexto ano do sistema, a
quantidade produzida nesse período é equivalente a 375 kg/ 0,21 ha, no segundo ano aumenta
para 425 kg/0,21ha, no oitavo ano correspondente ao decimo terceiro do sistema, a
produtividade da cultura estabiliza com 650 kg/0,21ha.
31
A castanha do Brasil começa a produzir no oitavo ano do sistema 30 kg/0,21ha de
fruto, sua produção estabiliza no quinto ano, decimo segundo ano do sistema, com o
equivalente a 40 kg/0,21 ha de fruto.
No primeiro ano de produção de cajá, sexto ano do sistema, a quantidade produzida
corresponde a 1.470 kg/0,21ha. No segundo ano aumenta para 2.450 kg/0,21ha, chegando ao
auge no oitavo ano com o equivalente a 8.330 kg/0,21ha.
A produção de amêndoa de cumaru é equivalente a 30 kg/0,21ha no seu primeiro ano,
sexto do sistema. No segundo ano corresponde a 35 kg/0,21ha, estabilizando no quarto ano de
produção com o total de 40 kg/0,21ha.
A produção estimada de madeira foi de 3,53 m3 para o cumaru e 2,74 m3 para o ipê.
Tabela 5- Produtividade do SAF da propriedade Augusto Cangulê no município de Parauapebas – PA
Idade
Produtividade
Castanha
do Brasil
(Kg/0,21ha)
Açaí
(Kg/0,21ha)
Cajá
(Kg/0,21ha)
Cupuaçu
(Kg/0,21ha)
Mandioca
(Kg/0,21ha)
Cumaru-
Amêndoa
(Kg/0,21ha)
Cumaru-
Madeira
(m3/0,21ha)
Ipê
amarelo-
Madeira
(m3/0,21ha)
1 2
3000
3 4
3000
5 100
6
115 1470 375
30
7 125 2450 425
35
8 30 135 3430 475
40
9 30 140 4410 525
40
10 35 140 5390 550
40
11 40 140 6370 575
40
12 40 140 7350 625
40
13 40 140 8330 650
40
14 28 98 5831 585
28
15 40 140 8330 650
40
16 40 140 8330 650
40
17 40 140 8330 650
40
18 28 98 5831 585
28
19 40 140 8330 650
40
20 40 140 8330 650 40 3,53 2,74
FONTE: Pesquisa de campo - 2018.
5.2 Custos, Receitas e Fluxo de Caixa.
Foram observados, de acordo com o SAFs implantado, valores de custos, acumulados
durante o horizonte de planejamento equivalentesa vinte anos.
32
Para o preparo da área é necessário o investimento de R$ 700,00. Sendo que a limpeza
da área, gradagem e aração correspondem à atividade de maiores custos, visto que são
necessário 2 horas para limpar 0,21 hectares, e valor de hora/máquina corresponde a R$ 100,
o total gasto a R$ 600,00 (Tabela 6).
Tabela 6- Custos com o preparo da área SAF
Preparo da área SAF Total (R$)
Atividades Unidade Preço (R$) Qtde
Limpeza da área hora/máquina R$100,00 2 R$200,00
Aração hora/máquina R$ 100,00 2 R$200,00
Gradagem hora/máquina R$100,00 2 R$200,00
Marcação/Coveamento homem/dia R$ 50,00 2 R$100,00
Total(R$) R$700,00 FONTE: Pesquisa de campo – 2018.
Dos elementos de custos apresentados, o item insumos foi responsável pelos maiores
custos no sistema, resultado também encontrado por Bernardes (2012),ao realizar análise
econômica para um sistema agroflorestal no município de Porto Grande, Amapá. No SAF o
alto custo com insumos é atribuído ao cultivo do cajá equivalente a R$ 17.562,00 (Gráfico 1).
O cupuaçu é a segunda cultura com maior despesa que correspondente a R$8.988,00. A
mandioca é o produto que apresenta os menores valores de custos no sistema R$ 170,00,
referente à sua colheita, que quase não aparece no gráfico.
Gráfico 1- Custos de mão de obra e insumos por produto.
FONTE: Pesquisa de campo- 2018.
0,00
5.000,00
10.000,00
15.000,00
20.000,00
25.000,00
Cas
tanha
do
Bra
sil
Fru
to d
o C
up
uaç
u
Aça
í
Mad
eira
(C
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Fru
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o c
ajá
Rai
z d
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and
ioca
Val
ore
s (R
$)
Custos de Mão de obra e insumos por produto
Mão-de-Obra Insumos
33
Apesar de altas despesas ao longo de sua manutenção, o cajá apresenta a maior receita
para o sistema (Gráfico 2).
No SAFs o cajá apresentou R$ 25.862,00 de despesa. No entanto, apresentou receita
no valor de R$ 185.024,00 do sistema. Seguida pelo cupuaçu que é responsável por R$
20.688,00 de despesa e R$ 26.722,00 respectivamente. No trabalho realizado por Rego
(2016), no município de Tomé-açu, Pará, a cultura do cupuaçu também foi a segunda que
mais onerou na despesa, porém como consequência, foi a segunda que mais trouxe retorno
financeiro.
Gráfico 2 – Custos e receitas por produto
FONTE: Pesquisa de campo- 2018.
A partir do orçamento unitário é possível quantificar o fluxo de caixa. Sendo a
ferramenta utilizada na análise de viabilidade econômica de um determinado projeto, em um
horizonte de planejamento, através do fluxo de custos e receitas, atualizados a uma
determinada taxa de juros (SANTANA, 2005; OLIVEIRA, 2013). As taxas de juros, ou taxas
de atualização, são ferramentas matemáticas que permitem ao investidor observar a evolução
do fluxo de caixa do projeto (OLIVEIRA, 2013).
A elaboração dofluxo de caixa para a taxa de juros de 9,5% possibilita observar que o
sistema apresenta um fluxo positivo a partir do sexto ano (Gráfico 3).
-50000,00
0,00
50000,00
100000,00
150000,00
200000,00
Cas
tanha
do
Bra
sil
Fru
to d
o C
up
uaç
u
Aça
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(C
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Am
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oa
do
cum
aru
Mad
eira
(Ip
ê am
arel
o)
Fru
to d
o c
ajá
Rai
z d
e m
and
ioca
Val
ore
s (R
$)
Custos e receitas totais por produto
Custos Receitas
34
Gráfico 3- Receitas, custos e fluxo de caixa do SAF ajustados pela taxa de juros de 9,5%.
FONTE: Pesquisa de campo- 2018.
5.3 Indicadores Econômicos
Os indicadores econômicos foram calculados para a taxa de desconto de 9,5%,
referentes à linha de crédito do PRONAF, a mais utilizada em Parauapebas (Tabela 7).
Tabela 7- Resultado dos indicadores econômicos
Indicadores Econômicos Valor
VPL do projeto: R$ 52.482,37
TIR do projeto: 67,71%
Payback (anos) 3
Relação B/C: 3,5 FONTE: Pesquisa de campo- 2018.
O resultado do valor presente líquido (VPL) foi igual a R$ 52.482,37. Por esse critério,
tem-se que o SAF apresenta viabilidade econômica, pois ao final do período consegue gerar
uma receita líquida atualizada positiva. Resultados positivos de VPL também foram obtidos
por Bentes-Gama et al. (2005), ao realizarem a análise econômica de três
sistemasagroflorestais implantados no campo experimental da Embrapa, localizado no
município de Machadinho d’Oeste, Rondônia.
-5.000,00
0,00
5.000,00
10.000,00
15.000,00
20.000,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Va
lore
s (R
$)
Período
Receitas, Custos e Fluxo de Caixa (Ajustados)
Receitas Custos Fluxo de Caixa
35
O resultado para a razão benefício custo (B/C) foi de 3,50, resultado também
encontrado no trabalho realizado por Amaro (2010). Isto indica que para cada real investido
nesse sistema, ao final de 20 anos, tem-se um retorno líquido de R$ 2,50, atestando
viabilidade do empreendimento.
O resultado para a TIR corresponde 67,71%. Esse resultado atesta a viabilidade do
SAF, uma vez que a TIR foi superior à taxa de juros de 9,5% ao ano.
O paybackobtido neste trabalho foi igual a 3, resultado também encontrado no
trabalho realizado por Rego (2016), indicando que no terceiro ano após a implantação do
sistema as receitas passam a ser maiores do que as despesas.
6 CONCLUSÕES
Para o estudo de caso exposto, onde se teve a utilização de sistemas agroflorestais,
depreende-se que os indicadores apresentados comprovam que esse tipo de atividade é
economicamente viável.
Em relação aos fatores de produção, os insumos tiveram maior peso na composição
dos custos para o sistema agroflorestal analisado.
As receitas líquidas geradas pelo SAFs, no final do horizonte de planejamento de 20
anos, são significativas e cobre com folga os custos correspondentes no período. Portanto,
conclui-se que o sistema é viável economicamente.
A adoção desse tipo de alternativa agrícola pode promover além da recuperação da
fertilidade do solo, da restauração ecológica, um fluxo de caixa mais regular aos pequenos
agricultores e oferecer simultaneamente uma variedade de produtos florestais e não florestais,
permitindo aosmesmos, maior flexibilidade na comercialização de seus produtos e
racionalização da mão deobra.
36
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42
APÊNDICE
Coeficientes Técnicos de Produção
Descrição Orçamentária Ano 0 Ano 1
A. Atividades Unidade Valor Unit. Qtd Total Qtd Total
Limpeza da área hora/máq. R$ 100,00 2 R$200,00 0 R$ -
Aração hora/máq. R$ 100,00 2 R$200,00 0 R$ -
Gradagem hora/máq. R$ 100,00 2 R$200,00 0 R$ -
Marcação/coveam. homem/dia R$ 50,00 2 R$100,00 0 R$ -
Plantio/Replantio homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 2 R$ 100,00
Adubação na cova homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 2 R$ 100,00
Adubação de man. homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Roçagem/coroam. homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Poda de Form./man. homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Manejo dos perfilhos homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Colheita fruto homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Colheita madeira homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Subtotal R$700,00 R$ 200,00
B.Insumos e Implem.
Mudas de Castanha B. Unidade R$ 10,00 0 R$ - 3 R$ 30,00
Mudas de Cupuaçu Unidade R$ 4,50 0 R$ - 64 R$ 288,00
Mudas de Açaí Unidade R$ 2,00 0 R$ - 9 R$ 18,00
Mudas de Cumaru Unidade R$ 10,00 0 R$ - 3 R$ 30,00
Mudas de Ipê amarelo Unidade R$ 10,00 0 R$ - 3 R$ 30,00
Mudas de Cajá Unidade R$ 3,00 0 R$ - 54 R$ 162,00
Mudas de mandioca Feixe R$ 10,00 0 R$ - 4 R$ 40,00
Compostagem kg R$ 3,00 0 R$ - 493,5 R$1.480,50
Subtotal R$ - R$2.078,50
Descrição Orçamentária Ano 2 Ano 3
A. Atividades Unidade Valor Unit. Qtd Total Qtd Total
Limpeza da área hora/máq. R$ 100,00 0 R$ - 0 R$ -
Aração hora/máq. R$ 100,00 0 R$ - 0 R$ -
Gradagem hora/máq. R$ 100,00 0 R$ - 0 R$ -
Marcação/coveam. homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Plantio/Replantio homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 2 R$ 100,00
Adubação na cova homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 1 R$ 50,00
Adubação de man. homem/dia R$ 50,00 2 R$100,00 2 R$ 100,00
Roçagem/coroam. homem/dia R$ 50,00 8 R$400,00 8 R$ 400,00
Poda de Form./man. homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Manejo dos perfilhos homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Colheita fruto homem/dia R$ 50,00 1 R$ 50,00 0 R$ -
Colheita madeira homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Subtotal R$550,00 R$ 650,00
43
B.Insumos e Implem.
Mudas de Castanha B. Unidade R$ 10,00 0 R$ - 0 R$ -
Mudas de Cupuaçu Unidade R$ 4,50 0 R$ - 0 R$ -
Mudas de Açaí Unidade R$ 2,00 0 R$ - 0 R$ -
Mudas de Cumaru Unidade R$ 10,00 0 R$ - 0 R$ -
Mudas de Ipê amarelo Unidade R$ 10,00 0 R$ - 0 R$ -
Mudas de Cajá Unidade R$ 3,00 0 R$ - 0 R$ -
Mudas de mandioca Feixe R$ 10,00 0 R$ - 4 R$ 40,00
Compostagem kg R$ 3,00 493,5 R$1.480,50 0 R$1.480,50
Subtotal R$1.480,50 R$1.520,50
Descrição Orçamentária Ano 4 Ano 5
A. Atividades Unidade Valor Unit. Qtd Total Qtd Total
Limpeza da área hora/máq. R$ 100,00 0 R$ - 0 R$ -
Aração hora/máq. R$ 100,00 0 R$ - 0 R$ -
Gradagem hora/máq. R$ 100,00 0 R$ - 0 R$ -
Marcação/coveam. homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Plantio/Replantio homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Adubação na cova homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Adubação de man. homem/dia R$ 50,00 2 R$100,00 2 R$ 100,00
Roçagem/coroam. homem/dia R$ 50,00 8 R$400,00 8 R$ 400,00
Poda de Form./man. homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 2 R$ 100,00
Manejo dos perfilhos homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Colheita fruto homem/dia R$ 50,00 1 R$ 50,00 3 R$ 150,00
Colheita madeira homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Subtotal R$550,00 R$ 750,00
B.Insumos e Implem.
Mudas de Castanha B. Unidade R$ 10,00 0 R$ - 0
Mudas de Cupuaçu Unidade R$ 4,50 0 R$ - 0
Mudas de Açaí Unidade R$ 2,00 0 R$ - 0
Mudas de Cumaru Unidade R$ 10,00 0 R$ - 0
Mudas de Ipê amarelo Unidade R$ 10,00 0 R$ - 0
Mudas de Cajá Unidade R$ 3,00 0 R$ - 0
Mudas de mandioca Feixe R$ 10,00 0 R$ - 0
Compostagem kg R$ 3,00 493,5 R$1.480,50 492 R$1.476,00
Subtotal R$1.480,50 R$1.476,00
Descrição Orçamentária Ano 6 Ano 7
A. Atividades Unidade Valor Unit. Qtd Total Qtd Total
Limpeza da área hora/máq. R$ 100,00 0 R$ - 0 R$ -
Aração hora/máq. R$ 100,00 0 R$ - 0 R$ -
Gradagem hora/máq. R$ 100,00 0 R$ - 0 R$ -
Marcação/coveam. homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Plantio/Replantio homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Adubação na cova homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Adubação de man. homem/dia R$ 50,00 2 R$100,00 2 R$ 100,00
44
Roçagem/coroam. homem/dia R$ 50,00 8 R$400,00 8 R$ 400,00
Poda de Form./man. homem/dia R$ 50,00 2 R$100,00 2 R$ 100,00
Manejo dos perfilhos homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Colheita fruto homem/dia R$ 50,00 6 R$300,00 6 R$ 300,00
Colheita madeira homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Subtotal R$900,00 R$ 900,00
B.Insumos e Implem.
Mudas de Castanha B. Unidade R$ 10,00 0 R$ - 0
Mudas de Cupuaçu Unidade R$ 4,50 0 R$ - 0
Mudas de Açaí Unidade R$ 2,00 0 R$ - 0
Mudas de Cumaru Unidade R$ 10,00 0 R$ - 0
Mudas de Ipê amarelo Unidade R$ 10,00 0 R$ - 0
Mudas de Cajá Unidade R$ 3,00 0 R$ - 0
Mudas de mandioca Feixe R$ 10,00 0 R$ - 0
Compostagem kg R$ 3,00 492 R$1.476,00 492 R$1.476,00
Subtotal R$1.476,00 R$1.476,00
Descrição Orçamentária Ano 8 Ano 9
A. Atividades Unidade Valor Unit. Qtd Total Qtd Total
Limpeza da área hora/máq. R$ 100,00 0 R$ - 0 R$ -
Aração hora/máq. R$ 100,00 0 R$ - 0 R$ -
Gradagem hora/máq. R$ 100,00 0 R$ - 0 R$ -
Marcação/coveam. homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Plantio/Replantio homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Adubação na cova homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Adubação de man. homem/dia R$ 50,00 2 R$100,00 2 R$ 100,00
Roçagem/coroam. homem/dia R$ 50,00 8 R$400,00 8 R$ 400,00
Poda de Form./man. homem/dia R$ 50,00 2 R$100,00 2 R$ 100,00
Manejo dos perfilhos homem/dia R$ 50,00 1 R$ 50,00 0 R$ -
Colheita fruto homem/dia R$ 50,00 10 R$500,00 10 R$ 500,00
Colheita madeira homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Subtotal R$1.150,00 R$1.100,00
B.Insumos e Implem.
Mudas de Castanha B. Unidade R$ 10,00 0 R$ - 0
Mudas de Cupuaçu Unidade R$ 4,50 0 R$ - 0
Mudas de Açaí Unidade R$ 2,00 0 R$ - 0
Mudas de Cumaru Unidade R$ 10,00 0 R$ - 0
Mudas de Ipê amarelo Unidade R$ 10,00 0 R$ - 0
Mudas de Cajá Unidade R$ 3,00 0 R$ - 0
Mudas de mandioca Feixe R$ 10,00 0 R$ - 0
Compostagem kg R$ 3,00 492 R$1.476,00 492 R$1.476,00
Subtotal R$1.476,00 R$1.476,00
Descrição Orçamentária Ano 10 Ano 11
A. Atividades Unidade Valor Unit. Qtd Total Qtd Total
Limpeza da área hora/máq. R$ 100,00 0 R$ - 0 R$ -
45
Aração hora/máq. R$ 100,00 0 R$ - 0 R$ -
Gradagem hora/máq. R$ 100,00 0 R$ - 0 R$ -
Marcação/coveam. homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Plantio/Replantio homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Adubação na cova homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Adubação de man. homem/dia R$ 50,00 2 R$100,00 2 R$ 100,00
Roçagem/coroam. homem/dia R$ 50,00 8 R$400,00 8 R$ 400,00
Poda de Form./man. homem/dia R$ 50,00 2 R$100,00 2 R$ 100,00
Manejo dos perfilhos homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Colheita fruto homem/dia R$ 50,00 10 R$500,00 10 R$ 500,00
Colheita madeira homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Subtotal R$1.100,00 R$1.100,00
B.Insumos e Implem.
Mudas de Castanha B. Unidade R$ 10,00 0 R$ - 0
Mudas de Cupuaçu Unidade R$ 4,50 0 R$ - 0
Mudas de Açaí Unidade R$ 2,00 0 R$ - 0
Mudas de Cumaru Unidade R$ 10,00 0 R$ - 0
Mudas de Ipê amarelo Unidade R$ 10,00 0 R$ - 0
Mudas de Cajá Unidade R$ 3,00 0 R$ - 0
Mudas de mandioca Feixe R$ 10,00 0 R$ - 0
Compostagem kg R$ 3,00 492 R$1.476,00 492 R$1.476,00
Subtotal R$1.476,00 R$1.476,00
Descrição Orçamentária Ano 12 Ano 13
A. Atividades Unidade Valor Unit. Qtd Total Qtd Total
Limpeza da área hora/máq. R$ 100,00 0 R$ - 0 R$ -
Aração hora/máq. R$ 100,00 0 R$ - 0 R$ -
Gradagem hora/máq. R$ 100,00 0 R$ - 0 R$ -
Marcação/coveam. homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Plantio/Replantio homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Adubação na cova homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Adubação de man. homem/dia R$ 50,00 2 R$100,00 2 R$ 100,00
Roçagem/coroam. homem/dia R$ 50,00 8 R$400,00 8 R$ 400,00
Poda de Form./man. homem/dia R$ 50,00 2 R$100,00 2 R$ 100,00
Manejo dos perfilhos homem/dia R$ 50,00 1 R$ 50,00 0 R$ -
Colheita fruto homem/dia R$ 50,00 10 R$500,00 10 R$ 500,00
Colheita madeira homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Subtotal R$1.150,00 R$1.100,00
B.Insumos e Implem.
Mudas de Castanha B. Unidade R$ 10,00 0 R$ - 0
Mudas de Cupuaçu Unidade R$ 4,50 0 R$ - 0
Mudas de Açaí Unidade R$ 2,00 0 R$ - 0
Mudas de Cumaru Unidade R$ 10,00 0 R$ - 0
Mudas de Ipê amarelo Unidade R$ 10,00 0 R$ - 0
Mudas de Cajá Unidade R$ 3,00 0 R$ - 0
46
Mudas de mandioca Feixe R$ 10,00 0 R$ - 0
Compostagem kg R$ 3,00 492 R$1.476,00 492 R$1.476,00
Subtotal R$1.476,00 R$1.476,00
Descrição Orçamentária Ano 14 Ano 15
A. Atividades Unidade Valor Unit. Qtd Total Qtd Total
Limpeza da área hora/máq. R$ 100,00 0 R$ - 0 R$ -
Aração hora/máq. R$ 100,00 0 R$ - 0 R$ -
Gradagem hora/máq. R$ 100,00 0 R$ - 0 R$ -
Marcação/coveam. homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Plantio/Replantio homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Adubação na cova homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Adubação de man. homem/dia R$ 50,00 2 R$100,00 2 R$ 100,00
Roçagem/coroam. homem/dia R$ 50,00 8 R$400,00 8 R$ 400,00
Poda de Form./man. homem/dia R$ 50,00 2 R$100,00 2 R$ 100,00
Manejo dos perfilhos homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Colheita fruto homem/dia R$ 50,00 10 R$500,00 10 R$ 500,00
Colheita madeira homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Subtotal R$1.100,00 R$1.100,00
B.Insumos e Implem.
Mudas de Castanha B. Unidade R$ 10,00 0 R$ - 0
Mudas de Cupuaçu Unidade R$ 4,50 0 R$ - 0
Mudas de Açaí Unidade R$ 2,00 0 R$ - 0
Mudas de Cumaru Unidade R$ 10,00 0 R$ - 0
Mudas de Ipê amarelo Unidade R$ 10,00 0 R$ - 0
Mudas de Cajá Unidade R$ 3,00 0 R$ - 0
Mudas de mandioca Feixe R$ 10,00 0 R$ - 0
Compostagem kg R$ 3,00 492 R$1.476,00 492 R$1.476,00
Subtotal R$1.476,00 R$1.476,00
Descrição Orçamentária Ano 16 Ano 17
A. Atividades Unidade Valor Unit. Qtd Total Qtd Total
Limpeza da área hora/máq. R$ 100,00 0 R$ - 0 R$ -
Aração hora/máq. R$ 100,00 0 R$ - 0 R$ -
Gradagem hora/máq. R$ 100,00 0 R$ - 0 R$ -
Marcação/coveam. homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Plantio/Replantio homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Adubação na cova homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Adubação de man. homem/dia R$ 50,00 2 R$100,00 2 R$ 100,00
Roçagem/coroam. homem/dia R$ 50,00 8 R$400,00 8 R$ 400,00
Poda de Form./man. homem/dia R$ 50,00 2 R$100,00 2 R$ 100,00
Manejo dos perfilhos homem/dia R$ 50,00 1 R$ 50,00 0 R$ -
Colheita fruto homem/dia R$ 50,00 10 R$500,00 10 R$ 500,00
Colheita madeira homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Subtotal R$1.150,00 R$1.100,00
B.Insumos e Implem.
47
Mudas de Castanha B. Unidade R$ 10,00 0 R$ - 0
Mudas de Cupuaçu Unidade R$ 4,50 0 R$ - 0
Mudas de Açaí Unidade R$ 2,00 0 R$ - 0
Mudas de Cumaru Unidade R$ 10,00 0 R$ - 0
Mudas de Ipê amarelo Unidade R$ 10,00 0 R$ - 0
Mudas de Cajá Unidade R$ 3,00 0 R$ - 0
Mudas de mandioca Feixe R$ 10,00 0 R$ - 0
Compostagem kg R$ 3,00 492 R$1.476,00 492 R$1.476,00
Subtotal R$1.476,00 R$1.476,00
Descrição Orçamentária Ano 18 Ano 19
A. Atividades Unidade Valor Unit. Qtd Total Qtd Total
Limpeza da área hora/máq. R$ 100,00 0 R$ - 0 R$ -
Aração hora/máq. R$ 100,00 0 R$ - 0 R$ -
Gradagem hora/máq. R$ 100,00 0 R$ - 0 R$ -
Marcação/coveam. homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Plantio/Replantio homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Adubação na cova homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Adubação de man. homem/dia R$ 50,00 2 R$100,00 2 R$ 100,00
Roçagem/coroam. homem/dia R$ 50,00 8 R$400,00 8 R$ 400,00
Poda de Form./man. homem/dia R$ 50,00 2 R$100,00 2 R$ 100,00
Manejo dos perfilhos homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Colheita fruto homem/dia R$ 50,00 10 R$500,00 10 R$ 500,00
Colheita madeira homem/dia R$ 50,00 0 R$ - 0 R$ -
Subtotal R$1.100,00 R$1.100,00
B.Insumos e Implem.
Mudas de Castanha B. Unidade R$ 10,00 0 R$ - 0
Mudas de Cupuaçu Unidade R$ 4,50 0 R$ - 0
Mudas de Açaí Unidade R$ 2,00 0 R$ - 0
Mudas de Cumaru Unidade R$ 10,00 0 R$ - 0
Mudas de Ipê amarelo Unidade R$ 10,00 0 R$ - 0
Mudas de Cajá Unidade R$ 3,00 0 R$ - 0
Mudas de mandioca Feixe R$ 10,00 0 R$ - 0
Compostagem kg R$ 3,00 492 R$1.476,00 492 R$1.476,00
Subtotal R$1.476,00 R$1.476,00
Descrição Orçamentária Ano 20
A. Atividades Unidade Valor Unit. Qtd Total
Limpeza da área hora/máq. R$ 100,00 0 R$ -
Aração hora/máq. R$ 100,00 0 R$ -
Gradagem hora/máq. R$ 100,00 0 R$ -
Marcação/coveam. homem/dia R$ 50,00 0 R$ -
Plantio/Replantio homem/dia R$ 50,00 0 R$ -
Adubação na cova homem/dia R$ 50,00 0 R$ -
Adubação de man. homem/dia R$ 50,00 2 R$100,00
48
Roçagem/coroam. homem/dia R$ 50,00 8 R$400,00
Poda de Form./man. homem/dia R$ 50,00 2 R$100,00
Manejo dos perfilhos homem/dia R$ 50,00 1 R$ 50,00
Colheita fruto homem/dia R$ 50,00 10 R$500,00
Colheita madeira homem/dia R$ 50,00 2 R$100,00
Subtotal R$1.250,00
B.Insumos e Implem.
Mudas de Castanha B. Unidade R$ 10,00 0 R$ -
Mudas de Cupuaçu Unidade R$ 4,50 0 R$ -
Mudas de Açaí Unidade R$ 2,00 0 R$ -
Mudas de Cumaru Unidade R$ 10,00 0 R$ -
Mudas de Ipê amarelo Unidade R$ 10,00 0 R$ -
Mudas de Cajá Unidade R$ 3,00 0 R$ -
Mudas de mandioca Feixe R$ 10,00 0 R$ -
Compostagem kg R$ 3,00 492 R$1.476,00
Subtotal R$1.476,00