universidade federal do rio grande do norte … · planejar também é refletir, é fazer...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ – CERES
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – DEDUC
CAMPUS DE CAICÓ – RN
JOEDNA LOYSE DE SOUZA MORAIS
A CONCEPÇÃO DE PLANEJAMENTO E SUA EFETIVAÇÃO NA
ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA TEREZINHA DE LOURDES
GALVÃO
CAICÓ – RN
2016
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JOEDNA LOYSE DE SOUZA MORAIS
A concepção de planejamento e sua efetivação na Escola Municipal
Professora Terezinha de Lourdes Galvão
Monografia apresentada ao Departamento de Educação do Centro de Ensino Superior do Seridó da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia, sob a orientação da Prof.ª Ma. Suenyra Nóbrega Soares.
CAICÓ – RN
2016
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JOEDNA LOYSE DE SOUZA MORAIS
A concepção de planejamento e sua efetivação na Escola Municipal Professora
Terezinha de Lourdes Galvão
Monografia apresentada como requisito parcial à conclusão do Curso de Pedagogia,
para a banca de exame formada pelos seguintes professores:
_______________________________________________________
Profª. Ma. Suenyra Nóbrega Soares (UFRN) – Orientadora
______________________________________________________
Profª. Drª Nazineide Brito (UFRN) – Examinadora
______________________________________________________
Prof. Me. Gisonaldo Arcanjo de Sousa (UFRN) – Examinador
Aprovada em: 17 de Junho de 2016
CAICÓ – RN
2016
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Catalogação da Publicação na Fonte
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro de Ensino Superior do Seridó -
Morais, Joedna Loyse de Souza.
A concepção de planejamento e sua efetivação na Escola
Municipal Professora Terezinha de Lourdes Galvão / Joedna
Loyse de Souza Morais. - Caicó: UFRN, 2016. 45f: il.
Orientador: Ma. Suenyra Nobrega Soares.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ensino Superior do Seridó. Graduação.
1. Planejamento. 2. Professor. 3. Educação
infantil. I. Soares, Suenyra Nobrega. II. Título.
RN/UF/BS-Caicó CDU 37.026
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Dedico esse trabalho a minha fonte diária de inspiração, por quem eu acordo todos
os dias às seis da manhã sem ao menos reclamar, meus pequenos, meus alunos. E
a minha mãe, pois todas as minhas conquistas também são dela.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, por sua infinita bondade e misericórdia.
A toda minha família, especialmente a pessoa que mais amo nesse mundo,
Lúcia de Fátima, minha mãe, minha fortaleza, sem ela eu nada seria.
Ao meu namorado, Lucas Dantas, que se mostrou extremamente paciente
nesse conturbado período, que sempre acreditou no meu potencial e me deu forças
quando eu quis fraquejar.
Aos meus colegas de curso e aos verdadeiros amigos.
A todos os professores da minha vida escolar e universitária, vocês foram
essenciais.
E aos demais que contribuíram de forma direta e indiretamente nesta árdua
caminhada.
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Muito seguidamente damos flores já cortadas a nossa gente jovem, quando
deveríamos ensiná-los a cultivar as próprias. Enchemos sua mente com os produtos
da inovação, em vez de ensinar-lhes a inovar. Consideramos sua mente como um
armazém que deve encher-se, quando deveríamos pensar que se trata de um
instrumento para usar. (Gardner).
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RESUMO
O planejamento didático desenvolvido e posto em prática pelo professor é o ponto de partida na construção de um trabalho pedagógico consistente. A tarefa é árdua, repleta de desafios, muitos professores consideram esta prática monótona, porém, é essencial na busca por uma educação de qualidade, inclusive na educação infantil. Não há como constatar e obter bons resultados no processo de ensino/aprendizagem dos educandos se o docente não estabelecer metas a serem alcançadas, não selecionar recursos didáticos que estimule o aluno na busca por conhecimento, não realizar uma avaliação capaz de diagnosticar até que ponto os objetivos foram alcançados, dentre muitas outras funções que cabe o educador pensar e preparar no planejamento. Planejar também é refletir, é fazer registros, é acompanhar o desenvolvimento do aluno. O ato de planejar é bastante abrangente e fundamental, sua relevância é incontestável. O presente estudo aborda, de modo geral, o planejamento didático na educação infantil, e fundamenta-se em autores como Oliveira (2011), Redin (2014) e Turra; Encone; Sant’anna e André (1982) além dos documentos oficiais norteadores da Educação Infantil. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram o questionário e as observações. A pesquisa foi realizada na cidade de Acari – RN, na Escola Municipal Professora Terezinha de Lourdes Galvão, e atingiu um resultado satisfatório, comprovando que as professoras da educação infantil da instituição realmente elaboram e põe em prática o seu planejamento. Palavras-chave: Planejamento, Professor, Educação Infantil.
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LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Equipamentos e recursos materiais didático-
pedagógicos...............................................................................................................21
Quadro 2 – Fases do planejamento ..........................................................................32
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 09
1 EDUCAÇÃO INFANTIL: PERCURSO HISTÓRICO CONCATENADO COM
PLANEJAMENTO .................................................................................................... 11
1.1 A história da Educação Infantil no Brasil............................................................. 11
1.2 Planejamento na Educação Infantil..................................................................... 17
2 CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE PESQUISA .............................................. 20
2.1 Caracterização dos sujeitos da pesquisa ............................................................ 22
2.2 Diálogo entre a concepção de planejamento das pesquisadas e os constructos
teórico da pesquisa .................................................................................................. 23
3 PLANEJAR: COMO FAZER NO COTIDIANO DA ESCOLA DE EDUCAÇÃO
INFANTIL .................................................................................................................. 28
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 35
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 37
ANEXO ..................................................................................................................... 39
APÊNDICE ............................................................................................................... 42
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INTRODUÇÃO
Atualmente, em diversos espaços de atividade humana, a ação de planejar
faz parte do cotidiano. Isso porque, o planejamento é uma necessidade básica do
ser humano. E se tratando de escola, o planejamento didático, tema central desse
trabalho, exige intencionalidade, reflexão e flexibilidade. A finalidade do
planejamento é instruir e organizar o trabalho do professor.
Assim, o planejamento didático, realizado e executado pelo professor, é um
instrumento que auxilia a determinar os recursos e meios necessários para o
desenvolvimento do processo educativo. É o mecanismo que guia as práticas do
educador no âmbito de sua sala de aula.
Pilleti (2004, p. 62) intitula o planejamento didático de “planejamento de
ensino” e afirma ainda que o mesmo “consiste em traduzir em termos mais concretos
e operacionais o que o professor fará na sua sala de aula, para conduzir os alunos a
alcançar os objetivos operacionais propostos”.
Dado o exposto, o interesse pelo presente estudo surgiu mediante um estágio
realizado numa turma de Nível 3 de uma escola de Educação Infantil em Caicó –
RN. Durante esse período, foi possível notar que a professora titular da sala não
planejava as aulas com antecedência. Sendo assim, eclodiu a inquietação de
investigar se ocorria e de como acontecia o planejamento didático das professoras
da Educação Infantil da Escola Municipal Professora Terezinha de Lourdes Galvão,
doravante EMPTLG, localizada na cidade de Acari – RN.
O objetivo deste trabalho é pesquisar o que as professoras de educação
infantil da EMPTLG conceituam como planejamento didático, com qual frequência e
com qual objetivo o mesmo ocorre.
A metodologia da pesquisa é de caráter qualitativo e quantitativo, pois os
instrumentos de coleta de dados utilizados na investigação foram os questionários e
as observações.
O trabalho está fundamentado no Referencial Curricular Nacional para a
Educação Infantil (1998), na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1961
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e 1996), no Plano Nacional de Educação (2014), e em autores como Oliveira (2011),
Redin (2014), Pilleti (2004), Turra; Encone; Sant’anna e André (1982), entre outros.
O estudo encontra-se organizado em três capítulos. O primeiro aborda a
historicização e conceituação da educação infantil e do planejamento; o segundo
traz a caracterização da escola e dos pesquisados, e a pesquisa em si;
evidenciando os questionários e o aporte teórico; o terceiro e último capítulo
confirma a importância do planejamento para uma educação de qualidade, fazendo
uma breve discussão sobre o tema.
A Educação Infantil tem sido pauta de discussão em várias instâncias da
sociedade que buscam avanços para transcender as dificuldades diversas
existentes no ensino infantil. É necessário, especialmente, um trabalho de reflexão
crítica sobre as práticas desenvolvidas pelos educadores no contexto da sua sala de
aula. Uma educação infantil de qualidade, que promova a emancipação, o
desenvolvimento das potencialidades e que contribua para a formação de um
cidadão que participe de maneira ativa em seu meio social, é direito de toda e
qualquer criança. E na construção dessa referida educação, o planejamento didático
é peça essencial.
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1. EDUCAÇÃO INFANTIL: PERCURSO HISTÓRICO CONCATENADO COM
PLANEJAMENTO
Não é necessária uma grande pesquisa para perceber que há uma gama de
autores, estudiosos e pesquisadores no universo da educação infantil. Com isso,
muitas são as concepções, definições e conceitos sobre o ensino para crianças de
zero a cinco anos.
Com base no RCNEI (1998), a Educação Infantil vem crescendo e
expandindo-se no mundo há algumas décadas, em virtude do processo de
urbanização, do ingresso da mulher no mercado de trabalho, das mudanças e
modernizações nas estruturas familiares e da tomada de consciência por parte da
sociedade sobre a importância do ensino e da aprendizagem formal.
1.1 A história da Educação Infantil no Brasil
No Brasil, a história da infância e da educação infantil possui características
marcantes, foram muitos embates, progressos e retrocessos vividos. Durante
décadas, a educação das crianças era de responsabilidade apenas da família, que
se encarregava de ensinar as normas, regras e tradições existentes no seu meio.
No que se refere à infância e ao abandono de crianças, de acordo com
Oliveira (2011), ainda no século XVIII, na zona urbana, bebês abandonados pelas
mães, por inúmeros motivos, eram recolhidos nas “rodas de expostos”, descrita por
Roosel (apud PAULA, 2009, p.20) tal como:
Era uma caixa cilíndrica de madeira, colocada dentro da parede de um prédio. Girava num pino colocado sobre seu eixo vertical, e era repartida ao meio. Originalmente, essas rodas giratórias eram comuns nos conventos; alimentos, remédios e mensagens eram colocadas na repartição do lado de fora da parede. A roda era então girada, transportando os artigos para parte de dentro, sem que as reclusas vissem o lado de fora, e sem que fossem vistas.
O recém-nascido depositado na então roda de expostos, ficava aos cuidados
de instituições de caridade que se responsabilizavam de encaminha-lo para uma
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“ama seca” ou “família estéril”. A criança que crescia com sua respectiva ama, ao
chegar aos sete anos de idade, era encaminhada como aprendiz a lugares que
ofertassem trabalho. Geralmente as meninas tornavam-se empregadas e os
meninos sapateiros, mecânicos ou até mesmo lavradores.
Oliveira (2011) aponta a fundação de entidades de amparo e proteção à
infância, no período que precedeu a proclamação da República, que tinham como
principal objetivo combater as altas taxas de mortalidade infantil. Posteriormente,
surgiu um número significativo de creches, asilos e internatos destinados a cuidar de
crianças pobres, filhos de mães que trabalhavam e não tinham onde deixar seus
pequenos. Esses ambientes, criados com poucos recursos, eram coordenados por
organizações filantrópicas.
Ao final do século XIX, influenciado pelo Movimento das Escolas Novas, os
primeiros Jardins de Infância, organizados por entidades privadas, eram constituídos
no Brasil. Alguns anos depois, iniciaram-se a criação de jardins de infância públicos,
com propostas pedagógicas, porém, destinados às crianças advindas de famílias
pertencentes a grupos sociais de prestígio.
Em 1882, Rui Barbosa, então deputado da época, acreditava que os jardins
de infância eram o inicio do ensino primário. O mesmo apresentou “um projeto de
reforma da instrução do país, distinguindo salas de asilo, escolas infantis e jardins
de infância” (OLIVEIRA, 2011, p. 93). Em contrapartida, através de uma exposição
pedagógica, em 1885, percebe-se que muitos ainda viam os jardins de infância
como sendo prejudiciais as crianças, por tira-las cedo do seu ambiente familiar.
Já no Brasil República, em 1889, o cenário da educação infantil renovou-se,
mudando significativamente. Segundo Kuhlmann (2000, p.481 apund OLIVEIRA,
2011, p.94) “levantamentos realizados em 1921 e 1924 apontavam um crescimento
de 15 para 47 creches e de 15 para 42 jardins de infância em todo o país”.
Em meio à industrialização e ao grande número de mulheres trabalhadoras,
surgiram as “criadeiras”, mulheres que cuidavam de crianças em troca de dinheiro.
Com o passar do tempo, as referidas “criadeiras” ficaram conhecidas por “fazedoras
de anjos”, devido a grande mortalidade das crianças por elas atendidas.
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Sucessivamente, em 1923, após o trabalho feminino ser regulamentado, o direito a
creches próximas ao serviço foi adquirido, como também o direito à amamentação.
Em 1932, o documento intitulado “Manifesto dos Pioneiros da Educação
Nova”, previa uma reconstrução educacional, uma renovação pedagógica, inclusive
da educação pré-escolar, considerada a partir de então como a base do ensino
primário. Ambientes destinados às crianças que faziam parte das camadas mais
populares originaram-se nesse período, os parques infantis, cujas características
eram assistencialistas e compensatórias.
As políticas populistas se intensificaram entre as décadas de 40 e 60, desse
modo uma importante mudança ocorreu no ano de 1961, a aprovação da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 4024/61), que tratava sobre educação
infantil nos seguintes artigos:
Art. 23. A educação pré-primária destina-se aos menores até sete anos, e será ministrada em escolas maternais ou jardins-de-infância. Art. 24. As empresas que tenham a seu serviço mães de menores de sete anos serão estimuladas a organizar e manter, por iniciativa própria ou em cooperação com os poderes públicos, instituições de educação pré-primária. Art. 25. O ensino primário tem por fim o desenvolvimento do raciocínio e das atividades de expressão da criança, e a sua integração no meio físico e social. Art. 26. O ensino primário será ministrado, no mínimo, em quatro séries anuais. Parágrafo único. Os sistemas de ensino poderão estender a sua duração até seis anos, ampliando, nos dois últimos, os conhecimentos do aluno e iniciando-o em técnicas de artes aplicadas, adequadas ao sexo e à idade. Art. 27. O ensino primário é obrigatório a partir dos sete anos e só será ministrado na língua nacional. Para os que o iniciarem depois dessa idade poderão ser formadas classes especiais ou cursos supletivos correspondentes ao seu nível de desenvolvimento. (BRASIL, 1961)
Em 1971, foi lançada a Lei 5692, sobre o ensino, que em seu artigo 19 aborda
o período pré-escolar: “Os sistemas de ensino velarão para que as crianças de idade
inferior a sete anos recebam conveniente educação em escolas maternais, jardins
de infância e instituições equivalentes” (BRASIL, 1971).
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Durante o governo militar, veio à tona o discurso que o ensino infantil era um
período preparatório para a escolarização obrigatória. Os jardins de infância e
parques infantis avançaram gradualmente. Nos jardins, surgiu a preocupação com o
ensino voltado para o desenvolvimento cognitivo e afetivo das crianças e nos
parques passaram a ser realizadas atividades de maior sistematização, ligadas ao
pedagógico.
Segundo Oliveira (2011), em 1974 foi criado o “Serviço de Educação Pré-
escolar e, em 1975, a coordenadoria de Ensino Pré-escolar”. Logo após foi
implantado o Projeto Casulo, posto por Rosemberg (1992, p. 26) como:
Apesar de ter formulado um programa nacional de educação pré-escolar de massa, não foi o MEC que conseguiu implantá-lo na década de 70, mas sim a LBA, através do Projeto Casulo. Lançado em 1977, o projeto rapidamente se expandiu, ultrapassando a meta prefixada de atender 70 mil crianças no ano de implantação. Apesar de autodeterminar-se Creche Casulo, o modelo mais se aproxima da pré-escola, pois oferece vagas predominantemente em meio período (quatro horas), principalmente para crianças a partir de 4 anos.
Após inúmeros movimentos da sociedade civil e de entidades
governamentais, foi assegurado na Constituição Federal (1988) o direito a toda e
qualquer criança a educação infantil pública, gratuita e de qualidade em creches e
pré-escolas, ficando assegurado também o dever do estado para com a oferta desse
ensino.
A década de 90 ficou marcada por diversas conquistas, uma delas foi a
promulgação da Lei 8069 de 10 de dezembro de 1990, o Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA), que foi criado com o intuito de firmar e garantir os direitos das
crianças e adolescentes já estabelecidos na Constituição de 1988. Em 1996, outro
marco ficou registrado, a aprovação da Lei 9394/96, a nova Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (LDB), “que estabelece a educação infantil como etapa
inicial da educação básica, conquista histórica que tira as crianças pequenas pobres
de seu confinamento em instituições vinculadas a órgãos de assistência social”
(OLIVEIRA, 2011, P. 117). Desse modo a educação básica foi ampliada e abrange a
partir de então a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e Médio.
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Em 1998 foi publicado o RCNEI – Referencial Curricular Nacional para
Educação Infantil, elaborado pelo Ministério da Educação, com o objetivo de auxiliar
o professor de educação infantil no seu trabalho docente para com as crianças. O
RCNEI é um documento, com orientações didáticas que representa um grande
passo dado em favor da educação infantil, na busca constante pela superação da
imagem assistencialista pertinentes nas creches e da falsa ideia de que a pré-escola
é uma antecipação da escolaridade obrigatória.
Em 2000, após ser realizado o censo, constata-se que havia em território
nacional cerca de 1.092.681 crianças matriculadas em creches e outras 4.815.431
em pré-escolas. Após nove anos, em 17 de dezembro de 2009, através do Conselho
Nacional de Educação, que concebeu e fixou a Resolução nº 5; as Diretrizes
Curriculares Nacionais para Educação Infantil, que são normas que estabelecem os
princípios e fundamentos orientadores para propostas pedagógicas, planejamentos
e políticas públicas direcionadas à educação infantil. As referidas diretrizes definem
educação infantil como sendo:
Primeira etapa da educação básica, oferecida em creches e pré-escolas, às quais se caracterizam como espaços institucionais não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos a controle social (2010, p. 12).
As diretrizes mencionadas anteriormente levam em consideração a realidade
do aluno, o contexto em que o mesmo está inserido, seus costumes, tradições e
crenças, porém, buscam garantir conteúdos básicos comuns a todas as crianças do
país, promovendo assim a equidade da aprendizagem.
Em 25 de junho de 2014 foi aprovado o Plano Nacional de Educação (PNE),
por meio da Lei nº 13.005/2014 O plano citado é alusivo ao ensino infantil, básico e
superior, e define os objetivos e metas a serem alcançadas durante o período de
dez anos (2014 a 2024).
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Esse PNE é o segundo aprovado por lei, e transfigura-se como mais uma
garantia que os brasileiros possuem de assegurarem o seu direito a educação. O
plano apresenta dez diretrizes, dentre elas:
I − erradicação do analfabetismo; II − universalização do atendimento escolar; III − superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação; IV − melhoria da qualidade da educação; V − formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade; VI − promoção do princípio da gestão democrática da educação pública; VII − promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do país; VIII − estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade; IX − valorização dos (as) profissionais da educação; X − promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental. (BRASIL, 2014).
Retomando o surgimento das creches e instituições afins, estudos mostram
que era predominante nesses locais a atuação de mulheres leigas, sem instrução,
sem qualquer qualificação profissional, bastava experiência de cuidado com os
próprios filhos. Isso se deu, pois na época predominava a concepção assistencialista
na qual norteava os trabalhos realizados nos institutos de “ensino”.
Segundo Oliveira (2011, p.24):
Esse modelo familiar/materno de cuidado e educação de crianças pequenas, portanto, nega a exigência de profissionalização. Basta a transposição de competências maternais para orientar o trabalho com o grupo de crianças, embora o modelo envolva uma dimensão nova: a de prestar cuidados remunerados a filhos alheios. Desse profissional requer-se paciência, capacidade para expressar afeto e firmeza na coordenação do grupo infantil. Pouco se exige em termos de conhecimento mais elaborado acerca das funções da educação infantil [...].
Ao longo do tempo, as creches e pré-escolas passaram a exigir certos
conhecimentos e habilidades das suas funcionárias. De inicio, elas passaram a
desenvolver um trabalho voltado ao físico das crianças, seguindo o modelo
higienista da época. Posteriormente, veio à tona o modelo recreacionista de ensino,
que propunha o trabalho voltado ao lazer dos pequenos, e, por fim, surgiu o modelo
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escolar o qual requisitava a figura do professor polivalente nos estabelecimentos de
educação infantil. Tal modelo é predominante nos dias de hoje.
Uma grande conquista para educação infantil foi a promulgação da Lei 12.796
em abril de 2013. Esta lei alterou a LDB 9394/96 e mudou significativamente o
universo do ensino das crianças menores. A principal mudança introduzida foi o
ensino obrigatório dos 4 aos 17 anos, ou seja, os responsáveis devem matricular as
crianças a partir dos quatros anos de idade na pré-escola, que é faixa etária que
compõe o ensino infantil, e que agora faz parte da educação básica. Os municípios e
os Estados têm até o ano de 2016 para garantirem a inclusão dessas crianças na
rede pública.
1.2 Planejamento na Educação Infantil
Enquanto que há uma vastidão de trabalhos no campo da historicização da
educação infantil no Brasil, na área de planejamento infantil pedagógico, de contexto
histórico do mesmo, de como surgiu a preocupação por parte dos professores para
realizá-lo, os estudos são escassos. O planejamento é aquele em que o educador
realiza continuamente, com o objetivo de diagnosticar os avanços e as dificuldades
do seu aluno, para só assim sistematizar uma rotina propositalmente organizada e
um ensino intencionalmente planejado.
O planejamento eclodiu e firmou-se com a LDB 9394/96 que dispôs no artigo
62 que o profissional de educação infantil deve ter formação em nível superior ou
médio:
Art.62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal. (BRASIL, 1996)
A mesma lei estabelece, no seu artigo 13, as incumbências do professor, seja
ele de qual nível for e dentre elas está o compromisso com o planejamento:
Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:
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I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; III - zelar pela aprendizagem dos alunos; IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento; V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional; VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade. (BRASIL, 1996).
Dessa forma, como está explicito na lei, o professor deve preparar e executar
seu plano de trabalho e se fazer presente nos planejamentos. Para Redin (2014,
p.22) o ato de planejar é indispensável porque “[...] não podemos assentar nossa
proposta num espontaneísmo ingênuo, que supõe que a criança aprende sozinha e
naturalmente”.
Sobre planejar, o RCNEI (1998, p. 196) esclarece que compete ao professor
“planejar uma sequência de atividades que possibilite uma aprendizagem
significativa para as crianças, nas quais elas possam reconhecer os limites de seus
conhecimentos, ampliá-los e/ou reformulá-los”.
Em razão disso, pode-se atestar que o docente de creche ou pré-escola, que
elabora e põe em prática o seu planejamento está zelando pela aprendizagem e
desenvolvimento das crianças.
Assim, percebe-se que o atual cenário da educação infantil no país está cada
vez mais amplo, porém, esta amplitude não pode se desvincular da qualidade. O
ensino aos pequenos é a base; base para formação de seres críticos e ativos na
nossa sociedade.
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2. CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE PESQUISA
O campo de pesquisa do presente trabalho foi a Escola Municipal Professora
Terezinha de Lourdes Galvão, localizada na cidade de Acari-RN, mais precisamente
na Rua Antônio Bezerra Fernandes, número 84, bairro Major Ary de Pinho. A
referida escola atua nas modalidades Educação Infantil (Níveis IV e V) e Ensino
Fundamental Anos Iniciais. A instituição pertence à rede pública do município e foi
construída com recursos do Ministério da Educação e Cultura (MEC) e da Prefeitura
Municipal de Acari. A criação se deu pela Lei 518, de 1º de dezembro de 1986,
sendo o funcionamento autorizado pela Portaria nº 230/98- SECD/GS, de 28 de abril
de 1998. A portaria de nº 1.374/2006, de 06 de setembro de 2006, publicada no
Diário Oficial em 09 de setembro de 2006, credenciou como instituição de educação
básica e autorizou a oferta da educação infantil/pré-escolar e do ensino
fundamental-anos iniciais.
A escola possui uma área total de 2.520m² e tem como Patrona a professora
Terezinha de Lourdes Galvão, acariense, reconhecidamente dedicada à educação,
área em que exerceu com profissionalismo diferentes funções em um período de
tempo significativo.
No que concerne à estrutura física, a instituição ao longo dos anos tem
passado por várias reformas para atender com satisfação a demanda de estudantes,
pois originalmente possuía as seguintes dependências: cinco salas de aula, três
banheiros, uma diretoria, uma secretaria, um gabinete odontológico, uma cantina,
um depósito e duas áreas livres.
Atualmente, a escola conta com vinte e oito dependências: onze salas de
aula, uma sala multimeios (sala de leitura e vídeo), um laboratório de informática,
seis banheiros, uma sala de professores, um auditório, uma cozinha, uma cantina,
um depósito de material de limpeza, um depósito de merenda, uma diretoria, uma
secretaria e duas áreas livres.
A instituição tem como entidade mantenedora a Secretaria Municipal de
Educação e Cultura, que fica na Rua Silvino Adonias Bezerra, nº 151, bairro Ary de
Pinho. Essa é responsável pelos repasses administrativos, pela estrutura
pedagógica, merenda escolar, cursos de capacitação, atendimento de recursos
humanos e materiais, entre outros. No que tange à instância federal esta escola é
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registrada no Ministério da Educação e Cultura (MEC) sob o número 24034797, o
qual possibilita o beneficiamento dos programas importantes, tais como: Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Programa Dinheiro Direto na
Escola (PDDE), Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), entre outros. Esses
programas dão oportunidade para as escolas, através de seus recursos, dinamizar e
melhorar o desenvolvimento da aprendizagem de forma mais ampla.
Os servidores da escola têm disponível para uso equipamentos e recursos
materiais didático-pedagógicos de qualidade. O quadro 1 apresenta alguns desses
equipamentos e recursos, a quantidade deles e o estado atual de conservação.
Quadro 1 – Equipamentos e recursos materiais didático-pedagógicos.
De acordo com Freitas (2009), os recursos didáticos enriquecem o universo
da educação infantil e agem como mediadores no processo de aprendizagem dos
pequenos.
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Alguns mobiliários de ordem organizacional já se fazem insuficientes na
escola. Entretanto, percebe-se uma valorização e uso eficiente e flexível do que se
possuí, procurando manter a conservação e organização.
2.1 Caracterização dos sujeitos da pesquisa
No que diz respeito aos professores pesquisados, o trabalho remeteu-se a
três. Para preservar a identidade dos mesmos, eles serão citados no presente
estudo como D1, D2 e D3, que corresponde a docente 1,2 e 3.
D1, natural e domiciliada em Cruzeta – RN, nasceu em 12/11/1981. Há 8
anos trabalha como professora efetiva na rede pública de ensino de Acari, mais
precisamente na Escola Municipal Professora Terezinha de Lourdes Galvão, na
Educação Infantil. Formou-se em Pedagogia, pela Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, no ano de 2004. Também pela UFRN especializou-se em
Educação Infantil, no ano de 2005. Atualmente leciona numa turma de Nível IV, no
turno matutino, constituída por 20 alunos.
D2, natural e domiciliada em Acari – RN, nasceu em 14/02/1966. Há 31 anos
trabalha como professora efetiva na rede pública de ensino acariense. Presta
serviços ao Terezinha de Lourdes há 25 anos e desses, boa parte voltados para a
educação infantil. Em 2003 formou-se em Pedagogia pela UVA – Universidade Vale
do Acaraú e especializou-se em Educação Infantil no ano de 2014. No momento,
ensina numa turma de nível V, no turno matutino, formada por 20 alunos.
D3, natural e domiciliada em Acari – RN, nasceu em 22/05/1971. Trabalha
como professora efetiva na rede pública de ensino de Acari há 24 anos. No
Terezinha de Lourdes trabalha há 20 anos, desses boa parte no Educação Infantil.
Assim como D2, formou-se em Pedagogia no ano de 2003 pela UVA e especializou-
se em 2014 em Educação Infantil. Atualmente está exercendo a docência numa
turma de Nível V, no turno vespertino, formada também, bem como as demais, por
20 alunos.
2.2 Diálogo entre a concepção de planejamento das pesquisadas e os
constructos teórico da pesquisa
Muitas são as definições de planejamento, porém, todas partilham de algo em
comum: o ato de planejar algo é uma necessidade básica humana.
25
O planejamento sempre se fez, ou pelo menos deveria se fazer presente na
vida de qualquer ser humano, seja em que aspecto for. Planeja-se uma viagem, uma
compra ou um percurso a se fazer para chegar a um determinado lugar. Não poderia
ser diferente no planejamento pedagógico, que é o momento no qual o professor se
organiza para ministrar suas aulas.
Com relação ao planejamento em educação, é comum observar a utilização
da palavra “plano” como sinônimo da palavra “planejamento”, isso é devido a
articulação direta entre as referidas palavras. Segundo o Plano Nacional de
Educação, Lei nº 13.005, planejamento e plano são:
[...] o planejamento é um processo político, pois envolve decisões e negociações acerca de escolhas de objetivos e caminhos para concretizá-los. Com ele, não se confunde o plano, o meio que instrumentaliza o processo. Enquanto aquele coordena, racionaliza e dá unidade de fins à atuação do Estado, este garante a coerência entre meios e fins.
Ou seja, o planejamento consiste no encaminhamento, na organização e na
elaboração dos objetivos para uma aula, e o plano é a definição da ação, o como
fazer.
É notória a confusão entre os termos, por isso é importante ressaltar que a
presente pesquisa aborda aquele trabalho realizado continuamente pelo professor,
seja intitulado de planejamento ou de plano, com o propósito de preparar e
esquematizar as suas aulas, sempre com objetivos premeditados.
Como o tema central do presente trabalho é planejamento pedagógico na
Educação Infantil, é fundamental compreender que há diferentes níveis de
planejamento no nosso sistema de ensino, desde o planejamento educacional, a
nível nacional, até o feito pelo professor, cotidianamente e no qual é o foco.
O instrumento de investigação utilizado para a recolhida e avaliação dos
dados foi o questionário. Questionário é uma série de questões objetivas sobre um
tema de interesse do investigador. O instrumento deve ser aplicado a um público
alvo determinado, e sem a presença do pesquisador. É uma metodologia
quantitativa que se aplica melhor as pesquisas descritivas.
Primeiramente foi elaborado um questionário sobre planejamento na
educação infantil, contendo quatro questões, destinado às três professoras descritas
anteriormente.
26
As questões indagavam respectivamente sobre o conceito de planejamento
didático-pedagógico, a necessidade desse planejamento, a frequência em que o
mesmo ocorre e o objetivo ao planejar.
Para Redin (2014, p.26):
Planejar se torna importante para termos consciência dos nossos propósitos e das condições concretas que possuímos ou que podemos buscar para alcança-los. Planejar também é importante para revermos nossas posturas e avançar em descobertas e criação, mantendo viva a nossa infância adormecida, que pode alimentar nossa capacidade de criar.
Dessa forma, o pensamento da professora D1 condiz com o da autora citada.
Sobre planejamento pedagógico, D1 respondeu: “Para mim, o planejamento é o
instrumento que conduz o trabalho do professor na sala de aula. Ao planejar, o
professor pensa, reflete, projeta e organiza o seu fazer pedagógico. Planejar vai
muito além de seleção de conteúdos ou preparação de atividades. Na verdade, um
bom planejamento necessita de pesquisa, análise do perfil da turma, do tema
trabalhado, entre muitos outros detalhes. Nessa perspectiva, a escola e o professor
precisam dedicar parte do seu tempo ao planejamento, visto que este é fundamental
para o sucesso do processo ensino/aprendizagem das crianças”.
A professora D2 descreveu planejamento pedagógico como sendo: “É pensar
nas maneiras melhores para trabalhar os conteúdos e atender as necessidades dos
discentes na sala de aula, tornando assim o ensino/aprendizagem proveitoso.
Para Redin (2014, p. 22) “Nossa ação pedagógica precisa ser pensada.
Muitas vezes desconstruindo paradigmas, rompendo algumas barreiras para poder
experienciar novas alternativas”.
Nas palavras de D3 planejamento é “ver o que irá ser trabalhado na sala de
aula com os discentes”. Porém, planejar transcende esse conceito; o professor tem
o dever de desempenhar a função mediadora entre a criança e a aprendizagem,
apresentando e estimulando atividades diversificadas que promovam o
desenvolvimento integral e de boa qualidade dos educandos, e isso só é possível
com o planejamento de uma rotina propositalmente organizada.
Dado o exposto, planejar é tudo o que foi dito e mais um pouco. Como afirma
Redin (2009, p.27) “planejar não é determinar caminhos, mas direções”.
27
Sobre a necessidade de se planejar D1 respondeu que “o planejamento é
fundamental porque orienta o trabalho do professor, possibilita a reflexão, o pensar
e, sobretudo, a articulação dos conhecimentos na relação teoria/prática, necessária
ao fazer pedagógico”. E sobre isso Redin (2009, p.28) diz que é essencial
“conscientizar-se de que, como planejar é reflexão e replanejamento constante,
necessita de suporte teórico”. A fala da autora convém também com o que a docente
D2 explicitou: “o professor se sente seguro, pois para planejar ele precisa pesquisar
e ler bastante”. Como planejamento é direcionamento, D3 declarou que “sem um
planejamento o professor fica perdido e isso poderá prejudicar o aluno”.
Com relação à frequência dos planejamentos, as três responderam
basicamente a mesma coisa: “Na escola se faz os planejamentos anuais e
bimestrais. “Eu, particularmente faço o planejamento semanal e diário, tendo em
vista que é um processo complexo e requer tempo, disponibilidade e dedicação por
parte do professor, como também orientação e acompanhamento da equipe
pedagógica da escola” (Fala da professora D1).
Após a avaliação dos questionários, outro instrumento de investigação foi
utilizado, dando andamento à pesquisa. Dessa vez, o recurso adotado foi a
observação, que é uma metodologia qualitativa, em que o pesquisador frequenta o
ambiente a ser observado. O objetivo principal da observação foi confrontar as
respostas dadas no questionário, constatando assim a veracidade ou não das
mesmas.
Dessa forma, foram realizados oito dias de observação; seis em sala de aula
(dois dias em cada turma) e dois no planejamento semanal. Primeiramente
ocorreram as observações no planejamento semanal, que acontece uma vez por
semana, na escola, em horário contrário ao do expediente ou na casa de uma das
docentes. Na primeira semana foi-se observado o planejamento das professoras D2
e D3, ambas do nível V. Na semana seguinte, o planejamento da professora D1, que
leciona no nível IV.
Segundo Hoffmann (2001), a organização e planejamento das atividades
diárias proporcionam ao professor a reflexão de suas ações e metodologias,
analisando os resultados de seu projeto.
28
Com relação ao planejamento pedagógico da professora D2 e D3, as mesmas
costumam se reunirem nas segundas-feiras à noite, na residência de uma delas,
planejando assim o resto da semana e a segunda-feira da semana seguinte. As
fontes de pesquisa delas são livros didáticos e internet. As professoras relataram
que trabalham com projetos bimestrais elaborados pela secretaria de educação. No
bimestre atual o projeto está sendo voltado para a sustentabilidade, sendo assim as
professoras adaptam as atividades, procurando sempre envolver o tema,
independentemente do conteúdo. Em relação aos projetos, Redin (2014, p 49) fala:
Um projeto é uma abertura para possibilidades amplas com uma vasta gama de variáveis, de percursos imprevisíveis, criativos, ativos, inteligentes, acompanhados de uma grande flexibilidade de organização. Um projeto é um plano de ação, com uma clara intenção [...].
Após a elaboração do planejamento, este é enviado para a supervisora da
educação infantil corrigir, se achar necessário.
Acerca do planejamento da professora D1, o mesmo ocorre na escola, em
horário contrário ao do expediente dela. A docente reúne-se com as outras
professoras do nível IV e planeja basicamente da mesma maneira que as
educadoras D2 e D3.
É notório que a bagagem teórica das professoras influencia e contribui para a
elaboração de um bom planejamento, o qual possibilita e instiga a interação da
criança com o meio social a que pertence e com os outros indivíduos que também
fazem parte dele. Sendo assim, segundo Vygotsky:
As experiências e as trocas afetivas são fonte de desenvolvimento. É através da experiência social mediada pelo outro, nas diversas situações de convívio social da qual participa, que a criança aprende parte significativa das ações e conhecimentos necessários para sua inserção no mundo. (1989, p. 148).
Mediante as observações em sala de aula, que ocorreram durante seis dias,
dois em cada sala, constatou-se que o planejamento elaborado é executado nas
aulas, e o que as professoras relataram no questionário realmente procede,
evidenciando assim a importância do ato de planejar com vista a busca de uma
educação de qualidade.
29
3. PLANEJAR: COMO FAZER NO COTIDIANO DA ESCOLA DE EDUCAÇÃO
INFANTIL
O ato de planejar está intrínseco ao cotidiano. Na vida em sociedade
necessita-se planejar para organizar e disciplinar as ações. É um hábito comum aos
seres humanos, e está presente em diversos momentos da vida. Não há como
questionar a relevância do planejamento. Turra; Encone; Sant’Anna; André (1982, p.
12) exemplifica isto:
Assim também acontece nos mais diversos campos da atividade humana. Para a obtenção de êxito, o planejamento se impõe como medida básica. O juiz que preside um julgamento prepara de antemão quais as ações que praticará na corte de justiça; o médico que realiza uma intervenção cirúrgica prevê sua ação compatibilizando-a com as normas da técnica mais adequada ao caso; o viajante tem sua previsão feita para cada etapa da viagem a ser realizada; a dona de casa planeja como administrar o lar.
Diariamente enfrentam-se situações que exigem planejamento, porém isso
acontece de forma tão natural que muitas vezes não se percebe, como por exemplo,
as atividades diárias, por ocorrerem todos os dias, basicamente da mesma forma,
acabam tornando-se rotineiras e tradicionais. No entanto, isso não acontece quando
se tem que fazer uma atividade diferente, pois para-se para pensar no método mais
favorável à realização da referida atividade, ou seja, reflete-se acerca do que fazer e
o como fazer, e ao final constata-se se deu certo e se o método escolhido foi o mais
adequado para o que se desejava realizar.
Esse movimento acontece diariamente nas escolas, atividades diversificadas
estão sendo realizadas a todo o momento, ou melhor, deveriam estar. Em função
disso, o planejamento torna-se ainda mais fundamental nas instituições de ensino,
pois é através dele que o professor organiza suas práticas pedagógicas. E cabe ao
mesmo estudar, pensar e refletir sobre o que está ofertando para o seu aluno.
Para Pilleti (2004, p. 61) planejar é:
Podemos dizer que planejar é estudar. Planejar é, portanto “assumir uma atitude séria e curiosa diante de um problema”. Diante de um problema eu procuro refletir para decidir quais as melhores alternativas de ação possíveis para alcançar determinados objetivos a partir de certa realidade.
30
De acordo com Luckesi (1992, p. 121) o planejamento é “um conjunto de
ações coordenadas visando atingir os resultados previstos de forma mais eficiente e
econômica”, ou seja, é um conjunto de ações pensadas, esquematizadas e
objetivas.
Na busca por uma solução para um determinado problema escolar, o
planejamento por si só não é uma solução mágica, porém ao elaborá-lo, estudos,
análises e reflexões são realizadas, e medidas adequadas e replanejamentos são
efetivados na busca para enfrentar o referido problema. Então, pode-se concluir que
o planejamento é o primeiro contato com a solução da problemática. E “estas
medidas favorecem, a passagem gradativa de uma situação existente para uma
situação desejada” (TURRA; ENCONE; SANT’ANNA; ANDRÉ 1982, p. 13).
O planejamento didático-pedagógico é uma prática que exige bastante
compromisso, pois envolve o processo de ensino/aprendizagem do educando. E se
o docente pretende desenvolver um bom trabalho com seus alunos, ele deve está
consciente da elaboração, organização e desempenho do seu planejamento
pedagógico.
Segundo Turra; Encone; Sant’anna e André (1982, p. 18):
O professor que deseja realizar uma boa atuação docente sabe que deve participar elaborar e organizar planos em diferentes níveis de complexidade para atender, em classe, seus alunos. Pelo envolvimento no processo ensino-aprendizagem, ele deve estimular a participação do aluno, a fim de que este possa, realmente, efetuar uma aprendizagem tão significativa quanto o permitam suas possibilidades e necessidades.
A responsabilidade do professor em planejar é enorme. O resultado almejado
depende em grande parte da organização, flexibilidade e eficácia do seu plano de
trabalho.
O docente, ao realizar seu planejamento didático, seleciona o que acredita ser
mais coerente, e faz as adaptações necessárias. Partir do interesse dos alunos e da
realidade dos mesmos é algo bastante importante. E ao fazer isso, é óbvio que o
professor deve estar familiarizado com o nível de desenvolvimento de cada
31
educando. E para que isto se concretize, a relação professor – aluno é de extrema
importância, como afirma Turra; Encone; Sant’anna e André (1982, p. 20):
Por maior complexidade que envolva a organização da escola, é indispensável ter sempre bem presente que a interação professor-aluno é o suporte estrutural, cuja dinâmica concretiza o fenômeno educativo. Portanto, o planejamento de ensino deve ser alicerçado nesse pressuposto básico.
Um bom planejamento pedagógico é permeado por objetivos, visto que
ninguém planeja sem um propósito, sem saber em que ponto está, onde se deseja
chegar e de que forma isso acontecerá. Desse modo, Amaral Sobrinho (1994, p. 3)
afirma:
Planejamento é um processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entre recursos e objetivos, na busca da melhoria do funcionamento do sistema educacional. Como processo o planejamento não corre em um momento do ano, mas a cada dia. A realidade educacional é dinâmica. Os problemas, as reivindicações não têm hora nem lugar para se manifestarem.
O embasamento teórico é um aspecto fundamental para o planejamento
didático, pois não é de forma aleatória que o professor promoverá uma
aprendizagem enriquecedora para os seus alunos.
O professor ao planejar uma referida atividade pensa na metodologia que irá
utilizar, nos recursos pedagógicos mais adequados para aquela ocasião, na
avaliação, e, dessa forma, promove um trabalho significativo e transformador, tanto
para ele como para os alunos.
A partir do planejamento é possível observar e registrar o nível em que os
discentes se encontram, podendo assim prosseguir ou não. É planejando que o
professor procura meios para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social da
criança.
O planejamento deve ser visto como uma ferramenta de auto avaliação para o
professor, pois a partir dele o mesmo percebe se o que tinha preparado deu certo ou
não, e por quê. Gadin (2007) afirma que para que as aulas tenham significado e os
32
professores tenham sucesso no seu trabalho é necessário que façam a ação
reflexão do trabalho que desenvolve com seus alunos tentando buscar a melhora.
É preciso compreender que o planejamento e o processo
ensino/aprendizagem é algo indefinido, não linear, isso porque na educação os
resultados não são pré-estabelecidos. E como se trata de uma situação real,
mudanças podem ocorrer. Portanto, Vasconcellos (2000) fala que o planejamento
deve ser compreendido como um instrumento capaz de intervir em uma situação
real para transformá-la. Assim, fica reservado ao planejamento a função de
direcionar o trabalho de forma que este aconteça de maneira consciente e capaz de
organizar e proporcionar mudanças.
Em virtude disso fica explicita a razão e a importância do planejamento
contínuo, no qual o professor acompanha o desenvolvimento dos educandos,
levando em consideração as peculiaridades de cada um.
A ação de planejar o ensino deve ser uma prioridade na vida profissional de
todo e qualquer educador, pois oferece segurança para enfrentar os desafios, amplia
a chances de sucesso e dá-lhe propriedade do seu trabalho.
Segundo as autoras Turra; Encone; Sant’anna e André (1882) o planejamento
é divido em três fases, que são respectivamente a preparação, o desenvolvimento e
o aperfeiçoamento.
Na fase de preparação está incluso o conhecimento da realidade, a
determinação dos objetivos, a seleção e organização dos conteúdos, a organização
e seleção dos procedimentos de ensino, seleção dos recursos, seleção de
procedimentos e avaliação e estruturação do plano de ensino. “Na fase de
preparação do planejamento são previstos todos os passos que concorrem para
assegurar a sistematização, o desenvolvimento e a concretização dos objetivos
previstos.” (TURRA; ENCONE; SANT’ANNA E ANDRÉ 1882, p. 25).
Na etapa de desenvolvimento está inserido o plano em ação. “Na fase de
desenvolvimento, a ênfase recai na ação do aluno e do professor. Gradativamente o
33
trabalho desencadeado desenvolve e aprimora níveis de desempenho.” (TURRA;
ENCONE; SANT’ANNA E ANDRÉ 1882, p. 25).
A avaliação, o feedback e o replanejamento fazem parte da terceira e última
fase. “A fase de aperfeiçoamento envolve a testagem e a determinação da extensão
do alcance dos objetivos. Esses procedimentos de avaliação permitem os ajustes
que se fizerem necessários à conclusão dos objetivos.” (TURRA; ENCONE;
SANT’ANNA E ANDRÉ 1882, p. 25).
Para um melhor entendimento, o quadro 2 apresenta um esquema das
referidas e respectivas fases do planejamento pedagógico, conforme Turra; Encone;
Sant’anna e André (1882).
Quadro 2 – FASES DO PLANEJAMENTO.
34
O conhecimento da realidade em que o professor vai atuar deve ser uma
ação prévia para a elaboração do planejamento. Antes de uma previsão básica das
intervenções a serem empreendidas, uma sondagem é fundamental.
Na fase de determinação dos objetivos, o professor reflete e formula as
mudanças esperadas na aprendizagem do aluno, ou seja, os resultados do ensino.
A fase de seleção e organização dos conteúdos está diretamente interligada
com os objetivos esperados. A pergunta “o que devo ensinar?” resume bem a etapa,
pois os conteúdos e atividades propostas refletirão literalmente nos resultados
aguardados.
A seleção e organização de procedimentos é a fase de procura por
alternativas que estimule o aluno a participar ativamente da aula e da busca por
conhecimentos. Uma simples experiência exemplifica isso. O discente aprende não
só na teoria, mas também na prática.
Os recursos são fontes de ajuda para também estimular o educando a
aprender. Estão divididos em recursos humanos e materiais.
A avaliação é um instrumento de verificação da aprendizagem do aluno e do
trabalho feito pelo professor, por isso que ela deve ser contínua. Brasil (1997, p. 20)
define avaliação como sendo:
A avaliação é parte do processo de ensino e aprendizagem. Ela incide sobre uma grande variedade de aspectos relativos ao desempenho dos alunos, como aquisição de conceitos, domínio de procedimentos e desenvolvimento de atitudes. Mas também devem ser avaliados aspectos como seleção e dimensionamento dos conteúdos, práticas pedagógicas, condições em que se processa o trabalho escolar e as próprias formas de avaliação.
A estruturação do plano de ensino é o instrumento de orientação da atividade
docente. É o planejamento pedagógico diário que abarca todas as fases e que o
professor desenvolve para nortear-se. Segundo Turra; Encone; Sant’anna e André
(1882) o plano deve ser coerente, sequencial, flexível, preciso e objetivo. E o plano
em ação é justamente esse referido planejamento em execução.
35
A avaliação na fase de aperfeiçoamento é associada ao término do plano, ao
replanejamento. É nela que ocorre a verificação da efetividade do plano. O feedback
é a análise crítica de todo o processo. E o replanejamento consiste nas possíveis
correções das deficiências do processo.
Portanto, fica explicito para os docentes a necessidade de desenvolver o
planejamento didático-pedagógico, pois é através dele que se efetiva com
propriedade o trabalho do educador, levando-o a refletir sua ação e aprimorar-se
continuamente. É no dia-a-dia, no enfrentamento a cada novo desafio, que o
professor encontrará inspiração para seguir atuando junto aos seus alunos.
36
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao finalizar o presente estudo desenvolvido na Escola Municipal Professora
Terezinha de Lourdes Galvão, fica claro que o planejamento didático-pedagógico é
extremamente importante na organização do trabalho do professor.
O referido estudo foi bastante satisfatório e conclui-se a partir dele que as
professoras da Educação Infantil da escola mencionada anteriormente, realizam, na
teoria e na prática, o planejamento pedagógico.
A instituição trabalha com a metodologia de projetos bimestrais. A partir da
proposta curricular anual, os professores desenvolvem em conjunto (por nível ou
série) um projeto a cada bimestre (planejamento bimestral) e com base nele
produzem semanalmente o planejamento de ensino. Encontra-se em anexo o
projeto do nível V referente ao 1º bimestre (período em que a pesquisa estava sendo
realizada).
É válido ressaltar a importância do coordenador pedagógico nas instituições
de ensino. Uma das funções atribuídas ao mesmo é a de acompanhar e auxiliar na
elaboração e execução do planejamento didático.
Com relação ao coordenador pedagógico, o Terezinha de Lourdes possui um
exclusivo para o ensino infantil, e isto é bastante favorável para a escola. Em meio
às observações percebeu-se que a coordenadora cumpria devidamente o seu papel,
auxiliando as professoras no que fosse preciso.
A Educação Infantil no Brasil já evoluiu bastante, porém um grande desafio
ainda precisa ser vencido: a perspectiva assistencialista que predominou na
trajetória do atendimento à criança, e que ainda é refletida cotidianamente. Diante
disso, o campo da educação infantil vive um intenso processo de fortalecimento de
práticas pedagógicas mediadoras de aprendizagens. Sobre isso, a escola em
questão é merecedora de aplausos, pois o cuidar e o educar estão sempre aliados.
Uma sugestão para os professores, no geral, é que é sempre bom elaborar
um “plano b”, pois contratempos podem vir a ocorrer, e estando com outro plano em
mãos, a atribulação não atrapalha tanto.
37
Por fim, a organização da ação docente é determinante na construção de um
ensino/aprendizagem enriquecedor e significativo. A busca constante por
aperfeiçoamento faz parte desse processo chamado planejamento didático-
pedagógico.
38
REFERÊNCIAS
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Fundamental. Referencial curricular da educação infantil. 3. ed. Brasília:
MEC/SFE, 1998.
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2024. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. 1. ed. Brasília: A
Secretaria, 2014.
_____. Plano nacional de educação: Congresso nacional. 2010. disponível em
13/01/2011 http://portal.mec.gov.br.
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Paulo: Edicon, 2006.
GANDIN, Danilo. Planejamento como prática educativa. 16º ed. Editora Loyola.
São Paulo, SP. Junho/ 2007.
HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre:
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Borges, Silva Abel. São Paulo, 1992. FDE. Diretoria Técnica. Série Idéias nº 15.
OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos. Educação infantil: fundamentos e métodos.
São Paulo: Cortez, 2011.
PAULA, Thiago do Nascimento Torres de. Teias de caridade e o lugar social dos
expostos da Freguesia de Nª Srª da Apresentação: capitania do Rio Grande do
Norte, século XVIII. 2009. 196 f. Dissertação (Mestrado em história) – Centro de
Ciências Humanas, Letras e Artes. Programa de Pós- graduação em História.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
PILETTI, Claudino. Didática geral. São Paulo: Ática, 2004.
39
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Educação Infantil. Porto Alegre: Mediação, 2014. 208 p.
ROSEMBERG, Flúvia. A educação pré-escolar brasileira durante os governos
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SOBRINHO, José Amaral. Plano decenal de educação para todos: perspectivas.
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TURRA, Clodia Maria Godoy [et al]. Planejamento de ensino e avaliação. Porto
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projeto Politico Pedagógico. 9 ed. São Paulo: Libertad. 2000.
VIGOTSKY, Lev Semenovitch. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins
Fontes, 1989.
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ANEXO
PROJETO DO NÍVEL V REFERENTE AO 1º BIMESTRE:
Escola Municipal professora Terezinha de Lourdes Galvão Planejamento Bimestral – 1º Bimestre Período: 12/02 a 06/05 Nível V Tema: Literatura, um instrumento para compreender a complexidade ambiental. Subtema: Educação ambiental na literatura infantil.
Justificativa
De acordo com a Revista Nova Escola, a questão ambiental está em alta por
uma razão simples: necessidade de sobrevivência. Quanto mais cedo o tema for
abordado com as crianças, maiores as chances de despertar a consciência pela
preservação. Por isso, a educação para uma vida sustentável deve começar já
na pré-escola. O objetivo definido pelo Referencial Curricular Nacional é observar
e explorar o meio ambiente com curiosidade, percebendo-se como ser
integrante, dependente, transformador e, acima de tudo, que tem atitudes de
conservação.
Pensando nisso, pretende-se desenvolver o Projeto Educação ambiental na
Literatura Infantil, com o objetivo de: Apresentar o meio ambiente com suas
belezas, curiosidades e fragilidades, mostrando lados negativos e positivos da
ação do homem e valorizando a sua preservação.
Afinal, é necessário que se encontrem interrogações nos percursos que as
crianças fazem, mergulhando-as em experiências e vivências complexas que
instiguem sua curiosidade. E para tanto, nada melhor que envolvê-las no mundo
encantador da literatura infantil, buscando desenvolver o espírito investigador e
cooperativo, na tentativa de formar futuros cidadãos críticos e capazes de cuidar
do ambiente em que vivem.
Objetivos Específicos
Identificar seu próprio nome acrescentando o interesse por sua representação escrita.
Escrita a linguagem oral através das várias modalidades de interação.
Identificar em diferentes contextos a letra inicial do seu nome.
Estimular o raciocínio e a percepção visual.
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Desenvolver a imaginação, a criatividade e a expressividade.
Familiarizar-se com a leitura e a escrita por meio do manuseio de livros, revistas e outros portadores de textos, nas diversas situações nas quais seu uso de faça necessário.
Identificar as partes do seu próprio corpo, reconhecendo os órgãos dos sentidos.
Reconhecer a importância dos hábitos de higiene como forma de manter a saúde e prevenir doenças.
Adquirir hábitos e atitudes que colaborem para acabar com o mosquito Aedes Aegypti.
Valorizar pequenos gestos de boas maneiras adotando atitudes de respeito e valorização do outro.
Interagir com o ambiente, colegas e educadores adotando atitudes de respeito e de cooperação pelas diferenças entre as pessoas.
Diferenciar os vários tipos de famílias e os membros que a compõe.
Reconhecer os tipos de moradias e formas de construção.
Valorizar o meio ambiente.
Reconhecer-se como parte integrante do meio ambiente.
Construir gradativamente noções de conceitos matemáticos básicos, bem como contagem, noções de quantidades, tempo, espaço e sucessão numérica a partir de interações com o meio.
Desenvolver o raciocínio lógico na aquisição da noção de números através das ações de classificar, seriar, comparar e ordenar objetos em função de diferentes critérios.
Ampliar as possibilidades expressivas do próprio corpo, utilizando gestos diversos e o ritmo corporal nas suas brincadeiras, danças, jogos e demais situações de interação.
Expressar-se através da música e conhecer diferentes sons.
Desenvolver e explorar a produção da arte através do desenho, pintura, modelagem, música e brincadeira.
CONTEÚDOS
LINGUAGEM ORAL
Relatos de experiências;
Conversas informais e informais;
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Expressividade (desejos, opiniões, ideias, preferências e sentimentos);
Contações de histórias (caracterização, descrição de personagens e cenários);
Jogos verbais (conhecimentos e reproduções);
PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA
Escrita do próprio nome;
Observação e manuseio de materiais impressos;
Leitura de imagens;
Desenhos de histórias ouvidas em sequência;
Leitura de diferentes gêneros textuais pela criança e pelo professor;
Valorização da leitura como fonte de prazer, entretenimento e conhecimento;
Consciência fonológica.
MATEMÁTICA
Conceitos básicos (longe, perto, alto, baixo, em cima, embaixo, mais menos, igual, posição, primeiro, último, frente, atrás, fora, dentro, maior, menos, grande, pequeno, grosso, fino, áspero e liso);
Classificação;
Comparação;
Exploração e conhecimento do esquema corporal;
Seriação;
FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL
Regras de boa convivência na escola;
Identidade e autonomia;
Conhecimento do próprio corpo;
Entendimento e respeito a algumas regras do convívio social;
Rotina escolar;
Utilização de alguns hábitos de cuidados pessoais;
Respeito às diferenças através das interações.
NATUREZA E SOCIEDADE
Escola;
43
Família (parente, história da família);
Patrimônio histórico;
Moradia;
Partes do corpo;
Órgãos dos sentidos;
Higiene;
Água (ciclo da água, importância de se economizar água);
Dengue (prevenção e higienização).
MOVIMENTO EXPRESSIVIDADE
Integração do corpo;
Expressões faciais;
EQUILIBRIO E COORDENAÇÃO
Coordenação motora fina e grossa;
Brincadeiras e jogos em espaços organizados;
Habilidades corporais;
Dominância lateral (correr, pular, andar, saltar, engatinhar, levantar, carregar, transportar, etc.);
Noções de direção;
Brincadeiras e jogos em espaços organizados.
MÚSICA
Músicas de diversos gêneros e épocas;
Músicas folclóricas (ciranda, frevo, músicas infantis, cantigas de roda);
Participação em jogos e brincadeiras que envolvam músicas e dança.
ARTES VISUAIS
Observação e identificação de imagens diversas;
Desenhos: produções livres e dirigidas, pontos, linhas, formas, traçados, contrastes e textura;
Leitura e releitura de imagem.
44
FONTES:
Revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/preservar-tambem-coisa-crianca422841.shtml BARBOSA, Maria C. Silveira e HORN, Maria da Graça Souza. Projetos Pedagógicos na educação infantil – Porto Alegre: Grupo A, 2018.
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APÊNDECE
QUESTIONÁRIO – UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ – CERES/CAICÓ DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – DEDUC CURSO DE PEDAGOGIA
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Prezados professores, peço a contribuição de vocês para responder o presente
questionário. O mesmo é instrumento de coleta de dados para meu trabalho de
conclusão de curso. Desde já agradeço a todos pela valiosa colaboração.
QUESTIONÁRIO
TEMA: PLANEJAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
1. O que é planejamento pedagógico para você?
2. Você considera o planejamento pedagógico necessário?
( ) Sim ( ) Não
Por quê?
3. Com que frequência você planeja?
4. Qual o seu objetivo ao planejar?