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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE EDUCAÇÃO CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA FERNANDA LIMA DE OLIVEIRA A PRÁTICA PEDAGÓGICA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL: RELATÓRIO REFLEXIVO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO NATAL-RN 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE EDUCAÇÃO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA

FERNANDA LIMA DE OLIVEIRA

A PRÁTICA PEDAGÓGICA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL: RELATÓRIO REFLEXIVO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

NATAL-RN 2016

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FERNANDA LIMA DE OLIVEIRA

A PRÁTICA PEDAGÓGICA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL: RELATÓRIO REFLEXIVO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Relatório Reflexivo referente à prática no Ensino Fundamental, realizado em uma escola da rede pública de ensino e apresentado ao Curso de Licenciatura em Pedagogia do Centro de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito parcial para obtenção do grau de Licenciatura em Pedagogia. Orientadora: Prof.ª Drª. Jacyene Melo de Oliveira Araújo – UFRN.

NATAL-RN 2016

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FERNANDA LIMA DE OLIVEIRA

A PRÁTICA PEDAGÓGICA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL: RELATÓRIO REFLEXIVO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Relatório Reflexivo referente à prática no Ensino Fundamental, realizado em uma escola da rede pública de ensino e apresentado ao Curso de Licenciatura em Pedagogia do Centro de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito parcial para obtenção do grau de Licenciatura em Pedagogia.

Aprovada em: ____/____/____

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________________________ Prof.ª Drª. Jacyene Melo Oliveira Araújo - Orientadora

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN - Natal-RN

________________________________________________________________ Prof.ª Drª. Giane Bezerra Vieira - Convidada

Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN - Natal-RN

_________________________________________________________________ Prof.ª Ms. Ivone Priscilla de Castro Ramalho - Convidada

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN - Natal-RN

NATAL-RN 2016

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AGRADECIMENTOS

Dedico este trabalho, em primeiro lugar a Deus, por iluminar com serenidade e

discernimento o caminho percorrido por mim na academia, pela benção de ter me

dado oportunidade de adquirir sublimes conhecimentos com a ajuda de professores

excelentes que farão parte de minha vida para sempre;

Em segundo lugar, a minha orientadora, que foi a pedra fundamental para a

concretude dessa obra, por toda sua paciência, disponibilidade e doçura nas vezes

que me socorreu quando me vi aflita na elaboração deste trabalho;

Por fim, dedico este trabalho a toda minha família (mãe, tia, irmã, sobrinhos, marido

e cunhado) por todo o incentivo e ajuda para que isso fosse possível. A todos meus

sinceros agradecimentos.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES E QUADROS

Figura 1 - Fachada da escola .................................................................................... 10

Figura 2 - Sala de aula .............................................................................................. 10

Figura 3 - Biblioteca .................................................................................................. 11

Figura 4 - Sala multifuncional .................................................................................... 12

Figura 5 - Quadra de esportes .................................................................................. 12

Figura 6 - Sala de estágio ......................................................................................... 17

Figura 7 - Atividade de leitura .................................................................................... 19

Figura 8 - Atividade interpretativa do texto ................................................................ 20

Figura 9 - Brincando de bandeirinha ......................................................................... 21

Figura 10 - Atividade de casa .................................................................................... 21

Figura 11 - Atividade de matemática ......................................................................... 22

Figura 12 - Aluno resolvendo atividade ..................................................................... 23

Figura 13 - Apresentação de slides ........................................................................... 23

Figura 14 - Quadrado mágico .................................................................................... 24

Figura 15 - Esquematização do jogo ......................................................................... 24

Figura 16 - Atividade sobre cantiga de roda .............................................................. 26

Figura 17 - Realização da atividade .......................................................................... 26

Figura 18 - Início do experimento .............................................................................. 30

Figura 19 - Final do experimento ............................................................................... 30

Figura 20 - Texto utilizado durante o experimento .................................................... 30

Figura 21 - Comemoração do dia da criança ............................................................ 31

Figura 22 - Brincadeiras no pátio .............................................................................. 31

Figura 23 - Apresentação do grupo .......................................................................... 33

Figura 24 - Aula não-formal no museu ..................................................................... 35

Figura 25 - Panfleto confeccionado por aluno ........................................................... 35

Figura 26 - Turma do 5º ano ..................................................................................... 36

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 06

2 DIAGNÓSTICO DA ESCOLA .......................................................................... 10

2.1 ESTRUTURA FÍSICA E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA .............................. 10

2.2 CARACTERIZAÇÃO DA REALIDADE ESCOLAR ........................................... 13

2.3 PLANEJAMENTO ESCOLAR .......................................................................... 14

2.4 CARACTERIZAÇÃO DA SALA DE AULA DA REGÊNCIA .............................. 15

3 A PRÁTICA DOCENTE NO ESTÁGIO CURRICULAR ................................... 18

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 37

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 38

APÊNDICES .................................................................................................... 40

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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho aborda o relato reflexivo da prática pedagógica

vivenciada por mim, enquanto aluna da disciplina: “Atividade Especial Coletiva -

Estágio Supervisionado de Formação de professores II”, numa turma do 5° ano do

Ensino Fundamental, situada em uma escola estadual da rede pública de ensino

localizada em Natal- RN.

O estágio supervisionado é um pressuposto importante na vida acadêmica

do estudante de Pedagogia, uma vez que, oportuniza a este a pôr em prática todos

os conhecimentos aprendidos na literatura acadêmica, exigindo a busca constante

de subsídios para uma boa prática de ensino, na perspectiva de oferecer as

condições necessárias para que a aprendizagem se dê de forma satisfatória aos

futuros alunos.

No entanto, é interessante salientar que para tratar do aspecto prático do

curso de Pedagogia, é necessário frisar a prática fundamentada no conceito de

práxis. Essa perspectiva não compreende a prática, como sendo esta um ato

meramente mecânico ou como uma espécie de “receita pronta de ensino”. Ao

contrário, quando se fala em práxis, está se referindo ao simples ato de refletir sobre

a minha ação em sala de aula. Essa reflexão em torno do pensamento durante a

prática contribui para o desenvolvimento de um fazer pedagógico que é norteado

pela investigação e problematização dos conteúdos, demandando do professor uma

postura reflexiva, que faz uso constante da pesquisa para adequar as suas aulas as

reais necessidades dos alunos, possibilitando assim, aulas que sejam significativas

e motivadoras, oportunizando a reflexão e posicionamento critico frente aos

conhecimentos.

Segundo essa perspectiva, Pimenta e Lima (2006, p. 14) afirmam que:

A pesquisa no estágio, como método de formação dos estagiários, futuros professores, se traduz pela mobilização de pesquisas que permitam a ampliação e análise dos contextos onde os estágios se realizam. Mas também é, em especial, na possibilidade de os estagiários desenvolverem postura e habilidades de pesquisador a partir das situações de estágio, elaborando projetos que lhes permitam ao mesmo tempo compreender e problematizar as situações que observam.

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Tive a sorte de estagiar numa sala de aula em que os alunos eram

participativos e o diálogo se fazia presente na relação entre professor - aluno.

Acredito que essa é uma questão chave para o desenvolvimento de um bom

trabalho, pois, ao meu ver, o diálogo é um grande aliado do professor em seu fazer

pedagógico, uma vez que coopera para a autonomia dos alunos, contribuindo para

que estes tenham a liberdade de se colocar criticamente sobre sua relação humana

e social, tornando-os pessoas ativas, capazes de lidar com os desafios lançados

frente a sociedade.

Dentro desse contexto o professor também pode contribuir para a

suspensão de pressupostos individuais, possibilitando a construção de uma

consciência que leva em consideração a vida em coletividade.

A natureza da espécie humana, para Freire (1997), está programada a partir de uma característica essencial de nossa vida, que compreende a dialogicidade enquanto base para a construção de uma cultura biófila, amorosa, esperançosa, crítica, criativa e solidária. (ZITKOSKI, 2005, p. 2, apud FREIRE, 1997).

Assim, o diálogo configura-se como condição sine qua non para o

desenvolvimento do trabalho pedagógico fundamentado na proposta didática de

ensino correspondente a teoria construtivista, que, ao meu ver, é a mais adequada

na área da educação.

Partindo desse pressuposto, optei em trabalhar com os alunos a perspectiva

construtivista, do qual imaginei ter como resultado o interesse pela participação, com

atividades motivadoras, para possibilitar aos alunos através da experimentação, da

problematização dos conteúdos, da investigação do objeto de estudo, a serem

protagonistas de sua própria aprendizagem. Neste caso, os alunos seriam coautores

de sua aprendizagem em consonância com as devidas intervenções do professor.

Acredito que o professor deve oportunizar em sua mediação pedagógica, a

autonomia necessária aos alunos para que sejam protagonistas de sua

aprendizagem. Contudo, quando falo de aprendizagem não me refiro apenas a

aprendizagem dos conteúdos, mas, aprendizagem de questões éticas, sociais, de

atitudes e valores que por vezes são conflitivas perante a vida em sociedade.

Sobre isso, Masseto (2000, p. 45) discorre que:

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A mediação pedagógica busca abrir um caminho a novas relações do estudante: com materiais, com o próprio contexto, com outros textos, com seus companheiros de aprendizagem, incluído o professor, consigo mesmo e com o seu futuro.

Assim, a mediação pedagógica do professor tem de facilitar a aprendizagem

dos alunos incorporando em sua prática o desencadeamento de reflexões frente à

realidade social em que vivem, permitindo que tenham a liberdade suficiente de falar

o que pensam a respeito de determinado assunto, os oportunizando a refletir sobre

os temas incitados em sala de aula ou mesmo fora dela, de forma a mostrarem um

posicionamento crítico frente às questões que surgem no seu entorno.

Em suma, minha meta principal no estágio foi de colaborar para o

desenvolvimento de uma consciência crítica e reflexiva nos alunos, incorporando

metodologias com atividades inovadoras, que motivassem a participação, e,

consequentemente, contribuísse para a aprendizagem de todos envolvidos no

processo, tornando a aprendizagem mais fácil possível e menos monótona para

todos.

Nesse sentido, o presente estágio foi dividido em duas partes - observação e

regência de aulas. Na observação foi feito o diagnóstico da escola, de seus

ambientes, funcionários, professores e alunos. Como também, o diagnóstico

descritivo, caracterizando a realidade escolar, como, estrutura física, caracterização

socioeconômica da comunidade, perfil da coordenação pedagógica, entre outros.

Nessa mesma etapa, fui dirigida a sala de aula onde iria fazer o estágio. E tive a

oportunidade de observar a prática de ensino do professor, entender como se dava

a dinâmica da sala, observar como era sua organização interna e a relação

estabelecida entre o professor e os alunos.

Na segunda parte do estágio, configurada pela regência, fomos orientadas,

eu e minha colega parceira no estágio, a dar continuidade a proposta de trabalho do

professor titular da sala, contida dentro do projeto “Brinquedos e Brincadeiras”

elaborado por ele. Assim, foram planejadas atividades interdisciplinares que

envolviam a Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, Geografia, História e

Educação Física dentro do projeto, que contemplaram os dez dias de regência.

Em suma, o presente relatório discorrerá sobre o diagnóstico da escola,

apresentando uma análise crítica reflexiva acerca dos resultados apresentados pela

instituição e equipe de coordenação pedagógica. Será abordado o relato de como se

deu as atividades em sala, os desafios encontrados, as relações interativas vividas

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entre alunos, estagiárias e professor; discutindo a dualidade entre teoria e prática

fomentada a partir das diferentes situações vivenciadas, problematizando possíveis

maneiras de superar as dificuldades encontradas e, assim, enriquecer a prática de

ensino, contribuindo para um ambiente educativo saudável e propício ao processo

de ensino-aprendizagem.

Nas considerações finais serão apresentadas as descobertas vividas

durante a minha regência e sua importância para minha formação, enquanto futura

professora.

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2 DIAGNÓSTICO DA ESCOLA

2.1 ESTRUTURA FÍSICA E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA

A escola da qual fiz o estágio é uma instituição de pequeno porte. Possui

apenas quatro salas de aula do mesmo tamanho, em média 5x10 metros, segundo a

diretora. Embora sejam muito pequenas elas são bem organizadas, as paredes e o

quadro são bem limpos e as carteiras e armários em perfeito estado. No entanto, um

dos problemas observados é que em três salas os ventiladores não estavam

funcionando e as salas não eram arejadas, o que fazia muito calor. Outro problema

detectado é a quantidade de alunos por sala.

A diretora nos deu a informação de que, ao todo, a escola comportava cento

e trinta alunos divididos nos dois turnos. A sala do 1° ano possuía vinte e um alunos;

2° ano vinte e três e 3° ano vinte e cinco alunos pela manhã. No turno vespertino a

sala do 4° ano possuía vinte alunos; do 5° “A” vinte e um e 5° “B” vinte alunos. Este

até seria um número razoável de alunos por sala, no entanto, o problema está no

tamanho das salas que é muito pequeno, assim os alunos têm que ficar sempre em

duplas para sobrar mais espaço dentro da sala e deixar circular mais ar.

Figura 1- Fachada da escola Figura 2- Sala de aula

Fonte: Acervo da autora Fonte: Acervo da autora

A escola possui uma biblioteca, que, segundo a bibliotecária, era utilizada

por cada turma pelo menos duas vezes por semana para o momento da leitura.

Mesmo sendo a sala muito pequena, apresentava-se bem organizada, com muitos

acervos. Ela ainda nos disse que sempre aparecem novidades na escola, e que

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recentemente tinha chegado alguns livros didáticos para serem avaliados pelos

professores para posterior utilização.

Figura 3- Biblioteca

Fonte: Acervo da autora

A escola também dispõe de uma sala de informática, esta possuía em média

quinze computadores, no entanto, apenas um estava funcionando. O professor

afirmou que quando precisa utilizá-la, para que os alunos possam pesquisar, precisa

ficar revezando de dois em dois alunos por um determinado tempo. Entretanto, ele

disse que a usa muito mais para utilizar o “Data Show” que se encontra instalado na

sala para exibir vídeos e filmes, do que para utilizar o computador.

Por conseguinte, foi observada a sala de Recursos Multifuncionais, lugar

onde a psicopedagoga atende aos alunos com necessidades educacionais especiais

durante o contra turno. Segundo ela, o atendimento do AEE (Atendimento

Educacional Especializado) recebia nove alunos da instituição, com as mais

variadas deficiências, como autismo, paralisia cerebral, baixa visão e surdez.

Dentro da sala, foi notada a presença de poucos materiais de tecnologia

assistiva, tinha apenas dois computadores adaptados para alunos com baixa visão e

o alfabeto em libras exposto na parede para os alunos com surdez. A sala também é

pequena, porém, bem arejada. Em seguida, fui levada até a quadra de esportes

utilizada pela escola para as aulas de Educação Física.

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Figura 4- Sala multifuncional Figura 5- Quadra de esportes

Fonte: Acervo da autora Fonte: Acervo da autora

A escola também possui uma cozinha, quatro banheiros, pátio, capela, uma

sala da secretaria da escola e um parque, ambos em bom estado de uso, embora

pequenos. Em suma, foi notado ao longo das observações que embora a escola

seja pequena, sua estrutura física e organização são muito boas, com apenas

poucos reparos a serem feitos se comparado a outras escolas públicas que se

encontram bem mais deterioradas.

Embora tenham sido encontrados alguns problemas em determinados

espaços da escola, foi constatado que todos os que fazem parte da instituição, seja

diretora, professores, funcionários ou alunos, não criticam a presente estrutura

escolar, ao contrário, apresentam uma relação de harmonia com a instituição,

demonstrando zelo pelos diferentes ambientes da escola, fazendo desse cuidado

parte de seu cotidiano. Sobre isso, Horn (2004, p. 28) discorre que:

É no espaço físico que a criança consegue estabelecer relações entre o mundo e as pessoas, transformando-o em um pano de fundo no qual se inserem emoções [...] nessa dimensão o espaço é entendido como algo conjugado ao ambiente e vice-versa. Todavia é importante esclarecer que essa relação não se constitui de forma linear. Assim sendo, em um mesmo espaço podemos ter ambientes diferentes, pois a semelhança entre eles não significa que sejam iguais. Eles se definem com a relação que as pessoas constroem entre elas e o espaço organizado.

A presente experiência me fez refletir que esse tipo de interação torna as

relações vivenciadas na instituição em ralações amigáveis, de respeito, de

solidariedade e de cooperação, algo que deveria se fazer presente em todas as

instituições de ensino.

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2.2.CARACTERIZAÇÃO DA REALIDADE ESCOLAR

Entendo que uma das questões fundamentais, dentre muitas inerentes ao

trabalho pedagógico está na investigação da realidade de seu alunado, quando falo

realidade me refiro às questões sociais, econômicas e culturais que caracterizam os

estudantes e a instituição de ensino. Essa é uma etapa significativa do trabalho

pedagógico, visto que subsidia o professor na escolha de estratégias de ensino que

sejam condizentes com a demanda apresentada por essa realidade.

Assim, com a finalidade de investigar a realidade escolar foi realizada uma

pequena entrevista com a diretora e o professor titular, dos quais deram as

seguintes informações: a maioria do seu alunado é proveniente de outros bairros

periféricos da cidade de Natal, apenas cerca de 30% são do bairro onde a escola se

localiza. Ainda, segundo eles, os alunos que residem em outros bairros, geralmente

possuem um nível aquisitivo mais baixo do que os demais, são de famílias humildes,

em condições sociais desfavorecidas, alguns pais usuários de drogas, presidiários,

entre outros.

Sobre isso Esteban (2001, p. 24) discorre que:

[...] ao abrir a escola para as crianças de classes populares, e consequentemente a suas famílias, se produziu um novo modelo de escola, formulando novos problemas, novas possibilidades, exigindo novas elaborações teóricas e práticas, gerando um amplo processo de indagação e redefinição do papel da escola na sociedade e, simultaneamente, das próprias práticas pedagógicas.

Assim, compreendo que é tarefa do professor com auxílio da escola, intervir

de forma a possibilitar uma mudança de atitude nas diferentes relações que os

alunos estabelecem na vida em sociedade, oportunizando a estes um conhecimento

que traga um posicionamento reflexivo frente as inúmeras situações que surgem,

que vivenciam, muitas vezes, em um contexto de miséria social que circunda a sua

realidade, sua vida.

Com isso, o professor deve proporcionar, segundo Massetto (2000, p. 144-

145) “um conhecimento que se incorpore ao seu mundo intelectual, bem como ao

seu mundo vivencial, ajudando a compreender a realidade humana e social, e

mesmo a interferir nela”.

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2.3 PLANEJAMENTO ESCOLAR

A coordenação pedagógica da escola é composta por coordenadora geral e

coordenadora de suporte pedagógico, ambas graduadas em Pedagogia, que

trabalham fazendo acompanhamento do rendimento escolar dos alunos por turma

junto a cada professor durante os planejamentos, que acontecem semanalmente,

reunindo a equipe de coordenação pedagógica, gestora e professores.

Nas reuniões de planejamento que tive a oportunidade de participar, pude

notar que os professores compartilharam trocas de experiências entre eles, a fim de

auxiliar no aperfeiçoamento de seu ensino; sistematizam futuros projetos destinados

as suas turmas, para não ficarem reféns apenas da utilização do livro didático,

elaboram as atividades curriculares pertinentes a sua turma, entre outros.

Sobre se libertar do uso único e exclusivo do livro didático, que acredito

fazer das aulas por vezes enfadonhas, é importante salientar a importância de o

professor se utilizar em seu fazer pedagógico de diversas ferramentas conceituais e

metodológicas, apresentando um trabalho inovador, com a finalidade de tornar as

aulas motivadoras, contribuindo assim para um ambiente educativo em que a

aprendizagem se dê de forma prazerosa.

Sobre o ato de planejar, defendo a ideia de que o professor precisa

compreender que este não é algo pronto e acabado, está em constante

reformulação, buscando sempre a flexibilidade nas demandas presentes na

realidade escolar e de seu alunado. Assim, sobre essa perspectiva de planejamento

flexível Zabala (1998, p. 94) afirma que tem que ser “um planejamento

suficientemente flexível para poder se adaptar as diferentes situações da aula, como

também deve levar em conta as contribuições dos alunos no processo desde o

princípio”.

Nessa perspectiva, os professores da instituição gostam sempre de trabalhar

em seus planejamentos com projetos, que, segundo eles, abordam questões que

são por vezes pertinentes ao contexto dos alunos, provocando questões e/ou

situações de caráter social que constantemente surgem em meio a sala de aula ou

na comunidade e que merecem destaque para se trabalhar sistematicamente com a

finalidade de favorecer para a construção de atitudes e valores de seus alunos. Foi o

caso do projeto “Somos todos companheiros” que tinha como finalidade discutir a

indisciplina em sala de aula.

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Também é interessante mencionar aqui o projeto do qual nos debruçamos,

minha colega de estágio e eu, para a realização da regência, denominado

“Brinquedos e Brincadeiras”, segundo qual, consiste no resgate cultural de algumas

brincadeiras antigas e atuais. Nesse projeto, ao mesmo tempo em que se

oportunizam alguns momentos lúdicos do brincar também se articula alguns

conteúdos das diferentes áreas do conhecimento, contribuindo para uma aula

dinâmica, alegre e participativa.

No entanto, é conveniente discorrer que para o cumprimento dessas

reuniões, da qual os professores planejam o que ensinar em sala ou dos projetos a

serem realizados, a presença das coordenadoras pedagógicas sempre é viável, uma

vez que, são elas que irão direcionar o trabalho pedagógico para que este fique em

consonância com o Projeto Político Pedagógico (PPP). Em outras palavras, não é

qualquer projeto elaborado pelo professor que vai ser aplicado nos alunos, ao

contrário, primeiramente, será avaliado se o projeto possui uma finalidade que esteja

de acordo coma política de ensino presente em seu PPP, só então será liberado

para se trabalhar na sala.

Nesse sentido, o planejamento escolar é relevante para que haja um

processo de ensino-aprendizagem eficaz, que apresente resultados satisfatórios

dentro da perspectiva escolar presente nos certames do Projeto Político Pedagógico

da instituição. Contudo, para isso, é necessária uma elaboração prévia do

planejamento, para que este seja flexível à realidade do aluno. Para que isso ocorra,

torna-se necessário uma sistemática de levantamento de dados e informações que

ajudam no diagnóstico da realidade de seus alunos.

É assim que a equipe de coordenação pedagógica atua, fazendo esses

levantamentos de dados e auxiliando o professor para a elaboração de estratégias

de ensino, com a finalidade de manter o rendimento escolar de todos os presentes

no processo de ensino e aprendizagem.

2.4 CARACTERIZAÇÃO DA SALA DE AULA DE REGÊNCIA

A sala de aula a qual realizei a regência foi a do 5º ano do Ensino

Fundamental, possuía vinte e um alunos de nove a treze anos de idade. Nas

observações, foi feita uma análise na mobília da sala, que era composta de lousa

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branca, birô, armários, mesas e cadeiras organizadas em dupla, para uma melhor

interação entre os alunos e o professor.

Durante a observação diagnóstica da turma, notei que há uma avaliação

formativa, contínua feita pelo professor. Segundo ele, essa avaliação está presente

em todos os momentos do processo pedagógico, sempre direcionando as decisões

que se pretende consolidar com vistas a alcançar os resultados esperados.

Tive como ponto positivo, o fato da turma ser bem participativa e o diálogo

se fazer sempre presente. Constatamos que, com base no diálogo o professor

oportunizava a problematização, levantando questões acerca dos conteúdos

trabalhados, como fez na aula de Português bem como de Matemática (do

supracitado dia de observação) tornando os alunos participativos, críticos e

questionadores do conhecimento abordado.

Nessa perspectiva, o uso do diálogo serviu como facilitador, como uma

espécie de ponte rolante que se adequa ao tempo histórico vivido dos alunos, pois o

professor sempre fazia relação entre os conteúdos abordados em sala com as

situações cotidianas, o que facilitava a aprendizagem. Essa relação de diálogo entre

professor e aluno, entre conhecimento sistematizado/científico e conhecimentos de

mundo, do senso comum, provoca no aluno o interesse de participar, de inovar, de

pesquisar, de investigar, de questionar e de se aprofundar nos conhecimentos.

As múltiplas formas de diálogo e interação são o eixo de todo o trabalho pedagógico, que deve primar pelo envolvimento e pelo interesse genuíno dos educadores em todas as situações, provocando, brincando, rindo, apoiando, acolhendo, estabelecendo limites com energia e sensibilidade, consolando, observando, estimulando e desafiando a curiosidade e a criatividade, por meio de exercícios de sensibilidade, reconhecendo e alegrando-se com as conquistas individuais e coletivas das crianças, sobretudo as que promovam a autonomia, a responsabilidade e a solidariedade. (BRASIL, 2006, p.16).

Quanto aos aspectos negativos, destaco a estrutura física da sala, tendo em

vista que esta é pequena e quente, tornando assim um pouco difícil a concentração

dos alunos, uma vez que o calor deixa as crianças muito agitadas e sempre

reclamando, pois funciona apenas um ventilador, e ficam se abanando com o

material, pedindo para sair da sala para poder beber água. Esses são pontos

negativos que atrapalham a prática docente e, consequentemente, o aprendizado

dos alunos.

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Segundo essa perspectiva, Zabalza (1998, p. 50) afirma:

[...] O espaço acaba tornando se uma condição básica para poder levar adiante muitos dos outros aspectos-chave. As aulas convencionais com espaços indiferenciados são cenários empobrecidos e tornam impossível (ou dificultam seriamente) uma dinâmica de trabalho baseada na autonomia e na atenção individual de cada criança.

Sendo assim, seria viável que a escola fizesse uma manutenção no mínimo,

semestralmente, para melhorar os aspectos físicos mencionados acima e, se puder

aumentar o espaço das salas de aula, porque pelo que foi visto em outras turmas, o

número de alunos é maior do que a minha de turma de estágio, e a sala se torna

ainda menor devido à grande quantidade de alunos.

Figura 6- Sala do estágio

Fonte: Acervo da autora

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3 A PRÁTICA DOCENTE NO ESTÁGIO CURRICULAR

Para narrar como se deu o desenvolvimento da regência, faz-se necessário

apresentar quais metodologias foram utilizadas, quais as atividades desenvolvidas e

como se deu a aceitação destas por parte dos alunos. Para isso, o presente capítulo

discorrerá sobre os meandros do estágio supervisionado apontando para os

desafios superados na luta por uma formação plena na prática de ensino.

Sobre formação no estágio supervisionado, Pimenta e Lima (2006, p. 9)

afirmam que:

O entendimento de prática presente nessas atividades é o de desenvolvimento de habilidades instrumentais necessárias ao desenvolvimento da ação docente. Um curso de formação estará dando conta do aspecto prático da profissão na medida em que possibilite o treinamento em situações experimentais de determinadas habilidades consideradas, a priori, como necessárias ao bom desempenho docente.

Inicialmente, como dito anteriormente, o professor pediu para dar

continuidade ao seu projeto “Brinquedos e brincadeiras”, atendendo em sua

abordagem uma perspectiva interdisciplinar. Portanto, foi planejado atividades que

faziam interdisciplinaridade com várias disciplinas, como a Língua Portuguesa,

Matemática, Ciências, Geografia, entre outras. Como na sala não existia um horário

fixo para se trabalhar cada disciplina, foi desenvolvido atividades sem fixar dia e

horário para a aplicação destas, assim como o professor fazia em sala.

Para elaborar o planejamento das atividades nos reuníamos todas as

quintas-feiras, minha companheira de estágio e eu. Entende-se o planejamento

como sendo “um processo de racionalização, organização e coordenação da ação

docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social”

(LIBÂNEO, 1994, p. 222).

Assim, foi colocado em prática o ato de planejar, considerando o fato de ser

necessário a quem pretende fazer um trabalho bem feito em sala de aula.

Posteriormente, foi apresentado ao professor o que tínhamos planejado para

trabalhar durante o estágio, mas sempre ressaltando que era um planejamento

flexível, onde seria adaptado constantemente as necessidades dos alunos.

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Para Farias (2009, p.108) “um dos traços delineadores do planejamento é a

flexibilidade, que diz respeito a uma postura aberta às correções, a avaliação, e ao

replanejamento de percurso”.

Assim, o começo da regência se deu no dia 18 de setembro de 2015, numa

sexta-feira. Primeiramente, foi apresentado a finalidade dessas aulas para a turma e

sempre buscando de forma amistosa, criar uma boa relação com os alunos. A

atividade da qual foi utilizada para dar início a regência foi um texto interdisciplinar

que explorava as disciplinas de língua portuguesa, história e geografia.

No primeiro momento, oportunizou-se aos alunos de falarem seus

conhecimentos prévios acerca do tema e, por conseguinte, foi entregue uma

atividade interpretativa do texto que, ao final corrigimos coletivamente. Segue abaixo

a leitura e a atividade proposta.

Figura 7- Atividade de Leitura

Referência FERRAZ, Marta Maria Pinto. Brincadeiras. In: LEITE, Márcia; BASSI, Cristina. Leitura, escrita e

reflexão, 3º ano.

Em cada região do Brasil, o povo tem um jeito diferente de cantar, de dançar e até de falar.

Com as brincadeiras também é assim. Elas podem mudar um pouquinho de um lugar para o outro, podem até receber um novo nome, mas suas regras são sempre muito parecidas.

A ciranda, brincadeira conhecida em todo o Brasil, é a mesma coisa que brincar de roda. Suas músicas mais cantadas são Cirandinha, Eu fui no itororó, Teresinha de Jesus, O cravo e a rosa, Se essa rua fosse minha, Atirei o pau no gato. Quase sempre são as mães e as avós que ensinam para as crianças as cantigas que cantaram na sua infância. E como passam de boca em boca, as músicas e a maneira de brincar nunca são esquecidas. Além do mais, brincar de roda ajuda a gostar de música e a treinar a memória.

Outra brincadeira muito conhecida em todo o Brasil é a de soltar papagaio. Esse brinquedo é conhecido por nomes bem diferentes: arraia, pipa, quadrado, morcego, cafifa, pandorga, cação, pipa-estrela... As formas e o modo de fazer também mudam de região para região. A diversão já começa na hora de construir o brinquedo, escolher as cores dos papéis, conseguir as varetas, enrolar a linha...

Meninos e meninas de Pernambuco gostam de brincar de um jogo conhecido por barra-bandeira. Em São Paulo essa brincadeira recebe o nome de rouba-bandeira. Em Santa Catarina chama-se salva-bandeira e no Pará tem o nome de bandeirinha. Nesse jogo, crianças divididas em dois times tentam roubar a bandeira que fica no campo do adversário sem ser pegas.

Também é brincando que as crianças indígenas aprendem a sobreviver na floresta. Os pais fazem arcos e flechas bem pequenos para que seus filhos aprendam a caçar. Todas as crianças gostam de correr, subir em árvores, catar ovos de galinha e chupar cana para matar o tempo. Como o calor é muito grande, toda hora é hora de mergulhar no rio. Quando brincam, as crianças aprendem mais sobre seu modo de viver, sua língua e seus costumes.

Brincar é um jeito saudável e divertido de aprender a crescer. Todas as crianças aprendem muitas coisas quando estão brincando: aprendem a importância das regras e que sempre é possível aprender alguma brincadeira nova. Brincar é direito de todas as crianças que vivem nos campos, nas florestas ou nas cidades.

Fonte: Acervo da autora

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Figura 8- Atividade interpretativa do texto

Fonte: Acervo da autora

As crianças foram bem participativas durante a realização da atividade,

exploraram o texto de todas as formas possíveis durante a leitura individual e

coletiva. Trabalhando na perspectiva interdisciplinar foi abordado além de Língua

Portuguesa a Geografia no tocante a conteúdos como região, estados e capitais,

oportunizando aos alunos pesquisarem no mapa da sala de aula. Abordou-se

também a história, com os fatos históricos que narravam a origem de algumas

brincadeiras, sempre as relacionando ao projeto “Brinquedos e Brincadeiras”.

Atendendo aos objetivos do projeto, eram trabalhadas as teorias com

atividades interpretativas, de pesquisas, momentos de leitura, entre outros, e,

posteriormente, oportunizava-se as crianças o momento lúdico do brincar,

característico do projeto. Assim, durante o primeiro dia de regência, precisamente,

no segundo momento das aulas, pós-intervalo, brinquei com elas de “Bandeirinha”,

no entanto, antes das brincadeiras, sempre era conversado sobre as regras e a

importância de se brincar em equipe, e todos colaboravam. Foi um momento de

muita alegria e algazarra vividos pelas crianças, todas participaram com muito

entusiasmo.

Com relação à avaliação, esta foi, e, seria aferida no decorrer de todo

projeto, através da participação, interesse, atenção na aula, o seu entendimento

sobre os conteúdos explorados, sua desenvoltura na resolução das questões em

conjunto e individualmente, a cooperação no trabalho em grupo, em suma, no

decorrer de todo o processo.

Sobre essa avaliação processual e contínua Esteban (1999, p. 19) teoriza

que:

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Este conceito indica a existência de um espaço onde os conhecimentos estão em construção, sendo estes, e não os conhecimentos já consolidados, que devem conduzir à prática pedagógica. Ressalta a natureza coletiva, compartilhada e solidária do conhecimento, além da riqueza da heterogeneidade, pois em cooperação os sujeitos revelam seus conhecimentos potenciais, desenvolvem novas potencialidades, articulando um processo permanente de ampliação dos conhecimentos.

Para o encerramento da aula pedi aos alunos que elaborassem um texto

narrativo sobre a sua participação no jogo, descrevendo o cenário e como se deu a

brincadeira. Essa atividade de Português seria para ser feita em casa.

Figura 9- Brincando de “Bandeirinha”

Fonte: Acervo da autora

Figura 10- Atividade de casa

Fonte: Acervo da autora

No segundo dia de regência (25 de setembro de 2015), foi realizada com a

turma uma atividade individual de matemática que consistia no trabalho com a

adição de números naturais. Essa atividade teve como objetivo trabalhar a adição, a

leitura e a escrita.

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Sua metodologia se caracteriza pela identificação da letra na tabela e dos

valores correspondentes a cada letra, o que permitia formar palavras e contribuir

para o raciocínio lógico-matemático. Os alunos apresentaram muitas dificuldades

nessa atividade, o que durou aproximadamente uma hora e meia para sua

realização. Mesmo assim, alguns alunos não conseguiram concluir com êxito.

O professor relatou que a grande maioria dos alunos tinha muita dificuldade

em Matemática e pediu que fosse trabalhado mais vezes a Matemática para

aprimorar esse conhecimento. Ainda parabenizou pelo uso da atividade, pois

percebeu que mesmo com aversão a Matemática todos os alunos participaram e

deram o melhor de si haja vista a atividade ser bem atrativa e motivadora.

No segundo momento da aula, foi abordado o trabalho de dois artistas que

trabalham a temática proposta “Brinquedos e brincadeiras”. Um se chama Sandra

Guinle e o outro Ivan Cruz. Através de slides, foi apresentada a biografia de ambos e

suas obras e esculturas. Sandra Guinle com esculturas de barro e bronze, e Ivan

Cruz com quadros. Essas obras retratam as brincadeiras e brinquedos de

antigamente e algumas da atualidade. Durante a execução dos slides, as crianças

fizeram perguntas referentes às biografias dos artistas e sobre as diferentes

brincadeiras apresentadas por estes.

Figura 11- Atividade de Matemática

Use a tabela a seguir:

A 1

B 2

C 3

D 4

E 5

F 6

G 7

H 8

I 9

J 10

K 11

L 12

M 13

N 14

O 15

P 16

Q 17

R 18

S 19

T 20

U 21

V 22

W 23

X 24

Y 25

Z 26

Responda:

1. Decodifique os números abaixo e descubra quais palavras correspondem a eles:

22+9+4+1= __________________ 1+13+15+18=____________________ 19+1+21+4+5= _________________ 16+1+26=________________________

2. Codifique seu primeiro nome: ____________________________________________________________

3. Calcule quantos pontos tem seu primeiro nome: ____________________________________________________________

4. Escreva o nome de três animais, com no máximo cinco letras, procurando

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obter o maior número de pontos possível. ____________________________________________________________

5. Escreva o nome de três frutas, procurando obter a menor pontuação. ____________________________________________________________

6. Escreva o nome de um utensílio doméstico cuja pontuação esteja entre 10 e 15 pontos. ____________________________________________________________

Fonte: Acervo da autora

Figura12 - Aluno resolvendo a atividade de Matemática

Fonte: Acervo da autora

Figura 13- Apresentação dos slides

Fonte: Acervo da autora

Já no terceiro dia de aula (01 de outubro de 2015) foi aplicada uma atividade

de Matemática a pedido do professor. Procurei planejar uma atividade que

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possibilitasse o avanço no conhecimento da matemática aliada também a

brincadeira, que era o tema principal do projeto abordado. Assim, foi trabalhado com

o jogo “Quadrado Mágico” que foi realizado individualmente. Tinha como objetivo

efetuar adições mentalmente, além de possibilitar o uso de diferentes estratégias

para solucionar os problemas matemáticos.

A metodologia constitui-se por construir um Quadrado Mágico 3x3 com os

números 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9. A soma das linhas, colunas e diagonais teria que

ser igual a 15. Assim, o aluno iria desenvolver estratégias matemáticas para resolver

o cálculo fazendo com que todos os resultados fossem iguais a 15. Todos os alunos

participaram ativamente do jogo, tanto, que este foi repetido várias vezes, durante o

primeiro horário a pedido do professor e dos alunos.

Figura 14- Quadrado mágico

Ex: 3 8 4

? ? ?

? ? ?

= 15

Fonte: Acervo da autora

Como foi solicitado pelo professor, para dar continuidade ao trabalho mais

ostensivo na Matemática também foi elaborado o jogo da geometria, visto que este

conteúdo já estava sendo abordado pelo professor em sala de aula. O jogo consistia

no aluno sortear alguma carta que continha características da forma de alguma

figura geométrica, o aluno tinha de falar o nome da figura geométrica

correspondente a cada característica. Vejamos um exemplo a baixo:

Figura 15- Esquematização do jogo

Características Figura geométrica

Sou uma figura geométrica plana.

Tenho quatro lados, porém não são iguais.

Tenho dois pares de lados iguais e paralelos

Possuo 4 ângulos retos

RETÂNGULO

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QUEM SOU EU?

A aceitação dos alunos destas atividades de matemática foi muito boa. O

professor gostou muito, relatou que eram inovadoras e adequadas para se trabalhar

a matemática com crianças, além do que, não fugiu da proposta de ensino baseada

no projeto “Brinquedos e brincadeiras”, visto que as atividades proporcionaram a

aprendizagem do raciocínio matemático de forma espontânea e lúdica.

Sobre essa forma de utilizar a matemática Kammi (1995, p. 45) afirma que:

Inovar o ensino da matemática geralmente relaciona-se com o desenvolvimento de novas metodologias de ensino que complementem o conteúdo trabalhado com o objetivo de desenvolver a autonomia dos alunos bem como seu conhecimento lógico matemático analisado dentro de uma visão interativa e autônoma, na formação de indivíduos autônomos, capazes de raciocinar de forma independente, participativo e criativo.

Para o segundo momento, havia sido planejada uma atividade de Língua

Portuguesa, no entanto, para realizar essa atividade foi oportunizado,

primeiramente, um momento lúdico, pois, a atividade abordava as cantigas de roda

presentes nas brincadeiras antigas e atuais. Antes de aplicá-la, foi questionado aos

alunos sobre quais cantigas de rodas eles conheciam e, em seguida, reservou-se

esse momento para que cantassem as cantigas de roda.

Por conseguinte, foi trabalhado uma atividade que estimularia a produção

textual dos alunos. A atividade consistia em realizar uma parodia da cantiga de roda

exemplificada no papel, só que mudando não só a letra da cantiga como também o

tema. Ao final, eles pesquisariam no dicionário o significado de palavras presentes

na letra original da cantiga que não conheciam.

Para isso, foi distribuído um dicionário para cada dupla. Posteriormente

responderiam algumas questões pessoais de cunho reflexivo sobre a letra original

da cantiga de roda. No entanto, como já estava no finalzinho da aula, essa atividade

impressa foi deixada para a próxima regência. Assim, no início do quarto dia de

regência (02 de outubro de 2015) aplicamos essa atividade. Segue abaixo a

presente atividade:

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Figura 16- Atividade sobre a cantiga de roda

Fonte: Acervo da autora

Figura 17- Realização da atividade

Fonte: Acervo da autora

Contudo, os alunos reclamaram bastante, diziam que não gostavam de

escrever, que não sabiam escrever “coisas bonitas”, e que por isso não iriam

conseguir realizar a atividade. Mas, após muito diálogo e mediação conseguiram

realizar a presente atividade.

No entanto, essa é uma questão que faz refletir sobre muitos déficits

presentes na formação dos alunos, pois, numa sociedade contemporânea cada vez

mais informacional, em que o ato de ler e escrever se configuram quase que como

condição sine qua non para se enfrentar os diversos desafios lançados frente a uma

cultura do letramento, a prática de ler e escrever deveria ser um hábito nos alunos,

especialmente na escola, que é um lugar preponderante para a leitura e escrita,

porém, infelizmente o que vi em nossa realidade educacional é o inverso disso.

Muito deve ser feito pelo professor para contribuir com seus alunos e que

estes possam se articular na escrita, tendo em vista que são alunos que estão

prestes a sair do ensino fundamental I para ir para o Ensino Fundamental II sem a

habilidade de produzir texto de ordem alguma. Isso é um problema sério. Se não

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houver nenhuma intervenção é muito provável que cheguem ao ensino médio sem

saber produzir nenhum parágrafo textual.

Nessa perspectiva, Soares (1999, p. 72) traz algumas alternativas para a

ação pedagógica do professor.

[...] para definir sua ação pedagógica na direção e orientação do desenvolvimento das habilidades textuais da criança, a professora precisa ter compreendido e assumindo uma concepção de língua como discurso, de língua escrita como atividade enunciativa, precisa ter clara noção do que é texto, do que é textualidade, do que é coerência, coesão, informatividade, precisa conhecer os princípios que regem as relações autor-leitor, autor-texto, leitor- texto, precisa dominar as características e peculiaridades dos diferentes gêneros de texto escrito, as exigências de diferentes portadores da escrita.

Essa é uma tarefa que demanda do professor, primeiramente a sensibilidade

de perceber essa necessidade em seus alunos, e, posteriormente, procurar

estratégias de ensino que ponham os alunos em contato direto com a linguagem

escrita. Fazê-los perceber que a escrita está presente em todos os espaços de sua

vida, na escola, em casa, na rua, entre outros, com a finalidade de contribuir para a

valorização da língua escrita como sendo parte de sua cultura.

No entanto, para isso o professor deve intervir, permitindo com que os

alunos comecem a enxergar essa prática de leitura e escrita, a considerando como

uma atividade prazerosa. Para isso, deve-se buscar metodologias de ensino que

estimulem a leitura e a escrita na sala de aula. Nessa perspectiva, os alunos se

familiarizariam com essa prática constante de leitura e escrita, deixariam de ter

aversão ao ato de ler e escrever, e, consequentemente, se tornariam pessoas que

dominariam a linguagem escrita com eficiência.

Prosseguindo, logo após o término da atividade, o professor pediu o restante

desse primeiro momento para fazer uma revisão de conteúdos com os alunos, pois a

outra semana seria só de avaliação, e assim foi feito. Só foi retomada as atividades

no segundo momento, após o intervalo. Para este momento, foi levada uma

atividade interdisciplinar que abordava a história, língua portuguesa e artes.

Essa atividade era baseada num texto que contava a história da pipa. O

enredo do texto falava da origem da pipa, sobre os diversos nomes que esta possui

pelos estados do país, quem a inventou e com qual finalidade, entre outros. Logo

após, os alunos responderam algumas questões interpretativas do texto. Ao final,

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depois da correção coletiva da atividade, foram formadas duplas; cada dupla ficou

com dois espetos de churrasco, papel crepom e barbante. Iriam confeccionar uma

pipa. Ao todo, foram confeccionadas nove pipas. Como não dava mais tempo de ir

para quadra brincar com as pipas, as guardamos dentro dos armários, para utilizar

na próxima aula.

No quinto dia de aula (9 de outubro de 2015), primeiramente, foi feito o

combinado de ir brincar de pipa na quadra de esportes apenas no segundo

momento da aula, quando o sol estaria mais frio e propicio para a brincadeira. Em

seguida, para abordar a disciplina de ciência no projeto, foi colocada em prática a

execução de um experimento científico que havia sido planejado para aula. Esse

experimento tratava do fenômeno da transpiração. Para isso, foram levantados

alguns questionamentos em sala para suscitar a discussão.

Para dar início ao experimento, primeiramente foi questionado o seguinte:

como vocês ficam após as brincadeiras de correr, pular, dançar, etc? Então,

responderam que ficavam muito cansados e suados. Adentrando mais no assunto

foi perguntado: Vocês ficam suados? Por que isso acontece? Será que isso só

acontece quando vocês estão em movimento ou também ocorre quando estão

parados? Todos começaram a dar sua hipótese para explicar esse fenômeno. Uns

diziam que a transpiração servia para “queimar” calorias, outros diziam que era para

beber água, outros ainda opinavam que era para se refrescar. Falavam que nós

suávamos apenas quando estávamos em movimento, andando ou correndo e

quando estávamos parados não suávamos, entre outras hipóteses. Assim, foi pedido

para que cada um anotasse no caderno a sua hipótese.

Posteriormente, foi explicitado o porquê que é importante suar. Sabemos

que suar é importante porque é pela transpiração que o corpo mantém a

temperatura adequada para o funcionamento do organismo.

Nesse período de tempo, foi entregue sacolas plásticas transparentes para

que eles colocassem na mão, e amarrassem com um elástico para não correr

nenhum ar por dentro. Enquanto isso, foi entregue uma folha impressa para uma

leitura que seria feita coletivamente. Essa leitura tratava da importância da

hidratação para a prática de atividade física. Logo após a leitura, observamos o que

havia acontecido com as sacolas. Todos começaram a descrever o que tinha

acontecido. Uns diziam que a sacola estava cheia de gotas de água, outros diziam

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que a sacola estava molhada etc. Assim, foi solicitado que eles anotassem em seu

caderno o que haviam percebido.

Em seguida, foi revelado como o conhecimento científico aborda esse

fenômeno, isto é, como a ciência explica o fenômeno da transpiração. Logo após

essa explanação, foi confirmado o fato de que nós suamos, não para perder calorias

ou apenas para beber água, suamos para manter a temperatura desejada para um

bom desempenho de nosso organismo e que por isso, estamos constantemente

suando, seja deitado, sentado ou parado. Sempre estamos suando. Aquelas gotas

de agua presentes nas sacolas, nada mais era do que a água evaporando de nosso

corpo, e como o plástico da sacola impedia sua evaporação ela se transformou no

seu estado físico liquido, finalizando assim o experimento.

Nesse contexto, foi aliada essa prática de ensino ao método de investigação,

método esse que corresponde a perspectiva construtivista de ensino, uma vez que

oportuniza as crianças a investigarem por si próprias o objeto de conhecimento

supracitado a fim de encontrar, através da experimentação, a resposta para sua

investigação, tornando-se assim coautores de sua aprendizagem com ajuda da

mediação do professor. Nesse sentido, Carvalho e Gil- Pérez (2011, p. 46) afirmam

que:

A partir daqui o contraste das hipóteses suporá o recurso sistemático a atividades características do trabalho cientifico, como elaboração de estratégias de resolução (incluídos os desenhos experimentais), a realização de experiências ou análise dos resultados obtidos. Esta análise dos resultados obtidos pelos alunos e/ou por outros grupos pode, sem dúvida, gerar conflitos cognoscitivos e conduzir à formulação de novas hipóteses que levam à (re) construção das concepções científicas.

Portanto, para transformar a aula em um ambiente de pesquisa e

experimentação cientifica é que foi elaborado tal experimento. Por fim, como

combinado, no segundo momento da aula fui para a quadra de esportes brincar com

as pipas que havíamos confeccionado na aula anterior. Foi um momento de muita

descontração e divertimento. Todos os alunos gostavam desse momento, inclusive

os professores e eu, que revivíamos sempre a nossa infância.

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Figura 18 - Início do experimento Figura 19 - Final do experimento

Fonte: Acervo da autora Fonte: Acervo da autora

Figura 20 - Texto utilizado durante experimento

Fonte: Acervo da autora

Já no sexto dia de regência (16 de outubro de 2015), ao chegar na escola,

fui informada que aquele seria o dia destinado para a festa em comemoração ao dia

da criança. E como fui orientada pela supervisora do estágio a participar de todos os

eventos da escola, assim, também ficamos na instituição para auxiliar os professores

durante a festa, em sua organização e realização das brincadeiras. Teve muita

música, presentes, algodão doce, pipoca, bolo, brincadeiras, tudo que as crianças

adoram. Logo após, as crianças retornaram para casa as 15:30h da tarde, assim

como os professores.

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Figura 21- Comemoração do dia da criança Figura 22 - Brincadeiras no pátio

Fonte: Acervo da autora Fonte: Acervo da autora

No sétimo dia de aula (23 de outubro de 2015) foi levado uma novidade para

sala. Minha colega de estágio e eu havíamos recebido a ajuda de um de nossos

professores da Universidade para desenvolver uma aula-passeio que encerraria com

“chave de ouro” nossas aulas na regência. Essa novidade consistia num passeio ao

Museu do brinquedo, localizado no bairro de Cidade Alta, dentro do Instituto Federal

do Rio Grande do Norte (IFRN), que disponibilizaria o transporte das crianças.

Quando informamos aos alunos sobre o passeio, logo ficaram muito felizes e

eufóricos. O professor informou que a escola não ofertava passeio fazia algum

tempo devido à falta de transporte, por isso, esse seria um grande “presente” dado

aos alunos.

Assim, tive que, desde já, fazer os devidos combinados sobre o trabalho que

seria feito naquele ambiente, aproveitar também para estabelecer algumas regras de

comportamento para o passeio. Também, foi providenciado um comunicado aos pais

e responsáveis, explicando como seria feito o passeio e quais seriam seus objetivos.

Neste mesmo comunicado, foi solicitado a assinatura dos responsáveis para indicar

se aprovavam ou não a participação de seus filhos. O passeio ocorreria na aula

posterior.

Contudo, para esta sétima aula foi levado um filme que apresentava diversas

brincadeiras antigas e da atualidade. O projeto de uma Associação cultural de Artes

chamada “Ponto Arte Garapa” criou o filme chamado “Na rua da Júlia” que consistia

na apresentação das diferentes brincadeiras e os diversos brinquedos de ontem e

hoje presentes no universo das crianças. Os meninos gostaram muito de assistir,

fizeram suas indagações quando tinham dúvida, afirmavam que desconheciam

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grande parte dos brinquedos que o filme apresentou, enfim, foi bem proveitoso esse

momento.

No entanto, sobre essas tecnologias disponibilizadas no ambiente escolar,

vale apena levar em consideração que, muitas vezes, a utilização desses recursos

tecnológicos de forma mal empregada poderia negar a tomada de consciência não

apenas dos alunos em sua aprendizagem, como também da práxis do professor,

como infelizmente ocorre em muitos casos.

Nesses episódios, o professor não pensa sua prática e utiliza desses

recursos como meros “passatempos” deixando de lado a perspectiva de práxis para

transformar o seu trabalho, única e exclusivamente em uma prática de ensino

mecânica. Para evitar tal perspectiva, o professor tem de pensar e repensar

tecnologias no ensino que contribuam no avanço da aprendizagem de seus alunos.

Para isso, têm que ser refletido o uso de tecnologias que possuam finalidade, isto é,

que deixa explícito quais os objetivos que fundamentam sua utilização, não dando

margem para a utilização desta sem devida intenção.

Assim, o professor tem que rever na sua metodologia de ensino tecnologias

que favoreçam a transformação do ambiente educativo, fazendo com que os alunos

percebam que a escola não é o único ambiente formal e legitimo de socialização.

Um filme também se caracteriza como uma destas tecnologias. Felizmente, cada

vez mais as escolas têm sido espaço de socialização que utilizam a tecnologia como

instrumento de pesquisa.

Pensando nisso, logo após o filme, os alunos foram dirigidos para o

computador. Para tanto, foram formados grupos de cinco componentes. Cada grupo

iria pesquisar algumas daquelas brincadeiras apresentadas no filme para que no

segundo momento expusessem como se dava a regra da brincadeira, e

conseguintemente, brincassem com o restante da turma. E assim foi feito após o

intervalo. Mais uma vez foi oportunizado momentos lúdicos do projeto, oferecendo

esse espaço para que os alunos se divertissem.

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Figura 23 - Apresentação do grupo

Fonte: Acervo da autora

Posteriormente, no oitavo dia de aula (30 de outubro de 2015) foi realizado a

aula a passeio no “Museu de brinquedos populares”. Quando eu cheguei lá, fui logo

atendida por um guia que nos levou até as salas de brinquedos, e deu sua palestra

explicando como se deu o surgimento de cada brinquedo, de que material eram

feitos, quem os utilizou no decorrer da história, entre outros. Foi um dia diferente,

proveitoso, de muitos questionamentos, e consequentemente de muitas

aprendizagens.

Assim, a educação não formal pode ser definida como a que proporciona a aprendizagem de conteúdos da escolarização formal em espaços como museus, centros de ciências, ou qualquer outro em que as atividades sejam desenvolvidas de forma bem direcionada, com um objetivo definido (1). Os museus e centros de ciências estimulam a curiosidade dos visitantes. Esses espaços oferecem a oportunidade de suprir, ao menos em parte, algumas das carências da escola como a falta de laboratórios, recursos audiovisuais, entre outros, conhecidos por estimular o aprendizado. (VIEIRA et al, 2005, p. 21).

Esta aula oportunizou que se instalasse nas crianças um sentimento de

responsabilidade perante aquele novo ambiente de aprendizagem; o dever de

prestar mais atenção nas explicações do guia, a oportunidade de manusear todos

aqueles objetos que haviam estudado em sala, tiveram a oportunidade de utilizar,

principalmente aqueles brinquedos mais antigos, usaram a criatividade nas

perguntas que faziam ao guia, mediante a curiosidade perante aquelas novidades,

entre outros. Essa aula não formal durou em média duas horas e meia.

Logo após o retorno para a escola, foi desenvolvida a atividade planejada

para aquele momento. A presente atividade de Língua Portuguesa consistia na

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produção textual do gênero “panfleto”. Esta seria a atividade que seria exposta no

pátio, encerrando assim a regência do estágio.

Tal atividade foi desenvolvida, considerando a necessidade de as crianças

usarem mais vezes a escrita, produzindo seu próprio texto. Como dito anteriormente,

acredito ser de suma importância o professor utilizar em sala de aula, atividades que

exercitem na criança sua escrita espontânea, que sejam capazes de elaborar o seu

discurso oral no papel, aperfeiçoando a sua habilidade de manejar a língua escrita,

pois eles já sabem escrever, mas precisam utilizar mais da palavra escrita para

expressar o seu próprio discurso e assim tocar os demais.

Sobre isso, Soares (1999, p. 62) afirma que:

A aprendizagem da língua escrita, na escola, torna-se, pois, a aprendizagem de ser sujeito capaz de assumir a sua própria palavra na interação com os interlocutores que reconhece e com que deseja interagir, para atingir os objetivos e satisfazer desejos e necessidades de comunicação.

Para essa produção, as crianças teriam que escrever o que viram no “Museu

de Brinquedos Popular”, expondo a aprendizagem adquirida naquele ambiente, suas

curiosidades e sentimentos perante aquele espaço. No entanto, também deveriam

fazer um resumo de tudo o que aprenderam no decorrer do projeto, e que

presenciaram no museu. Contudo, primeiramente, foi explicado como se daria a

atividade; discorreu-se sobre o que são os gêneros textuais, quais suas

características, dando exemplo de vários outros gêneros que circulam em seu

ambiente e que eles conhecem. Reforçamos principalmente quais eram as

características de um panfleto. Explicamos como se deve estruturar esse gênero,

apresentando suas peculiaridades e expondo um como exemplo.

Embora tenham criticado muito a atividade, dizendo que não eram capazes

de fazer, todos se esforçaram para realizar um bom trabalho. O resultado final disso,

foi de trabalhos maravilhosos, os alunos nos surpreenderam com tamanha

criatividade. Elaboraram panfletos belíssimos, com escrita coesa, informativa, de

acordo com a característica do gênero abordado, desenharam os brinquedos,

ilustraram as brincadeiras vivenciadas no decorrer do projeto, entre muitos outros.

Minha colega de estágio e eu, enquanto professoras em formação, ficamos muito

orgulhosas.

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Figura 24- Aula não formal no museu

Fonte: Acervo da autora

Figura 25- Panfleto confeccionado por aluno

Fonte: Acervo da autora

Já no nono dia de regência (03 de novembro de 2015), ao chegar na escola

fiquei sabendo que não haveria aula, pois, os professores haviam ido para uma

assembleia em prol de sua categoria, o que ocasionou o cancelamento das aulas.

Posteriormente, no décimo e último dia de regência (04 de novembro de 2015),

como prometido aos alunos, foi realizada a culminância do projeto.

Nesse dia, com a ajuda dos alunos, foi colhido todo o material produzido no

decorrer do projeto (brinquedos, atividades, fotos, etc.) e em seguida exposto no

pátio da escola. Também foi levado um bolo e salgados para comemorar este dia.

Foi um momento muito especial com risadas, lembranças dos momentos mais

importantes do estágio na escola e de despedida.

Para uma boa prática de ensino, é irrefutável que se demanda por parte dos

professores o paradigma da sensibilidade, quando falo de sensibilidade me refiro ao

ato de contribuir em suas aulas, para uma nova visão de mundo, oportunizando aos

alunos um novo modo de sentir a existência das coisas do mundo; com a

responsabilidade de assumir que o destino dessa experiência contribui para a

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abertura a outros mundos, outros saberes, outras crenças, outros valores e outras

atitudes.

Assim, para realizar uma prática de ensino fundamentada pela reflexão, pelo

pensar, é que estive sempre aberta aos diferentes saberes presentes na sala de

aula, pois, além de trabalhar com a diversidade de conteúdo, também me preocupei

em trabalhar com a diversidade, propriamente humana, utilizando na prática de uma

pedagogia que incorpore não apenas conteúdos, mas a dimensão do sentir, do

tocar, do compartilhar e do ser.

Esta experiência foi muito boa e ao meu ver exitosa, pois partilhei de meus

conhecimentos aos alunos, ao mesmo tempo em que também aprendi muito com

estes, pois “quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”

(FREIRE, 1996, p. 23). Assim, tenho apenas que agradecer a turma do 5º ano, ao

professor titular por estes momentos únicos, que farão parte de minha formação,

enquanto pedagoga, mas, principalmente enquanto pessoa.

Figura 26- Turma do 5º ano A

Fonte: Acervo da autora

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realização do presente trabalho colaborou para vincular pontes entre a

teoria e prática, no momento em que se vivencia diferentes atividades no ambiente

escolar que estão em consonância com o que se estuda ao longo da vida

acadêmica.

No entanto, o fazer pedagógico na sala de aula me possibilitou ir além

quanto a significação de conceitos presentes na teoria. Permitiu-me desenvolver, por

mim mesma, estratégias de ensino que correspondessem a demanda específica

daquela turma da qual eu era responsável. Nesse sentido, essa situação coloca o

estudante, no papel de professor, como autor consciente de seu trabalho. Esse tipo

de desafio colabora para a constituição de um profissional comprometido em educar,

transformando o universo do saber a partir do desenvolvimento de táticas de ensino

que serão imprescindíveis para a sua prática profissional.

As experiências obtidas através da regência também ocasionaram uma

reflexão maior sobre o papel do professor no que diz respeito a sua formação

humana. Essa dimensão humana presente na mediação do saber não pode ser

ofuscada pela natureza técnica da formação docente. Esse profissional da educação

não depende apenas de saber a técnica do saber, isto é, não devemos levar em

consideração o estágio como forma de nortear, única e exclusivamente a técnica

pedagógica, mas também oferecer o esvaziamento dos sentidos pré-estabelecidos

na sociedade produzindo nos alunos uma consciência de valores e atitudes perante

a vida.

Também é importante considerar na formação docente o ato de pesquisar

novos conhecimentos e estratégias de ensino significativas ao ensino-

aprendizagem. O professor é um profissional por excelência que utiliza da pesquisa

como pedra angular na sua prática, com a finalidade de possibilitar um constante

aprimoramento dos conhecimentos nas diversas áreas de sua atuação. Faço essa

ressalva pelo fato de muitas vezes, durante a regência, ter de separar um tempo

para pesquisar estratégias que fossem expressivas para o saber dos aprendizes, e o

resultado disso era uma aprendizagem mais dinâmica e significativa do

conhecimento.

Enfim, o estágio supervisionado é um período único de aprendizagens em

que o estudante começa a traçar metas para suas futuras práticas.

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REFERÊNCIAS

BRASIL, Ministério da Educação. Ampliação do Ensino Fundamental para nove anos. Disponível em portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/9anosgeral.pdf> Acesso em: 14 de fev. de 2016. CARVALHO, Anna M. Pessoa de; GIL-PEREZ, Daniel. Formação de professores de ciências: tendências e inovações. São Paulo: Cortez. 2011. ESTEBAN, Maria Teresa. Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. (Org.) Rio de Janeiro: DP&A, 1999. _______. O que sabe quem erra? Rio de Janeiro: DP&A, 2001. FARIAS, Maria S. Isabel de. ET al. Didática e docência: aprendendo a profissão. Brasília: Líber livro, 2009. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1996. HORN, Maria da Graça de Souza. Sabores, cores, sons, aromas: A organização dos espaços na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2004. KAMMI, C. Desvendando a aritmética: implicações na teoria de Piaget. Campinas –SP: Papirus, 1995. LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão Escolar: teoria e prática. Goiânia: Alternativa, 1994. MASETTO, Marcos T. Mediação Pedagógica e o uso da tecnologia (p.144-146). In: José Manuel. Novas tecnologias e mediação Pedagógica. Campinas: Papirus, 2000. PIMENTA, Selma Garrido. LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e Docência: Diferentes Concepções. Revista Poíesis -Volume 3, Números 3 e 4, pp.5-24, 2005/2006. SOARES, Magda. Aprender a escrever, ensinar a escrever. In: ZACCUR, Edwiges. (Org.). A magia da linguagem. Rio de Janeiro: DP & A/SEPE, 1999. VIEIRA, M. Valéria; BIANCONI, Lucia; DIAS, Monique. Espaços não formais de ensino e o currículo de ciências. Ciência e Cultura. São Paulo, v. 57. n.4, p.21-23, out/dez. 2005. ZABALA, Antoni. A prática educativa. Porto Alegre: Artmed, 1998. ZABALZA, Miguel, A. Qualidade em educação infantil. Porto Alegre: Artmed,1998

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ZITKOSKI, Jaime José. O diálogo em Freire: caminho para a humanização. In: Coletâneas do PPG/UFRGS, 2005.P.1-7.

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APÊNDICES

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ANEXO A - Plano de aula do 5º ano “A”

PLANEJAMENTO Sexta-feira 18/09/15

13h15min- ENTRADA/ÁGUA/BANHEIRO

13h30min- LÍNGUA PORTUGUESA: LEITURA INDIVIDUAL E COLETIVA DE TEXTO: “Leitura, escrita e reflexão”.

13h45min- DISCUSSÃO DO TEXTO

14h20min- LINGUA PORTUGUESA, GEOGRAFIA E HISTÓRIA EXERCÍCIO INTERPRETATIVO DO TEXTO ENTREGUE EM FOLHA

14h45min- CORREÇÃO COLETIVA DA ATIVIDADE

15h- INTERVALO

15h20min- HORA DA BRINCADEIRA

16h- PRODUÇÃO TEXTUAL ATIVIDADE- PRODUÇÃO DE TEXTO NARRATIVO DA BRINCADEIRA

16h45min- ATIVIDADE PARA CASA

17h- SAÍDA

ANEXO B - Plano de aula do 5º ano “A”

PLANEJAMENTO Sexta-feira 25/09/15

13h15min- ENTRADA/ÁGUA/BANHEIRO

13h30min- MATEMÁTICA E LINGUA PORTUGUESA ATIVIDADE DE MATEMÁTICA: ADIÇÃO DE NÚMEROS NATURAIS, CODIFICAÇÃO DE LETRAS EM NÚMEROS

14h- CORREÇÃO COLETIVA DA ATIVIDADE

14h20min- HISTÓRIA ATIVIDADE DE HISTÓRIA EM FOLHA

14h45min- CORREÇÃO COLETIVA DA ATIVIDADE

15h- INTERVALO

15h20min- SALA DE INFORMÁTICA EXIBIÇÃO DE SLIDES- BIOGRAFIA DOS AUTORES SANDRA GUINLE E IVAN CRUZ

15h45min- DISCUSSÃO DAS OBRAS DOS AUTORES

16h- HORA DA BRINCADEIRA

16h30min- EDUCAÇÃO FÍSICA

17h- SAÍDA

ANEXO C - Plano de aula do 5º ano “A”

PLANEJAMENTO Quinta-feira 01/10/15

13h15min- ENTRADA/ÁGUA/BANHEIRO

13h30min- MATEMÁTICA ATIVIDADE DE MATEMÁTICA- QUADRADO MÁGICO

14h- CORREÇÃO COLETIVA DA ATIVIDADE

14h20min- MATEMÁTICA JOGO DE MATEMÁTICA- FIGURAS GEOMÉTRICAS

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14h45min- CORREÇÃO COLETIVA DA ATIVIDADE

15h- INTERVALO

15h20min- LINGUA PORTUGUESA E HISTÓRIA AS CANTIGAS DE RODA ANTIGAS E ATUAIS

15h45min- PRODUÇÃO TEXTUAL PRODUÇÃO DE TEXTO- PARÓDIA DA CANTIGA DE RODA

16h- LINGUA PORTUGUESA ATIVIDADE DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL EM FOLHA

16h30min- HORA DA BRINCADEIRA

17h- SAÍDA

ANEXO D - Plano de aula do 5º ano “A”

PLANEJAMENTO Sexta-feira 02/10/15

13h15min- ENTRADA/ÁGUA/BANHEIRO

13h30min- HISTÓRIA LEITURA DE TEXTO

14h- ARTES CONFECÇÃO DE PIPA EM DUPLA

15h- INTERVALO

15h20min- HORA DA BRINCADEIRA

16h- EDUCAÇÃO FÍSICA

16h45min- ATIVIDADE PARA CASA EM FOLHA

17h- SAÍDA

ANEXO E - Plano de aula do 5º ano “A”

PLANEJAMENTO Sexta-feira 09/10/15

13h15min- ENTRADA/ÁGUA/BANHEIRO

13h30min- CIÊNCIAS EXPERIMENTAÇÃO CIENTÍFICA: O FENÔMENO DA TRANSPIRAÇÃO

14h-LEITURA LEITURA DE TEXTO- A IMPORTÂNCIA DA HIDRATACÃO DURANTE ATIVIDADE FÍSICA

14h15min- APLICAÇÃO DO EXPERIMENTO

14h30min- CONFIRMAÇÃO DE HIPOTESES

15h- INTERVALO

15h20min- HORA DA BRINCADEIRA

15h45min- EDUCAÇÃO FÍSICA

16h15min- GEOGRAFIA ATIVIDADE EM FOLHA

16h45min- CORREÇÃO DE ATIVIDADE

17h- SAÍDA

ANEXO F - Plano de aula do 5º ano “A”

PLANEJAMENTO Sexta-feira 23/10/15

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13h15min- ENTRADA/ÁGUA/BANHEIRO

13h30min- COMBINADOS PARA O PASSEIO

13h45min- ENTREGA DE AVISOS

14h- SALA DE INFORMÁTICA APRESENTAÇÃO DO FILME “NA RUA DA JÚLIA”.

14h40min- SALA DE INFORMÁTICA ATIVIDADE DE PESQUISA NO COMPUTADOR: BRINCADEIRAS ANTIGAS E ATUAIS

15h- INTERVALO

15h20min- DINÂMICA: APRESENTAÇÃO DOS GRUPOS

16h- HORA DA BRINCADEIRA

16h30min- EDUCAÇÃO FÍSICA

17h- SAÍDA

ANEXO G - Plano de aula do 5º ano “A”

PLANEJAMENTO Sexta-feira 30/10/15

13h15min- ENTRADA/ÁGUA/BANHEIRO

13h30min- SAÍDA PARA O MUSEU DOS BRINQUEDOS POPULARES

14h- PALESTRA DO GUIA NO MUSEU

14h45min- RETORNO PARA A ESCOLA

15h- INTERVALO

15h20min- LINGUA PORTUGUESA E PRODUÇÃO TEXTUAL GENEROS TEXTUAIS- PRODUÇÃO TEXTUAL DO GENERO PANFLETO

16h- APRESENTAÇÃO DOS PANFLETOS

16h20min- HORA DA BRINCADEIRA

17h- SAÍDA