universidade federal do mato grosso- texto complementar. (1)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA CURSO: EDUCAÇÃO FÍSICA/ 2º SEMESTRE Acadêmicos: Lais Franco, Marcos Antonio, Michelle Zilch, Milena Oliveira, Nayara Costa e Raissa Boeck Educação física escolar e filosofia: uma prática consciente Maria Bernadete Schreiber Evânea Joana Scopel Alexandro Andrade Questionamentos referentes ao seu papel na sociedade, qual seu objeto de estudo? O que é Educação Física e para quê? Tem servido como temas para discussões em debates, estudos, enfim, local onde haja pessoas interessadas no desenvolvimento da disciplina. Relegada a um segundo plano, a Educação Física praticada nas escolas carece de uma reflexão mais aprofundada. O professor tem geralmente sua atuação restrita a desenvolver a aptidão física dos alunos e a ensinar os fundamentos técnico-tático dos esportes (OLIVEIRA, 1986). É discutível o fato de tais atividades serem de responsabilidade do professor de Educação Física, entretanto, este profissional em sua ação pedagógica precisa encontrar caminhos que apontem a descoberta de valores mais amplos para serem inseridos no planejamento dos objetivos da Educação Física escolar. As contradições existentes no sistema educacional resultam em grande parte, devido ao distanciamento que há entre a teoria e a prática. Segundo Betti (1991) não há neutralidade no conteúdo da Educação Física, assim como de qualquer outra área. Ele é

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EDUCAÇÃO FÍSICA

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Page 1: Universidade Federal Do Mato Grosso- Texto Complementar. (1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMTCAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIACURSO: EDUCAÇÃO FÍSICA/ 2º SEMESTREAcadêmicos: Lais Franco, Marcos Antonio,

Michelle Zilch, Milena Oliveira, Nayara Costa e Raissa Boeck

Educação física escolar e filosofia:uma prática consciente

Maria Bernadete Schreiber

Evânea Joana ScopelAlexandro Andrade

Questionamentos referentes ao seu papel na sociedade, qual seu objeto de estudo? O que é Educação Física e para quê? Tem servido como temas para discussões em debates, estudos, enfim, local onde haja pessoas interessadas no desenvolvimento da disciplina.

Relegada a um segundo plano, a Educação Física praticada nas escolas carece de uma reflexão mais aprofundada. O professor tem geralmente sua atuação restrita a desenvolver a aptidão física dos alunos e a ensinar os fundamentos técnico-tático dos esportes (OLIVEIRA, 1986). É discutível o fato de tais atividades serem de responsabilidade do professor de Educação Física, entretanto, este profissional em sua ação pedagógica precisa encontrar caminhos que apontem a descoberta de valores mais amplos para serem inseridos no planejamento dos objetivos da Educação Física escolar. As contradições existentes no sistema educacional resultam em grande parte, devido ao distanciamento que há entre a teoria e a prática.

 Segundo Betti (1991) não há neutralidade no conteúdo da Educação Física, assim como de qualquer outra área. Ele é instrumento para a formação de um homem, com uma visão antecipada de qual homem se deseja formar. O conhecimento reflexivo e global sobre o saber prático do homem é encontrado na visão da Filosofia, pois a mesma busca a visão de totalidade.

Afirma Santin (1987, p.28) que:

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... a Educação Física terá maior identidade e maior autonomia quando se aproximar mais do homem e menos das antropologias; quando deixar de ser instrumento ou função para ser arte; quando se afastar da técnica e da mecânica e se desenvolver criticamente. A Educação Física deve ser gesto criador.

    Por intermédio de um maior comprometimento com a Filosofia, o professor em suas reflexões poderá reformular conceitos que podem orientar a conduta do seu aluno e interpretar melhor o que ele faz do seu corpo, de seus movimentos e das suas relações com o mundo (SANTIN, 1987). Consciente da importância da valorização do ser como um todo, respeitando os seus limites o professor poderá tornar a sua ação pedagógica mais humanizada e assumir a postura de quem está ciente do seu verdadeiro papel e função na sociedade.

É fato comum observarmos na prática a deficiência apresentada por diversos representantes da Educação Física ao serem questionados em relação às idéias e objetivos mais concretos com relação à disciplina em evidência. O mesmo desacerto se faz presente ao perceber que existe um grande distanciamento entre as disciplinas curriculares oferecidas na graduação e o que realmente necessitamos para um bom desenvolvimento do trabalho pedagógico. Grande parte dos currículos atuais encontra-se fragmentado e desarticulado das idéias sócio político-pedagógico. Nas faculdades de Educação Física o currículo deveria dar subsídios básicos ao futuro professor, tornando-o capaz de acompanhar as transformações da sociedade e do conhecimento científico pedagógico (OLIVEIRA, 1986).

    Para Ghiraldelli Júnior (1992, p. 23), as finalidades da Educação Física como componente curricular destaca o seguinte:

A Educação Física pode contribuir para a autodisciplina, fortalecer a saúde, desenvolver os valores estéticos, os valores cooperativos, o raciocínio e a presteza mental, sem esquecer que a ela cabe também o estudo da fisiologia, a anatomia, das técnicas, da história, etc. Enfim, ela compõe o conjunto das disciplinas escolares e cumprirá o seu papel quanto mais conseguir tornar-se Educação Física Escolar.

A formação de professores de Educação Física ainda tem sido centrada numa tradição cultural que preconiza a transmissão e aquisição de conhecimentos, que privilegia conteúdos esportivos, com ênfase em aspectos biológicos e neuro-comportamentais.

    Para Sonoo et al (2002, p. 18):

Com o passar dos anos, a partir da evolução das necessidades da sociedade e do próprio conhecimento veiculado na área, o espaço de intervenção deste profissional é

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ampliado. De fato, os profissionais desempenham suas funções formulando e implementando programas de intervenção que, tendo como base a atividade corporal, são altamente diferenciados em termos dos objetivos, clientela e meios.

    Cabe aos profissionais manifestar opinião com relação às urgentes mudanças que se fazem necessárias com relação ao currículo de Educação Física. Buscar uma formação pautada em qualidade, mais embasada filosoficamente visando atuar de forma mais reflexiva, capaz de acompanhar e sugerir mudanças que venham ao encontro ao crescimento de toda uma sociedade, evidenciando assim a valorização de toda a classe.

Segue logo abaixo o link do artigo completo no qual foram retirado esses trechos.

>>http://www.efdeportes.com/efd87/efe.htm