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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
MESTRADO PROFISSIONAL EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO DA
EDUCAÇÃO SUPERIOR
MARIA NAIRES ALVES DE SOUZA
USO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO ENSINO
SUPERIOR: SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO DE ATIVIDADES ACADÊMICAS
DA UFC
FORTALEZA
2013
MARIA NAIRES ALVES DE SOUZA
USO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO ENSINO
SUPERIOR: SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO DE ATIVIDADES ACADÊMICAS
DA UFC
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior. Área de concentração: Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior. Orientador: Prof. Dr. André Jalles Monteiro.
FORTALEZA
2013
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará Biblioteca de Ciências Humanas
S716u Souza, Maria Naires Alves de.
Uso da tecnologia da informação e comunicação no ensino superior: sistema integrado de gestão de atividades acadêmicas da UFC. / Maria Naires Alves de Souza. – 2013.
89 f.: il. color., enc.; 30 cm. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e
Pós-Graduação, Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior, Mestrado Profissional em Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior, Fortaleza, 2013.
Área de Concentração: Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior. Orientação: Prof. Dr. André Jalles Monteiro.
1. Sistemas de Informação. 2. Tecnologia da Informação e Comunicação. 3. Sistema
Integrado de Gestão Acadêmica. 4. Ensino Superior. 5. Universidade Federal do Ceará. 6. Professores Universitários – Fortaleza (CE). 7. Ensino Superior - efeito de inovações
tecnológicas. 8. Tecnologia Educacional. I. Título. CDD 370.733
MARIA NAIRES ALVES DE SOUZA
USO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO ENSINO
SUPERIOR: SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO DE ATIVIDADES ACADÊMICAS
DA UFC
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior do Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior.
Aprovada em: 19/12/2013.
BANCA EXAMINADORA
________________________________________
Prof. Dr. André Jalles Monteiro (Orientador)
Universidade Federal do Ceará (UFC)
_________________________________________
Profa. Dra. Maria do Socorro de Sousa Rodrigues
Universidade Federal do Ceará (UFC)
_________________________________________
Prof. Dr. Antonio Clecio Fontelles Thomaz
Universidade Estadual do Ceará (UECE)
A Deus.
Aos meus pais, Onécio e Maria Neuza
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, Onécio e Maria Neuza, pelo amor e apoio incondicionais.
Aos (às) meus (minhas) irmãos, irmãs, sobrinhos (as), simplesmente por
existirem.
Ao Prof. Dr. André Jalles Monteiro, pela excelente orientação.
Aos professores participantes da banca examinadora Antonio Clecio
Fontelles Thomaz e Maria do Socorro de Sousa Rodrigues, pelas valiosas
colaborações e sugestões.
Aos professores entrevistados, pelo tempo concedido nas entrevistas.
Aos colegas da turma de mestrado, pelas reflexões, críticas e sugestões.
Aos (às) amigos (as) da vida, pelo carinho e tolerância.
“Se a educação sozinha não pode
transformar a sociedade, tampouco sem
ela a sociedade muda [...]” (Paulo Freire)
RESUMO
Nos tempos atuais vivencia-se uma revolução da tecnologia, da comunicação e da
informação. Essa revolução tem afetado, além de outras esferas da vida social, a
educação, as instituições de ensino superior, a prática docente, a formação do
professor e consequentemente sua prática pedagógica em sala de aula, bem como
seu relacionamento com os discentes. O interesse por esta pesquisa surgiu em
decorrência de serem os docentes os profissionais que têm maior aproximação com
os discentes, cabendo a eles, dentre outras funções, transitarem pelo universo da
informação, transmitirem informação, possibilitarem o conhecimento e viabilizarem o
fluxo de informação e comunicação com seus discentes. Com este estudo objetiva-
se investigar o uso do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas-
SIGAA pelos docentes de graduação da UFC, mediante uma análise desse uso
entre as diversas unidades/subunidades acadêmicas da universidade. Trata-se de
uma pesquisa exploratória descritiva na qual os dados principais foram coletados no
banco de dados da instituição, seguidos por entrevistas abertas com os docentes
que mais usam o sistema SIGAA. Conforme verificado, o SIGAA detém precário uso
pelos docentes de graduação da UFC, e as postagens por parte dos docentes no
mencionado sistema, nos últimos três semestres letivos, têm apresentado uma
estabilidade de uso. Deste modo, alguma iniciativa deverá ser implementada pela
administração superior da universidade para uma efetiva ampliação da sua
utilização.
Palavras-chave: Sistemas de Informação. Tecnologia da Informação e
Comunicação. Sistema Integrado de Gestão Acadêmica.
ABSTRACT
Nowadays we are living a revolution in technology, communication and information.
This revolution has affected not only the social life, but also education, the institutes
of higher education, the way of teaching, teacher education and consequently his/her
own way of teaching in the classroom, and also his/her relationship with the students.
The interest in this research arouse from the point that professors are the
professionals that have more involvement with the students. Those are responsible
for the universe of information, share information, make the knowledge possible and
enable the flux of information and communication with his/her students. With this
study, we aim to investigate the use of Sistema Integrado de Gestão de Atividades
Acadêmica- SIGAA by professor of undergraduation courses at UFC (Universidade
Federal do Ceará), establishing an analysis of its use among the many units/subunits
of the university. This is a descriptive explanatory research in which the main data
were collected in the internal documents of this institution, followed by open
interviews made with some professors that frequently use the SIGAA system. As it
could be verified, the professors from the undergraduation courses of this institution
has little knowledge of how to manage SIGAA, although the number of posts made
by these professors on the last three semesters have been stable. So, an initiative
must be implemented by the administration personnel from UFC in order to maximize
the use of SIGAA among the undergradation professors.
Keywords: Information Systems. Communication and Information Technology.
Integrated System of Academic Management.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Etapas de geração do conhecimento nas organizações....................... 34
Figura 2 – Funções de um sistema de informação................................................. 36
Figura 3 – Rede de cooperação técnica: UFRN e Rede IFES e Rede Ciclo.......... 38
Figura 4 – Integração entre os sistemas de informação institucional..................... 39
Figura 5 – Módulos do SI3 - UFRN........................................................................ 40
Figura 6 – Módulos do SIGAA - UFRN................................................................... 42
Figura 7 – Módulos do SI3 - UFC........................................................................... 44
Figura 8 – Módulos do SIGAA - UFC..................................................................... 45
Figura 9 – Formato padrão do SIGAA.................................................................... 46
Figura 10 – Portal Docente....................................................................................... 47
Figura 11 – Tela inicial de disciplina......................................................................... 48
Figura 12 – Menu Turma Virtual............................................................................... 49
Quadro 1 – Frequência de uso do SIGAA pelos docentes da UFC......................... 72
Quadro 2 – Tipo de postagem no SIGAA realizado pelos docentes da UFC........... 72
Quadro 3 – Opinião dos docentes da UFC sobre o SIGAA..................................... 73
Quadro 4 – Subunidades e unidade acadêmicas da UFC que utilizam o SIGAA
com mais e menos frequência..............................................................
74
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Comparativo de postagens de arquivos entre as unidades
acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1............................................
51
Gráfico 2 – Postagens de arquivos do Centro de Ciências por subunidades
acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1..............................................
53
Gráfico 3 – Postagens de arquivos do Centro de Ciências Agrárias por
subunidades acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1........................
54
Gráfico 4 – Postagens de arquivos do Centro de Humanidades por
subunidades acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1........................
56
Gráfico 5 – Postagens de arquivos do Centro de Tecnologia por subunidades
acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1..............................................
57
Gráfico 6 – Postagens de arquivos da Faculdade de Direito por subunidades
acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1..............................................
58
Gráfico 7 – Postagens de arquivos da Faculdade de Economia, Administração,
Atuária e Contabilidade por subunidades acadêmicas da UFC –
2011.1 a 2013.1..................................................................................
59
Gráfico 8 – Postagens de arquivos da Faculdade de Educação por
subunidades acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1........................
60
Gráfico 9 – Postagens de arquivos da Faculdade de Farmácia, Odontologia e
Enfermagem por subunidades acadêmicas da UFC – 2011.1 a
2013.1.................................................................................................
61
Gráfico 10 – Postagens de arquivos da Faculdade de Medicina por subunidades
acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1..............................................
62
Gráfico 11 – Postagens de arquivos dos Institutos da UFC - 2011.1 a 2013.1....... 63
Gráfico 12 – Postagens de arquivos dos campi da UFC no interior do Estado do
Ceará – 2011.1 a 2013.1.....................................................................
64
Gráfico 13 – Percentual de turmas com postagens de tópicos de aulas - 2011.1 a
2013.1.................................................................................................
65
Gráfico 14 – Média das turmas com postagens de tópicos de aulas – 2011.1 a
2013.1.................................................................................................
66
Gráfico 15 – Percentual de turmas com postagens de arquivos – 2011.1 a
2013.1.................................................................................................
67
Gráfico 16 – Média das turmas com postagens de arquivos – 2011.1 a 2013.1..... 68
Gráfico 17 – Percentual de turmas com postagens de notícias - 2011.1 a 2013.1. 69
Gráfico 18 – Média das turmas com postagens de notícias – 2011.1 a 2013.1...... 70
Gráfico 19 – Relação entre a idade do docente e o número de arquivos postados
no SIGAA nos semestres de 2011.2 a 2013.1....................................
71
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Distribuição dos dados da graduação no SIGAA, por semestre e de
acordo com o número total de turmas, sem e com postagens de
tópicos de aula definidos. Fortaleza-CE, 2013......................................
65
Tabela 2 – Distribuição dos dados da graduação no SIGAA, por semestre e de
acordo com o número total de turmas, sem e com postagens de
arquivos. Fortaleza-CE, 2013................................................................
67
Tabela 3 – Distribuição dos dados da graduação no SIGAA, por semestre e de
acordo com o número total de turmas, sem e com postagens de
notícias. Fortaleza-CE, 2013.................................................................
69
Tabela 4 – Distribuição dos dados da graduação no SIGAA, por subunidades
acadêmicas, semestre e de acordo com o número total de turmas, e
com postagens de arquivos. Fortaleza-CE, 2013.................................
88
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABIN Agência Brasileira de Inteligência
CGU Controladoria Geral da União
CONAE Conferência Nacional de Educação
DPF Departamento de Polícia Federal
DPRF Departamento de Polícia Rodoviária Federal
FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
IES Instituições de Ensino Superior
IFAC Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre
IFAL Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas
IFPA Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará
IFPR Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná
IFRS Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do
Sul
LDBEN Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
MINC Ministério da Cultura
MJ Ministério da Justiça
MPOG Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
NPD Núcleo de Processamentos de Dados da UFC
ONU Organização das Nações Unidas
PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
SAD Sistema de Apoio à Decisão
SIE Sistema de Informação Executiva
SIG Sistema de Informação Gerencial
SIGAA Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas
SIGADMIM Sistema de Administração dos Sistemas
SIGED Sistema de Gestão Eletrônica de Documentos
SIGPP Sistema de Planejamento e Projetos
SIGPRH Sistema Integrado de Planejamento, Gestão e Recursos Humanos
SIPAC Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos
SNE Sistema Nacional de Educação
SPT Sistema de Processamento de Transações
STI Secretaria de Tecnologia da Informação da UFC
TI Tecnologia da Informação
TIC Tecnologia da Informação e Comunicação
UFBA Universidade Federal da Bahia
UFC Universidade Federal do Ceará
UFCA Universidade Federal do Cariri
UFERSA Universidade Federal Rural do Semi-Árido
UFMA Universidade Federal do Maranhão
UFOPA Universidade Federal do Oeste do Pará
UFPA Universidade Federal do Pará
UFPB Universidade Federal da Paraíba
UFPI Universidade Federal do Piauí
UFRA Universidade Federal Rural da Amazônia
UFRB Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro
UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte
UFRR Universidade Federal de Roraima
UFS Universidade Federal de Sergipe
UNIFEI Universidade Federal de Itajubá
UNILA Universidade Federal da Integração Latino-Americana
UNILAB Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................... 15
2 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO...................................... 21
2.1 Tecnologia da informação e comunicação no ensino superior..................... 24
3 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO............................................................................ 34
3.1 Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas ............................. 37
3.2 Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas na UFC............... 43
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS........................................................................... 51
4.1 Arquivos postados por unidades/subunidades acadêmicas – turmas de
graduação – 2011.1 a 2013.1.............................................................................
51
4.2 Postagens de tópicos de aulas......................................................................... 65
4.3 Postagens de arquivos diversos...................................................................... 67
4.4 Postagens de notícias........................................................................................ 69
4.5 Uso do SIGAA pelos docentes de graduação – por idade............................. 71
4.6 Docentes de graduação que individualmente mais fazem uso do SIGAA.... 71
4.7 Subunidades e unidade acadêmicas que utilizam o SIGAA com mais e
menos frequência..............................................................................................
74
5 CONCLUSÃO....................................................................................................... 76
REFERÊNCIAS.................................................................................................... 79
APÊNDICES......................................................................................................... 85
15
1 INTRODUÇÃO
Na sociedade da informação, ora vigente, a base do desenvolvimento do
processo de produção e, portanto, do progresso, é o conhecimento. Está alicerçada
num cenário essencialmente informático, onde os indivíduos percebem angústia
diante do impacto gerado pela velocidade da evolução tecnológica e a crescente
disponibilidade da informação. Neste cenário, as tecnologias formaram a base para
a “sociedade da informação”.
A sociedade do conhecimento traz em si um novo paradigma
socioeconômico, no qual o real valor dos produtos reside no conhecimento neles
embutido. Nesta perspectiva, a informação passa a ser o elemento propulsor desse
crescimento econômico nas organizações. Segundo Fidelis e Cândido (2006, p.
425), “a nova economia mundial, baseada na informação, requer das organizações
um conhecimento para coletar, trabalhar, interpretar e gerenciar este recurso”.
Pessoas e organizações usam informações todos os dias e estas são
utilizadas em quase todas as ocupações. Contudo, a “explosão” da informação
gerou obstáculos ao seu acesso, tais como: o custo elevado pela sua busca, o
imenso número de fontes de informação, o desconhecimento de novas ferramentas
informacionais e a falta de habilidade em lidar com tais ferramentas.
Apesar dos obstáculos, a tecnologia da informação com suas ferramentas
caracteriza-se como um fator facilitador para que o indivíduo transite melhor no
universo informacional. Trata-se de um instrumento capaz de proporcionar aos
usuários saber agir, integrar saberes múltiplos, saber aprender e ter melhor visão
estratégica. Logo, é mister aos indivíduos que fazem uso da informação e a
transmitem adquirirem competência com vistas a usá-la de forma eficiente e,
sobretudo a transformá-la em conhecimentos, conforme proposto:
É indiscutível o aumento da tecnologia da informação nas organizações, e esta pode ser uma força poderosa para mudar o modo como fazemos nosso trabalho. A tecnologia, incluindo computadores, redes de comunicação e softwares, tornou-se não apenas uma ferramenta para administrar a informação, mas também um setor vigoroso em si mesmo (DAVENPORT, 1998, p. 15).
A sociedade informacional é o ambiente promissor por onde trafegam as
ferramentas da tecnologia da informação. Da aliança entre informação e novas
tecnologias surgiu o capitalismo informacional. Este, para Castells (2008, p. 55), é
16
uma teoria que se observa na sociedade da virada do século XX para o século XXI,
e assinala uma nova realidade de práticas sociais geradas pelas transformações
decorrentes da “revolução tecnológica concentrada nas tecnologias de informação”.
Por se tratar de ambiente tão diferente e mutável, exige novas
habilidades, pois com a “explosão da informação” alteraram-se o conhecimento e as
aptidões que os profissionais precisarão desenvolver para conviver e produzir
positivamente.
No cenário da informação, com tantas mudanças de paradigmas, Lojkine
(1995, p. 11) assim se pronuncia sobre revolução.
Este fim de século acena com uma mutação revolucionária para toda a humanidade, só comparável à invenção da ferramenta e da escrita e que ultrapassa largamente a da revolução industrial [...]. A revolução informacional está em seus primórdios e é primeiramente uma revolução tecnológica [...]. A transferência para as máquinas de um novo tipo de funções cerebrais abstratas encontra-se no cerne da Revolução.
O desenvolvimento social do homem confunde-se com as tecnologias
implementadas e agregadas no decorrer do tempo. Todavia, neste contexto, o
desenvolvimento não se restringe apenas ao uso de equipamentos e produtos, mas
participa diretamente de mudanças de comportamentos.
Consoante evidenciado, as novas tecnologias estão cada vez mais
presentes no nosso cotidiano. Isso porque o avanço tecnológico é cada vez mais
imprescindível para o crescimento da humanidade. Nos tempos atuais vivencia-se
uma revolução da tecnologia, da comunicação e da informação. Essa revolução tem
afetado, além de outras esferas da vida social, a educação, as Instituições de Ensino
Superior (IES), a prática docente, a formação do professor e consequentemente sua
prática pedagógica em sala de aula bem como seu relacionamento com os
discentes.
Na educação, as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs)
favorecem novas formas e espaços de acesso à informação, de produção e ampliação
de conhecimento. “A escola não pode ignorar o que se passa no mundo. Ora, as novas
tecnologias da informação e da comunicação (TIC ou NTIC) transformam
espetacularmente não só nossas maneiras de comunicar, mas também de trabalhar, de
decidir, de pensar” (PERRENOUD, 2000, p. 125).
17
Faz-se necessário conhecer o percurso e o contexto das transformações
tecnológicas na educação superior, num âmbito maior, para analisar as
repercussões na prática docente e a qualidade de serviços nas IES.
O Brasil depara-se, portanto, com desafios. É preciso não apenas
expandir as oportunidades de acesso às suas universidades como também zelar
pela qualidade do ensino praticado por todas as Instituições de Ensino Superior.
Para Rocha Neto e Lima, as universidades modernas têm como característica
importante um bom sistema de informações que registre, como um todo, todas as
atividades acadêmicas. “O sistema de informação acadêmico, ou simplesmente
sistema acadêmico, é a base para uma boa gestão da universidade como um todo”
(ROCHA NETO; LIMA, 2009, p. 1).
Em âmbito local, o Sistema Integrado de Gestão de Atividades
Acadêmicas é a ferramenta de tecnologia da informação que a UFC disponibiliza
para sua comunidade acadêmica e no qual os procedimentos da área acadêmica
são informatizados através de módulos, dentre os quais o módulo de registro e
relatórios da produção acadêmica dos docentes. O SIGAA entrou em produção em
2007, tendo sido desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Foi adquirido pela UFC por meio de convênio de cooperação técnica em 2009.
Através deste sistema os docentes acessam recursos e informações relativas à vida
acadêmica e pode utilizá-lo para postar conteúdos de aula, divulgar notícias e avisos
sobre as aulas, registrar a frequência das turmas, agendar avaliações, dentre outras
funções. Também é por meio do SIGAA que os estudantes têm acesso aos recursos
e informações sobre suas vidas acadêmicas na universidade e interagem com os
professores.
A disposição por estudar esse tema adveio a partir das percepções e
assimilações quanto à importância que a tecnologia da informação e comunicação
com suas ferramentas poderá ter em relação às habilidades que os docentes
precisam ter ou desenvolver para transformarem suas práticas docentes de forma a
torná-las mais eficazes. O interesse por esta pesquisa surgiu em decorrência de
serem os docentes os profissionais que têm maior aproximação com os discentes,
cabendo a eles, dentre outras funções, transitarem pelo universo da informação,
transmitirem informação, possibilitarem conhecimento e criarem estratégias de
busca capazes de viabilizar o fluxo de informação e comunicação com seus
discentes. Consoante se observa, boa parte dos estudantes possui domínio das
18
novas tecnologias da informação e comunicação. Por conseguinte, é imprescindível
os docentes também a possuírem.
Desta forma, pergunta-se: Que uso os docentes da Universidade Federal
do Ceará fazem dos recursos do Sistema Integrado de Gestão de Atividades
Acadêmicas?
Com este estudo objetiva-se investigar o uso do Sistema Integrado de
Gestão de Atividades Acadêmica pelos docentes de graduação da UFC,
estabelecendo uma análise do uso entre as diversas unidades/subunidades
acadêmicas da universidade como instrumento de comunicação entre docentes e
discentes, tendo em vista o controle e o armazenamento de dados referentes ao
universo de desempenho do docente e discente. Especificamente buscar-se-á:
a) Apresentar o panorama de utilização da ferramenta SIGAA pelos
docentes da UFC nos semestre letivos 2011.1; 2011.2; 2012.1; 2012.2
e 2013.1;
b) Descrever como os docentes lidam com o SIGAA e como este colabora
na execução das suas ações.
A atuação dos docentes é de grande relevância para a interface entre a
informação e os discentes na produção do conhecimento; seu desempenho é
fundamental no contexto da informação educacional, porquanto está envolvido em
todos os segmentos desse ciclo, desde a geração até o uso. É, pois, necessário
haver profunda interlocução entre os sujeitos envolvidos no processo de geração,
tratamento, disseminação, recuperação e uso das fontes informacionais, sejam elas
analógicas (papel) ou digitais.
Ademais, o estudo deste objeto poderá contribuir para a melhoria da
qualidade de formação dos profissionais que lidam com o ensino de graduação,
sobretudo os docentes, dada a importância dessa área profissional e por ser esta
interface docência versus tecnologia da informação, até então, pouco explorada por
parte dos pesquisadores.
Como referido, o delineamento da pesquisa, aqui tratada, possui
abordagem exploratória e descritiva. Segundo Gil (2010, p. 27), a “pesquisa
exploratória tem como objetivo proporcionar uma maior familiaridade com o
problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses”. Já para
Cervo, Bervian e Da Silva (2007, p. 61), uma pesquisa descritiva “é aquela que
19
observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem
manipulá-los”. Quanto ao método de abordagem, deu-se pelo procedimento de
métodos mistos, ou seja, pesquisa qualitativa e quantitativa. Ainda no referente ao
método, utilizou-se a “estratégia explanatória sequencial que é caracterizada pela
coleta e análise de dados quantitativos, seguida pela coleta e análise de dados
qualitativos. Os dois métodos são integrados durante a fase de interpretação dos
dados” (CRESWELL, 2007, p. 217). O universo da pesquisa foram todos os
docentes de graduação da UFC, cadastrados no SIGAA, vinculados a alguma turma,
e que fizeram ou não uso do módulo Portal docente nos semestres letivos entre
2011.1 a 2013.1.
Empreendeu-se uma pesquisa no banco de dados da instituição UFC,
onde se procurou identificar dentro do módulo Portal docente do sistema SIGAA
atividades como: arquivos postados, postagem de tópicos de aulas, notícias e
arquivos diversos.
Também se buscou, por meio da entrevista aberta, compreender como os
professores que usam com maior frequência o SIGAA o utilizam e lidam com ele. Os
docentes entrevistados foram o professor MV, do Departamento de Engenharia
Mecânica e de Produção; o professor JC e o professor RE, do Departamento de
Ciências do Solo; e o professor JF, do Departamento de Computação. Com esse
grupo de docentes aplicaram-se as questões referentes à frequência de uso do
SIGAA, ao tipo de postagem que costumam empreender no sistema e à opinião
deles sobre as funcionalidades oferecidas pelo SIGAA.
Ainda foram entrevistados os chefes das subunidades acadêmicas cujos
docentes se destacam no uso do SIGAA. As subunidades em discussão foram o
Departamento de Contabilidade e o Departamento de Engenharia Mecânica e de
Produção. Além disso, o diretor da Faculdade da Medicina também foi entrevistado
em virtude da citada unidade acadêmica deter os docentes que menos usam o
sistema SIGAA. Para esse grupo de entrevistados abordaram-se questões sobre o
conhecimento do uso ou não uso do sistema SIGAA e sobre a existência de alguma
campanha para o uso do referido sistema. Esses docentes foram selecionados com
base na listagem de docentes e unidades/subunidades acadêmicas com maior
atividade de uso do sistema SIGAA. Essa forma de entrevista, segundo Gil (2009, p.
64), “é aquela que questões e sequências são predeterminadas, mas os
entrevistados podem responder livremente”.
20
Quanto à estrutura de elaboração desta pesquisa, adotou-se o seguinte
critério: o primeiro capítulo, a introdução, apresenta a proposição do tema com seus
objetivos, justificativa, percurso metodológico e estrutura; o segundo capítulo expõe
alguns pressupostos teóricos, como tecnologia da informação e comunicação,
tecnologia da informação e comunicação no ensino superior, sistemas de
informação e Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmica; o terceiro
apresenta a análise dos dados com suas características; e o quarto traz a
conclusão. Complementarmente, vêm as referências e apêndices.
21
2 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
Por tecnologia da informação e comunicação entende-se um conjunto de
recursos tecnológicos que poderão ser utilizados de forma integrada na indústria, no
comércio e serviços e na educação. Esses recursos tecnológicos possibilitaram
rapidez e difusão em rede1 dos conteúdos de comunicação.
Especificamente sobre tecnologia da informação, Laudon e Laudon (2011,
p.410), as define como todas as “tecnologias de hardware e software de que uma
empresa precisa para atingir seus objetivos organizacionais”.
Para Rezende e Abreu (2011), TI são recursos tecnológicos e
computacionais para geração e uso da informação e que possuem por
componentes: hardware e seus dispositivos periféricos, software e seus recursos,
sistemas de telecomunicações e gestão de dados e informações.
Dentre as tecnologias da comunicação, Castells (2008, p.67) inclui o
“conjunto convergente de tecnologias em microeletrônica, computação (software e
hardware), telecomunicações/radiodifusão, e optoeletrônica”. Segundo esse mesmo
autor, as tecnologias da informação começaram a remodelar a base material da
sociedade em ritmo acelerado, provocando assim uma “revolução tecnológica”. Em
corroboração a esse pensamento, Lojkine (1995) afirma que a revolução
informacional é primeiramente uma revolução tecnológica.
Na ótica de Osz e Fodor (2013), os últimos séculos foram caracterizados
pelo fato de que serem dominados pela indústria e invenção técnica. Enquanto o
século 18 foi dominado pela revolução industrial e sistemas mecânicos, o século 19
o foi pela máquina a vapor e tecnologias mecanizadas nos domicílios e o 20
caracteriza-se pela acumulação, processamento e difusão da informação
relacionada com o desenvolvimento das tecnologias da informação. Já o século 21 é
destinado ao desenvolvimento da robótica no cotidiano do homem, mas, de agora
em diante, não é possível caracterizar, porque o desenvolvimento se manifesta em
alta velocidade.
A tecnologia da informação possui determinadas funções. Entre estas,
segundo Beal (2008), incluem-se monitorar, integrar, otimizar e reduzir custos. Já
para Barros (2006), facilitar a guarda e a recuperação de dados/informações,
1 Rede – Ligação entre dois ou mais computadores, para compartilhamento de dados ou recursos
(LAUDON; LAUDON, 2011).
22
agregar e inter-relacionar dados/informações e minimizar o tempo de resposta do
subsistema de controle estão nas funções da TI.
As tecnologias de informação e comunicação e seus avanços têm sido
responsáveis pelas mudanças nos formatos pelos quais a informação é produzida e
disseminada. Os indivíduos decidem com base em informações. De acordo com
Bethlem (2005, p. 10), “as informações são a matéria-prima do processo decisório e
elas são captadas no mundo exterior e interior da empresa e no interior e exterior
dos indivíduos”.
Nesse contexto, conforme preceituam Tarapanoff, Araújo Junior e Cornier
(2000, p. 93), a “sociedade da informação é também conhecida como era digital e
está diretamente ligada à qualidade da infraestrutura de telecomunicações do país”.
Com o advento das TICs, a busca pela informação foi facilitada. Com
essas tecnologias, surgiram novas práticas sociais de comunicação e interação.
Como exemplo, menciona-se a comunicação online ou virtual, caracterizada pela
velocidade na distribuição da informação em tempo real. “Viver na sociedade da
informação significa conviver com abundância e diversidade de informação, e a
tecnologia é o instrumento que facilita o acesso a esse universo informacional amplo
e complexo, bem como a seu uso” (CAMPELLO, 2009, p. 13).
Tecnologia é poder. Grandes potências mundiais, sejam nações ou
corporações, gastam parte dos seus orçamentos com pesquisas sobre inovações
tecnológicas que lhes garantam algum tipo de supremacia sobre os demais. Para
Davenport (1998, p. 25), a “TI com certeza tornou muito mais fácil o acesso a
numerosos tipos de informação; novas tecnologias para comunicação em grande
largura de banda, administração orientada a objetos e multimídia, ampliam o
ambiente informacional de todos”.
Consoante divulgado, a tecnologia é generalizada, e revolucionou a
sociedade talvez até mais do que a imprensa fez em sua época. As maneiras pelas
quais nos comunicamos, realizamos negócios, aprendemos, viajamos, e até mesmo
jogamos são afetadas pela tecnologia. Assim, o uso de ferramentas de TIC e redes
digitais para o desenvolvimento de serviços baseados na web implicam uma série de
transformações organizacionais e habilidades para todos os atores envolvidos
(ARDUINI; DENNI; LUCCHESE; NURRA; ZANFEI, 2013).
Nessa nova era da tecnologia da informação, novos termos têm sido
empregados como ciberespaço e cibercultura. Ciberespaço seria o novo meio de
23
comunicação oriundo da interconexão mundial dos computadores. Trata não apenas
da infraestrutura material da comunicação digital, mas também do universo oceânico
de informações que ela abriga, como também dos seres humanos que navegam e
alimentam esse universo. Já cibercultura é o conjunto de técnicas (materiais e
intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se
desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço (LÉVY, 1999).
Inegavelmente, as TICs proporcionam diversos modos de comunicação e
de interação. Levy (1999) enumera algumas dessas possibilidades, como o acesso a
distância aos diversos recursos de um computador, o correio eletrônico; as
conferências eletrônicas; bases de dados, alimentadas por coletivos de pessoas
interessadas pelo mesmo assunto (groupware); comunicação através de mundos
virtuais compartilhados, facilidade na “navegação eletrônica”.
O ser humano é invariavelmente um ser social e cultural, e a construção
de significados vai sendo definida por meio das suas relações sociais. Segundo
Kenski (2007), em suas convivências cotidianas, hoje surge de maneira decisiva a
linguagem digital expressa por meio das TICs. Com a nova forma de expressão
trazida pelas TICs, promoveram-se mudanças radicais nas formas de acesso à
informação e à cultura. O poder advindo desse novo tipo de linguagem digital,
baseado no acesso a computadores e internet, com diversas possibilidades de
convergência e sinergia entre as mais variadas aplicações dessas mídias, acarretou
mudanças sobre a construção do conhecimento, valores e atitudes.
Informação é a essência da sociedade informacional e está-se diante do
paradoxo da grande quantidade de informação à qual se tem acesso e daquelas que
servem para as tomadas de decisão. Neste prisma, a adoção das TICs está
associada a uma série de mudanças organizacionais dentro de um departamento
(organização), incluindo expansão de pessoal (apoio técnico), treinamento avançado
e requisitos educacionais (SERI; ZANFEI, 2013).
No desenvolvimento de organizações e nações, a tecnologia ocupa
espaço de destaque. Consoante Ahmed e Riozuan (2012), a importância da
tecnologia para o desenvolvimento econômico tem sido reconhecida, especialmente,
em relação às TICs que oferecem potencial para aumentar a disponibilidade das
informações.
Atualmente as tecnologias da informação estão presentes em diversas
partes da sociedade, inclusive na educação. As salas de aula incorporaram
24
ferramentas que propiciam ao docente gerir suas atividades, como também facilitar o
intercâmbio com os discentes. Por sua relevância, discute-se na seção a seguir os
diversos aspectos das TICs no ensino superior.
2.1 Tecnologia da informação e comunicação no ensino superior
Educação e conhecimento são itens essenciais para o desenvolvimento
social e econômico das nações. Considera-se a educação o elemento-chave na
edificação de uma sociedade baseada na informação, no conhecimento e no
aprendizado. Pensar a educação na sociedade da informação exige levar em conta
um leque de aspectos relativos às tecnologias de informação e comunicação, a
começar pelo papel que elas desempenham na construção de uma sociedade na
qual a inclusão e a justiça social constituem prioridade.
Consoante a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL,
1996), em seu artigo 43, uma das finalidades da educação superior é incentivar o
trabalho de pesquisa e investigação científica, com vistas ao desenvolvimento da
ciência e da tecnologia e criação e difusão da cultura e, desse modo, ampliar o
entendimento do homem e do meio onde vive.
De acordo com o Livro Verde do Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação (BRASIL, 2000), em seu relatório, o primeiro e talvez mais fundamental
impacto de tecnologias de informação e comunicação na educação foi ocasionado
pelo advento de computadores e sua fenomenal multiplicação nas capacidades de
processamento numérico (exemplo: previsão meteorológica) e de processamento
simbólico/lógico (exemplos: editoração de texto, sistemas especialistas). Em
seguida, uma terceira capacidade, a de comunicação, veio amplificar o impacto de
computadores em duas vertentes, a saber:
a) A interação multimídia e a instrumentação de dispositivos físicos,
abrindo possibilidades para interação via imagens, sons, controle e
comando de ações concretas no mundo real, etc.;
b) A interligação de computadores e pessoas em locais distantes, abrindo
novas possibilidades de relação espaço-temporal entre educadores e
educandos.
25
Conforme consta no documento final da Conferência Nacional de
Educação (2010), o Sistema Nacional de Educação deverá prover tecnologias
educacionais e recursos pedagógicos apropriados ao processo de aprendizagem.
Portanto, a instituição universitária, ao associar ensino e pesquisa,
contribui de maneira robusta e definitiva para a afirmação das identidades culturais,
para a formação do capital humano e para o desenvolvimento das suas riquezas
materiais. Segundo Dias Sobrinho (2004, p. 704), “a educação superior tem sido
considerada uma instituição que produz conhecimentos e forma cidadãos para as
práticas da vida social e econômica, em benefício da construção de nações livres e
desenvolvidas”.
Em relação à qualidade do ensino e às mudanças esperadas, diante das
alterações no perfil dos alunos e das mudanças de paradgmas no ensino e
aprendizagem, é mister os professores ocuparem-se das inovações tecnológicas.
Nesta ótica, Ekizoglu, Tezer e Bozer (2010) apresentam os padrões de desempenho
para professores em face das TICs listados pela Sociedade Internacional de
Tecnologia em Educação como:
a) Professores usam o seu conhecimento do assunto, no ensino e
aprendizagem, e tecnologia para facilitar experiências em que o
aprendizado do aluno seja enriqueçido em criatividade e inovação,
tanto face a face quanto em ambientes virtuais;
b) Professores buscam desenvolver e avaliar experiências de
aprendizagem autênticas e avaliações que incorporam ferramentas
contemporâneas e recursos para maximizar o conteúdo de
aprendizagem em contexto e desenvolver o conhecimento, as
habilidades e atitudes identificadas nas redes;
c) Professores apresentam conhecimentos, habilidades e processos de
trabalho representativos de um profissional inovador em um sistema
global e da sociedade digital;
d) Professores entendem as questões e responsabilidades da sociedade
local e global em uma cultura digital em evolução e apresentam um
comportamento legal e ético em suas práticas profissionais;
e) Professores melhoraram continuamente sua prática profissional,
procuram um modelo de aprendizagem ao longo da vida, buscam
liderança na escola e comunidade profissional, promovendo e
26
demonstrando o uso efetivo da tecnologia digital, ferramentas e
recursos.
Em seu relatório de 2001, o Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas, apresenta importantes dados
sobre o desenvolvimento tecnológico no Brasil e nas IES brasileiras. Como já
afirmava, as tecnologias de informação e comunicação implicam inovações na
microelectrônica, na informática (hardware e software), nas telecomunicações e na
optoelectrônica, microprocessadores, semicondutores e fibras ópticas. Estas
inovações permitem o processamento e armazenamento de enormes quantidades
de informação, juntamente com a rápida distribuição da informação por meio de
redes de comunicação. Indivíduos, famílias e organizações estão ligados pelo
processamento e execução de elevado número de instruções, em períodos de
tempo imperceptíveis. Isto altera radicalmente o acesso à informação e a estrutura
da comunicação – estendendo o alcance da rede a todos os cantos do mundo
(ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 2001).
Anteriormente ao relatório da ONU, o Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação publicou o Livro Verde, em 2000, o qual evidenciava a preocupação por
parte do governo com a era da informação e conhecimento. Este livro contemplava
um conjunto de ações para impulsionar a sociedade da informação no Brasil em
todos os seus aspectos: ampliação do acesso, meios de conectividade, formação de
recursos humanos, incentivo à pesquisa e desenvolvimento, comércio eletrônico,
desenvolvimento de novas aplicações (BRASIL, 2000).
Poder, conhecimento e tecnologia estão conectados e presentes nas
relações da sociedade. “A educação também é um mecanismo poderoso de articulação
das relações de poder, conhecimento e tecnologias” (KENSKI, 2007, p. 18).
Como é possível perceber, a mudança de paradigma na educação está em
andamento e as tecnologias poderão ser usadas como facilitadores do processo
educacional. A mídia interativa requer uma aprendizagem com abordagens ativas,
mas, antes de ser usada para facilitar a aprendizagem, exige primeiramente o domínio
da própria ferramenta. Portanto, os docentes precisam desenvolver habilidades no
uso de aplicações eletrônicas que podem ser empregadas em empreendimentos
educacionais (CURRAN, 2008).
27
Mesmo após o início do movimento tecnológico nas IES brasileiras, para
muitos professores universitários, as TICs ainda são estranhas na sala de aula e em
seu relacionamento com os alunos. No entanto, várias experiências utilizando
recursos de multimídia aplicados ao ensino [...] vêm sendo efetuadas tanto no Brasil
como no exterior, até porque as novas tecnologias de informação e comunicação
têm o potencial de gerar uma nova forma de aprendizagem, introduzindo uma nova
dimensão ao ensino em que a assimilação de conceito poderá ser mais eficiente
(ASSIS; BITTENCOURT; NORONHA, 2013).
De modo geral, a tecnologia está presente em todos os espaços da
sociedade, e a academia não é exceção. Mas a despeito da crescente demanda por
tecnologia, técnicas e conteúdos de informática no currículo, parte do corpo docente
caminha em ritmo lento diante deste desafio educacional. Dessa forma, os alunos
estão ultrapassando os professores no uso de sistemas eletrônicos em rede
(CURRAN, 2008).
Urge superar tal desafio, sobretudo porque, atualmente, as IES
dependem das tecnologias da informação. O acesso ao aluno, registros, estatísticas
de matrículas, bases de dados de pesquisa, e-mail, lista de discussão e sala de aula
multimídia são atividades diárias nessas instituições. Muitas universidades
disponibilizam educação à distância como opção de tecnologias para atender às
necessidades dos alunos no referente à conveniência e disparidade geográfica
(BRONNSON; HARRIMAN, 2000).
A tecnologia pode ser uma importante estratégia para melhorar a
eficiência de uma instituição de ensino. Mediante o poder do computador, pode
tornar a vida menos estressante e mais produtiva. Há uma série de programas de
software que os novos professores precisam conhecer para colaborar na eficiência
do ensino, pesquisa, bolsa de estudos e de serviços (GONYEAU, 2009).
De acordo com Kizilkaya e Usluel (2007), as tecnologias da informação e
comunicação na integração de processos do ensino-aprendizagem contribuem em
especial com a aprendizagem, pois os alunos possuem capacidade de raciocínio
para interagir com elas. Durante o processo de aprendizagem, as TICs poderão
ajudar o professor. Para tanto, eles devem tomar conhecimento do potencial das
TICs, escolher métodos adaptáveis consoante a necessidade dos alunos. Ademais,
é importante ser capaz de lidar com a resolução de problemas no suporte de
tecnologia da aprendizagem.
28
A habilidade em localizar, gerenciar e utilizar informações de forma eficaz
para uma variedade de propósitos é o que Bruce (2003) conceitua de literacia da
informação. Na concepção de literacia baseada na tecnologia da informação, diz-se
tratar da utilização da tecnologia da informação para recuperação da informação e
comunicação. Um dos principais papéis da tecnologia é fazer com que a informação
se torne acessível.
Consoante ressalta Grant (2004), as tecnologias da informação têm o
potencial de afetar substancialmente o modo como os professores ensinam e os
alunos aprendem.
As TICs, especialmente a televisão e o computador, movimentaram a
educação. Assim, a tecnologia tornou-se essencial para a educação, e a maioria das
tecnologias são usadas como auxiliares no processo educativo. Sem dúvida, as
novas TICs trouxeram mudanças consideráveis para a educação, novas
possiblidades para que os atores dessa área possam se relacionar melhor.
Já não se trata apenas de um novo recurso a ser incorporado à sala de aula, mas de uma verdadeira transformação, que transcende até mesmo os espaços físicos em que ocorre a educação. A dinâmica e a infinita capacidade de estruturação das redes colocam todos os participantes de um momento educacional em conexão, aprendendo juntos, discutindo em condições de igualdade de condições, e isso é revolucionário (KENSKI, 2007, p. 47).
Diante desta realidade, os profissionais precisam atualizar seus
conhecimentos e competências periodicamente a fim de manter qualidade em seus
desempenhos profissionais. Novos atributos, advindos das novas tecnologias,
reconfiguram espaço e tempo do saber em novos e diferenciados caminhos. No
ponto de vista de Lévy (1999), estamos vivendo a abertura de um novo espaço de
comunicação.
A presença das TICs no cenário educacional tem sido abordada por
percepções múltiplas. Estas variam da alternativa de ultrapassagem dos limites
postos pelas “velhas tecnologias”, representadas pelo quadro e materiais impressos,
à resposta para os mais diversos problemas educacionais ou até mesmo para as
questões socioeconômico-políticas (BARRETO, 2004).
Com a diversificação das TICs ampliam-se também as possibilidades de uso
destas na educação, permitindo novos significados no ensino e na aprendizagem. De
acordo com Feldkercher (2012), as TICs trazem em si novas exigências ao trabalho do
29
docente, como: conhecer tecnologias, identificar possibilidades e limites do uso de cada
tecnologia, desenvolver novas tecnologias para o processo de ensino, aprendizagem,
dentre outras.
No processo de globalização, dominante no mundo, está implicada a
revolução científico-tecnológica, cujos reflexos são sentidos nos contextos das salas
de aula. Na nova ordem mundial, em razão deste processo de globalização, novas
configurações marcam a educação em geral, as políticas educacionais, a escola e o
trabalho docente (MOREIRA; KRAMER, 2007). Ainda segundo os mesmos autores,
o conhecimento escolar apropriado é o que possibilita ao estudante tanto um bom
desempenho no mundo imediato quanto à análise e a transcendência do seu
universo cultural. Para isso, há de se valorizar, acolher e criticar as vozes e as
experiências dos alunos.
No âmbito de uma política nacional de formação e valorização dos
profissionais do magistério, é imprescindível a garantia do desenvolvimento de
competências e habilidades para o uso das TICs na formação inicial e continuada
dos (das) profissionais da educação, na perspectiva de transformação da prática
pedagógica e da ampliação do capital cultural dos (das) professores (ras) e
estudantes (CONFERÊNCIA NACIONAL EDUCAÇÃO, 2010).
Como evidenciado, no Documento-Referência da CONAE, há
considerações a respeito da importância da ampliação da chamada educação
tecnológica, sobretudo no incentivo à presença dos laboratórios de informática nas
escolas, pesquisas on-line e intercâmbios científicos e tecnológicos, nacional e
internacional, entre instituições de ensino, pesquisa e extensão. Entretanto, observa-
se a inexistência de uma reflexão mais profunda sobre a forma como as novas TICs
determinam os rumos dos atuais processos de ensino e aprendizagem. Contudo, a
ênfase sobre os aspectos técnicos envolvidos no uso dos instrumentais listados no
documento não pode ser tratada de forma absoluta a ponto de ofuscar a necessária
discussão sobre o papel da tecnologia como processo social que reconfigura as
características identitárias dos agentes educacionais (ZUIN, 2010).
De acordo com pesquisas, um fator crucial a influenciar a adoção das
novas tecnologias pelos professores é a quantidade e qualidade da tecnologia de
serviços, o que inclui as experiências nos programas de formação de professores
(AGYEI; VOOGT, 2011). Infelizmente, as tecnologias seguem sendo subutilizadas
por parcela dos professores e há diversas razões para tanto. Uma série de fatores
30
têm sido identificados para explicar por que alguns professores não se sentem
preparados para usar a tecnologia em sala de aula, incluindo insuficiente acesso à
tecnologia (TONDEUR, 2012), a falta de tempo (WEPNER; ZIOMEK; TAO, 2003) e a
falta de habilidades tecnológicas (TEO, 2009).
Há muitos recursos tecnológicos disponíveis para auxílio dos docentes
em suas atividades cotidianas. Nesse aspecto, a tecnologia poderá ser um poderoso
aliado para melhorar a eficiência numa instituição de ensino; inclusive com o uso do
computador poderá tornar a vida do estudante menos estressante e produtiva. Para
Gonyeau (2009), dentre as diversas atividades com o uso de tecnologias,
sobressaem algumas, como:
a) Uso rotineiro de programas como o Microsoft Powerpoint para ajudar
na divulgação de informações durante uma apresentação em sala de
aula;
b) Uso de plataforma de ensino com base na Web2 como Blacboard e
Wbct;
c) Utilização de audiências em sala de aula para aumentar a participação
ativa e o envolvimento dos estudantes;
d) Disponibilização de apostilas com acompanhamento de áudio e vídeo
através de programas como webcats3 e podcats4;
e) Compartilhamento de documento de armazenamento organizacional
disponibilizado em um único local integrado onde professores e alunos
podem colaborar de forma eficiente;
f) Programa multiusuário como programas servidor-cliente Sharepoint ou
Lotus Note que permite a gestão e acesso em tempo real;
g) Utilização de banco de dados.
Nos últimos dez anos verifica-se uma corrida no intuito de democratizar a
tecnologia no ensino superior. Há muita discussão sobre a integração da tecnologia
entre os docentes de todas as disciplinas neste nível de ensino. Historicamente, a
2 De acordo com Stair e Reynolds (2011, p. 590), Web é “[...] uma plataforma computacional que dá
suporte e aplicações de software e o compartilhamento de informações entre os usuários”. 3 Webcast é a transmissão de áudio e vídeo utilizando a tecnologia streaming media. Pode ser
utilizada por meio da internet ou redes corporativas ou intranet para distribuição deste tipo de conteúdo (WIKIPÉDIA: a enciclopédia livre, 2013). 4 Podcast – “Método de transmissão de áudio via internet em que os usuários assinantes podem
baixar arquivos de áudio para seus computadores pessoais” (LAUDON; LAUDON, 2011, p. 405).
31
primeira definição oficial de alfabetização de tecnologia vem do Departamento de
Educação dos EUA, assim expressa: “É a capacidade de usar computadores e
outras tecnologias para melhorar o aprendizado, produtividade e desempenho
[tecnologia alfabetização] e tornou-se tão fundamental para a capacidade de uma
pessoa para navegar pela sociedade como habilidades tradicionais, como leitura,
escrita, e aritmética” (GEOGINA; OLSON, 2008, p. 5). No entanto, o Departamento
de Educação não sugere orientações sobre como usar o computador e outras
tecnologias para garantir os níveis competentes de alfabetização tecnológica.
De acordo com Shackelford, Brown e Warner (2004), alfabetização
tecnológica significa que um indivíduo deve ter a capacidade de “projetar,
desenvolver, controlar, usar e avaliar os sistemas e processos tecnológicos”. É
evidente o movimento em direção à integração da tecnologia. O novo objetivo no
ensino superior agora parece ser a criação de uma universidade onde o professorado
possua alfabetização tecnológica. Portanto, a maneira pela qual o treinamento em
tecnologia é realizado pode ser muito importante. Tecnologia sozinha não faz nada
para melhorar a pedagogia; a integração bem- sucedida é tudo sobre as maneiras
pelas quais as ferramentas tecnológicas são usadas e integradas pelo ensino. Isto,
naturalmente, significa que os docentes devem ser treinados para o uso das
ferramentas e não apenas ter acesso e que as ferramentas de integração dos novos
softwares façam parte de um interativo da estratégia ensino-aprendizagem.
Com o advento da internet e seu uso intensivo em todo o mundo, as
definições conduzem ao processo de aprendizagem, como resultado do emprego de
um meio, isto é, na maioria dos casos, a internet. Contudo, a utilização eficaz da
tecnologia na educação não é instantânea e deve levar em conta que é mister usá-lo
com planejamento cuidadoso, design, reflexão e testes (CASANOVA; MOREIRA;
COSTA, 2011).
Na educação o termo qualidade é um conceito orientado para o cliente.
Ao se referir à qualidade do ensino é preciso responder às percepções das partes
interessadas.
As escolas e outras instâncias educativas não incorporam tecnologia quando adquirem equipamentos, incorporam tecnologias quando os equipamentos fazem parte de um conjunto de ações humanas nas quais os sujeitos, de fato, se relacionam com eles de forma que possam utilizá-los, idealizá-los ou concebê-los, construindo, modificando e manipulando esses objetos, descobrindo e imaginando formas de uso (MIRANDA, 2009, p. 1).
32
Membros do corpo docente são os principais integrantes das
universidades públicas e privadas e, mediante aceitação e utilização das TICs,
podem ajudar o ensino superior a se expandir consideravelmente. Ao mesmo tempo,
os membros do corpo docente, como pessoas-chave para melhorar e aumentar a
qualidade da educação, são fortemente dependentes de recursos eletrônicos para
acessar as informações necessárias e para se manterem atualizados em suas áreas
de atuação (FAGHIHARAM et al., 2012).
Hoje, as TICs são desenvolvidas com intensa velocidade em todo o
mundo e milhões de pessoas estão interagindo umas com as outras graças ao
avanço da tecnologia da informação. Além disso, a produtividade de muitas
atividades ampliou-se efetivamente após os avanços na tecnologia da informação, o
crescimento do computador e o desenvolvimento da internet. Como observado, a
utilização das TICs parece imprescindível nas universidades, em virtude,
sobremodo, de algumas razões. Em primeiro lugar, as TICs são essenciais para um
melhor ensino por professores e mais aprendizagem pelos alunos, como
representação através de PowerPoint. Em segundo lugar, os membros do corpo
docente e alunos têm urgente necessidade de um sistema de TIC, especialmente da
internet, com vistas a permutar ideias científicas e receber ou enviar suas produções
científicas. Em terceiro lugar, são úteis para salvar e manter os registros dos
membros do corpo docente, dos alunos e garantir fácil acesso a esses registros.
Inúmeras transformações estão em curso no cenário mundial, provocando
mudanças no perfil da sociedade e suas organizações. Nesse prisma, as IES
sofreram significativas alterações nos processos de gerenciamento das suas
informações.
Dentre os instrumentos que auxiliam essas instituições a manterem-se eficientes na gestão de seus processos internos, neste ambiente completamente instável, destacam-se os modernos e sofisticados sistemas de informações (SI). Sua plena aplicação e utilização devem-se, principalmente, ao fato de serem capazes de fornecer dados, informações e conhecimentos que contribuem e sustentam o processo de tomada de decisão. A necessidade que as instituições de ensino superior têm de utilizar este tipo de tecnologia decorre, na sua essência, da grande quantidade de informações que devem ser acessadas, coletadas, filtradas, processadas e analisadas pelos gestores (SENGER; BRITO, 2005, p. 15).
Evidentemente, as IES vivenciam um momento de mudança de
paradigmas e seu corpo docente precisa estar capacitado no manuseio das TICs
33
para poder adentrar e dominar os modernos sistemas de informação que
impreterivelmente estarão nos sistemas das melhores universidades.
As tecnologias, juntamente com as pessoas para movimentá-las e
gerenciá-las, representam recursos e integram a infraestrutura de tecnologia da
informação que provê a plataforma sobre a qual a empresa ou organização pode
montar seus sistemas de informação. Essa temática poderá ser verificada na seção
a seguir.
34
3 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
As tecnologias da informação transformam recursos de dados em produtos
de informação, os quais podem ser organizados e gerenciados dentro de um sistema.
Detentor de ampla utilização, o termo “sistema” indica um grupo de elementos inter-
relacionados que trabalham em busca de uma meta comum, formando um todo
organizado. Informação é o resultado de dados relacionados e contextualizados.
Para armazenamento e recuperação de uma grande gama de
informações, as empresas foram impelidas a organizarem seus dados
sistematizados em grandes repositórios ou bancos de dados. Como afirma Bio
(2008, p. 143), sistema de informação “é uma coleção de arquivos estruturados, não
redundantes e inter-relacionados, que proporciona uma fonte única de dados para
uma variedade de aplicações”.
Conforme Senger e Brito (2005), um sistema de informação pode ser
compreendido como um conjunto de componentes inter-relacionados que possibilita
a coleta (ou recuperação), o processamento, a armazenagem e a distribuição das
informações para suportar o planejamento, o controle, a coordenação e a tomada de
decisões nas organizações.
Os sistemas de informação manipulam dados, geram informação a partir
da utilização ou não de tecnologia da informação. Dado é um registro isolado, ou,
ainda, são observações sobre o mundo, facilmente estruturados. Já a informação é
o resultado da correlação ou organização dos dados (TJADEN, 1996). Por sua vez,
o conhecimento é a informação eficaz, valiosa, focalizada em resultados, incluindo
reflexão, e é de difícil estruturação (VALENTIM et al., 2003).
Como exposto, o processo de desenvolvimento de dados em
conhecimentos dá-se em etapas (Figura 1).
Figura 1 – Etapas de geração do conhecimento nas organizações
2
1 Registros não mensurados.
2 Registros correlacionados, agregados e consolidados.
Fonte: Adaptado de Tjaden (1996).
Dado
Informação
Conhecimento
1
2
35
Para as organizações, conhecimento é componente importante à tomada
de decisão. A transformação dos dados em informação é um processo. Nas palavras
de Stair e Reynolds (2010, p. 5), “conhecimento é a consciência e a compreensão
de um conjunto de informações e os modos como essas informações podem ser
úteis para apoiar uma tarefa específica ou para chegar a uma decisão”.
Consoante O’Brien (2004, p. 6), um sistema de informação “é um conjunto
de pessoas, hardware, software, redes de comunicação e recursos de dados que
coleta, transforma e dissemina informações em uma organização”.
Segundo Laudon e Laudon (2011), sistemas de informação é um conjunto
de componentes inter-relacionados trabalhando juntos para coletar, recuperar,
processar, armazenar e distribuir informações com o fim de facilitar o planejamento,
controle, coordenação, análise e decisão das organizações.
Ainda para Bio (2008), um SI é uma rede de subsistemas. Nele, cada qual
se decompõe em procedimentos que coletam dados, processam, produzem e
distribuem as informações.
O valor de um SI consiste em sua capacidade de organizar as
informações com a finalidade de prover as organizações para suas tomadas de
decisão em razão dos seus objetivos. “Um sistema de informação (SI) é um conjunto
de componentes inter-relacionados que coleta, manipula, armazena e dissemina
dados e informações e fornece um mecanismo de realimentação para atingir um
objetivo” (STAIR; REYNOLDS, 2010, p.3).
Há diversos tipos de sistemas de informação bem como diferentes formas
de classificar esses sistemas. Audy, Andrade e Cidral (2005) citam os seguintes
sistemas de informação: sistema de processamento de transações, sistemas de
informação gerencial, sistema de apoio à decisão, sistema de informação executiva,
sistemas de informação como suporte à integração entre processos de negócio e
funções empresarias, sistemas de informação como suporte ao processo decisório e
sistemas de informação como elemento estratégico para a organização empresarial.
Quanto ao objetivo geral de um SI, seria o de disponibilizar as
informações necessárias para a organização de forma a que sirvam de suporte tanto
ao controle e à integração dos processos de negócio e funções organizacionais,
quanto ao processo decisório nos diversos níveis organizacionais e também como
suporte a estratégias competitivas, propiciando a obtenção de vantagens
competitivas (AUDY; ANDRADE; CIDRAL, 2005).
36
Entre as funções de um sistema de informações (Figura 2), incluem-se a
coleta, o processamento, o armazenamento, a distribuição e retroalimentação ou
feedback dos dados. “Os dados ao serem relacionados e contextualizados pelos
usuários, proporcionarão as informações necessárias para a organização” (AUDY;
ANDRADE; CIDRAL, 2005, p. 111).
Figura 2 – Funções de um sistema de informação
Retroalimentação
Fonte: Adaptado de Laudon e Laudon (2011).
Os sistemas de informação apresentam características distintas. “Vários
sistemas podem compartilhar o mesmo ambiente; alguns deles podem ser
conectados entre si por meio de uma fronteira compartilhada ou interface” (O’BRIEN,
2004, p. 10).
Um SI bem estruturado oferece vantagens diversas às organizações,
como otimização do fluxo informacional, integridade e veracidade de informações e
mais segurança no acesso à informação.
Como observado, as IES utilizam sistema de gerenciamento acadêmico.
Este sistema promove o gerenciamento de aspectos institucionais, e também dispõe
de um conjunto de ferramentas de apoio ao ensino presencial. Como ferramentas de
apoio ao ensino, permitem que o docente possa aperfeiçoar a comunicação com sua
turma, organizar suas aulas, fornecer material de apoio on-line, dentre outras
atividades.
Um dos tipos de sistemas de informação de grande relevância para as
IES são os sistemas de gestão acadêmica, conforme exposto em seguida.
Entrada
Processar Classificar Organizar Calcular
Saída
37
3.1 Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas
Por sistemas de gestão acadêmica entendem-se sistemas de informação
essenciais para o gerenciamento das atividades acadêmicas, pois permitem o
controle de informações dentro das instituições, e consolidam informações
relevantes para elas como dados sobre matrículas, frequência, evasão, etc.
Sistema de gestão acadêmica é uma plataforma geralmente desenvolvida
em ambiente web para atender às necessidades de gestão e planejamento de uma
instituição de ensino, seja esta pública ou privada, mediante otimização dos recursos
físicos, humanos, materiais e financeiros (ZIUKOSKI, 2010).
Originalmente, o SI3 (Sistema Integrado de Informações Institucionais) foi
desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte com a finalidade de
integrar sistemas institucionais de órgãos públicos federais (UNIVERSIDADE
FEDERAL DO CEARÁ, 2010). Do SI3 faz parte o Sistema Integrado de Gestão de
Atividades Acadêmicas.
Integrante do SI3, o SIGAA foi desenvolvido pela Universidade Federal do
Rio Grande do Norte, que transfere o sistema para outras IES através da rede de
cooperação técnica (Figura 3). Consoante o Decreto presidencial nº 6.619/2008, que
regulamenta a cooperação técnica, o termo de cooperação consiste no instrumento
por meio do qual é ajustada a transferência de crédito de órgão da administração
pública federal direta, autarquia, fundação pública, ou empresa estatal dependente,
para outro órgão ou entidade federal da mesma natureza (BRASIL, 2008).
O decreto regulamenta os convênios, contratos de repasse e termos de
cooperação celebrados pelos órgãos e entidades da administração pública federal
com órgãos ou entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos, para a execução de
programas, projetos e atividades de interesse recíproco que envolva a transferência
de recursos oriundos do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social da União.
38
Figura 3 – Rede de cooperação técnica: UFRN e Rede IFES e Rede Ciclo
Fonte: http://www.info.ufrn.br/html/conteudo/cooperacoes/ - 2013
Em 2009, a UFRN, firmou termos de cooperação técnica na área de TI com
instituições federais de ensino superior (Universidade Federal do Ceará, Universidade
Federal Rural do Semi-Árido, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Acre, Universidade Federal da Bahia, Universidade Federal do Maranhão, Universidade
Federal do Sergipe, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Universidade
Federal Rural da Amazônia, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia
Afro-Brasileira, Universidade Federal da Integração Latino-Americana, Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará, Universidade Federal do Piauí,
Universidade Federal da Paraíba, Universidade Federal de Roraima, Universidade
Federal do Pará, Universidade Federal do Oeste do Pará, Universidade Federal de
Itajubá, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de Alagoas, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná)
e outras instituições do governo (Departamento de Polícia Federal; Departamento de
Polícia Rodoviária Federal; Ministério da Cultura; Ministério da Justiça; Agência
Brasileira de Inteligência; Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação; Controladoria Geral da União), formando o
39
G11. A rede de cooperações técnicas institucionais promove uma rede de colaboração
entre as instituições e uma maior interoperabilidade com os sistemas do governo. Tais
termos permitiram a transferência tecnológica da UFRN para as instituições
cooperadas. De acordo com os termos firmados, as solicitações de aprimoramentos e
sugestões para os sistemas são contempladas com uma restrição, qual seja, se o
benefício solicitado for para apenas uma das partes, essa deverá desenvolver
internamente. O projeto de cooperação consiste em implantar os sistemas existentes na
Universidade Federal do Rio Grande do Norte em outras instituições. São estes os
sistemas em discussão: sistemas das áreas administrativas (SIPAC), recursos
humanos (SIGPRH) e acadêmica (SIGAA). (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
GRANDE DO NORTE, 2013).
Ademais, o Sistema Integrado de Informações Institucionais ainda
promove integração entre as áreas fim e meio das IES (Figura 4).
Figura 4 – Integração entre os sistemas de informação institucional
Fonte: http://www.info.ufrn.br/html/conteudo/diretorias/img/sistemas_diagramaMaior.jpg - 2013
No referente à missão da UFRN, o Sistema Integrado de Informações
Institucionais faz a integração dos sistemas de gestão acadêmica das áreas fim e
40
meio da instituição (Figura 4). Trata-se de um repositório de informações para a
gestão acadêmica da instituição, principalmente em relação à atividade fim da
universidade, o ensino.
O Sistema Integrado de Informação Institucional – SI3 (Figura 5)
compreende:
Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas;
Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos;
Sistema Integrado de Planejamento, Gestão e Recursos Humanos;
Sistema de Planejamento e Projetos;
Sistema de Gestão Eletrônica de Documentos;
Sistema de Administração dos Sistemas.
Figura 5 – Módulos5 do SI3 – UFRN
Fonte: https://www.sigaa.ufrn.br/sigaa/verTelaLogin.do - 2013
5 Na programação, um módulo é uma parte de um programa de computador. Das várias tarefas a
serem desenvolvidas por um programa para executar a sua função ou alvos, um módulo geralmente executa uma dessas tarefas [...]. [...] Particularmente no caso de programação, os módulos são geralmente [...] organizados hierarquicamente em níveis, de modo que existe um módulo principal que é adequado para ligar os módulos de nível mais baixo (WIKIPEDIA: la enciclopédia libre, 2013).
41
Em 2003, a UFRN iniciou um projeto denominado “base de dados
integradas” com o propósito de construir um único banco de dados que integrasse a
área acadêmica, administrativa e de recursos humanos, servindo como repositório de
informação para a sua comunidade acadêmica. Com a evolução desse projeto surgiu
o SIGAA, que entrou em produção para os cursos de graduação em agosto de 2007 e
para os de pós-gradução em meados de 2008 (ROCHA NETO; LIMA, 2009).
Segundo Rocha Neto e Lima (2009), os pré-requisitos são:
Qualquer pessoa da comunidade universitária (professores, alunos e
técnicos) deverá utilizar a mesma identificação (login) e senha para
todos os sistemas;
Todos os sistemas devem ser em página web e utilizar o mesmo padrão
visual (componentes de interface) para que o usuário tenha a sensação
de que sempre está utilizando o mesmo modelo de navegação;
Através de um único login qualquer pessoa poderá ter acesso a
qualquer informação armazenada na base de dados única que esteja
relacionada ao seu perfil.
Como referido, o SIGAA tem suas aplicações baseadas em tecnologia
JAVA; usa-se arquitetura de software baseada em componentes; a auditoria dos
aplicativos é obtida através de Log de atuação de banco de dados e de navegação
na web, a conexão com os sistemas é criptografada com o uso de Secure Socket
Layer. (LIMA; ROCHA NETO, 2007).
O SIGAA deu início à sua produção com alguns módulos (Figura 6) e
continua em expansão diante das necessidades de novos módulos e processos.
Informatizam os procedimentos da área acadêmica através dos módulos de
graduação, pós-graduação (stricto e lato sensu), submissão e controle de projetos e
bolsistas de pesquisa, submissão e controle de ações de extensão, submissão e
controle dos projetos de ensino (monitoria), registro e relatórios da produção
acadêmica dos docentes, atividades de ensino a distância e em ambiente virtual de
aprendizado. Disponibilizam portais específicos para reitoria, professores, alunos,
tutores de ensino a distância, coordenações lato e stricto sensu e comissões de
avaliação (institucional e docente) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
DO NORTE, 2013).
42
Figura 6 – Módulos do SIGAA – UFRN
Fonte: http://www.info.ufrn.br/wikisistemas/doku.php?id=suporte:sigaa:visao_geral – 2013.
Ainda como referido, o SIGAA traz um conjunto de unidades e serviços
para a comunidade acadêmica, com o propósito de diminuir o tempo de operação das
atividades mediante automação de atividades acadêmicas, entre estas, unifica os
processos intrínsecos às atividades de ensino, pesquisa e extensão, além de outras
atividades acadêmicas.
É através deste sistema que os docentes terão acesso a todos os
recursos e informações relacionadas à vida acadêmica. Por exemplo, o
acompanhamento de notas e frequências nos componentes matriculados; também
poderá interagir com professores e outros alunos da turma, imprimir declarações de
vínculo relacionadas ao curso e também receber comunicados da coordenação do
curso. Ademais, é possível ver cursos e seus currículos e obter documentos
assinados digitalmente pelo sistema (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
DO NORTE, 2013).
O Portal do Docente reúne informações relativas aos docentes nas suas
atividades acadêmicas, sejam elas de ensino, de pesquisa, de extensão ou de
monitoria. Além disso, também permite que o docente cadastre informações relativas
à sua produção intelectual; gerencie suas turmas através do AVA Turma Virtual;
acesse aos portais os quais tem acesso (Coordenador de Lato Sensu, Coordenador
de Stricto Sensu etc.); acesse seu porta-arquivos, inscreva-se para fiscalizar
43
vestibular e solicite compra de livros à biblioteca. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO
RIO GRANDE DO NORTE, 2013).
Assim, os docentes poderão usar o sistema para disponibilizar materiais
empregados ou não em sala de aula, apresentar planejamento de aula a ser
divulgado, divulgar notícias e avisos sobre as aulas, registrar frequência de aula,
agendar avaliações programadas para o semestre, divulgar as notas dos alunos,
dentre outras funcionalidades.
3.2 Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas na UFC
O Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas na UFC
compõe o Sistema Integrado de Informações Institucionais, SI3, gerenciado pela
Secretaria de Tecnologia da Informação (Figura 8). Em substituição ao Núcleo de
Processamento de Dados foi criada a Secretaria de Tecnologia da Informação por
meio da Resolução nº 23 do Conselho Universitário em 2010 (UNIVERSIDADE
FEDERAL DO CEARÁ, 2010a).
Para atender às realidades da UFC, incluindo suas diferenças de gestão e
regimentais em relação à criadora do SI3, UFRN, a Secretaria de Tecnologia da
Informação vem promovendo diversas alterações e melhoras no sistema. Na UFC, a
utilização do SIGAA iniciou-se em agosto de 2010 no nível de ensino de pós-
graduação (stricto sensu). Para o nível de ensino da graduação presencial começou
em 2011 (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, 2010b).
Na UFC o sistema SI3 (Figura 7) compreende:
Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas;
Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos;
Sistema Integrado de Planejamento, Gestão e Recursos Humanos;
Sistema de Administração dos Sistemas.
44
Figura 7 – Módulos do SI3-UFC
Fonte: http://www.si3.ufc.br/sigaa
O SIGAA, primeiro dos sistemas SI3 a ser implantado na UFC, seguiu,
primeiramente, com alterações impactantes no sistema, no intuito de adaptá-lo às
regras vigentes na UFC. Como observado, os desenvolvedores da UFC têm
procurado maior cooperação e atualização constante com a UFRN, mantendo a
mesma linha padrão de códigos, contudo com adaptações aos processos de
matrícula, criação de turmas, entre outros processos que operam de forma diferente
(UNIVERSIDADE..., 2013).
Na Figura 8, expõe-se a tela inicial de entrada no sistema SIGAA. Nela,
para ser usuário do SIGAA, o aluno ou servidor da UFC deverá acessar o sistema
SI3/ SIGAA e fazer um cadastro (aluno ou professor ou funcionário/técnico). Nesse
cadastro, o usuário preencherá uma planilha com vários dados onde optará por um
login e registrará uma senha que lhe permitirá os futuros acessos ao sistema SIGAA.
Com esta mesma senha permite-se o acesso para os módulos
administrativo (SIPAC), recursos humanos (SIGPRH) e administração e
comunicação (SIGADMIN). O usuário poderá ter acesso a qualquer informação
armazenada na base de dados única que esteja relacionada ao seu perfil de aluno,
de professor ou de servidor técnico.
45
Ao se logar no sistema acadêmico SIGAA, o professor/aluno verá uma
página contendo as disciplinas que ele está lecionando/cursando no semestre
corrente, a partir dos links presentes no nome de cada disciplina ao ambiente
daquela turma. Segundo Rocha Neto e Lima (2009), o menu de navegação é
dividido em diversas categorias:
Turma: contém informações gerais sobre a turma;
Alunos: operação de frequência e nota de alunos;
Impressos: impressão do diário de turma e lista de frequência;
Material: material de aula (slides, apostilas, textos, etc.);
Atividades: opções de interatividade com os alunos;
Configurações: políticas de permissão e exibição de dados.
Como ilustrado a seguir, o SIGAA é composto por módulos (Figura 8).
Figura 8 – Módulos do SIGAA – UFC
Fonte: http://www.si3.ufc.br/sigaa
Dentro da página Módulos do SIGAA há o menu principal e os portais.
Previamente, o usuário deverá optar por qual vínculo com a UFC (aluno, professor
ou servidor técnico) pretende ter acesso. Os portais aos quais o usuário terá acesso
dependerão do vínculo dele com a instituição.
Identificação
46
Os portais são disponibilizados a fim de atender à demanda acadêmica:
Portais do Docente e Discente, Portal6 do Tutor, Portais dos Coordenadores Lato e
Stricto Sensu, Portais dos Coordenadores de Graduação e Polo, Portal CPDI, Portal
da Reitoria, Portal da Avaliação Institucional e Portal de Relatórios de Gestão.
Os portais apresentam um formato padrão aos usuários com diversos
canais de comunicação (Figura 9).
Figura 9 – Formato padrão do SIGAA
Fonte: http://www.si3.ufc.br/sigaa
Através do Portal Padrão (Figura 9), o usuário do sistema SIGAA tem
acesso tanto aos diversos serviços referentes à vida acadêmica da comunidade
universitária, como declarações de matrícula, quanto às notas de aulas, avisos e
notícias, notas de disciplinas, etc. Há entrada para postagem de arquivos
relacionados aos conteúdos das disciplinas lecionadas, acompanhamento de notas
e frequência dos matriculados, enfim, um recurso de interação entre os membros da
comunidade acadêmica.
Após inserir seu usuário e senha na tela inicial do SIGAA (Figura 8), o
docente acessará sua página inicial do sistema, o Portal Docente (Figura 10).
6 Segundo Laudon e Laudon (2011, p. 405), Portal “[...] apresenta conteúdo personalizado, integrado
a partir de uma variedade de fontes”.
47
Figura 10 – Portal Docente
Fonte: http://www.si3.ufc.br/sigaa
No Portal Docente, os dados do docente são visualizados no lado direito,
onde há o acesso às mensagens, edição de seu perfil, agenda de turma e demais
informações institucionais. À esquerda da tela, encontram-se as disciplinas que o
docente está ministrando no semestre corrente acrescidas das informações sobre
local, semestre e código das mesmas.
Em cada disciplina há o total de créditos e a carga horária atribuída.
Identifica-se também o total de alunos matriculados e a capacidade total de alunos
na referida turma.
Nessa mesma tela, o docente encontrará o campo “minhas turmas no
semestre” no qual poderá verificar a agenda da turma no que se refere às atividades
e avaliações agendadas, também se localiza a grade de horários e disposição das
turmas.
O docente pode selecionar qual disciplina deseja acessar. Após a
escolha, o sistema remete o docente à página da turma referente à disciplina (Figura
11).
Identificação
Identificação do docente.
48
Figura 11 – Tela inicial de disciplina
Fonte: http://www.si3.ufc.br/sigaa
Conforme mostrado na tela, a identificação da disciplina para a qual o
docente optou acessar aparece na parte superior onde se visualiza o código, o nome
da disciplina, o semestre letivo e a turma.
Pelo Portal Docente, O SIGAA possui um ambiente virtual denominado
“turma virtual”, o qual tem por fim ser uma ferramenta de fácil acesso, voltada para a
comunicação entre docentes e discentes, indo além das fronteiras da sala de aula
(ROCHA NETO; LIMA, 2009).
A navegação no subsistema “turma virtual” é feita através do menu (lado
esquerdo da tela). Na parte central da tela, encontra-se a área de trabalho e à direita
localiza-se o painel de notícias e enquetes. De acordo com Rocha Neto e Lima
(2009), o menu de navegação é dividido em diversas categorias:
Turma: informações gerais sobre a turma e programação de aulas;
Alunos: operações de frequência e nota de alunos;
Impressos: impressão do diário de turma e lista de frequência;
Material: material de aula (slides, apostilas, textos etc.);
Atividades: opções de interatividade com os alunos;
Identificação
49
Configurações: políticas de permissão e exibição de dados.
Clicando na categoria Turma (Figura 12), o docente tem acesso a ações
como:
Figura 12 – Menu Turma Virtual
Fonte: http://www.si3.ufc.br/sigaa
Principal: permite acesso à tela principal;
Plano de curso: gerenciar plano de curso para a disciplina;
Conteúdo programado: acesso e criação de tópicos de aulas, com um
cronograma do que foi ou será visto em sala de aula;
Participantes: página contendo a lista dos participantes da turma;
Visualizar programa: visualiza o programa do componente curricular lançado
pelo departamento ao qual o curso está vinculado;
Fórum: fórum de discussão da turma em que poderá ser utilizado para
discussões sobre os conteúdos tratados na turma;
Chat: abertura de uma janela para bate-papo entre os participantes da turma
que estiverem on-line;
Notícias: acesso ao cadastramento de notícias;
Registar aula extra: habilita o lançamento de tópicos de aula e frequência para
aulas extras;
50
Visualizar como aluno: permite que o docente tenha uma visão de como o
aluno visualiza a turma virtual.
Os tópicos de aula formam a base para a organização de todo o conteúdo do
subsistema “turma virtual”. Através dessa tela podem ser disponibilizados: texto do
assunto visto na aula, arquivos contendo os materiais das aulas, referências
bibliográfica de sites, livros, etc. e tarefas para os alunos (ROCHA NETO; LIMA,
2009).
No menu Alunos, as ações disponíveis são: lançar frequência, lançar
frequência em planilha e lançar notas.
No menu Diário Eletrônico, pode-se consultar o conteúdo programado, o
diário da turma, lista de presença, mapa de frequência e total de faltas.
No menu Material, o docente poderá inserir materiais de aula, cujas opções
são: conteúdo, texto formatado contendo a descrição de um assunto; inserir arquivo
na turma, permite adicionar arquivos em qualquer formato contendo assuntos vistos
em sala de aula; porta-arquivo, permite que o professor disponibilize qualquer arquivo
para as turmas nas quais leciona.
No menu Atividades, o docente tem à disposição as seguintes opções:
avaliações, agenda das avaliações da disciplina; enquetes, possibilidade do professor
conhecer a opinião da turma sobre algum tema; fórum, permite a criação de
discussões entre os participantes da turma; tarefas, oferece ao professor a
oportunidade de aplicar atividades onde os alunos devem submeter arquivos que
serão avaliados e comentados pelo professor.
No menu Estatísticas, o docente tem a visualização da situação dos alunos
quanto às variáveis quantitativas de médias de aprovação, reprovação, etc.
O subsistema “turma virtual” do SIGAA, cuja função é servir de apoio ao ensino
presencial, mostra-se uma ferramenta fundamental para a interação dos docentes e
discentes.
Cabe ressaltar: os dados coletados e analisados na pesquisa foram obtidos a
partir do uso dos docentes através do Portal Docente como se verá nas análises a
seguir.
51
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS
Para a apresentação dos dados, trabalhou-se com categorias: Arquivos
postados por unidades/subunidades acadêmicas – turmas de graduação – 2011.1 a
2013.1; Postagens de tópicos de aulas por turmas – 2011.1 a 2013.1; Postagens de
arquivos diversos; Postagens de notícias; Uso do SIGAA pelos docentes de
graduação – por idade; Docentes de graduação que individualmente mais fazem uso
do SIGAA; Subunidades acadêmicas e unidade acadêmica que utilizam o SIGAA
com mais e menos frequência, respectivamente.
Os dados exibidos por unidades/subunidades acadêmicas estão expostos
conforme dados tabulados e dispostos no Apêndice C.
4.1 Arquivos postados por unidades/subunidades acadêmicas – turmas de
graduação – 2011.1 a 2013.1
Gráfico 1 – Comparativo de postagens de arquivos entre as unidades acadêmicas
da UFC – 2011.1 a 2013.1
Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.
52
Conforme evidencia o Gráfico 1, entre as unidades acadêmicas da UFC,
os destaques por postagens de arquivos por turmas são os seguintes: Centro de
Ciências, cujas postagens foram de 25 registros para 649 turmas em 2011.1; 66
postagens para 536 turmas em 2011.2; 162 para 619 turmas em 2012.1; 155 para
536 turmas em 2012.2 e 180 arquivos para as 526 turmas de 2013.1.
O Centro de Tecnologia sobressai igualmente. Suas postagens foram de
7 registros para 517 turmas em 2011.1; 93 postagens para 387 turmas em 2011.2;
161 para 468 turmas em 2012.1; 165 para 401 turmas em 2012.2 e 172 arquivos
para as 414 turmas de 2013.1.
Outra unidade acadêmica de realce é a Faculdade de Economia,
Administração, Atuária e Contabilidade, cujas postagens foram de nenhum registro
para 272 turmas em 2011.1; 58 postagens para 297 turmas em 2011.2; 126 para
267 turmas em 2012.1; 148 para 262 turmas em 2012.2 e 173 arquivos para as 268
turmas de 2013.1.
No quesito de poucas postagens por turmas, sobressai a Faculdade de
Medicina. Nela as postagens foram de nenhum registro para 218 turmas em 2011.1;
1 postagem para 219 turmas em 2011.2; 4 para 210 turmas em 2012.1; 8 para 210
turmas em 2012.2 e 10 arquivos para as 199 turmas de 2013.1.
53
Gráfico 2 – Postagens de arquivos do Centro de Ciências por subunidades
acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1
Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.
Na unidade acadêmica Centro de Ciências, o destaque para postagens
verificou-se no Departamento de Matemática, onde as postagens foram de 5 para
108 turmas em 2011.1; 2 para 70 turmas em 2011.2; 29 para 110 turmas em 2012.1;
24 para 84 turmas em 2012.2 e 30 arquivos para as 96 turmas de 2013.1. Nesse
âmbito, esse departamento apresentou um crescimento significativo de 2011.1 a
2013.1, passando de postagens por turmas de 5,7% a 46,8%, respectivamente.
No aspecto de pouco crescimento em postagens, percebe-se o
Departamento de Química Analítica e Físico-Química, que não apresentou
crescimento destas de forma significativa. Nele as postagens foram do não registro
para 50 turmas em 2011.1; 1 para 48 turmas em 2011.2; 3 para 47 turmas em
2012.1; 2 para 43 turmas em 2012.2 e 10 arquivos para as 43 turmas de 2013.1. As
portagens desse departamento variaram do não registro a 23,3%, de 2001.1 a
2013.1, respectivamente.
No Departamento de Estatística e Matemática Aplicada as postagens
foram de 4 para 70 turmas em 2011.1; 15 para 65 turmas em 2011.2; 21 para 55
54
turmas em 2012.1; 22 para 56 turmas em 2012.2 e 23 arquivos para as 96 turmas de
2013.1. Com isso, esse departamento mostrou um crescimento significativo de
2011.1 a 2011.2, passando de postagens por turmas variáveis de 5,7% a 15%,
respectivamente. Portanto, nos semestres letivos 2012.1, com 21%, 2012.2, com
22%, e 2013.1, com 22%. Manteve, assim, uma evidente estabilidade nos últimos
três semestres letivos.
O Departamento de Computação, cujas postagens foram de 1 para 71
turmas em 2011.1; 12 para 55 turmas em 2011.2; 16 para 66 turmas em 2012.1; 15
para 56 turmas em 2012.2 e 19 para 63 turmas em 2013.1, passou de postagens por
turmas correspondentes da 1,4% em 2011.1 e 30,2% em 2013.1. Ressalta-se que
um dos professores que individualmente mais usa o sistema SIGAA (Quadro 1)
integra o referido departamento.
Gráfico 3 – Postagens de arquivos do Centro de Ciências Agrárias por subunidades
acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1
Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.
Na unidade acadêmica Centro de Ciências Agrárias, o destaque para
postagens de arquivos por turmas verificou-se no Departamento de Ciências do
55
Solo, no qual as postagens foram do não registro para 29 turmas em 2011.1; 11
para 30 turmas em 2011.2; 21 para 30 turmas em 2012.1; 15 para 32 turmas em
2012.2 e 22 arquivos para as 32 turmas de 2013.1. Com isso, esse departamento
revelou um crescimento significativo de 2011.1 a 2011.2, passando de postagens
por turmas correspondentes ao não registro a 68,8%, respectivamente. Esse
departamento tem destaque também em relação aos quatro docentes que
individualmente mais usam o sistema SIGAA (Quadro 1), onde dois dos seus
docentes integram a lista.
Em referência ao pouco crescimento em postagens, nota-se o
Departamento de Engenharia Agrícola que não apresentou evolução de postagens
de forma significativa. Nele as postagens foram do não registro para 42 turmas em
2011.1; novamente do não registro para 46 turmas em 2011.2; não registro para 42
turmas em 2012.1; e mais uma vez do não registro para 38 turmas em 2012.2 e 10
arquivos para as 45 turmas de 2013.1. Enfim, não registro de postagens, variável em
22,2% de 2011.1 a 2013.1, respectivamente.
No Departamento de Engenharia de Pesca, as postagens foram do não
registro para 47 turmas em 2011.1; 20 para 45 turmas em 2011.2; 22 para 42 turmas
em 2012.1; 26 para 42 turmas em 2012.2 e 23 arquivos para as 42 turmas de
2013.1. Contudo, esse departamento apresentou um crescimento significativo de
2011.1 a 2013.1, passando do não registro de postagens por turmas a 54,8%,
respectivamente.
56
Gráfico 4 – Postagens de arquivos do Centro de Humanidades por subunidades
acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1
Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.
Na unidade acadêmica Centro de Humanidades, a ênfase para postagens
de arquivos por turmas verificou-se no Departamento de Ciências da Informação,
cujas postagens foram do não registro para 114 turmas em 2011.1; 11 para 41 turmas
em 2011.2; 18 para 41 turmas em 2012.1; 22 para 40 turmas em 2012.2 e 22 arquivos
para as 39 turmas de 2013.1. Com isso, esse departamento evidenciou um
crescimento significativo entre 2011.1 e 2012.2, passando de postagens por turmas
correspondentes ao não registro a 55,0%, respectivamente. Em 2013.1, a
porcentagem baixou em comparação ao semestre anterior, ficando em 30,8%.
Em relação ao pouco crescimento em postagens, percebe-se o
Departamento de Literatura, o qual não apresentou incremento de postagens de
forma expressiva. Nesse caso, as postagens foram do não registro para 62 turmas
em 2011.1; não registro para 59 turmas em 2011.2; 5 registros para 64 turmas em
2012.1; 1 registro para 53 turmas em 2012.2 e 2 arquivos para as 49 turmas de
2013.1. Variou, assim, do não registro em 2011.1 a apenas 4,1% em 2013.1.
57
Gráfico 5 – Postagens de arquivos do Centro de Tecnologia por subunidades
acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1
Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.
Na unidade acadêmica Centro de Tecnologia, o destaque para postagens
de arquivos por turmas deu-se no Departamento de Engenharia Mecânica e de
Produção. Nele as postagens foram de 1 registro para 84 turmas em 2011.1; 43
postagens para 78 turmas em 2011.2; 45 para 70 turmas em 2012.1; 44 para 71
turmas em 2012.2 e 47 arquivos para as 57 turmas de 2013.1. Com isso, esse
departamento revelou uma evolução significativa de postagens por turmas entre
2011.1 e 2013.1, passando de postagens por turmas variáveis de 1,2% a 82,5%,
respectivamente. Essa evidência confirma-se também na relação individual dos
quatro docentes que mais usam o sistema SIGAA (Quadro 1), no qual um dos
professores entrevistados integra o referido departamento.
Outros departamentos que sobressaíram são o de Engenharia
Metalúrgica e de Materiais e o de Engenharia Química cujas postagens tiveram um
salto do não registro em 2011.1 e 63,3 % e 59,5% em 2013.1, respectivamente.
58
Gráfico 6 – Postagens de arquivos da Faculdade de Direito por subunidades
acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1
Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.
Na unidade acadêmica Faculdade de Direito, o destaque para postagens
constatou-se no Departamento de Direito Processual, onde as postagens foram do
não registro destas para 48 turmas em 2011.1; 5 postagens para 51 turmas em
2011.2; 12 para 43 turmas em 2012.1; 18 para 43 turmas em 2012.2 e 17 arquivos
para as 42 turmas de 2013.1. Com isso, esse departamento apresentou um
crescimento significativo de postagens por turmas entre 2011.1 e 2013.1, ou seja,
passou do não registro de postagens por turmas a 40,5%, respectivamente.
59
Gráfico 7 – Postagens de arquivos da Faculdade de Economia, Administração,
Atuária e Contabilidade por subunidades acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1
Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.
Na unidade acadêmica da Faculdade de Economia, Administração,
Atuária e Contabilidade, a distinção para postagens de arquivos por turmas deu-se
no Departamento de Contabilidade. Nele as postagens foram do não registro para
83 turmas em 2011.1; 46 postagens para 81 turmas em 2011.2; 65 para 81 turmas
em 2012.1; 63 para 80 turmas em 2012.2 e 66 arquivos para as 79 turmas de
2013.1. Com isso, esse departamento denotou um incremento significativo de
postagens por turmas entre 2011.1 e 2013.1, variando do não registro de postagens
por turmas a 83,5%, respectivamente.
60
Gráfico 8 – Postagens de arquivos da Faculdade de Educação por subunidades
acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1
Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.
Na unidade acadêmica Faculdade de Educação, o realce para postagens
de arquivos por turmas evidenciou-se no Departamento de Teoria e Prática do
Ensino. Nele as postagens foram do não registro de postagem para 47 turmas em
2011.1; 5 postagens para 42 turmas em 2011.2; 8 para 41 turmas em 2012.1; 8 para
44 turmas em 2012.2 e 22 arquivos para as 49 turmas de 2013.1. Com isso, esse
departamento expôs uma evolução significativa de postagens por turmas entre
2011.1 e 2013.1, ao saltar do não registro de postagens por turmas a 44,9%,
respectivamente.
61
Gráfico 9 – Postagens de arquivos da Faculdade de Farmácia, Odontologia e
Enfermagem por subunidades acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1
Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.
Na unidade acadêmica Faculdade de Farmácia, Odontologia e
Enfermagem, o destaque para postagens de arquivos por turmas aconteceu no
Departamento de Enfermagem. Nele as postagens foram do não registro para 120
turmas em 2011.1; 6 postagens para 109 turmas em 2011.2; 8 para 76 turmas em
2012.1; 17 para 69 turmas em 2012.2 e 12 arquivos para as 6 turmas de 2013.1.
Com isso, esse departamento mostrou um crescimento significativo de postagens
por turmas entre 2011.1 e 2012.2, passando do não registro de postagens por
turmas a 24,6%, respectivamente. Em 2013.1 houve uma menor quantidade de
arquivos postados em relação ao semestre anterior apresentando uma porcentagem
de 18,2%.
Sobressai negativamente o Departamento de Odontologia Restauradora,
que não registrou qualquer postagem de arquivo de 2011.1 a 2013.1.
62
Gráfico 10 – Postagens de arquivos da Faculdade de Medicina por subunidades
acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1
Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.
Na unidade acadêmica Faculdade de Medicina, o destaque para
postagens de arquivos por turmas confirmou-se no Departamento de Fisiologia e
Farmacologia. Nele as postagens foram do não registro para 14 turmas em 2011.1;
1 postagem para 10 turmas em 2011.2; 1 para 11 turmas em 2012.1; 4 para 10
turmas em 2012.2 e 4 arquivos para as 10 turmas de 2013.1. Com isso, esse
departamento apresentou um crescimento significativo de postagens por turmas
entre 2011.1 e 2012.2, passando do não registro de postagens por turmas a 40,0%,
respectivamente.
Cabe registrar que os Departamentos de Patologia e Medicina Legal,
Saúde Comunitária e Morfologia não postaram nenhum arquivo de 2011.1 a 2013.1.
63
Gráfico 11 – Postagens de arquivos dos Institutos da UFC – 2011.1 a 2013.1
Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.
Entre as unidades acadêmicas Instituto de Cultura e Arte, Instituto de
Educação Física e Esporte e Instituto de Ciências do Mar, sobressaiu o Instituto de
Cultura e Arte. Nele as postagens foram do não registro de postagem para 300
turmas em 2011.1; 30 postagens para 261 turmas em 2011.2; 31 para 282 turmas
em 2012.1; 50 para 282 turmas em 2012.2 e 66 arquivos para as 274 turmas de
2013.1. Com isso, esse instituto exibiu um crescimento significativo de postagens
por turmas entre 2011.1 e 2013.1, passando do não registro de postagens por
turmas a 24,1%, respectivamente.
64
Gráfico 12 – Postagens de arquivos dos campi da UFC no interior do Estado do
Ceará – 2011.1 a 2013.1
Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.
Entre as unidades acadêmicas da UFC no interior do Estado do Ceará, a
saber campus da UFC em Quixadá, campus da UFC em Sobral e campus da UFC
no Cariri, destacou-se este último campus. Nele as postagens foram de 1 registro
para 332 turmas em 2011.1; 16 postagens para 304 turmas em 2011.2; 62 para 337
turmas em 2012.1; 80 para 319 turmas em 2012.2 e 84 arquivos para as 318 turmas
de 2013.1. Com isso, esse campus evidenciou uma evolução significativa de
postagens por turmas entre 2011.1 e 2013.1, ao passar de 0,3% a 26,4%,
respectivamente.
O campus da UFC no Cariri oferece onze cursos de graduação,
distribuídos em três campi: Juazeiro do Norte, Barbalha e Crato. Em 5 de junho de
2013, por desmembramento desse campus, criou-se a Universidade Federal do
Cariri.
Já o campus da UFC em Quixadá dispõe de quatro cursos de graduação
e o da UFC em Sobral oferece dez cursos também de graduação.
65
4.2 Postagens de tópicos de aulas
Tabela 1 – Distribuição dos dados da graduação no SIGAA, por semestre e de
acordo com o número total de turmas sem e com postagens de tópicos de aula
definidos. Fortaleza-CE, 2013
Semestre
Dados da Graduação
Total de
turmas
Total de turmas sem
tópicos postados
Total de turmas com
tópicos postados
Média de
tópicos postados,
por turma
2011.1 4.502 4.460 42 6,8
2011.2 3.928 3.355 573 14,4
2012.1 4.106 3.071 1.035 14,5
2012.2 3.892 2.862 1.030 14,0
2013.1 3.924 2.706 1.218 12,6
Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.
Gráfico 13 – Percentual de turmas com postagens de tópicos de aulas – 2011.1 a
2013.1
Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.
66
Gráfico 14 – Média das turmas com postagens de tópicos de aulas – 2011.1 a
2013.1
Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.
Como observado, os dados explicitam o quanto os tópicos de aulas são
pouco disponibilizados no sistema SIGAA desde sua implantação, do semestre letivo
de 2011.1 até o último semestre pesquisado, 2013.1. Nesse período, o semestre
letivo de 2012.1 apresentou a maior média de postagem, 14,5; nele o total de turmas
com tópicos de aulas definidos postados não ultrapassou 25,2% do total de turmas
de 2012.1. De acordo com os dados, nos últimos dois semestres letivos, 2012.2 e
2013.1, houve diminuição da média de postagens dos tópicos de aulas no sistema
em relação ao total de turmas acadêmicas, com média de 14,0 e 12,6,
respectivamente. Nesse caso, as turmas que postaram tópicos de aulas foram de
26,5 % e 31%, a indicar um baixo crescimento em relação ao fenômeno de
postagem de tópicos de aulas, cujo percentual de utilização ainda é menor que o
percentual de não utilização deste tipo de postagem. Cabe salientar que o tópico de
aula relaciona o conteúdo que será ministrado na aula, fazendo parte do programa
da disciplina, que possui caráter obrigatório de divulgação.
67
4.3 Postagens de arquivos diversos
Tabela 2 – Distribuição dos dados da graduação no SIGAA, por semestre e de
acordo com o número total de turmas sem e com postagens de arquivos. Fortaleza-
CE, 2013
Semestre
Dados da Graduação
Total de
turmas
Total de turmas sem
arquivos postados
Total de turmas com
arquivos postados
Média de arquivos
postados, por
turma
2011.1 4.502 4.469 33 4,3
2011.2 3.928 3.531 397 9,2
2012.1 4.106 3.274 832 11,6
2012.2 3.892 3.001 891 10,9
2013.1 3.924 2.882 1.042 10,4
Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.
Gráfico 15 – Percentual de turmas com postagens de arquivos – 2011.1 a 2013.1
Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.
68
Gráfico 16 – Média das turmas com postagens de arquivos – 2011.1 a 2013.1
Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.
Atinente às postagens de arquivos diversos pelo total de turmas, as
postagens de arquivos diversos alcançaram sua média máxima, dentro do período
pesquisado, no semestre de 2012.1, que ficou com média de 11,6; o total de turmas
que postou arquivos diversos equivale a 20,3% do total das turmas do referido
semestre. Nos períodos seguintes, ou seja, 2012.2 e 2013.1, houve decréscimo de
postagens de arquivos diversos por turmas acadêmicas, mas não de forma
expressiva, cujas médias foram de 10,9 e de 10,4. As turmas que postaram arquivos
diversos representaram 0,7%; 10,1%; 20,3%; 22,9% e 26,6% do total de turmas dos
semestres letivos de 2011.1, 2011.2, 2012.1, 2012.2 e 2013.1, respectivamente, ou
seja, verificou-se aumento percentual, embora não representativo, pois a média de
postagens das turmas decresceu no mesmo período. Ressalta-se que há uma
maioria de turmas em que essa funcionalidade ainda não é utilizada. Cabe salientar
que essa utilização poderia substituir a tradicional forma de ministrar aula na qual o
docente copia o conteúdo da mesma no quadro e os discentes reproduzem em seus
cadernos. Com a postagem do arquivo de forma prévia, os alunos seriam poupados
do tempo de reprodução e aula poderia ser ministrada em forma de discussão do
conteúdo do arquivo. Outra utilização seria a postagem de texto, que porventura
seria interessante para discussão em sala de aula mediante a leitura prévia por parte
dos alunos.
69
4.4 Postagens de notícias
Tabela 3 – Distribuição dos dados da graduação no SIGAA, por semestre e de
acordo com o número total de turmas sem e com postagens de notícias. Fortaleza-
CE, 2013
Dados da Graduação
Semestre
Total de
turmas
Total de turmas sem
notícias postadas
Total de turmas com
notícias postadas
Média de
notícias postadas,
por turma
2011.1 4.502 4.430 72 3,1
2011.2 3.928 3.587 341 4,6
2012.1 4.106 3.226 880 6,2
2012.2 3.892 2.983 909 5,7
2013.1 3.924 2.902 1.022 5,6
Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.
Gráfico 17 – Percentual de turmas com postagens de notícias – 2011.1 a 2013.1
Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.
70
Gráfico 18 – Média das turmas com postagens de notícias – 2011.1 a 2013.1
Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.
No referente a notícias postadas por turmas, segundo os dados, a maior
média para esse tipo de postagem deu-se em 2012.1, com média de 6,2. Em 2012.2
e 2013.1, as médias de turmas que postaram notícias declinaram para 5,7 e 5,6,
respectivamente. No semestre letivo de 2011.1 as turmas que postaram notícias
representaram 1,6 % do total das turmas acadêmicas do período; em 2011.2, a
representação foi de 8,7%; em 2012.1 21,4%; em 2012.2 23,4% e em 2013.1 26%.
Portanto, houve um aumento percentual, porém não de forma significativa, pois de
2012.1 a 2013.1 a média de postagens das turmas decresceu e o aumento
percentual não foi acentuado no mesmo período, mostrando com isso uma
estabilidade do acontecimento postagens de notícias. Uma notícia de urgência,
como o atraso de uma aula ou a necessidade de apresentação de material poderiam
ser facilmente comunicados aos discentes por intermédio da postagem de notícias e
a notificação aos mesmos através de e-mail que é gerado automaticamente pelo
sistema acadêmico. Isso promove uma melhor comunicação entre docentes e
discentes.
71
4.5 Uso do SIGAA pelos docentes de graduação – por idade
Gráfico 19 – Relação entre a idade do docente e o número de arquivos postados no
SIGAA nos semestres de 2011.2 a 2013.1
0
50
100
150
200
250
300
350
400
20 30 40 50 60 70
Nú
me
ro d
e a
rqu
ivo
s p
ost
ad
os
de
2
01
1.2
a 2
01
3.1
Idade do docente
Coeficiente de correlação de Pearson: -0,053 (p=0,1596). Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.
Consoante os dados, não há correlação significativa entre a quantidade
de arquivos postados e a idade do docente que posta os arquivos.
Com esses dados refuta-se a hipótese segundo a qual professores mais
jovens teriam tendência a postarem mais arquivos no sistema SIGAA. Essa
presunção, inclusive, foi levantada na entrevista com o chefe da subunidade
Departamento de Contabilidade (Quadro 4) na qual justifica o fato do citado
departamento ser destaque em postagens dentro da unidade acadêmica FEAAC em
virtude do ingresso de docentes mais jovens na unidade.
4.6 Docentes de graduação que individualmente mais fazem uso do SIGAA
Para se obter informações sobre este assunto, procedeu-se a entrevistas
com os docentes da UFC que individualmente mais fazem uso do SIGAA.
Dentre os docentes de graduação da UFC, foram entrevistados os quatro
deles que mais fazem uso individual do sistema SIGAA.
72
Os quatro docentes que individualmente mais usam o sistema SIGAA são
o professor MV (Departamento de Engenharia Mecânica e de Produção), o professor
JC e o professor RE (Departamento de Ciências do Solo) e o professor JF
(Departamento de Computação), como exposto nos Quadros 1, 2,3 e 4.
Quadro 1 – Frequência de uso do SIGAA pelos docentes da UFC
“Usa diariamente” (Professor 1 ou Professor MV).
“Utilizo de duas a três vezes por semana” (Professor 2 ou Professor JC).
“Utilizo semanalmente” (Professor 3 ou Professor RE).
“Diariamente” (Professor 4 ou Professor JF).
Fonte: Autoria própria.
Perguntados sobre a frequência no uso do sistema SIGAA, dos quatro
docentes entrevistados, dois responderam que usaram diariamente; um pelo menos
duas vezes por semana e um semanalmente.
Quadro 2 – Tipo de postagem no SIGAA realizado pelos docentes da UFC
“Posto material das disciplinas, planilhas, avisos para os alunos, mantenho contatos
com os alunos” (Professor 1 ou Professor MV).
“Posto material das aulas, avisos e notícias” (Professor 2 ou Professor JC).
“Coloco o conteúdo ministrado nas aulas, avisos para os alunos, posto slides”
(Professor 3 ou Professor RE).
“Todos os conteúdos das disciplinas, faço conferência com os alunos via web cam,
avisos, notícias, mantenho contato com os alunos, uso praticamente todas as
funcionalidades” (Professor 4 ou Professor JF).
Fonte: Autoria própria.
Sobre o tipo de material que os docentes postam no sistema SIGAA, os
quatro entrevistados postam os conteúdos das disciplinas ministradas e avisos para
seu alunado. Entre os outros tipos de material postado pelos citados docentes estão:
postar planilhas, slides e notícias, e fazer conferência com seus alunos.
Como se percebe, os docentes entrevistados fizeram uso das diversas
funcionalidades que o sistema SIGAA disponibiliza para eles.
73
Quadro 3 – Opinião dos docentes da UFC sobre o SIGAA
“É um bom sistema, às vezes cai. É o melhor, até então, que a UFC já implantou”
(Professor 1 ou professor MV).
“Acho fácil o manuseio do sistema. No entanto, tenho dificuldades com o sistema,
por exemplo: problemas na postagem de slides e arquivos em PDF, pois não
consigo abrir. Outro problema é na postagem de um conteúdo, pois gostaria que
quando realizasse a postagem, que fosse feito para todas as turmas
simultaneamente e não realizando a postagem para cada uma” (Professor 2 ou
Professor JC).
“Inicialmente tive dificuldades, porém com o passar do tempo e conversas com
colegas, foi se tornando mais fácil” (Professor 3 ou Professor RE).
“Acho fácil o sistema e bom. Veio a calhar para disponibilizar conteúdos de forma
organizada. Dificuldades com utilização de símbolos matemáticos, quando estou
postando material de aula. Não é muito interativo, gosto de exercícios em que os
alunos participem com contribuições, porém o sistema não permite, e para isso sou
obrigado a usar outras ferramentas. Sugestão é que o sistema tenha um link
voltado para as redes sociais, tendo em vista os alunos estarem nestas redes”.
(Professor 4 ou Professor JF).
Fonte: Autoria própria.
A respeito da opinião dos docentes sobre o sistema SIGAA, consoante se
demonstra, entre os entrevistados, o SIGAA é um sistema bom e de fácil manuseio.
Assim, superadas as dificuldades iniciais de uso, torna-se fácil manuseá-lo.
Ainda como os docentes entrevistados relataram, o sistema apresenta
problemas, a exemplo de dificuldade nas postagens de conteúdos como slides e
símbolos matemáticos e por não ser um sistema interativo. Houve também a
sugestão de que o SIGAA tenha um link que faça interação com as redes sociais.
Outra dificuldade apontada pelos docentes foi em relação à infraestrutura da
universidade no tocante às tecnologias, pois esporadicamente apresenta queda de
rede, sistema etc., comprometendo o trabalho de acesso ao referido sistema.
74
4.7 Subunidades e unidade acadêmicas que utilizam o SIGAA com mais e
menos frequência
Os chefes das subunidades acadêmicas que mais usam o sistema SIGAA
(Departamento de Contabilidade, Departamento de Engenharia Mecânica e de
Produção), bem como o diretor da unidade acadêmica (Faculdade de Medicina) que
menos usa o SIGAA foram inquiridos a respeito do conhecimento de uso do SIGAA
e sobre campanha para uso deste.
Quadro 4 – Subunidades e unidade acadêmicas da UFC que utilizam o SIGAA com
mais e menos frequência
Perguntas Respostas
Conhecimento do
uso do sistema
“Não tinha conhecimento que os professores utilizavam o
sistema com frequência” (Departamento de Contabilidade).
“Não” (Departamento de Engenharia Mecânica e de
Produção)
“Sim, há uma baixa usabilidade do SIGAA” (Faculdade de
Medicina).
Existência de
alguma campanha
para o uso do
sistema
“É normal, não tem nenhuma campanha. Talvez a grande
frequência de uso seja a nova geração de professores que
fazem parte do departamento” (Departamento de
Contabilidade).
“Não” (Departamento de Engenharia Mecânica e de
Produção).
“Não, pois o SIGAA não consegue reconhecer o curriculum
do curso tendo em vista que este é por módulos e o SIGAA
trabalha no sistema de disciplinas, ficando muitos
professores sem poderem se cadastrar. Só poderemos fazer
qualquer campanha quando esta distorção for corrigida”
(Faculdade de Medicina).
Fonte: Autoria própria.
De acordo com o quadro, os chefes do Departamento de Contabilidade e
do Departamento de Engenharia Mecânica de Produção, subunidades acadêmicas
que mais usam o SIGAA desconheciam que seus docentes estariam entre os de
75
mais uso do sistema. O diretor da Faculdade de Medicina, unidade acadêmica que
menos usa o SIGAA, disse saber do pouco uso do sistema por seus docentes e que
este apresenta problemas com o reconhecimento do curriculum do curso da
unidade.
Ainda como evidenciado, dos chefes de departamento das subunidades e
do diretor da unidade acadêmica entrevistados, nenhum desenvolve qualquer tipo de
campanha ou incentivo ao uso do SIGAA.
76
5 CONCLUSÃO
Esta pesquisa apresentou como objetivo principal investigar o uso do
Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas pelos docentes de
graduação da UFC. Para tal, estabeleceu-se uma análise do seu uso entre as
diversas unidades/subunidades acadêmicas da universidade como instrumento de
comunicação entre docentes e discentes, tendo em vista a melhoria da qualidade da
educação superior.
Hoje, a democratização da informação está intensamente ligada ao
acesso de docentes e discentes às tecnologias da informação.
Nesse quesito, os sistemas de gestão acadêmica são instrumentos
adotados pelas IES para o gerenciamento das atividades acadêmicas, haja vista
consolidarem as informações relevantes para as mesmas instituições em referência
às atividades dos discentes e docentes. As informações ali encontradas são
importantes para o planejamento de tomada de decisões que visem a melhoria da
qualidade do ensino aprendizagem. Logo, o Sistema Integrado de Gestão de
Atividades Acadêmicas é a ferramenta tecnológica que a UFC disponibiliza aos seus
docentes, discentes e técnicos no intuito de gerir a vida acadêmica.
Em face dos dados expostos, é possível afirmar, o sistema SIGAA tem
tido precário uso por parte dos docentes de graduação da UFC à exceção de alguns
dos docentes lotados nas subunidades acadêmicas Departamento de Contabilidade,
Departamento de Engenharia Mecânica e de Produção ou ainda, de forma mais
isoladamente, alguns docentes do Departamento de Ciências do Solo e do
Departamento de Computação, assim como de outros departamentos que não
possuem destaque no uso do sistema.
Os conteúdos postados pelos docentes, quais sejam, os conteúdos de
aula, notícias, avisos ou arquivos diversos, etc. não perfazem uma significativa
quantidade ante a totalidade de turmas da universidade, em que há mais turmas
sem a utilização desta disponibilidade, mesmo levando-se em consideração o
semestre 2013.1.
Dentre os docentes que mais utilizam o SIGAA, nenhum deles recebeu
treinamento prévio, todos tentaram conhecer sozinhos os recursos que a ferramenta
poderia lhes propiciar para ajudar e melhorar seus desempenhos em sala de aula.
77
Outra vertente desse quadro de docentes é de que a idade não demonstrou
relevância na busca por utilizar a ferramenta SIGAA.
Ademais, não houve, por parte dos chefes dos departamentos cujos
docentes mais fazem uso do SIGAA, nenhum tipo de campanha de incentivo ou
treinamento para o seu uso efetivo.
A Universidade Federal do Ceará tem como missão a formação de
profissionais da mais alta qualificação. Compete-lhe gerar e difundir conhecimentos,
preservar e divulgar os valores éticos, científicos, artísticos e culturais, sobretudo por
ser uma instituição estratégica para o desenvolvimento do Ceará, do Nordeste e do
Brasil. Sendo assim, constata-se ser necessário aos docentes de graduação da UFC
atuarem de forma a corresponderem às exigências inerentes a essa missão a que
se propõe esta universidade.
Nessa ótica, a formação dos docentes bem como seu aperfeiçoamento
deverão refletir a realidade das suas práticas, como também as requisições da
sociedade atual, chamada de sociedade da informação ou conhecimento, em que a
tecnologia faz-se presente nas atividades cotidianas. Cabe às IES oferecerem uma
educação continuada aos seus docentes, pois é imprescindível o processo de
qualificação e capacitação aos agentes formadores de profissionais do presente e
futuro.
Evidentemente, o SIGAA pode trazer benefícios para a comunidade
universitária. Entre estes: abolição da necessidade de listas de endereços
eletrônicos ou outras formas de contato com os alunos; melhor gerenciamento dos
professores em seus conteúdos de aula, que podem ser disponibilizados com
antecedência, e, assim, os alunos, além de tomarem conhecimento prévio da aula,
poderiam pesquisar em outras fontes de informação e colaborar para a produção de
mais conteúdos; facilidade de acesso aos conteúdos das aulas por parte dos alunos;
celeridade e eficácia no preenchimento do diário de turma pelo docente. Tudo isso
contribui para a melhoria na qualidade do ensino-aprendizagem.
Conforme foi possível apreender, o SIGAA, apesar de ser considerado,
pelos docentes que mais o usam, um eficiente sistema integrado e atender às
necessidades para as quais se destina, ainda precisa ser aperfeiçoado como, por
exemplo, no quesito interatividade e ligação com as redes sociais.
Há de se considerar, porém: a administração superior da UFC e/ou dos
responsáveis diretos pela ferramenta SIGAA e formação dos docentes precisa
78
empreender esforços para promover a utilização das TICs em sala de aula. Essa
iniciativa passa pela melhoria da infraestrutura de apoio ao sistema SIGAA. Em
virtude, talvez, da inconsistência desses esforços, os mecanismos de treinamento ou
promoção que porventura tenham existido não surtiram efeito significativo no seu
uso efetivo. Urge, pois, torná-los mais concretos.
Consoante a pesquisa mostra, a média de postagens das turmas de
graduação, passados os semestres iniciais de implantação do sistema no ano de
2011, alcançou seu ápice no semestre de 2012.1. Nos semestres seguintes, 2012.2
e 2013.1, houve um decréscimo na média de postagem, seja de notícias, tópicos de
aulas ou arquivos diversos. Embora não seja significativa, indica uma estabilidade
na ação de postar no SIGAA. Isso tudo sinaliza que algo precisa ser feito para
mudar esse cenário, de forma que o sistema SIGAA se amplie na sua utilização.
Medidas como treinamentos de docentes aliadas a campanhas de incentivo onde as
vantagens de uso fossem evidenciadas poderiam ajudar nesse sentido.
O caminho aponta para uma discussão e proposta de treinamentos e
qualificações coletivas, na esfera da própria universidade, no contexto das unidades
e subunidades acadêmicas e também por uma busca incisiva por parte dos
profissionais da educação. Faz-se mister um esforço conjugado dos docentes e UFC
com o fim específico da qualificação dos profissionais da educação e em
consequência a contribuição para melhoria no ensino-aprendizagem.
Viver numa sociedade globalizada e em constantes transformações exige
maior comprometimento dos profissionais, os quais devem estar aptos para atuar de
forma produtiva e integrada nesta sociedade. Como se percebe, o conhecimento é o
meio capaz de contribuir para a transformação social na medida em que capacita os
profissionais a tomarem decisões precisas e úteis em seus meios.
79
REFERÊNCIAS
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85
APÊNDICES
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APÊNDICE A – Roteiro de entrevista com professores que mais usam o sistema
SIGAA
Questão 1: Frequência de uso do SIGAA pelos docentes da UFC
Questão 2: Tipo de postagem no SIGAA realizado pelos docentes da UFC
Questão 3: Opinião dos docentes da UFC sobre o SIGAA
87
APÊNDICE B – Roteiro de entrevista com os chefes de departamentos das
subunidades acadêmicas que mais e menos usam o sistema SIGAA.
Questão 1: Conhecimento do uso (não uso) do sistema SIGAA pelos docentes de
graduação
Questão 2: Existência de alguma campanha para o uso do sistema SIGAA com os
docentes de graduação
77
APÊNDICE C – Tabela 4 – Distribuição dos dados da graduação no SIGAA, por subunidades acadêmicas, semestre e de acordo com o número total de turmas, e com postagens de arquivos. Fortaleza-CE, 2013
UNIDADES ACADÊMICAS
SEMESTRES
2011_1 2011_2 2012_1 2012_2 2013_1 Total de Turmas
Arquivos Postados
Total de Turmas
Arquivos Postados
Total de Turmas
Arquivos Postados
Total de Turmas
Arquivos Postados
Total de Turmas
Arquivos Postados
N. N. % N. N. % N. N. % N. N. % N. N. %
Departamento de Contabilidade 83 -,- 81 46 56,8 81 65 80,2 80 63 78,8 79 66 83,5 Departamento de Engenharia Mecânica e de Produção 84 1 1,2 78 43 55,1 70 45 64,3 71 44 62,0 57 47 82,5 Departamento de Administração/FEAAC 91 -,- 101 6 5,9 87 40 46,0 86 45 52,3 89 63 70,8 Departamento de Ciências do Solo 29 -,- 30 11 36,7 30 21 70,0 32 15 46,9 32 22 68,8 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais 33 -,- 25 5 20,0 29 13 44,8 24 15 62,5 30 19 63,3 Departamento de Engenharia Química 34 -,- 36 3 8,3 38 19 50,0 34 21 61,8 37 22 59,5 Departamento de Engenharia de Pesca 47 -,- 45 20 44,4 42 22 52,4 42 26 61,9 42 23 54,8 Departamento de Estatística e Matemática Aplicada 70 4 5,7 65 15 23,1 55 21 38,2 56 22 39,3 47 22 46,8 Departamento de Economia Agrícola 31 -,- 33 6 18,2 33 9 27,3 30 14 46,7 30 14 46,7 Departamento de Tecnologia de Alimentos 37 -,- 33 5 15,2 35 16 45,7 34 12 35,3 33 15 45,5 Departamento de Teoria e Prática do Ensino 47 -,- 42 5 11,9 41 8 19,5 44 8 18,2 49 22 44,9 Departamento de Teoria Econômica 67 -,- 82 5 6,1 66 14 21,2 66 28 42,4 70 30 42,9 Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 38 -,- 35 7 20,0 43 21 48,8 36 20 55,6 44 18 40,9 Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular 26 -,- 37 - -,- 33 10 30,3 49 10 20,4 37 15 40,5 Departamento de Direito Processual 48 -,- 51 5 9,8 43 12 27,9 43 18 41,9 42 17 40,5 Departamento de Fisiologia e Farmacologia 14 -,- 10 1 10,0 11 1 9,1 10 4 40,0 10 4 40,0 Departamento de Engenharia de Teleinformática 76 4 5,3 30 8 26,7 69 13 18,8 28 14 50,0 34 13 38,2 Departamento de Economia Aplicada 51 -,- 54 1 1,9 42 7 16,7 38 12 31,6 37 14 37,8 Departamento de Geologia 43 -,- 55 15 27,3 56 15 26,8 48 16 33,3 44 16 36,4 Instituto de Ciências do Mar 27 -,- 35 9 25,7 34 17 50,0 40 9 22,5 36 13 36,1 Departamento de Engenharia de Transportes 48 2 4,2 23 5 21,7 47 12 25,5 37 11 29,7 42 15 35,7 Departamento de Física 127 12 9,4 60 7 11,7 113 24 21,2 54 17 31,5 62 21 33,9 Departamento de Engenharia Estrutural e Construção Civil 41 -,- 42 9 21,4 42 16 38,1 43 14 32,6 41 13 31,7 Departamento de Matemática 108 5 4,6 70 2 2,9 110 29 26,4 84 24 28,6 96 30 31,3 Departamento de Geografia 53 -,- 48 4 8,3 52 11 21,2 51 18 35,3 45 14 31,1 Departamento de Ciências da Informação 114 -,- 41 11 26,8 41 18 43,9 40 22 55,0 39 12 30,8 Departamento de Computação 71 1 1,4 55 12 21,8 66 16 24,2 56 15 26,8 63 19 30,2 Campus da UFC no Cariri/Diretoria 332 1 0,3 304 16 5,3 337 62 18,4 319 80 25,1 318 84 26,4 Departamento de Farmácia 62 -,- 44 6 13,6 43 7 16,3 42 6 14,3 49 12 24,5 Instituto de Cultura e Arte 300 -,- 261 30 11,5 282 31 11,0 282 50 17,7 274 66 24,1 Departamento de Estudos Especializados 40 -,- 47 - -,- 46 8 17,4 45 8 17,8 50 12 24,0 Departamento de Química Analítica e Físico-Química 50 -,- 48 1 2,1 47 3 6,4 43 2 4,7 43 10 23,3 Departamento de Engenharia Elétrica 75 -,- 72 5 6,9 78 9 11,5 74 10 13, 69 16 23,2 Departamento de Biologia 101 -,- 98 5 5,1 87 15 17,2 95 19 20,0 89 20 22,5 Departamento de Engenharia Agrícola 42 -,- 46 - -,- 42 - -,- 38 - -,- 45 10 22,2 Departamento de Química Orgânica e Inorgânica 138 3 2,2 64 5 7,8 120 18 15,0 58 12 20,7 62 13 21,0 Departamento de Ciências Sociais 114 -,- 54 3 5,6 58 8 13,8 60 6 10,0 63 13 20,6
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APÊNDICE C – Tabela 4 – Distribuição dos dados da graduação no SIGAA, por subunidades acadêmicas, semestre e de acordo
com o número total de turmas, e com postagens de arquivos. Fortaleza-CE, 2013
(Continua)
UNIDADES ACADÊMICAS
SEMESTRES
2011_1 2011_2 2012_1 2012_2 2013_1 Total de Turmas
Arquivos Postados
Total de Turmas
Arquivos Postados
Total de Turmas
Arquivos Postados
Total de Turmas
Arquivos Postados
Total de Turmas
Arquivos Postados
N. N. % N. N. % N. N. % N. N. % N. N. %
Departamento de Economia Doméstica 29 -,- 32 - -,- 27 5 18,5 31 7 22,6 31 6 19,4 Campus da UFC em Sobral/Diretoria 296 -,- 271 15 5,5 290 49 16,9 304 39 12,8 298 56 18,8 Campus da UFC em Quíxadá/Diretoria 51 -,- 49 1 2,0 53 14 26,4 58 7 12,1 64 12 18,8 Departamento de Enfermagem 120 -,- 109 6 5,5 76 8 10,5 69 17 24,6 66 12 18,2 Departamento de Arquitetura e Urbanismo 94 -,- 46 8 17,4 52 13 25,0 54 16 29,6 60 9 15,0 Departamento de Fitotecnia 61 -,- 61 - -,- 53 3 5,7 59 6 10,2 62 9 14,5 Departamento de Direito Privado 31 -,- 33 2 6,1 34 5 14,7 34 12 35,3 35 5 14,3 Departamento de Letras Vernáculas 68 -,- 67 9 13,4 68 5 7,4 59 5 8,5 61 8 13,1 Departamento de Direito Público 38 -,- 39 1 2,6 39 1 2,6 41 2 4,9 40 5 12,5 Instituto Universidade Virtual 30 -,- 36 - -,- 44 - -,- 45 5 11,1 56 7 12,5 Departamento de Fundamentos da Educação 96 -,- 88 4 4,5 98 7 7,1 112 10 8,9 98 11 11,2 Departamento de Zootecnia 46 -,- 48 2 4,2 48 7 14,6 51 5 9,8 51 5 9,8 Departamento de Psicologia 109 -,- 91 6 6,6 71 5 7,0 72 4 5,6 67 6 9,0 Departamento de História 38 -,- 40 1 2,5 32 1 3,1 34 - -,- 34 3 8,8 Departamento de Letras Estrangeiras 142 -,- 151 2 1,3 154 9 5,8 143 8 5,6 150 11 7,3 Instituto de Educação Física e Esportes 62 -,- 55 1 1,8 47 2 4,3 41 2 4,9 57 4 7,0 Departamento de Literatura 62 -,- 59 - -,- 64 5 7,8 53 1 1,9 49 2 4,1 Faculdade de Medicina 178 -,- 181 - -,- 172 3 1,7 174 4 2,3 164 6 3,7 Departamento de Clínica Odontológica 43 -,- 37 1 2,7 35 - -,- 38 2 5,3 36 1 2,8 Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas 42 -,- 46 1 2,2 35 2 5,7 35 1 2,9 39 1 2,6 Departamento de Morfologia 11 -,- 11 - -,- 11 - -,- 11 - -,- 10 - -,- Departamento de Odontologia Restauradora 20 -,- 20 - -,- 20 - -,- 20 - -,- 20 - -,- Departamento de Saúde Comunitária 2 -,- 2 - -,- 2 - -,- 2 - -,- 2 - -,- Departamento de Patologia e Medicina Legal 13 -,- 15 - -,- 14 - -,- 13 - -,- 13 - -,-
Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.
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