universidade federal de santa catarina … · 2016-03-05 · nimes em afirmar que o fibroma...
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UN IVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
DEPARTAMENTO DE ESTOMATO LO GI A
"FIBROMA AMELOBLÂSTICO: CONT RI BU IÇÃO AO
ESTUDO CLINICO E RADIOGRAFICO" .
"AMELOBLASTIC FIBROMA: A CO NT RIBUITION TO
THE CLINIC AND RADIOGRAPHIC STDUDY".
TRAB AL HO SUBMETIDO A UN IVERSID AD E FEDERAL DE
SANTA CATARINA PARA o b t e n ç ã o DO TlTULO DE MES
TRE EM CIÊNCIAS.
SÔNIA MARIA LUCKMANN FABRO
- OUTUBRO - 1980 -
- n -
ESTE TRABALHO FOI JULGADO ADEQUADO PARA OBTEN
ÇÂO DO TiTULO DE "MESTRE EM CIÊNCIAS" - ESPEC IALIDADE ODON
TOPEDIATRIA, A PR ES ENTADO PERANTE A BANCA EXA MI NADORA COM
POSTA PELOS PROFESSORES;
- 1 1 1 -
Ao meu marido Lindomar
e meu filho Felipe
Aos meus pais, irmãos e sogra
dedico este trabalho.
- I V -
AGRA DEC IM EN TOS
PROF ESSOR DR. ROGERIO HENRIQUE HILDEBR AN D DA SILVA
Sob cuja sábia orientaç ão e constante iii
centivo pôde ser real i zado es te trabalho.
P RO FESSOR DR. ADERCIO MIGUEL DOMINGUES
Pela amizade, estimulo constante ,exempl o
de pe rsistência e boa vontade na c o n c r e
tização deste trabalho.
PR OFE SS OR A MARlO CCIA GRACE SCOTT BRUSA MESQUITA
Pela amãvel ajuda na traduçã o dos textos.
P RO FESSOR SERGIO ROBERTO VIEIRA
Pelo inestimável auxTlio na pesquisa bi-
bliogrãf ica junto ã USP e PUC de São
Paulo.
Ä ELISETE LUZ CALDEIRA DE ANDRADA e
ROSÂNGELA LEONOR BARBOSA
Pelo esmero no tra balho de datilografia.
- V-
A GR AD EC IM E NT O ESPECIAL
PROF ESSOR MIGUEL ESPERA EM DEUS MANGANELLI OROFINO
(in memoriam)
Pela estima, apoio e in centivo ao meu iji
gresso no magis té rio superior.
- VI -
T n d i c e
CAPITULO I
CAPITULO II
CAPITULO III
CAPITULO IV - Materiais e Métodos ................
CAPITULO V - Resultados e Discussão ............
CAPITULO VI
CAPITULO VII - Referências Bibliogr áf ic as ......
- V I I 1 -
RESUMO
0 autor, através de uma revisão da 1 iteratura ,ide£
tificou 31 casos de fibroma ameioblás t i c o . Re visando as ca ract£
rTsticas clTnicas e radiogrãficas dos casos identificados, c o n
cluiu que 61% afetaram pacientes com idades de 0 a 20 anos; que
64% eram em pacientes do sexo feminino; que eram lesões preferejn
cialmente mandibulares (82%); r a d i ol úcidas uniloculares (58%) ou
mui ti 1oculares (36%); que a p r e se n ta va m oste og en ese reacional em
48% dos casos; que podiam a pr es entar dentes inclusos na massa t^
moral (46%) ou não. (48%); que somente em 19,5% dos casos foi o b
servado pontos de m in e ra li zação; que havia controv ér si a quanto à
técnica cirúrgica de remoção da lesão; que 71% dos casos não apr^
sen taram recidiva e 10% recidivaram; que as publicações carecem
de dados clínicos e radiograficos precisos que fa c il it em o diag -
nos ti co.
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SUMMARY
The author, through a reyfew of the 1 i t e r a t u r e , i deii
tified 31 cases of ameloblastic fibroma and studied the clinic
and radiographic characteristics of the reported lesions. She coji
eluded that 61% of the cases were in pacients with ages ranging
from 0 to 20 years old; 64% were in female pacients; the lesions
were mainly located in the mandible (82%); the lesions were radio
lucent and unilocular (58%) or mu l ti l o c u l a r (36%); they showed
reactional osteogenesis in 48% of the cases; there were unerupted
teeth inside the tumoral mass (46%) or not (48%); focus of m e n e r ^
lization were observed in only 19,5% of the cases; there were no
ag reement on the most indicated surgical technic for the lesion
removal; 71% on the cases did not show recurrence and 10% were r^
current; the reported cases did not include precice clinic and
radio graphic data to facilitate the diagnosis.
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CAPTTULO I
i n t r o d u ç ã o
Ê de suma imp ortancia, para o patologista e ciru £
gião b u c a l , o conhecimento detalhado dos tumores o d o n t o g ê n i c o s .
0 fibroma ame 1o b 1ãstico é um tumor pouco comum,
que está classificado entre os tumores o d o n t o g e n i c o s , que se o r i
ginam da proliferação do epi telio odontogênico e, de alterações
do componente mesenquimal. Portanto, o fibroma ame 1o b 1ãstico é
um tumor de origem mista, isto é, epitelial e me senquimatos a .
Este tumor, também, foi conhecido pela de no min ação
de f i b r o a m e l o b l a s t o m a , odontoma mole, amelobla st om a primitivo e
tumor misto de origem dentãria.
0 fibroma amei obl ãs ti co é composto h i s to 1 ogi came ii
te de ninhos e traves de epitelio odontogênico, imersos num estro^
ma celular embrionário, lembrando a papila dentãria. Embora, o
ameloblastoma seja um tumor odonto gê ni co essenc i a lm en t e epitelial,
mesmo sob o ponto de vista hi sto lõgico, pode ser confu nd id o com
0 fibroma ameioblás t i c o .
Para EBLING & CHAHER^, o patologista deve evitar
a tentação de, observando epit elio adamantino, chegar ã conclusão
de que se trata de um ameloblastoma. Após verificar o epitelio
adamantino, deve av er ig uar se este não estã e nv olvido por mesên-
quima primitivo. Caso positivo, deve perceber que o neoplasma é
epitelial e conjuntivo. E provável que muitos casos, d ia g no s t i c ^
dos e descritos como am eloblastomas, em crianças de até 10 anos,
sejam, na verdade, fibromas ame 1 ob 1 ãs ti cos , E talvez possa se di
zer 0 mesmo de ameloblastomas curados com simples curetagem.
Clinica e r a d i o g r a f i c a m e n t e , muitos autores são unS
nimes em afirmar que o fibroma ameioblas tico é semelh an te a o u
tros tumores o d o n t o g ê n i c o s , podendo o cirurgião dentista cometer
erros no seu diagnóstico. Na grande maioria das vezes, o fibroma
ame 1 ob 1 ãs ti c 0 apresenta-se, clinicamente, como um aumento de voli[
me em de te rm inada área da mandTbula ou maxTla, indolor e com a mu
cosa de re cobrimento de coloração normal. R a d i o g r a f i c a m e n t e , pode
evi denciar-se como uma lesão unilocular, bem ci rc u ns c ri ta na maio^
ria das vezes, mas também pode apresentar-se como uma lesão radio
lúcida mui ti 1 ocular, lembrando o aspecto ra d io gr ãf ico de outros tij
mores, bem como cistos maxilares. No entanto, neces sá ri o se faz
a distinção entre essas entidades patológicas, uma vez que pare^
cem existir diferenças s i g n i f i c a n t e s .
Segundo TRODAHL^^, HERINGER^^, MORI & cols.^^, o
fibroma ame 1o b 1ãstico acomete um grupo etário jovem, com idade v^
riãvel de 0 ã 20 anos.
0 fibroma ame 1o b 1ãstico é um tumor que responde
bem ao tratamento cirúrgico conservador, embora alguns autores t£
2nham citado recidiva em alguns casos ( CARR & cols., TANAKA &
34 21cols., LYSELL & cols.), ao passo que outros tumores o d o n t o g e m c o s ,
como por exemplo o am el oblastoma costuma in fi lt ra r os espaços me^
dulares do osso, dificultando a remoção cirúrgica total, dando ma_r
gem a alta incidência de recidiva.
E indispensável, portanto, realizarmos um- estudo
minucioso, sob o ponto de vista clTnico e radio grãfico, para che^
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garmos a um d i agnost ic o clínico que, somado ao exame histopatolõ-
gico, nos permita obter um d i agnós ti co definitivo e, c o n s e q ü e n t e
mente, uma conduta terapêutica adequada, que evite mutilações de£
necessãri a s .
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CAPlTULO II
REVISTA B I B L IO G RA F IC A
Revisando a literatura ao nosso alcance, tivemos
acesso aos seguintes trabalhos:
30SHAFER , 1955, publicou dois casos de fibroma am£
loblãstico. 0 primeiro, uma menina negra de 7 anos, que a p r e s en t ^
va um aumento de volume na mandíbula esquerda em região de m o l a
res decíduos. 0 exame radiogrãfico mostrou uma área radiolúcida,
em região de 19 molar, que se estendia da crista alveolar infe
rior para o corpo da mandíbula e, distalmente, para a borda ante^
rior do ramo ascendente. A porção distai da radiolucidez c o n t i
nha uma massa calcificada, lembrando um dente. Certa área apreseji
tava reação óssea periférica. 0 tumor foi excisado e, 18 meses
após a cirurgia, a região apre sentava uma re generação óssea qu£
se total. 0 segundo caso, uma mulher branca, de 18 anos, visitou
0 dentista para um exame de rotina, 0 exame radiogrãfico revelou
uma lesão radiolúcida unilocular, circunscrita por osteogênese re^
cional, situada entre as raízes do 29 premolar e 19 molar inferio
res direitos.A lesão era completamente assi ntomãti ca e de duração
desconhecida. 0 tumor e o 19 molar foram extraídos, cirurgicamen-
te. Em determinadas areas foi observada uma fina cápsula de t e c i
do fibroso. 0 paciente foi ob servado periodicamente, durante 15
meses após a cirurgia e a região apresentou neo-for ma çã o óssea,
HUEBSCH & STEPHENSON^^, 1956, relataram um caso.
considerado raro em razão da idade do paciente, de fibroma amelo^
blãstico, recidivante , em um menino branco, de 3 anos de idade.
Aos 2 anos de idade, a criança foi submetida a uma cirurgia para
enucleação de um "cisto dentTgero", na região mento niana esquerda,
envolv endo os incisivo lateral e canino decíduos esquerdos. Após
a remoção da massa, juntamente com esses dentes decíduos e seus
sucessores permanentes, foram feitos exames mi croscõpicos e o d ia £
nõstico foi " a d a m a n t i n o n a ". ApÕs aprox im ad amente um ano, h a v e n
do recidiva do aumento de volume, os cortes his tológicos foram
reestudados pelos autores do trabalho e o di ag no stico passou a
ser fibroma ame 1o b 1ã s t i c o . 0 exame radiogrãfico revelou uma área
radiolúcida bem delimitada, mu 1 ti 1o c u 1 ar , de a p r ox i ma da m en t e 2
por 3,5cm, este nd en do-se da raiz mesial do IP mol ar decíduo, ao i nci s^
vo central esquerdo. A tabua óssea lingual não estava c o m p r o m e t i
da e a vestibular, extremamente fina, com exp an sã o de cerca de
0,5cm. Foi feita remoção cirúrgica em bloco, abrangendo a área
de incisivo central direito até 19 molar decíduo esque rd o e, in
feriormente, indo até 0,5cm acima do bordo inferior da mandíbula.
A cicatrização foi normal e, não houve recidiva nos 6 meses de o^
servação posteriores ã cirurgia.
W A L D R O N ^ ^ 1 959 , considerou importante a interpre^
tação histológica de tecidos removidos de areas radiolúcidas dos
maxilares, para um diagnóst ic o correto e uma conduta terapêutica
adequada. Igualmente importante é a grande ne ce ssi dade de estudos
clínico- patológicos bem conduzidos, para muitas lesões bucais. Os
resultados destes estudos levam a uma conduta te ra pêu tica mais r^
cional de alguns problemas enfrentados pelo clínico. Em d e t e r m i n e
dos casos, 0 resultado da anãlise de tecido de uma ãrea radiol.^
cida dos max ilares pode alterar cons id eravelme nt e, o plano de tr^
tamento sugerido pelas ca ra cterísticas clínicas e radiogrãficas .
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Ainda que, a grande maiori a destas lesões não deixe dúvidas para
0 diagnóstico clTnico, o estudo hi sto p at ol õ gi c o tem revelado c^
racterTsticas inesperadas. Em alguns casos, a análise microscõ -
pica do tecido revela que a lesão em questão é mais grave do que
se pensava inicialmente.
GORLIN & cols.^^, 1961, estu da ra m os tumores odon_
togênicos em homens e animais domesticados, ab ordando uma nova e
mais lógica classificação,, bem como uma detalhada apr es e nt a çã o das
características clinicas e histopatológicas. C on s idera ra m que o
campo dos tumores od on togênicos em animais domesticados ê ampla -
mente inexplor ado e merece co nsideração pela semelhança com os ti
mores odontogênicos humanos.
COUCH & cols.^, 1962, reportaram dois casos de f^
broma ame 1o b 1 ás tico de células granulosas em adultos, registrando
semelhança de morfol og i a destas células com ãs do épulis c o n gê n ^
to do recém-nascido. 0 primeiro, uma mulher, de 55 anos, que apr£
sentou uma tumor ação de mandíbula esquerda, em região de 29 molar.
Não havia dpr. 0 exame radiogrãfico revelou grande área radiolúci
da associada ao ápice do 29 molar inferior esquerdo com nTtida coji
densação Óssea na periferia. 0 tumor foi removido, t o t a 1 m e n t e ,por
cirurgia. Não houve ev idência de recidiva, 8 meses após a remoção
cirúrgica. Ma cr os c op i ca m en te , a lesão era circunscrita por uma
cápsula fibrosa. 0 segundo, uma mulher, negra, de 59 anos, p o r t a
dora de uma lesão na região de canino inferior esquerdo. Não foi
observado outro sintoma, a não ser um aumento de volume, de c r e s
cimento lento. A lesão tinha consistência óssea. Radiografic am en -
t e , foi manifestada uma lesão radiolúcida unilocular, com d e n s id ^
des focais. 0 tumor foi excisado. Os autores c oncluíra m que as c^
lulas granulosas são mo rf ol ogi c am en t e se me lhentes ãs encontradas
no épulis congênito; sugerem que as células granulosas do fibroma
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a m e l o b l ã s t i CO podem ser uma mani festação, no adulto, de algum
distúrbio de d es en volvim en to , que no recém-nascido leva ã forma
ção do épulis congênito.
CHAUDHRY & cols.^, 1962, divul ga ra m um tumor odon-
togênico incomum, com ca racterísticas microscópicas de fibroma
ameloblãstico, mixoma od o nt og ênico e de dentinoma imaturo, em um
menino, de 8 anos, na região do 19 molar inferior direito, que e^
tava ausente. Não havia história de extração desse dente. Na re-
gião do molar foi observada expansão óssea, por vestibular. A le
são era indolor. 0 exame radiogrãfi co revelou uma, bem c i r c u n s c r i
ta radiolucência pericoronal no molar incluso, contornada por o^
teogênese racional, bem como evidência de ca lc ificaçã o na região
inferior da ãrea radiolúcida e reabsorção da raiz distai do 29 mo
lar decTduo. 0 tumor foi enuclead o por cirurgia e não evidenciou
c ã p s u l a .
V I L L A ^ ^ , 1 962 ,fez um estudo micro sc ó pi c o de um fibro
ma am eloblãstico de mandTbula. A lesão era radiolúcida unilocular.
0 tumor foi facilmente enuc leado da mandTbula. 0 fibroma amelo -
blãstico difere do sarcoma a m e i o b 1ãstico , pela presença de uma
cápsula de tecido fibroso e ausência de mitoses nas células meso-
dérmicas. Alguns inve stigadores são de opinião que esse tumor o-
dontogênico misto, geral m e nte, não produz susbtãncia calcificada.
Neste caso, porém, foram encontrados dois tipos de corpo c a l c i f i
cado. Um parecia ser c al cifi ca çã o de degenera çã o de algumas c é l u
las do retTculo es tr el ado do folTculo ame 1 obl ás ti co ; outro, pare^
cia ser produto de e pitélio cil Tndrico enco nt ra do no retTculo e£
trelado do fol Tculo ameloblãstico.
.MCLENNAN & M C K E N D R I C K ^ ^ , 1963, re la taram um caso
de tumor odon t o gê ni c o incomum, em uma menina de 5 anos, localiza-
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- l o
do no corpo da mandTbula do lado direito. 0 exame da face revelou
um aumento de volume, localizado no lado direito, sobre área de
mandTbula. A pele de recobr im en to da região era normal e livremeji
te mõvel , não existia dor a palpação e os linfonodos regionais e^
tavam n o r m a i s . Intra oralmente, foi observada uma ampla tumoração
ovõide, tanto lingual, quanto vestibu la r que se estendia desde a
a rt iculação do ramo, para o corpo da mandTbula direita, até re
gião de molares decTduos e 19 molar. A lesão era dura. 0 exame
ra diogrãfico evide nc iou uma extensa área radiolúcida, unilocular,
bem circunscrita por reação óssea, envolvendo o corpo direito da
mandTbula. 0 29 molar decTduo foi comprimido para o bordo i n f e
rior da man dTbula e o 19 molar permanente e a coroa em for mação do
29 molar permanente deslocados para inferior e distalmente. 0 ge£
me do 29 premolar estava ausente. 0 tumor foi ext irpado por cirur^
gia, bem como o 29 molar decTduo. Após 18 meses, a região operada
ap resentava regeneração Óssea, re manescendo clinicament e uma su£
ve depressão. 0 19 molar per manente moveu-se e estava erupcionan-
do no 1ocal norma 1.
WALDRON & c o l s . “* , 1963, rei ataram dois casos de fi
broma amel ob lastic o de células granulosas. 0 primeiro, em uma mjj
lher, negra, de 60 anos, que foi encaminhada para d i agnósti co e
tr atamento de um aumento de volume na mandTbula, que interferia
na adaptação da prótese total inferior. 0 exame revelou uma massa
elevada, lisa, envolv en d o a crista alveolar m a n di b ul ar esquerda
na área de canino. A massa não era mole ã palpação e a mucosa de
re vestimento era normal. A radiografia mostrou uma ãrea radiolúci_
da mal definida. Focos de m i n e ra l iz a çã o foram notados dentro da
r a d i o l u c ê n c i a . 0 tumor foi removido cirurgicamente, em bloco; não
era encapsulado. 0 segundo, uma mulher, negra, de 53 anos, p o r t a
dora de um pr og res sivo aumento de volume da ma ndTbula esquerda ,
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alteração na oclusão e algum sa ng ra m en t o gengiva! na ãrea da le
são. A paciente tinha sido operada de um " a d a m a n t i n o n a " de m an d ^
bula esquerda, em 1929. 0 exame oral revelou uma massa firme na
mandTbula esquerda, es te nd endo-s e desde a região de premolares ,
até a de 39 molar. A mucosa vest ib ul ar estava elevada acima das
superficies oclusais dos dentes posteriores, que m o s t ra va m d e s l o
camento de suas posições normais. Havia expansão óssea das corti-
cais laterais e basilar da mandTbula, 0 tecido gengival a p r e s e n t ^
va sangramento e a paciente estava sentindo dor moderada, 0 exame
rad iogrãfico ev id enciav a uma lesão radiolúcida irregular, envoi -
vendo o corpo po sterior da mandTbula esquerda. Na pro je çã o oclu-
sal mostrava a cortical expandida, mas ap arenteme nt e intacta. 0
tumor foi removido por curetagem, e o canino, os premolares e m o
lares inferiores esquerdos foram extraTdos, 0 tumor não a p r e s e n t ^
va cápsula fibrosa.
EBLING & CHAHÉR^, 1964, ap r es en taram um caso de fi_
broma ame 1o b 1 ás t i c o , em moça de 16 anos, região r et ro-mola r ' e s
querda. Chamaram ainda atenção para o fato de que po ss iv elment e o
prognóstico e muito melhor do que para o am eloblastoma, conforme
tem sido publicado na literatura. Os autores a pr e se n t a r a m um caso
de fibroma ame 1o b 1 ás tico sob o ponto de vista h i s t o p a to ló g ic o ,di£
cutindo 0 d ia gnóstic o diferencial com o ameloblastoma. Pela impoj2
tãncia deste fato, é necessário que o patologista seja perfeita -
mente capaz de diferenciá-los e alertar o cirurgião.
29SEDANO , 1964, relatou 2 casos de fibroma amelo -
blástico. 0 primeiro caso em uma paciente do sexo feminino com 7
anos de idade. 0 tumor d iagnos ti ca do como amelobla st om a, era uma
massa de cre sc ime nto lento localizado no corpo da mandTbula. M i
cro scopicamente, 0 mesênqu ima era idêntico ao tecido conjuntivo
embrioná rio visto na papila dentária, Era composto de numerosas
células num estroma frouxo. As células epiteliais estava m agrupa
das em ninhos, botões e ilhas, sendo que alguns desses grupos,eram
semelhantes aos diferentes estágios do órgão do esmalte, en co n tr ^
dos nas fases do germe dentário, em desenvolvimento. Foi notada
uma zona hialina sug erindo um efeito indutivo do tecido epitelial
sobre o conjuntivo. 0 segundo, é de uma paciente do sexo feminino,
9 anos de idade, com um tumor no corpo da mandTbula. 0 estroma do
tumor era bastante frouxo e havia um grande número de células fi_
b r o b 1 ás t i c a s . Os grupos de células epiteliais ap r es en tavam uma
tendência marcad a a formar microcistos. Não havia polarização
nuclear. A apa rência das células epiteliais era a do amelobla st o
pré-funci onal . 0 padrão his tológic o desses dois casos era, evideji
temente, o do fibroma ame 1o b 1 ás t i c o .
O OVIANNA , 1964, publicou um caso de fibroma amelo-
blástico em um homem, de 20 anos. A lesão era a ss i nt om ãtica e foi
descoberta por exame radiogrãfico de rotina. A radiografia m o s
trou uma lesão osteolTtica, bem limitada, localizada entre o cani_
no e 0 incisivo lateral i nferi ores esquerdos . Outros sintomas na
região afetada não foram observados. Ambos os dentes tinham ampla
re stauração de silicato, mas sua coloração era normal e r e s p o n d e
ram, normalmente, ao teste de vitalidade pulpar. 0 tumor foi remo^
vido totalmente por curetagem, sob anestesia local e estud ad o ã
luz da microscopia. 0 paciente foi ex am inado 6 meses após a cirur^
gia. Os dentes da região, en volvida es tavam com vitalidade e os
tecidos moles, normais. A radiografia mostrou uma avançada regene
ração óssea na região operada. Esta região era ra diografada todos
os anos e após nove anos não ocorreu evidência de recidiva.
2 8RODNEY & CARRINGTON ü ONIOR ,1965., publicaram um caso de
fibroma ame 1o b 1 ás tico em um menino de 6 anos, ap re s en t an d o uma
assimetria facial causada por uma tumoração, lo calizada na maxila.
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na região de incisivo central e incisivo lateral direito, lado
direito do nariz, es tendendo -s e para o arco zigomãtico. 0 exame
intra oral mostrou expansão da cortical motivada por uma lesão
de co nsistência firme, sem dor ã palpação. Radi ograf i camente , evi_
denciou uma extensa ãrea radiolúcida, envo lv en do toda a dentição
no arco anterior. ApÕs a biõpsia, o tumor foi removido totalmente
e,era formado por um tecido firme e encapsulado. As observações
de acompanh am en to re velaram que os tecidos da ãrea da lesão ti
nham alcançado aparência normal.
GRENFELL & MARIS^^, 1966, d iv ulgaram um caso de
fibroma ame lo bl as tico de ma ndTbula direita, em uma mulher, de 42
anos, branca. A lesão ev idenciou expansão Óssea, com evidente a s
simetria facial. I n t r a - o r a l m e n t e , a lesão se estendia da linha me
d i ana para a região retro-molar direita com obl it eração do sulco
bucal. A mucosa de re co brimento tinha aparência normal. A lesão
apresentou consistênci a flutuante em certa ãrea, bem como crepi t^
ção papirãcea noutra. 0 exame rad iogrãfico revelou uma lesão ra
diolúcida mult ilocula r, extensa, do ângulo m an d ib u la r até a sTnfi_
se. A região era edêntula e ap re sentava expansão óssea da corti_
cal ve sti bular e do rebordo alveolar. Durante a cirurgia, a le
são foi separada do osso com curetas, não ap r es en tando cápsula.
TROTT^^, 1967, relatou um caso de fibroma a m e l o
blastico em uma menina de 8 anos e meio de idade, que estava em
observação em virtud e da pe rs istênc ia do incisivo central supe-
ri or direito decTduo. Clinicamente não havia aumento anormal de
volume na área, nem anomalias ã p a l p a ç ã o o u percussão. 0 exame ra
diògrãfico mostrou erupção normal do inc isivo central esquerdo e
do incisivo lateral direito permanentes. 0 espaço periodontal e
a lâmina dura ao redor da raiz do incisivo decTduo, que a pr e se nt ^
va dois terços de reabsorção, estava normal. Apicalmente ã lamina
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dura do incisivo decTduo estendia-se uma area radi olúcida desde a
mesial do incisivo lateral direito permanente até o ângulo mi
sio-incisal do incisivo permanente não e r u p c i o n a d o > e ,a p a r e n t e m e n
te , en volvendo parte da coroa, na altura do ângulo disto incisai.
A ãrea radiolúcida media 9 por 8 mm e foi di ag n os t ic ad a como
sendo um cisto do canal incisivo. 0 incisivo decTduo foi extraído
sob anestesia local e a criança foi encami nh ad a a um cirurgião
oral para fazer curetagem, o que foi feito sob anestesia geral
Foi curetado um tecido de "granulaçao" mole, o qual foi submetido
a exame histolõgico.
GARDNER & cols , 1 969 , publi c ar a m três casos de
fibroma ame 1o b 1ã s t i c o . 0 primeiro, uma mu lh er branca de 30 anos ,
que visitou seu dentista para tratam ento de caries dentárias. 0
exame radiogrãfico revelou uma lesão ovÕide radiolúcida, de m a r
gens mal definidas, no corpo da mandíbula, en vol v en d o as raizes
do 19 molar e 29 premolar esquerdos. Ambas as raízes do 1 9 m o l a r a
p re se ntavam reabsorção externa. Uma tumefação dura foi observada
por expansão óssea lingual da região de 29 pre molar e s qu er do ao
29 molar. A lesão era indolor. Pequena quan ti da de de líquido a ma
relo citrino foi aspirado. 0 tumor foi curetado e os três dentes
envolvidos foram extraídos. Não houve ev id ência clínica, nem ra-
diogrãf ica de recidiva após 3 anos. 0 tumor era ci rcunscr it o por
fina cápsula de tecido fibroso. 0 segundo, em uma menina branca
de 7 anos, em que durante um exame odo h to lÓ g ic o de rotina, foi
observada uma lesão radiolúcida mui ti 1ocular , associada a coroa
do 29 molar permanente inferior direito, que se apresenta va incl]^
so e in co mp letamente formado. Não havia evidênc ia de e xpans ão das
corticais. A lesão e o 29 molar foram ex cisados, a cavidade foi
bem curetada e o dente reimplantado. 0 paciente foi reexaminado
quase 1 ano após. Não havia evidê ncia ra di ogrãfica de regeneração
- 14 -
5ssea, nem d es en vo lviment o do dente. 0 29 molar, então, foi remo^
vido. Não houve recidiva da lesão. 0 tumor era circunscrito por
cápsula fibrosa. 0 terceiro, uma menina com 2 anos e meio de id^
de, apresentou falta de erupção do 19 e 29 molares decíduos. A r^
diografia revelou uma lesão radiolúcida na região dos dentes au
sentes. 0 cirurgião oral que curetou a lesão, observou que esta
não parecia um cisto dentTgero tTpico. Neste caso não foram fei_
tos exames radiogrãficos periódicos, nem o acompanhamento.
CARR & cols.^, 1970, relataram um caso de fibroma
a m e i o b l á s t i C O , r e c i d i v a d o , em uma menina negra, de 10 anos, loc a
lizada na mandTbula esquerda. Uma lesão radiolúcida unilocular se
estendia de incisivo lateral inferior esquerdo ate 19 molar.Na re
gião inferior da radiolucência foram notados dentes impactados. 0
dia gnóstico de fibroma ame 1o b 1 ás tico foi confirmado por biópsia.
0 tumor foi removido cirurgic am en te por curetagem. Os dentes im
pactados estavam separados do tumor por fina camada óssea e foram
extraídos o canino e o 19 premolar, com formação incompleta da
raiz. 0 incisivo lateral esquerdo, também, foi extraTdo por causa
do envolvimento da região pelo tumor, embora estivesse em Posi^
ção normal na arcada. ApÓs 4 anos e meio de ac om pa nhamento, o ex^
me radiogrãfico da região operada revelou uma lesão óssea un iloc^
lar na região da sTnfise mandibular, inferior aos ápices dos inc i
sivos centrais e incisivo lateral direito. 0 dia gnósti co histo^
patoló gico da lesão foi fibroma amei obl,ás ti c o . 0 tratamento empre^
gado foi uma res secção mandi bu la r em bloco, incluindo os três in
cisivos e preservando o bordo i n ferior da mandTbula. Não houve e-
vidéncia de recidiva, quando o paciente foi ex aminado 9 meses mais
t a r d e .
EBLING^, 1 970 , descreve o fibroma ame 1o b 1 ás tico co
mo sendo um tumor encapsulado. Diz ainda que, a maioria dos casos
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relatados ate hoje e de incidência em crianças ou jovens. Tem pre^
ferência pela mandTbula, a proxima da me nte na proporção de 3:1. E
sobre tudo o aumento de volume da região que traz o paciente a coji
s u 1t a .
CASTELLETTO DE FANCHIOTTI & DRUT^, 1 972 ,p u b 1 i c a r am
um caso de fibroma ame 1oblãstico em um homem de 52 anos. 0 exame
intra.oral revelou uma tumoração indolor comprom et en do todo o cor^
po direito da mandTbula, com deslocamento dos tecidos moles da
região, bem como ausência dos dentes da ãrea que haviam sido ex-
traTdos, antes do apa recimento da lesão.0 exame ra diogrãfico m o s
trou uma ampla ãrea radiolúcida un ilocular com osteogênese rea
cional. 0 diagnóstico de fibroma a m ei ob lã stico foi confirmado por
biópsia, sendo o tumor extir pado totalmente por cirurgia.
5CHRIST & cols. , 1972, reportara m um caso de fibro
ma ame 1o b 1ã s t i c o , atTpico, em uma moça negra, de 15 anos. 0 exame
clTnico revelou expansão óssea da mandTbula esquerda na região de
premolares. Radi ografi c a m e n t e , evidenciou uma lesão radiolúcida u
nilocular, circunscrita por osteogênese reacional, abaixo e e n
tre os premolares inferiores esquerdos. 0 tumor foi enu cleado com
certa facilidade e apr esentava fina cãpsula de tecido conjuntivo.
Catorze meses após a enucle aç ão cirúrgica, a paciente não apresen^
tou evidência de recidiva, nem clTnica, nem r a d i o g r a f i c a m e n t e .
EBLING & cols.^, 1 972 , apresen ta ra m 4 casos de fi_
broma ameioblãstico comprovados por exame histológico. Todos os
casos estavam localizados na mandTbula, as idades variavam de 4
ã 16 anos, sendo três pacientes do sexo feminino. Os tumores f£
ram removidos cir urgicamente por curetagem e aco mpanhados por um
perTodo de 2 ã 7 anos sem ocorrência de recidiva.
MORI & cols.^^, 1 972 , di vul g ar am um caso de fibroma
- 16 -
amel obl ãs ti C O e dois de sarcoma ame 1 ob 1 ãs ti c o . A paciente do fi
broma ame 1oblãstico de 38 anos, apr esentava uma tumoração no U
do direito da mandTbula, que causava assimetria facial. 0 aumento
de volume era acompanhado de dor e trismo. Intraoralmente , a maji
dTbula direita estava expandida desde o 19 molar até a região re
tro-molar, ocorrendo des ap a r ec i me n to do sulco bucal; a mucosa de
re cobrimento era normal. S palpação, a lesão era firme, sólida e
dolorosa no bordo inferior da mandTbula. 0 29 molar inferior d i
reito estava ligeiramente mÓvel. Os linfonodos s ubmandi bul ares di_
rei tos estavam infartados e suavemente moles. Ra diograficamente
co nstatou-se uma ampla lesão mul t il oc u la r ou uma lesão r a d i o l ú
cida com aspecto de "bolhas de sabão", desde a mesial do 29 molar
inferior direito, afetando grande parte do ramo através do angulo
da mandTbula. 0 bordo inferior estava Tntegro. Os 29 e 39 mola -
res ap res entavam reabsorção apical. Um dente s up ra -n umerãri o e s
tava contido na região do ãpice radicular do 19 molar. 0 d i a g n ó s
tico . h j.s top a to 1 ó gi co foi fibroma amei obl ãs ti c o . 0 tratamento efe^
tuado foi uma he mi -mandib ul e ct o mi a direita, sob anestesia e n do t r^
queal . Foi excelente a recuperação e o paciente foi dispensa do 30
dias depois sendo examinado periodicamente. Um ano após a c i
rurgia, não houve recidiva.
OLOFSSON^^, 1972, divulgou um fibroma ameloblãsti-
co em um menino recém-nascido. Com a idade de 1 mes foi notado uma
lesão na mandTbula esquerda na região de molares. Aos 8 meses de
idade, o tumor era bem visTvel clinicamente. 0 exame radiogrãfico
revelou uma lesao radiolúcida unilo cu la r circundada por reação ó^
sea. Dois dentes estavam in corporados na lesão. Quando o paciente
completou um ano, o tumor foi ci rurgica me nt e removido. A neopla
sia era encapsulada. Não ocorreu recidiva, dezoito meses após a
cirurgia. A lesão deve ser d if e re nc iada do ameloblastoma, que o
- 17 -
- 18 -
pode lembrar, tanto clTnica, como r a d i o g r a f i c a m e n t e .
34TANAKA & cols. , 1972, relataram o caso de um
menino de 7 anos e meio de idade exa minado pelos autores, em de
zembro de 1963. Em abril de 1963 foi notado um aumento na região
angular da mandTbula esquerda, não sendo tratado, pois não apre -
sentava dor. Em junho de 1963, ent retanto, o aumento se acentuou.
Foi notado um aumento nos linfonodos regionais. An tibióticos, a d
ministrados. por um médico, tro uxeram alTvio ã vários sintomas
Contudo, desde setembro o aumento vinha se acentuando gradual^
mente. 0 exame extra oral revelou um aumento difuso na região an
guiar da mandTbula esquerda, es te ndendo- se para a região anterior.
A pele estava normal em contin ui dade e coloração. 0 paciente não
apresentava dor espontânea e os nódulos linfáticos estavam n o r
mais, 0 exame intra oral mostrou um aumento de volume desde o i n c i
sivo lateral inferior esquerdo até o 19 molar, tanto por v e s t i b u
lar como por lingual. A mucosa de recobrimento da região e a m o
bilidade dental estavam normais. R ad io grafica me nt e ap re sen tava uma
radiolucidez m ul t ilocul ar que se estendia dos mol ares inferiores de
cTduos esquerdos até o ramo da mandTbula, contendo um dente com
formação incompleta da raTz. 0 bordo inferior da mandTbula estava
Tntegro. Foi feita biÓpsia e o d ia gnóstico foi fibroma ameloblás-
tico. 0 tumor foi tratado por cirurgia conservadora e um ano e
meio após foi notada recidiva. Na 2- cirurgia foi removida parte
da mandTbula, desde o canino esque rd o até o p r o c e s s o .articula r do
mesmo lado. Foi feito enxerto Ósseo de fragmento de crista de
ilTaco. 0 paciente foi aco mp anhado durante 5 anos, após a segunda
cirurgia, não apresentando evi dência de recidiva, nem distúrbios
funcionais e estéticos.
TRODAHL^^, 1972, fez uma revisão dos casos de f i
broma ame 1 oblás tico do Instituto de Patologia das Forças Armadas
dos U.S.A.. Estudou uma serie de vinte e quatro casos de fibromas
amei oblãsti C O S com a finalidade de determin ar o padrão de incidiii
cia relacionado com idade, sexo, raça, localização, sintomas pr^
sentes, tipo de tratame nto e recidiva. A anãlise desta série coji
firma,, essenci al m e n t e , os padrões de incidência encontrados em pe^
quisas anteriores, mas sugere que o tumor é, algumas vezes, mais
agres sivo e que tem um maior potencial de recorrência do que se
acredita, atualmente.
HIETANEN & cols.^^, 1973, relataram o caso de uma
paciente do sexo f em i nino,co m 7 anos de idade. A paciente apresejn
tav.a um aumento de volume na mandTbula esquerda, região de molar,
com uma úlcera crate ri f o r m e , que não tinha curado. Os nodulos liji
fãticos subman dibulares esquerdos eram palpãveis. A radiografia.re
velou uma ãrea radiolúcida mu 1 ti 1 o c u 1 a r , e s te nd endo-se d i s t a l m e n
te ao 19 molar decTduo inferior esq uerdo, até a incisura m a nd i b^
lar. Os dentes da região a presen ta va m-se deslocados. A r a d i o g r a
fia de tórax estava normal. Feita biópsia, o d i agnósti co consta -
tou fibroma ameloblastico. 0 tumor foi extirpado ci ru rg icamente ,
sob anestesia geral. Foi feito controle pós-ope ra tório de 6 meses
não ocorrendo evidência de recidiva nesse perTodo.
TIMOSCA^^, 1974, divulgou um trabalho sobre t r a ta
mento radical de tumores ameiobl ãs ti cos dos maxilares, onde 39
desses tumores, tais como: am el obl astoma, fibroma a m el ob lã stico ,
tumor od ontogênico adenomatÓi d e , tumor odo nto gê ni co epitelial cal_
cif icante e f i bro-odontoma am eloblãstico, foram removidos cirurgi_
camente com ampla margem de segurança. 0 autor constatou que por
um perTodo, de controle, que variou de 18 meses ã 20 anos, não
houve evidência de recidiva.
SINGH & cols.^^, 1975, rel ataram o caso de uma
-19-
criança de 8 anos, sexo masculino, que foi examinada apresentando
um grande aumento no lado esquer do da mandTbula, que cresceu leji
tamente (2 anos e meio): A cortical Óssea estava expandida e rom
pida em alguns lugares. A mucosa estava ulcerada devido ao c o n t a
to com os dentes superiores. 0 exame radiogrãfico mostrou uma c a
vidade un ilocular com um dente na sua base, su gerindo um cisto fo
licular. A grande expansão óssea, a mucosa ulcerada e hemorragias
repetidas não dei xaram outra alte rnativa se não uma hemi mandibu -
lectomia. M a s c r o s c o p i c a m e n t e , o tumor apresen tava-se branco-acin-
zentado, medindo 10 cm por 12 cm. 0 exame mi cr o sc ó pi c o revelou f i
broma a m e i o b l ã s t i c o .
20LUCAS , 1976, diz que o fibroma a melobla st ic o o-
corre em grupo etãrio jovem (15 ã 25 anos) e não tem predileção
por sexo. 0 tumor cresce, lentamente,' por expansão e é indolor.
Radi ografi camente a lesão é radiolúcida unilocular, podendo algjj
mas vezes ser multilocular. Dentes inclusos podem estar associa -
dos ao tumor. Pode ou não apres en tar cápsula definida. E uma l£
são benTgna e a recidiva é baixa.
SHEPHERD & CATALDO^^, 1976, des cr ev eram o caso de
uma menina branca de 3 anos de idade, portadora de uma assimetria
facial causada por uma lesão radiolúcida na mandTbu 1 a ,que. se esten
di a abaixo das margens do filme periapical. A lesão era indolor
e localizada no corpo e ângulo direito da mandTbula., com aumento
de volume definido. 0 exame intra'o^ral revelou des lo ca mento dos mo
lares inferiores direi to s. A mucosa estava com coloração e textura
normais, embora por pressão digital, pudesse formar-se uma depre^
são. Radiografic am en te observava-se uma lesão radiolúcida multilo^
cular extensa no corpo e ramo direito da mandTbula, com expansão
da cortical e destr ui ção da arquitetura óssea normal desde o cÕn-
dilo e processo coronóide até a região do germe do canino perma -
-20-
nente. 0 germe do 19 molar permanente tinha sido deslocado para
junto do bordo inferior da mandTbula. 0 dia gn ostico diferencial na
época incluia cisto dentTgero mandibular, ameloblastoma, fibroma
ame 1o b 1ã s t i c o , a d e n o a m e 1o b 1 as toma e doença o s t e o f i b r o s a . Feita a
biopsia, restou a dúvida, se era realmente um amelobl as to ma ou um
fibroma ame 1o b 1ã s t i c o . Em razão de não ser comum enc ont ra r- se um
ame lo bl as toma em criança dessa idade, e porque a remoção ci r ú r g i -
ca de um ameloblastoma, com esta extensão, requereria um p r o c e d i
mento cirúrgico muito radical, o caso foi reavaliado. Como r e s u l
tado a lesão foi di ag no sticad a de fibroma ame 1 ob 1 ãs ti co e o tumor,
que era encapsulado, sofreu enu cl e aç ão total numa cirurgia con se£
vadora. Para reparo da região afetada foi utilizado enxerto de
crista ilTaca.ApÕs 16 meses da cirurgia, as radiografias mostra -
vam reparação completa do defeito Ósseo cirúrgico e nenhuma e v i
dência de recidiva.
-21-
43ZEGARELLI & cols. 1 976 , dizem que, parece nao
ou
haver predominância quanto ao sexo em relação ao fibroma amelo
blãstico. A lesão apresenta-se radiolúcida, podendo ser uni
mul tilocular. Cresce, expandi nd o mais que infiltrando. Por isso
a periferia da lesão é bem definida e limitada. A cortical: pode
est ar expandida porém não destruTda. Os dentes vizinhos podem e s
tar deslocados de sua posição porém, mantendo vitalidade. 0 trat^
mento de eleição é conservador, pois o tumor tem pouca tendência a
reci di v a r .
GORLIN & GOLDMAN^^, 1977, publicaram que o fibroma
ame 1oblãstico parece não ter preferência por sexo. 0 tumor pode
p roduzi r uma expansão indolor, a ssint om ãt ica e lenta da cortical
na região de premolares e molares inferiores com mais freqüência
do que no maxilar superior. R a di ogra fi ca mente é uma lesão cTstica
de contorno liso, podendo ser mu lt ilocular, em alguns casos. Den-
tes inclusos podem estar associados com o tumor, porem não com
t a n t a -freqüência como o tumor od on to gênico a d e n o m a t õ i d e . Foi o b
servado, algumas vezes, separação das raízes de dentes adjacentes.
0 tumor pode expandir-se, mas não é invasivo. 0 fibroma am el ob lã^
tico ê e n c a p s u 1ado e in teiramente benTgno. Os casos recidivados
devem ter sido em decorrência de excisão cirúrgica incompleta.
NOVINCE & GRAU^^, 1977, repor taram um caso de f i
broma ameloblãstico, em um rapaz negro de 14 anos, localizado na
mandTbula, em região de premolares direitos. Uma tumefação, no
corpo direito da mandTbula, foi observada cl inicamente, bem c o
mo a ausência dos premolares. Radiog ra f i ca m en t e a lesão era mul-
tilocular e estava associada a dois premolares inclusos. A r a d i o
grafia oclusal mostrou expansão óssea vestibular. Os molares d e
cTduos,o 19 molar perman ente e os premolares inclusos foram e xt r ^
Tdos e_o tumor removido por curetagem. 0 tumor não era encapsulado.
Seis meses após a cirurgia, o tecido ósseo estava regenerado. 0
paciente foi examinado em intervalos regulares de três meses.
42WHITE & cols. , 1978, es tu d ar a m quatro tumores m^
xilares, chamados de fibroma am el oblãstic o de células granulosas,
para avaliar as ca racterTsticas clTnicas e invest ig a r a natureza
das células granulosas, por microsc op ia eletrônica. A media de
idade dos pacientes, foi 55 anos, sendo todos do sexo feminino. 0
primeiro caso, uma radi ol ucênci a uni locular localiz ada na mandTbi^
la, em região de canino, em uma mulher branca de 50 anos, A remo^
ção tumoral foi por cu re ta ge m e não recidivou apÓs 6 meses. 0 se
gundo caso, uma mulher negra, com 50 anos que apresentava uma le
são rad iolúcida na região posterior de mandTbula. 0 diagnóstico
foi fibroma a melob lã st ico de células granulosas. 0 tratamento efe
tuado foi uma cu re tagem e o tumor não evidenci ou recidiva apÓs
7 anos de acompanhamento. 0 terceiro caso, uma mulher branca, 55
-22-
anos , mostrava uma lesão radiolúc ida na maxila, em região de p r e
molares. 0 diagnóstico final foi fibroma amelobl a s ti co de células
granulosas. 0 tumor foi sub metido a excisão cirúrgica e após 3
anos de seg uimento não ocorreu recidiva. 0 quarto caso, uma mulher
branca, com 65 anos, revelou uma lesão radiolúcida unilo cular em
região de premolares e molares inferiores. 0 diagnóstico définitif
vo foi fibroma am el oblasti co de células granulosas e foi e x t i r p a
do por excisao cirúrgica. ApÓs 2 anos de tratamento, o tumor nao
mostrou evidencia de recidiva. Um tumor foi examinado por micros-
copia eletrônica e revelou que as células granulosas c o n t i n h a m m u ^
tas partTculas semelhantes aos lisossoinos e que eram idênticas as
células granulosas do mioblastoma.
LYSELL & c o l s . ^ \ 1978, relataram dois casos de
fibroma, ameloblastico. 0 primeiro caso, uma menina de 7 anos de
idade, apres en ta ndo uma lesão cística na região do 29 molar d e c T
duo sup erior direito. Este molar não tinha erupcio na do , bem como
0 19 molar s uper io r direito permanente. 0 processo alveolar da r^
gião estava aumentado. 0 exame rad io gr ãfico mostrou uma lesão ra
diolúcida multilocular, e nv olvendo a coroa do 29 molar decTduo. 0
germe do 29 premolar permanente estava localizado mais cranialmeji
te. 0 tumor foi removido por cu re tagem e, o 29 molar decTduo foi
extraTdo. 0 germe do 29 premolar permane nte foi preservado. 0
diagnós tico por microscopia, foi de fibroma ameloblastico. 0 e x a
me radiogrãfico, 10 meses apÓs a cirurgia, revelou uma area sus
peita de recidiva. Nova cirurgia foi realizada e todo o tecido
mole, que envolvia o 29 premolar, foi removido. 0 exame m i c r o s c ó
pico, desse tecido, confirmou o diagnó st ic o de fibroma a m e l o b l a s
tico. 0 paciente ficou em observação por 15 meses, sem apresen
tar evidência clTnica ou radiogrãfica de recidiva. 0 segundo c a
so, um paciente do sexo masculino, 13 anos de idade, apresentou-se
-23-
na clínica para um exame, porque o 19 molar permanente superior
direit o não havia erupcionado. A radiografia mostrou uma lesão
cística, de limites precisos , envolvendo as coroas dos 19 e 29
molares superiores direitos. No exame clTnico foi observado um
ins ignifica nt e aumento do processo alv eolar da região. 0 tumor
foi excisado cirurgicamente e a separação do tumor com o osso
transcorreu sem dificuldade. 0 exame mi c ro sc ópico revelou um fibro^
ma ameloblãstico; seis meses após a operação, os 19 e 29 mo lares
ainda não haviam erupcionado. 0 tecido gengival que recobria e s
ses dentes foi excisado e, sub me ti do a um exame mi cr os cópico, não
revel ou recidiva do tumor. Após 12 meses, desse novo exame, o 19
molar permanente erupcionou e não havia recidiva.
HERINGER^^, 1978, relatou um caso de fibroma amel£
blãstico em uma criança do sexo feminino, com 3 anos e meio de
idade. Aos 22 meses de idade, o incisivo central superi or e s q u e r
do não havia erup cionado e a criança foi submetida a uma rad i o gr ^
fia, mas não retornou ao dentista. Aos 3 anos e meio de idade, a
criança foi novamente examinada. 0 exame extra oral nada tinha
de significativo. Sua face .simétrica, não e vi denciav a trauma.Os
nódulos linfãticos da região estavam normais. 0 exame intra oral re
velou 19 dentes erupcionados em oclusão classe I. Notou-se a a u
sência do incisivo central superio r esquerdo decTduo. Foi o b s er v^
da uma suave expansão Óssea na região do incisivo ausente. A colo^
ração e textura da gengiva estavam normais. 0 exame radiogrãfico
mostrou uma ãrea radiolúcida, com margens regulares, na região
da coroa do incivo central superior esquerdo decíduo. A criança
foi submetida a uma biópsia excisional, sob anestesia local. 0
incisivo lateral superior esquerdo decTduo foi extraído, para me
lhor acesso. A massa tumoral foi totalmente curetada e o incisivo
central superior esquerdo decíduo foi extraído. 0 exame microscó-
-24-
pico revelou fibroma ame 1o b 1ã s t i c o . As radiografias apÕs a c i r u r
gia, num prazo de 2 ã 6 meses, mo s t ra r am erupção normal do incisi_
vo central supe ri or esquerdo permanente, co nf irmando o bom prog -
nÕstico do tratamento conserva do r em caso de fibroma ameloblãsti-
co. 0 paciente foi ac om pan hado durante 12 meses sem evidencia de
recidiva.
REICHART & ZOBL^^, 1978, di vu l ga ra m o caso de um
paciente do sexo masculino, 16 anos, que em agosto de 1975 foi
ex aminado por apres en tar uma massa sangrante, no processo alvé^
lo-m andibu la r esquerdo. A história medica pregressa não a p r e s e n
tava nada digno de nota, e xcetuan do -s e uma cirurgia, naquele lo
cal, em 1972. Antes dessa cirurgia, o paciente quei xa va -se de um
aumento de volume e dor nessa ãrea. A radiografia mostrou o 19 mo
lar impactado e o 29 molar ausente. Não havia história de e x t r a
ção prévia. Entre o 19 molar impactado e o 39 molar, foi visto
uma imagem radiolúcida unilocu la r bem definida. Medialmente ao 39
molar es ta va m localizadas umas poucas opacidades irregulares. De
acordo com o relato cirúrgico, foi feita uma enuclea çã o do tumor,
sob anestesia local, 0 exame h is t op a to ló g ic o revelou fibroma ame-
loblãstico. A ci catrização foi normal e não havia queixas até
lho de 1975, quando o paciente notou uma massa de cre scimento rã
pido no local da cirurgia. 0 tumor de 4 por 2 cm, parci almente uj_
cerado, estava localizado na porção s u pe ri or do alvéolo sem dente;
tinha consistência carnosa, amolecida e coloração castanho averme^
lhada. A radiografia da ãrea, mostrou a mandTbula esquerda par -
ci almente edentada e a região mediai ao 39 molar, mostrava uma
des truição óssea alveolar. Sob an estesia local, foi feita uma
biópsia de congelação e, após o di agnó st ic o de fibrossarcoma, foi
efetuada uma ressecção parcial da mandT bu la, juntamente com di^
secção dos linfonodos supra hioTdeos. Apesar da ausência de epité
- 2 5 -
lio odontogênico, nesse tumor, o dia gn ós tico de f i bross arcoma ori_
ginado de um fibroma ame 1o b 1 ás tico pode ser feito, desde que, a
localização do tumor foi idêntica em ambas ocasiões, num dado iii
tervalo de tempo. 0 paciente foi acom panhado durante 23 meses sem
ap resentar recidiva. Em janeiro de 1977, foi reconstruída a m a n d^
bula com enxerto de crista ilTaca.
SHAFER & c o l s . ^ \ 1979, divulga ra m que em geral, o
paciente portador de fibroma ame 1o b 1ãstico não apresenta queixas e
que, a descoberta se dá durante exames radiográficos de rotina.Em
certos casos, dor ou uma leve tumefação do maxilar, pode levar o
paciente a consultar o dentista. R a d i o g r a f i c a m e nte o tumor ê uma
lesão radiolúcida unilocular, oc as io nalment e multilocular, com
contornos regulares, podendo ou não produzir expansão óssea evi -
dente. 0 tratamento deve ser conservador, uma vez que ele parece
não infiltrar ativamente o osso. Separa-se facilmente da e s t r u t u
ra Óssea e mostra pouca tendência ã recidiva.
- 2 6 -
- 28 -
CAPTTULO III
PROPOSIÇÃO
Com a finalidade de contr ib uir para a elucidaçãode
alguns aspectos no estudo clínico e ra diogrãfico do fibroma amelo
blãstico, pretendemos no presente trabalho, analisar casos relat_a
dos na literatura odontolõgica mundial ao nosso alcance, sob o
ponto de vista de:
1. Características clínicas;
2. Ca racterísticas r a d i o g r ã f i cas ;
3. Tipos de tratamento;
4. Incidincia da recidiva.
- 3 0 -
CAPTTULO IV
M AT ERIAIS E METODOS
1. M A T E R I A I S :
1.1. - Casos publicados na literatura e s pe ci alizada desde 1955
até 1979.
2. METODOS :
2.1. - Estudo das características clTnicas abordando os seguin
tes aspectos :
- idade
- sexo
- raça
- 1 oca 1i zação
- expansão óssea
- aspecto da mucosa da região tumoral
- desl oc am ento e mobilidade dos dentes adjacentes
- consist ên ci a a palpação
- dor espontânea.
2.2. - Das caracterTsti cas radiogrãficas:
- lesão uni ou multilo cu la r
- limites da radiolucência
- relação com dente incluso
- focos de min er a li z aç ã o na ãrea radiolúcida
- rea bsorção radicular
- 3 1 -
2.3. - Tipos de tratamento:
- conservador: cu retagem e enucl eação
- radical: ressecção parcial ou total• *
2.4. - Incidência de recidiva:
- a c o m p an h am e nt o para ver ificar o reapa re ci men to do t]j
mor ou a cura do paciente.
- 3 3 -
CAPTTULO V
RESULTADOS E DISCUSSSO
Fazendo uma revisão dos trabalhos publicados sobre
fibroma ameloblast ic o ao nosso alcance, pudemos analisar 31 casos,
onde os autores relataram as carac terTsti ca s clínicas e radiogrã-
ficas desse neoplasma.
No quadro I constatamos que 19 pacientes es tav am
na faixa etária de zero ã 20 anos (61%). E importante salientar
que existe um tipo de fibroma ame 1 obl ás ti co de células granulosas,
que incide sobre uma faixa etária alta (50 a 65 anos), e que, no
presente trabalho, estão representados pelos casos relatados por
COUCH & cols.^, WALDRON & c o l s . ^ \ WHITE & cols.^^.
Dos 31 casos por nós revisados, 20 afetaram pacieji
tes do sexo feminino (64%). Vinte e cinco casos de fibroma amelo-
blás ti co estavam localizados na mandíbula (82%). Destes, 16 na
região de premolares e molares (64%), 4 na região anterior (16%)
e 5 abrangendo a região ã n t e r o - p o s t e r i or (20%). Com relação a r a
ça não podemos discutir, desde que grande parte dos autores con -
sultados (13 casos) não m e nc i o n a r a m esse dado. Os resultados dos
18 casos, onde a raça é mencionada, se equ ivalem em relação a
brancos e negros (9b e 9n).
TRODAHL^^, em seu trabalho, constatou que o fibr^
ma ame 1o b 1 ás tico incide numa faixa etária baixa (zero ã 20 anos )
e de preferência na mandíbula, região de premolares e mo la re s .C o m
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relação ao sexo, o resultado foi de 67% de pacientes do sexo mas-
1 ?culino e 33% do sexo feminino. GORLIN & cols. , citado por S£ DANO, es tu da ram 35 casos, sendo 57% do sexo m a sc ulino e 43% do se
xo feminino. A faixa etária pr edominante era jovem e a localiz^
ção preferencial foi mandTbula, região posterior. B A D E n \ citado
por CA ST ELLETTO DE. FANCHIOTTI & DRUT, afirma que os homens são
duas vezes mais afetados que as mulheres e que o fibroma amelo
blãstico se localiza em região de premolares e molares inferiores
em 75 a 85% dos casos. HERINGER^^, numa revisão de casos p u b l i c a
dos constatou que 73% dos pacientes atingidos tinham idade infe -
rior a 20 anos, que 60% pertenciam ao sexo ma sc ulino e que em 77%
0 tumor se localizava na mandTbula, p r e f e re nc i al m en t e na região
2 3de premolares e molares. MORI & cols. , pu b li c ar am que 67% dos
pacientes acometidos por fibroma ame 1 ob 1 ás ti co tinh am idade a b a i
xo de 20 anos e que 52% eram do sexo masculino. 0 tumor estava l£
calizado na mandTbula em 70% dos casos, sendo que em 67% na re
gião de premolares e molares.
Com relação ã idade e localização, nossos resulta-
37dos conc ordam plenamente com os achados pelos autores TRODAHL ,
GORLIN & cols.^^, B A D E n \ HERINGER^^, MORI & cols.^^, discordando,
entretan to, em relação ao sexo. No entanto, se gundo GORLIN & GOL£
MAN ZEGARELLI & cols.^^ e LUCAS^°, o fibroma a m e i o b 1ãstico pa
rece não ter pr ef erê ncia por sexo.
A análise do quadro II, evidencia que 14 pacientes
não ap r es en t av a m dor espontânea, que 3 pacientes qu eixavam-se de£
se sintoma e em 14 casos não foi registrado informação nesse s e n
tido. Quanto a expansão óssea, 21 dos casos analisados a p r e se n ta
ram essa ca ra ct erTstic a clTnica, 4 casos não evid en c ia r am e, em
6 casos, os autores não fizeram referência. A grande maioria dos
autores não me nc io no u a consistência da lesão (23 casos) em 8 ca-
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sos conhecidos, 6 tinham consistência óssea, 1 consist ên ci a papi-
rãcea e outro, consistência papirãcea e flutuante ã palpação.
Segundo SHAFER & c o 1 s . ^ \ "o tumor pode ou não pro
duzir expansão óssea evidente. Em geral, o paciente não apresenta
queixa e a descobe rta se dã durante exames rad iogrãficos de roti
na. Em certos casos, dor ou uma leve tumefação do ma xilar podem
levar o paciente a consultar o dentista". 0 tumor pode produzir
uma expansão indol or (é expansivo e não invasivo), a s s i n t o m ã t i c a e
lenta da cortical óssea na região afetada, segundo GORLIN & GOL^
MAN^^. A f i rm a m ZEGARELLI & cols.^^ que a cortical pode estar e x
pandida, porém não destruTda. Quanto a con sis tê nc ia da lesão, pou
co podemos discutir, visto que os autores, na grande maioria, não
a mencionaram. Todavia, de acordo com 8 casos nos quais a c o n s i s
tência foi citada e, consultada a literatura clássica sobre tumo
res odontogênicos maxilares, podemos deduzir que o fibroma amelo-
blá stico se ap resenta com consistência Óssea, salvo exceções (c^
IO TCsos de HUEBSCH & STEPH EN SON , e GRENFELL & MARIS"").
0 quadro III, que analisa os casos quant o ao deslo^
camento e al te ra çã o da mobilidade dos dentes e al te ra çã o da muco-
sa da região (cor e ulceração), apresenta-se com muitos pontos de
interro gação, desde que, os autores não se p r eo cu p ar a m muito em
relatar essas características. Entretanto, procuraremos analisar
os casos onde estas características são citadas, para termos uma
idéia mais concreta e, posteriormente, chegarmos a uma conclusão.
Nove casos a p re s e n t a v a m deslocamento de dentes adj acentes, ao pa^
so que , em 12 casos, não foi observado deslocamento. Em 4 casos,
1 4os pacientes eram edéntulos. De acordo com GORLIN & GOLDMAN e
ZEGARELLI & cols.^^, os dentes adjacentes podem estar deslocados.
Com relação a al teração da mobilidade dentária, temos apenas 1 c^
sp af irmativo que é o de MORI & cols.^^; 10 casos foram negativos
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e 4 pacientes er a m edêntulos. Apenas, em 2 casos os de HUEBSCH &
STE PHE NS ON^® e WALDRON & cols^*^ a mucosa estava com alteração de
cor. Em 11 pacientes a mucosa da região apresentava coloração nor
mal. Com respeito ã ulceração da mucosa, foram positivos os casos
de HIETANEN & cols.^^ e SINGH & cols.^^ e, 14 foram negativos.
0 quadro IV mostra que o fibroma ame 1o b 1ãstico é
um tumor r a d i o l ú c i d o , podendo ser un ilocular (18 casos - 58%) ou
mu ltilocular (11 casos - 36%). Em 14 casos notou-se a presença de
dentes inclusos na região (46%), ao passo que em 15 casos a e r u p
ção estava normal (48%). Esses achados concordam plena me nte com
GORLIN & GOLDMAN^^, SHAFER & c o l s . ^ \ ZEGARELLI & cols.^^ e LU-
CAS^*^. Em 15 casos co nstatou-se a presença de osteogihese rea-
cional (48%),sendo que, em 12 casos não foi observ ad o esse a s
pecto ra diogrãfico (40%). Com relação a pontos de mi n er a li za ção
presentes na lesão, 19 casos foram negativos (61%), para 6 casos
positivos (19,5%). Em apenas 3 casos houve reabsorção radicular
dos dentes presentes na ãrea do tumor. Em 16 casos as raízes d e n
tárias estava m normais. Quatro pacientes eram edêntulos.
Finalmente, o quadro V mostra que 12 casos foram
tratados por cu re tagem (39%), 4 por enucl ea çã o (13%), 2 por
remoção em bloco (6%), 2 por hemi ma n d ib u le c to mi a (6%) e em 11 c^
sos os autores falam em excisão , remoção e extirpação, não e s p e
cificando a técnica de remoção aplicada. Onze neoplasmas eram e n
capsulados (36%), ao passo que 6 não possuiam cápsula (19%).
0 fibroma ame 1o b 1 ás tico apresenta cápsula fibrosa,
segundo GORLIN & GOLDMAN^^ e EBLING® e pode ou não a pr es entar cãp
sula definida, segundo LUCAS^^. No caso de TROTT , "apenas em
algumas áreas, havia disposição de fibras colãgenas para formar
uma cápsula". Nossa pesquisa constatou 3 casos de recidiva, CARR
& cols.^ com tempo de a c om pa nhamen to de 4 anos e 6 meses; TANAKA
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& cols.^^ com 1 ano e 5 meses e LYSELL & cols.^^ com 10 meses de
proservação. Vinte e dois casos (71%) não recidivaram num perTodo
de tempo entre 6 meses e 9 anos.
Ressaltamos que, no caso de HUEBSCH & STEPHENSON^
0 paciente tinha sido submetido a uma cirurgia para enucl ea çã o
do que s u speitav am tratar-se de um cisto dentTgero. Um ano após a
cirurgia, havendo recidiva, os cortes histológicos foram r e e x a m i
nados e 0 diagnós ti co foi fibroma ameloblastico. Deixamos de re-
gistrarjno quadro, o caso em questão como recidivante, visto que
os autores não relatam as cara ct er ísticas clínicas e radiogrãfi_
cas iniciais como sendo fibroma ameloblastico. Houve um caso de
transformação maligna relatado por REICHART & ZOBL^^ e 5 casos
não foram acompanhados. 0 fibroma ame 1o b 1ãstico mostra pouca t e n
dência a recidivar, segundo Z E G A R E L L I & cols.^ , SHAFER & cols.
e LUCAS^*^. Para GORLIN & GOLDMAN^'^, os casos recidivados devem
ter sido em decorrência de excisão cirúrgica incompleta. Jã TR£
DAHL^^ diz que o "fibroma amel ob l as ti c o ê algumas vezes m a i s a g r e ^
sivo e tem um maior potencial de recidiva do que se acredita a t u
almente" .
REICHART & ZOBL^^ relataram um caso de transforma
ção de um fibroma ameloblastico para fibrossarcoma ameloblastico.
Apesar da ausência de epitélio odontogênico nesse último, o d i a g
nóstico pode ser feito em virtude da localização do tumor ser i-
dêntica em ambas ocasiões, num dado intervalo de tempo. Os mesmos
1 9autores citam os casos semelhantes relatados por LEIDER & cols.
e GOLDSTEIN & c o l s . ^ \ que re velaram mudanças histológicas no t u
mor recidivado, com transform aç ão de fibroma amel ob lastico em fi_
brossarcoma amel ob lastico ou fibrossarcoma e perda completa do
epitélio odontogênico. Explicaram a perda do epi télio odontogeni-
co, como um fenômeno degenerativo.
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CAPTTULO VI
CONCLUSOES
Com base no que foi apres entado e di s cuti do no
pTtulo anterior,sobre os 31 casos publi cados e por nós re vi s a dos no p r e s e n
te trabalho, parece-nos iTcito concluir o seguinte:
1. Em relação ãs ca rac terísticas clTnicas:
1.1. Dos 31 casos revisados, 61% eram em pacientes com
idade de zero ã 20 anps ;
1.2. 82% dos casos localiz av am-se na mandTbula e, d e s
tes, 64% na região de premolares e molares;
1.3. 54% dos casos eram em pacientes do sexo feminino;
1.4. Com relação a outras caracte rTs ti cas cl Tni cas,tais
como: raça, dor espontânea, expansão ó s se a ,c o ns i^
tência, de s locamen to e mobilidade de dentes a d j a
centes, alter ação de cor e ulceração da mucosa de
recobrimento da região, hã escassez de i n f o r m a
ções para que se conclua algo.
2. Em relação ãs caract erTsticas r a d i o g r ã f i c a s :
2.1. Em todos os 31 casos, as lesões eram radi ol úci das;
2.2. 58% dos casos revisados eram lesões uni 1oculares ,
36% mui ti 1oculares e, em 6%, esta caracterTsti ca
não foi ci tada ;
2.3. 48% dos casos apr e se nt a va m osteogênese reacional,
40% não ap re s en t av a m e 12% om itiam este dado;
2.4. Em 46% dos casos havia presença de dentes inclu
sos associados ã lesão, em 48% a erupção dentária
era normal e em 5% dos casos não foram feitas re
ferênci as a respei to .
2.5. Em somente 19,5% dos casos foi observada a preseji
ça de pontos de m inera li za ção na lesão, ao passo
que em 61% dos casos esta observação foi negatj_
va e em 19,5% não foi relatada.
3. Em relação ao tipo de tratamento:
3.1. A julgar pelos tratamentos aplicados aos 31 casos
revisados, há contro vé rs ia quanto a técnica cirLÍ£
gica, uma vez que encontramos 39% de casos tra ta
dos por curetagem, 13% por enucleação, 6% por re
moção em bloco, 6% por he mima n di b ul e ct om i a e 36%
onde os autores falam em excisão, remoção e e x
tirpação, sem e sp e ci f ic ar a técnica de remoção
e m p r e g a d a ;
3.2. 36% dos neoplasmas eram encapsu la do s, 19% não po^
suiam cápsula e 45% os autores não citaram pr£
sença ou ausência de cápsula fibrosa.
4. Em relação a incidência de recidiva:
4.1. 71% dos casos não a p r es en t ar a m recidiva durante
0 tempo de a c o m p a n h a m e n t o , 10% re c id iv aram e 19%
os autores não fizeram referência.
Em vista do que nos foi possível observar, tom^
mos a liberdade de sugerir que, nas publicações sobre novos casos
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de fibroma ameloblastico, os autores procurem incluir descrições
clTnicas e radiogrãficas mais cuidadosas e detalhadas, para que
os conhecimentos sobre essa neoplasia odontog en ic a sejam amplia -
dos .
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CAPTTULO VII
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