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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL 2018 - 2023 Belo Horizonte Dezembro de 2018

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

    PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

    2018 - 2023

    Belo Horizonte

    Dezembro de 2018

  • LISTA DE ILUSTRAÇÕES

    Figura 1 Número de instituições parceiras por país ...................................................... 175

    Figura 2 Número de parcerias que incluem intercâmbio de Graduação, por país. ........ 176

    Figura 3 Organograma – Biblioteca Universitária ........................................................ 244

    Figura 4 Processo de Avaliação Interna dos Cursos de Graduação na UFMG ............. 289

    Figura 5 Conceito Preliminar de Cursos – CPC na UFMG – média por área,

    2007-2016 ....................................................................................................... 292

    Gráfico 1 Número de vagas anuais nos cursos presenciais ............................................... 43

    Gráfico 2 Número de vagas anuais nos cursos noturnos de Graduação ........................... 44

    Gráfico 3 Total de egressos dos cursos de Graduação presenciais, de 2000 a

    2017................................................................................................................... 47

    Gráfico 4 Número de egressos nos cursos de Graduação noturnos, de 2000 a

    2017................................................................................................................... 48

    Gráfico 5 Número de egressos dos cursos de licenciatura presenciais, de 2000 a

    2017................................................................................................................... 49

    Gráfico 6 Número de egressos dos cursos presenciais que oferecem licenciatura,

    de 2000 a 2017 .................................................................................................. 49

    Gráfico 7 Evolução do número de teses de Doutorado defendidas na UFMG

    entre 2000 e 2017 .............................................................................................. 63

    Gráfico 8 Evolução do número de dissertações de Mestrado defendidas na

    UFMG entre 2000 e 2017 ................................................................................. 63

    Gráfico 9 Evolução do número de estudantes matriculados em cursos de

    Mestrado e de Doutorado na UFMG entre 2000 e 2017 ................................... 64

    Gráfico 10 Evolução do número total de docentes com credenciamento

    permanente nos programas de Pós-Graduação stricto sensu da UFMG,

    de 2010 a 2018 .................................................................................................. 65

    Gráfico 11 Evolução do percentual e docentes por colégios .............................................. 74

    Gráfico 12 Produção bibliográfica histórica da UFMG ...................................................... 74

    Gráfico 13 Evolução da Produção bibliográfica da UFMG ................................................ 75

    Gráfico 14 Evolução da razão de artigos publicados por docente da UFMG ..................... 76

    Gráfico 15 Total de publicações de autores da UFMG registradas na base Web of

    Science no período 1996-2017 .......................................................................... 76

    Gráfico 16 Proporção de publicações registradas na base Web of Science no

    período 1996-2007, de autores da UFMG em relação ao total das seis

    instituições brasileiras com maior número de publicações, que inclui a

    UFMG .............................................................................................................. 77

  • Gráfico 17 Evolução da produção bibliográfica da UFMG nas bases de dados

    SCOPUS (a) e Web of Science (b) ................................................................... 78

    Gráfico 18 Impacto da produção da UFMG em diferentes áreas........................................ 79

    Gráfico 19 Citação média normalizada dos artigos da UFMG por áreas ........................... 80

    Gráfico 20 Evolução do JCR médio da base Web of Science e das revistas nas

    quais os docentes da UFMG publicam seus trabalhos ...................................... 80

    Gráfico 21 Aumento da produção científica da UFMG em revistas de alto

    impacto (JCR > 10) da base de dados SCOPUS ............................................... 81

    Gráfico 22 Distribuição de áreas entre as produções mais citadas da UFMG nas

    bases SCOPUS e Web of Science e Google Scholar......................................... 82

    Gráfico 23 Distribuição por tipo de documento entre as produções mais citadas da

    UFMG nas bases SCOPUS e Web of Science e Google Scholar ...................... 82

    Gráfico 24 Comparação dos índices H médios para cada uma das nove grandes

    áreas do conhecimento da CAPES dos docentes da UFMG em

    diferentes bases ................................................................................................. 83

    Gráfico 25 Evolução no número de bolsistas de produtividade da UFMG em

    relação ao número de docentes da UFMG ........................................................ 84

    Gráfico 26 Distribuição de bolsistas de produtividade da UFMG por Grande Área

    do Conhecimento .............................................................................................. 85

    Gráfico 27 Distribuição de bolsistas de produtividade da UFMG por nível de

    bolsa .................................................................................................................. 86

    Gráfico 28 Evolução no número de bolsistas de produtividade da UFMG

    comparado com o total de bolsas disponibilizadas pelo CNPq ........................ 86

    Gráfico 29 Distribuição de grupos de pesquisa da UFMG por área de

    conhecimento .................................................................................................... 87

    Gráfico 30 Citação média anual dos trabalhos da UFMG produzidos com e sem

    coautoria internacional na base SCOPUS ......................................................... 88

    Gráfico 31 Percentual trabalhos produzidos pelos docentes da UFMG com

    coautoria internacional depositados na base SCOPUS ..................................... 89

    Gráfico 32 Perfil de formação em nível de Doutorado dos docentes da UFMG ................ 90

    Gráfico 33 Percentual de treinamento /experiência internacional em nível de Pós-

    Doutorado na UFMG ........................................................................................ 90

    Gráfico 34 Países de formação ou de treinamento internacional dos docentes da

    UFMG ............................................................................................................... 91

    Gráfico 35 Percentual de formação acadêmica (Doutorado pleno e sanduíche) e

    treinamento internacional (Pós-Doutorado) dos docentes da UFMG.

    Departamentos envolvidos com cursos e Pós-Graduação com conceito

    7 da CAPES ...................................................................................................... 92

    Gráfico 36 Evolução do número de bolsas de produtividade concedidas a

    mulheres docentes da UFMG por nível entre 2010 e em 2017......................... 93

  • Gráfico 37 Evolução do crescimento de liderança feminina em grupos de

    pesquisa cadastrados no CNPq ......................................................................... 94

    Gráfico 38 Distribuição por institutos de docentes do sexo feminino na autoria

    dos 100 trabalhos mais citados da UFMG ........................................................ 94

    Gráfico 39 Participação de docentes do sexo feminino na autoria dos 100

    trabalhos mais citados da UFMG, por ano de publicação ................................ 95

    Gráfico 40 Evolução anual da demanda e das concessões nos Editais PIBIC –

    PIBIC AF/CNPq e PROBIC/FAPEMIG ........................................................ 101

    Gráfico 41 Evolução dos recursos captados pela UFMG junto aos setores público

    e privado.......................................................................................................... 103

    Gráfico 42 Quantidade de programas, projetos, cursos, eventos e prestação de

    serviços desenvolvidos na UFMG, entre os anos de 2013 a 2017 .................. 114

    Gráfico 43 Ações de extensão desenvolvidas na UFMG por áreas temáticas no

    ano de 2017 ..................................................................................................... 114

    Gráfico 44 Participação dos discentes nas ações de extensão desenvolvidas na

    UFMG, entre os anos de 2013 a 2017 ............................................................. 115

    Gráfico 45 Participação da comunidade externa nas ações de extensão

    desenvolvidas na UFMG, entre os anos de 2013 a 2017 ................................ 116

    Gráfico 46 Distribuição entre sexo feminino e masculino de estudantes por área

    do conhecimento, na UFMG, no primeiro semestre de 2018 ......................... 137

    Gráfico 47 Resposta dos estudantes à pergunta “Onde você nasceu?”, 2009-

    2018/1 ............................................................................................................. 138

    Gráfico 48 Resposta dos estudantes à pergunta “Qual é a sua cor ou raça?”, 2009-

    2018/1 ............................................................................................................. 139

    Gráfico 49 Resposta dos estudantes à pergunta “Em que tipo de escola você

    cursou o ensino médio?”, 2009-2018/1 .......................................................... 140

    Gráfico 50 Resposta dos estudantes à pergunta “Qual é a renda mensal de seu

    grupo familiar?”, 2009-2018/1........................................................................ 141

    Gráfico 51 Histórico do crescimento da demanda por assistência estudantil na

    UFMG nos últimos 8 anos .............................................................................. 144

    Gráfico 52 Número de depósitos de patentes por ano, de 1992 a agosto de 2018 ............ 150

    Gráfico 53 Evolução da Distribuição dos Docentes por tempo de UFMG, entre

    2013 e 2018 ..................................................................................................... 187

    Gráfico 54 Distribuição do corpo docente do magistério superior da UFMG de

    acordo com o regime de trabalho, segundo o Censo Educação

    Superior, 2013-2017 ....................................................................................... 190

    Gráfico 55 Distribuição do corpo docente do magistério superior da UFMG de

    acordo com o regime de trabalho, segundo o Relatório de Gestão

    2014-2018 ....................................................................................................... 190

  • Gráfico 56 Distribuição do corpo docente do magistério superior da UFMG de

    acordo com o grau de formação, segundo o Censo da Educação

    Superior, 2013-2017 ....................................................................................... 191

    Gráfico 57 Distribuição do corpo docente do magistério superior da UFMG de

    acordo com o grau de formação, segundo Relatório de Gestão 2014-

    2018................................................................................................................. 192

    Gráfico 58 Distribuição do corpo docente da UFMG no magistério do ensino

    básico, técnico e tecnológico, de acordo com a titulação, segundo o

    Relatório de Gestão 2014-2018 ...................................................................... 192

    Gráfico 59 Distribuição do Servidores TAEs da UFMG de acordo com o Grau de

    Formação, segundo o Censo Educação Superior 2013-2017 .......................... 197

    Gráfico 60 Acesso ao Portal UFMG ................................................................................. 220

    Gráfico 61 Avaliação do Desempenho Didático dos Docentes da Faculdade de

    Medicina, realizada pelos estudantes, 2017 .................................................... 284

    Gráfico 62 Rendimento acadêmico de estudantes de Engenharia Elétrica de

    acordo com a modalidade de entrada na UFMG ............................................ 287

    Gráfico 63 Rendimento acadêmico de estudantes de Comunicação Social de

    acordo com a modalidade de entrada na UFMG ............................................ 287

    Gráfico 64 Rendimento acadêmico de estudantes de Odontologia de acordo com a

    modalidade de entrada na UFMG ................................................................... 288

    Gráfico 65 Indicadores da UFMG no ENADE 2014, 2015 e 2016 .................................. 292

    Gráfico 66 Percepção discente sobre as condições do processo formativo dos

    cursos de Graduação na UFMG – Questionários do ENADE 2014,

    2015 e 2016 ..................................................................................................... 294

    Quadro 1 Sínteses das Políticas para os Estudantes da UFMG ............................... 146-147

    Quadro 2 Infraestrutura Física do Campus Pampulha – Unidades Acadêmicas ............ 231

    Quadro 3 Infraestrutura Física do Campus Pampulha – Demais Instalações de

    Ensino, Pesquisa e Extensão .................................................................... 231-232

    Quadro 4 Campus Pampulha – Instalações Administrativas e de Apoio........................ 232

    Quadro 5 Órgãos situados no Campus Saúde ................................................................. 233

    Quadro 6 Outras Instalações em Belo Horizonte ............................................................ 233

    Quadro 7 Campus Regional de Montes Claros ............................................................... 233

    Quadro 8 Outras Instalações em Minas Gerais ............................................................... 234

    Quadro 9 Obras paralisadas no Campus Pampulha ........................................................ 237

    Quadro 10 Obras planejadas para o Campus Pampulha ................................................... 237

    Quadro 11 Obra planejada para o Campus Saúde ............................................................ 238

    Quadro 12 Obras planejadas para o Campus Regional de Montes Claros ....................... 239

    Quadro 13 Planejamento da autoavaliação (relatórios parciais 2014 e 2015) .......... 282-283

  • Quadro 14 Resultado da visita de Recredenciamento Institucional da UFMG ......... 297-299

    Tabela 1 Servidores docentes e técnico-administrativos – 2013-2017 ............................ 19

    Tabela 2 Discentes e oferta de vagas nos cursos de Graduação da UFMG –

    2013-2017 .................................................................................................... 20-21

    Tabela 3 IGC contínuo da UFMG de 2011 a 2016 .......................................................... 46

    Tabela 4 Número de estudantes de Graduação em intercâmbio de 2007 a 2017 ............ 47

    Tabela 5 Número de estudantes de outras instituições matriculados em

    intercâmbio na UFMG de 2007 a 2017............................................................. 47

    Tabela 6 Número de egressos dos cursos cuja oferta não é regular (cursos de

    oferta pontual), no período de 2010 a 2017 ...................................................... 50

    Tabela 7 Evolução do número e do percentual de programas de Pós-Graduação

    stricto sensu da UFMG, por nota, de 2007 a 2017............................................ 62

    Tabela 8 Evolução dos números de vagas e de matrículas nos programas de

    Pós-Graduação stricto sensu da UFMG, por nota, de 2007 a 2017 .................. 63

    Tabela 9 Evolução do número total de docentes com credenciamento

    permanente nos programas de Pós-Graduação stricto sensu da UFMG,

    de 2010 a 2018 .................................................................................................. 65

    Tabela 10 Evolução do Mestrado Profissional na UFMG, por nota, de 2010 a

    2017................................................................................................................... 65

    Tabela 11 Pós-Graduação lato sensu na UFMG: 2007-2017 ............................................ 66

    Tabela 12 Número de bolsas de Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado

    concedidas à UFMG por agências governamentais de fomento ....................... 67

    Tabela 13 Distribuição da produção científica na forma de artigos da UFMG nos

    colégios de Vida, Humanidades e Exatas e Tecnologia ................................... 79

    Tabela 14 Docentes com perfis em diferentes bases de dados .......................................... 83

    Tabela 15 Docentes ativos permanentes identificados com unidades da UFMG

    com perfis em diferentes bases de dados. Índice-H avaliado entre os

    meses de fevereiro e julho de 2018 ................................................................... 84

    Tabela 16 Distribuição de bolsistas de produtividade do CNPq ....................................... 85

    Tabela 17 Programas institucionais de fomento à pesquisa coordenados pela

    PRPq ................................................................................................................. 99

    Tabela 18 Editais da PRPq lançados a partir de 2017 ..................................................... 100

    Tabela 19 Montante de Recursos privados captados por área do conhecimento

    entre 2012-2017 .............................................................................................. 104

    Tabela 20 Valores captados para obras e equipamentos – FINEP e CAPES .................. 105

    Tabela 21 Composição das equipes das ações de extensão da UFMG, em 2017 ............ 115

    Tabela 22 Número de egressos dos cursos de Especialização a distância de 2007

    a 2017 .............................................................................................................. 131

  • Tabela 23 Número de egressos dos cursos de Graduação a distância de 2011 a

    2017................................................................................................................. 132

    Tabela 24 Polos onde já ocorreu a oferta dos cursos de Graduação a distância .............. 132

    Tabela 25 Características dos Processos .......................................................................... 136

    Tabela 26 Histórico do crescimento da demanda por assistência estudantil na

    UFMG nos últimos 8 anos .............................................................................. 144

    Tabela 27 Número de estudantes que declararam deficiência, de 2016 a 2018 .............. 167

    Tabela 28 Percentual dos ingressantes com deficiências, por área do

    conhecimento dos cursos, na primeira chamada do SISU 2018 ..................... 167

    Tabela 29 Distribuição dos servidores docentes e TAEs, de acordo com tempo na

    UFMG, comparação entre 2013 e 2018 .......................................................... 187

    Tabela 30 Evolução da produção do CEDECOM – 2014 a 2017 ................................... 219

    Tabela 31 Estrutura física da UFMG, em metros quadrados ........................................... 234

    Tabela 32 Área física das bibliotecas (m²) ...................................................................... 246

    Tabela 33 Acervo das bibliotecas .................................................................................... 247

    Tabela 34 HC-UFMG em números ................................................................................. 264

    Tabela 35 Indicadores de Qualidade das IES com IGC igual a cinco (Brasil,

    2016) ....................................................................................................... 290-291

    Tabela 36 Tendência temporal do IGC da UFMG, 2007 a 2016 ..................................... 291

    Tabela 37 Percentual de estudantes que consideram que “os conteúdos abordados

    nas disciplinas do curso favoreceram sua atuação em estágios ou em

    atividades de iniciação profissional” ............................................................. 295

    Tabela 38 Percentual de estudantes que consideram que “as metodologias de

    ensino utilizadas no curso os desafiaram a aprofundar conhecimentos

    e desenvolver competências reflexivas e críticas” ......................................... 295

    Tabela 39 Percentual de estudantes que consideram que “o curso promoveu o

    desenvolvimento da sua capacidade de pensar criticamente, analisar e

    refletir sobre soluções para problemas da sociedade” ................................... 295

    Tabela 40 Percentual de estudantes que consideram que “foram oferecidas

    oportunidades para os estudantes participarem de programas, projetos

    ou atividades de extensão universitária” ........................................................ 296

    Tabela 41 Percentual de estudantes que consideram que “foram oferecidas

    oportunidades para os estudantes participarem de projetos de iniciação

    científica e de atividades que estimularam a investigação acadêmica” ......... 296

    Tabela 42 Opções de ingresso em cursos de Graduação em 2018 ........................... 303-305

    Tabela 43 Número de vagas oferecidas nos cursos presenciais da UFMG no

    período de 2000 a 2016 ............................................................................ 306-309

    Tabela 44 Número de estudantes de Graduação em intercâmbio no período de

    2007 a 2017 .............................................................................................. 310-312

  • Tabela 45 Número de estudantes de Graduação de outras instituições em

    intercâmbio na UFMG ............................................................................. 313-315

    Tabela 46 Número de egressos dos cursos de Graduação presenciais de 2000 a

    2017.......................................................................................................... 316-318

    Tabela 47 Número de egressos dos cursos de Graduação noturnos no período de

    2000 a 2017 .............................................................................................. 319-320

    Tabela 48 Número de egressos dos cursos presenciais de licenciatura no período

    de 2000 a 2017 ................................................................................................ 321

    Tabela 49 Resultados do ENADE dos Cursos de Graduação da UFMG, 2014-

    2015-2016 ................................................................................................ 322-325

    Tabela 50 Número de teses de Doutorado defendidas de 2000 a 2017 .................... 327-329

    Tabela 51 Número de dissertações de Mestrado defendidas de 2000 a 2017 ........... 330-333

    Tabela 52 Número de egressos da Especialização, de 2000 a 2017 ......................... 334-340

    Tabela 53 Número de matrículas em cursos de Mestrado, de 2000 a 2017 ............. 341-344

    Tabela 54 Número de matrículas em cursos de Doutorado, de 2000 a 2017 ........... 345-348

    Tabela 55 Número de docentes com credenciamento permanente, de 2010 a 2018 349-352

    Tabela 56 Programas de residência médica do Hospital das Clínicas com entrada

    direta, número de vagas oferecidas por ano e tempo de duração .................... 368

    Tabela 57 Programas de residência médica do Hospital das Clínicas com entrada

    com pré-requisito, número de vagas oferecidas por ano e tempo de

    duração ............................................................................................................ 369

    Tabela 58 Programas de residência médica do Hospital das Clínicas de ano

    opcional, número de vagas, pré-requisito da Área básica e duração .............. 370

    Tabela 59 Programas de residência multiprofissional do Hospital das Clínicas

    classificados por área profissional e número de vagas ................................... 371

    Tabela 60 Programas de Residência Integrada em Medicina Veterinária do

    Hospital Veterinário, todos com duração de dois anos ................................... 372

  • LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

    ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

    AGU – Advocacia Geral da União

    ANDIFES – Associação Nacional de Dirigentes das Instituições de Ensino Superior

    AUF – Agence Universitaire de la Francophonie

    AUGM – Asociación de Universidades Grupo Montevidéu

    AULP – Associação das Universidades de Língua Portuguesa

    BHTEC – Parque Tecnológico de Belo Horizonte

    BIC Júnior – Bolsas de Iniciação Científica Júnior FAPEMIG

    BITIB – Bolsa de Iniciação de Tecnologia Industrial Básica

    BU – Biblioteca Universitária

    CAAD – Centro de Atividades Administrativas e Didáticas

    CAC – Coordenadoria de Assuntos Comunitários

    CAD – Centro de Atividades Didáticas

    CADV – Centro de Apoio à Pessoa com Deficiência Visual

    CAED – Centro de Apoio à Educação a Distância

    CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

    CECOM – Centro de Computação

    CEDECOM – Centro de Comunicação

    CENEX – Centros de Extensão

    CEPE – Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão

    CETEA – Comitê de Ética em Experimentação Animal

    CEU – Centro Esportivo Universitário

    CEUA – Comissão de Ética no Uso de Animais

    CGD – Comitê de Governança Digital

    CGRC – Comitê de Governança, Riscos e Controles

    CGU – Controladoria Geral da União

    CGU-PAD – Sistema de Gestão de Processos Disciplinares

    CIS – Comissão Interna de Supervisão

    CISME – Comissão Institucional de Saúde Mental

    CM – Centro de Microscopia

    CNE – Conselho Nacional de Educação

    CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

    COB – Comitê Olímpico Brasileiro

    COEP – Comitê de Ética em Pesquisa

    COLTEC – Colégio Técnico

    COPEVE – Comissão Permanente do Vestibular

    COPI – Diretoria de Cooperação Institucional

    CP – Centro Pedagógico

    CPAPNE – Comissão Permanente de Apoio ao Portador de Necessidades Especiais

    CPB – Comitê Paraolímpico Brasileiro

    CPC – Conceito Preliminar de Curso

  • CPPD – Comissão Permanente de Pessoal Docente

    CRC – Conselho Regional de Contabilidade

    CT&I – Ciência, Tecnologia e Inovação

    CTE – Centro de Treinamento Esportivo

    CTIT – Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica

    DAC – Diretoria de Ação Cultural

    DAI – Diretoria de Avaliação Institucional

    DAP – Departamento de Administração de Pessoal

    DAST – Departamento de Atenção à Saúde do Trabalhador

    DAV – Divisão de Áreas Verdes

    DCE – Diretório Central dos Estudantes

    DDC – Diretoria de Divulgação Científica

    DDP – Divisão de Desenvolvimento de Pessoal

    DE – Dedicação Exclusiva

    DEMAI – Departamento de Manutenção e Infraestrutura

    DGA – Departamento de Gestão Ambiental

    DGI – Diretoria de Governança Informacional

    DGR – Divisão de Gestão de Resíduos

    DIARQ – Diretoria de Arquivos Institucionais

    DINTER – Doutorado Interinstitucional

    DISA – Divisão de Infraestrutura Sanitária

    DLO – Departamento de Logística de Suprimentos e Serviços Operacionais

    DO – Departamento de Obras

    DPC – Diretoria de Produção Científica

    DPFO – Departamento de Planejamento Físico e de Obras da UFMG

    DPP – Departamento de Planejamento e Projetos

    DRC – Divisão de Redes de Comunicação

    DRCA – Departamento de Registro e Controle Acadêmico

    DRH – Departamento de Desenvolvimento de Recursos Humanos

    DRI – Diretoria de Relações Internacionais

    DTI – Diretoria de Tecnologia da Informação

    EAD – Educação a Distância

    EBAP – Escola de Educação Básica e Profissional

    EBC – Empresa Brasil de Comunicação

    EBSERH – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares

    EBTT – Ensino Básico, Técnico e Tecnológico

    EEFFTO – Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional

    ENADE – Exame Nacional de Desempenho de Estudantes

    ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio

    FACE – Faculdade de Ciências Econômicas

    FAE – Faculdade de Educação

    FAFICH – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas

    FAPEMIG – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais

    FALE – Faculdade de Letras

  • FCO – Fundação Christiano Ottoni

    FEPE – Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão

    FHEMIG – Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais

    FIEMG – Federação das Indústrias de Minas Gerais

    FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos

    FORIPES – Fórum de Dirigentes das Instituições Públicas de Ensino Superior de

    Minas Gerais

    FRMFA – Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade

    FUMP – Fundação Universitária Mendes Pimentel

    FUNDEP – Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa

    FUNDEPAR – FUNDEP Participações

    GIFES – Curso de Especialização em Gestão de Instituições Federais de

    Educação Superior

    HRTN – Hospital Universitário Risoleta Tolentino Neves

    HUST – Huazhong University of Science and Technology

    IBEU – Projeto Indicadores Brasileiros para Extensão Universitária

    IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

    ICB – Instituto de Ciências Biológicas

    ICTs – Instituições de Ciência e Tecnologias

    IEAT – Instituto de Estudos Transdisciplinares

    IES – Instituição de Educação Superior

    IFES – Institutos Federais de Ensino Superior

    IFMG – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais

    IGC – Índice Geral de Cursos

    IGC – Instituto de Geociências

    INCTs – Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia

    INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

    INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial

    IPA – Bolsas de Iniciação à Pesquisa em Artes

    IPEAD – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e

    Contábeis de Minas

    IsF – Idiomas sem Fronteiras

    LAPPEEI – Laboratório de Políticas e Práticas em Educação Especial e Inclusão

    LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

    LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias

    LI – Licença de Implantação

    LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais

    LO – Licença de Operação

    LOA – Lei Orçamentária Anual

    MEC – Ministério da Educação

    MHNJB – Museu de História Natural e Jardim Botânico

    MINTER – Mestrado Interinstitucional

    MPF – Ministério Público Federal

    MPMG – Ministério Público do Estado de Minas Gerais

  • NAI – Núcleo de Acessibilidade e Inclusão

    NAIPE – Núcleo de Atendimento e Integração Pedagógica

    NAPqs – Núcleos de Apoio à Pesquisa

    NESCON – Núcleo de Educação em Saúde Coletiva

    NCA – Núcleo de Ciências Agrárias

    NITS – Núcleo de Inovação Tecnológica e Social

    NTCA – Núcleo de Tecnologia em Ciências Agrárias

    NUPAD – Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico

    OLEI – Orientação para Licenciamento de Empreendimento de Impacto

    PAIE – Programa de Apoio Integrado a Eventos

    PAPIA – Programa Acadêmico de Promoção da Inclusão e Acessibilidade

    PARAMEC – Projeto de Extensão do Departamento de Engenharia Mecânica da

    UFMG

    PASME – Programa de Extensão de Saúde Mental

    PASS – Política de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho do Servidor

    Público Federal

    PBH – Prefeitura de Belo Horizonte

    PBEXT – Bolsas para Programas e Projetos de Extensão

    PCCTAE – Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação

    PCP – Progressões por Capacitação Profissional

    PDI – Plano de Desenvolvimento Institucional

    PDSE – Programa de Doutorado-sanduíche no Exterior

    PDTI – Plano Diretor de TI

    PET – Programa de Educação Tutorial

    PGRSE – Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Especiais

    PIBIC – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica

    PIBIC-AF – Programa Institucional de Iniciação Científica nas Ações Afirmativas

    PIBIC-EM – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica para o Ensino

    Médio

    PIBID – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência

    PIBIT – Programa de Bolsas Institucionais de Iniciação Científica e Tecnológica

    PIBITI – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento

    Tecnológico e Inovação

    PIDTAE – Plano Institucional de Desenvolvimento dos Técnico-Administrativos

    em Educação

    PIFD – Programa de Incentivo à Formação Docente

    PIPA – Programa de Apoio a Inclusão e Promoção à Acessibilidade

    PLA – Português como Língua Adicional

    PNAES – Programa Nacional de Assistência Estudantil

    PRA – Pró-Reitoria de Administração

    PRAE – Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis

    PROBIC – Programa de Bolsas Institucionais de Iniciação Científica e Tecnológica

    PROEX – Pró-Reitoria de Extensão

    PROEXT – Programa de Apoio à Extensão Universitária

    http://www.capes.gov.br/bolsas/bolsas-no-exterior/programa-de-doutorado-sanduiche-no-exterior-pdse

  • PROGRAD – Pró-Reitoria de Graduação

    PROPLAN – Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento

    PRORH – Pró-Reitoria de Recursos Humanos

    PRPG – Pró-Reitoria de Pós-Graduação

    PRPq – Pró-Reitoria de Pesquisa

    ReCAD – Relatório Anual de Atividades dos Departamentos

    REDECOMEP – Rede metropolitana de Alta Velocidade de Belo Horizonte

    ReDoc – Relatório Anual de Atividades dos Docentes

    REUNI – Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das

    Universidades Federais

    RNP – Rede Nacional de Pesquisa

    RJU – Regime Jurídico Único

    RSM – Rede de Saúde Mental

    SB – Sistema de Bibliotecas

    SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

    SEEJ – Secretaria de Estado de Esporte e da Juventude

    SEI – Sistema Eletrônico de Informações

    SESu – Secretaria do Ensino Superior

    SIAPE – Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos

    SIARQ – Sistema de Arquivos

    SIASS – Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor

    SIC – Serviço de Informação ao Cidadão

    SIEX – Sistema de Informação da Extensão

    SIGA – Sistema de Gestão Acadêmica

    SINAES – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior

    SINDIFES – Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino

    SISU – Sistema de Seleção Unificada

    SMMA – Secretaria Municipal de Meio Ambiente

    SNCTI – Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação

    SPF – Specific Pathogen Free

    SUS – Sistema Único de Saúde

    TAE – Servidor Técnico-Administrativo em Educação

    TCU – Tribunal de Contas da União

    TI – Tecnologia da Informação

    TILS – Tradutores e Intérpretes da Língua de Brasileira de Sinais

    TU – Teatro Universitário

    UAB – Universidade Aberta do Brasil

    UFABC – Universidade Federal do ABC

    UFES – Universidade Federal do Espírito Santo

    UFLA – Universidade Federal de Lavras

    UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais

    UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul

    UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro

    UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina

  • UFSCAR – Universidade Federal de São Carlos

    UFV – Universidade Federal de Viçosa

    UMG – Universidade de Minas Gerais

    UnB – Universidade de Brasília

    UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas

    UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo

    USEC – Unidade Seccional de Correição

    USP – Universidade de São Paulo

    WUN – Worldwide Universities Network

  • 15

    SUMÁRIO

    1. Perfil Institucional 17 1.1. Objetivos da Instituição 17

    1.2. Missão 17

    1.3. Breve Histórico 17

    1.4. Princípios Institucionais 22

    1.5. Áreas de Atuação 23

    1.6. Organização Administrativa 23

    1.7. Inserção Regional, Nacional e Internacional 26

    1.8. Controle Social 29

    1.9. Governança 32

    2. Projeto Pedagógico Institucional 35

    3. Políticas Acadêmicas 41 3.1. Ensino de Graduação 41

    3.2. Ensino de Pós-Graduação 59

    3.3. Pesquisa 72

    3.4. Extensão 109

    3.5. Cultura 120

    3.6. Ensino Básico e Profissional 125

    3.7. Educação a Distância 129

    3.8. Políticas para Estudantes 136

    3.9. Inovação e Empreendedorismo 149

    3.10. Esporte e Lazer 154

    4. Desenvolvimento Institucional 159 4.1. Cidadania: Direitos Humanos, Saúde Mental, Acessibilidade e Inclusão 159

    4.2. Autonomia e Relações institucionais 170

    4.3. Internacionalização 173

    4.4. Ambiente e Sustentabilidade 182

    5. Políticas de Gestão 185 5.1. Gestão de Pessoas 185

    5.2. Gestão Administrativa 202

    5.3. Planejamento, Orçamento e Sustentabilidade Financeira 212

    5.4. Comunicação e Informação 217

    6. Infraestrutura 231 6.1. Infraestrutura Física 231

    6.2. Serviços de Apoio 244

    6.2.1. Bibliotecas 244

    6.2.2. Imprensa 252

    6.2.3. Editora 252

  • 16

    6.3. Fundações de Apoio 258

    6.4. Outras Estruturas de Apoio 262

    6.4.1. Hospital das Clínicas 262

    6.4.2. Hospital Risoleta Tolentino Neves 266

    6.4.3. Instituto Casa da Glória 266

    6.4.4. Hospital Veterinário 268

    6.4.5. Fazenda Modelo de Pedro Leopoldo 268

    6.4.6. Fazenda Experimental Professor Hélio Barbosa 269

    6.4.7. Fazenda Experimental Professor Hamilton de Abreu Navarro 270

    6.4.8. Fazenda Pequi-Porteirinha 270

    6.4.9. Campus Cultural de Tiradentes 270

    6.4.10. Museus, Patrimônio e Acervo 271

    7. Avaliação e Acompanhamento do Desenvolvimento Institucional 280

    ANEXOS 302 I. Graduação 302

    II. Pós-Graduação 326

    III. Inovação e Empreendedorismo 353

    IV. Resolução sobre Direitos Humanos 355

    V. Política de Saúde Mental 358

    VI. Política de Internacionalização 364

    VII. Residências no Hospital das Clínicas 367

  • 17

    CAPITÚLO 1 PERFIL INSTITUCIONAL

    1.1 Objetivos da Instituição

    A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), nos termos do seu Estatuto, tem por

    finalidades precípuas a geração, o desenvolvimento, a transmissão e a aplicação de conhecimentos por

    meio do ensino, da pesquisa e da extensão, compreendidos de forma indissociada e integrados na

    educação e na formação científica e técnico-profissional de cidadãos imbuídos de responsabilidades

    sociais, bem como na difusão da cultura e na criação filosófica, artística e tecnológica. No

    cumprimento dos seus objetivos, a UFMG mantém cooperação acadêmica, científica, tecnológica e

    cultural com instituições nacionais, estrangeiras e internacionais e constitui-se em veículo de

    desenvolvimento regional, nacional e mundial, almejando consolidar-se como universidade de

    excelência e relevância, mundialmente reconhecida.

    1.2 Missão

    Visando ao cumprimento integral das suas finalidades e de seu compromisso com os interesses

    sociais, a UFMG assume como missão gerar e difundir conhecimentos científicos, tecnológicos e

    culturais, destacando-se como Instituição de referência na formação de indivíduos críticos e éticos,

    dotados de sólida base científica e humanística e comprometidos com intervenções transformadoras

    na sociedade, com vistas à promoção do desenvolvimento econômico, da diminuição de desigualdades

    sociais, da redução das assimetrias regionais, bem como do desenvolvimento sustentável.

    1.3 Breve Histórico

    No século XVIII, a criação de uma universidade em Minas Gerais integrava o projeto político

    dos Inconfidentes. A proposta, entretanto, só veio a se concretizar na terceira década do século XX, no

    bojo de intensa mobilização intelectual e política que teve no então Presidente do Estado, Antônio

    Carlos Ribeiro de Andrada, sua principal expressão. Nesse contexto, pela Lei Estadual n° 956, de 7 de

    setembro de 1927, foi fundada a Universidade de Minas Gerais (UMG), pela reunião das quatro

    instituições de ensino superior existentes, à época, em Belo Horizonte: a Faculdade de Direito, criada

    em 1892, em Ouro Preto; a Faculdade de Medicina, criada em 1911; a Escola de Engenharia, criada

    em 1911, e a Escola de Odontologia e Farmácia, cujos cursos foram criados em, respectivamente, 1907

    e 1911. O primeiro Reitor da UMG, nomeado em 10 de novembro do mesmo ano, foi Francisco

    Mendes Pimentel, Diretor da Faculdade de Direito, que foi sede da primeira Reitoria.

    Um ano depois, os planos do governo estadual para a UMG voltaram-se à necessidade da

    construção de um complexo universitário, já então denominado Cidade Universitária. Como resultado

    de uma parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte, foram colocados à disposição da UMG 35

    quarteirões, com área equivalente a 500.000 m², nos bairros de Lourdes e Santo Agostinho. Com o

    tempo, a área destinada para a futura edificação da Cidade Universitária foi se alterando, em

    decorrência de sua localização central e de seu valor econômico: em 1937, para as imediações do

    Parque Municipal e, no início da década de 1940, para a região da Pampulha, onde viria a se instalar.

  • 18

    O Plano Diretor para a Cidade Universitária, que definia o sistema viário e o zoneamento das atividades

    por áreas de conhecimento e serviços, foi concluído em 1957, quando foram iniciadas as respectivas

    obras de infraestrutura e de apoio. Em seguida, foram projetadas e construídas as primeiras edificações,

    entre as quais, o prédio da Reitoria, inaugurado em 1962.

    Na segunda metade dos anos 1940, a UMG ampliou-se consideravelmente, no plano

    acadêmico, com a incorporação de diversas escolas livres criadas em Belo Horizonte, posteriormente

    à fundação da Universidade: a de Arquitetura, em 1946, e as Escolas Livres de Filosofia, Ciências e

    Letras e de Ciências Econômicas e Administrativas, em 1948. Em 1949, houve a federalização da

    UMG, mas seu nome e sua sigla permaneceram inalterados, por mais de uma década. Em 1950, ocorreu

    a incorporação da Escola de Enfermagem, originalmente subordinada à Secretaria de Educação e

    Saúde Pública do Estado de Minas Gerais e incorporada à UMG por ter sido anexada à Faculdade

    de Medicina.

    Nos anos de 1960, a UMG sofreria profundas transformações. Na primeira metade da década,

    devido a um expressivo programa de expansão, com a incorporação da Escola de Veterinária, em 1961,

    do Conservatório Mineiro de Música – que daria origem à Escola de Música –, em 1962, da Escola de

    Biblioteconomia – a atual Escola de Ciência da Informação –, em 1963, e, no mesmo ano, a criação

    da Escola de Belas Artes. Em 1965, o nome e a sigla da UMG foram alterados, de forma a incorporar

    sua vinculação à estrutura administrativa federal, passando a denominar-se Universidade Federal de

    Minas Gerais, com a sigla UFMG.

    Na segunda metade da década de 1960, a estrutura e a vida universitária seriam alteradas em

    decorrência da Reforma Universitária de 1968, que modernizou a universidade brasileira, mas também

    em virtude de circunstâncias políticas mais gerais. A reforma universitária acarretou o

    desmembramento da antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, dando origem, em um primeiro

    momento aos assim chamados Institutos Básicos – o Instituto de Ciências Biológicas (ICB), o Instituto

    de Ciências Exatas (ICEx) e o Instituto de Geociências (IGC) – e, logo a seguir, à Faculdade de

    Educação (FAE) e à Faculdade de Letras (FALE). Em decorrência dessas transformações, a Faculdade

    de Filosofia, Ciências e Letras teve seu nome alterado para Faculdade de Filosofia e Ciências

    Humanas. Decorreu também da reforma universitária a institucionalização da atividade de pesquisa, o

    estabelecimento de padrões mais bem definidos para a regulação dos cursos de Pós-Graduação, a

    formalização da atividade de extensão como parte da missão da Universidade e a criação do regime de

    trabalho de Dedicação Exclusiva para os docentes dedicados aos trabalhos de investigação acadêmica.

    Ainda nesse período, em 1969, a UFMG incorporaria em sua estrutura a Escola de Educação Física –

    hoje, Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO).

    A vida da UFMG seria também bastante alterada, nos anos de 1960 e subsequentes, em

    decorrência do pronunciamento militar que interrompeu a normalidade democrática no país em 1964.

    Em consequência desse pronunciamento, agravado em 1968 com a edição do Ato Institucional 5, a

    UFMG teve um de seus reitores afastados temporariamente de suas funções, o Reitor Aluísio Pimenta,

    outro cassado, o Professor Gérson Brito de Melo Boson, e diversos professores e funcionários cassados

    e presos, estudantes expulsos, presos e assassinados. A Instituição reagiu com altivez a esse tempo

    sombrio, tendo seus reitores e seu Conselho Universitário manifestado, com firmeza, sua condenação

    à arbitrariedade e à violência da repressão política, bem como, recusado, sempre que possível, a

    implantação de medidas e procedimentos que consideraram academicamente inconvenientes e

    inadequados.

  • 19

    O adensamento das construções do Campus Pampulha, a Cidade Universitária, se deu em

    períodos distintos, sendo mais intenso nos anos 1970, na primeira metade da década de 1990 e na

    primeira década deste século. Atualmente, das dezenove Unidades Acadêmicas sediadas em Belo

    Horizonte, quinze têm suas instalações integralmente situadas no Campus Pampulha. Na área central

    da cidade, encontram-se o Campus Saúde, constituído pela Faculdade de Medicina, pela Escola de

    Enfermagem e pelo complexo do Hospital das Clínicas (atualmente administrado pela Empresa

    Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH), bem como a Faculdade de Direito e a Escola de

    Arquitetura, estas duas localizadas em prédios isolados e com perspectivas de, no futuro, terem suas

    instalações transferidas para o Campus Pampulha. Além das Unidades Acadêmicas, encontram-se

    também no Campus Pampulha a Escola de Educação Básica e Profissional (EBAP), integrada pela

    Escola Fundamental – Centro Pedagógico (CP), o Colégio Técnico (COLTEC) e o Teatro

    Universitário (TU).

    Fora da Capital, a UFMG possui um terceiro Campus universitário, situado em Montes Claros,

    município do norte de Minas Gerais. O Campus Regional de Montes Claros oferece cursos de

    Graduação e Pós-Graduação vinculados ao Instituto de Ciências Agrárias, a vigésima Unidade

    Acadêmica da Universidade. Em Diamantina, estão instalados o Instituto Casa da Glória e a Casa

    Silvério Lessa, ambos vinculados ao Instituto de Geociências. Em Tiradentes, a UFMG mantém, em

    convênio com a Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade (FRMFA), um Campus Cultural que

    compreende o Museu Casa do Inconfidente Padre Toledo, a Casa de Cultura, a Biblioteca e o Centro

    de Estudos, os dois últimos em processo de implantação no Sobrado Quatro Cantos. Merecem ainda

    uma menção destacada, por sua importância no projeto acadêmico da UFMG, o Hospital Veterinário,

    as fazendas de Montes Claros, Igarapé e Pedro Leopoldo, a Biblioteca Universitária, o Centro Cultural,

    o Espaço do Conhecimento, o Centro de Microscopia, o Conservatório, a Editora, o Museu de História

    Natural e Jardim Botânico (MHNJB) e o Centro de Treinamento Esportivo (CTE). E, como espaço

    primordialmente voltado ao lazer da Comunidade Universitária, o Centro Esportivo Universitário

    (CEU).

    Ao lado de uma política de expansão que perpassa sua trajetória desde a fundação, a UFMG

    tem-se pautado por parâmetros de mérito e qualidade acadêmicos e de relevância social em todas as

    suas áreas de atuação. Seus docentes têm participação expressiva em comitês de assessoramento de

    órgãos de fomento à pesquisa, em comitês editoriais de revistas científicas e em diversas comissões de

    normas técnicas. Nos últimos anos, ganhou força o debate sobre políticas de inclusão e democratização

    do acesso e da permanência no sistema de ensino superior, começando pela ampliação das vagas e

    criação de novos cursos no período noturno, passando pela experiência da política de bônus, seguidas

    pela política de cotas para candidatos egressos de escolas públicas (complementadas por critérios

    relativos à renda familiar, critérios étnico-raciais e a reserva de vagas para pessoas com deficiência), a

    ampliação dos gastos com a assistência estudantil e a promoção de políticas voltadas para a afirmação

    da cidadania, da diversidade, da igualdade e da inclusão e o combate às diferentes formas de

    intolerância, discriminação e violação de direitos humanos.

    No período entre 2013 e 2017, segundo dados informados com metodologia padronizada pelo

    Censo da Educação Superior (Tabela 1), o corpo docente cresceu 7,7%, sendo que 88% dos docentes

    trabalham em regime de tempo integral e 89% são doutores. O corpo Técnico-Administrativo em

    Educação (TAE) cresceu 1,8% e aprimorou sua qualificação, sendo que mais da metade dispõe de

    formação em nível de Pós-Graduação.

  • 20

    TABELA 1

    Servidores docentes e técnico-administrativos – 2013-2017

    ANO 2013 2014 2015 2016 2017

    Docentes em exercício 3219 3269 3114 3465 3468

    Tempo Integral 2936 2878 2817 3139 3056

    Tempo Parcial 283 391 297 326 412

    Com Mestrado 424 409 377 397 331

    Com Doutorado 2698 2700 2651 2980 3085

    Técnicos por grau de formação 4313 4675 4442 4366 4393

    Fundamental 286 382 322 241 201

    Ensino Médio 1344 1347 1140 963 887

    Ensino Superior 806 1307 1339 1169 969

    Especialização 1486 1251 1241 1464 1696

    Mestrado 309 316 325 436 514

    Doutorado 82 72 75 93 126

    Fonte: Censo da Educação Superior, 2013-2017.

    Quanto ao corpo discente, o total de estudantes matriculados em cursos de Graduação ao longo

    do período situou-se entre 31 e 33 mil, com média anual de aproximadamente 7.500 ingressantes e

    4.600 concluintes, para um total de 6.740 vagas novas ofertadas anualmente nos cursos com oferta

    regular, conforme mostrado na Tabela 2.

    TABELA 2

    Discentes e oferta de vagas nos cursos de Graduação da UFMG – 2013-2017

    (Continua)

    ANO 2013 2014 2015 2016 2017

    Total de vagas oferecidas - Graduação 9593 7309 8028 8327 8739

    Vagas novas oferecidas Presencial 6740 6740 6740 6740 6740

    EAD 0 141 0 0 0

    Vagas remanescentes

    oferecidas

    Presencial 2242 288 1288 1587 1999

    EAD 611 0 0 0 0

    Total de ingressantes - Graduação 8866 8445 7461 7469 7523 Ingressantes por vagas

    novas

    Presencial 7935 8108 6740 6594 6686

    EAD 0 137 0 0 0

    Ingressantes por vagas

    remanescentes

    Presencial 919 128 647 822 788

    EAD 0 0 0 0 0

    Ingressantes por convênio

    PEC-G

    Presencial 12 18 25 25 15

    EAD 0 0 0 0 0

    Ingressantes por

    transferência ex-ofício

    Presencial - 19 20 11 18

    EAD - 0 0 0 0

    Ingressantes por decisão

    judicial

    Presencial - 35 29 17 16

    EAD - 0 0 0 0

    TABELA 2

    Discentes e oferta de vagas nos cursos de Graduação da UFMG – 2013-2017

  • 21

    (Conclusão)

    ANO 2013 2014 2015 2016 2017

    Total de matrículas - Graduação 33304 33016 32389 32144 31613

    Presencial 32207 32103 31854 31746 31529

    EAD 1097 913 535 398 84

    Total de concluintes - Graduação 4017 4458 4654 4993 4870

    Presencial 3960 4238 4587 4695 4842

    EAD 57 220 67 298 28

    Total de matrículas trancadas - Graduação 1411 1579 1630 1871 1918

    Presencial 1387 1557 1620 1863 1913

    EAD 24 22 10 8 5

    Total de desvinculados - Graduação 3871 4076 3875 2847 3141

    Presencial 3366 3756 3659 2765 3102

    EAD 505 320 216 82 39

    Total de estudantes com apoio social 13857 14337 16481 16881 9891

    Total de estudantes em atividade extracurricular 5302 8710 8202 2885 8593

    Fonte: Censo da Educação Superior, 2013-2017.

    Atualmente a UFMG oferta 90 cursos de Graduação presenciais e 5 cursos a distância.1 Dos 90

    cursos presenciais, 16 são licenciaturas, 73 são bacharelados e um é tecnológico. Dos cinco cursos a

    distância, quatro são licenciaturas e um, bacharelado (ver a relação completa dos cursos de Graduação

    no Anexo I).

    Observa-se no período recente uma tendência geral de melhoria nos indicadores de qualidade

    da Pós-Graduação, da pesquisa e da extensão na UFMG. Até 2010, o sistema de Pós-Graduação stricto

    sensu da UFMG estava constituído por 70 programas que contavam com pouco mais de 1.500

    orientadores credenciados e pouco mais de 6.500 estudantes. Em 2018, a UFMG somava 84 programas

    de Pós-Graduação (ver Anexo II), envolvendo 70 cursos de Doutorado, 75 cursos de Mestrado

    acadêmico e 8 cursos de Mestrado Profissional, totalizando mais de 2.000 orientadores credenciados

    e 9.600 estudantes matriculados. O número total anual de dissertações de Mestrado, no mesmo período,

    passou de cerca de 1.300 para cerca de 1.600, e o número total anual de teses de Doutorado defendidas

    passou de pouco mais de 500 para quase 900. O processo de melhoria da qualidade da Pós-Graduação

    stricto sensu na UFMG, ocorrido no mesmo período, é atestado pela avaliação quadrienal realizada

    pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), que indica que a

    UFMG passou de um percentual de 36% de programas que alcançaram conceitos 6 e 7 em 2010, para

    um percentual de 43% de programas nesses níveis em 2017. Esses conceitos são conferidos a cursos

    com padrão de excelência internacional. No mesmo período, a UFMG passou de um percentual de

    63% para um percentual de 68% de cursos com conceitos 5, 6 ou 7.

    Alguns indicadores para acompanhamento da produção intelectual (orientações concluídas,

    patentes registradas e produção bibliográfica) da UFMG estão disponíveis para consulta pública por

    meio do sistema So mos UFMG

    1 Neste cômputo, adotou-se a definição de curso estabelecida pelo Ministério da Educação por meio da Portaria n° 21, de

    21 de dezembro de 2017, que prevê que os cursos de Graduação presenciais devem ser definidos por nome, grau

    (Bacharelado, Licenciatura ou Superior de Tecnologia) e local de oferta, e os cursos à distância por nome e grau. Ao

    agrupar os cursos que ofertam Bacharelado e Licenciatura em um único, totalizam-se 77 cursos presenciais.

  • 22

    (http://somos.ufmg.br/indicadores). Entre 2012 e 2016, a produção científica manteve-se em patamar

    elevado, em torno de 5.800 artigos por ano, com uma parcela crescente desses artigos contando com

    indexação pelo DOI. No mesmo período, houve uma redução do número de “trabalhos em eventos”,

    o que parece refletir a redução do peso desse tipo de publicação nos diversos processos de avaliação

    da pesquisa, internos e externos, ocorrido ao longo da última década, levando a um concomitante

    processo de direcionamento dos esforços dos pesquisadores à confecção de publicações de maior

    potencial de impacto.2 Quanto à qualidade dessas publicações, ela pode ser avaliada por alguns

    indicadores. Assim, em 11 das 27 áreas da base de dados SCOPUS, os artigos publicados por docentes

    da UFMG recebem um número igual ou maior à média de citações das demais instituições presentes

    na base. Além disso, a produção científica da UFMG mantém-se concentrada em revistas com JCR

    (parâmetro de impacto da revista) superior ao da média da base Web of Science: em 2017, a produção

    da UFMG foi publicada em revistas com JCR médio de 2,6, contra uma média de 2,2 das revistas da

    base.

    Além disso, deve-se mencionar que a UFMG sedia ou possui coordenadores de 17 Institutos

    Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs).3 A Universidade tem atualmente 746 bolsistas de

    produtividade em pesquisa e 24 bolsistas de produtividade em desenvolvimento tecnológico e extensão

    inovadora, o que confere à UFMG a quarta posição entre as instituições com o maior número de bolsas

    de produtividade concedidas no Brasil (4,9% do total de bolsas) e a primeira no estado de Minas Gerais

    (44,4% do total de bolsas).

    Por fim, destacamos que o Sistema de Informação da Extensão da UFMG (SIEX/UFMG)

    registrava, em 2017, 185 programas, 1.125 projetos, 377 cursos, 368 eventos e 335 prestações de

    serviço, totalizando 2.390 ações de extensão, com o envolvimento de 1.872 docentes, 476 servidores

    TAEs e quase 4.000 estudantes. Ações de extensão são hoje desenvolvidas em todas as Unidades

    Acadêmicas da UFMG, englobando as oito áreas temáticas (saúde, educação, trabalho, meio ambiente,

    comunicação, direitos humanos e justiça, tecnologia de produção e cultura), com envolvimento de

    cerca de 1500 docentes e com relato de mais de 3.000 produtos anuais, sendo a maioria trabalhos

    apresentados em eventos acadêmicos-científicos e produtos audiovisuais.

    Outros aspectos mais detalhados do desenvolvimento institucional na UFMG serão destacados

    nos capítulos seguintes deste PDI.

    1.4 Princípios Institucionais

    Dado seu caráter estratégico no conjunto do patrimônio acadêmico, científico e cultural

    brasileiro, a gestão responsável de uma instituição de ensino superior pública como a UFMG deve,

    primeiramente, preservar os patamares de solidez e de qualidade atingidos ao longo de décadas de

    investimentos de toda ordem. A Universidade tem atuado, sempre, no sentido de defender esse

    2 Estes números resultam de consulta à base em junho de 2018. Como as informações empregadas pelo Somos UFMG

    provém dos currículos Lattes dos professores, que são atualizadas periodicamente, os valores podem se alterar com o

    tempo. 3 O programa de INCTs é um programa nacional, promovido em parceria pelo CNPq e as agências estaduais de fomento à

    pesquisa, que visa apoiar os grupos de maior destaque e com reconhecido papel de liderança em suas áreas de atuação.

    Através da articulação de suas redes de atuação, procura mobilizar os melhores grupos de pesquisa do país, para o

    desenvolvimento das fronteiras da ciência e das áreas estratégicas para o desenvolvimento sustentável do País.

  • 23

    patrimônio de maneira lúcida e transparente, em nome do interesse público e do futuro do país. Para

    tanto, continuamente, deve orientar-se pelos seguintes princípios:

    a) defesa de um Sistema de Educação Superior sólido, diversificado, dotado de padrões

    crescentes de qualidade, atendidos os requisitos de infraestrutura e recursos humanos

    adequados a esse propósito;

    b) estabelecimento de políticas de ensino, pesquisa e extensão que assegurem níveis crescentes

    de legitimidade institucional;

    c) gratuidade do ensino, entendida como a inexistência de anuidade ou mensalidade nos cursos

    regulares de Educação Básica e Profissional, de Graduação, de Mestrado e de Doutorado;

    d) afirmação do caráter público e da identidade acadêmica da Instituição;

    e) defesa permanente da autonomia universitária;

    f) interação continuada com a sociedade;

    g) integração, articulação e compromisso com os demais níveis e graus de ensino;

    h) consolidação crescente de programas voltados à inserção nacional e internacional;

    i) apoio ao desenvolvimento de políticas públicas direcionadas à busca de sociedades não

    discriminatórias, mais igualitárias e mais justas;

    j) gestão racional, transparente e democrática do orçamento e do cotidiano da Instituição;

    k) aperfeiçoamento de um modelo de gestão descentralizada, que priorize a estrutura colegiada

    e o permanente diálogo com todas as instâncias constitutivas da Comunidade Universitária;

    l) respeito à diversidade que constitue a Instituição, fonte de sua maior riqueza, em que se

    incluem tanto os segmentos docente, discente e de servidores TAEs, quanto os diferentes

    perfis de atuação individual e de campos disciplinares.

    1.5 Áreas de Atuação

    A UFMG desenvolve programas e projetos de ensino – nos níveis de Graduação e de Pós-

    Graduação –, pesquisa e extensão, sob a forma de atividades presenciais e a distância, em todas as

    áreas do conhecimento. Ocupa-se, também, da oferta de cursos de Educação Básica e Profissional –

    na EBAP, no Campus Pampulha. Além de se constituírem em campo de experimentação para a

    formação no ensino superior, esses sistemas de Educação Básica e Profissional da UFMG compõem

    um locus de produção teórica e metodológica sobre questões referentes a esses níveis de ensino,

    inclusive de propostas de integração entre ambos.

    1.6 Organização Administrativa

    Compõem a UFMG os seguintes órgãos, distribuídos de acordo com suas respectivas esferas

    de competência:

    I. Órgãos de deliberação superior: Conselho Universitário e Conselho de Ensino, Pesquisa e

    Extensão (CEPE).

    II. Órgão de fiscalização econômico-financeira: Conselho de Curadores.

    III. Órgãos de administração superior: Reitoria, Pró-Reitorias, Órgãos Assessores e Auxiliares

    e Conselho de Diretores.

  • 24

    IV. Órgãos de ensino, pesquisa e extensão: as Unidades Acadêmicas e os Órgãos

    Complementares e Suplementares.

    Ao Conselho Universitário incumbe formular a política geral da Instituição nos planos

    acadêmico, administrativo, financeiro, patrimonial e disciplinar. É integrado pelo Reitor, como

    Presidente, pelo Vice-Reitor, pelos Diretores das Unidades Acadêmicas, pelos Diretores-Gerais das

    Unidades Especiais não vinculadas a Unidades Acadêmicas, por representantes docentes, discentes e

    servidores TAEs, nos termos do Estatuto da UFMG.

    Ao CEPE – órgão técnico de supervisão e deliberação em matéria de ensino, pesquisa e

    extensão – compete exercer, entre outras, as seguintes funções: estabelecer as diretrizes do ensino, da

    pesquisa e da extensão na Universidade; submeter ao Conselho Universitário proposta de criação de

    câmaras acadêmicas; manifestar-se sobre criação, desmembramento, fusão e extinção, pelo Conselho

    Universitário, de Unidades Acadêmicas, Unidades Especiais, departamentos ou estruturas

    equivalentes; estabelecer as condições para criação e atribuição de atividades acadêmicas curriculares;

    fixar número de vagas; aprovar o currículo, o projeto de funcionamento e o regulamento de cursos de

    Graduação, Mestrado e Doutorado, bem como de cursos sequenciais que conduzam a diploma e outros;

    e determinar a localização dos colegiados de curso, por proposta das respectivas câmaras, observado

    o disposto no Estatuto da UFMG. Esse Conselho é integrado pelo Reitor, como Presidente, pelo Vice-

    Reitor, pelos Pró-Reitores que presidem as câmaras acadêmicas – de Graduação, de Pós-Graduação,

    de Pesquisa e de Extensão – e por representantes docentes e discentes nos termos do Estatuto da

    UFMG.

    Ao Conselho de Curadores, cabe, entre outras atribuições, apreciar a proposta orçamentária e

    o orçamento-programa e pronunciar-se conclusivamente sobre os balanços e a prestação de contas do

    Reitor e, quando for o caso, sobre as contas da gestão dos Diretores de Unidades, de Órgãos

    Suplementares e do Diretório Central dos Estudantes (DCE). Sua composição prevê membros eleitos

    pela Comunidade Universitária, bem como representantes indicados pelo Conselho Regional de

    Contabilidade de Minas Gerais (CRC-MG) e pelo Ministério da Educação.

    A administração do ensino, da pesquisa e da extensão na UFMG é regulamentada por normas

    estatutárias e regimentais, bem como por resoluções aprovadas pelos órgãos competentes.

    A Reitoria, órgão de Administração Central, supervisiona e controla a execução das atividades

    administrativas da Universidade e, para esse fim, compete-lhe estabelecer as medidas regulamentares

    cabíveis. É integrada pelo Reitor, pelo Vice-Reitor, pelas Pró-Reitorias, pela Procuradoria Jurídica,

    por Assessorias e pelos Órgãos Auxiliares.

    Nos termos do Estatuto da UFMG, o Reitor e o Vice-Reitor, com mandato de quatro anos, são

    nomeados pelo Presidente da República, que os escolhe em lista tríplice de docentes, organizada em

    reunião conjunta do Conselho Universitário, do CEPE e do Conselho Curador. O processo de consulta

    à Comunidade Universitária para escolha do Reitor e do Vice-Reitor, que precede a elaboração dessa

    lista tríplice, é estatutário e regulamentado pelo Conselho Universitário. Podem concorrer à lista

    tríplice os docentes da UFMG, desde que membros da carreira de magistério superior e em efetivo

    exercício, respeitada a legislação vigente. Os Pró-Reitores e os Assessores são de livre escolha do

    Reitor.

    Entre as atribuições do Reitor, incluem-se: representar a UFMG em juízo e fora dele;

    administrar, superintender e fiscalizar as atividades da Instituição; presidir reuniões de Órgãos

    Colegiados dessa Universidade; nomear os Diretores e Vice-Diretores das Unidades Acadêmicas,

  • 25

    empossando-os em sessão pública; nomear e empossar os dirigentes de órgãos e repartições da área

    administrativa e de órgãos suplementares; praticar, por proposta fundamentada pelos órgãos

    competentes, os atos relativos a admissão, vida funcional e exoneração ou demissão dos servidores

    docentes e TAEs da Instituição; apresentar, anualmente, ao Conselho Universitário, nos termos do

    Estatuto e do Regimento Geral da UFMG, o plano de trabalho, o orçamento, o relatório e a prestação

    de contas de sua gestão; conferir graus, diplomas, certificados acadêmicos e títulos honoríficos.

    O Conselho de Diretores é órgão de assessoria executiva da administração superior da UFMG,

    competindo-lhe traçar normas operacionais para matérias aprovadas pelo Conselho Universitário,

    decidir daquelas que lhe forem delegadas por esse órgão e assessorar nas de competência do Reitor.

    Integram esse Conselho o Reitor, o Vice-Reitor, os Pró-Reitores, os Diretores das Unidades

    Acadêmicas, os Diretores-Gerais das Unidades Especiais e representantes do corpo discente e do corpo

    TAE.

    As Unidades Acadêmicas, estabelecimentos de ensino que possuem sede e estruturas

    administrativas próprias, realizam atividades de ensino, pesquisa e extensão e oferecem cursos

    superiores que resultam na concessão de diplomas de Graduação e de Pós-Graduação. As Unidades

    Acadêmicas podem se organizar de forma a contemplar estruturas de nível hierárquico a elas inferior,

    sendo a estrutura departamental uma das suas formas possíveis de organização. Essas unidades são

    administradas pela Congregação e pela Diretoria. A Congregação, cuja competência é supervisionar a

    política de ensino, pesquisa e extensão no âmbito da Unidade Acadêmica, é integrada pelo Diretor,

    pelo Vice-Diretor e por representantes dos segmentos docente, discente e TAE. Ao Diretor compete

    atuar como principal autoridade administrativa da Unidade Acadêmica, supervisionando as atividades

    didático-científicas e dirigindo os serviços administrativos – incluídos pessoal, finanças e patrimônio.

    As Unidades Acadêmicas são sedes dos cursos de Graduação e Pós-Graduação da UFMG, que

    são coordenados pelos Colegiados de curso. Aos Colegiados de curso incumbe a coordenação didática

    de cada curso de Graduação e de Pós-Graduação. Compete-lhes, entre outras funções: orientar e

    coordenar as atividades do curso e propor ao departamento, ou estrutura equivalente, a indicação ou

    substituição de docentes; elaborar o currículo do curso, com indicação de ementas, créditos e pré-

    requisitos das atividades acadêmicas curriculares que o compõem; referendar os programas das

    atividades acadêmicas curriculares que compõem o curso; decidir das questões referentes a matrícula,

    reopção, dispensa e inclusão de atividades acadêmicas curriculares, transferência, continuidade de

    estudos, obtenção de novo título e outras formas de ingresso, bem como das representações e recursos

    contra matéria didática, obedecidas as normas pertinentes; coordenar e executar os procedimentos de

    avaliação do curso. A composição do Colegiado de curso é estabelecida no respectivo regulamento,

    aprovado pelo CEPE. A juízo desse Conselho, poderão ser criados Colegiados Especiais, sujeitos à

    aprovação pelo Conselho Universitário, com atribuições específicas.

    O Estatuto da UFMG permite formas diversificadas de organização das Unidades Acadêmicas,

    mas a estrutura departamental é adotada em todas as Unidades Acadêmicas, salvo na FALE e no

    Instituto de Ciências Agrárias (ICA). Às câmaras departamentais cabe, sob a presidência dos

    respectivos chefes, entre outras atribuições, planejar e supervisionar a execução das atividades de

    ensino, pesquisa e extensão dos departamentos, bem como avaliar os planos de trabalho dos docentes

    a eles vinculados e atribuir-lhes encargos; estabelecer os programas das atividades acadêmicas

    curriculares do Departamento e propor aos Colegiados de curso os créditos correspondentes; propor a

    admissão e a dispensa de docentes, bem como modificações do regime de trabalho desses; manifestar-

    se sobre o desempenho de docentes e de servidores TAEs, para fins de acompanhamento, aprovação

  • 26

    de relatórios, estágio probatório e progressão. No âmbito dos departamentos, atuam, ainda, as

    Assembleias Departamentais, às quais compete a eleição do Chefe de Departamento e o exercício de

    funções consultivas em relação às Câmaras Departamentais.

    As Unidades Especiais são estabelecimentos de ensino que possuem sede e estrutura

    administrativa próprias, podendo realizar atividades de ensino, pesquisa e extensão, mas não oferecem

    cursos que resultem na concessão de diplomas de Graduação. As atividades de Educação Básica, por

    exemplo, são desenvolvidas na EBAP – integrada pelo CP, pelo COLTEC e pelo TU – e em outros

    cursos relacionados ao ensino fundamental, ao ensino médio e à educação profissional.

    Entre as Unidades Especiais inclui-se também o Hospital das Clínicas da UFMG. Trata-se de

    um hospital universitário, público e geral, totalmente inserido no Sistema Único de Saúde (SUS) e,

    atualmente, administrado pela EBSERH. Atende a uma clientela universalizada e realiza atividades de

    ensino, pesquisa e assistência, sendo referência no sistema municipal e estadual de saúde no

    atendimento aos pacientes portadores de doenças de média e alta complexidades.

    Com vistas ao cumprimento de sua missão institucional, por meio de convênio firmado entre a

    Secretaria de Estado de Saúde, a UFMG e a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (FUNDEP),

    com interveniência da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG), a gestão do

    Hospital Universitário Risoleta Tolentino Neves (HRTN) possibilitou à UFMG construir um novo

    polo educacional na área da saúde, unindo a educação permanente e a produção do conhecimento ao

    SUS.

    As duas instituições hospitalares, juntamente com ações usuais no âmbito das diferentes

    profissões de saúde abrigadas nas Unidades Acadêmicas, fundamentam e asseguram a capacidade

    inequívoca da UFMG em estar intimamente ligada às demandas e necessidades da sociedade,

    particularmente por intermédio de uma ativa e proeminente inserção no SUS. Essa atuação no contexto

    institucional público traz consigo a necessidade de uma contínua e incessante construção de

    alternativas consistentes aos princípios preconizados pela Universidade.

    A Universidade dispõe, ainda, de Órgãos Suplementares, vinculados à Reitoria, e de Órgãos

    Complementares, vinculados às Unidades Acadêmicas. Sem lotação própria de pessoal docente, os

    órgãos suplementares e complementares colaboram para o desenvolvimento do ensino, da pesquisa e

    da extensão. Seu funcionamento é disciplinado por regimentos próprios, aprovados, respectivamente,

    pelo Conselho Universitário e pelas congregações das respectivas Unidades Acadêmicas.

    1.7 Inserção Regional, Nacional e Internacional

    A UFMG é uma instituição de ensino superior pública historicamente comprometida com o

    desenvolvimento do estado de Minas Gerais e do país. Para consolidar tal missão, esta Universidade

    procura disseminar suas formas de atuação em áreas geograficamente diversificadas, investindo

    permanentemente nas dimensões quantitativa e qualitativa dos projetos acadêmicos, científicos,

    tecnológicos e culturais em andamento ou em fase de planejamento.

    Partindo da compreensão de que a educação superior cumpre uma função estratégica no

    desenvolvimento econômico, social e cultural das nações, a UFMG constrói formas efetivas de

    cooperação institucional nos contextos regional, nacional e internacional. Uma das prioridades

    institucionais consiste na integração entre os diversos níveis e modalidades de ensino, pesquisa e

    extensão, em que se busca privilegiar os projetos e programas de maior impacto acadêmico e social,

  • 27

    com repercussões de caráter local, regional, nacional e internacional. Essa política advém da

    compreensão, pela Comunidade Universitária, de que a expansão da educação superior pública,

    gratuita e de qualidade constitui um instrumento indispensável para atenuar e, mesmo, superar

    situações de desigualdade social que se verificam tanto intrarregional e inter-regionalmente, quanto

    em cenários internacionais.

    A inserção da UFMG no estado e no país operacionaliza-se de forma variada. Em primeiro

    lugar, pela participação na titulação e qualificação de docentes de outras Instituições de Ensino

    Superior públicas, comunitárias e privadas, em atendimento a demandas individuais ou com vistas ao

    desenvolvimento de parcerias interinstitucionais. Além desses projetos, merecem destaque os diversos

    programas de mobilidade discente em vigor na Universidade, sejam programas que proporcionam aos

    estudantes da UFMG uma experiência acadêmica internacional, sejam aqueles que fomentam a vinda

    de estudantes de outras instituições, brasileiras e estrangeiras, para a UFMG.

    Em segundo lugar, pela proposição de projetos de cooperação, que não se esgotam nessas

    finalidades, mas se estendem, em muitos casos, à formação de núcleos de ensino, pesquisa e extensão

    voltados ao avanço do conhecimento e comprometidos com a qualidade e a relevância social das

    produções acadêmico-científicas, tecnológicas e culturais.

    Em terceiro lugar, pelo desenvolvimento de projetos especiais voltados à integração de seus

    docentes e estudantes, mediante programas de extensão e pesquisa promovidos em instituições da rede

    pública e em organizações não-governamentais, sediadas no país e no exterior. Um desses projetos de

    maior impacto social e regional compreende um conjunto de atividades que se realizam, sob a

    responsabilidade dessa Universidade, no Hospital das Clínicas e no HRTN, unidades hospitalares

    integrantes do SUS, que oferecem assistência ambulatorial, clínica e cirúrgica à população em geral,

    nas mais diversas áreas de especialidade.

    Ainda na área da saúde, é preciso ressaltar a contribuição da UFMG para o processo de

    consolidação do SUS no país – sobretudo por meio da qualificação de profissionais da rede,

    desenvolvimento de pesquisa aplicada, bem como diversas ações de extensão. Destacam-se como

    exemplos a atuação do Núcleo de Educação em Saúde Coletiva (NESCON), que desenvolve projetos

    multidisciplinares para induzir avanços na atenção primária, e o Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio

    Diagnóstico (NUPAD) que realiza o Programa de Triagem Neonatal em Minas Gerais. Na mesma

    linha, o Núcleo de Telessaúde, participante do Programa Telessaúde Brasil Redes (Ministério da

    Saúde), tem o objetivo de melhorar a qualidade do atendimento no SUS, integrando educação e saúde

    por meio de Tecnologias de Informação e Comunicação: teleconsultoria, telediagnóstico e tele-

    educação. Podem ser citados também o Projeto BH-Telemed, em parceria com a Secretaria Municipal

    de Saúde de Belo Horizonte, o Telecardiologia e o Telemonitoramento de Unidades de Terapia

    Intensiva Neonatal, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais. Destaca-se

    ainda o “internato rural”, em que estudantes da etapa final dos cursos de Enfermagem, Farmácia,

    Medicina e Odontologia, sob orientação de professores e supervisão de profissionais dos serviços de

    saúde, desenvolvem atividades curriculares em regiões periféricas do interior de Minas Gerais.

    No âmbito da extensão universitária estão cadastradas aproximadamente 3.000 ações

    desenvolvidas prioritariamente no estado de Minas Gerais, mas que também abrangem municípios de

    outros estados. As áreas temáticas às quais essas ações estão vinculadas são saúde (968 ações),

    educação (579 ações), tecnologia e produção (517 ações), trabalho (74 ações), cultura (349 ações),

    comunicação (95 ações), atingindo um público estimado de dois milhões de pessoas. As equipes

    responsáveis são integradas por servidores e estudantes da UFMG e por parceiros de diferentes setores

  • 28

    da sociedade como órgãos governamentais e não governamentais, instituições privadas, associações

    de moradores e movimentos sociais. As Redes UFMG buscam reunir e articular grupos, laboratórios

    e núcleos de extensão, ensino e pesquisa da UFMG em torno de temas emergenciais das sociedades

    contemporâneas. De caráter interdisciplinar, propõem a construção de uma agenda de trocas,

    interlocução e cooperação continuada entre os membros da Rede em diálogo com outros atores da

    sociedade (políticas públicas, movimentos sociais, organizações sociais). Destacamos, como exemplo,

    o Programa Participa UFMG Mariana-Rio Doce, que buscou reunir docentes envolvidos em projetos

    de pesquisa e extensão com o objetivo de colaborar, por meio do conhecimento técnico, com o processo

    de reconstrução após o mais grave desastre ambiental da história de Minas Gerais: o rompimento da

    barragem do “Fundão”, localizada no distrito de Bento Rodrigues. Atualmente encontram-se em

    funcionamento as seguintes Redes: Rede Juventude; Rede Saúde Mental; Rede Cidades; Rede Direitos

    Humanos; Observatório da Migração Internacional de Minas Gerais; Programa Participa UFMG

    Mariana – Rio Doce.

    Outra prioridade da UFMG consiste na interiorização das suas atividades, o que se dá tanto

    pelo fortalecimento dos seus espaços de atuação situados no interior do Estado – o Campus Regional

    de Montes Claros; o Instituto Casa da Glória, em Diamantina; o Campus Cultural, em Tiradentes –,

    quanto pela proposição de programas e projetos de extensão universitária ou de ação cultural.

    Nessa perspectiva de interiorização, merece atenção especial o Campus Regional de Montes

    Claros. Situado em uma região de transição geográfica, econômica e sociocultural, considerando-se o

    contexto nacional, esse Campus Regional identifica como sua missão primordial realizar ensino,

    pesquisa e extensão de qualidade, formando recursos humanos capazes de exercer a cidadania e de

    promover o desenvolvimento sustentável do semiárido brasileiro. Ali, o antigo Núcleo de Ciências

    Agrárias foi transformado na vigésima Unidade Acadêmica da UFMG, ampliando sua inserção tanto

    no ensino de Graduação, quanto no de Pós-Graduação, bem como iniciando o processo de adequação

    de suas instalações físicas a essa nova realidade.

    Outro instrumento importante, nesse processo de interiorização, está sendo a consolidação e a

    ampliação das atividades da UFMG no campo da Educação a Distância (EAD). A Universidade tem

    investido, de maneira crescente, em programas de formação de recursos humanos através da EAD,

    notadamente na formação de licenciados nas áreas de Ciências e Matemática, em Pedagogia e em

    cursos de Especialização direcionados para os serviços de saúde. Atuando hoje em mais de 20 polos,

    alguns dos quais com oferta de vários cursos, a UFMG tem possibilitado a formação de recursos

    humanos em regiões do estado com notável deficiência de oferta de Educação Superior em cursos

    presenciais, sobretudo no caso daqueles ofertados por instituições públicas.

    A UFMG tem ainda fomentado, seja na constituição de redes colaborativas, seja na realização

    de projetos de ensino e pesquisa bilaterais ou consorciados, um diálogo produtivo e desenvolvido

    projetos de impacto no cenário nacional. Pela própria dimensão dessa Instituição, suas ações nos

    campos do ensino, da pesquisa e da extensão estendem-se, hoje, pelo país afora, por intermédio de

    programas de cooperação acadêmica com instituições e órgãos de ensino e pesquisa de outros estados,

    numa iniciativa apoiada pela Associação Nacional de Dirigentes das Instituições de Ensino Superior

    (ANDIFES) e, ainda, pelos Fóruns Universitários de Pró-Reitores de Graduação, Pós-Graduação,

    Pesquisa e Extensão.

    A par dessa inserção regional e nacional, a UFMG tem tido presença marcante em importantes

    redes e consórcios internacionais interuniversitários. A cooperação acadêmica e científica multilateral

    é necessária não somente para o estabelecimento de parcerias de qualidade geradoras de conhecimento

  • 29

    e na formação de grupos temáticos, que envolvem vários países e continentes, mas também como força

    política na defesa da educação como bem público e na luta contra uma globalização predatória e

    geradora de crescentes desigualdades. Entre os consórcios de que a UFMG tem participado ativamente,

    destacam-se a Asociación de Universidades Grupo Montevidéu (AUGM), que tem como foco central

    o Mercosul e engloba instituições do Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile; o Grupo

    Tordesilhas, de que participam Instituições da Espanha, Portugal e Brasil; a Associação das

    Universidades de Língua Portuguesa (AULP); a Worldwide Universities Network (WUN); a Agence

    Universitaire de la Francophonie (AUF), entre outras. Muitas das atividades desses consórcios têm

    produzido excelentes resultados, criando condições para novas formas de cooperação, como no caso

    da Associação de Universidades do Grupo Montevidéu, que impulsiona a parceria com