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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL
2018 - 2023
Belo Horizonte
Dezembro de 2018
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 Número de instituições parceiras por país ...................................................... 175
Figura 2 Número de parcerias que incluem intercâmbio de Graduação, por país. ........ 176
Figura 3 Organograma – Biblioteca Universitária ........................................................ 244
Figura 4 Processo de Avaliação Interna dos Cursos de Graduação na UFMG ............. 289
Figura 5 Conceito Preliminar de Cursos – CPC na UFMG – média por área,
2007-2016 ....................................................................................................... 292
Gráfico 1 Número de vagas anuais nos cursos presenciais ............................................... 43
Gráfico 2 Número de vagas anuais nos cursos noturnos de Graduação ........................... 44
Gráfico 3 Total de egressos dos cursos de Graduação presenciais, de 2000 a
2017................................................................................................................... 47
Gráfico 4 Número de egressos nos cursos de Graduação noturnos, de 2000 a
2017................................................................................................................... 48
Gráfico 5 Número de egressos dos cursos de licenciatura presenciais, de 2000 a
2017................................................................................................................... 49
Gráfico 6 Número de egressos dos cursos presenciais que oferecem licenciatura,
de 2000 a 2017 .................................................................................................. 49
Gráfico 7 Evolução do número de teses de Doutorado defendidas na UFMG
entre 2000 e 2017 .............................................................................................. 63
Gráfico 8 Evolução do número de dissertações de Mestrado defendidas na
UFMG entre 2000 e 2017 ................................................................................. 63
Gráfico 9 Evolução do número de estudantes matriculados em cursos de
Mestrado e de Doutorado na UFMG entre 2000 e 2017 ................................... 64
Gráfico 10 Evolução do número total de docentes com credenciamento
permanente nos programas de Pós-Graduação stricto sensu da UFMG,
de 2010 a 2018 .................................................................................................. 65
Gráfico 11 Evolução do percentual e docentes por colégios .............................................. 74
Gráfico 12 Produção bibliográfica histórica da UFMG ...................................................... 74
Gráfico 13 Evolução da Produção bibliográfica da UFMG ................................................ 75
Gráfico 14 Evolução da razão de artigos publicados por docente da UFMG ..................... 76
Gráfico 15 Total de publicações de autores da UFMG registradas na base Web of
Science no período 1996-2017 .......................................................................... 76
Gráfico 16 Proporção de publicações registradas na base Web of Science no
período 1996-2007, de autores da UFMG em relação ao total das seis
instituições brasileiras com maior número de publicações, que inclui a
UFMG .............................................................................................................. 77
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Gráfico 17 Evolução da produção bibliográfica da UFMG nas bases de dados
SCOPUS (a) e Web of Science (b) ................................................................... 78
Gráfico 18 Impacto da produção da UFMG em diferentes áreas........................................ 79
Gráfico 19 Citação média normalizada dos artigos da UFMG por áreas ........................... 80
Gráfico 20 Evolução do JCR médio da base Web of Science e das revistas nas
quais os docentes da UFMG publicam seus trabalhos ...................................... 80
Gráfico 21 Aumento da produção científica da UFMG em revistas de alto
impacto (JCR > 10) da base de dados SCOPUS ............................................... 81
Gráfico 22 Distribuição de áreas entre as produções mais citadas da UFMG nas
bases SCOPUS e Web of Science e Google Scholar......................................... 82
Gráfico 23 Distribuição por tipo de documento entre as produções mais citadas da
UFMG nas bases SCOPUS e Web of Science e Google Scholar ...................... 82
Gráfico 24 Comparação dos índices H médios para cada uma das nove grandes
áreas do conhecimento da CAPES dos docentes da UFMG em
diferentes bases ................................................................................................. 83
Gráfico 25 Evolução no número de bolsistas de produtividade da UFMG em
relação ao número de docentes da UFMG ........................................................ 84
Gráfico 26 Distribuição de bolsistas de produtividade da UFMG por Grande Área
do Conhecimento .............................................................................................. 85
Gráfico 27 Distribuição de bolsistas de produtividade da UFMG por nível de
bolsa .................................................................................................................. 86
Gráfico 28 Evolução no número de bolsistas de produtividade da UFMG
comparado com o total de bolsas disponibilizadas pelo CNPq ........................ 86
Gráfico 29 Distribuição de grupos de pesquisa da UFMG por área de
conhecimento .................................................................................................... 87
Gráfico 30 Citação média anual dos trabalhos da UFMG produzidos com e sem
coautoria internacional na base SCOPUS ......................................................... 88
Gráfico 31 Percentual trabalhos produzidos pelos docentes da UFMG com
coautoria internacional depositados na base SCOPUS ..................................... 89
Gráfico 32 Perfil de formação em nível de Doutorado dos docentes da UFMG ................ 90
Gráfico 33 Percentual de treinamento /experiência internacional em nível de Pós-
Doutorado na UFMG ........................................................................................ 90
Gráfico 34 Países de formação ou de treinamento internacional dos docentes da
UFMG ............................................................................................................... 91
Gráfico 35 Percentual de formação acadêmica (Doutorado pleno e sanduíche) e
treinamento internacional (Pós-Doutorado) dos docentes da UFMG.
Departamentos envolvidos com cursos e Pós-Graduação com conceito
7 da CAPES ...................................................................................................... 92
Gráfico 36 Evolução do número de bolsas de produtividade concedidas a
mulheres docentes da UFMG por nível entre 2010 e em 2017......................... 93
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Gráfico 37 Evolução do crescimento de liderança feminina em grupos de
pesquisa cadastrados no CNPq ......................................................................... 94
Gráfico 38 Distribuição por institutos de docentes do sexo feminino na autoria
dos 100 trabalhos mais citados da UFMG ........................................................ 94
Gráfico 39 Participação de docentes do sexo feminino na autoria dos 100
trabalhos mais citados da UFMG, por ano de publicação ................................ 95
Gráfico 40 Evolução anual da demanda e das concessões nos Editais PIBIC –
PIBIC AF/CNPq e PROBIC/FAPEMIG ........................................................ 101
Gráfico 41 Evolução dos recursos captados pela UFMG junto aos setores público
e privado.......................................................................................................... 103
Gráfico 42 Quantidade de programas, projetos, cursos, eventos e prestação de
serviços desenvolvidos na UFMG, entre os anos de 2013 a 2017 .................. 114
Gráfico 43 Ações de extensão desenvolvidas na UFMG por áreas temáticas no
ano de 2017 ..................................................................................................... 114
Gráfico 44 Participação dos discentes nas ações de extensão desenvolvidas na
UFMG, entre os anos de 2013 a 2017 ............................................................. 115
Gráfico 45 Participação da comunidade externa nas ações de extensão
desenvolvidas na UFMG, entre os anos de 2013 a 2017 ................................ 116
Gráfico 46 Distribuição entre sexo feminino e masculino de estudantes por área
do conhecimento, na UFMG, no primeiro semestre de 2018 ......................... 137
Gráfico 47 Resposta dos estudantes à pergunta “Onde você nasceu?”, 2009-
2018/1 ............................................................................................................. 138
Gráfico 48 Resposta dos estudantes à pergunta “Qual é a sua cor ou raça?”, 2009-
2018/1 ............................................................................................................. 139
Gráfico 49 Resposta dos estudantes à pergunta “Em que tipo de escola você
cursou o ensino médio?”, 2009-2018/1 .......................................................... 140
Gráfico 50 Resposta dos estudantes à pergunta “Qual é a renda mensal de seu
grupo familiar?”, 2009-2018/1........................................................................ 141
Gráfico 51 Histórico do crescimento da demanda por assistência estudantil na
UFMG nos últimos 8 anos .............................................................................. 144
Gráfico 52 Número de depósitos de patentes por ano, de 1992 a agosto de 2018 ............ 150
Gráfico 53 Evolução da Distribuição dos Docentes por tempo de UFMG, entre
2013 e 2018 ..................................................................................................... 187
Gráfico 54 Distribuição do corpo docente do magistério superior da UFMG de
acordo com o regime de trabalho, segundo o Censo Educação
Superior, 2013-2017 ....................................................................................... 190
Gráfico 55 Distribuição do corpo docente do magistério superior da UFMG de
acordo com o regime de trabalho, segundo o Relatório de Gestão
2014-2018 ....................................................................................................... 190
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Gráfico 56 Distribuição do corpo docente do magistério superior da UFMG de
acordo com o grau de formação, segundo o Censo da Educação
Superior, 2013-2017 ....................................................................................... 191
Gráfico 57 Distribuição do corpo docente do magistério superior da UFMG de
acordo com o grau de formação, segundo Relatório de Gestão 2014-
2018................................................................................................................. 192
Gráfico 58 Distribuição do corpo docente da UFMG no magistério do ensino
básico, técnico e tecnológico, de acordo com a titulação, segundo o
Relatório de Gestão 2014-2018 ...................................................................... 192
Gráfico 59 Distribuição do Servidores TAEs da UFMG de acordo com o Grau de
Formação, segundo o Censo Educação Superior 2013-2017 .......................... 197
Gráfico 60 Acesso ao Portal UFMG ................................................................................. 220
Gráfico 61 Avaliação do Desempenho Didático dos Docentes da Faculdade de
Medicina, realizada pelos estudantes, 2017 .................................................... 284
Gráfico 62 Rendimento acadêmico de estudantes de Engenharia Elétrica de
acordo com a modalidade de entrada na UFMG ............................................ 287
Gráfico 63 Rendimento acadêmico de estudantes de Comunicação Social de
acordo com a modalidade de entrada na UFMG ............................................ 287
Gráfico 64 Rendimento acadêmico de estudantes de Odontologia de acordo com a
modalidade de entrada na UFMG ................................................................... 288
Gráfico 65 Indicadores da UFMG no ENADE 2014, 2015 e 2016 .................................. 292
Gráfico 66 Percepção discente sobre as condições do processo formativo dos
cursos de Graduação na UFMG – Questionários do ENADE 2014,
2015 e 2016 ..................................................................................................... 294
Quadro 1 Sínteses das Políticas para os Estudantes da UFMG ............................... 146-147
Quadro 2 Infraestrutura Física do Campus Pampulha – Unidades Acadêmicas ............ 231
Quadro 3 Infraestrutura Física do Campus Pampulha – Demais Instalações de
Ensino, Pesquisa e Extensão .................................................................... 231-232
Quadro 4 Campus Pampulha – Instalações Administrativas e de Apoio........................ 232
Quadro 5 Órgãos situados no Campus Saúde ................................................................. 233
Quadro 6 Outras Instalações em Belo Horizonte ............................................................ 233
Quadro 7 Campus Regional de Montes Claros ............................................................... 233
Quadro 8 Outras Instalações em Minas Gerais ............................................................... 234
Quadro 9 Obras paralisadas no Campus Pampulha ........................................................ 237
Quadro 10 Obras planejadas para o Campus Pampulha ................................................... 237
Quadro 11 Obra planejada para o Campus Saúde ............................................................ 238
Quadro 12 Obras planejadas para o Campus Regional de Montes Claros ....................... 239
Quadro 13 Planejamento da autoavaliação (relatórios parciais 2014 e 2015) .......... 282-283
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Quadro 14 Resultado da visita de Recredenciamento Institucional da UFMG ......... 297-299
Tabela 1 Servidores docentes e técnico-administrativos – 2013-2017 ............................ 19
Tabela 2 Discentes e oferta de vagas nos cursos de Graduação da UFMG –
2013-2017 .................................................................................................... 20-21
Tabela 3 IGC contínuo da UFMG de 2011 a 2016 .......................................................... 46
Tabela 4 Número de estudantes de Graduação em intercâmbio de 2007 a 2017 ............ 47
Tabela 5 Número de estudantes de outras instituições matriculados em
intercâmbio na UFMG de 2007 a 2017............................................................. 47
Tabela 6 Número de egressos dos cursos cuja oferta não é regular (cursos de
oferta pontual), no período de 2010 a 2017 ...................................................... 50
Tabela 7 Evolução do número e do percentual de programas de Pós-Graduação
stricto sensu da UFMG, por nota, de 2007 a 2017............................................ 62
Tabela 8 Evolução dos números de vagas e de matrículas nos programas de
Pós-Graduação stricto sensu da UFMG, por nota, de 2007 a 2017 .................. 63
Tabela 9 Evolução do número total de docentes com credenciamento
permanente nos programas de Pós-Graduação stricto sensu da UFMG,
de 2010 a 2018 .................................................................................................. 65
Tabela 10 Evolução do Mestrado Profissional na UFMG, por nota, de 2010 a
2017................................................................................................................... 65
Tabela 11 Pós-Graduação lato sensu na UFMG: 2007-2017 ............................................ 66
Tabela 12 Número de bolsas de Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado
concedidas à UFMG por agências governamentais de fomento ....................... 67
Tabela 13 Distribuição da produção científica na forma de artigos da UFMG nos
colégios de Vida, Humanidades e Exatas e Tecnologia ................................... 79
Tabela 14 Docentes com perfis em diferentes bases de dados .......................................... 83
Tabela 15 Docentes ativos permanentes identificados com unidades da UFMG
com perfis em diferentes bases de dados. Índice-H avaliado entre os
meses de fevereiro e julho de 2018 ................................................................... 84
Tabela 16 Distribuição de bolsistas de produtividade do CNPq ....................................... 85
Tabela 17 Programas institucionais de fomento à pesquisa coordenados pela
PRPq ................................................................................................................. 99
Tabela 18 Editais da PRPq lançados a partir de 2017 ..................................................... 100
Tabela 19 Montante de Recursos privados captados por área do conhecimento
entre 2012-2017 .............................................................................................. 104
Tabela 20 Valores captados para obras e equipamentos – FINEP e CAPES .................. 105
Tabela 21 Composição das equipes das ações de extensão da UFMG, em 2017 ............ 115
Tabela 22 Número de egressos dos cursos de Especialização a distância de 2007
a 2017 .............................................................................................................. 131
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Tabela 23 Número de egressos dos cursos de Graduação a distância de 2011 a
2017................................................................................................................. 132
Tabela 24 Polos onde já ocorreu a oferta dos cursos de Graduação a distância .............. 132
Tabela 25 Características dos Processos .......................................................................... 136
Tabela 26 Histórico do crescimento da demanda por assistência estudantil na
UFMG nos últimos 8 anos .............................................................................. 144
Tabela 27 Número de estudantes que declararam deficiência, de 2016 a 2018 .............. 167
Tabela 28 Percentual dos ingressantes com deficiências, por área do
conhecimento dos cursos, na primeira chamada do SISU 2018 ..................... 167
Tabela 29 Distribuição dos servidores docentes e TAEs, de acordo com tempo na
UFMG, comparação entre 2013 e 2018 .......................................................... 187
Tabela 30 Evolução da produção do CEDECOM – 2014 a 2017 ................................... 219
Tabela 31 Estrutura física da UFMG, em metros quadrados ........................................... 234
Tabela 32 Área física das bibliotecas (m²) ...................................................................... 246
Tabela 33 Acervo das bibliotecas .................................................................................... 247
Tabela 34 HC-UFMG em números ................................................................................. 264
Tabela 35 Indicadores de Qualidade das IES com IGC igual a cinco (Brasil,
2016) ....................................................................................................... 290-291
Tabela 36 Tendência temporal do IGC da UFMG, 2007 a 2016 ..................................... 291
Tabela 37 Percentual de estudantes que consideram que “os conteúdos abordados
nas disciplinas do curso favoreceram sua atuação em estágios ou em
atividades de iniciação profissional” ............................................................. 295
Tabela 38 Percentual de estudantes que consideram que “as metodologias de
ensino utilizadas no curso os desafiaram a aprofundar conhecimentos
e desenvolver competências reflexivas e críticas” ......................................... 295
Tabela 39 Percentual de estudantes que consideram que “o curso promoveu o
desenvolvimento da sua capacidade de pensar criticamente, analisar e
refletir sobre soluções para problemas da sociedade” ................................... 295
Tabela 40 Percentual de estudantes que consideram que “foram oferecidas
oportunidades para os estudantes participarem de programas, projetos
ou atividades de extensão universitária” ........................................................ 296
Tabela 41 Percentual de estudantes que consideram que “foram oferecidas
oportunidades para os estudantes participarem de projetos de iniciação
científica e de atividades que estimularam a investigação acadêmica” ......... 296
Tabela 42 Opções de ingresso em cursos de Graduação em 2018 ........................... 303-305
Tabela 43 Número de vagas oferecidas nos cursos presenciais da UFMG no
período de 2000 a 2016 ............................................................................ 306-309
Tabela 44 Número de estudantes de Graduação em intercâmbio no período de
2007 a 2017 .............................................................................................. 310-312
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Tabela 45 Número de estudantes de Graduação de outras instituições em
intercâmbio na UFMG ............................................................................. 313-315
Tabela 46 Número de egressos dos cursos de Graduação presenciais de 2000 a
2017.......................................................................................................... 316-318
Tabela 47 Número de egressos dos cursos de Graduação noturnos no período de
2000 a 2017 .............................................................................................. 319-320
Tabela 48 Número de egressos dos cursos presenciais de licenciatura no período
de 2000 a 2017 ................................................................................................ 321
Tabela 49 Resultados do ENADE dos Cursos de Graduação da UFMG, 2014-
2015-2016 ................................................................................................ 322-325
Tabela 50 Número de teses de Doutorado defendidas de 2000 a 2017 .................... 327-329
Tabela 51 Número de dissertações de Mestrado defendidas de 2000 a 2017 ........... 330-333
Tabela 52 Número de egressos da Especialização, de 2000 a 2017 ......................... 334-340
Tabela 53 Número de matrículas em cursos de Mestrado, de 2000 a 2017 ............. 341-344
Tabela 54 Número de matrículas em cursos de Doutorado, de 2000 a 2017 ........... 345-348
Tabela 55 Número de docentes com credenciamento permanente, de 2010 a 2018 349-352
Tabela 56 Programas de residência médica do Hospital das Clínicas com entrada
direta, número de vagas oferecidas por ano e tempo de duração .................... 368
Tabela 57 Programas de residência médica do Hospital das Clínicas com entrada
com pré-requisito, número de vagas oferecidas por ano e tempo de
duração ............................................................................................................ 369
Tabela 58 Programas de residência médica do Hospital das Clínicas de ano
opcional, número de vagas, pré-requisito da Área básica e duração .............. 370
Tabela 59 Programas de residência multiprofissional do Hospital das Clínicas
classificados por área profissional e número de vagas ................................... 371
Tabela 60 Programas de Residência Integrada em Medicina Veterinária do
Hospital Veterinário, todos com duração de dois anos ................................... 372
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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
AGU – Advocacia Geral da União
ANDIFES – Associação Nacional de Dirigentes das Instituições de Ensino Superior
AUF – Agence Universitaire de la Francophonie
AUGM – Asociación de Universidades Grupo Montevidéu
AULP – Associação das Universidades de Língua Portuguesa
BHTEC – Parque Tecnológico de Belo Horizonte
BIC Júnior – Bolsas de Iniciação Científica Júnior FAPEMIG
BITIB – Bolsa de Iniciação de Tecnologia Industrial Básica
BU – Biblioteca Universitária
CAAD – Centro de Atividades Administrativas e Didáticas
CAC – Coordenadoria de Assuntos Comunitários
CAD – Centro de Atividades Didáticas
CADV – Centro de Apoio à Pessoa com Deficiência Visual
CAED – Centro de Apoio à Educação a Distância
CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
CECOM – Centro de Computação
CEDECOM – Centro de Comunicação
CENEX – Centros de Extensão
CEPE – Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão
CETEA – Comitê de Ética em Experimentação Animal
CEU – Centro Esportivo Universitário
CEUA – Comissão de Ética no Uso de Animais
CGD – Comitê de Governança Digital
CGRC – Comitê de Governança, Riscos e Controles
CGU – Controladoria Geral da União
CGU-PAD – Sistema de Gestão de Processos Disciplinares
CIS – Comissão Interna de Supervisão
CISME – Comissão Institucional de Saúde Mental
CM – Centro de Microscopia
CNE – Conselho Nacional de Educação
CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
COB – Comitê Olímpico Brasileiro
COEP – Comitê de Ética em Pesquisa
COLTEC – Colégio Técnico
COPEVE – Comissão Permanente do Vestibular
COPI – Diretoria de Cooperação Institucional
CP – Centro Pedagógico
CPAPNE – Comissão Permanente de Apoio ao Portador de Necessidades Especiais
CPB – Comitê Paraolímpico Brasileiro
CPC – Conceito Preliminar de Curso
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CPPD – Comissão Permanente de Pessoal Docente
CRC – Conselho Regional de Contabilidade
CT&I – Ciência, Tecnologia e Inovação
CTE – Centro de Treinamento Esportivo
CTIT – Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica
DAC – Diretoria de Ação Cultural
DAI – Diretoria de Avaliação Institucional
DAP – Departamento de Administração de Pessoal
DAST – Departamento de Atenção à Saúde do Trabalhador
DAV – Divisão de Áreas Verdes
DCE – Diretório Central dos Estudantes
DDC – Diretoria de Divulgação Científica
DDP – Divisão de Desenvolvimento de Pessoal
DE – Dedicação Exclusiva
DEMAI – Departamento de Manutenção e Infraestrutura
DGA – Departamento de Gestão Ambiental
DGI – Diretoria de Governança Informacional
DGR – Divisão de Gestão de Resíduos
DIARQ – Diretoria de Arquivos Institucionais
DINTER – Doutorado Interinstitucional
DISA – Divisão de Infraestrutura Sanitária
DLO – Departamento de Logística de Suprimentos e Serviços Operacionais
DO – Departamento de Obras
DPC – Diretoria de Produção Científica
DPFO – Departamento de Planejamento Físico e de Obras da UFMG
DPP – Departamento de Planejamento e Projetos
DRC – Divisão de Redes de Comunicação
DRCA – Departamento de Registro e Controle Acadêmico
DRH – Departamento de Desenvolvimento de Recursos Humanos
DRI – Diretoria de Relações Internacionais
DTI – Diretoria de Tecnologia da Informação
EAD – Educação a Distância
EBAP – Escola de Educação Básica e Profissional
EBC – Empresa Brasil de Comunicação
EBSERH – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
EBTT – Ensino Básico, Técnico e Tecnológico
EEFFTO – Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional
ENADE – Exame Nacional de Desempenho de Estudantes
ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio
FACE – Faculdade de Ciências Econômicas
FAE – Faculdade de Educação
FAFICH – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
FAPEMIG – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais
FALE – Faculdade de Letras
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FCO – Fundação Christiano Ottoni
FEPE – Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão
FHEMIG – Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais
FIEMG – Federação das Indústrias de Minas Gerais
FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos
FORIPES – Fórum de Dirigentes das Instituições Públicas de Ensino Superior de
Minas Gerais
FRMFA – Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade
FUMP – Fundação Universitária Mendes Pimentel
FUNDEP – Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa
FUNDEPAR – FUNDEP Participações
GIFES – Curso de Especialização em Gestão de Instituições Federais de
Educação Superior
HRTN – Hospital Universitário Risoleta Tolentino Neves
HUST – Huazhong University of Science and Technology
IBEU – Projeto Indicadores Brasileiros para Extensão Universitária
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
ICTs – Instituições de Ciência e Tecnologias
IEAT – Instituto de Estudos Transdisciplinares
IES – Instituição de Educação Superior
IFES – Institutos Federais de Ensino Superior
IFMG – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais
IGC – Índice Geral de Cursos
IGC – Instituto de Geociências
INCTs – Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia
INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial
IPA – Bolsas de Iniciação à Pesquisa em Artes
IPEAD – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e
Contábeis de Minas
IsF – Idiomas sem Fronteiras
LAPPEEI – Laboratório de Políticas e Práticas em Educação Especial e Inclusão
LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias
LI – Licença de Implantação
LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais
LO – Licença de Operação
LOA – Lei Orçamentária Anual
MEC – Ministério da Educação
MHNJB – Museu de História Natural e Jardim Botânico
MINTER – Mestrado Interinstitucional
MPF – Ministério Público Federal
MPMG – Ministério Público do Estado de Minas Gerais
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NAI – Núcleo de Acessibilidade e Inclusão
NAIPE – Núcleo de Atendimento e Integração Pedagógica
NAPqs – Núcleos de Apoio à Pesquisa
NESCON – Núcleo de Educação em Saúde Coletiva
NCA – Núcleo de Ciências Agrárias
NITS – Núcleo de Inovação Tecnológica e Social
NTCA – Núcleo de Tecnologia em Ciências Agrárias
NUPAD – Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico
OLEI – Orientação para Licenciamento de Empreendimento de Impacto
PAIE – Programa de Apoio Integrado a Eventos
PAPIA – Programa Acadêmico de Promoção da Inclusão e Acessibilidade
PARAMEC – Projeto de Extensão do Departamento de Engenharia Mecânica da
UFMG
PASME – Programa de Extensão de Saúde Mental
PASS – Política de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho do Servidor
Público Federal
PBH – Prefeitura de Belo Horizonte
PBEXT – Bolsas para Programas e Projetos de Extensão
PCCTAE – Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação
PCP – Progressões por Capacitação Profissional
PDI – Plano de Desenvolvimento Institucional
PDSE – Programa de Doutorado-sanduíche no Exterior
PDTI – Plano Diretor de TI
PET – Programa de Educação Tutorial
PGRSE – Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Especiais
PIBIC – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica
PIBIC-AF – Programa Institucional de Iniciação Científica nas Ações Afirmativas
PIBIC-EM – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica para o Ensino
Médio
PIBID – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência
PIBIT – Programa de Bolsas Institucionais de Iniciação Científica e Tecnológica
PIBITI – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento
Tecnológico e Inovação
PIDTAE – Plano Institucional de Desenvolvimento dos Técnico-Administrativos
em Educação
PIFD – Programa de Incentivo à Formação Docente
PIPA – Programa de Apoio a Inclusão e Promoção à Acessibilidade
PLA – Português como Língua Adicional
PNAES – Programa Nacional de Assistência Estudantil
PRA – Pró-Reitoria de Administração
PRAE – Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis
PROBIC – Programa de Bolsas Institucionais de Iniciação Científica e Tecnológica
PROEX – Pró-Reitoria de Extensão
PROEXT – Programa de Apoio à Extensão Universitária
http://www.capes.gov.br/bolsas/bolsas-no-exterior/programa-de-doutorado-sanduiche-no-exterior-pdse
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PROGRAD – Pró-Reitoria de Graduação
PROPLAN – Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento
PRORH – Pró-Reitoria de Recursos Humanos
PRPG – Pró-Reitoria de Pós-Graduação
PRPq – Pró-Reitoria de Pesquisa
ReCAD – Relatório Anual de Atividades dos Departamentos
REDECOMEP – Rede metropolitana de Alta Velocidade de Belo Horizonte
ReDoc – Relatório Anual de Atividades dos Docentes
REUNI – Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das
Universidades Federais
RNP – Rede Nacional de Pesquisa
RJU – Regime Jurídico Único
RSM – Rede de Saúde Mental
SB – Sistema de Bibliotecas
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SEEJ – Secretaria de Estado de Esporte e da Juventude
SEI – Sistema Eletrônico de Informações
SESu – Secretaria do Ensino Superior
SIAPE – Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos
SIARQ – Sistema de Arquivos
SIASS – Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor
SIC – Serviço de Informação ao Cidadão
SIEX – Sistema de Informação da Extensão
SIGA – Sistema de Gestão Acadêmica
SINAES – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior
SINDIFES – Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino
SISU – Sistema de Seleção Unificada
SMMA – Secretaria Municipal de Meio Ambiente
SNCTI – Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação
SPF – Specific Pathogen Free
SUS – Sistema Único de Saúde
TAE – Servidor Técnico-Administrativo em Educação
TCU – Tribunal de Contas da União
TI – Tecnologia da Informação
TILS – Tradutores e Intérpretes da Língua de Brasileira de Sinais
TU – Teatro Universitário
UAB – Universidade Aberta do Brasil
UFABC – Universidade Federal do ABC
UFES – Universidade Federal do Espírito Santo
UFLA – Universidade Federal de Lavras
UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais
UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul
UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro
UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina
-
UFSCAR – Universidade Federal de São Carlos
UFV – Universidade Federal de Viçosa
UMG – Universidade de Minas Gerais
UnB – Universidade de Brasília
UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas
UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo
USEC – Unidade Seccional de Correição
USP – Universidade de São Paulo
WUN – Worldwide Universities Network
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15
SUMÁRIO
1. Perfil Institucional 17 1.1. Objetivos da Instituição 17
1.2. Missão 17
1.3. Breve Histórico 17
1.4. Princípios Institucionais 22
1.5. Áreas de Atuação 23
1.6. Organização Administrativa 23
1.7. Inserção Regional, Nacional e Internacional 26
1.8. Controle Social 29
1.9. Governança 32
2. Projeto Pedagógico Institucional 35
3. Políticas Acadêmicas 41 3.1. Ensino de Graduação 41
3.2. Ensino de Pós-Graduação 59
3.3. Pesquisa 72
3.4. Extensão 109
3.5. Cultura 120
3.6. Ensino Básico e Profissional 125
3.7. Educação a Distância 129
3.8. Políticas para Estudantes 136
3.9. Inovação e Empreendedorismo 149
3.10. Esporte e Lazer 154
4. Desenvolvimento Institucional 159 4.1. Cidadania: Direitos Humanos, Saúde Mental, Acessibilidade e Inclusão 159
4.2. Autonomia e Relações institucionais 170
4.3. Internacionalização 173
4.4. Ambiente e Sustentabilidade 182
5. Políticas de Gestão 185 5.1. Gestão de Pessoas 185
5.2. Gestão Administrativa 202
5.3. Planejamento, Orçamento e Sustentabilidade Financeira 212
5.4. Comunicação e Informação 217
6. Infraestrutura 231 6.1. Infraestrutura Física 231
6.2. Serviços de Apoio 244
6.2.1. Bibliotecas 244
6.2.2. Imprensa 252
6.2.3. Editora 252
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16
6.3. Fundações de Apoio 258
6.4. Outras Estruturas de Apoio 262
6.4.1. Hospital das Clínicas 262
6.4.2. Hospital Risoleta Tolentino Neves 266
6.4.3. Instituto Casa da Glória 266
6.4.4. Hospital Veterinário 268
6.4.5. Fazenda Modelo de Pedro Leopoldo 268
6.4.6. Fazenda Experimental Professor Hélio Barbosa 269
6.4.7. Fazenda Experimental Professor Hamilton de Abreu Navarro 270
6.4.8. Fazenda Pequi-Porteirinha 270
6.4.9. Campus Cultural de Tiradentes 270
6.4.10. Museus, Patrimônio e Acervo 271
7. Avaliação e Acompanhamento do Desenvolvimento Institucional 280
ANEXOS 302 I. Graduação 302
II. Pós-Graduação 326
III. Inovação e Empreendedorismo 353
IV. Resolução sobre Direitos Humanos 355
V. Política de Saúde Mental 358
VI. Política de Internacionalização 364
VII. Residências no Hospital das Clínicas 367
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17
CAPITÚLO 1 PERFIL INSTITUCIONAL
1.1 Objetivos da Instituição
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), nos termos do seu Estatuto, tem por
finalidades precípuas a geração, o desenvolvimento, a transmissão e a aplicação de conhecimentos por
meio do ensino, da pesquisa e da extensão, compreendidos de forma indissociada e integrados na
educação e na formação científica e técnico-profissional de cidadãos imbuídos de responsabilidades
sociais, bem como na difusão da cultura e na criação filosófica, artística e tecnológica. No
cumprimento dos seus objetivos, a UFMG mantém cooperação acadêmica, científica, tecnológica e
cultural com instituições nacionais, estrangeiras e internacionais e constitui-se em veículo de
desenvolvimento regional, nacional e mundial, almejando consolidar-se como universidade de
excelência e relevância, mundialmente reconhecida.
1.2 Missão
Visando ao cumprimento integral das suas finalidades e de seu compromisso com os interesses
sociais, a UFMG assume como missão gerar e difundir conhecimentos científicos, tecnológicos e
culturais, destacando-se como Instituição de referência na formação de indivíduos críticos e éticos,
dotados de sólida base científica e humanística e comprometidos com intervenções transformadoras
na sociedade, com vistas à promoção do desenvolvimento econômico, da diminuição de desigualdades
sociais, da redução das assimetrias regionais, bem como do desenvolvimento sustentável.
1.3 Breve Histórico
No século XVIII, a criação de uma universidade em Minas Gerais integrava o projeto político
dos Inconfidentes. A proposta, entretanto, só veio a se concretizar na terceira década do século XX, no
bojo de intensa mobilização intelectual e política que teve no então Presidente do Estado, Antônio
Carlos Ribeiro de Andrada, sua principal expressão. Nesse contexto, pela Lei Estadual n° 956, de 7 de
setembro de 1927, foi fundada a Universidade de Minas Gerais (UMG), pela reunião das quatro
instituições de ensino superior existentes, à época, em Belo Horizonte: a Faculdade de Direito, criada
em 1892, em Ouro Preto; a Faculdade de Medicina, criada em 1911; a Escola de Engenharia, criada
em 1911, e a Escola de Odontologia e Farmácia, cujos cursos foram criados em, respectivamente, 1907
e 1911. O primeiro Reitor da UMG, nomeado em 10 de novembro do mesmo ano, foi Francisco
Mendes Pimentel, Diretor da Faculdade de Direito, que foi sede da primeira Reitoria.
Um ano depois, os planos do governo estadual para a UMG voltaram-se à necessidade da
construção de um complexo universitário, já então denominado Cidade Universitária. Como resultado
de uma parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte, foram colocados à disposição da UMG 35
quarteirões, com área equivalente a 500.000 m², nos bairros de Lourdes e Santo Agostinho. Com o
tempo, a área destinada para a futura edificação da Cidade Universitária foi se alterando, em
decorrência de sua localização central e de seu valor econômico: em 1937, para as imediações do
Parque Municipal e, no início da década de 1940, para a região da Pampulha, onde viria a se instalar.
-
18
O Plano Diretor para a Cidade Universitária, que definia o sistema viário e o zoneamento das atividades
por áreas de conhecimento e serviços, foi concluído em 1957, quando foram iniciadas as respectivas
obras de infraestrutura e de apoio. Em seguida, foram projetadas e construídas as primeiras edificações,
entre as quais, o prédio da Reitoria, inaugurado em 1962.
Na segunda metade dos anos 1940, a UMG ampliou-se consideravelmente, no plano
acadêmico, com a incorporação de diversas escolas livres criadas em Belo Horizonte, posteriormente
à fundação da Universidade: a de Arquitetura, em 1946, e as Escolas Livres de Filosofia, Ciências e
Letras e de Ciências Econômicas e Administrativas, em 1948. Em 1949, houve a federalização da
UMG, mas seu nome e sua sigla permaneceram inalterados, por mais de uma década. Em 1950, ocorreu
a incorporação da Escola de Enfermagem, originalmente subordinada à Secretaria de Educação e
Saúde Pública do Estado de Minas Gerais e incorporada à UMG por ter sido anexada à Faculdade
de Medicina.
Nos anos de 1960, a UMG sofreria profundas transformações. Na primeira metade da década,
devido a um expressivo programa de expansão, com a incorporação da Escola de Veterinária, em 1961,
do Conservatório Mineiro de Música – que daria origem à Escola de Música –, em 1962, da Escola de
Biblioteconomia – a atual Escola de Ciência da Informação –, em 1963, e, no mesmo ano, a criação
da Escola de Belas Artes. Em 1965, o nome e a sigla da UMG foram alterados, de forma a incorporar
sua vinculação à estrutura administrativa federal, passando a denominar-se Universidade Federal de
Minas Gerais, com a sigla UFMG.
Na segunda metade da década de 1960, a estrutura e a vida universitária seriam alteradas em
decorrência da Reforma Universitária de 1968, que modernizou a universidade brasileira, mas também
em virtude de circunstâncias políticas mais gerais. A reforma universitária acarretou o
desmembramento da antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, dando origem, em um primeiro
momento aos assim chamados Institutos Básicos – o Instituto de Ciências Biológicas (ICB), o Instituto
de Ciências Exatas (ICEx) e o Instituto de Geociências (IGC) – e, logo a seguir, à Faculdade de
Educação (FAE) e à Faculdade de Letras (FALE). Em decorrência dessas transformações, a Faculdade
de Filosofia, Ciências e Letras teve seu nome alterado para Faculdade de Filosofia e Ciências
Humanas. Decorreu também da reforma universitária a institucionalização da atividade de pesquisa, o
estabelecimento de padrões mais bem definidos para a regulação dos cursos de Pós-Graduação, a
formalização da atividade de extensão como parte da missão da Universidade e a criação do regime de
trabalho de Dedicação Exclusiva para os docentes dedicados aos trabalhos de investigação acadêmica.
Ainda nesse período, em 1969, a UFMG incorporaria em sua estrutura a Escola de Educação Física –
hoje, Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO).
A vida da UFMG seria também bastante alterada, nos anos de 1960 e subsequentes, em
decorrência do pronunciamento militar que interrompeu a normalidade democrática no país em 1964.
Em consequência desse pronunciamento, agravado em 1968 com a edição do Ato Institucional 5, a
UFMG teve um de seus reitores afastados temporariamente de suas funções, o Reitor Aluísio Pimenta,
outro cassado, o Professor Gérson Brito de Melo Boson, e diversos professores e funcionários cassados
e presos, estudantes expulsos, presos e assassinados. A Instituição reagiu com altivez a esse tempo
sombrio, tendo seus reitores e seu Conselho Universitário manifestado, com firmeza, sua condenação
à arbitrariedade e à violência da repressão política, bem como, recusado, sempre que possível, a
implantação de medidas e procedimentos que consideraram academicamente inconvenientes e
inadequados.
-
19
O adensamento das construções do Campus Pampulha, a Cidade Universitária, se deu em
períodos distintos, sendo mais intenso nos anos 1970, na primeira metade da década de 1990 e na
primeira década deste século. Atualmente, das dezenove Unidades Acadêmicas sediadas em Belo
Horizonte, quinze têm suas instalações integralmente situadas no Campus Pampulha. Na área central
da cidade, encontram-se o Campus Saúde, constituído pela Faculdade de Medicina, pela Escola de
Enfermagem e pelo complexo do Hospital das Clínicas (atualmente administrado pela Empresa
Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH), bem como a Faculdade de Direito e a Escola de
Arquitetura, estas duas localizadas em prédios isolados e com perspectivas de, no futuro, terem suas
instalações transferidas para o Campus Pampulha. Além das Unidades Acadêmicas, encontram-se
também no Campus Pampulha a Escola de Educação Básica e Profissional (EBAP), integrada pela
Escola Fundamental – Centro Pedagógico (CP), o Colégio Técnico (COLTEC) e o Teatro
Universitário (TU).
Fora da Capital, a UFMG possui um terceiro Campus universitário, situado em Montes Claros,
município do norte de Minas Gerais. O Campus Regional de Montes Claros oferece cursos de
Graduação e Pós-Graduação vinculados ao Instituto de Ciências Agrárias, a vigésima Unidade
Acadêmica da Universidade. Em Diamantina, estão instalados o Instituto Casa da Glória e a Casa
Silvério Lessa, ambos vinculados ao Instituto de Geociências. Em Tiradentes, a UFMG mantém, em
convênio com a Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade (FRMFA), um Campus Cultural que
compreende o Museu Casa do Inconfidente Padre Toledo, a Casa de Cultura, a Biblioteca e o Centro
de Estudos, os dois últimos em processo de implantação no Sobrado Quatro Cantos. Merecem ainda
uma menção destacada, por sua importância no projeto acadêmico da UFMG, o Hospital Veterinário,
as fazendas de Montes Claros, Igarapé e Pedro Leopoldo, a Biblioteca Universitária, o Centro Cultural,
o Espaço do Conhecimento, o Centro de Microscopia, o Conservatório, a Editora, o Museu de História
Natural e Jardim Botânico (MHNJB) e o Centro de Treinamento Esportivo (CTE). E, como espaço
primordialmente voltado ao lazer da Comunidade Universitária, o Centro Esportivo Universitário
(CEU).
Ao lado de uma política de expansão que perpassa sua trajetória desde a fundação, a UFMG
tem-se pautado por parâmetros de mérito e qualidade acadêmicos e de relevância social em todas as
suas áreas de atuação. Seus docentes têm participação expressiva em comitês de assessoramento de
órgãos de fomento à pesquisa, em comitês editoriais de revistas científicas e em diversas comissões de
normas técnicas. Nos últimos anos, ganhou força o debate sobre políticas de inclusão e democratização
do acesso e da permanência no sistema de ensino superior, começando pela ampliação das vagas e
criação de novos cursos no período noturno, passando pela experiência da política de bônus, seguidas
pela política de cotas para candidatos egressos de escolas públicas (complementadas por critérios
relativos à renda familiar, critérios étnico-raciais e a reserva de vagas para pessoas com deficiência), a
ampliação dos gastos com a assistência estudantil e a promoção de políticas voltadas para a afirmação
da cidadania, da diversidade, da igualdade e da inclusão e o combate às diferentes formas de
intolerância, discriminação e violação de direitos humanos.
No período entre 2013 e 2017, segundo dados informados com metodologia padronizada pelo
Censo da Educação Superior (Tabela 1), o corpo docente cresceu 7,7%, sendo que 88% dos docentes
trabalham em regime de tempo integral e 89% são doutores. O corpo Técnico-Administrativo em
Educação (TAE) cresceu 1,8% e aprimorou sua qualificação, sendo que mais da metade dispõe de
formação em nível de Pós-Graduação.
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TABELA 1
Servidores docentes e técnico-administrativos – 2013-2017
ANO 2013 2014 2015 2016 2017
Docentes em exercício 3219 3269 3114 3465 3468
Tempo Integral 2936 2878 2817 3139 3056
Tempo Parcial 283 391 297 326 412
Com Mestrado 424 409 377 397 331
Com Doutorado 2698 2700 2651 2980 3085
Técnicos por grau de formação 4313 4675 4442 4366 4393
Fundamental 286 382 322 241 201
Ensino Médio 1344 1347 1140 963 887
Ensino Superior 806 1307 1339 1169 969
Especialização 1486 1251 1241 1464 1696
Mestrado 309 316 325 436 514
Doutorado 82 72 75 93 126
Fonte: Censo da Educação Superior, 2013-2017.
Quanto ao corpo discente, o total de estudantes matriculados em cursos de Graduação ao longo
do período situou-se entre 31 e 33 mil, com média anual de aproximadamente 7.500 ingressantes e
4.600 concluintes, para um total de 6.740 vagas novas ofertadas anualmente nos cursos com oferta
regular, conforme mostrado na Tabela 2.
TABELA 2
Discentes e oferta de vagas nos cursos de Graduação da UFMG – 2013-2017
(Continua)
ANO 2013 2014 2015 2016 2017
Total de vagas oferecidas - Graduação 9593 7309 8028 8327 8739
Vagas novas oferecidas Presencial 6740 6740 6740 6740 6740
EAD 0 141 0 0 0
Vagas remanescentes
oferecidas
Presencial 2242 288 1288 1587 1999
EAD 611 0 0 0 0
Total de ingressantes - Graduação 8866 8445 7461 7469 7523 Ingressantes por vagas
novas
Presencial 7935 8108 6740 6594 6686
EAD 0 137 0 0 0
Ingressantes por vagas
remanescentes
Presencial 919 128 647 822 788
EAD 0 0 0 0 0
Ingressantes por convênio
PEC-G
Presencial 12 18 25 25 15
EAD 0 0 0 0 0
Ingressantes por
transferência ex-ofício
Presencial - 19 20 11 18
EAD - 0 0 0 0
Ingressantes por decisão
judicial
Presencial - 35 29 17 16
EAD - 0 0 0 0
TABELA 2
Discentes e oferta de vagas nos cursos de Graduação da UFMG – 2013-2017
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21
(Conclusão)
ANO 2013 2014 2015 2016 2017
Total de matrículas - Graduação 33304 33016 32389 32144 31613
Presencial 32207 32103 31854 31746 31529
EAD 1097 913 535 398 84
Total de concluintes - Graduação 4017 4458 4654 4993 4870
Presencial 3960 4238 4587 4695 4842
EAD 57 220 67 298 28
Total de matrículas trancadas - Graduação 1411 1579 1630 1871 1918
Presencial 1387 1557 1620 1863 1913
EAD 24 22 10 8 5
Total de desvinculados - Graduação 3871 4076 3875 2847 3141
Presencial 3366 3756 3659 2765 3102
EAD 505 320 216 82 39
Total de estudantes com apoio social 13857 14337 16481 16881 9891
Total de estudantes em atividade extracurricular 5302 8710 8202 2885 8593
Fonte: Censo da Educação Superior, 2013-2017.
Atualmente a UFMG oferta 90 cursos de Graduação presenciais e 5 cursos a distância.1 Dos 90
cursos presenciais, 16 são licenciaturas, 73 são bacharelados e um é tecnológico. Dos cinco cursos a
distância, quatro são licenciaturas e um, bacharelado (ver a relação completa dos cursos de Graduação
no Anexo I).
Observa-se no período recente uma tendência geral de melhoria nos indicadores de qualidade
da Pós-Graduação, da pesquisa e da extensão na UFMG. Até 2010, o sistema de Pós-Graduação stricto
sensu da UFMG estava constituído por 70 programas que contavam com pouco mais de 1.500
orientadores credenciados e pouco mais de 6.500 estudantes. Em 2018, a UFMG somava 84 programas
de Pós-Graduação (ver Anexo II), envolvendo 70 cursos de Doutorado, 75 cursos de Mestrado
acadêmico e 8 cursos de Mestrado Profissional, totalizando mais de 2.000 orientadores credenciados
e 9.600 estudantes matriculados. O número total anual de dissertações de Mestrado, no mesmo período,
passou de cerca de 1.300 para cerca de 1.600, e o número total anual de teses de Doutorado defendidas
passou de pouco mais de 500 para quase 900. O processo de melhoria da qualidade da Pós-Graduação
stricto sensu na UFMG, ocorrido no mesmo período, é atestado pela avaliação quadrienal realizada
pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), que indica que a
UFMG passou de um percentual de 36% de programas que alcançaram conceitos 6 e 7 em 2010, para
um percentual de 43% de programas nesses níveis em 2017. Esses conceitos são conferidos a cursos
com padrão de excelência internacional. No mesmo período, a UFMG passou de um percentual de
63% para um percentual de 68% de cursos com conceitos 5, 6 ou 7.
Alguns indicadores para acompanhamento da produção intelectual (orientações concluídas,
patentes registradas e produção bibliográfica) da UFMG estão disponíveis para consulta pública por
meio do sistema So mos UFMG
1 Neste cômputo, adotou-se a definição de curso estabelecida pelo Ministério da Educação por meio da Portaria n° 21, de
21 de dezembro de 2017, que prevê que os cursos de Graduação presenciais devem ser definidos por nome, grau
(Bacharelado, Licenciatura ou Superior de Tecnologia) e local de oferta, e os cursos à distância por nome e grau. Ao
agrupar os cursos que ofertam Bacharelado e Licenciatura em um único, totalizam-se 77 cursos presenciais.
-
22
(http://somos.ufmg.br/indicadores). Entre 2012 e 2016, a produção científica manteve-se em patamar
elevado, em torno de 5.800 artigos por ano, com uma parcela crescente desses artigos contando com
indexação pelo DOI. No mesmo período, houve uma redução do número de “trabalhos em eventos”,
o que parece refletir a redução do peso desse tipo de publicação nos diversos processos de avaliação
da pesquisa, internos e externos, ocorrido ao longo da última década, levando a um concomitante
processo de direcionamento dos esforços dos pesquisadores à confecção de publicações de maior
potencial de impacto.2 Quanto à qualidade dessas publicações, ela pode ser avaliada por alguns
indicadores. Assim, em 11 das 27 áreas da base de dados SCOPUS, os artigos publicados por docentes
da UFMG recebem um número igual ou maior à média de citações das demais instituições presentes
na base. Além disso, a produção científica da UFMG mantém-se concentrada em revistas com JCR
(parâmetro de impacto da revista) superior ao da média da base Web of Science: em 2017, a produção
da UFMG foi publicada em revistas com JCR médio de 2,6, contra uma média de 2,2 das revistas da
base.
Além disso, deve-se mencionar que a UFMG sedia ou possui coordenadores de 17 Institutos
Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs).3 A Universidade tem atualmente 746 bolsistas de
produtividade em pesquisa e 24 bolsistas de produtividade em desenvolvimento tecnológico e extensão
inovadora, o que confere à UFMG a quarta posição entre as instituições com o maior número de bolsas
de produtividade concedidas no Brasil (4,9% do total de bolsas) e a primeira no estado de Minas Gerais
(44,4% do total de bolsas).
Por fim, destacamos que o Sistema de Informação da Extensão da UFMG (SIEX/UFMG)
registrava, em 2017, 185 programas, 1.125 projetos, 377 cursos, 368 eventos e 335 prestações de
serviço, totalizando 2.390 ações de extensão, com o envolvimento de 1.872 docentes, 476 servidores
TAEs e quase 4.000 estudantes. Ações de extensão são hoje desenvolvidas em todas as Unidades
Acadêmicas da UFMG, englobando as oito áreas temáticas (saúde, educação, trabalho, meio ambiente,
comunicação, direitos humanos e justiça, tecnologia de produção e cultura), com envolvimento de
cerca de 1500 docentes e com relato de mais de 3.000 produtos anuais, sendo a maioria trabalhos
apresentados em eventos acadêmicos-científicos e produtos audiovisuais.
Outros aspectos mais detalhados do desenvolvimento institucional na UFMG serão destacados
nos capítulos seguintes deste PDI.
1.4 Princípios Institucionais
Dado seu caráter estratégico no conjunto do patrimônio acadêmico, científico e cultural
brasileiro, a gestão responsável de uma instituição de ensino superior pública como a UFMG deve,
primeiramente, preservar os patamares de solidez e de qualidade atingidos ao longo de décadas de
investimentos de toda ordem. A Universidade tem atuado, sempre, no sentido de defender esse
2 Estes números resultam de consulta à base em junho de 2018. Como as informações empregadas pelo Somos UFMG
provém dos currículos Lattes dos professores, que são atualizadas periodicamente, os valores podem se alterar com o
tempo. 3 O programa de INCTs é um programa nacional, promovido em parceria pelo CNPq e as agências estaduais de fomento à
pesquisa, que visa apoiar os grupos de maior destaque e com reconhecido papel de liderança em suas áreas de atuação.
Através da articulação de suas redes de atuação, procura mobilizar os melhores grupos de pesquisa do país, para o
desenvolvimento das fronteiras da ciência e das áreas estratégicas para o desenvolvimento sustentável do País.
-
23
patrimônio de maneira lúcida e transparente, em nome do interesse público e do futuro do país. Para
tanto, continuamente, deve orientar-se pelos seguintes princípios:
a) defesa de um Sistema de Educação Superior sólido, diversificado, dotado de padrões
crescentes de qualidade, atendidos os requisitos de infraestrutura e recursos humanos
adequados a esse propósito;
b) estabelecimento de políticas de ensino, pesquisa e extensão que assegurem níveis crescentes
de legitimidade institucional;
c) gratuidade do ensino, entendida como a inexistência de anuidade ou mensalidade nos cursos
regulares de Educação Básica e Profissional, de Graduação, de Mestrado e de Doutorado;
d) afirmação do caráter público e da identidade acadêmica da Instituição;
e) defesa permanente da autonomia universitária;
f) interação continuada com a sociedade;
g) integração, articulação e compromisso com os demais níveis e graus de ensino;
h) consolidação crescente de programas voltados à inserção nacional e internacional;
i) apoio ao desenvolvimento de políticas públicas direcionadas à busca de sociedades não
discriminatórias, mais igualitárias e mais justas;
j) gestão racional, transparente e democrática do orçamento e do cotidiano da Instituição;
k) aperfeiçoamento de um modelo de gestão descentralizada, que priorize a estrutura colegiada
e o permanente diálogo com todas as instâncias constitutivas da Comunidade Universitária;
l) respeito à diversidade que constitue a Instituição, fonte de sua maior riqueza, em que se
incluem tanto os segmentos docente, discente e de servidores TAEs, quanto os diferentes
perfis de atuação individual e de campos disciplinares.
1.5 Áreas de Atuação
A UFMG desenvolve programas e projetos de ensino – nos níveis de Graduação e de Pós-
Graduação –, pesquisa e extensão, sob a forma de atividades presenciais e a distância, em todas as
áreas do conhecimento. Ocupa-se, também, da oferta de cursos de Educação Básica e Profissional –
na EBAP, no Campus Pampulha. Além de se constituírem em campo de experimentação para a
formação no ensino superior, esses sistemas de Educação Básica e Profissional da UFMG compõem
um locus de produção teórica e metodológica sobre questões referentes a esses níveis de ensino,
inclusive de propostas de integração entre ambos.
1.6 Organização Administrativa
Compõem a UFMG os seguintes órgãos, distribuídos de acordo com suas respectivas esferas
de competência:
I. Órgãos de deliberação superior: Conselho Universitário e Conselho de Ensino, Pesquisa e
Extensão (CEPE).
II. Órgão de fiscalização econômico-financeira: Conselho de Curadores.
III. Órgãos de administração superior: Reitoria, Pró-Reitorias, Órgãos Assessores e Auxiliares
e Conselho de Diretores.
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IV. Órgãos de ensino, pesquisa e extensão: as Unidades Acadêmicas e os Órgãos
Complementares e Suplementares.
Ao Conselho Universitário incumbe formular a política geral da Instituição nos planos
acadêmico, administrativo, financeiro, patrimonial e disciplinar. É integrado pelo Reitor, como
Presidente, pelo Vice-Reitor, pelos Diretores das Unidades Acadêmicas, pelos Diretores-Gerais das
Unidades Especiais não vinculadas a Unidades Acadêmicas, por representantes docentes, discentes e
servidores TAEs, nos termos do Estatuto da UFMG.
Ao CEPE – órgão técnico de supervisão e deliberação em matéria de ensino, pesquisa e
extensão – compete exercer, entre outras, as seguintes funções: estabelecer as diretrizes do ensino, da
pesquisa e da extensão na Universidade; submeter ao Conselho Universitário proposta de criação de
câmaras acadêmicas; manifestar-se sobre criação, desmembramento, fusão e extinção, pelo Conselho
Universitário, de Unidades Acadêmicas, Unidades Especiais, departamentos ou estruturas
equivalentes; estabelecer as condições para criação e atribuição de atividades acadêmicas curriculares;
fixar número de vagas; aprovar o currículo, o projeto de funcionamento e o regulamento de cursos de
Graduação, Mestrado e Doutorado, bem como de cursos sequenciais que conduzam a diploma e outros;
e determinar a localização dos colegiados de curso, por proposta das respectivas câmaras, observado
o disposto no Estatuto da UFMG. Esse Conselho é integrado pelo Reitor, como Presidente, pelo Vice-
Reitor, pelos Pró-Reitores que presidem as câmaras acadêmicas – de Graduação, de Pós-Graduação,
de Pesquisa e de Extensão – e por representantes docentes e discentes nos termos do Estatuto da
UFMG.
Ao Conselho de Curadores, cabe, entre outras atribuições, apreciar a proposta orçamentária e
o orçamento-programa e pronunciar-se conclusivamente sobre os balanços e a prestação de contas do
Reitor e, quando for o caso, sobre as contas da gestão dos Diretores de Unidades, de Órgãos
Suplementares e do Diretório Central dos Estudantes (DCE). Sua composição prevê membros eleitos
pela Comunidade Universitária, bem como representantes indicados pelo Conselho Regional de
Contabilidade de Minas Gerais (CRC-MG) e pelo Ministério da Educação.
A administração do ensino, da pesquisa e da extensão na UFMG é regulamentada por normas
estatutárias e regimentais, bem como por resoluções aprovadas pelos órgãos competentes.
A Reitoria, órgão de Administração Central, supervisiona e controla a execução das atividades
administrativas da Universidade e, para esse fim, compete-lhe estabelecer as medidas regulamentares
cabíveis. É integrada pelo Reitor, pelo Vice-Reitor, pelas Pró-Reitorias, pela Procuradoria Jurídica,
por Assessorias e pelos Órgãos Auxiliares.
Nos termos do Estatuto da UFMG, o Reitor e o Vice-Reitor, com mandato de quatro anos, são
nomeados pelo Presidente da República, que os escolhe em lista tríplice de docentes, organizada em
reunião conjunta do Conselho Universitário, do CEPE e do Conselho Curador. O processo de consulta
à Comunidade Universitária para escolha do Reitor e do Vice-Reitor, que precede a elaboração dessa
lista tríplice, é estatutário e regulamentado pelo Conselho Universitário. Podem concorrer à lista
tríplice os docentes da UFMG, desde que membros da carreira de magistério superior e em efetivo
exercício, respeitada a legislação vigente. Os Pró-Reitores e os Assessores são de livre escolha do
Reitor.
Entre as atribuições do Reitor, incluem-se: representar a UFMG em juízo e fora dele;
administrar, superintender e fiscalizar as atividades da Instituição; presidir reuniões de Órgãos
Colegiados dessa Universidade; nomear os Diretores e Vice-Diretores das Unidades Acadêmicas,
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empossando-os em sessão pública; nomear e empossar os dirigentes de órgãos e repartições da área
administrativa e de órgãos suplementares; praticar, por proposta fundamentada pelos órgãos
competentes, os atos relativos a admissão, vida funcional e exoneração ou demissão dos servidores
docentes e TAEs da Instituição; apresentar, anualmente, ao Conselho Universitário, nos termos do
Estatuto e do Regimento Geral da UFMG, o plano de trabalho, o orçamento, o relatório e a prestação
de contas de sua gestão; conferir graus, diplomas, certificados acadêmicos e títulos honoríficos.
O Conselho de Diretores é órgão de assessoria executiva da administração superior da UFMG,
competindo-lhe traçar normas operacionais para matérias aprovadas pelo Conselho Universitário,
decidir daquelas que lhe forem delegadas por esse órgão e assessorar nas de competência do Reitor.
Integram esse Conselho o Reitor, o Vice-Reitor, os Pró-Reitores, os Diretores das Unidades
Acadêmicas, os Diretores-Gerais das Unidades Especiais e representantes do corpo discente e do corpo
TAE.
As Unidades Acadêmicas, estabelecimentos de ensino que possuem sede e estruturas
administrativas próprias, realizam atividades de ensino, pesquisa e extensão e oferecem cursos
superiores que resultam na concessão de diplomas de Graduação e de Pós-Graduação. As Unidades
Acadêmicas podem se organizar de forma a contemplar estruturas de nível hierárquico a elas inferior,
sendo a estrutura departamental uma das suas formas possíveis de organização. Essas unidades são
administradas pela Congregação e pela Diretoria. A Congregação, cuja competência é supervisionar a
política de ensino, pesquisa e extensão no âmbito da Unidade Acadêmica, é integrada pelo Diretor,
pelo Vice-Diretor e por representantes dos segmentos docente, discente e TAE. Ao Diretor compete
atuar como principal autoridade administrativa da Unidade Acadêmica, supervisionando as atividades
didático-científicas e dirigindo os serviços administrativos – incluídos pessoal, finanças e patrimônio.
As Unidades Acadêmicas são sedes dos cursos de Graduação e Pós-Graduação da UFMG, que
são coordenados pelos Colegiados de curso. Aos Colegiados de curso incumbe a coordenação didática
de cada curso de Graduação e de Pós-Graduação. Compete-lhes, entre outras funções: orientar e
coordenar as atividades do curso e propor ao departamento, ou estrutura equivalente, a indicação ou
substituição de docentes; elaborar o currículo do curso, com indicação de ementas, créditos e pré-
requisitos das atividades acadêmicas curriculares que o compõem; referendar os programas das
atividades acadêmicas curriculares que compõem o curso; decidir das questões referentes a matrícula,
reopção, dispensa e inclusão de atividades acadêmicas curriculares, transferência, continuidade de
estudos, obtenção de novo título e outras formas de ingresso, bem como das representações e recursos
contra matéria didática, obedecidas as normas pertinentes; coordenar e executar os procedimentos de
avaliação do curso. A composição do Colegiado de curso é estabelecida no respectivo regulamento,
aprovado pelo CEPE. A juízo desse Conselho, poderão ser criados Colegiados Especiais, sujeitos à
aprovação pelo Conselho Universitário, com atribuições específicas.
O Estatuto da UFMG permite formas diversificadas de organização das Unidades Acadêmicas,
mas a estrutura departamental é adotada em todas as Unidades Acadêmicas, salvo na FALE e no
Instituto de Ciências Agrárias (ICA). Às câmaras departamentais cabe, sob a presidência dos
respectivos chefes, entre outras atribuições, planejar e supervisionar a execução das atividades de
ensino, pesquisa e extensão dos departamentos, bem como avaliar os planos de trabalho dos docentes
a eles vinculados e atribuir-lhes encargos; estabelecer os programas das atividades acadêmicas
curriculares do Departamento e propor aos Colegiados de curso os créditos correspondentes; propor a
admissão e a dispensa de docentes, bem como modificações do regime de trabalho desses; manifestar-
se sobre o desempenho de docentes e de servidores TAEs, para fins de acompanhamento, aprovação
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de relatórios, estágio probatório e progressão. No âmbito dos departamentos, atuam, ainda, as
Assembleias Departamentais, às quais compete a eleição do Chefe de Departamento e o exercício de
funções consultivas em relação às Câmaras Departamentais.
As Unidades Especiais são estabelecimentos de ensino que possuem sede e estrutura
administrativa próprias, podendo realizar atividades de ensino, pesquisa e extensão, mas não oferecem
cursos que resultem na concessão de diplomas de Graduação. As atividades de Educação Básica, por
exemplo, são desenvolvidas na EBAP – integrada pelo CP, pelo COLTEC e pelo TU – e em outros
cursos relacionados ao ensino fundamental, ao ensino médio e à educação profissional.
Entre as Unidades Especiais inclui-se também o Hospital das Clínicas da UFMG. Trata-se de
um hospital universitário, público e geral, totalmente inserido no Sistema Único de Saúde (SUS) e,
atualmente, administrado pela EBSERH. Atende a uma clientela universalizada e realiza atividades de
ensino, pesquisa e assistência, sendo referência no sistema municipal e estadual de saúde no
atendimento aos pacientes portadores de doenças de média e alta complexidades.
Com vistas ao cumprimento de sua missão institucional, por meio de convênio firmado entre a
Secretaria de Estado de Saúde, a UFMG e a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (FUNDEP),
com interveniência da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG), a gestão do
Hospital Universitário Risoleta Tolentino Neves (HRTN) possibilitou à UFMG construir um novo
polo educacional na área da saúde, unindo a educação permanente e a produção do conhecimento ao
SUS.
As duas instituições hospitalares, juntamente com ações usuais no âmbito das diferentes
profissões de saúde abrigadas nas Unidades Acadêmicas, fundamentam e asseguram a capacidade
inequívoca da UFMG em estar intimamente ligada às demandas e necessidades da sociedade,
particularmente por intermédio de uma ativa e proeminente inserção no SUS. Essa atuação no contexto
institucional público traz consigo a necessidade de uma contínua e incessante construção de
alternativas consistentes aos princípios preconizados pela Universidade.
A Universidade dispõe, ainda, de Órgãos Suplementares, vinculados à Reitoria, e de Órgãos
Complementares, vinculados às Unidades Acadêmicas. Sem lotação própria de pessoal docente, os
órgãos suplementares e complementares colaboram para o desenvolvimento do ensino, da pesquisa e
da extensão. Seu funcionamento é disciplinado por regimentos próprios, aprovados, respectivamente,
pelo Conselho Universitário e pelas congregações das respectivas Unidades Acadêmicas.
1.7 Inserção Regional, Nacional e Internacional
A UFMG é uma instituição de ensino superior pública historicamente comprometida com o
desenvolvimento do estado de Minas Gerais e do país. Para consolidar tal missão, esta Universidade
procura disseminar suas formas de atuação em áreas geograficamente diversificadas, investindo
permanentemente nas dimensões quantitativa e qualitativa dos projetos acadêmicos, científicos,
tecnológicos e culturais em andamento ou em fase de planejamento.
Partindo da compreensão de que a educação superior cumpre uma função estratégica no
desenvolvimento econômico, social e cultural das nações, a UFMG constrói formas efetivas de
cooperação institucional nos contextos regional, nacional e internacional. Uma das prioridades
institucionais consiste na integração entre os diversos níveis e modalidades de ensino, pesquisa e
extensão, em que se busca privilegiar os projetos e programas de maior impacto acadêmico e social,
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com repercussões de caráter local, regional, nacional e internacional. Essa política advém da
compreensão, pela Comunidade Universitária, de que a expansão da educação superior pública,
gratuita e de qualidade constitui um instrumento indispensável para atenuar e, mesmo, superar
situações de desigualdade social que se verificam tanto intrarregional e inter-regionalmente, quanto
em cenários internacionais.
A inserção da UFMG no estado e no país operacionaliza-se de forma variada. Em primeiro
lugar, pela participação na titulação e qualificação de docentes de outras Instituições de Ensino
Superior públicas, comunitárias e privadas, em atendimento a demandas individuais ou com vistas ao
desenvolvimento de parcerias interinstitucionais. Além desses projetos, merecem destaque os diversos
programas de mobilidade discente em vigor na Universidade, sejam programas que proporcionam aos
estudantes da UFMG uma experiência acadêmica internacional, sejam aqueles que fomentam a vinda
de estudantes de outras instituições, brasileiras e estrangeiras, para a UFMG.
Em segundo lugar, pela proposição de projetos de cooperação, que não se esgotam nessas
finalidades, mas se estendem, em muitos casos, à formação de núcleos de ensino, pesquisa e extensão
voltados ao avanço do conhecimento e comprometidos com a qualidade e a relevância social das
produções acadêmico-científicas, tecnológicas e culturais.
Em terceiro lugar, pelo desenvolvimento de projetos especiais voltados à integração de seus
docentes e estudantes, mediante programas de extensão e pesquisa promovidos em instituições da rede
pública e em organizações não-governamentais, sediadas no país e no exterior. Um desses projetos de
maior impacto social e regional compreende um conjunto de atividades que se realizam, sob a
responsabilidade dessa Universidade, no Hospital das Clínicas e no HRTN, unidades hospitalares
integrantes do SUS, que oferecem assistência ambulatorial, clínica e cirúrgica à população em geral,
nas mais diversas áreas de especialidade.
Ainda na área da saúde, é preciso ressaltar a contribuição da UFMG para o processo de
consolidação do SUS no país – sobretudo por meio da qualificação de profissionais da rede,
desenvolvimento de pesquisa aplicada, bem como diversas ações de extensão. Destacam-se como
exemplos a atuação do Núcleo de Educação em Saúde Coletiva (NESCON), que desenvolve projetos
multidisciplinares para induzir avanços na atenção primária, e o Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio
Diagnóstico (NUPAD) que realiza o Programa de Triagem Neonatal em Minas Gerais. Na mesma
linha, o Núcleo de Telessaúde, participante do Programa Telessaúde Brasil Redes (Ministério da
Saúde), tem o objetivo de melhorar a qualidade do atendimento no SUS, integrando educação e saúde
por meio de Tecnologias de Informação e Comunicação: teleconsultoria, telediagnóstico e tele-
educação. Podem ser citados também o Projeto BH-Telemed, em parceria com a Secretaria Municipal
de Saúde de Belo Horizonte, o Telecardiologia e o Telemonitoramento de Unidades de Terapia
Intensiva Neonatal, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais. Destaca-se
ainda o “internato rural”, em que estudantes da etapa final dos cursos de Enfermagem, Farmácia,
Medicina e Odontologia, sob orientação de professores e supervisão de profissionais dos serviços de
saúde, desenvolvem atividades curriculares em regiões periféricas do interior de Minas Gerais.
No âmbito da extensão universitária estão cadastradas aproximadamente 3.000 ações
desenvolvidas prioritariamente no estado de Minas Gerais, mas que também abrangem municípios de
outros estados. As áreas temáticas às quais essas ações estão vinculadas são saúde (968 ações),
educação (579 ações), tecnologia e produção (517 ações), trabalho (74 ações), cultura (349 ações),
comunicação (95 ações), atingindo um público estimado de dois milhões de pessoas. As equipes
responsáveis são integradas por servidores e estudantes da UFMG e por parceiros de diferentes setores
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da sociedade como órgãos governamentais e não governamentais, instituições privadas, associações
de moradores e movimentos sociais. As Redes UFMG buscam reunir e articular grupos, laboratórios
e núcleos de extensão, ensino e pesquisa da UFMG em torno de temas emergenciais das sociedades
contemporâneas. De caráter interdisciplinar, propõem a construção de uma agenda de trocas,
interlocução e cooperação continuada entre os membros da Rede em diálogo com outros atores da
sociedade (políticas públicas, movimentos sociais, organizações sociais). Destacamos, como exemplo,
o Programa Participa UFMG Mariana-Rio Doce, que buscou reunir docentes envolvidos em projetos
de pesquisa e extensão com o objetivo de colaborar, por meio do conhecimento técnico, com o processo
de reconstrução após o mais grave desastre ambiental da história de Minas Gerais: o rompimento da
barragem do “Fundão”, localizada no distrito de Bento Rodrigues. Atualmente encontram-se em
funcionamento as seguintes Redes: Rede Juventude; Rede Saúde Mental; Rede Cidades; Rede Direitos
Humanos; Observatório da Migração Internacional de Minas Gerais; Programa Participa UFMG
Mariana – Rio Doce.
Outra prioridade da UFMG consiste na interiorização das suas atividades, o que se dá tanto
pelo fortalecimento dos seus espaços de atuação situados no interior do Estado – o Campus Regional
de Montes Claros; o Instituto Casa da Glória, em Diamantina; o Campus Cultural, em Tiradentes –,
quanto pela proposição de programas e projetos de extensão universitária ou de ação cultural.
Nessa perspectiva de interiorização, merece atenção especial o Campus Regional de Montes
Claros. Situado em uma região de transição geográfica, econômica e sociocultural, considerando-se o
contexto nacional, esse Campus Regional identifica como sua missão primordial realizar ensino,
pesquisa e extensão de qualidade, formando recursos humanos capazes de exercer a cidadania e de
promover o desenvolvimento sustentável do semiárido brasileiro. Ali, o antigo Núcleo de Ciências
Agrárias foi transformado na vigésima Unidade Acadêmica da UFMG, ampliando sua inserção tanto
no ensino de Graduação, quanto no de Pós-Graduação, bem como iniciando o processo de adequação
de suas instalações físicas a essa nova realidade.
Outro instrumento importante, nesse processo de interiorização, está sendo a consolidação e a
ampliação das atividades da UFMG no campo da Educação a Distância (EAD). A Universidade tem
investido, de maneira crescente, em programas de formação de recursos humanos através da EAD,
notadamente na formação de licenciados nas áreas de Ciências e Matemática, em Pedagogia e em
cursos de Especialização direcionados para os serviços de saúde. Atuando hoje em mais de 20 polos,
alguns dos quais com oferta de vários cursos, a UFMG tem possibilitado a formação de recursos
humanos em regiões do estado com notável deficiência de oferta de Educação Superior em cursos
presenciais, sobretudo no caso daqueles ofertados por instituições públicas.
A UFMG tem ainda fomentado, seja na constituição de redes colaborativas, seja na realização
de projetos de ensino e pesquisa bilaterais ou consorciados, um diálogo produtivo e desenvolvido
projetos de impacto no cenário nacional. Pela própria dimensão dessa Instituição, suas ações nos
campos do ensino, da pesquisa e da extensão estendem-se, hoje, pelo país afora, por intermédio de
programas de cooperação acadêmica com instituições e órgãos de ensino e pesquisa de outros estados,
numa iniciativa apoiada pela Associação Nacional de Dirigentes das Instituições de Ensino Superior
(ANDIFES) e, ainda, pelos Fóruns Universitários de Pró-Reitores de Graduação, Pós-Graduação,
Pesquisa e Extensão.
A par dessa inserção regional e nacional, a UFMG tem tido presença marcante em importantes
redes e consórcios internacionais interuniversitários. A cooperação acadêmica e científica multilateral
é necessária não somente para o estabelecimento de parcerias de qualidade geradoras de conhecimento
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e na formação de grupos temáticos, que envolvem vários países e continentes, mas também como força
política na defesa da educação como bem público e na luta contra uma globalização predatória e
geradora de crescentes desigualdades. Entre os consórcios de que a UFMG tem participado ativamente,
destacam-se a Asociación de Universidades Grupo Montevidéu (AUGM), que tem como foco central
o Mercosul e engloba instituições do Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile; o Grupo
Tordesilhas, de que participam Instituições da Espanha, Portugal e Brasil; a Associação das
Universidades de Língua Portuguesa (AULP); a Worldwide Universities Network (WUN); a Agence
Universitaire de la Francophonie (AUF), entre outras. Muitas das atividades desses consórcios têm
produzido excelentes resultados, criando condições para novas formas de cooperação, como no caso
da Associação de Universidades do Grupo Montevidéu, que impulsiona a parceria com