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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE AGRONOMIA E ZOOTECNIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRICULTURA TROPICAL
DISTRIBUIÇÃO DE PARTÍCULAS E RETENÇÃO DE ÁGUA EM SOLOS
ARENOSOS DO ESTADO DE MATO GROSSO
GILMAR NUNES TORRES
CUIABÁ – MT
Outubro de 2017
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UNIVERSIDADE DO FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE AGRONOMIA E ZOOTECINA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRICULTURA TROPICAL
DISTRIBUIÇÃO DE PARTÍCULAS E RETENÇÃO DE ÁGUA EM SOLOS
ARENOSOS DO ESTADO DE MATO GROSSO
GILMAR NUNES TORRES
Eng. Agrônomo
Orientador: Prof. Eduardo Guimarães Couto
Coorientador: Ricardo Santos Silva Amorim
Tese apresentada a Faculdade de Agronomia e
Zootecnia da Universidade Federal de Mato
Grosso, para obtenção do título de Doutor em
Agricultura Tropical.
CUIABÁ – MT
Outubro de 2017
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AGRADECIMENTOS
À Deus, por tudo que tenho em minha vida e pela oportunidade que me foi
concedida para realizar este estudo.
À minha família, pelo apoio nos momentos difíceis.
Ao professor Dr. Eduardo Guimarães Couto, pela amizade e orientação.
Ao professor Dr. Ricardo Santos Silva Amorim, pela amizade e coorientação.
À professora Dra. Oscarlina Lúcia dos Santos Weber, pela amizade e
coorientação.
Ao Programa de Pós-Graduação em Agricultura Tropical (PPAT/UFMT/FAAZ),
por colocar à disposição pesquisadores, funcionários e infraestrutura que
possibilitaram a realização do curso e:
Ao corpo docente do PPAT, pelos ensinamentos.
Aos funcionários do PPAT, pelo auxílio e amizade durante a realização do
doutorado.
À Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior
(CAPES) pela concessão da bolsa de estudo.
À equipe de levantamento de solos da SEPLAN (Joao Benedito Pereira Leite
e Lucidalva Moreira) e EMBRAPA SOLOS (Guilherme Kangussu Donagemma e
equipe), pela parceria nas coletas de amostras
Aos bolsistas que me auxiliaram durante o decorrer do curso, tanto em
atividades da tese, quanto em demais projetos desenvolvidos nesse período, em
especial “Letycia Cunha Nunes e Ianna Marília Alves” que além da ajuda
imprescindível nas atividades de pesquisa tornaram-se grandes amigas.
À Suzana Santos Amorim, pela contribuição, empenho, auxilio e conselhos.
Ao Valdeir Moraes Soares, pela amizade, companheirismos desde o dia da
matrícula na graduação e apoio neste período de pós-graduação.
Ao meu professor de história do ensino fundamental “Cézar Augusto
Fontana”, uma das poucas pessoas que acreditou em mim e incentivou o sonho de
um jovem de família humilde a cursar “Agronomia” um curso de período integral.
À todos os amigos e pessoas que de alguma forma colaboraram com a
execução deste trabalho.
MEU MUITO OBRIGADO!
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE AGRONOMIA E ZOOTECNIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRICULTURA TROPICAL
Av. Fernando C. da Costa, no 2367 — Cidade Universitária- 78060-900 — Cuiabá Telefone/Fax (65) 3615.8618. E-mail: [email protected]
CERTIFICADO DE APROVAÇÃO
Título: DISTRIBUIÇÃO DE PARTICULAS E RETENÇÃO DE ÁGUA EM SOLOS
ARENOSOS DO ESTADO DE MATO GROSSO
Autor: GILMAR NUNES TORRES
Orientador: EDUARDO GUIMARÃES COUTO
Aprovado em 20 de outubro de 2017.
Comissão Examinadora:
Doutor
(Orientador - UFMT) (Coorientador - UFMT)
EDUARDO GUIMARÃES COUTO RICARDO SANTOS SILVA AMORIM
Doutora Doutora
(Examinadora Interna - UFMT) (Examinadora Interna - UFMT)
CASSIANO CREMON FABRÍCIO TOMAZ RAMOS
(Examinador Externo — UNEMAT) (Examinador Externo -
EMPAER-MT)
Doutor
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DISTRIBUIÇÃO DE PARTÍCULAS E RETENÇÃO DE ÁGUA EM SOLOS
ARENOSOS DO ESTADO DE MATO GROSSO
RESUMO - Os solos arenosos ocupam uma extensa área no território estadual e nacional, apesar de serem incluídos dentro da mesma classe de solo, podem apresentar características diferentes tais como a distribuição do tamanho de partículas da fração areia, que leva a diferenciação em algumas características, como por exemplo, a condutividade hidráulica e a curva característica de retenção de água. Há necessidade de melhor diferenciação, bem como encontrar soluções e alternativas que melhorem as características físico-hídricas destes solos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a retenção de água em solos de diferentes materiais de origem, bem como os fatores relacionados a essa retenção de água que possam ser usados na diferenciação destes solos e na melhoria da retenção de água. As áreas de estudos estão dentro das unidades geomorfológicas do Planalto dos Parecis, Planalto de Tapirapuã, Depressão Alto Rio Paraguai e Planalto dos Guimarães. O equipamento utilização foi o analisador da distribuição do tamanho de partículas por difração laser Horiba LA-950. As metodologias testadas foram: difração laser com 20 mL de NaOH, difração laser com 20 mL de NaOH e 5 minutos de agitação com ultrassom, difração laser com 20 mL de NaOH e 10 minutos de agitação com ultrassom, peneiramento (0,053 – 2,0 mm) e difração laser, peneiramento, sendo avaliadas as frações areia fina (0,053 – 0,25 mm), areia média (0,25 – 0,5 mm) e areia grossa (0,5 - 2,0 mm), método da centrifuga e método da pipeta. A interpretação das curvas de distribuição do tamanho de partículas do solo foi realizada por meio da assimetria, curtose e classificação de acordo com os parâmetros de tamanho de grãos estabelecidos por Folk e Ward (1957). Neste estudo foi comparada a capacidade de retenção de água no solo de diferentes materiais de origem, através das curvas de retenção de água no solo, que foram ajustadas pelo modelo de Van Genuchten. Estudou-se a capacidade de retenção de água em solos arenosos com adição de biocarvão, utilizando-se amostras do horizonte A de Neossolos Quartizarênicos e 1% de biocarvão de resíduos de algodão e torta de filtro de cana de açúcar. Os resultados mostraram que o fracionamento do solo na granulometria <0,053 mm e entre 0,053 a 2,0 mm, foi uma alternativa para melhorar a precisão da determinação da distribuição do tamanho de partículas do solo por difração laser. Os resultados dos parâmetros de seleção das partículas mostraram que houve um padrão de classificação predominante variando entre mal selecionadas a muito mal selecionadas (~ 95%). Quanto à curtose, houve predominância de amostras muito leptocúrticas a extremamente leptocúrticas (~ 96%). Os solos de diferentes materiais de origem apresentaram diferenças na capacidade de retenção de água, sendo que a menor disponibilidade de água foi encontrada nos solos da Formação Botucatu e a maior disponibilidade, nos solos da Formação Salto das Nuvens. Os parâmetros de tamanho de grãos, média, grau de seleção, assimetria e curtose correlacionaram-se significativamente com as propriedades físico-hídricas do solo. A aplicação de biocarvão em solos arenosos aumentou a microporosidade e a capacidade de campo. Dentre os biocarvões estudados, o biocarvão proveniente de resíduos de algodão propiciou o maior aumento na disponibilidade de água. Palavras-chave: Neossolo Quartzarênico, Formações Geológicas, areia fina, curtose, grau de seleção.
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PARTICLE DISTRIBUTION AND WATER RETENTION ON SANDY SOILS OF THE STATE OF MATO GROSSO
ABSTRACT - Sandy soils are part of an extensive area in the state of Mato Grosso and Brazil, although they are in the same soil class, they present different characteristics, such as the particle size distribution of the sand fraction, which allows the differentiation in characteristics such as hydraulic conductivity and water retention characteristic curve. There is a need for improvement in how the differentiation is carried out, and to find solutions that improve the physical-hydro characteristics of these soils. The objective of this work was to evaluate the retention of water in soils of different source materials, as well as the factors related to this water retention that can be used in the differentiation of these soils and in the improvement of water retention. The study areas belong to the geomorphological units of the Plateau of the Parecis, Plateau of Tapirapuã, high Depression Paraguay River and Plateau dos Guimarães. The equipment used was the analysis of the particle size distribution by laser diffraction Horiba LA-950. The methodologies tested were: laser diffraction with 20 ml NaOH, laser diffraction with 20 ml NaOH and 5 minutes of agitation with ultrasound, laser diffraction with 20 ml NaOH and 10 minutes of agitation with ultrasound, sifting (0.053 – 2.0 mm) and laser diffraction, sifting, being evaluated the fine sand fractions (0.053 – 0.25 mm), medium sand (0.25 – 0.5 mm) and coarse sand (0.5-2.0 mm), centrifuge method and pipette method. The analysis of soil particle size curves was performed by means, skewness, kurtosis and sorting according to the grain size parameters established by Folk and Ward (1957). The study compared the soil water retention capacity of different source materials through the water retention curves in the soil, which were adjusted by the model of Van Genuchten. Water retention capacity was studied in sandy soils with the addition of biochar, using samples from the horizon A of Quartzeneics Neosols and 1% of biochar of cotton husks and sugarcane filtercake. The results showed that the fractionation of the soil in the particle size < 0.053 mm and between 0.053 to 2.0 mm, was an alternative to improve the accuracy of the determination of the distribution of soil particles by laser diffraction. The results of the particle selection parameters showed that there was a predominant sorting pattern ranging from poorly selected to very poorly selected (~95%). As for the kurtosis, there were predominance of very leptokurtics samples to extremely leptokurtics (~96%). The soils of different source materials presented alterations in the water retention capacity, and the smallest availability of water was found in the soils of the Botucatu Formation and the highest availability, in the soils of the jump formation of the clouds. The parameters of grain size, medium, sorting, asymmetry and kurtosis correlate significantly with the physico-hydro properties of the soil. The application of biochar in sandy soils has increased micropores and field capacity. Among the biochar studied, the biochar from cotton husks provided the highest increase in water availability.
Key-words: Quartzeneic Neosol, Geological Formations, fine sand, kurtosis, sorting.
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Sumário 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 9
2. REVISÃO ............................................................................................................ 12
2.1. ÁREA DE ESTUDO...................................................................................... 12
2.2. DISTRIBUIÇÃO DO TAMANHO DE PARTÍCULAS DO SOLO E ORIGEM
DOS SEDIMENTOS ............................................................................................... 18
2.3. DETERMINAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DO TAMANHO DE PARTÍCULAS
DO SOLO ............................................................................................................... 20
2.3.1. Analisador da distribuição do tamanho de partículas por difração laser
Horiba LA-950 ..................................................................................................... 22
2.4. PROPRIEDADES FÍSICO-HÍDRICAS DO SOLO ........................................ 24
2.5. DENSIDADE APARENTE ......................................................................... 24
2.6. POROSIDADE DO SOLO ......................................................................... 24
2.7. UMIDADE EQUIVALENTE A CAPACIDADE DE CAMPO ........................ 26
2.8. UMIDADE EQUIVALENTE A PONTO DE MURCHA PERMANENTE ...... 26
2.9. DISPONIBILIDADE HÍDRICA ................................................................... 27
2.10. CURVA CARACTERÍSTICA DE RETENÇÃO DE ÁGUA NO SOLO ..... 28
2.11. BIOCARVÃO ............................................................................................. 29
3. MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................... 31
3.1. Área de Estudo ............................................................................................ 31
3.2. COLETA DE AMOSTRAS ............................................................................ 34
3.3. METODOLOGIAS PARA DETERMINAÇÃO DO TAMANHO DE
PARTÍCULAS DO SOLO ....................................................................................... 35
3.3.1. DETERMINAÇÃO DAS FRAÇÕES GRANULOMÉTRICAS PELO
MÉTODO DA PIPETA ........................................................................................ 35
3.3.2. DETERMINAÇÃO DAS FRAÇÕES GRANULOMÉTRICAS POR
CENTRIFUGAÇÃO ............................................................................................. 35
3.3.3. DETERMINAÇÃO DAS FRAÇÕES GRANULOMÉTRICAS DIRETA POR
DIFRAÇÃO DE RAIO-LASER COM NaOH ........................................................ 36
3.3.4. DETERMINAÇÃO DAS FRAÇÕES GRANULOMÉTRICAS POR PIPETA
+ DIFRAÇÃO DE RAIO-LASER .......................................................................... 37
3.4. INTERPRETAÇÃO DAS CURVAS DE DISTRIBUIÇÃO DO TAMANHO DE
PARTÍCULAS DE SOLOS ARENOSOS ................................................................ 37
3.5. RETENÇÃO DE ÁGUA NO SOLO ............................................................... 38
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................... 42
8
4.1. METODOLOGIAS PARA DETERMINAÇÃO DO TAMANHO DE
PARTÍCULAS DO SOLO ....................................................................................... 42
4.2. INTERPRETAÇÃO DAS CURVAS DE DISTRIBUIÇÃO DO TAMANHO DE
PARTÍCULAS DOS SOLOS .................................................................................. 54
4.3. RETENÇÃO DE ÁGUA EM SOLOS DE DIFERENTES MATERIAIS DE
ORIGEM ................................................................................................................ 58
4.4. CORRELAÇÃO DOS ATRIBUTOS FÍSICO-HÍDRICOS COM OS
PARÂMETROS SEDIMENTOLÓGICOS DO SOLO .............................................. 70
4.5. RETENÇÃO DE ÁGUA EM SOLOS ARENOSOS NO ESTADO DE MATO
GROSSO COM ADIÇÃO DE BIOCARVÕES ......................................................... 74
5. CONCLUSÕES ................................................................................................... 84
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 85
7. ANEXOS ............................................................................................................. 99
DESCRIÇÃO DO PERFIL Nº 22 ....................................................................... 137
9
1. INTRODUÇÃO
O estado do Mato Grosso localiza-se na região Centro Oeste e possui
906.000 km2, dos quais 54% correspondem ao bioma Amazônico, 39% Cerrado e
7% Pantanal (IBGE, 2013). Aproximadamente 13% da área do estado são
compostas pela classe dos Neossolos Quartzarênicos (SEPLAN, 2001), originários
de depósitos arenosos. Esta classe de solo apresenta textura de areia ou areia
franca até 2 m de profundidade, teor de argila inferior a 15%, baixa fertilidade
natural, baixa capacidade de retenção de água, baixa troca de nutrientes, alta
suscetibilidade à degradação e perda da capacidade produtiva para as plantas e
animais quando comparados aos de textura argilosa (REATTO et al., 1998).
Muitos solos arenosos no estado de Mato Grosso, apesar de estarem
inseridos dentro de uma mesma classe podem apresentar características diferentes,
como distribuição do tamanho de partículas na fração areia, padrão na distribuição
do tamanho de partículas (relação areia grossa/areia fina). Tais distinções podem
lhes conferir diferenciação em alguns atributos, como por exemplos os físico-hídricos
(condutividade hidráulica, curva característica de retenção de água). Isso ocorre,
pois, os solos possuem diversos tipos de formações geológicas e materiais de
origem distintos, o que leva a diferenciação destas características dentro da mesma
classe de solo.
Existem diversos parâmetros de tamanho de grãos que podem ser usados na
diferenciação dos solos e até mesmos para inferir sobre a capacidade de retenção
de água, no entanto o cálculo destes parâmetros exige um maior detalhamento da
distribuição do tamanho de partículas do solo, que é limitado pelos métodos
tradicionais determinações das frações de tamanhos de partículas do solo.
Basicamente, as frações de tamanhos de partículas do solo são determinadas
por métodos gravimétricos e peneiramento, como pipeta, densímetro após dispersão
física e química. No entanto, vêm merecendo destaque instrumentos capazes de
determinar com precisão um maior número de dados de tamanho de partículas,
como os equipamentos de difração laser, os quais determinam partículas de 0,02 µm
a 10000 µm (ANDRENELLI et al., 2013).
Segundo Yang et al. (2016), as curvas de distribuição do tamanho de
partículas podem ser usadas para determinação da origem de solos, principalmente
de origem eólica. As curvas de distribuição do tamanho de partículas do solo
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apresentam padrões modais característicos, para diferentes materiais de origens e
tipos de sedimentação, sendo assim considerados como excelentes fontes de
informações sobre as origens sedimentológica. (VANDENBERGHE, 2013).
Estas curvas de distribuição granulométrica refletem a história de deposição
de solos e evolução dos solos in situ (residuais), possuindo informações pedológicas
e geológicas de registros de solos, que muitas vezes são interpretadas em
combinação com resultados de outros atributos do solo (WEN et al., 2002; TATE et
al., 2007). Com a intensificação do uso de áreas com maior susceptibilidade à
degradação torna-se imprescindível o conhecimento de propriedades do solo que
possibilitem a minimização dos riscos e adoção de práticas conservacionistas, a fim
de manter a qualidade tanto do solo quando do ambiente. Segundo Reynolds et al.
(2009) e Xu et al. (2012), o conhecimento das propriedades físico-hídricas do solo
são de fundamental importância, com grande aplicabilidade no manejo e adequação
das práticas agrícolas, modelagem dos processos hidrológicos, quantificação do
transporte de contaminantes e dos impactos ambientais causados pela agricultura.
Outra alternativa para avaliação da qualidade e diferenciação dos solos é a
capacidade de retenção de água destes. Ela é uma das propriedades físico-hídricas
mais importantes, pois expressa a relação entre a umidade retida com as forças que
governam o movimento da água no solo (Potencial Ψ), possuindo ampla aplicação
na agricultura (manejo da irrigação, definição da taxa de aplicação de resíduos,
estudos de perdas de solo).
Considerando que as propriedades do solo como a retenção de água em
solos arenosos afetam o manejo do solo, seja em atividades pecuárias, agrícolas ou
silviculturais, surge a necessidade da busca de alternativas que propiciem uma
melhor caracterização destes solos, a fim de mantê-los preservados e em condições
de manutenção de sua capacidade de produção.
Inspirados na famosa Terra Preta de Índio encontrada na Amazônia, muitos
pesquisadores vêm buscando alternativas similares para a melhoria da qualidade
dos solos. Neste sentido, o uso do biocarvão como condicionador do solo. Quando
produzido em elevadas temperaturas em ausência ou pouco oxigênio, o biocarvão
pode manter características físicas, químicas e biológicas, que levam a significativos
aumentos na capacidade de retenção de água, fertilidade e atividade biológica do
solo (MUKHERJEE e LAL, 2013; HERATH et al., 2013).
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Dentre as características do biocarvão, está o poder de neutralizar o solo, por
apresentar altos teores de carbonato de cálcio e de magnésio, além dos outros
nutrientes como K, P, Mn, Fe, Cu, Zn e Mo, aumento da CTC, pois se trata de um
material com elevada área de superfície especifica, aumento na quantidade de poros
com um diâmetro entre 30 µm a 0,2 µm e aumento do sequestro de carbono no solo
(ZHANG e YOU, 2013; PEAKE et al., 2014; NOVAK et al., 2012).
Diante do exposto, objetivou-se com o presente estudo avaliar a retenção de
água em solos de diferentes materiais de origem e os fatores relacionados a essa
retenção, como possível alternativa de diferenciação destes solos. Além disso,
objetiva-se identificar alternativas para incremento da capacidade de retenção de
água destes solos.
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2. REVISÃO
2.1. ÁREA DE ESTUDO
O Estado de Mato Grosso está localizado entre as coordenadas geográficas
de latitudes 7º a 18º sul e longitudes 50º a 62º oeste de Greenwich (906 000 km²),
com localização na região Centro Oeste do Brasil no centro do Continente Sul
Americano, possui altitudes que variam de 100 a 1200 metros e uma representação
no seu território de três dos biomas do Brasil, a Amazônia (54%), o Cerrado (39%) e
o Pantanal (7%), (IBGE, 2013). Aproximadamente 13% da área do estado estão
sobre Neossolos Quartzarênicos (SEPLAN, 2001) que são originários de depósitos
arenosos e apresentam textura de areia ou areia franca até 2 m de profundidade,
com teor de argila inferior a 15%, possuem baixa fertilidade natural e baixa
capacidade de retenção de água e nutrientes com maior suscetibilidade à
degradação e perda da capacidade produtiva quando comparados aos de textura
argilosa (REATTO et al., 1998), embora essas áreas de solos com textura arenosa
contenham mais limitações agrícolas, elas vêm sendo incorporadas no sistema
agrícola (BATLLE-BAYER et al., 2010).
Os solos do estado de Mato Grosso possuem diversos tipos de formações e
materiais de origem distintos, o que leva a diferenciação de algumas características
dentro da mesma classe de solo (Figura 01).
FIGURA 01. Neossolos Quartzarênicos no estado de Mato Grosso e Formações Geológicas na área de estudo.
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Solos como os Neossolos Quartzarênicos, apesar de estarem em uma
mesma classe podem apresentar características distintas tais como: distribuição do
tamanho de partículas na fração areia (relação areia grossa/areia fina), morfologia
dos grãos de areia (esfericidade e arredondamento), que lhes conferem
diferenciação em alguns atributos dependentes destas características, como por
exemplos os físico-hídricos (condutividade hidráulica, curva característica de
retenção de água).
A produção de grãos tem sido expandida em solos leves, sobretudo nas
regiões Sudeste e Centro-Oeste, e no Oeste da Bahia. Com elevado investimento,
estas lavouras implantadas em solos leves chegam a níveis de produtividade que
podem ser tão altos quanto os de solos mais pesados, com textura mais argilosa
(DONAGEMMA et al., 2016). Segundo Santos et al. (2008), a partir de dados de 28
talhões comerciais de soja nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul,
registraram produtividades médias da cultura de 3.090 kg ha-1 de grãos, com valores
de até 4.200 kg ha-1. Os solos desses talhões apresentavam texturas com teores de
argila variável, de 30 a 150 g kg-1.
Estes solos de textura leve podem apresentar produtividades equiparadas
com aos de texturas mais pesadas, no entanto, possuem maior fragilidade na
questão de disponibilidade de água as plantas. Donagemma et al. (2016), relatam
que a produção de grãos de soja em Neossolo Quartzarênico em Campo Verde-MT,
foi menor na safra 2012/2013 (1.050 kg ha-1) do que na safra 2013/2014 (2.880 kg
ha-1) devido a presença de nematoides e estiagem.
Os solos arenosos ocorrem sob diferentes litologias e superfícies,
destacando-se os seguintes:
Planalto dos Guimarães: É constituído de rochas formadas por diversos
grupos, como: siltitos e folhelhos da Formação Ponta Grossa, arenitos da Formação
Furnas, detrítico-lateríticas de idade Neógena, arenitos quartzíticos da Formação
Botucatu, arenitos do Grupo Rio Ivaí, rochas sedimentares das Formações Vila
Maria, metaconglomerados e filitos do Grupo Cuiabá (FRANCO-ROSAS et al.,
2004), Grupo Bauru na região de Água Fria, em Chapada dos Guimarães, em
diferentes fácies: Formação Quilombinho, Formação Cachoeira do Bom Jardim,
Formação Cambambe, Formação Paredão Grande (WESKA, 1987).
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A Formação Furnas é composta por arenitos médios a grossos, sendo que
em direção ao topo predominam fácies psamopelíticas, constituindo bancos de areia
fina micácea intercalados por lâminas decimétricas de argilas e siltes. Os arenitos
quartzosos são mais abundantes e apresentam variações feldspáticas, com
impregnações de óxido de ferro, grau médio de selecionamento, grãos esféricos e
coloração variando de cinza esbranquiçada a rósea. A sua espessura máxima é em
torno de 300 m (CUTRIM e REBOUÇAS, 2007).
A Formação Botucatu é uma formação geológica da Bacia do Paraná,
resultado da grande desertificação do ainda continente Gondwana, o “deserto
Botucatu”, semelhante ao deserto do Saara e com área superior a um milhão de km².
Os extensos campos de dunas, depositados por ação eólica, formaram os espessos
pacotes de arenitos que hoje constituem o importante Aquífero Guarani, esta
unidade é constituída por arenitos eólicos com contribuições locais e fluviais lentes
de conglomerado apresentando, estratificações tipo cruzada e laminar. O ambiente
de deposição é continental com fácies flúvio-lacustre (BITTENCOURT ROSA et al.,
2007).
Segundo Tokashiki e Saes (2008) o Grupo Cuiabá compreende uma espessa
pilha metassedimentar acumulada na margem sudeste do Craton Amazônico e
afetado pelo Ciclo Orogênico Brasiliano-Panafricano (~600 Ma), sendo constituído
por metassedimentos clássicos com pequena contribuição química e vulcânica,
afetada por várias fases de deformações e metamorfizado na fácies xistos verdes.
Para Bittencourt Rosa et al. (2003) o Grupo Cuiabá de idade referida ao Pré-
Cambriano Superior compreendendo filitos com intercalações de metarenitos,
metassiltitos, metaconglomerados e quartzitos, Coberturas Detrito-Lateríticas do
Terciário e Aluviões Recentes.
A litologia predominante da Formação Quilombinho é o conglomerado,
cíclicos, interdigitados e seguidos por argilitos a arenitos conglomeráticos, silto-
argilitos e arenitos. De modo geral, os pacotes são lenticulares e secundariamente
tabulares. As estruturas primárias comuns são laminações plano-paralelas e
estratificações cruzadas acanaladas, com paleocorrentes predominantemente
paralelas a subparalelas em relação à borda do rifte e as medidas variam entre 60 a
70NE. O tamanho dos clastos nos conglomerados em média varia entre 0,5 a 50 cm;
contudo, em fluxos de lamas e detritos foram medidos blocos de até 1,20 m de
diâmetro segundo o eixo maior. A razão entre clastos de origem ígnea/sedimentar é
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de 9:1 em média, evidenciando a vulcano-derivação dos clastos grossos. O
arcabouço pode ser aberto ou fechado, com gradação inversa ou normal; entretanto,
o conjunto é grano-decrescente. Os clastos sedimentares predominantes são de
arenitos, quartzo arenitos, silexitos oolíticos e pisolíticos. Os pacotes de lamitos,
arenitos conglomeráticos, silto-argilitos e arenitos. Nos dois primeiros, evidenciam
movimentos de massa e, nos dois últimos, imaturidade alta. Por outro lado, as
estruturas primárias sugerem ambiente aquoso e por vezes seletivo, que
retrabalharam o conjunto, a cor predominante destas rochas é vermelha com
variedades de tons. O conjunto descrito da Formação Quilombinho em Mato Grosso
representa depósitos de borda da fratura, das porções proximais de leques aluviais,
com sistema fluvial restrito e em paleorelevo de hemigráben em Chapada dos
Guimarães, Dom Aquino e Poxoréu. Os pacotes Quilombinho são vulcano-derivados
e, portanto, mais jovens e do Cretáceo Superior (WESKA, 2006).
A Fácies Cachoeira do Bom Jardim foi introduzida no Grupo Bauru de Mato
Grosso por Weska (1987), ao descrever um conjunto de lentes cíclicas de
conglomerados, arenitos a argilitos conglomeráticos, arenitos a argilitos e calcretes,
ocorrendo a cerca de 40 km a noroeste da cidade da Chapada dos Guimarães.
Segundo Weska et al. (2006) os conglomerados da Formação Cachoeira do
Bom Jardim são petromíticos, compostos por seixos e matacões de arenitos,
quartzo, quartzo-arenitos e rochas de natureza básica. O tamanho dos clastos varia
em média de 4 a 15 cm. As espessuras das lentes situam-se entre 0,10 a 1,5 m. A
proporção de clastos ígneos para sedimentares é de 1:1, e o arcabouço pode ser
aberto ou fechado e com gradação normal ou inversa. São comuns fluxos de lamas
e detritos (debris flow). A matriz é constituída de arenitos imaturos. Arenitos a
argilitos conglomeráticos e microconglomeráticos, com até 50 m de espessura,
ocupam a porção intermediária da coluna estratigráfica da Formação Cachoeira do
Bom Jardim na Chapada dos Guimarães e Dom Aquino. Arenitos argilosos e
arenitos finos, por vezes imaturos, ocorrem interdigitados desde os pacotes
anteriores até o topo, em lentes que variam entre 0,5 a 8 m. O cimento é carbonato,
principalmente. As estruturas primárias observadas foram laminações plano-
paralelas e estratificações cruzadas, cruzadas acanaladas a tangenciais, com
paleocorrentes entre 60 a 70NE. As calcretes ocorrem em bancos espessos
interdigitados nos arenitos e argilitos conglomeráticos, em arenitos e arenitos
argilosos. As cores dos pacotes são: vermelha, rosa e branca.
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A Formação Cambambe é composta por arenitos e arenitos argilosos
microconglomerádicas para lentes conglomeráticos de conglomerados
microconglomerados, brechas intraformacionais, arenitos de granulação fina, média
e microconglomerádica, silcretes e siltstones raros com espessura podendo chegar a
300 m (WESKA et al., 2006).
A matriz da Formação Cambambe é composta por arenito imaturo e silto-
argilosa cimentadas por SiO2 e secundariamente de carbonatos. Os arenitos
conglomeráticos são pacotes que apresentam constituição litológica similar; contudo,
típicos pacotes matrizes suportando clastos têm lentes de conglomerados
interdigitados compostas de quartzo, quartzo-arenitos e pelotas de argila. As
brechas intraformacionais são constituídas de tipos litológicos retrabalhados do
interior da bacia. Os arenitos são finos a grossos e imaturos. As silcretes
caracterizam-se por pacotes espessos de carapaças silicosas de até 6 m, de
aspecto rugoso, onde se destacam tubos de sílica características desta formação, os
pacotes são tabulares e cíclicos (WESKA, et al., 1996).
O ambiente de deposição da Formação Cambambe é flúvio-lacustre, de
porções distais de leques aluviais desenvolvidos em clima semiárido a extremo árido
(WESKA, 1996).
A Formação Paredão Grande foi proposta por Weska et al. (1996) para
agrupar rochas piroclásticas grossas a finas, derrames e diques associados que
ocorrem em Chapada dos Guimarães, Dom Aquino, Poxoréu, no distrito de Paredão
Grande e na Colônia Indígena Meruri.
As rochas da Formação Paredão Grande são de coloração preta a
acinzentadas e em alguns casos com tons esverdeados, geralmente maciças, com
texturas afanítica (textura uniforme, fina, com cristais invisíveis ao olho desarmado),
porfirítica (cristais grandes numa matriz mais fina) e traquítica (ripas de feldspato
alinhadas subparalelamente) (WESKA, et al., 2006), sendo que,a petrografia dos
derrames desta formação evidencia texturas subofítica e, secundariamente,
glomeroporfirítica, traquítica e microlítica.
Segundo Battezelli et al. (2014) a sequência sedimentar do Cretáceo Superior
da Bacia dos Parecis, se assenta discordantemente sobre rochas vulcânicas das
formações Anarí e Tapirapuã (Jurássico Inferior) e arenitos do Cretáceo Inferior da
Formação Rio Ávila é constituída por uma sucessão de estratos conglomeráticos e
arenosos na base (Formação Salto das Nuvens) sobreposta por estratos arenosos
17
no topo (Formação Utiariti), sendo que nestas unidades, foram reconhecidas
associações de fácies aluvial e eólica, limitadas na base e topo por discordâncias
regionais que registram variações abruptas no espaço de acomodação e aporte de
sedimentos.
Lacerda Filho et al. (2004) descreveram as unidades litoestratigráficas que
constituem a Bacia dos Parecis no estado, como: Formação Jauru, Formação
Pimenta Bueno, Formação Fazenda da Casa Branca, Formação Rio Ávila,
Formação Tapirapuã, Formação Salto das Nuvens, Formação Utiariti, Diabásio
Cururu, Suíte Ponta do Morro, Formação Cachoeirinha, Formação Ronuro e
coberturas sedimentares indiferenciadas.
Na parte referente ao Planalto dos Parecis e estudo se concentra na unidade
litoestratificada de Formação Utiariti, a qual é constituída principalmente por arenitos
quartzosos, a vegetação varia desde Floresta até Campo Cerrado, incluindo neste
contexto as tipologias de Cerrado e Carrasco. A Formação Utiariti é composta na
sua quase totalidade por sedimentos arenosos de cores variáveis desde branco,
amarelo, roxo e avermelhado, depositados em bancos maciços e espessos ou
localmente apresentam estratificação cruzada de pequeno porte. A granulometria
varia de fina a média, podendo localmente ser grossa (BARROS et al., 1982). A
topografia no geral é pouco movimentada com relevo caracterizado como plano,
suave ondulado e ondulado. As cotas geralmente estão acima de 500m (Bahia,
2007).
Segundo Santos e Weska (2003), os pacotes basais da Formação Utiariti a
norte de Tangará da Serra, na entrada da Cachoeira Salto das Nuvens, são de
conglomerados grossos a arenitos conglomeráticos amalgamados, de espessura
decimétrica a métrica, em ciclos de gradação normal e inversa, com laminação
plano-paralela e estratificação cruzada acanalada. O topo, por sua vez, é constituído
por pacotes de arenitos finos a médios, bem selecionados, com grãos arredondados,
estratificação cruzada planar de grande porte, laminações granulométricas internas e
superfícies de segunda e terceira ordens limitando os níveis de estratificação. A
análise das paleocorrentes destes pacotes indica uma tendência bidirecional que
varia entre 225° e 340°.
De acordo com Batezelli et al. (2014) a Formação Utiariti, unidade superior do
Grupo Parecis, aflora na porção centro oeste do estado e sustenta um relevo de
escarpas que constituem a Chapada dos Parecis.
18
Paniz e Weska (2004) mapearam a Formação Utiraiti entre Nova Marilândia e
o Posto Parecis. A unidade é composta por arenitos finos a médios e siltitos, com
estratificações cruzadas planares de grande porte e laminações granulométricas
internas. As paleocorrentes alternam-se nas direções sul/sudoeste e noroeste, com
níveis internos de crostas de cimentação carbonática nos arenitos.
Os pacotes da unidade de Formação Salto das Nuvens possuem coloração:
marrom, vermelha, rosa e creme. O contato inferior com o basalto Tapirapuã está
encoberto e, o contato superior é feito com a Formação Utiariti por discordância
erosiva, vista em afloramentos situados na entrada do Salto das Nuvens na MT 358
(WESKA et al., 2006). Com ambiente deposicional fluvial, indicada pela
estratificação cruzada acanalada medida e o fluxo de detritos que sugere porção
proximal de leque aluvial.
A Formação Salto das Nuvens, litologicamente está representada
principalmente por conglomerados petromíticos de matriz argilo-arenosa intercaladas
por lentes de arenitos vermelhos de granulometria variável desde muito fina a
conglomerática. Sobreposto aos conglomerados, em geral ocorre arenito imaturo
com estratificação cruzada de médio porte, contendo seixos e calhaus de diversos
litótipos (LACERDA FILHO et al., 2004). A Formação Salto das Nuvens, na parte de
topo, é constituída por arenitos finos, siltitos e níveis argilosos, consolidados a
semiconsolidados, e por argilito e siltito nas suas demais porções (CUTRIM et al.,
2007).
2.2. DISTRIBUIÇÃO DO TAMANHO DE PARTÍCULAS DO SOLO E ORIGEM
DOS SEDIMENTOS
O detalhamento da distribuição do tamanho de partículas do solo é de
fundamental importância, podendo ser aplicado para diversos fins, tais como
interpretações de processos pedogênicos (NAVAS et al., 2008; ABAKUMOV, 2010;
STRAUSS et al., 2012) e modelagem, para estimativa de outras características,
como a curva de retenção de água no solo (ANDRENELLI et al., 2013).
Segundo Qin et al. (2011), em geral, as curvas de distribuição do tamanho de
partículas são unimodais para as areias de dunas e bimodais ou multimodais para
sedimentos entre dunas. Em um ambiente de deposição eólica, pode ocorrer a
formação de camada laminadas de arenito. Com isso, há uma variação na
19
estratificação devido às mudanças nas condições de deposição, como por exemplo,
na velocidade e direção do vento; alterando o tamanho e a distribuição de partículas
sedimentadas. Estas mudanças podem ser visualizadas a olho nu no material de
origem, principalmente quando se trata de mudança na direção do vento, já que
altera com isso o ângulo de deposição dos sedimentos (BASILICI et al., 2009).
Uma mesma formação geológica pode ter variações na sedimentação,
dependendo da posição na paisagem e topografia local e fatores climáticos, Qin et
al. (2011), avaliando sedimentos de diferentes dunas e posições geomorfológicas,
observaram variações nos materiais de diferentes dunas e em distintas posições das
dunas, sendo que os grãos tornam-se mais finos e melhores selecionados a partir
das bases de encostas de arraso para as cristas de dunas, e as areias mais grossas
ocorrem perto do sopé, enquanto as areias menores e melhores selecionadas são
encontradas nas cristas e nas faces de deslizamento mais próximas.
Yang et al. (2016) concluem que os dados detalhados do tamanho de
partícula podem servir como informações úteis para avaliar as adições eólicas de
sedimentos no solo, podendo ser utilizados para interpretar os processos de
formação de solo e de pedoambientes, identificando as ligações genéticas dentro de
um perfil em escala vertical e entre perfis, em escala regional.
Segundo Yong et al. (2017), a distribuição do tamanho dos grãos do solo é
capaz de descrever os processos dinâmicos de fragmentação de grãos,
segregação, migração e mistura em movimentos de massa, como transporte de
sedimentos, avalanches, deslizamentos de terra e fluxos de detritos. Sendo que em
particular, a distribuição do tamanho dos grãos implica num cenário de formação do
solo que envolve uma sequência de fragmentação granular e acumulação que
satisfaçam a mesma a distribuição do tamanho dos grãos ao longo dos processos de
formação.
Yong et al. (2017) também confirmam a hipótese da irregularidade nas curvas
de distribuição do tamanho de partículas do solo, causadas por diferenças na
sedimentação. Os solos finos apresentam uma distribuição suave e mais ou menos
regular, enquanto no sedimento a parte fina apresenta-se aleatoriamente irregular,
sendo reflexo das múltiplas fontes de sedimentos.
Hamdan et al. (2015) observaram em quase todas as amostras estudadas da
duna eólica da área de Toshka, grãos de médios a finos, moderadamente bem
selecionados, distorcidos e leptocurticas a extremamente leptocurticas. Isso
20
evidencia que curvas de distribuição do tamanho de partículas leptocurticas a
extremamente leptocurticas, indicam uma sedimentação eólica.
Apesar de algumas diferenças nas formações causadas pelas variações nas
condições climáticas e variáveis de sedimentação, alguns materiais de origem e
solos podem possuir características peculiares semelhantes, como por exemplo, o
tamanho e distribuição de partículas. Com a dissolução do supercontinente
Gondwana, a placa sul-americana sofreu um intenso processo de reestruturação
tectônica que levou à gênese das bacias interiores que englobavam as sequências
sedimentares continentais. As bacias brasileiras de Bauru, Parecis durante o
cretáceo superior tiveram sua evolução ligada a este processo de estruturação e,
portanto, têm características sedimentares muito semelhantes (BATEZELLI e
LADEIRA, 2016).
2.3. DETERMINAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DO TAMANHO DE PARTÍCULAS
DO SOLO
Distribuição de tamanho de partículas na fração até 2 mm é uma importante
característica do solo, que define a sua textura. Neste intervalo (até 2 mm), as
frações de tamanho de partícula são determinadas por métodos gravimétricos e
peneiramento, como pipeta e densímetro (VAZ et al., 2002).
Os métodos gravimétricos utilizados na determinação dos teores de argila,
silte e areia baseiam-se na velocidade de sedimentação das partículas que
compõem o solo quando suspensas em água após dispersão química e física. A
quantificação das partículas é realizada retirando-se uma alíquota com pipeta,
seguida de secagem e pesagem do solo, ou simplesmente por meio da medida da
densidade (EMBRAPA, 1997). Existem outros de determinação da distribuição do
tamanho de partículas, tais como a atenuação de raios gama, de dispersão a laser,
sedigrafos e contadores de partículas eletrônicos (VAZ et al., 2002).
Além da importância na caracterização e classificação de solos, a distribuição
das partículas do solo é fundamental em estudos de ciência do solo, pois está
relacionada com muitos atributos físicos, químicos e processos biológicos que
ocorrem nos solos (VAZ et al., 2002), tendo relevante importância no manejo dos
solos, pois determina, em grande parte, o grau de coesão e adesão entre as
21
partículas do solo, pois os teores relativos das partículas do solo influenciam na taxa
de infiltração e retenção de água, na aeração e na disponibilidade de nutrientes.
Existem vários métodos de determinação do tamanho de partícula. No
entanto, um novo campo da pesquisa vem merecendo destaque através do uso de
instrumentos capazes de determinar com precisão um maior número de dados de
tamanho de partículas como os equipamentos de difração laser. O uso desta
tecnologia permite determinar o tamanho de partículas entre de 0,02 µm a 10000
µm. Desta forma, é possível a aplicação das informações obtidas em modelos
matemáticos de estimação de curva de retenção de água no solo com um maior
número de pontos, quando comparados com o dimensionamento do tamanho das
partículas pelos métodos convencionais (ANDRENELLI et al., 2013).
A análise do tamanho de partículas por difração laser baseia-se na frente de
dispersão da luz pelas partículas de solo em suspensão (Figura 02). Um feixe
paralelo de luz monocromática passa através de uma suspensão contida em uma
célula de amostra, e a luz difratada é focada por detectores. O ângulo de difração da
luz é inversamente correlacionado com o tamanho da partícula; desta forma, o
ângulo aumenta com decréscimo do diâmetro de partícula. (VENDELBOE et al.,
2011).
FIGURA 02. Representação esquemática do espalhamento de luz em partículas grandes e pequenas.
22
Os equipamentos de difração de raios laser permitem a realização da análise
tanto por via seca, onde o agente dispersante é o ar, quanto por via úmida com a
formação de suspensões com ou sem a adição de dispersantes químicos
dependendo das caraterísticas dos materiais a serem analisados. Diante da análise
por via úmida, pode ser necessário a utilização da dispersão física para a separação
das partículas, que pode ser realizada por meio da agitação por bomba, ultrassom,
ou conjugação dos sistemas pelo próprio equipamento ou utilização similar aos
métodos tradicionais (pipeta e densímetro) por dispersão rápida com agitador
elétrico tipo “stirrer” a 12000 rpm, durante 15 minutos ou dispersão lenta em agitador
orbital por 16 horas (CHAPPELL, 1988; RYZAK e BIEGANOWSKI, 2011;
KOWALENKO e BABUIN, 2013).
Existem dois modelos ópticos disponíveis para a utilização no equipamento
na determinação da distribuição do tamanho de partículas (modelo de difração de
Fraunhofer e a teoria de Mie), no entanto as análises são realizadas no módulo de
cálculo de acordo com a teoria de Mie, pois segundo autores como (BAYVEL e
JONES, 1981 apud ESHEL, 2004) o modelo de Fraunhofer não é preciso o
suficiente para as determinações de distribuição do tamanho de partículas do solo.
2.3.1. Analisador da distribuição do tamanho de partículas por difração
laser Horiba LA-950
O Horiba LA-950 combina a técnica moderna popular de dimensionamento
com refinamentos atuais para medir amostras em meio liquido (Figura 03) e secas
de 10 nanômetros a 3 milímetros. A ideia central na difração a laser é a dispersão da
luz pela partícula em um ângulo determinado pelo tamanho da partícula. As
partículas maiores dispersarão em ângulos menores, e as partículas menores
dispersarão em ângulos maiores. Um grupo de partículas produzirá um padrão de
luz dispersa definido pela intensidade e pelo ângulo que poderão ser transformados
em um resultado de distribuição do tamanho das partículas (HORIBA, 2009).
23
FIGURA 03. Diagrama do amostrador de líquido padrão do equipamento Horiba LA-950.
O instrumento de difração a laser Horiba LA-950 consiste em duas fontes de
luz (laser vermelho de 650 nm) e o LED azul de 405 nm, (Figura 04), um sistema de
manipulação de amostra para controlar a interação das partículas e da luz incidente
e um conjunto de fotodiodos de alta qualidade (detectores) para detectar a luz
dispersa em relação a uma ampla variedade de ângulos, conforme mostrado a
seguir. A luz dispersa coletada nos detectores é usada para calcular a distribuição
do tamanho das partículas da amostra analisada com a teoria de Mie. Duas fontes
de luz de comprimento de onda diferentes são utilizadas para aumentarem o limite
inferior de detecção da técnica (HORIBA, 2009).
FIGURA 04. Diagrama das fontes de luz e detectores do equipamento Horiba LA-950
24
2.4. PROPRIEDADES FÍSICO-HÍDRICAS DO SOLO
Com a intensificação do uso de áreas com maior susceptibilidade á
degradação torna-se imprescindível o conhecimento de propriedades do solo que
possibilitem a minimização dos riscos e adoção de práticas conservacionistas a fim
de manter a qualidade tanto do solo quando do ambiente. Segundo Reynolds et al.
(2009) e Xu et al. (2012), o conhecimento das propriedades físico-hídricas do solo é
de fundamental importância, com grande aplicabilidade no manejo e adequação das
práticas agrícolas, modelagem dos processos hidrológicos, quantificação do
transporte de contaminantes e dos impactos ambientais causados pela agricultura.
2.5. DENSIDADE APARENTE
A densidade do solo é uma propriedade física que pode ser usada como um
índice simples da condição estrutural geral de um determinado solo. Pode ser
definida como a massa do solo seco por unidade de volume, sendo expressa em
megagramas por metro cúbico ou quilogramas por decímetro cúbico. A massa
refere-se ao solo seco a 105ºC-110ºC, e o volume, ao volume ocupado por sólidos e
por vazios (espaço poroso) (REICHERT, 2009).
A densidade do solo é o parâmetro normalmente usado para descrever a
compactação do solo. Se o solo é compactado há aumento na densidade e redução
de porosidade. No entanto, os valores absolutos de densidade não são adequados
para a caracterização de compactação do solo em relação à produtividade da cultura
quando se comparam diferentes solos, pois os limites ideais e críticos de densidade
do solo para o crescimento das culturas dependem fortemente do tipo de solo, ou
seja, diferentes valores de densidade são ideais para diferentes solos, como
demonstrados por Reichert et al. (2009).
2.6. POROSIDADE DO SOLO
A porosidade do solo é originária do arranjo aleatório das partículas sólidas. A
porosidade é a fração volumétrica do solo ocupada com ar e ou água, representando
o local onde circulam a solução (água e nutrientes) e o ar. Portanto, é o espaço onde
25
ocorrem os processos dinâmicos do ar e solução do solo. A distribuição do diâmetro
dos poros condiciona o comportamento físico-hídrico (KLEIN, 2012).
A simples determinação da porosidade total do solo realizada pelo método
clássico, através dos valores da matéria sólida e do peso específico real, não
exprime a condição de aeração efetiva do solo, não exprime a condição da aeração
efetiva do solo. As determinações denominadas de macro e microporosidade vieram
caracterizar melhor a correlação entre os espaços de poros denominados de
“grandes poros” (macro) e “pequenos poros” (micro) (OLIVEIRA, 1968).
Segundo Klein (2012), macroporos são responsáveis pelas condições de
aeração do solo, sendo de demasiada importância para as trocas gasosas do
mesmo assim como em sua infiltração, drenagem e percolação, ou seja, influencia
diretamente nos movimentos realizados pela água. Os microporos são responsáveis
pela retenção da água no solo, atributo garantido a eles por possuírem um pequeno
tamanho que os tornam capazes de aderirem o material líquido entre si.
Já Klein e Libardi (2002), classificam como macroporos, os poros com
diâmetro maior que 0,05 mm (que perdem a água em tensões menores que 6 kPa),
microporos, aqueles com diâmetro entre 0,05 e 0,0002 mm (que são esvaziados a
tensões entre 6 e 1500 kPa) e criptoporos, poros com diâmetro menor que 0,0002
mm (que perdem a água apenas para tensões maiores que 1500 kPa).
A importância dos macroporos no fluxo de solução e transporte de soluto no
solo tem sido repetidamente demonstrado tanto no local (ELÇI e MOLZ, 2009) ou no
laboratório, por meio de experiências inovadoras em pequenas colunas de solo não
perturbadas (POT et al., 2005). Os macroporos podem ser responsáveis pelo fluxo
preferencial ou de desvio e, assim, aumentar a transferência de poluentes aplicados
na superfície do solo para o as águas subterrâneas (HAWS et al., 2004) ou reduzir a
lixiviação destes poluentes contidos no solo (LARSSON e JARVIS, 1999).
O efeito dos macroporos no fluxo de solutos no foi demonstrado ser
dependente das condições hídricas: condições saturadas vs condições insaturadas
(HAWS et al., 2004) ou condições hidráulicas: intensidade de precipitação (POT et
al., 2005).
Estudos numéricos têm demonstrado que os efeitos de macroporos já não
podem ser modelados através de equação clássica de Richard, que com base na Lei
de Darcy-Buckingham, do fluxo de um fluido através de um meio poroso, e várias
abordagens conceituais foram desenvolvidos e detalhados Köhne et al. (2009).
26
Modelos contínuos ou multi-contínuos apresentam uma descrição contínua do meio
poroso com todas as porosidades (micro, meso e macro) ou elementos condutores,
tais como tubos de fluxo descrito na escala VER (volume elementar representativo)
(LAMY, et al., 2009).
Para modelos de rede, o meio poroso não é mais descrito como contínuo,
mas sim como resultado da associação de dois domínios distintos, ou seja, a
macroporosidade é a matriz que obedece a suas próprias leis comportamentais. Os
modelos de rede dependem de uma descrição da fratura, as redes de poros,
drenagem, baseados em estrutura fractal e (KÖHNE et al., 2009). A modelagem de
fluxo e transferência de soluto em macroporos artificiais já foi realizada com sucesso
através da utilização do modelo ou da rede abordagem dual permeabilidade, ao
considerar uma descrição geométrica precisa do macroporos e matriz
(CASTIGLIONE et al., 2003).
2.7. UMIDADE EQUIVALENTE A CAPACIDADE DE CAMPO
Twarakavi et al. (2009) definem capacidade de campo como a quantidade de
água retida pelo solo, depois que o excesso tenha sido drenado e a taxa de
movimento descendente tenha decrescido acentuadamente, o que geralmente
ocorre dois a três dias para solos arenosos e seis ou até mais dias para solos de
textura argilosa depois de uma chuva ou irrigação em solos permeáveis de estrutura
e textura uniformes. É o limite superior do teor de água que pode conter um solo
contra a força da gravidade, quando todos os macroporos do solo tenham sido
drenados e substituídos com ar (LAL e SHUKLA, 2004).
A definição física da capacidade de campo por muitos agrônomos, cientistas
do solo e engenheiros agrícolas é considerado como o teor de água em massa
retida no solo a -33 kPa (-0,33 bar) de potencial matricial do solo ou de sucção
(tensão) para solos argilosos e -10 kPa (-0,1 bar) para solos arenosos (Kirkham,
2005).
2.8. UMIDADE EQUIVALENTE A PONTO DE MURCHA PERMANENTE
27
O ponto de murcha permanente (PMP), segundo Briggs e Shantz (1912), é
definido como a porcentagem de umidade do solo em que as plantas são reduzidas
a uma condição de murcha a partir do qual não se recuperam desse processo
quando colocadas em um ambiente aproximadamente saturado sem adição de água
ao solo.
Ponto de murcha permanente (PMP) é um importante parâmetro na avaliação
da capacidade de água disponível no solo. É definido como o teor de água em
massa retida no solo a -1500 kPa (-15 bar) de potencial matricial do solo ou de
sucção (tensão) que determina a sobrevivência ou morte das plantas
(GHANBARIAN-ALAVIJEH e MILLÁN, 2009).
Reichardt e Timm (2004), retratando os estudos evolutivos do ponto de
murcha permanente, relevaram a ideia que o fenômeno depende de fatores de solo
(condutividade hidráulica, difusividade, relações entre umidade e potencial), da
planta (densidade das raízes, profundidade, taxa de crescimento das raízes,
fisiologia da raiz, área foliar) e da atmosfera (déficit de saturação, vento, radiação
disponível).
2.9. DISPONIBILIDADE HÍDRICA
A disponibilidade de água às plantas é definida pelo intervalo compreendido
entre o limite superior e o inferior da capacidade de água disponível, caracterizado
pela umidade do solo equivalente à capacidade de campo e ao ponto de murcha
permanente (CASSEL e NIELSEN, 1986).
Segundo (SELIGE et al., 2005), o conteúdo de água no solo possui grande
importância, pois é uma das variáveis ambientais que influenciam na pedogênese e
variabilidade das propriedades do solo. A água do solo desempenha um papel
dominante no transporte de solutos em distâncias curtas e longas. Partículas do solo
principalmente de tamanho argila são eluviadas, transportados em distâncias curtas
por água intersticial contribuindo para a formação de horizontes eluviais e
influenciando na física, química, e processos biológicos, nos perfis de solos
conduzidos por constante mudança condições meteorológicas.
28
2.10. CURVA CARACTERÍSTICA DE RETENÇÃO DE ÁGUA NO SOLO
Uma das propriedades físico-hídricas importantes é a curva característica de
retenção de água no solo que expressa à relação entre a umidade do solo com as
forças que governam o movimento da água no solo (Potencial Ψ), possuindo ampla
aplicação na agricultura: no manejo da irrigação, na definição da taxa de aplicação
de resíduos, nos estudos de perdas de solo.
Em geral, a umidade do solo refere-se à água presente na parte superior de
um solo e a sua determinação, sendo definida também como o teor de água do solo
que expressa a razão entre a massa de água no solo, Mw, para a massa de solo
seco, Ms, ou como o volume de água no solo, w, por unidade de volume total de
solo, VT (Romano, 2014), podendo ser na base de volume (volumétrica) ou expressa
na base de peso (gravimétrica).
A retenção de água é resultado da umectação da fase sólida pela solução do
solo e está intimamente relacionada com os fenômenos capilares no solo. Na
aproximação mais simples os poros do solo são apresentados como um conjunto de
micro tubos cilíndricos de diferentes raios, conhecido na literatura como o modelo de
feixe capilar (VERVOORT e CATTLE, 2003).
A retenção de água no solo é um dos principais processos hidrológicos do
solo e tem recebido muita atenção na física do solo, engenharia e modelagem
ecológica. A função de retenção de água descreve quantitativamente a capacidade
de um solo em reter umidade, a influência relativa de umidade gravimétrica vs.
umidade capilar na retenção de água no solo, e as características hidrológicas do
espaço poroso do solo. Parâmetros de retenção de água no solo têm sido utilizados
em várias aplicações, tais como modelos hidrológicos que descrevem as taxas de
escoamento, vazão, e de infiltração (VEREECKEN et al., 2007).
O conteúdo de água no solo varia de acordo com a profundidade, e uma
heterogeneidade de fatores ambientais, como a entrada de água e energia de
retenção e textura do solo (WANG et al., 2013).
A curva característica de retenção de água no solo depende da distribuição
de tamanho dos poros e compressibilidade do solo. Estas duas características dos
materiais porosos são afetadas pelo teor inicial de água, a estrutura do solo,
mineralogia. As formas de curvas são respostas para a distribuição do tamanho do
poro do material. Um material com um grande número de tamanhos de poros
29
deveria apresentar uma diminuição mais gradual do conteúdo de água com o
aumento da sucção. No entanto, é difícil remover toda a água de um material poroso
por meio de um pequeno aumento da sucção (FREDLUND e RAHARDJO, 1993).
Alguns autores trabalhando com modelagem da curva característica de
retenção de água no solo encontraram parâmetros físicos do solo fortemente
relacionados com a mesma, como curva granulométrica, tamanho mínimo de
partículas, porosidade.
Quando a variável tamanho mínimo de partícula é demasiado menor, há
superabundância de partículas de tamanho argila. Se o tamanho mínimo das
partículas é demasiado elevado, uma ausência de partículas menores (argila) resulta
na menor retenção de água no solo (MURRAY et al., 1997).
2.11. BIOCARVÃO
O biocarvão é um material poroso, rico em carbono, produzido por pirólise, ou
seja, um material orgânico que sofreu pirólise entre 300°C a 1000°C em um
ambiente com pouco ou em ausência oxigénio (VERHEIJEN et al., 2010).
São diversos os benefícios no solo relatados, devido à adição deste material,
tais como: aumento do sequestro de carbono no solo, mudança nas características
químicas, físicas e biológicas (PEAKE et al., 2014; MUKHERJEE e LAL,
2013; HERATH et al., 2013; LEHMANN et al., 2011).
Um fator importante na retenção de água é a estrutura e porosidade do
biocarvão, pois o processo de adsorção ocorre principalmente nos microporos.
Macroporos e mesoporos desempenham papéis importantes no processo de
retenção por atuarem como canais condutores da água até os microporos (ZHANG e
YOU, 2013).
A área de superfície específica do biocarvão geralmente é maior do que a
areia e comparável à argila. Misturando biocarvão com solo tem-se um aumento na
área de superfície específica total de solo (NOVAK et al., 2012).
A aplicação de biocarvão no solo pode reduzir a deficiência de água,
diminuindo a consequência dos efeitos das alterações climáticas e com isso manter
a produtividade das culturas bioenergéticas (AGEGNEHU et al., 2016).
30
Hardie et al. (2014) testaram o efeito da aplicação de biocarvão sobre a
retenção de água no solo em um experimento de campo com duração de 30
meses. Eles esperavam que biocarvão aumentasse a capacidade de água
disponível no solo para as plantas pelo aumento dos poros com um diâmetro entre
30 µm a 0,2 µm. No entanto, eles não puderam atribuir as alterações observadas no
solo à estrutura porosa interna do biocarvão. Nesse estudo, os autores concluíram
que as melhorias na condutividade hidráulica saturada e no conteúdo de água no
solo na tensão de – 0,1 kPa , foram atribuídos foram atribuídas ao formação de
macroporos grandes (> 1.200 μm) resultantes da maior quantidade de canais
formados pela atividade das minhocas.
Kinney et al. (2012) observaram uma variação de 10 vezes na capacidade de
campo de amostras de biocarvão produzidas a partir de três matérias primas (farinha
de milho, folhas de magnólia e madeira de maçã) em vasta gama de temperatura de
pirolise, no entanto, estes resultados leva em consideração apenas o biocarvão
puro, na capacidade de campo para biocarvão + misturas de solo, os incrementos na
capacidade de campo observados em solos arenosos foram de 25 a 36%.
Nos estudos de Kinney et al. (2012) biocarvão de madeira de maça e farinha
de milho produzidos a 400 º C e 400 º C e de folhas de magnólia a 400 º C e 500 º C
proporcionaram aumento na capacidade de campo do solo.
Segundo Kinney et al. (2012) um biocarvão ideal aumentaria a capacidade
de campo e teria efeitos mínimos no PMP, proporcionando assim uma maior
capacidade de água disponível para as plantas.
Lei et al. (2013) observaram que a adição de diferentes biocarvões afetou as
propriedades físico-hídricas do solo, aumentando a condutividade hidráulica do solo
saturado e a capacidade de retenção de água. Hardie et al. (2014) testaram o efeito
da aplicação de biocarvão sobre a retenção de água no solo em um experimento de
campo com duração de 30 meses. Eles esperavam que biocarvão aumentasse
capacidade de água disponível no solo para as plantas pelo aumento dos poros com
um diâmetro entre 30 µm a 0,2 µm, no entanto, conseguiram observar um aumento
na disponibilidade de água no solo como reflexo da adição de biocarvão.
O biocarvão melhora as propriedades físico-hídricas do solo, no entanto em
alguns casos este efeito é observado apenas em longo prazo devido à evolução da
interação do biocarvão com a matriz do solo (MADARI et al., 2017).
31
O aumento da capacidade de retenção de água dos solos arenosos ajudará a
melhorar a eficiência do uso da água na produção agrícola e o biocarvão é uma das
alternativas que promove este aumento na capacidade de retenção e disponibilidade
de água nestes solos de textura mais grosseira (BASSO et al., 2013).
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Área de Estudo
As áreas de estudos, cujos perfis de solos foram coletadas amostras (Figura
05) estão dentro das seguintes unidades geomorfológicas: Planalto dos Parecis.
Corresponde a Região do bordo meridional da Chapada dos Parecis, com geologia
representada pela Formação Utiariti, constituída principalmente por arenitos e
vegetação variando desde Floresta até Campo Cerrado, incluindo neste contexto as
tipologias de Cerrado e Carrasco, topografia no geral pouco movimentada com
relevo caracterizado como plano suave ondulado e ondulado, cotas geralmente
estão acima de 500 metros; Planalto de Tapirapuã. Corresponde aos arenitos da
Formação Salto das Nuvens e derrames basálticos, com cotas variando de 300 a
350 metros, com vegetação predominante de Floresta; Depressão Alta Rio Paraguai
é constituída geologicamente por litologias da Formação Pantanal, apresenta
vegetação de floresta em sua parte norte e vegetação mais rala dos tipos Cerrado,
Cerradão e Carrasco no restante. A topografia é aplainada também com relevos dos
tipos plano e suave ondulado predominantemente e as cotas situam-se ao redor de
200 metros; Planalto dos Guimarães. Localiza-se ao longo da extremidade noroeste
da Bacia Sedimentar do Paraná, configurando-se como uma unidade contínua e
alongada, atingindo cerca de 200 km no sentido leste-oeste e 120 km no sentido
norte-sul, correspondendo a um trecho dos planaltos divisores entre as bacias do
Prata e do Amazonas.
É caracterizado por um planalto conservado com superfície cimeira e forma
de relevo do tipo chapadas, colinas amplas e patamar (Vieira Junior et al., 2012). Em
função das características topográficas e geomorfológicas distintas é possível
reconhecer, na região da Chapada dos Guimarães, três compartimentos de relevo,
definidos como: subunidade geomorfológica Chapada dos Guimarães, que se
desenvolve predominantemente sobre as rochas das Formações Furnas, Botucatu e
32
Ponta Grossa e possui cotas que variam de 600 a 800 m; Planalto da Casca com
cotas que vão de 300 a 600 m e o Planalto dos Alcantilados com cotas que oscilam
entre 300 e 600 m de altitude (VIEIRA JUNIOR et al., 2012)
Os locais selecionados para amostragem no Planalto dos Parecis, Planalto de
Tapirapuã e Depressão do Alto Rio Paraguai tiveram como base o estudo intitulado
“Levantamento de Reconhecimento de Alta Intensidade dos Solos de Duas Áreas
Dotadas de Solos Arenosos no Estado de Mato Grosso Áreas Piloto I e II”
(OLIVEIRA et al., 2010), (Tabela 01).
As amostras de solo do Planalto dos Guimarães foram coletadas em parceria
com um projeto de levantamento e classificação de solos da SEPLAN-MT, na região
da Chapada dos Guimarães e um projeto da EMBRAPA, coordenado pelo
pesquisador Guilherme Kangussu Donagemma denominado “Sustentabilidade da
agricultura em solos de textura leve em áreas de intensificação agrícola no bioma
Cerrados” em Campo Verde e Nova Brasilândia (DONAGEMMA et al., 2016) (Tabela
01).
FIGURA 05. Localização dos perfis de solo, nos quais foi avaliada a retenção de água.
33
TABELA 01. Coordenadas geográficas, formação geológica e Classe de solo dos perfis avaliados.
Ponto Amostral
Formação Geológica
Características Geomorfológicas Solo (SiBCS)
P01, P03* Botucatu
Relevo local plano, relevo regional plano e suave ondulado, vegetação primária de Cerrado, Muito bem drenado, não pedregoso. RQo
P02, P04*, P05*, P06*, P07*, P08*, P09*, P13* Bauru
Relevo local plano, relevo regional plano e suave ondulado, vegetação primária de Cerrado, fortemente a bem drenado, não pedregoso.
RQo
P10* Bauru
Relevo local plano, relevo regional plano e suave ondulado, vegetação primária de Cerrado, fortemente drenado, não pedregoso. LVd
P14*, P15* Salto das Nuvens
Relevo local plano, relevo regional plano e suave ondulado, vegetação primária de Floresta Tropical Subcaducifólia, acentuadamente drenado, não pedregoso.
RQo
P16* Salto das Nuvens
Relevo local plano, relevo regional plano e suave ondulado, vegetação primária de Floresta Tropical Subcaducifólia, acentuadamente drenado, não pedregoso.
LVd
P17*, P18*, P19*, P20*, P21*, P22*, P23*, P24* Utiariti
Relevo local plano, relevo regional plano e suave ondulado, vegetação primária de Cerrado Tropical Subcaducifólio e Floresta Tropical Subcaducifólia, acentuadamente a fortemente drenado, não pedregoso.
RQo
P25*
Coberturas detrito-lateríticas
ferruginosas
Relevo local plano, relevo regional plano e suave ondulado, vegetação primária de Cerrado Tropical Subcaducifólio, acentuadamente drenado, não pedregoso.
RQo
P26*
Coberturas detrito-lateríticas
ferruginosas
Relevo local plano, relevo regional plano e suave ondulado, vegetação primária de Cerrado Tropical Subcaducifólio, acentuadamente drenado, não pedregoso.
LVd
P27* Pantanal
Relevo local plano, relevo regional plano e suave ondulado, vegetação primária de Floresta Tropical Subcaducifólia, bem drenado, não pedregoso. LVAd
P28* Pantanal
Relevo local plano, relevo regional plano e suave ondulado, vegetação primária de Floresta Tropical subcaducifólia, imperfeitamente drenado, não pedregoso. GXbd
P29* Pantanal
Relevo local plano, relevo regional plano e suave ondulado, vegetação primária de Cerradão Tropical
Subcaducifólio, acentuadamente drenado, não pedregoso.
RQo
P30, P31, P35, P36 Bauru
Relevo local plano, relevo regional plano e suave ondulado, vegetação primária, Cerrado e Campo Cerrado, acentuadamente drenado, não pedregoso. RQo
P32, P33, P38, P41,
P42 Cachoeirinha
Relevo local plano, relevo regional plano e suave ondulado, vegetação primária, Cerrado Tropical, Cerrado Strictu Sensu, acentuadamente drenado, não pedregoso. RQo
P34, P37, P39, P40, P43, P44 Cachoeirinha
Relevo local plano, relevo regional plano e suave ondulado, vegetação primária Cerrado Tropica, Cerrado strictu sensu, acentuadamente drenado, não pedregoso. LVd
* - Perfis nos quais foram coletadas amostras para curva característica de retenção de água no solo; RQo – NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico; LVd - LATOSSOLO VERMELHO Distrófico; LVAd - LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico; GXbd - GLEISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico.
34
3.2. COLETA DE AMOSTRAS
Amostras de solos foram coletas em perfis descritos morfologicamente
conforme o preconizado por SANTOS et al. (2005). Foram analisados em laboratório
os atributos físicos e químicos segundo os métodos descritos por (DONAGEMMA et
al., 2011). Os solos avaliados foram classificados conforme o Sistema Brasileiro de
Classificação de Solos (Embrapa, 2014) As amostras do Planalto dos Guimarães
foram coletadas em novembro de 2013 e as amostras do Planalto dos Parecis,
Planalto de Tapirapuã, Depressão Alto Rio Paraguai foram coletadas entre fevereiro
e julho de 2015, tendo como base os perfis descritos anteriormente.
Para o ajuste de metodologia da distribuição do tamanho de partículas do
solo por difração de raio laser, foram utilizadas amostras de solo do horizonte
subsuperficial dos perfis 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09, 11, 12 e 13 coletadas dentro da
unidade geomorfológica da Chapada dos Guimarães, utilizando-se 05 repetições
para cada método.
As amostras para determinação da curva característica de retenção de água
no solo foram coletadas nos horizontes dos perfis estudados com estrutura
preservada, com cilindros de 5 cm de diâmetro e 5 cm de altura e amostras
deformadas coletadas nas mesmas profundidades para as tensões analisadas no
WP4 (perfis 03 a 29), numa quantidade de três repetições para cada horizonte de
cada perfil.
Para avaliação da retenção de água e características físico-hídricas com
adição de biocarvão foram utilizadas amostras do Horizonte A dos perfis de solo (03,
04, 05, 06, 07, 08, 10, 13, 14, 15, 17, 18, 20, 21, 23, 25 e 29), sendo três repetições
para cada tratamento. Foram montados cilindros de 5 cm de diâmetro e 5 cm de
altura com solo contendo 1% na base de massa seca de biocarvão de torta do filtro
de cana de açúcar e 1% na base de massa seca de biocarvão de capulho de
algodão.
Os biocarvões testados foram produzidos comercialmente (SPPT Ltda., Mogi
Morim - SP) a partir de duas fontes de matéria prima (torta do filtro de cana de
açúcar e resíduos de algodão) sob pirolise em temperatura de 400° C. Estes foram
posteriormente moídos e peneirados para <2 mm.
.
35
3.3. METODOLOGIAS PARA DETERMINAÇÃO DO TAMANHO DE
PARTÍCULAS DO SOLO
3.3.1. DETERMINAÇÃO DAS FRAÇÕES GRANULOMÉTRICAS PELO
MÉTODO DA PIPETA
A determinação do tamanho de partículas do solo pelo método da pipeta foi
realizada conforme descrito por EMBRAPA (1997), com modificações sugeridas por
Ruiz (2005). A fração areia correspondeu àquele retida na peneira de 0,053 mm, a
fração silte + argila coletados a 10 cm (1 minuto após agitação) e a fração argila à 05
cm (4 horas após agitação), ambas secas em estufa a 105 ºC, sendo após calculado
o percentual de cada fração. A areia foi separada em classes por peneiramento a
seco em um agitador eletromagnético (5 minutos de agitação): areia grossa (0,5 - 2
mm), areia média (0,25 - 0,5 mm), areia fina (0,053 - 0,25 mm).
3.3.2. DETERMINAÇÃO DAS FRAÇÕES GRANULOMÉTRICAS POR
CENTRIFUGAÇÃO
3.3.2.1. Remoção da matéria orgânica, óxido de manganês e carbonato de
cálcio.
Foram pesadas aproximadamente 60 gramas solo (TFSA) em béquer de 600
mL, com uma pisseta foram jogadas água oxigenada (H2O2 30%) na amostra de
forma que toda amostra ficasse em contato com a água oxigenada (no caso de
grande efervescência da amostra depois de adicionado a água oxigenada). Os
béqueres foram levados a uma placa aquecida a uma temperatura de 75 ºC na
capela para digestão da matéria orgânica, sem deixar a amostra secar
completamente. Após a reação as amostras foram tiradas da placa aquecedora e
deixadas esfriar (CAMARGO et al., 2009).
3.3.2.2. Remoção de óxidos de ferro
As amostras foram colocadas em banho Maria a 75 ºC e adicionados 45 ml
de uma solução de Citrato de Sódio (0,3 mol L-1) + Bicabornato de Sódio. (0,5 mol L-
1). Adicionou-se 1 g de ditionito e então se agitou com bastão de plástico. Aguardou-
se 5 minutos e agitou novamente, repetindo este procedimento por 30 minutos,
observou se a coloração estava Bruna e em caso avermelhada, repetiu-se o
36
procedimento deste a adição do Citrato de Sódio (quantas vezes forem necessárias
até que a coloração esteja acinzentada). Quando a amostra atingiu a coloração
acinzentada ou esbranquiçada foi realizada a centrifugação e descarte do
sobrenadante, devolvidas o material (silte + argila + areia) no béquer e levados a
banho ultrassônico (135 Watts) para dispersão das partículas (CAMARGO et al.,
2009).
3.3.2.3. Fração areia
A amostra (areia, silte e argila) foi lavada em peneira de 0,053 mm sobre funil
fixado em um suporte, sobre um béquer de 600 ml. A areia retida na peneira foi
colocada em béquer de 100 ml e levada a estuda a 105 ºC, separando-a em classes
por peneiramento a seco em um agitador eletromagnético (5 minutos de agitação):
areia grossa (0,5 - 2 mm), areia média (0,25 - 0,5 mm), areia fina (0,053 - 0,25 mm).
3.3.2.4. Fração silte/argila
A solução contendo silte + argila foi colocada em câmara refrigerada para que
atingisse a temperatura de (<15 ºC), mantendo a argila suspensa durante o
processo de centrifugação (Centrífuga de Mesa Excelsa II Modelo 206-BL, marca
Fanem. A após este procedimento, o material foi transferido para tubos de centrifuga
de (50 ml) e centrifugado a 1000 rpm por 2’53. Em seguida, transferiu-se a argila
suspensa no tubo para béquer para serem levados a estufa e o silte do fundo do
tubo foi agitado com um agitador de tubos e levados novamente a centrifugação a
1000 rpm por 2’53”. O silte depositado no fundo do tubo foi colocado em béquer e
levado a estufa a 105 ºC (CAMARGO et al., 2009).
3.3.3. DETERMINAÇÃO DAS FRAÇÕES GRANULOMÉTRICAS DIRETA POR
DIFRAÇÃO DE RAIO-LASER COM NaOH
Foram pesadas aproximadamente 0,10 gramas de solo (TFSA), colocadas no
sistema do analisador via úmida contendo 250 mL de água destilada. Adicionou-se
20 mL de NaOH 1 mol L-1 e mantiveram-se os níveis 10 de circulação da solução e
agitação. Foram efetuadas leituras sem a agitação com o ultrassom do equipamento
e com agitação com o ultrassom do equipamento nos tempos de 05 e 10 minutos.
37
3.3.4. DETERMINAÇÃO DAS FRAÇÕES GRANULOMÉTRICAS POR PIPETA
+ DIFRAÇÃO DE RAIO-LASER
Foram pesadas em frascos de vidros 10 g de terra fina seca ao ar
adicionando 10 mL do dispersante NaOH 1 mol L-1 e 50 mL de água destilada. Os
frascos foram colocados em mesa agitadora horizontal a 100 rpm, onde
permaneceram por 16 horas. Em seguida foi separada a fração areia em peneira de
0,053 mm, através de lavagem com água destilada e levada para secar em estufa.
Toda suspensão foi colocada em cilindro de sedimentação e o volume completado
para 500 mL. A seguir, a suspensão foi agitada realizando-se as coletas das
alíquotas com pipeta e levadas para leitura no equipamento de difração de raio-
laser, adicionando-a até que a transmitância do equipamento estivesse 75%, assim
determinando a distribuição do tamanho de partículas da fração silte e argila. Após
secas em estufa a 105º C, foi realizada a determinação da distribuição das partículas
fração areia.
3.4. INTERPRETAÇÃO DAS CURVAS DE DISTRIBUIÇÃO DO TAMANHO
DE PARTÍCULAS DE SOLOS ARENOSOS
Os parâmetros do tamanho de grãos foram avaliados segundo o método
geométrico de medidas gráficas de Folk e Ward (1957) (Tabela 02).
TABELA 02. Formulas estatísticas usadas nos cálculos dos parâmetros de tamanho de
grãos (Folk e Ward (1957))
Medida descritiva Equação Designação
Média
-1 a 4 areia; 4 a 8 silte; 8 a 16 argila
Desvio Padrão
<0,35 Muito bem selecionado
0,35-0,50 Bem selecionado
0,50-0,70 Mod. bem selecionado
0,70-1,00 Mod. selecionado
1,00-2,00 Mal selecionado
3,00-4,00 Muito mal selecionado
>4 Extrem. mal selecionado
3
845016 ZM
6.64
5951684
I
38
Assimetria
+0.3 to +1.0 Muito fina enviesada +0.1 to +0.3 Fina enviesada +0.1 to -0.1 Simétrica -0.1 to -0.3 Grossa enviesada -0.3 to -1.0 Muito grossa enviesada
Curtose
< 0.67 Muito platicúrtica 0.67 – 0.90 Platicúrtica
0.90 – 1.11 Mesocúrtica 1.11 – 1.50 Leptocúrtica 1.50 – 3.00 Muito leptocúrtica > 3.00 Ext. leptocúrtica
Dispersão 1,645𝜎
𝑑
σ = Desvio padrão (da distribuição) d = média do tamanho médio das partículas
Embora qualquer percentil possa ser utilizado para apresentação dos
resultados de uma distribuição, os mais utilizados são Dv10 (ou d10, ou Dv0,1, ou
d0,1), Dv50 (ou d50, ou Dv0,5, ou d0,5) e Dv90 (ou d90, ou Dv0,9, ou d0,9) que
correspondem respectivamente aos valores de 10, 50 e 90% da distribuição do
tamanho de partículas (Figura 06)
FIGURA 06. Representação dos percentis utilizados para a representação de uma
distribuição granulométrica.
3.5. RETENÇÃO DE ÁGUA NO SOLO
Para obtenção dos pontos da curva de retenção de água: pela mesa de
tensão, as tensões de 0, 01, 06 e 10 kPa (REINERT e REICHERT, 2006); pela
câmara de pressão de Richards (panelas de pressão), as tensões de 33 e 100 kPa;
e pelo WP4 (Dewpoint PotentiaMeter), as tensões de -500, 750, 1000, 1250 e 1500
kPa (KLEIN et al., 2006), sendo também determinados características como:
1684
508416
2
2
ISk
595
50955
2
2
2575
595
44.2
GK
39
densidade aparente, porosidade total, macroporosidade, microporosidade,
capacidade de campo e ponto de murcha permanente (REINERT e REICHERT,
2006; KLEIN et al., 2006).
densidade aparente (Ds), definido como a massa solo pelo volume total da
amostra; porosidade Total (PT), definido pelo volume de água saturada pelo
volume da amostra; macroporosidade (Ma), definida pelo conteúdo de água
volumétrica no solo retida em tensões menores de 6 kPa (KLEIN e LIBARDI,
2002); microporosidade (Mi), definido como o conteúdo de água volumétrica
no solo retida em tensões maiores que 6 kPa (KLEIN e LIBARDI, 2002);
capacidade de Campo (CC), definido pelo volume de água no solo retida em
na tensão igual a 10 kPa; ponto de Murcha Permanente (PMP), definido pelo
volume de água retido no solo na tensão 1500 kPa (KLEIN e LIBARDI, 2002).
A densidade aparente foi calculada após a secagem das amostras em estufa
a 105º C, pela relação entre a massa de solo seco e o volume da amostra.
Com os valores de umidade volumétrica (m3 m-3) obtidos em cada tensão
matricial, a CRA foi ajustada pelo modelo de Van Genuchten (1980), conforme
equação 1:
θ = θr +(𝜃𝑠−𝜃𝑟)
[1+(𝛼Ψ)𝑛]𝑚 Equação (1)
Em que: θ é a umidade volumétrica (m3 m-3); θr é a umidade residual (m3 m-3); θs é a
umidade de saturação (m3 m-3); Ψ é o potencial mátrico (hPa); e α (hPa-1), n e m são
os parâmetros empíricos da equação que governam o formato da curva ajustada.
A partir da CRA, foi calculada a capacidade de água disponível no solo para
as plantas (AD), sendo este o conteúdo volumétrico de água entre a capacidade de
campo (CC) e o ponto de murcha permanente (PMP). Para verificar possíveis
alterações na CRA dos diferentes solos, foi calculada a área sob a curva de retenção
de água do solo (ASCR), pela integração das áreas abaixo da curva de retenção
entre cada tensão matricial determinada, conforme equação 2.
40
ASCR = ∑𝜃𝑘+𝜃𝑘−1
2
𝑛𝑘=1 × Ψj Equação (2)
Em que: é a área sob a curva de retenção de água (m3 m3 MPa-1); é a
umidade volumétrica do solo (m3 m-3); é a tensão matricial de leitura da umidade;
é o número tensões matricial determinadas na curva a curva de retenção; é o
valor das tensões matriciais (MPa) de cada intervalo.
3.6. Analise Estatística
Foi rrealizado o teste de distribuição normal, teste de homogeneidade da
variância e a correlação de Pearson para os dados com distribuição normal. Para os
dados que não apresentaram distribuição normal, foram realizados o teste de
correlação de Spearman e teste de Kruskal-Wallis com comparações múltiplas da
classificação média para todos os grupos e intervalo de confiança.
Também para comparação dos métodos de determinação do tamanho de
partículas foram usados os seguintes índices: índice de concordância de Wilmott (d),
coeficiente de correlação (r) e índice de confiança (c), apresentadas,
respectivamente nas equações 3, 4 e 5. Estes índices mensuram a precisão entre os
valores obtidos pelo método da pipeta e demais métodos.
d=1- ∑ (𝐸𝑖 - 𝑂𝑖)2n
i=1
∑ (|𝐸𝑖−�̅�|+|𝑂𝑖−�̅�|)2ni=1
Equação (3)
Onde: d é o índice de concordância de Wilmott; E o valor obtido pelo método da
pipeta; e o valor do método em comparação.
𝑟 = 1 −6 ∑ 𝑑2n
i=j
𝑛(𝑛2−1) Equação (4)
ASCR
k
n j
41
Onde: r é o coeficiente de correlação; x os valores do método da pipeta; a média
dos do da pipeta; Y os valores do método em comparação; e a média de valores
do método em comparação.
𝐶 = 𝑟 𝑥 𝑑 Equação (5)
Tabela 03. Critério de interpretação do índice de confiança “c”.
Valor de “c” Desempenho
>0,85 Ótimo
0,76 a 0,85 Muito bom
0,66 a 0,75 Bom
0,61 a 0,65 Mediano
0,51 a 0,60 Sofrível
0,41 a 0,50 Mau
≤ 0,40 Péssimo Camargo e Centelhas (1997).
Além dos coeficientes de correlação, foi realizada regressão linear multipla passo
a passo (Sepses), que inclui no modelo apenas as variáveis independentes que
contribuem de forma mais significativa para a descrição dos dados e exclui aquelas
que não aumentam significativamente o coeficiente de determinação. Este modelo
de regressão foi gerado com intuito de entender quais parâmetros de tamanho de
grãos que influenciam diretamente na retenção de água no solo e nas características
físico-hídricas.
42
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. METODOLOGIAS PARA DETERMINAÇÃO DO TAMANHO DE
PARTÍCULAS DO SOLO
Os métodos utilizados foram separados em três grupos que diferiram
significativamente entre si pelo teste de Kuskal-Wallis ao (p=0,00): o primeiro deles,
formado pelo método da Difração Laser (com 20 ml de NaOH), foi o que apresentou
o maior percentual de argila. O segundo grupo, com valores intermediários de
percentual de argila, foi formado pelos métodos pipeta, centrifuga e pipeta + difração
Laser, e finalmente o terceiro grupo, que apresentou o menor percentual de argila,
foi formado pelos métodos da centrifuga e da pipeta + difração Laser (Figura 07).
FIGURA 07. Percentual de argila determinado pelos diferentes métodos testados: 1: Pipeta, 2; Difração Laser (com 20 ml de NaOH) + 5 minutos de ultrassom, 3; Difração Laser (com 20 ml de NaOH) + 10 minutos de ultrassom, 4; Difração Laser (com 20 ml de NaOH), 5; Centrifuga, 6: Pipeta + Difração Laser). Letras iguais não diferem significativamente entre si pelo teste de Kuskal-Wallis ao nível de 5%:
O percentual de argila obtido por difração laser com NaOH, com e sem
dispersão física por ultrassom foi superior aos métodos da pipeta, pipeta com
difração laser e centrifugação, discordando dos resultados obtidos por Eshel et al.
(2004), essa discordância pode ser resultado nas diferenças dos solos analisados,
43
visto que Eshel et al. (2004) utilizaram 42 amostras de solos da Califórnia, os quais
representavam todas as classes de texturas.
Comparando-se a análise de distribuição do tamanho de partículas obtida por
difração de laser e microscopia eletrônica de transmissão, Pieri et al. (2006)
encontraram diferenças quando as partículas apresentavam formas de disco plano.
Em comparação com as análises de difração a laser que apresentavam partículas
esféricas, suponha-se que há uma subestimação da fração argila por difração de
laser, já que as partículas são atribuídas a uma fração de tamanho maior.
Beuselinck et al. (1998) não encontraram resultados idênticos entre os
métodos da peneira-pipeta e o analisador de partículas por difração de raio laser
Coulter LS-100. Segundo os autores, essas diferenças observadas entre os métodos
podem ser explicadas, pois estes métodos se baseiam em princípios diferentes,
sendo que o método peneira-pipeta representa as percentagens em massa de
partículas equivalentes às das esferas de quartzo (tendo como referência diâmetro
esférico equivalente), ao passo que o Coulter LS-100 representa as medidas em
volume (%), com base em um modelo de inversão da luz difratada (tendo como
referência o diâmetro ópticos), podendo estar ligada esta diferença do diâmetro
óptico e diâmetro esférico equivalente com as variações da densidade das diferentes
classes de tamanho. No entanto, a reprodutibilidade dos resultados com Coulter LS-
100 foi melhor do que a método de peneira de pipeta, com exceção para a fração de
areia. Na fração silte, os métodos utilizados também foram separados em três
grupos que diferiram significativamente entre si pelo teste de Kuskal-Wallis (p=0,00)
(Figura 08): O primeiro deles, formado pelos métodos Difração Laser (com 20 ml de
NaOH) + 5 minutos de ultrassom, 3; Difração Laser (com 20 ml de NaOH) + 10
minutos de ultrassom, foi o que apresentou o maior percentual de silte. O segundo
grupo, com valor intermediário de percentual de silte, foi formado pelo método
Difração Laser (com 20 ml de NaOH), e finalmente o terceiro grupo, que apresentou
o menor percentual de silte, foi formado pelos métodos da Pipeta, Centrifuga e
Pipeta + Difração Laser.
No trabalho de Beuselinck et al. (1998) nas amostras ricas em argila, a fração
silte foi fortemente superestimada pelo método de difração laser, enquanto que nas
amostras mais arenosas, esta superestimação foi menos importante.
44
FIGURA 08. Percentual de silte determinado pelos diferentes métodos testados: 1: Pipeta 2: Difração Laser (com 20 ml de NaOH) + 5 minutos de ultrassom, 3; Difração Laser (com 20 ml de NaOH) + 10 minutos de ultrassom, 4; Difração Laser (com 20 ml de NaOH), 5; Centrifuga, 6: Pipeta + Difração Laser). Letras iguais não diferem significativamente entre si pelo teste de Kuskal-Wallis ao nível de 5%:
Nas frações areia (Figura 09) e areia fina (figura 10), os métodos utilizados
também foram separados em dois grupos que diferiram significativamente entre si
pelo teste de Kuskal-Wallis (p=0,00): O primeiro deles, formado pelos métodos
Pipeta, Centrifuga e Pipeta + Difração Laser, foi o que apresentou os maiores
percentuais de areia e areia fina. segundo grupo, com valores menores percentuais,
foi formado pelos métodos de Difração Laser (com 20 ml de NaOH) + 5 minutos de
ultrassom, Difração Laser (com 20 ml de NaOH) + 10 minutos de ultrassom e
Difração Laser (com 20 ml de NaOH).
Os desvios da esfericidade, ou seja, o aumento na rugosidade e
irregularidade das partículas, afetam ambos os métodos de determinação do
tamanho de partículas do solo, no caso do método de difração laser uma partícula
de solo de forma irregular reflete uma área maior do que a esfera com mesmo
volume, já os métodos gravimétricos que se baseiam na lei de Stokes, assumem que
as partículas são rígidas, esféricas e lisas, ao invés de formas irregulares. Partículas
não esféricas possuem tempo de sedimentação mais longo do que as partículas
45
esféricas, o que resulta em uma superestimação da fração argila (DI STEFANO et
al., 2010).
±
0,9
5 In
t. C
on
fia
nça
1 2 3 4 5 6
Método
60
65
70
75
80
85
90
95A
reia
(%
)
a
b bb
aa
FIGURA 09. Percentual de areia total determinado pelos diferentes métodos testados: 1: Pipeta, 2; Difração Laser (com 20 ml de NaOH) + 5 minutos de ultrassom, 3; Difração Laser (com 20 ml de NaOH) + 10 minutos de ultrassom, 4; Difração Laser (com 20 ml de NaOH), 5; Centrifuga, 6: Pipeta + Difração Laser). Letras iguais denotam não diferem significativamente entre si pelo teste de Kuskal-Wallis ao nível de 5%:
Segundo Eshel et al. (2004) os métodos de determinação da distribuição do
tamanho de partículas do solo por peneiramento, hidrômetro e pipeta, bem como por
difração de laser podem sofrer falhas inerentes, devido à dificuldade de definição do
tamanho de partículas de formas irregulares.
46
FIGURA 10. Percentual de areia fina determinado pelos diferentes métodos testados: 1: Pipeta, 2; Difração Laser (com 20 ml de NaOH) + 5 minutos de ultrassom, 3; Difração Laser (com 20 ml de NaOH) + 10 minutos de ultrassom, 4; Difração Laser (com 20 ml de NaOH), 5; Centrifuga, 6: Pipeta + Difração Laser). Letras iguais denotam não diferem significativamente entre si pelo teste de Kuskal-Wallis ao nível de 5%:
Para os teores de areia média, não houve diferenças significativas entre os
métodos pelo teste de Kuskal-Wallis (p=0,28): (Figura 11).
47
FIGURA 11. Percentual de areia média determinado pelos diferentes métodos testados: 1: Pipeta, 2; Difração Laser (com 20 ml de NaOH) + 5 minutos de ultrassom, 3; Difração Laser (com 20 ml de NaOH) + 10 minutos de ultrassom, 4; Difração Laser (com 20 ml de NaOH), 5; Centrifuga, 6: Pipeta + Difração Laser). Letras iguais não diferem significativamente entre si pelo teste de Kuskal-Wallis ao nível de 5%:
Beuselinck et al. (1998), recomendam que seja estabelecida uma relação
entre o método de difração de raio laser com o método da pipeta, para correção da
variação destes métodos, no entanto, o seu próprio estudo indica que de fato pode
ser estabelecida uma relação com alto grau de confiança para algumas amostras
entre estes métodos, porém para outras amostras esta relação pode não existir, o
que inviabiliza a padronização da mesma para determinação da distribuição do
tamanho de partículas do solo.
Na fração areia grossa (Figura 12), o método Pipeta + Difração Laser,
apresentou os menores valores, e diferiu significativamente dos outros métodos pelo
teste de Kuskal-Wallis (p=00).
48
FIGURA 12. Percentual de areia grossa determinado pelos diferentes métodos testados: 1: Pipeta, 2; Difração Laser (com 20 ml de NaOH) + 5 minutos de ultrassom, 3; Difração Laser (com 20 ml de NaOH) + 10 minutos de ultrassom, 4; Difração Laser (com 20 ml de NaOH), 5; Centrifuga, 6: Pipeta + Difração Laser). Letras iguais denotam não diferem significativamente entre si pelo teste de Kuskal-Wallis ao nível de 5%:
Para Pye e Blot (2004) a determinação do tamanho de partículas utilizando
difração laser foi considerada precisa para uma variedade de tipos de amostras,
sendo esta precisão maior para amostras que continham partículas de até 1 mm de
tamanho. No entanto, para materiais mal selecionados foi encontrado uma maior
variabilidade nos resultados em razão da sub-amostragem comparando-se com os
sedimentos bem selecionados e partículas artificiais, o que pode ser amenizados
realizando repetições da mesma amostra.
Uma das maiores fontes de variação na medida da distribuição do tamanho
de partículas do solo é a agregação, sendo necessária uma boa dispersão da
amostra antes de sua medição, caso contrário a dispersão pode ocorrer numa
extensão variável durante a medição, causando variações nos resultados.
O índice de confiança (Tabelas 04 e 05) indica o grau de exatidão entre os
valores determinados pelos diferentes métodos com o método da pipeta.
Para o teor de argila o índice de confiança foi ótimo e bom para os métodos
da centrifuga e pipeta + difração laser respectivamente e péssimo para os métodos
de difração laser (com 20 mL de NaOH), difração laser (com 20 mL de NaOH) + 5
49
minutos de ultrassom e difração laser (com 20 mL de NaOH) + 10 minutos de
ultrassom (Tabela 04).
TABELA 04. Parâmetros para avaliação da precisão das metodologias de determinação do tamanho de partículas do solo em relação ao método da pipeta.
Argila Silte Areia
d r c d r c d r c
Difração laser
(com 20 mL de
NaOH) + 5
minutos de
ultrassom
Classificação
0,44 -0,002 -0,001 0,43 0,46 0,2 0,44 0,75 0,33
Difração laser
(com 20 mL de
NaOH) + 10
minutos de
ultrassom
Classificação
0,44 0,44 -0,03 0,43 0,46 0,2 0,44 0,75 0,33
Difração laser
(com 20 mL de
NaOH)
Classificação
0,79 0,48 0,38 0,45 0,08 0,03 0,46 0,93 0,43
Centrifuga
Classificação 0,92 0,97 0,92 0,73 0,66 0,48 0,96 0,95 0,91
Pipeta +
Difração Laser
Classificação
0,72 0,87 0,72 0,52 0,3 0,16 0,93 8,89 0,83
Coeficiente de correlação “r” (precisão), índice de Wilmott “d” (exatidão) e índice “c” (confiança ou desempenho). Classificação do índice c “>0,85 - ótimo; 0,76 a 0,85 - muito bom; 0,66 a 0,75 - bom; 0,61 a 0,65 - mediano; 0,51 a 0,60 - sofrível; 0,41 a 0,50 - mau; ≤ 0,40 – péssimo”
O teor de silte para ambos os métodos apresentaram baixos índices de
confiança em relação ao método da pipeta, sendo mal para o método da centrifuga e
péssimo para os demais (Tabela 04).
50
O teor de areia apresentou índices de confiança ótimo e muito bom para os
métodos da centrifuga e pipeta + difração laser respectivamente, mau para o método
de difração laser (com 20 mL de NaOH) e péssimo para os métodos de difração
laser (com 20 mL de NaOH) + 5 minutos de ultrassom e difração laser (com 20 mL
de NaOH) + 10 minutos de ultrassom (Tabela 04).
Para o teor de areia fina os índices de confiança foram respectivamente muito
bons para o método da centrifuga, sofrível para o método da pipeta + difração laser
e péssimo para os demais (Tabela 05).
TABELA 05. Parâmetros para avaliação da precisão das metodologias de determinação do tamanho de partículas do solo em relação ao método da pipeta.
Areia Fina Areia Média Areia Grossa
d r c d r c d r c
Difração laser (com 20 mL de NaOH) + 5 minutos de ultrassom
Classificação
0,46 0,56 0,26 0,5 0,26 0,13 0,15 -0,1 -0009
Difração laser (com 20 mL de NaOH) + 10 minutos de ultrassom
Classificação
0,46 0,56 0,26 0,5 0,26 0,13 0,15 -0,1 -0009
Difração laser (com 20 mL de NaOH)
Classificação
0,46 0,59 0,27 0,73 0,58 0,43 0,12 -0,1 -001
Centrifuga
Classificação 0,91 0,84 0,77 0,85 0,73 0,62 0,98 0,97 0,96
Pipeta + Difração Laser
Classificação
0,78 0,67 0,52 0,71 0,59 0,42 0,38 0,6 0,22
Coeficiente de correlação “r” (precisão), índice de Wilmott “d” (exatidão) e índice “c” (confiança ou desempenho). Classificação do índice c “>0,85 - ótimo; 0,76 a 0,85 - muito bom; 0,66 a 0,75 - bom; 0,61 a 0,65 - mediano; 0,51 a 0,60 - sofrível; 0,41 a 0,50 - mau; ≤ 0,40 – péssimo”.
51
O teor de areia média apresentou índices de confiança mediano para o
método da centrifuga, mau para os métodos da pipeta + difração laser e difração
laser (com 20 mL de NaOH) e péssimo para os demais métodos (Tabela 04). Para o
teor de areia grossa, o índice de confiança foi ótimo para o método da centrifuga e
péssimo para os outros métodos (Tabela 05).
O fato que leva a metodologia da centrifuga apresentar maior precisão em
relação ao método da pipeta, é que apenas as frações silte e argila são separadas
por centrifugação, sendo a areia total, areia fina, areia média e areia grossa
separadas por peneiramento, da mesma forma que o método da pipeta.
Kowalenko e Babuin (2013) testaram diferentes variações de metodologias
em um instrumento de difração de raio laser (Horiba LA-920) e não encontraram
resultados semelhantes ao método da pipeta.
Eshel et al. (2004), pressupõem que nenhum método para a determinação da
distribuição do tamanho de partículas do solo servirá como um padrão universal, isto
porque todos os métodos disponíveis, sejam os clássicos (pipeta, densímetro) ou
novos (Difração Laser), sofrem algum tipo de falhas inerentes aos próprios métodos.
Assim, a escolha entre os métodos depende, portanto, do equilíbrio entre os prós e
os contras de cada um, embora a o método da pipeta seja o padrão.
A determinação da distribuição do tamanho de partículas do solo por difração
de raio laser apresenta variações em relação aos materiais de origem do solo,
podendo ser observado estas diferenças, quase se aplica uma regressão linear
entre as frações do tamanho de partículas determinadas pelo método da pipeta com
as frações determinadas por difração de raio laser (Figuras 13, 14 e 15, 16 e 17).
Para a fração argila, os coeficientes de regressão linear foram de 0,85 para
Formação Bauru, 0,70 para a Formação Botucatu, 0,90 para Coberturas detrito-
lateríticas ferruginosas, 0,58 para Formação Pantanal, 0,62 para a Formação Salto
das Nuvens e 0,40 para a formação Utiariti (Figura 13). Para a fração silte os
coeficientes variaram de 0,13 a 0,42 nas formações geológicas (Figura 14).
52
FIGURA 13. Regressões lineares entre o método de difração de raio laser e o método da pipeta para o teor de argila nas diferentes formações geológicas:
FIGURA 14. Regressões lineares entre o método de difração de raio laser e o método da pipeta para o teor de silte nas diferentes formações geológicas:
53
Paras as frações areia fina, areia média e areia grossa os maiores coeficientes
foram observados na Formação Pantanal, sendo 0,74, 0,71 e 0,86 respectivamente
e com coeficientes abaixo de 0,36 para as demais formações geológicas (Figuras
15, 16 e 17).
FIGURA 15. Regressões lineares entre o método de difração de raio laser e o método da pipeta/peneira para o teor de areia fina nas diferentes formações geológicas:
FIGURA 16. Regressões lineares entre o método de difração de raio laser e o método da pipeta/peneira para o teor de areia média nas diferentes formações geológicas:
54
FIGURA 17. Regressões lineares entre o método de difração de raio laser e o método da pipeta/peneira para o teor de areia grossa nas diferentes formações geológicas:
4.2. INTERPRETAÇÃO DAS CURVAS DE DISTRIBUIÇÃO DO TAMANHO
DE PARTÍCULAS DOS SOLOS
Além do seu papel na diferenciação dos solos, o conhecimento da curva de
distribuição do tamanho de partículas do solo é de fundamental importância,
principalmente em solos de textura arenosa, pois está diretamente relacionada com
à distribuição do tamanho de poros do solo, os quais refletem na retenção de água e
permeabilidade do solo.
As curvas de distribuição do tamanho de partículas do solo apresentaram três
tipos modais (unimodal, bimodal e trimodal) , que em combinação com os graus de
seleção dos sedimentos (moderadamente selecionado, mal selecionado e muito mal
selecionado), o que gerou os seguintes grupos: unimodal moderadamente
selecionado, unimodal mal selecionado, unimodal muito mal selecionado, bimodal
moderadamente selecionado, bimodal moderadamente bem selecionado, bimodal
mal selecionado, bimodal muito mal selecionado, trimodal mal selecionado, trimodal
moderadamente selecionado, trimodal muito mal selecionado. As variações nestes
55
tipos modais se dão pelos picos nas curvas de distribuição do tamanho de
partículas, em que cada pico representa uma densidade de partículas de
determinado tamanho (Figura 18).
FIGURA 18. Tipos de distribuição encontrados nas amostras de solos estudadas: 1 - unimodal moderadamente selecionado, 2 - Unimodal mal selecionado, 3 - Unimodal muito mal selecionado, 4 - Bimodal moderadamente selecionado, 5 - Bimodal moderadamente bem selecionado, 6 - Bimodal mal selecionado, 7 - Bimodal muito mal selecionado, 8 - Trimodal mal selecionado, 9 - Trimodal, moderadamente selecionado, 10 - Trimodal muito mal selecionado.
Nas amostras analisadas foi observado um padrão no grau de seleção que
pode ser ordenado de forma decrescente da seguinte forma: mal selecionado
(57,0%) > muito mal selecionado (37,0%)> moderadamente selecionado (5%) >
moderadamente bem selecionado (0,5%),
Quanto à curtose, as amostras apresentaram a mesma frequência na
proporção de 48% das amostras apresentaram-se extremamente leptocúrticas,
48,0%% muito leptocúrticas, 1,6% leptocúrticas, 1,6% mesocúrticas e 0,5%
platicúrticas.
56
As variações nas curvas de distribuição do tamanho de partículas no solo
ocorrem nos diferentes perfis de solos analisados e diferentes formações geológicas
(Tabela 06), até mesmo nos diferentes horizontes do mesmo perfil, evidenciando
que apesar do material de origem ser formado pelo mesmo processo de formação
ou sedimentação, há uma variação nos materiais sedimentos ao longo da paisagem
ou na estratificação das camadas que formam o solo (Tabela 07).
Observa se quem há menores diâmetros de partículas dos solos da Formação
Pantanal (D10 < 11,2 µm), ou seja, 90 % das partículas de solos destes materiais
possuem diâmetro menor que 328,9 µm (Tabela 06).
As curvas de distribuição do tamanho de partículas do solo apresentam
padrões modais característicos, para diferentes materiais de origens e tipos de
sedimentação, sendo que estes padrões modais fornecem excelentes informações
sobre as origens sedimentologias (VANDENBERGHE, 2013).
TABAELA 06. Parâmetros de tamanho de grãos pelo Método Geométrico de medidas gráficas de Folk e Ward (1957) para as formações geológicas.
Formação Geológica
M G Sk G K G D10 D50 D90 GD
-------------------------------------µm--------------------------------------------
Bauru 203.9a 3.3b -0.39ab 3.1a 55.1b 213.6a 483.9ab 0,03
Botucatu 224.1a 1.9c -0.17a 1.6b 118.8a 234.3a 429.1ab 0,01
C. detrito-lateríticas 179.5ab 4.4ab -0.49ab 2.8ab 26.9b 216.2ab 430.5ab 0,07
Pantanal 175.8ab 6.1a -0.56ab 3.5a 11.2c 226.0ab 456.5ab 0,12
Salto das Nuvens 143.2b 3.9ab -0.53ab 3.3a 18.4b 178.3b 328.9b 0,06
Utiariti 204.1a 3.6b -0.31a 2.6ab 39.4b 207.6ab 541.8a 0,03
Comparações múltiplas de classificação média para todos os grupos, Kruskal-Wallis (p<0,05). M – Média, G -
Seleção, Sk G - Assimetria, K G - Curtose, GD - grau de dispersão (Partículas Monodispersas GD > 0,05,
Partículas Polidispersas GD < 0,05).
Os solos apresentam padrões de distribuição similares entre os horizontes do
perfil, no entanto há casos em que existem variações, que podem ser resultados da
intensificação dos processos de intemperismos dentro do perfil, ou até mesmo
variações na deposição dos sedimentos que formaram o arenito e durante os
processos pedogenéticos de formação do solo.
57
TABELA 07. Parâmetros de tamanho de grãos pelo Método Geométrico de medidas gráficas de Folk e Ward (1957) para os horizontes dos solos dentro das formações geológicas.
Formação Geológica
Horizonte M
G Sk G K G D10 D50 D90
-------------------------------------µm------------------------
Bauru A 228,3 2,7 -0,34 2,6 88,8 233,7 672,2
Bauru AB/AC 204,3 3,1 -0,33 2,9 62,7 211,3 439,3
Bauru B/C 190,5 3,7 -0,45 3,4 36,3 204,3 396,2
Bauru BA/CA 201,2 3,7 -0,36 3,1 44,6 209,5 470,3
Botucatu A 236,9 1,8 -0,04 1,5 139,4 248,3 484,0
Botucatu AB/AC 233,1 1,8 -0,13 1,2 110,4 240,0 456,1
Botucatu B/C 210,0 2,0 -0,28 1,9 107,5 220,9 374,4 C. detrito-lateríticas A 206,3 2,8 -0,39 2,7 50,2 215,6 415,6 C. detrito-lateríticas AB/AC 221,4 2,9 -0,38 2,4 41,9 234,1 482,2 C. detrito-lateríticas B/C 145,1 6,0 -0,59 3,1 7,7 207,6 412,1
Pantanal A 181,1 6,1 -0,53 3,2 30,4 230,8 484,2
Pantanal AB/AC 250,6 4,0 -0,49 3,6 14,6 275,2 530,3
Pantanal B/C 111,9 8,4 -0,65 3,5 1,5 193,4 405,5
Pantanal BA/CA 202,4 4,5 -0,52 3,6 4,6 226,6 439,9 Salto das Nuvens A 161,0 2,9 -0,42 3,0 26,5 172,5 324,1 Salto das Nuvens AB/AC 163,1 3,3 -0,49 3,6 5,1 183,2 337,2 Salto das Nuvens B/C 126,3 4,6 -0,63 3,5 14,4 179,9 321,1 Salto das Nuvens BA/CA 168,9 2,8 -0,32 2,0 48,7 174,2 382,1
Utiariti A 204,2 3,2 -0,29 2,5 53,1 202,9 499,4
Utiariti AB/AC 235,1 3,7 -0,24 2,4 55,8 228,3 662,7
Utiariti B/C 188,6 4,0 -0,36 2,9 20,9 199,0 512,6
Utiariti BA/CA 214,1 3,1 -0,29 2,4 53,6 218,6 556,4
M – Média, G - Seleção, Sk G - Assimetria, K G - Curtose.
Os diferentes perfis de solos analisados apresentam padrões de distribuição
do tamanho de partículas do solo característicos. Pode-se observar que os padrões
modais de distribuição variam conforme o aumento dos teores de determinadas
frações de tamanhos de partículas. Além dos picos na frequência da fração areia,
que se concentram basicamente na fração areia fina, ocorreram pequenos picos na
frequência de distribuição de partículas nas frações argila e silte.
58
O entendimento da distribuição do tamanho de partículas é de fundamental
importância, visto que, está associada às demais características, como por exemplo,
a distribuição do tamanho de poros que reflete diretamente na relação solo-água,
influenciando na permeabilidade e retenção de água no solo.
A assimetria e curtose podem ser utilizadas como indicativo do tipo de
sedimentação de partículas. Costigan et al. (2014) avaliando a variabilidade
longitudinal na geometria hidráulica e nas características do substrato de um rio de
areia (Rio Ninnescah), observaram que os sedimentos foram predominantemente
moderadamente selecionados, grosseiramente distorcidos ou simétricos e de
natureza mesocúrtica ou leptocúrtica.
Sedimentos da Formação Botucatu possuem curtose variando de muito
leptocúrtica a extremamente leptocúrtica, indicando ser um sedimento bem
selecionado na parte central da distribuição, evidentemente de um ambiente de
deposição eólica (AZEVEDO et al., 1981).
A Formação Bauru de uma maneira geral se apresenta litologicamente
homogênea, sendo caracterizada por litologia de arenitos finos e muito finos,
argilosos e ou carbonáticos, com seleção variando de pobre ou muito pobremente
selecionados, com assimetria variando de positiva a positiva e finalmente, curtose
muito leptocúrtica a leptocúrtica (COIMBRA et al., 1976).
4.3. RETENÇÃO DE ÁGUA EM SOLOS DE DIFERENTES MATERIAIS DE
ORIGEM
As amostras provenientes de solos originados da Formação Botucatu foram
as que tiveram os maiores teores de areia (Tabela 08). Grande parte dos perfis
enquadrou-se dentro das classes texturais areia e areia franca, que diferiram entre si
pelo teste de Kruskal-Wallis ao nível de 5%.
TABELA 08. Valor médio das frações areia, silte, argila, areia fina (AF), areia media (AM) areia grossa (AG) e densidade aparente do solo (Ds) para as diferentes formações geológicas.
Formação Geológica Areia Silte Argila AF AM AG Ds
% g.dm-3
Bauru 89,8ab 1,5b 8,8a 67,2b 21,2b 1,4b 1,51b
Botucatu 95,0b 1,1b 3,8c 62,9bc 31,5a 0,6c 1,54ab
59
Cob. detrito-lateríticas 87,3a 4,0ab 8,8a 57,3c 29,4a 0,5c 1,58a
Pantanal 86,2a 5,0a 8,8a 52,6c 30,8a 2,8ab 1,61a
Salto das Nuvens 85,7a 5,6a 8,6a 72,7a 12,3c 0,7c 1,50ab
Utiariti 88,4a 5,6a 6,0b 57,6c 27,3a 3,5a 1,56a Comparações múltiplas de classificação média para todos os grupos, Kruskal-Wallis (p<0,05).1 corrigido para
100%
Os teores de areia fina encontrados nas diversas formações foram altos,
destacando-se a Formação Salto das Nuvens, na qual foi observado os maiores
teores de areia fina (Tabela 08). Os teores de areia média, por sua vez, foram
observados nas formações Botucatu, Utiariti, Cobertura detrito-laterítica e Pantanal
(Tabela 08). Os teores de areia grossa foram baixos nas diversas formações, sendo
maiores nas formações Utiraiti e Pantanal (Tabela 08).
A densidade aparente do solo foi maior na Formação Pantanal e Coberturas
detrito-lateríticas ferruginosas (Tabela 08), do que nas formações do Grupo Bauru e
Salto das Nuvens, o que podem ser explicados pelos maiores teores de areia média
e areia grossa na Formação Pantanal e Coberturas detrito-leteríticas ferruginosas,
visto que, há uma correlação positiva da densidade aparente do solo com estas
frações granulométricas (Tabela 09).
A correlação entre as características do solo e os atributos físico-hídricos
apresentou algumas variações entre os horizontes do solo (Tabela 09). Os maiores
valores de coeficientes de correlação foram de argila e areia com os atributos físico-
hídricos. A variação dos coeficientes de correlação nos horizontes dos perfis de solo
pode ser efeito tanto dos processos pedogenéticos, quanto dos processos de
deposição do material de origem.
TABELA 09. Matriz de correlação Spearman entre as características físico-hídricas dos solos estudados.
Atributo Horiz. Ds PT Mac Mic ASC CCe PMPe CADe
A 0,18 -0,12 -0,34* 0,41** 0,51** 0,55** 0,51** 0,42**
Argila
AB/AC 0,09 0,20 -0,23 0,49** 0,44** 0,70** 0,56** 0,62**
BA/CA -0,37* 0,39* 0,04 0,17 0,64** 0,35 0,67** 0,17
B/C -0,22* 0,31** -0,27** 0,56** 0,72** 0,65** 0,72** 0,25*
-0,08 0,11 -0,31** 0,51** 0,63** 0,59** 0,65** 0,28**
A -0,01 -0,52** -0,37** 0,05 0,09 0,112 0,14 0,03
Silte AB/AC 0,23 -0,35* -0,27 -0,00 0,24 0,32* 0,35* 0,20
BA/CA 0,60** -0,57** -0,34 -0,02 -0,13 -0,04 -0,14 -0,06
60
B/C 0,24* -0,23* -0,33** 0,10 0,02 0,19 0,06 0,26*
0,18** -0,41** -0,42** 0,14* 0,13* 0,22** 0,20** 0,14*
A -0,22 0,60** 0,59** -0,30* -0,60** -0,58** -0,63** -0,27*
Areia
AB/AC -0,15 0,04 0,35* -0,38* -0,53** -0,79** -0,71** -0,61**
BA/CA -0,11 0,07 0,31 -0,21 -0,60** -0,53** -0,66** -0,29
B/C 0,02 -0,07 0,42** -0,46** -0,62** -0,65** -0,64** -0,34**
-0,03 0,15* 0,48** -0,46** -0,62** -0,64** -0,67** -0,32**
A -0,11 0,25 0,16 0,01 -0,11 -0,05 -0,20 0,17
C (g/kg)
AB/AC -0,15 0,39 0,30 -0,03 -0,12 -0,20 -0,18 -0,20
BA/CA -0,30 0,31 0,00 0,23 -0,45 -0,03 -0,49 0,21
B/C -0,16 0,32* 0,16 0,25 0,00 0,14 -0,02 0,13
-0,15 0,33** 0,28** -0,07 -0,22* -0,12 -0,25* 0,07
A -0,40** 0,49** 0,04 0,39** -0,09 0,04 -0,08 0,32*
Areia Fina
AB/AC -0,24 0,28 0,13 0,16 -0,16 -0,10 -0,19 -0,08
BA/CA -0,52** 0,44* 0,05 0,42* -0,26 -0,06 -0,22 0,25
B/C -0,33** 0,46** 0,18 0,24* -0,15 -0,07 -0,12 0,14
-0,32** 0,38** 0,13* 0,23** -0,16* -0,043 -0,15* 0,19**
A 0,39** -0,40** 0,03 -0,39** 0,00 -0,11 -0,01 -0,36**
Areia Média
AB/AC 0,23 -0,25 -0,05 -0,22 0,06 -0,07 0,04 -0,05
BA/CA 0,53** -0,43* 0,01 -0,47** 0,19 -0,02 0,14 -0,31
B/C 0,33** -0,47** -0,06 -0,38** -0,05 -0,12 -0,08 -0,24*
-0,34** -0,34** 0,006 -0,35** 0,003 -0,101 -0,021 -0,24**
A 0,21 -0,43** -0,09 -0,32* 0,29* 0,00 0,24 -0,23
Areia Grossa
AB/AC -0,09 -0,05 0,18 -0,29 -0,01 -0,18 -0,06 -0,13
BA/CA 0,67** -0,59** -0,04 -0,49** -0,11 -0,27 -0,20 -0,38*
B/C 0,34** -0,28** -0,14 -0,20* 0,02 -0,02 -0,01 -0,09
0,25** -0,28** -0,02 -0,26** 0,05 -0,06 0,02 -0,15*
** significativo a 1%, * Significativo a 5%, Ds – Densidade aparente do solo, PT – Porosidade Total, Mic – Microporos, Mac – Macroporos, ASC – Área Sob a Curva de Retenção de Água, CC – Capacidade de Campo, PMP – Ponto de Murcha Permanente, CAD – Capacidade de água Disponível.
A porosidade total e a macroporosidade do solo foram significativamente maiores
nas Formações Bauru e Botucatu do que nas Formações Cobertura detrito-laterítica,
Pantanal, Salto das Nuvens e Utiariti, (Tabela 10). A microporosidade por sua vez,
foi significativamente maior na Formação Salto das Nuvens do que nas demais. As
Formações Bauru, Cobertura detrito-laterítica e Pantanal e Utiariti não diferiram entre
si. O menor valor de microporosidade foi encontrado na Formação Botucatu que não
diferiu significativamente da Formação Utiariti.
61
TABELA 1. Porosidade Total, macroporos e microporos para as diferentes formações
geológicas.
Formação Geológica Porosidade total Macroporos Microporos
%
Bauru 45,10a 27,78b 17,32b
Botucatu 42,75ab 31,93a 10,82
Cob. detrito-lateríticas 42,40b 27,86b 14,54d
Pantanal 40,53b 23,52c 17,01bc
Salto das Nuvens 42,27b 20,61d 21,66a
Utiariti 40,56b 24,35c 16,21c
Médias seguidas pela mesma letra não difere entre si pelo teste T (p≤0,05).
A porosidade do solo está diretamente relacionada com sua granulometria.
Solos com granulometria mais grosseira geralmente apresentam uma maior
quantidade de macroporos e menor microporosidade. No entanto, o equilíbrio nas
proporções de partículas de diferentes tamanhos pode levar a uma mudança nesta
relação, visto que pode ocorrer o preenchimento de poros de maior diâmetro com
partículas menores, principalmente quando se tem uma alta relação de areia
fina/areia grossa.
A porosidade total e macroporosidade tiveram correlação positiva com o
carbono orgânico do solo, o que acarreta numa alteração nos parâmetros de
retenção de água no solo. Segundo Yang et al. (2014), nos potenciais matriciais
mais altos, a matéria orgânica do solo afeta a retenção de água no solo,
principalmente pela alteração nos parâmetros estruturais do solo.
Solos com fração granulométrica mais grosseira possuem poros de maior
diâmetro, Fidalski et al. (2013) estudando a curva de distribuição dos poros os
sedimentos das Formações Paranavaí e Caiuá, observaram que os solos derivados
da Formação Caiuá por apresentarem uma distribuição de poros com maiores
diâmetros, menor capacidade de retenção de água.
A capacidade de campo encontrada na Formação Botucatu foi mais baixa que
nas demais Formações (Figura 19). Com exceção da Cobertura detrito-laterítica, o
valor médio da capacidade de campo da Formação Botucatu diferiu
significativamente das demais, sendo reflexo da menor quantidade de poros de
diâmetros menos, os quais são responsáveis pela retenção de água no solo. Já as
62
Formações Salto das Nuvens e Pantanal apresentaram maior capacidade de campo
que as demais, que pode ser reflexo de menores teores de areia média e grossa e
maior de areia fina, visto que, com a exceção da Formação Botucatu, os teores de
argila não diferiram entre as Formações (Tabela 8).
FIGURA 19. Capacidade de campo do solo de diferentes materiais de origem.
Segundo Donagemma et al. (2016), em materiais arenosos homogêneos, com
estreita distribuição do tamanho de partículas, o tamanho dos poros depende do
tamanho das partículas, de modo que a redução destas leva à redução do tamanho
de poros e ao incremento das forças de retenção de água. Dessa maneira, mesmo
nos casos de materiais constituídos exclusivamente pela fração areia, a mudança do
tamanho dos grãos já implicaria na alteração de seu comportamento físico-hídrico.
Na Formação Botucatu foi observado menor conteúdo de água no PMP em
relação às outras formações (Figura 20). Isto pelo fato dessa Formação ter
apresentado a granulometria foi grosseira. Fidalski et al. (2013), constataram menor
retenção de água no ponto de murcha permanente da Formação Caiuá em
comparação com a Formação Paranavaí em função da granulometria; a Formação
Caiuá tem granulometria mais grosseira.
63
FIGURA 20. Ponto de murcha permanente em solos de diferentes materiais de origem.
Gloeden (1994) constatou que os sedimentos da Formação Botucatu
apresentaram baixa capacidade de retenção de água na zona saturada, sendo uma
área extremamente vulnerável às mudanças nas características naturais das águas
subterrâneas, pois a sua permeabilidade e facilidade de infiltração de água facilita a
lixiviação de elementos químicos.
A maior disponibilidade de água no solo foi observada na Formação Salto das
Nuvens e a menor disponibilidade na Formação Botucatu e Cobertura detrito-
laterítica (Figura 21).
64
FIGURA 21. Capacidade de água disponível no solo de diferentes materiais de origem.
A disponibilidade de água no solo mostrou correlação negativa com o
conteúdo de areia total, areia grossa e areia média (Tabela 09). No entanto, houve
correlação positiva com os teores de areia fina. Segundo Abrahão et al. (1998),
solos com teores de areia fina mais elevados e heterogeneidade da forma dos
grãos, possibilitam arranjos mais compactos das partículas, possibilitando uma maior
capacidade de retenção de água.
A maior disponibilidade de água no solo foi encontrada na Formação Salto
das Nuvens e foram observados uma redução de capacidade de água disponível de
57 % na Formação Utiariti, 58 % na Formação Bauru, 61 % na Formação Pantanal,
75 % na Formação de Coberturas Detrito Lateríticas Ferruginosas e 88 % na
Formação Botucatu, em comparação a Formação Salto das Nuvens.
Fidalski et al. (2013) afirmam que o aumento nos teores das frações mais
grosseiras do solo diminui a disponibilidade de água para as plantas, em razão da
maior frequência de poros de maior diâmetro.
Em solos de textura mais argilosa, a retenção e disponibilidade de água
possui uma forte dependência com os teores de argila. A medida que há uma
redução nos teores de argila, outros fatores passam a influenciar na retenção de
água destes solos, como por exemplo, a relação areia fina/areia média e grossa.
65
A área sob a curva de retenção de água foi maior na Formação Pantanal,
menor na formação Botucatu e intermediaria nas demais formações (Figura 22).
FIGURA 22. Área sob a curva de retenção de água dos solos de diferentes materiais de origem
A área sob a curva de retenção de água é um método de avaliação da
retenção de água no solo (RAMOS et al., 2014). No entanto, não é representativa da
capacidade de água disponível, visto que, os solos da Formação Pantanal
apresentam uma maior área sob a curva de retenção de água (Figura 22), porém, os
solos com maior capacidade de água disponível estão na Formação Salto das
Nuvens (Figura 21).
Ramos et al. (2014) afirmam que a qualidade do solo pode ser
adequadamente caracterizada pelos pontos da curva de retenção de água, com
base na regra trapezoidal “área sob a curva”, pois esta detecta as variações entre os
tratamentos avaliados e apresenta baixo coeficiente de variação. Já Sá et al. (2013)
afirmam que a ASC é uma ferramenta promissora para avaliação da qualidade física
do solo com base na curva de retenção, devido a sua relação positiva com as
propriedades físico-hídricas do solo.
Tanto a ASC quanto a capacidade de água disponível total podem ser usadas
como indicativos da qualidade do solo, a ASC abrange toda água retida no solo, já a
capacidade de água disponível total representa apenas a quantidade de água retida
acessível às plantas.
66
Solos de textura arenosa apresentam baixa retenção e disponibilidade de
água no solo. Os conteúdos de água retida do solo no PMP nas Formações Bauru,
Botucatu e Coberturas detrito-Lateríticas ferruginosas estão abaixo de 0,05 m3 m-3,
(Figura 23. O conteúdo de água na capacidade de campo também foi muito baixo,
os valores foram menores que 0,06 m3 m-3, correspondendo a uma quantidade de
água disponível abaixo de 0,016 m3 m-3.
FIGURA 23. Curva característica de retenção de água no solo para as formações geológicas.
Os valores dos parâmetros de retenção de água no solo foram bem abaixo
dos encontrados por Fidalski et al. (2013) para solos originados da Formação Caiuá,
de textura igualmente grosseira. Estes autores calcularam que a água disponível
para estes solos era de 0,06 m3 m-3 para capacidade de água disponível.
Embora a Formação Pantanal tenha tido o maior conteúdo de água retida no
PMP, a maior capacidade de água disponível foi observada na Formação Salto das
67
Nuvens, com valores de capacidade de água disponível acima de 0,035 m3 m-3
(Figura 23).
Além da textura do solo, fatores como empacotamento, forma e orientação
dos grãos no solo podem influenciar na retenção de água do solo, visto que, isso
pode levar à redução do tamanho de poros (DONAGEMMA et al., 2016). Nos casos
de materiais com maior heterogeneidade de tamanho de partículas, o tamanho
efetivo de poros pode ser reduzido pelo efeito da ocupação dos espaços vazios
entre grãos maiores por partículas menores (fenômeno de empacotamento). Com
isso, é possível a ocorrência de determinadas distribuições do tamanho de partículas
que propiciem a compactação do solo e minimizem seu espaço poroso, sendo que
quanto mais heterogêneo em termos de tamanho de partículas for o solo, maior será
a possibilidade de reajustes (DONAGEMMA et al., 2016).
Analisando visualmente as curvas de distribuição de poros, pode-se observar
diferenças nas formações de picos de diâmetro de poros (Figura 24). Os picos
máximos de concentração de poros ocorreram nos seguintes diâmetros: 0,97 µm
para a Formação Bauru; 1,40 µm para a Formação Botucatu; 1,0 µm para a
Formação de Coberturas Detrito Lateríticas ferruginosas; 0,81 µm para a Formação
Utiariti; 0,57 µm para a Formação Pantanal e 0,51 µm para a Formação Salto das
Nuvens.
68
FIGURA 24. Curva distribuição do tamanho de poros de solos de diferentes materiais de origem.
A distribuição do tamanho de poros do solo, controlada pela estrutura do solo,
organização e distribuição do tamanho de partículas do solo, pode ser usada como
indicativo da capacidade de retenção de água no solo. Solos de textura mais
grosseira apresentam uma frequência de poros com maior diâmetro e
consequentemente uma menor capacidade de retenção de água, aumentando a sua
limitação para uso agrícola, visto que, os menores conteúdos podem comprometer a
resposta fisiológica das plantas (FIDALSKI et al., 2013).
Os fatores da análise de componentes principais (Figuras 25 e 26)
diferenciam poucas formações geológicas em relação aos atributos físico-hídricos
dos solos arenosos, tendo assim, uma distinção apenas da Formação Botucatu em
relação as demais formações geológicas.
69
FIGURA 25. Análise de componentes principais dos atributos físico-hídricos
dos solos arenosos (fatores 01 e 02).
FIGURA 26. Análise de componentes principais dos atributos físico-hídricos
dos solos arenosos (fatores 01 e 03).
70
4.4. CORRELAÇÃO DOS ATRIBUTOS FÍSICO-HÍDRICOS COM OS
PARÂMETROS SEDIMENTOLÓGICOS DO SOLO
Na Tabela 11 consta a matriz de correlação entre os parâmetros de tamanho
dos grãos estimados por diferentes métodos com as características físico-hídricas
dos solos estudados.
Os parâmetros de tamanho de grãos estimados por diferentes métodos
apresentaram correlação com as propriedades físico-hídricas do solo (Tabela 11) e
os maiores coeficientes de correlação (>0,60) foram observados na capacidade de
campo e ponto de murcha permanente para o grau de seleção de grãos estimados
pelos métodos Momentos Geométricos (µm), Momentos Logarítmicos (ᶲ), FOLK e
WARD (µm), FOLK e WARD (ᶲ), já a ASC apresentou coeficientes de correlação
entre 0,54 a 0,59 para o grau de seleção das partículas estimados por estes
métodos.
A capacidade de água disponível no solo estimada pela curva característica
de retenção de água apresentou baixa correlação (coeficientes entre 0,23 a 0,26)
com o grau de seleção de partículas estimado pelos métodos Momentos
Geométricos (µm), Momentos Logarítmicos (ᶲ), FOLK e WARD (µm), FOLK e WARD
(ᶲ).
A assimetria e curtose estimadas pelos métodos Momentos Geométricos
(µm), Momentos Logarítmicos (ᶲ), FOLK e WARD (µm), FOLK e WARD (ᶲ),
apresentaram correlação com os atributos físico-hídricos do solo com coeficientes
variando de 0,20 a 0,56 para as correlações positivas e coeficientes variando de -
0,21 a -0,56 para as correlações negativas (Tabela 11).
O que se depreende da tabela 11, é que apenas 11 parâmetros de tamanho
de grãos, correspondendo a 32% do total, tiveram correlação altamente significativa
(1%) com a capacidade de água disponível do solo (CAD), quatro deles
apresentaram correlações positivas: (D50 (ᶲ), Média (FOLK e WARD (ᶲ), Média
(Momentos Logarítmicos (ᶲ) e D10 (ᶲ), e sete apresentaram correlações
negativas: Média (Momentos Aritméticos (µm), D50 (µm), Média (FOLK e WARD
(µm), Média (Momentos Geométricos (mm), (D75 - D25) (µm), D90 (µm) e (D75 /
D25) (ᶲ).
71
TABAELA 2. Matriz de correlação de Spearman entre os parâmetros de tamanho de grãos estimados por diferentes métodos com as características físico-hídricas dos solos estudados.
Parâmetros Ds PT Mac Mic CCd PMPd CADd CCe PMPe Ade ASC
Média (Momentos Aritméticos (µm)) 0,05 -0,06 0,22* -0,45** -0,41** -0,18 -0,35** -0,27** -0,15 -0,28** -0,05
Seleção (Momentos Aritméticos (µm)) 0,06 -0,12 0,01 -0,21* -0,21* -0,02 -0,22* -0,11 -0,02 -0,16 0,08
Assimetria (Momentos Aritméticos (µm)) -0,03 -0,04 -0,04 -0,05 -0,09 -0,05 -0,04 -0,16 -0,10 -0,10 0,002
Curtose (Momentos Aritméticos (µm)) -0,15 0,11 0,09 -0,05 -0,12 -0,14 -0,01 -0,25** -0,17 -0,13 -0,04
Média (Momentos Geométricos (mm)) -0,01 0,06 0,42** -0,62** -0,55** -0,49** -0,31** -0,53** -0,46** -0,33** -0,37**
Seleção (Momentos Geométricos (µm)) 0,18 -0,21* -0,41** 0,40** 0,39** 0,63** 0,05 0,62** 0,64** 0,24* 0,57**
Assimetria (Momentos Geométricos (mm)) 0,13 -0,18 -0,35** 0,31** 0,26** 0,35** 0,05 0,39** 0,33** 0,20* 0,30**
Curtose (Momentos Geométricos (µm)) -0,14 0,22* 0,44** -0,43** -0,39** -0,53** -0,11 -0,55** -0,50** -0,29** -0,45**
Média (Momentos Logarítmicos (ᶲ)) 0,02 -0,09 -0,46** 0,62** 0,55** 0,52** 0,29** 0,55** 0,50** 0,31** 0,40**
Seleção (Momentos Logarítmicos (ᶲ)) 0,18 -0,24* -0,45** 0,40** 0,39** 0,66** 0,03 0,63** 0,66** 0,23* 0,59**
Assimetria (Momentos Logarítmicos (ᶲ)) -0,13 0,21* 0,38** -0,31** -0,25** -0,37** -0,04 -0,39** -0,35** -0,19 -0,31**
Curtose (Momentos Logarítmicos (ᶲ)) -0,15 0,25** 0,47** -0,43** -0,39** -0,57** -0,09 -0,57** -0,54** -0,27** -0,48**
Média (FOLK e WARD (µm)) 0,01 0,04 0,37** -0,55** -0,46** -0,30** -0,32** -0,35** -0,26** -0,26** -0,18
Seleção (FOLK e WARD (µm)) 0,16 -0,24* -0,45** 0,41** 0,39** 0,62** 0,06 0,61** 0,60** 0,26** 0,54**
Assimetria (FOLK e WARD (µm)) -0,13 0,11 0,33** -0,41** -0,37** -0,54** -0,07 -0,55** -0,56** -0,21* -0,45**
Curtose (FOLK e WARD (µm)) -0,14 0,08 -0,22* 0,48** 0,45** 0,47** 0,21* 0,52** 0,51** 0,29** 0,40**
Média (FOLK e WARD (ᶲ)) -0,01 -0,04 -0,37** 0,55** 0,46** 0,30** 0,32** 0,35** 0,26** 0,26** 0,18
Seleção (FOLK e WARD (ᶲ)) 0,16 -0,28* -0,45** 0,41** 0,39** 0,62** 0,06 0,61** 0,60** 0,26** 0,54**
Assimetria (FOLK e WARD (ᶲ)) 0,13 -0,11 -0,33** 0,41** 0,37** 0,54** 0,07 0,55** 0,56** 0,21* 0,45**
Curtose (FOLK e WARD (ᶲ)) -0,14 0,08 -0,22* 0,48** 0,45** 0,47** 0,21* 0,52** 0,51** 0,29** 0,40**
D10 (µm): -0,13 0,25** 0,48** -0,46** -0,42** -0,60** -0,10 -0,59** -0,58** -0,26** -0,51**
D50 (µm): 0,06 -0,02 0,27** -0,45** -0,38** -0,14 -0,34** -0,21* -0,10 -0,24* -0,03
D90 (µm): 0,12 -0,11 0,15 -0,40** -0,33** -0,12 -0,29** -0,19 -0,11 -0,20* -0,02
(D90 / D10) (µm): 0,16 -0,26** -0,43** 0,36** 0,34** 0,55** 0,05 0,54** 0,53** 0,22* 0,48**
(D90 - D10) (µm): 0,15 -0,16 0,004 -0,23* -0,16 0,08 -0,23* 0,02 0,09 -0,08 0,15
(D75 / D25) (µm): 0,35** -0,38** -0,37** 0,05 0,07 0,36** -0,10 0,29** 0,34** 0,05 0,34**
(D75 - D25) (µm): 0,25** -0,26** -0,05 -0,27** -0,22* 0,11 -0,30** 0,02 0,12 -0,14 0,17
D10 (ᶲ): -0,12 0,11 -0,15 0,40** 0,33** 0,12 0,29** 0,19 0,11 0,20* 0,02
D50 (ᶲ): -0,06 0,02 -0,27** 0,45** 0,38** 0,14 0,34** 0,21* 0,10 0,24* 0,03
D90 (ᶲ): 0,13 -0,25** -0,48** 0,46** 0,42** 0,60** 0,10 0,59** 0,58** 0,26** 0,51**
(D90 / D10) (ᶲ): 0,24* -0,30** -0,27** 0,05 0,08 0,44** -0,19 0,35** 0,43** 0,03 0,42**
(D90 - D10) (ᶲ): 0,16 -0,26** -0,43** 0,36** 0,34** 0,55** 0,05 0,54** 0,53** 0,22* 0,48**
(D75 / D25) (ᶲ): 0,29** -0,30** -0,13 -0,19* -0,15 0,18 -0,26** 0,10 0,19* -0,10 0,24*
(D75 - D25) (ᶲ): 0,35** -0,38** -0,37** 0,05 0,07 0,36** -0,10 0,29** 0,34** 0,05 0,34**
72
** significativo a 1%, * Significativo a 5%, Ds – Densidade aparente do solo, PT – Porosidade Total, Mic – Microporos, Mac – Macroporos, ASC – Área Sob a Curva de Retenção de Água, CC – Capacidade de Campo, PMP – Ponto de Murcha Permanente, CAD – Capacidade de água Disponível.
.
73
Como há um grande número de parâmetros de tamanho de grãos que se
correlacionam com as propriedades físico-hídricas dos solos estudados, foram
elaborados modelos matemáticos tendo como variável dependente a capacidade
de água disponível determinada (CADd) e variáveis independentes os parâmetros
de tamanho de grãos estimados pelo método Folk e Ward e características físico-
hídricas do solo (Densidade do solo, Ds; porosidade total, PT; macroporosidade,
Mac; microporosidade, Mic; areia total; argila; areia fina; areia média; areia grossa;
M.O.) no intuito de que o modelo de cada atributo físico-hídrico do solo incluísse
apenas os principais parâmetros que representasse a sua variação (Tabela 12).
TABELA 12. Modelos para a capacidade de água disponível no solo, com características físicas e parâmetros de tamanho estimados pelo método Folk e Ward.
Modelo R2 p
CADd 0,011771 + 0,005072 *Mic + 0,001683*MO+ 0,000533*argila
0,68 0,002
CADd 0,008635 + 0,005063*Mic + 0,001702*MO -0,001691*seleção
0,69 0,004
O grau de seleção das partículas do solo é um importante fator na retenção
de água do solo, sendo o parâmetro de entrada dos modelos CAD, de tal forma
que quando se tem um aumento do grau de seleção de partículas há uma redução
na CAD, isto devido a maior uniformidade no tamanho de partículas, formando
poros de diâmetros maiores, mais propensos a perdas de água (Tabela 12).
74
4.5. RETENÇÃO DE ÁGUA EM SOLOS ARENOSOS NO ESTADO DE
MATO GROSSO COM ADIÇÃO DE BIOCARVÕES
As amostras dos solos de diferentes materiais de origem utilizadas no
ensaio de retenção de água no solo, são de texturas arenosas, estando entre as
classes de areia e areia franca, geralmente com elevados teores de areia fina e
muito fina e baixos teores de areia grossa e densidade aparente entre 1,38 a 1,66
g.cm-3.
O grau de seleção das amostras de solo utilizadas no ensaio de retenção
de água com adição de biocarvão variou de moderadamente selecionados a muito
mal selecionados, com assimetria negativa (grossa inclinada, fina inclinada e muito
fina inclinada) e curtose variando de muito leptocúrtica a extremamente
leptocúrtica.
A área de superficie total do biocarvão de torta de filtro é maior que a do
biocarvão de resíduos de algodão e o tamanho médio de partículas do biocarvão
de torta de filtro é menor que o do biocarvão de resíduos de algodão. No entanto,
a CTC do biocarvão produzido com resíduo de algodão é aproximadamente 12
vezes maior que a CTC do biocarvão proveniente de torta de filtro de cana de
açúcar (Tabela 13), uma das prpriedades mais importantes para promover
mudanças nas características físico-hídricas do solo. A capacidade de troca de
cátions e a área superficial específica são medidas indiretas da capacidade dos
solos para reter água, nutrientes e vários contaminantes, sendo assim a adição de
materiais com alta capacidade de troca de cátions no solo aumenta a sua
capacidade de retenção e disponibilidade água (LAIRD et al., 2010).
TABELA 3. Área de superficie total, tamanho médio de particulas, tamanho a D10 (maior tamanho de grãos a 10% da distribuição), tamanho a D90 (maior tamanho de grãos a 90% da distribuição) e CTC dos biocarvões utilizados.
Área de
Superfície Total
Tamanho médio (µm)
D10 (µm)
D90 (µm)
CTC pH7
(m2 g-1)
cmolc dm-3
Resíduos de Algodão
0,2 888,2 ± 131,1 33,0 ± 7.3 2.790,5 ± 20 49,02
Torta de Filtro 13,5 457,9 ± 7,3 42,4 ± 1.6 1.241,6 ± 61.7 3,88
75
A densidade aparente do solo permaneceu igual após a aplicação do
biocarvão, tendo em vista que os tratamentos com adição do biocarvão foram
preparados nas mesmas condições de densidade do solo sem adição sem
biocarvão, usando-se como base, a densidade média das amostras (Tabela 14).
TABELA 4. Densidade aparente (Ds), porosidade total (PT), macroporos (Ma) e microporos (Mi) dos solos com aplicação de biocarvão.
Tratamento Ds
(g. cm-3) PT (%)
Ma (%)
Mi (%)
Sem aplicação 1,495 a 44,65 b 28,66 a 15,99 b Biocarvão de resíduos de
Algodão 1,497 a 47,55 a 17,69 b 29,86 a
Biocarvão de Torta de Filtro 1,500 a 45,25 b 18,36 b 26,89 a
Comparações múltiplas de classificação média para todos os grupos, Kruskal-Wallis (p<0,05).
A porosidade total do solo foi alterada pela adição do biocarvão, com
maior incremento quando adicionou-se de biocarvão de residuo de algodão, ao
passo que o biocarvão de torta de filtro de cana-de-açucar não aumentou a
porosidade total do solo (Tabela 14). Apesar de ser significativamete diferente, o
incremento da porosidade total do solo com aplicação do biocarvão de resíduos de
algodão foi de apenas 6,5 % em relação ao solo sem aplicação .
O incremento da porosidade deveu-se ao aumento da quantidade de
microporos. A microporosidade total foi significativamente maior com a aplicação
de biocarvão. Este aumento correspondeu a 87% para o residuo de algodão, e 68
% para a torta de filtro de cana-de-açucar, quando comparados ao solo sem
aplicação.
Um fator importante na retenção de água é a estrutura e porosidade do
biocarvão, pois o processo de retenção ocorre principalmente nos microporos.
Analisando visualmente a Figura 27, observa-se uma maior quantidade de poros
no biocarvão de resíduos de algodão. Outro fator importante no aumento da
microporosidade do solo pode se dar pelo rearranjamento das partículas, sendo
que o biocarvão adicionado entra como mais um componente na estruturação do
solo juntamente com as frações areia, silte argila e componentes orgânicos já
presentes no mesmo. Macroporos e mesoporos desempenham papéis importantes
76
no processo de retenção por atuarem como canais condutores da água até os
microporos, os quais retém de fato a água no solo (ZHANG e YOU, 2013).
Quando adicionado ao solo, o biocarvão tem o potencial de aumentar os
poros no intervalo entre 30 a 0,3 nm de diâmetro (VERHEIJEN et al., 2009), mas
os poros relacionados com a retenção de água estão no intervalo entre 02 a 30
nm de diâmetro (HARDIEE t al., 2014). Nos solos com biocarvões de algodão e
torta de filtro de cana de açúcar pode ter havido aumento da porosidade nesta
faixa, levando a um aumento da CAD e disponibilidade de nutrientes (SPERATTI
et al., 2017), mas a água ficou sem mobilidade e assim indisponível para a
absorção pelas plantas ou transporte de solutos (MASIELLO et al., 2015). A
grande presença de íons dissolvidos, entretanto, pode afetar o potencial osmótico,
reduzindo a habilidade da planta em absorver água como também alterar o seu
balaço nutricional (CORWIN et al., 2005).
FIGURA 27. Imagem de microscopia eletrônica de varredura do biocarvão de torta de filtro de cana de açúcar (A) e do biocarvão de resíduos de algodão produzidos a 400ºC (Shimadzu SSX-550 Superscan microscope).
A área de superfície específica do biocarvão geralmente é maior do que a
areia, e comparável à argila. A mistura solo-biocarvão, aumenta a área da
superfície específica total do solo (NOVAK et al., 2012).
77
Nos solos com biocarvão de resíduos de algodão, a capacidade de campo
foi maior (Tabela 15), isto se deveu ao aumento dos microporos, tento em vista
que estes possuem alta correlção com a capacidade de campo.
Tabela 5. Capacidade de campo (CC), ponto de murcha permenente (PMP), capacidade de água disponível (CAD) e área sob a curva de retenção de água no solo (ASC)
Tratamento CC
(m3 m-3) PMP
(m3 m-3) AD
(m3 m-3) ASC
(m3 m-3 MPa)
Controle 0,058 b 0,0401 b 0,0182 ab 0,059 a
Resíduos de Algodão 0,074 a 0,0455 a 0,0286 a 0,064 a
Torta de Filtro 0,057 b 0,0392 b 0,0179 b 0,057 a
Comparações múltiplas de classificação média para todos os grupos, Kruskal-Wallis (p≤0,05).
Nos solos com biocarvão de resíduos de algodão o PMP foi maior que nos
solos com biocarvão de torta de filtro de cana de açúcar (Tabela 15).
As mudanças associadas ao biocarvão na condutividade hidráulica
capacidade de campo têm implicações nas taxas de infiltração e na
disponibilidade de água da planta. Segundo Barnes et al. (2014), a adição de
biocarvão nos solos de textura mais grosseira diminuiu a condutividade hidráulica,
sendo indicado para diminuir o estresse hídrico das culturas e a perda de
nutrientes abaixo da zona radicular.
Em geral, a influência do biocarvão nas propriedades de retenção de água
depende de fatores tais como o tipo de biomassa utilizada e a temperatura de
pirolise para a sua produção (OJEDA et al., 2015). O biocarvão proveniente de
resíduos de algodão produzido a 400 ºC foi mais eficiente na melhoria das
propriedades de retenção de água no solo do que o biocarvão de torta de filtro de
cana-de-açúcar produzido a 400 ºC (Figura 28).
78
FIGURA 28. Curva característica de retenção de água no solo, para solos sem biocarvão (Controle) e solos com biocarvão (Resíduos de Algodão e Torta de filtro).
A aplicação de biocarvão tem efeitos benéficos em algumas propriedades
físicas, especialmente, nas características físico-hídricas, como densidade
aparente, porosidade, capacidade de retenção e disponibilidade de água no solo,
o que pode favorecer o desenvolvimento e produtividade das plantas, dos
ecossistemas naturais e agroecossistemas (XIAO et al., 2016; KARHU et al., 2011;
ABEL et al., 2013).
A densidade aparente do solo permaneceu a mesma com a adição do
biocarvão, pois o objetivo era ter-se um material com condição próxima a natural,
sendo que os tratamentos foram montados com base na densidade do solo
coletado no campo. Os solos com a maior densidade foram observados na
Formação de coberturas detrito laterítica ferruginosas, isto pelo fato do material de
origem destes solos serem ricos em concreções de ferro, materiais com maior
densidade de partículas o que comumente acarreta em solos de maior densidade
aparente (Figura 29).
79
FIGURA 29. Densidade aparente do solo das diferentes formações geológicas, para solos sem biocarvão (Controle) e solos com biocarvão (Resíduos de Algodão e Torta de filtro).
Com exceção da Formação Botucatu, a porosidade total do solo aumentou
com a aplicação do biocarvão de resíduo de algodão. O biocarvão de torta de filtro
de cana de açúcar também aumentou a porosidade nas Formações Salto das
Nuvens, Utiariti, Coberturas detrito lateríticas ferruginosas e Pantanal (Figura 30).
80
FIGURA 30. Porosidade total do solo das diferentes formações geológicas, para solos sem biocarvão (Controle) e solos com biocarvão (Resíduos de Algodão e Torta de filtro).
Os solos da Formação Botucatu possuem granulometria esférica e mais
grosseira que os solos das demais formações, isto pode ser um dos fatores que
influenciaram na redução da porosidade total, visto que as partículas de biocarvão
podem ocupar os espaços porosos destes solos, sendo essa redução de poros
maior com a utilização do biocarvão de torta de filtro, o qual possui menor
tamanho médio de particulas.
Houve um aumento na microporosidade do solo com a adição do biocarvão
tanto de resíduos de algodão, quanto de torta de filtro nos solos arenosos das
Formações Salto das Nuvens, Utiariti, Pantanal e Coberturas Detrito Lateríticas
ferruginosas (Figura 31). Consequentemente, houve uma redução na
macroporosidade destes solos (Figura 32), sendo que não ocorreram alterações
nas Formações Botucatu e Bauru.
81
FIGURA 31. Microporosidade do solo das diferentes formações geológicas, para solos sem biocarvão (Controle) e solos com biocarvão (Resíduos de Algodão e Torta de filtro).
FIGURA 32. Macroporosidade do solo das diferentes formações geológicas, para solos sem biocarvão (Controle) e solos com biocarvão (Resíduos de Algodão e Torta de filtro).
A adição de diferentes biocarvões promoveu alterações nos propriedades
físico-hídricas nos solos das formações geológicas estudadas (Figuras 33 a 35).
82
Houve aumento significante da capacidade de campo do solo com a aplicação de
ambos biocarvões para as Formações Utiariti (0,09 m3 m-3 e 0,07 m3 m-3 para
biocarvão de resíduos de algodão e biocarvão de torta de filtro de cana de açúcar
respectivamente) e Cobertura detrito-laterítica ferruginosa (0,05 m3 m-3 e 0,02 m3
m-3 para biocarvão de resíduos de algodão e biocarvão de torta de filtro de cana
de açúcar respectivamente). Para a Formação Pantanal, apenas a aplicação do
biocarvão de resíduos de algodão promoveu aumento da capacidade de campo.
Por sua vez, houve redução da mesma, quando o biocarvão de torta de filtro de
cana-de-açúcar foi aplicado nos solos das Formações Bauru e Botucatu (Figura
24).
Para o ponto de murcha permanente do solo (Figura 25), com exceção da
Cobertura detrito-laterítica ferruginosa, não foram observadas diferenças
significativas com a aplicação de biocarvão nas diferentes formações geológicas.
A adição de diferentes biocarvões promoveu um aumento significativo da
capacidade de água disponível do solo na Formação Utiariti e uma redução para
os solos das Formações Bauru e Botucatu quando se adicionou o biocarvão de
torta de filtro de cana-de-açúcar (Figura 26). Para as formações Pantanal e
Coberturas detrito lateríticas ferruginosas, apenas o biocarvão de resíduos de
algodão proporcionou maior capacidade de água disponível no solo.
83
FIGURA 33. Capacidade de campo do solo das diferentes formações geológicas, para solos sem biocarvão (Controle) e solos com biocarvão (Resíduos de Algodão e Torta de filtro).
FIGURA 34. Ponto de murcha permanente do solo das diferentes formações geológicas, para solos sem biocarvão (Controle) e solos com biocarvão (Resíduos de Algodão e Torta de filtro).
84
FIGURA 35. Capacidade de água disponível no solo das diferentes formações geológicas, para solos sem biocarvão (Controle) e solos com biocarvão (Resíduos de Algodão e Torta de filtro).
5. CONCLUSÕES
As metodologias de difração laser para determinação da distribuição do
tamanho de partículas apresentam desempenho inferior em relação ao método da
pipeta.
Os solos de diferentes materiais de origem apresentam diferenças na
capacidade de água disponível, sendo a menor disponibilidade observada na
Formação Botucatu e a maior na Formação Salto das Nuvens e maior área sob a
curva de retenção na Formação Pantanal.
Os parâmetros de tamanho de grãos se correlacionam com as propriedades
hidráulicas do solo, podendo ser usados como indicativo da capacidade de
retenção de água no solo.
A aplicação de biocarvão aumenta a microporosidade de solos arenosos,
sendo a maior capacidade de água disponível observada com a aplicação de
biocarvão de resíduos de algodão.
85
O aumento na microporosidade e redução na macroporosidade a partir da
adição do biocarvão ocorrem apenas nas Formações Salto das Nuvens, Utiariti,
Pantanal e Coberturas Detrito Lateríticas ferruginosas.
Características como distribuição de partículas e retenção de água no solo
podem vir a integrar os dados de levantamento de solos, visto que, estas
informações são importantes tanto para o manejo e conservação, quanto para a
diferenciação destes solos.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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7. ANEXOS
DESCRIÇÃO DO PERFIL Nº 01 Data Novembro/2013 Classificação: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico Típico
Localização do perfil: Estrada para Água Fria – Fazenda do Jeová
Coordenada: 15º 13’1,0”S / 55º 49’ 23”W
Situação ( topo )
Declive (1%) e
Cobertura vegetal sobre o perfil (Cerrado)
Litologia: Formação Botucatu Pedregosidade: Não pedregoso
Rochosidade: Não rochoso
Drenagem: Excessivamente drenado
Relevo Local: Plano
Relevo regional: Plano a suave ondulado
Erosão: Não aparente
Vegetação Primária: Cerrado
Uso Atual: Cerrado denso com ocorrência de espécies como quina, jatobá, barbatimão,
mangaba, pequi, tucum, lixeira, murici, algodãozinho etc.
Clima: Tropical
Descrição Morfológica
A1- 00-20 cm; bruno avermelhado escuro (5YR 3/2); Areia; Muito Friável; Não plástico e
Não pegajoso; Fraca pequena Blocos sub angulares, transição plana, raízes Comuns finas
com 1 mm a 4 mm.
AC - 20-35 cm; bruno avermelhado escuro (5YR 3/3); Areia; Muito Friável; Não plástico e
Não pegajoso; Fraca pequena Blocos sub angulares, transição plana e clara, raízes poucas
apresentando uma raiz de 6 cm.
C1- 35-68 cm; bruno avermelhado escuro (5YR 3/4); Areia; Muito Friável; Não plástico e
Não pegajoso; Grão simples, transição plana e clara, raízes Raras com 4 cm.
C2- 68-130 cm; bruno avermelhado escuro (5YR 3/4); Areia; Muito Friável; Não plástico e
Não pegajoso; Grão simples, transição gradual e difusa, raízes raras de 0,5 a 2 cm até o
topo do C3.
C3- 130-155 cm; Vermelho-amarelado (5YR 4/6); Areia; Muito Friável; Não plástico e
Não pegajoso; Grão simples, transição plana e difusa, raízes poucas com 1 cm.
OBS: Presença de minhocas nos horizontes A1 e AC. Pontuações de carvão nos Horizontes
A1 e AC. Presença de crotovinas no Horizonte AC. Poucas manchas vermelhas
provenientes da mistura de material no Horizonte C1. Bolsões mais arenosos no Horizonte
C2 de coloração mais clara. Presença de carvão no Horizonte C3.
100
Resultados analíticos
Horizontes Granulometria da Terra Fina (g.kg-1)
Silte/
Argila
pH (1: 2,5)
Mat.
Org.
(g/dm
3)
Sim
b.
Prof.
(cm)
Arei
a
Tota
l
g/Kg
Arei
a
Gros
sa
>0,2
5m
m
Arei
a
Méd
ia
0,25
–
0,10
mm
Arei
a
Fina
0,10
–
0,05
mm
Areia
muito
fina
Silte
0,05 –
0,002
mm
Argila
>
0,002
mm
H2
O
CaCl
2
A1 20 946,45 1,79
172,93
605,20
166,53 5,30 48,25
4,7
0
3,90 8,00
Ac 20/3
5
947,14 1,27
168,91
609,05 167,91 6,52 46,34
5,0
0
4,10 5,00
C1 35/6
8
943,96 3,96
171,54
600,81 167,65 8,91 47,13
4,9
0
4,10 3,00
C2 68/1
30
5,1
0
4,20 3,00
C3 130/
155
932,30 2,75
183,10
577,29 169,16 12,32 55,38
5,1
0
4,20 2,00
Bases Trocáveis
Soma
de
Bases
(S)
(cmol
c/
dm3)
Acidez
Extraível
(cmolc/dm
3)
CTC
(cm
olc/
dm3
)
SAT.p
or
bases
(V%)
=
100xS
/T
Saturação (%) por
SAT.Al
M%=A
l+
(Al+S)
x100 P
mg
/dm
3
K+1
mg
/dm
3
Ca+
2
(cm
olc
/dm
3)
Mg+
2
(cm
olc/d
m3)
H+1
Al
+3
Ca
Mg
K
H
2,60 15,0
0
0,20 0,11 0,40 2,07 0,6
8
3,10 11,30 6,5
0
3,5
0
1,3
0
66,
80
66,00
1,60 6,00 0,18 0,12 0,30 1,19 0,3
1
1,80 17,60 9,9
0
6,6
0
1,1
0
65,
40
49,20
1,20 4,00 0,16 0,11 0,30 0,94 0,3
1
1,50 18,30 10,
40
7,2
0
0,7
0
61,
40
52,50
1,00 2,00 0,13 0,12 0,30 0,75 0,2
5
1,30 20,60 10,
30
9,5
0
0,8
0
59,
60
49,00
0,90 2,00 0,15 0,09 0,30 0,63 0,2
5
1,10 22,10 13,
20
8,0
0
0,9
0
55,
80
50,00
101
DESCRIÇÃO DO PERFIL Nº 02 Data: Novembro/2013
Classificação: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico Típico
Localização do perfil: Estrada para o distrito de Agua Fria
Coordenada: 15º 15’ 14,6” S / 55º 44’ 22,8”W
Altitude: 419 metros;
Situação (topo);
Declividade (2%)
Cobertura vegetal sobre o perfil (Cerrado)
Litologia: Formação Bauru Pedregosidade: Não pedregoso
Rochosidade: Não rochoso
Drenagem: Fortemente drenado
Relevo Local: Plana
Relevo regional: Plano e Suave Ondulado
Erosão: Não aparente
Vegetação Primária: Cerrado
Uso Atual: Pastagem braquiária
Clima: Tropical
Descrição Morfológica
A – 00-17 cm; Bruno-avermelhado escuro (5YR 3/3); Areia; Muito Friável; Não plástico e
Não pegajoso; Moderada em blocos pequenos e granular muito pequenos, Muitas raízes
finas e comuns de 1-2 cm.
AC – 17-34 cm; Bruno-avermelhado escuro (5YR 3/4); Areia; Muito Friável; Não plástico e
Não pegajoso; Fraca e moderada em blocos sub angulares; transição plana e clara; raízes
Comuns finas e poucas de 1,5 -2 cm.
CA – 34-57 cm; Bruno-avermelhado (5YR 4/5); Areia; Muito Friável; Não plástico e Não
pegajoso; Fraca muito pequena e pequena em blocos sub angulares; transição plana e clara;
Poucas raízes de 2 mm a 0,5 cm.
C1 – 57-108 cm; Vermelho-amarelado (4YR 4/6); Areia; Muito Friável; Não plástico e Não
pegajoso; Fraca muito pequena e pequena em blocos sub angulares; transição gradual e
plana; Poucas raízes finas e raras de 0,5 a 1 cm.
C2 – 108 – 140 cm+; Vermelho (2,5YR 4/8); Areia Franca; Muito Friável; Não plástico e
Não pegajoso; Fraca muito pequena e pequena em blocos sub angulares; transição plana e
difusa; Raras raízes finas e raras de 0,5 a 1 cm.
Obs: Fragmentos de carvão nos Horizontes A1 e AB; Presença de sementes arredondadas
no Horizonte A1 de 1-2 cm de diâmetro; Presença de serrapilheira de mais ou menos 2 cm;
Presença de crotovinas de 1-2 cm de diâmetro; Muitos poros muito pequenos e pequenos
em todo perfil.
102
Resultados analíticos
Horizontes Granulometria da Terra Fina (g.kg-1)
Silte/
Argila
pH (1: 2,5)
Mat.
Org.
(g/dm
3)
Sim
b.
Prof.
(cm)
Arei
a
Tota
l
g/Kg
Arei
a
Gros
sa
>0,2
5m
m
Arei
a
Méd
ia
0,25
–
0,10
mm
Arei
a
Fina
0,10
–
0,05
mm
Areia
muito
fina
Silte
0,05 –
0,002
mm
Argila
>
0,002
mm
H2
O
CaCl
2
A 17 914,65 4,39
216,06
577,41 116,80 9,18 76,16
5,1
0
3,90 21,00
AC 17/3
4
904,42 4,82
223,54
533,67 142,39 7,84 87,74
5,0
0
3,90 8,00
CA 35/5
7
5,0
0
4,00 6,00
C1 57/1
08
870,29 4,57
188,27
524,25 153,20 49,90 79,81
5,1
0
4,00 3,00
C2 108/
140
856,25 4,98
193,14
499,03 159,10 5,66 138,09
5,2
0
4,10 3,00
Bases Trocáveis
Soma
de
Bases
(S)
(cmol
c/
dm3)
Acidez
Extraível
(cmolc/dm
3)
CTC
(cm
olc/
dm3
)
SAT.p
or
bases
(V%)
=
100xS
/T
Saturação (%) por
SAT.Al
M%=Al
+
(Al+S)x
100 P
mg
/dm
3
K+1
mg
/dm
3
Ca+
2
(cm
olc
/dm
3)
Mg+
2
(cm
olc/d
m3)
H+1
Al
+3
Ca
Mg
K
H
2,1
0
21,0
0
0,46 0,21 0,70 3,06 0,6
9
4,50 16,10 10,
30
4,7
0
1,1
0
68,
50
48,90
1,2
0
8,00 0,15 0,20 0,40 1,56 0,4
4
2,40 15,60 6,4
0
8,4
0
0,8
0
65,
80
54,30
0,9
0
4,00 0,17 0,19 0,40 1,05 0,4
5
1,90 19,80 9,1
0
10,
20
0,5
0
56,
10
54,90
0,8
0
2,00 0,19 0,17 0,40 0,81 0,4
4
1,60 22,80 11,
70
10,
50
0,6
0
50,
00
54,30
1,0
0
2,00 0,18 0,16 0,40 1,19 0,3
1
1,90 18,90 9,8
0
8,6
0
0,5
0
64,
30
47,00
103
DESCRIÇÃO DO PERFIL Nº 03 Data: Novembro/2013 Classificação: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico Típico
Localização do perfil: Estrada de Chapada dos Guimarães em direção à Comunidade
Cachoeira Rica. Fazenda Fecho do Morro.
Coordenada: 15º 22’ 34,5” / 55º 37’ 02,5”W
Altitude 480 metros
Situação (topo);
Declividade (3%)
Cobertura vegetal sobre o perfil (Cerrado)
Litologia: Formação Botucatu
Pedregosidade: Não pedregoso
Rochosidade: Não rochoso
Drenagem: Muito bem drenado
Relevo Local: Plano
Relevo regional: Plano e Suave Ondulado
Erosão: Não aparente
Vegetação Primária: Cerrado baixo de 2-3 metros com algumas espécies mais altas como
Jacarandá. Ocorrência de pata de vaca, cascudo , algodãozinho, marmelada, mangaba
brava,quebra laço, pequizeiro, mirindiba, barbatimão, carobinha, canela de ema, araticum
entre outras.
Uso Atual: Plantio de eucalipto
Clima: Tropical
Descrição Morfológica
A1- 00-24 cm; Bruno-avermelhado-escuro (5YR 3/2); Areia; Muito Friável; Não plástico e
Não pegajoso; Fraca pequena Blocos sub angulares, transição plana, raízes muitas finas
com 2 – 3 mm e poucas com 0,5 a 1 cm.
A2 – 00-56 cm; Bruno-avermelhado-escuro (5YR 3/2,5); Areia; Muito Friável; Não
plástico e Não pegajoso; Fraca pequena Blocos sub angulares, transição plana; transição
plana e clara; raízes Comuns finas de 1 - 3mm e poucas de 1 a 3 cm.
AC – 56-90 cm; Bruno-avermelhado-escuro (5YR 3/3); Areia; Muito Friável; Não plástico
e Não pegajoso; Fraca pequena Blocos sub angulares, transição plana e clara, raízes comuns
finas de 1 – 3 mm e poucas de 1 a 3 cm.
C1 – 90-118 cm; Bruno-avermelhado (5YR 4/4); Areia; Muito Friável; Não plástico e Não
pegajoso; Fraca pequena Blocos sub angulares, transição plana e gradual, raízes Poucas
raízes finas de 1 mm e 2 a 3 mm.
C2 – 118-150 cm; Vermelho-amarelado. (5YR 4/6); Areia; Muito Friável; Não plástico e
Não pegajoso; Fraca pequena Blocos sub angulares; transição plana e difusa; raízes Raras
com 1 - 2 mm e raras grossas com 2 a 3 cm.
Poros: Muitos poros muito pequenos e pequenos em todo perfil
OBS: Bolsões de 4 cm com cupins a 50 cm de profundidade e atividade de formigas a
1,5metros.
Laminas de 3- 5mm com concentração de matéria orgânica a 50 cm
104
Resultados analíticos
Horizontes Granulometria da Terra Fina (g.kg-1)
Silte/
Argila
pH (1: 2,5)
Mat.
Org.
(g/dm
3)
Sim
b.
Prof.
(cm)
Arei
a
Tota
l
g/Kg
Arei
a
Gros
sa
>0,2
5m
m
Arei
a
Méd
ia
0,25
–
0,10
mm
Arei
a
Fina
0,10
–
0,05
mm
Areia
muito
fina
Silte
0,05 –
0,002
mm
Argila
>
0,002
mm
H2
O
CaCl
2
A1 24 964,32 9,02
454,93
338,86 161,51 8,97 26,70
5,2
0
3,80 11,00
A2 24/5
6
962,93 9,30
456,43
316,74 180,45 9,57 27,50
5,2
0
4,00 7,00
AC 56/9
0
960,65 8,46
449,24
331,71 171,25 12,45 26,90
5,1
0
4,20 7,00
C1 90/1
18
934,19 8,54
421,16
329,60 174,90 22,98 42,83
5,1
0
4,30 3,00
C2 118/
150
972,66
10,65
487,66
326,04 148,31 3,49 23,85
5,2
0
4,40 3,00
Bases Trocáveis
Soma
de
Bases
(S)
(cmol
c/
dm3)
Acidez
Extraível
(cmolc/dm
3)
CTC
(cm
olc/
dm3
)
SAT.p
or
bases
(V%)
=
100xS
/T
Saturação (%) por
SAT.Al
M%=Al
+
(Al+S)x
100 P
mg
/dm
3
K+1
mg
/dm
3
Ca+
2
(cm
olc
/dm
3)
Mg+
2
(cm
olc/d
m3)
H+1
Al
+3
Ca
Mg
K
H
1,7
0
8,00 0,19 0,16 0,40 1,50 0,5
0
2,40 15,60 8,0
0
6,8
0
0,8
0
63,
30
57,50
1,3
0
6,00 0,20 0,16 0,40 0,87 0,3
8
1,60 23,30 12,
30
9,8
0
1,2
0
53,
40
50,00
0,9
0
2,00 0,17 0,13 0,30 1,44 0,3
1
2,10 15,00 8,2
0
6,3
0
0,5
0
70,
00
50,00
0,8
0
2,00 0,17 0,15 0,30 1,00 0,2
5
1,60 20,90 10,
80
9,5
0
0,6
0
63,
30
43,10
0,8
0
4,00 0,20 0,16 0,40 0,81 0,1
9
1,40 27,00 14,
60
11,
70
0,7
0
59,
10
33,90
105
DESCRIÇÃO DO PERFIL Nº 04 Data: Novembro/2013 Classificação: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico Latossólico
Localização do perfil: Lindeiro à estrada aproximadamente 3 Km após a comunidade
Cachoeira Rica
Coordenada: 15º 15’ 59,4”S / 55º 34’ 14,5”W
Altitude 401 metros
Situação (topo);
Declividade (2%)
Cobertura vegetal sobre o perfil (Cerrado)
Litologia: Formação Bauru
Pedregosidade: Não pedregoso
Rochosidade: Não rochoso
Drenagem: Muito bem drenado
Relevo Local: Plano
Relevo regional: Plano e Suave Ondulado
Erosão: Não aparente
Vegetação Primária: Cerradão
Uso Atual:
Clima: Tropical
Descrição Morfológica
A- 00-22 cm; Bruno-avermelhado-escuro (5YRm3/4); Areia Franca; Muito Friável; Não
Plástico e Não pegajoso; Fraca muito pequena e pequena blocos sub angulares; Muitas
raízes finas 1-3 mm e Poucas 0,5-1cm.
AC- 22-44 cm; Bruno-avermelhado-escuro (5YRm3/4); Areia Franca; Muito Friável; Não
Plástico e Não pegajoso; Fraca muito pequena e pequena blocos sub angulares; transição
Clara e Plana; raízes comuns finas 1-3 mm e poucas de 0,5 – 1cm.
CA- 44-72 cm; Bruno-avermelhado (5YRm4/4); Areia Franca; Muito Friável; Não Plástico
e Não pegajoso; Fraca muito pequena e pequena blocos sub angulares; transição Gradual e
Plana; raízes raras raízes finas 1-3mm e raras 0,5- 1cm.
C1- 72-103 cm; Vermelho-escuro (2,5YRm3/6); Areia Franca; Muito Friável; Não Plástico
e Não pegajoso; Fraca muito pequena e pequena blocos sub angulares; transição Difusa e
Plana; raízes raras finas.
C2- 113-150 cm+; Vermelho (2,5YRm4/6); Areia Franca; Muito Friável; Não Plástico e
Não pegajoso; Fraca muito pequena e pequena blocos sub angulares; transição Difusa e
Plana; raízes raras finas 1-2mm decrescendo até 1,50m.
Poros: Muitos poros muito pequenos e pequenos ao longo de todo perfil.
Obs: Poucos fragmentos de carvão nos horizontes A1 e AB. Atividade biológica – larvas de
insetos – nos Horizontes A1 e AB.
106
Resultados analíticos
Horizontes Granulometria da Terra Fina (g.kg-1)
Silte/
Argila
pH (1: 2,5)
Mat.
Org.
(g/dm
3)
Sim
b.
Prof.
(cm)
Arei
a
Tota
l
g/Kg
Arei
a
Gros
sa
>0,2
5m
m
Arei
a
Méd
ia
0,25
–
0,10
mm
Arei
a
Fina
0,10
–
0,05
mm
Areia
muito
fina
Silte
0,05 –
0,002
mm
Argila
>
0,002
mm
H2
O
CaCl
2
A1 22 888,35 7,87
273,56
452,19 154,74 10,20 101,45
5,0
0
3,90 12,00
AC 22/4
4
874,68 5,48
262,95
455,90 150,36 11,41 113,91
5,2
0
4,00 6,00
CA 44/7
2
864,04 5,24
247,48
416,73 194,59 5,73 130,22
5,3
0
4,00 5,00
C1 72/1
13
855,44 8,31
264,15
428,87 154,12 14,99 129,57
5,3
0
4,00 3,00
C2 113/
150
849,17 6,85
251,75
427,69 162,88 17,93 132,91
5,3
0
4,00 2,00
Bases Trocáveis
Soma
de
Bases
(S)
(cmol
c/
dm3)
Acidez
Extraível
(cmolc/dm
3)
CTC
(cm
olc/
dm3
)
SAT.p
or
bases
(V%)
=
100xS
/T
Saturação (%) por
SAT.Al
M%=Al
+
(Al+S)x
100 P
mg
/dm
3
K+1
mg
/dm
3
Ca+
2
(cm
olc
/dm
3)
Mg+
2
(cm
olc/d
m3)
H+1
Al
+3
Ca
Mg
K
H
1,3
0
27,0
0
0,27 0,24 0,60 2,37 0,6
3
3,60 16,20 7,5
0
6,7
0
2,0
0
66,
20
52,10
0,9
0
15,0
0
0,18 0,24 0,50 1,62 0,6
3
2,70 17,00 6,6
0
8,9
0
1,5
0
59,
80
57,80
0,7
0
23,0
0
0,21 0,20 0,50 0,56 0,6
9
1,70 27,30 12,
20
11,
60
3,5
0
32,
60
59,50
0,7
0
15,0
0
0,15 0,17 0,40 0,81 0,6
9
1,90 19,40 8,1
0
9,1
0
2,2
0
43
50
65,70
0,7
0
8,00 0,16 0,19 0,40 0,50 0,6
3
1,50 24,70 10,
70
12,
70
1,3
0
33,
30
63,00
107
DESCRIÇÃO DO PERFIL Nº 05 Data: Novembro/2013 Classificação: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico Latossólico
Localização do perfil: Fazenda Castellana
Coordenada: 15º 09’ 55,5” S , 55º 32’ 0,2 “W
Altitude: 374 m
Situação (topo);
Declividade (2%)
Cobertura vegetal sobre o perfil (Cerrado)
Litologia: Formação Bauru Pedregosidade: Não pedregoso
Rochosidade: Não rochoso
Drenagem: Bem drenado
Relevo Local: Plano
Relevo regional: Plano a Suave Ondulado
Erosão: Não aparente
Vegetação Primária: Cerrado
Uso Atual: Pastagem
Clima: Tropical
Descrição Morfológica
A1- 00-20 cm; Bruno-avermelhado-escuro (5YR 3/6); Areia; Muito Friável; Não plástico e
Não pegajoso; Fraca muito pequena e pequena Blocos sub angulares, transição plana e
clara, Raízes poucas, fina (2-3 mm).
AC - 20-44 cm; Bruno-avermelhado-escuro (5YR 3/4); Areia; Muito Friável; Não plástico
e Não pegajoso; Fraca muito pequena e pequena Blocos sub angulares, transição plana e
gradual, raízes poucas, finas (2-3 mm).
CA- 44-65 cm; Vermelho-amarelado (5YR 4/6); Areia Franca; Muito Friável; Não plástico
e Não pegajoso; fraca muito pequena blocos subangulares, transição plana e difusa, raízes
poucas, finas (2-3 mm).
C1- 65-98 cm; Vermelho-amarelado (5YR 4/8); Areia Franca; Muito Friável; Não plástico
e Não pegajoso; fraca muito pequena blocos subangulares, transição plana e difusa, raízes
raras e finas.
C2- 130-155 cm; Vermelho-escuro (2,5YR 3/8); Areia Franca; Muito Friável; Não plástico
e Não pegajoso; Fraca muito pequena e pequena Blocos sub angulares, raízes raras e finas.
OBS: Carvão pouco no A, raros no AB, BW1 e topo do BW2. Atividade biotropica no
horizonte A e AB (formigas) e centopeias no A. Presença de 2 bolsões no BW1 (10 x 12 cm
e 4 x 4 cm) produzidos por atividade biológica.
108
Resultados analíticos
Horizontes Granulometria da Terra Fina (g.kg-1)
Silte/
Argila
pH (1: 2,5)
Mat.
Org.
(g/dm
3)
Sim
b.
Prof.
(cm)
Arei
a
Tota
l
g/Kg
Arei
a
Gros
sa
>0,2
5m
m
Arei
a
Méd
ia
0,25
–
0,10
mm
Arei
a
Fina
0,10
–
0,05
mm
Areia
muito
fina
Silte
0,05 –
0,002
mm
Argila
>
0,002
mm
H2
O
CaCl
2
A 20 889,10
94,96
412,84
270,90 110,40 13,85 97,05
5,1
0
4,40 13,00
AC 20/4
4
890,30
74,64
385,09
301,15 129,42 20,18 89,52
4,8
0
4,00 5,00
CA 44/6
5 4,7
0
3,90 3,00
C1 65/9
8
851,23
73,14
342,30
278,01 157,78 16,87 131,90
4,9
0
4,00 2,00
C2 98/1
20
867,12
84,55
375,38
273,89 133,30 19,07 113,81
5,0
0
4,00 2,00
Bases Trocáveis
Soma
de
Bases
(S)
(cmol
c/
dm3)
Acidez
Extraível
(cmolc/dm
3)
CTC
(cm
olc/
dm3
)
SAT.p
or
bases
(V%)
=
100xS
/T
Saturação (%) por
SAT.Al
M%=Al
+
(Al+S)x
100 P
mg
/dm
3
K+1
mg
/dm
3
Ca+
2
(cm
olc
/dm
3)
Mg+
2
(cm
olc/d
m3)
H+1
Al
+3
Ca
Mg
K
H
2,2
0
34,0
0
0,89 0,44 1,40 1,75 0,2
5
3,40 41,50 26,
00
12,
90
2,6
0
51,
20
15,00
1,5
0
15,0
0
0,32 0,24 0,60 1,50 0,7
5
2,90 21,10 11,
30
8,4
0
1,4
0
52,
60
55,60
1,2
0
11,0
0
0,29 0,19 0,50 0,94 0,9
4
2,40 21,30 12,
10
7,9
0
1,3
0
39,
40
64,80
1,2
0
11,0
0
0,25 0,20 0,50 0,00 1,2
5
1,70 27,70 14,
40
11,
60
1,7
0
0,0
0
72,30
1,0
0
8,00 0,26 0,23 0,50 0,81 1,1
9
2,50 20,30 10,
30
11,
60
0,8
0
32,
30
70,00
109
DESCRIÇÃO DO PERFIL Nº 06 Data: Novembro/2013
Classificação: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico Típico
Localização do perfil: Estrada para a comunidade Cachoeira Rica em frente à Fazenda
Inverdada da fauna
Coordenada: 15º 14’ 24,2”S / 55º 32’ 48,1” W
Altitude 426 metros
Situação (topo);
Declividade (2%)
Cobertura vegetal sobre o perfil (Cerrado)
Litologia: Formação Bauru Pedregosidade: Não pedregoso
Rochosidade: Não rochoso
Drenagem: Fortemente drenado
Relevo Local: Plano
Relevo regional: Plano e Suave Ondulado
Erosão: Não aparente
Vegetação Primária: Cerrado
Uso Atual: Conservação da Fauna e Flora
Clima: Tropical
Descrição Morfológica
A1- 00-20 cm; Vermelho-escuro (5YR 3/6); Areia; Muito Friável; Não plástico e Não
pegajoso; Fraca muito pequena e pequena blocos sub angulares, Pouca muito pequena e
pequena granular; Muitas raízes finas 1-3 mm e poucas grossas 2-3 cm.
AC- 20-43 cm; Vermelho (5YR 4/8); Areia; Muito Friável; Não plástico e Não pegajoso;
Fraca muito pequena e pequena blocos sub angulares; transição Clara e Plana; Raízes
comuns finas 1-3 mm e Poucas grossas 2-3 cm.
CA- 43-80 cm; Vermelho-escuro (2.5YR 3/8); Areia; Muito Friável; Não plástico e Não
pegajoso; Fraca muito pequena blocos sub angulares; transição Gradual e Plana; raízes
comuns finas 1-3 mm e Raras grossas 3-4 cm.
C1- 80-118 cm; Vermelho-escuro (2.5YR 3/7); Areia; Muito Friável; Não plástico e Não
pegajoso; Fraca muito pequena blocos sub angulares; transição Difusa e Plana; raízes
comuns finas 1-3 mm e raras 2 cm.
C2- 118-150 cm+; Vermelho (2.5YR 4/8); Areia; Muito Friável; Não plástico e Não
pegajoso; Fraca muito pequena blocos sub angulares; transição Difusa e Plana; raízes raras
finas 1-3 mm e Raras 0,5 – 4 cm.
Poros: Muitos poros muito pequenos e pequenos ao longo do perfil
OBS: Fragmentos de carvão comuns nos horizontes A; AC e CA. Atividade biológica por
ação de formigas nos horizontes A; AC; e CA
110
Resultados analíticos
Horizontes Granulometria da Terra Fina (g.kg-1)
Silte/
Argila
pH (1: 2,5)
Mat.
Org.
(g/dm
3)
Sim
b.
Prof.
(cm)
Arei
a
Tota
l
g/Kg
Arei
a
Gros
sa
>0,2
5m
m
Arei
a
Méd
ia
0,25
–
0,10
mm
Arei
a
Fina
0,10
–
0,05
mm
Areia
muito
fina
Silte
0,05 –
0,002
mm
Argila
>
0,002
mm
H2
O
CaCl
2
A 20 936,79
12,89
179,21
419,08 325,61 3,67 59,54
5,2
0
4,10 15,00
AC 20/4
3
922,07
15,01
195,16
379,28 332,62 6,97 70,96
5,1
0
4,10 9,00
CA 43/8
0
894,88
11,82
176,93
377,73 328,41 29,07 86,04
5,3
0
4,10 6,00
C1 80/1
18
903,63
13,97
180,80
383,66 325,20 11,70 84,67
5,1
0
4,00 2,00
C2 118/
150
914,52
14,03
201,27
413,77 285,45 16,81 68,67
5,2
0
4,10 2,00
Bases Trocáveis
Soma
de
Bases
(S)
(cmol
c/
dm3)
Acidez
Extraível
(cmolc/dm
3)
CTC
(cm
olc/
dm3
)
SAT.p
or
bases
(V%)
=
100xS
/T
Saturação (%) por
SAT.Al
M%=Al
+
(Al+S)x
100 P
mg
/dm
3
K+1
mg
/dm
3
Ca+
2
(cm
olc
/dm
3)
Mg+
2
(cm
olc/d
m3)
H+1
Al
+3
Ca
Mg
K
H
2,4
0
55,0
0
0,29 0,30 0,70 2,63 0,5
0
3,90 18,90 7,5
0
7,8
0
3,6
0
68,
10
40,70
1,7
0
34,0
0
0,23 0,23 0,60 1,69 0,5
6
2,80 19,60 8,2
0
8,2
0
3,2
0
60,
40
50,50
1,1
0
19,0
0
0,17 0,22 0,40 1,37 0,6
3
2,40 18,00 7,0
0
9,0
0
2,0
0
56,
20
58,90
1,0
0
11,0
0
0,20 0,19 0,40 0,31 0,6
9
1,40 29,60 14,
10
13,
40
2,1
0
21,
80
62,20
1,0
0
11,0
0
0,18 0,16 0,40 0,25 0,6
3
1,30 29,60 14,
40
12,
80
2,4
0
20,
00
63,00
111
DESCRIÇÃO DO PERFIL Nº 07 Data: Novembro/2013
Classificação: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico Típico
Localização do perfil:
Coordenada: 15º 07’ 41,3”S , 55º 25’ 17,5”W
Altitude: 363 m
Situação (topo);
Declividade (2%)
Cobertura vegetal sobre o perfil (Cerrado)
Litologia: Formação Bauru Pedregosidade: Não pedregoso
Rochosidade: Não rochoso
Drenagem: Fortemente drenado
Relevo Local: Plano
Relevo regional: Plano e Suave Ondulado
Erosão: Não aparente
Vegetação Primária: Cerrado
Uso Atual: Pastagem
Clima: Tropical
Descrição Morfológica
A- 00-16 cm; Vermelho-escuro (2,5YR 3/6); Areia; Muito Friável; Não plástico e Não
pegajoso; Fraca e moderada pequena muito pequenas Blocos sub angulares, transição plana
e clara, muitas raízes finas (2-3 mm) e comuns de 0,5 a 2 cm.
AC - 16-30 cm; Vermelho-escuro (2,5YR 3/6); Areia; Muito Friável; Não plástico e Não
pegajoso; Fraca e moderada pequena muito pequenas Blocos sub angulares, transição plana
e clara, raízes finas comuns de 5 a 10 mm e raras de 1 a 2 cm.
CA- 30-64 cm; Vermelho-escuro (2,5YR 3/7); Areia; Muito Friável; Não plástico e Não
pegajoso; Fraca pequena muito pequenas Blocos sub angulares, transição plana e gradual,
raízes finas comuns de 1 a 3 mm e raras de 0,5 a 3 cm.
C1- 64-113 cm; Vermelho-escuro (2,5YR 3/8); Areia; Muito Friável; Não plástico e Não
pegajoso; Fraca pequena muito pequenas Blocos sub angulares, transição gradual e difusa,
poucas raízes finas 2 a 5 mm e raras de 0,5 a 1 cm.
C2- 113-150+ cm; Vermelho-escuro (2,5YR 3/8); Areia; Muito Friável; Não plástico e Não
pegajoso; Fraca pequena muito pequenas Blocos sub angulares, transição gradual e difusa,
raízes poucas no topo finas 1 a 3 mm e raras de 0,5 a 1 cm.
Poros: Muitos poros muito pequenos e pequenos e poucos médios.
OBS: Presença de Crotovinas no horizonte AB. No horizonte BA presença de cavidade
arredondada (4 x 4 cm) preenchida por material de atividade biotropica.
112
Resultados analíticos
Horizontes Granulometria da Terra Fina (g.kg-1)
Silte/
Argila
pH (1: 2,5)
Mat.
Org.
(g/dm
3)
Sim
b.
Prof.
(cm)
Arei
a
Tota
l
g/Kg
Arei
a
Gros
sa
>0,2
5m
m
Arei
a
Méd
ia
0,25
–
0,10
mm
Arei
a
Fina
0,10
–
0,05
mm
Areia
muito
fina
Silte
0,05 –
0,002
mm
Argila
>
0,002
mm
H2
O
CaCl
2
A 16 917,39
11,68
194,64
464,40 246,66 8,26 64,35
5,3
0
4,10 8,00
AC 16/3
0
944,69 8,46
165,36
487,10 283,78 9,25 46,06
5,3
0
4,10 8,00
CA 30/6
4
923,80 9,96
205,36
469,67 238,81 7,81 68,39
5,3
0
4,10 5,00
C1 64/1
13
898,72
10,67
180,25
451,15 256,65 19,76 81,53
5,1
0
4,10 4,00
C2 113/
150
908,88 8,51
181,93
473,47 244,97 18,10 73,02
5,2
0
4,10 2,00
Bases Trocáveis
Soma
de
Bases
(S)
(cmol
c/
dm3)
Acidez
Extraível
(cmolc/dm
3)
CTC
(cm
olc/
dm3
)
SAT.p
or
bases
(V%)
=
100xS
/T
Saturação (%) por
SAT.Al
M%=Al
+
(Al+S)x
100 P
mg
/dm
3
K+1
mg
/dm
3
Ca+
2
(cm
olc
/dm
3)
Mg+
2
(cm
olc/d
m3)
H+1
Al
+3
Ca
Mg
K
H
1,6
0
13,0
0
0,15 0,14 0,30 1,56 0,4
4
2,30 13,80 6,5
0
6,0
0
1,3
0
67,
20
19,00
1,4
0
8,00 0,16 0,15 0,30 2,12 0,6
3
3,10 10,70 5,2
0
4,9
0
0,6
0
68,
80
20,50
1,2
0
6,00 0,15 0,17 0,30 1,06 0,4
4
1,80 18,50 8,2
0
9,2
0
1,1
0
57,
60
23,90
1,0
0
4,00 0,15 0,17 0,30 0,81 0,4
4
1,60 20,90 9,5
0
10,
80
0,6
0
51,
30
27,80
1,0
0
4,00 0,15 0,18 0,30 0,87 0,3
8
1,60 21,40 9,5
0
11,
30
0,6
0
54,
70
23,90
113
DESCRIÇÃO DO PERFIL Nº 08 Data: Novembro/2013
Classificação: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico Típico
Localização do perfil: Assentamento Jangada Roncador
Coordenada: 15º 07’ 53,3”S, 55º 22’, 39,1”W
Altitude: 392
Situação (topo);
Declividade (2%)
Cobertura vegetal sobre o perfil (Cerrado)
Litologia: Formação Bauru Pedregosidade: Não pedregoso
Rochosidade: Não rochoso
Drenagem: Fortemente drenado
Relevo Local: Plano
Relevo regional: Plano e Suave Ondulado
Erosão: Não aparente
Vegetação Primária: Cerrado
Uso Atual:
Clima: Tropical
Descrição Morfológica
A- 00-17 cm; Bruno-avermelhado-escuro (2,5YR 3/3); Areia; Muito Friável; Não plástico e
Não pegajoso; Fraca e moderada pequena muito pequenas Blocos sub angulares e granular
comuns pequena e muito pequenas, transição plana e clara, muitas raízes finas de 1 a 3 mm
e poucas com 1 a 3 cm.
AC - 17-37 cm; Bruno-avermelhado-escuro (2,5YR 3/4); Areia; Muito Friável; Não
plástico e Não pegajoso; Fraca e moderada pequena muito pequenas Blocos sub angulares,
transição plana e gradual, poucas raízes finas de 1 a 3 mm e poucas de 0,5 a 2 cm.
CA- 37-67 cm; Vermelho-escuro (2,5YR 3/6); Areia; Muito Friável; Não plástico e Não
pegajoso; Fraca e moderada pequena muito pequenas Blocos sub angulares, transição plana
e difusa, poucas raízes finas de 1 a 3 mm e raras de 0,5 a 1 cm.
C1- 67-120 cm; Vermelho-escuro (2,5YR 3/7); Areia; Muito Friável; Não plástico e Não
pegajoso; Fraca e moderada pequena muito pequenas Blocos sub angulares, transição plana
e difusa, poucas raízes finas de 1 a 3 mm e raras de 1 a 2 cm.
C2- 120-150 cm; Vermelho-escuro (2,5YR 3/8); Areia; Muito Friável; Não plástico e Não
pegajoso; Fraca e moderada pequena muito pequenas Blocos sub angulares, poucas raízes
finas de 1 a 3 mm e raras de 0,5 a 1 cm.
Poros: Muitos poros pequenos e muito pequenos e poucos médios.
OBS: Atividade biológica nos horizontes A e AB por insetos e formigas
114
Resultados analíticos
Horizontes Granulometria da Terra Fina (g.kg-1)
Silte/
Argila
pH (1: 2,5)
Mat.
Org.
(g/dm
3)
Sim
b.
Prof.
(cm)
Arei
a
Tota
l
g/Kg
Arei
a
Gros
sa
>0,2
5m
m
Arei
a
Méd
ia
0,25
–
0,10
mm
Arei
a
Fina
0,10
–
0,05
mm
Areia
muito
fina
Silte
0,05 –
0,002
mm
Argila
>
0,002
mm
H2
O
CaCl
2
A1 17 921,10 1,32
87,62
454,30 377,86 6,56 72,34
5,0
0
4,00 12,00
AC 17/3
7 5,1
0
4,00 7,00
CA 37/6
7
906,08 2,61
102,21
441,06 360,20 10,05 83,87
5,1
0
4,00 5,00
C1 67/1
20
896,88 2,98
88,51
431,48 373,90 24,85 78,27
5,1
0
4,00 3,00
C2 120/
150
891,25 2,08
85,58
440,50 363,10 18,40 90,34
5,1
0
4,00 3,00
Bases Trocáveis
Soma
de
Bases
(S)
(cmol
c/
dm3)
Acidez
Extraível
(cmolc/dm
3)
CTC
(cm
olc/
dm3
)
SAT.p
or
bases
(V%)
=
100xS
/T
Saturação (%) por
SAT.Al
M%=Al
+
(Al+S)x
100 P
mg
/dm
3
K+1
mg
/dm
3
Ca+
2
(cm
olc
/dm
3)
Mg+
2
(cm
olc/d
m3)
H+1
Al
+3
Ca
Mg
K
H
2,5
0
27,0
0
0,20 0,19 0,50 2,44 1,0
6
4,00 11,60 5,0
0
4,8
0
1,8
0
61,
60
69,70
1,5
0
19,0
0
0,18 0,20 0,40 2,31 0,9
4
3,70 11,70 4,9
0
5,4
0
1,4
0
62,
80
68,60
1,3
0
13,0
0
0,16 0,16 0,40 1,81 0,6
9
2,90 12,30 5,6
0
5,6
0
1,1
0
63,
50
66,30
0,9
0
13,0
0
0,17 0,20 0,40 0,56 0,9
4
1,90 21,10 9,0
0
10,
50
1,6
0
29,
40
70,10
0,8
0
11,0
0
0,18 0,17 0,40 1,02 0,8
6
2,30 16,80 8,0
0
7,5
0
1,3
0
45,
10
69,40
115
DESCRIÇÃO DO PERFIL Nº 09 Data: Novembro/2013
Classificação: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico Típico
Localização do perfil: Fazenda São Bento, próximo as lago do Manso.
Coordenada: 13º 12’ 12,9”S, 55º 16’ 53,9”W
Altitude: 442 m
Situação (topo);
Declividade (2%)
Cobertura vegetal sobre o perfil (Cerrado)
Litologia: Formação Bauru Pedregosidade: Não pedregoso
Rochosidade: Não rochoso
Drenagem: Fortemente drenado
Relevo Local: Plano
Relevo regional: Plano a Suave Ondulado
Erosão: Não aparente
Vegetação Primária: Cerrado
Uso Atual: Pastagem
Clima: Tropical
Descrição Morfológica
A1- 00-20 cm; Vermelho-escuro (2,5YR 3/6); Areia; Muito Friável; Não plástico e Não
pegajoso; Fraca e moderada pequena muito pequenas Blocos sub angulares, transição plana
e gradual, muitas raízes muito finas com 1 a 3 mm.
AC - 20-40 cm; Vermelho-escuro (2,5YR 3/6); Areia; Muito Friável; Não plástico e Não
pegajoso; Fraca e moderada pequena muito pequenas Blocos sub angulares, transição plana
e clara, raízes comuns muito finas e finas e raras de 0,3 a 1 cm.
CA- 40-70 cm; Vermelho-escuro (2,5YR 3/7); Areia; Muito Friável; Não plástico e Não
pegajoso; Fraca e moderada pequena muito pequenas Blocos sub angulares, transição plana
e clara, raízes poucas e finas e muito finas e raras com 0,3 cm
C1- 70-110 cm; Vermelho-escuro (2,5YR 3/8); Areia Franca; Muito Friável; Não plástico e
Não pegajoso; Fraca e moderada pequena muito pequenas Blocos sub angulares, transição
gradual e difusa, raízes poucas e finas e muito finas e raras com 0,3 cm
C2- 110-150 cm; Vermelho (2,5YR 4/8); Areia; Muito Friável; Não plástico e Não
pegajoso; Fraca e moderada pequena muito pequenas Blocos sub angulares, transição plana
e difusa, raízes raras muito finas e finas e poucas com 0,5 dm.
Poros: muitos poros muito pequenos e pequenos, e pouco no A, AB e BA com 0,5 cm
OBS: Presença de carvão no horizonte A e AB, atividade biológica por cupins e formigas
nos horizontes A, AB e BA.
116
Resultados analíticos
Horizontes Granulometria da Terra Fina (g.kg-1)
Silte/
Argila
pH (1: 2,5)
Mat.
Org.
(g/dm
3)
Sim
b.
Prof.
(cm)
Arei
a
Tota
l
g/Kg
Arei
a
Gros
sa
>0,2
5m
m
Arei
a
Méd
ia
0,25
–
0,10
mm
Arei
a
Fina
0,10
–
0,05
mm
Areia
muito
fina
Silte
0,05 –
0,002
mm
Argila
>
0,002
mm
H2
O
CaCl
2
A1 20 915,41 4,77
207,08
381,87 321,69 4,22 80,37
4,9
0
4,00 14,00
AC 20/4
0
897,78 5,47
213,75
381,97 296,59 11,04 91,18
5,0
0
4,00 7,00
CA 40/7
0
905,48 7,74
218,76
371,28 307,70 11,27 83,25
4,9
0
4,00 5,00
C1 70/1
10
881,37 2,71
211,60
379,24 287,82 14,01 104,62
5,1
0
4,00 4,00
C2 110/
156
883,86
18,95
201,95
378,03 284,94 23,10 93,04
5,1
0
4,10 2,00
Bases Trocáveis
Soma
de
Bases
(S)
(cmol
c/
dm3)
Acidez
Extraível
(cmolc/dm
3)
CTC
(cm
olc/
dm3
)
SAT.p
or
bases
(V%)
=
100xS
/T
Saturação (%) por
SAT.Al
M%=Al
+
(Al+S)x
100 P
mg
/dm
3
K+1
mg
/dm
3
Ca+
2
(cm
olc
/dm
3)
Mg+
2
(cm
olc/d
m3)
H+1
Al
+3
Ca
Mg
K
H
1,8
0
25,0
0
0,25 0,20 0,50 2,81 0,6
9
4,00 12,70 6,2
0
5,0
0
1,5
0
70,
10
57,50
0,8
0
8,00 0,19 0,22 0,40 1,44 0,5
6
2,40 17,70 7,8
0
9,1
0
0,8
0
59,
30
56,60
0,7
0
4,00 0,20 0,17 0,40 1,13 0,7
5
2,30 16,80 8,9
0
7,5
0
0,4
0
50,
00
66,40
0,9
0
4,00 0,18 0,16 0,40 1,37 0,6
3
2,40 14,90 7,7
0
6,8
0
0,4
0
58,
30
64,30
0,5
0
4,00 0,14 0,19 0,30 0,44 0,5
6
1,30 25,40 10,
50
14,
20
0,7
0
32,
80
62,20
117
DESCRIÇÃO DO PERFIL Nº 10 Data: Novembro/2013
Classificação: LATOSSOLO VERMELHO Distrófico Típico
Localização do perfil: Fazenda são Bento
Coordenada: 15º 05’ 41,7”S, 55º 46’ 1,4”
Altitude: 313 m
Situação (topo);
Declividade (2%)
Cobertura vegetal sobre o perfil (Cerrado)
Litologia: Formação Bauru Pedregosidade: Não pedregoso
Rochosidade: Não rochoso
Drenagem: Fortemente drenado
Relevo Local: Plano
Relevo regional: Plano a Suave Ondulado
Erosão: Não aparente
Vegetação Primária: Cerrado
Uso Atual: Pecuária
Clima:
Descrição Morfológica
A- 00-15 cm; Bruno-avermelhado-escuro (2,5YR 3/4); Areia; Muito Friável; Não plástico e
Não pegajoso; Fraca e moderada pequena muito pequenas Blocos sub angulares, transição
plana e clara, muitas raízes muito finas de 1 a 2 mm de diâmetro e raras com 0,5 a 2 cm,
muitos poros pequenos e muito pequenos e poucos médios
AB - 25-34 cm; Bruno-avermelhado-escuro (2,5YR 3/5); Areia; Muito Friável; Não
plástico e Não pegajoso; Fraca e moderada pequena muito pequenas Blocos sub angulares,
transição plana e gradual, raízes comuns de 1 a 2 mm e raras com 3 cm, muitos poros
pequenos e muito pequenos
BW1- 34-75 cm; Vermelho-escuro (2,5YR 3/6); Areia; Muito Friável; Não plástico e Não
pegajoso; Fraca muito pequenas Blocos sub angulares, transição plana e difusa, poucas
raízes finas de 1 a 5 mm, muitos poros pequenos e muito pequenos
BW2- 75-100+ cm; Vermelho-escuro (2,5YR 3/8); Franco Arenoso; Muito Friável; Não
plástico e Não pegajoso; Fraca pequena Blocos sub angulares, raras raízes finas de 1 a 3 cm
no topo do horizonte, muitos poros pequenos e muito pequenos
OBS: Presença de de carvão no horizonte BW1. Atividade biológica no AB (formigas),
raízes em processo de decomposição no BW1.
118
Resultados analíticos
Horizontes Granulometria da Terra Fina (g.kg-1)
Silte/
Argila
pH (1: 2,5)
Mat.
Org.
(g/dm
3)
Sim
b.
Prof.
(cm)
Arei
a
Tota
l
g/Kg
Arei
a
Gros
sa
>0,2
5m
m
Arei
a
Méd
ia
0,25
–
0,10
mm
Arei
a
Fina
0,10
–
0,05
mm
Areia
muito
fina
Silte
0,05 –
0,002
mm
Argila
>
0,002
mm
H2
O
CaCl
2
A1 15 906,85 8,93
132,98
558,61 206,33 6,97 86,18
5,2
0
4,20 10,00
AB 15/3
4
888,71 4,00
140,48
563,70 180,52 14,77 96,52
5,5
0
4,00 7,00
BW
1
34/7
5
852,32 4,32
124,23
525,40 198,37 17,67 130,01
5,4
0
3,90 5,00
BW
2
75/1
00
816,07 3,86
124,22
477,14 210,85 18,18 165,75
5,3
0
3,90 4,00
Bases Trocáveis
Soma
de
Bases
(S)
(cmol
c/
dm3)
Acidez
Extraível
(cmolc/dm
3)
CTC
(cm
olc/
dm3
)
SAT.p
or
bases
(V%)
=
100xS
/T
Saturação (%) por
SAT.Al
M%=Al
+
(Al+S)x
100 P
mg
/dm
3
K+1
mg
/dm
3
Ca+
2
(cm
olc
/dm
3)
Mg+
2
(cm
olc/d
m3)
H+1
Al
+3
Ca
Mg
K
H
1,0
0
48,0
0
0,66 0,41 1,20 2,31 0,1
9
3,70 32,20 17,
80
11,
10
3,3
0
62,
70
13,80
0,9
0
84,0
0
0,32 0,26 0,80 1,56 0,4
4
2,80 28,30 11,
50
9,3
0
7,5
0
55,
90
35,80
0,8
0
65,0
0
0,13 0,21 0,50 0,94 1,0
6
2,50 20,30 5,1
0
8,4
0
6,8
0
37,
50
67,50
0,7
0
29,0
0
0,16 0,18 0,40 0,69 1,1
9
2,30 18,30 7,0
0
7,8
0
3,5
0
30,
00
73,90
119
DESCRIÇÃO DO PERFIL Nº 13 Data: Novembro/2013
Classificação: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico Típico
Localização do perfil:
Coordenada: 15º 04’ 46,1”S, 55º 54’ 28,4”W
Altitude: 444 m
Situação (topo);
Declividade (2%)
Cobertura vegetal sobre o perfil (Cerrado)
Litologia: Formação Bauru Pedregosidade: Não pedregoso
Rochosidade: Não rochoso
Drenagem: Fortemente drenado
Relevo Local: Plano
Relevo regional: Plano a Suave Ondulado
Erosão: Não aparente
Vegetação Primária: Cerrado
Uso Atual: Pastagem
Clima: Tropical
Descrição Morfológica
A1- 00-20 cm; Vermelho-escuro-acinzentado (2,5YR 3/2); Areia; Muito Friável; Não
plástico e Não pegajoso; Fraca pequena muito pequena Blocos sub angulares, transição
plana e clara, raízes abundantes finas e muito finas com 1 mm a 1 mm, poucas médias e
grossas de 0,5 a 3 cm, muitos poros muito pequenos e pequenos e poucos médios.
AC - 20-40 cm; Bruno-avermelhado-escuro (2,5YR 3/4); Areia; Muito Friável; Não
plástico e Não pegajoso; Fraca pequena muito pequena Blocos sub angulares, transição
plana e clara, , raízes abundantes finas e muito finas com 1 mm a 1 mm, poucas médias e
grossas de 0,5 a 3 cm, muitos poros muito pequenos e pequenos e poucos médios.
CA- 40-68 cm; Vermelho-escuro (2,5YR 3/6); Areia; Muito Friável; Não plástico e Não
pegajoso; Fraca pequena muito pequena Blocos sub angulares, transição plana e gradual,
raízes comuns finas e muito finas de até 3 mm e poucas de 0,5 a 2 cm, muitos poros muito
pequenos e pequenos e poucos médios.
C1- 68-103 cm; Vermelho-escuro (2,5YR 3/7); Areia; Muito Friável; Não plástico e Não
pegajoso; Fraca pequena muito pequena Blocos sub angulares, transição plana e difusa,
raízes poucas muito finas e finas de 1 a 3 mm e raras de 0,5 cm, muitos poros muito
pequenos e pequenos.
C2- 103-150 cm; Vermelho-escuro (2,5YR 3/8); Areia; Muito Friável; Não plástico e Não
pegajoso; Fraca pequena muito pequena Blocos sub angulares, raízes poucas muito finas e
finas de 1 a 3 mm e raras de 0,5 cm, muitos poros muito pequenos e pequenos.
OBS: Presença de carvão nos horizonte A, AC e CA e atividade biológica produzida por
cupins nos horizontes A e AC.
120
Resultados analíticos
Horizontes Granulometria da Terra Fina (g.kg-1)
Silte/
Argila
pH (1: 2,5)
Mat.
Org.
(g/dm
3)
Sim
b.
Prof.
(cm)
Arei
a
Tota
l
g/Kg
Arei
a
Gros
sa
>0,2
5m
m
Arei
a
Méd
ia
0,25
–
0,10
mm
Arei
a
Fina
0,10
–
0,05
mm
Areia
muito
fina
Silte
0,05 –
0,002
mm
Argila
>
0,002
mm
H2
O
CaCl
2
A 20 910,71 8,30
212,95
354,07 335,39 22,25 67,04
4,9
0
4,00 13,00
AC 20/4
0
918,34 9,42
279,39
314,57 314,95 13,10 68,55
5,2
0
4,20 8,00
CA 40/6
8
912,14
12,16
266,97
340,30 292,72 14,47 73,38
5,2
0
4,30 4,00
C1 68/1
03
920,30
11,63
248,77
337,69 322,20 16,68 63,03
5,2
0
4,30 2,00
C2 103/
150
922,81
13,05
290,05
347,57 272,13 12,47 64,72
5,1
0
4,20 0,00
Bases Trocáveis
Soma
de
Bases
(S)
(cmol
c/
dm3)
Acidez
Extraível
(cmolc/dm
3)
CTC
(cm
olc/
dm3
)
SAT.p
or
bases
(V%)
=
100xS
/T
Saturação (%) por
SAT.Al
M%=Al
+
(Al+S)x
100 P
mg
/dm
3
K+1
mg
/dm
3
Ca+
2
(cm
olc
/dm
3)
Mg+
2
(cm
olc/d
m3)
H+1
Al
+3
Ca
Mg
K
H
1,6
0
15,0
0
0,19 0,22 0,50 2,19 0,5
6
3,20 14,10 5,9
0
6,9
0
1,3
0
68,
40
55,40
1,1
0
4,00 0,20 0,20 0,40 2,12 0,3
8
2,90 14,10 6,9
0
6,9
0
0,3
0
72,
80
48,10
1,0
0
4,00 0,15 0,14 0,30 1,50 0,3
8
2,20 13,80 6,9
0
6,4
0
0,5
0
68,
80
52,90
0,9
0
2,00 0,15 0,13 0,30 0,94 0,3
1
1,50 18,80 9,8
0
8,4
0
0,6
0
61,
10
51,70
0,7
0
2,00 0,12 0,13 0,30 0,69 0,1
9
1,10 22,80 10,
50
11,
40
0,9
0
60,
50
42,20
121
DESCRIÇÃO DO PERFIL Nº 14
DATA - 05/08/2010
CLASSIFICAÇÃO – NEOSSOLO QUARTZARÊNICO
Órtico típico, textura muito arenosa, A moderado, fase
floresta tropical subcaducifólia. UNIDADE DE MAPEAMENTO – RQo1.
LOCALIZAÇÃO – Área Piloto I. A 10 km de Nova
Marilândia na direção norte, para a BR-364.
Coordenadas: E 505.973,57 e N 8.421.082,43 SITUAÇÃO E DECLIVE – Terço médio superior (divisor
de água) em local com 2-3% de declive sob pastagem ALTITUDE – 362 m.
LITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOLÓGICA – Arenitos.
Formação Utiariti. MATERIAL ORIGINÁRIO – Arenitos.
PEDREGOSIDADE – Não pedregosa. ROCHOSIDADE - Não rochosa. RELEVO LOCAL – PLano.
REGIONAL – Plano e suave ondulado. DRENAGEM – Acentuadamente drenado. EROSÃO – Ligeira. VEGETAÇÃO PRIMÁRIA – Floresta Tropical Subcaducifólia. USO ATUAL –Pastagem.
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA:
Horizontes Características
Ap
0-12 cm; bruno-escuro (7,5YR 3/4, úmido) e bruno (7,5YR 5/2, seca); areia; grãos simples e fraca pequena granular; solta, solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e clara.
CA 12 – 48 cm; bruno-escuro a bruno (7,5YR 4/4, úmido); areia; grãos simples; solta, solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e clara.
C1 48 – 110 cm; bruno-avermelhado (5YR 4/4); areia; grãos simples; solta, solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e gradual.
C2 110 – 150 cm+; vermelho-amarelado (5YR 5/8); areia; grãos simples e fraca pequena granular; macia a ligeiramente dura, muito friável, não plástica e não pegajosa.
Observações: Raízes: Poucas (braquiária) no Ap. Solo com avermelhamento na parte inferior. Material do solo composto de grãos de quartzo na maioria arredondados, com predomínio de areia
grossa. No C2 com textura areia franca, há grãos ferruginizados.
122
PERFIL nº 14
Laboratório: SOLOCRIA
Protocolo no 50.466 a 50.469
Horizontes Frações da Amostra Total (g.kg-1)
Granulometria da Terra Fina (g.kg-1) Grau de Floculação
(%)
Silte Argila
Símb. Profund. (cm)
Calhaus > 20 mm
Cascalhos 20 – 2 mm
T F S A < 2 mm
Areia Grossa
> 0,25mm
Areia Média 0,25 – 0,10 mm
Areia Fina 0,10 – 0,05 mm
Silte 0,05 – 0,002 mm
Argila >
0,002 mm
AP CA C1 C2
0-12 12-48 48-110 110-150
0 0 0 0
0 0 0 0
1000 1000 1000 1000
450 540 480 47
340 20
330 330
130 130 90 90
40 50 50 60
40 40 50 50
1,00 1,25 1,00 1,20
Umidade (g.kg-1) Densidade (Kg.dm-3) Porosidade cm3/100cm3
pH (1: 2,5) C (g.kg-
1)
N
(g.kg- 1 )
MO (g.kg-1)
Relação C/N
0,01 MPa
0,033 MPa
1,5 MPa Solo Partícula H2O KCl
1,40
1,36
2,77
2,80
49
51
4,3 4,6 4,3 4,8
3,8 4,3 4,3 4,3
3,5 1,2 0,6 0,6
6 2 1 1
Bases Trocáveis (cmolc.kg-1) Soma de Bases (S) (cmolc.kg-
1 )
Acidez Extraível
(cmolc/kg-1)
Valor T (cmolc.kg-
1 )
Saturação c/ bases
(V%) 100.S
T
Saturação c/
Alumínio (M%)
100.Al+3 Al+3 + S
Saturação c/
Sódio (Na %)
100.Na T
Equiv. CaCO3 (g.kg-1)
Ca+2 Mg+2 K+1 Na+1 H+1 Al+3
0,2 0,,1 0,1 0,1
0,2 0,1 0,1 0,1
0,03 0,03 0,04 0,01
0,3 0,2 0,2 0,2
1.9 1,6 1,3 1,1
0,6 0,4 0,5 0,4
2,78 2,18 1,99 1,50
10 8 9 10
68 69 72 71
Ataque por H2SO4 (g.kg-1) Relações Moleculares Óxido de
Ferro Livre Fe2O3 (g.kg-1)
P Assimilá
vel (mg/Kg-
1 )
SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO SiO2 Al2O3 (ki)
SiO2 R2O3 (kr)
Al2O3 Fe2O3
3,7 1,8 0,5 0,5
123
DESCRIÇÃO DO PERFIL Nº 15
Número de Campo
DATA - 05/08/2010 CLASSIFICAÇÃO – NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico latossólico, textura arenosa/média, A moderado, fase floresta tropical subcaducifólia. UNIDADE DE MAPEAMENTO – RQo1.
LOCALIZAÇÃO – Área Piloto I. MT-339. A cerca de
30km da BR-364 para Tangará
da Serra. Coordenadas UTM: E 472.403,54 e N 8.414.026,94 SITUAÇÃO E DECLIVE – Terço médio superior (divisor
de água) em local com 3-5% de declive sob pastagem ALTITUDE – 362 m.
LITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOLÓGICA – Arenitos.
Formação Salto das Nuvens. MATERIAL ORIGINÁRIO – Arenitos.
PEDREGOSIDADE – Não pedregosa. ROCHOSIDADE - Não rochosa. RELEVO LOCAL – Suave ondulado. REGIONAL – Plano e suave ondulado. DRENAGEM – Acentuadamente drenado. EROSÃO – Não aparente. VEGETAÇÃO PRIMÁRIA – Floresta Tropical
Subcaducifólia.
USO ATUAL – Pastagem nos arredores.
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA:
Horizontes Características
Ap
0-30cm; bruno avermelhado (5YR 4/4); areia franca; grãos simples; solta a ligeiramente dura, solta a muito friável, não plástica e não pegajosa; transição plana e gradual.
AC 30 - 40cm; vermelho-amarelado (5YR 4/6); areia franca; grãos simples; solta a ligeiramente dura, solta a muito friável, não plástica e não pegajosa; transição plana e gradual.
C1 40 - 85cm; vermelho-amarelado (5YR 4/6); areia franca; grãos simples; solta a ligeiramente dura, solta a muito friável, não plástica e não pegajosa; transição plana e difusa.
C2 85-130; vermelho (2,5YR 4/6); areia franca; grãos simples e fraca pequena granular; ligeiramente dura, muito friável, não plástica e não pegajosa; transição plana e difusa
C3 130-180cm+; vermelho (2,5YR 4/6); areia franca; grãos simples e fraca pequena granular; ligeiramente dura, muito friável, não plástica e não pegajosa.
Observações: Raízes: Poucas e finas (braquiária) no Ap. Solo com avermelhamento gradativo na parte inferior. Material do solo composto de grãos de quartzo heterogêneos em tamanho e formato, com
predomínio dos mais finos e subarredondados.
124
PERFIL nº 15 Laboratório: SOLOCRIA
Protocolo no 50470 – 50474
Horizontes Frações da Amostra Total (g.kg-1)
Granulometria da Terra Fina (g.kg-1) Grau de Floculaç ão
(%)
Silte Argila
Símb. Profund. (cm)
Calhaus > 20 mm
Cascalhos 20 – 2 mm
T F S A < 2 mm
Areia Grossa
> 0,25mm
Areia Média 0,25 – 0,10 mm
Areia Fina 0,10
– 0,05 mm
Silte 0,05 – 0,002 mm
Argila >
0,002 mm
Ap AC C1 C2 C3
0-30 30-40 40-85
85-130 130-180+
0 0 0 0 0
0 0 0 0 0
1000 1000 1000 1000 1000
220 140 110 120 120
590 610 620 600 600
50 100 120 100 90
60 60 50 60 70
80 90
100 120 120
0,75 0,66 0,50 0,50 0,58
Umidade (g.kg-1) Densidade (Kg.dm-
3) Porosidad
e cm3/100c
m3
pH (1: 2,5) C (g.kg-
1) N
(g.kg-1) MO
(g.kg-1) Relação C/N 0,01
MPa 0,033 MPa
1,5 MPa
Solo Partícula H2O KCl
1,32
1,40
2,74
2,53
52
45
4,6 4,6 4,8 4,8 4,8
4,3 4,3 4,3 4,3 4,3
1,2 1,7 1,2 0,6 0,6
2 3 2 1 1
Bases Trocáveis (cmolc.kg-1) Soma de Bases (S) (cmolc.kg-
1 )
Acidez Extraível (cmolc/kg-1)
Valor T (cmolc.kg-
1 )
Saturação c/ bases
(V%) 100.S
T
Saturação c/
Alumínio (M%)
100.Al+3
Al+3 + S
Saturação c/ Sódio (Na %)
100.Na T
Equiv. CaCO3 (g.kg-1) Ca+2 Mg+2 K+1 Na+1 H+1 Al+3
0,1 0,1 0,1 0,1 0,1
0,1 0,1 0,1 0,1 0,1
0,01 0,02 0,01 0,01 0,01
0,2 0,2 0,2 0,2 0,2
2,5 2,2 1,7 1,3 1,1
0,7 0,5 0,5 0,5 0,4
3,36 2,87 2,36 1,96 1,66
5 6 7 8
10
81 75 76 76 71
Ataque por H2SO4 (g.kg-1) Relações Moleculares Óxido de Ferro Livre
Fe2O3 (g.kg-
1)
P Assimilável (mg/Kg-1)
SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO SiO2 Al2O3 (ki)
SiO2 R2O3 (kr)
Al2O3 Fe2O3
0,5 0,3 0,5 0,5 0,5
125
DESCRIÇÃO DO PERFIL Nº 16
DATA - 06/08/2010
CLASSIFICAÇÃO – LATOSSOLO VERMELHO
Distrófico típico, textura arenosa-média/média-arenosa,
A moderado, fase floresta tropical subcaducifólia. UNIDADE DE MAPEAMENTO – LVd1.
LOCALIZAÇÃO – Área Piloto I. MT-480. A cerca de
31km de Tangará da Serra para Deciolândia. Coordenadas UTM: E 439.030,87 e N 8.405.785,89 SITUAÇÃO E DECLIVE – Terço médio de pendente com 3-4% de declive, sob cobertura de floresta. ALTITUDE – 316 m.
LITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOLÓGICA – Arenitos.
Formação Salto das Nuvens. MATERIAL ORIGINÁRIO – Arenitos.
PEDREGOSIDADE – Não pedregosa. ROCHOSIDADE - Não rochosa. RELEVO LOCAL – Suave ondulado. REGIONAL – Plano e suave ondulado. DRENAGEM – Acentuadamente drenado. EROSÃO – Ligeira.
VEGETAÇÃO PRIMÁRIA – Floresta Tropical Subcaducifólia. USO ATUAL – Pastagem de brachiária.
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA:
Horizontes Características
Ap
0-18cm; bruno avermelhado (5YR 4/4); areia franca; grãos simples e fraca pequena granular; macia a ligeiramente dura, muito friável, não plástica e não pegajosa; transição plana e gradual.
BA 18 - 30cm; vermelho (2,5YR 4/6); areia franca; grãos simples e fraca pequena granular; ligeiramente dura, muito friável a friável, não plástica a ligeiramente plástica e não pegajosa a ligeiramente pegajosa; transição plana e gradual.
Bw1 30 - 64cm; vermelho (2,5YR 4/6); areia franca; grãos simples e fraca pequena granular; ligeiramente dura, muito friável, não plástica a ligeiramente plástica e não pegajosa a ligeiramente pegajosa; transição plana e difusa.
Bw2 64-103; vermelho (2,5YR 4/6); areia franca; fraca pequena granular e grãos simples; ligeiramente dura a dura, friável; não plástica a ligeiramente plástica e não pegajosa a ligeiramente pegajosa; transição plana e difusa.
Bw3 103- 140cm+; vermelho (2,5YR 4/8); areia franca/francoarenosa; fraca pequena granular e grãos simples; ligeiramente dura a dura, friável, não plástica a ligeiramente plástica e não pegajosa a ligeiramente pegajosa.
Raízes: Médias poucas e finas comuns no Ap e BA e raras nos demais. Observações: Perfil semelhante ao P-10. A textura do Bw3 está no limite entre areia franca e
francoarenosa.
126
PERFIL nº 16 Laboratório: SOLOCRIA
Protocolo no 50475 – 50479
Horizontes Frações da Amostra Total (g.kg-1)
Granulometria da Terra Fina (g.kg-1) Grau de Floculaç ão
(%)
Silte Argila
Símb. Profund. (cm)
Calhaus > 20 mm
Cascalhos 20 – 2 mm
T F S A < 2 mm
Areia Grossa
> 0,25mm
Areia Média 0,25 – 0,10 mm
Areia Fina
0,10 – 0,05 mm
Silte 0,05 – 0,002 mm
Argila > 0,002
mm
Ap AC Bw1 Bw 2 Bw 3
0-18 18-30 30-64 64-103
103-140+
0 0 0 0 0
0 0 0 0 0
1000 1000 1000 1000 1000
230 240 240 230 230
430 410 410 410 400
200 210 200 180 180
60 50 50 70 70
80 90
100 110 120
0,75 0,55 0,50 0,64 0,58
Umidade (g.kg-1) Densidade (Kg.dm-
3) Porosidad
e cm3/100c
m3
pH (1: 2,5) C
(g.kg-1) N
(g.kg-1) MO
(g.kg-1) Relação C/N 0,01
MPa 0,033 MPa
1,5 MPa
Solo Partícula H2O KCl
1,28
1,38
2,60
2,66
51
48
4,8 4,6 4,9 4,8 4,8
4,0 4,2 4,3 4,2 4,2
10,4 3,5 1,7 1,7 1,2
18 6 3 3 2
Bases Trocáveis (cmolc.kg-1) Soma de Bases (S) (cmolc.kg-
1 )
Acidez Extraível
(cmolc/kg-1)
Valor T (cmolc.kg-
1 )
Saturação c/ bases
(V%) 100.S
T
Saturação c/ Alumínio
(M%) 100.Al+3
Al+3 + S
Saturação c/
Sódio (Na %)
100.Na T
Equiv. CaCO3 (g.kg-1)
Ca+2 Mg+2 K+1 Na+1 H+1 Al+3
0,1 0,1 0,1 0,1 0,1
0,1 0,1 0,1 0,1 0,1
0,05 0,03 0,03 0,02 0,02
0,2 0,2 0,2 0,2 0,2
4,7 2,4 2,6 1,6 1,4
1,3 0,9 0,8 0,8 0,7
6,20 3,48 3,68 2,57 2,27
3 5 5 7 7
87 83 82 82 80
Ataque por H2SO4 (g.kg-1) Relações Moleculares Óxido de
Ferro Livre Fe2O3 (g.kg-1)
P Assimilável (mg/Kg-1) SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5
MnO SiO2 Al2O3 (ki)
SiO2 R2O3
(kr) Al2O3 Fe2O3
1,5 0,8 0,5 1,8 1,2
127
DESCRIÇÃO DO PERFIL Nº 17
DATA - 06/08/2010 CLASSIFICAÇÃO – NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico, textura muito arenosa, A moderado, fase
cerrado tropical subcaducifólio. UNIDADE DE MAPEAMENTO – RQo5.
LOCALIZAÇÃO – Área Piloto I. MT-480. A cerca de
49km de Tangará da Serra para Deciolândia. Coordenadas UTM: E 441.231,23 e N 8.421.373,78 SITUAÇÃO E DECLIVE – Terço médio de pendente com
3-4% de declive, em patamar, sob cobertura de cerrado. ALTITUDE – 540 m.
LITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOLÓGICA – Arenitos.
Formação Utiariti. MATERIAL ORIGINÁRIO – Arenitos.
PEDREGOSIDADE – Não pedregosa. ROCHOSIDADE - Não rochosa. RELEVO LOCAL – Suave ondulado. REGIONAL – Suave ondulado. DRENAGEM – Fortemente drenado. EROSÃO – Moderada a forte. VEGETAÇÃO PRIMÁRIA – Cerrado Tropical Subcaducifólio. USO ATUAL – Sem uso no local.
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA:
Horizontes Características
A
0-22 cm; bruno escuro (10YR 3/3); areia; grãos simples; solta, solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e gradual.
CA 22 – 40 cm; bruno amarelado escuro (10YR 3/6); areia; grãos simples; solta, solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e difusa.
C1 40 – 95 cm; bruno escuro (7,5YR 4/4); areia; grãos simples; solta, solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e difusa.
C2 95-135+ bruno forte (7,5YR 4/6); areia; solta, solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e difusa.
Raízes: Grossas comuns e finas muitas no A. Médias comuns nos demais. Observações: Grãos arredondados e irregulares. É o solo mais arenoso dentre todos.
128
PERFIL nº 17 Laboratório: SOLOCRIA
Protocolo no 50480 – 50483
Horizontes Frações da Amostra Total (g.kg-1)
Granulometria da Terra Fina (g.kg-1)
Grau de Flocul ação
(%)
Silte Argila
Símb. Profund. (cm)
Calhaus > 20 mm
Cascalhos 20 – 2 mm
T F S A < 2 mm
Areia Grossa
> 0,25mm
Areia Média 0,25 – 0,10 mm
Areia Fina
0,10 – 0,05 mm
Silte 0,05 – 0,002 mm
Argila > 0,002
mm
Ap CA C1 C2
0-22 22-40 40-95
95-135+
0 0 0 0
0 0 0 0
1000 1000 1000 1000
450 440 450 420
360 320 350 350
100 140 90
120
40 50 50 50
50 50 60 60
0,80 1,00 0,83 0,83
Umidade (g.kg-1) Densidade (Kg.dm-
3 ) Porosidad
e cm3/100c
m3
pH (1: 2,5) C (g.kg-1)
N (g.kg-1)
MO (g.kg-1)
Relação C/N
0,01 MPa
0,033 MPa
1,5 MPa Solo Partícula H2O KCl
1,42
1,26
2,81
2,82
49
55
4,9 5,1 5,0 5,0
4,2 4,3 4,5 4,5
5,2 3,5 0,6 0,6
9 6 1 1
Bases Trocáveis (cmolc.kg-1) Soma de Bases (S) (cmolc.kg-
1 )
Acidez Extraível
(cmolc/kg-1)
Valor T (cmolc.kg-
1 )
Saturação c/ bases
(V%) 100.S
T
Saturação c/ Alumínio
(M%) 100.Al+3
Al+3 + S
Saturação c/
Sódio (Na %)
100.Na T
Equiv. CaCO3
(g.kg-1)
Ca+2 Mg+2 K+1 Na+1 H+1 Al+3
0,1 0,1 0,1 0,1
0,1 0,1 0,1 0,1
0,02 0,03 0,02 0,01
0,2 0,2 0,2 0,2
2,9 2,0 2,0 1,7
0,6 0,5 0,3 0,3
3,68 3,17 2,47 2,16
5 5 7 7
77 77 64 65
Ataque por H2SO4 (g.kg-1) Relações Moleculares Óxido de
Ferro Livre Fe2O3 (g.kg-1)
P Assimilável (mg/Kg-1) SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5
MnO SiO2 Al2O3 (ki)
SiO2 R2O3
(kr) Al2O3 Fe2O3
2,1 1,5 0,8 0,5
129
DESCRIÇÃO DO PERFIL Nº 18
DATA - 07/08/2010 CLASSIFICAÇÃO – NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico, textura muito arenosa/arenosa-média, A moderado, fase cerrado tropical subcaducifólio. UNIDADE DE MAPEAMENTO – RQo5.
LOCALIZAÇÃO – Área Piloto I. Estrada BR-364 para
Reserva do Cabaçal. Coordenadas UTM:
E 358.762,31 e N 8.380.917,04 SITUAÇÃO E DECLIVE – Terço médio/superior de
pendente com 2-3% de declive, sob cobertura de
cerrado. ALTITUDE – 609 m.
LITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOLÓGICA –Arenitos.
Formação Utiariti. MATERIAL ORIGINÁRIO – Arenitos.
PEDREGOSIDADE – Não pedregosa. ROCHOSIDADE - Não rochosa. RELEVO LOCAL – Suave ondulado. REGIONAL – Plano e suave ondulado. DRENAGEM – Acentuadamente drenado. EROSÃO – Ligeira. VEGETAÇÃO PRIMÁRIA – Cerrado Tropical Subcaducifólio. USO ATUAL – Pastagem de brachiária.
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA:
Horizontes Características
A
0-13 cm; bruno avermelhado escuro (5YR 3/2); areia; grãos simples; solta, solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e gradual.
AC 13 – 35 cm; areia; grãos simples; solta, solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e difusa
C1 35 – 75 cm; areia franca; grãos simples e fraca pequena granular; solta a macia, solta a muito friável, não plástica e não pegajosa; transição plana e difusa
C2 75-95 cm+; vermelho amarelado (5YR 4/6); areia franca; fraca pequena granular e grãos simples; solta a macia, solta a muito friável, não plástica as ligeiramente plástica e não pegajosa a ligeiramente pegajosa.
Raízes: Médias poucas e finas comuns no A e AC; finas e médias raras nos demais. Observações: Solo arenoso em superfície com aumento no teor de argila em subsuperfície.
130
PERFIL nº 18 Laboratório: SOLOCRIA
Protocolo no 50484 – 50487
Horizontes Frações da Amostra Total (g.kg-1)
Granulometria da Terra Fina (g.kg-1) Grau de Floculaç ão
(%)
Silte Argila
Símb. Profund. (cm)
Calhaus > 20 mm
Cascalhos 20 – 2 mm
T F S A < 2 mm
Areia Grossa
> 0,25mm
Areia Média 0,25 – 0,10 mm
Areia Fina
0,10 – 0,05 mm
Silte 0,05 – 0,002 mm
Argila > 0,002
mm
Ap AC C1 C2
0-13 13-35 35-75 75-95
0 0 0 0
0 0 0 0
1000 1000 1000 1000
520 540 500 500
310 300 230 250
90 60
120 100
40 50 60 60
40 50 90 90
1,00 1,00 0,66 0,66
Umidade (g.kg-1) Densidade (Kg.dm-
3 )
Porosidad e
cm3/100c m3
pH (1: 2,5) C (g.kg-1)
N (g.kg-1)
MO (g.kg-1)
Relação C/N
0,01 MPa
0,033 MPa
1,5 MPa
Solo Partícula H2O KCl
1,41
1,40
2,75
2,66
49
47
4,8 5,1 5,1 4,5
4,0 4,2 4,3 4,3
7,0 4,1
12,0 12,0
12 7 2 2
Bases Trocáveis (cmolc.kg-1) Soma de Bases (S) (cmolc.kg-
1 )
Acidez Extraível
(cmolc/kg-1)
Valor T (cmolc.kg-
1 )
Saturação c/ bases
(V%) 100.S
T
Saturação c/ Alumínio
(M%) 100.Al+3
Al+3 + S
Saturação c/
Sódio (Na %)
100.Na T
Equiv. CaCO3 (g.kg-1)
Ca+2 Mg+2 K+1 Na+1 H+1 Al+3
0,1 0,1 0,1 0,1
0,1 0,1 0,1 0,1
0,03 0,03 0,02 0,02
0,2 0,2 0,2 0,2
2,4 1,8 1,9 1,8
0,8 0,5 0,3 0,4
4,38 2,48 2,37 2,37
4,11 7,26 7,17 7,17
81,63 73,53 63,83 70,18
Ataque por H2SO4 (g.kg-1) Relações Moleculares Óxido de Ferro Livre Fe2O3 (g.kg-
1)
P Assimilável (mg/Kg-1)
SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO SiO2 Al2O3 (ki)
SiO2 R2O3
(kr)
Al2O3 Fe2O3
1,8 1,5 1,5 0,3
131
DESCRIÇÃO DO PERFIL Nº 19
DATA - 08/08/2010 CLASSIFICAÇÃO – NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico, textura muito arenosa, A moderado, fase cerrado tropical subcaducifólio. UNIDADE DE MAPEAMENTO – RQo8.
LOCALIZAÇÃO – Área Piloto I. Estrada secundária,
próxima à Reserva do Cabaçal. Coordenadas UTM: E
348.504,35 e N 8.340.036,11 SITUAÇÃO E DECLIVE – Terço inferior de pendente
com 5-6% de declive, em fundo de vale,, sob cobertura
de cerrado. ALTITUDE – 643 m.
LITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOLÓGICA – Arenitos.
Formação Utiariti. MATERIAL ORIGINÁRIO – Arenitos.
PEDREGOSIDADE – Não pedregosa. ROCHOSIDADE - Não rochosa. RELEVO LOCAL – Suave ondulado. REGIONAL – Suave ondulado. DRENAGEM – Fortemente drenado. EROSÃO – Moderada a forte. VEGETAÇÃO PRIMÁRIA – Cerrado Tropical Subcaducifólio. USO ATUAL – Sem uso no local.
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA:
Horizontes Características
A
0-20cm; bruno avermelhado-escuro (5YR 2,5/2); areia; grãos simples; solta, solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e gradual.
CA 20 - 45cm; bruno avermelhado-escuro (5YR 3/2); areia; grãos simples; solta, solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e gradual.
C1 45 - 95cm; areia; grãos simples; solta, solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e difusa.
C2 95-135cm+; bruno avermelhado-escuro (5YR 3/4); areia; grãos simples; solta, solta, não plástica e não pegajosa.
Raízes: Finas comuns e médias poucas no A e CA. Grossas raras no A, CA e C1. Observações: Predomínio de grãos arredondados e irregulares.
132
PERFIL nº 19 Laboratório: SOLOCRIA
Protocolo no 50488 – 50491
Horizontes Frações da Amostra Total (g.kg-1)
Granulometria da Terra Fina (g.kg-1) Grau de Floculaç ão
(%)
Silte Argila
Símb. Profund. (cm)
Calhaus > 20 mm
Cascalhos 20 – 2 mm
T F S A < 2 mm
Areia Grossa
> 0,25mm
Areia Média 0,25 – 0,10 mm
Areia Fina
0,10 – 0,05 mm
Silte 0,05 – 0,002 mm
Argila > 0,002
mm
Ap CA C1 C2
0-20 20-45 45-95
95-105+
0 0 0 0
0 0 0 0
1000 1000 1000 1000
310 330 300 360
510 480 470 440
80 110 100 80
40 40 50 60
40 40 60 60
1,00 1,00 0,83 0,83
Umidade (g.kg-1) Densidade (Kg.dm-
3 )
Porosidad e
cm3/100c m3
pH (1: 2,5) C (g.kg-1)
N (g.kg-1)
MO (g.kg-1)
Relação C/N
0,01 MPa
0,033 MPa
1,5 MPa
Solo Partícula H2O KCl
1,38
1,34
2,76
2,65
50
49
5,1 5,1 4,9 5,0
3,9 4,2 4,4 4,4
7 8,1 4,1 4,1
12 14 7 7
Bases Trocáveis (cmolc.kg-1) Soma de Bases (S) (cmolc.kg-
1 )
Acidez Extraível
(cmolc/kg-1)
Valor T (cmolc.kg-
1 )
Saturação c/ bases
(V%) 100.S
T
Saturação c/ Alumínio
(M%) 100.Al+3
Al+3 + S
Saturação c/
Sódio (Na %)
100.Na T
Equiv. CaCO3 (g.kg-1)
Ca+2 Mg+2 K+1 Na+1 H+1 Al+3
0,1 0,1 0,1 0,1
0,1 0,1 0,1 0,1
0,04 0,04 0,03 0,01
0,2 0,2 0,2 0,2
2,6 4,0 3,2 2,9
0,8 0,7 0,5 0,4
3,59 4,39 3,58 3,27
5,29 4,33 5,03 5,20
80,81 78,65 73,53 70,18
Ataque por H2SO4 (g.kg-1) Relações Moleculares Óxido de Ferro Livre
Fe2O3 (g.kg-1)
P Assimilável (mg/Kg-1)
SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO SiO2 Al2O3 (ki)
SiO2 R2O3
(kr)
Al2O3 Fe2O3
1,8 1,2 1,2 1,5
133
DESCRIÇÃO DO PERFIL Nº 20
DATA - 08/08/2010 CLASSIFICAÇÃO – NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico, textura muito arenosa, A moderado, fase cerrado tropical subcaducifólio. UNIDADE DE MAPEAMENTO – RQo6.
LOCALIZAÇÃO – Área Piloto I. Estrada secundária,
próxima à Reserva do Cabaçal. Coordenadas UTM: E
333.953,97 e N 8.329.014,91
SITUAÇÃO E DECLIVE – Topo de interflúvio com 12%
de declive, sob cobertura de cerrado. ALTITUDE – 510 m.
LITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOLÓGICA – Arenitos.
Formação Utiariti. MATERIAL ORIGINÁRIO – Arenitos.
PEDREGOSIDADE – Não pedregosa. ROCHOSIDADE - Não rochosa. RELEVO LOCAL – Suave ondulado. REGIONAL – Plano e suave ondulado. DRENAGEM – Fortemente drenado. EROSÃO – Ligeira. VEGETAÇÃO PRIMÁRIA – Cerrado Tropical Subcaducifólio. USO ATUAL – Sem uso no local e pastagem nos
arredores.
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA:
Horizontes Características
A
0-16cm; bruno avermelhado-escuro (5YR 2,5/2); areia; grãos simples; solta, solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e gradual.
AC 16 - 32cm; bruno avermelhado-escuro (5YR 3/2); areia; grãos simples; solta, solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e gradual.
CA 32 - 56cm; areia; grãos simples; solta, solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e difusa.
C1 56-90cm; bruno avermelhado-escuro (5YR 3/4); areia; grãos simples; solta, solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e difusa
C2 90-110cm+; bruno avermelhado-escuro (5YR 3/4); areia franca; grãos simples; solta, solta, não plástica e não pegajosa.
Raízes: Finas muitas e médias poucas no A, AC e CA. Poucas nos demais horizontes. Observações: Grãos arredondados e irregulares como o P-27.
134
PERFIL nº 20 Laboratório: SOLOCRIA
Protocolo no 50492 – 50496
Horizontes Frações da Amostra Total (g.kg-1)
Granulometria da Terra Fina (g.kg-1) Grau de Floculaç ão
(%)
Silte Argila
Símb. Profund. (cm)
Calhaus > 20 mm
Cascalhos 20 – 2 mm
T F S A < 2 mm
Areia Grossa
> 0,25mm
Areia Média 0,25 – 0,10 mm
Areia Fina
0,10 – 0,05 mm
Silte 0,05 – 0,002 mm
Argila > 0,002
mm
Ap AC CA C1 C2
0-16 16-32 32-56 56-90
90-110+
0 0 0 0 0
0 0 0 0 0
1000 1000 1000 1000 1000
310 330 330 340 300
480 450 450 440 450
110 120 100 110 100
50 50 60 50 80
50 50 60 60 70
1,00 1,00 1,00 0,83 1,14
Umidade (g.kg-1) Densidade (Kg.dm-
3 )
Porosidad e
cm3/100c m3
pH (1: 2,5) C (g.kg-1)
N (g.kg-1)
MO (g.kg-1)
Relação C/N
0,01 MPa
0,033 MPa
1,5 MPa
Solo Partícula H2O KCl
1,43
1,40
2,60
2,66
45
47
5,2 5,0 5,1 5,0 4,9
4,0 4,1 4,4 4,4 4,4
3,5 3,5 0,6 0,6 0,6
6 6 1 1 1
Bases Trocáveis (cmolc.kg-1) Soma de Bases (S) (cmolc.kg-
1 )
Acidez Extraível
(cmolc/kg-1)
Valor T (cmolc.kg-
1 )
Saturação c/ bases
(V%) 100.S
T
Saturação c/ Alumínio
(M%) 100.Al+3
Al+3 + S
Saturação c/
Sódio (Na %)
100.Na T
Equiv. CaCO3 (g.kg-1)
Ca+2 Mg+2 K+1 Na+1 H+1 Al+3
0,1 0,1 0,1 0,1 0,1
0,1 0,1 0,1 0,1 0,1
0,02 0,03 0,03 0,02 0,01
0,2 0,2 0,2 0,2 0,2
3,3 3,6 2,5 2,3 2,2
0,6 0,5 0,4 0,3 0,3
4,07 4,28 3,08 2,77 2,66
4,18 4,21 5,84 6,14 6,02
77,92 73,53 68,97 63,83 65,22
Ataque por H2SO4 (g.kg-1) Relações Moleculares Óxido de Ferro Livre Fe2O3 (g.kg-
1)
P Assimilável (mg/Kg-1)
SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO SiO2 Al2O3 (ki)
SiO2 R2O3
(kr)
Al2O3 Fe2O3
1,8 2,1 1,5 1,5 1,5
135
DESCRIÇÃO DO PERFIL Nº 21
DATA - 09/08/2010 CLASSIFICAÇÃO – NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico,
textura muito arenosa/arenosa-média, A moderado, fase floresta
tropical subcaducifólia, relevo plano. UNIDADE DE MAPEAMENTO –RQo3.
LOCALIZAÇÃO – Área Piloto I. Estrada secundária,
próximo a Comodoro. Coordenadas UTM: E 192.500,06 e N 8.495.101,68 SITUAÇÃO E DECLIVE – Local com 2-4% de declive,
sob cobertura de floresta. ALTITUDE – 584 m.
LITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOLÓGICA – Arenitos.
Formação Salto das Nuvens MATERIAL ORIGINÁRIO –
Arenitos. PEDREGOSIDADE – Não pedregosa. ROCHOSIDADE - Não rochosa. RELEVO LOCAL – Plano.
REGIONAL – Plano e suave ondulado. DRENAGEM – Acentuadamente drenado. EROSÃO – Moderada. VEGETAÇÃO PRIMÁRIA – Floresta Tropical Subcaducifólia. USO ATUAL – Pastagem de brachiária.
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA:
Horizontes Características
A
0-20 cm; bruno acinzentado-escuro (10YR 4/2); areia; grãos simples; macia a solta, solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e gradual.
AC 20-49 cm; bruno amarelado-escuro (10YR 4/4); areia/areia franca; grãos simples e fraca pequena granular; solta a macia, solta a muito friável, não plástica e não pegajosa; transição plana e clara.
C1 49 – 70 cm; bruno escuro a bruno (7,5YR 4/2); areia franca; grãos simples e fraca pequena granular; macia a ligeiramente dura, muito friável a friável, não plástica a ligeiramente plástica e não pegajosa a ligeiramente pegajosa; transição plana e difusa.
C2 70 -120+; bruno forte (7,5YR 4/6); areia franca; fraca pequena granular e grãos simples; macia, friável; ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa.
Raízes: Médias e finas muitas no A e AC e poucas nos
demais. Observações: A Floresta é mais rala, com árvores de menor porte. A textura é mais argilosa em profundidade. Fração areia constituída de grãos heterogêneos em tamanho e forma, mas com predomínio de
grãos finos (areia fina) e subarredondados.
136
PERFIL nº 21 Laboratório: SOLOCRIA
Protocolo no 50497 – 50500
Horizontes Frações da Amostra Total (g.kg-1)
Granulometria da Terra Fina (g.kg-1) Grau de Floculaç ão
(%)
Silte Argila
Símb. Profund. (cm)
Calhaus > 20 mm
Cascalhos 20 – 2 mm
T F S A < 2 mm
Areia Grossa
> 0,25mm
Areia Média 0,25 – 0,10 mm
Areia Fina
0,10 – 0,05 mm
Silte 0,05 – 0,002 mm
Argila > 0,002
mm
Ap AC C1 C2
0-20 20-49 49-70
70-120+
0 0 0 0
0 0 0 0
1000 1000 1000 1000
300 320 300 340
340 360 370 360
250 210 190 140
60 60 60 60
50 50 80
100
1.20 1,20 0,75 0,60
Umidade (g.kg-1) Densidade (Kg.dm-
3 )
Porosidad e
cm3/100c m3
pH (1: 2,5) C (g.kg-1)
N (g.kg-1)
MO (g.kg-1)
Relação C/N
0,01 MPa
0,033 MPa
1,5 MPa
Solo Partícula H2O KCl
1,38
1.35
2,72
2,75
49
51
4,9 5,1 5,1 5,0
3,7 4,2 4,4 4,3
15,1 1,7 1,2 0,6
26 3 2 1
Bases Trocáveis (cmolc.kg-1) Soma de Bases (S) (cmolc.kg-
1 )
Acidez Extraível
(cmolc/kg-1)
Valor T (cmolc.kg-
1 )
Saturação c/ bases
(V%) 100.S
T
Saturação c/ Alumínio
(M%) 100.Al+3
Al+3 + S
Saturação c/
Sódio (Na %)
100.Na T
Equiv. CaCO3 (g.kg-1)
Ca+2 Mg+2 K+1 Na+1 H+1 Al+3
0,1 0,1 0,1 0,1
0,1 0,1 0,1 0,1
0,03 0,03 0,02 0,02
0,2 0,2 0,2 0,2
8,2 2,9 2,7 1,6
1,3 0,4 0,3 0,3
9,68 3,48 3,17 2,17
1,86 5,17 5,36 7,83
87,84 68,97 63,83 63,83
Ataque por H2SO4 (g.kg-1) Relações Moleculares Óxido de Ferro Livre
Fe2O3 (g.kg-1)
P Assimilável (mg/Kg-1)
SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO SiO2 Al2O3 (ki)
SiO2 R2O3
(kr)
Al2O3 Fe2O3
2,4 1,8 1,5 1,5
137
DESCRIÇÃO DO PERFIL Nº 22
DATA - 09/08/2010
CLASSIFICAÇÃO – NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico, textura muito arenosa/arenosa-média, A moderado, fase floresta tropical subcaducifólia. UNIDADE DE MAPEAMENTO – RQo3.
LOCALIZAÇÃO – Área Piloto I. Estrada secundária,
próximo a Comodoro. Coordenadas UTM: E 189.966,20 e N 8.501.742,89 SITUAÇÃO E DECLIVE – Terço inferior de pendente com
6-7% de declive, sob floresta. ALTITUDE – 569 m.
LITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOLÓGICA –Arenitos.
Formação Utiariti. MATERIAL ORIGINÁRIO – Arenitos.
PEDREGOSIDADE – Não pedregosa. ROCHOSIDADE - Não rochosa. RELEVO LOCAL – Suave ondulado. REGIONAL – Suave ondulado. DRENAGEM – Acentuadamente drenado. EROSÃO – Forte (voçorocas). VEGETAÇÃO PRIMÁRIA – Floresta Tropical Subcaducifólia. USO ATUAL – Pastagem de brachiária.
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA:
Horizontes Características
Ap
0-27 cm; bruno muito escuro (10YR 3/2); areia; grãos simples; solta a macia, solta a muito friável, não plástica e não pegajosa; transição plana e gradual.
AC 27-48 cm; bruno acinzentado-escuro (10YR 4/2); areia; grãos simples; solta a macia, solta a muito friável, não plástica e não pegajosa; transição plana e clara.
C1 48 – 100 cm; bruno amarelado-escuro (10YR 4/4); areia; grãos simples; solta a macia, solta a muito friável, não plástica e não pegajosa; transição plana e difusa.
C2 100 -160+; bruno amarelado-escuro (10YR 4/6); areia franca; grãos simples e fraca pequena granular; macia, solta a muito friável; não plástica e não pegajosa.
Raízes: Médias poucas e finas comuns no Ap e AC. Observações: Fração areia constituída de grãos arredondados e subarredondados, heterogêneos em tamanho.
Quartzo hialino predomina.
138
PERFIL nº 22 Laboratório: SOLOCRIA
Protocolo no 50501 – 50504
Horizontes Frações da Amostra Total (g.kg-1)
Granulometria da Terra Fina (g.kg-1) Grau de Floculaç ão
(%)
Silte Argila
Símb. Profund. (cm)
Calhaus > 20 mm
Cascalhos 20 – 2 mm
T F S A < 2 mm
Areia Grossa
> 0,25mm
Areia Média 0,25 – 0,10 mm
Areia Fina
0,10 – 0,05 mm
Silte 0,05 – 0,002 mm
Argila > 0,002
mm
Ap AC C1 C2
0-27 27-48 48-100
100160+
0 0 0 0
0 0 0 0
1000 1000 1000 1000
480 510 470 400
360 280 310 350
50 90
100 110
60 60 50 70
50 60 70 70
1,20 1,00 0,71 1,00
Umidade (g.kg-1) Densidade (Kg.dm-
3 )
Porosidad e
cm3/100c m3
pH (1: 2,5) C (g.kg-1)
N (g.kg-1)
MO (g.kg-1)
Relação C/N
0,01 MPa
0,033 MPa
1,5 MPa
Solo Partícula H2O KCl
1,40
1,31
2,64
2,74
47
52
4,9 5,0 4,9 4,9
4,5 4,6 4,6 4,5
1,7 1,2 0,6 0,6
3 2 1 1
Bases Trocáveis (cmolc.kg-1) Soma de Bases (S) (cmolc.kg-
1 )
Acidez Extraível
(cmolc/kg-1)
Valor T (cmolc.kg-
1 )
Saturação c/ bases
(V%) 100.S
T
Saturação c/ Alumínio
(M%) 100.Al+3
Al+3 + S
Saturação c/
Sódio (Na %)
100.Na T
Equiv. CaCO3 (g.kg-1)
Ca+2 Mg+2 K+1 Na+1 H+1 Al+3
0,1 0,1 0,1 0,1
0,1 0,1 0,1 0,1
0,02 0,02 0,01 0,01
0,2 0,2 0,2 0,2
3,2 2,6 2,5 1,8
0,4 0,4 0,4 0,3
3,77 3,17 3,06 2,26
4,51 5,36 5,23 7,08
70,18 70,18 71,43 65,22
Ataque por H2SO4 (g.kg-1) Relações Moleculares Óxido de Ferro Livre Fe2O3 (g.kg-
1)
P Assimilável (Kr/Kg-1)
SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO SiO2 Al2O3 (ki)
SiO2 R2O3
(Kr)
Al2O3 Fe2O3
1,8 1,2 1,8 1,2
139
DESCRIÇÃO DO PERFIL Nº 23
DATA - 10/08/2010
CLASSIFICAÇÃO - NEOSSOLO
QUARTZARÊNICO Órtico típico, textura muito
arenosa/arenosa-média, A moderado, fase floresta tropical
subcaducifólia. UNIDADE DE MAPEAMENTO – RQo3.
LOCALIZAÇÃO – Estrada secundária, próximo a
Comodoro. Coordenadas UTM: E 206.703,67 e N 8.475.291,09 SITUAÇÃO E DECLIVE – Terço médio/inferior de
pendente com 4-6% de declive, sob floresta. ALTITUDE – 591 m.
LITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOLÓGICA – Arenitos.
Formação Utiariti. MATERIAL ORIGINÁRIO – Arenitos.
PEDREGOSIDADE – Não pedregosa. ROCHOSIDADE - Não rochosa. RELEVO LOCAL – Suave ondulado. REGIONAL – Suave ondulado e ondulado. DRENAGEM – Fortemente drenado. EROSÃO – Moderada a forte. VEGETAÇÃO PRIMÁRIA – Floresta Tropical Subcaducifólia. USO ATUAL – Pastagem de brachiária.
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA:
Horizontes Características
Ap
0-25cm; cinzento escuro (10YR 4/1); areia; grãos simples e fraca pequena granular; macia, solta a muito friável, não plástica e não pegajosa; transição plana e gradual.
AC 25-50cm; bruno acinzentado-escuro (10YR 4/2); areia; grãos simples e fraca pequena granular; macia, solta a muito friável, não plástica e não pegajosa; transição plana e gradual.
C1 50 – 83cm; bruno escuro (10YR 4/3), com mosqueado pouco, médio e distinto, amarelo brunado (10YR 6/8); areia franca; fraca pequena granular e grãos simples; macia a ligeiramente dura, muito friável, não plástica a ligeiramente plástica e não pegajosa a ligeiramente pegajosa; transição plana e difusa.
C2 83 -130+; bruno amarelado-escuro (10YR 4/4) com mosqueado pouco, grande e distinto, amarelo brunado (10 YR 6/8); areia franca; grãos simples e fraca pequena granular; macia a ligeiramente dura, muito friável, não plástica a ligeiramente plástica e não pegajosa a ligeiramente pegajosa.
Raízes: Médias poucas e finas muitas no Ap e médias
comuns no AC. Observações: Fração areia constituída de grãos arredondados e subarredondados, heterogêneos em tamanho.
Quartzo hialino predomina em relação a opacos. É um representante das baixadas desta região.
140
PERFIL nº 23 Laboratório: SOLOCRIA
Protocolo no 50505 – 50508
Horizontes Frações da Amostra Total (g.kg-1)
Granulometria da Terra Fina (g.kg-1) Grau de Floculaç ão
(%)
Silte Argila
Símb. Profund. (cm)
Calhaus > 20 mm
Cascalhos 20 – 2 mm
T F S A < 2 mm
Areia Grossa
> 0,25mm
Areia Média 0,25 – 0,10 mm
Areia Fina
0,10 – 0,05 mm
Silte 0,05 – 0,002 mm
Argila > 0,002
mm
Ap AC C1 C2
0-25 25-50 50-83
83-130+
0 0 0 0
0 0 0 0
1000 1000 1000 1000
520 480 490 450
290 310 270 320
90 130 90 70
50 40 80 70
40 40 70 90
1,25 1,00 1,14 0,77
Umidade (g.kg-1) Densidade (Kg.dm-
3 )
Porosidad e
cm3/100c m3
pH (1: 2,5) C (g.kg-1)
N (g.kg-1)
MO (g.kg-1)
Relação C/N
0,01 MPa
0,033 MPa
1,5 MPa
Solo Partícula H2O KCl
1,32
2,78
53
4,3 4,7 4,6 4,7
3,6 4,3 4,3 4,4
7,5 1,2 1,2 0,6
13 2 2 1
Bases Trocáveis (cmolc.kg-1) Soma de Bases (S) (cmolc.kg-
1 )
Acidez Extraível
(cmolc/kg-1)
Valor T (cmolc.kg-
1 )
Saturação c/ bases
(V%) 100.S
T
Saturação c/ Alumínio
(M%) 100.Al+3
Al+3 + S
Saturação c/
Sódio (Na %)
100.Na T
Equiv. CaCO3 (g.kg-1)
Ca+2 Mg+2 K+1 Na+1 H+1 Al+3
0,1 0,1 0,1 0,1
0,1 0,1 0,1 0,1
0,03 0,02 0,02 0,02
0,2 0,2 0,2 0,2
4,0 3,2 1,7 2,0
0,7 0,4 0,4 0,3
4,88 3,77 3,27 2,47
3,69 4,51 5,20 6,88
79,55 70,18 70,18 63,83
Ataque por H2SO4 (g.kg-1) Relações Moleculares Óxido de Ferro Livre Fe2O3 (g.kg-
1)
P Assimilável (Kr/Kg-1)
SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO SiO2 Al2O3 (ki)
SiO2 R2O3
(Kr)
Al2O3 Fe2O3
2,7 1,2 1,2 0,3
141
DESCRIÇÃO DO PERFIL Nº 24
DATA - 10/08/2010
CLASSIFICAÇÃO - NEOSSOLO QUARTZARÊNICO
Órtico típico, textura muito arenosa, A moderado, fase cerrado
tropical subcaducifólio.
UNIDADE DE MAPEAMENTO – RQo8.
LOCALIZAÇÃO – Área Piloto I. BR - 364. Coordenadas UTM: E 235.015,90 e N 8.429.203,42
SITUAÇÃO E DECLIVE – Terço inferior de pendente com
4-6% de declive, sob cerrado. ALTITUDE – 637 m.
LITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOLÓGICA – Arenitos.
Formação Utiariti. MATERIAL ORIGINÁRIO – Arenitos.
PEDREGOSIDADE – Não pedregosa. ROCHOSIDADE - Não rochosa. RELEVO LOCAL – Suave ondulado. REGIONAL – Suave ondulado. DRENAGEM – Fortemente drenado. EROSÃO – Moderada. VEGETAÇÃO PRIMÁRIA – Cerrado Tropical Subcaducifólio. USO ATUAL – Sem uso no local.
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA:
Horizontes Características
A
0-20 cm; bruno acinzentado muito escuro (10YR 3/2); areia; grãos simples; solta, solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e gradual.
AC 20-47 cm; bruno acinzentado-escuro (10YR 4/2); areia; grãos simples; solta, solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e difusa.
C 47–100 cm; bruno escuro (10YR 4/3), areia; grãos simples e fraca pequena granular; solta a macia, solta a muito friável, não plástica e não pegajosa.
Raízes: Médias poucas e finas comuns no A e finas poucas nos demais. Observações: Fração areia constituída de grãos arredondados, heterogêneos em tamanho. Quartzo hialino
predomina em relação a opacos.É um representante das baixadas desta região.
142
PERFIL nº 24 Laboratório: SOLOCRIA
Protocolo no 50509 – 50511
Horizontes Frações da Amostra Total (g.kg-1)
Granulometria da Terra Fina (g.kg-1) Grau de Floculaç ão
(%)
Silte Argila
Símb. Profund. (cm)
Calhaus > 20 mm
Cascalhos 20 – 2 mm
T F S A < 2 mm
Areia Grossa
> 0,25mm
Areia Média 0,25 – 0,10 mm
Areia Fina
0,10 – 0,05 mm
Silte 0,05 – 0,002 mm
Argila > 0,002
mm
A AC C
0-20 20-47
47-100+
0 0 0
0 0 0
1000 1000 1000
520 480 520
300 310 300
90 110 70
50 50 60
40 50 50
1,25 1,00 1,20
Umidade (g.kg-1) Densidade (Kg.dm-
3 )
Porosidad e
cm3/100c m3
pH (1: 2,5) C (g.kg-1)
N (g.kg-1)
MO (g.kg-1)
Relação C/N
0,01 MPa
0,033 MPa
1,5 MPa
Solo Partícula H2O KCl
1,40
2,67
48
4,7 5,0 4,8
4,1 4,3 4,3
1,7 1,2 1,2
3 2 2
Bases Trocáveis (cmolc.kg-1) Soma de Bases (S) (cmolc.kg-
1 )
Acidez Extraível
(cmolc/kg-1)
Valor T (cmolc.kg-
1 )
Saturação c/ bases
(V%) 100.S
T
Saturação c/ Alumínio
(M%) 100.Al+3
Al+3 + S
Saturação c/
Sódio (Na %)
100.Na T
Equiv. CaCO3 (g.kg-1)
Ca+2 Mg+2 K+1 Na+1 H+1 Al+3
0,1 0,1 0,1
0,1 0,1 0,1
0,01 0,02 0,02
0,2 0,2 0,2
4,6 3,2 3,2
0,6 0,5 0,5
5,36 3,87 3,87
2,99 4,39 4,39
78,95 74,63 74,63
Ataque por H2SO4 (g.kg-1) Relações Moleculares Óxido de Ferro Livre Fe2O3 (g.kg-
1)
P Assimilável (mg/Kg-1)
SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO SiO2 Al2O3 (ki)
SiO2 R2O3
(kr)
Al2O3 Fe2O3
0,8 1,8 1,2
143
DESCRIÇÃO DO PERFIL Nº 25
DATA - 11/08/2010
CLASSIFICAÇÃO - NEOSSOLO QUARTZARÊNICO
Órtico típico, textura muito arenosa/arenosa-média, A
moderado, fase cerrado tropical subcaducifólio.
UNIDADE DE MAPEAMENTO – RQo8.
LOCALIZAÇÃO – Área Piloto I. Alto do Parecis, próximo à
BR – 364 (trevo de Jauru). Coordenadas UTM: E
280.643,84 e N 8.372.336,27 SITUAÇÃO E DECLIVE – Terço inferior de pendente com
7-8% de declive, sob cerrado. ALTITUDE – 598 m.
LITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOLÓGICA – Arenitos.
Formação Utiariti. MATERIAL ORIGINÁRIO – Arenitos.
PEDREGOSIDADE – Não pedregosa. ROCHOSIDADE - Não rochosa. RELEVO LOCAL – Suave ondulado. REGIONAL – Suave ondulado e ondulado. DRENAGEM –
Acentuadamente drenado. EROSÃO – Moderada a forte. VEGETAÇÃO PRIMÁRIA – Cerrado Tropical Subcaducifólio. USO ATUAL – Sem uso no local.
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA:
Horizontes Características
A 0-20 cm; bruno escuro (7,5YR 3/2); areia; grãos simples; solta, solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e gradual.
AC 20-40 cm; bruno escuro (7,5YR 3/4); areia; grãos simples; solta, solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e gradual.
C1 40–80 cm; bruno amarado (5YR 4/4); areia franca; grãos simples; solta a macia, solta a muito friável, não plástica e não pegajosa; transição plana e difusa.
C2 80-130 cm+; vermelho amarelado (10YR 4/6) areia franca; grãos simples; solta a macia, solta a muito friável, não plástica e não pegajosa.
Raízes: Médias comuns em todo o perfil; finas comuns no AC, muitas no A e poucas nos demais; grossas poucas no A. Observações: Fração areia constituída de grãos arredondados, heterogêneos em tamanho, mas com predomínio de
finos (areia fina). É um representante das baixadas desta região, mas com um pequeno avermelhamento na parte
inferior, diferindo dos demais por esta razão. Embora com predomínio de grãos finos, não tem argila e muito pouco óxido.
144
PERFIL nº 25 Laboratório: SOLOCRIA
Protocolo no 50512 – 50515
Horizontes Frações da Amostra Total (g.kg-1)
Granulometria da Terra Fina (g.kg-1) Grau de Floculaç ão
(%)
Silte Argila
Símb. Profund. (cm)
Calhaus > 20 mm
Cascalhos 20 – 2 mm
T F S A < 2 mm
Areia Grossa
> 0,25mm
Areia Média 0,25 – 0,10 mm
Areia Fina
0,10 – 0,05 mm
Silte 0,05 – 0,002 mm
Argila > 0,002
mm
Ap AC C1 C2
0-20 20-40 40-80
80-130+
0 0 0 0
0 0 0 0
1000 1000 1000 1000
340 360 390 370
460 450 440 440
100 90 60 70
40 30 30 40
60 70 80 80
0,66 0,43 0,37 0,50
Umidade (g.kg-1) Densidade (Kg.dm-
3 )
Porosidad e
cm3/100c m3
pH (1: 2,5) C (g.kg-1)
N (g.kg-1)
MO (g.kg-1)
Relação C/N
0,01 MPa
0,033 MPa
1,5 MPa
Solo Partícula H2O KCl
1,36
1,41
2,80
2,70
51
48
5,0 5,0 5,1 4,8
4,2 4,5 4,5 4,5
4,1 1,7 0,6 0,6
7 3 1 1
Bases Trocáveis (cmolc.kg-1) Soma de Bases (S) (cmolc.kg-
1 )
Acidez Extraível
(cmolc/kg-1)
Valor T (cmolc.kg-
1 )
Saturação c/ bases
(V%) 100.S
T
Saturação c/ Alumínio
(M%) 100.Al+3
Al+3 + S
Saturação c/
Sódio (Na %)
100.Na T
Equiv. CaCO3 (g.kg-1)
Ca+2 Mg+2 K+1 Na+1 H+1 Al+3
0,1 0,1 0,1 0,1
0,1 0,1 0,1 0,1
0,04 0,03 0,02 0,01
0,2 0,2 0,2 0,2
3,5 2,4 1,7 1,7
0,6 0,3 0,3 0,2
4,29 2,88 2,17 2,06
4,43 6,25 7,83 7,77
75,95 62,50 63,83 55,56
Ataque por H2SO4 (g.kg-1) Relações Moleculares Óxido de Ferro Livre Fe2O3 (g.kg-
1)
P Assimilável (mg/Kg-1)
SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO SiO2 Al2O3 (ki)
SiO2 R2O3
(kr)
Al2O3 Fe2O3
2,1 0,5 1,2 0,8
145
DESCRIÇÃO DO PERFIL Nº 26
DATA - 12/08/2010
CLASSIFICAÇÃO - LATOSSOLO VERMELHO Distrófico
típico, textura arenosa-média/média-arenosa, A
moderado, fase campo cerrado tropical.
UNIDADE DE MAPEAMENTO – LVd1.
LOCALIZAÇÃO – Área Piloto I. Na BR-364. Coordenadas UTM: E 253.719,74 e N 8.394.773,05 SITUAÇÃO E DECLIVE – Local plano com 1-2% de declive, sob cerrado ALTITUDE – 731 m. LITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOLÓGICA – Arenitos.
Formação Utiariti. MATERIAL ORIGINÁRIO – Arenitos.
PEDREGOSIDADE – Não pedregosa. ROCHOSIDADE - Não rochosa. RELEVO LOCAL – Plano.
REGIONAL – Plano e suave ondulado. DRENAGEM – Acentuadamente drenado. EROSÃO – Moderada. VEGETAÇÃO PRIMÁRIA – Campo Cerrado Tropical.
USO ATUAL – Sem uso no local.
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA:
Horizontes Características
A
0-15cm; bruno avermelhado escuro (5YR 3/2); areia franca; grãos simples; macia, muito friável, não plástica e não pegajosa, transição plana e gradual.
AB
15-30cm; bruno avermelhado escuro (5YR 3/3); areia franca; grãos simples; macia, muito friável, não plástica e não pegajosa, transição plana e gradual.
Bw1
30-80cm; areia franca; fraca pequena granular e grãos simples; macia, muito friável; ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa, transição plana e difusa.
Bw
80 -190+; vermelho (2,5YR 4/6); franco arenosa; fraca pequena granular e grãos simples; macia, muito friável; ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa.
Raízes: finas comuns e médias poucas no A e AB.
146
PERFIL nº 26 Laboratório: SOLOCRIA
Protocolo no 50512 – 50515
Horizontes Frações da Amostra Total (g.kg-1)
Granulometria da Terra Fina (g.kg-1) Grau de Floculaç ão
(%)
Silte Argila
Símb. Profund. (cm)
Calhaus > 20 mm
Cascalhos 20 – 2 mm
T F S A < 2 mm
Areia Grossa
> 0,25mm
Areia Média 0,25 – 0,10 mm
Areia Fina
0,10 – 0,05 mm
Silte 0,05 – 0,002 mm
Argila > 0,002
mm
Ap BA
Bw1 Bw2
0-15 15-30 30-80
80-190+
0 0 0 0
0 0 0 0
1000 1000 1000 1000
420 390 350 360
360 370 370 340
110 130 110 100
30 30 60 60
80 80
110 140
0,35 0,35 0,54 0,42
Umidade (g.kg-1) Densidade (Kg.dm-
3 )
Porosidad e
cm3/100c m3
pH (1: 2,5) C (g.kg-1)
N (g.kg-1)
MO (g.kg-1)
Relação C/N
0,01 MPa
0,033 MPa
1,5 MPa
Solo Partícula H2O KCl
1,34
2,74
50
4,9 4,9 5,0 4,9
4,1 4,2 4,4 4,4
4,1 4,1 3,5 0,6
7 7 6 1
Bases Trocáveis (cmolc.kg-1) Soma de Bases (S) (cmolc.kg-
1 )
Acidez Extraível
(cmolc/kg-1)
Valor T (cmolc.kg-
1 )
Saturação c/ bases
(V%) 100.S
T
Saturação c/ Alumínio
(M%) 100.Al+3
Al+3 + S
Saturação c/
Sódio (Na %)
100.Na T
Equiv. CaCO3 (g.kg-1)
Ca+2 Mg+2 K+1 Na+1 H+1 Al+3
0,1 0,1 0,1 0,1
0,1 0,1 0,1 0,1
0,02 0,01 0,03 0,03
0,2 0,2 0,2 0,2
2,9 2,9 1,8 1,4
0,4 0,4 0,4 0,2
3,50 3,48 2,38 1,78
5,71 5,17 7,56 10,11
66,67 68,97 68,97 52,63
Ataque por H2SO4 (g.kg-1) Relações Moleculares Óxido de Ferro Livre Fe2O3 (g.kg-
1)
P Assimilável (mg/Kg-1)
SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO SiO2 Al2O3 (ki)
SiO2 R2O3
(kr)
Al2O3 Fe2O3
1,2 0,8 0,8 0,3
147
DESCRIÇÃO DO PERFIL Nº 27
DATA - 13/08/2010 CLASSIFICAÇÃO – LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, textura média-arenosa/média-argilosa, A moderado, fase floresta tropical subcaducifólia. UNIDADE DE MAPEAMENTO – LAd1.
LOCALIZAÇÃO – Área Piloto II. Estrada secundária,
próximo a Barra do Bugres. Coordenadas UTM: E 467269
e N8333711 SITUAÇÃO E DECLIVE – Terço inferior de pendente,
próximo a pequeno córrego, em local com 6-7% de
declive, sob cobertura de pastagem. ALTITUDE – 168 m.
LITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOLÓGICA – Sedimentos
areno-argilosos. Formação Pantanal. MATERIAL ORIGINÁRIO – Sedimentos areno-argilosos. PEDREGOSIDADE – Não pedregosa. ROCHOSIDADE - Não rochosa. RELEVO LOCAL – Suave ondulado. REGIONAL – Plano e suave ondulado. DRENAGEM – Bem drenado. EROSÃO – Ligeira. VEGETAÇÃO PRIMÁRIA – Floresta Tropical Subcaducifólia. USO ATUAL – Pastagem de brachiária.
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA:
Horizontes Características
Ap
0-15cm; bruno-escuro (7,5YR 4/2); areia franca; grãos simples e fraca pequena granular; macia, muito friável, não plástica e não pegajosa; transição plana e gradual.
AB 15-32cm; bruno-escuro (7,5YR 3,5/4); areia franca; grãos simples e fraca pequena granular; macia, muito friável, não plástica e não pegajosa; transição plana e gradual.
BA 32 - 65cm; bruno-escuro a bruno (7,5YR 4/4); areia franca; fraca pequena granular; ligeiramente dura, muito friável, não plástica a ligeiramente plástica e não pegajosa a ligeiramente pegajosa; transição plana e difusa.
Bw1 65 -110; vermelho-amarelado (5YR 5/6); francoarenosa; moderada a forte pequena granular; ligeiramente dura, muito friável, não plástica a ligeiramente plástica e não pegajosa a ligeiramente pegajosa; transição plana e difusa
Bw2 110 – 150cm+; vermelho-amarelado (5YR 5/8); francoarenosa; moderada a forte pequena granular; ligeiramente dura, muito friável, não plástica a ligeiramente plástica e não pegajosa a ligeiramente pegajosa; transição plana e difusa
Raízes: Finas, comuns no A, AB e poucas nos demais horizontes; médias poucas até o BA.
148
PERFIL nº 27 Laboratório: SOLOCRIA
Protocolo no 50520 – 50524
Horizontes Frações da Amostra Total (g.kg-1)
Granulometria da Terra Fina (g.kg-1) Grau de Floculaç ão
(%)
Silte Argila
Símb. Profund. (cm)
Calhaus > 20 mm
Cascalhos 20 – 2 mm
T F S A < 2 mm
Areia Grossa
> 0,25mm
Areia Média 0,25 – 0,10 mm
Areia Fina
0,10 – 0,05 mm
Silte 0,05 – 0,002 mm
Argila > 0,002
mm
Ap AB BA
Bw1 Bw2
0-15 15-32 32-65 65-110
110150+
0 0 0 0 0
0 0 0 0 0
1000 1000 1000 1000 1000
290 300 280 250 230
460 450 420 430 420
140 150 160 140 130
40 20 50 60 80
70 80 90
120 150
0,57 0,25 0,55 0.50 0.53
Umidade (g.kg-1) Densidade (Kg.dm-
3 )
Porosidad e
cm3/100c m3
pH (1: 2,5) C (g.kg-1)
N (g.kg-1)
MO (g.kg-1)
Relação C/N
0,01 MPa
0,033 MPa
1,5 MPa
Solo Partícula H2O KCl
1,38
1,36
2,66
2,55
48
47
4,9 4,8 4,9 4,9 4,7
3,9 3,9 0,1 0,2 0,2
4,6 1,7 0,6 1,2 1,2
8 3 1 2 2
Bases Trocáveis (cmolc.kg-1) Soma de Bases (S) (cmolc.kg-
1 )
Acidez Extraível
(cmolc/kg-1)
Valor T (cmolc.kg-
1 )
Saturação c/ bases
(V%) 100.S
T
Saturação c/ Alumínio
(M%) 100.Al+3
Al+3 + S
Saturação c/
Sódio (Na %)
100.Na T
Equiv. CaCO3 (g.kg-1)
Ca+2 Mg+2 K+1 Na+1 H+1 Al+3
0,4 0,2 0,3 0,5 0,2
0,3 0,2 0,2 0,2 0,2
0,04 0,04 0,03 0,03 0,03
0,7 0,4 0,5 0,7 0,4
3,1 1,3 1,1 1,6 1,5
0,3 0,4 0,5 0,4 0,6
4,14 2,14 2,13 2,73 2,53
18 21 25 27 17
29 48 49 35 58
Ataque por H2SO4 (g.kg-1) Relações Moleculares Óxido de Ferro Livre Fe2O3 (g.kg-
1)
P Assimilável (mg/Kg-1)
SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO SiO2 Al2O3 (ki)
SiO2 R2O3
(kr)
Al2O3 Fe2O3
2,1 2,1 1,5 1,5 1,5
149
DESCRIÇÃO DO PERFIL Nº 28
DATA - 14/08/2010
CLASSIFICAÇÃO - GLEISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico
típico, textura arenosa/média, A moderado, fase floresta
tropical subcaducifólia. UNIDADE DE MAPEAMENTO – RQg.
LOCALIZAÇÃO – Área Piloto II. Estrada Barra do Bugres
– Lambari D’Oeste. Coordenadas UTM: E 462582 e N
8324500 SITUAÇÃO E DECLIVE – Divisor de águas, em local com
1-2% de declive, sob cobertura de floresta. ALTITUDE – 190 m.
LITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOLÓGICA – Sedimentos
areno-argilosos. Formação Pantanal. MATERIAL ORIGINÁRIO – Sedimentos
arenoargilosos. PEDREGOSIDADE – Não pedregosa. ROCHOSIDADE - Não rochosa. RELEVO LOCAL – Plano.
REGIONAL – Plano e suave ondulado. DRENAGEM – Imperfeitamente drenado. EROSÃO – Ligeira. VEGETAÇÃO PRIMÁRIA – Floresta
tropical subcaducifólia. USO ATUAL – Pastagem de brachiária e cultivo
de cana de açúcar.
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA:
Horizontes Características
A
0-18cm; bruno-acinzentado muito escuro (10YR 3/2); areia; grãos simples; solta a macia, solta a muito friável, não plástica e não pegajosa; transição plana e gradual.
AC 18-48cm; bruno-acinzentado muito escuro (10YR 3/2); areia franca; grãos simples e fraca pequena granular; solta a macia, muito friável, não plástica e não pegajosa; transição plana e gradual.
CAg 48 - 80cm; cinzento (10YR 5/1), com mosqueado pouco pequeno e distinto, bruno forte (7,5YR 5/8); areia franca; fraca pequena granular e grãos simples; macia a ligeiramente dura, muito friável, não plástica a ligeiramente plástica e não pegajosa a ligeiramente pegajosa; transição plana e gradual a difusa.
Cg1 80 -110; cinzento (10YR 5/1), com mosqueado comum, pequeno e médio, distinto, bruno forte (7,5YR 5/8); areia franca; fraca pequena granular e blocos subangulares; ligeiramente dura, muito friável a friável, não plástica a ligeiramente plástica e não pegajosa a ligeiramente pegajosa; transição plana e difusa.
150
Cg2 110 – 170cm+; cinzento-brunado-claro (10YR 6/2) com mosqueado comum, pequeno e médio, distinto, bruno forte (7,5YR 5/8); francoarenosa; fraca pequena granular e blocos subangulares; ligeiramente dura, muito friável a friável, não plástica a ligeiramente plástica e não pegajosa a ligeiramente pegajosa.
Raízes: Finas muitas e médias comuns no A, AC e finas poucas até o Cg1.
PERFIL nº 28 Laboratório: SOLOCRIA
Protocolo no 50525 – 50529
Horizontes Frações da Amostra Total (g.kg-1)
Granulometria da Terra Fina (g.kg-1) Grau de Floculaç ão
(%)
Silte Argila
Símb. Profund. (cm)
Calhaus > 20 mm
Cascalhos 20 – 2 mm
T F S A < 2 mm
Areia Grossa
> 0,25mm
Areia Média 0,25 – 0,10 mm
Areia Fina
0,10 – 0,05 mm
Silte 0,05 – 0,002 mm
Argila > 0,002
mm
A AC
CAg Cg1 Cg2
0-18 18-48 48-80 80-110
110170+
0 0 0 0 0
0 0 0 0 0
1000 1000 1000 1000 1000
620 390 400 410 410
220 370 310 360 330
60 120 140 70 80
40 40 50 50 50
60 80
100 110 130
0,66 0,50 0,50 0,45 0,38
Umidade (g.kg-1) Densidade (Kg.dm-
3 )
Porosidad e
cm3/100c m3
pH (1: 2,5) C (g.kg-1)
N (g.kg-1)
MO (g.kg-1)
Relação C/N
0,01 MPa
0,033 MPa
1,5 MPa
Solo Partícula H2O KCl
1,36
1,34
2,70
2,64
50
49
4,5 4,7 4,6 4,8 4,8
4,3 4,3 4,3 4,2 4,2
1,7 1,2 0,6 0,6 0,6
3 2 1 1 1
Bases Trocáveis (cmolc.kg-1) Soma de Bases (S) (cmolc.kg-
1 )
Acidez Extraível
(cmolc/kg-1)
Valor T (cmolc.kg-
1 )
Saturação c/ bases
(V%) 100.S
T
Saturação c/ Alumínio
(M%) 100.Al+3
Al+3 + S
Saturação c/
Sódio (Na %)
100.Na T
Equiv. CaCO3 (g.kg-1)
Ca+2 Mg+2 K+1 Na+1 H+1 Al+3
0,1 0,1 0,1 0,1 0,1
0,1 0,1 0,1 0,1 0,1
0,03 0,03 0,03 0,02 0,02
0,2 0,2 0,2 0,2 0,2
1,8 2,1 1,2 1,0 1,0
0,7 0,4 0,5 0,4 0,4
2,68 2,68 1,88 1,57 1,57
7 7 9
11 11
79 69 73 70 70
Ataque por H2SO4 (g.kg-1) Relações Moleculares Óxido de Ferro Livre Fe2O3 (g.kg-
1)
P Assimilável (mg/Kg-1)
SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO SiO2 Al2O3 (ki)
SiO2 R2O3
(kr)
Al2O3 Fe2O3
151
1,5 1,5 1,2 1,2 1,2
DESCRIÇÃO DO PERFIL Nº 29
DATA - 14/08/2010
CLASSIFICAÇÃO - NEOSSOLO QUARTZARÊNICO
Órtico típico, textura muito arenosa/arenosa-média, A
moderado, fase cerradão tropical subcaducifólio. UNIDADE DE MAPEAMENTO – RQo1.
LOCALIZAÇÃO – Área Piloto II. Estrada secundária em
direção à Fazenda Palmeira. Coordenadas UTM: E
0450082 e N8296209 SITUAÇÃO E DECLIVE – Topo de interflúvio com 1-2% de
declive, sob cobertura de cerradão. ALTITUDE – 187 m.
LITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOLÓGICA – Sedimentos
areno-argilosos. Formação Pantanal. MATERIAL ORIGINÁRIO – Sedimentos areno-argilosos. PEDREGOSIDADE – Não pedregosa. ROCHOSIDADE - Não rochosa. RELEVO LOCAL – Plano.
REGIONAL – Plano e suave ondulado. DRENAGEM – Acentuadamente drenado. EROSÃO – Ligeira a Moderada. VEGETAÇÃO PRIMÁRIA – Cerradão Tropical Subcaducifólio. USO ATUAL – Pastagem.
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA:
Horizontes Características
A
0-22cm; bruno-escuro (7,5YR 3/2); areia; grãos simples; solta, solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e gradual.
AC 22-38cm; bruno amarelado-escuro (5YR 4/4); areia/areia franca; grãos simples; solta a macia, solta a muito friável, não plástica e não pegajosa; transição plana e gradual.
C 38-60cm; bruno amarelado-escuro (10YR 4/4); areia franca; grãos simples e fraca pequena granular; macia; muito friável; não plástica e não pegajosa; transição plana e difusa.
C 60-120cm+; bruno-avermelhado (10YR 5/8); areia franca/francoarenosa; fraca pequena granular e grãos simples; macia a ligeiramente dura, muito friável; não plástica a ligeiramente dura e não pegajosa a ligeiramente pegajosa.
Raízes: Finas comuns até o CA e médias poucas em todos os demais.
152
Observações: É o solo representante da parte sul ou parte mais arenosa da área Piloto II. Fração areia com grãos arredondados (maiores) e subarredondados (menores). Predomínio de
quartzo hialino em relação a rosado, com presença menor de opacos e quartzo leitoso.
PERFIL nº 29 Laboratório: SOLOCRIA
Protocolo no 50530 – 50533
Horizontes Frações da Amostra Total (g.kg-1)
Granulometria da Terra Fina (g.kg-1) Grau de Floculaç ão
(%)
Silte Argila
Símb. Profund. (cm)
Calhaus > 20 mm
Cascalhos 20 – 2 mm
T F S A < 2 mm
Areia Grossa
> 0,25mm
Areia Média 0,25 – 0,10 mm
Areia Fina
0,10 – 0,05 mm
Silte 0,05 – 0,002 mm
Argila > 0,002
mm
Ap AC CA C
0-22 22-38 38-60
60-120+
0 0 0 0
0 0 0 0
1000 1000 1000 1000
570 550 600 570
270 260 200 210
60 80 80 90
50 50 60 60
50 60 60 70
1,00 0,83 1,00 0,86
Umidade (g.kg-1) Densidade (Kg.dm-
3 )
Porosidad e
cm3/100c m3
pH (1: 2,5) C (g.kg-1)
N (g.kg-1)
MO (g.kg-1)
Relação C/N
0,01 MPa
0,033 MPa
1,5 MPa
Solo Partícula H2O KCl
1,35
1,34
2,75
2,72
51
51
4,8 4,8 4,9 4,8
3,9 4,1 4,2 4,2
1,7 1,2 1,2 0,6
3 2 2 1
Bases Trocáveis (cmolc.kg-1) Soma de Bases (S) (cmolc.kg-
1 )
Acidez Extraível
(cmolc/kg-1)
Valor T (cmolc.kg-
1 )
Saturação c/ bases
(V%) 100.S
T
Saturação c/ Alumínio
(M%) 100.Al+3
Al+3 + S
Saturação c/
Sódio (Na %)
100.Na T
Equiv. CaCO3 (g.kg-1)
Ca+2 Mg+2 K+1 Na+1 H+1 Al+3
0,1 0,1 0,1 0,1
0,1 0,1 0,1 0,1
0,04 0,03 0,03 0,02
0,2 0,2 0,2 0,2
2,1 1,8 1,4 1,2
0,7 0,6 0,8 0,4
2,99 2,58 2,28 1,77
6 7 8 9
79 77 82 70
Ataque por H2SO4 (g.kg-1) Relações Moleculares Óxido de Ferro Livre Fe2O3 (g.kg-
1)
P Assimilável (mg/Kg-1)
SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO SiO2 Al2O3 (ki)
SiO2 R2O3
(kr)
Al2O3 Fe2O3
1,5 0,5 0,8 0,8