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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
CAMPUS DE SINOP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS
CURSO DE AGRONOMIA
AVALIAÇÃO DE DOSES DE POTÁSSIO NOS PARÂMETROS PRODUTIVOS DA
MELANCIA RED HEAVEN
FELIPE CESAR FERRAZ
SINOP – MT
Julho – 2019
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
CAMPUS DE SINOP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS
CURSO DE AGRONOMIA
AVALIAÇÃO DE DOSES DE POTÁSSIO NOS PARÂMETROS PRODUTIVOS DA
MELANCIA RED HEAVEN
FELIPE CESAR FERRAZ
PROF.DR.MARCIO ROGGIA ZANUZO
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
apresentado ao Curso de Agronomia do
ICAA/CUS/UFMT, como parte das exigências
para a obtenção do Grau de Bacharel em
Agronomia.
SINOP – MT
Julho – 2019
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Dados Internacionais de Catalogação na Fonte.
Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.
F381a Ferraz, Felipe Cesar. AVALIAÇÃO DE DOSES DE POTÁSSIO NOS
PARÂMETROS PRODUTIVOS DA MELANCIA RED HEAVEN / Felipe Cesar Ferraz. -- 2019
36 f. : il. color. ; 30 cm.
Orientadora: Marcio Roggia Zanuzo. TCC (graduação em Agronomia) - Universidade Federal
de Mato Grosso, Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais, Sinop, 2019.
Inclui bibliografia.
1. Citrullus lanatus. 2. Adubação. 3. Red Heaven. 4. Fertilidade do Solo. I. Título.
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DEDICATÓRIA
Dedico a Deus, por me iluminar e abençoar
nessa trajetória, a meus pais Julio Cesar
Ferraz e Cristiana Francisco Mariano Ferraz e
meus irmãos Guilherme e Arthur por sempre
me apoiarem e me darem força nos
momentos difíceis.
Dedico também aqueles que estiveram ao
meu lado de maneira direta ou indireta,
acreditando, acompanhando minha evolução
para a realização deste trabalho, pois não
chegamos a lugar nenhum sozinho.
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AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer primeiramente à Deus por toda benção sobre mim, sempre
iluminando meus passos e meus caminhos, para que sempre seguíssemos firmes nessa
trajetória.
Agradeço à minha família pelo apoio nessa trajetória, por sempre me apoiar e me
incentivar a obter esse conhecimento, e nunca deixar faltar nada, sei que sempre buscam e
fazem o melhor para mim. Obrigado Julio, Cristiana, Guilherme e Arthur.
Agradeço ao meu orientador Professor Dr. Marcio Roggia Zanuzo, pela dedicação,
paciência, atenção e por sempre estar disposto a ajudar e fazer o melhor, me sinto muito
honrado em ter tido professores de grande conhecimento como você. Muito obrigado
Zanuzo.
Agradecer também o Julio Ferraz, por ceder a área para realização da pesquisa e
por sempre estar disposto a ajudar.
Aos meus amigos Marcos Ioris, Artur Bonato, Neskhem Rodrigues, Gustavo Dezem,
Maycom Madalosso, Gerson Picolotto, Matheus Henrique, Pablo Dalmaso, Matheus Bellei,
Matheus Berno, Tulio Costa, Junior Kerber, Pedro Debrino, Alan Nicasio, Jean Miranda,
Jeferson Barbiam pelo companheirismo.
A minha namorada Barbara Mezzalira por estar junto me apoiando, nesse tempo de
bastante cansaço e estresse.
A todos que de alguma forma influenciaram de maneira positiva para minha chegada
até aqui.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 8
2. REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................10
2.1 Origem da melancia............................................................................................. 10
2.2 Características gerais do fruto ............................................................................. 10
2.3 Clima ................................................................................................................... 13
2.4 Solo.......................................................................................................................13
2.5 Cultivo Nacional e Mundial .................................................................................. 14
2.6 Importância do Potássio na cultura...................................................................... 15
2.7 Influência do potássio na planta .......................................................................... 15
2.8 Influência do potássio no fruto ............................................................................. 17
3. MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................... 19
3.1 Locação e condução do experimento..................................................................19
3.2 Variáveis analisadas .......................................................................................... 22
3.3 Análise estatística ............................................................................................... 22
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 23
4.1 Diâmetro de fruto ................................................................................................. 23
4.2 Comprimento de fruto .......................................................................................... 24
4.3 Largura do fruto ................................................................................................... 25
4.4 Espessura do mesocarpo .................................................................................... 25
4.5 Sólidos solúveis totais (°BRIX) ............................................................................ 26
4.6 Acidez Total ......................................................................................................... 27
4.7 Peso Fresco ........................................................................................................ 27
5. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 29
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 30
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RESUMO
O presente trabalho teve como objetivo avaliar diferentes doses de potássio na
cultura da melancia, e avaliar os efeitos destas sobre a produtividade e qualidade
dos frutos. O experimento foi conduzido em condições de campo. O delineamento
experimental foi DIC em faixas, com 4 doses de potássio (50; 100; 200; 300; kg de
K2O ha-¹) configurando 4 tratamentos e 4 repetições, totalizando 16 unidades
experimentais. Foram avaliados o diâmetro de fruto, comprimento do fruto, largura
do fruto, espessura do mesocarpo, teor de açúcar (ºBrix), acidez total e peso fresco.
Os dados foram submetidos a análise de variância com aplicação do teste F a 5%
de probabilidade. Quando significativo os dados foram submetidos a regressão.
Pode-se concluir que os maiores valores para diâmetro de fruto (85,50cm),
comprimento do fruto (33,75cm), teor de açúcar (ºBrix) e o peso fresco (12,75kg),
foram influenciados diretamente pela adubação potássica com a dose de 300kg K2O
ha-¹. A largura do fruto, espessura do mesocarpo e acidez não foram influenciadas
pela adubação potássica.
Palavras chave: Citrullus lanatus, Red Heaven, Fertilidade do Solo, Adubação.
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ABSTRACT
The present work aimed to evaluate different potassium doses in watermelon crop
and to evaluate their effects on fruit yield and quality. The experiment was conducted
under field conditions. The experimental design was IHD in bands, with four
potassium doses (50; 100; 200; 300; kg K2O ha-¹) configuring four treatments and
four replications, totaling 16 experimental units. Fruit diameter, fruit length, fruit width,
mesocarp thickness, sugar content (ºBrix), total acidity and fresh weight were
evaluated. Data were subjected to analysis of variance with F test at 5% probability.
When significant, data were regressed. It can be concluded that the highest values
for fruit diameter (85.50cm), fruit length (33.75cm), sugar content (ºBrix) and fresh
weight (12.75kg) were directly influenced by potassium fertilization. the dose of
300kg K2O ha-¹. Fruit width, mesocarp thickness and acidity were not influenced by
potassium fertilization.
Key words: Citrullus lanatus, Red Heaven, Soil Fertility, Fertilization.
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1. INTRODUÇÃO
A melancia (Citrullus lanatus) é oriunda de áreas secas da África tropical e
tem como ponto central de diferenciação secundária o sul da Ásia. O adestramento
aconteceu nesta região, lugar em que é cultivada há mais de 5.000 anos. Se
espalhou pelo mundo, e no século XVI foi inserida na América (ALMEIDA, 2003).
No Brasil sua incorporação foi realizada através dos escravos que plantavam
no meio do cultivo de milho. No decorrer da guerra civil americana, cultivares
melhoradas foram incorporadas através de agricultores sulistas, que se situaram em
Americana-SP. Atualmente a cultura é plantada em todo território nacional
(FILGUEIRA, 2000).
A produção mundial no triênio 2011-13 foi de 106,384 milhões de toneladas,
produzidas em 3,475 milhões de hectares (produtividade de 30,6 t/ha). A China
participa com 66,8% da produção mundial, Peru 3,8%, Irã 3,6 e Brasil 2,1%. O
comércio mundial em 2011-13 transacionou 1,6 milhão de toneladas/ano (1,82% do
total), e o Brasil, nesse período, exportou 31.627 t/ano, cerca de 1,5% da produção
nacional (Camargo Filho e Camargo 2018).
A pequena produtividade das lavouras brasileiras podem estar associadas
aos produtores que na maioria das vezes são pouco tecnificados, possuem poucos
recursos para investimentos e a falta de irrigação em algumas regiões (LEÃO et al.,
2008). O Brasil em 2012, resultou em 2.100.000 kg com média de 22.000 kg ha-1, as
regiões Nordeste e Sul são as que tem maior influência na produção de melancia,
com 30,9% e 23,5%, os maiores produtores são os estados do Rio Grande do Sul,
Goiás, Bahia, Tocantins, São Paulo, Rio Grande do Norte, Pará e Paraná (IBGE,
2013).
A exigência por produção e qualidade nos frutos da melancia está ligada
com vários fatores, dentre eles o uso exato de corretivos e fertilizantes em doses e
tempos de aplicação corretos, no entanto a escassez de indicações técnicas sobre
as exigências nutricionais e o gasto com os fertilizantes sobem as despesas de
produção, e em consequência, influencia diretamente nos plantios da cultura.
(OLIVEIRA, 2011)
As variáveis que interferem a produção e qualidade de frutos de melancia
podem ser ocasionadas por fatores genéticos, climáticos e fitotécnicos que podem
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ser exclusivos de região para região. A nutrição da é de fundamental importância
para se obter resultados satisfatórios. (OLIVEIRA, 2011)
O objetivo desse trabalho foi avaliar a produtividade e a qualidade de
melancia (Citrullus lanatus), em função da adubação potássica na cultivar Red
Heaven, no município de Tapurah-MT no período chuvoso do ano de 2019.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Origem da melancia
A melancia é uma planta da família das cucurbitáceas. A planta de melancia é
oriunda de áreas secas da África tropical e tem como ponto central de diferenciação
secundário o sul da Ásia. A melancia cultivada (Citrullus lanatus var. lanatus) é
derivada, eventualmente, da espécie Citrullus lanatus var. citroides, e encontra-se na
África central. O adestramento aconteceu nesta região, no lugar em que é cultivada
há mais de 5.000 anos. No Egito e no Médio Oriente é plantada há mais de 4.000
anos. Se espalhou pelo mundo, e no século XVI foi inserida na América (ALMEIDA,
2003).
No Brasil sua incorporação foi realizada através dos escravos a qual
plantavam no meio do cultivo de milho. No decorrer da Guerra Civil Americana,
cultivares melhoradas foram incorporadas através de agricultores sulistas, que se
situaram em Americana-SP (FILGUEIRA, 2000).
2.2 Características gerais do fruto
A fruta é rica em carotenoides além de ser fonte de vitaminas e minerais cujo
os valores estão apresentados na tabela abaixo.
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Tabela 1. Composição nutritiva da melancia, em 100 g de polpa.
Componentes Composição nutritiva
Água 92,60%
Proteínas 0,5g
Cinzas 0,2g
Hidratos de Carbono Totais 6,4g
Fibra 0,3g
Cálcio 7,0mg
Fósforo 10,0mg
Ferro 0,5mg
Sódio 1,0mg
Potássio 100,0mg
Vitamina A 590,0UI
Tiamina 0,03mg
Riboflavina 0,03mg
Niacina 0,2mg
Ácido ascórbico 7,0mg
Valor energético 26,0cal
Fonte: Agrianual (2004).
A melancia é uma planta herbácea, que tem seu ciclo vegetativo anual. Suas
raízes são longas, porem superficiais, com a maioria das suas raízes com
profundidade de 40 cm no solo. Suas hastes são rasteiras, angulosos, estriados,
com gavinhas subdivididas, as folhas são altamente recortadas. Ela é monoica.
Suas flores são solitárias, humildes, com sua corola amarela.
As flores femininas e masculinas encontram-se nas hastes principais,
secundárias e também até nas terciárias situando-se nas axilas das folhas. As flores
femininas, que existem em menor quantidade, encontram-se após o meio e até os
extremos das ramas. Estas encontram-se abertas ao longo de menos de um dia e
são fecundadas principalmente pelo auxílio dos insetos. Elas são auto compatíveis e
a proporção de polinização cruzada é muito alterável (ALMEIDA, 2003; FILGUEIRA,
2008).
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A melancia apresenta como característica um fruto do tipo pepônio cujo seu
peso é variável entre 1 a 25 kg. Seu aspecto ou formato pode ser do tipo redonda,
oblonga ou alongada, sendo capaz de alcançar até 60 cm de comprimento. Seu
mesocarpo varia de 1 a 4 cm. Seu epicarpo é de cor verde, claro ou escuro, de
coloração única, estriada ou manchado. O endocarpo é, geralmente, vermelho,
podendo ser amarelo, laranja, branco ou verde. Ao inverso do melão e de abóbora, a
melancia não dispõem de cavidade, ou seja é uma massa íntegra. Nesta as
sementes estão no tecido da placenta que se estabelece entre o fragmento comível
(ALMEIDA, 2003; FILGUEIRA, 2008).
Os frutos da melancia são caracterizados como não climatério que necessita
ser colhido maduro, visto que a sua característica qualitativa não melhora após a
colheita. Os básicos padrões de colheita são: o tamanho e a cor do fruto; a cor da
área em contato com o solo, que se transforma do branco para o amarelo no ponto
em que o fruto aproxima-se da maturidade comercial; a gavinha mais aproximada do
fruto, seca (porém na maioria das vezes não é bom indicador); o eco do fruto
realizado pelas batidas, que por sua vez tem a necessidade de ser grave e muda.
Um ruído agudo e metálico aponta que o fruto não está no ponto de colheita. A fim
de uma boa indicação da data a ser colhida tende se executar amostras de frutos,
cortar e qualificar a cor da polpa e o sabor ou teor em sólidos solúveis (ALMEIDA,
2003).
Para obter uma boa qualidade, os frutos necessitam apresentar um teor em
sólidos solúveis na colheita maior que 10%. A colheita é realizada de forma manual,
a mesma tem seu início em 75 a 110 dias após o plantio. A haste é cortada com um
objeto de corte aproximadamente de 5 cm do fruto. No plantio das cultivares
triploides é de sua importância não conglomerar os frutos da cultivar que poliniza
com os frutos sem semente. O manuseio dos frutos deve ser feito de forma
cautelosa. Elas são sensíveis ao rachamento, principalmente pela manhã, elas não
toleram impacto ou pressão excessiva (ALMEIDA, 2003).
A cultura da melancia é vista como uma das mais relevantes olerícolas
desenvolvidas e comercializadas no Brasil. Sua principal composição é a água com
cerca de 97%, com seu sabor adocicado, dispõem de atributos medicinais, por ser
diurética, que ajuda no tratamento disfunções urinarias, intestinais e respiratórias.
Em uma melancia tem cerca de 22 calorias e uma constituição de vitaminas A, C, B1
e B2 (CARVALHO, 1999).
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Na cultura da melancia, os caracteres de pleno interesse econômico, são: a)
precocidade, pelas plantas expressarem um ciclo menor e, desta forma, uma volta
mais acelerada do dinheiro investido; b) alta prolificidade, ou seja, plantas que
exibem um supremo número de frutos provável, que seu resultado é em uma maior
produtividade; c) frutos pequenos, por possibilitar a mais rápida consumação do
produto, descomplicar a arrumação e o transporte do produto, assim podendo
proporcionar um acréscimo na exportação; d) polpa vermelha; e) melhor densidade
da polpa, que por consequência gera uma maior quantia da produção a ser colocada
no mercado; f) elevado teor de açúcar, ou seja, de sólidos solúveis; g) e uma
produção inferior de sementes (FERREIRA et al., 2002).
A melancia tem seu caráter diploide com uma porção haploide de
cromossomos equivalente a 11. Cultivares com a presença de sementes são
diploides. Cultivares que não existem a presença de sementes são triploides
(3n=33), Os resultadas do cruzamento de um progenitor feminino tetraploide (4n=44)
com a participação de um masculino diploide, a qual são estéreis (KIHARA, 1951).
Apesar da fecundação não acontecer, a polinização é indispensável para
incentivar o crescimento do ovário e a formação de frutos partenocárpicos. A
semente é de custo elevado, pois os trilhos tetraploides formam apenas 5-10% da
fração de semente das linhas diploides (ALMEIDA, 2003).
2.3 Clima
A Melancia, da mesma forma das demais cucurbitáceas, se expande
perfeitamente em situações de temperatura quente e umidade relativa do ar baixa,
com seu ambiente se diferenciando de 18 a 25 ºC e com extremidades de 10 a 32
ºC. O maior desenvolvimento acontece em temperaturas de 20 a 30 ºC, sem
excessiva alteração entre dia e noite. A cultura é muito sensível a frio e ventos fortes
(VILLAS BÔAS et al., 2001).
2.4 Solo
A melancia suporta ser cultivada nos mais diversos perfis de solos. Os de
arranjo areno-argilosa, profundos e bem estruturados, são os mais recomendados. É
moderadamente flexível à acidez do solo e verifica-se um bom desenvolvimento em
pH de 5,0 a 6,8 (VILLAS BÔAS et al., 2001).
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2.5 Cultivo Nacional e Mundial
A produção mundial no triênio 2011-13 foi de 106,384 milhões de toneladas,
produzidas em 3,475 milhões de hectares (produtividade de 30,6 t/ha). A China
participa com 66,8% da produção mundial, Peru 3,8%, Irã 3,6 e Brasil 2,1%. O
comércio mundial em 2011-13 transacionou 1,6 milhão de toneladas/ano (1,82% do
total), e o Brasil, nesse período, exportou 31.627 t/ano, cerca de 1,5% da produção
nacional (Camargo Filho e Camargo 2018).
A pequena produção das lavouras brasileiras podem estar associadas aos
produtores que na maioria das vezes são pouco tecnificados e possuem poucos
recursos para investimentos e a falta de irrigação em algumas regiões (LEÃO et al.,
2008). O Brasil em 2012, resultou em 2.100.000 kg com média de 22.000 kg ha-1, as
regiões Nordeste e Sul são as que tem maior influência na produção de melancia,
com 30,9% e 23,5%, os maiores produtores são os estados do Rio Grande do Sul,
Goiás, Bahia, Tocantins, São Paulo, Rio Grande do Norte, Pará e Paraná (IBGE,
2013).
Seus frutos são usados como alimentos para humanos e para animais. Em
alguns lugares, as sementes são consumidas torradas e assim podendo extrair um
óleo de excelente qualidade, cujo sua capacidade varia de 20 a 45%. O envoltório
do fruto pode ser usado na produção de doce, e também no alimento de alguns
animais, por exemplo patos, galinhas e porcos. (MIRANDA et al.,1997).
O mercado externo de melancia até então é pouco considerável quando
relacionado à produção. As recentes referências apresentam uma quantidade
exportada de somente 8.808 toneladas em 1998, 13.143 toneladas em 1999, 13.605
toneladas no ano 2000, 13.689 toneladas no ano 2001 e 12.251 toneladas no ano
2002 (FAO, 2002).
Mundialmente a melancia se coloca na quarta posição das hortaliças em
capacidade de rendimento, chegando perto de 47 milhões de toneladas por ano. O
autor da maior produção mundial é a China, continuado pela Turquia, Irã, Egito e
Estados Unidos. Na Europa, os influentes na produção são Grécia, Espanha, e Itália
(FAO, 2002).
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2.6 Importância do Potássio na cultura
O potássio é, de forma coletiva, o segundo nutriente mais requerido pelas
culturas, ficando somente depois do nitrogênio. Seguidamente do fósforo é o
nutriente mais gasto como adubo pela agricultura brasileira. A demanda de K para o
excelente desenvolvimento das plantas está por volta de 2 a 5% na matéria seca,
alterando em aplicações de espécies e órgão analisados (FAQUIN, 1994).
As exigências de potássio para um excelente desenvolvimento das plantas
encontram-se no intervalo de 20 a 50 g/Kg da massa seca da planta e frutos, essa
tem a aptidão para realizar a absorção dos nutrientes em porções superiores que a
necessária. O potássio age no desenvolvimento e na maturação dos frutos, desta
forma solos que apontam baixas quantidades de nutrientes, são os que exibem
elevadas respostas a adubação (MEURER, 2006).
Os indícios de carência de K na maioria das culturas refletem uma clorose
marginal, acompanhada de necrose nas folhas, a princípio, nas mais velhas. Em
etapas mais desenvolvidas da deficiência, a clorose e a necrose podem generalizar-
se para as folhas mais novas, sucedendo abscisão prematura das folhas mais
velhas (SILVA JÚNIOR et al., 1995; LOCASCIO, 1996).
No momento em que o solo aponta um alto teor de potássio, sua absorção
pela planta é capaz de ser até quatro vezes maior que a assimilação de fósforo, e
similar ou superior que a absorção de nitrogênio. Se esse nutriente ficar em elevada
quantia disponível no solo, as plantas têm aptidão em absorver ele em abundância,
além de suas necessidades, o que é determinado como consumo de luxo
(PADILHA, 1998).
2.7 Influência do potássio na planta
O potássio (K) não participa dos compostos orgânicos na planta,
consequentemente, não tem atribuição estrutural. Segundo Marschner (1995), o
potássio contribui no procedimento de abertura e fechamento de estômatos,
respiração celular, síntese de proteínas, osmorregulação, extensão celular e
oscilação de cátions e ânions.
O nutriente, também é definido por ser um ativador de um vasto número de
enzimas vegetais, essencialmente dos grupos das sintetases, desidrogenasses,
oxirredutases, quinasses e transferases, sendo rigorosamente comparado com os
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métodos de incorporação de carbono e nitrogênio, contribuindo para a criação de
compostos nitrogenados e na síntese, translocação e acúmulo de açúcares
(MALAVOLTA e CROCOMO, 1982).
Uma das causas que apresentam o fato das plantas mostrarem elevada
precisão em potássio é a necessidade que elas têm de conservar alto o seu teor no
citoplasma, de preferência para assegurar atividade enzimática ótima, pois esse
nutriente não tem alta compatibilidade com compostos orgânicos. Outro causa da
necessidade de alto acúmulo do K no citossol e no estroma dos cloroplastos é para
conservar a neutralização de ânions (ácidos orgânicos e inorgânicos solúveis e
ânions de macromoléculas) e preservação do pH nos padrões apropriados para a
atividade da célula, isto é, pH de 7,0-7,5 no citossol e, por volta de, 8,0 no estroma
(MARSCHNER, 1995).
O potássio amplia a resistência nativa da parte superior das plantas que
transformam os tecidos mais fibrosos e rigorosos às doenças fúngicas, até mesmo
ao acamamento e, essencialmente, minimizando efeitos desfavoráveis do exagero
de nitrogênio (FAQUIN, 1994; FILGUEIRA, 2008).
O K é o principal cátion que atinge o potencial osmótico, o que, com certeza,
está ligado com o aparecimento na célula como íon livre. Crescendo o acúmulo de K
na célula amplia inclusive a sua competência de sorver água (MALAVOLTA, 2006).
Em melancia, os indícios de carência de potássio se iniciam com murcha, em
seguida clorose nas margens das folhas mais velhas, que se desenvolve para
necrose (FARIA, 1998).
No procedimento de abertura e fechamento dos estômatos, o potássio, em
particular do vacúolo, atua na turgescência das células-guarda, pois influência o
potencial osmótico dessas células, acabando em absorção de água das células-
guarda e adjacentes e, como resultado, um maior abrimento dos estômatos. Desta
forma, a pequena perda de água pelas plantas bem nutridas em potássio é devido à
diminuição na taxa de transpiração, a qual não necessita simplesmente do potencial
osmótico das células, e ainda é equilibrada pela abertura e fechamento dos
estômatos. Este comando de abertura/fechamento dos estômatos é considerável
nos teores de fotossíntese, pois em plantas defeituosas em K a abertura dos
estômatos não acontece normalmente, limitando a entrada de CO2 (STEINECK e
HAEDER, 1978).
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2.8 Influência do potássio no fruto
Diversas propriedades do fruto são considerados padrões fundamentais de
qualidades físicas: a relação entre diâmetro longitudinal e transversal, denominada
índice de formato, que determina a aparência do fruto e sua aprovação no mercado
(MANNINI, 1998); a densidade da polpa (HAN e PARK, 1993) ou sua associação
com o diâmetro do fruto, chamada índice de polpa (COSTA et al., 1989) a densidade
da casca e a firmeza da polpa (ARTÉS et al., 1993).
Segundo Faria et al., (2003), os atributos internos do fruto, como tamanho da
cavidade da semente, espessura e firmeza de polpa, entregam o diferencial para
somar qualidade e maior resistência ao transporte e estocagem.
O aspecto de qualidade mais argumentado diz respeito aos sólidos solúveis
totais (SST) – fator tipicamente empregado para certificar a qualidade da melancia,
seguida da densidade ou firmeza da polpa – outro critério significativo na análise da
qualidade do fruto, pois aponta persistência ao transporte e probabilidade de maior
vida de prateleira, além de estar associado com o “flavor” que é percebível pelo
paladar. A consistência da polpa é uma reflexão da sua classe e da qualidade de
seus elementos pécticos, como a protopectina, que é posicionada na lamela média
das células adjacentes e na parede primária. Devido a sua limitada insolubilidade, a
protectina sustenta a consistência da fruta, tornando-se em compostos solúveis à
medida que o grau de maturidade avança, desenvolvendo o amolecimento da polpa
(MENEZES, 1996).
O potássio tem papel interessante na característica dos frutos por sua
atuação na formação do açúcar ou na produção de frutos compactos, com pequena
cavidade interior (RINCÓN, 1997). Além disso, influência a cor, tamanho, acidez,
persistência ao transporte, manuseio, estocagem, valor nutritivo e qualidades
industriais (RAIJ, 1990). No entanto, o exagero desse componente resulta em frutos
mais pequenos em diâmetro (RINCÓN e GIMÉNEZ, 1989).
Em melancia, a fertilização potássica fortaleceu o teor de sólidos solúveis,
espessura e resistência da casca (SUNDSTROM e CARTER, 1983; DESWAL &
PATIL, 1984), ao mesmo tempo no meloeiro, além do acréscimo nos sólidos solúveis
que intercedeu na maturidade do fruto (NERSON et al., 1997).
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Em frutos de tomateiro, o potássio ampliou o teor de vitamina C, acidez total e
açúcares dos frutos (FONTES et al., 2000), em contrapartida na cenoura e cebola
fortaleceu o período pós colheita (SHIBAIRO et al., 1998).
Em tomateiro, o potássio desenvolveu o sabor e maturação (HARTZ et
al.,1999), firmeza do fruto (MONTOYA et al., 2002), quantidade de vitamina C e
massa seca dos frutos (WUZHONG, 2002). Além disso diminuiu a ocorrência de
algumas divergências fisiológicas que são sucedidas durante o amadurecimento do
fruto, que é representada por uma coloração incomum dos tecidos do pericarpo
“blotchy ripening” – maduração manchada (KINET e PEET, 1997).
No meloeiro, o potássio produziu melhor peso e comprimento de fruto (KANO,
2002), adição significativa de 62% na consistência da polpa (FERNANDES, 2002) e
elevou no teor de açúcar (AYDIN et al., 2002).
Na melancia, a espessura e persistência da casca (DESWAL e PATIL, 1984)
e sólidos solúveis (EL-BEHEIDI et al., 1990) agregaram com a adubação potássica.
Veloso et al., (2001) averiguaram em frutos de abacaxi que o diâmetro e
comprimento do fruto expandiram com as doses de potássio e a acidez do fruto
diminuiu linearmente. Bezerra et al., (1981) alcançaram maior diâmetro do fruto de
abacaxi com a utilização de doses superiores de potássio. Os autores constataram
efeito expressivo da relação entre as doses de nitrogênio e doses de potássio,
contribuindo o crescimento do fruto de abacaxi.
A adubação potássica atinge a produção, a constituição mineral e o tamanho
(PERRING e PEARSON, 1976), a acidez (JAEGER e PUTTER, 1999), e a
tonalidade vermelha dos frutos em maçãs (NEILSEN et al., 1998).
-
19
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Locação e condução do experimento
O experimento foi realizado em campo no período de Fevereiro de 2019 a
Maio de 2019, em área de serrado, localizada na Fazenda Paraíso, na MT338- no
município de Tapurah, Norte do estado de Mato Grosso. A área fica situada entre as
coordenadas geográficas: latitude -S:-12°51’, longitude -W: -56°78’. A temperatura
média local é de 25.2 °C com precipitação de 2019 mm anuais, e altitude média de
393 m (INMET, 2019). Segundo a classificação climática de Köeppen (1936),
corresponde ao tipo Aw.
A temperatura e a precipitação foram obtidas pelos dados disponibilizados no
site do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET, 2019) conforme demonstrado na
figura 1 abaixo.
Figura 1. Temperatura e Precipitação durante o cultivo de melancia, safra 2019.
Tapurah, MT.
-
20
O solo da área experimental foi amostrado previamente ao plantio com o auxílio
de uma sonda e foram determinados os atributos químicos e físicos do solo na
camada de 0 - 0,2 m conforme tabela abaixo.
Tabela 2. Analise de solo, safra 2019. Tapurah, MT.
Química (Macronutrientes) Física
Amostra Prof.
pH
H2O
pH
Ca
Cl2
mg.dm-3 cmolc.dm-3 g.dm-3 g.kg-1
P K K Ca+Mg Ca Mg Al H H +
Al
M.O. Areia Silte Argil
a
MELANCIA 00/20 6,30 5,5 37,8 30,0 0,08 2,33 1,8 0,5 0,0 1,6 1,6 15,0 692,0 97,0 211,0
Amostra Prof.
cmolc.dm-3 % Saturação por Elemento (%) % Relação
SB
Soma
Bases
(CTC
pH 7)
V Sat.
Bases)
K Ca Mg H Al Al (C.ef)
m%
Ca/Mg Ca/K Mg/
K
Ca+
Mg/K
MELANCIA 00/20 2,40 4,0 60,10 2,0 45,60 12,5 39,9 0,0 0,0 3,70 22,90 6,3 29,10
Micronutrientes e Enxofre
Amostra Prof.
mg.dm-3
Zn Cu Fe Mn B S
MELANCIA 00/20 1,60 0,50 152,0 20,30 0,54 10,40
O delineamento experimental foi um DIC em faixas, com 4 doses de Potássio
(50; 100; 200; 300; kg de K2O/ha) configurando 4 tratamentos, com 4 linhas por
parcela, totalizando 16 unidades experimentais. As parcelas experimentais foram
constituídas de 10,8 m x 10 m, ou seja, cada parcela composta de 108m² com 40
plantas e para as análises foram utilizadas 6 plantas centrais da parcela.
Na adubação do solo utilizou-se 250 kg ha-1 do formulado 10-52-00 aplicado
no sulco de plantio. O Nitrogênio foi aplicado em cobertura na forma de ureia 45%
de N e utilizado 100 kg ha-1. No potássio foram aplicadas as doses de 50,100,200 e
300 kg ha-1 de K2O a fonte utilizada foi o cloreto de potássio. A dose de N e K foram
aplicadas em cobertura aos 15, 30, 45 e 60 dias após o plantio.
A cultivar avaliada foi a Red Heaven (Seminis), material híbrido com ciclo
médio de 75 a 80 dias para o estado de Mato Grosso.
O tratamento de sementes foi realizado com Clorantraniliprole 200 g/L, na
dosagem de 25 ml por quilo de semente, juntamente com a Carboxina 375 g/kg na
dosagem de 10 ml por quilo de semente.
-
21
Para o controle de plantas daninhas foram realizadas duas aplicações de
herbicidas, uma em pré emergência com glifosato 2 L ha-1 com intervalo de plantio
de 10 dias após a aplicação e a segunda com 25 dias após o plantio, com 0,5 L ha-1
entre linha de diquate®.
Tabela 3. Dias de aplicação, concentração das moléculas e doses utilizadas.
Dias de aplicação, após
o plantio
Nome e concentração da
molécula
Doses utilizadas
25 dias propiconazol 250g/l e
difluoconazol 250g/l
0,3l/ ha-1
35 dias piracoxistrobina 200g/l e
cipoconazole 80g/l
0,4l/ ha-1
45 dias azoxistrobina 300g/l e
benzovindiflupir 150 g/l
mais mancozebe 750g/kg
0,3 l/ ha-1
0,6 kg/ ha-1
55 dias azoxistrobina 200g/l e
ciproconazol 80g/l mais
mancozebe 750g/kg
0,3 l/ ha-1
0,6 kg/ ha-1
Para o controle de insetos, as moléculas inseticidas utilizadas foram o
Imidacloprid 480 g/l na dose de 0,2l/ ha-1 e Clorantraniliprole 200g/l da dose de 0,05
l/ ha-1 aos 25,35 e 45 dias após o plantio e aos 55 dias após o plantio foi utilizado o
Clorantraniliprole 200g/l da dose de 0,05 ha-1 além do acefato 750 g/kg na dose de
1kg/ ha-1.
Todas aplicações realizados com um pulverizador de arrasto, com barra de 36
bicos espaçados 0,5 m, velocidade de aplicação de 12 km/h e volume de calda de
100 L ha-1.
A colheita da área experimental foi realizada aos 78 dias de cultivo no dia 5
de Maio de 2019, manualmente, colhendo a área útil. Em seguida, as amostras
foram transportadas para o Laboratório de tecnologia e produção de alimentos
(UFMT/Sinop) para preparo e realização de análises.
-
22
3.2 Variáveis analisadas
Diâmetro de fruto: mensurado a partir de uma trena milimétrica medindo-se a
circunferência central. O resultado foi expresso em centímetros (cm);
Comprimento do fruto: mensurado a partir dos extremos com o uso de uma
trena milimétrica. O resultado foi expresso em centímetros (cm);
Largura do fruto: mensurado a partir da projeção da parte superior em relação
ao solo. O resultado foi expresso em centímetros (cm);
Espessura do mesocarpo: mensurado com o auxílio de um paquímetro digital
e o resultado expresso em centímetros (cm);
Teor de açúcar (ºBrix): mensurado com o auxílio de um refratômetro portátil e
o teor expresso em ºBrix.
Acidez total equivalente: mensurada a parir da titulação com NaOH 0,1N até
atingir pH 8,1. O resultado foi expresso em % ácido cítrico.
Peso: mensurado com o auxílio de uma balança digital e o resultado expresso
em quilos (Kg);
3.3 Análise estatística
Os dados obtidos foram analisados estatisticamente através da análise
de variância (Teste-F) e quando significativo submetido a análise de regressão com
p
-
23
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na tabela 4 abaixo é apresentado a análise de variância para as variáveis
analisadas:
Tabela 4. Análise de variância e médias das variáveis, diâmetro de fruto,
comprimento de fruto, largura de fruto, espessura do mesocarpo, teor de açúcar,
acidez total, peso em função das doses de potássio:
Variável
Peso Diâmetro
de fruto
Comprimento
do fruto
Largura
do fruto
Espessua
do
mesorcapo
Teor de
açúcar
(ºBrix)
Acidez
total Peso
50 81,25 31,50 28,25 2,00 11,75 9,25 10,25
100 84,00 32,75 28,25 1,75 10,25 8,25 11,50
200 84,00 33,50 29,25 2,00 10,25 8,25 12,00
300 85,50 33,75 28,25 2,00 11,25 8,25 12,75
CV(%) 1,08 2,06 3,36 12,90 4,60 18,91 8,05
F 15,462* 8,909* 1,091 ns 1,00 ns 9,00* 0,39 ns 5,048*
ns: não significativo pelo Teste F, * significativo pelo Teste F a 5% de probabilidade, respectivamente.
Observa-se que as variáveis, diâmetro de fruto, comprimento do fruto, teor de
açúcar (ºBrix) e peso fresco foram significativas com p
-
24
Figura 2. Diâmetros em função das doses de potássio. Safra 2019. Tapurah, MT.
B. Okur e B. Yağmur (2004) trabalhando com melancia em casa de vegetação
com doses variando de 0 a 360 kg de K2O ha-¹ não verificaram incremento no
diâmetro dos frutos. Silva et al., (2015) em Belém-PA trabalhando com doses de 0 a
20kg de K2O ha-¹ também não verificaram alterações no comportamento do diâmetro
da melancia da cultivar Crimson Sweet. Esses comportamentos observados por
estes autores não se relacionam com o presente estudo mostrando que existe
correlação entre potássio e o diâmetro do fruto em melancia.
4.2 Comprimento de fruto
A variável comprimento de fruto foi significativa em função do incremento das
doses de potássio, porém sem ajuste significativo para as doses estudadas. O
Modelo que mais aproxima das condições observadas é o modelo polinomial
quadrático. O máximo comprimento obtido foi na dose de 300 kg de K2O ha-¹ com
valor de 33,75 cm. (Figura 3)
-
25
Figura 3. Comprimento do fruto em função da aplicação de doses de potássio (K2O ha-¹). Safra 2019.
Tapurah, MT.
Outros autores como B. Okur e B. Yağmur (2004), verificaram para a cultura
da melancia na cultivar pannonia, incremento no diâmetro de frutos com o aumento
das doses de potássio apresentando o maior comprimento de 19,48 cm na dose de
360 kg de K2O ha-¹. O comprimento é dependente do material genético e cada
cultivar tem um comportamento diferenciado em função da aplicabilidade de
nutrientes e fatores abióticos.
4.3 Largura do fruto
A variável largura não apresentou diferença significativa segundo o teste F a
5% de probabilidade.
Outros autores como B. Okur e B. Yağmur (2004), verificaram para a cultura
da melancia na cultivar pannonia, incremento no comprimento dos frutos em função
do potássio aplicado, com a maior altura de frutos 18,36cm na dose de 360 kg de
K2O ha-¹.
4.4 Espessura do mesocarpo
A variável espessura do mesocarpo não apresentou diferença significativa.
Outros autores como Sundstrom e Carter (1983), apresentaram ganhos de
6% à 10% em função das diferentes doses de potássio. B. Okur & B.Yagmur (2004)
mostraram comportamento inverso com o incremento de doses de potássio. Esses
-
26
autores verificaram que o incremento de doses de potássio reduziu drasticamente a
espessura do pericarpo.
4.5 Sólidos solúveis totais (°BRIX)
Em relação aos sólidos solúveis totais houve diferença significativa porém
sem ajuste polinomial para as doses. O maior incremento foi observado nas doses
de 50kg de K20 ha-¹ e 300kg de K20 ha-¹ e o menor incremento ficou nas doses de
100 e 200 kg K20 ha-¹ com valor de 10,25 ºBrix (Figura 4).
Figura 4. Sólidos solúveis totais (°BRIX) em função das doses de potássio. Safra 2019. Tapurah, MT.
Outros autores como Granjeiro e Cecílio Filho (2004), avaliaram a cultivar da
melancia Shadow com diferentes fontes e doses de potássio, variando de 50 a 300
kg de K20 ha-¹ e verificaram incrementos crescentes de ºBrix em função do aumento
da dose de potássio. Esses autores verificaram que na dose máxima de 300kg de
K20 ha-¹ o teor foi de 12,3ºBrix. Deswal e Patil (1984) relataram que em melancia a
adubação potássica ajuda no incremento do teor de sólidos solúveis totais, pelo
importante potencial que o potássio desenvolve na translocação de fotossintatos e
na ativação de várias enzimas.
Em nosso estudo percebe-se que as altas doses avaliadas para esta cultivar
a resposta foi inferior a dose recomendada mostrando um efeito tóxico do potássio
para o cultivar avaliado. Em maçãs, Shang et al., (2018) trabalhando com diferentes
doses de potássio verificaram aumento nos teores de açúcares, sacarose, frutose e
-
27
glicose em função de diferentes enzimas com o incremento das doses de potássio
como SDH (Sorbitol Dehidrogenase), SS (sacarose sintase), AI (Invertase Ácida) e
SPS (Sacarose fostato sintase) atividade.
4.6 Acidez Total
A variável acidez não apresentou diferença significativa segundo o teste F a
5% de probabilidade.
Outros autores como Cecilio Filho e Granjeiro (2004), trabalhando com
diferentes doses de 50 a 300 kg de K20 ha-¹, na cultivar shadow, também
observaram que não houve influência sobre acidez dos frutos de melancia entre os
tratamentos.
4.7 Peso Fresco
A variável Peso fresco apresentou um comportamento linear com a aplicação
de 300kg de K20 ha-¹ representado o máximo peso de 12,75kg (Figura 5).
Figura 5. Massa média em função das doses de potássio. Safra 2019. Tapurah, MT.
Outros autores como Silva et al., (2015) trabalhando com a melancia Crimson
Sweet com doses de Nitrogênio e Potássio em combinação verificaram somente
-
28
efeito do nitrogênio para a massa fresca do fruto. Nascimento et al., (2017) na
Paraíba trabalhando com a integração entre potássio e esterco bovino na cultivar
Crimson sweet verificaram que a dose de 15 kg de K2O ha-¹ associado ao esterco
bovino incrementou o peso fresco do fruto. B.Okur e B.Yagmur (2004) verificaram
para a cultivar peponia um comportamento semelhante ao nosso estudo. Esses
autores verificaram que doses variando entre 240 e 360 kg de K2O ha-¹ ocorre uma
redução no peso fresco da melancia.
Magalhães et al., (1978), na cultura do abacaxizeiro obtiveram efeito
significativo da aplicação de potássio, sendo que a produção máxima de 79 t ha-1 de
frutos foi obtida com a dose de 22 g/planta de K2O que se caracterizou uma função
linear. Segundo Pujos e Morard (1997), Verificaram para a cultura do tomateiro
incremento no peso com uso de maiores doses de potássio.
A explicação para essa maior massa fresca em função da máxima dose
utilizada pode estar alicerçada na explicação de Montoya et al., (2002) que em
plantas bem adubadas com potássio têm seu acumulo elevado nos tecidos e
consequentemente perda do potencial hídrico, faz com que gere um elevado
acúmulo de água nos tecidos, acrescentando assim à massa média de frutos.
-
29
5. CONCLUSÃO
Conclui-se que o Diâmetro de fruto, o Comprimento do fruto, o Teor de açúcar
(ºBrix) e o Peso fresco são influenciados diretamente pela adubação potássica com
a dose de 300kg K2O ha-¹.
A largura do fruto, espessura do mesocarpo e acidez não são influenciadas
pela adubação potássica.
-
30
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSOCAMPUS DE SINOPINSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAISCURSO DE AGRONOMIAFELIPE CESAR FERRAZ
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO (1)CAMPUS DE SINOPINSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAISCURSO DE AGRONOMIAFELIPE CESAR FERRAZ
Dados Internacionais de Catalogação na Fonte.Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.1. INTRODUÇÃO3. MATERIAL E MÉTODOS3.1 Locação e condução do experimento4. RESULTADOS E DISCUSSÃO5. CONCLUSÃOREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS