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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE NUTRIÇÃO
FORÇA DE PREENSÃO MANUAL E ESTADO NUTRICIONAL
DE IDOSOS QUE FREQUENTAM UM CENTRO DE
CONVIVÊNCIA DE CUIABÁ, MT
PALOMA CECÍLIA QUEIROZ FERREIRA
Cuiabá-MT, abril de 2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE NUTRIÇÃO
FORÇA DE PREENSÃO MANUAL E ESTADO NUTRICIONAL
DE IDOSOS QUE FREQUENTAM UM CENTRO DE
CONVIVÊNCIA DE CUIABÁ, MT
PALOMA CECÍLIA QUEIROZ FERREIRA
Trabalho de Graduação apresentado ao Curso de Nutrição da Universidade Federal de Mato Grosso como parte dos requisitos exigidos para obtenção do título de Bacharel em Nutrição, sob orientação da professora Nilma Ferreira da Silva.
Cuiabá-MT, abril de 2019
Dados Internacionais de Catalogação na Fonte.
Q3f Queiroz Ferreira, Paloma Cecília. FORÇA DE PREENSÃO MANUAL E ESTADO
NUTRICIONAL DE IDOSOS QUE FREQUENTAM UM CENTRO DE CONVIVÊNCIA DE CUIABÁ, MT / Paloma Cecília Queiroz Ferreira. -- 2019
35 f. : il. color. ; 30 cm.
Orientadora: Nilma Ferreira da Silva. TCC (graduação em Nutrição) - Universidade Federal de
Mato Grosso, Faculdade de Nutrição, Cuiabá, 2019. Inclui bibliografia. 1. idoso. 2. força de preensão manual. 3. avaliação
nutricional. 4. saúde. I. Título.
Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo (a) Autor (a).
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada à fonte.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE NUTRIÇÃO
FORÇA DE PREENSÃO MANUAL E ESTADO NUTRICIONAL DE
IDOSOS QUE FREQUENTAM UM CENTRO DE CONVIVÊNCIA DE
CUIABÁ, MT
PALOMA CECÍLIA QUEIROZ FERREIRA
Orientadora:
Prof. MSc. Nilma Ferreira da Silva
MEMBROS DA BANCA EXAMINADORA
Julgado em: 12 / 04 / 2019
Dedico este trabalho a Deus, meu amigo e conselheiro.
E a meus pais, minha base e ponto de partida para a vida.
AGRADECIMENTOS
A Deus primeiramente, pois há 5 anos e meio atrás, Ele me deu a direção e
convicção de outro curso de graduação a qual deveria cursar, essencial para me
fazer permanecer nesta jornada.
Agradeço a meus pais que são fundamentais para nortear-me, sempre me
apoiando e sendo confrontadores da verdade em amor para comigo. Meu irmão que
enfrentou a jornada de estudos longe de casa no mesmo período que eu, e foi um
bom companheiro à distância. Os amo muito!
Gratidão por encontrar pessoas “anjos” em Cuiabá, MT, que me acolheram
como alguém da família abrindo suas casas com gentileza e compartilhando seus
saberes com alegria durante esses anos. Em especial, amigas que conquistei
através da nutrição: Monique Bodonese, Nayane Oliveira, Daniele Fernandes,
Mayara Herrera, Ana Cristina e Mayara Leite.
Nesta cidade calorosa e tão querida tenho imensa gratidão por conhecer
amigos que me ajudaram tantas vezes em crises por estar longe de casa: Andressa
Moreira, Renan Fernandes, Dannyela Mendonça, Clara Souza, Jayne Barros,
Larissa Lima, Anye Walcrys, Vaniele e Bruniele Marcondes. Agradeço por me
abraçarem, orarem comigo e serem o escape de Deus para um propósito ainda
maior que diplomas.
A Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (PRAE) que me proporcionou auxílio
estudantil durante todo o período de estudo, auxílios em eventos para apresentação
de trabalhos em congressos, isenção na participação de cursos de idiomas e
atividade física através do Instituto de Linguagens e da Faculdade de Educação
Física, além disso, e por meio da Secretária de Relações Internacionais, a
possibilidade de manutenção financeira em programa de intercâmbio. Foi de grande
valia para a realização de sonhos particulares e aparentemente impossíveis.
Agradeço a Faculdade de Nutrição da Universidade Federal de Mato Grosso
e todo o corpo docente incrível que a compõe, foram inúmeras às vezes em que saí
de uma aula com desejo de ser uma excelente profissional. Por meio deste,
agradeço a mestranda Iara Vaez por disponibilizar os dados de sua pesquisa para
elaboração deste estudo e a Professora MSc. Nilma Ferreira por orientação neste
trabalho.
RESUMO
Na última década a aplicação clínica da dinamometria manual tem merecido maior atenção por ser
realizada em diferentes campos da saúde. Dessa forma, o presente estudo tem por objetivo verificar
a força de preensão manual e o estado nutricional de idosos que frequentam um Centro de
Convivência de Cuiabá – MT. Trata-se de um estudo observacional de corte transversal, no qual os
dados foram analisados através do software Excel da Microsoft, sendo aplicados os testes t de
student para comparação das médias adotando p <0,05. A amostra foi de 94 idosos, sendo 85% do
sexo feminino. A média de idade encontrada foi de 68±6,02 anos. Quanto ao IMC encontrou-se 1,0%
como baixo peso, 24,5% eutróficos e 74,5% sobrepeso. Na avaliação conforme MAN® encontrou-se
14,9% sob-risco de desnutrição e 85,1% estado nutricional adequado. As médias de IMC em
mulheres mostraram-se superiores que em homens (30,89±4,93 e 29,43±5,29), a média total da CP
foi de 37,43±3,66 cm, classificando-os com adequada massa muscular. Para a FPM encontrou-se
média total de 29,07±8,73, variando entre 9 e 53 kgf, a média em homens mostraram-se superiores a
mulheres (42,33±10,06 e 26,67±5,80), conseguinte, observou-se pelo IMC que tanto homens e
mulheres classificados com sobrepeso apresentaram médias de FPM superior que idosos eutróficos.
Conclui-se que as variáveis utilizadas no estudo contribuíram de forma positiva para avaliar o estado
nutricional dos idosos, além disso, a dinamometria manual mostrou-se de fácil manuseio e aplicação
para verificação de força em idosos que frequentam grupos de convivência.
PALAVRAS-CHAVE: idoso; força de preensão manual; avaliação nutricional; saúde.
ABSTRACT
Since last decade, the clinical use of dynamometry has been deserved more attention because to
achieve several fields of health. Thus, the present study aims to verify the manual grip strength and
the nutritional status of elderly people who attend a living Centre, in Cuiabá-MT. This observational
study involves cross-section behavior, which data were analyzed through Microsoft Excel software. It
has been used to the student’s t test for compare of means adoption p<0,05. The sample was
composed by 94 elderly, being 85% female. The average age was 68±6,02 years old. The BMI found
1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met
14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate nutritional status. The average BMI for women
were higher than for men (30,89±4,93 and 29,43±5,29), so the total average of CP was 37,43±3,66
cm, sorting them with adequate muscle mass. Instead, the FPM met total average of 29,07±8,73,
varying between 9 and 53 kg, the average in men were superior to women (42,33±10,06 and
26,67±5,80), a result. It was observed both men and women ranked overweight presented medium
FPM superior elderly eutrophic. Therefore, it is concluded that the variables used in the study have
contributed positively to assess the nutritional status of the elderly. Moreover, the manual
dynamometry proved easy handling application and using for verification of strength in elderly
attending groups of coexistence.
KEY-WORDS: elderly; manual gripping force; nutritional assessment; health.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 6
2 OBJETIVOS .......................................................................................................... 11
2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 11
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 11
3 CASUÍSTICA E MÉTODOS .................................................................................. 12
3.1 CASUÍSTICA ....................................................................................................... 12
3.1.1 LOCAL DO ESTUDO ........................................................................................ 12
3.1.2 POPULAÇÃO DE ESTUDO .............................................................................. 12
3.2 MÉTODOS ........................................................................................................ 13
3.2.1 AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO NUTRICIONAL ........................................... 13
3.3 ANÁLISES DE DADOS ....................................................................................... 14
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 15
5 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 25
6
1 INTRODUÇÃO
No contexto das intensas mudanças demográficas e epidemiológicas
ocorridas nos últimos anos o envelhecimento populacional mundial cresce em ritmo
acelerado e tem sido um dos maiores desafios da saúde pública no Brasil, visto que
o país segue esta tendência.
O Departamento de Economia e Assuntos Sociais dos Estados Unidos
lançou em 2017 o documento World Population Prospects the 2017 Revision e
destacou que a taxa de crescimento da população idosa mundial é de
aproximadamente 3% ao ano, estimando que, em 2050, essa população será
formada por 2,1 bilhões de pessoas com 60 anos ou mais no mundo,
correspondendo a 13% da população total.
No Brasil, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE,
2018) apontam uma crescente porcentagem de idosos. Entre 2012 a 2016 houve um
crescimento de 16% chegando a 29,6 milhões de pessoas, e estimam que em 2050
chegue a 29,3%, com 66,5 milhões de idosos no país.
Essas projeções encontradas na literatura são baseadas em dados
demográficos populacionais das últimas décadas, ao qual, destacam as condições
de saúde do idoso e em como garantir qualidade de vida nesta faixa etária, logo, faz-
se necessário caracterizar tal população, possibilitando dados consistentes no
sistema de saúde de cada região.
O envelhecimento é considerado um fenômeno natural, irreversível e
mundial. A população idosa brasileira tem crescido de forma rápida e em termos
proporcionais, demograficamente pode ser definido como a mudança na estrutura
etária da população, o que produz um aumento do peso relativo das pessoas acima
de determinada idade, considerada como definidora do início da velhice. No Brasil, é
definida como idoso a pessoa que tem 60 anos ou mais de idade (BRASIL, 2010).
Há dez anos Veras (2009) destacou que os serviços de saúde seriam um
dos setores impactados pelo aumento da população idosa, pois passariam a receber
uma demanda maior e que consequentemente despenderiam em um aumento com
os gastos hospitalares.
Entretanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2015) pontua que os
custos com cuidados de saúde não serão como o esperado, já que este cenário não
está muito claro, pois a associação com a utilização de despesas pode ser variável,
além da variada relação significativa do desenvolvimento econômico de cada país.
7
Uma vez que mais e mais pessoas estão chegando a idades mais avançadas,
permitir que elas levem uma vida longa e saudável pode, portanto, realmente aliviar
as pressões sobre a inflação nos gastos com saúde.
Especialistas que estudam envelhecimento dividem o idoso em três grupos:
os idosos jovens (pessoas de 65 a 74 anos) que geralmente se refere a pessoas
ativas, cheias de vida e vigorosas; idosos velhos (pessoas de 74 a 84 anos); e
idosos mais velhos (pessoas de 85 anos ou mais), que são aqueles com maior
tendência à fraquezas e enfermidades, e podem ter dificuldades para desempenhar
algumas atividades da vida diária (PAPALIA, OLDS; FELDMAN, 2006;
SCHENEIDER; IRIGARAY, 2008).
Fechine e Trompieri (2012) explicam que há variações no processo de
envelhecimento de cada indivíduo, visto que são dependentes de fatores como estilo
de vida, condições socioeconômicas e doenças crônicas.
No envelhecimento as alterações fisiológicas intrínsecas são sutis, inaptas a
gerar qualquer incapacidade na fase inicial, embora, com o passar dos anos,
venham a causar níveis crescentes de limitações ao desempenho de atividades
básicas da vida diária (ESQUENAZI, SILVA; GUIMARÃES, 2014).
Além disso, no nível biológico, o envelhecimento é associado ao acúmulo de
uma grande variedade de danos moleculares e celulares. Com o tempo, esse dano
leva a uma perda gradual nas reservas fisiológicas, um aumento do risco de contrair
diversas doenças e um declínio geral na capacidade intrínseca do indivíduo. Em
última instância, resulta no falecimento (OMS, 2015).
Para Fuzaro-Junior et al. (2016) diversas doenças que se manifestam na
população idosa estão intimamente relacionadas com problemas nutricionais ou
alimentares, como: níveis alterados de colesterol e triglicérides, obesidade, diabetes,
hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e outras.
Um dos locais comumente utilizados por idosos a fim de contribuir para sua
qualidade de vida, são os Centros de Convivência para Idosos (CCIs). Sendo este,
um local destinado á permanência diurna do idoso, onde são desenvolvidas
atividades físicas, laborativas, recreativas, culturais, associativas e de educação
para cidadania (BRASIL, 1996).
De acordo com Oliveira, Clemente e Sant’ana (2016) em síntese sobre a
importância do CCI na promoção da qualidade de vida da pessoa idosa, este espaço
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surgiu com a perspectiva de empenhar e proporcionar diversas atividades que
contribuam para o envelhecimento saudável e ativo.
Os CCIs também contribuem positivamente na atuação de profissionais da
saúde, pois possibilitam acesso fácil a idosos auxiliando na avaliação direta do
estado de saúde dos mesmos. Entendendo que os mesmos possuem maior
interesse aos cuidados com a saúde e prevenção de futuras doenças.
Sabe-se que nesta fase da vida o desempenho funcional também vem
sendo considerado na avaliação de saúde deste grupo, tendo em vista que o
declínio da função física pode ser um importante indicador de fragilidade e
dependência (ISRAEL, ANDRADE; TEIXEIRA, 2011; SILVA; MENEZES, 2016).
Conforme Zheng et al. (2016), as capacidades físicas necessárias para
execução das atividades do cotidiano envolvem variáveis fisiológicas como: força
muscular, flexibilidade, equilíbrio, sensibilidade e a capacidade de manipular objetos,
as quais ao longo do tempo de vida tendem a um declínio fisiológico.
Dessa forma, Martin, Nebuloni e Najas (2012) associam as habilidades
funcionais com a força muscular, tanto à massa muscular quanto ao estado
nutricional (EN) do indivíduo, e destacam que “a avaliação do EN do idoso é um
processo complexo, que possibilita a intervenção nutricional adequada evitando ou
minimizando agravos à saúde que comprometam a capacidade funcional”.
Prontamente, a avaliação nutricional do idoso permite o diagnóstico do EN e
contribui para a sua recuperação e/ou manutenção, e quando necessário,
proporciona uma precoce intervenção nutricional (SOUSA et al., 2015).
Portanto, alguns parâmetros são usados para se obter o EN de um
indivíduo, dentre eles, o Índice de Massa Corporal (IMC) e a Mini Avaliação
Nutricional (MAN). O IMC é um indicador da adiposidade geral, e apresenta boa
relação com a morbimortalidade. Já, a MAN é um método validado, prático, não
invasivo, com questões rápidas e de simples mensurações (FREITAS et al., 2015).
Sampaio et al. (2017) apontaram o IMC como o marcador de maior
sensibilidade para a fragilidade em idosos, demonstrando a capacidade de identificar
indivíduos frágeis. Além disso, encontraram um ponto de corte de 23,4 kg/m2
entendendo que indivíduos com IMC abaixo deste valor possuem maior
probabilidade de serem frágeis.
O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) também
recomenda a antropometria para o diagnóstico nutricional em idosos e utiliza como
9
critério prioritário a classificação do IMC, visto que é um método útil, simples e com
boa predição para doenças futuras, mortalidade e incapacidade funcional.
Entretanto, considera pontos de corte diferentes do utilizados para adultos devido às
alterações fisiológicas (BRASIL, 2011).
Sousa et al. (2015) ressaltam que a MAN versão reduzida (MAN®) como um
instrumento de triagem nutricional obtida a partir de sua forma completa, é
recomendado pela European Society of Parenteral and Enteral Nutrition (ESPEN),
Associação Internacional de Gerontologia (IAG) e pela Academia Internacional de
Nutrição e Envelhecimento (IANA), por ser prático, simples de ser aplicado e pela
capacidade de identificar rapidamente o paciente que necessita de intervenção
nutricional.
A circunferência da panturrilha (CP) considerada como uma medida
antropométrica muito utilizada para indicar a massa muscular no idoso, também está
inclusa na MAN®, pois fornece uma estimativa da reserva proteica e pode ser
utilizada em programas de avaliação nutricional, auxiliando na detecção de riscos
(MENEZES; MARUCCI, 2007; MARTIN, NEBULONI; NAJAS, 2012).
Outro marcador que possui credibilidade para verificar a funcionalidade e a
força muscular na terceira idade é através da força de preensão manual (FPM). Ong
et al. (2017), explicam que essa força desempenha um papel importante na vida
diária das pessoas e serve como um indicador confiável das habilidades motoras da
mão de um indivíduo. Muitas funções realizadas diariamente como o transporte
exigem o uso da flexora musculatura dos antebraços e mãos, e estes são os
músculos envolvidos na força de preensão (ONG et al., 2017).
Lenardt et al. (2016) destacam que a força da mão é um dos aspectos
funcionais mais relevantes na manutenção da independência e qualidade de vida
dos idosos. Quando reduzida pode ter impacto na capacidade funcional, gerar
dependência nas atividades de vida diárias e aumentar as incapacidades.
O termo força muscular designa a habilidade de um determinado músculo ou
grupamento muscular, em produzir ou resistir a uma força. Sendo esta uma medida
de força isométrica, que envolve o emprego de força sobre um objeto imóvel onde o
músculo se contrai, permanecendo sobtensão constante por um curto intervalo de
tempo, porém há pouca alteração em seu comprimento (SCHLÜSSEL et al., 2008).
A FPM pode ser medida usando diferentes instrumentos. De acordo com
Vermeulen et al. (2015), o dinamômetro manual foi considerado uma ferramenta
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válida na prática clínica e de pesquisa, e é uma maneira fácil, rápida e barata.
Permitindo assim, através de seus resultados, fazer associação com o estado
nutricional do idoso (THIAGO et al., 2012).
Para estipular valores de referências para adultos e idosos de Rio Branco –
Acre, Brasil, Amaral et al. (2019) em síntese, destacam que algumas variáveis
podem influenciar valores da FPM, especialmente em pessoas idosas, tais como:
idade, sexo, medidas antropométricas (altura, peso, tamanho da mão, circunferência
do braço) e dominância da mão.
Vale informar que o estabelecimento de valores de referência da FPM para
diferentes populações torna possível detectar diferenças entre eles, mas também
serve para subsidiar esforços para construir mais valores de referência
generalizáveis ou preensivos. A compreensão do comportamento da FPM na
população é importante para criar parâmetros em programas de reabilitação física,
bem como para a exploração dos níveis de FPM discriminando o risco de ocorrência
de condições de saúde (AMARAL et al., 2019).
Ademais, a força de preensão torna-se um relevante indicador de alterações
do estado nutricional em curto prazo, bem como da resposta ao suporte nutricional,
descrito como um dos mais sensíveis testes funcionais indicadores de depleção
proteica (SCHLÜSSEL et al., 2008).
Diante do exposto, o conhecimento do estado nutricional e da força de
preensão manual podem auxiliar profissionais da saúde em triagem inicial, condutas
para diagnóstico, ou auxílio no monitoramento de doenças em idosos, prevenindo
deficiências funcionais e direcionando-os com novas estratégias de promoção e
prevenção á saúde dessa população.
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2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Avaliar a Força de Preensão Manual e o estado nutricional pelo Índice de
Massa Corporal, Circunferência da Panturrilha e o Escore de Triagem da MAN® em
idosos que frequentam um Centro de Convivência do município de Cuiabá – MT.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Caracterizar o grupo de idosos segundo os dados epidemiológicos;
Verificar o Escore de Triagem por meio da MAN®;
Avaliar o IMC dos idosos através do peso e altura;
Avaliar a Circunferência da Panturrilha (CP) direita;
Descrever a FPM da mão dominante em kg/f dos idosos que frequentam um
Centro de Convivência;
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3 CASUÍSTICA E MÉTODOS
3.1 CASUÍSTICA
Trata-se de um estudo de caráter observacional de corte transversal
realizado com um grupo de idosos de ambos os sexos, que frequentam um CCI. O
projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Área da Saúde
(CEP-SAÚDE) com o Certificado de Apresentação para Apreciação Ética - CAAE:
79479617.7.0000.8124 da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT),
atendendo a Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde.
3.1.1 LOCAL DO ESTUDO
As coletas foram realizadas no período matutino, o local para aferição das
medidas foi organizado em formato de estações, onde os voluntários foram
recepcionados e encaminhados para cada estação a fim de colher todos os dados
preditos na pesquisa.
O estudo foi realizado no CCI João Maria dos Santos “João Guerreiro”,
localizado na Rua 01, s/n, Bairro Altos do Coxipó, no município de Cuiabá – MT.
Inaugurado em 2010, atualmente atende cerca de 600 idosos cadastrados, que
participam de atividades como dança, alfabetização, informática, hidroginástica e
artesanato, além de receberem atendimento de assistentes sociais, enfermeiros e
fisioterapeutas (SECOM, 2014).
3.1.2 POPULAÇÃO DE ESTUDO
Critérios de inclusão: foram incluídos indivíduos idosos, de ambos os
sexos, que participavam das atividades do centro de convivência e aceitaram
participar da pesquisa, assinado previamente um Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE) (Apêndice A).
Critérios de exclusão: foram excluídos do estudo indivíduos idosos
portadores de anomalias nos membros inferiores e/ou superiores, doenças
neurológicas ou com quaisquer doenças que possa impossibilitar a realização dos
testes.
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3.2 MÉTODOS
3.2.1 AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO NUTRICIONAL
Os valores de peso e altura foram obtidos para a classificação do estado
nutricional do indivíduo pelo cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). O peso foi
aferido em balança calibrada (marca Filizola, capacidade de 150 kg e sensibilidade
de 100 g), os indivíduos foram posicionados no centro de base da balança, em pé,
descalços, com roupas leves e sem nenhum objeto pessoal.
A altura foi medida utilizando um antropômetro, com o idoso em pé, sem
sapatos, calcanhares unidos, com a cabeça sem a utilização de adornos e formando
um ângulo de 90º entre o queixo e pescoço, e braços estendidos a linha do corpo. A
fórmula utilizada para calcular o IMC foi a seguinte:
Fonte: (BRASIL, 2011).
Para a classificação do estado nutricional foram utilizados pontos de corte
adotados por Lipschitz, usada também pelo SISVAN no Brasil, sendo estes,
específicos para idosos, conforme quadro 1:
Quadro 1. Pontos de corte estabelecidos para idosos.
IMC (KG/m2) Diagnóstico Nutricional
≤ 22 Baixo Peso
> 22 e < 27 Adequado ou Eutrófico
≥ 27 Sobrepeso
Fonte: (LIPSCHITZ, 1994; BRASIL, 2011)
Para a triagem nutricional utilizou-se a Mini Avaliação Nutricional versão
reduzida (MAN®) (Anexo A). Os pontos de corte utilizados foram: Idosos que
apresentaram escore entre 12 a 14 pontos classificou-se como estado nutricional
normal; entre 8 a 11 pontos, sob-risco de desnutrição e com escore entre 0 a 7
pontos como desnutrido (GUINAJAS, VELLAS; GARRY, 1999; NAJAS; YAMATTO,
2014).
Para verificar a circunferência da panturrilha (CP, cm) direita, considerou-se
o indivíduo sentado de forma que o joelho e o tornozelo estivessem dobrados
formando um ângulo de 90º, passando então a fita métrica inelástica ao redor da
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maior protuberância localizada na panturrilha. Foi considerada adequada a
circunferência igual ou superior a 31 cm para homens e para mulheres conforme a
triagem MNA reduzida (GUINAJAS, VELLAS; GARRY, 1999; NAJAS; YAMATTO,
2014).
Não há na literatura, um método padronizado para verificar a Força de
Preensão Manual, contudo, foi utilizada a metodologia aplicada por Laurentani et al
(2003; CRUZ-JENTOFT et al., 2010), utilizando um dinamômetro hidráulico (Saehan
Corporation, Masan, Korea®). O indivíduo foi posicionado sentado com os pés
plantados no solo, braço dominante paralelo ao tronco, cotovelo flexionado em 90º,
antebraço e punho em posições neutras, e foram solicitados a exercer a força
máxima de uma só vez. Três medidas foram realizadas em intervalos de 1 minuto.
Todas as três medidas foram registradas e posteriormente calculou-se a média em
quilogramas força Kgf.
Foram utilizados para esta análise os escores de <20 kgf para mulheres e
<30 kgf para homens classificando os sujeitos por apresentar “perda de força
manual” ou “força manual normal” (LAURENTANI et al, 2003; CRUZ-JENTOFT et
al., 2010).
3.3 ANÁLISES DE DADOS
Os dados foram analisados, utilizando o software Excel da Microsoft, de
forma descritiva para frequências absolutas (n) e relativas (%) para variáveis
qualitativas, e cálculos de medidas de tendência central (média) e de dispersão
(desvio padrão) para variáveis quantitativas, apresentados através de tabelas e
gráfico para visualização, análise e compreensão dos resultados.
Para comparação das médias foi aplicado os testes T de Student e adotando
o intervalo de confiança de 95% e nível de significância estatística de 0,05 ou 5%
(p< 0,05).
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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Neste estudo obteve-se uma amostra total de 94 idosos, sendo 85% (n= 80)
mulheres e 15% homens. A coleta de dados foi realizada no período de atividades
com maior frequência de idosos do Centro de Convivência João Guerreiro.
Observou-se superioridade de participantes do sexo feminino se comparado ao
masculino, bem como dados de Ongaratti, Lohmann e Périco (2015) com 21
participantes mulheres e 9 homens. Já, Melo e Andrade (2016) não obteve
participação de homens idosos à pesquisa, prevalecendo somente participantes
mulheres.
Oliveira, Duarte e Reis (2016) também verificaram maior distribuição de
mulheres idosas (92,7%) que homens (7,3%) pertencentes a um CCI. Essa
feminilização dos grupos de convivência é evidenciada por vários estudos e pode
ser explicada pelo fato de que as mulheres buscam mais o convívio social e a
melhoria pela qualidade de vida do que os homens (GONZALEZ; SEIDL, 2014;
MELO; ANDRADE, 2016).
Carneiro et al. (2019) analisaram a percepção de homens entre 18 e 59 anos
acerca de sua própria saúde à procura, ou não, dos serviços de atenção primária e
identificaram que para os 384 entrevistados, a maioria das respostas apontaram que
o homem é um ser invulnerável que possui menos probabilidade de ter doenças e
que buscar os serviços de saúde, principalmente para prevenção, é um sinal de
fraqueza.
Na faixa etária da amostra estudada observou-se maior número de
participantes considerados idosos jovens (60 e 69 anos), sendo 68,1% entre 60-69
anos, 27,7% entre 70-79 anos e 4,3% ≥ 80 anos (conforme Figura 2). Para Oliveira,
Clemente e Sant’ana (2016) os CCIs cumprem um papel relevante no processo do
envelhecimento saudável, pois possibilitam uma articulação à rede de serviços
sócios assistenciais dinamizando fluxos de atendimento e auxiliando os idosos no
acesso ao conhecimento dos seus direitos.
A caracterização desta faixa etária e seu estado de saúde tende a ser efetivo
quando realizado em locais com predominância de idosos, e assim, obter dados
mais consistentes.
16
Figura 1 – Distribuição de idosos participantes de um Centro de Convivência conforme faixa etária. Cuiabá, MT, 2019.
Identifica-se na Figura 1 que mais da metade do total de idosos participantes
da pesquisa (68,1%) tinham entre 60 e 69 anos, e que com o avanço da idade nota-
se que há um declínio neste número. Dessa forma, percebe-se que quanto maior a
idade, maior é a diminuição do número de idosos que frequentam espaços de
convivência ou que a existência de idosos longevos seja menor que idosos jovens.
Também é possível que os idosos mais velhos já tenham superado essa
fase de obrigatoriedade de atividades, estejam adaptados ao aumento na fragilidade
e tenham aceitado seu status de idoso. Para os mais velhos, a realização de
atividades menos exigentes, em número e em força envolvida, é suficiente para que
se sintam bem consigo mesmos (DIEHL; WAHL 2010; COSTA; NERI 2011).
A Tabela 1 apresenta os dados descritivos da amostra total conforme o
sexo, constituindo a média ponderada com desvio padrão e sua respectiva variância
mínima e máxima.
A média de idade foi de 68±6,02 anos, com variância mínima e máxima de
60 e 86 anos respectivamente. Os resultados encontrados por Oliveira, Duarte e
Reis (2016) assemelham-se ao presente estudo com 53,7% na faixa etária maior ou
igual a 68 anos, bem como resultados de Tolentino et. al (2017) que estudaram FPM
60-69 70-79 ≥ 80
Faixa etária (n= 94)
Homens 8 5 1
Mulheres 56 21 3
Total (n) 64 26 4
TOTAL (%) 68,1 27,7 4,3
0
10
20
30
40
50
60
70
80 n
º d
e id
os
os
Distribuição da amostra por faixa etária
17
em idosas fisicamente ativas e encontraram média de idade também de 68±7,1
anos.
Tabela 1– Características gerais e antropometria de idosos, que frequentam de um centro de convivência, segundo o sexo. Cuiabá, MT, 2019.
VARIAVEIS
TOTAL
(n= 94)
MASCULINO
(n= 14)
FEMININO
(n= 80)
Média±DP Mín Máx IC Média ± DP Média ± DP p-valor
Idade 68 ± 6,02 60 86 1,22 67,8 ± 7,63 67,5 ± 5,74 0,798
Peso 74,89 ± 14,64 50,6 112,1 2,96 84,48 ± 15,94 73,28 ± 13,89 0,029
Altura 1,56 ± 0,08 1,41 1,78 0,02 1,69 ± 0,04 1,54 ± 0,06 <0,001*
IMC (kg/m2) 30,65 ± 4,99 21,3 46,06 1,01 29,43 ± 5,29 30,89 ± 4,93 0,292
CP (cm) 37,43 ± 3,66 28,5 48,4 0,74 37,55 ± 3,02 37,44 ± 3,77 0,934
FPMD (kg) 29,07 ± 8,73 9 53 1,76 42,23 ± 10,06 26,67 ± 5,80 <0,001*
A média de peso e de altura foi maior nos homens. Os resultados do estudo
diferem das médias de peso (68,93±10,06) e altura (1,51±0,07) dos encontrados por
Silva, Rodrigues e Almeida (2019) que avaliaram o estado de saúde de 24 idosos
participantes de diferentes programas de atividade física, porém observou-se
semelhança na média de IMC com 30,3±4,00. Tolentino et al. (2017) também
encontraram médias semelhantes ao deste estudo para peso, altura e IMC em
idosas entre 60 e 68 anos constituindo valores de: 71,80±18,57, 1,51±24,06 e
28,82±5,97 respectivamente.
Com relação à média do IMC da amostra total (Tabela 1) nota-se também
que há maior quantidade de idosos com excesso de peso (30,65 ± 4,99) e pouca
diferença entre as médias por sexo, prevalecendo IMC superior em mulheres.
Obtendo variância mínima e máxima de 21,3 e 46,06, respectivamente.
Para a variável CP a média total em cm foi de 37,43±3,66 sendo o mínimo e
máximo de 28,5 e 48,4 cm respectivamente, não variando na média entre os sexos.
Ambos apresentaram medidas ≥ a 31 cm, classificando-os como adequados, ou
seja, sem perda muscular de acordo com Tabela 1.
Conforme Sousa et al. (2015) a identificação da massa muscular quando
apresentada CP inferior a 31 cm é um importante indicador clínico de sarcopenia,
pois possui elevada sensibilidade além de avaliar não somente o estado nutricional,
mas também o risco de incapacidade funcional e de quedas.
18
Sampaio et al. (2017) em estudo com 316 idosos registrados na Estratégia
de Saúde da Família (ESF) de Lafaiate Coutinho – BA, encontraram médias de
33,2±3,6 cm de CP em e variância mínima e máxima de 22,1 a 43,0 cm
respectivamente. Os autores encontraram por meio do modelo de regressão
logística que os indicadores antropométricos IMC e CP foram inversamente
associados à fragilidade (p <0,01), indicando que o aumento em uma unidade do
IMC e CP diminuem em aproximadamente 10% e 15%, respectivamente, a
probabilidade de fragilidade em idosos. E podem ser utilizados como instrumentos
de triagem simples e rápida para detectar idosos frágeis.
A Tabela 2 classifica o estado nutricional dos idosos conforme IMC,
constituindo 1,06% baixo peso, 24,5% estróficos e 74,5% sobrepeso, verifica-se que
as mulheres apresentaram maior porcentagem em todos os pontos de corte em
relação aos homens.
Tabela 2 – Classificação do estado nutricional de idosos que frequentam um centro de convivência, conforme IMC e sexo. Cuiabá, MT, 2019.
IMC TOTAL FEMININO MASCULINO
% n % n % N
Baixo peso 1,0 1 1,2 1 - 0
Eutrófico 24,5 23 20,0 16 50 7
Sobrepeso 74,5 70 78,8 63 50 7
Silveira, Kac e Barbosa (2009) explicam que no aspecto biológico, a
classificação de IMC diferencia-se conforme o sexo, ao mesmo tempo, as mulheres
tendem a acumular gordura subcutânea e a perdem em idades mais avançadas em
comparação com os homens. Além disso, a menopausa é acompanhada por
aumento de peso e adiposidade.
Os resultados de Oliveira, Duarte e Reis (2016) apresentaram 54,9% de 82
idosos com excesso de peso e média de peso de 25,54±9,23. Já os resultados de
Silva et al. (2016) foram classificados com eutrofia através do IMC obtendo média de
25,6±3,3 kg/m2, em idosas praticantes de caminhada, discordando com os
resultados encontrados neste estudo.
Os médias encontradas no estudo de Furtado et al. (2016), foram
semelhantes aos deste estudo. Os autores encontraram em idosos residentes em
áreas rurais média de IMC de 25,58±6 kg/m2 para amostra total (n= 95), as mulheres
19
obtiveram valor maior de IMC (n=57; 27,18±7) que os homens (n= 38; 23,33±3,49),
sendo 40% dos participantes classificados com sobrepeso.
É notório as mudanças no padrão alimentar e o perfil nutricional da
população nos últimos tempos, Fuzaro-Junior et al. (2016) em revisão da literatura
sobre alimentação e nutrição no envelhecimento, confirmam que é evidente a
redução da desnutrição e aumento significativo da obesidade, considerado um dos
graves problemas de saúde pública ao passo que a expectativa de vida vem
aumentando. Esse adicional de anos de vida não está necessariamente vinculado a
um envelhecimento saudável.
Vários estudos evidenciam o aumento de peso em idosos associados à
comorbidades, Fontenelle et al. (2018) avaliou 240 idosos e encontraram associação
estatística significativa para doenças cardiovasculares e hipertensão arterial, com
maior prevalência no grupo com obesidade. No idoso, a obesidade pode está
associada com hipertensão arterial, diabetes melito, aumento da resistência à
insulina, dislipidemias, osteoartrose e muitas outras enfermidades, além do declínio
funcional (TEIXEIRA et al., 2012).
O excesso de peso modifica a geometria do corpo, aumentando a massa
dos diferentes segmentos e impondo limitações funcionais, tendo como resultado
uma incapacidade para a realização de atividades básicas e cotidianas. Por isso,
manter o corpo magro em capacidades adequadas de massa muscular para o idoso,
evita um declínio na capacidade motora, visto que a elevação do IMC, quando
relacionada aos fatores obesidade e sobrepeso, gera menor amplitude de
movimento, causando limitações funcionais relacionadas à biomecânica e atividades
de vida diária levando a uma dependência (OLIVEIRA, DUARTE; REIS, 2016).
Conforme o escore de triagem obtido pela MAN® (Tabela 3), o estado
nutricional dos idosos constituiu-se por: 14,9% sob-risco de desnutrição e 85,1%
com estado nutricional normal, não classificando nenhum idoso com desnutrição.
Tabela 3 – Classificação do estado nutricional de idosos que frequentam um centro de convivência, segundo escore da MAN® e sexo. Cuiabá, MT, 2019.
MAN® TOTAL MASCULINO FEMININO
% n % n % n
Desnutrido
0
0
Sob-risco de desnutrição 14,9 14 14 2 15 12
Estado nutricional normal 85,1 80 86 12 85 68
20
Observa-se que tanto com a utilização do IMC quanto da MAN, não foram
verificados percentuais elevados para baixo peso e desnutrição respectivamente,
quando comparados a eutrofia ou sobrepeso. Todavia, carece importante atenção à
porcentagem “sob-risco de desnutrição” avaliada pela MAN em 14,9% do total da
amostra. Uma vez que o idoso é um indivíduo com maior vulnerabilidade em saúde,
uma intervenção nutricional preventiva contribuirá de forma positiva na promoção da
qualidade de vida do mesmo.
Dados do estudo de Salgueiro et al. (2018) corroboram com os resultados
encontrados neste estudo quanto a não verificação de risco de desnutrição. Além
disso, obtiveram maior classificação para excesso de peso conforme IMC (66% para
mulheres e 62,5% para homens).
Alfieri et al. (2016) avaliaram 43 idosos com média de idade de 69,29±7,31
anos e relatam que várias pesquisas têm mostrado que a maioria dos idosos, que
vivem na comunidade, não apresenta risco nutricional quando avaliados pela MAN,
seus achados destacam que a maior parte dos idosos avaliados não apresentou
risco de desnutrição, porém, observaram relação inversa entre o escore da MAN, o
peso e o IMC.
Para a variável força de preensão manual, encontrou-se média da amostra
total de 29,07±8,73 kgf com variância mínima e máxima de 9 e 53 kgf
respectivamente, a média masculina foi de 42,23±10,06 kgf e a feminina 26,67±5,80
kgf.
De acordo com a Tabela 4 as médias de FPM segundo o IMC nota-se
diferença estatisticamente significante entre os sexos (p-valor <0,05). Analisando a
tabela, tanto homens eutróficos (40,24±12,88) e sobrepeso (45,43±6,14) obtiveram
média de FPM superior às mulheres eutróficas (25,67±7,32) e com sobrepeso
(27,35±5,24).
Tabela 4 – Força de preensão manual (média ponderada e desvio padrão) de idosos que frequentam um centro de convivência, conforme o sexo e IMC. Cuiabá, MT, 2019.
IMC MASCULINO FEMININO
p-valor Média ± DP Média ± DP
Baixo peso (≤22) - 20,67 -
Eutrófico (>22 e <27) 40,24 ± 12,88 25,67 ± 7,32 0,016
Sobrepeso (≥27) 45,43 ± 6,14 27,35 ± 5,24 0,00014
21
Tabela 5 – Força de preensão manual (média ponderada e desvio padrão) de idosos que frequentam um centro de convivência, conforme o sexo e escore de triagem da MAN®-SF. Cuiabá, MT, 2019.
MAN® MASCULINO FEMININO
p-valor Média ± DP Média ± DP
Desnutrido - - -
Sob-risco de desnutrição 34,50 ± 26,16 26,01 ± 7,09 0,728
Estado nutricional normal 44,22 ± 6,53 26,780 ± 5,60 <0,001
Em análise sobre as médias da FPM conforme o escore de triagem da
MAN® (Tabela 5), também foi encontrado média superior em homens com estado
nutricional normal (44,22±6,53) e sob-risco de desnutrição (34,50±26,16), que em
mulheres na mesma classificação. Não houve diferença estatística significativa entre
os sexos classificados “sob-risco de desnutrição”, diferentemente do grupo “estado
nutricional normal”.
A FPM tem sido utilizada como um biomarcador de desfechos na área da
saúde, porém, poucos estudos descrevem os valores de referência para população
saudável (PESTANA, OLIVEIRA; MENDES, 2015). Barbosa-Silva et al. (2015)
dispõem que escores <20 kgf para mulheres e <30 kgf para homens como auxílio no
diagnóstico de sarcopenia em idosos, podem ser classificados como “perda de força
manual” ou “força manual normal”.
Conseguinte, Alley et al. (2014) esclarecem que em níveis reduzidos como
<26 kgf e <16 kgf para homens e mulheres, respectivamente, a FPM tem sido
considerada uma importante preditora de incapacidade, morbidade e mortalidade,
principalmente, associada à fragilidade em idosos. O desenvolvimento de doenças e
a perda progressiva das aptidões funcionais interferem na qualidade de vida do
idoso, limitando sua capacidade para realização das atividades da vida diária e
prejudicando sua saúde (ALVES et al., 2007; BELMONTE et al., 2014).
Furtado et al. (2016) observaram, a correlação entre estado nutricional e
força de preensão manual em idosos longevos, acima de 80 anos. Especula-se que
o declínio do estado nutricional pode impactar mais significativamente indivíduos em
idades mais avançadas.
Resultados encontrados por Santos et al. (2018) com 310 idosos residentes
no município de Ibicuí, Bahia; sugerem que a FPM pode ser utilizada como
discriminador de risco para presença de multimorbidades em idosos (sendo as mais
22
prevalentes: hipertensão, dores na coluna, doenças circulatórias, varizes e
problemas respiratórios). Destacaram os escores para avaliar força em mulheres e
homens de 15,35 kgf e 24,8 kgf, respectivamente.
Com base no escore dos autores acima citados, os resultados obtidos neste
estudo evidenciam que há baixa quantidade de idosos que apresentaram FPM
abaixo de <30 kgf para homens e <20 kgf para mulheres, apresentando apenas
1,0% dos participantes com valor limítrofe sendo este classificado com Baixo peso
pelo IMC, entendendo que quanto maior a média de IMC maior a média em kgf de
FPM e vice-versa.
Dados semelhantes para as médias, foram encontrados por Lenardt et al.
(2016) que analisaram fatores associados à FPM diminuída em 203 idosos da
atenção primária e encontraram 48,8% dos idosos confirmando elevada distribuição
da mesma, e média de 29,57±10,36 kgf. Os homens (n = 80) apresentaram média
superior (38,59±9,09 Kgf) quando comparado às mulheres (n = 123) para essa
variável (23,70±6,03 Kgf).
Belmonte et al. (2014) em estudo com idosos de grupos de convivência
também encontraram FPM em homens (63,9±15,1) maior do que em mulheres,
(40,5±12,2) bem como, Santos et al. (2018) que obtiveram média total da FPM de
21,22±8,4, sendo média 26,6±8,0 e 17,0±6,1 para os sexos masculino e feminino,
respectivamente em idosos. Silva, Rodrigues e Almeida (2019) corroboram com as
médias encontradas neste estudo, com 34,8±3,8 kgf e 25,1±4,1 kgf para os homens
mulheres idosos respectivamente.
Tiecker, Pillat e Berlezi (2017) analisaram a força muscular de 555 idosos
segundo fragilidade, incluídos em doze ESF, categorizaram pontos de corte para a
população específica com percentil 20, e encontraram 36,9% idosos não frágeis;
45,4% pré-frágeis e 17,7% frágeis. E observaram com relação à FPM, quanto mais
frágil é o idoso menor é a sua força muscular, sendo que as mulheres apresentaram
força menor que o ponto de corte independente do IMC, já para os homens na sua
maioria quanto maior o IMC maior é à força de preensão palmar independente de
ser frágil ou não.
Em estudo sobre a avaliação da força muscular em indivíduos
frequentadores de um grupo de convivência, os autores concluíram que a
dinamometria, quando aplicada em conjunto com o índice de massa corpórea e com
a circunferência abdominal, pode sugerir comprometimento, em algum grau, tanto do
23
sistema musculoesquelético quanto da sobrecarga do sistema cardiovascular,
permitindo, dessa forma, que o profissional seja auxiliado no momento da tomada de
decisão e na implantação de uma proposta de intervenção que seja capaz de trazer
benefícios à saúde do indivíduo avaliado (PESTANA, OLIVEIRA; MENDES, 2015).
Vale ressaltar que os resultados encontrados neste estudo podem ser
influenciados devido à participação ativa dos idosos em atividades físicas realizadas
no Centro de Convivência, dessa forma, pode indicar uma relação positiva entre
circunferência da panturrilha, força de preensão manual e Índice de Massa Corporal.
Ademais, o sedentarismo é um fator importante para a redução da massa
muscular e consequentemente do maior acúmulo de gordura e da maior prevalência
de incapacidade física (TIECKER, PILLAT; BERLEZI, 2017).
De acordo com Silva, Rodrigues e Almeida (2019), o teste de preensão
manual, por sua alta correlação com a força do sujeito, tem sido amplamente
utilizado para a mensuração dessa variável. Os autores estudaram 24 idosos
participantes de diferentes programas de atividade física, e não encontraram
nenhuma correlação entre as variáveis “aptidão física e associação da qualidade de
vida”. Contudo, consideram não apenas as repercussões de bons níveis de aptidão
física, como também a influência da participação em um programa de atividades
físicas sobre a qualidade de vida, pois, o fato de se locomover a um ambiente
agradável, de socialização, de prazer e dinamicidade pode contribuir positivamente
para os domínios referentes à qualidade de vida do idoso.
24
5 CONCLUSÃO
Os resultados obtidos neste estudo mostraram maior porcentagem de
sobrepeso entre os idosos analisados conforme IMC, contudo, ainda puderam-se
encontrar idosos sob-risco de desnutrição avaliada pela MAN®, não obtendo
indivíduo com desnutrição.
Por meio da CP pode-se identificar massa muscular “adequado”, não
variando média entre sexo. Desta forma, vale considerar a importância da
participação ativa em atividades físicas realizadas no centro de convivência.
As médias da FPM encontraram-se superiores em homens do que em
mulheres, corroborando com estudos atuais conforme sexo. Ao passo que as
médias de FPM em idosos classificados com sobrepeso pelo IMC foram maiores que
aos de idosos eutróficos, podendo indicar limitações no que tange esta variável visto
que os idosos com sobrepeso podem apresentar maior quantidade de massa
muscular que o outro grupo.
As variáveis utilizadas no estudo contribuíram de forma positiva para avaliar
o estado nutricional, além disso, a dinamometria manual mostrou-se de fácil
manuseio e aplicação possibilitando a verificação de força em idosos que
frequentam grupos de convivência.
25
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APÊNDICE A
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Avaliação da Capacidade Funcional de Idosos de um Centro de Convivência de Cuiabá.
Objetivo: O presente estudo tem como objetivo avaliar a capacidade funcional e o estado nutricional de indivíduos idosos que participam de um centro de convivência de Cuiabá. Procedimentos: A pesquisa que está sendo realizada com o senhor (a) envolve a resposta de perguntas simples sobre seu histórico de vida, após essas perguntas o senhor (a) será convidado a subir em uma balança portátil calibrada, e em seguida sua altura será aferida, após essa etapa iniciam-se os testes físicos para avaliar sua capacidade funcional. Para avaliar sua capacidade funcional o senhor (a) irá caminhar com sua velocidade normal de marcha sobre uma linha branca traçada no chão com o cumprimento de 4,6 m, respeitando seu tempo necessário para a realização deste. Serão apresentadas ao senhor todas as medidas obtidas, e as pesquisadoras estarão sempre dispostas para esclarecer qualquer dúvida. Os riscos que o senhor (a) corre de participar dessa pesquisa são pequenos mais existem como, ficar cansado (a) e indisposto (a) de realizar os testes ou de responder perguntas relacionadas ao seu histórico de vida. No final do estudo o senhor (a) será informado sobre os resultados e também orientado sobre seu estado nutricional e sua capacidade funcional, além de colaborar com a área científica, que a cada dia mais necessita de estudos que envolvem a população idosa e finalmente poder atingir os órgãos públicos, os quais são responsáveis em elaborar estratégias e leis que possam contribuir para melhorar a sua qualidade de vida e futuramente dos seus descendentes. Todas essas medidas serão realizadas tomando-se o máximo cuidado de não constranger o senhor (a), e este terá a liberdade de responder ou não às perguntas. Os dados obtidos nas entrevistas são de responsabilidade dos pesquisadores envolvidos na pesquisa. Fui igualmente informada/o:
Da garantia de receber resposta a qualquer esclarecimento acerca dos procedimentos e outros assuntos relacionados à pesquisa;
Da liberdade de retirar o meu consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo;
Da segurança que não serei identificado (a) e o caráter confidencial das informações relacionadas à minha privacidade;
Eu,___________________________________fui informada (o), de maneira clara, dos objetivos da pesquisa acima. Esclareci minhas dúvidas. Sei que em qualquer momento poderei solicitar novas informações.Para qualquer pergunta sobre os meus direitos como participante deste estudo ou se penso que fui prejudicado pela minha participação ou ainda, se quiser fazer novas perguntas sobre este estudo, posso chamar Iara dos Anjos Vaez no telefone (65) 8128-4099.
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APÊNDICE B
FORMULÁRIO PARA COLETA DE DADOS
Nome completo: _________________________________ Local: _______ N: _____
Varáveis Valor encontrado
Discente
Idade anos
Data de nascimento
Sexo
Peso
Altura
IMC
SARC-F Pontuação
HG 1
HG 2
HG 3
HG médio
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ANEXO A