universidade federal de mato grosso...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. in...

35
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE NUTRIÇÃO FORÇA DE PREENSÃO MANUAL E ESTADO NUTRICIONAL DE IDOSOS QUE FREQUENTAM UM CENTRO DE CONVIVÊNCIA DE CUIABÁ, MT PALOMA CECÍLIA QUEIROZ FERREIRA Cuiabá-MT, abril de 2019

Upload: others

Post on 27-Mar-2021

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE NUTRIÇÃO

FORÇA DE PREENSÃO MANUAL E ESTADO NUTRICIONAL

DE IDOSOS QUE FREQUENTAM UM CENTRO DE

CONVIVÊNCIA DE CUIABÁ, MT

PALOMA CECÍLIA QUEIROZ FERREIRA

Cuiabá-MT, abril de 2019

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE NUTRIÇÃO

FORÇA DE PREENSÃO MANUAL E ESTADO NUTRICIONAL

DE IDOSOS QUE FREQUENTAM UM CENTRO DE

CONVIVÊNCIA DE CUIABÁ, MT

PALOMA CECÍLIA QUEIROZ FERREIRA

Trabalho de Graduação apresentado ao Curso de Nutrição da Universidade Federal de Mato Grosso como parte dos requisitos exigidos para obtenção do título de Bacharel em Nutrição, sob orientação da professora Nilma Ferreira da Silva.

Cuiabá-MT, abril de 2019

Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

Dados Internacionais de Catalogação na Fonte.

Q3f Queiroz Ferreira, Paloma Cecília. FORÇA DE PREENSÃO MANUAL E ESTADO

NUTRICIONAL DE IDOSOS QUE FREQUENTAM UM CENTRO DE CONVIVÊNCIA DE CUIABÁ, MT / Paloma Cecília Queiroz Ferreira. -- 2019

35 f. : il. color. ; 30 cm.

Orientadora: Nilma Ferreira da Silva. TCC (graduação em Nutrição) - Universidade Federal de

Mato Grosso, Faculdade de Nutrição, Cuiabá, 2019. Inclui bibliografia. 1. idoso. 2. força de preensão manual. 3. avaliação

nutricional. 4. saúde. I. Título.

Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo (a) Autor (a).

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada à fonte.

Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE NUTRIÇÃO

FORÇA DE PREENSÃO MANUAL E ESTADO NUTRICIONAL DE

IDOSOS QUE FREQUENTAM UM CENTRO DE CONVIVÊNCIA DE

CUIABÁ, MT

PALOMA CECÍLIA QUEIROZ FERREIRA

Orientadora:

Prof. MSc. Nilma Ferreira da Silva

MEMBROS DA BANCA EXAMINADORA

Julgado em: 12 / 04 / 2019

Page 5: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

Dedico este trabalho a Deus, meu amigo e conselheiro.

E a meus pais, minha base e ponto de partida para a vida.

Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

AGRADECIMENTOS

A Deus primeiramente, pois há 5 anos e meio atrás, Ele me deu a direção e

convicção de outro curso de graduação a qual deveria cursar, essencial para me

fazer permanecer nesta jornada.

Agradeço a meus pais que são fundamentais para nortear-me, sempre me

apoiando e sendo confrontadores da verdade em amor para comigo. Meu irmão que

enfrentou a jornada de estudos longe de casa no mesmo período que eu, e foi um

bom companheiro à distância. Os amo muito!

Gratidão por encontrar pessoas “anjos” em Cuiabá, MT, que me acolheram

como alguém da família abrindo suas casas com gentileza e compartilhando seus

saberes com alegria durante esses anos. Em especial, amigas que conquistei

através da nutrição: Monique Bodonese, Nayane Oliveira, Daniele Fernandes,

Mayara Herrera, Ana Cristina e Mayara Leite.

Nesta cidade calorosa e tão querida tenho imensa gratidão por conhecer

amigos que me ajudaram tantas vezes em crises por estar longe de casa: Andressa

Moreira, Renan Fernandes, Dannyela Mendonça, Clara Souza, Jayne Barros,

Larissa Lima, Anye Walcrys, Vaniele e Bruniele Marcondes. Agradeço por me

abraçarem, orarem comigo e serem o escape de Deus para um propósito ainda

maior que diplomas.

A Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (PRAE) que me proporcionou auxílio

estudantil durante todo o período de estudo, auxílios em eventos para apresentação

de trabalhos em congressos, isenção na participação de cursos de idiomas e

atividade física através do Instituto de Linguagens e da Faculdade de Educação

Física, além disso, e por meio da Secretária de Relações Internacionais, a

possibilidade de manutenção financeira em programa de intercâmbio. Foi de grande

valia para a realização de sonhos particulares e aparentemente impossíveis.

Agradeço a Faculdade de Nutrição da Universidade Federal de Mato Grosso

e todo o corpo docente incrível que a compõe, foram inúmeras às vezes em que saí

de uma aula com desejo de ser uma excelente profissional. Por meio deste,

agradeço a mestranda Iara Vaez por disponibilizar os dados de sua pesquisa para

elaboração deste estudo e a Professora MSc. Nilma Ferreira por orientação neste

trabalho.

Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

RESUMO

Na última década a aplicação clínica da dinamometria manual tem merecido maior atenção por ser

realizada em diferentes campos da saúde. Dessa forma, o presente estudo tem por objetivo verificar

a força de preensão manual e o estado nutricional de idosos que frequentam um Centro de

Convivência de Cuiabá – MT. Trata-se de um estudo observacional de corte transversal, no qual os

dados foram analisados através do software Excel da Microsoft, sendo aplicados os testes t de

student para comparação das médias adotando p <0,05. A amostra foi de 94 idosos, sendo 85% do

sexo feminino. A média de idade encontrada foi de 68±6,02 anos. Quanto ao IMC encontrou-se 1,0%

como baixo peso, 24,5% eutróficos e 74,5% sobrepeso. Na avaliação conforme MAN® encontrou-se

14,9% sob-risco de desnutrição e 85,1% estado nutricional adequado. As médias de IMC em

mulheres mostraram-se superiores que em homens (30,89±4,93 e 29,43±5,29), a média total da CP

foi de 37,43±3,66 cm, classificando-os com adequada massa muscular. Para a FPM encontrou-se

média total de 29,07±8,73, variando entre 9 e 53 kgf, a média em homens mostraram-se superiores a

mulheres (42,33±10,06 e 26,67±5,80), conseguinte, observou-se pelo IMC que tanto homens e

mulheres classificados com sobrepeso apresentaram médias de FPM superior que idosos eutróficos.

Conclui-se que as variáveis utilizadas no estudo contribuíram de forma positiva para avaliar o estado

nutricional dos idosos, além disso, a dinamometria manual mostrou-se de fácil manuseio e aplicação

para verificação de força em idosos que frequentam grupos de convivência.

PALAVRAS-CHAVE: idoso; força de preensão manual; avaliação nutricional; saúde.

ABSTRACT

Since last decade, the clinical use of dynamometry has been deserved more attention because to

achieve several fields of health. Thus, the present study aims to verify the manual grip strength and

the nutritional status of elderly people who attend a living Centre, in Cuiabá-MT. This observational

study involves cross-section behavior, which data were analyzed through Microsoft Excel software. It

has been used to the student’s t test for compare of means adoption p<0,05. The sample was

composed by 94 elderly, being 85% female. The average age was 68±6,02 years old. The BMI found

1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met

14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate nutritional status. The average BMI for women

were higher than for men (30,89±4,93 and 29,43±5,29), so the total average of CP was 37,43±3,66

cm, sorting them with adequate muscle mass. Instead, the FPM met total average of 29,07±8,73,

varying between 9 and 53 kg, the average in men were superior to women (42,33±10,06 and

26,67±5,80), a result. It was observed both men and women ranked overweight presented medium

FPM superior elderly eutrophic. Therefore, it is concluded that the variables used in the study have

contributed positively to assess the nutritional status of the elderly. Moreover, the manual

dynamometry proved easy handling application and using for verification of strength in elderly

attending groups of coexistence.

KEY-WORDS: elderly; manual gripping force; nutritional assessment; health.

Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 6

2 OBJETIVOS .......................................................................................................... 11

2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 11

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 11

3 CASUÍSTICA E MÉTODOS .................................................................................. 12

3.1 CASUÍSTICA ....................................................................................................... 12

3.1.1 LOCAL DO ESTUDO ........................................................................................ 12

3.1.2 POPULAÇÃO DE ESTUDO .............................................................................. 12

3.2 MÉTODOS ........................................................................................................ 13

3.2.1 AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO NUTRICIONAL ........................................... 13

3.3 ANÁLISES DE DADOS ....................................................................................... 14

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 15

5 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 24

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 25

Page 9: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

6

1 INTRODUÇÃO

No contexto das intensas mudanças demográficas e epidemiológicas

ocorridas nos últimos anos o envelhecimento populacional mundial cresce em ritmo

acelerado e tem sido um dos maiores desafios da saúde pública no Brasil, visto que

o país segue esta tendência.

O Departamento de Economia e Assuntos Sociais dos Estados Unidos

lançou em 2017 o documento World Population Prospects the 2017 Revision e

destacou que a taxa de crescimento da população idosa mundial é de

aproximadamente 3% ao ano, estimando que, em 2050, essa população será

formada por 2,1 bilhões de pessoas com 60 anos ou mais no mundo,

correspondendo a 13% da população total.

No Brasil, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE,

2018) apontam uma crescente porcentagem de idosos. Entre 2012 a 2016 houve um

crescimento de 16% chegando a 29,6 milhões de pessoas, e estimam que em 2050

chegue a 29,3%, com 66,5 milhões de idosos no país.

Essas projeções encontradas na literatura são baseadas em dados

demográficos populacionais das últimas décadas, ao qual, destacam as condições

de saúde do idoso e em como garantir qualidade de vida nesta faixa etária, logo, faz-

se necessário caracterizar tal população, possibilitando dados consistentes no

sistema de saúde de cada região.

O envelhecimento é considerado um fenômeno natural, irreversível e

mundial. A população idosa brasileira tem crescido de forma rápida e em termos

proporcionais, demograficamente pode ser definido como a mudança na estrutura

etária da população, o que produz um aumento do peso relativo das pessoas acima

de determinada idade, considerada como definidora do início da velhice. No Brasil, é

definida como idoso a pessoa que tem 60 anos ou mais de idade (BRASIL, 2010).

Há dez anos Veras (2009) destacou que os serviços de saúde seriam um

dos setores impactados pelo aumento da população idosa, pois passariam a receber

uma demanda maior e que consequentemente despenderiam em um aumento com

os gastos hospitalares.

Entretanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2015) pontua que os

custos com cuidados de saúde não serão como o esperado, já que este cenário não

está muito claro, pois a associação com a utilização de despesas pode ser variável,

além da variada relação significativa do desenvolvimento econômico de cada país.

Page 10: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

7

Uma vez que mais e mais pessoas estão chegando a idades mais avançadas,

permitir que elas levem uma vida longa e saudável pode, portanto, realmente aliviar

as pressões sobre a inflação nos gastos com saúde.

Especialistas que estudam envelhecimento dividem o idoso em três grupos:

os idosos jovens (pessoas de 65 a 74 anos) que geralmente se refere a pessoas

ativas, cheias de vida e vigorosas; idosos velhos (pessoas de 74 a 84 anos); e

idosos mais velhos (pessoas de 85 anos ou mais), que são aqueles com maior

tendência à fraquezas e enfermidades, e podem ter dificuldades para desempenhar

algumas atividades da vida diária (PAPALIA, OLDS; FELDMAN, 2006;

SCHENEIDER; IRIGARAY, 2008).

Fechine e Trompieri (2012) explicam que há variações no processo de

envelhecimento de cada indivíduo, visto que são dependentes de fatores como estilo

de vida, condições socioeconômicas e doenças crônicas.

No envelhecimento as alterações fisiológicas intrínsecas são sutis, inaptas a

gerar qualquer incapacidade na fase inicial, embora, com o passar dos anos,

venham a causar níveis crescentes de limitações ao desempenho de atividades

básicas da vida diária (ESQUENAZI, SILVA; GUIMARÃES, 2014).

Além disso, no nível biológico, o envelhecimento é associado ao acúmulo de

uma grande variedade de danos moleculares e celulares. Com o tempo, esse dano

leva a uma perda gradual nas reservas fisiológicas, um aumento do risco de contrair

diversas doenças e um declínio geral na capacidade intrínseca do indivíduo. Em

última instância, resulta no falecimento (OMS, 2015).

Para Fuzaro-Junior et al. (2016) diversas doenças que se manifestam na

população idosa estão intimamente relacionadas com problemas nutricionais ou

alimentares, como: níveis alterados de colesterol e triglicérides, obesidade, diabetes,

hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e outras.

Um dos locais comumente utilizados por idosos a fim de contribuir para sua

qualidade de vida, são os Centros de Convivência para Idosos (CCIs). Sendo este,

um local destinado á permanência diurna do idoso, onde são desenvolvidas

atividades físicas, laborativas, recreativas, culturais, associativas e de educação

para cidadania (BRASIL, 1996).

De acordo com Oliveira, Clemente e Sant’ana (2016) em síntese sobre a

importância do CCI na promoção da qualidade de vida da pessoa idosa, este espaço

Page 11: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

8

surgiu com a perspectiva de empenhar e proporcionar diversas atividades que

contribuam para o envelhecimento saudável e ativo.

Os CCIs também contribuem positivamente na atuação de profissionais da

saúde, pois possibilitam acesso fácil a idosos auxiliando na avaliação direta do

estado de saúde dos mesmos. Entendendo que os mesmos possuem maior

interesse aos cuidados com a saúde e prevenção de futuras doenças.

Sabe-se que nesta fase da vida o desempenho funcional também vem

sendo considerado na avaliação de saúde deste grupo, tendo em vista que o

declínio da função física pode ser um importante indicador de fragilidade e

dependência (ISRAEL, ANDRADE; TEIXEIRA, 2011; SILVA; MENEZES, 2016).

Conforme Zheng et al. (2016), as capacidades físicas necessárias para

execução das atividades do cotidiano envolvem variáveis fisiológicas como: força

muscular, flexibilidade, equilíbrio, sensibilidade e a capacidade de manipular objetos,

as quais ao longo do tempo de vida tendem a um declínio fisiológico.

Dessa forma, Martin, Nebuloni e Najas (2012) associam as habilidades

funcionais com a força muscular, tanto à massa muscular quanto ao estado

nutricional (EN) do indivíduo, e destacam que “a avaliação do EN do idoso é um

processo complexo, que possibilita a intervenção nutricional adequada evitando ou

minimizando agravos à saúde que comprometam a capacidade funcional”.

Prontamente, a avaliação nutricional do idoso permite o diagnóstico do EN e

contribui para a sua recuperação e/ou manutenção, e quando necessário,

proporciona uma precoce intervenção nutricional (SOUSA et al., 2015).

Portanto, alguns parâmetros são usados para se obter o EN de um

indivíduo, dentre eles, o Índice de Massa Corporal (IMC) e a Mini Avaliação

Nutricional (MAN). O IMC é um indicador da adiposidade geral, e apresenta boa

relação com a morbimortalidade. Já, a MAN é um método validado, prático, não

invasivo, com questões rápidas e de simples mensurações (FREITAS et al., 2015).

Sampaio et al. (2017) apontaram o IMC como o marcador de maior

sensibilidade para a fragilidade em idosos, demonstrando a capacidade de identificar

indivíduos frágeis. Além disso, encontraram um ponto de corte de 23,4 kg/m2

entendendo que indivíduos com IMC abaixo deste valor possuem maior

probabilidade de serem frágeis.

O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) também

recomenda a antropometria para o diagnóstico nutricional em idosos e utiliza como

Page 12: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

9

critério prioritário a classificação do IMC, visto que é um método útil, simples e com

boa predição para doenças futuras, mortalidade e incapacidade funcional.

Entretanto, considera pontos de corte diferentes do utilizados para adultos devido às

alterações fisiológicas (BRASIL, 2011).

Sousa et al. (2015) ressaltam que a MAN versão reduzida (MAN®) como um

instrumento de triagem nutricional obtida a partir de sua forma completa, é

recomendado pela European Society of Parenteral and Enteral Nutrition (ESPEN),

Associação Internacional de Gerontologia (IAG) e pela Academia Internacional de

Nutrição e Envelhecimento (IANA), por ser prático, simples de ser aplicado e pela

capacidade de identificar rapidamente o paciente que necessita de intervenção

nutricional.

A circunferência da panturrilha (CP) considerada como uma medida

antropométrica muito utilizada para indicar a massa muscular no idoso, também está

inclusa na MAN®, pois fornece uma estimativa da reserva proteica e pode ser

utilizada em programas de avaliação nutricional, auxiliando na detecção de riscos

(MENEZES; MARUCCI, 2007; MARTIN, NEBULONI; NAJAS, 2012).

Outro marcador que possui credibilidade para verificar a funcionalidade e a

força muscular na terceira idade é através da força de preensão manual (FPM). Ong

et al. (2017), explicam que essa força desempenha um papel importante na vida

diária das pessoas e serve como um indicador confiável das habilidades motoras da

mão de um indivíduo. Muitas funções realizadas diariamente como o transporte

exigem o uso da flexora musculatura dos antebraços e mãos, e estes são os

músculos envolvidos na força de preensão (ONG et al., 2017).

Lenardt et al. (2016) destacam que a força da mão é um dos aspectos

funcionais mais relevantes na manutenção da independência e qualidade de vida

dos idosos. Quando reduzida pode ter impacto na capacidade funcional, gerar

dependência nas atividades de vida diárias e aumentar as incapacidades.

O termo força muscular designa a habilidade de um determinado músculo ou

grupamento muscular, em produzir ou resistir a uma força. Sendo esta uma medida

de força isométrica, que envolve o emprego de força sobre um objeto imóvel onde o

músculo se contrai, permanecendo sobtensão constante por um curto intervalo de

tempo, porém há pouca alteração em seu comprimento (SCHLÜSSEL et al., 2008).

A FPM pode ser medida usando diferentes instrumentos. De acordo com

Vermeulen et al. (2015), o dinamômetro manual foi considerado uma ferramenta

Page 13: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

10

válida na prática clínica e de pesquisa, e é uma maneira fácil, rápida e barata.

Permitindo assim, através de seus resultados, fazer associação com o estado

nutricional do idoso (THIAGO et al., 2012).

Para estipular valores de referências para adultos e idosos de Rio Branco –

Acre, Brasil, Amaral et al. (2019) em síntese, destacam que algumas variáveis

podem influenciar valores da FPM, especialmente em pessoas idosas, tais como:

idade, sexo, medidas antropométricas (altura, peso, tamanho da mão, circunferência

do braço) e dominância da mão.

Vale informar que o estabelecimento de valores de referência da FPM para

diferentes populações torna possível detectar diferenças entre eles, mas também

serve para subsidiar esforços para construir mais valores de referência

generalizáveis ou preensivos. A compreensão do comportamento da FPM na

população é importante para criar parâmetros em programas de reabilitação física,

bem como para a exploração dos níveis de FPM discriminando o risco de ocorrência

de condições de saúde (AMARAL et al., 2019).

Ademais, a força de preensão torna-se um relevante indicador de alterações

do estado nutricional em curto prazo, bem como da resposta ao suporte nutricional,

descrito como um dos mais sensíveis testes funcionais indicadores de depleção

proteica (SCHLÜSSEL et al., 2008).

Diante do exposto, o conhecimento do estado nutricional e da força de

preensão manual podem auxiliar profissionais da saúde em triagem inicial, condutas

para diagnóstico, ou auxílio no monitoramento de doenças em idosos, prevenindo

deficiências funcionais e direcionando-os com novas estratégias de promoção e

prevenção á saúde dessa população.

Page 14: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

11

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar a Força de Preensão Manual e o estado nutricional pelo Índice de

Massa Corporal, Circunferência da Panturrilha e o Escore de Triagem da MAN® em

idosos que frequentam um Centro de Convivência do município de Cuiabá – MT.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Caracterizar o grupo de idosos segundo os dados epidemiológicos;

Verificar o Escore de Triagem por meio da MAN®;

Avaliar o IMC dos idosos através do peso e altura;

Avaliar a Circunferência da Panturrilha (CP) direita;

Descrever a FPM da mão dominante em kg/f dos idosos que frequentam um

Centro de Convivência;

Page 15: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

12

3 CASUÍSTICA E MÉTODOS

3.1 CASUÍSTICA

Trata-se de um estudo de caráter observacional de corte transversal

realizado com um grupo de idosos de ambos os sexos, que frequentam um CCI. O

projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Área da Saúde

(CEP-SAÚDE) com o Certificado de Apresentação para Apreciação Ética - CAAE:

79479617.7.0000.8124 da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT),

atendendo a Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde.

3.1.1 LOCAL DO ESTUDO

As coletas foram realizadas no período matutino, o local para aferição das

medidas foi organizado em formato de estações, onde os voluntários foram

recepcionados e encaminhados para cada estação a fim de colher todos os dados

preditos na pesquisa.

O estudo foi realizado no CCI João Maria dos Santos “João Guerreiro”,

localizado na Rua 01, s/n, Bairro Altos do Coxipó, no município de Cuiabá – MT.

Inaugurado em 2010, atualmente atende cerca de 600 idosos cadastrados, que

participam de atividades como dança, alfabetização, informática, hidroginástica e

artesanato, além de receberem atendimento de assistentes sociais, enfermeiros e

fisioterapeutas (SECOM, 2014).

3.1.2 POPULAÇÃO DE ESTUDO

Critérios de inclusão: foram incluídos indivíduos idosos, de ambos os

sexos, que participavam das atividades do centro de convivência e aceitaram

participar da pesquisa, assinado previamente um Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE) (Apêndice A).

Critérios de exclusão: foram excluídos do estudo indivíduos idosos

portadores de anomalias nos membros inferiores e/ou superiores, doenças

neurológicas ou com quaisquer doenças que possa impossibilitar a realização dos

testes.

Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

13

3.2 MÉTODOS

3.2.1 AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO NUTRICIONAL

Os valores de peso e altura foram obtidos para a classificação do estado

nutricional do indivíduo pelo cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). O peso foi

aferido em balança calibrada (marca Filizola, capacidade de 150 kg e sensibilidade

de 100 g), os indivíduos foram posicionados no centro de base da balança, em pé,

descalços, com roupas leves e sem nenhum objeto pessoal.

A altura foi medida utilizando um antropômetro, com o idoso em pé, sem

sapatos, calcanhares unidos, com a cabeça sem a utilização de adornos e formando

um ângulo de 90º entre o queixo e pescoço, e braços estendidos a linha do corpo. A

fórmula utilizada para calcular o IMC foi a seguinte:

Fonte: (BRASIL, 2011).

Para a classificação do estado nutricional foram utilizados pontos de corte

adotados por Lipschitz, usada também pelo SISVAN no Brasil, sendo estes,

específicos para idosos, conforme quadro 1:

Quadro 1. Pontos de corte estabelecidos para idosos.

IMC (KG/m2) Diagnóstico Nutricional

≤ 22 Baixo Peso

> 22 e < 27 Adequado ou Eutrófico

≥ 27 Sobrepeso

Fonte: (LIPSCHITZ, 1994; BRASIL, 2011)

Para a triagem nutricional utilizou-se a Mini Avaliação Nutricional versão

reduzida (MAN®) (Anexo A). Os pontos de corte utilizados foram: Idosos que

apresentaram escore entre 12 a 14 pontos classificou-se como estado nutricional

normal; entre 8 a 11 pontos, sob-risco de desnutrição e com escore entre 0 a 7

pontos como desnutrido (GUINAJAS, VELLAS; GARRY, 1999; NAJAS; YAMATTO,

2014).

Para verificar a circunferência da panturrilha (CP, cm) direita, considerou-se

o indivíduo sentado de forma que o joelho e o tornozelo estivessem dobrados

formando um ângulo de 90º, passando então a fita métrica inelástica ao redor da

Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

14

maior protuberância localizada na panturrilha. Foi considerada adequada a

circunferência igual ou superior a 31 cm para homens e para mulheres conforme a

triagem MNA reduzida (GUINAJAS, VELLAS; GARRY, 1999; NAJAS; YAMATTO,

2014).

Não há na literatura, um método padronizado para verificar a Força de

Preensão Manual, contudo, foi utilizada a metodologia aplicada por Laurentani et al

(2003; CRUZ-JENTOFT et al., 2010), utilizando um dinamômetro hidráulico (Saehan

Corporation, Masan, Korea®). O indivíduo foi posicionado sentado com os pés

plantados no solo, braço dominante paralelo ao tronco, cotovelo flexionado em 90º,

antebraço e punho em posições neutras, e foram solicitados a exercer a força

máxima de uma só vez. Três medidas foram realizadas em intervalos de 1 minuto.

Todas as três medidas foram registradas e posteriormente calculou-se a média em

quilogramas força Kgf.

Foram utilizados para esta análise os escores de <20 kgf para mulheres e

<30 kgf para homens classificando os sujeitos por apresentar “perda de força

manual” ou “força manual normal” (LAURENTANI et al, 2003; CRUZ-JENTOFT et

al., 2010).

3.3 ANÁLISES DE DADOS

Os dados foram analisados, utilizando o software Excel da Microsoft, de

forma descritiva para frequências absolutas (n) e relativas (%) para variáveis

qualitativas, e cálculos de medidas de tendência central (média) e de dispersão

(desvio padrão) para variáveis quantitativas, apresentados através de tabelas e

gráfico para visualização, análise e compreensão dos resultados.

Para comparação das médias foi aplicado os testes T de Student e adotando

o intervalo de confiança de 95% e nível de significância estatística de 0,05 ou 5%

(p< 0,05).

Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

15

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Neste estudo obteve-se uma amostra total de 94 idosos, sendo 85% (n= 80)

mulheres e 15% homens. A coleta de dados foi realizada no período de atividades

com maior frequência de idosos do Centro de Convivência João Guerreiro.

Observou-se superioridade de participantes do sexo feminino se comparado ao

masculino, bem como dados de Ongaratti, Lohmann e Périco (2015) com 21

participantes mulheres e 9 homens. Já, Melo e Andrade (2016) não obteve

participação de homens idosos à pesquisa, prevalecendo somente participantes

mulheres.

Oliveira, Duarte e Reis (2016) também verificaram maior distribuição de

mulheres idosas (92,7%) que homens (7,3%) pertencentes a um CCI. Essa

feminilização dos grupos de convivência é evidenciada por vários estudos e pode

ser explicada pelo fato de que as mulheres buscam mais o convívio social e a

melhoria pela qualidade de vida do que os homens (GONZALEZ; SEIDL, 2014;

MELO; ANDRADE, 2016).

Carneiro et al. (2019) analisaram a percepção de homens entre 18 e 59 anos

acerca de sua própria saúde à procura, ou não, dos serviços de atenção primária e

identificaram que para os 384 entrevistados, a maioria das respostas apontaram que

o homem é um ser invulnerável que possui menos probabilidade de ter doenças e

que buscar os serviços de saúde, principalmente para prevenção, é um sinal de

fraqueza.

Na faixa etária da amostra estudada observou-se maior número de

participantes considerados idosos jovens (60 e 69 anos), sendo 68,1% entre 60-69

anos, 27,7% entre 70-79 anos e 4,3% ≥ 80 anos (conforme Figura 2). Para Oliveira,

Clemente e Sant’ana (2016) os CCIs cumprem um papel relevante no processo do

envelhecimento saudável, pois possibilitam uma articulação à rede de serviços

sócios assistenciais dinamizando fluxos de atendimento e auxiliando os idosos no

acesso ao conhecimento dos seus direitos.

A caracterização desta faixa etária e seu estado de saúde tende a ser efetivo

quando realizado em locais com predominância de idosos, e assim, obter dados

mais consistentes.

Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

16

Figura 1 – Distribuição de idosos participantes de um Centro de Convivência conforme faixa etária. Cuiabá, MT, 2019.

Identifica-se na Figura 1 que mais da metade do total de idosos participantes

da pesquisa (68,1%) tinham entre 60 e 69 anos, e que com o avanço da idade nota-

se que há um declínio neste número. Dessa forma, percebe-se que quanto maior a

idade, maior é a diminuição do número de idosos que frequentam espaços de

convivência ou que a existência de idosos longevos seja menor que idosos jovens.

Também é possível que os idosos mais velhos já tenham superado essa

fase de obrigatoriedade de atividades, estejam adaptados ao aumento na fragilidade

e tenham aceitado seu status de idoso. Para os mais velhos, a realização de

atividades menos exigentes, em número e em força envolvida, é suficiente para que

se sintam bem consigo mesmos (DIEHL; WAHL 2010; COSTA; NERI 2011).

A Tabela 1 apresenta os dados descritivos da amostra total conforme o

sexo, constituindo a média ponderada com desvio padrão e sua respectiva variância

mínima e máxima.

A média de idade foi de 68±6,02 anos, com variância mínima e máxima de

60 e 86 anos respectivamente. Os resultados encontrados por Oliveira, Duarte e

Reis (2016) assemelham-se ao presente estudo com 53,7% na faixa etária maior ou

igual a 68 anos, bem como resultados de Tolentino et. al (2017) que estudaram FPM

60-69 70-79 ≥ 80

Faixa etária (n= 94)

Homens 8 5 1

Mulheres 56 21 3

Total (n) 64 26 4

TOTAL (%) 68,1 27,7 4,3

0

10

20

30

40

50

60

70

80 n

º d

e id

os

os

Distribuição da amostra por faixa etária

Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

17

em idosas fisicamente ativas e encontraram média de idade também de 68±7,1

anos.

Tabela 1– Características gerais e antropometria de idosos, que frequentam de um centro de convivência, segundo o sexo. Cuiabá, MT, 2019.

VARIAVEIS

TOTAL

(n= 94)

MASCULINO

(n= 14)

FEMININO

(n= 80)

Média±DP Mín Máx IC Média ± DP Média ± DP p-valor

Idade 68 ± 6,02 60 86 1,22 67,8 ± 7,63 67,5 ± 5,74 0,798

Peso 74,89 ± 14,64 50,6 112,1 2,96 84,48 ± 15,94 73,28 ± 13,89 0,029

Altura 1,56 ± 0,08 1,41 1,78 0,02 1,69 ± 0,04 1,54 ± 0,06 <0,001*

IMC (kg/m2) 30,65 ± 4,99 21,3 46,06 1,01 29,43 ± 5,29 30,89 ± 4,93 0,292

CP (cm) 37,43 ± 3,66 28,5 48,4 0,74 37,55 ± 3,02 37,44 ± 3,77 0,934

FPMD (kg) 29,07 ± 8,73 9 53 1,76 42,23 ± 10,06 26,67 ± 5,80 <0,001*

A média de peso e de altura foi maior nos homens. Os resultados do estudo

diferem das médias de peso (68,93±10,06) e altura (1,51±0,07) dos encontrados por

Silva, Rodrigues e Almeida (2019) que avaliaram o estado de saúde de 24 idosos

participantes de diferentes programas de atividade física, porém observou-se

semelhança na média de IMC com 30,3±4,00. Tolentino et al. (2017) também

encontraram médias semelhantes ao deste estudo para peso, altura e IMC em

idosas entre 60 e 68 anos constituindo valores de: 71,80±18,57, 1,51±24,06 e

28,82±5,97 respectivamente.

Com relação à média do IMC da amostra total (Tabela 1) nota-se também

que há maior quantidade de idosos com excesso de peso (30,65 ± 4,99) e pouca

diferença entre as médias por sexo, prevalecendo IMC superior em mulheres.

Obtendo variância mínima e máxima de 21,3 e 46,06, respectivamente.

Para a variável CP a média total em cm foi de 37,43±3,66 sendo o mínimo e

máximo de 28,5 e 48,4 cm respectivamente, não variando na média entre os sexos.

Ambos apresentaram medidas ≥ a 31 cm, classificando-os como adequados, ou

seja, sem perda muscular de acordo com Tabela 1.

Conforme Sousa et al. (2015) a identificação da massa muscular quando

apresentada CP inferior a 31 cm é um importante indicador clínico de sarcopenia,

pois possui elevada sensibilidade além de avaliar não somente o estado nutricional,

mas também o risco de incapacidade funcional e de quedas.

Page 21: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

18

Sampaio et al. (2017) em estudo com 316 idosos registrados na Estratégia

de Saúde da Família (ESF) de Lafaiate Coutinho – BA, encontraram médias de

33,2±3,6 cm de CP em e variância mínima e máxima de 22,1 a 43,0 cm

respectivamente. Os autores encontraram por meio do modelo de regressão

logística que os indicadores antropométricos IMC e CP foram inversamente

associados à fragilidade (p <0,01), indicando que o aumento em uma unidade do

IMC e CP diminuem em aproximadamente 10% e 15%, respectivamente, a

probabilidade de fragilidade em idosos. E podem ser utilizados como instrumentos

de triagem simples e rápida para detectar idosos frágeis.

A Tabela 2 classifica o estado nutricional dos idosos conforme IMC,

constituindo 1,06% baixo peso, 24,5% estróficos e 74,5% sobrepeso, verifica-se que

as mulheres apresentaram maior porcentagem em todos os pontos de corte em

relação aos homens.

Tabela 2 – Classificação do estado nutricional de idosos que frequentam um centro de convivência, conforme IMC e sexo. Cuiabá, MT, 2019.

IMC TOTAL FEMININO MASCULINO

% n % n % N

Baixo peso 1,0 1 1,2 1 - 0

Eutrófico 24,5 23 20,0 16 50 7

Sobrepeso 74,5 70 78,8 63 50 7

Silveira, Kac e Barbosa (2009) explicam que no aspecto biológico, a

classificação de IMC diferencia-se conforme o sexo, ao mesmo tempo, as mulheres

tendem a acumular gordura subcutânea e a perdem em idades mais avançadas em

comparação com os homens. Além disso, a menopausa é acompanhada por

aumento de peso e adiposidade.

Os resultados de Oliveira, Duarte e Reis (2016) apresentaram 54,9% de 82

idosos com excesso de peso e média de peso de 25,54±9,23. Já os resultados de

Silva et al. (2016) foram classificados com eutrofia através do IMC obtendo média de

25,6±3,3 kg/m2, em idosas praticantes de caminhada, discordando com os

resultados encontrados neste estudo.

Os médias encontradas no estudo de Furtado et al. (2016), foram

semelhantes aos deste estudo. Os autores encontraram em idosos residentes em

áreas rurais média de IMC de 25,58±6 kg/m2 para amostra total (n= 95), as mulheres

Page 22: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

19

obtiveram valor maior de IMC (n=57; 27,18±7) que os homens (n= 38; 23,33±3,49),

sendo 40% dos participantes classificados com sobrepeso.

É notório as mudanças no padrão alimentar e o perfil nutricional da

população nos últimos tempos, Fuzaro-Junior et al. (2016) em revisão da literatura

sobre alimentação e nutrição no envelhecimento, confirmam que é evidente a

redução da desnutrição e aumento significativo da obesidade, considerado um dos

graves problemas de saúde pública ao passo que a expectativa de vida vem

aumentando. Esse adicional de anos de vida não está necessariamente vinculado a

um envelhecimento saudável.

Vários estudos evidenciam o aumento de peso em idosos associados à

comorbidades, Fontenelle et al. (2018) avaliou 240 idosos e encontraram associação

estatística significativa para doenças cardiovasculares e hipertensão arterial, com

maior prevalência no grupo com obesidade. No idoso, a obesidade pode está

associada com hipertensão arterial, diabetes melito, aumento da resistência à

insulina, dislipidemias, osteoartrose e muitas outras enfermidades, além do declínio

funcional (TEIXEIRA et al., 2012).

O excesso de peso modifica a geometria do corpo, aumentando a massa

dos diferentes segmentos e impondo limitações funcionais, tendo como resultado

uma incapacidade para a realização de atividades básicas e cotidianas. Por isso,

manter o corpo magro em capacidades adequadas de massa muscular para o idoso,

evita um declínio na capacidade motora, visto que a elevação do IMC, quando

relacionada aos fatores obesidade e sobrepeso, gera menor amplitude de

movimento, causando limitações funcionais relacionadas à biomecânica e atividades

de vida diária levando a uma dependência (OLIVEIRA, DUARTE; REIS, 2016).

Conforme o escore de triagem obtido pela MAN® (Tabela 3), o estado

nutricional dos idosos constituiu-se por: 14,9% sob-risco de desnutrição e 85,1%

com estado nutricional normal, não classificando nenhum idoso com desnutrição.

Tabela 3 – Classificação do estado nutricional de idosos que frequentam um centro de convivência, segundo escore da MAN® e sexo. Cuiabá, MT, 2019.

MAN® TOTAL MASCULINO FEMININO

% n % n % n

Desnutrido

0

0

Sob-risco de desnutrição 14,9 14 14 2 15 12

Estado nutricional normal 85,1 80 86 12 85 68

Page 23: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

20

Observa-se que tanto com a utilização do IMC quanto da MAN, não foram

verificados percentuais elevados para baixo peso e desnutrição respectivamente,

quando comparados a eutrofia ou sobrepeso. Todavia, carece importante atenção à

porcentagem “sob-risco de desnutrição” avaliada pela MAN em 14,9% do total da

amostra. Uma vez que o idoso é um indivíduo com maior vulnerabilidade em saúde,

uma intervenção nutricional preventiva contribuirá de forma positiva na promoção da

qualidade de vida do mesmo.

Dados do estudo de Salgueiro et al. (2018) corroboram com os resultados

encontrados neste estudo quanto a não verificação de risco de desnutrição. Além

disso, obtiveram maior classificação para excesso de peso conforme IMC (66% para

mulheres e 62,5% para homens).

Alfieri et al. (2016) avaliaram 43 idosos com média de idade de 69,29±7,31

anos e relatam que várias pesquisas têm mostrado que a maioria dos idosos, que

vivem na comunidade, não apresenta risco nutricional quando avaliados pela MAN,

seus achados destacam que a maior parte dos idosos avaliados não apresentou

risco de desnutrição, porém, observaram relação inversa entre o escore da MAN, o

peso e o IMC.

Para a variável força de preensão manual, encontrou-se média da amostra

total de 29,07±8,73 kgf com variância mínima e máxima de 9 e 53 kgf

respectivamente, a média masculina foi de 42,23±10,06 kgf e a feminina 26,67±5,80

kgf.

De acordo com a Tabela 4 as médias de FPM segundo o IMC nota-se

diferença estatisticamente significante entre os sexos (p-valor <0,05). Analisando a

tabela, tanto homens eutróficos (40,24±12,88) e sobrepeso (45,43±6,14) obtiveram

média de FPM superior às mulheres eutróficas (25,67±7,32) e com sobrepeso

(27,35±5,24).

Tabela 4 – Força de preensão manual (média ponderada e desvio padrão) de idosos que frequentam um centro de convivência, conforme o sexo e IMC. Cuiabá, MT, 2019.

IMC MASCULINO FEMININO

p-valor Média ± DP Média ± DP

Baixo peso (≤22) - 20,67 -

Eutrófico (>22 e <27) 40,24 ± 12,88 25,67 ± 7,32 0,016

Sobrepeso (≥27) 45,43 ± 6,14 27,35 ± 5,24 0,00014

Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

21

Tabela 5 – Força de preensão manual (média ponderada e desvio padrão) de idosos que frequentam um centro de convivência, conforme o sexo e escore de triagem da MAN®-SF. Cuiabá, MT, 2019.

MAN® MASCULINO FEMININO

p-valor Média ± DP Média ± DP

Desnutrido - - -

Sob-risco de desnutrição 34,50 ± 26,16 26,01 ± 7,09 0,728

Estado nutricional normal 44,22 ± 6,53 26,780 ± 5,60 <0,001

Em análise sobre as médias da FPM conforme o escore de triagem da

MAN® (Tabela 5), também foi encontrado média superior em homens com estado

nutricional normal (44,22±6,53) e sob-risco de desnutrição (34,50±26,16), que em

mulheres na mesma classificação. Não houve diferença estatística significativa entre

os sexos classificados “sob-risco de desnutrição”, diferentemente do grupo “estado

nutricional normal”.

A FPM tem sido utilizada como um biomarcador de desfechos na área da

saúde, porém, poucos estudos descrevem os valores de referência para população

saudável (PESTANA, OLIVEIRA; MENDES, 2015). Barbosa-Silva et al. (2015)

dispõem que escores <20 kgf para mulheres e <30 kgf para homens como auxílio no

diagnóstico de sarcopenia em idosos, podem ser classificados como “perda de força

manual” ou “força manual normal”.

Conseguinte, Alley et al. (2014) esclarecem que em níveis reduzidos como

<26 kgf e <16 kgf para homens e mulheres, respectivamente, a FPM tem sido

considerada uma importante preditora de incapacidade, morbidade e mortalidade,

principalmente, associada à fragilidade em idosos. O desenvolvimento de doenças e

a perda progressiva das aptidões funcionais interferem na qualidade de vida do

idoso, limitando sua capacidade para realização das atividades da vida diária e

prejudicando sua saúde (ALVES et al., 2007; BELMONTE et al., 2014).

Furtado et al. (2016) observaram, a correlação entre estado nutricional e

força de preensão manual em idosos longevos, acima de 80 anos. Especula-se que

o declínio do estado nutricional pode impactar mais significativamente indivíduos em

idades mais avançadas.

Resultados encontrados por Santos et al. (2018) com 310 idosos residentes

no município de Ibicuí, Bahia; sugerem que a FPM pode ser utilizada como

discriminador de risco para presença de multimorbidades em idosos (sendo as mais

Page 25: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

22

prevalentes: hipertensão, dores na coluna, doenças circulatórias, varizes e

problemas respiratórios). Destacaram os escores para avaliar força em mulheres e

homens de 15,35 kgf e 24,8 kgf, respectivamente.

Com base no escore dos autores acima citados, os resultados obtidos neste

estudo evidenciam que há baixa quantidade de idosos que apresentaram FPM

abaixo de <30 kgf para homens e <20 kgf para mulheres, apresentando apenas

1,0% dos participantes com valor limítrofe sendo este classificado com Baixo peso

pelo IMC, entendendo que quanto maior a média de IMC maior a média em kgf de

FPM e vice-versa.

Dados semelhantes para as médias, foram encontrados por Lenardt et al.

(2016) que analisaram fatores associados à FPM diminuída em 203 idosos da

atenção primária e encontraram 48,8% dos idosos confirmando elevada distribuição

da mesma, e média de 29,57±10,36 kgf. Os homens (n = 80) apresentaram média

superior (38,59±9,09 Kgf) quando comparado às mulheres (n = 123) para essa

variável (23,70±6,03 Kgf).

Belmonte et al. (2014) em estudo com idosos de grupos de convivência

também encontraram FPM em homens (63,9±15,1) maior do que em mulheres,

(40,5±12,2) bem como, Santos et al. (2018) que obtiveram média total da FPM de

21,22±8,4, sendo média 26,6±8,0 e 17,0±6,1 para os sexos masculino e feminino,

respectivamente em idosos. Silva, Rodrigues e Almeida (2019) corroboram com as

médias encontradas neste estudo, com 34,8±3,8 kgf e 25,1±4,1 kgf para os homens

mulheres idosos respectivamente.

Tiecker, Pillat e Berlezi (2017) analisaram a força muscular de 555 idosos

segundo fragilidade, incluídos em doze ESF, categorizaram pontos de corte para a

população específica com percentil 20, e encontraram 36,9% idosos não frágeis;

45,4% pré-frágeis e 17,7% frágeis. E observaram com relação à FPM, quanto mais

frágil é o idoso menor é a sua força muscular, sendo que as mulheres apresentaram

força menor que o ponto de corte independente do IMC, já para os homens na sua

maioria quanto maior o IMC maior é à força de preensão palmar independente de

ser frágil ou não.

Em estudo sobre a avaliação da força muscular em indivíduos

frequentadores de um grupo de convivência, os autores concluíram que a

dinamometria, quando aplicada em conjunto com o índice de massa corpórea e com

a circunferência abdominal, pode sugerir comprometimento, em algum grau, tanto do

Page 26: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

23

sistema musculoesquelético quanto da sobrecarga do sistema cardiovascular,

permitindo, dessa forma, que o profissional seja auxiliado no momento da tomada de

decisão e na implantação de uma proposta de intervenção que seja capaz de trazer

benefícios à saúde do indivíduo avaliado (PESTANA, OLIVEIRA; MENDES, 2015).

Vale ressaltar que os resultados encontrados neste estudo podem ser

influenciados devido à participação ativa dos idosos em atividades físicas realizadas

no Centro de Convivência, dessa forma, pode indicar uma relação positiva entre

circunferência da panturrilha, força de preensão manual e Índice de Massa Corporal.

Ademais, o sedentarismo é um fator importante para a redução da massa

muscular e consequentemente do maior acúmulo de gordura e da maior prevalência

de incapacidade física (TIECKER, PILLAT; BERLEZI, 2017).

De acordo com Silva, Rodrigues e Almeida (2019), o teste de preensão

manual, por sua alta correlação com a força do sujeito, tem sido amplamente

utilizado para a mensuração dessa variável. Os autores estudaram 24 idosos

participantes de diferentes programas de atividade física, e não encontraram

nenhuma correlação entre as variáveis “aptidão física e associação da qualidade de

vida”. Contudo, consideram não apenas as repercussões de bons níveis de aptidão

física, como também a influência da participação em um programa de atividades

físicas sobre a qualidade de vida, pois, o fato de se locomover a um ambiente

agradável, de socialização, de prazer e dinamicidade pode contribuir positivamente

para os domínios referentes à qualidade de vida do idoso.

Page 27: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

24

5 CONCLUSÃO

Os resultados obtidos neste estudo mostraram maior porcentagem de

sobrepeso entre os idosos analisados conforme IMC, contudo, ainda puderam-se

encontrar idosos sob-risco de desnutrição avaliada pela MAN®, não obtendo

indivíduo com desnutrição.

Por meio da CP pode-se identificar massa muscular “adequado”, não

variando média entre sexo. Desta forma, vale considerar a importância da

participação ativa em atividades físicas realizadas no centro de convivência.

As médias da FPM encontraram-se superiores em homens do que em

mulheres, corroborando com estudos atuais conforme sexo. Ao passo que as

médias de FPM em idosos classificados com sobrepeso pelo IMC foram maiores que

aos de idosos eutróficos, podendo indicar limitações no que tange esta variável visto

que os idosos com sobrepeso podem apresentar maior quantidade de massa

muscular que o outro grupo.

As variáveis utilizadas no estudo contribuíram de forma positiva para avaliar

o estado nutricional, além disso, a dinamometria manual mostrou-se de fácil

manuseio e aplicação possibilitando a verificação de força em idosos que

frequentam grupos de convivência.

Page 28: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

25

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALLEY. D. E. et al. Grip strength cutpoints for the identification of clinically relevant weakness. Journals of Gerontology: A Biol Sci Med Sci, Published by Oxford University Press, v. 69, n.5, p. 559-556, 2014. ALFIERI, F. M. et al. Relações entre equilíbrio, força muscular, mobilidade funcional, medo de cair e estado nutricional de idosos da comunidade. Revista Kairós Gerontologia, São Paulo, v. 19, n. 2, p. 147-165, 2016. AMARAL, C. A. et al. Hand grip strength: Reference values for adults and elderly people of Rio Branco, Acre, Brazil. PLoS ONE, [s. l.], v. 14, n. 1, p. 1-11, 2019. Disponível em: https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0211452. Acesso em: 25 mar. 2019. BAPTISTA, A. M. G. Associação de nível de atividade física, indicadores de saúde e qualidade de vida de idosos da Universidade da Maturidade. 2018. Dissertação (Mestrado Profissional em Ciências da Saúde) – Universidade Federal do Tocantins, Palmas, Tocantins, 2018. BARBORA-SILVA, T. G. et al. Prevalence of sarcopenia among community-dwellingelderly of a medium-sized South American city: results of the Study. Journal of Cachexia, Sarcopenia and Muscle, Published in Wiley Online Library, v. 7, n. 2, p. 136-143, 2015. BELMONTE, L. M. et al. Força de preensão manual de idosos participantes de grupos de convivência. Revista Brasileira Promoção e Saúde, Fortaleza, vol. 27, n. 1, p. 85-91, 2014. BRASIL, Decreto nº 1.948, de 03 de julho de 1996. Regulamenta a Lei n° 8.842, de 4 de janeiro de 1994, que dispõe sobre a Política Nacional do Idoso, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 04 jul. 1996. Seção 1. p. 1. BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção à Saúde da Pessoa Idosa e Envelhecimento: Série Pactos pela Saúde 2006. v. 12. Brasília, DF, 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde: Norma Técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN. Brasília, DF, 2011. CARNEIRO, V. S. M.; ADJUTO, R. N. P.; ALVES, K. A. P. Saúde do homem: identificação e análise dos fatores relacionados à procura, ou não, dos serviços de atenção primária. Arq. Ciênc. Saúde UNIPAR, Umuarama, v. 23, n. 1, p. 35-40, 2019. COSTA, T. B.; NERI, A. L. Medidas de atividade física e fragilidade em idosos: dados do FIBRA Campinas, São Paulo, Brasil. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 27, n. 8, p. 1537-1550, 2011.

Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

26

CRUZ-JENTOFT et al. Sarcopenia: European consensus on definition and diagnosis. Age and Ageind, Published by Oxford University Press, v. 39, n. 4, p. 412-423, 2010. ESQUENAZI, D.; SILVA, S. R. B.; GUIMARÃES, M. A. M. Aspectos fisiopatológicos do envelhecimento humano e quedas em idosos. Revista HUPE, Rio de Janeiro, RJ, v. 13, n. 2, p. 11-20, 2014. FECHINE, B. R. A.; TROMPIERI, N. O processo de envelhecimento: as principais alterações que acontecem com o idoso com o passar dos anos. Revista Científica Internacional, v. 20, n. 7, p. 106-194, 2012. FREITAS, A. F. et al. Sarcopenia e estado nutricional de idosos: uma revisão da literatura. Arquivos de Ciência da Saúde, São José do Rio Preto, v. 22, n. 1, p. 09-13, 2015. FURTADO, G. E. et al. Associações entre estado nutricional e a força de preensão manual em idosos residentes em áreas rurais. Revista Motricidade, v. 12, n. 1, p. 22-29, 2016. FUZARO-JUNIOR, G., et al. Alimentação e nutrição no envelhecimento e na aposentadoria. In: COSTA, J. L. R.; COSTA, A. M. M. R; FUZARO JUNIOR, G., (Orgs). O que vamos fazer depois do trabalho? Reflexões sobre a preparação para aposentadoria [online]. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2016, p. 103-116. FONTENELLE, L. C. et al. Estado nutricional e condições socioeconômicas e de saúde em idosos. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo, v. 12, n. 71, p. 353-363, 2018. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua). Número de idosos cresce 18% em 5 anos e ultrapassa 30 milhões em 2017. Rio de Janeiro, Editora: Estatística Social, 2018. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/20980-numero-de-idosos-cresce-18-em-5-anos-e-ultrapassa-30-milhoes-em-2017. Acesso em: 30 mar. 2019. LENARDT, M. H. et al. Fatores associados à força de preensão manual diminuída em idosos. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem da USP, São Paulo, vol. 20, n. 4, 7 p., 2016. LENARDT, M. H. et al. Força de preensão manual e atividade física em idosos fragilizados. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 50, n. 1, p. 86-92, 2016. MARTIN, F. G.; NEBULONI, C. C.; NAJAS, M.S. Correlação entre estado nutricional e força de preensão palmar em idosos. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v.15, n.3, p. 493-504, 2012.

Page 30: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

27

MELO, A. P. O. S.; ANDRADE, L. M. O grupo de convivência como promotor da saúde da pessoa idosa. In: CONGRESSO NACIONAL DE ENVELHECIMENTO HUMANO, 2., 2016, Curitiba. Anais [...], Curitiba: Editora Realize, 2016. NAJAS, M.; YAMATTO, T, H. Nutrição na Maturidade: avaliação do estado nutricional de idosos. São Paulo, 2014. Disponível em: http://www.ufjf.br/renato_nunes/files/2014/03/Avallia%25C3%25A7%25C3%25A3o-do-estado-Nutricional-de-Idosos.pdf. Acesso em: 05 mar. 2018. OLIVEIRA, K. S.; CLEMENTE, M. P.; SANT’ANA, M. L. A. A importância do centro de convivência de idosos na promoção da qualidade de vida da pessoa idosa. 2016. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC em Serviço Social) – Faculdade de Serviço Social, Centro Universitário de Várzea Grande, Várzea Grande, Mato Grosso, 2016. OLIVEIRA, T. A.; DUARTE, S. F. P.; REIS, L. A. Relação entre índice de massa corporal e desempenho motor de idosos pertencentes a grupos de convivência. Texto e Contexto Enfermagem, Santa Catarina, v. 25, n. 4, p. 1-9, 2016. ONGARATTI, C.; LOHMANN, P. M.; PÉRICO, E. Grupo de convivência da terceira idade: percepção sobre sexualidade e doenças sexualmente transmissíveis. Caderno Pedagógico, Lajeado, v. 12, n.1, p. 208-220, 2015. ONG, H. L. et al. Hand-grip strength among older adults in Singapore: a comparison with international norms and associative factors. Bio Med Central Geriatrics, v. 17, n. 1, p.176-187, 2017. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS). Resumo: Relatório mundial de envelhecimento e saúde. Genebra, Suíça, 2015. PESTANA, M. C. S.; OLIVEIRA, J. L.; MENDES, C. M. Avaliação da força muscular manual em indivíduos frequentadores de um grupo de convivência. Revista Ciência Médica Biológica, Salvador, v. 14, n. 3, p. 281-285, 2015. SALGUEIRO, M. M. H. A. et al. Avaliação do estado nutricional e composição corporal de idosos de Embu-guaçu – SP. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, São Paulo, v. 12, n. 72, p. 446-455, 2018. SAMPAIO, L. S. et al. Indicadores antropométricos como preditores na determinação da fragilidade em idosos. Revista Ciência& Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, vol. 22, n. 12, p. 4115-4123, 2017. SANTOS, L. B. et al. Sensibilidade e especificidade da força de preensão manual como discriminador de risco para multimorbidades em idosos. Cadernos Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, vol. 26, n. 2, p. 146-152, 2018. SCHLÜSSEL, M. M.; ANJOS L, K. A. C. G. A dinamometria manual e seu uso na avaliação nutricional. Revista de Nutrição, Campinas, v. 21, n. 2, p. 223-235, 2008.

Page 31: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

28

SCHNEIDER, R. H.; IRIGARAY, T. Q. O envelhecimento na atualidade: aspectos cronológicos, biológicos, psicológicos e sociais. Estudos de Psicologia.Campinas, v. 25, n. 4, p. 585-593, 2008. SECOM. Secretária de Comunicação de Cuiabá – Assistência Social e Desenvolvimento Humano/Idosos. Prefeitura reinaugura CCI “João Guerreiro”. Cuiabá: SECOM, 2014. Disponível em: http://www.cuiaba.mt.gov.br/assistencia-social/prefeitura-reinaugura-cci-joao-guerreiro/9451. Acesso em: 05 mar. 2019. SILVA, C. A.; RODRIGUES, A. L. P.; ALMEIDA, M. J. O. Avaliação do estado de saúde de idosos participantes de diferentes programas de atividade física. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo, v. 13, n. 77, p. 113-122, 2019. SILVA, J. M. L et al. Níveis de força, estado nutricional e autonomia funcional de idosas do projeto de caminhada da cidade de Várzea Alegre – CE. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FÍSICA, NUTRIÇÃO E SAÚDE, 2., 2016, Aracaju. Resumos [...]. Aracaju: Universidade Tiradentes, 2016. SILVA, N.; MENEZES, T. N. Associação entre cognição e força de preensão manual em idosos: revisão integrativa. Revista Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 21, n. 11, p. 3611-3620, 2016. SILVEIRA, E. A.; KAC, G.; BARBOSA, L. S. Prevalência e fatores associados à obesidade em idosos residentes em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil: classificação da obesidade segundo dois pontos de corte do índice de massa corporal. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 25, n. 7, p. 69-77, 2009. SOUSA, A. P. G. et al. Triagem nutricional utilizando a mini avaliação nutricional versão reduzida: aplicabilidade e desafios. Geriatrics, Gerontology and Aging, São Paulo, v. 9, n. 2, p. 49-53, 2015. TEIXEIRA, S. D. C. et al. Excesso de peso em idosos residentes em instituições de longa permanência de Goiânia, Goiás. Brasília Med, Brasília, v. 49, n. 4, p. 250-257, 2012. THIAGO, G. S. et al. Estado Nutricional e Força de Preensão Manual de idosas participante do projeto de extensão longevidade saudável: exercício físico. In: SEMINÁRIO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DA REGIÃO CENTRO-OESTE, 4., 2012, Goiânia.Resumos [...], Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 2012. TIECKER, A. P.; PILLATT, A. P.; BERLIZE, E. M. Análise da força muscular de idosos segundo fragilidade. In: JORNADA DE ESTUDOS EM FISIOTERAPIA, 14; SEMINÁRIO DE SOCIALIZAÇÃO DOS ESTUDOS EM FISIOTERAPIA, 12., 2017, Ijuí. Anais [...], Ijuí: Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, 2017. TOLENTINO, G. P. et al. Composição corporal e força de preensão palmar em idosas fisicamente ativas do programa UNIATI EVANGÉLICA. Revista Atenção em Saúde, São Caetano do Sul, v. 15, n. 54, p. 67-73, 2017.

Page 32: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

29

UNITED NATIONS. Department of Economic and Social Affairs, Population Division (2017). World Population Prospects: The 2017 Revision, Key Findings and Advance Tables. United Nations: New York, 2017. VERAS, R. Envelhecimento populacional contemporâneo: demandas, desafios e inovações. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 43, n. 3, p. 548-554, 2009. VERMEULEN, J. et al. Measuring Grip Strength in Older Adults: Comparing the Grip-ball with the Jamar Dynamometer. Research Report, [s. l.], v. 28, n. 3, p. 148-153, 2015. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25594521. Acesso em: 24 mar. 2019. ZHENG, G. et al. Aerobic exercise ameliorates cognitive function in older adults with mild cognitive impairment: a systematic review and meta-analysis of randomised controlled trials. British Journal of Sports Medicine, [s. l.], v. 50, n. 23, p. 1443-1450, 2016. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27095745. Acesso em: 25 mar. 2019.

Page 33: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

30

APÊNDICE A

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Avaliação da Capacidade Funcional de Idosos de um Centro de Convivência de Cuiabá.

Objetivo: O presente estudo tem como objetivo avaliar a capacidade funcional e o estado nutricional de indivíduos idosos que participam de um centro de convivência de Cuiabá. Procedimentos: A pesquisa que está sendo realizada com o senhor (a) envolve a resposta de perguntas simples sobre seu histórico de vida, após essas perguntas o senhor (a) será convidado a subir em uma balança portátil calibrada, e em seguida sua altura será aferida, após essa etapa iniciam-se os testes físicos para avaliar sua capacidade funcional. Para avaliar sua capacidade funcional o senhor (a) irá caminhar com sua velocidade normal de marcha sobre uma linha branca traçada no chão com o cumprimento de 4,6 m, respeitando seu tempo necessário para a realização deste. Serão apresentadas ao senhor todas as medidas obtidas, e as pesquisadoras estarão sempre dispostas para esclarecer qualquer dúvida. Os riscos que o senhor (a) corre de participar dessa pesquisa são pequenos mais existem como, ficar cansado (a) e indisposto (a) de realizar os testes ou de responder perguntas relacionadas ao seu histórico de vida. No final do estudo o senhor (a) será informado sobre os resultados e também orientado sobre seu estado nutricional e sua capacidade funcional, além de colaborar com a área científica, que a cada dia mais necessita de estudos que envolvem a população idosa e finalmente poder atingir os órgãos públicos, os quais são responsáveis em elaborar estratégias e leis que possam contribuir para melhorar a sua qualidade de vida e futuramente dos seus descendentes. Todas essas medidas serão realizadas tomando-se o máximo cuidado de não constranger o senhor (a), e este terá a liberdade de responder ou não às perguntas. Os dados obtidos nas entrevistas são de responsabilidade dos pesquisadores envolvidos na pesquisa. Fui igualmente informada/o:

Da garantia de receber resposta a qualquer esclarecimento acerca dos procedimentos e outros assuntos relacionados à pesquisa;

Da liberdade de retirar o meu consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo;

Da segurança que não serei identificado (a) e o caráter confidencial das informações relacionadas à minha privacidade;

Eu,___________________________________fui informada (o), de maneira clara, dos objetivos da pesquisa acima. Esclareci minhas dúvidas. Sei que em qualquer momento poderei solicitar novas informações.Para qualquer pergunta sobre os meus direitos como participante deste estudo ou se penso que fui prejudicado pela minha participação ou ainda, se quiser fazer novas perguntas sobre este estudo, posso chamar Iara dos Anjos Vaez no telefone (65) 8128-4099.

Page 34: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

31

APÊNDICE B

FORMULÁRIO PARA COLETA DE DADOS

Nome completo: _________________________________ Local: _______ N: _____

Varáveis Valor encontrado

Discente

Idade anos

Data de nascimento

Sexo

Peso

Altura

IMC

SARC-F Pontuação

HG 1

HG 2

HG 3

HG médio

Page 35: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO...1,0% as lower weigh, 24,5% eutrophic and 74,5% overweight. In the evaluation as MAN®-SF met 14,9% under risk of malnutrition and 85,1% adequate

32

ANEXO A