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Léria Rosane Holsbach – Coordenadora do Curso de Especialização em Engenharia Clinica Página 1
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
Especialização em Engenharia Clínica
Projeto Pedagógico do Curso de Pós-Graduação Latu Senso em Engenharia Clínica
Ato de Oficialização: RESOLUÇÃO nº 58/2005-Conselho Departamental
Plano Pedagógico e Perfil do Profissional
I. Nome do Curso e Área de Conhecimento: Curso de Especialização em Engenharia Clínica
3.13.00.00-6 – Engenharia Biomédica 3.13.02.00-9 – Engenharia Médica Curso Presencial
II. Objetivos: Objetivo Geral: Capacitar profissionais de engenharia para a gestão das tecnologias
em saúde.
Objetivos Específicos: - Prover conhecimentos específicos do gerenciamento da tecnologia na
área da saúde, focando gestão de serviços de engenharia clínica, engenharia de fatores humanas
(usabilidade) avaliação tecnológica, planejamento e controle da manutenção, gerenciamento de
custos, gerenciamento de riscos, segurança hospitalar, imagens médicas, acreditação hospitalar,
legislações sanitárias e ambiência organizacional.
- Compreender os princípios dos mais comuns equipamentos eletromédicos, abordando sua
função, modos de operação, princípios físicos de operação e transdução, mais frequentes falhas e
análise de defeitos.
- Compreender a arquitetura e a engenharia civil, sua normalização, planejamento, avaliação e
especialização em estabelecimentos assistenciais de saúde.
- Prover uma visão básica dos princípios de anatomofisiologia humana, de forma a facilitar o
processo de comunicação com os profissionais de saúde.
- Capacitar para atuação nas áreas de consultoria, gestão e pesquisa.
III. Público-Alvo: Engenheiros
IV. Formação de recursos humanos na área de Engenharia Clínica
O uso intensivo de equipamentos para diagnóstico e terapia, aliado ao incremento de sua
complexidade tecnológica, tem sido tema de controvérsia nos próprios países produtores e
disseminadores das tecnologias destes equipamentos. Embora seja consensual a importância dos
equipamentos odonto-medico-hospitalares, como recursos tecnológicos imprescindíveis para
suporte aos serviços de assistência a saúde, a acelerada agregação destes equipamentos aos
sistemas de saúde, têm
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desencadeado críticas quanto ao expressivo crescimento dos gastos com assistência médica
correlacionados comprovadamente aos dispêndios com a aquisição e manutenção destes
sofisticados equipamentos. Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, esta situação é ainda
mais complexa, pois se por um lado solicita a seleção das tecnologias advindas dos paises
desenvolvidos e, portanto, adequadas aos seus quadros nosológicos, por outro lado, os escassos
recursos disponíveis para aquisição destes equipamentos de elevado custo, representam o risco de
colocar estes países à margem de inovações tecnológicas significativas. Aliada a necessidade de
racionalização dos dispêndios com a aquisição e manutenção destes equipamentos, as exigências de
incorporar aos serviços de assistência à saúde, tecnologias apropriadas, e de garantir a segurança
aos usuários destes equipamentos, introduziram, nas instituições de saúde dos países
desenvolvidos, a partir do fim da década de 60, uma carreira técnica capaz de integrar
conhecimentos das áreas de ciências médicas, exatas e humanas, na solução de problemas de
planejamento, gerenciamento e treinamento em sistemas de equipamentos odonto-medico-
hospitalares, conhecida internacionalmente como Engenharia Clínica. Em países como o Brasil, a
contribuição dos engenheiros clínicos a ainda mais significativa. Além de proporcionarem economia
de expressivos recursos financeiros, que seriam gastos na manutenção destes equipamentos,
orientam a aquisição das tecnologias externas mais apropriadas ao quadro nosológico destes
países. No Brasil, a rede física do sistema de saúde que adquire os equipamentos odontomedico-
hospitalares, écomposta por 34.831 estabelecimentos de saúde públicos e privados, com 522.835
leitos, existindo grande diversidade no tamanho e complexidade destes estabelecimentos, sendo que somente 1.250 deles possuem mais de 120 leitos (IBGE 2012). Comparativamente às nações
desenvolvidas, o Brasil usa, em média, equipamentos obsoletos. Existe, entretanto exceções,
principalmente em instituições de saúde localizadas nas regiões sul e sudeste. Apesar disto,
observa-se que a aquisição de equipamentos médico-hospitalares complexos realiza-se, via de
regra, sem critérios. Por exemplo, se considerarmos que 500 tomógrafos computadorizados
existentes no Brasil concentram-se em grandes cidades proporcionando uma relação de habitantes
por tomógrafo, nestas cidades, maior que a de alguns países europeus (Wang E Calil, 1991; Negri, Di
Giovanni, 2005). A este parque instalado em operação, somam-se em torno de US$ 2 bilhões em
equipamentos inoperantes, ou operando precariamente, o que corresponde a 30% de todo o
parque, como consequência de: Aquisições inadequadas, Qualidade insatisfatória, Uso indevido,
Gestão de manutenção deficientes.
V. Mercado Profissional
Adicionalmente, o consumo nacional de equipamentos médico-hospitalares, por ano, corresponde
em torno de US$ 500-700 milhões, sendo US$ 400-500 milhões adquiridos no país e US$ 100-150
milhões importados, o que representa ao país um acréscimo de US$ 37-52 milhões nos dispêndios
anuais para manutenção deste parque (Wang e Calil, 1991; Negri, Di Giovanni, 2005; Datasus 2013).
Expressiva parte destes dispêndios e consequência da carência de recursos humanos habilitados
em engenharia clinica no Brasil. Como inexiste no país curso para habilitação nesta carreira técnica,
a demanda do setor saúde nesta categoria de profissional é atendida, deficitariamente, por
inexpressiva parte dos aproximadamente 20 engenheiros biomédicos que anualmente concluem
curso de mestrado, uma vez que quase a totalidade dedica-se à pesquisa, desenvolvimento e
produção de equipamentos médico-hospitalares, em vez de trabalhar nos estabelecimentos de
saúde, os quais via de regra, não apresentam condições adequadas ao desenvolvimento de
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atividades de engenharia clínica. Como consequência, apenas 6% dos hospitais com mais de 120
leitos, ou seja, em torno de 75 hospitais, possuem departamento de engenharia clínica em suas
estruturas administrativas, o que representa em torno de 1% de todos os hospitais. No Brasil,
considerando-se a disponibilidade de menos de 500 engenheiros clínicos atuando em instituições
de saúde, e um total de 523.000 leitos públicos e privados, podemos estimar um déficit no país de
pelo menos 1.400 engenheiros clínicos (Estima-se que seja necessário um engenheiro Clínico para
cada 350 leitos). Entretanto, estima-se que o sistema de ensino superior não tenha recursos para
atender a esta demanda em menos de cinco anos, ou seja, especializar 300 engenheiros por ano,
bem como, avalia-se que o setor de saúde nacional não possua condições de absorver mais de 60
engenheiros clínicos por ano.
VI. Benefícios ao Setor de Saúde
Apesar do reduzido número de instituições de saúde que investiram em equipes de engenharia
clínica, estas instituições lograram benefícios que justificam amplamente os investimentos
realizados, destacando-se que: - Quando a manutenção é realizada por equipe do próprio hospital, o
tempo médio do equipamento parado para manutenção reduz-se para os serviços realizados por
assistência técnica externa ao hospital, revertendo em beneficio ao usuário que poderá dispor do
serviço prestado pelo equipamento por mais tempo; - Quando a manutenção é realizada por equipe
técnica do próprio hospital, os dispêndios com a manutenção de seus equipamentos reduz-se para
em aproximadamente 5% de seu orçamento anual, enquanto a de aproximadamente 30% de seu orçamento anual quando não dispõe desta equipe, representando um credito orçamentário anual
de 25% a ser gasto em serviços de saúde prioritários (OPAS, 2012).
- Os gastos com serviços de manutenção realizados por equipe técnica do próprio hospital são em
torno de 80% menores que os realizados por assistência técnica externa ao hospital. - Quando o
hospital dispõe de equipe técnica de manutenção, apenas aproximadamente 5% de seus
equipamentos estão sujeitos a assistência técnica externa, o que corresponde a 30% dos recursos
financeiros do hospital alocados em manutenção de seus equipamentos (Ministério da Saúde,
1994). - Em relatório elaborado pelo Departamento de Tecnologia da Fundação Hospitalar do
Distrito Federal, em 1989, observa-se que este departamento reparou 94% dos equipamentos
médico-hospitalares da fundação, o que representou uma economia de US$ 8,4 milhões no ano
(Wang e Calil, 1998; Negri, Di Giovanni, 2005). Este mesmo relatório mostra que 6% dos
equipamentos médico-hospitalares que tiveram assistência técnica externa, foram responsáveis por
39% dos dispêndios da Fundação em manutenção de seus equipamentos. Concluindo, destaca-se
que a importância da engenharia clinica a prestação de assistência à saúde, justifica-se não apenas
por reduzir os dispêndios com equipamentos médico-hospitalares, ou garantir a segurança de seus
usuários, mas também por evitar o elevado custo social causado pelo maior tempo de
indisponibilidade de uso destes equipamentos, devido a deficiências em sua gerência e manutenção.
VII. Perfil do Egresso
O engenheiro clínico tem como função principal a gestão dos departamentos de engenharia clínica
das instituições de saúde, supervisionando os técnicos em manutenção de equipamentos médico-
hospitalares. Neste contexto, a Federação Internacional de Engenharia Biomédica estabeleceu, em
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1981, a relação de atribuições do engenheiro Clínico, as quais são resumidas a seguir (Bronzino.
1990, 2006): - Prestar serviços de consultoria sobre as tecnologias disponíveis e apropriadas de
equipamentos médico-hospitalares; - Prestar serviços de avaliação das especificações e
desempenho dos equipamentos, tanto na etapa de seleção para sua aquisição, quanto em sua
recepção, instalação e operação; - Planejar e controlar a gestão da manutenção de equipamentos
odonto-médicohospitalares; - Prevenir as situações perigosas e controlar os riscos inerentes ao uso
desses equipamentos; - Supervisionar os serviços de metrologia e observância dos padrões de
qualidade dos equipamentos; - Assessorar os serviços técnicos relativos a equipamentos especiais e
à melhoria dos serviços de saúde; - Planejar e desenvolver programas de capacitação de técnicos da
área e de usuários dos equipamentos.
Estas atribuições foram confirmadas em estudos posteriores, classificando o engenheiro Clínico
como habilitado para exercer atividades em:
- Departamento de engenharia clínica das instituições de saúde;
- Unidades de gestão da política de equipamentos odonto-medico-hospitalares nos órgãos
governamentais da política de saúde, tais como as Secretarias de Saúde Estaduais e Municipais;
- Centros de pesquisa e desenvolvimento de equipamentos médico-hospitalares de instituições
publicas ou privadas;
- Unidades de assistência técnica de empresas que atuam na área de equipamentos médico
hospitalares.
Desta forma, o Curso de Especialização em Engenharia Clínica visa capacitar profissionais com os
conhecimentos necessários para uma atuação eficiente junto às unidades de saúde, auxiliando os
profissionais da área da saúde para otimizar, funcional e economicamente as unidades de saúde.
Devido à natureza da atividade, este profissional devera possuir conhecimentos em áreas afins da
saúde, tais como fisiologia, anatomia e semiologia, permitindo a fluência da comunicação entre
engenheiros clínicos e o corpo médico. Além disso, o egresso deverá possuir conhecimentos sobre o
modo de funcionamento do atual sistema de saúde, instrumentação hospitalar e sua gestão,
incluindo tópicos de administração e ética na saúde.
VIII. Carga Horária Carga Horária Total:.......................................................480 horas
Carga Horária de Aulas Teóricas:...................................280 horas
Carga Horária de Aulas Práticas:.................................... 160 horas
Carga Horária para Trabalho de Conclusão de Curso/projeto integrado:....40 horas
IX. Período e Periodicidade: Sextas das 18h – 11hs Sábados das 08:00 as 12:30hs e 13:30:00 as
18:30hs(10horas/aula) Duração: 12 meses
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X. Requisitos de ingresso: Para candidatar-se ao curso de especialização em engenharia clinica,
deverão ser, preferivelmente elegíveis: Os engenheiros preferencialmente com algum
conhecimento no setor de saúde.
XI. Escopo: Para exercer as atribuições descritas, recomenda-se que a especialização em
engenharia clínica possua estrutura curricular composta de disciplinas nas seguintes áreas de
conhecimento:
Área de Formação Básica em Saúde; Área de Formação em Instrumentação Biomédica e
Médico-Hospitalar; Área de Formação em Engenharia na Saúde
Área de Formação em Metodologia da Pesquisa Científica e Legislação Sanitária da Saúde.
Conteúdo básico das disciplinas, segundo sugestão apresentada pelo ministério da saúde:
Área de Formação Básica em Saúde a) Noções básicas de anatomia, fisiologia, fisiopatologia e
semiologia. b) Conhecimento da terminologia utilizada nas instituições de saúde.
Área de Formação em Instrumentação Biomédica e Médico-Hospitalar a) Caracterizar os
sinais fisiológicos, através de parâmetros ou padrões físicos e matemáticos. b) Conhecer as
características e saber identificar os equipamentos de diagnóstico e terapia, bem como os
equipamentos de apoio ao funcionamento das instituições de saúde. c) Conhecer as características e
saber identificar os instrumentos a serem usados na manutenção e pesquisa dos equipamentos
médico-hospitalares das instituições de saúde. d) Entender os princípios básicos de funcionamento
dos equipamentos médicohospitalares. e) Entender os princípios físicos e de transdução utilizados
nos equipamentos médico-hospitalares. f) Conhecer os riscos inerentes a tecnologias usadas em
alguns equipamentos médico-hospitalares. g) Identificar erros e distorções de medidas causadas
por interferências internas e externas ao processo de medida. h) Decidir quais técnicas disponíveis
para transdução, tratamento e apresentação do fenômeno fisiológico sob estudo são mais
adequadas para cada aplicação.
Área de Formação em Engenharia na Saúde a) Compreender a estrutura político-administrativa
do sistema de saúde do País. b) Compreender a estrutura organizacional das unidades de saúde. c)
Conhecer as atribuições e competências da área de engenharia clínica nas Instituições de saúde. d)
Conhecer os fluxos de materiais, pessoas e de informações nas instituições de saúde. e) Identificar e
propor soluções para os problemas de segurança de equipamentos médico-hospitalares e
instalações de instituições de saúde. f) Especificar os equipamentos hospitalares e descrever os
procedimentos a serem adotados nos processos de aquisição. g) Avaliar a aquisição de
equipamentos médico-hospitalares que incorporem tecnologias recentes. h) Elaborar programas de
gerencia de equipamentos médico-hospitalares nas instituições de saúde.
i) Elaborar programas de manutenção de equipamentos médico-hospitalares nas instituições de
saúde. j) Conhecer as necessidades de equipamentos médico-hospitalares e instalações de
estabelecimentos de saúde. k) Entender os procedimentos de supervisão de equipamentos médico-
hospitalares nas instituições de saúde. I) Conhecer os preceitos éticos do setor de saúde. m)
Descrever os procedimentos de metrologia, normalização e qualidade aplicáveis a equipamentos
médico-hospitalares. n) Conhecer procedimentos de ergonomia das instalações e equipamentos
médicohospitalares.
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Área de Formação em Metodologia da Pesquisa Científica e Legislação Sanitária em produtos
para a Saúde.
a) Revisar os conceitos básicos relativos a metodologia da pesquisa científica de forma dirigida à
confecção do trabalho de conclusão de curso. b) Legislação Sanitária Brasileira (Leis, Decretos,
Portarias e Resoluções), Legislação Regional (Mercosul), normas técnicas nacionais e internacionais
aplicadas a saúde, Certificação de equipamentos médicos no Brasil, Boas Práticas de Fabricação e
Controle
XII. Corpo Docente O corpo docente (especialistas, mestres e doutores), que devido à natureza
multidisciplinar do curso, envolve professores de diversos especialidades, tais como profissionais:
Engenheiros, Físicos, Analista de Sistemas, Médicos, Enfermeiras, Administradores, entre outros.
XIII. Conteúdo Programático Segue detalhamento do projeto pedagógico do Curso de Especialização
em Engenharia Clínica, onde está definido o conteúdo das áreas de formação que o compõem.
Área de formação básica em saúde – 55 horas-aula
Justificativa e Objetivos: A Engenharia Clínica é um campo do conhecimento multidisciplinar por
natureza. O Engenheiro Clínico trabalha em um ambiente médico-hospitalar onde enfrenta
aspectos técnicos relacionados ao gerenciamento de equipamentos, voltados para o atendimento
médico dos pacientes. Assim, deve dominar a linguagem básica relativa à área médica de forma a se
comunicar adequadamente com médicos, enfermeiras, biomédicos, técnicos de laboratório e
demais profissionais da área de saúde. A forma de desenvolver uma linguagem comum com pessoal
da área médica e entender as demandas relacionadas ao seu trabalho, envolve a obtenção de
conhecimentos básicos em disciplinas como anatomia, fisiologia e semiologia.
As disciplinas que compõem a área de formação básica em saúde são: Anatomofisiologia Humana,
Semiologia Médica , Bioética consolidando uma carga horária de 55 horas / aula.
1.1 Anatomia e Fisiologia Humana (Carga horária: 40 horas/aula):
Justificativa e Objetivos: O conhecimento de anatomia e, em especial, de fisiologia está intimamente
relacionada à compreensão dos princípios físicos de funcionamento de equipamentos médico-
hospitalares. Conhecimentos sobre a eletrofisiologia humana são fundamentais à compreensão dos
equipamentos eletromédicos, assim como a fisiologia dos sistemas respiratório, cardiovascular e
renal está fortemente relacionada às tecnologias de ventilação mecânica, circulação extracorpórea e
hemodiálise. Portanto, o conhecimento de anatomofisiologia é fundamental ao embasamento do
Engenheiro Clínico no que se refere a prática de gestão da tecnologia na área da saúde.
Conteúdo Programático: Introdução à anatomia e fisiologia humana. Aparelho locomotor. Sistemas:
nervoso, cardiovascular, respiratório, renal e digestivo. Organização e estrutura física das células.
Composição química das células. Sistemas funcionais da célula. Fisiologia da contração muscular.
Fisiologia dos sistemas: nervoso, cardiovascular, respiratório, renal, digestivo, endócrino e
reprodutor.
1.2. Semiologia Médica (Carga horária: 10 horas/aula): Justificativa e Objetivos: O profissional
inserido no ambiente de saúde deve dominar a linguagem básica relativa à área medica de forma a
poder se comunicar adequadamente. Conhecimentos de semiologia necessários ao Engenheiro
Clínico como forma de desenvolver a compreensão dos protocolos clínicos, por sua vez
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intimamente relacionados aos conceitos de prontuário eletrônico, assim como de uma linguagem
comum que permita ao profissional entender as demandas relacionadas ao seu trabalho.
Conteúdo Programático: Introdução a Semiologia. Observação clinica: anamnese e exame físico
geral. Semiologia e semiotécnica do tórax e do abdome.
1.3 Bioética (Carga horária: 05 horas/aula)
Justificativa e Objetivos: A execução adequada das funções do Engenheiro Clínico depende de sua
postura adequada dentro do ambiente hospitalar. Esta postura requer conhecimentos formais
sobre a ética na pesquisa em saúde. Conteúdo Programático: Postura do profissional diante do
paciente, equipe médica, subordinados e como intermediário entre equipe médica e administração.
Acidentes com equipamentos: postura, procedimentos e legislação concernente. Sigilo profissional.
Relações interdepartamentais e pessoais.
2. Área de formação em metodologia da pesquisa científica e Normas e Legislação Sanitária
para produtos na Saúde – 40 horas-aula
Justificativa e Objetivos: O curso de Especialização em Engenharia Clínica assume a apresentação de
um Trabalho de Conclusão de Curso como requisito ao seu egresso. Este trabalho é definido como
um trabalho acadêmico voltado para a prática ou metodologias em Engenharia Clínica. Desta forma,
os módulos de formação em metodologia de pesquisa fornecem subsídios ao aluno para a escrita do
mesmo segundo a metodologia científica e as normas de escrita vigentes. As disciplinas que
compõem a área de formação metodologia da pesquisa científica são: Metodologia de Pesquisa,
Normas e Legislação na Saúde, consolidando uma carga horária de 40 horas/aula.
2.1. Metodologia de Pesquisa (Carga horária: 20 horas/aula)
Justificativa e Objetivos: Revisar fundamentos da metodologia de pesquisa para profissionais
oriundos da área de exatas, fornecendo subsídios ao desenvolvimento de trabalhos acadêmicos.
Conteúdo Programático: A Construção e a demarcação científica. Criatividade como fonte de
descoberta da produção científica. A Ética da pesquisa em saúde. Planejamento e construção de
propostas de Investigação. Avaliação e escolha do método. Técnicas metodológicas. Trabalhos
científicos. Variáveis. Distribuição normal, média, mediana, desvio padrão. Probabilidade. Hipótese
nula. Tipos de amostragem. Risco relativo e odds ratio.
2.2 Normas e Legislação Sanitária para Produtos na Saúde (Carga horária: 20 horas/aula)
Justificativa e Objetivos:. Esta disciplina tem por objetivo fornecer os conhecimentos básicos
envolvidos na Legislação Sanitária Brasileira vigente. Abordar as práticas de fabricação e serviços
na saúde. Certificação de equipamentos: normas nacionais e internacionais, legislação brasileira
Conteúdo Programático: Legislação Sanitária vigente, normas técnicas nacionais e internacionais
aplicados a saúde. Certificação de equipamentos no Brasil. Boas Práticas de Fabricação
3. Área de formação em instrumentação biomédica e médico-hospitalar 110 horas-aula
Justificativa e Objetivos: Medidas de parâmetros e variáveis fisiológicas exigem conhecimentos
específicos de instrumentação, consideravelmente diferentes daqueles necessários em outras áreas
de instrumentação eletrônica. Muitas medidas relativas ao corpo humano e as suas variáveis
fisiológicas, raramente são determinísticas, apresentando uma grande variabilidade e dificuldades
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específicas na sua obtenção, que geralmente não são encontradas em outros ramos de
instrumentação. Desta forma, mesmo os engenheiros eletrônicos que lidam com instrumentação,
desconhecem particularidades importantes relacionadas à instrumentação biomédica e médico-
hospitalar. Os módulos desta área de formação objetivam caracterizar as variáveis fisiológicas,
analisar aspectos específicos de transdução aplicáveis à área da saúde, tais como o uso de eletrodos
e problemas relacionados à interface tecido-eletrodo, avaliar erros que podem ser cometidos nas
medidas e meios de prevení-los, compreender os princípios físicos e de operação relativos a uma
vasta gama de equipamentos para captação de sinais bioelétricos e demais variáveis fisiológicas,
seja voltada para a obteção de imagens médicas, para fins terapêuticos, para laboratórios de
analises clinicas ou equipamentos de apoio e avaliar riscos envolvidos no uso de equipamentos. As
disciplinas que compõem a área de formação: instrumentação biomédica e médicohospitalar
3.1. Instrumentação Biomédica – ( carga horária 40hs/aula)
Justificativa e Objetivos: A instrumentação empregada em um moderno hospital é extremamente
variada, incluindo uma grande quantidade de equipamentos eletrônicos. De forma geral, tais
equipamentos contam com circuitos eletrônicos sofisticados: a grande maioria dos equipamentos
eletromédicos modernos faz uso de microprocessadores, microcontroladores ou é baseada no uso
de microcomputadores, além de incluir complexos circuitos analógicos. O Engenheiro Clínico no seu
trabalho de gerenciamento de equipamentos hospitalares deve ter os conhecimentos de eletrônica
necessários para lidar com aspectos como manutenção e operação e avaliação da qualidade destes
equipamentos. Adicionalmente, a formação dos engenheiros que podem ser aceitos pelo curso,
aponta para o fato de que nem todos tem uma formação sólida em eletrônica. Desta forma, este
módulo tem por objetivo fazer uma revisão de eletrônica e dos princípios básicos do uso de
microprocessadores para os engenheiros elrecistas, possibilitando, ao mesmo tempo, um melhor
aprendizado e sedimentação destes conhecimentos para profissionais com uma formação diferente
da área de Engenharia Elétrica/Eletrônica. Muitas medidas relativas ao corpo humano e às suas
variáveis fisiológicas, raramente são determinísticas, apresentando uma grande variabilidade e
dificuldades específicas na sua obtenção, que geralmente não são encontradas em outros ramos de
instrumentação. Este módulo objetiva caracterizar as variáveis fisiológicas, analisar aspectos
específicos de transdução aplicáveis à área médica, tais como: o uso de eletrodos e problemas
relacionados à interface tecido eletrodo; avaliar de erros que podem ser cometidos nas medidas de
deslocamento, velocidade, aceleração, força, pressão, fluxo, temperatura e meios de preveni-los;
compreender os princípios físicos e de operação relativos transdutores presentes nos
equipamentos de sinais bioelétricos e demais variáveis fisiológicas.
Conteúdo Programático: Revisão de semicondutores: diodos e transistores. Amplificadores
operacionais (princípios e aplicações): amplificador ideal e real, inversores, somadores, seguidores,
logarítmicos, diferenciadores, integradores e comparadores. Fontes. Circuitos de Linearização.
Ruídos: fontes de ruídos e métodos de redução de ruídos. Circuitos AC. Resposta em freqüência.
Diagrama de Bode. Análise de Fourier. Teoria de Filtros (ativos e passivos). Modulação em
amplitude e em freqüência. Amplificadores diferenciais e amplificadores de instrumentação.
Amplificadores de biopotenciais. Medidas elétricas, utilização pratica de equipamentos básicos de
um laboratório de Eletrônica: multímetros digitais e analógicos, frequencímetros, fontes de
alimentação, geradores de sinais e osciloscópios. Sistemas de Instrumentação Eletrônica: Diagrama
básico de sistemas de medida. Funcionamento impróprio dos instrumentos. Calibração de sistemas.
Instrumentos de Medida Analógicos e Digitais. Interfaces e distribuição de dados: IEEE 488, RS
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232. Osciloscópios digitais. Sensores para Transdutores: Potenciômetros. Transformadores
diferenciais. Straingages. Sensores capacitativos. Sensores de Eddy-currrent. Sensores
piezoelétricos e piezoresístivos. Sensores fotoelétricos. Sensores de temperatura com resistência
variável (RTD). Termistores. Termopares. Osciladores a cristal. Aplicações dos Sensores para
Medição de várias grandezas: Força, torque, pressão, fluxo, deslocamento, velocidade, aceleração,
temperatura. Eletrodos: Tipos. Métodos de fabricação. Medição de biopotenciais.
3.2. Instrumentação Médico-Hospitalar (Carga horária: 70 horas/aula)
Justificativa e Objetivos: Uma das principais atribuições do Engenheiro Clínico é gerenciar e realizar
a manutenção, assegurando a segurança e funcionamento conforme, dos equipamentos médico-
hospitalares. Este módulo apresenta os princípios físicos e de operação dos mais comuns
equipamentos eletro-médicos, abordando sua função, modos de operação, mais freqüentes falhas e
análise de defeitos. Conteúdo Programático: Instrumentação Biomédica: Equipamento biomédico
básico. Particularidades dos equipamentos biomédicos. Itens de segurança elétrica. Normatização,
certificação e conformidade do equipamento biomédico frente à norma IEC 601. Equipamentos
para Monitoração: Monitores de ECG, monitores de parâmetros fisiológicos. Medidas de parâmetros
respiratórios. Técnicas de medida de pressão sanguínea: métodos direto e indireto, hemodinâmica.
Equipamentos para Diagnóstico: ECG, EEG, EMG, ERG, P.E., PTV. Equipamentos de Lab. Patologia
Clínica. Equipamentos para Terapia: Ventiladores pulmonares. Bisturi elétrico. Aplicações de laser.
Marca-passos. Desfibriladores e Cardioversores. Hemodialisadores. Incubadora neonatal. Bombas
de infusão. Dispositivos de circulação sanguínea extracorpôrea. Instrumentação para laboratórios
de análises clínicas. Sistemas de imagem para uso em medicina: raios-X, ultra-sonografia,
tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnética, medicina nuclear, ultra-som.
Equipamentos de radioterapia. Equipamentos de apoio: lavadoras de roupas, calandras,
compressores, refrigeradores.
4. Área de Engenharia na Saúde – (carga horária 235 horas/aula)
Justificativa e Objetivos: As funções do Engenheiro Clínico dentro do ambiente hospitalar envolvem
aspectos como implementação de programas de segurança; gerenciamento de sistemas de
equipamentos em termos de planejamento para instalações, especificação e contratação, aquisição,
treinamento de usuários; implementação de programas de manutenção. Para executar tais tarefas,
o Engenheiro Clínico necessita de conhecimentos sobre a estrutura do sistema de saúde do país;
estrutura, organização e instalações de unidades de saúde; fluxo de materiais, pessoas e informação
nas unidades de saúde; como elaborar programas de segurança, manutenção e gerenciamento de
equipamentos. As Disciplinas que compõem a área de formação em engenharia clínica: Engenharia
Clinica I, II, III e IV, Políticas em Saúde e Organização Hospitalar, Segurança Hospitalar, Imagens
médicas, Engenharia Civil e Arquitetura no Ambiente Hospitalar e Engenharia Ambiental.
4.1 Engenharia Clínica I, II III e IV (Carga Horária: 110 horas/aula)
Justificativa e Objetivos: A principal função do Engenheiro Clínico é a gestão da tecnologia em
ambiente de saúde. Este módulo fornece os subsídios gerenciais para tanto, no que se refere à
programas de segurança; planejamento para instalações, especificação técnica e contratação,
aquisição, treinamento de usuários; implementação de programas de manutenção; gerenciamento
de risco e avaliação de novas tecnologias. Conteúdo Programático: O papel do Engenheiro Clínico.
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Programa de engenharia clinica: funcional, estrutural e pessoal. Processo de aquisição de
equipamentos: definição do equipamento, especificação do equipamento, elaboração de propostas,
escolha de fornecedores, avaliação dos equipamentos, contratação. Programa de controle de
equipamentos: controle de patrimônio, controle de riscos, controle de qualidade, controle de custos,
gerenciamento. Programa de manutenção: gerencia de manutenção, instalação e desativação,
intervenções técnicas preventivas e corretivas, relatório de custos. Gerenciamento e supervisão:
necessidade de gerenciamento e supervisão, justificativa econômica, controle de custo e estatística,
programa de controle de qualidade e melhoramento do serviço de manutenção, informação para a
administração. Padronização de matériais e insumos, e avaliação de novas tecnologias. Acidentes,
incidentes – relatos e investigação a Engenharia Clinica como sistema, métodos de análise,
implementação e melhoramento das instalações.
4.2 Políticas na Saúde e Organização Hospitalar (Carga horária: 40 horas/aula)
Justificativa e Objetivos: Para executar suas funções o Engenheiro Clínico necessita de
conhecimentos sobre a estrutura do sistema de saúde do país; estrutura, organização e instalações
de unidades de saúde; fluxo de materiais, pessoas e informação nas unidades de saúde e políticas na
saúde existentes no Brasil.
Conteúdo Programático: Estrutura básica do sistema de saúde no país. Fluxo e manuseio de
informações no hospital: sistema de informações hospitalares, arquivos clínicos e financeiros,
comunicação interdepartamental. Estrutura básica de um sistema hospitalar. Classificação dos
hospitais. Organização hospitalar. Unidades de Apoio Clínico. Unidades técnicas. Recursos humanos.
Acreditação Hospitalar. Programa de qualidade. As Políticas Públicas em Saúde,As Políticas Públicas
em Saúde no Brasil, O Processo Histórico de Construção do SUS, O Nascimento da Previdência
Social no Brasil As Propostas de Contenção de Gastos e o Surgimento das Ações Centralizadas de
Saúde Pública, A Crise do Regime de Capitalização e o Nascimento do Sanitarismo
Desenvolvimentista, O Acirramento da Crise e a Privatização da Assistência Médica, crise, Reforma
e Consolidação da Rede Privada em Saúde, Eclosão da Crise Estrutural e Consolidação das
Propostas Reformadoras. O Sistema Único de Saúde: O SUS como Política de Relevância Pública;
Princípios Doutrinários e Organizativos; A Saúde é Direito de Todos e Dever do Estado; A Busca da
Materialização das Políticas Públicas; Objetivos orientados para o desenvolvimento social;
Interlocução permanente entre Estado e sociedade na gestão; A Nova Concepção do Sistema de
Saúde; Canais de Participação dos Gestores Públicos e da sociedade para definições das políticas e
da ação governamental; Componentes da estrutura do SUS Finalidade e Financiamento do SUS;
Objetivo do Sistema Único de Saúde Participação do Setor Privado no SUS; Controle Social no SUS
Funcionamento das Conferências e dos Conselhos de Saúde;O Pacto pela Saúde; O Pacto em Defesa
do SUS; Saúde Pública Brasileira-Consolidação pelo SUS; Avanços e Desafios do SUS.
4.3. Segurança Hospitalar (Carga horária: 20 horas/aula)
Justificativa e Objetivos: Uma das principais funções do Engenheiro Clínico dentro do ambiente
hospitalar é a implementação de programas de segurança. Este módulo apresenta a classificação
dos riscos hospitalares e sua gestão.
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Conteúdo Programático: Programa de segurança hospitalar: riscos presentes em um hospital,
princípios de segurança elétrica, implementação de programas de segurança, segurança mecânica,
fatores ambientais. Relato e Investigação de acidentes hospitalares. Instalações: a Engenharia
Clinica como sistema, métodos de análise, implementação e melhoramento das instalações.
4.4. Engenharia Civil e Arquitetura no Ambiente Hospitalar (Carga horária: 20 horas/aula).
Justificativa e Objetivos:: As funções do Engenheiro Clínico dentro do ambiente hospitalar envolvem
aspectos como planejamento para instalações prediais dedicadas a equipamentos, especificação e
contratação. Para executar tal tarefa, o Engenheiro Clínico necessita de conhecimentos sobre a
organização e instalações de unidades de saúde; fluxo de materiais e pessoas nas unidades de
saúde. Também será desenvolvido planejamento do ambiente e do espaço hospitalar. Para executar
tais tarefas, o Engenheiro Clínico necessita de conhecimentos sobre fluxo de materiais e pessoas.
Conteúdo Programático:
Histórico e evolução da arquitetura no ambiente hospitalar, até os dias de hoje, sintese- Hospital
Geral Estruturação da Área Física, elaboração de projetos, conforme legislação federal, estadual e
Municipal. Materiais usados na construção civil,obras e reformas de hospitais. Elétrica
(planejamento, instalação e manutenção);hidráulica (planejamento, instalação e manutenção); rede
lógica(telefonia e redes de informática). Parque de máquinas, equipamentos e ferramentas
existentes em hospitais, custos de obras, reformas e manutenções em hospitais; infra-estrutura
nececessária de recursos humanos para a manutenção e obras em hospitais, Planejamento mínimo
necessário para instalações de equipamentos especiais (tomógrafo computadorizado, mamógrafos,
hemodinâmicas, ressonância nuclear magnética, equipamentos de raios x, radioterapia, cabines de
Fluxo Laminar. Plano Diretor: relação entre espaço arquitetônico e equipamento médico-hospitalar.
Condições ambientais de conforto: higrotérmico, acústico, luminoso. Critérios de avaliação para
escolha de materiais de acabamento.
4.5 Engenharia Ambiental (Carga horária: 20 horas/aula).
Justificativa e Objetivos
Esta disciplina tem por objetivo fornecer os conhecimentos básicos envolvidos nos processos de
planejamento e controle do risco ambiental advindo das atividades de saúde. Tem a finalidade de
fornecer instrumentos para avaliar e minimizar os impactos ambientais, reduzindo os efeitos
adversos das atividades produtivas nos meios físicos e biológicos.
Conteúdo Programático:
Conceitos de ecologia, ambiente, meio ambiente e desenvolvimento sustentável. Planejamento e controle do risco ambiental advindo das atividades de saúde. Avaliar e minimizar os impactos
ambientais indesejáveis. Reduzir os efeitos adversos das atividades produtivas nos meios físicos e
biológicos. Planejamento Ambiental Integrado: a crise energética, fontes alternativas de energia na
saúde. Avaliação de impactos ambientais: descrição geral, indicadores de impacto, métodos
quantitativos. Aspectos legais e institucionais do controle ambiental. Resíduos sólidos, efluentes
líquidos e gasosos: conceituação, tipos e classificação, características, composição e análise.
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Aspectos sanitários, ambientais, epidemiológicos, econômicos e sociais dos resíduos sólidos e
líquidos. Acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte e disposição final de resíduos.
Legislação e normalização sobre resíduos sólidos. Desenvolvimento de programa de resíduos
sólidos. Direito Ambiental no Brasil. Crimes ambientais. Agenda 21. Protocolo de Kyoto. Efeito
Estufa. Buraco na camada de ozônio. Produção Mais Limpa (P+L).
4.7 Imagens Médicas (diagnóstico) (Carga horária: 25 horas)
Justificativa e objetivos: Para executar suas atribuições o Engenheiro Clínico necessita de
conhecimentos sobre a gestão da tecnologia da informação nas unidades de saúde
Conteúdo Programático: A informação nos sistemas de imagem na saúde. Estrutura de dados e
arquivos médicos. Sistemas de informação em saúde. Informatização de serviços de saúde.
Protocolos de comunicação de dados hospitalares (DICOM, HL7). Gerenciamento de imagens, ris,
pacs, his.
5. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) – Projeto Integrado (Carga Horaria: 40 horas)
Justificativa e Objetivos: O trabalho de conclusão de curso (TCC) objetiva dar uma visão do
funcionamento de todos os setores de um hospital, permitindo consolidar, de forma prática, os
conhecimentos obtidos na parte teórica do curso. O projeto será sob a supervisão de um orientador,
o aluno deverá abordar um tema relevante na área de Engenharia Clínica. O tema deve
necessariamente estar voltado para aspectos relativos ao funcionamento de um hospital, devendo
incluir, preferencialmente, temas como gerenciamento de equipamentos médicohospitalares,
aspectos funcionais e estruturais de ambientes hospitalares nos quais são utilizados equipamentos,
aspectos relativos a riscos presentes em um hospital. O projeto deve analisar o assunto de forma
detalhada e propor possíveis soluções para os problemas encontrados. O projeto justifica-se, na
medida em que representa a oportunidade para os alunos entrarem em contato direto com o
ambiente típico em que irão trabalhar como profissionais.
Conteúdo Programático: A disciplina tem por objetivo o desenvolvimento de um tema, sob
supervisão de um orientador, voltado a aspectos relevantes da Engenharia Clínica, sobretudo no
que diz respeito ao gerenciamento de equipamentos médico-hospitalares em suas várias facetas,
aspectos funcionais e estruturais de ambientes hospitalares nos quais são utilizados equipamentos,
procurando apontar soluções para os problemas encontrados. A disciplina exige a apresentação do
projeto para apreciação por uma banca examinadora. A monografia escrita sobre o tema
desenvolvido deverá seguir as normas ABNT.
Curso de Especialização em Engenharia Clínica
1.Área de Formação Básica em Saúde 1.1. Anatomofisiologia Humana Básica 40 1.2. Semiologia
Médica 10 1.3. Bioética 5 Total 55
2. Área de Formação em Metodologia de Pesquisa Científica e Legislação Sanitária para Produtos na
Saúde 2.1. Metodologia de Pesquisa 20 2.2 Normas e Legislação Sanitária para Produtos na Saúde
20 Total 40
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3. Área de Formação Em Instrumentação Biomédica e Médico-Hospitalar 3.1. Instrumentação
Biomédica 50 -3.2 Instrumentação Médico-Hospitalar 60 -Total 110
4. Área de Formação em Engenharia na Saúde 4.1. Engenharia Clínica I, II, III e IV- 110
4.2. Políticas na Saúde e Organização Hospitalar - 40
4.3. Segurança Hospitalar - 20
4.5. Imagens Médicas - 25
4.6. Engenharia Ambiental - 20
4.7. Engenharia Civil e Arquitetura no Ambiente Hospitalar - 20
Total 235
4. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) – Projeto Integrado 4.1. Trabalho de Conclusão de Curso
40 Total 40
TOTAL GERAL 480 horas/aula
Referências:
1. Bronzino, J. D. ; Education of clinical engineers in the 1990s. , J. Clin. Eng. 15(3): 185-9,1990. 2.
Bronzino, JD – The Biomedical Engineering Handbook. 3. d Boca do Raton, Flórida: crc Press, 2006.
3. Datasus 2008 – Ministério da Saúde – Rio de Janeiro. 2008 4. Instituto Brasileiro Geográfico e
Estatístico – 2006. 5 . Ministério da Saúde – Secretaria Nacional de Assistência à Saúde.
Equipamentos para Estabelecimentos Assistências de Saúde: Planejamento e Desenvolvimento.
Brasília – DF. 1994 6. Negri, B.; Di Giovanni, G. – Radiografia da Saúde do Brasil – Instituto De
Economia – Unicamp – Campinas, São Paulo, 2005. 7. Organización Panamericana de la
Saúde/Acodess – La Transformación de la Gestión de Hospitales em América Latina y Caribe.
Washington, DC, 2001. 8. Wang, B. and Calil, S. J.; Clinical engineering in Brasil: Current Status, J.
Clin. Eng. 3. 16(3)129-35, 1991.
XIV. Conteúdo Programático Detalhado
Plano de Módulo Curso de Especialização em Engenharia Clínica
Disciplina: Anatomofisilogia humana C. Horária: 40hs/aula Professor(es): Jorge Höer – Ivana G. da
Rocha Objetivos: Apresentar noções de anatomia e fisiologia para profissionais oriundos da área de
exatas com algum conhecimento do ambiente hospitalar. Ementa: Noções de anatomia de sistemas
e do aparelho locomotor. Biologia celular. Fisiologia de células excitáveis. Neurofisiologia.
Fisiologia de sistemas de transportes e trocas (cardiovascular, respiratório, renal e digestivo).
Fisiologia endócrina e da reprodução. Programa: 1. Introdução à anatomia e a fisiologia. 2. Aparelho
locomotor. 3. Noções de anatomia de sistemas: sistemas nervoso, cardiovascular, respiratório, renal
e digestivo. 4. A célula e suas organelas: estrutura e função. 5. Elementos de bioquímica celular. 6.
Respiração celular. 7. Tipos representativos de tecidos: tecido conjuntivo, epitelial, nervoso e muscular. 8. Biologia celular. 9. Fisiologia de células excitáveis. Neurofisiologia. 10. Fisiologia de
sistemas de transportes e trocas (cardiovascular, respiratório, renal e digestivo). 11. Fisiologia
endócrina e da reprodução. Metodologia: Aulas expositivas de teoria. Apoio Didático: Quadro,
pincel, data-show, computador. Bibliografia: 1. GUYTON, A.C. "Fisiologia Humana", Guanabara-
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Koogan, 8ed., 1992. 2. HOUSSAI, H. Fisiologia humana. SP. 1999 3. NETTER, Frank H. - Atlas de
anatomia humana, Ed. Elsevier 4 ed. 2008. 4. PABST, Reinhardt - Sobotta. Atlas de Anatomia
Humana, Guanabara Koogan, 10 ed. 2006. 5. www.auladeanatomia.com/ 6. Software de Apoio
Plano de Módulo Curso de Especialização em Engenharia Clínica Disciplina: Semiologia
Médica C. Horária: 10 h Professor(es): Jorge Höer - Ivana G. da Rocha Objetivos: Apresentar noções
de semiologia para profissionais oriundos da área de exatas com algum conhecimento do ambiente
hospitalar.
Ementa: Introdução a Semiologia. Observação clinica: anamnese e exame físico geral. Semiologia e
semiotécnica do tórax e do abdome. Programa: 1. Introdução a Semiologia. 2. Observação clinica:
anamnese e exame físico geral. 3. Semiologia e semiotecnica do tórax e do abdome. Metodologia:
Aulas expositivas de teoria. Apoio Didático: Quadro, pincel, data-show, computador. Bibliografia: 1.
Guyton, A.C. "Fisiologia Humana", Guanabara-Koogan, 8ed., 1992. 2. Guyton, A.C.; Hall, J. E. ,Tratado
de Fisiologia Médica. Guanabara Koogan. RJ, 11ª Edição,2006 3. Software de Apoio
Plano de Módulo Curso de Especialização em Engenharia Clínica Disciplina: Bioética C.
Horária: 5 h Professor(es): Cláudio Telöken
Objetivos: Discutir a postura adequada do Engenheiro Clínico dentro do ambiente hospitalar e a
relação com a ética em saúde. Ementa: Postura do profissional. Acidentes com equipamentos. Sigilo
profissional. Relações interdepartamentais e pessoais. Ética na pesquisa Programa: 1. Postura do
profissional diante do paciente, equipe médica, subordinado e como intermediário entre equipe
médica e administração. 2. Acidentes com equipamentos: postura, procedimentos e legislação
concernente. 3. Sigilo profissional. 4. Relações interdepartamentais e pessoais Metodologia: Aulas
expositivas de teoria. Apoio Didático: Quadro, pincel, data-show, computador. Bibliografia: 1
Guyton, A.C.; Hall, J. E. ,Trtado de Fisiologia Médica. Guanabara Koogan. RJ, 11ª Edição,2006 2.
Normas para Pesquisa envolvendo Seres Humanos. Resoluções CNS/MS(196/96; 240/97; 251/97;
292/99; 303/2000; 304/2000). 3. Software de Apoio
Plano de Módulo Curso de Especialização em Engenharia Clínica Disciplina: Metodologia de
Pesquisa C. Horária: 20 h Professor(es): Luciana B. Pinheiro
Objetivos: Apresentar a metodologia de pesquisa científica de forma a prover conhecimentos
básicos para elaboração de trabalhos acadêmicos.
Ementa: A Construção e a demarcação científica. A ética da pesquisa em saúde. Planejamento e
construção de propostas de Investigação. Avaliação e escolha do método. Técnicas metodológicas.
Trabalhos científicos. Programa: 1. A Construção e a demarcação científica. 2. Criatividade como
fonte de descoberta da produção científica. 3. Planejamento e construção de propostas de
Investigação. 4. Avaliação e escolha do método. 5. Técnicas metodológicas. 6. Trabalhos científicos.
Metodologia: Aulas expositivas de teoria. Apoio Didático: Quadro, pincel, data-show, computador.
Bibliografia: 1. FERRARI, A. Metodologia da pesquisa científica. São Paulo. Mcgraw-hill. 1982 2.
MOROSINI, M.C. Universidade e política nacional de ciência e tecnologia. Porto Alegre. Ufrgs. 1995
3. QUIVY, R, CAMPENHOUDT, l. Manual de investigação em ciências sociais. Portugal. Gradiva.
1995 4. RUDIO, F.V. Introdução REA,Louis M. PARKER, Richard.Metologia de Pesquisa: do
Planejamento a Execução. São Paulo: Editora Pioneira, 2000. 5. MORAES,Irany Novah,
AMATO,Alexandre Campos Moraes. Metodologia da Pesquisa Científica. Editora: Roca, 2007 6.
MARCONI, Marina de A. Lakatos, Eva M. Técnicas de Pesquisa: Planejamento e Execução de
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Pesquisas, Amostragens e Técnicas de Pesquisas , Elaboração, Análise e Interpretação de Dados.3
ed.São Paulo: Atlas, 1996. 7. MULLER, Mary S; CORNELSEN, Julce M. Normas e Padrões para Teses,
dissertações e monografias. 2ª ed.Londrina:EDUEL, 1999. 8. FURASTÉ,Pedro Augusto. Normas
Técnicas para o Trabalho Científico:Elaboração e Formatação. Explicitação das Normas da
ABNT.14ª ed.Porto Alegre, 2012. 9. REA,Louis M. PARKER, Richard.Metologia de Pesquisa: do
Planejamento a Execução. São Paulo: Editora Pioneira, 2000. 10. MORAES,Irany Novah,
AMATO,Alexandre Campos Moraes. Metodologia da Pesquisa Científica. Editora: Roca, 2007.
Software de Apoio
Plano de Módulo Curso de Especialização em Engenharia Clínica Disciplina: Normas e
Legislação Sanitária Vigente para Produtos na Saúde C. Horária: 20 h Professor: Marcio Luiz
Varani
Objetivos: Esta disciplina tem por objetivo fornecer os conhecimentos básicos envolvidos na
Legislação Sanitária Brasileira vigente aplicada a produtos na área da sáude. Abordar as boas
práticas de fabricação de produtos médicos e serviços na saúde.
Ementa: Legislação Sanitária Brasileira. Normas Técnicas Nacionais e Internacionais.
Programa: Legislação Brasileira (Leis, Decretos, Portarias e Resoluções), Legislação Regional
(Mercosul), normas técnicas nacionais e internacionais aplicadas a saúde. Certificação de
equipamentos médicos no Brasil. Metrologia Boas Práticas de Fabricação e Controle.
Bibliografia: 1.Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, 2. Decreto nº 3.961, de 10
de outubro de 2001, 3. Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, 4. Lei nº 9.784, de 29 de janeiro
de 1999,
BRASIL, Anvisa. RDC nº 16, de 28 de março de 2013: Aprova o Regulamento Técnico de Boas Práticas de Fabricação de Produtos Médicos e Produtos para Diagnóstico de Uso In Vitro e dá outras providências. BRASIL, Anvisa. RDC nº 36, de 25 de julho de 2013: institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras providências. BRASIL, Anvisa. RDC nº 56, de 6 de abril de 2001: adota a seguinte resolução: Os produtos para saúde devem atender aos requisitos essenciais de segurança e eficácia aplicáveis a estes produtos, referidos no Regulamento Técnico anexo a esta Resolução. BRASIL, Anvisa. RDC nº 59, de 27 de junho de 2000: determina a todos fornecedores de produtos médicos o cumprimento dos requisitos estabelecidos pelas Boas Práticas de Fabricação de Produtos para esta finalidade. BRASIL, Anvisa. RDC nº. 63 de 25 de novembro de 2011: Dispõe sobre os Requisitos de Boas Práticas de Funcionamento para os Serviços de Saúde. BRASIL, Anvisa. RDC nº. 67, de 21 de dezembro de 2009: Dispõe sobre normas de tecnovigilância aplicáveis aos detentores de registro de produtos para saúde no Brasil. BRASIL, Anvisa. RDC nº. 185, de 22 de outubro de 2001: registro, alteração, revalidação e cancelamento
do registro de produtos médicos na Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, Software de apoio.
Plano de Módulo Curso de Especialização em Engenharia Clínica Disciplina: Instrumentação
biomédica C. Horária: 40 h Professor(es): Cleiton Garcia
Objetivos: Promover uma revisão de fundamentos de eletrônica. Apresentar as especificidades da
instrumentação destinada à transdução de sinais fisiológicos e prevenção de erros de medição.
Ementa: Sistema de instrumentação eletrônica. Instrumentos de medidas analógicos e digitais.
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Transdutores. Medições de força, torque, pressão, fluxo, deslocamento, velocidade, aceleração,
temperatura. Eletrodos para biopotenciais. Análises de circuitos DC e AC e resposta em freqüência.
Circuitos de condicionamento de sinal.
Programa: 1. Sistemas de Instrumentação Eletrônica: Diagrama básico de sistemas de medida.
Funcionamento impróprio dos instrumentos. Calibração de sistemas. Instrumentos de Medida
Analógicos e Digitais. Interfaces e distribuição de dados: IEEE 488, RS 232. Osciloscópios digitais. 2.
Transdutores: Potenciômetros. Transformadores diferenciais. “Straingages”. Sensores capacitativos. Sensores de Eddy-currrent. Sensores piezoelétricos e piezoresistivos. Sensores
fotoelétricos. Sensores de temperatura com resistência variável (RTD). Termistores. Termopares.
Osciladores a cristal. 3. Aplicações dos Sensores para Medição de Várias Grandezas: Força, torque,
pressão, fluxo, deslocamento, velocidade, aceleração, temperatura. 4. Eletrodos: Tipos. Métodos de
fabricação. Medição de biopotenciais.
5. Semicondutores: diodos e transistores. Amplificadores operacionais (princípios e aplicações):
amplificador ideal e real, inversores, somadores, seguidores, logarítmicos, diferenciadores,
integradores e comparadores. 6. Fontes. Circuitos de Linearização. 7. Ruídos: fontes de ruídos e
métodos de redução de ruídos. 8. Medidas elétricas, utilização prática de equipamentos básicos de
um laboratório de Eletrônica: multímetros digitais e analógicos, frequencímetros, fontes de
alimentação, geradores de sinais e osciloscópios.
Metodologia: Aulas expositivas de teoria. Apoio Didático: Quadro, pincel, data-show, computador.
Bibliografia: 1. CARR, J. & BROWN, J.M. Introduction to biomedical equipement technology . Prentice Hall, 1993 2.INMETRO & ABNT; Guia para Expressão da Incerteza de Medição, 3ª Edição, 2003.
3.Webster, J. G.; Medical Instrumentation: Application and Design, 4rd Edition, John Wiley and Sons,
2009. 4.Medical Devices and Systems: The Biomedical Engineering Handbook, CRC Press, 2006
5.Khandpur, R S.; Biomedical Intrumentation:Technology and Applications 1st Edition, McGraw-
Hill, 2005. 6.Cobbolt, R. S. C.; Transducers for Biomedical Measurements, John Wiley and Sons,
1994. 7.Akay, M.; Biomedical Signal Processing, Academic Press, 1994. 8.INMETRO & ABNT; Guia
para Expressão da Incerteza de Medição,3ª Edição, 2003. Software de Apoio
Plano de Módulo Curso de Especialização em Engenharia Clínica Disciplina: Instrumentação
Médico-Hospitalar C. Horária: 70 h Professor(es): Leria Rosane Holsbach,
http://lattes.cnpq.br/3309321635182725) Márcia Bohrer, Ricardo Castilho Wunderlich,
Leo Albornoz
Objetivos: Apresentar os princípios físicos e de operação dos mais comuns equipamentos eletro-
médicos, abordando sua função, modos de operação, mais frequentes falhas e análise de defeitos.
Ementa: Análises de circuitos DC e AC e resposta em frequência. Circuitos de condicionamento de sinal. Conceitos básicos de instrumentação biomédica generalizada. Segurança elétrica de
equipamentos biomédicos. Equipamentos biomédicos para diagnóstico, monitoração e terapia.
Programa: 1. Instrumentação Biomédica: Equipamento biomédico básico. Particularidades dos
equipamentos biomédicos. Itens de segurança elétrica. Normatização, certificação e conformidade
do equipamento biomédico frente à norma IEG 601.
2. Equipamentos para Monitoração: Monitores de ECG, monitores de parâmetros fisiológicos.
Medidas de parâmetros respiratórios. Técnicas de medida de pressão sanguínea: métodos direto e
indireto, hemodinâmica. 3. Equipamentos para Diagnóstico: ECG, EEG, EMG, ERG, P.E., PTV.
Equipamentos de Lab. Patologia Clínica. 4. Equipamentos para Terapia: Ventiladores pulmonares.
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Bisturi elétrico. Aplicações de laser. Marca-passos. Desfibriladores e Cardioversores.
Hemodialisadores. Incubadora neonatal. Bombas de infusão. Instrumentação para laboratórios de
análises clínicas. 5. Sistemas de imagem para uso em medicina: raios-X, ultra-sonografia, tomografia
computadorizada, ressonância nuclear magnética, medicina nuclear, ultra-som. Equipamentos de
radioterapia. 6. Equipamentos de apoio: lavadoras de roupas, calandras, compressores,
refrigeradores. Metodologia: Aulas expositivas de teoria. Apoio Didático: Quadro, pincel, data-show,
computador, equipamentos médicos. Bibliografia: 1. Guyton, A.C.; Hall, J. E. ,Trtado de Fisiologia
Médica. Guanabara Koogan. RJ, 11ª Edição,2006 2. Webster, J. G.; Medical Instrumentation
Apllication and Design. Second Edition, Hought Mifflin, CO, Boston , 3ª Edição – 1997. 3. Guedes, L.
A.; Backer, L. E. , Principles of Apllied Biomédical Instrumentation, Jhon Wiley and Stons, 1998. 4.
Winters, JM - Medical Instrumentation - Accessibility and Usability Considerations, Editora: crc
press, 1ª edição - 2006 5. Bronzino, J.D., Biomedical Engineering Handbook CRC; 3º Edição, 2006. 6.
David, Y, Maltzahn, W.W., Neuman, M.R., Bronzino, J.D, Clinical Engineering (Principles and
Applications in Engineering) CRC, 1º Edição, 2008. 7.Carvalho, L.C., Instrumentação Médico
Hospitalar, Manole, 2008. 8. Software de Apoio.
Plano de Módulo Curso de Especialização em Engenharia Clínica Disciplinas: Engenharia
Clínica I, II, III e IV C. Horária: 110 h Professor(es): Léria Rosane Holsbach
(http://lattes.cnpq.br/3309321635182725)
Objetivos: Fornecer os subsídios gerenciais para gestão da tecnologia em saúde. no que se refere à
programas de segurança; planejamento para instalações, especificação técnica e contratação,
aquisição, treinamento de usuários; implementação de programas de intervenções técnicas e
avaliação de novas tecnologias. Ementa: Programa de engenharia clínica. Programa de controle de
equipamentos. Programa de intervenções técnicas. Gerenciamento. Certificação de equipamentos.
Avaliação tecnológica. Programa:
O papel do Engenheiro Clínico. Programa de engenharia hospitalar: funcional, estrutural e pessoal.
2. Processo de aquisição de equipamentos: definição do equipamento, especificação do
equipamento, elaboração de propostas, escolha de fornecedores, avaliação dos equipamentos,
contratação. 3. Programa de controle de equipamentos: gerenciamento de risco, controle de riscos,
controle de qualidade, controle de custos, gerenciamento. 4. Programa de manutenção: gerencia de
manutenção, instalação e desativação, manutenção preventiva, manutenção corretiva, relatório de
custos, usabilidade e acreditação hospitalar. 5. Gerenciamento e supervisão: necessidade de
gerenciamento e supervisão, justificativa econômica, controle de custo e estatística, programa de
controle de qualidade e melhoramento do serviço de manutenção, informação para a
administração. Padronização de matérias de insumo. 6. Certificação de equipamentos: normas
nacionais e internacionais, Avaliação de tendências e novas tecnologias. 7 -Relato e Investigação de
acidentes hospitalares.
Metodologia: Aulas expositivas de teoria. Apoio Didático: Quadro, pincel, data-show, computador,
equipamentos médicohospitalares.
Bibliografia: 1. Bronzino, J. D. ; Education of clinical engineers in the 1990s. , J. Clin. Eng. 15(3): 185-
9,1990. 2. Wang, B. and Calil, S. J.; Clinical engineering in Brasil: Current Status, J. Clin. Eng. 3.
16(3)129-35, 1991. 4. Holsbach, LR; Varani, ML; Calil, JS. Manutenção preventiva em Equipamentos
Médico-Hospitalares. Ed. Anvisa, 2005. 5. Antunes, E; Vale, M; Moedelet, P; Grabois, V. Gestão de
Tecnologia Biomédica. Ed. Acodess, 2002. 6. Jacobson, B. ; Webster, J.G. -Medicine and Clinical
Engineering, 1997. 7 . Medical Device Incident Investigation , Shepaherd’s System 2004. 8. ECRI,
Página 18 de 20
Léria Rosane Holsbach – Coordenadora do Curso de Especialização em Engenharia Clinica Página 18
Risk Management Reporter News Letter Archive, 2006. 9. ECRI, Inspection and Preventive
Maintenance, 2006 10. Bronzino, JD – The Biomedical Engineering Handbook. 3. d Boca do Raton,
Flórida: crc Press, 2006 11. Negri, B.; Di Giovanni, G. – Radiografia Da Saúde Do Brasil – Instituto De
Economia – Unicamp – Campinas, São Paulo, 2005. 12. Holsbach, L R; Varani, M L; Castro, S. L. –
Manutenção Peventiva De Equipamentos Odontológicos – Ed Anvisa – Brasília, Df, 2006. 13. David,
Y, Maltzahn, W.W., Neuman, M.R., Bronzino, J.D, Clinical Engineering (Principles and Applications in
Engineering) CRC, 1º Edição, 2008. 14.-Food and Drug Administration, 2013. 15 -Medical
Device Incident Investigation , Shepaherd’s System 2004. 16 - -ECRI, Risk Management
Reporter News Letter Archive, 2012. 17 - -ECRI, Inspection and Preventive
Maintenance, 2014.
Plano de Módulo Curso de Especialização em Engenharia Clínica Disciplina: Políticas na
Saúde e Administração Hospitalar C. Horária: 40 h
Professor(es): João Carlos Cavalcanti da Silveira , Marta Bratz
Objetivos: Apresentar a estrutura do sistema de saúde do país; estrutura, organização e instalações
de unidades de saúde; fluxo de materiais, pessoas e informação nas unidades de saúde. Ementa:
Estrutura básica do sistema de saúde no país. Fluxo e manuseio de informações no hospital.
Organização hospitalar. Recursos humanos. Acreditação Hospitalar. Programa de qualidade.
Programa: 1. Estrutura básica do sistema de saúde no país. 2. Fluxo e manuseio de informações no
hospital: sistema de informações hospitalares, arquivos clínicos e financeiros, comunicação
interdepartamental. 3. Estrutura básica de um sistema hospitalar. 4. Classificação dos hospitais. 5. Organização hospitalar. 6. Unidades de Apoio Clínico. 7. Unidades técnicas. 8. Recursos humanos. 9.
Programa de qualidade. Metodologia: Aulas expositivas de teoria. Apoio Didático: Quadro, pincel,
data-show, computador. Bibliografia: 10.Sant'Anna,D.B.Pacientes y pasajeros, Interface-
Comunicação, Saúde,Educação,V.4,n.6,2000 11. DELUIZ,Neise,Formação do trabalhador em
contexto de mudança tecnológica.In: Boletim Técnico do Senac, 1994 12. Burmester,Haino-Modelo
de Gestão de Administração e Custos Hospitalares,1999 -13. Hansen,Peter -Sistema de Gestão
Empresarial,2002 -14. Johnson&Kaplan,Sistema de Gestão Empresarial e Custos,2004 -15. Textos
selecionados para leitura prévia e discussão em aula. 16. Software de apoio.
Plano de Módulo Curso de Especialização em Engenharia Clínica Disciplina: Segurança
Hospitalar C. Horária: 20 h Professor(es): Patricia Treviso
Objetivos: Apresentar os programas de segurança: classificação dos riscos hospitalares e sua gestão.
Ementa: Programa de segurança hospitalar. Relato e Investigação de acidentes hospitalares.
Instalações. Legislação Sanitária vigente. Programa: 1. Programa de segurança hospitalar 2. Riscos
presentes em um hospital 3. Princípios de segurança elétrica
4. Implementação de programas de segurança 5. Segurança mecânica 6. Fatores ambientais 7.
Legislação sanitária vigente.
Metodologia: Aulas expositivas de teoria. Apoio Didático: Quadro, pincel, data-show, computador.
Bibliografia: 1. Segurança E Medicina Do Trabalho. Manual de legislação Atlas. São Paulo. Editora
Atlas. 54ª ed. 2003 2. Software de Apoio
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Léria Rosane Holsbach – Coordenadora do Curso de Especialização em Engenharia Clinica Página 19
Plano de Módulo Curso de Especialização em Engenharia Clínica Disciplina: Introdução a
Imagens Médicas C. Horária: 25h Professor(es): Ricardo Castilho Wunderlich
Objetivos: Apresentar a gestão da tecnologia da informação nas unidades de saúde. Ementa: A
informação nos sistemas de saúde. Estrutura de dados e arquivos médicos. Sistemas de informação
em saúde. Informatização de serviços de saúde. Protocolos de comunicação de dados hospitalares.
Programa: 1. A informação nos sistemas de saúde. 2. Estrutura de dados e arquivos médicos:
natureza da informação em medicina, aplicações na coleta e armazenamento de dados. 3. Sistemas de informação em saúde: aplicação na gestão hospitalar, aplicações em saúde pública, medicina
social e preventiva, epidemiologia e estatística. 4. Informatização de serviços de saúde: Anamnese
automatizada, registro médico, bancos de dados clínicos, sistemas de codificação médica, apoio aos
exames complementares e diagnósticos, aplicações no laboratório, emissão e interpretação de
laudos. 5. Protocolos de comunicação de dados hospitalares (DICOM, HL7).. Metodologia: Aulas
expositivas de teoria e vistas aos locais de imagens médicas.. Apoio Didático: Quadro, pincel, data-
show, computador. Bibliografia: 1. BEMMEL, J.H., MUSEN, M.A. Handbook of medical informatics. 3
ed Springer. 2002 2. SHORTLIFFE, E.H.; PERREAULT, L.E. "Medical Informatics: Computer
Applications in Health Care", Addison Wesley, 1990. 3. SABBATINI, R.M.E. "Informática em
Medicina", São Paulo, Editora McGrawHill, 1992. 4. JAVITT, J. "Computers in Medicine. Applications
and Possibilities", Saunders, 1986. 5. KEMBER, F. "Aplicação do Computador em Medicina", Rio de
Janeiro, Ed. Campus, 1993. 6. NORRIS, F. et al. "O Microcomputador na Prática Clínica", São Paulo,
Ed. Roca,1988 7.Brasil, L.M. – Informática em Saúde, 1 edição, Eduel, 2008 8. Software de Apoio
Plano de Módulo Curso de Especialização em Engenharia Clínica Disciplina: Engenharia Civil
e Arquitetura no Ambiente Hospitalar C. Horária: 20 h Professor: Lauro Vaz Pereira
Objetivos: Apresentar o planejamento para instalações prediais em saúde em ternos a organização,
fluxo de materiais e pessoas nas unidades de saúde. Visitas em obras e instalações em execução,
infra-estutra em funcionamento, como caldeiras, centrais de ar condicionados, ar comprimido,
praça de tanques de gases medicianais, geradores, entras de alta tensão, QGBTs, reservatórios
d´agua, e sistemas de incêndio Ementa: Materiais usados na construção civil. Processamento de
resíduos hospitalares. Planejamento físico e noções de conforto. Normas para instalações de redes.
Programa: Histórico e evolução da arquitetura no ambiente hospitalar, até os dias de hoje, sintese-
hospital geral estruturação da área física, elaboração de projetos, conforme legislação federal,
estadual e Municipal Materiais usados na construção civil,obras e reformas de hospitais . Elétrica
(planejamento, instalação e manutenção);hidráulica (planejamento, instalação e manutenção); rede
lógica (telefonia e redes de informática). Parque de máquinas, equipamentos e ferramentas
existentes em hospitais. Custos de obras, reformas e manutenções em hospitais; infra-estrutura
nececessária de recursos humanos para a manutenção e obras em hospitais. Planejamento mínimo
necessário para instalações de equipamentos especiais (tomógrafo computadorizado, mamógrafos,
hemodinâmicas, ressonância nuclear magnética, equipamentos de raios x, radioterapia, cabines de
Fluxo Laminar. Gestão da engenharia e arquitetura, indicadores de praticas com registros.
Metodologia: Aulas expositivas de teoria, com visitas em obras e instalações em execução, na infra-
estutra em funcionamento, como caldeiras, centrais de ar condicionados, ar comprimido, praça de
tanques de gases medicianis, geradores, entras de alta tensão, QGBTs, reservatórios d´água, e
sistemas de incêndio. Apoio Didático: Quadro, pincel, data-show, computador. Bibliografia: 1.
Resolução RDC/ANVISA nº 50 de 21 de fevereiro de 2002 Normas para projetos físicos de
Estabelecimentos Assistenciais de Saúde
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Léria Rosane Holsbach – Coordenadora do Curso de Especialização em Engenharia Clinica Página 20
2.NBR 13534:1995 Instalações Elétricas em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde - Requisitos
para Segurança 3.NBR 5414 Subestação; NBR 5410 QGB e aterrramento; 4.NBR 5361 -5460
CDistribuição e B Tensão; NBR 5626 água fria; NBR 5648 solda a quente NBR 5688 PVC rigido GM-
3523 de 28 de agosto de 1998- Ar Condicionado.- Resolução 176 - 24/10/2000 6.resolução Nº 9
de 16/01/2003 – e para conforto a NBR - 16401/08 – reeditada em Março 2008 (Substitui a NBR.
6401) 7. Software de Apoio
Plano de Módulo Curso de Especialização em Engenharia Clínica Disciplina: Engenharia Ambiental C. Horária: 20 h Professor: Gino Gehling
Objetivos: Fornecer os conhecimentos básicos envolvidos nos processos de planejamento e
controle do risco ambiental advindo das atividades de saúde. Tem a finalidade de dar instrumentos
para avaliar e minimizar os impactos ambientais, reduzindo os efeitos adversos das atividades
produtivas nos meios físicos e biológicos. Ementa: Avaliar e minimizar os impactos ambientais
indesejáveis. Reduzir os efeitos adversos das atividades produtivas nos meios físicos e biológicos.
Programa: Conceitos de ecologia, ambiente, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
Planejamento e controle do risco ambiental advindo das atividades de saúde. Avaliar e minimizar
os impactos ambientais indesejáveis. Reduzir os efeitos adversos das atividades produtivas nos
meios físicos e biológicos. Planejamento Ambiental Integrado: a crise energética, fontes
alternativas de energia na saúde. Avaliação de impactos ambientais: descrição geral, indicadores
de impacto, métodos quantitativos. Aspectos legais e institucionais do controle ambiental.
Resíduos sólidos, efluentes líquidos e gasosos: conceituação, tipos e classificação, características,
composição e análise. Aspectos sanitários, ambientais, epidemiológicos, econômicos e sociais dos
resíduos sólidos e líquidos. Acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte e disposição
final de resíduos. Legislação e normalização sobre resíduos sólidos. Desenvolvimento de programa
de resíduos sólidos. Direito Ambiental no Brasil. Crimes ambientais. Agenda 21. Protocolo de
Kyoto. Efeito Estufa. Buraco na camada de ozônio. Produção Mais Limpa (P+L). Metodologia: A
metodologia de ensino utilizada nesta disciplina consta de aulas expositivas e trabalhos
desenvolvidos em grupos de alunos Apoio Didático: Quadro, pincel, data-show, computador.
Bibliografia: 1. Enger, D.E. - Ciência Ambiental (Paperback). McGraw-Hill Companies, 2006 2.
Mihelcic, J.R., Fundamentos de Ingenieria Ambiental . Limusa, 2002. 3. Zilberman, I., Introdução à
Engenharia Ambiental. Ed. Ulbra, 2002. Enger, D.E., Ciencia Ambiental (Paperback). McGraw-
Hill Companies, 2006.