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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL CAMPUS DE PATOS-PB CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA MONOGRAFIA Ocorrência de parasitos gastrointestinais em felinos domésticos domiciliados no município de Patos-PB. Thiago da Silva Brandão 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL

CAMPUS DE PATOS-PB

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

MONOGRAFIA

Ocorrência de parasitos gastrointestinais em felinos domésticos domiciliados no

município de Patos-PB.

Thiago da Silva Brandão

2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL

CAMPUS DE PATOS-PB

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

MONOGRAFIA

Ocorrência de parasitos gastrointestinais em felinos domésticos domiciliados no

município de Patos-PB.

Thiago da Silva Brandão

Graduando

Prof. Dr. Almir Pereira de Souza

Orientador

Patos

Dezembro de 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL

CAMPUS DE PATOS-PB

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

THIAGO DA SILVA BRANDÃO

Graduando

Monografia submetida ao Curso de Medicina Veterinária como requisito parcial para obtenção

do grau de Médico Veterinário.

ENTREGUE EM ....../....../...... MÉDIA: _______

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________ _______

Prof. Dr. Almir Pereira de Souza Nota

Orientador

_________________________________________ _______

Prof.ª Dr.ª Leíse Gomes Fernandes Nota

Examinador I

_________________________________________ _______

M.V. MSc. Rosileide dos Santos Carneiro Nota

Examinador II

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL

CAMPUS DE PATOS-PB

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

THIAGO DA SILVA BRANDÃO

Graduando

Monografia submetida ao Curso de Medicina Veterinária como requisito parcial para obtenção

do grau de Médico Veterinário.

APROVADO EM ....../....../......

EXAMINADORES

Prof. Dr. Almir Pereira de Souza

Prof.ª Dr.ª Leíse Gomes Fernandes

M.V. MSc. Rosileide dos Santos Carneiro

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Dedico este trabalho a minha

família, pois sempre serão o

motivo para que eu continue me

esforçando.

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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar agradecer a DEUS, pois sem ELE nada disso seria possível.

Agradecer aos meus pais Antônio e Dorinha porque eles são os responsáveis pelo

cidadão que me tornei, no qual, sempre ensinaram os valores da honestidade, dignidade,

humildade e integridade entre tantos outros, sempre procurando o melhor para os seus filhos.

Aos meus irmãos Tcharles e Pedro Neto, pois, são muito importantes para mim.

Agradecer a minha esposa Ilda, pois sempre esteve ao meu lado durante esses anos, não

me deixando desanimar para que estes objetivos fossem alcançados. Além de ter tido muita

paciência devido a minha ausência durante esse período.

Agradecer a todos do Laboratório de Patologia Clínica, ao professor Fernando Vaz,

Laura, Gilzane e Francisco, sempre muito acessíveis e companheiros, agradecer também em

especial a Higina que me ajudou muito na realização deste trabalho, com muitas ideias e

também com os diagnósticos parasitológicos.

Agradecer ao meu orientador, o Professor Almir, por me ajudar neste experimento e

pela confiança em mim depositada para executá-lo, além de, sempre disponível a me atender

quando eu precisava e também pelos ensinamentos repassados ao longo do curso.

Aos professores e funcionários da UFCG por contribuírem para o crescimento

intelectual dos alunos e assim possibilitando um futuro profissional promissor aos mesmos

melhorando consequentemente a estória de cada um e de sua família.

Agradecer aos companheiros da Polícia Militar do Estado da Paraíba em especial ao

DPM de Malta na pessoa do Sargento Eilzo que sempre foi muito solicito e otimista apoiando

aos companheiros militares a estudarem.

Agradecer aos proprietários dos animais pelas coletas e compromisso com o trabalho.

Finalmente agradecer a todos que nessa caminhada de alguma forma contribuiu para a

finalização desse projeto.

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SUMÁRIO

Pág.

LISTA DE TABELAS

LISTA DE FIGURAS

RESUMO

ABSTRACT

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 11

2. REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................................... 12

2.1. Parasitas Gastrointestinais em Felinos .......................................................................... 12

2.2. Helmintos gastrointestinais em felinos ......................................................................... 12

2.2.1 Gênero Ancylostoma ........................................................................................................ 13

2.2.2 Gêneros Toxocara e Toxocaris ....................................................................................... 14

2.2.3 Gênero Platynosomum ..................................................................................................... 15

2.3 Protozoários gastrointestinais em felinos ....................................................................... 16

2.3.1 Gênero Isospora (Cystoisospora) .................................................................................... 17

2.3.2 Gênero Giardia ................................................................................................................ 18

2.3.3 Gênero Toxoplasma ......................................................................................................... 19

2.4 Exame parasitológico de fezes ......................................................................................... 20

3 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................ 22

3.1 Local do experimento ....................................................................................................... 22

3.2 Animais .............................................................................................................................. 22

3.3 Coleta do material ............................................................................................................ 22

3.4 Análise laboratorial .......................................................................................................... 22

3.5 Análise dos dados .............................................................................................................. 23

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 24

5. CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 38

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 39

ANEXO I ................................................................................................................................. 44

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LISTA DE TABELAS

Pág.

Tabela 01 - Perfil geral do parasitismo gastrointestinal em 20 felinos domésticos

domiciliados no município de Patos-PB, no período de maio a setembro de

2017................................................................................................................

24

Tabela 02 - Frequência de protozoários únicos e/ou associados a outras parasitoses

encontrados em amostras fecais de 20 felinos domésticos domiciliados no

município de Patos-PB..................................................................................

25

Tabela 03 - Frequência de helmintos únicos e/ou associados a outras parasitoses

encontrados em amostras fecais de 20 felinos domésticos domiciliados no

município de Patos-PB..................................................................................

29

Tabela 04- Frequência das respostas dos proprietários dos 20 felinos domésticos

domiciliados em Patos-PB acerca dos cuidados higiênico-sanitários............

35

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LISTA DE FIGURAS

P

Pág.

Figura 01- Oocistos de Cystoisospora spp. visualizado em Técnica de Willis-Mollay,

aumento de 400x. Fonte: Arquivo pessoal, 2017...........................................

26

Figura 02- Oocisto de Sarcocystis spp. visualizado em Técnica de Faust, aumento de

400x. Fonte: Arquivo pessoal, 2017..............................................................

26

Figura 03- Oocisto de Entamoeba spp. visualizado em Técnica de Sedimentação

Simples, aumento de 400x. Fonte: Arquivo pessoal, 2017............................

2

27

Figura 04- Trofozoíto de Giardia spp. visualizado em Técnica de Faust, aumento de

400x. Fonte: Arquivo pessoal, 2017..............................................................

3

28

Figura 05- Ovo de Hymenolepis spp. visualizado em Técnica de Sedimentação

Simples, aumento de 400x. Fonte: Arquivo pessoal, 2017............................

3

30

Figura 06- Ovo de Toxocara spp. visualizado em Técnica de Sedimentação Simples,

aumento de 400x. Fonte: Arquivo pessoal, 2017...........................................

3

31

Figura 07- Ovo de Spirometra spp. visualizado em Técnica de Willis-Mollay,

aumento de 400x. Fonte: Arquivo pessoal, 2017...........................................

3

31

Figura 08- Ovo de Dypilidium spp. visualizado em Técnica de Sedimentação Simples,

aumento de 400x. Fonte: Arquivo pessoal, 2017...........................................

3

32

Figura 09- Ovo de Platynossomum spp. visualizado em Técnica de Sedimentação

Simples, aumento de 400x. Fonte: Arquivo pessoal,2017.............................

3

33

Figura 10- Ovo de Taenia spp. visualizado em Técnica de Sedimentação Simples,

aumento de 400x. Fonte: Arquivo pessoal, 2017...........................................

3

34

Figura 11- Ovo de Ancylostoma spp. visualizado em Técnica de Sedimentação

Simples, aumento de 400x. Fonte: Arquivo pessoal, 2017............................

3

34

Figura 12- Relação entre animais positivos e negativos para alguma parasitose,

vermifugados ou não vermifugados, avaliados no município de Patos-PB,

entre maio e setembro de 2017....................................................................

3

3

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RESUMO

BRANDÃO, THIAGO DA SILVA. Ocorrência de parasitos gastrointestinais em felinos

domésticos domiciliados no município de Patos-PB. 2017. 44 f. TCC (Graduação) - Curso

de Medicina Veterinária, UFCG, Patos, 2017.

Os parasitas gastrintestinais que acometem os felinos apresentam grande relevância, pois

também causam doenças em humanos, o que aumenta os problemas relativos a saúde pública.

O referido estudo teve como objetivo a identificação e determinação da frequência dos parasitos

gastrintestinais encontrados nas fezes de felinos domésticos domiciliados no município de

Patos-PB. Foram coletadas três amostras fecais de forma seriada de 20 animais sem definição

de raça, sexo e idade. Tais amostras foram posteriormente analisadas por três técnicas

parasitológicas qualitativas: Willis-Mollay; Faust e Hoffman, Pons e Janner. Das amostras

fecais analisadas, 55% (11/20) foram positivas para um ou mais parasitas gastrointestinais,

sendo 30% (6/20) identificadas como infecção única e 25% (5/20) como infecções mistas.

Cystoisospora spp. (10%) foi o parasita mais encontrado nas infecções únicas. Já nas infecções

mistas foram observados Cystoisospora spp.+ Giardia spp. + Entamoeba spp. (5%), Toxocara

spp. + Dipylidium spp. + Hymenolepis spp. + Platynossomum spp. (5%) entre outras

associações. Cystoisospora spp. e Spirometra spp. foram os únicos parasitas a serem

visualizados nas três técnicas utilizadas. Conclui-se que os parasitas encontrados no estudo são

clinicamente relevantes para a saúde dos felinos, além de, também serem agentes zoonóticos

importantes, devendo-se tomar medidas a fim de prevenir o risco de transmissão destes agentes

ao homem e aos animais domésticos, assim, vindo a prevenir o comprometimento da saúde do

homem e dos animais.

Palavras-chaves: Gatos, Helmintos, Protozoários, Sertão, Zoonoses.

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ABSTRACT

BRANDÃO, THIAGO DA SILVA. Occurrence of gastrointestinal parasites in domestic

felines domiciled in the city of Patos-PB. 2017. 44 f. TCC (Undergraduate) - Veterinary

Medicine Course, UFCG, Patos, 2017.

The gastrointestinal parasites that affect the felines are great relevance, as they also cause

diseases in humans, which increases the problems related to public health. The objective of this

study was to identify and determine the frequency of gastrointestinal parasites found in faeces

of domesticated felines domiciled in the city of Patos-PB (without definition of race, sex and

age). Three faecal samples of 20 animals were collected serially. These samples were later

analyzed by three qualitative parasitological techniques: Willis-Mollay; Faust and Hoffman,

Pons and Janner. Of the fecal samples analyzed, 55% (11/20) were positive for one or more

gastrointestinal parasites, 30% (6/20) of which were identified as single infections and 25%

(5/20) as mixed infections. Cystoisospora spp. (10%) was the most common parasite founded

in single infections. In mixed infections, Cystoisospora spp. + Giardia spp. + Entamoeba spp.

(5%), Toxocara spp. + Dipylidium spp. + Hymenolepis spp. + Platynossomum spp. (5%) among

other associations. Cystoisospora spp. and Spirometra spp. were the only parasites to be

visualized in the three techniques used. It is concluded that the parasites found in the study are

clinically relevant to the health of felines, as well as being important zoonotic agents, and

measures should be taken to prevent the risk of transmission of these agents to humans and

domestic animals, thus preventing the health of humans and animals.

Key words: Cats, Helminths, Protozoa, Backwoods, Zoonosis.

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1. INTRODUÇÃO

Os animais domésticos estão cada vez mais presentes nos lares brasileiros como

demonstram os dados obtidos no último censo realizado no país pelo Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE, 2015) no qual, os cães representaram 52,2 milhões de animais e

os gatos a quantia de 22,1 milhões de animais domiciliados. Ainda de acordo com o estudo, o

Brasil ocupa o quarto lugar no mundo em número de animais domésticos (cães, gatos, aves

ornamentais, peixes entre outros) e a segunda posição mundial em número de cães e gatos, onde

a região Nordeste compreende o maior número de gatos no país, cerca de 7,38 milhões.

A crescente busca por animais de companhia vem tornando cada vez mais íntimo o

contato destes com o homem, trazendo à tona uma preocupação referente aos cuidados

higiênico-sanitários de tal relação, pois tanto os cães como os gatos são importantes fontes de

infecção às zoonoses e isto vem despertando o interesse de estudos relacionados a ocorrência

de parasitismo em tais animais.

Muitas são as doenças parasitárias gastrointestinais que podem acometer os felinos

decorrentes da ingestão de roedores e insetos, alimentos mal acondicionados e o contato com

materiais contaminados como areia de parques, praças e praias. Tais condições são importantes

e devem ser levadas em consideração na epidemiologia do tipo de parasitose gastrointestinal

que o animal venha a adquirir e o risco de transmissão ao homem.

Portanto, as parasitoses gastrointestinais em felinos domésticos são verdadeiramente um

grande problema à saúde dos animais domésticos e também dos humanos, devendo ser adotada

uma conduta satisfatória para a prevenção destas enfermidades, o que implica numa

participação mais eficaz dos proprietários e dos Médicos Veterinários, assim, não subestimando

as consequências oriundas do manejo inadequado destes animais.

Desta forma, a realização do exame parasitológico de fezes nos animais domésticos é

de suma importância para o diagnóstico do parasita causador do distúrbio gastrointestinal, pois

a identificação do agente etiológico irá auxiliar o Médico Veterinário em sua conduta

terapêutica, na escolha do medicamento adequado para combater especificadamente o tipo de

agente parasitário.

Assim, objetivou-se com esse estudo investigar a presença e a frequência de parasitismo

gastrointestinal em felinos domésticos domiciliados, aparentemente saudáveis residentes no

município de Patos-PB.

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12

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Parasitas Gastrointestinais em Felinos

O atual interesse pela aquisição de gatos como animais de estimação vem gerando um

significativo aumento nos estudos referentes a frequência de parasitismo nestes animais, a fim

de controlar as zoonoses causadas por gatos domiciliados e errantes. (MUNDIM et al., 2004;

PIVOTO et al., 2013). Os parasitas gastrointestinais de felinos, assumem grande relevância para

a saúde pública, pois podem ocasionar doenças em humanos, entre elas estão a Larva Migrans

Cutânea (LMC) e a larva Migrans Visceral (LMV) causadas, respectivamente, pelos ovos e

larvas de Ancylostoma braziliense e Toxocara spp. em locais públicos (SOUSA et al., 2014).

Segundo Mundim et al. (2004) os felinos apresentam hábito e comportamento peculiares, e isto

pode vir a contribuir para a propagação de determinadas parasitoses, como as ocasionadas pelo

Ancylostoma spp. e Toxocara spp citadas acima.

Os gatos errantes, aqueles que não vivem em ambientes domiciliares, possuem uma

predisposição maior a serem alvos de contaminação e causadores da propagação das fezes com

parasitas em locais públicos de livre circulação da população, como: parques, praças, ruas e

bancos de areias (RAGOZO et al., 2002).

Os parasitos gastrintestinais, além de serem considerados agentes de zoonoses, possuem

papel relevante aos caninos e felinos, pois são considerados um dos principais fatores que

interferem no desenvolvimento do animal (SILVA et al., 1999 apud SILVA et al., 2001).

Estudos sobre a prevalência das endoparasitoses têm sido realizados em várias cidades

do Brasil, sendo observada uma maior frequência de Isospora spp., Giardia spp., Ancylostoma

spp., Toxocara spp., Platynosomum fastoum, Trichuris spp., Strongyloides stercoralis,

Dipylidium caninum e Toxoplasma gondii (FERREIRA et al., 2013; MUNDIM et al., 2004;

TESSEROLLI; FAYZANO; AGOTTANI, 2005; TORRICO, 2014).

2.2. Helmintos gastrointestinais em felinos

Segundo Mundim et al. (2004) os gatos são hospedeiros de uma série de parasitos,

principalmente de helmintos gastrintestinais sendo que no Brasil, a prevalência dessas

parasitoses foi avaliada mediante exame de fezes e contagem direta de parasitos após a

necropsia dos hospedeiros.

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Almeida e Ayres (2011) afirmam que os principais helmintos de interesse Médico

Veterinário podem ser divididos em dois Filos, o Filo Nemathelmintes, que compreende os

nematódeos, e o Filo Platyhelminthes, formado pelos cestódeos e trematódeos.

Os helmintos gastrointestinais são considerados os mais frequentes parasitos que

afetam gatos em todo o mundo, no qual o correto diagnóstico desses parasitos, em animais que

vivem em áreas urbanas é crucial, especialmente quando considerado o potencial zoonótico de

algumas espécies. Os parasitas mais comuns encontrados na região Nordeste foram:

Ancylostoma sp., Toxocara cati, Strongyloides stercoralis, Trichuris sp., Dipylidium caninum

e Cystoisospora spp., sendo o Ancylostoma sp. e o Toxocara sp. os nematoides mais frequentes.

Tais achados reforçam ainda mais a preocupação acerca desses agentes por se tratarem de

helmintos de caráter zoonótico (MONTEIRO et al., 2016).

2.2.1 Gênero Ancylostoma

O Gênero Ancylostoma pertencente à família Ancylostomidae, no qual têm seus

integrantes comumente conhecidos por ancilóstomos, devido à disposição característica em

forma de gancho de suas extremidades anteriores (URQUHART et al., 1998). Os ancilóstomos

são vermes muito parecidos entre si, no que se refere às dimensões, ciclo biológico, patogenia,

epidemiologia, profilaxia e tratamento. Porém diferem-se na morfologia da cavidade bucal,

cujo número, forma e posição distinguem as diversas espécies (RÉ et al., 2011).

Estes helmintos são responsáveis por ampla morbidade e também mortalidade em

animais, principalmente por desempenharem atividades hematófagas no intestino, gerando

anemia nos animais. O gato é hospedeiro de várias espécies de ancilóstomos, sendo

Ancylostoma tubaeforme uma das espécies mais comuns no gato. No entanto, existem outras

espécies como A. brasiliense, presente essencialmente em regiões tropicais e subtropicais

(URQUHART et al., 1998). Estes helmintos apresentam coloração branco acinzentada ou

avermelhada. Os machos medem em média 10 mm e o as fêmeas variando de 12 a 15 mm, com

ovos elípticos, de casca fina e semelhantes aos ovos de A. caninum, medindo cerca de 56 a 75

µm de comprimento por 34 a 47 µm de largura (TAYLOR; COOP; WALL, 2010).

Os ancilóstomos vivem de seis a oito anos e eliminam muitos ovos durante sua vida,

cuja quantidade é estimada entre 20 a 30 mil ovos por dia, podendo geralmente ser observados

em seu interior de duas a oito células que representam o embrião em fase de desenvolvimento;

em que ocasionalmente pode-se observar um pequeno embrião móvel (RÉ et al., 2011).

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14

O local preferencial do parasita é o intestino delgado, onde atinge a maturidade sexual

com a postura de ovos que são eliminados no meio ambiente através das fezes (OLIVEIRA et

al., 2008). No qual em condições adequadas estes ovos chegam a eclodir liberando a larva que

atinge o estado de larva de 3º estágio – L3 (forma infectante) em apenas cinco dias, podendo a

infecção ocorrer por forma percutânea como também por ingestão, sendo ambas as formas bem-

sucedidas (URQUHART et al., 1998).

A Larva Migrans Cutânea (LMC), também denominada de dermatite serpiginosa ou

dermatite pruriginosa decorre do contato direto da pele do ser humano com a L3

de Ancylostoma braziliense e A. caninum presentes no solo ou em fômites contaminados com

fezes de cães e gatos (LIMA, 2004; URQUHART et al., 1998). Após penetração na epiderme,

as larvas migram no tecido subcutâneo ocasionando reações inflamatórias caracterizadas por

prurido intenso e erupções de aspecto serpiginoso, observadas mais frequentemente nos

membros inferiores, principalmente nos pés, nádegas e mãos (RÉ et al., 2011). A LMC possui

distribuição cosmopolita, porém ocorre com maior frequência nas regiões tropicais e

subtropicais (LIMA, 2004). No Brasil essa zoonose apresenta-se com maior frequência na

região litorânea (MORAES; LEITE; GOULART, 2008).

2.2.2 Gêneros Toxocara e Toxocaris

Os ascarídeos estão entre os maiores nematódeos e ocorrem na maior parte dos animais

domésticos, tanto em estágios larvais quanto em adultos. A espécie Toxocaris leonina acomete

cães como gatos, enquanto que o Toxocara cati acomete os gatos domésticos e outros felinos

selvagens. O Toxocara cati parasita a região do intestino delgado, os machos medem cerca de

03 a 07 cm e as fêmeas em torno de 04 a 12 cm, apresentam coloração esbranquiçada e asas

cervicais com formato de ponta de flecha, característica essa que o difere do Toxocaris leonina

(URQUHART et. al., 1998).

O ciclo biológico do Toxocara cati pode ocorrer de três maneiras: I - por ingestão das

larvas no estágio L2 presentes no ovo. II - Após a infeção por L3 que acontece os filhotes em

período de amamentação. III - Após a ingestão de hospedeiros paratênicos contaminados.

Contudo, ao contrário do Toxocara canis, não ocorre a forma de infecção transplacentária

(MONTEIRO, 2014; URQUHART et. al., 1998).

A Larva migrans visceral (LMV) se caracteriza pela migração do estágio larval L3 de

Toxocara cani ou Toxocara cati (os principais agentes etiológicos dessa enfermidade) pelas

vísceras humanas causando processos patológicos hipereosinofílicos crônicos. Após a ingestão

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dos ovos do Toxocara spp., as larvas eclodem no intestino delgado, penetram a mucosa e

invadem o sistema porta. Determinadas larvas irão se encistarem no fígado, outras atingem os

pulmões e sistema circulatório, geralmente se depositam no fígado, olhos, pulmões, coração e

cérebro, mas não conseguem completar o seu ciclo biológico no homem. A LMV é uma doença

que acomete principalmente crianças, praticamente todos os órgãos podem ser atingidos, porém

o fígado é o mais afetado na maioria dos casos (MORAES; LEITE; GOULART, 2008).

2.2.3 Gênero Platynosomum

Platynosomum concinnum, digenético da família Dicrocoeliidae, é um trematódeo do

trato biliar de gatos domésticos, cuja infecção varia de assintomática à letal (BRAGA, 2016;

TRAVASSOS et al., 1969 apud MICHAELSEN et al., 2012).

O ciclo de vida do Platynossomum spp é complexo, envolvendo três hospedeiros

intermediários, para então completar seu ciclo no gato (SOLDAN; MARQUES, 2011). O

primeiro hospedeiro é o caracol da terra (Subulina octona), o segundo são isópodos terrestres

(besouros ou percevejos) e o terceiro são as lagartixas (Anolis cristatellus, A. equestris, A.

sagrei, A. carolinensis) ou sapos (Bufo marinus, B. terrestrus) (PAULA, 2010).

Os ovos contendo miracídios são eliminados nas fezes dos hospedeiros definitivos

infectando assim o solo, no qual as fezes são ingeridas pelo caramujo terrestre juntamente com

os ovos que irão eclodir e se transformarem em esporocistos, irão existir duas gerações de

esporocistos no caramujo. As cercárias serão desenvolvidas dentro dos esporocistos da segunda

geração, o segundo hospedeiro intermediário (isópodos terrestres) irá ingerir esses esporocistos

contendo cercárias. Nos isópodos, a cercária irá se converter em metacercárias nos ductos

biliares, uma forma cística e infectante (LUQUE, 2014).

Os isópodos contaminados ao serem ingeridos pelas lagartixas irão contaminá-las, estas

por sua vez ao serem predadas pelos felinos os contaminarão (BRAGA, 2016). Após a ingestão

das metacercárias pelos felinos, estas irão migrar pelo ducto colédoco para os canais biliares e

a vesícula biliar onde alcançarão sua maturidade sexual entre 8 a 12 semanas (LUQUE, 2014).

Os sítios de infecção do parasito são o fígado, ductos biliares e vesícula biliar, sendo

encontrados ocasionalmente em outros tecidos, como intestino delgado, ductos pancreáticos e

pulmão (MICHAELSEN et al., 2012). O P. concinnum é citado em áreas tropicais e

subtropicais, com estudos indicando altas prevalências em gatos (AZEVEDO, 2008).

De acordo com a gravidade da infecção, os animais parasitados podem apresentar

diversos sinais clínicos como a inapetência, letargia, perda de peso, desenvolvimento anormal

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do pelo, vômito, diarreia mucoide, anemia, hepatomegalia, ascite, icterícia ou ainda serem

assintomáticos (MICHAELSEN et al., 2012).

O diagnóstico definitivo de platinosomose é o achado dos ovos nas fezes, salvo quando

há obstrução do ducto biliar comum, a qual é uma possibilidade a ser considerada e que a

ovoposição é pouca e intermitente (SOLDAN; MARQUES, 2011).

Apesar de diversos autores relatarem a identificação de P. concinnum através de

diferentes técnicas parasitológicas, a de sedimentação tem mostrado maior sensibilidade,

principalmente a técnica de sedimentação com formalina-éter, em alguns casos mostrando-se

100% eficaz (PALUMBO et al., 1974 apud AZEVEDO, 2008).

2.3 Protozoários gastrointestinais em felinos

Existem muitos protozoários patogênicos que podem infectar cães e gatos. Geralmente

eles são entéricos, causando doenças do trato gastrointestinal ou polissistêmicos, no caso do

Toxoplasma gondii (LAPPIN, 2004).

De acordo com Urquhart et al. (1998) os protozoários são seres eucariotos,

heterotróficos na sua grande maioria, necessitando de outros animais para a obtenção de

energia, salvo aqueles de vida livre, capazes de fazer fotossíntese.

Os agentes protozoários mais comuns que infectam o trato gastrointestinal de cães e

gatos são Giardia, Cryptosporidium parvum, Cystoisospora spp., Sarcocystys spp., Besnoitia

spp., Hammondia spp., Toxoplasma gondii, Entamoeba histolytica, Balantidium coli e

Perntatrichomonas hominis (LAPPIN, 2004).

A importância das protozooses em cães e gatos se dá principalmente devido a Giardia

spp. e o Isospora spp., pois os protozoários do gênero Isospora contêm muitas espécies,

possuem uma ampla variedade de hospedeiros e são responsáveis por episódios diarreicos

devido às alterações produzidas na mucosa intestinal. Já em relação a Giardia sp., essa causa

infecção intestinal em cães e, ocasionalmente, em gatos é transmitida pela ingestão oral de

cistos, geralmente a partir de alimentos e água, apresentando grande possibilidade de

transmissão entre diferentes espécies (TESSEROLI; FAYZANO; AGOTTANI, 2005).

Segundo Ferreira et al. (2013) os protozoários Isospora spp. e Giardia spp. foram os

parasitas mais frequentemente observados nos cães e gatos durante seus estudos. Nos estudos

realizados por Torrico (2014) o Isospora spp. foi o protozoário mais prevalente no exame

coproparasitológico, seguidos de Giardia spp., Toxoplasma gondii e Sarcocystis spp.,

respectivamente.

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2.3.1 Gênero Isospora (Cystoisospora)

As espécies com importância desse gênero (também conhecido por Cystoisospora) na

medicina felina são o Isospora felis e Isospora rivolta (URQUHART et al., 1998). Os

protozoários pertencentes a esse gênero são organismos unicelulares que promovem infecção

na parede intestinal e consequentemente destruição do seu epitélio provocando alterações na

mucosa intestinal, cuja gravidade está relacionada à quantidade de parasitas e também com a

localização destes na mucosa (VASCONCELOS et al., 2008).

A contaminação do meio ambiente ocorre pela eliminação dos oocistos não esporulados

presentes nas fezes dos hospedeiros infectados, se no ambiente houver condições adequadas de

umidade, temperatura e oxigênio, o oocisto irá esporular e ficará com capacidade para infectar

novos hospedeiros. Este oocisto após sua esporulação apresenta dois esporocistos contendo

quatro esporozoítos cada, em seu interior (URQUHART et al., 1998).

O Isospora felis e Isospora rivolta localizam-se no intestino delgado, ceco e cólon dos

felinos. Semelhante ao que acontece com os cães a infecção pode ser adquirida de modo direto

ou por ingestão de pequenos roedores infectados (hospedeiros paratênicos). Devido ao seu

tamanho pequeno os oocistos podem facilmente serem dispersos pelo vento, água, fômites

contaminantes ou por vestuário, sapatos e mãos de pessoas, assim sendo carreados de um local

para outro fazendo com que haja disseminação da infecção (BRESCIANI; COELHO; PAIVA,

2015). A patogenicidade dessas espécies supostamente é baixa, apesar de haver associação de

diarréia grave com altas contagens de oocistos em gatos jovens (URQUHART et al., 1998).

A isosporose pode ocasionar ulcerações na mucosa intestinal promovendo hemorragia

agravando o quadro de parasitismo, predispondo o animal a infecções por bactérias

oportunistas, o que pode levar a um quadro de septicemia e/ou peritonite pelo extravasamento

do conteúdo intestinal para a cavidade abdominal (TESSEROLI; FAYZANO; AGOTTANI,

2005; VASCONCELOS et al., 2008).

A isosporose aparece mais comumente em filhotes, por estes não terem o seu sistema

imunológico ainda bem desenvolvido o que demostra a sintomatologia da enfermidade, no

entanto pode afetar animais adultos podendo ser assintomática ou apresentar sintomas em

animais que apresentam doenças imunossupressoras. Em geral, os animais infectados

apresentam quadros de diarreia podendo haver a presença de muco e sangue, vômito e

desidratação, que pode levar a morte de alguns animais em casos mais graves. O diagnóstico

da isosporose baseia-se nos sinais clínicos e na detecção de oocistos nas fezes (URQUHART

et al., 1998; TESSEROLI; FAYZANO; AGOTTANI, 2005).

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2.3.2 Gênero Giardia

A Giardia acomete o homem e animais, se tratando de uma zoonose com um importante

papel na sociedade, por ser uma doença de veiculação hídrica (MUNDIM et al., 2004).

As denominações Giardia lamblia, Giardia duodenalis e Giardia intestinalis têm sido

empregadas como sinonímia para designar o protozoário flagelado que pode ser encontrado na

superfície da mucosa do intestino delgado de humanos e também na maioria dos animais,

incluindo cães, gatos bovinos e ovinos (SOUZA, 2015).

A Giardia é um protozoário que possui duas formas evolutivas, uma forma cística,

resistente ao meio ambiente que é eliminada nas fezes e a outra forma chamada de trofozoíto

que se desenvolve no intestino delgado de seus hospedeiros a partir de cistos ingeridos, sendo

esta última pouco resistente ao meio ambiente (MONTEIRO, 2014).

O cisto é o estado latente e resistente, sendo a forma responsável pela transmissão do

agente. É uma estrutura ovoide, com cerca de 08 a 12 μm de comprimento e 07 a 10 μm de

largura, no qual pode viver por meses em condições ambientais. Já o trofozoíto é o estágio ativo

e móvel encontrado no lúmen do intestino do hospedeiro. Tem o corpo com formato de pera

fendida longitudinalmente, possuindo dois núcleos na superfície dorsal, um disco adesivo

ventral e quatro pares de flagelos (SOUZA, 2015).

Segundo Bowman et al. (2010) os cistos maduros apresentam potencial para formar dois

trofozoítos que são as formas encontradas normalmente nas fezes do hospedeiro infectado

sendo estes observados em fezes diarreicas, porém são incapazes de causar infecção e além de

serem pouco resistente ao meio.

Após a ingestão dos cistos, as condições ácidas estomacais juntamente com as enzimas

pancreáticas irão estimular o processo de desencistamento, fazendo com que os cistos se

rompam e liberem os trofozoítos, que é a forma ativa do parasito. Os trofozoítos irão se

multiplicar de forma assexuada por divisão binaria no intestino delgado, irão se aderir a mucosa

intestinal por sucção, no qual começarão a se alimentar iniciando assim, o processo de infecção,

acometendo com mais frequência animais jovens, pode ocasionar diarreia intermitente que

compromete a absorção e digestão dos alimentos, levando a desidratação, diarreia, perda de

peso e morte (MONTEIRO, 2014).

Há várias formas de manifestação clínica da giardíase, podendo ser assintomática, aguda

ou infecção crônica (SOGAYAR; GUIMARÃES, 2004). A infecção geralmente acontece de

forma aguda e os sintomas desaparecem com poucos dias. No entanto, animais

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imunocompetentes, desenvolvem um quadro crônico com episódios de diarreia por vários

meses, havendo assim perdas nutricionais graves (SOUZA, 2015).

Os animais confinados em ambientes com condições sanitárias inadequadas são

facilmente infectados, até mesmo pelo gesto de lambedura de seus pelos, pois os cistos podem

estar juntos a estes, já que estes são altamente resistentes ao meio ambiente (TORRICO, 2014).

O diagnóstico da giardíase geralmente é subestimado, apesar da Giardia spp. ser um dos

parasitos de maior prevalência em cães e gatos atualmente (SOGAYAR; GUIMARÃES, 2004).

Bartmann e Araújo (2004) dizem que a técnica de Faust, tem apresentado maior positividade

para cistos de Giardia spp., o que a permite ser utilizada na rotina laboratorial. Eles também

afirmam que a repetição de amostras é fundamental, pois apenas uma amostra avaliada pela

técnica tem sensibilidade variando de 50% a 70%, no entanto, ao ser analisadas duas ou três

amostras de fezes essa sensibilidade aumenta para 95%, com coletas em dias alternados.

Willard (2006) indica que pelo menos três exames coproparasitológicos devam ser

realizados durante o curso de sete a dez dias, antes de descartar o diagnóstico de giardíase.

2.3.3 Gênero Toxoplasma

O gênero Toxoplasma tem apenas uma espécie, o Toxoplasma gondii, coccídeo

intestinal de felinos e que apresenta distribuição mundial. Os hospedeiros finais são todos os

felídeos, sendo estes os mais importantes, pois são os únicos hospedeiros em que o parasita

realiza a fase sexuada do seu ciclo de vida, produzindo oocistos que são eliminados juntamente

com as fezes ocasionando a infecção de outros hospedeiros como os mamíferos, o homem e

também as aves, sendo estes hospedeiros intermediários do parasita (URQUHART et al., 1998).

Os oocistos do T. gondii são eliminados pelos gatos por um período de dias a algumas

semanas, na sua grande maioria os gatos não deixam que suas fezes permaneçam sobre sua pele

por um período de um a cinco dias, o qual é necessário para que os oocistos se tornem

infectantes (esporozoítos), estudos realizados não revelaram a presença do parasita no pelo dos

gatos, mesmo estando estes eliminando os oocistos (LAPPIN, 2004).

Conforme Vidotto et al. (2015) os oocistos esporulados podem sobreviver até 18 meses

em condições ambientais adversas e resistem a maioria dos desinfetantes comumente utilizados

nas desinfecções ambientais. Tais oocistos são extremamente importantes na disseminação do

agente etiológico na natureza, pois contaminam, água, pastagens, plantações ou areia,

elementos estes que servem como vias de transmissão do agente para animais e humanos.

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A transmissão da doença pode ocorrer de três formas: I - Ingestão de tecidos de animais

infectados, contendo cistos de Toxoplasma gondii, através de carne crua ou malcozida, fonte de

infecção comum para hospedeiros definitivos e intermediários, ou presas caçadas, fonte de

infecção primária nos gatos. II - Ingestão de oocistos eliminados nas fezes de gatos, fonte de

infecção comum para hospedeiros intermediários. III - Infecção congênita, transplacentária,

fonte de infecção é incomum nos cães e gatos, mas pode ser causa de aborto, natimortos ou

mortalidade neonatal (BIRCHARD; SHERDING, 2003).

A toxoplasmose é uma das mais importantes zoonoses dos pequenos animais. Nos

humanos portadores da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), é relatada como a

infecção oportunista mais comum do Sistema Nervoso Central (SNC), acreditando-se que a

maioria deles apresenta encefalite devido a ativação de bradizoítas nos cistos teciduais. A

infecção pelo T. gondii evidentemente pode causar uveíte anterior ou posterior, febre,

hiperestesia muscular, perda de peso, anorexia, convulsões, ataxia, icterícia, diarreia e

pancreatite (LAPPIN, 2004). Em mulheres gestantes, a toxoplasmose pode ocasionar aborto

espontâneo, nascimento prematuro, morte neonatal, ou sequelas severas no feto (por exemplo,

a clássica Tríade de Sabin: retinocoroidite, calcificações cerebrais e hidrocefalia ou

microcefalia), caso a infecção seja adquirida durante a gestação, principalmente durante os

primeiros dois trimestres (AMENDOEIRA; CAMILLO-COURA, 2010).

Os principais sintomas observados na toxoplasmose felina são anorexia, letargia, febre

(40 a 41,7ºC), pneumonia (dispneia ou taquipneia acompanhada de estertor bronquial difuso

bilateral), dor desconforto abdominal (devido a hepatite ou pancreatite), encefalite (cegueira,

distúrbios comportamentais, andar em círculos) e lesões oculares (VIDOTTO et al., 2015).

2.4 Exame parasitológico de fezes

O exame parasitológico de fezes (EPF) tem como objetivo diagnosticar os parasitos

intestinais, por meio da pesquisa das diferentes formas parasitárias que são eliminadas nas

fezes. O exame microscópico permite a visualização dos ovos ou larvas de helmintos, cistos,

trofozoítos ou oocistos de protozoário. Pode ser quantitativo ou qualitativo, onde os qualitativos

são mais utilizados (ROCHA, 2004).

Para que se tenha êxito na análise, deve-se colher e conservar corretamente as fezes; se

não for possível enviar a amostra rapidamente ao laboratório, esta pode ser mantida sob

refrigeração na geladeira ou em gelo por um período de até 48 horas (MONTEIRO, 2014).

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Dentre as técnicas qualitativas mais usuais estão, a técnica de Willis-Mollay,1921

(flutuação espontânea) no qual é indicada para pesquisa de ovos leves de helmintos

(principalmente de ancilostomídeos), cistos ou oocistos de protozoários, no entanto, ocorre

distorção de cistos de Giardia sp.; a técnica de Faust et al., 1938 (centrifugo-flutuação em

sulfato de zinco) tem as mesmas indicações da técnica anterior, porém, não distorce os cistos

de Giardia sp.; existe também, a técnica de Sheather, 1923 que é semelhante à técnica de Willis,

entretanto utiliza açúcar ao invés do sal e a técnica de Hoffman, Pons e Janer, 1934

(sedimentação espontânea) que consiste no princípio da sedimentação de ovos e é utilizada para

pesquisa de ovos pesados de trematódeos e cestódeos. (MONTEIRO, 2014; ROCHA, 2004).

Além dessas técnicas, também se tem a técnica de exame direto de fezes, no qual é utilizada

quando se tem pouca quantidade de fezes e também quando se há suspeita de grande infecção

por parasitas, sendo também indicada para visualização de trofozoíotos de Giardia sp.

(MONTEIRO, 2014)

No entanto, não existe uma técnica capaz de diagnosticar, ao mesmo tempo, todas as

formas parasitárias, assim devendo-se utilizar a associação de mais técnicas a fim de obter

melhores resultados, assim utilizando métodos gerais e também específicos. Por muitas vezes,

tais condutas são difíceis, devido serem dispendiosas e também pela quantidade de amostra

fecal insuficiente. Ao se realizar um exame parasitológico de fezes deve-se levar em

consideração determinadas condições que podem influenciar no diagnóstico, que alguns

parasitos apenas são vistos por técnicas especiais, que apenas um exame isolado com o

resultado negativo, não deve ser conclusivo, além de, que a produção de cistos, ovos ou larvas

não serem uniformes ao longo do dia ou devido ao ciclo dos parasitas, o que nestes casos é

necessário mais coletas para aumentar acurácia abranger uma melhor amplitude no diagnóstico

destes parasitas a partir da eliminação do agente etiológico pelas fezes de seus hospedeiros

(ROCHA, 2004).

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3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Local do experimento

O experimento foi realizado no município de Patos-PB, que está localizado na

mesorregião do Sertão Paraibano. O município apresenta uma posição geográfica privilegiada

que lhe proporciona uma importância singular, determinada pelos paralelos 07º 01’28” de

Latitude Sul e 37º 16’ 48” Longitude Oeste. Seu território está inserido climaticamente no

domínio semiárido subequatorial e tropical que constitui o chamado Polígono das Secas

(CAVALCANTE, 2008). Possuindo uma população de 100.674 habitantes (IBGE, 2010).

3.2 Animais

Foram utilizadas amostras fecais de 20 felinos domésticos, sem distinção de raça, sexo,

com idade variando de dois meses a dez anos e domiciliados no município de Patos – PB,

colhidas no período compreendido de 29 de maio a 01 de setembro de 2017.

3.3 Coleta do material

Foram entregues aos proprietários dos animais três recipientes coletores universais

estéreis contendo identificação do animal e numerados de 01 a 03 para cada amostra, além

disso, também foram distribuídos três pares de luvas descartáveis para que fossem usadas no

momento da coleta por parte dos proprietários. A coleta do material fecal foi realizada de forma

seriada, com um intervalo máximo de dez dias. As amostras foram acondicionadas em

recipientes distintos para que se aumentasse a possibilidade de identificação dos parasitas.

3.4 Análise laboratorial

Após recebimento das amostras estas foram encaminhadas ao Laboratório de Patologia

Clínica do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande - UFCG, Campus

de Patos-PB e posteriormente analisadas pelos métodos parasitológicos qualitativos de

flutuação simples em solução saturada (Willis-Mollay,1921); centrífugo - flutuação em Sulfato

de Zinco (Faust,1938) e pelo método de sedimentação espontânea (Hoffmann, Pons e

Janer,1934), todos descritos por Monteiro (2014). As amostras fecais foram examinadas em

microscópio óptico, com objetivas de 10 e 40, proporcionando um aumento de 100x e 400x

respectivamente.

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3.5 Análise dos dados

Os resultados obtidos acerca das parasitoses gastrointestinais foram analisados de

forma descritiva, e demonstrados em tabelas para melhor compreensão. Adicionalmente foram

entregues aos proprietários um questionário (anexo I) para que eles preenchessem alguns

quesitos, com a finalidade de identificação do animal e dados referentes à vermifugação,

vacinação, manejo sanitário, castração, fornecimento de água e também hábitos alimentares,

isto com o objetivo de fornecer dados epidemiológicos à execução do referido estudo e verificar

o nível de conhecimento dos mesmos acerca das parasitoses gastrointestinais em felinos.

As informações obtidas através do questionário também foram analisadas de forma

descritiva e relacionadas em tabelas a fim de subsidiar dados referentes ao manejo destes

animais e correlaciona-las com os resultados obtidos referentes as parasitoses encontradas.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Importante ser levado em consideração no estudo em tela, que ele retrata os parasitos

encontrados em felinos domésticos domiciliados, nos quais estes aparentemente estão em

condições higiênico-sanitárias diferentes dos felinos analisados na maioria dos estudos

realizados no Brasil, que se baseiam em animais errantes.

Foi constatado que dos 20 animais analisados, 55% (11/20) apresentavam-se positivos

para um ou mais tipos de parasitoses gastrointestinais. Sendo encontrado no estudo onze

gêneros diferentes de parasitos, compreendidos entre helmintos e protozoários (Tabela 01).

Tabela 01- Perfil geral do parasitismo gastrointestinal em 20 felinos domésticos domiciliados

no município de Patos – PB, no período de maio a setembro de 2017.

Parasitos Número de animais positivos Frequência (%)

Infecção única ( I ) - -

Cystoisospora spp. 2 10

Sarcocystis spp. 1 5

Entamoeba spp. 1 5

Hymenolepis spp. 1 5

Spirometra spp. 1 5

Total 6 30%

Infecção mista ( II ) - -

Cystoisospora spp.+ Giardia

spp. + Entamoeba spp.

1 5

Ancylostoma spp. +

Sarcocystis spp.

1 5

Taenia spp. + Hymenolepis

spp.

1 5

Toxocara spp. + Sarcocystis

spp.

1 5

Toxocara spp. + Dipylidium

spp. + Hymenolepis spp. +

Platynossomum spp.

1

5

Total 5 25%

Total Geral 11 55%

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A frequência de animais parasitados encontrados neste estudo é compatível com outros

valores encontrados em diversas regiões do Brasil, onde foram encontradas prevalências que

variavam de 31,5% a 100% (COELHO et al., 2009; DALL´AGNOL et al., 2010; FUNADA et

al., 2007; PIVOTO et al., 2013; STALLIVIERE et al., 2009).

Nas amostras analisadas, 30% (6/20) foram identificadas como infecção única e 25%

(5/20) como infecções mistas. Pivoto et al. (2013) encontraram resultados semelhantes em

relação a infecção única 33,5%, no entanto, em relação as infecções mistas apenas 13,6% dos

animais estavam acometidos.

A Tabela 02, demonstra as infecções ocasionadas por protozoários independentemente

de serem encontrados em infecções únicas ou em associações.

Tabela 02- Frequência de protozoários únicos e/ou associados a outras parasitoses em

amostras fecais de 20 felinos domésticos domiciliados no município de Patos-PB.

Dos 20 felinos, nove apresentavam infecção protozoária, seja esta infecção, única ou

mista, ou seja, 45% dos animais apresentavam-se contaminados com alguns dos protozoários

citados acima. Ao se verificar a frequência em ordem decrescente das infecções ocasionadas

por protozoários, notou-se uma maior infecção por Cystoisospora spp. e Sarcocystis spp.,

seguidos por Entamoeba spp., e Giardia spp. O Cystoisospora spp. (Figura 01) e o Sarcocystis

spp. (Figura 02) foram os protozoários mais encontrados no estudo, estando cada um, presentes

em três animais.

Genarri et al. (1999) encontraram altos índices dos protozoários Cystoisospora spp.

(38,5%) em felinos; além de também, Criptosporidium parvum (14,44%), Giardia spp.

(16,04%) e Sarcocystis spp. (8,56%) na cidade de São Paulo. Assim como também, Ragozo et

al., (2002) encontraram grande contaminação por Cystoisospora spp. (50,72%)

Cryptosporidium parvum, (1,45%) e pelo Sarcocystis spp. (0,72%), em felinos capturados nas

ruas das cidades de São Paulo e Guarulhos.

Parasitos Número de animais positivos Frequência (%)

Cystoisospora spp. 3 15

Sarcocystis spp. 3 15

Entamoeba spp. 2 10

Giardia spp. 1 5

Total 9 45%

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Figura 01 – Oocistos de Cystoisospora spp.

visualizados em Técnica de Willis-Mollay,

aumento de 400x.

Fonte: Arquivo pessoal, 2017.

Figura 02 – Oocisto de Sarcocystis spp.

visualizado em Técnica de Faust, aumento de

400x.

Fonte: Arquivo pessoal, 2017.

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Enquanto isso, a Entamoeba spp. (Figura 03) foi encontrada em amostras fecais de dois

felinos (10%), em uma amostra com infecção unitária e em outra associada com os protozoários

Sarcocystis spp. e Giardia spp. Ferreira et al. (2013) encontraram a prevalência de 4,76% de

Entamoeba spp. em felinos na cidade de Londrina-PR, resultados que diferem dos encontrados

neste estudo em Patos-PB e também dos resultados encontrados por Brener et al. (2005) que

observaram a prevalência de 12,5% em amostras fecais de felinos nos municípios do Rio de

Janeiro-RJ e Niterói-RJ.

Apesar deste gênero também ser composto por espécies não patogênicas, há uma grande

importância em diagnosticar e diferenciar tais espécies, pois existem tanto a Entamoeba coli,

que é comensal e que coloniza os intestinos do homem e de animais, quanto a E. histolitica,

ameba de importância Médico Veterinária (NEVES, 2004). A Entamoeba spp. é um protozoário

raramente identificado em amostras de fezes de felinos, no entanto sua identificação é muito

importante (DALL´AGNOL et al., 2010).

Outro protozoário encontrado foi a Giardia spp, (Figura 04) que esteve presente em 5%

(1/20) das amostras, resultado semelhante ao encontrado por Pivoto et al. (2013) que

observaram 4,2% de ocorrência deste protozoário em gatos domésticos urbanos em Santa

Maria-RS, sendo utilizadas as mesmas técnicas parasitológicas deste trabalho.

Figura 03 – Oocisto de Entamoeba spp.

visualizado em Técnica de Sedimentação

Simples, aumento de 400x.

Fonte: Arquivo pessoal, 2017.

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Figura 04 – Trofozoíto de Giardia spp.

visualizado em Técnica de Faust, aumento de

400x.

Fonte: Arquivo pessoal, 2017.

Coelho et al. (2009) também encontraram percentual semelhante ao deste trabalho e

observaram a prevalência de 5,9% de infecção por Giardia spp. em suas amostras, utilizando-

se a técnica de Faust.

Segundo Mundim et al. (2004) a Giardia tem um importante papel na sociedade, por ser

uma doença de veiculação hídrica. Com isso, a preocupação com a origem da água fornecida

aos animais e também a limpeza dos bebedouros e comedouros são atitudes de suma

importância para a prevenção da veiculação deste protozoário pois, tais cuidados ajudam a

diminuir o risco de contaminação da água e dos alimentos, uma correta higienização, além de

trocas regulares da água, mantém os recipientes limpos e adequados, evitando assim, a

perpetuação desses agentes no ambiente.

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Com relação às infecções ocasionadas por helmintos, foram encontrados ovos de

Hymenolepis spp., Toxocara spp., Spirometra spp., Ancylostoma spp., Taenia spp., Dipylidium

spp. e Platynossomum spp., como demonstra a Tabela 03.

Tabela 03 – Frequência de helmintos únicos e/ou associados a outras parasitoses em amostras

fecais de 20 felinos domésticos domiciliados no município de Patos-PB.

Os helmintos mais encontrados foram o Hymenolepis spp. e o Toxocara spp. Sendo tais

achados divergentes dos encontrados por Côrtes et al. (1988) e Silva et al. (2001) em São Paulo,

e também Serra et al. (2003) no Rio de Janeiro, que tiveram o helminto Ancylostoma spp., em

maior ocorrência em seus estudos. No entanto, corroboram em parte como os resultados obtidos

por Gennari et al. (1999) e Ragozo et al. (2002) em São Paulo, onde verificaram que o Toxocara

cati, foi o helminto de maior prevalência em seus estudos.

Foi constatado em apenas dois felinos infecção única por helmintos, uma por

Hymenolepis spp. e outra por Spirometra spp., onde, nos demais felinos foram encontrados

ovos em infecções mistas por diferentes helmintos como também associadas a protozoários. O

Hymenolepis spp. foi o helminto mais encontrado, onde 15% (3/20) dos animais apresentavam

infecção ocasioda por este cestódeo e também tinham acesso á rua.

Este parasita é cosmopolita, atinge roedores, humanos e primatas não-humanos, onde se

tem uma estimativa de 75 milhões de pessoas contaminadas pelo mundo, sendo contaminadas

aquelas que principalmente vivem em condições de higiene precárias. O Hymenolepis spp.

também é conhecido como “Tênia anã”. Podendo apresentar dois tipos de ciclo: um

monoxênico, no qual os ovos eliminados nas fezes podem ser ingeridos por alguma criança e o

ciclo heteroxênico, onde os ovos no meio externo são ingeridos por larvas de insetos (pulgas:

Xenopsylla cheopis, Ctnocephalides canis, Pulex irritans e coleópteros : Tenebrio molitor, T.

Parasitos Número de animais positivos Frequência (%)

Hymenolepis spp. 3 15

Toxocara spp. 2 10

Spirometra spp. 1 5

Ancylostoma spp. 1 5

Taenia spp. 1 5

Dipylidium spp 1 5

Platynossomum spp 1 5

Total 10 50%

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obscurus e Tribolium confusum), ao chegarem no intestino dos hospedeiros intermediários

liberam a oncosfera, que se transforma em larva cistecercóide (NEVES, 2004).

Assim, o que se pode observar de acordo com a literatura é que o Hymenolepis spp.

(Figura 05) não são parasitas de felinos e nem de caninos, e sim de humanos e camundongos

(NEVES, 2004). O que torna os felinos, hospedeiros acidentais desse gênero. Assim, deve-se

tentar elucidar com mais estudos o que tem levado a estes animais adquirirem uma significativa

infecção por tal cestódeo no município de Patos-PB, já que os mesmos não participam da

biologia e nem do ciclo evolutivo desse helminto.

O Toxocara spp. (Figura 06) foi o segundo helminto mais prevalente, havendo 10% de

ocorrência deste helminto. Resultados semelhantes foram obtidos por Serra et al. (2003) que

encontraram uma prevalência de 9,2% de Toxocara spp. em gatos domiciliados na região

metropolitana do Rio de Janeiro. No entanto, resultados diferentes foram encontrados por

Sousa et al. (2014) em Teresina-PI que observaram 16,8% de felinos infectados por Toxocara

spp e também por Ferreira et al. (2013) que encontraram apenas 0,79% de prevalência de

infecção por Toxocara spp. na cidade de Londrina-PR.

Figura 05 – Ovo de Hymenolepis spp.

visualizado em Técnica de Sedimentação

Simples, aumento de 400x.

Fonte: Arquivo pessoal, 2017.

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Figura 06 – Ovo de Toxocara sp. visualizado

em Técnica de Sedimentação Simples,

aumento de 400x.

Fonte: Arquivo pessoal, 2017.

A Spirometra spp. (Figura 07), foi observada em apenas um felino, o que correspondeu

a 5%. No entanto, esta juntamente com Cystoisospora spp. foram os únicos parasitas a serem

encontrados nas três técnicas utilizadas. Dall´Agnol et al. (2010) também encontraram

Spirometra spp., porém com frequência de 2,6% em Santa Maria –RS. Já Mundim et al. (2004)

encontraram uma frequência de 4% em Uberlândia-MG, o que se assemelha aos resultados

encontrados neste estudo em Patos-PB.

Figura 07 – Ovo de Spirometra spp. visualizado

em Técnica de Willis-Mollay, aumento de 400x.

Fonte: Arquivo pessoal, 2017.

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Figura 08 – Ovo de Dypilidium spp. visualizado

em técnica de Sedimentação Simples, aumento

de 400x.

Fonte: Arquivo pessoal

Os felinos se contaminam com o Spirometra ssp. a partir da ingestão de peixes crus ou

malcozidos, pois os plerocercoides se alojam na musculatura e/ou vísceras destes (TAYLOR;

COOP; WALL, 2010). Os gatos geralmente albergam 3 ou 4 unidades de Spirometra spp.

adultos, sendo esses são pouco patogênicos, mas que sob condições especiais, podem

determinar diarreia intermitente, perda de peso, irritabilidade e emaciação (SOUZA, 2014).

O Dipylidium spp. (Figura 08) também foi encontrado em apenas um felino, este estava

associado com Hymenolepis spp., Platynossomum spp. e Toxocara spp. Sendo todos esses

helmintos visualizados através do método de Hoffman, Pons e Janer (Sedimentação

espontânea). Neste caso, além de serem encontradas as proglotes do Dipylidium spp. nas fezes

deste felino, também foram encontradas cápsulas ovígeras no exame parasitológico de fezes.

Ragozo et al. (2002) observaram as proglotes do D. caninum em apenas 1,45% dos gatos

nas cidades de São Paulo e Guarulhos. Entretanto, Silva et al. (2001) encontraram prevalência

de 54,54% de D. caninum nos gatos, quando estes foram submetidos a exames de necropsia.

De acordo com Genarri et al. (1999) o Dypilidium caninum é subestimado em

levantamentos que se baseiam em exames laboratoriais de fezes, uma vez que seu diagnóstico

é feito pelo encontro de proglotes em fezes frescas ou pelo achado das formas adultas nas

necropsias sendo raramente encontrado cápsulas ovígeras nas fezes.

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Figura 09 – Ovo de Platynossomum spp.

visualizado em Técnica de Sedimentação

Simples, aumento de 400x.

Fonte: Arquivo pessoal, 2017.

O Platynossomum spp. (Figura 09) foi encontrado em 5% (1/20) das amostras fecais

examinadas. Segundo o questionário aplicado, em seu estilo de vida o animal acometido por

este parasita, é do sexo masculino, apresenta cinco anos de idade, com acesso à rua, hábito de

caçar lagartixas, se alimenta de ração, não vermifugado, nunca foi a consulta veterinária, e nem

realizado exames de fezes anteriores.

Conforme Soldan e Marques (2011) o estilo de vida do felino influencia na prevalência

da infecção, acometendo 42% dos animais de vida livre, 7,1% em felinos confinados e 28,6%

em semiconfinados; em regiões endêmicas a prevalência está entre 15 a 85% dos gatos com

acesso à rua; sendo que as fêmeas têm 95% maior probabilidade de se infectar, talvez seja pela

necessidade de caçar para alimentar seus filhotes. Além do mais, gatos acima de dois anos de

idade mostraram um aumento de 95% na probabilidade de adquirir a infecção. Azevedo (2008)

utilizando técnica de sedimentação em formalina-éter encontrou o percentual de 61,54% (8/13)

de animais positivos no município de Seropédica-RJ, resultado muito superior ao encontrado

neste estudo. Entretanto, o inconveniente deste método é a utilização do éter, por se tratar de

material inflamável, volátil e explosivo.

Andrade et al. (2012) ao fazer levantamento de felinos necropsiados no Laboratório de

Patologia Animal, no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina, campus Patos-

PB, encontrou 3,16% (11/348) de ocorrência de Platynossomum spp., resultados que se

assemelham com os encontrados neste estudo, apesar da detecção dos parasitas serem

observadas por técnicas diferentes.

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Figura 10 – Ovo de Taenia spp., visualizado em

Técnica de Sedimentação Simples, aumento de

400x.

Fonte: Arquivo pessoal, 2017.

Figura 11 – Ovo de Ancylostoma spp.,

visualizado em Técnica de Sedimentação

Simples, aumento de 400x.

Fonte: Arquivo pessoal, 2017.

A Taenia spp. (Figura 10) foi encontrada também em apenas um animal correspondendo

a 5% das infecções e este animal também estava infectado por Hymenolepis spp., no qual foi

observada pela técnica de sedimentação simples. Assim como, o Ancyslostoma spp. (Figura

11), que também foi encontrado em apenas um felino pela mesma técnica anterior.

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De acordo com o questionário aplicado aos proprietários dos animais podemos observar

algumas frequências relevantes em relação ao manejo higiênico - sanitário e consequentemente

a alguns aspectos epidemiológicos na criação dos felinos, tais dados estão demonstrados a

seguir pela Tabela 04.

Ainda em relação ao questionário dos 80% dos felinos vacinados, 55% eram vacinados

apenas contra o vírus da Raiva e 25% eram vacinados para o vírus da Raiva e Polivalentes, 95%

se alimentavam exclusivamente de ração e 5% com ração e esporadicamente carne crua, 70%

dos felinos consomem água tratada e os demais consomem água filtrada, mineral ou adicionada

de sais. Em relação ao número de vezes que se é trocada a água nos bebedouros, 35%

responderam que trocavam uma vez ao dia, 25% duas vezes ao dia, 10% três vezes ao dia e

30% a cada dois dias. No que se refere a higienização de comedouros e bebedouros 50%

afirmaram que lavam os recipientes todos os dias pelo menos uma vez, 45% a cada dois dias e

5% a cada três dias. Perguntado onde os felinos defecavam 70% dos entrevistados disseram que

eram em caixas de areia higiênica, 25% no piso ou quintal da casa e 5% na rua. Metade dos

felinos convivem com outros animais domésticos em casa, sendo em sua maioria primeiramente

felinos e depois cães. Ao analisarmos os dados podemos notar que 70% dos felinos tem acesso

à rua, o que demonstra que esses animais podem ter contato direto com fômites e

consequentemente adquirirem infecções endoparasitarias. Nota-se também que os recipientes

são regularmente higienizados o que previne o acúmulo de alimentos e outras substâncias,

assim, ajudando na prevenção de contaminação por parasitas.

Tabela 04 - Frequência das respostas dos proprietários dos 20 felinos domésticos

domiciliados em Patos-PB acerca dos cuidados higiênico-sanitários.

Quesitos

Frequência

Sim Não

Vacinação 80% 20%

Castração 65% 35%

Hábito de caçar 60% 40%

Acesso à rua 70% 30%

Consulta Veterinária 75% 25%

Exame parasitológico 20% 80%

Vermifugação 75% 25%

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A Figura 12 faz a comparação entre os animais positivos e animais negativos, além da

relação entre animais vermifugados e não vermifugados de acordo com as respostas obtidas

pelos proprietários através do questionário.

Observou-se que de todos os animais negativos (45%) apresentavam-se vermifugados,

que dos animais positivos (55%), apenas cinco não estavam vermifugados e os outros seis

estavam; destes, cinco deles apresentavam algum tipo de protozoário e um apresentava infecção

mista por helmintos, ou seja, apesar de estarem vermifugados com anti-helmínticos, estes

animais ainda são potenciais transmissores de doenças zoonóticas (devido erros na

administração do anti-helmíntico ou por estes não combaterem os protozoários), através da

transmissão de agentes como o Cystoisospora spp., Giardia spp. e Toxoplasma gondii, este

último não encontrado no estudo. Assim, devem ser requeridos exames coproparasitológicos

com determinada frequência a fim de realmente identificar os agentes parasitários

adequadamente para melhor utilização dos fármacos (ROCHA, 2004).

Desta forma, a utilização correta de exames parasitológicos de fezes, irá evitar que tais

animais ao estarem contaminados com determinados tipos de agentes recebam medicações

0

2

4

6

8

10

12

Positivos Negativos

Animais Vermifugados Não Vermifugados

Figura 12 - Relação entre animais positivos e negativos para alguma parasitose,

vermifugados ou não vermifugados, avaliados no município de Patos-PB,

entre maio e setembro de 2017.

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inapropriadas para o verdadeiro agente etiológico, pois caso isso ocorra, a utilização errônea de

determinados fármacos não irá ocasionar o efeito esperado e assim não combaterá o agente de

forma eficaz, o que pode proporcionar ainda mais o aumento da infestação e também a

perpetuação de condições debilitantes aos felinos devido a doença não está sendo debelada,

aumentando o risco de contaminação do ambiente e consequentemente o risco de transmissão

aos humanos em casos de doenças zoonóticas.

A utilização da combinação das técnicas parasitológicas mostrou-se eficiente, devendo

sempre que necessário utilizar uma técnica de flutuação combinada com uma técnica de

sedimentação, pois helmintos como o Hymenolepis spp. e o Platynossomum spp. não seriam

encontrados se apenas fossem utilizadas técnicas de flutuação. Além do mais, a utilização da

técnica de Flutuação de Faust para a pesquisa de Giardia spp. é considerada a de escolha pois,

os cistos seriam distorcidos na Técnica de Willis-Mollay (MONTEIRO, 2014; ROCHA, 2004;

ZAJAC, 1999). Outro fator importante para a detecção dos agentes foi a pesquisa das amostras

fecais em coletas seriadas, pois, em pelo menos nove amostras não foram encontrados parasitos

inicialmente, o que determinaria resultados falso-negativos a estes animais. Assim, observando

a necessidade de repetir os exames. O que é ratificado por Rocha (2004) que afirma que apenas

um exame isolado com o resultado negativo, não pode ser considerado conclusivo, pois, a

produção de cistos, ovos ou larvas não são uniformes ao longo do dia.

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5. CONCLUSÃO

Pode-se concluir que os animais do estudo apresentavam parasitoses gastrointestinais e

que dentre estas haviam parasitas com potencial zoonótico. Que os cuidados higiênico-

sanitários são importantes para a prevenção das doenças ocasionadas por estes agentes, além de

que a realização de exames parasitológicos de fezes em coletas seriadas, pois ajudam na

identificação dos agentes parasitários, contribuindo para melhor acurácia no diagnóstico, e

auxiliando a prescrição terapêutica, promovendo consequentemente impactos positivos em

relação a saúde dos felinos e consequentemente do ambiente em que estes estão inseridos.

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ANEXO I

QUESTIONÁRIO

Proprietário: __________________________________________Cel. __________________

Endereço: __________________________________________________________________

Animal: _________________ Idade: _____________ Raça: _______Sexo: ( )F ( )M

Número de Identificação do animal: _____________________

Data____/_____/_______

1. O animal é vacinado? ( ) Não ( ) Sim : Qual tipo de vacina?_______________________

Frequência: _____________________. Quando foi a última vez? ___________________

2. O animal é castrado? ( ) Não ( ) Sim

3. O animal é vermifugado? ( ) Não ( ) Sim : Qual o vermífugo ? ____________________

Frequência: ______________________. Quando foi a última vez? __________________

4. Ele se alimenta de que? Ração: ( ) vendida a granel, ( ) vendida em pacote fechado; ( )

carne crua; ( ) comida caseira; ( )outros ___________________________

5. Qual origem da água fornecida? ______________________________________________

6. Troca a água de beber? ( ) Não; ( ) Sim : Frequência_____________________________

7. Lava os comedouros e bebedouros? ( ) Não; ( ) Sim: Frequência____________________

8. Seu animal tem hábito de caçar (predar)? ( ) Não; ( ) Sim: ( )Lagartixa, ( )Insetos

( )Sapos, ( ) Pássaros, ( ) Ratos, ( ) outros ____________________________

9. Ele tem acesso a rua? ( ) Não ( ) Sim

10. Onde ele defeca? ( ) Na rua; Em casa: ( ) No piso, ( )Caixa com areia higiênica,

( ) caixa com areia de construção, ( )Quintal

11. Existem outros animais em casa? ( ) Não ( ) Sim.

Quantos/Espécie:__________________________________________________________

12. Já levou o animal ao Médico Veterinário? ( ) Não; ( ) Sim:

Quando foi a última vez? ___________________________________________________

13. Em seu animal já foi feito algum exame (parasitológico) de fezes antes? ( ) Não; ( ) Sim

14. O animal já teve alguma vez diagnóstico confirmado para parasitose intestinal? ( ) Não;

( ) Sim Qual: _____________ Há quanto tempo? ______________________________

15. O animal fez algum tratamento recente? ( ) Não ( ) Sim. Há quanto tempo?___________

Enfermidade? ____________________________. Qual medicamento? _______________

16. Na sua casa alguém já foi diagnosticado com alguma doença transmitida por animais?

( ) Não ( ) Sim . Qual: ___________________________________________________

Data das Coletas: 1 ª ____/____/____ 2ª ____/_____/_____ 3ª ____/____/_____