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Universidade Estadual de Londrina CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA ALTERAÇÕES DA COMPOSIÇÃO CORPORAL APÓS 12 SEMANAS DE TREINAMENTO COM PESOS, ANALISADAS POR DOIS DIFERENTES MÉTODOS CLAYTON FANTIN CAVARSAN LONDRINA 2010

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Universidade Estadual de Londrina

CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE

CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

ALTERAÇÕES DA COMPOSIÇÃO CORPORAL APÓS 12 SEMANAS DE TREINAMENTO COM PESOS,

ANALISADAS POR DOIS DIFERENTES MÉTODOS

CLAYTON FANTIN CAVARSAN

LONDRINA 2010

i

DEDICATÓRIA

A Deus, aos meus pais e amigos.

ii

AGRADECIMENTOS

Ao Prof. Dr. Orientador, braço amigo de todas as etapas deste trabalho.

A minha família, pela confiança e motivação.

Aos amigos e colegas, pela força e pela vibração em relação a esta jornada.

Aos professores e colegas de Curso, pois juntos trilhamos uma etapa importante de

nossas vidas.

Aos profissionais entrevistados, pela concessão de informações valiosas para a

realização deste estudo.

A todos que, com boa intenção, colaboraram para a realização e finalização deste

trabalho.

Ao professor coordenador de TCC que sempre me incentivou a estudar mais para

dar maior qualidade à minha monografia.

iii

CAVARSAN, Clayton Fantin. Alterações da Composição Corporal após 12 semanas de treinamento com pesos, analisadas por dois diferentes métodos. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Bacharelado em educação Física. Centro de Educação Física e Esporte. Universidade Estadual de Londrina, 2010.

RESUMO

Há diferentes instrumentos para análises de alterações na composição

corporal. Cada instrumento apresenta diferentes sensibilidades na capacidade de

detectar essas alterações. O objetivo do estudo foi analisar as diferenças na

sensibilidade dos métodos de análise de composição corporal, relacionados ao

treinamento com pesos. Para tanto a amostra foi composta por 35 voluntários do

sexo masculino. O programa de treinamento teve duração de 12 semanas

consecutivas, composto por 10 exercícios, com 3 séries por exercício. O número de

repetições utilizadas foi de 8 a 12 RM. Para a análise dos resultados foi utilizado a

ultrassonografia e a DEXA. Diferenças estatisticamente significante foram

encontradas somente com o ultrassonografia nas medidas Espessura Muscular do

Bíceps (EMB) e Espessura Muscular do Quadríceps (EMQ). Para os valores da

EMB, encontramos ganho de 13% no período da sexta semana (M1) em relação à

medida antes de iniciar o treinamento (M0) e ganho de 7% no período da 12a

semana (M2) em relação á medida em M1. Portanto, encontramos um aumento total

da EMB de 22% comparando as medidas em M2 em relação à de M0. Em EMQ

encontramos um aumento significante de 5% apenas da medida em M1 em relação

à de M0. Os resultados sugerem que o Treinamento com Pesos (TP) favorece o

aumento da massa muscular até mesmo em períodos relativamente curtos de

prática (seis semanas). Baseado nisso, a sensibilidade do método e a capacidade

de detectar pequenas alterações da composição corporal são mais determinantes,

do que o próprio período de treinamento, pelo menos em praticantes iniciantes.

Palavras chave: Adultos jovens, sensibilidade dos métodos, exercícios físicos.

iv

ABSTRACT

There are different instruments for analysis in changes of body composition. Each

instrument has differences in their sensibility to detect these composition changes ,.

The aim of this study was to analyze differences in the sensitivity of the analysis of

body composition related to weight training. For this purpose we recruted 35 male

volunteers. The training program lasted 12 weeks, consisting of 10 exercises, 3 sets

per exercise. We used 8 to 12 RM repetitions. For the analysis of the results was

used ultrasound and DEXA. Significant differences were found only using ultrasound

in EMB and EMQ. For the values of the EMB, we found an increase of 13% in six

weeks (M1) of training as compared to the time before baseline (M0) and an increase

of 7% in 12 weeks (M2) as compared to values in M1. Therefore, we observed a total

increase in EMB of 22% in the total 12 weeks of training as compared to M0. In EMQ

we found a significant increase of 5% in values of M2 as compared to values of M0.

The results suggest that WT increases muscle mass even in relatively short periods

of practice (six weeks). Based on this, the sensitivity of the method and the ability to

detect small changes in body composition are more decisive than the actual training

period, at least in beginner's weight training program.

Keywords: Young adults, sensitivity methods, physical exercises.

v

LISTA DE SIGLAS, ABREVIAÇÕES E SÍMBOLOS

DEXA - Absortometria Radiológica de Dupla Energia

EMB - Espessura Muscular do Bíceps

EMQ - Espessura Muscular do Quadríceps

M0 - Momento Inicial

M1 - Após seis semanas de treinamento

M2 - Após 12 semanas de treinamento

MG - Massa Gorda

MIGO - Massa Isenta de Gordura e de Osso

MIGOI - Massa Isenta de Gordura e de Osso de Membros Inferiores

MIGOS - Massa Isenta de Gordura e de Osso de Membros Superiores

MLG - Massa Livre de Gordura

TP - Treinamento com Pesos

US - Ultrassonografia

SUMÁRIO

RESUMO.................................................................................................................... iii

ABSTRACT ................................................................................................................ iv

LISTA DE ABREVIAÇÕES .......................................................................................... v

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... ......7

2 REVISÃO DA LITERATURA .............................................................................. ......9

2.1 Avaliação da composição corporal.. .................................................................. 9

3 MÉTODOS. ............................................................................................................ 15

3.1 Sujeitos ............................................................................................................ .15

3.2 Composição corporal ....................................................................................... .15

3.2.1 Absortometria Radiológica de Dupla Energia – DEXA ................................. .15

3.2.2 Ultrassonografia.............................................................................................16

3.3 Programa de treinamento com pesos..............................................................17

4 TRATAMENTO ESTATÍSTICO...............................................................................18

5 RESULTADOS........................................................................................................19

6 DISCUSSÃO...........................................................................................................20

7 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 22

REFERÊNCIAS ........................................................................................................ .23

ANEXOS ................................................................................................................. ..30

ANEXO 1 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido .................................. ..31

ANEXO 2 - Parecer do Comite de Ética ............................................................... ..35

7

1 - INTRODUÇÂO

A prática regular sistematizada de treinamento com pesos (TP) pode

proporcionar importantes adaptações neuromusculares (TAN, 1999), morfológicas

(CANDOW; BURKE, 2007; SHACKELFORD et al., 2004), metabólicas (SIGAL et al.,

2006) e fisiológicas (ACSM, 2004; CORNELISSEN; FAGARD, 2005). Dentre as

principais modificações induzidas por esse tipo de treinamento, destacam-se o

aumento da massa muscular (CANDOW; BURKE, 2007; ABE et al., 2000;

AHTIAINEN et al., 2003; 2005) e da densidade mineral óssea (SHACKELFORD et

al., 2004), bem como a diminuição e/ou manutenção da massa gorda (CRAIG;

EVERHART; BROWN, 1989; GETTMAN, 1978; MCBRIDE; BLAAK; TRIPLETT-

MCBRIDE, 2003). Tais modificações podem resultar em benefícios para a saúde e

qualidade de vida e, também, para o desempenho atlético em diversas modalidades.

Todavia, grande parte dos resultados obtidos decorrentes dos diferentes

tipos de treinos, é analisada de diferentes maneiras. Assim, a escolha correta dos

instrumentos para análise dos resultados desses estudos pode fazer uma grande

diferença para futuras extrapolações dos dados.

Considerando que as principais modificações induzidas nos diferentes

componentes da composição corporal processam-se ao longo de semanas, meses

ou anos de treinamento, pesquisas sobre a sensibilidade dos métodos de análise da

composição corporal devem ser encaminhadas, em particular, para a análise do

efeito crônico.

Vale destacar que as modificações na composição corporal ao longo do

tempo podem ser influenciadas por diversos fatores (idade, sexo, maturação,

doenças, fármacos, nível de treinamento, entre outros), dentre os quais se destacam

os hábitos alimentares e os diferentes tipos de treinamento. Adicionalmente, a

utilização de métodos de baixa sensibilidade para a avaliação das modificações dos

diferentes componentes da composição corporal pode comprometer a análise da

magnitude do efeito induzido, sobretudo, pelo treinamento físico e/ou alimentação.

Portanto, estudos que avaliam o impacto de TP sobre os componentes da

composição corporal, a partir do controle mais criterioso das variáveis destacadas

anteriormente, podem proporcionar importantes informações para a prevenção e

controle do sobrepeso/obesidade, sarcopenia e osteopenia, e também para

8

indivíduos que buscam melhoria da estética corporal, principalmente, por meio da

hipertrofia muscular. Além disso, as informações produzidas podem auxiliar a

tomada de decisão de pesquisadores e profissionais da área do TP para a

prescrição e orientação de programas de treinamento.

Assim, o presente estudo teve como objetivo principal analisar as

diferenças na sensibilidade de dois diferentes métodos de avaliação da composição

corporal, após 12 semanas de treinamento com pesos.

9

2 - REVISÃO DA LITERATURA

2.1 - Avaliação da composição corporal

Pesquisadores e profissionais das áreas de saúde pública e do esporte,

têm se preocupado com estudos sobre o fracionamento da massa corporal em

diversos componentes. A partir disso, muitos métodos têm sido desenvolvidos e

validados historicamente, na tentativa de fornecer informações mais corretas.

Os métodos de avaliação mais tradicionais são baseados em análises

bicompartimentais, a partir da determinação dos componentes: massa livre de

gordura e massa gorda. Para tanto, diversos pressupostos devem ser assumidos

integralmente, embora muitos desses sejam no mínimo questionáveis. O indivíduo,

ao ser avaliado, difere do corpo referencial apenas na quantidade de gordura, sendo

a densidade dos componentes da massa livre de gordura constante para todos os

indivíduos. Muitos erros referentes ao método bicompartimental podem estar

relacionados ao avaliador, ao avaliado, ao equipamento utilizado e, também, aos

procedimentos metodológicos exigidos para realização das medidas, além das

conhecidas limitações associadas aos pressupostos teóricos a serem assumidos

(HEYWARD, 1996, 2001). Nesse sentido, nas duas últimas décadas, têm sido

desenvolvidos e validados métodos sofisticados, capazes de produzir imagens para

auxiliar na melhor visualização e entendimento da proporção e estruturação de cada

tecido corporal.

Dentre os métodos de estimativa da composição corporal, destacam-se

os diretos (dissecação de cadáveres), os indiretos (pesagem hidrostática,

ressonância magnética, tomografia computadorizada, absortometria radiologia de

dupla energia e outros) e os duplamente indiretos (antropometria e impedância

bioelétrica). (HEYWARD, 2001), sendo a tomografia computadorizada e a

ressonância magnética os métodos que possibilitem análises mais válidas e mais

precisas, porém, com elevado custo operacional e alta exposição à radiação tem

limitado a ampla utilização desses métodos, principalmente em estudos envolvendo

grande número de indivíduos.

Sendo assim, profissionais que atuam na área de avaliação da

composição corporal têm dado maior atenção a outros métodos, dentre os quais se

10

destaca a DEXA. Esse método consiste no uso de um equipamento com um braço

mecânico com scanner e com um detector de energia; uma mesa para colocação do

avaliado; um tubo emissor de raio-x localizado abaixo da mesa e o software que

realiza a leitura da avaliação.

Inicialmente, destinado à mensuração da densidade mineral óssea e do

conteúdo mineral ósseo, esse método, devido aos avanços tecnológicos, permite

também a estimativa dos componentes da composição corporal tais como tecido

gordo e massa livre de gordura e osso, também conhecida como tecido magro e

mole, que é basicamente composto pelo tecido muscular, dando condições para

uma análise total ou dos segmentos corporais (membros superiores, inferiores e

tronco), possibilitando uma análise da topografia corporal, (KOHRT, 1995; MAZESS

et al., 1990) .

A medida da DEXA é definida como a quantidade de radiação absorvida

pelo corpo ou segmento desejado, calculando a diferença entre a energia emitida

pela fonte de radiação e a sensibilizada pelo detector de energia (RAGI, 1998),

sendo que o processo pelo qual a DEXA diferencia os tecidos corporais se dá por

meio da transposição dos fótons de energia pelos tecidos ósseos e moles de cada

indivíduo, até atingir a outra extremidade, onde se localiza o detector. Tal processo

baseia-se na diferente atenuação dos raios-X entre os tecidos ósseos e moles.

(ADAM,1997).

Dentre os equipamentos desenvolvidos para avaliação por DEXA, a

Hologic, a STRATEC Biomedical System e a Lunar, são os três fabricantes que

concorrem no mercado atualmente, sendo esse último o responsável pela produção

de dois modelos, o DPX e o Prodigy. Desses equipamentos, o mais atraente, pela

evolução tecnológica alcançada e pela segurança oferecida, é o Lunar Prodigy.

Com um detector de Telluride de Cádmio Zinco o qual é um material

sensível à energia e que converte diretamente os raios-X para um sinal eletrônico

sem uma conversão intermediária, como as primeiras máquinas emissoras de raios-

X na forma-de-leque, esse equipamento é uma nova geração de máquinas. Deste

modo, tanto o avaliado quanto o avaliador são expostos a um procedimento de

medida de alta precisão, sob muito baixa radiação, cerca de 10 vezes menor do que

os equipamentos desenvolvidos anteriormente (MAZESS et al., 1990). Outro grande

benefício deste equipamento é a angulação na qual são emitidos os raios-X.

(GRIFFITHS et al., 1997) descreveram que a emissão de raios-X na forma-de-leque

11

em ângulos de grande amplitude, por volta de 30º ou mais, pode acarretar em erros

de medida de grande magnitude. Entretanto, no modelo Lunar Prodigy, a emissão é

feita a uma angulação de 4,5º o que diminui a magnitude dos erros e aumenta sua

precisão. Logo, existe uma menor suscetibilidade a erros relacionados ao

posicionamento do avaliado sobre a mesa, principalmente quando existe a

necessidade de realização de medidas repetidas.

A partir da diferenciação de atenuação dos tecidos, é formada uma

imagem dos contornos do corpo e dos tecidos. Em seguida, um software, que

apresenta variações de acordo com o fabricante, quantifica e localiza os diferentes

componentes corporais (DIESSEL, 2000; ALBANESE, 2003). Esta é uma das

grandes discussões em relação à utilização da DEXA, pois diferentes fabricantes

possuem modelos baseados em Algoritmos (modelo matemático) que se ajusta a

determinados graus de atenuação para cada tipo de tecido. (TYLAVSKY et al.,

2003).

Os métodos mais sofisticados e atualizados possibilitam a avaliação da

composição corporal, mediante a produção de imagens dos diferentes tecidos

isoladamente. No entanto, estudos disponíveis na literatura têm demonstrado a

validade e a reprodutibilidade da DEXA para avaliação da composição corporal

(GLICKMAN, 2004; KULLBERG, 2009; SWENNEN, 2004), a partir de análises frente

a outros métodos de referência, tais como: modelos multicompartimentais,

tomografia computadorizada e ressonância magnética.

Svendsen et al., (1993) analisaram, em seis mulheres, a capacidade da

DEXA em detectar alterações na composição corporal, adicionando uma quantidade

extra de gordura corporal. A estimativa da DEXA conseguiu detectar boa parte da

gordura adicionada, demonstrando ser um método válido para a estimativa da MG e

MLG em humanos.

Prior et al., (1997) comparando a medida da DEXA com o método de

quatro compartimentos (4C) em 172 jovens, encontraram elevada concordância

(r=094; p<0,01), além de um erro padrão (2,8%) considerado baixo entre os

métodos. Esses resultados vão ao encontro dos achados de (VAN DER PLOEG,

WITHERS, LAFORGIA, 2003), que também observaram uma alta concordância

(r=0,96; p<0,05) e um baixo erro (1,6%) . (LOHMAN, 1992) , comparando os valores

obtidos pela DEXA e pelo modelo de 4C, em 152 indivíduos de ambos os sexos,

12

entre 18 e 59 anos de idade. Resultados esses semelhantes aos encontrados em

adultos (FIELDS et al., 2002) e crianças (WANG et al., 2002).

A pesagem hidrostática (PH) por sua vez, também é considerada como

padrão de referência para desenvolvimento e validação de outros métodos que

estimam a composição corporal. Assim, (JOHANSSON et al., 1993) compararam os

valores de DEXA e PH, em 33 adultos jovens (25-29 anos), e não encontraram

diferenças significativas entre os métodos.

Em um estudo com uma maior variação de idade (21-81 anos), (KOHRT,

1998) analisou 225 mulheres e 110 homens, fazendo um comparativo entre a

estimativa da DEXA e da PH. Diferenças significativas foram observadas entre as

técnicas, porém, quando ajustadas para a quantidade de água corporal, proteína e

fração de mineral da MLG, as diferenças foram eliminadas.

A primeira limitação da DEXA é em relação à hidratação dos tecidos

moles (MLG). A determinação dessa constante de hidratação dos tecidos foi aferida

em estudos realizados com cadáveres, sendo que algumas investigações

apresentaram diferenças entre essas constantes e a análise em seres humanos “in

vivo”. (WITHERS et al., 1998). Essas diferenças na hidratação do tecido livre de

gordura são apontadas como o principal fator de erro associado à estimativa da

DEXA, passando a considerar o acréscimo da fração de água existente no tecido

adiposo, sob forma de massa magra, ao invés de ser caracterizado apenas como

fluído (WITHERS et al., 1998; EVANS et al., 1997).

Alguns pesquisadores têm utilizado a US para verificar medidas dos

componentes da composição corporal, mesmo não sendo a principal função deste

método, visando o êxito nas avaliações dos tecidos considerados “moles” (gordura e

músculo). Por possibilitar a mensuração de diferentes tecidos, de forma isolada,

mas também pela capacidade de avaliação de pontos anatômicos específicos, além

do seu relativo baixo custo operacional, a US tem merecido destaque nos últimos

anos como um ótimo método de avaliação da composição corporal. As medidas de

US permitem a análise da área de secção transversa, volume e espessura

(FUKUMOTO, 2007; INFANTOLINO, 2007; NOGUEIRA, 2008; O'SULLIVAN, 2009).

Ao comparar os métodos de US e ressonância magnética, O´Sullivan et

al. (2009) tentaram averiguar a legitimidade da medida da espessura muscular do

trapézio. Nas medidas realizadas na altura das vértebras torácicas 5 e 8, foram

13

encontradas correlações moderadas e significantes, com bons limites de

concordância.

Estudos têm demonstrado que a estimulação elétrica neuromuscular

(EENM) pode proporcionar o aumento da força e hipertrofia muscular. Em um

estudo de acompanhamento com a proposta de demonstrar o efeito da EENM no

fortalecimento do músculo reto abdominal, a espessura muscular foi medida por

meio da US, antes e após oito semanas de tratamento. Os resultados demonstraram

um aumento da musculatura reto abdominal (P<0,001) após a aplicação de EENM,

com um aumento percentual médio de 13,6% (SANTOS et al., 2005).

Em outro estudo ( Wallwork et al., 2007), o qual comparou a espessura

do músculo multifido lombar, medido em repouso, feita três vezes em dias diferentes

por dois avaliadores (um experiente e um iniciante). Com base numa média de três

ensaios, mostrou concordância muito alta interavaliadores, tanto para três medidas

(ICC = 0,96 e 0,97; SEM = 0,06 e 0,05 cm), quanto para apenas uma (ICC = 0,85 e

0,87; SEM = 0,13 e 0,10 cm). Quando analisada a concordância intra-avaliadores os

resultados, de modo semelhante, foram satisfatórios, tanto para o avaliador iniciante

(ICC = 0,89 e 0,88; SEM = 0,11 e 0,09 cm) quanto para o experiente (ICC = 0,94 e

0,95; SEM = 0,09 e 0,06). Índices de coeficientes de variação menores que 3%

foram encontrados, entre duas medidas realizadas em dias diferentes, por Nogueira

et al. (2008).

A US é uma técnica de geração de imagens que usa ondas sonoras de

alta freqüência e seus ecos. A técnica é similar à ecolocalização usada pelos

morcegos, baleias e golfinhos, assim como o sonar usado pelos submarinos.

A estimulação elétrica feita por um transdutor de cristal pizoeletrico,

acarreta vibrações que posteriormente são convertidas em ondas sonoras de alta

freqüência (1-10 MHz), denominadas ondas ultrassônicas (BELLISARI; ROCHE,

2005). As ondas sonoras se deslocam por seu corpo e atingem um limite entre

tecidos, por exemplo, entre um fluido e um tecido macio, entre um tecido macio e um

osso. Parte das ondas sonoras é refletida de volta para a sonda, ao passo que outra

parte continua se deslocando até atingir outro limite e ser refletida, as ondas

refletidas são captadas pela sonda e retransmitidas para a máquina, na qual calcula

a distância entre a sonda e o tecido ou órgão (os limites) usando a velocidade do

som no tecido (1540 m/s) e o tempo de retorno de cada eco, geralmente da ordem

14

de milionésimos de segundos, por último a máquina exibe as distâncias e as

intensidades dos ecos na tela, formando uma imagem bidimensional.

A US tem um custo relativo menor quando comparado com outros

métodos, podendo ser portátil e facilmente operada, além de possuir adequada

diferenciação entre os tecidos conjuntivos, que se apresentam mais claro

(hiperecóico) e o tecido muscular, mais escuro (hipoecóico). Por meio desta técnica

é possível visualizar a espessura do músculo (EM), importante para a predição do

volume muscular.

Em um estudo realizado por Abe (2000), houve evidente aumento gradual

da espessura muscular, em ambos os gêneros estudados. A espessura muscular do

bíceps teve aumento significativo em quatro semanas para os homens e em oito

semanas para as mulheres. Com aumento de 8% na espessura muscular de bíceps

a partir da 4ª semana, e de 8% na espessura muscular de tríceps, 13% na

espessura muscular de peito e de 6% na espessura muscular de bíceps femural a

partir da 6ª para 17 homens.

Candow e Burke (2007) demonstraram como resultado um aumento

significativo na massa e força muscular com o treinamento e resistência. É sabido

que o aumento inicial de força muscular do treinamento com pesos é resultado da

demanda crescente e adaptação neuromuscular. Para a massa muscular e força

para continuar, deve ocorrer sobrecarga muscular.

15

3 - MÉTODOS

3.1 - Sujeitos

A amostra foi composta inicialmente por 35 voluntários do sexo

masculino, na faixa etária dos 18 aos 30 anos. Como critérios iniciais de inclusão no

estudo, os sujeitos não deveriam ter participado de programas de TP ao longo dos

últimos seis meses. Além desses, também foram excluídos da amostra os

praticantes regulares de programas de exercícios físicos de diferentes naturezas,

com uma frequência superior a duas sessões semanais, bem como os indivíduos

com valores de índice de massa corporal (IMC) inferiores a 18,0 kg/m2 (baixo peso)

e superiores a 29,9 kg/m2 (obesos).

Após informados sobre os propósitos do estudo e procedimentos aos

quais seriam submetidos, todos os participantes assinaram um termo de

consentimento livre e esclarecido (anexo 1). Este estudo fez parte de um projeto

maior que foi aprovado (Parecer número 052/09) pelo Comitê de Ética em Pesquisa

da Universidade Estadual de Londrina, de acordo com as normas da Resolução

196/96 do Conselho Nacional de Saúde sobre pesquisa envolvendo seres humanos

(anexo 2).

3.2 - Composição corporal

3.2.1 - Absortometria Radiológica de Dupla Energia – DEXA

Para análise da MIGO foi utilizada a DEXA. Para tanto, os exames foram

realizados em um equipamento da marca Lunar Prodigy, modelo DXA System e

software versão 9.30 (Fabricado por General Eletric Lunar Corporation, Madison,

WI).

A calibragem do equipamento foi realizada de acordo com as

recomendações do fabricante. Os participantes foram submetidos aos exames

trajando roupas leves, descalços e sem portar nenhum objeto metálico ou qualquer

outro acessório junto ao corpo. Os sujeitos permaneceram deitados e imóveis sobre

a mesa do equipamento até a finalização da medida.

16

Após a varredura de corpo inteiro, o programa forneceu os dados relativos

à MG, MO e MIGO, para o corpo todo e regiões específicas (tronco e membros

superiores e inferiores). Os membros foram demarcados e separados do tronco e da

cabeça por linhas padrões geradas pelo software do próprio equipamento. As linhas

foram ajustadas, por meio de pontos anatômicos específicos, que podem ser

visualizados no manual do equipamento.

Para este estudo foram utilizadas somente as informações fornecidas pela

DEXA da MIGO, tanto de membros Inferiores (MIGOI) quanto de Membros

Superiores (MIGOS).

3.2.2 - Ultrassonografia

Para a medida da espessura muscular do quadríceps (EMQ) e do bíceps

(EMB) foi utilizado um equipamento de ultrassonografia da marca Ultra Vision Flip,

modelo BF (VMI indústria e Comércio Ltda).

Para a medida da EMQ foi demarcado um ponto a 15 cm acima da borda

superior da patela (BEMBEM, 2002) e para a medida da EMB foi demarcado um

ponto a 12 cm acima da fossa ante-cubital do braço. Esses pontos foram

padronizados na tentativa de garantir a qualidade das informações a serem obtidas

ao longo do tempo. Todas as avaliações foram realizadas com os sujeitos deitados

na posição de decúbito dorsal, com as pernas unidas, os joelhos e cotovelos

semiflexionados (~10º), as mãos na posição supinada e abduzidas a uma distância

de 15 cm do corpo. Ambas as medidas foram realizadas, de forma padronizada, no

hemicorpo direito.

Todas as imagens foram processadas no modo-B com uma freqüência de

7,5- Hz. Um gel transmissor solúvel em água, específico para este tipo de exame, foi

utilizado com o intuito de auxiliar na captação das imagens. O transdutor foi

colocado perpendicularmente ao ponto de realização das medidas, conforme

demonstrado por Nogueira et al.(2008). A espessura muscular foi identificada na

imagem como a distância entre a interface gordura-músculo e a interface osso

músculo.

Na tentativa de reduzir ao máximo possíveis erros de medida, alguns

procedimentos foram adotados, tais como: todas as avaliações foram realizadas por

17

um único avaliador previamente treinado; nenhuma avaliação foi realizada em um

período inferior a 48h após a última sessão de treinamento; a única pressão

exercida sobre a região avaliada foi a do peso do próprio transdutor; os indivíduos

foram orientados a não realizarem nenhum tipo de atividade física vigorosa nas 24h

precedentes ao exame; todas as avaliações foram realizadas em um ambiente com

controle de temperatura (22ºC a 26ºC) e umidade relativa do ar (50% a 60%).

3.3 - Programa de treinamento com pesos

O programa de TP foi dividido em duas etapas, cada qual com duração de

seis semanas consecutivas, intercaladas por uma semana de intervalo, sem

qualquer tipo de treinamento, para que fossem realizadas as reavaliações. Tanto a

etapa um quanto a etapa dois tiveram como finalidade o processo de hipertrofia

muscular.

O programa de treinamento, em ambas as etapas, envolveu única

programação que foi executada em três sessões semanais, em dias alternados

(segundas, quartas e sextas-feiras ou terças, quintas e sábados).

Em ambas as etapas o programa foi composto por 10 exercícios,

envolvendo diferentes grupamentos musculares, com três séries por exercício. O

número de repetições utilizadas em cada uma dessas séries foi de 8 a 12 repetições

máximas (RM), sendo utilizado o sistema de cargas fixas. A única exceção foi o

exercício para o grupamento muscular da panturrilha (15 a 20-RM). Os exercícios

incluídos no programa de TP foram: supino em banco horizontal, puxador alto por

trás, remada alta em pé, desenvolvimento de ombros, tríceps no pulley, rosca direta

de bíceps, leg press 45º, cadeira extensora, mesa flexora, panturrilha no leg 90º.

As cargas utilizadas foram compatíveis com o número de repetições

máximas estipuladas para as três séries de cada exercício. Assim, durante o

decorrer do experimento, foram realizados reajustes semanais da carga de

treinamento durante a última sessão de treinos de cada semana, na tentativa de que

a intensidade inicial fosse preservada.

Tanto as cargas iniciais utilizadas em cada exercício do programa quanto

os reajustes periódicos foram estabelecidos com base nos resultados obtidos

mediante a aplicação de testes de peso por repetições máximas, de acordo com os

procedimentos descritos na literatura (RODRIGUES; ROCHA, 1985).

18

O intervalo de recuperação estabelecido entre as séries, em cada

exercício, foi de 60 a 90s, ao passo que o intervalo de transição entre os exercícios

foi de 90 a 120s, em ambas as etapas e condições experimentais.

Embora a velocidade de execução não fosse monitorada, os participantes

foram orientados a realizar as ações musculares concêntrica e excêntrica em uma

razão de 1:2, respectivamente.

Os sujeitos foram orientados, ainda, para não participarem de nenhum

outro tipo de programa de treinamento durante o período do estudo, de modo que o

impacto do TP pudesse ser avaliado de forma isolada.

Além disso, para a melhoria da qualidade das informações, durante todas

as sessões de treinamento foi feita uma supervisão direta a todos os sujeitos com o

intuito de controlar variáveis, como o número de séries e de repetições, a carga

levantada, a velocidade de execução, os intervalos de recuperação entre as séries e

de transição entre os exercícios.

4 - TRATAMENTO ESTATÍSTICO

Todos os procedimentos estatísticos foram realizados no software SPSS

versão 17.0. A estatística descritiva (média e desvio padrão) foi empregada para

caracterização da amostra. A análise de variância para medidas repetidas (ANOVA)

foi utilizada para comparar os resultados da EMB, EMQ, MIGOS e MIGOI, no

momento inicial (M0), após seis semanas (M1) e após 12 semanas (M2) de TP. O

nível de significância dotado foi de P<0,05.

19

5 - RESULTADOS:

As características físicas da amostra no momento inicial do estudo são

descritas na tabela 1.

Tabela 1 – Características físicas da amostra no momento inicial do estudo. Valores de média, desvio-padrão (DP), máximo e mínimo (n=35).

Média ± DP Mínimo Máximo

Idade (anos) 21,89 2,60 18 30 Massa Corporal (kg) 72,03 12,23 47,3 105,4 Estatura (cm) 177,59 7,63 162,0 197,0 IMC (kg/m2) 22,80 3,22 15,80 29,12 EMB (mm) 26,69 5,10 18,5 37,3 EMQ (mm) 35,01 7,68 19,0 53,2 MIGOS (kg) 6,93 1,25 4,73 11,27 MIGOI (kg) 19,91 2,66 15,16 29,78

A comparação dos valores de EMB, EMQ, MIGOS e MIGOI, antes (M0),

durante (M1) e após (M2) 12 semanas de treinamento com pesos são apresentadas

na tabela 2. Diferenças estatisticamente significantes foram encontradas somente na

EMB e EMQ, sendo que para os valores da EMB foram observadas alterações do

momento inicial para após seis semanas com 13% de ganho e também após 12

semanas com 7% de aumento, sendo o aumento total da EMB, do inicio até 12

semanas de treinamento, de 22%. Já a EMQ teve um aumento estatístico

significante apenas do momento inicial para após seis semanas de treinamento,

chegando a 5% de diferença.

Já para a MIGOS e a MIGOI não foram encontradas diferenças

estatisticamente significantes.

Tabela 2 – Comparação dos valores de EMB, EMQ medidos com US, MIGOS e MIGOI medidos com a DEXA, antes (M0), durante (M1) e após (M2) 12 semanas de treinamento com pesos (n=35).

M0 M1 M2 Diferenças

Média ± DP Média ± DP Média ± DP

EMB (mm) 26,68 ± 5,10 30,31 ± 5,11 32,70 ± 4,86 M0<M1<M2* EMQ (mm) 35,01 ± 7,68 37,06 ± 6,61 37,11 ± 6,77 M0<M1=M2* MIGOS (kg) 6,93 ± 1,25 7,36 ± 1,10 7,41 ± 1,28 NS MIGOI (kg) 19,91 ± 2,66 20,16 ± 2,36 20,04 ± 2,35 NS

*P<0,01 Nota: M0=Momento inicial; M1=Após seis semanas de treinamento; M2=Após 12 semanas de treinamento; EMB=Espessura Muscular do Bíceps; EMQ=Espessura Muscular do Quadríceps; MIGOS=Massa Isenta de Gordura e de Osso de Membros Superiores; MIGOI=Massa Isenta de Gordura e de Osso Membros Inferiores; NS=Não significante; US= Ultrassonografia; DEXA= Absortometria Radiológica de Dupla Energia;

20

6 - DISCUSSÃO

Foram selecionados para participarem do presente estudo somente

sujeitos não treinados previamente há pelo menos seis meses, na tentativa de

controlar a possível influência dos diferentes níveis de aptidão física inicial dos

participantes sobre as respostas induzidas pelo TP, visto que estudos anteriores têm

indicado que indivíduos com diferentes níveis de treinabilidade podem responder de

forma diferenciada aos estímulos gerados pelo TP (AHTIAINEN et al., 2003).

A estruturação do programa de TP (número de exercícios, séries e

repetições; intervalos entre as séries e os exercícios; frequência semanal), neste

estudo, foi estabelecida com base nas recomendações apresentadas em

posicionamentos publicados previamente para programas de TP para iniciantes,

visando hipertrofia muscular (ACSM, 2009).

Os sujeitos foram supervisionados direta e individualmente nas sessões

de treinamento, por parte de profissionais com experiência prévia em TP durante

todo o período experimental, o que favorece a preservação da intensidade do

treinamento e pode maximizar as adaptações induzidas pelo TP (RATAMESS et al.,

2008). Dentre as principais modificações induzidas por esse tipo de treinamento,

destaca-se o aumento da massa muscular. A escolha correta dos instrumentos para

analise dos resultados desses estudos faz uma grande diferença, podendo aumentar

o grau de validade do estudo.

Nesse sentido, a utilização combinada de diferentes métodos para

avaliação dos diversos componentes da composição corporal pode favorecer uma

análise mais adequada das respostas ao TP. Com base nessas informações, o

presente estudo empregou dois métodos (DEXA e US) para uma avaliação mais

consistente da composição corporal, sendo encontradas diferenças significativas

apenas com a utilização da US.

A análise das respostas do TP, nas EMB e EMQ, identificou incrementos

estatisticamente significantes (P < 0,01) já no final das primeiras seis semanas de

intervenção no grupo. Neste estudo foram localizadas diferenças na EMB e EMQ

com a utilização da US, o mesmo não ocorreu na MIGOS e MIGOI que foram

analisadas com a DEXA e que correspondem respectivamente às mesmas regiões

do corpo. Ainda que, grande parte dos trabalhos publicados na literatura tenham

conseguido identificar alterações na composição corporal após um determinado

21

tempo de treinamento tenham empregado programas com períodos superiores a 10

semanas (GETTMAN et al, 1978; VAN ETTEN et al, 1997; PESCATELLO et al.,

2007), alguns estudos alcançaram resultados na mesma direção com períodos mais

curtos, como quatro (ABE et al., 2000) ou oito semanas (FARTHING, CHILIBECK,

2003; CAMPOS et al., 2002). A diferença entre estes estudos parece estar

relacionada ao método de avaliação utilizado e não ao período de intervenção

adotado. Os estudos que encontraram diferenças em períodos menores utilizaram

métodos mais sofisticados, como Ressonância Magnética e US.

Assim como no presente trabalho, Abe et al., (2000), em um estudo com

duração de 12 semanas, envolvendo 17 homens não treinados, com o uso da

técnica de US e DEXA na análise da composição corporal, obtiveram um aumento

de 8% na EMB a partir da 4ª semana, e de 8% na espessura muscular do tríceps,

13% na espessura muscular do peitoral e 6% na espessura muscular do bíceps

femoral a partir da 6ª semana de treinamento.

Os resultados de Abe et al. (2000), aliados aos do presente estudo,

demonstram a capacidade da técnica de US para detectar as pequenas alterações

na composição corporal, mais especificamente na massa muscular, que ocorrem em

períodos curtos de treinamento.

Por outro lado, assim como neste trabalho, McBride et al., (2003) em uma

pesquisa com 12 semanas de intervenção com TP, em homens não treinados, e

utilização DEXA na avaliação da composição corporal, não obtiveram resultados

estatisticamente significantes, o que pode indicar para uma maior cautela na

utilização da DEXA para avaliação da composição corporal após curtos períodos

(até 12 semanas) de intervenção.

Vale ressaltar que existe grande dificuldade em fazer comparações entre

os diversos estudos presentes na literatura, haja vista que eles adotam diferentes

períodos de intervenção e diversos métodos de avaliação da composição corporal.

22

7 – CONCLUSÃO

Os resultados sugerem que o TP pode favorecer a melhoria da

composição corporal até mesmo em períodos relativamente curtos de prática

(menores que 12 semanas). Além disso, parece que não somente o período de

intervenção, mas também a sensibilidade do método em detectar pequenas

alterações da composição corporal podem influenciar os resultados de uma

investigação.

23

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30

ANEXOS

31

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO DA PESQUISA OU LEGAL RESPONSÁVEL

1. Nome do participante:..........................................................................................

....................................................................................................................................

Documento de Identidade Nº :..............................................Sexo: ( ) M ( ) F

Data de Nascimento:............/............/...........

Endereço:.........................................................................................Nº:......................

Complemento:.............................................Bairro:.....................................................

CEP:..........................................................Cidade:.....................................................

Telefone:................................E-mail:..........................................................................

II – DADOS SOBRE A PESQUISA 1. Título do Protocolo de Pesquisa: Influência da ordem de execução dos exercícios na composição corporal de homens adultos jovens. 2. Pesquisador: Ademar Avelar de Almeida Júnior Função: Discente do Programa de Mestrado em Educação Física Associado UEL/UEM

3. Avaliação do Risco da Pesquisa: Sem Risco ( ) Risco Mínimo (X) Risco Médio ( ) Risco Baixo ( ) Risco Maior ( )

1. Duração da Pesquisa: O experimento será conduzido em 2 (duas) etapas, sendo que estas não ultrapassarão 15 semanas.

III – REGISTRO DAS EXPLICAÇÕES DO PESQUISADOR AO PACIENTE OU SEU REPRESENTANTE LEGAL SOBRE A PESQUISA, CONSIGNANDO:

1. Justificativa e objetivo: Embora haja na literatura recomendações sobre a elaboração de programas de TP, não existem estudos crônicos que procuraram avaliar a influência da ordem dos exercícios sobre as diferentes respostas do TP.

As pesquisas realizadas até o presente momento demonstraram apenas que o desempenho em determinado exercício, tanto dos grandes quanto dos pequenos grupamentos musculares, parece estar diretamente relacionado ao seu posicionamento dentro da sessão de treinamento, ou seja, quanto mais ao final estiver disposto, maior será a diminuição do seu rendimento, resultando assim em

32

um menor número de repetições. Porém se tratando de composição corporal, ainda não se sabe qual ordenação dos exercícios possibilitaria uma potencialização dos resultados. Adicionalmente, todos os estudos que procuraram investigar o efeito da ordem dos exercícios foram realizados de maneira transversal, ou seja, analisaram uma única sessão de treinamento, o que impossibilita uma analise mais aprofundada.

2. Procedimentos que serão adotados durante a pesquisa: O estudo terá uma duração de 15 semanas que serão dividas em duas etapas (ET1 e ET2) e três momentos (M1, M2 e M3). As ET1 e ET2 corresponderão aos períodos de TP e serão compostas por seis semanas cada.

Os M1 (início), M2 (meio) e M3 (fim) serão períodos, compostos por uma semana cada, destinados à mensuração das medidas antropométricas, bioimpedância, ultrassonografia e densitometria, bem como, a aplicação dos registros alimentares e de atividade física. Durante estes períodos os indivíduos não poderão realizar nenhum tipo de treinamento.

Durante os períodos de treinamento (ET1 e ET2), todos os indivíduos serão submetidos a dois programas de treinamento com pesos (COND1 e COND2) que serão compostos pelos mesmos 10 exercícios. A única diferença será na ordem de realização dos exercícios. A COND1 será estruturada com os exercícios para os grandes grupamentos musculares no início da sessão de treino e terminará com os pequenos grupamentos musculares, já a COND2 será realizada na ordem inversa. Todos os indivíduos passarão por ambas as condições (COND1 e COND2) durante o decorrer do estudo, ou seja, aqueles indivíduos que durante a ET1 treinar na COND1 necessariamente treinarão na COND2 na ET2. Da mesma forma, aqueles que executarem a COND2 na ET1, obrigatoriamente treinarão na COND1 na ET2, adotando-se assim um modelo de delineamento cruzado ou cross-over. Possibilitando a todos os sujeitos que fizer parte do estudo a vivência das duas programações de exercícios. Vale ressaltar que a escolha da ordem inicial de treinamento será feita de maneira aleatória, possibilitando assim que todos os indivíduos tenham a mesma chance de realizarem durante a ET1 a COND1 e/ou COND2.

3. Desconfortos e riscos: Não existem relatos na literatura que demonstrem a existência de riscos a indivíduos saudáveis, participantes de programas de treinamento com pesos. Entretanto vale ressaltar que, a possibilidade de mal-estar e lesões, advindas da prática de exercícios deve ser considerada. Como medida de precaução, durante todas as sessões de treinamentos os indivíduos serão assistidos e orientados por profissionais previamente treinados.

4. Beneficio esperado: Os resultados obtidos a partir desse experimento podem ajudar na compreensão dos efeitos da ordem de execução dos exercícios, pertencentes a um programa de treinamento com pesos e assim, auxiliarem na prescrição de exercícios visando melhores resultados advindos da prática contínua desta modalidade.

33

V – ESCLARECIMENTOS DADOS PELO PESQUISADOR SOBRE GARANTIAS DO SUJEITO DA PESQUISA

1. Exposição dos resultados e preservação da privacidade dos voluntários: Os resultados obtidos nesse estudo serão publicados, independente dos resultados encontrados, contudo sem que haja a identificação dos indivíduos que prestaram sua contribuição como sujeitos da amostra, sendo assim mantido o sigilo e respeitando a privacidade individual, conforme normas éticas. 2. Despesas decorrentes da participação no projeto de pesquisa: Os voluntários estarão isentos de qualquer despesa ou ressarcimento decorrente desse projeto de pesquisa. 3. Liberdade de consentimento: A permissão para participar desse projeto é voluntária. Portanto, os sujeitos estarão livres para negar esse consentimento ou parar de participar em qualquer momento desse estudo, se desejar, sem que isto traga prejuízo à continuidade da assistência. 4. Questionamentos: Os sujeitos envolvidos no experimento terão acesso, a qualquer tempo, às informações sobre procedimentos, riscos e benefícios relacionados à pesquisa. Todas as perguntas sobre os procedimentos experimentais utilizados nesse projeto são encorajadas. Se houver qualquer dúvida ou questionamento, por favor, nos solicite informações adicionais. 5. Responsabilidade do participante: As informações que você possui sobre o seu estado de saúde ou experiências prévias de sensações incomuns com o esforço físico poderão afetar a segurança e o valor do seu desempenho. O seu relato imediato das sensações durante os esforços também são de grande importância. Você é responsável por fornecer por completo tais informações quando solicitado pelos avaliadores.

VI – PARA CONTATO EM CASO DE INTERCORRÊNCIAS CLÍNICAS E REAÇÕES ADVERSAS.

Prof. Ademar Avelar de Almeida Júnior Rua Professor Samuel Moura, 328 Apto 1604 Edifício Pontal do Araxá - CEP 86061-060 Telefone: (43) 3327-5898 / (43) 9934-7000 Londrina/PR E-mail: [email protected] Telefone do Comitê de Ética: (43) 3371-2490

34

VII – CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIDO

Declaro que, após convenientemente esclarecido pelo pesquisador e ter entendido o que me foi explicado, consinto em participar do presente projeto de Pesquisa.

Londrina, __________ de ________________________ de 2008.

_____________________________________________________ Assinatura do participante

_____________________________________________________ Assinatura do pesquisador (carimbo ou nome legível)

35

ANEXO 2 – PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA