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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA - CCT DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ALDENIRA SILVESTRE SANTANA NICACIO CRAQUEAMENTO DO PETRÓLEO Campina Grande 2014

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA - CCT

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

ALDENIRA SILVESTRE SANTANA NICACIO

CRAQUEAMENTO DO PETRÓLEO

Campina Grande

2014

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ALDENIRA SILVESTRE SANTANA NICACIO

CRAQUEAMENTO DO PETRÓLEO

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentada a Universidade Estadual

da Paraíba como pré-requisito para a

obtenção do grau de licenciatura em

Química.

Orientador (a) : Profa Dra Maria Roberta de Oliveira Pinto

Campina Grande

2014

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Esperei com paciência no senhor, e ele se inclinou

para mim e ouviu o meu clamor. Tirou-me de um lago

horrível, de um charco de lodo: pôs os meus pés sobre

uma rocha, firmou os meus passos; e pôs um novo

cântico em minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos

o verão, e temerão, e confiarão no senhor. Bem

aventurado o homem que põe no Senhor a sua confiança

e que não respeita os soberbos, nem os que se desviam

para mentira.

Salmo 40;1-4

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Ao meu pai Antônio Elias, que com tanto

esforço, sacrifício e fé pôde me

proporcionar à chance de alcançar mais

um dos meus ideais. Sem a ajuda deste

homem eu não teria chegado aposição em

que me encontro. Dedico.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, em primeiro lugar, que com seu imenso amor e misericórdia me

mostrou que tudo somos capazes, que segurou minha mão nos inúmeros

momentos de angustia, Já que as dificuldades são possíveis a todo ser humano.

Ao meu pai Antônio Elias, sempre atencioso, carinhoso e companheiro

que com grande dificuldade, me ajudou a trilhar este percurso tão árduo, mas

prazeroso, que me ensinou que a educação é o único caminho para uma vida

melhor.

A minha mãe, forte, carinhosa e amiga, que me incentivou a seguir

adiante, com força e fé, e jamais desistir dos meus objetivos. A esta mulher

maravilhosa que fez dos momentos difíceis serem suportáveis, para que eu

pudesse seguir adiante.

Ao meu marido Gizeldo Nicacio um homem sincero, humilde, verdadeiro,

paciente, companheiro e amigo, que suportou noites e dias sem me ver, devido

à longa distância que havia entre nós. Que abriu mão da minha presença ao seu

lado para que eu pudesse concretizar o meu objetivo.

Aos meus irmãos, Adriano, Alan e Andréia Kelly que dividiram comigo

todos os momentos desta conquista.

Aos meus amigos Graciele, Palmira, Valdir, Manricky, Rutemberg e

Bruna. Com eles eu sorri muito. Hoje eu vejo que fazem parte de uma fase boa

da minha vida.

A minha professora e orientadora, Maria Roberta, paciente, educada e

carinhosa com cada um de seus alunos, que me ajudou a fazer este trabalho

difícil. Mas, eu sabia que com seu potencial de conhecimento, todo o processo

de elaboração da monografia seria mais fácil de ser entendido.

Aos professores que fizeram parte dessa trajetória, em especial, Juraci,

Roberta, Antônio, Cristina e Givanildo e a todos sem distinção. E todos do

departamento que de forma direta ou indireta sempre me ajudaram. Enfim, a

todos aqueles que de certa maneira contribuíram para que eu chegasse aqui.

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RESUMO

A pesquisa foi realizada de Escola Estadual Médio Dr. Alfredo Pessoa de Lima, localizada no município de Solânea no Estado da Paraíba, onde o professor se fez presente quanto a aplicação dos questionários que contendo dez questões objetivas que tinha a finalidade de analisar o conhecimento dos alunos sobre craqueamento do petróleo e seus derivados. A presente pesquisa analisou vinte e nove alunos do 3º ano da rede pública de ensino. A química orgânica aborda diversos assuntos, e dentre estes, foi escolhido o petróleo por fazer parte do cotidiano dos alunos. Hoje em pleno século XXI é impossível se viver sem os derivados do petróleo, a indústria petrolífera utiliza esta matéria-prima e transforma em derivados essências a vida humana. O petróleo é um dos potencias econômicos mundiais. As petroquímicas transformam essa riqueza em derivados através de um processo denominado de destilação, por meio de altas temperaturas. Um derivado mais consumido é a gasolina, como a demanda aumentou, foi preciso aumentar a produção, e com isso surgiu o processo de craqueamento do petróleo. Quanto maior a temperatura das cadeias longas e pesadas, maior é a produção de gasolina, um dos derivados mais importantes para vida contemporânea e para indústria automobilística. A presente pesquisa tem o objetivo de verificar o conhecimento adequado que o aluno obtém sobre o petróleo e o craqueamento de seus derivados. O resultado obtido eficiência para uns e influência para outros.

Palavras Chave: Petróleo, Craqueamento, Derivados.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................. 12

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................... 14

2.1 Petróleo .................................................................................................. 14

2.2 Origem do Petróleo ............................................................................... 14

2.3 Jazida de Petróleo ................................................................................. 15

2.4 Extração do Petróleo ............................................................................ 15

2.5 Tipos de Petróleo .................................................................................. 15

2.6 Refino do Petróleo ................................................................................ 16

2.6.1 Processo de Refinação do Petróleo .............................................. 16

2.7 Craqueamento do Petróleo .................................................................. 18

2.7.1 O Processo de Craqueamento ....................................................... 18

2.8 Aplicações dos Derivados do Petróleo ............................................... 18

Óleos combustíveis de alto (A) teor de enxofre ............................. 23

Óleos combustíveis de baixo (B) teor de enxofre .......................... 23

Óleos combustíveis convencionais................................................. 24

Óleos combustíveis ultra-viscosos ................................................. 24

2.9 Métodos Básicos de Conversão .......................................................... 26

2.9.1 Decomposição – Térmica, Catalítica e Elétrica ............................ 26

2.9.2 Oxidação Térmica ou Catalítica ..................................................... 27

2.9.3 Halogenação Térmica, Catalítica ou Fotolítica ............................. 27

2.9.4 Nitrogenação Térmica ou Fase Vapor ........................................... 27

2.9.5 Sulfuração ....................................................................................... 27

2.9.6 Desulfuração Catalítica .................................................................. 27

2.9.7 Hidrogenação Termo-catalítica ou Catalítica ............................... 28

2.9.8 Desidrogenação Térmica ou Catalítica ......................................... 28

2.9.9 Alquilação Térmica ou Catalítica ................................................... 28

2.9.10 Polimerização Térmica ou Catalítica ........................................... 28

2.9.11 Isomerização Térmica ou Catalítica ............................................ 29

2.9.12 Aromatização ou Ciclização Térmica ou Catalítica .................... 29

2.9.13 Síntese de Hidrocarbonetos ........................................................ 29

2.10 Aplicações ........................................................................................... 29

2.10.1 Gás Liqüefeito de Petróleo (GLP) e Gasolina Natural ............... 29

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2.10.2 Siderurgia ...................................................................................... 30

2.10.3 Petroquímicos ............................................................................... 30

2.10.4 Combustíveis Sintéticos .............................................................. 33

2.11 As Variáveis Econômicas dos Derivados do Petróleo .................... 33

2.12 A Oferta Mundial de Gás .................................................................... 35

2.13 A Demanda Crescente por Insumos Químicos e Carburantes

Limpos ......................................................................................................... 35

2.14 O Petróleo se Transforma em Outros Produtos ............................... 36

2.15 Aquecendo a Mistura .......................................................................... 37

2.16 Gás e Plástico ...................................................................................... 37

2.17 A Importância do Plástico na Vida Moderna ..................................... 38

2.18 Derivado Elástico ................................................................................ 39

2.19 Combustível Limpo ............................................................................. 39

2.20 Produto Robusto ................................................................................. 39

2.21 Beijo Oleoso ........................................................................................ 40

2.22 Resíduos Raros ................................................................................... 40

2.23 Barato e Sujo ....................................................................................... 40

2.24 Craqueamento Térmico ...................................................................... 40

2.25 Seção de Fracionamento .................................................................... 42

2.26 Seção de Recuperação de Gases ...................................................... 44

2.27 Seção de Tratamentos ........................................................................ 45

2.28 Produtos do Craqueamento ............................................................... 45

2.29 Riser ..................................................................................................... 46

2.30 Reator ................................................................................................... 47

2.31 Regenerador ........................................................................................ 48

2.32 A Questão Ambiental .......................................................................... 49

2.32 Impactos Ambientais Causados pela Indústria do Petróleo ........... 51

2.33 Impactos ambientais causados na exploração e produção do

Petróleo ........................................................................................................ 51

2.34 Impactos Ambientais no Refino ......................................................... 54

2.35 Impactos Ambientais Causados no Transporte de Petróleo e

Derivados ..................................................................................................... 55

2.36 Geração da Poluição ........................................................................... 56

2.36.1 Problemas Gerados pela Poluição .............................................. 56

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4.RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................... 59

5. CONCLUSÃO .............................................................................................. 64

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 65

ANEXO ............................................................................................................ 67

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INTRODUÇÃO

Petróleo é um liquido oleoso, inflamável cuja cor varia segundo a origem,

oscilando do negro ao âmbar, formado a partir da decomposição, durante

milhões de anos, de matéria orgânica como plantas, animais marinhos e

vegetação típica das regiões alagadiças e encontrado apenas no subsolo em

terreno sedimentar. A base de sua composição é o hidrocarboneto, substância

composta por carbono e hidrogênio, a qual podem se juntar átomos de oxigênio,

nitrogênio e enxofre, além de íons metálicos, principalmente o níquel e vanádio.

O petróleo também é derivado de matéria orgânica de origem biológica. Os

restos de plantas e animais, depois de sedimentarem em lamas argilosas, são

submetidos a transformações aeróbicas e anaeróbicas por bactérias. O produto

degradado, junto com os restos de bactérias, é, mais tarde, transformado sob

alta pressão e temperaturas que não excedem 150o C. As reações de

transformação procedem em sítios catalíticos presentes nas adjacências das

superfícies das rochas em presença de água, ácido sulfúrico, enxofre e outros

componentes inorgânicos. Durante esses processos, o petróleo, que está

disperso, acumula-se por migração em reservatórios e, finalmente, formam os

poços de petróleo (SPERRS e WITHEHEAD,1969).

Gasolina de pirolose e uma mistura de vários hidrocarbonetos aromáticos,

parafinas, olefinas, similar em composição e aplicações à gasolina (Figura 1),

originária de processos de craqueamento térmico (um processo de pirólise) a

partir de frações de petróleo de moléculas mais longas e complexas de menor

consumo no mercado de solventes e combustíveis (Bookman, 2004).

Altas temperaturas causam a quebra homolítica de ligações. Quando os alcanos

são aquecidos a altas temperaturas, as ligações C-H e C-C se rompem, num

processo conhecido como pirólise. Na ausência de oxigênio, os radicais

formados podem se combinar para formar alcanos de peso molecular maior ou

menor. Os radicais também podem perder um hidrogênio de um átomo de

carbono adjacente ao centro radicalar com formação de alquenos, um processo

chamado de abstração de hidrogênio. O resultado é que, na pirólise se forma

uma mistura complicada de alquenos e alcanos. Em condições especiais, no

entanto, estas transformações podem ser controladas de modo a produzir

grandes quantidades de hidrocarbonetos com o comprimento das cadeias

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predefinido (Moacyr Cinelli, 2004). Segundo Mariano (2005) é um processo

petroquímico no qual hidrocarbonetos saturados são divididos em

hidrocarboneto menores. É o principal método industrial para produzir o mais

leve alceno. No craqueamento a vapor uma alimentação de hidrocarbonetos

gasosos ou líquidos como a nafta, GPL ou eteno é diluída com vapor e

rapidamente aquecidos em um forno sem a presença de oxigênio. Normalmente

a temperatura de reação é muito elevada, em torno de 850 °C. Em modernos

fornos de craqueamento o tempo de resistência é ainda reduzido em

milissegundo resultando em velocidade de gás mais velozes que a velocidade

do som, para melhorar o rendimento.

As atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural, têm o

potencial de causar uma grande variedade de impactos sobre o meio ambiente.

Entende-se impacto ambiental como qualquer modificação do meio ambiente,

adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou em parte, dos aspectos ambientais

da organização. Aspectos ambientais são os elementos das atividades ou

produtos ou serviços de uma organização que pode interagir com o meio

ambiente (ABNT ISO 14001, 2004). Tais “impactos” dependem, basicamente, do

estágio de desenvolvimento dos processos, do tamanho e da complexidade dos

projetos, da natureza e da sensibilidade do ambiente, no qual serão

desenvolvidas as atividades, e da eficácia do planejamento, assim como, das

técnicas de prevenção, controle e mitigação da poluição e dos outros efeitos

adversos sobre o meio ambiente (MARIANO, 2007).

Este trabalho consta de uma pesquisa elaborada para obtenção exclusiva do

conhecimento do aluno em termo de petróleo e o seu craqueamento e a

importância dos seus derivados no seu cotidiano. Este trabalho tem como

objetivo avaliar o conhecimento do aluno em relação ao petróleo, seus derivados

e o seu craqueamento, bem como sua conscientização sobre os possíveis

impactos ambientais.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Petróleo

Petróleo é um liquido oleoso, inflamável cuja cor varia segundo a origem,

oscilando do negro ao âmbar, formado a partir da decomposição, durante

milhões de anos, de matéria orgânica como plantas, animais marinhos e

vegetação típica das regiões alagadiças e encontrado apenas no subsolo em

terreno sedimentar. A base de sua composição é o hidrocarboneto, substância

composta por carbono e hidrogênio, a qual podem se juntar átomos de oxigênio,

nitrogênio e enxofre, além de íons metálicos, principalmente o níquel e vanádio.

O petróleo também é derivado de matéria orgânica de origem biológica. Os

restos de plantas e animais, depois de sedimentarem em lamas argilosas, são

submetidos a transformações aeróbicas e anaeróbicas por bactérias. O produto

degradado, junto com os restos de bactérias, é, mais tarde, transformado sob

alta pressão e temperaturas que não excedem 150o C. As reações de

transformação procedem em sítios catalíticos presentes nas adjacências das

superfícies das rochas em presença de água, ácido sulfúrico, enxofre e outros

componentes inorgânicos. Durante esses processos, o petróleo, que está

disperso, acumula-se por migração em reservatórios e, finalmente, formam os

poços de petróleo (SPERRS e WITHEHEAD, 1969).

2.2 Origem do Petróleo

A teoria mais aceita entre os geólogos é de que seja oriundo de restos de

matéria orgânica, bactérias, produtos nitrogenados e sulfurados no petróleo.

Essa nitrogenação e sulfuração indicam que o petróleo é o resultado de uma

transformação da matéria orgânica acumulada no fundo dos oceanos e mares

durante milhões de anos, sob pressão das camadas de sedimento que foram

depositando e formando rochas sedimentares. O conjunto dos produtos

provenientes desta degradação, é o hidrocarboneto e compostos voláteis

misturados aos sedimentos e aos resíduos orgânicos que estão contidos na

rocha–mãe; a partir daí o petróleo é expulso sob efeito da compactação

provocada pela sedimentação, migrando para impregnar areias ou rochas mais

porosas e mais permeáveis, tais como arenitos ou calcários. Uma camada

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impermeável quando constitui uma “armadilha” permite a acumulação dos

hidrocarbonetos, impedindo-os de escapar.

2.3 Jazida de Petróleo

O petróleo é encontrado na natureza não como uma espécie de rio

subterrâneo ou camada liquida entre rochas sólidas. Ele ocorre sempre

impregnando rochas sedimentares, como os arenitos. Como essas rochas são

permeáveis, o óleo “migra” através dela pelo interior da crosta terrestre. Se for

detido por rochas impermeáveis acumula-se formando então as jazidas.

Portanto, para que se forme uma jazida petrolífera, são necessárias as seguintes

condições: a existência de sedimentos, originalmente, ricos em matéria orgânica

e de condições propícias às transformações químicas e bioquímicas dos

compostos orgânicos, a ocorrência de processos migratórios e de rochas

reservatórias com boa porosidade, a fim de que o petróleo possa escorrer

livremente entre os interstícios, e também a existência de estruturas

acumuladoras, para que este possa ser economicamente explorável (LEINZ e

AMARAL, 1966).

2.4 Extração do Petróleo

O petróleo encontra-se comumente entre uma camada de água salgada

e outra de gases, que o submetem a forte pressão. Quando o solo é perfurado e

atinge-se o lençol de petróleo, este jorra para superfície devido a essa forte

pressão. Com a saída dos gases a pressão diminui e, em consequência, cessa

o jorro. Depois disso, o petróleo é retirado com o auxílio de bombas. Isso pode

ser feito de forma mecânica ou por injeção de gás.

2.5 Tipos de Petróleo

Na composição de petróleo encontram-se hidrocarbonetos: as frações

leves de hidrocarbonetos formam os gases, enquanto as frações pesadas

formam o óleo cru. A proporção entre estes hidrocarbonetos é que define os

vários tipos de petróleo. Assim, os diferentes tipos de petróleo podem ser

classificados segundo a predominância de hidrocarboneto encontrado no óleo

cru.

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Parafínicos: quando existe predominância de hidrocarbonetos

parafínicos, possibilitando a produção de subprodutos como a gasolina

de baixa octonagem, querosene de alta qualidade, óleo diesel com

características combustíveis muito boas, óleo de lubrificação de alta

viscosidade, grande estabilidade química.

Naftínicos: quando predominam hidrocarbonetos naftínicos, que originam

subprodutos como gasolina de alto índice de octonagem, óleos

lubrificantes com baixos resíduos de carbono, resíduos asfálticos na

refinação e cadeias em formas de anel.

Mistos: quando existe misturas de hidrocarbonetos parafínicos e

naftínicos, com propriedades intermediárias.

2.6 Refino do Petróleo

O petróleo extraído da natureza, ou seja, o petróleo bruto, tem que passar

por uma refinação antes de ser consumido. A refinação consiste numa série de

tratamentos físicos e químicos que visam à separação do petróleo bruto em

numerosos componentes os chamados derivados.

2.6.1 Processo de Refinação do Petróleo

O petróleo bruto é inicialmente submetido à destilação fraccionada. Esta

técnica de forma sumária consiste em aquecer o petróleo bruto e conduzido a

parte inferior de uma torre, denominada de torre de fracionamento ou coluna de

destilação. No seu interior, a torre dispõe de uma série de pratos ou vasos

colocados em diferentes alturas. Quando o petróleo é aquecido até a sua

temperatura de ebulição liberta vapores que sobem pela coluna através de tubos

soldados aos pratos e cobertos por campânulas de maneira que os vapores são

forçados a borbulhar através do liquido existente nos pratos. O nível de liquido

de cada prato é denominado pela altura de tubo de retorno que conduz o excesso

de líquido ao prato imediatamente inferior. Os componentes mais voláteis

(substâncias mais leves) de baixo ponto de ebulição, ascendem continuamente

pela coluna de fracionamento em direção ao topo da coluna, que é a parte mais

fria até condensarem.

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Os componentes de elevado ponto de ebulição condensam-se em diferentes

alturas da coluna e refluem para baixo, desta maneira consegue-se que a uma

determinada altura da coluna a temperatura seja sempre a mesma e que o

líquido condensado em cada prato tenha sempre a mesma composição química.

Esses produtos de composição química definida chamam-se frações e são

formados, principalmente por gás metano, gasolina, petróleo e gasóleo. Na base

da coluna de fracionamento onde a temperatura é mais elevada, fica um resíduo

que ainda contém frações voláteis. Se para estas serem recuperadas, o resíduo

for aquecido a temperaturas ainda mais elevadas, ela decompõe-se. Por isso,

para que a destilação prossiga o resíduo é transportado por meio de bombas

para outra coluna onde, sob uma pressão reduzida próxima do vácuo, diminuindo

a temperatura mais baixa, não destrutiva e as frações vaporizam–se. Esta

destilação adicional decompõe o resíduo em óleo diesel, óleo lubrificante, asfalto

(piche) e cera parafínica (Quadro 1).

Quadro 1 - Frações constituintes do petróleo

Fração Te/°C Nº de átomos

Gás <20 C1-C4

Éter de petróleo 20-100 C5-C7

Gasolina natural 40-205 C5-C10 e alcanos cíclicos

Querosene 175-325 C12-C18 e aromáticos

Óleo combustível 275-400 C12-C25

Óleo lubrificante 400-500 C25-C35

Asfalto Solidos Compostos policíclicos Fonte:

A porcentagem de cada uma das frações listadas no Quadro 1 varia em

função da origem do petróleo. O de algumas regiões possui predominantemente

alcanos e ramificados; em outros casos, os componentes principais são alcanos

cíclicos. Compostos derivados do benzeno são também abundantes no petróleo.

Cada uma das frações obtidas da destilação fracionada do petróleo é

ainda uma mistura complexa de hidrocarbonetos. A gasolina, por exemplo,

chega a apresentar em sua constituição dezenas de componentes, na maioria

hidrocarbonetos, mas possui também compostos sulfurados que causam

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poluição ambiental devido á sua transformação em SO2 durante sua combustão

por automóveis.

2.7 Craqueamento do Petróleo

É a transformação por ruptura (cracking, quebra) de molécula grandes em

moléculas menores, utilizados para transformar óleos pesados de pequeno valor

em derivados de petróleo mais leves como GLP e nafta, produtos de maior valor.

O craqueamento é importante no refino de petróleo para produção de gasolina e

outros combustíveis líquidos.

2.7.1 O Processo de Craqueamento

O processo de craqueamento do petróleo é constituído fundamentalmente

de uma reação de quebra (cracking) de moléculas de alto peso molecular e de

baixo valor comercial, em moléculas de menor peso molecular e com alto valor

comercial. O processo pode ser puramente térmico, ou pode ser realizado na

presença de catalisador. Em razão de o processo exigir altas temperaturas,

utiliza-se o processo catalítico que ainda assim exige temperaturas na faixa de

500º C a 550º C. A presença do catalisador também permite obtenção de

maiores seletividades e, portanto, maior rendimento dos produtos desejados.

Graças aos processos de craqueamento do petróleo bruto, são retirados certos

produtos em muito maior proporção do que aquela fornecida pela própria

natureza. Se tivéssemos que depender da quantidade de gasolina extraída do

petróleo bruto, jamais obteríamos o rendimento do necessário precioso

combustível para a movimentação dos nossos carros. O craqueamento

soluciona o problema, permitindo a obtenção do produto em maior escala.

2.8 Aplicações dos Derivados do Petróleo

São muitas as aplicações dos derivados do petróleo. Alguns já saem da

refinaria prontos para serem “consumidos”, sendo comercializados diretamente

para distribuidores e consumidores, outros derivados servirão ainda como

matérias-primas de várias indústrias, para a produção de outros artigos.

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Gasolina

Originalmente aproveitada como subproduto do petróleo, a gasolina

tornou-se o combustível por excelência para automóveis devido ao seu elevado

poder calorifico e a facilidade de misturar com o ar no carburador. Gasolina é

uma mistura de hidrocarbonetos líquidos voláteis, inflamáveis, derivados do

petróleo usado como combustível para motores de combustão interna. Emprega-

se também como solvente de óleos e gorduras. Consiste numa mistura complexa

de centenas de diferentes hidrocarbonetos, a maior parte dos quais é de

compostos saturados com 4 a 12 átomos de carbono na molécula. A gasolina

para automóveis tem ponto de ebulição entre 30° C e 200° C produzida

inicialmente por destilação fracionada, que consiste na separação das frações

mais valiosas do petróleo cru, a gasolina passou a ser obtida por novos

processos, criados para aumentar o rendimento da produção: craqueamento

térmico ou quebra de moléculas grandes em moléculas menores e o

craqueamento catalítico que emprega catalisadores, para facilitar as reações

químicas e produzir mais gasolina.

Gasolina de Pirólise

É uma mistura de vários hidrocarbonetos aromáticos, parafinas, olefinas,

similar em composição e aplicações à gasolina (Figura 1), originária de

processos de craqueamento térmico (um processo de pirólise) a partir de frações

de petróleo de moléculas mais longas e complexas de menor consumo no

mercado de solventes e combustíveis (Bookman, 2004). Altas temperaturas

causam a quebra homolítica de ligações. Quando os alcanos são aquecidos a

altas temperaturas, as ligações C-H e C-C se rompem, num processo conhecido

como pirólise. Na ausência de oxigênio, os radicais formados podem se

combinar para formar alcanos de peso molecular maior ou menor. Os radicais

também podem perder um hidrogênio de um átomo de carbono adjacente ao

centro radicalar com formação de alquenos, um processo chamado de abstração

de hidrogênio.

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O resultado é que, na pirólise se forma uma mistura complicada de

alquenos e alcanos. Em condições especiais, no entanto, estas transformações

podem ser controladas de modo a produzir grandes quantidades de

hidrocarbonetos com o comprimento das cadeias predefinido (Moacyr Cinelli,

2004)

Figura 1 - O consumo de gasolina no mundo.

Fonte: gasolina.html

Querosene

É um líquido fino e claro formado a partir de hidrocarboneto (Figura 2). Obtém

se querosene por meio da destilação fracionada do petróleo entre 150°C e 275°

C, resultando em uma mistura de cadeias de carbono contendo em torno de 12

a 15 átomos de carbono. Sua utilização é indispensável em aeronaves de

propulsão a jato, sendo também comumente utilizado como combustível de

aquecimento.

O calor de combustão do querosene é semelhante ao do diesel: o seu valor

de aquecimento mínimo gira em torno de 18.500 Btu/lb, ou

43,1 MJ/kg, enquanto que o seu valor de aquecimento máximo corresponde a

46. O elemento foi primeiramente descrito pelo físico, químico, alquimista e

filósofo persa al-Razi (Rhazes) como destilado de petróleo, em Bagdá no século

IX. Em seu “Kitab al-Asrar” (valor dos Segredos), ele descreveu dois métodos

para a produção de querosene. Um método envolvia a utilização de argila como

um absorvente, enquanto o outro método envolvia o uso de cloreto de amónio

(sal amoníaco).

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Em 1846, obtém-se o querosene refinado a partir de uma substância asfáltica

que ocorre naturalmente, denominada “albertite”, pelo geólogo canadense

Abraham Gesner, que, durante tal processo de descoberta torna-se fundador da

moderna indústria do petróleo. Gesner passou a organizar sua Companhia, a

”Querosene Gaslight” de modo a promover a utilização do querosene em todo o

mundo, em 1850, principalmente como combustível utilizado nos postes de

iluminação pública, inclusive retendo a patente da utilização do nome

“querosene” em seus produtos. Em 1851, em Bathgate, o químico escocês

James Young constrói a primeira fábrica comercial de petróleo de funcionamento

prático em todo o mundo, usando óleo derivado de torbanite, xisto e carvão

betuminoso extraídos das minas próximas. Em 1856, o químico polonês Ignacy

Lukasiewicz descobriu um processo de refino de querosene por meio da turfa,

de custo reconhecidamente menor. A disponibilidade generalizada de querosene

mais barato foi o fator principal da decadência vertiginosa da indústria baleeira,

em meados do século XIX, pois o óleo de baleia acabou por ser rapidamente

substituído como o principal produto combustível dos postes de iluminação

pública das cidades.

Figura 2: Querosene .

Fonte:Querosene.jpg

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Asfalto

Os primeiros registros são de 3000 A.C, quando ele era usado para conter

vazamentos de águas em reservatórios, já passando pouco depois a pavimentar

estradas no Oriente médio. Nesta época, ele não era extraído do petróleo, mas sim feito

com piche retirado de lagos pastosos.

O asfalto é um betume espesso, de material aglutinante escuro e reluzente, de

estrutura sólida, constituído de misturas complexas de hidrocarboneto não voláteis de

elevada massa molecular, além de substâncias minerais, resíduo da destilção avácuo

do petróleo bruto. Não é um material volatel, é soluvél em bissulfeto de carbono,

amolece a temperaturas entre 150°C e 200°C, com propriedades isolantes e adesivas.

Também denomina a superfície revestida por este betume. É muito usado na

pavimentação de ruas, estradas e aeroportos.

O CAP - Cimento Asfáltico de Petróleo (Ex. CAP-20, CAP-70);

O ADP - Asfalto Diluído de Petróleo (Ex. CM-30, CR-250);

A Emulsão Asfáltica (Ex. RR-2C, RM-1C); entre outros.

Dentro da engenharia rodoviária, cada tipo de asfalto se destina a um fim. Por

exemplo: o ADP é utilizado para a imprimação (impermeabilização) da base dos

pavimentos. Por outro lado, o CAP e as emulsões asfálticas são constituintes das

camadas de rolamento das rodovias, de maneira que o CAP entra como constituinte dos

revestimentos asfálticos de alto padrão como o CBUQ - Concreto Betuminoso Usinado

a Quente - ao passo que as emulsões asfálticas são constituintes dos revestimentos de

médio e baixo padrão, como os pré-misturados a frio e a quente (PMF e PMQ) e os

tratamentos superficiais, as lamas asfálticas e microasfalto.

Gás liquefeito de petróleo

O gás de cozinha é combustível formado pela mistura de hidrocarbonetos com

três ou quatro átomos de carbono propano 50% e butano 50% extraídos do petróleo

podendo apresentar-se misturas entre si com pequenas frações de outros

hidrocarbonetos. Ele tem a característica de ficar sempre em estado líquido quando

submetido a uma certa pressão, sendo por isto chamado de gás liquefeito de petróleo

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(GLP) de fácil combustão, o GLP é inodoro, mas por motivos de segurança uma

substância adicionada ainda nas refinarias. Ela produz o cheiro caraterístico percebido

quando há algum vazamento de gás, o GLP e não é corrosivo, poluente e nem tóxico,

mas se inalado em grande quantidade produz efeito anestésico (Figura 3).

Figura 3: Armazenamento do gás natural.

Fonte: Petróleo e gás (2005)

Óleo Combustível

Os óleos combustíveis são produzidos a partir de petróleos das mais diversas

origens mundiais, apresentando variações consideráveis em suas características. Além

dos requisitos especiais de qualidade, o consumidor deverá usar um óleo combustível

que proporcione uma economia maior na fábrica e, portanto, mudando para tipos mais

viscosos e mais baratos. A dimensão, arranjo e característica do processo da fábrica

podem, todavia, restringir a viscosidade do combustível a ser queimado com eficiência

porque os combustíveis mais viscosos necessitam de níveis de temperaturas

superiores, maiores investimentos em equipamentos de aquecimento e apresentam

maiores custos operacionais. Todos estes aspectos devem ser considerados, bem

como os custos globais de utilização de cada óleo combustível, antes da tomada de

decisão pelo uso de um determinado tipo.

Os tipos de óleos combustíveis são especificados pelo DNC (Resolução CNP N°

03/86), baseando-se em teores de enxofre e faixas de viscosidade.

Óleos combustíveis de alto (A) teor de enxofre

São os óleos normalmente empregados em combustão contínua.

Óleos combustíveis de baixo (B) teor de enxofre

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São utilizados nas indústrias em que o teor de enxofre é muito importante

na qualidade do produto fabricado, como por exemplo, certos tipos de cerâmicas,

vidros finos, metalurgia de metais não ferrosos ou quando existem restrições

governamentais de meio ambiente.

Óleos combustíveis convencionais

São considerados assim os óleos tipos 1 A/B e 2 A/B. São utilizados para os

fins industriais gerais.

Óleos combustíveis ultra-viscosos

São considerados assim os óleos, a partir dos tipos 3 A/B até os tipos 9

A/B. São utilizados em grandes fornos e caldeiras, onde o consumo de

combustível é bem elevado, onde são considerados cuidados adicionais à suas

utilizações e são disponíveis equipamentos especiais para seus aquecimentos

de armazenagem, transferência e nebulização.

Óleos Lubrificantes

Os óleos lubrificantes, óleos de motor, ou óleos para motor,

são substâncias utilizadas para reduzir o atrito, lubrificando e aumentando a vida

útil dos componentes móveis dos motores. Os óleos lubrificantes podem ser de

origem animal ou vegetal (óleos graxas), derivados de petróleo (óleos minerais)

ou produzidos em laboratório (óleos sintéticos), podendo ainda ser constituído

pela mistura de dois ou mais tipos (óleos compostos). A viscosidade mede a

dificuldade com que o óleo escorre (escoa); quanto mais viscoso for um

lubrificante (mais grosso), mais difícil de escorrer, portanto será maior a sua

capacidade de manter-se entre duas peças móveis fazendo a lubrificação das

mesmas. A viscosidade dos lubrificantes não é constante, ela varia com a

temperatura. Quando esta aumenta a viscosidade diminui e o óleo escoa com

mais facilidade. O Índice de Viscosidade (IV) mede a variação da viscosidade

com a temperatura. Quanto maior o IV, menor será a variação de viscosidade do

óleo lubrificante, quando submetido a diferentes valores de temperatura. A

Densidade indica a massa de certo volume de óleo a certa temperatura, é

importante para indicar se houve contaminação ou deterioração de um

lubrificante (Figura 4).

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Figura 4: A utilização do óleo lubrificante usado com frequencia pelos consumidores.

Fonte: Enciclopédia livre, (2004)

Gás Natural

O gás natural como matéria-prima ou insumo é utilizado em quatro

conjuntos principais de processos: a alimentação direta (combustão e potência),

a siderurgia, a produção de combustíveis sintéticos e a produção de

gasoquímicos. O enfoque de valorização do insumo gás natural é diferenciado

em cada uma destas vias principais.

A primeira via caracteriza o gás natural como um combustível para

atendimento térmico direto residencial, comercial ou industrial, para geração de

potência de acionamento em termelétricas ou processos industriais e como

carburante para o transporte, proporcionando a menor valorização possível.

A segunda via, que exige menor investimento inicial, quando comparada

às seguintes, e resulta em menor valorização do insumo é, por exemplo, a

aplicação siderúrgica, onde o gás natural é usado como redutor siderúrgico no

processamento de minérios.

A terceira via necessita de investimentos maiores e agrega mais valor ao

insumo, utilizando o gás natural como matéria prima básica de processos de

produção de combustíveis sintéticos como gasolina, nafta, querosene, gasóleo,

óleos lubrificantes, óleo diesel, parafina e outros.

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A quarta via, que requer investimentos de magnitude bastante elevada e

valoriza o insumo gás natural de forma específica é a produção de gasoquímicos,

que são à base da indústria moderna. Gasoquímica é a produção de

petroquímicos a partir do gás natural que se diferencia da produção tradicional a

partir de derivados do petróleo pelo insumo básico e por inúmeras vantagens,

em particular a redução expressiva de impactos ambientais. Os produtos são os

mesmos, eteno, propeno, buteno, polímeros (polietileno e polipropileno), matéria

prima na fabricação de fibras sintéticas, borrachas sintéticas, plásticos,

revestimentos, química automotiva, produtos nitrogenados, detergentes e

outros.

2.9 Métodos Básicos de Conversão

Variados são os métodos de conversão aplicáveis ao gás natural para

quebrar ou rearranjar as moléculas de seus principais componentes: metano,

etano, propano e butano. Incluem-se entre estes métodos processos térmicos,

elétricos, catalíticos e fotossintéticos com ou sem adição de elementos como o

oxigênio, o cloro ou o nitrogênio, entre outros.

O metano (CH4), principal componente do gás natural, tem um elevado equilíbrio

molecular devido à sua distribuição e geometria e, portanto é o hidrocarboneto

mais difícil de quebrar ou “craquear”.

Estão apresentados a seguir alguns processos básicos aplicados direta

ou indiretamente na conversão do gás natural em matéria prima básica da

indústria química.

2.9.1 Decomposição – Térmica, Catalítica e Elétrica

É a divisão da molécula do hidrocarboneto em partes menores ou em

carbono e hidrogênios dissociados, através de aquecimento (pirólise),

aquecimento com efeito adicional de catalisadores ou de descargas elétricas.

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2.9.2 Oxidação Térmica ou Catalítica

É a reação da molécula do hidrocarboneto com oxigênio, ar atmosférico

ou oxigênio aditivado, ativada por calor ou catálise, na qual o oxigênio é

introduzido na molécula do hidrocarboneto ou a molécula é transformada em

monóxido de carbono e hidrogênio, dióxido de carbono e hidrogênio ou dióxido

de carbono e água.

2.9.3 Halogenação Térmica, Catalítica ou Fotolítica

É a reação da molécula do hidrocarboneto com um halogênio – flúor (F2),

cloro (Cl2), bromo (Br2) ou iodo (I2), ativada por calor, catálise ou luz, onde um

ou mais átomos do halogênio substituem um número equivalente de átomos de

hidrogênio.

2.9.4 Nitrogenação Térmica ou Fase Vapor

É a reação da molécula do hidrocarboneto com ácido nítrico (HNO3),

acelerada por calor e pressão onde uma molécula de dióxido de nitrogênio (NO2)

substitui o átomo de hidrogênio.

2.9.5 Sulfuração

É a reação da molécula do hidrocarboneto com enxofre (S) ou sulfito de

hidrogênio (H2S) para formar compostos sulfurados tais como sulfitos orgânicos,

mercaptanas e disulfitos.

2.9.6 Desulfuração Catalítica

Remoção do átomo de enxofre de moléculas hidrogênio-carbono-enxofre

para produzir moléculas livres de enxofre ativada através de catálise e

fornecimento de calor.

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2.9.7 Hidrogenação Termo-catalítica ou Catalítica

É a adição de átomos de hidrogênio (H2) à molécula do hidrocarboneto,

ativada por calor e catálise ou apenas catálise, para produzir uma ou mais

molécula saturadas (rica em hidrogênio). A hidrogenação é chamada destrutiva

quando a molécula original do hidrocarboneto é quebrada para formar mais de

uma molécula hidrogenada menor ou, não destrutiva quando a quebra da

molécula original não ocorre e o hidrogênio é apenas adicionado.

2.9.8 Desidrogenação Térmica ou Catalítica

É uma forma de decomposição controlada onde átomos de hidrogênio são

removidos da molécula original do hidrocarboneto para formar uma molécula

menos saturada ou insaturada. A de-hidrogenação é chamada destrutiva quando

a molécula original do hidrocarboneto é quebrada para formar mais de uma

molécula menor ou, não destrutiva quando não ocorre quebra de ligação

carbono-carbono.

2.9.9 Alquilação Térmica ou Catalítica

É a união química de um radical ALQUIL e uma molécula de

hidrocarboneto, usada em particular para realizar a combinação de uma olefina

e uma iso-parafina ou aromática em condições de elevada temperatura ou na

presença de catalisadores.

2.9.10 Polimerização Térmica ou Catalítica

É a combinação de pequenas moléculas ou monômeros em cadeias

moleculares ou polímeros de grande peso molecular. A polimerização é

chamada seletiva quando agrupa as moléculas sem alterar sua composição

inicial básica e não seletiva quando forma compostos cuja composição é

diferente da original.

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2.9.11 Isomerização Térmica ou Catalítica

É a transformação da estrutura molecular de um hidrocarboneto sem

modificar sua composição empírica ou seu peso molecular.

2.9.12 Aromatização ou Ciclização Térmica ou Catalítica

É a conversão de moléculas de hidrocarbonetos parafínicos ou olefínicos

em moléculas cíclicas ou aromáticas. É acompanhado por de-hidrogenação e

polimerização prévia em alguns casos, quando a matéria prima é um

hidrocarboneto gasoso.

2.9.13 Síntese de Hidrocarbonetos

Formação de hidrocarbonetos a partir de materiais orgânicos ou

inorgânicos idênticos aos produzidos à partir do petróleo através de processos

sintéticos.

2.10 Aplicações

2.10.1 Gás Liqüefeito de Petróleo (GLP) e Gasolina Natural

Como se sabe, o gás natural proveniente de poços em alta pressão devem

passar por separadores que efetuam a remoção de impurezas e hidrocarbonetos

condensados. Muitos gases naturais contém quantidade suficiente de octano

(C8H18), butano (C4H10) e propano (C3H8) que garantem a instalação de uma

planta para produção de GLP e Gasolina Natural. Estes produtos oriundos do

gás natural são de qualidade superior ao resultante dos processos de refino do

petróleo.

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Considerando que em uma refinaria só é possível extrair do petróleo, no

máximo 8 % de GLP, a produção deste combustível a partir do gás natural pode

atingir proporções significativas do mercado, sendo mais importante ressaltar a

íntima relação entre o crescimento da produção de gás natural e a produção de

GLP, demonstrando de forma definitiva que estes não são combustíveis

concorrentes e que a economicidade da cadeia produtiva do gás natural é

dependente da comercialização do GLP.

2.10.2 Siderurgia

O gás natural é aplicado na siderurgia principalmente como redutor na

fabricação de ferro esponja. Este processo de produção de ferro esponja,

matéria prima rica em ferro e carbono utilizada para a produção de aço, teve

ampliação da aplicação devido ao aumento das fontes de gases redutores e às

exigências de mercado por produtos de maior qualidade.

2.10.3 Petroquímicos

Dentro da perspectiva de valorização do gás natural superior à seu uso

como combustível está o seu uso como matéria-prima de substituição na

petroquímica e alcoolquímica.

Vários produtos químicos intermediários podem ser sintetizados, direta ou

indiretamente, a partir das transformações do metano, chamada também de

Química do C1. De uma maneira geral é possível dividir estes produtos em três

categorias:

Derivados diretos do metano de ou primeira geração, principalmente os

clorados e o ácido cianídrico;

Derivados de segunda e terceira gerações, principalmente baseados nos

gases de síntese (metanol e amônia), os álcoois oxo, acrilatos, fosfogeno,

acetaldeído, ácido acético, etileno glicol e acetato de vinila;

Derivados de gerações superiores, que têm como origem os produtos dos

dois grupos citados.

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2.10.3.1 Gases de Síntese

Os hidrocarbonetos do gás natural são colocados a reagir com vapor em

presença de catalisadores e a altas temperaturas para produção de hidrogênio

(H2), carbono (C) e óxidos de carbono (COx). A utilização de outros catalisadores

permite a conversão completa dos hidrocarbonetos em óxidos de carbono e

hidrogênio. A altas temperaturas este processo pode ser realizado com oxigênio

sem a adição de catalizadores.

As misturas de hidrogênio e óxidos de carbono são chamadas gases de

síntese e se aplicam em diversos processos.

2.10.3.2 Misturas Hidrogênio e Monóxido de Carbono

O gás de síntese resultante da reação entre vapor e hidrocarbonetos do

gás natural é uma mistura de hidrogênio, monóxido de carbono, dióxido de

carbono e metano. A partir deste gás se produz uma mistura composta apenas

por hidrogênio e monóxido de carbono com diferentes composições adequadas

às várias operações de síntese como a produção de metanol, álcoois Oxo e

aplicação no processo Fischer.

2.10.3.3 Hidrogênio

Há elevada demanda de hidrogênio para o processos de hidrogenação

de produtos do petróleo, da petroquímica, da química e da indústria alimentícia.

A produção de hidrogênio à partir do gás natural se realiza através de processos

de oxidação parcial ou reforma por vapor que resultam em misturas de

hidrogênio e óxidos de carbono. A partir deste gás de síntese os óxidos de

carbono são removidos e o gás rico em hidrogênio é resfriado a baixas

temperaturas e sua purificação realizada por fracionamento. O processo final de

liquefação do hidrogênio ocorre a temperatura inferior a 230 ºC.

A produção de hidrogênio de elevada pureza à partir do gás natural exige

um circuito de produção com etapas de purificação e limpeza do gás, produção

de hidrogênio, purificação do hidrogênio, reativação por aminas e a compressão

e armazenagem do hidrogênio puro.

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2.10.3.4 Amônia Sintética e seus Produtos

A produção de amônia sintética pode ser realizada utilizando-se gás

natural como fonte de hidrogênio, uma vez que aquele possui uma percentagem

relativamente grande deste, uma vantagem no processo da amônia.

Aproximadamente metade do gás natural utilizado se destina ao processo

em si e como combustível de acionamento de compressores de refrigeração. O

restante se destina à caldeira e como gás de reforma. O total consumido é de

aproximadamente 900 Nm3 por tonelada de amônia produzida.

O gás natural é inicialmente transformado em gás de síntese e

posteriormente, numa sequência de tratamentos térmicos, elevação de pressão,

trocas químicas e catalíticas a mistura contém apenas hidrogênio, nitrogênio e

traços de metano, argônio e outros inerte, sendo então processado e

transformado em amônia (NH3).

2.10.3.6 Eteno e Derivados Superiores

O eteno e o propeno ocupam o primeiro lugar em importância como

matéria-prima da indústria química. Sua produção comercial é tradicionalmente

obtida por recuperação dos gases de refinaria de petróleo, craqueamento

térmico.

2.10.3.7 Acetileno

O princípio fundamental que orienta todos os processos de quebra de

hidrocarbonetos para a produção de acetileno se baseia na rápida elevação da

temperatura do gás até os valores de processo e na obtenção do produto após

um curto período de reação.

As reações químicas de produção do acetileno (C2H2) a partir de

hidrocarbonetos são endotérmicas e três métodos podem ser utilizados para

fornecer o calor: arco elétrico ou centelha, calor de combustíveis auxiliares ou

combustão parcial da mistura gás oxigênio de alimentação do processo.

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2.10.3.8 Químicos Diversos

Uma variedade de outros produtos químicos podem ser produzidos tendo

o gás natural como insumo, tais como carvão negro, químicos aromáticos como

benzeno, tolueno e xileno, ácido clorídrico e disulfito de carbono.

2.10.4 Combustíveis Sintéticos

A principal referência para a importância dos combustíveis sintéticos

hidrocarbonetos líquidos derivados do gás natural é a produção de combustíveis

automotivos.

A qualidade superior em termos do desempenho e emissões da gasolina,

diesel e querosene, entre outros combustíveis líquidos produzidos a partir do gás

natural através do processo Fisher é o diferencial dos processos GTL (Gas to

Liquid).

A transformação direta do metano e líquidos combustíveis

(hidrocarbonetos pesados) é um processo muito difícil de realizar, complexo e

oneroso, e por isso as tecnologias desenvolvidas efetuam o processo de forma

indireta.

2.11 As Variáveis Econômicas dos Derivados do Petróleo

Hoje enormes volumes de capital estão disponíveis no mercado financeiro

mundial à procura de projetos de investimento e no futuro próximo estes volumes

tendem a ser tornar extraordinariamente maiores devido à redução das

despesas em infraestrutura mundial e armamento bélico.

Embora disponível o capital os grandes grupos financeiros internacionais

que o administram não financiam qualquer projeto, sendo critérios fundamentais

de sua decisão, por ordem de relevância:

Volume Financeiro do Negócio: a massa de capital deve ser significativa

se comparada aos volumes disponíveis. Pequenos projetos, em termos de

volume financeiro, mesmo que com elevada rentabilidade não despertam

interesse;

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Rentabilidade: naturalmente a taxa interna de retorno do investimento e

apresenta como o mais importante critério após a adequação do volume;

Tempo de Retorno: a preferência por projetos que retornem o investimento

realizado com maior rapidez é natural;

Riscos: a aversão aos riscos ambientais, políticos e econômicos;

As unidades de conversão do gás natural em combustíveis líquidos e

petroquímicos intermediários e finais apresentam características de

investimentos convergentes à estes critério.

O petróleo é uma fonte de energia primária e importante para indústria

petrolífera, apresentando seus derivados e demandas de curto e médio prazo

pouco elásticas a variáveis nos preços (ou seja, variações percentuais nos

preços implicam em variações comparativamente muito menores nas

quantidades demandadas).

Devido a demanda por derivados de petróleo (e por conseguinte do

próprio petróleo) tem que ser realizada no curto prazo para que não haja a

redução do nível de atividade econômica deste espaço, quase que

independentemente do nível corrente de preços do petróleo. Essas

características e a amplitude do consumo de seus derivados (combustível

automotivo, geração elétrica, calefação, etc.) fazem do petróleo uma fonte

energética fundamental para a economia de todos os países.

Como indústria de energia, de características infraestruturas, a indústria

de petróleo gera bens que são insumos de difícil substituição na matriz produtiva

de qualquer país, sendo estes insumos bases do modo de produção e consumo

e mesmo da cultura da sociedade moderna. Um exemplo claro desta importância

são os derivados de petróleo utilizados como combustíveis para motores de

combustão interna (gasolina e diesel) dos veículos utilizados em serviços de

transporte, serviço de infraestrutura sem o qual nenhuma estrutura produtiva

industrial moderna funcionaria. A disponibilidade de petróleo e seus derivados e

seus níveis de preços têm grande importância para a determinação do nível de

crescimento econômico e do nível de preços das economias nacionais, pois

energia e transporte são insumos necessários para produção de quaisquer bens

ou serviços.

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2.12 A Oferta Mundial de Gás

É crescente a oferta mundial de gás natural e atualmente 108 Gm3 são

queimados em flares por ano. Deve-se esperar um aproveitamento melhor do

gás e a conversão direta no campo. Os produtores de gás natural encontram-se

face a face com o problema de desenvolvimento de campos de produção

distantes dos mercados consumidores de combustíveis.

O gás natural é tradicionalmente visto como uma fonte combustível fóssil

abundante e limpa para a geração de energia térmica e elétrica. Atualmente 90

% do seu consumo global se destina ao uso combustível ou energético e apenas

10 % à produção de amônia ou metanol cujos mercados têm tamanho limitado e

consumiriam apenas uma fração de todo gás natural disponível.

O uso direto como combustível ou para geração de energia elétrica exige

uma infraestrutura local de distribuição até o consumidor final, seja em redes de

gasodutos ou do transporte e revaporização de GNL.

A movimentação de gás natural por longas distâncias através de

gasodutos de alta pressão ou na forma de GNL é consideravelmente cara e as

margens de lucro do gás natural oriundo destes campos remotos é erodida por

estes elevados custos de transporte.

Os processos de conversão do gás natural o transformam em químicas e

combustíveis facilmente transportáveis em tanques, modificando o problema do

transporte de gás em transporte de líquido e elevando o seu valor agregado. Isto

remove as restrições de elevados custos de transporte e restrição de acesso aos

mercados distantes, além de ser uma rota de elevação do valor agregado.

Assim, estes projetos não dependem de circunstâncias de mercado locais

e podem ser baseadas em pequenas reservas de gás natural. Além disso,

podem ser empregados para suplementar as taxas de produção de gás em

mercados locais limitados ou para justificar um projeto de exploração onde não

exista mercado próximo ou o GNL não seja viável.

2.13 A Demanda Crescente por Insumos Químicos e Carburantes Limpos

O crescimento da demanda mundial de eteno e propeno está estimada

em 4 a 5 % ao ano no período dos próximos 5 anos enquanto a demanda por

polietileno e polipropileno deve crescer no mínimo 7 % a.a. no mesmo período.

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As margens potenciais de lucratividade da produção de olefinas e

polímeros à partir do gás natural são atrativas, as taxas de crescimento do

mercado deveram ser elevadas e uma quantidade razoável de campos já se

encontra em condições econômicas de iniciar a aplicação das tecnologias de

conversão.

A cada ano se elevação as restrições ambientais às emissões de veículos

automotores, principalmente nos grandes centros urbanos, saturados de

automóveis, ônibus e caminhões. Os índices permissíveis dos compostos nos

escapamentos vai diminuindo, elevando as pesquisas por alternativas e

ampliando o espaço para penetração dos combustíveis limpos.

2.14 O Petróleo se Transforma em Outros Produtos

O segredo é saber extrair do ouro negro tudo que ele já tem. Em seus

estado natural, o petróleo é um líquido pastoso que traz uma mistura de gasolina,

diesel, querosene e gases liquefeito. O que as refinarias fazem e separarem

dessa massa bruta como cada produto tem um ponto de ebulição diferente basta

aquecer o petróleo para retirar seus derivados muitas vezes, entretanto é preciso

ir mais longe até chegar ao produto final o próprio combustível. Só entre 20% e

30% da gasolina é obtida diretamente pela destilação, a maior parte surge com

o processamento de outra parte menos valiosa do petróleo. Nessa hora entra o

então chamado processo de quebra dos derivados, capaz de transformar

resíduos da mistura em gasolina e gás, a estratégia e eliminar a diferença

fundamental entre os derivados: o tamanho de suas cadeias ou agrupamentos

de carbono. Há os leves como a própria gasolina que tem cadeias pequenas com

cinco a doze átomos de carbono cada. Já os pesados como diesel e o óleo

combustível têm até setenta átomos por meio de tratamento com produtos

químicos e técnicos conseguem dividir as cadeias maiores de resíduos,

formando várias cadeias pequena. Esta facilidade de recombinar os

agrupamentos de carbono que faz com que o petróleo seja a base de tantos

produtos.

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2.15 Aquecendo a Mistura

O processo de separação de produtos começa em grandes caldeiras,

onde o petróleo é aquecido até se transformar totalmente em vapor essa fumaça

vai então para chamada torre de destilação, que tem capacidade para o processo

até 40 milhões de litros de óleo por dia. O vapor e resfriado a temperaturas

diferentes e vira liquido, no final um conjunto de tubulações retém cada um dos

derivados.

2.16 Gás e Plástico

O derivado mais leve que justamente por isso é retirado da parte mais alta

da torre é o GLP o gás liquefeito de petróleo. Esse produto de apenas três ou

quatro átomos de carbono é usado como gás de cozinha e o propelene de

aerossóis além de servir de base para fabricação de diversos tipos de plásticos.

A matéria-prima dos plásticos é o petróleo, formado por uma complexa mistura

de compostos. Pelo fato destes compostos possuírem diferentes temperaturas

de ebulição, é possível separá-los através de um processo conhecido como

destilação ou craqueamento. A fração nafta resultante do craqueamento é

fornecida para as centrais petroquímicas, onde passa por uma série de

processos, dando origem aos principais monômeros como, por exemplo, o

eteno. É importante observar que apenas uma pequena parcela da produção

mundial de petróleo é usada para a obtenção dos plásticos, em processos

totalmente controlados que não afetam o meio ambiente e muito menos

contribuem para o aquecimento global. Como é utilizado o petróleo - Mais de um

terço de todo o petróleo extraído é usado em aquecimento de ambientes

(particularmente no hemisfério norte), e quase outro tanto é usado na produção

de combustíveis. Um quinto do total vai para a geração de energia elétrica. E

somente 4% bastam para a produção dos plásticos.

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2.17 A Importância do Plástico na Vida Moderna

O plástico é responsável por grandes avanços, e traz uma série de

benefícios indiscutíveis na sociedade moderna. Uma indústria que gera milhões

de empregos e divisas para o nosso país, e que está presente em quase todos

os setores da economia. Mas não se podem negar os problemas ambientais que

as embalagens plásticas têm trazido ao mundo moderno, e nem negar a

discussão ambiental em torno do tema.

A maioria dos plásticos é reciclável e a sua reciclagem representa além de uma

atividade ecologicamente correta um incremento na economia. O mercado de

reciclagem vem crescendo em alguns setores mais até do que o próprio

consumo de resinas plásticas. Os plásticos têm centenas de aplicações.

Impermeáveis, maleáveis, duráveis e com uma excelente relação

custo/benefício, contribuem para o desenvolvimento social, econômico e

científico. E protegem o meio ambiente. Proteções de plástico auxiliam na

produção, estocagem e distribuição de milhares de toneladas de alimentos.

Evitam desperdícios e perdas por transporte ou por alterações do clima.

Embalagens de plástico garantem que hortifrútis, carnes, laticínios e bebidas

cheguem à mesa em perfeitas condições para seu consumo. Bolsas de sangue

e de soro, caracteres, máquinas de circulação extracorpórea e embalagens para

resíduos hospitalares são alguns exemplos de materiais plásticos que ajudam

na cura e na prevenção de doenças. São os plásticos salvando vidas. Impedir a

contaminação dos solos, evitar erosões, canalizar esgotos, preservar a água e

gerar energia são importantes contribuições dos plásticos à preservação do meio

ambiente. Com plástico reciclado fabrica-se uma infinidade de produtos como

vestuário, componentes automotivos, conduítes, carpetes, bolsas, artigos de

comunicação visual, solados, páletes e móveis, entre vários outros. A cadeia

produtiva dos plásticos contribui decisivamente para o Desenvolvimento

Sustentável, ajudando na conservação dos recursos naturais, melhorando a

qualidade de vida das pessoas e contribuindo para o crescimento econômico.

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A Gasolina propriamente dita é derivada das chamadas nafta pesadas,

substancias com cadeias de cinco a 12 átomos de carbono obtidas a cerca de

100°C. Mas apenas 20% do combustível das postos tem essa origem. O resto é

formado por naftas leves com cinco a nove átomos de carbono, destilada

diretamente ou a partir de resíduos.

2.18 Derivado Elástico

Além de ser usado como solvente o benzeno é a principal matéria prima

para o náilon. Sua estrutura de seis átomos de carbono forma um plástico que

pode ser derretido e moldado com facilidade. E é a partir desse material que são

construídas fibras elásticas que servem para roupas, bolsas e até cordas de

violão.

2.19 Combustível Limpo

Entre todos os subprodutos do petróleo o querosene é um dos mais

limpos. Afinal a queima de seus nove a 16 átomos de carbono gera pouquíssima

fumaça e praticamente nenhuma fuligem como quase não tem resíduos, ele nem

deixa rastros nem danifica motores ou turbinas. Por isso é o combustível

preferido para impulsionar aviões a jato.

2.20 Produto Robusto

A 260°C e a 340°C saem respectivamente o diesel leve e o diesel pesado.

Os dois são usados na fabricação do diesel comercial, que tem de 12 a 22

átomos de carbono. Perfeito para motores de caminhões, tratores e navios fortes

o diesel é o combustível mais usado no país, só na refinaria da Petrobrás 35%

do petróleo é transformado nesse óleo.

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2.21 Beijo Oleoso

A partir de 360°C sobram no fundo da torre subprodutos com mais de 70

átomos de carbono. Por meio de processos físico-químicos, suas cadeias são

quebradas e dão origem a substâncias mais valiosas, como as naftas leves

recombinadas, que com seus cinco a nove átomos de carbono fornecem a

textura plástica das películas de batom e de outros cosméticos.

2.22 Resíduos Raros

Outro derivado que aparece nos resíduos é o óleo lubrificante essencial

para o funcionamento de qualquer tipo de motor. No brasil entretanto esse

produto que possui entre 20 átomos de carbono é bastante difícil de ser

encontrado. Isso porque ele só aparece em tipos raros de petróleo presentes

principalmente nas reservas de países do oriente médio.

2.23 Barato e Sujo

Também processado a partir de resíduos, o gasóleo pesado ou óleo

combustível tem suas longas cadeias de 20 a 70 átomos de carbono quebradas

para se transformarem em óleo diesel e em gasolina. Em estado bruto, é um

combustível barato utilizado em maquinas industriais. A grande desvantagem é

que sua combustão libera uma grande quantidade de fuligem. Tudo se aproveita

derivados residuais menos nobres, com 70 átomos de carbono sobra em grande

quantidade. Mesmo essas substancias, são aproveitadas para fabricação de

asfalto de ceras de combustíveis de queima lenta, como o coque, usado em

aquecedores residenciais e industriais no hemisfério norte.

2.24 Craqueamento Térmico

É um processo no qual os hidrocarbonetos, como o petróleo, são

submetidos ao calor elevado e a altas temperaturas com a finalidade de quebrar

as ligações.

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2.24.1 Processo do Craqueamento Térmico

Este processo é usado para extrair componentes utilizáveis, conhecidos

como frações, que são liberadas durante o processo de craqueamento. O

método de onde produtos ricos em hidrogênio leves são formados a custa de

moléculas mais pesadas que se condensam e são desenvolvidas de seu

hidrogênio. A reação real e conhecida como fissão homolitica e produz alcenos,

que são a base para a produção de polímeros economicamente importantes.

Craqueamento térmico é um exemplo de uma reação cujas energias são

dominadas por entropia na equação da energia de Gibbs. A energia de

dissociação para uma ligação carbono-carbono simples e relativamente elevada

cerca de 375 kj/mol e o craqueamento é altamente endotérmico a grande

variação positiva de entropia resultante da fragmentação de uma molécula

grande em várias partes menores juntamente com a temperatura extremamente

alta, faz o termo maior do que o termo da variação da entropia favorecendo a

reação do craqueamento.

Exemplo de craqueamento:

Butano CH3-CH2-CH2-CH3

1ª possibilidade (48%): craqueamento é feito sobre a ligação CH3-CH2-CH3 /CH2-

CH2-CH3

Após certo número obteremos um alcano e um alqueno:

CH4+CH2=CH2-CH3

2ª possibilidade (38%): craqueamento é feito sobre a ligação

CH2-CH2CH2-CH2/CH2CH3

Após um certo número de passos obtém-se um alcano e um alqueno

CH3-CH3+CH2=CH2

3ª possibilidade (14%): quebra de uma ligação C-H

Após um certo número de passos, obtém-se um alceno: CH2 isto é muito

útil, pois o catalisador pode ser reciclado.

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Craqueamento a Vapor:

É um processo petroquímico no qual hidrocarbonetos saturados são

divididos em hidrocarboneto menores. É o principal método industrial para

produzir o mais leve alceno. No craqueamento a vapor uma alimentação de

hidrocarbonetos gasosos ou líquidos como o nafta, GPL ou eteno é diluída com

vapor e rapidamente aquecidos em um forno sem a presença de oxigênio.

Normalmente a temperatura de reação é muito elevada, em torno de 850 °C. Em

modernos fornos de craqueamento o tempo de resistência é ainda reduzido em

milissegundo resultando em velocidade de gás mais velozes que a velocidade

do som, para melhorar o rendimento.

2.25 Seção de Fracionamento

Os gases de craqueamento, efluente reator, são enviados a seção do

fracionamento, onde os produtos são separados pelas suas faixas de ebulição,

em uma torre de destilação.

O produto do topo contém as frações mais leves produzidas (nafta de

craqueamento, GLP e gás combustível), que após serem resfriadas, são

coletadas no tambor de acúmulo.

Neste tambor coexistem três fases: uma fase gasosa, constituída de

hidrocarbonetos 1, 2, 3 e 4 carbonos e impurezas gasosas (H2S, CH3SH); uma

fase líquida, composta de nafta contendo uma razoável quantidade de GLP

dissolvido, conhecida como gasolina não estabilizada; a terceira fase é

constituída de água, proveniente das injeções de vapor que são feitas no reator.

As duas correntes de hidrocarbonetos são encaminhadas a seção de

recuperação de gases para uma posterior separação.

Como produtos laterais da fracionadora temos os óleos de reciclo (leve e

pesado). Esses dois cortes são constituídos de moléculas médias e pesadas,

que foram parcialmente craqueadas. Partes dessas correntes eram retiradas da

unidade e o restante era reciclado ao encontro da carga, para que houvesse uma

nova oportunidade das moléculas serem craqueadas. Atualmente, por razões

econômicas, todo óleo pesado é reciclado, enquanto que para o óleo leve, isto

só é feito eventualmente.

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O produto de fundo da fracionadora é constituído de frações pesadas

residuais de craqueamento e de partículas de catalisador que foram arrastadas

pela corrente gasosa que deixou o reator. Este resíduo é enviado a um vaso de

decantação, onde pelo topo sai o óleo decantado ou clarificado, isento de

partículas sólidas.

No vaso decantador, além do óleo clarificado, obtém-se uma lama de óleo

e catalisador, que é totalmente reciclado ao reator. Este reciclo oleoso, que

contém os finos de catalisador que não foram retidos pelos ciclones, é conhecido

como borra.

A mistura de gasóleo de vácuo (carga fresca) e reciclo (LCO, HCO e

borra), que é a carga que efetivamente penetra no riser, é conhecida como carga

combinada. A relação entre a carga combinada e a carga fresca é conhecida

como razão de carga combinada (RCC). A Figura 5 ilustra a seção de

fracionamento

Figura 5: Seção de Fracionamento

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2.26 Seção de Recuperação de Gases

O gás proveniente do tambor de acúmulo da fracionadora é succionado

por um compressor, e tem sua pressão bastante elevada. Em seguida passa por

resfriadores e vai a um tambor de acúmulo de alta pressão. Devido à

compressão e ao resfriamento, os hidrocarbonetos mais pesados da corrente

gasosa (C3 e C4) se liquefazem, e os mais leves (C1 e C2) permanecem no gás.

Essa corrente vai ter ao fundo da torre absorvedora primária, onde pelo topo é

injetada gasolina não estabilizada. Caso haja na corrente gasosa algum C3 ou

C4, estes serão absorvidos pela gasolina.

O gás combustível do topo da absorvedora primária pode arrastar consigo

um pouco de gasolina de absorção. Com o intuito de se recuperar algum

hidrocarboneto arrastado (C3 ou mais pesados), o gás combustível vai a

absorvedora secundária. Nessa torre o fluido absorvedor é o refluxo circulante

frio de óleo leve de reciclo, que após a absorção retorna à torre fracionadora. O

gás combustível, depois desta operação, vai à seção de tratamento (DEA), onde

o H2S é retirado da mistura.

A gasolina não estabilizada que, deixou o fundo da absorvedora primária,

se junta com a descarga do compressor, é resfriada e vai ao tambor de acúmulo

de alta pressão. É possível que, no contato com os gases de compressor, algum

hidrocarboneto leve (C1 e C2) seja também absorvido. Para que estes compostos

sejam eliminados, a gasolina que deixa o fundo do tambor de alta pressão vai à

torre retificadora, onde recebe um ligeiro aquecimento. Os gases leves (C1 e C2)

são vaporizados, e, pelo fundo desta torre sai gasolina em condições de ser

enviada a debutanização.

A operação de debutanização é semelhante à estabilização, porém em

condições mais severas. A finalidade do processo é, não só especificar-se a

pressão de vapor da gasolina, como também se enquadrar o intemperismo do

GLP. Pelo fundo da debutanizadora sai gasolina estabilizada pronta para ser

submetida aos tratamentos de redução do enxofre. No topo saem vapores de

GLP, que após o resfriamento, são liquefeitos.

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O GLP contém uma razoável concentração de compostos de enxofre,

sendo por isso enviado à seção de tratamento, para eliminação dessas

moléculas. Após o tratamento, dependendo do interesse da refinaria e do

mercado local, o GLP pode ser decomposto, numa torre separadora, em duas

correntes: C3 (propano e propeno), como produto de topo e C4 (Butanos e

butenos), como produto de fundo. Normalmente esta operação é feita quando há

petroquímicas próximas interessadas em uma das correntes.

2.27 Seção de Tratamentos

Na seção de tratamentos, compostos de enxofre, nitrogênio e alguns

metais, que são componentes indesejáveis são eliminados através de

tratamentos convencionais de DEA, Merox, lavagem caustica para o GLP, Merox

ou lavagem cáustica para a gasolina e DEA ou lavagem caustica para o gás

combustível, bem como denitrogenação e demetalização para todas as frações.

2.28 Produtos do Craqueamento

Os produtos do craqueamento são gás combustível, GLP, gasolina,

gasóleo e coque. Os gasóleos são oriundos de moléculas não convertidas da

carga original da unidade e são separados em três frações: LCO ou óleo leve de

reciclo, HCO (óleo pesado de reciclo) e óleo clarificado.

O LCO possui faixa de destilação compatível com a do óleo diesel

podendo ser a ele adicionado se o teor de enxofre assim o permitir ou ainda ser

utilizado como óleo de corte. O HCO enquadra-se como óleo combustível de

baixa viscosidade quanto à faixa de destilação. Atualmente tem sido totalmente

reciclado ao conversor a fim de dar-se uma nova chance às suas moléculas de

craquearem.

O óleo clarificado pode ser adicionado à corrente de óleo combustível ou

ainda ser matéria prima para a obtenção de negro de fumo (produção de

borracha) ou coque (produção de eletrodos). O coque é formado por cadeias

poliméricas de altos pesos moleculares e elevados teores de carbono.

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2.29 Riser

No FCC um gasóleo de vácuo ou resíduo de faixa de destilação variando

de 320°C a 550°C ou mais, é injetado na base do reator tipo Riser, onde é

misturado com catalisador quente vindo do regenerador, à alta temperatura

(650oC), levando a vaporização da carga e as reações de craqueamento do

gasóleo, que proporcionam uma forte expansão volumétrica que arrasta o

catalisador pelo Riser, fluidizando o catalisador, dando prosseguimento às

reações de craqueamento catalítico.

O “RISER” é uma tubulação vertical de grande diâmetro, por onde sobe

a mistura de catalisador e vapores de hidrocarbonetos. É onde ocorre a maior

parte das reações de craqueamento.

O catalisador, na forma de um pó muito fino, é levado ao reator pela carga

que imediatamente vaporiza em contato com o catalisador quente vindo do

regenerador. Nas zonas de reação e regeneração, o catalisador é mantido em

suspensão pela passagem de gases através da massa de catalisador.

Um gasóleo de vácuo ou resíduo de faixa de destilação variando de 320°C

a 550°C ou mais, é injetado na base do reator tipo Riser, onde é misturado com

catalisador quente vindo do regenerador, à alta temperatura (650oC), levando

a vaporização da carga e as reações de craqueamento do gasóleo, que

proporcionam uma forte expansão volumétrica que arrasta o catalisador pelo

Riser, fluidizando o catalisador, dando prosseguimento às reações de

craqueamento catalítico.

O catalisador, na forma de um pó muito fino, é levado ao reator pela carga

que imediatamente vaporiza em contato com o catalisador quente vindo do

regenerador. Nas zonas de reação e regeneração, o catalisador é mantido em

suspensão pela passagem de gases através da massa de catalisador.

No final do Riser, os produtos de reação são separados do catalisador,

que é retificado com vapor para retirar hidrocarbonetos voláteis, e é

encaminhado para o regenerador.

O tempo de residência do catalisador e do vapor de hidrocarbonetos no

riser é tipicamente de 2 a 5 segundos. A temperatura máxima do riser está

tipicamente entre 750 e 820K, e é usualmente controlado por regulagem de fluxo

do catalisador regenerado quente para o riser

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2.30 Reator

No “Reator”, colocado imediatamente acima do Riser, completam-se as

reações de craqueamento. Ele propicia um espaço para a separação inicial do

catalisador, pois diminui a velocidade dos vapores em ascensão.

O reator é constituído de duas seções, uma de retificação e outra de

separação, que possuem efeitos combinados em uma única seção, chamada

seção de reação. A seção é modelada como um tanque contínuo perfeitamente

misturado sem reação química. Isto pode ser considerado, pois se inicia a

separação do catalisador e dos vapores de produtos de craqueamento

produzidos no riser via ciclones, e com isto, raramente ocorrem reações de

craqueamento nesta seção de reação.

O reator tende a completar as reações de craqueamento propiciando a

separação inicial do catalisador por uma diminuição de velocidade dos vapores

vindos do riser em ascensão. Associado a isto, na seção de retificação, é injetado

vapor d’água, pois os vapores de óleo tendem a saturar o catalisador e precisam

ser separados, para o catalisador seguir para seção de regeneração.

No riser uma porção de hidrocarbonetos fica retida nos poros do

catalisador. Os hidrocarbonetos não removidos são purificados no regenerador

e assim causa a perda de rendimento de produto e um aumento requerido no ar

para regeneração deste catalisador. Alguns dos hidrocarbonetos podem ser

removidos na seção de retificação por vapor de água que entra a uma taxa que

depende da relação de catalisador / óleo.

A modelagem de uma unidade de FCC, a pressão deveria ser tratada

como uma das variáveis mais importantes do processo porque a diferença de

pressão entre o reator e o regenerador determina a taxa de circulação de

catalisador e assim o grau de interação entre os dois equipamentos. A pressão

na seção de reação é calculada da lei de gases ideais e a pressão no fundo do

reator é calculada usando o fluxo na seção de retificação exercida pelas

partículas de catalisador.

O reator e o regenerador de uma unidade de FCC normalmente é

equipado com alguns ciclones de multi-fase para partículas de catalisador

separadas da corrente de vapores de produtos. Todos os ciclones do reator são

agrupados em uma unidade modelo, que é descrita como um tanque de mistura

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contínua (CSTR). É assumido que todos os ciclones do reator têm as mesmas

dimensões e que separação de catalisador em cada ciclone é igual. É assumido

que a taxa de fluxo do catalisador que saí dos ciclones é apenas determinado

pela separação deste catalisador nos ciclones. Porque nenhuma reação de

craqueamento acontece no reator ciclones, os ciclones estão em equilíbrio

térmico com a seção de retificação. Então, só o balanço de massa é necessário

para calcular as seguintes variáveis de estado: velocidade de entrada no reator

ciclone, a separação do catalisador nos ciclones do reator, e a taxa mássica de

produtos que deixam o reator.

Partículas finas de catalisador que sobem junto com a corrente gasosa

(vapores de hidrocarbonetos, gases inertes e vapor d’água) são retidas pelos

“Ciclones” no topo do reator, e devolvidas ao leito de catalisador.

O efluente gasoso do reator, constituído de hidrocarbonetos craqueados

e não craqueados, gases inertes e vapor d’água são enviados então à seção de

fracionamento. Os vapores do óleo tendem a saturar os poros do catalisador e,

portanto, ele deve ser retificado com vapor d’água antes de ir ao regenerador.

Esta operação se passa no retificador.

Por perda de carga o catalisador entra no regenerador e o fluido reagido

é ciclonado para uma outra unidade onde suas frações serão separadas.

Além da gasolina e do GLP, também são formados no craqueamento, o gás

combustível, LCO (light cycle oil) – um produto da faixa dos destilados médios,

o óleo decantado e o coque que se deposita no catalisador levando a

desativação do mesmo. No final do Riser, os produtos de reação são separados

do catalisador, que é retificado com vapor para retirar hidrocarbonetos voláteis,

e é encaminhado para o regenerador.

2.31 Regenerador

No regenerador, o coque depositado sobre o catalisador é queimado com

ar a uma temperatura de cerca de 700 °C. A queima do coque serve não só para

regenerar o catalisador, como também para fornecer a maior parte da energia

necessária para a vaporização do gasóleo e para as reações de craqueamento.

Exata energia é conduzida do regenerador para a base do Riser pelo catalisador

circulante.

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O ar para a combustão do coque é fornecido por um soprador de ar

(“Blower”) e é injetado no regenerador através de um distribuidor (“Pipe-Grid”),

localizado na base do regenerador.

O catalisador é fluidizado, no regenerador, pela corrente de ar e gases de

combustão. Estes gases passam pelo leito de catalisador fluidizado (fase densa),

e atinge uma zona onde ocorre à separação sólido-gás (fase diluída).

Os regeneradores da maioria das unidades de FCC são operados como

um leito fluidizado que consiste em duas seções comumente chamadas de um

leito denso e uma fase diluída. O leito denso é a região que contém a maior parte

do catalisador no regenerador. Nesta região é iniciada a separação do coque

formado na superfície do catalisador durante as reações de craqueamento.

2.32 A Questão Ambiental

O gás natural já ocupa o lugar de fonte energética abundante menos

nociva ao meio ambiente da atualidade.

Se for considerado a demanda cada dia maior por carburantes

ambientalmente menos poluentes, como a gasolina e o diesel sem enxofre, e os

custos de transformação tecnológica das frotas ao GNL, hidrogênio, metanol,

etanol e eletricidade e, por outro lado, as necessidades crescentes de insumos

químicos para suportar o desenvolvimento da indústria mundial e as restrições

ambientais aos processos tradicionais de produção compreendemos a

importância e a potencialidade dos processos de conversão do gás em

combustíveis líquidos e gasoquímicos.

Hoje e no futuro, muitos projetos cuja viabilidade econômica é frágil estão

sendo implementados graças à internalização de custos e benefícios ambientais

e sociais antes negligenciados.

Neste panorama, os processos de conversão do gás se apresentam como

escolha natural, pois além de economicamente atrativos, são atividades

industriais que não requerem insumos nem geram rejeitos agressivos ao meio

ambiente.

Verifica-se assim que no século nascente o gás natural deverá

desempenhar um papel fundamental na sociedade mundial, permitindo a

estruturação de uma civilização tecnológica e economicamente desenvolvida,

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ambiental e ecologicamente sustentável, atendendo à demanda energética

industrial, comercial e residencial e à demanda de insumos da moderna indústria

química e de materiais, base do progresso industrial do século XX.

A lógica da destruição do meio ambiente ou do aproveitamento sem

limites dos bens naturais dos modelos de produção baseados exclusivamente

na rentabilidade econômica e na otimização financeira está chegando a seu fim.

O novo paradigma se apoia na tecnologia para encontrar soluções efetivamente

globais e justas para o binômio Meio Ambiente – Desenvolvimento.

Este desenvolvimento sustentável tem passagem obrigatória pela

transformação da matriz energética do mundo, que será bastante árdua e exigirá

antes de mais nada a mobilização coordenada e a conscientização dos

interessados.

Cada vez mais se fortalece a percepção de que o ótimo técnico-

econômico de um processo industrial é quase independente dos fatores

econômicos, principalmente a longo prazo. No que diz respeito à energia, sua

participação relativa em um processo otimizado é constante, dependente

basicamente das tecnologias utilizadas e também independente dos fatores

econômicos.

Por outro lado, a participação da energia nos custos dos processos

industriais não intensivos é marginal e a otimização do consumo energético

dependem prioritariamente das tecnologias empregadas e não do preço da

energia. Assim, as soluções industriais futuras deverão reduzir o consumo

energético em 50% para os processos térmicos e em 80% para os processos de

transporte de bens ou de informações.

O gás natural será uma energia mais eficiente se, e somente se, as

tecnologias associadas forem divulgadas, tendo sua as aplicações um papel

fundamental na educação industrial futura.

O gás natural hoje, depois o metano e, no futuro, o hidrogênio, não são

energias alternativas nem substitutos ao petróleo ou à eletricidade. São, na

verdade, vetores de desenvolvimento de tecnologias específicas e competitivas,

ambientalmente adequadas e economicamente atrativas.

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Ainda que não seja o estágio final ou definitivo, após algumas décadas

de especulação sobre as fontes energéticas adequadas para o futuro, o gás

natural surge como a melhor alternativa para realizar de forma ordenada e

segura a transição da sociedade industrial atual para uma nova sociedade

tecnológica e ecológica, baseada em insumos e processos ambiental e

economicamente sustentáveis.

2.32 Impactos Ambientais Causados pela Indústria do Petróleo

Os impactos ambientais podem ser agudos, quando são pontuais com

efeitos catastróficos, em um curto espaço de tempo, ou crônicos, quando

impactam o meio ambiente, ao longo do tempo. Na cadeia produtiva de Petróleo

existem diversas possibilidades de impactos crônicos relacionados a emissões

atmosféricas, hídricas e geração de resíduos oleosos e produtos tóxicos, porém

os impactos agudos relacionados a grande vazamentos de óleo são os que mais

preocupam, exigindo um gerenciamento de risco constante. Em face da

possibilidade de grandes vazamentos, é necessária a existência de Planos de

Contingência, para minimizar os danos ambientais, caso tais acidentes

ambientais aconteçam.

2.33 Impactos ambientais causados na exploração e produção do Petróleo

As atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural, têm o

potencial de causar uma grande variedade de impactos sobre o meio ambiente.

Entende-se impacto ambiental como qualquer modificação do meio ambiente,

adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou em parte, dos aspectos ambientais

da organização. Aspectos ambientais são os elementos das atividades ou

produtos ou serviços de uma organização que pode interagir com o meio

ambiente (ABNT ISO14001, 2004). Tais “impactos” dependem, basicamente, do

estágio de desenvolvimento dos processos, do tamanho e da complexidade dos

projetos, da natureza e da sensibilidade do ambiente, no qual serão

desenvolvidas as atividades, e da eficácia do planejamento, assim como, das

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técnicas de prevenção, controle e mitigação da poluição e dos outros efeitos

adversos sobre o meio ambiente (MARIANO, 2007).

A Cadeia Produtiva da indústria de petróleo e gás natural pode ser dividida

em quatro grandes etapas, segundo a definição na ANP (Lei 9.478/97):

• Exploração – consiste no conjunto de operações ou atividades destinadas a

avaliar áreas, objetivando a descoberta e a identificação de jazidas de petróleo

ou gás natural.

• Desenvolvimento – consiste no conjunto de operações e investimentos

destinados a viabilizar as atividades de produção de um campo de petróleo ou

gás natural (Lei 9.478/97).

• Produção – consiste no conjunto de operações coordenadas de extração de

petróleo ou gás natural de uma jazida e de preparo para a sua movimentação

(Lei 9.478/97).

• Abandono – consiste na série de operações destinadas a restaurar o

isolamento entre os diferentes intervalos permeáveis, podendo ser:

a) permanente, quando não houver interesse de retorno ao poço; ou

b) temporário, quando, por qualquer razão, houver interesse de retorno ao poço.

Com relação às atividades de perfuração, todos os tipos de perfuração

são associados à geração de resíduos, tais como lamas e cascalhos de

perfuração. Os cascalhos são separados das lamas e limpos em separadores

especiais. A quantidade de óleo residual presente nos cascalhos é maior quando

são utilizadas lamas à base de óleo. As lamas separadas e os fluidos de limpeza

dos cascalhos são, parcialmente, reciclados para o sistema.

Os cascalhos e a lama restante podem ser descarregados no mar ou

transportados para terra, para serem corretamente dispostos, a depender da

situação e das exigências ambientais, sendo mais comum a primeira forma de

descarte. Os cascalhos cobertos por óleo e, frequentemente, por fluidos de

perfuração tóxicos são a maior fonte de poluição das operações de perfuração.

Por outro lado, sabe-se hoje que a disposição dos cascalhos, próximo ao leito

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marinho, ao invés de seu lançamento na superfície da água, pode limitar a

dispersão dos poluentes suspensos e, consequentemente, reduzir a magnitude

de seu impacto potencial sobre o meio ambiente. Muitos países e companhias

de petróleo estão buscando formas efetivas de limpar e reduzir a toxidade dos

cascalhos de perfuração contaminados por óleo.

Recentemente, foi desenvolvida nos Estados Unidos uma tecnologia de

remoção dos resíduos de perfuração, especialmente dos cascalhos, a partir de

sua reinjeção na formação geológica. Esta técnica oferece uma possibilidade de

se obter a descarga zero, para este tipo de resíduo. O perigo das lamas de

perfuração, para o meio ambiente, está relacionado, particularmente, à presença

de materiais lubrificantes na sua composição. Estas substâncias lubrificantes

possuem, normalmente, uma base de hidrocarbonetos e são necessárias para

assegurar a eficácia da perfuração, especialmente no caso de perfuração

direcional ou de perfuração de rochas sólidas.

Os lubrificantes são adicionados nos fluidos de perfuração, desde o início

como parte das formulações originais ou no decorrer do processo, quando as

necessidades operacionais aparecem. Em ambos os casos, as lamas utilizadas

e os cascalhos cobertos por esses fluidos contêm consideráveis quantidades de

hidrocarbonetos estáveis e tóxicos, assim como de um grande espectro de

muitas outras substâncias (MARIANO, 2007)

Outra fonte de poluição por óleo é a areia extraída junto com os

hidrocarbonetos. A quantidade de areia produzida pode variar bastante, em

função das regiões, e mesmo durante a produção numa mesma área. Em alguns

casos, a areia constitui parte considerável do produto extraído. Mais

frequentemente, a areia é limpa e despejada no mar, no mesmo local do poço.

Com relação às atividades de produção, praticamente todos os seus

estágios e operações são acompanhados pela geração de efluentes líquidos e

gasosos, assim como de resíduos sólidos indesejáveis. Especificamente, o

comissionamento (partida) das instalações pode resultar em mudanças de

desempenho temporárias dos processos, que podem originar emissões

atmosféricas incomuns (tais como aquelas decorrentes de ventilação e queima

de gás e da queima de combustíveis, para geração de energia), descarte de

efluentes no mar, tais como o descarte de produtos químicos e geração de águas

de produção de pior qualidade. Dentre os impactos ambientais, os grandes

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vazamentos são os que causam maior dano ao meio ambiente, em um curto

espaço de tempo, necessitando do acionamento dos Planos de Contingência,

para mitigação de seus efeitos. Os grandes vazamentos podem ocorrer por falta

de controle do poço tendo, como evento final, uma combinação de falhas

humanas e de equipamentos que levem à ruptura de dutos ou mesmo ao

afundamento de uma plataforma.

2.34 Impactos Ambientais no Refino

A atividade de refino de petróleo também tem, quando considerada toda

a sua cadeia produtiva, o potencial de causar uma grande variedade de impactos

sobre o meio ambiente. Dentre os impactos ambientais agudos, destacam-se os

vazamentos de óleo causados por acidentes. Existem também os impactos

ambientais crônicos causados pela geração de resíduos sólidos, emissões

gasosas e geração de efluentes líquidos, que podem representar um impacto

ambiental significativo, para o meio ambiente em longo prazo.

De fato, as refinarias de petróleo têm uma contribuição significativa para

a economia local e global, tendo um papel crucial no fornecimento de energia.

Por outro lado os impactos ambientais causados pelas refinarias é uma questão

global. Na última década, ao redor do mundo, vem crescendo as pressões da

sociedade para que as refinarias atendam os requisitos de segurança e meio

ambiente.

As emissões atmosféricas no refino têm como origem as emissões

fugitivas de produtos voláteis, emissões geradas pela queima de combustíveis

em aquecedores e caldeiras, e as emissões das unidades de processos.

As emissões fugitivas ocorrem por vazamento em equipamentos como

bombas, válvulas, tanques, e podem ser minimizadas quando são utilizados

equipamentos mais robustos e através das manutenções e inspeções que geram

ações de melhoria. De qualquer forma, apesar de pequenas quantidades,

quando somadas todas as emissões desses equipamentos, em longo prazo, o

impacto ambiental pode ser significativo (MARIANO, 2005).

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As emissões causadas por aquecedores e caldeiras geram a liberação de

produtos tóxicos (CO, NOx e SOx) e podem ser minimizadas com utilização de

tecnologias mais limpas, como fornos com filtros, precipitadores eletrostáticos e

utilização de gás de refinaria na queima. Ainda assim, as emissões, em longo

prazo, podem causar impacto ambiental significativo.

O ambiente aquático é um dos ecossistemas que mais sofre impactos

causados pela ação antrópica, uma vez que constitui o compartimento final de

vários produtos gerados pela atividade humana. A poluição do meio aquático é

proveniente de efluentes oleosos das refinarias, que contêm diferentes

concentrações de amônia, enxofre, fenóis e hidrocarbonetos. Apesar de passar

por tratamento, possuem hidrocarbonetos que contaminam o solo ou águas

superficiais. O uso da água no refino é, na sua maior parte, para resfriamento de

correntes de produtos de algumas Unidades produtivas, porém alguns efluentes

químicos possuem contaminação com óleo pelo contato com o hidrocarboneto,

como é o caso da água utilizada nas caldeiras, para geração de vapor.

Os resíduos sólidos são gerados nos processos de refino pelo manuseio

do petróleo e atividades de manutenção e reposição de materiais, como

catalisadores, além dos diversos tipos de resíduos gerados por atividades

administrativas e alimentação. Os resíduos podem sofrer incineração, fixação

química, neutralização ou disposição em aterros sanitários. Dentre todos os

resíduos gerados, os químicos e oleosos são os que têm maior potencial de

impacto, no meio ambiente, devendo ser identificados e descartados em uma

área definida dentro ou fora da refinaria (MARIANO, 2005).

2.35 Impactos Ambientais Causados no Transporte de Petróleo e Derivados

O transporte de hidrocarbonetos no país vincula-se a três funções: o

escoamento da produção dos campos de exploração para instalações de

armazenamento e de processamento, a importação e exportação de petróleo

bruto e derivado, e a distribuição dos produtos processados. Para que tais

objetivos sejam atendidos, torna-se imprescindível a combinação de meios de

transporte e instalações.

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Tem-se, então, a integração de dutos, terminais e navios petroleiros e, de

forma complementar, o transporte ferroviário e rodoviário (OLIVEIRA, 1993).

No Brasil, o transporte marítimo realizado pelos navios petroleiros

constitui-se no principal modal, atuando tanto na navegação de longo curso,

como na navegação de cabotagem, ao longo de toda a costa brasileira. A

interligação com a terra é feita através dos terminais marítimos, peças-chave

nesta cadeia logística, distribuídos ao longo de toda a costa brasileira (REIS DA

SILVA, 2004)

2.36 Geração da Poluição

A poluição gerada nas cidades de hoje são resultado, principalmente, da

queima combustíveis fóssil como, por exemplo, carvão mineral e derivados do

petróleo (gasolina e diesel). A queima destes produtos tem lançado uma grande

quantidade de monóxido de carbono e dióxido de carbono (gás carbônico) na

atmosfera. Estes dois combustíveis são responsáveis pela geração de energia

que alimenta os setores industrial, elétrico e de transportes de grande parte das

economias do mundo. Por isso, deixá-los de lado atualmente é extremamente

difícil.

2.36.1 Problemas Gerados pela Poluição

Esta poluição tem gerado diversos problemas nos grandes centros

urbanos. A saúde do ser humano, por exemplo, é a mais afetada com a poluição

doenças respiratória como a bronquite e asma levam milhares de pessoas aos

hospitais todos os anos. Outros problemas de saúde são: irritação na pele,

infecção nos olhos, ardência na mucosa da garganta e processos inflamatórios

no sistema circulatório (quando os poluentes chegam à circulação).A poluição

também tem prejudicado os ecossistemas e o patrimônio histórico e cultural em

geral. Fruto desta poluição, a chuva ácida mata plantas, animais e vai corroendo,

com o tempo os monumentos históricos. O clima também é afetado pela poluição

do ar. O fenômeno do efeito estufa está aumentando a temperatura em nosso

planeta. Ele ocorre da seguinte forma: os gases poluentes formam uma camada

de poluição na atmosfera, bloqueando a dissipação do calor. Desta forma, o calor

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fica concentrado na atmosfera, provocando mudanças climáticas. Futuramente,

pesquisadores afirmam que poderemos ter a elevação do nível de água dos

oceanos, provocando o alagamento de ilhas e cidades litorâneas. Muitas

espécies animais poderão ser extintas e tufões e maremotos poderão ocorrer

com mais frequência.

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3. METODOLOGIA

A metodologia empregada na realização desta pesquisa, composta pelo um

questionário de dez perguntas objetivas, em um colégio da rede estadual da

Paraíba, localizado no município de Esperança, com 29 alunos da primeira série

do ensino médio, tem por finalidade o conhecimento de cada aluno sobre o

craqueamento do petróleo. Configura-se em uma pesquisa bibliográfica em

periódicos especializados, bem como trabalhos acadêmicos como monográficos

e teses, além de consultas virtuais em sites relacionados.

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4.RESULTADOS E DISCUSSÃO

A Figura 6 ilustra a resposta da questão “O que vem a ser petróleo?”.

Figura 6 – O que vem a ser petróleo?

Observa-se através da Figura 6 que os alunos possuem um determinado

grau de conhecimento sobre o assunto. ou seja sobre o petróleo. A resposta foi

aceitável em termos percentuais, e foi bastante significativa, onde obteve-se

55% de acertos.

Em relação a questão “De onde o petróleo é extraído?” a resposta se

encontra na Figura 7.

Figura 7 – De onde o petróleo é extraído?

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60

Através da Figura 7 pode-se observar que o conhecimento do aluno sobre

a extração do petróleo foi bastante significativo em termos percentuais. Que

obtiveram 72% de acertos.

A partir da Figura 8 nota-se que os alunos tem o pleno conhecimento

sobre a composição química do petróleo com o acerto de 62% que por sinal bem

significativo.

Figura 8 – O petróleo é composto especialmente de:

A quarta questão questiona o método de extração mais viável do petróleo.

A Figura 9 ilustra a resposta dos alunos.

Figura 9 – Quais destas alternativas está relacionada com o método de extração mais viável do

petróleo?

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Na Figura 9 observa-se que o conhecimento dos alunos sobre o método

de extração do petróleo foi bem significativo, com 66% de acertos.

A Figura 10 apresenta as respostas em relação a como é chamado o poço

do qual é extraído o petróleo.

Figura 10 – O poço do qual é extraído o petróleo chama-se:

Através da Figura 10 nota-se um alto grau de conhecimento por parte dos

alunos com 72 % de acertos.

A Figura 11 destaca como o petróleo é chamado após a extração.

Figura 11 – Após a perfuração, o petróleo é chamado de:

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Nota-se, através da Figura 11, que os alunos não obtiveram êxito em

virtude da aproximação das percentagens. Apenas 26% dos alunos obtiveram

êxito.

A Figura 12 se refere ao processo que o petróleo passa após a extração.

Figura 12 – Após a extração, o petróleo passa por um processo rigoroso. Que processo é

esse?

A Figura 12 apresenta dois percentuais bem próximos. Esse resultado

não foi significativo, com 6% de diferença de acerto.

A Figura 13 ilustra o resultado em relação ao homem que encontrou

uma nova forma de energia.

Figura 13 – Os primeiros poços de petróleo foram descobertos por um homem que encontrou

uma nova forma de energia. Quem era esse homem?

Na Figura 13 observa-se quatro percentuais muito próximos. Isso significa

que a maioria dos alunos ficaram em dúvida a pesar de ter obtido 31% de acerto.

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Em relação ao principal fator que conduz o fracionamento de petróleo, a

resposta se encontra na Figura 14.

Figura 14 – Qual o principal fator que conduz ao fracionamento do petróleo?

Observa-se na Figura 14 que houve um real conhecimento sobre o fator

que conduz o fracionamento dos derivados do petróleo com 48% de acertos.

resultado foi significativo.

A Figura 15 ilustra que 55% dos alunos tinham o pleno conhecimento

sobre a função gasosa e em que etapa ela acontece e a sua cadeia carbônica,

este resultado foi significativo.

Figura 15 – Qual o principal fator que conduz ao fracionamento do petróleo?

A fração gasosa acontece em:

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5. CONCLUSÃO

O petróleo é uma substancia orgânica de valor para o método de vida

moderna para as pessoas e para as indústrias que transforma a matéria prima.

A indústria petrolífera através de estudos e análises, descobriram uma nova

maneira de produzir mais gasolina a partir da mesma fração que produziu a

gasolina e como se fosse uma reciclagem através do craqueamento que resulta

na quebra da cadeia de hidrocarboneto que se trata de uma cadeia longa, que

se transforma em uma cadeia menor através da temperatura em determinada

fração.

Ao longo do tempo o petróleo se tornou necessário a vida moderna, cada

vez mais os seus derivados estão inseridos no cotidiano da vida das pessoas.

Os resultados mostram um bom índice de percentual de acertos com resultados

significativos. Com esses dados gráficos pode-se concluir que os alunos tiveram

um bom desempenho em relação ao conhecimento do petróleo e seus derivados.

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REFERÊNCIAS

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SERENZA; Área de atendimento de emergência da CETESBE complete 25 anos artigo disponível na página eletrônica: http//www.ambiente,SP.gov destaque/ emergência 25anos.html de 9 de janeiro de 2003. Acesso em 20/ 07/ 2012. SOLOMONS, T.W.G FRYHLE, C.B. Química orgânica, vol.1, 2. 7ª edição, Livros Técnicos e científicos Editora S.A. Rio de Janeiro, RJ,2001.

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ANEXO

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA - CCT

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

Disciplina: Química

Questionário: sobre o craqueamento do petróleo

1°) O que vem a ser petróleo?

a) ( ) O Petróleo é uma mistura de compostos orgânicos mais denso do que a água.

b) ( ) O Petróleo é um óleo de pedra extraído naturalmente .

c) ( ) O Petróleo e uma substância, menos densa que água de cor oscilando do negro

ao âmbar.

d) ( ) N.D.A

2°) De onde o petróleo e extraído?

a)( )jazidas

b ) ( ) poços

c) ( )crosta terrestre

d) ( )N.D.A

3°) O petróleo e composto pincipalmente de :

a)( ) Alcano

b) ( )Alcenos

c ) ( )hidrocarbonetos

d ) ( )N.D.A

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4°)Quais destas alternativas está relacionada com o método de extração mais viável do

petróleo.

a) ( ) Perfuração

b) ( ) bombeamento

c) ( )jorra expontaneamente

d) ( ) N.D.A

5°) O poço do qual é extraído o petróleo chama- se:

a) ( ) poço de petróleo

b) ( ) poço petrolífero

c) ( )poço de extração

d) ( ) N.D.A

6°) Após a perfuração, o petróleo é chamado de :

a) ( ) Petróleo puro

b) ( ) Petróleo de hidrocarboneto

c) ( )petróleo cru

d) ( )N.D.A

7°) Após a extração o Petróleo passa um processo rigoroso. Que processo e esse ?

a)( ) purificação

b)( ) Destilação

c) ( ) Decantação

d) ( ) N.D.A

8°) Os primeiros poços de petróleo foram descoberto por um homem que encontrou

uma nova forma de energia. Quem era este homem?

a) ( ) Billy

b) ( ) William

c) ( ) Drake

d) ( ) N.D.A

9°) Qual o principal fator que conduz o fracionamento do petróleo?

a) ( )Compressão

b) ( ) Temperatura

c) ( ) purificação

d) ( ) N.D.A

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10°) A Fração gasosa acontece entre :

a) ( ) C4 aC12

b) ( ) C1 a C4

c) ( ) C12 a C15

d) ( )N.D.A