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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE CAETANO MODELAGEM DE PROCESSO: IMPLEMENTAÇÃO DOS CONCEITOS DE BPM EM UM PROCESSO DE RECURSOS HUMANOS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA PALHOÇA 2011

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

MESSIAS ACIONE CAETANO

MODELAGEM DE PROCESSO:

IMPLEMENTAÇÃO DOS CONCEITOS DE BPM EM UM PROCESSO DE

RECURSOS HUMANOS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA

PALHOÇA

2011

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MESSIAS ACIONE CAETANO

MODELAGEM DE PROCESSO:

IMPLEMENTAÇÃO DOS CONCEITOS DE BPM EM UM PROCESSO DE

RECURSOS HUMANOS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso

de Graduação em Sistema de Informação da

Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito

parcial à obtenção do título de Bacharel em Sistema de

Informação.

Orientador: Prof. Dr. Aran Bey Tcholakian Morales

Co-orientador: Prof. Dr. Ricardo Villarroel Dávalos

PALHOÇA

2011

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MESSIAS ACIONE CAETANO

MODELAGEM DE PROCESSO:

IMPLEMENTAÇÃO DOS CONCEITOS DE BPM EM UM PROCESSO DE RH DO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado

adequado à obtenção do título de Bacharel em Sistema

de Informação e aprovado em sua forma final pelo

Curso de Graduação em Sistema de Informação da

Universidade do Sul de Santa Catarina.

Palhoça, 09 de outubro de 2011.

______________________________________________________

Professor e orientador Aran Bey Tcholakian Morales, Dr.

Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________

Professor Ricardo Villarroel Dávalos, Dr. Eng.

Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________

Professora Fernanda Oviedo Bizzaro, Esp.

Universidade do Sul de Santa Catarina

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Dedico este trabalho a minha mãe.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos que, diretamente e indiretamente, contribuíram para a

concretização deste trabalho.

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“Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas.” (Nietzsche).

Page 7: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

RESUMO

Este trabalho justifica inicialmente os motivos da adoção da modelagem de processos de

negócio dentro das empresas e, os objetivos que o autor chegou com o desenvolvimento do

mesmo. É feita uma pesquisa pelos conceitos detrás do Business Process Management

(BPM), que, em português, é Gerenciamento de Processos de Negócio. É demonstrada essa

alternativa através de definições distintas estabelecidas por autores competentes na

modelagem de processos de negócios de diversas partes do mundo. No desenvolvimento do

capítulo da metodologia, é estabelecido o caminho que o trabalho percorre e, estabelecido o

processo que é abordado no desenvolvimento dos capítulos seguintes do trabalho. O processo

abordado é o de licença saúde do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Para estabelecer as

diversas regras existentes no processo de licença saúde do TJSC, é necessário, efetuar

pesquisas nas leis catarinenses, além disso, no capítulo de pesquisa é vista uma breve história

do poder judiciário e a função do Tribunal de Justiça. Com as diversas regras estabelecidas a

partir das leis, é dado início a reformulação do processo. Na reformulação do processo é visto

como ele funciona atualmente e, após essa etapa, o processo de licença saúde é melhorado e, é

feita a modelagem do mesmo, o que proporciona fundamento para o desenvolvimento. No

desenvolvimento são colocados em prática os conceitos estudados no referencial teórico,

como, por exemplo, algumas das notações estudadas. São demonstrados os passos feitos, com

duas ferramentas que utilizam conceitos de BPM, para construir dois ambientes funcionais

que tem interação humana no processo de negócio. Após a explicação do desenvolvimento, é

demonstrado o processo de licença saúde em execução. A execução do processo é feita em

ambiente web para ambas as ferramentas. Através do conhecimento empírico adquirido, são

avaliados os resultados, conclusões são obtidas. E, por fim, são elucidadas as pretensões do

autor para trabalhos futuros.

Palavras-chave: BPM. Processo. BPMN.

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ABSTRACT

This academic work begins by justifying the reasoning behind adopting Business Process

Modeling inside Corporations and the goals intended by the Author with its development.

It constitutes of researching the concepts of BPM (Business Process Management). It shows

this alternative through its distinct definitions. These definitions are established by well

versed and proficient authors in processing Modeling around the World. The Chapter related

to methodology establishes the path this work follows. Once established, it shows the

approaching process throughout the following chapters. The process to be approached is the

“Employee Sick Leave Policies and Procedures at the Santa Catarina State Courthouse”. In

order to have the diverse rules related to these Policies well understood, it is made necessary

to research the Santa Catarina State laws. Furthermore, the chapter related to research briefly

shows the History of the Legal System and the role of the Courthouse. After having all the

rules established from the laws above, the reformulation process starts. During the

reformulation it shows how the current process works and after that, the process is improved

and the modeling is applied to the process. This process gives the foundation for the

development. During the development the concepts studied during the theoretical

referencing/research, as the BPM notations and the use of aforementioned tools are put into

practice. The steps taken to build two functional environments with hands on capabilities

using the concepts of BPM are demonstrated. After explaining the development, the Sick

Leave Procedures and Policies process are shown. Its execution is done using web

environment for both tools. Results are evaluated and conclusion obtained based on the

acquired empiric knowledge. Finally, the author elucidates the intention for future works.

Keywords: BPM. Process. BPMN.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Processo com sub-processo “Abrir vaga”. .............................................................. 25

Figura 2 – Estereótipo de processo de Eriksson-Penker. ......................................................... 30 Figura 3 – Estereótipo de meta de Eriksson-Penker. ................................................................ 30 Figura 4 – Estereótipo de recepção de sinal de Eriksson-Penker. ............................................ 30 Figura 5 – Entrada, processo e saída de objeto de Eriksson-Penker. ....................................... 31 Figura 6 – Diagrama Eriksson-Penker Simples. ....................................................................... 31

Figura 7 – O ciclo de promoção da BPM. ................................................................................ 32 Figura 8 – Ciclo de vida BPM. ................................................................................................. 34

Figura 9 – Componentes de uma suíte BPM ............................................................................ 37

Figura 10 – Representação do BPMN Core e da estrutura de camadas. .................................. 39 Figura 11 – Notação de evento. ................................................................................................ 40 Figura 12 – Notação de atividade. ............................................................................................ 41

Figura 13 – Notação de gateway. ............................................................................................. 41 Figura 14 – Notação de fluxo de sequência. ............................................................................. 41 Figura 15 – Notação de fluxo de mensagem. ........................................................................... 42

Figura 16 – Notação de associação........................................................................................... 42 Figura 17 – Notação de pool. ................................................................................................... 42

Figura 18 – Notação de raias. ................................................................................................... 43 Figura 19 – Notação de objeto com dados. .............................................................................. 43 Figura 20 – Notação de mensagem. ......................................................................................... 44

Figura 21 – Notação de grupo. ................................................................................................. 44 Figura 22 – Notação de anotação textual.................................................................................. 45

Figura 23 – Eventos presentes na notação BPMN. .................................................................. 45 Figura 24 – Atividades presentes na notação BPMN ............................................................... 46

Figura 25 – Arquitetura do Oracle BPM Studio. ...................................................................... 49

Figura 26 – Ciclo de vida Intalio. ............................................................................................. 51 Figura 27 – Diagrama de atividades deste trabalho .................................................................. 57 Figura 28 – Diagrama de exemplo de processos do TJSC. ...................................................... 64 Figura 29 – Organograma dos setores participantes do processo atualmente .......................... 70 Figura 30 – Diagrama de atores participantes do processo atualmente .................................... 71

Figura 31 – Diagrama de atividades da licença de tratamento de saúde do TJSC “As is”. ...... 73 Figura 32 – Organograma dos atores participantes do processo remodelado. ......................... 74 Figura 33 – Diagrama de atividades da licença de tratamento de saúde do TJSC “To be” ...... 76 Figura 34 – Diagrama de estado do pedido. ............................................................................. 78 Figura 35 – Regras de negócio do processo de licença saúde remodelado. ............................. 79

Figura 36 – Requisitos funcionais do processo de licença saúde remodelado. ........................ 80

Figura 37 – Classe do objeto de licença saúde. ........................................................................ 81

Figura 38 – Ambiente de desenvolvimento de formulário. ...................................................... 87 Figura 39 – Ambiente da modelagem do diagrama de processo de negócio. .......................... 89 Figura 40 – Piscina não executável .......................................................................................... 90 Figura 41 – Opções de uso de um formulário em raias não executáveis .................................. 91 Figura 42 – Duas conexões entre atividades em diferentes piscinas. ....................................... 92 Figura 43 – Primeiro gateway e notificação do processo. ........................................................ 93 Figura 44 – Regra no primeiro gateway do processo. .............................................................. 93

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Figura 45 – Primeiro gateway do processo. ............................................................................. 94

Figura 46 – Mapeamento das varáveis para o formulário da Junta Médica ............................. 95 Figura 47 – Usuário participante da piscina DRH .................................................................... 96 Figura 48 – Diagrama de processos na ferramenta Intalio. ...................................................... 98 Figura 49 – Variáveis utilizadas no desenvolvimento do protótipo na ferramenta Oracle BPM

Studio 10. ................................................................................................................................ 101

Figura 50 – Evento de início, atividade e evento final internos a um Screenflow. ................. 105 Figura 51 – Variável e argumento no evento de início de um Screenflow. ............................ 105 Figura 52 – Tela de configuração de um Screenflow. ............................................................ 106 Figura 53 – Configuração das variáveis de saída de um Screenflow...................................... 107 Figura 54 – Atividade global dentro da raia que iniciará o processo ..................................... 107

Figura 55 – Eventos e atividades do Screenflow da atividade Global.................................... 108 Figura 56 – Processo modelado na ferramenta Oracle BPM Studio. ..................................... 109 Figura 57 – Configuração da associação entre Sreenflow e atividade. ................................... 110

Figura 58 – Configuração das variáveis e argumentos entre Sreenflow e atividade. ............. 111 Figura 59 – Ícones de deploy e configuração do projeto respectivamente ............................. 113 Figura 60 – Tela de login no ambiente Worflow da Intalio ................................................... 113

Figura 61 – Ambiente do Colaborador com link para inicio de processo. ............................. 113 Figura 62 – Tela de registro de pedido de licença saúde do servidor. .................................... 114 Figura 63 – Tela de tarefas da Junta Médica. ......................................................................... 115

Figura 64 – Tarefa da Junta Médica expandida. ..................................................................... 115 Figura 65 – Atestado anexado com detalhe do servidor. ........................................................ 116

Figura 66 – Tela de notificações do servidor ......................................................................... 116 Figura 67 – Notificação do servidor expandida. .................................................................... 117 Figura 68 – Tela inicial do console Intalio. ............................................................................ 117

Figura 69 – Detalhes do processo LicencaSaude. .................................................................. 118 Figura 70 – Instâncias do processo de licença saúde no console. .......................................... 118 Figura 71 – Instância do processo de licença saúde em progresso. ........................................ 119

Figura 72 – Atividade em que parou a instância do processo. ............................................... 120

Figura 73 – Ícones de Start Engine e Launch Workspace respectivamente. .......................... 122 Figura 74 – Tela de logon do Oracle BPM Workspace .......................................................... 122

Figura 75 – Tela do ambiente do participante servidor. ......................................................... 123 Figura 76 – Tela de preenchimento do formulário de licença saúde. ..................................... 124 Figura 77 – Detalhe do ambiente do colaborador para anexar o atestado. ............................. 124

Figura 78 – Tela para anexar atestado ao pedido ................................................................... 125 Figura 79 – Tela do participante JM. ...................................................................................... 126

Figura 80 – Link para a Atividade Verifica atestado do participante JM............................... 126 Figura 81 – Tela de aprovação da Junta Médica. ................................................................... 127

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BAM - Business Activity Monitoring

BPA - Business Process Automation

BPEL - Business Process Execution Language

BPI - Business Process Improvement

BPM - Business Process Management

BPMN - Business Process Modeling Notation

BPMS - Business Process Management Suite

BPR - Business Process Reengineering

KPI - Key Performance Indicator

OMG - Object Management Group

SOX - Lei Sarbanes-Oxley

TI - Tecnologia da Informação

Wfmc - Workflow Management Coalition

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 16

1.1 APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA .........................................................................................17 1.2 QUESTÃO DE PESQUISA .........................................................................................................18 1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA ......................................................................................................18 1.3.1 Objetivo Geral ..........................................................................................................................18 1.3.2 Objetivos Específicos ...............................................................................................................19 1.4 JUSTIFICATIVA .........................................................................................................................19 1.5 ORGANIZAÇÃO DESTE TRABALHO .....................................................................................21 1.5.1 Introdução ................................................................................................................................21 1.5.2 Revisão Bibliográfica ...............................................................................................................22 1.5.3 Metodologia ..............................................................................................................................22 1.5.4 TJSC ..........................................................................................................................................22 1.5.5 Modelagem ...............................................................................................................................22 1.5.6 Desenvolvimento ......................................................................................................................23 1.5.7 Conclusões e trabalhos futuros ...............................................................................................23

2 PROCESSOS DE NEGÓCIOS .................................................................................................... 24

2.1 PROCESSO ..................................................................................................................................24 2.1.1 Sub-processo .............................................................................................................................25 2.1.2 Atividade ...................................................................................................................................26 2.1.3 Tarefa ........................................................................................................................................26 2.2 PROCESSO DE NEGÓCIO .........................................................................................................27 2.2.1 Ambiente ...................................................................................................................................27 2.2.2 Ator ...........................................................................................................................................28 2.2.3 Modelagem de processos .........................................................................................................29 2.3 TECNOLOGIAS ..........................................................................................................................29 2.3.1 Notação Eriksson-Penker .........................................................................................................29 2.3.2 Workflow ..................................................................................................................................31 2.3.3 BPM (Business Process Management) ....................................................................................32 2.3.3.1 Ciclo de vida BPM ................................................................................................................. 34 2.3.3.1.1 Planejamento .......................................................................................................................34 2.3.3.1.2 Análise .................................................................................................................................35 2.3.3.1.3 Desenho e Modelagem .........................................................................................................35 2.3.3.1.4 Implementação .....................................................................................................................35 2.3.3.1.5 Monitoramento e Controle ...................................................................................................36 2.3.3.1.6 Refinamento .........................................................................................................................36 2.3.4 BPMS ........................................................................................................................................36 2.3.4.1 BAM ....................................................................................................................................... 37 2.3.4.2 KPI ......................................................................................................................................... 38 2.3.5 BPMN ........................................................................................................................................38 2.3.5.1 Padrão de notação BPM (BPMN) .......................................................................................... 39 2.3.5.1.1 Evento ..................................................................................................................................40 2.3.5.1.2 Atividade ..............................................................................................................................40 2.3.5.1.3 Gateway ...............................................................................................................................41 2.3.5.1.4 Fluxo de sequência ..............................................................................................................41 2.3.5.1.5 Fluxo de mensagem..............................................................................................................41 2.3.5.1.6 Associação ...........................................................................................................................42 2.3.5.1.7 Pool ......................................................................................................................................42

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2.3.5.1.8 Raias ....................................................................................................................................43 2.3.5.1.9 Objetos de dados ..................................................................................................................43 2.3.5.1.10 Mensagem ............................................................................................................................43 2.3.5.1.11 Grupo ...................................................................................................................................44 2.3.5.1.12 Anotação textual ..................................................................................................................44 2.4 FERRAMENTAS .........................................................................................................................47 2.4.1 IBM (Blueworks Live) ..............................................................................................................47 2.4.2 Oracle BPM Studio (ferramenta proprietária) .....................................................................48 2.4.3 Intalio (ferramenta com versão gratuita) ..............................................................................50 2.5 LINGUAGENS .............................................................................................................................51 2.5.1 BPEL .........................................................................................................................................51 2.5.2 BPML ........................................................................................................................................52 2.6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................52

3 METODOLOGIA ......................................................................................................................... 53

3.1 MÉTODO .....................................................................................................................................53 3.2 CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE PESQUISA .......................................................................53 3.3 ETAPAS .......................................................................................................................................55 3.4 ETAPAS METODOLÓGICAS ....................................................................................................56 3.5 DELIMITAÇÕES .........................................................................................................................57 3.6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................58

4 TJSC ............................................................................................................................................... 59

4.1 PODER JUDICIÁRIO ..................................................................................................................59 4.1.1 História do Poder Judiciário no Brasil ..................................................................................59 4.1.2 Funções do Poder Judiciário ...................................................................................................61 4.2 PROCESSOS DO TJSC ...............................................................................................................62 4.2.1 Processos de exemplificação do TJSC ....................................................................................62 4.3 CONFORMIDADE LEGAL DO PROCESSO DE LICENÇA SAÚDE .....................................65 4.3.1 Cabe à Diretoria de recursos humanos despacho de licença saúde .....................................65 4.3.2 Licença para tratamento de saúde .........................................................................................65 4.3.3 Licença por motivo de doença em pessoa da família ............................................................66 4.3.4 Competências da Junta Médica ..............................................................................................67 4.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................68

5 MODELAGEM ............................................................................................................................. 69

5.1 MODELAGEM DE PROCESSOS DE LICENÇA MÉDICA DO TJSC .....................................69 5.1.1 Funcionamento do processo no atual momento, “As is” ......................................................69 5.1.1.1 Atores no momento atual do funcionamento do processo o “As is” ...................................... 69 5.1.1.2 Atividades do funcionamento do processo atualmente, o “As is” .......................................... 71 5.1.2 Funcionamento do processo como será modelado, “To be” .................................................74 5.1.2.1 Eliminação de alguns atores na remodelagem do processo .................................................... 74 5.1.2.2 Mudanças no funcionamento do processo remodelado, o “To be” ........................................ 75 5.1.3 Objeto do processo ...................................................................................................................77 5.1.4 Tipo de processo .......................................................................................................................78 5.1.5 Regras de Negócio do processo remodelado ..........................................................................79 5.1.6 Requisitos Funcionais do processo remodelado ....................................................................79 5.1.7 Classe do objeto de licença saúde ...........................................................................................80 5.1.8 Viabilidade da digitalização de documentos ..........................................................................81 5.2 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................82

6 AUTOMATIZAÇÃO .................................................................................................................... 83

6.1 AUTOMATIZAÇÃO NO INTALIO ...........................................................................................83 6.1.1 Ambiente de desenvolvimento ................................................................................................83

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6.1.1.1 Instalação e execução do Designer ........................................................................................ 83 6.1.1.2 Instalação e execução do Servidor ......................................................................................... 84 6.1.1.3 Persistência de dados no Intalio BPMS .................................................................................. 85 6.1.1.4 Comunidade Intalio ................................................................................................................ 85 6.1.2 Modelagem na ferramenta Intalio ..........................................................................................85 6.1.2.1 Formulário do Workflow ....................................................................................................... 86 6.1.2.2 Criação do diagrama de processo de negócio ........................................................................ 88 6.1.2.3 Piscinas ................................................................................................................................... 89 6.1.2.4 Etapas do desenvolvimento do diagrama de processo de negócio ......................................... 90 6.1.2.5 Usuários do processo .............................................................................................................. 96 6.1.2.6 Modelo final na ferramenta Intalio ......................................................................................... 96 6.2 AUTOMATIZAÇÃO NO ORACLE BPM ..................................................................................98 6.2.1 Ambiente de automatização ....................................................................................................98 6.2.1.1 Instalação e execução do BPM Studio ................................................................................... 99 6.2.1.2 Servidor WEB ........................................................................................................................ 99 6.2.1.3 Persistência de dados no Oracle BPM Studio 10 ................................................................... 99 6.2.2 Modelagem na ferramenta Oracle BPM Studio ..................................................................100 6.2.2.1 Variáveis do processo........................................................................................................... 100 6.2.2.2 Formulários .......................................................................................................................... 101 6.2.2.3 Criação de funções (roles) .................................................................................................... 103 6.2.2.4 Criação de participantes (participants) ................................................................................ 103 6.2.2.5 Raias do processo ................................................................................................................. 104 6.2.2.6 Evento de início .................................................................................................................... 104 6.2.2.7 Fluxos de Tela (Screenflows) ............................................................................................... 104 6.2.2.8 Atividade global ................................................................................................................... 107 6.2.2.9 Atividades ............................................................................................................................ 108 6.2.2.10 Gateways ............................................................................................................................ 111 6.3 VALIDAÇÃO .............................................................................................................................112 6.3.1 Validação no Intalio ...............................................................................................................112 6.3.2 Console Intalio ........................................................................................................................117 6.3.3 Dificuldades encontradas no Intalio BPMS .........................................................................120 6.3.4 Validação no Oracle BPM .....................................................................................................122 6.3.5 Dificuldades encontradas no Oracle BPM Studio ...............................................................128 6.4 RESULTADOS ..........................................................................................................................128 6.4.1 Protótipo na ferramenta JBPM ............................................................................................129 6.4.2 Comparativo entre as ferramentas Oracle BPM Studio e Intalio .....................................130 6.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .....................................................................................................131

7 CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS.......................................................................... 133

7.1 CONCLUSÕES ..........................................................................................................................133 7.2 TRABALHOS FUTUROS .........................................................................................................134

REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 136

ANEXOS ............................................................................................................................................ 140

ANEXO A – RESOLUÇÃO N 29/2006-GP (PARTE 1) - TJSC ................................................... 141

ANEXO B – RESOLUÇÃO N. 29/2006-GP (PARTE 2) - TJSC .................................................. 142

ANEXO C – RESOLUÇÃO N. 29/2006-GP (PARTE 3) - TJSC .................................................. 143

ANEXO D – RESOLUÇÃO N. 18/2006-GP– TJSC ....................................................................... 144

ANEXO E – LEI N. 6.745 DE 28 DE DEZEMBRO DE 1985: SEÇÃO V; SUBSEÇÃO II ....... 145

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ANEXO F – LEI N. 6.745 DE 28 DE DEZEMBRO DE 1985: SEÇÃO V; SUBSEÇÃO III ...... 146

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16

1 INTRODUÇÃO

Em 2002, explodiram escândalos por parte de empresas norte-americanas (Enron,

Worldcom, Tyco) que mascaravam sua realidade financeira, foi o estopim para o surgimento

de uma nova concepção da mentalidade aplicado sobre os processos dentro das

corporações.(CLARKE, 2007)

Novas leis foram promulgadas na constituição estadunidense a fim de fiscalizar e

tornar transparente e auditáveis as diversas operações financeiras (WEILL, 2004).

A Lei intitulada Sarbanes-Oxle, apelidada de SOX ou Sarbox, foi assinada pelo

senador democrata Paul Sarbanes e o deputado Republicano Michael Oxley em 30 de julho de

2002 a fim de impor rígidas regras às empresas estadunidenses em virtude dos escândalos

ocorridos (CAMPBELL, 2004).

Em 2003, foi publicado o livro “Business Process Management: The Third

Wave”, de autoria de Howard Smith e Peter Fingar, em contrapartida as novas adequações as

quais a empresas haveriam de se submeter.

“The Third Wave”, ou A Terceira Onda se referenciava ao Business Process

Management (BPM), precedido de Business Process Reengineering (BPR) a segunda onda e

Six Sigma (1ª onda e ainda bastante difundida).

Levando-se em consideração que as empresas que haveriam de se adequar as

novas leis eram também multinacionais, suas filiais ao redor do mundo também sofreriam

mudanças, o que proliferaria a institucionalização do BPM como alternativa em todo o

planeta e inclusive no Brasil.

Mas, enfim, que relação teria a Tecnologia da Informação (TI) com o ocorrido? A

resposta seria “tudo”.

Para as empresas adequarem-se às exigências da nova lei, o setor de TI haveria de

andar lado a lado com o negócio das empresas.

Exigências de relatórios, rastreabilidade de operações, o setor de TI tem que gerir

e estar intimamente ligado para poder entender e desenvolver aplicativos com base no

conhecimento destas regras de negócio.

Fernandes e Abreu (2006, p. 17) explicam o processo de alinhamento estratégico

da TI:

Page 17: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

17

O processo de alinhamento estratégico da tecnologia da informação procura

determinar qual dever ser o alinhamento da TI em termos de arquitetura, infra-

estrutura, aplicações, processos e organização com as necessidades presentes e

futuras do negócio. Este processo é executado no contexto do Plano de Tecnologia

da Informação.

Além das exigências estabelecidas pelas novas leis, existem outras razões para o

uso de uma melhor estruturação dos negócios nas empresas, por exemplo, “[...]

hipercompetitividade global, crescimento da complexidade organizacional, a maior exigência

dos atores envolvidos (acionistas, imprensa, etc.) [...]”. (BURLTON, 2001, apud BALDAM et

al; 2010, p. 42).

1.1 APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA

A solução proposta por este trabalho se refere ao problema que consiste na

necessidade de adoção de um padrão organizacional de processos existentes dentro do setor

de recursos humanos do Poder Judiciário de Justiça de Santa Catarina.

Além disto, o processo de licença saúde impacta na execução de outros processo

dentro do TJSC.

Por ora, essa necessidade é existente em virtude da filosofia de trabalho adotada,

até então, que se baseia na utilização de ferramentas legadas ou carência delas, ou por

indisponibilidade de mão-de-obra causada pela demasia de tarefas dadas aos participantes

envolvidos, o primeiro dá-se em virtude da frequente troca de gestores, que consigo trazem

ideais positivos, porém sem tempo hábil para pô-los em prática.

Será aqui citado um exemplo prático:

Por motivo de saúde, o colaborador do Poder Judiciário (comarcas e Tribunal de

Justiça catarinense) tem que se ausentar do serviço. Para isso, o colaborador, precisa

preencher formulário disponível na página de internet do Tribunal de Justiça, imprimi-lo,

protocolá-lo e mandá-lo, juntamente com o atestado, para um posterior setor despachá-lo para

o TJSC, para a aprovação e, arquivamento.

Porém o processo descrito acima possui pormenores que o tornam burocrático e lento,

como, por exemplo:

avaliação de diversos setores dentro do TJSC;

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encaminhamento dos documentos por correios ou automóvel;

necessidade de um sistema para automatização.

Para melhorar o desempenho do processo, será utilizado BPM.

A problemática pode ser dividida da seguinte forma:

sintoma: demora para resposta de um pedido de licença saúde;

causa: não reestruturação do processo e, falta de uso da tecnologia para agilizar o

mesmo;

consequência: gastos excessivos de dinheiro e, de mão de obra;

solução: implementação dos conceitos e, de ferramentas de BPM.

1.2 QUESTÃO DE PESQUISA

Considerando as informações explanadas anteriormente, pode se usar a seguinte

pergunta como proposta de pesquisa:

Até que ponto a adoção de um novo paradigma de processos em um sistema de

recursos humanos de um órgão público é capaz de ajudar aos colaboradores a exercer suas

tarefas administrativas com maior eficiência?

1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA

1.3.1 Objetivo Geral

Este trabalho tem como principal objetivo apresentar um case da aplicação de

modelagem e automatização de processo, utilizando os conceitos de BPM no processo de

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licença saúde da diretoria de Recursos Humanos dentro do Tribunal de Justiça de Santa

Catarina.

1.3.2 Objetivos Específicos

São objetivos deste trabalho:

a) pesquisa bibliográfica exaustiva dos conceitos BPM;

b) propor um modelo do processo de licença saúde a partir de observações e

experiências;

c) descrever e proporcionar dicas para a autilização dos sistemas BPMS

utilizados;

c) efetuar comparativos entre as ferramentas;

1.4 JUSTIFICATIVA

Com a recessão econômica global ocorrida nos últimos anos, existe uma

necessidade natural das empresas buscarem formas de cortar custos.

Consequentemente e de forma errada, processos de negócio são, muitas vezes,

eliminados ou deixados em segundo plano.

Por outro lado, o BPM se tornou uma alternativa, que, em virtude da crise

ocorrida, amplamente utilizada no contexto corporativo, pois tem como objetivo otimizar os

processos de negócio residentes nas corporações e, com isso reduzir custos.

Para o profissional de análise de processos, o Analista de processo chegar a

conclusão de quais processos são os mais adequados à realidade específica da empresa ou são

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realmente desnecessários, ele usa técnicas de Business Process Analysis (BPA) e Business

process Improvement (BPI).

Silva (2009, p. 303) define que BPA “é um conjunto de metodologias e de

ferramentas para reduzir custos, agregar valor, reduzir tempo e risco na análise de processos

de negócio.”

Harrington, Essling e Nimwegen (1997, p. 5, tradução nossa) descrevem BPI

sendo “uma metodologia que é desenhada para trazer melhorias paulatinas no setor

administrativo e de processos de suporte”.

Uma vez mapeados os processos de negócios (chamados “As is”, ou ao pé da

letra, como estão dispostos no momento atual), através da coleta de dados quantitativos e

qualitativos, são feitas análises sobre esses processos, apontando seus pontos fracos;

em segundo momento, esses pontos fracos são tratados no interesse de aperfeiçoar

o desempenho do processo de negócio (essa etapa denomina-se “To be” ou como eles serão

futuramente aperfeiçoados).

Segundo Khosrow-Pour (2006, p. 138, tradução nossa), as finalidades dos

conceitos "As is" e "To be" são:

O primeiro passo do processo é definir o "As is" e "To be" do BPM para que os

processos de negócio sejam propriamente identificados. O processo de BPM

consiste na decomposição do domínio da empresa em áreas funcionais e funções pra

uso específico do negócio. O processo "To be" deve ter como foco a identificação

das atividades ou subprocessos que podem ser agrupados de tal forma que possam

ser compartilhados.

Recursos tecnológicos são utilizados com a intenção de constituir padrões de

melhoramento contínuo aos processos de negócios residentes dentro do contexto corporativo.

Entre esses recursos tecnológicos existe um em que a tendência é cada vez maior

de ser utilizada em virtude de adequação a exigências legais ou à competitividade de mercado

por parte das corporações. Esse recurso é o BPM.

O BPM é uma alternativa que utiliza ferramentas e procedimentos na intenção de

mapear e unir os processos constituintes dentro dos diversos setores de uma instituição

corporativa e, com o auxílio de softwares retratar, através de fluxos-gramas e outros artifícios,

de forma generalizada, o funcionamento sistemático de uma corporação.

Partindo dos pressupostos aqui estabelecidos, chega-se a conclusão de que as

empresas que adotam o BPM como ideologia de negócio, possuem retornos positivos. Assim,

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estará investindo em documentação, organização e normatização dos seus processos de

negócios.

Além disso, todo o contexto estrutural da empresa torna-se transparente. Com

fácil e rápido acesso aos dados dos processos que estarão bem definidos, duvidas referentes

aos mais diversos contextos poderão ser respondidas de uma forma muita mais eficiente e

ágil.

Outra grande vantagem, quando da adoção de um sistema BPM, é que gastos

desnecessários são potencialmente eliminados, e a produtividade invariavelmente aumenta.

Portanto, o trabalho, agora apresentado, propõe-se a viabilizar uma melhoria no

processo de licença saúde da Secretaria de Recursos Humanos do TJSC e, com isso,

minimizar falhas e efetuar desburocratização do específico processo.

1.5 ORGANIZAÇÃO DESTE TRABALHO

Este trabalho será apresentado em sete capítulos:

1.5.1 Introdução

A introdução contém uma breve descrição da apresentação do problema, questão

de pesquisa, objetivos que se pretendem alcançar com os esforços despendidos em razão do

estudo do assunto delimitado.

Além disso, estarão no mesmo contexto, os motivos os quais viabilizaram o

desenvolvimento deste trabalho, o qual estará implícito na justificativa e, por fim, o conteúdo

da explanação, agora apresentada, a organização do trabalho.

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1.5.2 Revisão Bibliográfica

No intuito de aprofundar o conhecimento obtido através da pesquisa feita, na

revisão bibliográfica são abordados temas básicos, como, por exemplo, o processo até a

definição de BPM em que o título abraça toda a gama de conceitos por trás da modelagem de

processos de negócio.

1.5.3 Metodologia

Na metodologia, serão divulgados os dados empíricos constatados. Através de

pesquisas qualitativas e quantitativas, serão demonstrados índices que traçarão o caminho em

questão.

1.5.4 TJSC

Serão apresentados, neste capítulo, o histórico e a função da instituição em que o

processo está sendo estudado. As leis, por detrás do processo estudado, serão expostas para

determinar os critérios do capítulo próximo, a modelagem.

1.5.5 Modelagem

O processo como está atualmente e como será remodelado, será apresentado neste

capítulo.

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Os itens para a modelagem de um sistema de informação serão desenvolvidos no

capítulo modelagem. O capítulo modelagem servirá de embasamento para o capítulo

desenvolvimento.

1.5.6 Desenvolvimento

Serão detalhados todos os itens necessários a fim de explicar o funcionamento do

protótipo na ferramenta Oracle BPM Studio e Intalio. Os resultados deste capítulo serão

demonstrados no mesmo.

Conforme a pergunta de pesquisa, “até que ponto a adoção de um padrão

modelagem de processos será útil a ponto de trazer transformações comportamentais a fim de

auxiliar colaboradores a efetuarem suas tarefas com maior eficiência?”, será demonstrado até

que ponto essa pergunta poderá ser respondida.

1.5.7 Conclusões e trabalhos futuros

Será visto uma visão geral de todas as etapas passadas no desenvolvimento e

pesquisa do trabalho.

Como conclusão, serão explicados os pontos em que existiram ganho de

conhecimento, as dificuldades enfrentadas e os pontos que puderam ser melhorados no

desenvolvimento do protótipo do trabalho apresentado.

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2 PROCESSOS DE NEGÓCIOS

Este capítulo apresenta uma pesquisa bibliográfica dos temas: Processo, sub-

processo, atividade, tarefa, ambiente e ator que formam o conjunto de artefatos tácitos nos

conceitos básicos da estrutura de um processo.

Além desses, serão abordados os conceitos das tecnologias, ferramentas e

linguagens usadas a fim de formular a fundamentação teórica desta monografia.

2.1 PROCESSO

No decorrer do desenvolvimento deste trabalho, o termo “processo” será

frequentemente abordado e, para explaná-lo com a intenção de repassar uma percepção

pedagógica, será proporcionada nesse momento sua forma semântica.

Para Cruz (1998, p. 34), processo é defendido como “Conjunto de atividades que

tem por finalidade transformar, montar, manipular e processar insumos para produzir bens

serviços que serão disponibilizados por clientes.”

Outro conceito que reafirma o que é o processo de negócios é: “Um processo é

uma série de atividades inter-relacionadas que convertem negócios de entrada em negócios de

saída”. (MANGANELLI E KLEIN, 1994, apud CRUZ, 1998, p. 35).

E, por fim, “Processo é uma série de atividades que consomem recursos e

produzem um bem ou serviço”. (HRONEC, 1994, apud CRUZ, 1998, p. 35).

Com os conceitos estabelecidos, pode-se resumir processo como sendo um

apanhado de atividades que têm como objetivo produzir um bem ou serviço, tendo como

entrada um insumo.

A partir desse conceito, pode-se passar para a próxima etapa que é desvendar os

pormenores que caracterizam o item aqui estudado, o processo.

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2.1.1 Sub-processo

Segundo Cruz (2004, p. 37), sub-processo é um “Conjunto de atividades

correlacionadas, que executa uma parte específica do processo, do qual recebe insumo e para

o qual envia o produto do trabalho realizado por todas as atividades que o compõem.”

Jacko (2009, p. 810, tradução nossa) define os propósitos do sub-processo como:

“Sub-processo é usado para duas finalidades principais: em primeiro lugar, para descrever pós

e prés estados de condição, segundo, para colocar diferentes processos em um contexto

comum ou para descrever subestruturas especializadas.”

Pode-se descrever então sub-processos, como o próprio nome sugere, como um

nível hierárquico abaixo do processo e que tem como intuito estabelecer uma maior

organização na definição dos processos ou macro processos.

Segundo Allweyer (2010, p. 79, tradução nossa), “Modelos Business Process

Modeling Notation (BPMN) podem conter dois tipos de atividades: Tarefas e sub-processos.

Tarefas não são subdivididas. Sub-processos, no seu contexto, contêm outros detalhes de

processo.”

Figura 1 – Processo com sub-processo “Abrir vaga”.

Fonte: Adaptado de Allweyer (2010).

Em conformidade com a OMG (2011, p. 502, tradução nossa), sub-processo é:

Um processo que está incluído dentro de outro processo. O sub-processo pode estar

em uma exibição recolhida que esconde os seus detalhes. Um sub-processo pode

estar em uma visão expandida que mostra os detalhes dentro da visão do processo

que está contido dentro do mesmo. Sub-processos possuem a mesma forma da

tarefa, que é um retângulo que tem cantos arredondados.

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2.1.2 Atividade

Para Cruz (2004, p 38), atividade é “o conjunto de procedimentos que deve ser

executado a fim de produzir um determinado item.”

Outra definição de atividade é “Unidade de trabalho executada por um único

responsável, que tem condições determinadas de início e fim”. (KORBIELUS, 1977, apud

CRUZ, 1997, p. 38).

Unhelkar (2003, p. 159, tradução nossa) caracteriza atividade da seguinte

maneira:

A atividade descreve a responsabilidade de um determinado ator no processo. A

atividade é exibida graficamente como um retângulo elíptico, e descreve o que será

feito pelo ator. Atividades possuem uma sequência ou dependências. Algumas

atividades também podem ser executadas em paralelo por mais de um ator. O

elemento de atividade em um processo é o elemento controlador de um conjunto de

tarefas dentro do processo. Portanto, o elemento atividade em si não possui a mesma

existência concreta como a da tarefa.

2.1.3 Tarefa

“A tarefa é uma atividade atômica que é usada quando o detalhe do processo não

é desmembrado, (ou seja, em um processo de baixo nível).” (White e Miers, 2008, p. 226,

tradução nossa).

A concepção de Agrawal (2010, p. 120, tradução nossa) é:

Tarefas são atividades que são realizadas no mais básico nível dentro da sua

organização. Você pode criar uma estrutura em modelo de árvore para catalogar

essas tarefas. As tarefas são agrupadas em trabalhos, os quais são atribuídos a um

cargo. Essa função herda automaticamente todas as tarefas dentro de um

determinado grupo de trabalho. Além das tarefas dentro do grupo de trabalho, outras

tarefas podem ser atribuídas a essas funções separadamente.

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Se tratando de tarefa, ela será o menor dos componentes de um processo, é o mais

baixo nível de uma modelagem de processo, o que a torna de grande importância, pois

designará a razão das atividades, sub-processos, processos, macro-processo e procedimentos.

2.2 PROCESSO DE NEGÓCIO

O processo em si pode ser explicado como qualquer conjunto de atividades que

são realizadas em função de chegar a um objetivo.

O processo de negócio não deixa de ter o mesmo significado, porém está implícito

dentro do contexto de uma empresa, corporação ou instituição. Weske (2007, p. 5, tradução

nossa), em uma de suas definições sobre processo de negócio, aborda-o como:

Um processo de negócio consiste em um conjunto de atividades que são executadas

em coordenação em um ambiente organizacional e técnico. Essas atividades em

conjunto realizam um objetivo de negócio. Cada processo de negócio é decretado

por uma única organização, mas ele pode interagir com os negócios realizados por

outras organizações.

Para a existência de um processo de negócio, é, antes necessária a existência de

um produto ou serviço e uma função/pessoa para manipular o produto/serviço.

Estabelecidos esses critérios, pode-se então exercer a modelagem de processo.

Weske (2007, p. 4, tradução nossa) esclarece o gerenciamento do processo de negócio sendo:

O gerenciamento do processo de negócio é baseado na observação de que cada

produto que a empresa oferece ao mercado, é o resultado de uma série de atividades

realizadas. Processos de negócios são instrumentos fundamentais para a organização

destas atividades e para a melhoria da compreensão das suas inter-relações.

2.2.1 Ambiente

Na existência da adoção de uma nova concepção de trabalho, que é estabelecida

pelos novos paradigmas existentes na modelagem de processo, pessoas mudam suas atitudes

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em relação a sua função, além disso, o gerenciamento de ambiente, ou melhor, o

gerenciamento das pessoas e seus ambientes têm que ser colocados em cheque.

Nas estruturas corporativas existentes, há uma tendência natural da hierarquia de

funções possuírem uma organização vertical.

Na relação de processo horizontal, a participação e contribuição dos funcionários

são mais intensas, o que resulta em bons frutos para a empresa.

Becker et. al. (2003, p. 6 e 7, tradução nossa), explica a importância da linha de

pensamento focado em processos:

Um aspecto importante da linha de pensamento focado em processo é a cooperação

horizontal de todos os participantes, ou seja, trabalhando em conjunto com o

processo do cliente, as empresas mais bem-sucedidas, muitas vezes têm maior grau

de integração das pessoas envolvidas no processo. Estratégias corporativas

avançadas presumem que as companhias futuras serão estruturadas em "redes", e

visualizam a disseminação de empresas virtuais com a descentralização de

atividades individuais. Essas empresas são mais flexíveis e capazes de aprender que

as empresas tradicionais. Eles permitem uma participação criativa de muitos

funcionários dentro e fora da empresa, e motivam e gerar mais inovação e melhorar

o desempenho.

2.2.2 Ator

O ator pode ser determinado como uma pessoa, máquina ou sistema que possui

uma função, que exerce um trabalho e que contribui para o desenvolvimento de um produto

ou serviço e também fazendo uso desse produto ou serviço.

Segundo Draheim (2010, p. 210, tradução nossa), a designação e a definição do

ator no contexto do processo são:

Atores podem ser anexados às atividades de processo de negócios e definição fluxo

de trabalho. No nível de modelagem de processos de negócios a designação de um

ator para uma atividade pode ter o significado de ser responsável pela atividade, que

executa a atividade, que faz o trabalho da atividade e assim por diante. Em geral, os

atores podem ser agentes humanos, mas também podem ser atores não humanos

como máquinas ou sistemas de TI.

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2.2.3 Modelagem de processos

Segundo Mendling (2008, p. 11, tradução nossa), modelagem de processo é:

A modelagem de processos é a atividade humana de criar um modelo de processo de

negócios. A modelagem de processos envolve uma abstração do processo de

negócio do mundo real, porque serve a um propósito determinado de modelagem.

Portanto, apenas os aspectos relevantes para efeitos de modelagem são incluídos no

modelo de processo.

A modelagem de processo de negócio será um modelo mental estabelecido,

geralmente, de forma gráfica, desenvolvido para entender o funcionamento de uma

determinada parte de uma empresa, ou toda a empresa, dependendo do nível de detalhes

estabelecidos.

2.3 TECNOLOGIAS

Nesta seção, serão descritas as ferramentas tecnológicas que viabilizam a técnica

de modelagem de processos.

Os tópicos apresentados, Workflow, BPM e suas ramificações serão apresentados

por serem amplamente usados e difundidos, fato que ocorrerá com embasamento literário de

órgãos responsáveis pela padronização dessas tecnologias e autores criadores das notações.

2.3.1 Notação Eriksson-Penker

Nesta seção, será passado ao leitor o significado de algumas notações/estereótipos

Eriksson-Penker, as quais foram utilizadas para mapear os macro-processos do

desenvolvimento deste trabalho.

As extensões de negócio Eriksson-Penker fornecem um conjunto de elementos do

modelo de negócios chamados estereótipos que permitem modelar e capturar a

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essência de um negócio. Os estereótipos são divididos em quatro categorias:

processo (process), recursos (resources) e regras (rules), metas (goals) e diversos

(miscellaneous). (ERIKSSON; PENKER, 2000, p. 257, tradução nossa).

Alguns dos estereótipos Eriksson-Penker utilizados por este trabalho são descritas

a seguir:

“Um processo é uma descrição de um conjunto de atividades relacionadas que,

quando corretamente realizadas, irão satisfazer um objetivo explícito.” (ERIKSSON;

PENKER, 2000, p. 257, tradução nossa)

Figura 2 – Estereótipo de processo de Eriksson-Penker.

Fonte: ERIKSSON; PENKER (2000).

As metas “denotam estados desejados, o que significa que as metas motivam

ações conduzindo mudanças de estado em uma desejada direção.” (ERIKSSON; PENKER,

2000, p. 257, tradução nossa).

Figura 3 – Estereótipo de meta de Eriksson-Penker.

Fonte: ERIKSSON; PENKER (2000).

A recepção de evento de negócios, como o próprio nome, “exibe um evento de

negócio recebido.” (ERIKSSON; PENKER, 2000, p. 257, tradução nossa).

Figura 4 – Estereótipo de recepção de sinal de Eriksson-Penker.

Fonte: ERIKSSON; PENKER (2000).

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Segundo Eriksson e Penker (2000, p. 79, tradução nossa) inputs ou entradas são

“objetos que são consumidos ou refinados durante o processo”. Outputs ou saídas são

“objetos que são produzidos pelo processo ou que são o resultado do refinamento de um ou

mais objetos de entrada.”

Figura 5 – Entrada, processo e saída de objeto de Eriksson-Penker.

Fonte: ERIKSSON; PENKER (2000).

Segue o macro-processo com todos os itens da notação Eriksson-Penker,

conforme a figura 6.

Figura 6 – Diagrama Eriksson-Penker Simples.

Fonte: Sparx Systems (2011).

2.3.2 Workflow

A definição de workflow segundo Reijers (2003, p. 20, tradução nossa) é:

Um Workflow é tido como um tipo especial de processo de negócios que possui

algumas características peculiares que o colocam acima de processos de negócios.

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Além disso, existem algumas características que os Workflows normalmente

compartilham, embora eles não sejam essenciais.

Para o órgão Workflow Management Coalition (Wfmc) (1999, p. 8, tradução

nossa), workflow é definido como “A automação do processo de negócio, no todo ou em

parte, durante o qual documentos, informações ou tarefas são passadas de um participante

para outro por ação, conforme um conjunto de regras processuais.”

2.3.3 BPM (Business Process Management)

O gerenciamento de processos de negócio (BPM) surgiu sendo uma evolução de

outras formas de reengenharia aplicadas ao negócio das empresas. Conforme o gráfico abaixo,

pode-se analisar a linha de tempo e os movimentos que foram adotados.

Figura 7 – O ciclo de promoção da BPM.

Fonte: Jeston; Nelis, (2006), com modificações.

Conforme análise da figura 7, o BPM foi precedido do movimento Business

Process Reengineering (BPR) e que, por sua vez, foi precedido do movimento Six Sigma.

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Uma concepção sintética sobre BPM, descrita por Jeston e Nelis (2006, p. 11,

tradução nossa), é “A realização de objetivos de uma organização através da melhoria de

gestão e controle dos processos de negócio essenciais.”

Weske (2007, p. 5, tradução nossa) define que “BPM inclui conceitos, métodos e

técnicas para apoio à concepção, administração, configuração, aprovação e análise de

processos de negócios.”

A OMG (2011, p. 499, tradução nossa) cuja sigla significa Object Management

Group é um consórcio que fornece um ambiente comum para o desenvolvimento de

aplicações, usando programação orientada a objetos, que também é responsável pela

padronização do BPM, o define como:

Os serviços e ferramentas que suportam o gerenciamento de processo (por exemplo,

análise de processo, definição, tratamento, acompanhamento e administração),

incluindo o apoio para a interação humana e de nível de aplicativo, ferramentas de

BPM podem eliminar processos manuais e automatizar o encaminhamento dos

pedidos entre departamentos e aplicações.

Será averiguada mais uma definição de BPM, agora conforme o grupo Gartner,

(2008, apud MARKOVIC, 2009, p. 14, tradução nossa), uma das mais renomadas entidades

em se tratando de BPM:

Um conjunto de disciplinas de gestão empresarial eficaz que aceleram a melhoria do

processo, misturando métodos incrementais e transformadores. Práticas de gestão

BPM fornecem a governança de um ambiente de processos de negócios com o

objetivo de melhorar a agilidade e o desempenho operacional. BPM é uma

abordagem estruturada que emprega métodos, políticas, métricas, práticas de gestão

e ferramentas de software para gerenciar e aperfeiçoar continuamente as atividades e

processos de uma organização.

Segundo Cruz (2006, p. 63), BPM é descrito como:

Conjunto formado por metodologias e tecnologias que possibilitam que processos de

negócio integrem, lógica e cronologicamente, cliente, fornecedores, parceiros,

influenciadores, empregados e todo e qualquer elemento que com eles possam,

queiram ou tenham de interagir, dando ao ambiente interno e externo da organização

uma visão completa e essencialmente integrada das suas operações.

Com o último conceito estabelecido, pode-se agora desmembrar os detalhes

acerca do BPM.

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34

2.3.3.1 Ciclo de vida BPM

No CBOK (Common Body of Knowledge) da ABPMP (The Association of

Business Process Management Professionals), é descrito o Ciclo de Vida BPM.

Nesse ciclo são relatadas as seis atividades do ciclo de vida BPM: planejamento,

análise, desenho e modelagem, implantação, monitoramento, controle e refinamento.

Essas atividades são regulamentadas pelos quatro conceitos primários segundo a

ABPMP: valores, crenças, liderança e cultura, que podem ser vistos na próxima figura.

(ABPMP, 2009, p. 35).

Figura 8 – Ciclo de vida BPM.

Fonte: ABPMP (2009).

2.3.3.1.1 Planejamento

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35

No primeiro momento, o planejamento busca agregar estratégias dirigidas a

processos e com isso estabelecer uma visão de gerenciamento contínuo de processos à

organização.

Para isso é necessário integrar as estratégias da empresa com pessoas, processos e

sistemas. Além disso, o planejamento estabelece os papéis e responsabilidades de BPM,

metas a serem atingidas, medições de desempenho e metodologia. (ABPMP, 2009, p. 36).

2.3.3.1.2 Análise

A análise é necessária para ter um entendimento geral do processo de negócio.

Para isso, é fundamental compreender os planos estratégicos da empresa, possuir

informações de modelos de processo, ambiente externo, análise de desempenho e qualquer

informação que venha a agregar conhecimento para compreender o processo a ser estudado.

(ABPMP, 2009, p. 37).

2.3.3.1.3 Desenho e Modelagem

O desenho do processo considera variáveis como tempo, lugar, quem e qual

metodologia são aplicadas ao processo.

“O desenho define o que a organização quer que o processo seja e responde

questões como: o quê, quando, onde, quem e como o trabalho ponta-a-ponta é realizado.”

(ABPMP, 2009, p. 37).

2.3.3.1.4 Implementação

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36

Após a aprovação do desenho do processo, ele é realizado (implementado). Novas

regras e políticas podem surgir com o novo processo modelado, que também é considerado na

fase de implementação. (ABPMP, 2009, p. 37).

2.3.3.1.5 Monitoramento e Controle

Na fase de monitoramento e controle, o processo já está estruturado a ponto de

fornecer métricas de informação-chave de desempenho, que comparadas com as metas

estabelecidas pela organização podem desencadear ajustes, redesenho ou melhorias no

processo. (ABPMP, 2009, p. 38).

2.3.3.1.6 Refinamento

Quando os indicadores de desempenho obtido, através do monitoramento e

medição dos processos não estão de acordo com os objetivos pretendidos pela organização, os

processos são refinados até mesmo na fase de pós-implementação. (ABPMP, 2009, p. 38).

2.3.4 BPMS

Em português, a sigla BPMS pode ser redigida como Sistemas de Apoio ao

Gerenciamento de Processos de Negócio.

Segundo a OMG (2011, p. 499, tradução nossa), Business Process Management

System (BPMS) nada mais é do que o “sistema que habilita o BPM”.

O BPMS, onde o “S” pode ser designado tanto como “System” ou “Suite”, quando

“Suite”, é um conjunto de sistemas que auxiliam a dar vida ao conceito de BPM.

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Segundo Weske (2007, p. 6, tradução nossa) BPMS “é um sistema de software

genérico que é impulsionado por representações explícitas de processo para coordenar a

adoção de processos de negócios.”

Figura 9 – Componentes de uma suíte BPM

Fonte: Gillot, (2008). Com modificações.

Na figura 9, observam-se quais são os requisitos básicos de uma suíte para o

fornecimento de um ambiente propício para a execução das práticas de BPM.

O ambiente terá que oferecer:

capacidade de integração com toda a arquitetura BPM;

efetivação da modelagem de processos de negócios;

disponibilidade de medidas através de painéis de controle (dashboards);

desenvolvimento de fluxo de trabalho.

2.3.4.1 BAM

Traduzindo para o português, Business Activity Monitoring (BAM) significa

Monitoração das Atividades de Negócio.

Segundo Groot (2008, p. 242, tradução nossa), a definição para BAM é a

seguinte:

Business Activity Monitoring (BAM) refere-se à definição de algumas métricas que

precisam ser mantidas e as condições para alertas e ações. Comparado a um

dashboard, o BAM é geralmente em tempo real e acionado por eventos e orientado

em torno de processos de negócios.

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38

2.3.4.2 KPI

KPI, traduzido literalmente para o português, é o termo Indicador-Chave de

Desempenho.

A definição de Stähli de KPI (2006, p. 212, tradução nossa) é:

Um Key Performance Indicator (KPI) é a medida do desempenho de uma atividade

que é fundamental para o sucesso de uma organização. Além da máxima inflamada

que é "Você não pode controlar o que não mede", a definição desses indicadores

específicos cuja implementação e utilização trariam o benefício mais mensurável

para uma organização específica. Essas medidas podem variar substancialmente de

organização para organização. KPI's devem ser adaptados às definições de cada

empresa.

2.3.5 BPMN

Neste momento passa-se a pormenorizar a notação padrão usada em conformidade

com o título deste trabalho, a BPMN.

A palavra notação, semanticamente analisando, trata-se de uma norma de

reprodução convencional, que utiliza sinais e outros agentes que possam ser expressos

graficamente, a fim de transmitir idéias.

Segundo a OMG (2011, p. 1, tradução nossa):

O principal objetivo do BPMN é fornecer uma notação que seja facilmente

compreensível por todos os usuários do negócio, dos analistas de negócio, que criam

os rascunhos iniciais dos processos, para os desenvolvedores técnicos responsáveis

pela execução da tecnologia que irá executar os processos e, finalmente, para as

pessoas de negócios que irão gerenciar e monitorar os processos. Assim, a BPMN

cria uma ponte padrão para a distância entre o projeto de processos de negócios e a

implementação dos processos.

Mas qual seria a intenção para o uso dessa notação? A OMG (2011, p. 1, tradução

nossa) explica:

A intenção da BPMN é a padronização de um modelo de processo de negócios e

anotação em face de muitas notações de modelagem e pontos de vista diferentes. Ao

fazer isso, BPMN irá fornecer um meio simples de comunicar informação para

outros usuários do negócio, implementadores de processos, clientes e fornecedores.

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39

Figura 10 – Representação do BPMN Core e da estrutura de camadas.

Fonte: OMG (2011). Com modificações.

A especificação da BPMN é tida pela OMG (2011, p. 49, tradução nossa) como:

A especificação BPMN é estruturada em camadas, em que cada camada superior é

gerida e estendem-se as camadas inferiores. Um Núcleo (core) ou kernel está

incluído, que contextualiza os elementos mais fundamentais da BPMN, que são

necessários para a construção dos diagramas de BPMN: Processo, coreografia, e

colaboração. O núcleo pretende ser simples, conciso e extensível com um

comportamento bem definido.

2.3.5.1 Padrão de notação BPM (BPMN)

A seguir, serão apresentadas as notações mais básicas do modelo BPMN

publicados pela OMG, o órgão responsável por esse padrão. Mas, antes, será explanado o

significado de coreografia, bastante abordado no desenvolvimento que se segue.

A coreografia é um tipo de processo, mas difere em propósito e comportamento de

um padrão BPMN de processo. Um processo padrão, ou uma orquestração de

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40

processo, é mais familiar para a maioria dos modeladores do processo e define o

fluxo das atividades de uma entidade parceira ou organização específica. Em

contraste, coreografia formaliza o negócio da maneira em que os participantes

coordenam as suas interações. O foco não está nas orquestrações do trabalho

realizadas pelos participantes, mas sim sobre a troca de informações (mensagens)

entre esses participantes. (OMG, 2011, p. 315, tradução nossa).

Segundo Havey (2005, p. 204, tradução nossa), “orquestração, por convenção,

refere-se à coordenação a nível de processo de um único participante, enquanto a coreografia

refere-se à visão global, abrangendo vários participantes”.

2.3.5.1.1 Evento

O Evento é algo que "acontece" durante o curso do processo ou de uma Coreografia.

Esses eventos afetam o fluxo do modelo e, geralmente, têm uma causa (gatilho) ou

um impacto (resultado). Os eventos são círculos com centros abertos para permitir

indicadores internos para diferenciar distintos disparadores ou resultados. São três os

tipos de eventos, com base em quando afetam o fluxo: Início, Intermediário e Final.

(OMG, 2011, p. 29, tradução nossa).

Figura 11 – Notação de evento.

Fonte: OMG (2011).

2.3.5.1.2 Atividade

Uma Atividade é um termo genérico para o trabalho que a empresa realiza em um

processo. Uma Atividade pode ser atômica ou não atômica (composta). Os tipos de

atividades que fazem parte de um Modelo de processo são: do Sub-processo e da

tarefa, que são retângulos arredondados. As atividades são usadas em processos

padronizados e coreografias. (OMG, 2011, p. 29, tradução nossa).

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41

Figura 12 – Notação de atividade.

Fonte: OMG (2011).

2.3.5.1.3 Gateway

O Gateway é usado para controlar a divergência e convergência dos fluxos de

sequência de um processo e em uma coreografia. Assim, ele vai determinar à

ramificação, a bifurcação, a fusão e a união de caminhos. Marcadores internos

indicarão os tipos de controle do comportamento. (OMG, 2011, p. 29, tradução

nossa).

Figura 13 – Notação de gateway.

Fonte: OMG (2011).

2.3.5.1.4 Fluxo de sequência

O fluxo de sequência é usado para mostrar a ordem em que as atividades serão

realizadas em um processo e em uma coreografia. (OMG, 2011, p. 29, tradução nossa).

Figura 14 – Notação de fluxo de sequência.

Fonte: OMG (2011).

2.3.5.1.5 Fluxo de mensagem

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42

Um fluxo de mensagens é utilizado para mostrar o fluxo de mensagens entre dois

participantes que estão preparados para trocar mensagens. Em BPMN, dois pools

separados em um diagrama de colaboração representarão os dois participantes (por

exemplo, entidades parceiras e / ou funções parceiras). (OMG, 2011, p. 29, tradução

nossa).

Figura 15 – Notação de fluxo de mensagem.

Fonte: OMG (2011).

2.3.5.1.6 Associação

A associação é utilizada para interligar as informações e artefatos com elementos

gráficos BPMN. Anotações de texto e outros artefatos podem ser associados com os

elementos gráficos. A ponta da seta na associação indica uma direção de fluxo (por

exemplo, dados), quando for o caso. (OMG, 2011, p. 29, tradução nossa)

Figura 16 – Notação de associação.

Fonte: OMG (2011).

2.3.5.1.7 Pool

O pool, ou piscina, é a representação gráfica de um participante em uma

colaboração. Ele também atua como uma "raia" sendo um contêiner gráfico para

partilhar um conjunto de atividades de outros pools, geralmente no contexto de

situações de Business-to-Business (B2B). Um pool poderá agrupar detalhes internos,

sob a forma do processo que será executado, ou não terá detalhes internos, ou seja,

pode ser uma "caixa preta”. (OMG, 2011, p. 30, tradução nossa).

Figura 17 – Notação de pool.

Fonte: OMG (2011).

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43

2.3.5.1.8 Raias

“Uma raia é uma sub-partição dentro de um processo, às vezes dentro de um

pool, e vai se estender durante toda a duração do processo seja na vertical ou na horizontal.

Raias são usadas para organizar e categorizar atividades.” (OMG, 2011, p. 30, tradução nossa)

Figura 18 – Notação de raias.

Fonte: OMG (2011).

2.3.5.1.9 Objetos de dados

Objetos de dados fornecem informações sobre as atividades que necessitam ser

executadas e/ou que produzem, objetos de dados podem representar um objeto

singular ou uma coleção de objetos. Dados de entrada ou saída fornecem as mesmas

informações para os processos. (OMG, 2011, p. 30, tradução nossa).

Figura 19 – Notação de objeto com dados.

Fonte: OMG (2011).

2.3.5.1.10 Mensagem

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44

“A mensagem é usada para descrever o conteúdo da comunicação entre dois

participantes (definida por uma entidade parceira de negócios ou uma função parceira de

negócios)”. (OMG, 2011, p. 30, tradução nossa).

Figura 20 – Notação de mensagem.

Fonte: OMG (2011).

2.3.5.1.11 Grupo

Alguns grupos contêm elementos gráficos que estão dentro de uma mesma

categoria. Esse tipo de agrupamento não afeta a sequência dos fluxos dentro do

grupo. O nome da categoria aparece no diagrama como o rótulo de grupo. As

categorias podem ser usadas para documentação ou para fins de análise. Os grupos

são uma maneira em que as categorias dos objetos podem ser visualmente exibidas

em um diagrama. (OMG, 2011, p. 30, tradução nossa).

Figura 21 – Notação de grupo.

Fonte: OMG (2011).

2.3.5.1.12 Anotação textual

“As anotações textuais são um mecanismo de modelagem que fornecem

informações de texto adicional para o leitor em um diagrama BPMN.” (OMG, 2011, p. 30,

tradução nossa).

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45

Figura 22 – Notação de anotação textual.

Fonte: OMG (2011).

A seguir, são apresentadas notações mais detalhadas.

A figura 22 ilustra uma especificação de eventos e gateways com um nível maior

de detalhes, que podem ser utilizados em diagramas de atividades em casos específicos.

Figura 23 – Eventos presentes na notação BPMN.

Fonte: Reis (2008).

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A figura 22 ilustra a especificação de atividades com um nível maior de detalhes,

que podem ser utilizados em diagramas de atividades em casos específicos.

Além disso, são vistos na figura 23 a notação pool e dados.

Figura 24 – Atividades presentes na notação BPMN

Fonte: Reis (2008)

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47

2.4 FERRAMENTAS

Para ilustrar um pouco do que as ferramentas de modelagem de processos têm

para oferecer, serão desdobradas características das mesmas na visão das empresas que as

concebem.

Para não estender-se muito na apresentação de diversas ferramentas BPM, será

focado em 3 das ferramentas mais populares quando o assunto é Modelagem de Processos de

Negócio: Blueworks Live, Oracle BPM Studio e Intalio

2.4.1 IBM (Blueworks Live)

O Blueworks Live é uma solução da International Business Machines (IBM) em

se tratando de BPM baseado em computação nas nuvens:

As características apresentadas por Underdahl (2011, p. 26) da solução da IBM

são listadas como:

• simplicidade na automatização de processos;

• integração com a comunidade BPM;

• relatórios e dashboards embutidos;

• governança;

• descoberta e documentação de processos complexos;

No web site da IBM, que caracteriza sua ferramenta, o Blueworks live, pode-se

encontrar:

1) As propriedades de descoberta e manutenção que são listadas a seguir:

• desenvolvimento e descoberta de processos colaborativos;

• ferramenta visual para manipulação de atividades;

• importação de documentos para Excel, Word, Visio, em arquivo PDF, BPMN 2.0 e

XPDL para execução no websphere Lombardi Edition;

• controle sobre a frequência da documentação de processos;

• colaboração centralizada e auxílio de redes sociais;

• comunidade privada;

• comunidade pública;

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48

• controle de acesso;

• simplicidade na automatização de processos;

2) Características de segurança e privacidade da ferramenta são:

• garantia de privacidade e segurança;

• servidores com segurança física;

• segurança de rede;

• criptografia de dados;

• segurança do sistema operacional;

• confiabilidade e backup;

• recuperação de desastres. 1

A ferramenta Blueworks Live não será utilizada no desenvolvimento do projeto.

Foram definidas pelo autor três empresas com renome mundial e suas respectivas ferramentas

BPM.

Nessa apresentação, porém existe uma gama de ferramentas que auxiliam na

modelagem de processo de negócio, como Bizagi, JBPM e outras. Cada uma com suas

peculiaridades e limitações.

2.4.2 Oracle BPM Studio (ferramenta proprietária)

Encontram-se no Site do Oracle BPM as seguintes características:

1) Características do Studio

• modelagem de BPMN amigável para o usuário;

• workflow, regras, e editor de formulários;

• integração flexível via introspecção;

• simulação de multiprocessos;

• ambiente para teste e depuração;

• modelagem em multilinguagem e documentação;

• organização, regras, calendário e regras de feriados;

2) Características de interação do usuário

• interface baseada em Web para usuários finais;

• características de desenvolvimento colaborativo;

• java Server Faces (JSF) customizáveis;

• acesso baseado em funções;

• visualizações customizáveis;

1 Conteúdo retirado, adaptado e traduzido da página de internet da IBM

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49

• integração com Microsoft Office;

• envio simples de notificações;

3) Características de dashboard:

• processo de monitoramento de atividade (KPI);

• geração de relatórios próximos ao tempo real;

• acompanhamento de KPI;

• gráficos e tabelas gráficas;

• dashboards pré-construídos;

• configurável pelo usuário final;

• detalhe drill-down (capacidade de efetuar análise em diferentes patamares de

tempo);

4) Características do Servidor

• suporte à múltipla plataforma;

• suporte à Extensible Markup Language (XML) Process Definition Language

(XPDL);

• multiversão de instâncias de processos;

• ligação dinâmica a serviços;

• administração baseada em console Web;

• alto desempenho e servidores escalonáveis 2

Figura 25 – Arquitetura do Oracle BPM Studio.

2 Conteúdo retirado, adaptado e traduzido da página de internet da Oracle.

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50

Fonte: Oracle (2011).

A figura acima demonstra toda a estrutura da suíte BPM da Oracle. Neste trabalho

será utilizado apenas o Oracle BPM Studio para o desenvolvimento do protótipo, sem mais

nenhum recurso desta suíte.

2.4.3 Intalio (ferramenta com versão gratuita)

Encontram-se no Site Intalio BPMS as seguintes características mais relevantes:

acesso a plataforma BPM através da Web, e em qualquer Navegador;

comunidade para fomentar a colaboração;

suporte a BPMN 2.0;

suporte a Activity Based Costin;

gerenciamento ao ciclo de vida BPM;

depuração interativa;

implantação em nuvem;

suporte a Enterprise Service Bus;

gerenciamento de tarefas humanas através do padrão WS-HumanTask;

suporte a Dashboard;

console Administrativo;

melhoria continua de processos;

acesso baseado em funções. 3

3 Conteúdo retirado, adaptado e traduzido da página de internet do Intalio BPMS

(http://www.intalio.com/bpm/features).

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51

Figura 26 – Ciclo de vida Intalio.

Fonte: Intalio (2011).

2.5 LINGUAGENS

A seguir, serão apresentadas as linguagens de programação mais comuns

utilizadas para a modelagem de processos de negócio.

Essas linguagens têm como objetivo convergir as diversas estruturas que possam

pertencer a um processo de negócio.

Essas estruturas podem ser um software, banco de dados, modeladores gráficos de

processo, outras linguagens de programação e, também, serviços que auxiliem o processo.

2.5.1 BPEL

Segundo Havey (2005, p. 103, tradução nossa):

A linguagem de execução de processos de negócios (BPEL4WS, geralmente

abreviado para BPEL que em inglês rima com "people") é, como sugere o nome,

uma linguagem para a definição e execução de processos de negócios. Embora não

seja a única linguagem de processos padrão, o BPEL é o mais popular, e está

começando a dominar o espaço de processo.

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“BPEL (Business Process Execution Language for Web Services, também WS-

BPEL, BPEL4WS) é uma linguagem utilizada para composição, orquestração e coordenação

de serviços web.” (Jurič; Mathew; Sarang, 2006, p. 5, tradução nossa)

2.5.2 BPML

Segundo Willis (2008, p. 59, tradução nossa):

BPML é composta de linguagem de programação estruturada em blocos. Tem a

estrutura de blocos recursiva que desempenha um papel importante em questões de

abrangência, que são relevantes para a declaração, definições e execução do

processo. O controle de fluxo (roteamento) é gerido pelo bloco de conceitos

estruturados em que todas as atividades são organizadas em blocos sequencialmente.

Além desse conceito, Willis (2008, p. 60, tradução nossa) complementa que

“BPML é concebida como uma linguagem formal completa com a capacidade de modelar

todo processo e, através de um BPMS, implantado como um processo de software executável

sem geração de qualquer código de software.”

2.6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A revisão bibliográfica do conteúdo é importante, pois estabelece os conceitos

necessários para que o autor tenha conhecimento do que mais tarde será praticado no

desenvolvimento.

A fundamentação do trabalho se dá neste capítulo. Os conceitos viabilizarão o

entendimento do que é descrito no desenvolvimento, inclusive elucidando ao leitor do

trabalho o significado dos termos utilizados.

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53

3 METODOLOGIA

Conforme o Dicionário Aurélio (2004), metodologia é um “conjunto de métodos,

regras e postulados utilizados em determinada disciplina e sua aplicação.”

Serão abordados, neste capítulo, os tipos de métodos e tipos de pesquisa e também

será determinado que método e pesquisa serão utilizadas para a confecção desta monografia.

Serão determinadas as etapas do desenvolvimento do trabalho. Também serão descritas as

delimitações para estabelecer o foco do projeto.

3.1 MÉTODO

De acordo com o Aurélio (2004), método pode ter os seguintes significados:

1. procedimento organizado que conduz a um certo resultado;

2. processo ou técnica de ensino;

3. modo de agir, de proceder;

4. regularidade e coerência na ação;

5. tratado (3) elementar. 1. Procedimento organizado que conduz a certo resultado.

Para a elaboração deste trabalho, será utilizado o método científico.

Método científico é o conjunto de processos ou operações mentais que se devem

empregar na investigação. É a linha de raciocínio adotada no processo de pesquisa.

Os métodos que fornecem as bases lógicas à investigação são: dedutivo, indutivo,

hipotético-dedutivo, dialético e fenomenológico (GIL, 1999; LAKATOS;

MARCONI, 1993, apud SILVA, 2005).

3.2 CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE PESQUISA

Gil (1996, p. 19) caracteriza pesquisa da seguinte forma:

Pode-se definir pesquisa como o procedimento racional e sistemático que tem como

objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa é

requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao

Page 54: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

54

problema, ou então quando a informação disponível se encontra em tal estado de

desordem que não possa ser adequadamente relacionada ao problema.

Silva (2005, p. 20) aponta que a natureza da pesquisa pode ser classificada como:

Pesquisa Básica: objetiva gerar conhecimentos novos e úteis para o avanço da

ciência sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses

universais.

Pesquisa Aplicada: objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática e

dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses

locais.

Neste trabalho será utilizada a pesquisa aplicada, pois será feita uma reengenharia

no modelo de processos de negócios de uma parte específica do setor de recursos humanos do

Poder Judiciário de Santa Catarina. Serão aplicados os conceitos de modelagem de processos

para o desenvolvimento deste projeto.

Silva (2005, p. 20) esclarece que a abordagem do problema pode ser qualitativa

ou quantitativa.

Em função do desenvolvimento deste trabalho resultar em melhorias de

desempenho dos processos, pode-se concluir que o mesmo terá uma abordagem qualitativa,

pois terá um despendimento menor de tempo ao serem efetuadas as tarefas por parte dos

atores inclusos ao processo.

Do ponto de vista de seus objetivos, este trabalho se classifica como uma pesquisa

exploratória, pois serão feitas buscas nas atuais leis a fim de saber qual é o atual fluxo de

processos, e também serão observadas onde existem gargalos de processo.

Enfim, este trabalho apresenta uma revisão bibliográfica e o desenvolvimento de

um estudo de caso, o que reafirma que se trata de uma pesquisa exploratória. (SILVA, 2005,

p. 21).

Do ponto de vista técnico (GIL 1991, apud SILVA, 2005, p. 21), este trabalho terá

duas abordagens:

Estudo de caso: que será a modelagem do atual processo do setor de recursos

humanos, e posterior remodelagem a fim de melhorar este processo.

Pesquisa bibliográfica: busca de referências de itens do assunto por este trabalho

prestado em livros e documentos que foram jugulados através de avaliação científica.

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3.3 ETAPAS

Etapa 1: Introdução.

Definição do problema que será resolvido, também será apresentada a justificativa

da importância da solução do problema e o objetivo que se persegue ao se resolver o

problema escolhido.

Etapa 2: Estudo através de referências bibliográficas.

Reunião das definições bibliográficas referentes à BPM e demais ferramentas que

auxiliarão no desenvolvimento deste projeto.

Etapa 3: Metodologia

Definição dos caminhos tomados para o desenvolvimento deste trabalho sob uma

visão científica.

Etapa 4: Modelagem.

Entendimento do atual processo e sistema existente que auxilia no processo.

Pesquisa, nas leis estaduais vigentes do processo para conhecimento detalhado do

mesmo.

Verificação da documentação existente sobre o processo.

Verificação das limitações legais.

Documentar as possíveis regras de negócio existentes.

Estabelecer quem efetua cada atividade, quando e como.

Estabelecer melhorias que possam ser feitas no processo.

Etapa 5: Desenvolvimento

Estabelecer graficamente as atividades existentes no contexto do processo atual.

Estabelecer melhorias do atual processo.

Testes e Validação.

Apresentar o processo em ambiente de execução pelos atores.

Verificar o quanto as mudanças feitas puderam melhorar o processo.

Proposta de solução.

Apresentar a automatização do processo nas ferramentas Intalio e Oracle BPM

Studio.

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56

3.4 ETAPAS METODOLÓGICAS

Na figura 27, estão os itens mais relevantes da elaboração do trabalho. Na

atividade da escolha do tema, escolhe-se por BPM.

A introdução do trabalho terá como conteúdo a justificativa, o objetivo e o

problema e a questão de pesquisa.

Na atividade de busca de fontes bibliográficas, está a pesquisa para o

desenvolvimento da revisão bibliográfica.

Na atividade metodologia está o item atual, sendo explicado nesse momento.

Então é passado para o desenvolvimento, o que é dado mais ênfase, pois é o momento quando

serão praticados todos os tópicos estudados até então.

Na atividade de recolher informações de processo nas leis estaduais, busca-se

criar um modelo mental em conformidade com a realidade, existe um gateway após essa

atividade, que serve para buscar informações relevantes em conformidade com as leis do

processo até a concretização desse modelo mental.

Com o modelo mental estabelecido, é o momento de passá-los para as ferramentas

adequadas, então, são criados os fluxogramas de acordo com as informações do processo

recolhidas através das leis. Estes fluxogramas são representados por um objeto de dados visto

na revisão bibliográfica.

Na atividade de estabelecer melhorias no processo, é feita uma remodelagem no

processo, a fim de melhorá-lo. A última etapa é a atividade modelar melhorias.

Na atividade de desenvolvimento do protótipo nas ferramentas Intalio e Oracle

BPM Studio, são criados os modelos de processos de negócio em ambas as ferramentas.

É exposto neste trabalho, o ambiente, em que os atores usarão para praticar o

processo de licença saúde.

E, por fim, são documentos neste trabalho os resultados e, conclusões obtidas com

o desenvolvimento do processo nas ferramentas.

Todos os itens descritos serão verificados na figura 27.

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Figura 27 – Diagrama de atividades deste trabalho

Fonte: O autor

3.5 DELIMITAÇÕES

Este trabalho ficará restrito a modelagem parcial de um único processo existente

na diretoria recursos humanos do TJSC. Não será implementado um sistema com base nos

dados obtidos do desenvolvimento do novo processo, apenas um ambiente desenvolvido

através das ferramentas BPM Oracle BPM 10 e Intalio, além disso, a persistência dos dados

gerados nessas ferramentas se dará por bancos de dados internos das próprias ferramentas.

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58

Em virtude da constituição brasileira não considerar legal documentos

digitalizados que não sejam assinados digitalmente, este trabalho abordará a digitalização de

documentos como uma proposta de solução para o problema definido no desenvolvimento.

Não serão consideradas para a elaboração do novo processo todas as leis

existentes dentro do processo de licença saúde do TJSC, serão consideradas apenas regras

capazes de esboçar e demonstrar um protótipo do processo de licença saúde.

Não serão exibidos resultados com BAM, ou KPI no resultado deste trabalho.

Ambos os itens, foram abordados no referencial teórico, para explanar os recursos que o BPM

pode trazer.

Não serão abordadas no desenvolvimento do trabalho as linguagens de

orquestração BPEL ou BPML. Ambos os itens, foram abordados no referencial teórico, para

explanar os recursos que o BPM pode trazer.

Não haverá validação com os atores do processo. As informações de melhorias

foram estabelecidas pelo autor do trabalho, dessa forma, esse trabalho não será utilizado no

exercício de trabalho dos atores do processo. Fato que restringe o trabalho a um estudo de

caso, ou hipótese, apenas teórico.

Não serão usadas quaisquer etapas de desenvolvimento do ciclo de vida BPM,

estabelecidas pela ABPMP. A abordagem no referencial teórica é para ilustrar uma

metodologia existente entre diversas outras.

No item do capítulo pesquisa, processos de exemplificação do TJSC, os processos

podem não condizer com a realidade. Foram elaborados estes processo a fim de explanar ao

leitor uma visão macro de uma empresa, no caso em específico, do TJSC.

3.6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A metodologia consiste nos passos que serão feitos para se praticar o

desenvolvimento do projeto. A partir da metodologia pode ser estabelecido o planejamento,

cronogramas e iniciar a pesquisa aplicada.

Além disso, na metodologia, é determinado o rumo que o projeto tomará, através

da análise do tipo de projeto e métodos diversos.

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59

4 TJSC

Este capítulo terá como conteúdo uma apresentação histórica, função e alguns

processos de exemplo do TJSC. Também serão apresentadas leis existentes que norteiam o

processo de licença saúde do TJSC.

4.1 PODER JUDICIÁRIO

Antes de iniciar o desenvolvimento do projeto, será passada ao leitor uma idéia de

como surgiu o Poder Judiciário no Brasil e também quais são as funções do Poder Judiciário.

Dessa forma, o leitor terá um entendimento da importância do TJSC e,

consequentemente na compreensão desenvolvimento deste trabalho.

4.1.1 História do Poder Judiciário no Brasil

A origem do Poder Judiciário no Brasil teve seus primeiros sinais no período

colônia.

O poder judiciário foi trazido de Portugal e baseado na estrutura que existia

naquele país, onde o rei tinha como uma das suas funções a administração da Justiça,

administração essa que também era feita por diversos juízes, então chamados de ouvidores do

crime ou cível que compunham a Casa da Suplicação que era a Corte Suprema para Portugal e

suas colônias. (MENDONÇA, 2006, p. 12).

Em 1530, desembarcou no Brasil Martim Afonso de Souza que possuía poderes

quase ilimitados na esfera jurídica, política, militar, criminal e tantas outras, por decreto de

João III que visava a explorar e a colonizar o território brasileiro. (SALGADO 1985, p. 48,

apud MENDONÇA, 2006, p. 12; SOUZA 2006, apud MENDONÇA, 2006, p. 13).

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60

Com a visita do Português Martim Afonso de Souza ao Brasil, deu-se o início ás

capitanias hereditárias. (NETO 2001, p. 30, apud MENDONÇA, 2006, p. 13).

Em 1549, foi instalado no Brasil o Governo-Geral e ficavam delegadas ao

Ouvidor-Geral as funções jurídicas e administrativas, o que fez com que os antigos ouvidores

se tornassem Ouvidores-Gerais com poderes quase ilimitados. (MENDONÇA, 2006, p. 14).

Em 1609, com o necessidade de diminuir os poderes dos ouvidores, foi instalado

um primeiro Tribunal de Relação na Bahia e um segundo, em 1751, no Rio de Janeiro, este

último mais tarde tornou-se a Casa de Suplicação para todo o Reino. (MENDONÇA, 2006, p.

14).

Ao fim do período colonial, o poder judiciário já apresentava uma madura

organização composta por:

Primeira instância:

Juiz de Vintena (para lugares com mais de vinte famílias)

Juiz Ordinário (escolhido pela população local)

Juiz de Fora (aplicava as leis, nomeado pelo rei)

Segunda instância: Relação da Bahia e Relação do Rio de Janeiro

Terceira instância: Casa da Suplicação, Desembargo do Paço (tribunal para

clemência, com pena de morte). (MENDONÇA, 2006, p. 14).

Segundo Mendonça (2006, p. 15), mais uma vez a estrutura judiciária é modifica,

pela Constituição de 1824, conforme segue:

Primeira instância: Juiz de Paz e Juiz de Direito;

Segunda instância: Tribunais de Relação;

Terceira instância: Supremo Tribunal de Justiça;

Na estrutura judiciária republicana da Constituição de 1891, já com a função de

ouvidor extinta, o antigo Supremo Tribunal de Justiça torna-se Supremo Tribunal Federal e

também os Tribunais de Relação tornam-se os Tribunais de Justiça dos Estados.

(MENDONÇA, 2006, p. 16).

Com a Revolução de 1930, foi instaurada a Justiça Eleitoral e, consequentemente,

em 1932, instalado o Tribunal Superior Eleitoral e os Tribunais Regionais Eleitorais

juntamente com a Justiça Militar estabelecidos pela Constituição de 1934.

Foi nesse patamar da história brasileira que o Senado Federal passou a ter

autonomia de suspender qualquer lei ou ato inconstitucional introduzido pelo Poder

Judiciário. (MENDONÇA, 2006, p. 16).

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61

A constituição de 1937 extinguiu a Justiça Eleitoral e Federal, que foi revivida

pela Carta de 1946, que inclusive criou o Tribunal Federal de Recursos e trouxe a Justiça do

Trabalho para o poder Judiciário. (MENDONÇA, 2006, p. 16).

Em 1968, o Ato Institucional nº 5 concedeu ao Chefe do Poder Executivo total

controle sobre os magistrados e, por fim, Ato Institucional nº 5 diminui os dezesseis ministros

para o total de onze. (MENDONÇA, 2006, p. 16).

Com a constituição de 1988, foram criados o Superior Tribunal de Justiça (cúpula

de justiça comum, federal e estadual), Tribunal Superior do Trabalho (TST), Tribunal

Superior Eleitoral (TSE) e Superior Tribunal Militar (STM), os dois últimos nas Justiças

especializadas. (MENDONÇA, 2006, p. 16).

A formação do poder Judiciário no período republicano ficou da seguinte forma:

Primeira instância: Juízes Federais e Juízes de Direito

Segunda instância: Tribunais de Justiça e Tribunais Regionais Federais

Terceira instância: Superior Tribunal de Justiça

Quarta instância: Supremo Tribunal Federal (MENDONÇA, 2006, p. 14).

4.1.2 Funções do Poder Judiciário

O Poder Judiciário é um dos pilares que formam a tríade do Estado, juntamente

com o poder Legislativo e o Executivo, constituindo os três poderes da União. O Poder

Judiciário é organização do Estado que agrega os exercícios jurisdicionais. (MENDONÇA,

2006, p. 17).

O Poder Judiciário é um conjunto de elementos pessoais e materiais inter-

relacionados, que tem a finalidade específica de assegurar o desempenho da função

jurisdicional do Estado. Da mesma maneira como o Poder Legislativo e o Poder

Executivo são as organizações que asseguram o desempenho das funções

legislativas e administrativas, o Judiciário assegura a função jurisdicional. (ROCHA

2003, p. 98, apud MENDONÇA, 2006, p. 17).

Para Mendonça (2006, p. 18), o Poder Judiciário possui, além da função

jurisdicional, mais duas funções básicas, a legislativa e a administrativa:

A função legislativa é exercida pelo Judiciário quando da elaboração dos seus

regimentos internos (art. 96, inc. I, a, da CF) e da iniciativa de leis de organização

judiciária (arts. 93 e 125, § 1º, da CF).

A função administrativa, por sua vez, corresponde à administração de sua própria

organização, dependendo dela o controle de finanças e materiais, bem como dos

juízes, no que tange as nomeações, promoções e outros.

Page 62: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

62

A modelagem do processo de negócio de licença saúde, está embutido dentro da

função administrativa do TJSC, em que está a diretoria de recursos humanos, a qual será dada

ênfase para a concretização deste trabalho.

4.2 PROCESSOS DO TJSC

A figura 28 retrata várias etapas dos processos do TJSC, desde o momento em que

uma pessoa decide entrar no TJSC até o momento quando se torna servidor púbico que será

tratado como colaborador.

O colaborador dispõe de vários serviços garantidos por direito por ser um

servidor público, lembrando que os processos, que serão exibidos na figura 28 são apenas

para demonstrar uma estrutura global do funcionamento do TJSC, ou seja, o processo que será

estudado será o processo de licença saúde, o qual está destacado na figura 28 dentro de um

retângulo sólido.

Os demais processos servem apenas para retratar um macro processo e, portanto,

não serão abordados.

4.2.1 Processos de exemplificação do TJSC

1º processo - Estudar para a prova: consiste em se preparar para efetuar a prova

para ingressar no serviço público. Como entradas desse processo, existem os livros e também

apostilas, aulas e professores que auxiliaram no ganho de conhecimento, além de outras

entradas. Como saída terá o acréscimo de conhecimento sobre o assunto estudado.

2º processo – Inscrever-se na prova. Como entrada, terá os dados do participante.

Ao inscrever-se, será gerado um boleto, e o estudante haverá de saber qual o local para

realização da prova.

3º processo – Realizar a prova. Terá como objetivo a aprovação para poder

ingressar no TJSC e, como saída o ingresso no TJSC.

Page 63: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

63

4º processo – Executar função no TJSC. Serão as atividades que o servidor

executará dentro do TJSC.

5º processo – Entrar em férias. Após um ano de trabalho como servidor público, a

pessoa terá o direito de gozar as férias.

6º processo – Retirar a licença prêmio. Após cinco anos de trabalho como servidor

público, será garantido o direito de gozar a licença prêmio.

7º processo – Retirar a licença sem vencimento. O servidor poderá entrar em

acordo com a instituição a fim de ausentar-se em função de algum motivo de interesse

próprio.

8º processo – Licença maternidade: quando dada a notícia de licença maternidade,

a futura mãe poderá ausentar-se durante período determinado pela instituição.

Quando pai também haverá a garantia por direito, porém com tempo reduzido em

relação ao da mãe (caso essa for servidora pública).

9º processo – Retirar licença saúde: Será o processo explodido e estudado

profundamente através do diagrama de atividades. Existe quando o servidor se vê na

necessidade de ausentar-se do TJSC a fim de tratamento de saúde.

Como entrada desse processo, existe o requerimento o qual é disponibilizado em

formato digital na página do TJSC (http://app.tjsc.jus.br/formres/) e também o atestado

médico diagnosticando a enfermidade.

Como objetivo será disposto para o servidor tempo necessário para tratar de sua

saúde.

Page 64: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

64

analysis Exemplo

Participante

Se tornar servidor

público do TJSC

Realizar prov a

Poder Trabalhar no

TJSC

Aulas sobre o

assunto

Trabalhar no TJSC

Simulados Professor Liv ros Apostilas

Estudar para prov a

Inscrev er-se para

a prov a

Dados do

participante

Horário e local

Boleto para

pagamento

Executar função no

TJSC

Retirar Licença

prêmio

Licença

maternidade

Entrar em Férias

Retirar licença sem

v encimento

Retirar licença

saúde

Tempo de serv iço

superior a 3 anos

Gozar licença

prêmio

Retirar-se do TJSC

no período da

licença prêmio

Tempo superior a

um ano de serv iço

prestado

Gozar férias

Retirar-se do TJSC no

período de férias

Fazer solicitação ao

TJSC

Dispor de tempo para efetuar tarefas

específicas de interesse do serv idor

Requerimento de

licença saúde

Atestado médico

Tempo para realizar

tratamento de saúde

Av iso de

maternidade

Gozo da licença

maternidade

Conhecimento para ser

aprov ado na prov a do

TJSC

Obter conhecimento

sobre determinado

assunto

Informação

adquirida ao

estudar

Realizar prov a

Afastamento para

cuidar da criança

Mão de obra do

funcionário

Realizar ativ idade

Ativ idade

executada

Gozar licença

«goal»

«output»

«output»

«input»

«input»

«goal»

«input»

«input»

«input»

«input»

«output»«output»

«input»

«goal»

«input»

«output»

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«input»

«output»

«output»

«goal»

«input»

«output»

«goal»

«input»

«input»

«goal»

«output»

«input»

«output»

«goal»

«goal»

Figura 28 – Diagrama de exemplo de processos do TJSC.

O autor.

Page 65: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

65

4.3 CONFORMIDADE LEGAL DO PROCESSO DE LICENÇA SAÚDE

Para mapear algumas das regras existentes na atividade de licença saúde, serão

tomadas, como embasamento, as leis estaduais vigentes para tal, porque o Tribunal de Justiça

é uma instituição pública estadual.

4.3.1 Cabe à Diretoria de recursos humanos despacho de licença saúde

Conforme a resolução número 18/2006-GP, disposta no Diário da Justiça

Eletrônico (2006, p. 4):

Art. 2º Fica delegada competência ao Diretor de Recursos Humanos para, em

relação aos servidores da Secretaria do Tribunal de Justiça e da Justiça de Primeiro

Grau:

I - proferir despacho final:

a) em pedidos de licença:

1. para tratamento de saúde;

2. por motivo de doença em pessoa da família.

4.3.2 Licença para tratamento de saúde

O artigo 64 da subseção II do Estatuto dos Servidores Públicos e Legislação

correlata determina que, por motivo de saúde, o funcionário público pode-se afastar por no

máximo até 2 anos, prorrogáveis por período igual, apresentando documento que comprove e

descrimine a patologia de motivo de afastamento.

O parágrafo único do artigo 64 estabelece que a licença apresentada após 60 dias

será considerada como prorrogação. (SANTA CATARINA, Lei n. 6.745 de 28 de dezembro

de 1985).

A Administração Pública, o funcionário ou o representante do funcionário pode

entrar com o pedido de licença saúde, conforme o artigo 66. O parágrafo primeiro delega à

chefia imediata a apresentação do funcionário à inspeção médica. O funcionário não poderá se

Page 66: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

66

recusar a inspeção médica, com pena de suspensão da licença, conforme parágrafo segundo.

(SANTA CATARINA, Lei n. 6.745 de 28 de dezembro de 1985).

A inspeção médica poderá ser feita por médico oficial como por outros

especialistas.

É discriminada no parágrafo primeiro a admissão de laudo médico de

profissionais oficiais ou não credenciados.

Não sendo aprovado o laudo médico, é considerada a ausência do funcionário

como licença para tratamento de interesses pessoais, isentando o médico avaliador de

quaisquer responsabilidades sobre tal. (SANTA CATARINA, Lei n. 6.745 de 28 de dezembro

de 1985).

O funcionário que exercer quaisquer atividades remuneradas no período de

licença terá a mesma cassada, descreve o artigo 68. (SANTA CATARINA, Lei n. 6.745 de 28

de dezembro de 1985).

4.3.3 Licença por motivo de doença em pessoa da família

Na o artigo 69 da subseção III do Estatuto dos Servidores Públicos e Legislação

correlata, está determinado que, por doença de cônjuge, parentes, afins até 2º grau ou

dependentes será concedida licença de até 365 dias para o servidor público estadual, podendo

ser prorrogada por mais 365 dias. (SANTA CATARINA, Lei n. 6.745 de 28 de dezembro de

1985).

O parágrafo primeiro do artigo 69 determina que seja necessário apresentar laudo

médico ao órgão de saúde oficial. (SANTA CATARINA, Lei n. 6.745 de 28 de dezembro de

1985).

Já, o segundo parágrafo descreve que, até o terceiro mês de afastamento, o

servidor público receberá o salário integral, até um ano, ficará reduzido a 2/3 e, esse período

estendendo-se dois anos o servidor receberá metade de seus proventos. (SANTA

CATARINA, Lei n. 6.745 de 28 de dezembro de 1985).

O terceiro parágrafo do artigo 69 estabelece que a jornada de trabalho do servidor

pode ser reduzida até uma quarta parte, renovando-se, a cada noventa dias, nas seguintes

situações: dependente com diabetes insulino até oito anos de idade, hemofilia, hemodiálise,

Page 67: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

67

distúrbios mentais e doenças em fase terminal. (SANTA CATARINA, Lei n. 6.745 de 28 de

dezembro de 1985)

4.3.4 Competências da Junta Médica

Através da resolução número 29/2006-GP, disposta no Diário da Justiça

Eletrônico (2006, p. 1), podem ser observados os seguintes critérios sobre competências:

“Art. 1º A Junta Médica Oficial do Poder Judiciário será constituída de 3 (três)

membros titulares e 3 (três) suplentes, indicados pelo Diretor de Saúde e designados pelo

Presidente do Tribunal de Justiça.”

Nos parágrafos do artigo segundo, são determinadas as competências do Chefe da

Junta Médica. (PODER JUDICIÁRIO DE SANTA CATARINA, 2006, p. 1): compete ao

Chefe da Junta Médica fiscalizar, controlar e acompanhar os trâmites do órgão, como também

fazer cumprir o Estatuto dos Servidores Públicos de que trata a Lei n. 6.745.

No Artigo 3º, são discriminadas as competências da Junta Médica Oficial: emitir

parecer em processos de licença saúde superior a três dias e demais trâmites relacionados à

saúde dos funcionários do TJSC. (PODER JUDICIÁRIO DE SANTA CATARINA, 2006, p.

1)

Com número de protocolo, autuado e com os seus devidos documentos, os

pedidos de licença devem ser encaminhados à Junta Médica. (PODER JUDICIÁRIO DE

SANTA CATARINA, 2006, p. 3).

Os pedidos autuados serão analisados por um dos membros da Junta Médica

escolhido aleatoriamente. Quando solicitado prorrogação, o pedido será analisado por outro

membro da Junta Médica. (PODER JUDICIÁRIO DE SANTA CATARINA, 2006, p. 3).

No Foro, os pedidos passarão pelo Secretário que encaminhará o mesmo para a

Junta Médica, e quando concluído, encaminhará a Diretoria de Recursos Humanos. (PODER

JUDICIÁRIO DE SANTA CATARINA, 2006, p. 3).

As licenças médicas deferidas ou indeferidas deverão ser informadas à Diretoria

de Recursos Humanos e à Junta Médica pelo Secretário do Foro. (PODER JUDICIÁRIO DE

SANTA CATARINA, 2006, p. 3).

Page 68: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

68

Em envelope lacrado, todos os atestados devem ser encaminhados para registro na

Junta Médica. (PODER JUDICIÁRIO DE SANTA CATARINA, 2006, p. 3).

4.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através desse capítulo, é possível ter uma idéia do funcionamento do TJSC, a

razão histórica do mesmo e ter o conhecimento da importância desta instituição para a

sociedade catarinense.

Em relação ao processo de licença saúde, as leis expostas, neste capítulo, são

fundamentais para o entendimento das regras do processo de licença saúde.

Regras essas que serão utilizadas parcialmente para a elaboração das regras de

negócio, requisitos funcionais e determinar as variáveis do diagrama de classe e estabelecer os

atores do processo do capítulo seguinte.

Page 69: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

69

5 MODELAGEM

Neste capítulo, será explicado e modelado o processo como está atualmente no

TJSC. O mesmo processo será remodelado e explicada a sua melhoria. Serão expostos os

atores do processo, diagrama de casos de usos, diagrama de classe, regras de negócio e

requisitos funcionais.

5.1 MODELAGEM DE PROCESSOS DE LICENÇA MÉDICA DO TJSC

Nesse patamar do desenvolvimento será exibido o processo no seu atual

momento, conforme a literatura o “As is” e também o momento “To be” do processo, como

foi remodelado.

5.1.1 Funcionamento do processo no atual momento, “As is”

A seguir, são apresentados os detalhes de como funciona o processo atualmente.

5.1.1.1 Atores no momento atual do funcionamento do processo o “As is”

Para o entendimento do processo de licença de saúde, é fundamental entender a

hierarquia dos setores dentro do TJSC.

Basicamente, existem no patamar mais elevado as diretorias, dentro das diretorias

existem as divisões e dentro das divisões existem as seções, então a estrutura fica dessa

forma: Diretoria (um diretor) – Divisão (um chefe de divisão) – Seção (um chefe de seção) e

os demais servidores, estagiários e terceirizados dentro das seções.

Page 70: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

70

Os atores que participam do processo no momento “As is”:

Colaborador (servidor público)

Sistema

Secretaria do Foro

Da Diretoria de Documentação e Informações (DDI)

Da Divisão de Atendimento ao Usuário (DAU)

+ Seção de Protocolos (SP)

Divisão de Arquivo Central (DAC)

Da Diretoria de saúde (DS)

Junta Médica (JM)

Da Diretoria de Recursos Humanos (DRH)

Diretor

Da Divisão de Registros e Informações Funcionais (DRIF)

+Seção de Direitos e Deveres (SDD)

+Seção de Registro de Informação (SRI)

A figura 29 representa o organograma dos atores participantes no atual processo

de licença saúde.

Figura 29 – Organograma dos setores participantes do processo atualmente

O autor

Page 71: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

71

Em virtude das melhorias do processo, todos os atores pertencentes ao

organograma da figura 29, que estão circulados por uma elipse, serão eliminados.

A figura 30 ilustra todos os atores participantes do diagrama de processo de

licença saúde no atual momento.

Figura 30 – Diagrama de atores participantes do processo atualmente

O autor

5.1.1.2 Atividades do funcionamento do processo atualmente, o “As is”

Conforme a figura 31, ou modelo “As is”, as atividades do processo de retirada de

licença saúde são:

O primeiro passo do processo é a requisição do colaborador para a Licença de

Tratamento de Saúde. Para isso, o colaborador terá que ter em mãos o atestado médico com o

diagnóstico da enfermidade.

Além disso, o colaborador terá que acessar ao site do TJSC e preencher o

formulário que está na seguinte página de internet: http://app.tjsc.jus.br/formres/.

Após o preenchimento desse formulário, imprimi-lo e despachá-lo para a

secretaria do foro que irá colocar os documentos em um malote para o setor responsável pela

expedição, lembrando que esse procedimento, a entrega do atestado e requerimento anexado,

deve ocorrer no máximo em 48 horas após o afastamento do colaborador. Quando o

Page 72: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

72

colaborador estiver no TJSC não será necessário encaminhar os documentos para a secretaria,

apenas entregará os documentos na seção de registro e de informação.

O segundo passo será a expedição para a seção de protocolos protocolar o

requerimento mais o atestado, dessa forma, será disponibilizado um número de processo para

a pesquisa no protocolo administrativo.

O terceiro passo é o envio dos documentos para a junta médica que avaliará o

atestado e fará o deferimento ou não do pedido de afastamento do colaborador. Caso o pedido

de afastamento seja indeferido, a informação será passada a DRIF para comunicar ao

colaborador sobre tal.

O quarto passo, quando deferido pedido, a seção de registro e de informação

cadastrará o deferimento do pedido na ficha cadastral do colaborador, e será emitido um email

para o colaborador com essa informação.

O quinto passo será dado pela seção de direitos e de deveres, que confeccionará o

parecer quanto ao pedido de afastamento.

O sexto passo será do diretor de recursos humanos, que avaliará o pedido e

determinará se o tempo pedido no atestado será total ou parcial. Nessa etapa, existe um tempo

de espera, pois o diretor de RH fica incumbido de diversas tarefas, em virtude disso a

aprovação fica em espera não podendo ser deferida de momento.

O sétimo passo é o cadastro do pedido parcial ou total pela seção de registro e

informação, essa informação será passada para o colaborador por essa seção.

O oitavo e último passo será o registro do pedido pela divisão de arquivo central.

Page 73: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

73

Figura 31 – Diagrama de atividades da licença de tratamento de saúde do TJSC “As is”.

O autor.

Page 74: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

74

Conforme a figura 31, o ator, circulado por uma elipse, a Diretoria de

Documentação e Informações será eliminada e substituida pelo ator Sistema/BPM.

5.1.2 Funcionamento do processo como será modelado, “To be”

Abaixo, são apresentadas as mudanças que ocorreram com a remodelagem do

processo de licença saúde.

5.1.2.1 Eliminação de alguns atores na remodelagem do processo

Conforme a figura 32, alguns dos atores que se encontravam no processo foram

eliminados em virtude da automatização das atividades de licença saúde.

Em virtude do sistema gerado pela ferramentas BPM automatizar a geração de

números de protocolos, e armazenar os documebnto relativos a licença saúde, a Diretoria de

Documentação em Informações foi eliminada. Como observa-se na figura 32.

Figura 32 – Organograma dos atores participantes do processo remodelado.

O autor.

Page 75: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

75

5.1.2.2 Mudanças no funcionamento do processo remodelado, o “To be”

Percebe-se no diagrama que mostra como ocorre o processo atualmente,

comparado ao diagrama do processo remodelado (próxima figura) algumas mudanças.

A primeira mudança é relativa ao documento de requerimento, que não será mais

disponível em uma página de internet (http://app.tjsc.jus.br/formres/), e, sim, disponível no

próprio ambiente em que o colaborador do TJSC entrará com os seus dados, login e senha,

preencherá os dados e digitalizará o atestado e demais documentos.

Não será mais necessário passar pela Diretoria de Documentação e Informações, o

próprio ambiente se incumbirá da geração do protocolo, dessa forma passando apenas pela

Junta Médica, para avaliação do documento, e quando na impossibilidade de digitalizar os

documentos, pela secretaria para despacho ao TJSC através de automóvel oficial ou pelos

correios.

Na junta médica, autenticando-se no ambiente BPM, um responsável avaliará o

atestado e demais dados do requerente e concederá ou não o parecer, quando negativo, será

disparado um email para todos os interessados dentro do processo.

Um participante encarregado na DRIF avaliará os documentos e fará o

deferimento negativo ou positivo do requerimento. Quando negativo, será disparado um email

a todos os interessados dentro do fluxo.

E, por fim, o diretor de recursos humanos concederá o parecer final,

possibilitando ao funcionário gozar a licença saúde.

Cada um dos atores envolvidos no processo é representado por um pool no

modelo “To be” (próxima figura).

O colaborador, a secretaria, junta médica, a Divisão de registros e informações

funcionais e a Diretoria de recursos humanos, cada um desses pools podem ser chamados de

roles ou funções.

Dentro de cada uma dessas funções, haverá os participantes que serão a unidade

de cada um desses, ou simplesmente cada um dos funcionários participantes do processo, com

suas devidas informações para autenticação, nome de usuário e senha.

A figura 33 ilustra o modelo do processo de licença saúde remodelado e

melhorado.

Page 76: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

76

Figura 33 – Diagrama de atividades da licença de tratamento de saúde do TJSC “To be”

O autor

Page 77: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

77

Na figura 33, observam-se 2 elipses, uma circulando o ator Sistema, que subsitui a

Diretoria de Documentação e Informações, pois o Sistema BPM fará a geração dos números

de protocolos e, também fará arquivamento dos documentos relativos ao atestado em forma

digital.

Na elipse que circula a atividade digitaliza atestado médico, será a atividade que

trará grandes melhorias ao processo, pois a execução do mesmo poderá ser feita

exclusivamente em ambiente digital.

5.1.3 Objeto do processo

O objeto que está sendo transformado é o pedido de afastamento do colaborador.

Esse objeto pode não ser aprovado, como pode ser aprovado parcialmente.

Page 78: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

78

Figura 34 – Diagrama de estado do pedido.

O autor.

5.1.4 Tipo de processo

Segundo a ABPMP (2009, p. 39), os processos podem ser divididos em três tipos:

primário, de suporte e de gerenciamento. O processo de licença de tratamento de saúde é

considerado como de suporte, pois se trata de um processo de recursos humanos.

Page 79: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

79

5.1.5 Regras de Negócio do processo remodelado

As seguintes regras de negócio foram determinadas em conformidade com as leis

estaduais vigentes relativos à licença de tratamento saúde:

custom Regras de Negócio

RN01 - A não

apresentação do

laudo e

requerimento até

2 dias após a

saída do

Colaborador

anulará a licença

saúde

RN03 - Fica sob

responsabilidade

do diretor de RH

despachar

atestado de

l iceça saúde

RN02 - Cabe à

Junta Médica

emitir parecer de

l icença saúde

superior a 3 dias

RN06 - Todos os

pedidos devem

ser protocolizados

RN05 - No Foro,

os pedidos

passarão pelo

secretário que

encaminhará à

Junta Médica e

por fim enviará

para o despacho

final da DRH

RN04 - Não

podendo

digitalizar os

documentos, os

mesmos deverão

ser

encaminhados à

Junta Médica

através de

envelope lacrado

Figura 35 – Regras de negócio do processo de licença saúde remodelado.

O autor.

5.1.6 Requisitos Funcionais do processo remodelado

O ambiente BPM deverá oferecer os seguintes requisitos aos seus usuários:

Page 80: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

80

custom Requisitos Funcionais

RF01 - Gerar

processo de

l icença saúde

RF02 - Preencher

formulário de

requerimento de

l icença saúde

RF04 - Registrar

parecer da DRIF

RF03 - Registrar

parecer da Junta

Médica

RF05 - Enviar

email aos

funcionários

interessados

RF06 - Registrar

parecer da DRH

RF07 - Anexar

documentos

digitalizados

Figura 36 – Requisitos funcionais do processo de licença saúde remodelado.

O autor.

5.1.7 Classe do objeto de licença saúde

Os seguintes dados compõem o objeto de licença saúde:

motivoAfastamento: qual enfermidade que fez com que o colaborador se

ausentasse do serviço.

atestadoDigitalizado: determina se o atestado será digitalizado, caso contrário fará

com que o processo siga um fluxo alternativo.

atestadoMedico: é o arquivo binário contendo o atestado médico.

dataDoPedido: data em que foi iniciado o processo de licença saúde.

deferidoDRH: aprovação ou desaprovação da diretoria de recursos humanos.

deferidoJM: aprovação ou desaprovação da junta médica.

diasAfastado: número de dias em que o requerente se afastará do serviço.

Page 81: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

81

matriculaServidor: matrícula do requerente de licença saúde.

motivoIndeferimento: caso houver Indeferimento, será a descrição do motivo.

Pode ser determinado pela DRH, JM ou DRIF.

nomeServidor: nome do servidor requerente.

parecerDRIF: aprovação ou desaprovação da DRIF.

protocolo: número de protocolo determinado pelo ambiente BPM.

class Domain Objects

Licença Saúde

- motivoAfastamento: String

- atestadoDigitalizado: boolean

- atestadoMedico: binary

- dataDoPedido: Date

- deferidoDRH: boolean

- deferidoJM : boolean

- diasAfastado: int

- matriculaServidor: int

- motivoIndeferimento: String

- nomeServidor: String

- parecerDRIF: boolean

- protocolo: int

Figura 37 – Classe do objeto de licença saúde.

O autor.

5.1.8 Viabilidade da digitalização de documentos

Um empecilho para a viabilidade do processo de licença saúde, como para tantos

outros processos, envolvendo documentos digitais, é a aprovação legal dos mesmos, o que é

exposto neste trabalho como uma solução de melhoria no processo de licença saúde.

A única forma legal vigente para a viabilidade da digitalização de documentos

eletrônicos é através da assinatura digital.

Segundo o artigo 1º da medida provisória número 2.200-1, incumbe-se a Infra-

estrutura de Chaves Públicas – Brasil (ICP-Brasil) á “garantir a autenticidade, a integridade e

a validade jurídica de documentos em forma eletrônica”. (BRASIL, Medida provisória n.°

2.200, de 28 de junho de 2001).

Page 82: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

82

No artigo 12, “Consideram-se documentos públicos ou particulares, para todos

os fins legais, os documentos eletrônicos de que trata esta Medida Provisória.” (BRASIL,

Medida provisória n.° 2.200, de 28 de junho de 2001)

Portanto, apenas documentos assinados digitalmente são considerados legais.

A assinatura digital será desconsiderada no desenvolvimento do protótipo deste

trabalho, pois foge do escopo do mesmo.

5.2 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através deste capítulo, foi possível estabelecer modelos possíveis para iniciar o

desenvolvimento do próximo capítulo.

Page 83: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

83

6 AUTOMATIZAÇÃO

Este capítulo terá como conteúdo os detalhes de desenvolvimento do processo

modelado nas ferramentas Intalio e Oracle BPM Studio.

6.1 AUTOMATIZAÇÃO NO INTALIO

A ferramenta Intalio possui 2 versões distintas, uma desenvolvida para a

comunidade, que é gratuita, e uma versão paga.

O protótipo com essa ferramenta foi feito utilizando a ferramenta gratuita. A

escolha da ferramenta foi feita em virtude da sua popularidade, maturidade e sendo uma

opção free em relação à ferramenta da Oracle, que é paga.

6.1.1 Ambiente de desenvolvimento

Os softwares necessários para o ambiente de desenvolvimento podem ser

encontrados em http://www.intalio.com/html/downloads/. É necessário baixar o instalador do

Designer e também o Servidor.

6.1.1.1 Instalação e execução do Designer

O Designer é o ambiente gráfico em que serão modelados os processos. Também

é possível desenvolver os formulários que existirão dentro do processo modelado.

Page 84: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

84

A versão escolhida para desenvolvimento do protótipo foi a 6.0.3.050. A notação

BPMN para a modelagem nesta ferramenta é a 2.0. No momento do desenvolvimento deste

projeto a última versão da ferramenta encontrava-se com o seguinte link para o sistema

operacional Windows 32 bits:

http://www.intalio.com/html/downloads/com.intalio.bpms.designer.distribs.ce.win32-6.1.12-

installer.exe.

Para instalar o Designer em Windows de 32 bits, é necessário executar o

instalador com.intalio.bpms.designer.distribs.ce.win32-versaoDoSoftware-installer.exe:

escolher o idioma– clicar no botão OK;

tela de boas-vindas – clicar no botão Avançar;

licença - clicar no botão concordar;

determinar pasta para instalação - clicar no botão instalar.

Para a execução no sistema Windows, é possível acessá-lo através do link criado

no menu de programas ou na pasta localDeInstalacao\Intalio-Designer-

6.0.3.050\designer.exe.

6.1.1.2 Instalação e execução do Servidor

O Servidor é um container de aplicações web Apache Tomcat versão 5.5

desenvolvido exclusivamente para trabalhar com o Intalio Designer.

Ele usará a porta 8080. É necessário observar se a mesma já não está sendo usada

por outro serviço.

Esse servidor possui banco de dados Derby que armazenará o controle de versão

dos processos e dados das instâncias dos processos, esse banco de dados usará a porta 1527.

A versão escolhida do servidor para desenvolvimento do protótipo foi a 6.0.3.038.

Quando estava sendo desenvolvido este trabalho, o link para baixar a última versão do

servidor era o seguinte: http://www.intalio.com/html/downloads/intalio-bpms-6.2.4.zip.

Para a execução do servidor no sistema Windows, é necessário descompactá-lo e

executar o arquivo de lotes startup.bat (pasta onde foi descompactado\intalio-bpms-

6.0.3.038\bin\startup.bat).

Page 85: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

85

Para fazer o deploy dos processos modelados, é necessário que o servidor esteja

em execução.

6.1.1.3 Persistência de dados no Intalio BPMS

O Intalio BPMS possui um banco de dados Derby embutido, fato que no

desenvolvimento se torna transparente, não existe a necessidade de configuração do banco de

dados, a ferramenta se encarrega de fazê-lo.

Os dados das instâncias dos processos são todos persistidos no banco de dado

Derby.

6.1.1.4 Comunidade Intalio

Para usufruir das vantagens da comunidade, como vídeos de apresentação,

exemplos e tutoriais, é necessário efetuar o cadastro no site da comunidade Intalio

(http://community.intalio.com).

6.1.2 Modelagem na ferramenta Intalio

Após feita a instalação e acessado o Intalio Designer, será necessário criar um

novo projeto.

Os passos a serem seguidos a partir da barra de menu da ferramenta são: Arquivo,

Novo, Projeto do Processo de Negócio Intalio|BPMS, nomear o projeto para LicencaIntalio e

clicar no botão Concluir.

Page 86: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

86

6.1.2.1 Formulário do Workflow

A primeira etapa a ser feita é a criação dos formulários. Ao todo foram criados 9

formulários com a extensão xform.

Os formulários formularioDRH, formularioDRIF, formularioJM e

formularioServidor serão de interação e preenchimento humano e os formulários

notificacaoSecretaria, aprovado, indeferimentoDRH, indeferimentoDRIF, indeferimentoJM

serão para notificar o Colaborador sobre o status do processo.

Para criar um formulário, é necessário clicar com o botão direito do mouse sobre a

pasta raiz do projeto, Nova, escolher Formulário do Workflow e nomeá-lo.

Na figura 38, observa-se a ferramenta Intalio, com as propriedades do formulário

Servidor em aberto.

Page 87: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

87

Figura 38 – Ambiente de desenvolvimento de formulário.

O autor.

Conforme a figura Ambiente de desenvolvimento de formulário, a aba

Propriedades conterá os atributos do item de formulário selecionado.

A aba Paleta Editor de Formulário do Workflow conterá os componentes para

desenvolvimento do formulário, apenas segurando e arrastando o componente desejado para a

área quadriculada, é possível montar o formulário.

No formulário formularioServidor, foram usados como campos de entrada de

texto os seguinte nomes: Nome_Servidor, Matrcula_Servidor, Data_do_Pedido,

Nmero_de_protocolo, Dias_afastado e Motivo_Afastamento. Como item para upload de

arquivo foi usado o atributo atestadoDigital.

No formulário formularioJM, foram usados como campos de entrada de texto os

seguinte nomes: Nome_Servidor, Matrcula_Servidor, Data_do_Pedido, Nmero_de_protocolo,

Page 88: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

88

Dias_afastado, Motivo_Afastamento e Motivo_Indeferimento. A caixa de seleção

deferimentoJM e também o link Atestado.

No formulário formularioDRIF e formularioDRH, a estrutura é semelhante ao

formularioJM, diferindo apenas a caixa de seleção para deferimentoDRIF e deferimentoDRH

respectivamente.

Após, gerado cada formulário o Intalio Designer, gera um arquivo esquema de

XML com a extensão XSD e nome igual ao formulário gerado.

Esse arquivo conterá todas as variáveis de entrada e saída do formulário, essas

variáveis serão cada um dos componentes usados para desenvolver o formulário.

6.1.2.2 Criação do diagrama de processo de negócio

Para criar o modelo gráfico do processo, é necessário ir até a raiz do projeto na

aba Explorar Processo, Nova e escolher Diagrama do Processo de Negócio.

A aba Paleta contém todas as notações BPM para a modelagem do diagrama de

negócio.

Na aba Propriedades, é possível atribuir as funções às atividades e piscinas. A

nomenclatura para as piscinas no Intalio é Pool.

As atribuições de funções no protótipo ficaram apenas em nível de usuário em

cada uma das piscinas, com exceção da piscina Processo a qual não terá interação humana.

Observa-se na figura 39, as paletas com notação BPMN e o desenvolvimento do

diagrama de atividades na ferramenta Intalio.

Page 89: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

89

Figura 39 – Ambiente da modelagem do diagrama de processo de negócio.

O autor.

6.1.2.3 Piscinas

Foram utilizadas 6 piscinas para a modelagem no Intalio. Os nomes das piscinas

foram: Secretaria, Servidor, Junta médica, DRIF, DRH e Processo.

Para adicionar as piscinas ao processo, é necessário arrastá-las da aba Paleta até a

aba do diagrama de negócio.

Todas as piscinas, com exceção da piscina Processo, não serão executáveis. Para

determinar uma raia como não executável, é necessário clicar com o botão direito do mouse

Page 90: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

90

na piscina desejada e escolher a opção Setar piscina como não executável, com isso, o

cabeçalho da piscina ficará em cinza escuro, cor diferente do restante da piscina.

Observa-se na figura 40, a opção para determinar piscina como não executável.

Figura 40 – Piscina não executável

O autor

6.1.2.4 Etapas do desenvolvimento do diagrama de processo de negócio

No Intalio, não é obrigatório a utilização do evento de início do processo, porém,

sendo uma boa prática, inclusive para melhor visualização do processo, o evento será

considerado.

Da paleta é inserido no diagrama o evento de início na piscina Servidor.

Para a piscina Servidor, é arrastado o formulário formularioServidor que está na

aba Explorar processo, e clicado na opção use formularioServidor for People Initiating

Process Activity (initProcess). Será esse formulário que dará início ao processo.

Page 91: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

91

Observa-se na figura 41, a opção para usar um formulário como início de

processo.

Figura 41 – Opções de uso de um formulário em raias não executáveis

O autor

As opções da figura anterior _ Use fomularioServidor for People Activity (create

and complete) e Use formularioServidor for Notification (notify) _ serão utilizadas durante o

decorrer da modelagem do processo.

A primeira create and complete será utilizada para o julgamento do pedido de

licença saúde pela Junta Médica, DRIF e DRH, a opção notify será usada para notificar o

status do pedido ao Colaborador e quando a secretaria tiver de despachar um atestado.

A ferramenta Intalio exige que as mensagens entre as piscinas sejam feitas através

de dois fluxos, um de entrada e outro de saída.

Por esse motivo, existem 2 ligações entre a atividade inicial e a atividade da

piscina Processo.

Durante todo o processo, serão usadas duas ligações para interligar atividades de

diferentes piscinas.

A piscina Processo será a principal piscina do processo de licença saúde, pois na

mesma estão implícitos todos os gateways e as regras para a validação do processo.

A figura 42 ilustra mensagens de entrada e saída entre atividade de diferentes

raias.

Page 92: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

92

Figura 42 – Duas conexões entre atividades em diferentes piscinas.

O autor.

Após a piscina Processo receber os dados iniciais emitidos pela solicitação do

colaborador, surge o primeiro gateway, o qual determinará se haverá uma notificação para a

secretaria despachar o documento.

O despacho de atestado pela secretaria acontecerá quando o atestado não for

digital.

A figura 43 ilustra o primeiro gateway dentro do processo de licença saúde.

Page 93: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

93

Figura 43 – Primeiro gateway e notificação do processo.

O autor.

A atividade contida na piscina Secretaria chamada Notifica Secretaria foi gerada

da mesma forma que a atividade Inicia processo.

A diferença foi a opção Use formularioServidor for Notification (notify) que foi

selecionada após o formulário notificacaoSecretaria ser arrastado para a piscina Secretaria.

Foi necessário também criar uma atividade na piscina Processo para receber e enviar as

mensagens entre as piscinas.

Nas demais notificações, no decorrer do processo, foram feitos os mesmos

procedimentos, variando o formulário e também a piscina que será notificada.

A regra do gateway existente entre atividade Recebe Dados iniciais e Notificar

Secretaria é definida na aba de Mapeamento.

A aba mapeamento contém todas as variáveis de transição entre as atividades. É

no mapeamento que são transportados os valores das varáveis a cada um dos formulários e

também onde são estabelecidas as regras.

No primeiro gateway, a condição ficou conforme a figura 44:

Figura 44 – Regra no primeiro gateway do processo.

O autor.

O significado do mapeamento anterior é: se o nome do arquivo que vir do

formulário disparado pelo servidor for igual a vazio, então o atestado será enviado através de

correio ou automóvel oficial.

Dessa forma, é enviada uma notificação à secretaria, alertando sobre um

documento pendente a ser despachado.

Caso contrário, por padrão, o fluxo segue o seu caminho eventual, representado

por um risco diagonal em uma das opções de fluxo após o gateway.

Page 94: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

94

Para os demais gateways foi utilizada estrutura semelhante, diferindo a variável de

saída que será a caixa de seleção com o valores sim ou não referentes à aprovação da Junta

Médica, DRIF e DRH estabelecidas em seus referidos formulários de aprovação.

Na próxima etapa do processo, serão recebidas pela Junta Médica as varáveis

disparadas pelo requerente ao pedido de licença saúde.

Para a interação da função Junta Médica, é necessário arrastar o formulário

formularioJM até a piscina Junta Médica e escolher a opção Use fomularioServidor for

People Activity (create and complete).

Duas atividades surgirão na piscina Junta Médica. Na piscina processo, outras 2

atividades haverão de ser criadas para receber e enviar as mensagens das atividades criadas na

piscina Junta Médica.

A figura 45 ilustra as atividades de create e complete utilizados pela ferramenta

Intalio.

Figura 45 – Primeiro gateway do processo.

O autor.

Criadas as atividades de formulário da Junta Médica e do processo, é necessário

mapear a variáveis que chegarão ao formulário da Junta Médica. Com a atividade Envia dados

para JM selecionada, abre-se a aba de mapeamento.

A figura 46 ilustra as conexões de dados entre diferentes formulários.

Page 95: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

95

Figura 46 – Mapeamento das varáveis para o formulário da Junta Médica

O autor

Ao lado direito da figura 46 constam as variáveis do formularioServidor, que são

as variáveis de saída e, ao lado esquerdo, as varáveis que receberam os dados, as variáveis de

entrada do formulário formularioJM.

Além da ligação das variáveis, existe uma validação para os atestados não

digitalizados. Essa validação pode ser expressada da seguinte forma: se o nome da imagem

for vazio, logo não existe a imagem, então, é atribuído ao link um javascript alertando ao

usuário que o atestado não é digitalizado.

Caso exista um nome de imagem, o link será a url que foi anexada junto ao

formulário do servidor. O link que se descreve é o link no formulário da Junta Médica.

Esse mesmo processo acorre para a DRIF e DRH, diferindo apenas na variável de

aprovação de cada um desses setores.

Page 96: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

96

6.1.2.5 Usuários do processo

No processo de licença saúde, foram determinados 5 usuários distintos para cada

uma das piscinas: intalio/secretaria, intalio/servidor , intalio/jm, intalio/drif, intalio/drh.

Para relacionar o usuário à piscina, é necessário selecionar a piscina e, em

propriedades escolher Workflow e determinar o usuário em User(s), conforme figura 47.

Figura 47 – Usuário participante da piscina DRH

O autor

Para adicionar ao servidor cada um dos funcionários, é necessário acessar ao

arquivo XML que está na pasta servidorIntalio\var\config\security.xml e adicionar as

seguintes linhas:

<user identifier="nomeDoUsuario"> <name>Nome do Usuario</name>

<email>[email protected]</email>

<password>senhaDoUsuario</password>

<assignRole>FuncaoDoUsuario</assignRole> </user>

6.1.2.6 Modelo final na ferramenta Intalio

Na figura 48, é observado o diagrama de atividades na ferramenta Intalio. Esta

ferramenta utiliza notação BPMN 2.0, e todo a lógica de negócios está na raia Processo, que

está no meio do diagram de atividades.

Page 97: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

97

Page 98: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

98

Figura 48 – Diagrama de processos na ferramenta Intalio.

O autor.

6.2 AUTOMATIZAÇÃO NO ORACLE BPM

Para licenciamento da Suíte BPM oferecida pela Oracle, existe a cobrança de

valores relativos aos serviços da suíte de arquitetura dirigida a eventos e também ao

desenvolvimento de relatórios e formulários.

É possível ter uma prévia dos valores dos produtos Oracle em

http://www.oracle.com/us/corporate/pricing/technology-price-list-070617.pdf, inclusive da

suíte BPM.

Porém o Oracle BPM Studio, ambiente de modelagem, é possível baixá-lo sem

custos, nesse em que será dado ênfase e no qual será desenvolvido o protótipo.

A ferramenta foi escolhida por ser a utilizada para desenvolvimento da

modelagem dos processos no TJSC.

6.2.1 Ambiente de automatização

A versão para desenvolvimento do protótipo foi a 10.3.2c do Oracle BPM Studio,

que pode ser encontrada para download no site da Oracle. É requisito para efetuar o download

de software Oracle o cadastro em http://www.oracle.com.

Para efetuar o download do Oracle BPM Studio na versão 10.3.2c, é necessário

acessar à URL http://www.oracle.com/technetwork/middleware/bpm/downloads/index-

100737.html autenticado com usuário Oracle, após isso, aceitar os termos de uso.

Foi escolhida a versão para Windows de 32 bits para o desenvolvimento do

protótipo. O executável pode ser baixado diretamente no endereço

http://download.oracle.com/otn/bea/bpm/OracleBPMStudio103200_win.exe.

Page 99: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

99

6.2.1.1 Instalação e execução do BPM Studio

Executar OracleBPMStudio103200_win.exe.

Introduction – Clicar no botão Next

Choose Install Folder (Determinar Pasta) – Clicar no botão Next

Pre-Installation Summary – Clicar no botão Install

Install Complete - Clicar no botão Done

Para a execução no sistema Windows, é possível acessá-lo através do link criado

no menu de programas ou na pasta

localDeInstalacao\OraBPMStudioHome\eclipse\eclipse.exe.

6.2.1.2 Servidor WEB

O Oracle BPM Studio 10 possui um servidor Web apache tomcat 5.5. Essa

verificação é apenas a nível informativo, pois, não foi necessário configurar o servidor WEB,

recurso feito pela própria ferramenta.

6.2.1.3 Persistência de dados no Oracle BPM Studio 10

O Oracle BPM Studio 10 possui um banco de dados Derby embutido, fato que no

desenvolvimento se torna transparente, não existe a necessidade de configuração do banco de

dados, a ferramenta se encarrega de fazê-lo.

Page 100: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

100

Os dados das instâncias dos processos são todos persistidos no banco de dado

Derby.

6.2.2 Modelagem na ferramenta Oracle BPM Studio

Após feita a instalação e acessado o Oracle BPM Studio, será necessário criar um

novo projeto.

Os passos a serem seguidos a partir da barra de menu da ferramenta são: File,

New, Project, BPM, BPM Project, Botão Next, em Project Name inserir o nome do projeto,

no caso do protótipo foi LicencaOracle, Next e por fim Finish.

6.2.2.1 Variáveis do processo

Para criar as variáveis, é necessário abrir a estrutura hierárquica do projeto e clicar

o botão direito do mouse em Catalog, New, Module. Inserir o nome do módulo, no caso do

protótipo foi Dados.

Clicar o botão direito do mouse no módulo, depois em New e BPM Object. Inserir

o nome do objeto BPM, no protótipo foi Dados_licenca.

Dois cliques sobre o objeto BPM e inserir as variáveis que serão trabalhadas no

decorrer de todo o processo. No protótipo, foram utilizadas as seguintes variáveis conforme a

figura 49.

Page 101: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

101

Figura 49 – Variáveis utilizadas no desenvolvimento do protótipo na ferramenta Oracle BPM Studio 10.

O autor.

6.2.2.2 Formulários

Foram criados 5 formulários com os seguinte nomes: AnexaImagem,

ParecerDRH, ParecerDrif, PreencheFormulario e VerificaAtestado.

Para criação de um formulário, é necessário clicar no objeto BPM criado com o

botão direito do mouse depois em New e em Presentation, escolher o nome do formulário,

conforme listado anteriormente e, após isso, determinar as variáveis que farão parte de cada

um dos formulários.

No formulário AnexaImagem, foi associado a seguinte variável:

arquivoBinario

No formulário ParecerDRH foram associadas as seguinte variáveis:

nomeServidor

Page 102: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

102

matriculaServidor

atestadoDigitalizado

dataDoPedido

diasAfastado

motivoAfastamento

protocolo

deferidoDRH

motivoIndeferimento

arquivoBinario

No formulário ParecerDrif, foram associadas as seguinte variáveis:

nomeServidor

atestadoDigitalizado

dataDoPedido

diasAfastado

matriculaServidor

motivoAfastamento

parecerDRIF

motivoIndeferimento

arquivoBinario

protocolo

No formulário PreencheFormulario, foram associadas as seguinte variáveis:

nomeServidor

atestadoDigitalizado

dataDoPedido

diasAfastado

matriculaServidor

motivoAfastamento

protocolo

No formulário VerificaAtestado, foram associadas as seguinte variáveis:

Page 103: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

103

nomeServidor

atestadoDigitalizado

dataDoPedido

diasAfastado

matriculaServidor

motivoAfastamento

protocolo

deferidoJM

motivoIndeferimento

arquivoBinario

6.2.2.3 Criação de funções (roles)

Foram criadas 6 funções no projeto: Diretoria RH, Junta Médica,

Colaborador/Servidor, Sistema, Secretaria e DRIF. Para criá-las, é necessário abrir o projeto,

escolher a pasta Organization, clicar o botão direito sobre Roles e escolher New.

6.2.2.4 Criação de participantes (participants)

Para cada uma das funções, foi determinado um participante, os quais são os

usuários que irão se autenticar no ambiente: para Diretoria RH, o participante DRH, para a

Junta Médica, o participante JM, para a Colaborador/Servidor, o participante servidor, para a

Secretaria, o participante secretaria e, para a DRIF o participante drif.

Para criá-las, é necessário abrir o projeto, escolher a pasta Organization, clicar

com o botão sobre Participant, New e associar a respectiva função.

Page 104: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

104

6.2.2.5 Raias do processo

Clicando com o botão direito sobre o projeto na aba Project Navigator, New,

Process e escolhendo o nome para tal, será possível modelar o processo visualmente.

Ao lado direito da tela que terá uma raia com um evento de início ligado a um

evento de fim pode-se verificar um menu com itens da notação BPMN.

Arrasta-se para a tela gráfica do processo a notação Lane. Clicando sobre a raia

com botão direito do mouse e escolhendo Properties, é possível associá-las a uma função.

6.2.2.6 Evento de início

As variáveis que serão utilizadas durante o percurso do processo necessitam ser

instanciadas no evento de início do processo. O inicio do processo se dará na raia que está

associada à função Colaborador/Servidor.

Para a instanciação das varáveis, é necessário dar 2 cliques sobre o evento de

inicio. Adicionar o argumento atestadoArg de tipo Dados.Dados_licenca, fechar a janela,

adicionar a instância atestado de tipo Dados.Dados_licenca, fechar a janela e clicar no ícone

mais e em Instance Variable adicionar atestado, e em Argument adicionar atestadoArg.

6.2.2.7 Fluxos de Tela (Screenflows)

Os fluxos de tela têm o papel de associar um formulário a uma determinada

atividade.

Para a inserção de um Screenflow, é necessário acessar a pasta Process, e então,

clicar com o botão direito em New e Screenflow. Foram criados os seguintes fluxos de tela no

Page 105: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

105

protótipo: AnexaImagem, ParecerDRH, ParecerDrif, PreencheFormulario e

VerificaAtestado.

Para a configuração de um fluxo de tela, é necessário abri-lo, adicionar uma

atividade do tipo Interactive Component Call entre os eventos de início e fim, conforme

figura 50.

Figura 50 – Evento de início, atividade e evento final internos a um Screenflow.

O autor.

Para configurar as variáveis de início e fim do fluxo de tela, é preciso clicar duas

vezes sobre o respectivo evento e adicionar o argumento atestadoArg de tipo

Dados.Dados_licenca, fechar a janela, adicionar a instância atestado de tipo

Dados.Dados_licenca, fechar a janela e clicar no ícone mais e em Instance Variable adicionar

atestado, e em Argument adicionar atestadoArg, confome figura 51.

Figura 51 – Variável e argumento no evento de início de um Screenflow.

O autor.

Para associar o ScreenFlow a um determinado formulário, é preciso clicar na

atividade que foi adicionada entre os evento de início e fim.

Page 106: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

106

Na lista suspensa Implementation Type, escolher BPM Object Interactive Call, na

lista suspensa Select BPM Object Variable escolher a variável atestado, escolher a caixa de

seleção Use BPM Object Presentation e associar a um dos formulários criados confome

figura 52.

Figura 52 – Tela de configuração de um Screenflow.

O autor.

Para determinar as ações dos botões Enviar e Cancelar, que aparecerão no

ambiente web do usuário, é necessário clicar no botão Argument Mappings, na ação de saída,

por exemplo, AnexaImagemOut clicar no botão adicionar e em Instance Variable.

Escolher action e adicionar o seguinte argumento: selectedButton == "submit" ?

OK : CANCEL, clicando mais uma vez no botão adicionar escolher result e adicionar o

seguinte argumento: selectedButton, confome figura 53.

Page 107: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

107

Figura 53 – Configuração das variáveis de saída de um Screenflow.

O autor.

O processo descrito acima foi feito para cada um dos cinco ScreenFlows usados

no protótipo.

6.2.2.8 Atividade global

A atividade global será que iniciará todo processo. A mesma é alocada na raia em

que está atribuída a função Servidor/Colaborador. Ela não será conectada a nenhuma das

demais atividades do fluxo, confome figura 54.

Figura 54 – Atividade global dentro da raia que iniciará o processo

O autor

Para configurar a atividade global, é necessário dar dois cliques sobre a mesma.

Na lista suspensa Implementatios Type escolher Screenflow e em Related Screenflow escolher

o nome do Screenflow que dará a partida ao processo, no protótipo foi PreencheFormulario.

Clicar sobre o botão Argument Mapping e adicionar o argumento de entrada

atestadoSfArg com o valor (Value) Dados_licenca() e o argumento de saída atestadoArg=

atestadoSfArg.

Page 108: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

108

Seguidamente fechar a janela e clicar no botão Edit. O Screenflow

PreencheFormulario terá peculiaridades e, uma delas é que o argumento se chamará

atestadoSfArg e, a outra, é que a instância se chamará atestadoSf. Fato que ocorrerá no evento

de início e fim do ScreenFlow.

Outra peculiaridade será a atividade automática Inicializa, que conterá atribuição

ao valor da variável atestadoSf.dataDoPedido='now', a qual determinará a data do pedido

como data atual. Sendo atestadoSf o nome da variável que percorrerá o Screenflow

PreencheFormulario, o mesmo deverá ser configurado como a variável do objeto BPM, como

visto na figura 55.

Figura 55 – Eventos e atividades do Screenflow da atividade Global.

O autor.

6.2.2.9 Atividades

Ao todo foram utilizadas 11 atividades para a modelagem do processo, sendo que

5 foram de interação humana (Interactive), 5 foram automáticas (Automatic), 1 atividade

global (Global Activities), um evento de fim e outro evento de início.

A disposição final do diagrama de processo de negócio ficou confome figura 56.

Page 109: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

109

Figura 56 – Processo modelado na ferramenta Oracle BPM Studio.

O autor.

Todas as atividades interativas foram associadas aos seus respectivos Screenflows,

apenas na atividade da função Secretaria não foi associado um Screenflow.

Ás atividades automáticas, sem ícones (aparecem em azul, quando vistas na

ferramenta), podem ser atribuídos valores as variáveis do processo e também podem ser

adicionadas regras de negócio.

A atividade com um ícone em, forma de asterisco, é a atividade global (de cor

vermelha, quando visualizado na ferramenta). As atividades com um ícone em forma de

boneco (também em vermelho, quando visualizada na ferramenta) são as atividades

interativas, só é possível associar formulários a essas atividades nesse processo.

Page 110: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

110

Para associar uma atividade interativa a um Screenflow, é necessário clicar duas

vezes sobre o mesmo e selecionar na lista suspensa Implementation Type a opção Screenflow

e em Related Screenflow o respectivo Screenflow, confome figura 57.

Figura 57 – Configuração da associação entre Sreenflow e atividade.

O autor.

Em seguida, clicar em Argument Mapping, adicionar a instância atestado de tipo

Dados.Dados_licenca. Na entrada, o argumento atestadoArg será igual à instância atestado, e

na saída o inverso, confome figura 58.

Page 111: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

111

Figura 58 – Configuração das variáveis e argumentos entre Sreenflow e atividade.

O autor.

Para cada uma das atividades com ScreenFlow relacionado, foi feito o processo

descrito anteriormente.

6.2.2.10 Gateways

Na atividade automática Recebe Dados do Requerimento pertencente à raia com

função Sistema, foi adicionado o seguinte algoritmo, escrito em Process Business Language

(PBL).

if atestado.atestadoDigitalizado=false then

result = "Nao Digitalizado"

else

result = "Digitalizado"

end

Page 112: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

112

Esse algoritmo determinará qual próxima atividade o processo irá seguir. Caso o

atestado não seja digitalizado, irá para a Secretaria, regra que está implícita no gateway que

liga a raia Sistema à raia Secretaria, por padrão, o processo seguirá para o Colaborador.

Conforme ligação entre o Sistema e o Colaborador/Servidor, nesse caso o

colaborador irá anexar o atestado digital.

Na raia Junta Médica, caso o pedido for deferido, por padrão, o processo seguirá

para a raia DRIF, o que está implícito no fluxo de ligação entre a Junta Médica e a DRIF,

sendo indeferido, será despachado um email ao Colaborador, avisando sobre o indeferimento.

Este detalhe que consta no processo visual e é uma atividade automática com os

algoritmos para o envio de email, e, por fim, o processo é finalizado em um evento final.

De forma semelhante, o processo ocorre nas duas próximas raias, mudando

apenas a variável de aprovação da DRIF e da Diretoria de Recursos humanos.

Fato que é determinado no fluxo de ligação entre as atividades dessas duas raias e

suas respectivas atividades automáticas de envio de email.

Tendo aprovação pela Junta Médica, DRIF e DRH, é despachado um email ao

Colaborador, alertando sobre a aprovação do pedido de licença saúde.

6.3 VALIDAÇÃO

Abaixo seguem o processo na prática, utilizando os ambientes Web oferecidos

pelas ferramentas Intalio e Oracle BPM.

6.3.1 Validação no Intalio

Para executar o processo no Intalio, é necessário iniciar o servidor, configurar o

projeto e fazer o deploy do mesmo, confome figura 59.

Page 113: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

113

Figura 59 – Ícones de deploy e configuração do projeto respectivamente

O autor.

A tela de login pode ser acessada através do endereço http://localhost:8080/ui-

fw/login.htm, conforme figura 60.

Figura 60 – Tela de login no ambiente Worflow da Intalio

O autor

Após autenticar-se no sistema, haverá para o usuário Colaborador três abas

disponíveis: Tarefas, Notificações e Processos. Sendo o colaborador o usuário que iniciará o

processo, haverá um processo na aba Processos, confome figura 61.

Figura 61 – Ambiente do Colaborador com link para inicio de processo.

O autor.

Quando clicado no link Inicia processo de licença saúde, surge a seguinte tela,

confome figura 62.

Page 114: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

114

Figura 62 – Tela de registro de pedido de licença saúde do servidor.

O autor.

O usuário servidor/Colaborador preenche os dados do requerimento, anexa o

atestado e clica no botão Start.

O usuário da Junta Médica ingressa no ambiente BPM e verifica suas tarefas,

confome figura 63.

Page 115: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

115

Figura 63 – Tela de tarefas da Junta Médica.

O autor.

O usuário da Junta Médica clica sobre o link Concede parecer sobre atestado e

abre a seguinte página, confome figura 64.

Figura 64 – Tarefa da Junta Médica expandida.

O autor.

O usuário da Junta médica clica sobre o link chamado Atestado e, no navegador

de internet é possível verificar o atestado, confome figura 65.

Page 116: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

116

Figura 65 – Atestado anexado com detalhe do servidor.

O autor.

A imagem não aparece dessa forma no ambiente Intalio. Foi utilizado um recurso

do navegador Firefox para demonstrar que o anexo está hospedado no servidor Intalio BPMS.

O usuário da Junta Médica fecha a janela com o atestado e clica no botão

Complete.

As mesmas atividades acontecem para a DRIF e também para o DRH. Quando

aprovado na DRH, o usuário servidor recebe uma notificação da seguinte forma, confome

figura 66.

Figura 66 – Tela de notificações do servidor

O autor

E clicando sobre o link, Seu pedido foi aprovado, aparecerá a seguinte tela,

confome figura 67.

Page 117: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

117

Figura 67 – Notificação do servidor expandida.

O autor.

6.3.2 Console Intalio

É possível verificar as instâncias dos processos no Console do Intalio. O endereço

para acesso ao console do Intalio é http://localhost:8080/bpms-console/login.htm. Entrando

com o usuário administrador (admin) e senha changeit, é possível verficar quais versões estão

em funcionamento do processo e também as instâncias que estão sendo executadas do mesmo

processo, confome figura 68.

Figura 68 – Tela inicial do console Intalio.

O autor.

Através da tabela acima se sabe que o processo LicencaIntalio, na sua primeira

versão, está sendo executado e que uma instância está em progresso e outra foi completada.

Clicando sobre o link licencaSaude:Processo, temos a seguinte tela, confome

figura 69.

Page 118: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

118

Figura 69 – Detalhes do processo LicencaSaude.

O autor.

A aba diagrama exibe um Diagrama do processo de negócio de licença saúde e a

aba recursos exibe todos os arquivos wsdl e xsd disponíveis no projeto do processo.

Ao clicar em Visualizar instâncias, é exibida a seguinte tela, com fome figura 70.

Figura 70 – Instâncias do processo de licença saúde no console.

O autor.

Confere-se que existe uma instância de processo em execução e outra já

finalizada. Clicando sobre a instância não finalizada, tem-se a seguinte tela, confome figura

71.

Page 119: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

119

Figura 71 – Instância do processo de licença saúde em progresso.

O autor.

Confome figura 71, estão os detalhes do processo e, mais abaixo consta em que

ponto a instância do processo está.

Page 120: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

120

Figura 72 – Atividade em que parou a instância do processo.

O autor.

Confome figura 72, o ícone em forma de círculo com seta interna para a direita,

presente na atividade Salva Informações DRIF representa que o processo está esperando a

aprovação da DRIF para ser dada continuidade, no navegador esse ícone é verde.

6.3.3 Dificuldades encontradas no Intalio BPMS

Foram inúmeras as tentativas de criação, geração de modelos e testes. Foi um

grande processo de tentativa e erro até chegar ao modelo final na ferramenta Intalio, o qual é

exibido neste trabalho. Apesar da comunidade Intalio oferecer uma documentação

considerada vasta, com vídeo aulas, tutorias e inclusive projetos prontos, cada projeto possui

suas peculiaridades.

Page 121: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

121

Um problema que ocorreu no console é o de após ser lançado uma versão mais

recente do mesmo processo, faz com que as demais instâncias do processo falhem até mesmo

do novo processo.

Para contornar esse erro foi criado um arquivo em lotes com a seguinte estrutura:

rmdir C:\intalio-bpms-6.0.3.038 /S /Q

MKDIR C:\intalio-bpms-6.0.3.038\

XCOPY C:\TMP\intalio-bpms-6.0.3.038\*.* C:\intalio-bpms-6.0.3.038\ /S

set ANT_HOME=c:\ant

set JAVA_HOME=C:\Program Files\Java\jdk1.6.0_26

set PATH=%PATH%;%ANT_HOME%\bin

set CATALINA_HOME=C:\intalio-bpms-6.0.3.038

C:\intalio-bpms-6.0.3.038\bin\startup.bat

O script acima apaga todos os dados do servidor, faz uma cópia de uma pasta de

backup do servidor e executa o servidor.

Em algumas versões do Windows 7, não foi possível executar o servidor

diretamente pelo script startup.bat, encontrado internamente na pasta do servidor. A solução

foi a criação de um arquivo de lotes com esta estrutura:

set ANT_HOME=c:\ant

set JAVA_HOME=c:\Program Files\Java\jdk1.6.0_26

set PATH=%PATH%;%ANT_HOME%\bin

set CATALINA_HOME=C:\intalio-bpms-6.0.3.038

C:\intalio-bpms-6.0.3.038\bin\startup.bat

Em determinado patamar de desenvolvimento, não foi possível emitir instâncias

do processo sem anexo.

Foi resolvido o problema de não aceitar processo sem anexo, utilizando o nome

do arquivo para garantir a existência do mesmo.

Um problema, que não se encontrou solução, foi o de acessar o link não

remetendo a um atestado e abrir uma nova página/aba. Foi tentado resolver esse problema

através de um comando javascript:alert('Atestado não digitalizado'); return false;, porém foi

uma tentativa sem sucesso.

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122

Apesar da versão 6 do Intalio ser bastante recente, ela possui um bom nível de

estabilidade, inclusive possibilitando a modelagem e o desenvolvimento com uma boa

variedade de recursos.

6.3.4 Validação no Oracle BPM

Para iniciar o processo, será necessário clicar no ícone Start Engine com o projeto

LicencaSaude selecionado.

Após isso, deve-se lançar o espaço de trabalho, espaço em que os participantes

usarão para executar o processo, confome figura 73.

Figura 73 – Ícones de Start Engine e Launch Workspace respectivamente.

O autor.

A primeira tela em que o usuário do ambiente se deparará será a seguinte,

confome figura 74.

Figura 74 – Tela de logon do Oracle BPM Workspace

O autor

O participante servidor se logará para dar início ao processo, confome figura 75.

A inexistência de campo de senha se dá em virtude da execução local do Oracle BPM Studio.

Page 123: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

123

Figura 75 – Tela do ambiente do participante servidor.

O autor.

O participante servidor clicará sobre o link Solicitar pedido de licença saúde e

abrirá a seguinte janela, confome figura 76.

Page 124: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

124

Figura 76 – Tela de preenchimento do formulário de licença saúde.

O autor.

O colaborador preencherá os seus dados e clicará em enviar para dar seguimento

ao processo, confome figura 77. No caso acima, figura 76, foi selecionado o campo Atestado

Figura 77 – Detalhe do ambiente do colaborador para anexar o atestado.

O autor.

O campo Descrição é o nome da instância do processo e Anexar atestado é a

atividade atual. Clicando no link Anexar atestado, abre a seguinte janela, confome figura 78.

Page 125: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

125

Figura 78 – Tela para anexar atestado ao pedido

O autor

Já com o atestado anexado, o Colaborador envia o documento que irá para a

avaliação da Junta Médica, confome figura 79.

Page 126: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

126

Figura 79 – Tela do participante JM.

O autor.

O participante JM, relativo à função Junta Médica, ingressa no ambiente e verifica

que existe um processo de licença saúde para ser deferido, confome figura 80.

Figura 80 – Link para a Atividade Verifica atestado do participante JM.

O autor.

Ao clicar no link Verifica atestado, abrirá a seguinte tela, confome figura 81.

Page 127: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

127

Figura 81 – Tela de aprovação da Junta Médica.

O autor.

Em um fluxo ideal, o participante JM clica em aprovado e depois no botão enviar,

que consta na parte inferior do formulário da figura anterior.

No ambiente de um participante da função DRIF, existirá um processo esperando

por ser aprovado. O participante da DRIF defere o pedido da mesma forma que a JM. Então, o

pedido é encaminhado a DRH, que analisa o pedido e mais uma vez o aprova. E, por fim, é

enviado um email ao colaborador, alertando sobre a aprovação do seu pedido de licença

saúde.

Page 128: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

128

6.3.5 Dificuldades encontradas no Oracle BPM Studio

A ferramenta Oracle BPM Studio foi a primeira de que o autor teve contato, e foi

importante para mensurar o quanto uma ferramenta BPM pode oferecer de recursos para a

modelagem de processos de negócios. Porém, existiu uma quebra de paradigma em relação ao

desenvolvimento de projetos por parte do autor, sendo que toda quebra de paradigma é

acompanhada de um processo reflexivo complexo.

A grande dificuldade encontrada foi a mudança de padrões de desenvolvimento de

projeto.

Dentre as dificuldades pontuais, encontradas, destacam-se as relativas aos anexos.

Tentou-se desenvolver um componente de upload conforme pacote encontrado em fóruns do

Oracle BPM. Foi em vão a tentativa, pois não foi possível relacioná-lo ao link dos usuários

que aprovariam o pedido. Usou-se então um componente de upload de imagens que a própria

ferramenta dispõe, pois, a necessidade era apenas para imagens e o componente cumpria esse

papel.

A configuração do tamanho das imagens para upload,também teve que ser

redefinida, mudo-se de 16 Kbytes para 2000 Kbytes. Para redefinir o tamanho para upload

dentro da ferramenta, é necessário clicar o botão direito sobre o projeto, Engine Preferences,

aba Advanced e mudar o atributo Maximum Instance Size para o tamanho desejado, no caso

do protótipo, para 2000 Kbytes.

6.4 RESULTADOS

Aproximadamente 15 mil processos de licença saúde são feitos anualmente no

Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Todos esses processos são originados de cada uma das

113 comarcas no estado de Santa Catarina, e cada um dos processos originados nas comarcas

é encaminhado para o Tribunal de Justiça de Santa Catarina para aprovação.

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129

Os processos de licença saúde utilizam um formulário disponível na internet para

que o requerente o preencha e encaminhe juntamente com os demais documentos, atestados e

exames para o TJSC.

Esses documentos são protocolizados e colocados em malotes. Para o envio

desses documentos, utilizam-se os correios ou então automóvel oficial.

Utilizando uma ferramenta BPM para a modelagem de processos de negócio, é

possível efetivar a automação dos mesmos processos, como feito no processo de licença

saúde.

Com a modelagem e automação do processo, é possível criar o ambiente

executável. Com isso, não será mais necessário o envio dos documentos pelos correios ou por

automóvel do TJSC a aqueles pedidos que forem digitalizados com seus devidos documentos.

Com isso, haverá maior agilidade na aprovação dos processos, pois cada um dos atores

poderão facilmente acessar a todos os documentos e detalhes do pedido de licença a serem

aprovados no ambiente BPM. Serão eliminados gastos com combustível e correios por parte

do TJSC. O arquivamento de documentos se dará digitalmente, o que eliminará o acúmulo de

papéis no almoxarifado do TJSC.

Em relação à manutenção do Workflow BPM, as ferramentas permitem

flexibilidade, quando necessário efetuar mudanças no processo.

Quando percebida atividade desnecessária no processo, o simples fato de eliminá-

la no diagrama de processos de negócio, refazer as ligações necessárias e sincronizar com o

servidor BPM, irá refletir no ambiente BPM que já estará pronto para execução.

6.4.1 Protótipo na ferramenta JBPM

O autor, na tentativa de desenvolver um protótipo, utilizando uma ferramenta

gratuita, optou pela utilização do JBPM em primeiro momento.

A versão utilizada para desenvolvimento foi a 5. Para desenvolvimento de

processo no JBPM existem, na página de internet da empresa JBoss, manuais para cada uma

das versões do framework, inclusive da versão 5. A empresa JBoss oferece para o JBPM 5 um

Page 130: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

130

recurso de instalação do ambiente total, com o servidor de aplicação, IDE e plugins através de

um script. Esse script baixa os arquivos necessários para instalação do ambiente JBPM de

desenvolvimento e depois o instala.

Antes de ser executado o script, é necessário baixar o arquivo de instalação. No

momento do desenvolvimento deste trabalho, a última versão encontrava-se no endereço

http://sourceforge.net/projects/jbpm/files/jBPM%205/jbpm-5.1.0.Final/jbpm-5.1.0.Final-

installer.zip/download.

Foi essa mesma versão que se tentou desenvolver o protótipo. Após

descompactado o arquivo, executa-se o seguinte script na pasta jbpm-installer:

set ANT_HOME=c:\ant

set JAVA_HOME=c:\Program Files\Java\jdk1.6.0_26

set PATH=%PATH%;%ANT_HOME%\bin

ant install.demo

São requisitos para funcionamento do script os arquivos do framework ant na

máquina onde será instalado o ambiente JBPM.

Apesar da facilidade de instalar o ambiente JBPM 5, p autor não conseguiu

elaborar o proytótipo nessa ferramenta, pois era uma versão do JBPM muito recente. O autor

encontrou diversas dificuldades para o desenvolvimento nessa ferramenta, e inclusive

manipulação do console, que possuía uma infinidade de erros.

Desistiu-se dessa ferramenta, e foi tentado uma versão anterior, a versão 4. Porém

o suporte para a instalação do ambiente JBPM na versão 4 estava defasado. Procurou-se,

então, a versão 3, da mesma forma que a 4 não encontrou-se suporte.

Por esse motivo, optou-se pelo Intalio para desenvolvimento do protótipo em um

BPMS gratuito.

6.4.2 Comparativo entre as ferramentas Oracle BPM Studio e Intalio

As duas ferramentas foram boas para trabalhar. Porém, com a ferramenta da

Oracle, foi possível efetuar o protótipo com mais rapidez. Junto com o Oracle BPM Studio,

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131

existem alguns projetos de exemplos que auxiliam no momento de aprender a utilizar a

ferramenta. Usando esses protótipos, a curva de aprendizado foi elevada.

Com ferramenta Intalio foi um pouco mais dificultoso o aprendizado,

principalmente pelo fato, do primeiro contato com uma ferramenta BPM ter sido com o

Oracle BPM Studio, tentou-se usar a mesma estrutura para modelar o processo na ferramenta

Oracle, porém, o modelo desenvolvido foi bastante diferente na ferramenta Intalio.

No Intalio, a transição de dados entre os formulários do modelo de processos foi

bastante simples, usando o mapeador. Já no Oracle, todos os objetos tiveram de dados

tiveram que ser instanciados em dada uma das atividades que tinham relação com formulário,

fato que tornou a transição dos dados uma tarefa redundante no Oracle BPM Studio.

No ambiente para o usuário final, onde os processos são executados, no Oracle

existe um tempo para elevado para carregamento das páginas na primeira vez, que são

executadas. No Intalio, não se notou, um tempo muito elevado para carregar as páginas,

porém os processos quando carregados pela primeira vez, levam algum tempo.

A execução do protótipo na ferramenta da Oracle foi bastante simples, os erros

constatados na mesma ferramenta foram próximas a zero.

A execução do protótipo na ferramenta da Intalio foi bastante simples, os erros

constatados na mesma ferramenta foram próximas a “zero”.

O grande diferencial entre as duas ferramentas é o fato que uma é a paga, a

ferramenta da Oracle, e a outra não, o Intalio.

O autor não entrou em detalhes do suíte BPM da Oracle, obviamente deve

oferecer uma infinidade de recursos.

6.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O paradigma BPM utiliza conceitos diferentes de um projeto de desenvolvimento

de sistemas de informação convencional, o qual é transmitido durante todo o curso de

sistemas de informação. Existiram vários empecilhos pontuais no decorrer do

desenvolvimento do protótipo, mas a grande dificuldade foi recriar um modelo mental para

desenvolver um ambiente utilizável pelos atores de acordo com o processo modelado,

seguindo as notações BPM. Porém, quando conhecidos os conceitos necessários para

Page 132: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

132

desenvolvimento utilizando os ambientes e notações BPM, percebe-se que as ferramentas

agregadas aos conceitos de BPM facilitam o desenvolvimento de ambiente executáveis.

Page 133: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

133

7 CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS

7.1 CONCLUSÕES

No decorrer do desenvolvimento do projeto de conclusão de curso, o autor não

tinha idéia dos desafios que ocorreriam. Foram vários os desafios para chegar aos protótipos

estabelecidos no desenvolvimento. Através desses desafios, foi considerável o aprendizado

passado, aprendizado esse que foi um quebra de paradigma para toda a vida do autor em se

tratando de sistemas de informação.

Tendo em vista todo o processo de desenvolvimento do trabalho aqui apresentado,

o nível de conhecimento adquirido foi relevante em se tratando dos tópicos neste trabalho

consolidados. As concepções se abriram em nível holístico em relação à estrutura de um

sistema de informação feito através da modelagem de processos de negócio.

Existem várias ferramentas para auxílio do desenvolvimento BPM disponíveis na

internet, e muitas delas, vão além da criação de formulários e fluxos.

Com o desenvolvimento de dois protótipos com duas ferramentas distintas foi

possível traçar uma linha de desenvolvimento capaz de agilizar processos, visualizar e dar

manutenção aos mesmos.

O BPM é uma visão dos processos de negócios ainda em faze de difusão na região

de Florianópolis, porém os recursos que oferecem têm grandes chances de conquistar

analistas de sistema e negócio de toda a região.

Com treinamentos específicos de BPMN e, cada ferramenta em particular, é

possível que seja delegado a analistas de negócios funções que antes eram desempenhadas por

analistas de sistemas. As facilidades existentes para a confecção de um sistema relacionado

com um processo ficam visíveis após o contato com a tecnologia BPM e suas ferramentas.

Delegando funções de análise de negócio a analistas de negócios, os analistas de sistemas

podem desempenhar o papel de análise de sistemas críticos, que possuem uma demanda

latente.

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134

O BPM possibilita que qualquer pessoa com um mínimo conhecimento de BPMN

possa entender o processo de negócio, o que faz com que o negócio não fique restrito a único

envolvido no processo, mas sim todos os envolvidos no processo, o analista que fizer

manutenção e demais interessados.

Em relação a questão de pesquisa feita no início deste trabalho: até que ponto a

adoção de um novo paradigma de processos em um sistema de recursos humanos de um órgão

público é capaz de ajudar aos colaboradores a exercer suas tarefas administrativas com maior

eficiência? Pode-se enumerar as seguintes melhorias e facilidades:

os requerentes da licença de saúde médica, terão a facilidade de abrir o

processo de qualquer computador sem a necessidade de se deslocar até o

Tribunal de Justiça;

o tempo de resposta da aprovação do processo diminuirá exponencialmente;

haverá menos burocracia, em virtude da eliminação da passagem do processo

por alguns setores;

os administradores do processo, poderão saber em tempo real, em qual patamar

o processo se encontra;

com a modelagem do processo de negócio estabelecida, é possível, que

qualquer interessado no processo possa verificá-lo, dessa forma , sabendo o

seu funcionamento;

as ferramentas estudadas, apresentam recursos, que, diminuem relevantemente

a quantidade de códigos de programação, fato que facilita a criação do

ambiente dos processos.

pelo fato dos ambientes BPM facilitarem a geração dos ambientes executáveis,

os mesmos podem ser estabelecidos por profissionais que, não

necessariamente, possuem um grau técnico de linguagem de programação ou

análise de sistemas elevados.

7.2 TRABALHOS FUTUROS

Os protótipos desenvolvidos neste trabalho, não foram postos em prática em um

ambiente de produção. Futuramente, o autor, pretende elaborar projetos que não fiquem

Page 135: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

135

somente em nível de protótipo, e sim, que usuários reais possam usufruir dos benefícios do

ambiente BPM. Dessa forma, poderão ser medidos os indicadores chaves de desempenho

(KPI) e, feitas melhores análise, em tempo real, dos processos de negócios através do

conceito de Business Activity Monitoring (BAM).

Apesar de não ter sido possível a utilização do BPMS JBPM para o

desenvolvimento de um protótipo, o autor irá estudar a ferramenta com maior detalhamento a

fim de descobrir os procedimentos corretos para poder usufruir dos recursos dessa ferramenta.

Será necessária paciência até que novas versões do JBPM 5 sejam liberadas. Com maior

estabilidade e maturidade, será possível desenvolver projetos com maior facilidade e

tranquilidade nessa ferramenta, pois, o propósito da ferramenta é excelente.

É de grande curiosidade do autor, desenvolver protótipos BPM utilizando

arquitetura orientada a serviços (SOA). Na literatura pode-se encontrar que o SOA é BPM

estão intimamente ligados. Apesar de não datarem de mesma época as duas tecnologias se

complementam a fim de construir sistemas robustos criados a partir de políticas bem

definidas.

Para a comunicação entre o SOA e BPM é necessário o aprendizado da linguagem

BPEL, fato que será feito pelo autor em momento futuro.

Page 136: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MESSIAS ACIONE …

136

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ANEXOS

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ANEXO A – Resolução N 29/2006-GP (parte 1) - TJSC

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ANEXO B – Resolução N. 29/2006-GP (parte 2) - TJSC

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ANEXO C – Resolução N. 29/2006-GP (parte 3) - TJSC

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ANEXO D – RESOLUÇÃO N. 18/2006-GP– TJSC

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ANEXO E – LEI N. 6.745 DE 28 DE DEZEMBRO DE 1985: SEÇÃO V; SUBSEÇÃO II

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ANEXO F – LEI N. 6.745 DE 28 DE DEZEMBRO DE 1985: SEÇÃO V; SUBSEÇÃO III