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lilt UNIVERSIDADE DE SAO PAULO INSTITUTO DE QUÍMICA SEPARAÇÃO,CONCENTRAÇÃO E DETERMINAÇÃO DE METAIS EM URÂNIO POR CROMATOGRAFIA DE EXTRAÇÃO. ESTUDO DO SISTEMA A1 2 O 3 - Tri-n- octilamina - HCI-UO2CI2 GABRIEL DOS ANJOS DE JESUS Dissertação para obtenção do título de " MESTRE EM CIÊNCIAS " São Paulo 1973

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lilt

UNIVERSIDADE DE SAO PAULOINSTITUTO DE QUÍMICA

SEPARAÇÃO,CONCENTRAÇÃO E DETERMINAÇÃODE METAIS EM URÂNIO POR CROMATOGRAFIADE EXTRAÇÃO. ESTUDO DO SISTEMA A 1 2 O 3 -

T r i - n - octilamina - HCI-UO2CI2

GABRIEL DOS ANJOS DE JESUS

Dissertação para obtenção do título de

" MESTRE EM CIÊNCIAS "

São Paulo

1973

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

INSTITUTO DE QUÍMICA

SEPARAÇÃO, CONCENTRAÇÃO E DETERMINAÇÃO DE

METAIS EM URÂNIO POR CROMATOGRAFIA DE EX -

TRAÇÃO. ESTUDO DO SISTEMA AlgO, - Tri-n-O£

tilamina - HC1 - UOgClg.

GABRIEL DOS ANJOS DE JESUS

Dissertação para obtenção do títalo de

"Mestre em Ciências"

Orientador

Dr. Alcídio Abrão

- 1973 -

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Àqueles que, lutando

contra a mediocridade

que corrompe e que a-

trofia,conseguem so-

breviver.

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Ao Prof.Dr. Alcídio Abrão, pela paciência com

que nos orientou.

Ao Instituto de Energia Atômica, na pessoa de

seu Superintendente Prof.Dr. Rômulo Ribeiro

Pieroni, pelas facilidades concedidas na

elaboração deste trabalho.

A Dra. Ludmila Federgrftn, com quem muito a -

prendemos.

Aos Meus colegas.

À Irene Ingeborg Luise Usemann, datilografa

Ao Lauro Nakagami, desenhista

Ao pessoal da Gráfica do I.E.A.

A todos, o meu profundo reconhecimento.

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ÍNDICE

Página

CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO

I.I.- Objetivo ,

1.2. - Cromatografia de Extração

I.2.I.- Conceito

1.2.2. - Coluna cromptográfica

1.2.3. -Fase estacionaria

1.2.3.1.- Escolha da fase estaciona -

ria e seus característicos.

4

6

CAPÍTULO II

PARTE EXPERIMENTAL 9

11.1. - Escolha do suporte e avaliação da capacidade

de retenção da coluna 9

II.1.2.- Fixação da fase estacionaria no su

porte 11

II.1.3.- Capacidade de retenção d? coluna.. 11

II.1.4.— Escolha d? alumina como suporte... 14

II.1.5.- Recobertur? do suporte 15

11.2. - Escolha da fase móvel 17

II.2.1.- Solução influente 1?

II.2.2.- Eluentes 1H

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Pagina

II.,3. - Técnica para remover os elementos metálicos

da solução de urânio usando o sistema AlgO*

TOA - HC1 - UO2C12

II.4. - Reagentes e equipamentos

II.4.1. - Rengentes

II.4.2.- Equipamentos

II.4.3. - Traçadores radioativos..

CAPÍTULO III

SEPARA ÇA"O E CONCENTRAÇÃO DE ELEMENÏOB iwEïaLICOS EM

SAIS Dü URÂNIO POR CROMA TO GRAFIA DE EXTRAÇÃO

III.1. - Urânio ,

III.2._ Cadmio

III.2.1. - Separação cromatográfica do cáct -

mio em meio clorídrico e em solu-

ções de cloreto de uranilo

III.2.2.- Eluiçao do cádmio

III.2.3. -Conclusões

III.3. - Prata

III.3.I.- Separação cromatográfica da prata

em meio clorídrico e em soluções

de cloreto de uranilo

III.3.2.- EluiçSo da Prata

III.3.3.- ConclusSes

III.4.- Ouro

III. 1.1. - Separação cromatogrâfica do ouro

em nieio clorídrico e em soluções

de cloreto de uranilo •

?6

rr

-o

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Página

I I I .4 .2 . - Eluição do ouro

I I I . 4 . 3 . - Conclusões >

I I I . 5 . - Mercuric

111.5.1. - Separpçrïo cro:nr lográfica do nercú

rio on r.eio clorídrico e em solu-

ções de cloreto de uranilo .......

111.5.2. - EluiçFO do mercúrio

IT1.5.3.- Conclusões

ill.6. - Bi smut o

111.6.1. - Sepnrrç?o cromptográfica do Msmu

to en r.eio clorídrico e em solu -

çoes de clcreto de urpnilo . . . . . .

Lll.6.2. - Ji'luiçao do bismuto

111.6.3. - Conclusões

I I I . 7 . - Zinco

H I . 7 . 1 . - Separação cromatogrpficp do zinco

em neio clorídrico e em soluções

de cloreto de urfr.ilo

111.7.2. - Eluiçpo do zincoili.7.3.- Conclusões

III.8. - Outras separações: índio, Estranho e uhunbo.

ill.8.1. - índio

111.8.2.- Estfnho

III.0.3.- Chumbo

CAPÍTULO IV

UÍ-ÉCNICA, Métodos Analíticos e AplicaçÕcc

35

-'•5'7

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página

IV.1.- Técnica 50

IV.1.1. - Preparação da coluna r>0

IV.1.2.- Condicionamento da coluna.. r)l

IV.1.3.- Separação dos elementos met£ 5 1

licos por extração de seus -

clorocomplexos aniônicos p e -

la TOA fixada na aiumina.... 51

I V . 2 . - Métodos analíticos 5°

IV.2.1.- Espectrofotometria de absor-

ção atômica 5?IV.2.2.- Polarografia ^

IV.2.3.-Colorimetria 5A.

IV.3.- Aplicações .„ 5?

IV.3.1.- Separação e pré-concentração

de elementos traços 55

IV.3.2, - Separação e determinação de-

elementos traços em urânio nu

clearmente puro 5?

IV.3.3. - Separação e determinação de e

lementos metálicos em sais brutos de urânio 57

IV.3.4.- Separação urânio- cádmio- zin

co S*IV.3.5.- Separação Cd- Zn- In de urâ - 59

nio „IV.3.5.- Separação Ag-Hg» Pb e Bi de

urânio 59IV.3.7.-Urânio 60

CAPÍTULO V

BICÜSSKD 151

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S BIBLIOGRÁFICAS

APÊiniCE6771

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RESUMO

Poi desenvolvido neste trabalho um método de separa-

ção e pré-concentração dos elementos cádmio, prata, ouro, mercú-

rio, bismuto, zinco, chumbo e estanho, presentes como impurezas

nos sais de urânio,

A técnica da cromatografia de extração foi utilizada

para tal fim, trabalhando-se no sistema Alp(K-tri-n~octilamina-

HClo 0 suporte(alumina) foi recoberto com isopor, sofrendo em

seguida fixação da amina(TOA) previamente dissolvida em álcool e_

tílico.

Avaliou-se a capacidade de retenção de outros mate-

riais, tais como: celite, sílica-gel, carvão ativo, e a possibi-

lidade do uso como suportes.

Quanto à composição da solução influenteCUOpCl,)

analisado seu efeito na retenção dos elementos citados, mais es-

pecificamente a concentração dos fons ligantes(cloreto), a con-

centração de urânio e a acidez livre(HGl). Foram estudados tam

bám alguns parâmetros necessários à eluiçao destes elementos,tais

como: eluente, temperatura de eluiçao e concentração de íons clo_

reto em solução»

A exceção do chumbo, todos os elementos foram, bem ve^

tidos e bem eluídos em coluna de A^Q-J-TOA, tanto a partir de sç_

luções puras(HC.l 0,5M) como de soluções de cloreto de uranilo (

até 150 gU/l).

A determinação dos elementos deu-se por meio da es-

pectrofotometria de absbrção atômica, polarografia e espectrof£

tometria molecular'.

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ABSTRACT

M-s—w«5-2?le a method has been developed for the se-

paration and pre-ooncentration of the elements cadmium, silver ,

gold, mercury, bismuth, zinc, lead and tin, present as impuri -

ties in uranium salts.

This separation was effected using chromatography ex_

traction in the AloO^-tri-n-octilamine-HCl system. A column su

pport of alumina(grains) covered with a double layer of isopor

and amine(TOA) was used. The amine was initially dissolved in

alcohol.

The retention capacity of other materials such as:

celite, silica-gel and active charcoal was evaluated and, in ad-

dition their possible use as support materials was assessed.

An evaluation was made of the effect of the feed so-

lution composition on the retention of the above cited elements

by the column material. More specifically the influence of the

ligand ion concentration chloride), the uranium concentration ana

the free hydrogen ion concentration were studied. Other parame_

ters of interest in the eiution of these elements, namely eluent,

temperature of eiution and chloride ion concentration in solution

were also studied.

With the exception of lead, all elements were well

retained in, and well eluted from the Al^CU-TOA column, when both

pure solutions(HCl 0,5M) and solutions of uranil chloride( up to

150 gU/l) were used.

Both qualitative and quantitative analysis of the s£

parated elements were effected using atomic absortion spectropho.

tometry, polarography and molecular spectrophotometry.

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CAPÍTJLO I

maia eixuxeüiwa pare, a separação, coaoen^raçao e

determinação üe elementos traços conxiuos nos materiais tit* inte •

rêsse nuclear, principalmente o urânio e o tono, toi-nam-se caua

vez mais necessários, a meuj.ua em que estes têm seu emprego aumen

tado peia crescente instalação de reatores nucleares.

Heaimente, a purificação do urânio destinado à fabrica -

çao uo coiaüuotível nucxear requer controle eficaz no que diz res-

pelou as impurezas, especialmente aquelas que possuem elevada seç

çao ae cnoque para absorção de neutrons térmicos.

Para o controle aa qualiuaâe do Diuranato de Amônxo

produzido pela usina Piloto de purificação de urânio do Departa -

mento de £ngunüaria (Química (útQ) do instlxuto de ünergia atômica

de ü5o ïauio, íoram realizados diversos trabalhos em nossos labo-

ratórios (,1-4;. u presente estuao é meis uma contribuição para o

controle de certas impurezas presentes em urânio de alta pureza

química*

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Paia .isso, fo i usada a técruca cie eroruatoerafia ue

versa, que cuuiieíiua o núw^xo ae «s-crfgj.os ue ex-cr^çau, cons

- s e .(tísta jonna um axto grau ae separação aos elementos

cem isso . u u m j a r os s^us xiuxtct; ae ae t t cçao .

« '..lAxcação óa croEiH-togralxa ce fane reverse , "cawoeui C J

r.iíi'..éi orouaTOgreaxa HÛ extração, tein raceciuo receu'seiuente maxor a

tâuyao, UQViuo ao lauo ae coinoinar a BtfJLtíua.* w u e un exi-raçao xx.-

quxúo-j.£quxüo e ns vauoageut, ua opor<.-gáu c a

u üesenvcxViLifento ua cromatograi xa ue extração tem perjii

várxaa awpfcu-üg^c^ uu xuocxease em Quíu«xü£t unaxxuxca,

u.0 a resoxuyíío cios grupos wi^Jo-Je-^j e v-iüi-iJ, cowo

separações ae lona Ut uw meauiu ^leiaento eu v xf oi-^uxes estaaos de

vaxincia, pare c u a r α^w*.e> MUUUU» ey.L.»iipxoa» v£xxv'?< u.-.os uct uToiaa

twfi4.ttij.i; u^ «.\tx'açio são uwí.-crxtos na j.xtaraxura v 5-9>« oerrax

V.lo; fiis um flpp.nhfiuo gerai o esta técriica « tauo^xc» vt'rxos exempxoa

interessanttí; u« «o|jmi.av- o quimioas»

traoaxtio eax^uou-8e o ueo uti xrx-ja-oetixaiujuja

como agtiute extraTor, ixju'ua em axumina (ãl^Oj) que aeseap«nua «

luiiçHü ue materxax supor te .

e c iorato ae uraiaxo (ÜO^UI^ >, ü,^m em uCl» ío-

cuxun» conteacio AI^CJ-JÍOJI, ae tax mooo que o^

convaminantea au urPiixu i^asatu xo~c± u« I>VT ^ti

eeparflnoo-os asísici ao Biacrucouexxtuxirce

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O uso desta técnica possibilitou a separação e a concen-

tração de vários mierocenstituintes, contidos em diuranato de só-

dio, diuranato de amônio e óxidos de urânio, como descrito nesta

dissertação.

As técnicas utilizadas para a determinação dos elementos

estudados( Cd, Ag, Au, Hg, Bi, Pb, Sn, Zn) neste trabalho foram e£

pectrofotometria de absorção atômica, polarografia, espectrofotome

tria molecular e espectrometria de raios gama,

I.I.- OBJETIVO

0 objetivo do presente trabalho e o estudo da cromatogra-

fia de extração no sitema AloC^-TOA-HCl-UOoC^ para a separação,

pré-concentração e determinação dos elementos Cd, Ag, Au, Bi, Pb,

Sn e Zn em urânio e seus compostos, com especial interesse o DUA

produzido no I.E.A,

Assim, este trabalho teve como meta principal o estudo do

comportamento da coluna A12O~-TOA para a retenção dos elementos ei

tados que estão presentes no TUA, sendo este dissolvido em HC1 de

baixa concentração, bem como estudar as fases móveis adequadas à

eluição desses elementos.

I.2.- CROMATOGRAFIA DE EXTRAÇÃO

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1.2.1, CONCEITO

De um modo geral, cromãtografia em papel ou em su-

portes tratados com trocadores inorgânicos, ou com

materiais orgânicos (mais especificamente, com solventes orgânicos

usados na partição liquid o-líquido), é mencionada como "cromatogra_

fia de extração", ou "cromatografia de partição em fase reversa" ,

ou simplesmente "cromatografia de fase reversa".

0 composto orgânico (líquido) fixado no suporte -

constitue a fase estacionaria, e a solução utilizada como eluente

a fase móvel. JSsta é, na maioria das vezes, uma solução inorgânica

de ácidos, sais, mistura dos dois, ou hidróxidos; uma vez que ge -

ralmente a fase estacionaria é solúvel em solventes orgânicos, es-

tes sao proibidos como eluentes, a menos que sejam requeridos em

caráter excepcional.

1.2.2o COLUNA CROMATOGRAFICA

O material que constitue o lei.to de uma coluna usa

da para fins cromatográficos, cujas partículas têm

um tamanho conveniente, cuja função é fixar o composto orgânico, é

referido como o suporte.

Algumas características de um bom suporte, são:

a) ele deve reter o agente extrator, de tal modo a

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não ser liberado pelas soluções percoladas atra

vés da coluna. Ê recomendado, em virtude disto,

o uso de material poroso.

b) as partículas do suporte devem ser pequenas e u

niformes, sendo suas dimensões fator de influên

cia na avaliação do número de pratos teóricos de

uma coluna, o que em última análise corresponde

a sua própria eficiência.

c) deve ter, também, estabilidade química, assim

como ser insolúvel nas fases orgânicas einorgâ-

nicas»

d) é necessário uma real inércia do material supor.

te em relação aos compostos elaídos, para evi-

tar os efeitos de "cauda", fenômeno este que o-

corre muitas vezes.

A escolha do suporte está, freqüentemente, subordji

nada à viabilidade do produto. Existe uma série de

suportes, entre os quais diatomáceas (terras silicosas), silica gel,

alumina, celulose em pó, cloreto de polivinil com acetato de vini-

la (10), politrifluorcloroetileno (KEL-F) (11-13), politetrafluore

tileno (Teflon) (14,15), que se prestam ao uso em cromatografia de

extração.

Como foi dito, o suporte deve ser inerte. Isto, con

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tudo, i apenas ideal; na prática, a maioria dos materiais usados

como suportes apresentam maior ou menor interação com os compos-

tos neles percolados. No entanto, daqueles conhecidos, pode-se

afiançar que apenas os derivados de polifluoretileno (KEL-F e Te

flon), são realmente inertes (16,17).

1.2,3. FASE ESTÃOIOCTÁRIA

Os tipos de fases estacionárias, que são os agen-

tes de extração fixados no suporte, estão dividi-

dos em quatro grupos (18): extratores básicos, ácidos, neutros

(ou organo-fosforosos) e mistura de compostos.

Os extratores básicos são representados pelas ami

nas de cadeias longas e compostos de amônio quaternário, sendo

muitas vezes mencionados como trocadores aniônicos líquidos (19)»

por terem um procedimento similar às resinas de troca iônica. Po-

de-se usar aminas alifáticas e aromátioas, primárias, secundárias

e terciárias, como também os sais de amônio quaternário.

De uma maneira geral, a extração com aminas de ca-

deias longas é influenciada pela estrutura das mesmas, sendo oito

o número ótimo de átomos de carbono por cadeia. Um aumento da ca-

deia geralmente causa a diminuição da capacidade de extração, a-

creditando-se ser conseqüência de fatores estéricos (20)

1.2.3.1. ESCOLHA DA FASE ESTACIONARIA S SEUS OAR/C-

TEKÍSTICOS.

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íleste trabalao escujuieu-se um extrevor uo "cipó oá

sico par« 1'ase estacionaria, p tri-n^JctilBiüinfi ^TuA), da quai prw

curamoa mostrar o provável mecanismo de retenção

ou

(la)

onde, M é o metal a ser extraído

X" I um ânion simples (C1~,NO,~, Clc£) ; R,N ê a raina terci

ária;

R3SHX a omina . quinbrada com o áciao HX, e p e q os coefi-

cientes ua reação, h extração do metal se î'az \ia iur

maçâb de um ânion ligante, lormanuo com o metal uma

espécie aniSmca extraivel.

A tri-n-octilamina, aiém ae possuir um número ide-

al de carbonos por cadeia, apresenta também outras propriedauee -

que a tornaram muito utilizada em extração líquiao J.íquiao. ü bai-

xa soiuoiliuade em água, suüciente poder de extração, e suficien-

te estabiliaade química (21-23) são algumas dessas propneuades ,

as quais tanto se apresentam essenciais a ertraçao líquido-líquido

como a cromatografia de extração.

Sto croinatografia de extração, e poi couseguxnte no

presente trabaiao, estas pioprieciedee uestacam-se em importância da

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do que P anions em questão (TOA) é o agente extrator que será lixa

do sotire vim aetemunacto suporte, tenao P função ae reter os íons

presentes na solução carga, íons estes aue se deseja separar e

concentrar para posteriores determinações ou controles.

0 elemerj-co retido é recuperado por cuuiçao com unia

solução oue difere da solução carga, « que reuue tanto qus-mto pos-

sível o pouex- úe retenção desse íon pela fase estacionaria.

Quando vários elementos SPO reticlos pela lase

cionlria e se aeseja P separação maividual deles, ASSO poae ser

através da eiuição controlada, utilizanuo-íie por exem -

^aü , tiouréiapio agentes eluentes diferentes, como HCl, HNÜ

ou mesmo aplicando-se P eiuição por gradiente ae conceritraçao»

Alguns elementos, no entanto, são muito fortemente

reticos pela fase estacionaria, o que i xfj.cuita a sua «1UJ.ÇSO. ím

casos exti'emos como asxe, utili^am-oe como ageutes eluent«s soiveg

tes orgânicos oue removerão o extrator, junttonente com as espécxes

retidas, weste caso, com prejuízo aa coluna, pois e fase estaciona

ria 5 removxüa uo suporte por aissoluçao daquela no solvente org?-

nico.

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CAPÍTULO II

PARTE EXPERIMENTAL

Este capítulo aborda a escolha do suporte e da fase esta-

cionaria fixada no mesmo, tendo-se considerado de antemão a neces-

sidade de retenção pela coluna assim obtida de certos elementos me-

tálicos, presentes em baixa concentração no urânio. Sendo a capaci-

dade de retenção das colunas um fator de importância na retenção dos

elementos já citados (Capítulo I), abordou-se também a avaliação de£

ta capacidade, assim como algumas considerações a respeito das fa -

ses móveis usadas como influente e como eluente,

II.lc ESCOLHA DO SUPORTE E AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE RE-

TENÇÃO DA COLUNA.

A escolha do suporte e a avaliação da capacidade de

retenção da coluna, estão intimamente ligadas, pois

a capacidade de uma coluna dependerá da forma com que o suporte "a-

ceita" a fase estacionaria que o recobrirá. Assim sendo, utilizamo-

nos dos vários materiais que se encontravam ao nosso dispor, fixan-

do como único parâmetro a fase estacionária(TOA),

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10

Com os materiais celite, pedra-poiaes, amianto, alumina ,

teflon, carvão «#tivo, sílica-gel, zeolitos e celulose em pó", foram

efetuadas várias experiências para a escolüü cio suporte que servi-

ria ao uso em cromatografia de extração, tendo-se a tri ji-octiiamjL

na como íase estacionaria.

Jista escolha foi baseada na boa aderência da aiaina pelo-

suporte, e na capacidade de retenção do leito da coxuna assim pre

parado, ppra que se tivesse um melhor meio de comparação em;re os

suportes estudauos, utilizuu-se a« um mesmo volume paro todos os

materiais, vananao-se apenas o volume ae fase estacionaria (TOA)*

Na avaliação da capaciuaue us retenção das colunas usou-

se, então, soluções de cloreto de uranllo 5>M em HC1, pois nesta

concentração de ácido clorídrico, o urânio ê extraído peia TOn

U.26-31;. A solução assim preparada, foi percolada através das

colunas dos diferentes suportes estudados; o urânio retido foi de

terminauo por tituiouietria ou espectroíotometria (32,32).

A variação do volume da fase estacionaria (P.E.), foi ie^

ta cum o intuito ae se conhecer o volume máximo de amina .pusorviuo

por volume de suporte, procurando-se então atingir a capacidade má

xima da coluna, .fprti eeta determinação todas f experiência ioram -

feitas usando-ee bml ae suporte.

Beve.ee ressaltar que, para os materiais eílica-cel e pe-

ài?a-pomes, houve necessidade de manipulação anterior ao seu emprego

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11

oomo suporte, for serem ambos materiais de estrutura irregular, roi

necessário trituraJ.0s, em aimofariz, stmuo que a fração aproveita-

da foi aquela revida em mpjUia 60»

Doa outros suportas, as únicas restrições a serem feitae ,

eao quanto ao zefilito (na forma sóaioj, c:ue não apresenta boa granu

lomtscxia e uiiicuitundo o empacotamento na coluna e o anutmxo, que

torna impraticável o trabalho de carregar a coluna.

Por sua vez, a celulose como materxai suporte uSo

ao esperauo, pois sua capaciüaue cie retenção moatrou-se mui-

to abaixo aaqueias obtidas com outros suporues.

II.1.2. PIXACÃO Dh FASE NO SUPORiriü»

Consideraaao-se o leito da cúiuna cromatográfioa co

mo aquela conetituíüa ue uma fase sólida (ou supor-

te) recoberta com um extrator orgânico (fase estacionaria), a sue pre

paração requer algumas precauções*

O suporte deve ser agitado em presença da fase es»

tacionária, sendo esta dissolvida em um solvente orgânico apropria-

do; este solvente é posteriormente evaporado ao ar. O solvente uti»

Ü Z B U O aqui foi o álcool etílico.

O material assim obtido, deve ser lavacio com água

para que sejam eliminados os finos e algum excesso de 1'ase orgânica.

II.1.3. CAPACIDADE DE BETEHCÍO DA COLUNA

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A capacidade de retenção de oada urns das colunas

estudadas foi avaliada pereolando.se uma solução

de cloreto de uranilo 5 M em HC1, pars p retenção do urânio* Vá -

rios materiais suportes roram estudados (5 r.il) impTrfgüpàoa com

tictsdes variávais de TOA.

A solução de UOgClgfoi >r"nnrpaa a par t i r do DUA,

por dissolução daquele SPI com HCl, com primor finai acertada para

5 K, pois cotuorme Abrao (1), o cloreto âe ur?ni-

lo ê totalmente extraído pela arama» isto !'oi tf-mblra coniirmpao -

por cromato<.;raí'ia de extr^ç^o» u^pncio-se TOii como fase esxaeioná —

ria em Al^C^.

Prrs f> PVF>liacÍ5o da coj^nciâPôe do leixo cromato -

grafico fez-sp P saturação cora solução do cloreto de urpjíilo perco

lanao-se 100 ml da solução de IK^Cl^, 150 c oe U/litro npr- colunas

contendo 5 nil do suporre TOA* Antes de percoj,ar f> POIUÇ^O de urâ -

nio a coluna era equill^rM» com HCi t> ft. Termina'tr ? SPcuração com

urânio a coluna era lavada com HC1' 5 M ; té eixminac^o compj-eta ao

urânio mte r s t i o i a l . Finalmente o urânio fxxado pela coluna era di

luido com HCl 0,2 M, o eluído colocado a volume e o urânio determi

naao volum«tricamente (33).

0 estudo da variação ^o volume de fase estacioná-

rip (TOA) para um volume fixo de suporte, propiciou-nos a constata

ção de que, em alfrumas colunas (alumina, ce l i te , s£lica-gel), a ca

pacidade de retenção passa por um míximo e depois decresce e, em

outras, há um contínuo aumento nessa capacidade até at ingir o va -

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lor máximo, conforme é visto na ïabela I.

TABELA I

VARIAÇÃO

COLUNAS

VARIAÇÃO

DA

CROÎ

DE

CAPACIDADE

ÍATOGRAFICAS

VOLUME DE F

DE

EM

. E .

RETENÇÃO

FUNÇÃO

(TOA).

DE

DA

13

SUPORTE

A12°3

Celite

Teflon

Carvão Ativo

Amianto

Sílica-Gel

Pedra-pomes

U RETIDO(mg)

4 7 , 9 0 ( a )5 7 , 8 2 ( b )5 3 , 4 5 ( c )3 8 , 3 8 ( d )

6 6 , 6 4 ( a )5 4 , 9 0 ( b )1 7 , 6 2 ( c )

2 7 , 8 5 ( a )

1 4 , 3 7 ( c )

1 8 , 5 7 ( a )2 9 , 0 4 ( b )9 5 , 8 0 ( c )

3 3 , 3 2 ( a )

3 1 , 4 2 ( a )7 3 , 0 7 ( b )5 0 , 4 3 ( c )

4 5 , 2 3 ( a )6 5 , 2 2 ( b )

1 9 4 , 5 6 ( c )

meq U/mlsup . -TOA

0 , 0 4 1 ( a )0 , 0 5 0 ( b )0 , 0 4 9 ( o )0 , 0 3 7 ( d )

0 , 0 5 7 ( a )0 , 0 5 8 ( b )0 , 0 2 6 ( c )

0 , 0 4 2 ( a )

0 , 0 1 7 ( o )

0 , 0 2 4 ( a )0 , 0 3 7 b )0 , 0 6 5 ( c )

0 , 0 1 6 ( a )

0 , 0 2 6 ( a )0 , 0 6 3 ( b )0 , 0 4 7 ( c )

0 , 0 4 2 ( a )0 , 0 6 1 ( b )0 , 1 7 0 ( c )

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14

1) (a),(b),(c) e (d) correspondem a 0,5 ; 1,0; 2,0

e 3j0 ml de TOA pura, respectivamente, adicion§_

das a 5 nil de suporte;

2) 0 cálculo do meq de U foi efetuado em relação a

II.1.4. ESCOLHA DA ALUMINA COMO SUPORTE

Optou-se pela alumina como suporte, pois além de

ser um produto especialmente preparado para fins

cromatográficos (o que nao sucedeu cem a maioria dos suportes uti-

lizados ) t permite também uma boa preparação das colunas com tri-n-

octilamina, sando desprezível a perda de fase estacionaria durante

as percolaçoea. Obviamente, poder—se-ia considerar a utilização de

outros suportes, como por ex., pedra-pomes e carvão (ver Tabela I),

ambos apresentando maior capacidade que a alumina.

No entanto, unia coluna de Al^O^-TOA, fornece-nos-

uma capacidade de retenção compatível com o objetivo a que nos prç>

pusemos, ou seja, o de estudar a separação das impurezas contidas

no DPA, ao nível de traços. Além disso, por ser a alumina um mate-

rial de cor branca, é altamente vantajoso quando se quer aoompa -

nhar,visualmente, o processo cromatografieo de íons coloridos (co-

mo ê o caso do clorocornplexo de urânio).Outra vantagem ê ser encon

trr.i •:•• -a granulometria desejada e tamanho do grão bem controlados.

Cabe,aqui, um ressalte no que diz respeito aos d£

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15

mais materiais utilizados durante a execução dos trabalhos desta

dissertação* Esses materiais apesar de em sua maioria apresentar

bons rendimentos, foram presentemente abandonados, mas têm um cré

dito de amplas possibilidades de uso futuro. Não Bβ pode, por con

seguinte, desprezá-los de suas funções de suporte»

A influência de um volume maior de TOA (5 ml), só

foi estudada para a alumina. Neste volume de F,E., ccmstatou-se u

ma diminuição na capacidade da coluna, num mesmo volume de suporte

(5 ml), assim como pôde-se verificar que este volume se apresenta-

va em excesso, visto que parte da amina fixada no suporte ee des-

prendeu lentamente do mesmo, durante as percolações,

II.1.5. RECOBERTURA DO SUPORTE

Como já foi mencionado anteriormente, poucos são os

suportes realmente inertes, restando a alguns pou-

cos compostos orgânicos sintetizados esta definição. Desta forma, a

alumina não pode ser considerada como um material totalmente inerte,

existindo na literatura algumas referências quanto à possibilidade

de a mesma funcionar como trocador iônico(24). Isto ocorre em ou -

tros meios como por exemplo, meio fluorídrico. Neste trabalho, onde

o meio escolhido é o clorídrico, demonstrou-se que o ligante clore-

to não permite a fixação dos metais estudados na alumina, o que foi

comprovado pela percolação de traçadores radioativos na coluna con-

tendo apenas alumina.

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Reportando-nos à cromatografia a gás(25), onde es,

tudos sobre a recobertura do suporte mostraram que há um aumento na

eficiência da coluna, passamos a considerar a hipótese do mesmo fa-

to ocorrer na cromatografia de extração, mais precisamente em se

tratando de colunas cujo suporte é a aluminae Sendo este material

não totalmente inerte, apresentará em sua estrutura alguns pontos

ativos que podem afetar a capacidade de retenção de colunas com e-

le constituídas»

Desta forma, utilizando materiais como silicone e

isopor, foram realizadas algumas experiências recobrindo-se a alu-

mina com os mesmos.

Nessas experiências objetivou-se a determinação de

possíveis variações na capacidade de retenção da coluna, com a con-

seqüente melhoria no uso da mesma. Possivelmente, tal qual ocorre à

cromatografia a gás, haverá u'a maior aderência da F.E. ao suporte,

permitindo assim a variação esperada.

0 tratamento preliminar que sofreu o suporte, resu

me-se em: dissolvidos silicone e isopor em benzeno, adicionamo-los

ao suportt eom agitação, para garantir o máximo de recobertura, e

deixamos que o solvente evaporasse ao aro 0 material obtido, é de

boa configuração, e não apresenta aglomerações que poderiam prejudi

car a adição da fase estacionaria, acarretando uma conseqüente que-

da da capacidade de retenção da coluna. Isto feito, adicionamos a

aaina(TOA), a qual foi dissolvida em álcool.

As experiências realizadas com silicone mostraram-»

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T 7

menos eficientes do que aquelrs realizadas com isopor. Conforme no

cie ser visto na '1'fbela. I I , r> variação na massa de isopor correspon

<3e n uran variação na capacidade .de retenção da coluna, provocando -

um pumento nn mesma, qunnuo comparaaos os ciados obtidos anterior -ri<?nte. Por rstn rsspío, no presence trabaj.no i'orem utixx^ndas colu-

H T ou^o suporte (Alumina; foi prcivinmtintu recoberto cora isopor ,

senuo Pdicionauo em .':eruioa o agente extrator (TCA). A denoniinacpo

5- TOA de avç nos u t i l i rn emoa Uoitivs-inxe, inuicnrâ. a forma

- iro^or-1'OA, rle que ê re^l: entt; consvituiuo o sistema.

TI

V/.RTAÇVÏO D, GAPACID/iDlí DS íiKTíKÇÍC

CCi.LWiiU iJE /iL^O- - ISUPOH-TC/i KM W

U VAhingíO DA Ï'ASSA DE ÏSOPCH.

SuporteIsopor) - TCA

(rir- i ?(i'->orj

37,7

71,2

rif totalde üretír-ndo

45,05

meq aeíe suportetrotado c/Ti;;..

c . r . i ?

u t i l i z a d o s t> g ãe ,.lpü~ » « i-»i> rax ac rCA - u r a .

I I . 2 . ESCOLHA ÜA FabB hCVEi..

H . 2 . J . . aOLÜÇAO IW?J UaWTE

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A fase móvel usada como influente é uma solução de

ue uranilo da qual se quer remover ys metais contidos como

impurezas do urânio» A acidez livre dessa solução, e a concentra ..

çSo total do íon cloreto, devem ser escolhidas de tal modo a evi -

tar a retenção do próprio urânio. Elementos como os estudaaos nes-

ta dissertação (Cd, Ags Au, Bi, Hg) sao extraídos pela amina em

baixas concentrações de cloreto (!)> enquanto o anion UO2CI3" só*

se J<>rma em concentrações eievpüos au iigonte. Assim, em conáiç5en

bem escolhidas é possível reter vários elementos que impurificam o

urânio e dele separa-Los» evitando a fixação da própria matriz (ura

nio) pela coluna Al^O. -TOAt.

II»2«2. ELUENTJ3S

A etapa seguinte a retençíio uos elementos na coiu-

na cromatográfica I a remoção dos -.esmos por meio

de agentes eluentes convenientes, estes poaenuu vanhr parti eau» e-

lemento (26,27)e Esta remoção ê de uma maneira gerai fácil, § obti-

da num volume relativamente pequeno. Contudo, não é raro encoatüir

anions complexos tao fortemente asaoclauos b amina (TOA) que sua e-

luição requer volumes maiores ae

NestP etapa podem ocorrer reações de hidrólise õo

sal de amana ou uesiocaiuento por um agente taueirce iortemente extra

ido, reações estas que afetam principalmente o agente extrator; ou

ainda, podem ocorrer reações que afetam o metal extraído, coiau por

exemplos mudança ao esteao ae oxiaaçao, ditjauoxuç-So do complexo ex-

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traível, formação competitiva de um complexo não.*xtraível,e pre-

cipitação (4-5)»

No presente trabalho a eluiçao dos ions metáli-

cos retidos no sistema ülgO -iPO/i-HCl (Cd, Ag, AU, Bi, Hg, Sn,Pb,

Zn) a partir de uma matriz urânio, sob a forma de seus cioroconi -

plexos aniônicos mais estáveis, processa-se segundo uma ou mais

das hipáteses acima descritas. iiesta forma, agentes como tíNO*» so

lução acidifiçada de tiouréia (1), ácido clorídrico diluído (0,2M)

e outros, são usados com sucesso na eluiçao dos ions indicados,bem

como na eluição de urânio ^HCl 0,2M, na avaliação da capacidade ae

retenção das colunas;«

As condições de eluiçao para os elementos que se

constituem no objeto desta aiesertação serão estuaaaos em cada ca-

so, em razrío ae alguns terem apresontacto certas particularidades ,

as quais nao permitem que estas condições sejam focalizadas de uma

forma geralo

Kstas condições puderam ser estipuladas pelo uso

ae traçadores radioativos. Ketiraram-ae, então, elíquotus ua solu-

ção eluída, as quais foram lidas em espectrometros gama (mono- e

multicanaij» Estipuladas as conaiçoes de trabalno, os paaroes aos

cátions metálicos estudados e posteriormente os mesmos cations e -

xietentes nos JUÜAS analisaaos, puderam ser medidos (após & eiuiçao;

por espectrofotometria de absorção atômica, espectrofotoinetria mo-

lecular ou poiarografiro

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II.3. T.ËCNICA PARA HEMOVER OS ELEMENTOS METÁLICOS DA SOLUÇÃO

DE URÂNIO üSAWDü O SISTEMA Al,,O,- TOA-HCl- UO5Cl .

Durante o trabaino foi seguxaa a mesma técnica operato-

ria para a separação aos elementos metálicas encontra -

dos como impuriü cadores ao urânio» Um determinado volume ua aolu-

çao cie U02Cl2, com aciaez livre acertada psrp C,5M cm hCl, foi per

colaao lentamente (1-2 rnl-mm"* »cm~ ; numa coiunn cie 0,8 cm de

diâmetro interno, contenuo 5 ml de Alg0^- ío/i- xCi":iaaaa a percola

ção da R0iu?r'o ae carga procedeu-ee a lavagem co urânio interstici

ei com hCl 0,5 M e finalmente à eluiçSo aos metais iixauos peias a

minas usando-se um eluente conveniente, cuja escolha também loi es

tudada nesta dissertaçãoc

II.4. KEA&aNTES E EQUIPAMENTOS

II.4.1. REAGENl'-uS

;. .'--".in; cux-ciAij-a - tri- n- octiiaœina -utiliza

da, é ae procedência de Koch- Light i,aboxatories

Inglaterra, poi usada sem nenhum tratamento prévio.

ÍÍ8 soiuçoef: de cloreto ae uranilo ioram prepara-

das por uiseolução ao DUA con HCl»

Os solventes utilizados (.benseno e álcoolj e os

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ácidos clorídrico e nítrico sao de qualidade P.A.; a tiouréia é de

grau analítico; a alumina é de procedência Merck; .e o isopor é um

produto comercial.

11.4.2. EQUIPAMENTOS

Utilizou-se, durante este trabalho, de espec -

tr'-jtros de raios gama, constituídos de detetores de NaI (Ti) ti-

po poço, acoplados a analizadorea de pulso mono- e multicanal, da

Nuclear Chicago Corp. ; um espectrofotôraetro Hitachi-Perkin Elmer -

modelo 139; um polarógrafo Metrohm AG Herisau, modelo Polarecord -

E 261; um espectrofotômetro de absorção atômioa, de feixe simples,

da Jarrel-Ash Co.

11.4.3. TRAÇADORES RADIOATIVOS

Os traçadores radioativos usados neste traba -

lho foram obtidos por ativação neutrônica no Reator do Instituto -

de Energia Atômica, tendo sido irradiados os próprios metais ou os

seus carbonatos. As características dos radioisítopos empregados -

nesta dissertação encontram-se na Tabela III.

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TABttlA H T

22

THAÇADURES RADIUu'fiVUS UTIhlïiiDUU E SUAS

OARAGÏEKÎS'i'iUAS

ISÓ-ÜUPO

11548 Od

110m47 Ag

19879 ÜU

20380 Hg

6530 Cu

115 m49 in

50 Sn

Energia

(. Mer )

0,53

0,656;0,706 eoutras

0,4.1.2; 0,67b

0,279

1,115; 0,51i

0.3?

0,26

t 1/2

53,5 h

255,0 d

d ti d

46,9 d

<i45,0 d

4,5 h

119,0 d

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CAPÍTULO I I I

SEPARAÇÃO a CuáOiüiTRAOUÜ DK ul

METÁLICOS an îàitxS DE URflNlU Pmt üKUMil

DE Ã

Neste capí tulo s w í es«ua«aa î» «eyarpçSu ^ a p^é-ceucen

tração de elementos metálicos* presentes nc urânio por

meio UH tíuaLca ae croiuacografi? ae extração, u t i l i zando-se k

cornu l e i t o orouiatográíico.

'íendo-se preparado a coluna (iil^C^-TOüj » a mesma

taaa com áciao escolhiao para as experiência*-; P SBÍB

e que nu caso é HC1 Ü,5Me üesua lorma a aiaina é protoupaa, seuao

a coluna condicioap.op para o uso no sistema esco.Inicio •

-HC1 .

0 obje-civo aes te t rabalho é a separação ae elementos iue-

t á i i coa em urânio, senão o mexo «scoiniuo o áoxuo cxor la r ico . por

es t a razão, o comportamento aos elementos de i n t é r e s s é , a cuiaeçar

pexo próprio urânio, foi estudado em relação a coluna AI2O3- Tu*«

Soluções puras de caaa elemento em HC1 0,5 M forem percoxndas na

coluna.

ue uma maneira g e r a i , as experiências foi-ara i-«axizadas a

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temperatura ambiente, e tanto a percolação oomo a eiuição foi fei-

ta com velooidadei de 1- 2 ml. min" •'•.cm" 2.

III.l.

ü comportamento da extração do urânio em meio HC1 pe

Ias «ninas de oadeia longa, mais espeeiíioeineute a

tri-n-octilamina, já é conhecido (1J.

uolunas tendo OOID suporte a alumina e como fase esta-

cionaria a tri-a - octilamina, tambám apresentam um comportamento -

semelhante aquele observado na literatura (1, 29- 31.1» em relação a

extração do urânio»

De acordo com àbrao (1;, em meio clorídrico abaixo de

0,5 II, i insignificante a extração de urânio pela TOA, e em MUl aux

ma ùe 3 M, a extração ê quantitativa. Isto também se mostrou verda-

deiro nas experiências de cromatografia de extração aqui descritas,

sendo que ao eer peroolada uma solução de cloreto de uranilo HCl -

0,5H, através de uma coluna de âlg0?- TOA, não houve retenção de u-

ranip. Por outro lado, nesta mesma concentração éoida, alguns ei* -

mentoa como Cd, Ag, Au, Hg, Ei, Pd, Pt e outros, sao quantitativa. -

mente extraídos por TOA (1), o que nos abre uma perspectiva de re -

tençao dos meemos ee colunas de AlgO»- TOA*

Por outro lado, confinando experiências de extração

líquido- líquido oon TOA, percolou-ee usa solução de cloreto de u>

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raniio 5 M em HC1 através de uma coluna previamente equilibrada com

PCÍÜO clorídrico da mesma concentração, tendo-ee a retenção comple-

ta de urânio na colunas

Brintanan e de Vnes (28) estudaram o comportamento do urâ-

nio em aílioa- gel, como suporte, recoberta com uma araina seoundá -

ria (Amberlite LA-1), em meio clorídrico, obtendo resultados simi-

lares aqueles 'Jiencionsdoa acima, embora a literatura (29- 31) indi-

que que a eorpçSò de urânio em meio HC1 nas aminss aumenta na orüem

primária *=• secundária <- terciária,

Conhecido bem o comportamento do íon UOg++ em soluções de

^ ido clorídrico com relação a coluna A12O* - TOA, aproveitou-se es

se conhecimento para estudar a capacidade de diferentes materiais -

suportes para a TOA como fase estacionaria. Assim, o urânio é bem re

tido pela coluna álgO, - TOA em soluções 5 H em HCl, e não o é em so

luções de concentração até 0,5 M em HC1, explorando-se esta segunda-

situação para reter certas impurezas que acompanham o urânio. Este ,

quando retido na coluna, pode ser eluído coo HC1 0,1 - 0,5 M> como -

feito nesta dissertação.

Em todee AS experiências descritas nesta dissertação o urâ-

nio foi determinado por análises titulométricas e espectrofotométri-

cas, segundo os métodos de rotina do laboratório Analítico do D.E.Q.

(3i?,í3)« Assin, as eoluçòes de urânio foram tituladas por redução -

cota cloreto estanoso, re- oxidaçio com Pe-III e titulação do Pe-II ,

con dicromato de potássio, em presença do indicador difenilfuaia»} ou

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26

então, essas soluções de cloreto de uranilo, após a adição do carb£

nato de sódio e água oxigenada, foram medidas no comprimento de on-

da de 389 nm.

III.2. CÁDMIO

É notória a facilidade com que este elemento forma â-

nions com HC1 (34). Desta forma, utilizando-se de pro

posições já conhecidas, no que se refere à extração líquido - lí-

quido de cádmio por TOA em meio clorídrico, pode-se extrapolá-las

para a cromatografia de extração aqui proposta.

Muitas das experiências com cádmio foram acompanhadas

com o auxílio de seu radioisótopo cádmio-115. Em algumas, a e-

luição foi comprovada por medidas polarográficãs usando-se o pró -

prio agente eluente como eletrólito suporte(NH.OH 1M + NH.C1 1M),

sendo o supressor de máximo uma solução 0,2$ de vermelho de metila.

Em muitas outras experiências a determinação de cádmio foi feita p_e

Ia técnica de absorção atômica.

III.2.1. SEPARAÇÃO CROMATOGRAFICA DO OÏDMI0 Eli MEIO

CLORÍDRICO E EM SOLUÇÕES DE CLORETO DE URA

NILO.

Para que o comportamento do cádmio, em co -

lunas de A^O^-TOA, fosse melhor estudado ,

as experiências preliminares foram realizadas em meio clorídrico,is

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27

to I, sem a presença de urânio. Este procedimento foi feito para

todos os elementos aqui estudados.

Comprovou-se na prática uma ótima retenção do

cádmio em meio HG1 0,5M, sendo quantitativa a fixação deste ele-

mento no sistema AlpO

Em soluções de cloreto de uranilo, em meio HGl

0,5M, o urânio não è retido, permanecendo na coluna apenae o cád

mio. Isto pôde ser comprovado por meio de medidas radiométricas

da solução efluente(cloreto de uranilo), na qual não ae constatou

a presença de cadmio-115.

11.2.2. ELUIÇSO DO CÁDMIO

Uma vez retido o elemento na coluna AloO,-TOA por

um mecanismo de associação de íons complexos do

tipo CdCl*~ com o cátion da amina protonada R,NH , seguiu-se o

estudo da busca de agentes eluentes para todos os elementos estu

dados. 0 objetivo desta dissertação, como já mencionado, é a sje

paração, a pre-concentração e a determinação dos elementos encon

trados como inmurezas de urânio. É claro que para isso é mister

a sua eluição da coluna.

Para a eluiçao dos elementos fixados na coluna ,

prccurou-se aplicar os rsesraos eluentes utilizados quando da extra

ção líquido~líquiào(tendo-ae a anína como fase orgânica), e de

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prei«rência os mais simples, ou os mais convenientes, que permitia

sem facilitar a Determinação posterior aos elementos envolvlaos»

um ngeute emente, neste caso, será tanto mais

eficiente quanto maior sua capaciuaue àe quebrar a aasuelaySâo iur-

mada entre os dorocomp±exos e a amina, isto poae ser conse&uxao -

por vários mecanismos, entr- eies a ionaaçao ae cations simples ou

complexos poaxtivos com o elemento preso à pminp « como acontece -

com uuetato de amônio (2Si'k'l/t ou poi- hiaróüse ao sal aa firaina,co

no no caso üe üK^ÜH •»• MH^ül usaco oomo eluente, ou ameia por sim -

pies competirão áe outro ânion, como HNO3 , forçando & substitui -

çoo ao CdCl por «Rions NO"" nR aminy, pela lei aa ação aas massas.4 3

a mistura wH OH (.1 M) + NH4gl (1 Mj, foi uma

das primeiras fases móveis tentaaar na elulção ao cácüaio, outra ia

8e móvel utilizaüa rol o ácido nítrico nas concentrações ü,í? e 1

u.

As experiências feites com udcl^ - HC1 0,5 » -

AI^OJ - Ï0A ra ausência ae ursnio» permitiu ±'a

ser as esguintes afxrsnaçoes j

l.-cádaio é xozixjsacme retloo pur uolunss ae

i, quíinao em soluções au nul U,ÍJ*:.

2*. A ftiuiySy uo cáumxo aostroy-se quantitativa

tanto para a aiatura KH/^ OE C3M) •* M4, Cl

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29

(1M) como para HNO3 nas concen-crações 0,5 e

lid. Por outro laão, quanuo se utilizou se-

ppxactamente KH4OH 1 M e MH4.0I 1 M, pôde-ee

observar que não houve eluição oeste elemen

to.

3.-A utilização do HNO3 0,5 ou 1 M ê eficien-

te, cüruorme pode-se ver n« ligura I, sendo

indiferente o uso de uma ou outra concentra

cio.

Estuuus de separação do Cd de soluções de -

cloreto de uramio em HCl 0,5M e sua elui -

çâo cum os mesmos agentes permits concluir-

que:

4. - 0 cáümio é totalmente retiao quando em sulu

çoes de cloreto de uranilo, em meio ""'01 t>,5

li, no intervalo de concentração, estudado ,

que abrange uma faixa de U até lí>U gü/1.

5. - ü cácunio pode ser eluíao com os mesmos e m -

entes já mencionados, com a mesma eíiciên «.

cia.

III.3. l PRATA

A forte tendência £ formação de clorocumplexos a-

nlônicos de pi-ata inílui tanto na extração l£qui-

do-J.íquido, por ÏOA, como eu croœatograi'ia de lase reversa, usando

se aminaa de alto peso molecular (34*35}. asta pxoprieoaue fox aqui

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30

10 26 c 34

VOL. ELUIÇAO

ml

FIGURA I -Curva de Eluição do cádaio à teznp. ambiente

o imo, o,• mio* I,OK

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31

explorada para a separação de trayos de prata em soluções de clo-

reto de uranilo.

III.3.1 SEPARAClO CROMATOSRIFICA DE PRATA EM MEIO

CLORÍDRICO E EM SOLUÇÕES DE CLORETO JE ÏÏ-

RANILO.

Em HC1 0,5 M a prata contida na solução

Carga é totalmente retida, o que foi com-

provado pela utilização do radioisotope prata-llOm.

Ocorreram, entretanto, mudanças no compor?

tamento da prata, quando este elemento foi estudado em presença

de uma solução de cloreto de uranilo, mantida a acidez da solução

em EC1 0f5M. Neste caso a prata não é totalmente retida pela colu

na AlgO^-TOA, como pode ser observado pela Figura II. A causa da

não fixação da prata poderia ser a elevada concentração de urânio

(150 g/l) usada e, consequentemente, a elevada concentração do li

gante cloreto. Diante deste fato, resolveu-se estudar o efeito da

concentração cie urânio na fixação do cloreto de prata, para o que

foi variada a concentração de urânio de 0 a 150 g/l.

Até aproximadamente 75 g U/l a retenção de

prata é quantitativa, diminuindo com o aumento da concentração de

urânio na solução influente.

III.3.2. ELUICXO DA PRATA

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32

Como para o cádmio, iniciou-se o estudo da

eluiçao da prata fixada na coluna ^O,

TOA, usando-se HNO, como eluente. Embora alguma prata seja elui-

da com HNO, 0,5 - 1M, este eluente apresenta o fenômeno de cauda, -

requerendo-se portanto grandes volumes de eluente e tempo. A elui -

ção com NH.C1, com NH.OH, ou com NH.OH + NH.C1 se mostrou inefici -

ente.

Para simplificar a eluição da prata, resol_

veu-se fazer uso da técnica descrita por Abrão (l), usando tiou -

réia em meio ácido. Neste caso, a prata e outros elementos que for-

mam com a tiouréia complexos de caráter catiônico deixam facilmente

a coluna, por arrebentamento do correspondente clorocomplexo anió*ni_

co. O efeito da eluição de prata com solução de HNO, 0.5M+ tiouréia

1M pode ser visto na figura II.

III.3.3. CONCLUSÕES

1.- A retenção de prata é muito boa em HC1

0,5 M e em soluções de UO2C12-HC1 0,5*",

para uma concentração de urânio até -

75 gU/l. Acima desta concentração a

prepença do urânio, e portanto do clo-

reto, limita a retenção da prata.

2.- Os eluentes inicialmente escolhidos,c£

mo HN03, NH4C1, Nf^OH, NH^OH + NH4C1 ,

não se mostraram eficientes para remo-

ver a prata da amina. 0 melhor eluente

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26 34VOL. ELUIÇÃO

ml '

FIGURA II - Curva de Eluição da Prata com HNO, 0,5H +

t.Ur 1,OM, à temp, ambiente

• Ag retida de uma sol. U0oClo-HCl O,5M(150 gU/1) 2 2

E r p* -1 e Sol. efluente UO2C12-HC1 0,5K + Ag*(150 gü/1)

£xp. 2 o Ag retida totalmente de uma eol*HC1 0,5íí{ aprox. 75 U/Í)

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encontrado foi solução de tîouréia acxai

ficada com UNO, •

Hie4e OU 10

Uma revisão da literatura corrente revelou cue o cloreto de

ouro - In I excel<=n4; • onte extraído ^elas aminps oe cs-tdexas

longas, estanao incluxatt aí a tri-n-oct3.xar-ij.na ^1,36,^7-39; «, Ne -

nhum trabalhe foi publicado aproveitando este fato para a retenção

c.o cloxeto r ixtíxo ae AU — III em TOA firadp. rurm suporte como a a—

, separtmao- o do urânio ,

III»4el* SEPARAÇÃg CRUMATOGÍRJSFIOA IX) OURO E^ MEIO CLÜRÍDRICO

& £M SOlUQÜEü DE C10RETO DE UKANILO

A retenção do exox-eto de Au-IIi pelo sistema Al^O^-

TOA - HC1 mostrou-se eficiente tanto em soluções clorídricas como em

soluções ae cloreto ae uraniJio,, nao apresentando problema» mesmo quan

do a concentraçãoch urânio era elevada 1200 g/i em U) e íieste particu

lar ail'ere lia prata, cuja concentração de urânio e, portanto, de cio

no influente é llmitanteo

IIi94o2o ÊLUICSO DO OURO

Pelas mesmas razoes expostas para o estudo aa eluxçao

dr prata, o eluente por nds experimentaao e de maior eficiência í"ox

a solução de tiouréia aciaiiiçada com ácido nítrlco» Os compxtsxop iur

madoe entre ÀU-III e tiourélB, de caráter catiônico, facilitas a run

tura da associação com a amxna (1), permxtinuo excelente eluiçao»ccn

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tudo , a experiência mostrou que o comportamento ae eiuiçSo difere

quando comparaão com a prata» Isto poue ser visto pela figura I±i,

onde a eluiçao com HMO~ O95lâ + Tiouréia a frio, mostra aois picos,

provavelmente devido ?< espécies uiíerentds de iiu (t.u.)x fonatvu s

durantw a eluiçao. A quente, o cromatograma mostra um só* pico, a e

luiçao stjnuo mais eíxciente. 0 uso de ácido nítrico como eluente ,

também mostrado pela figura III, exiVe pi'onunciado fenômeno de cau

dp *

III.4.3. CONCLUSÕES

1.0 Au-Jll I muito bem rexião em coxunss ae

TOA, tnnto em meio HC1 0,5M como em oresenea cie BO

lucÕes de cloreto de uraniio (,ü,5M em HClj.u'oi es-

tudaaa a influência da concentração de urânio na re

tençao do ouro, observando-se que não há nennuma -

diminuição na fixaçpo do ouro pela coluna.

ü. ü melhor eluentt; paia u ouro é solução îtciuts ue

tiouréiP. A eluiçao o.o ouro com UM-, + t«u», a teu_

per»oura ambiente, exibe dois picos, o mesno nao P

o ** quente V6O°C). A. eluição a queute é

;>. .Í: e^rperiências de eiuição com t ^

temperatura ambiente, mostram um comportamento ais

tinto para prt^a e ouro.

III.5, MERCÜrtlO

A extração de mercúrio por aminas de alto peso mwiówuii»i.

estuaada por Mirza e coiab. (35), usanao triwi-o<

MIC numa xarga faixa de concern; ração de HC1.

Tnmb8m Abrao (1), estuaanao a «xtraç&o ueste (îlemtsnto poi

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10 Iβ 34 42VOL. ELUIÇAO

PIGUIÎA III -Curva de Eluiçao ùo Ouro COB HNO» 0,51.1

o com t.u. 1,OM 1 .

e oem t.u. J a t e m p-

• com t.u. 1,OH - a aprox. 60° C

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no, concluiu que já era baixas concentrações de HCI, ele e bezi ex

traído.

Em croraatografia de extração obtem-se ótimas re-

tenções de Hg era meio HCi, tanto em TOA(18,37,39), como em Amber

lite LA-1 (28), fixadas em diversos suportes.

III.5.1. SEPARAC&O CROMATOSRIFICA DO MERCÚRIO EM

MEIO CLORÍDRICO E EM SOLUÇÕES DE CLORETO

DE URANILO

Aqui, também, as experiências mostraram

que o mercúrio-II, tanto de suas soluções

em ácido clorídrico 0,5M, como a partir de soluções de cloreto de

uramlo(150 gU/1) é excelentemente retido pela coluna de AlpO, -

TOA. Para o estudo do comportamento do mercúrio usou-se, tanto

nas soluções puras como nas soluções contendo urânio, uma concen

tração em Hg*-Hg de 2 mg/l, nas experiências com traçador, 3 7 a

35 mg em Hg nas experiências com metal estável.

III.5.2. ELTJIÇZO DO MERCfelO

< orno para o ouro e a prata, o melhor e-

luente por nós encontrado para dessorver

o cloreto de mercúrio da coluna AlpO,-TOA, foi solução HHC* 0,5M-

tiouréía 1M. Neste caso também a eluição a quente e mais eficien

te. A figura IV mostra as curvas de eluição à temperatura ambien

te e a 60°C.

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38

34VOL. ELUIÇûQ

ml

PIGÜHA IV - Curva de Sluição do Mercúrio com HNO- 0,5Iî ++ t,u. 1,01.1

• temperatura ambiente

O temperatura aproz, 60° C

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39

III.5.3. COMCLUSgEÜ

1.- A retenção de Hg- II, t»nto a partir

ue auas soluções puras em tíCl 0,5 M ,

como de soluções üe cloreto ae urani-

lo, ê altpmente eficiente na coluna -.

A12O5- TOA.

2»- Embora se tenha Trabalhado somente em

HC1 0,5 M, ê possível 8 ietouçao üo

uiciotlrio pela auiina numa íaixa bem m^i

or ae concentração de HC1 (1)»

3.- Concentrações tão altas de U-VI como -

150 g ü/L npo diminuem a eficiência de

fixação do H£- II pela amina, possibi-

litando ótima separação de traços de

mercúrio nas soluções de oloreto de u-

ranilo»

4.-Como para prêts e ouro, e tiouréia «n

meio ácido nítrico mostrou-se muito e-

ficiente na eluição oo mercírio, mesmo

a temperatura ambiente. A quente tapro

ximpdemente 60°C), P eluiçSo ê male pro

nunciada, eiimxnando pequena tendência

de formação de cauda observada quando-

s temperatura ambiente»

III.6.-BISMUT0

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40

£xistem fuguns trabalhos referentes à extxação oo

bismuto por crumatografia üe extração,, atrases de

anurias ue alto peso niuiecular I18,2ü,4u)<. Esses estudos prenüeni -

3e a sep»raçoec por cromatografxa em cemaüa dei Pda, ou cromato -

grafia em papei, amoas servinuo de suporte para as aminas» Como a

gentes eluentes foram usados os sciaos clorídrico, nítrico e sul-

fúrico, ou sais acialfiçados*

Km extrações líquido- llquiao, shepard e warnock

(41) utilizaram-se de triiaurilamina- xiieno, para extrair bismuto

em meio HCl e HBr* Abrao (1), tr^btiihando com ïûii diluída em xiie-

no e benzeno, numa larga faixa de concentração clorídrica (0,1 a

5 M ) , conseguiu ótimos resuxuauos na extração cesse

Kentro do espirito aessa aissertação esxuüamos o

comportamento de sorpcão ao cxoreto ue bismuto pela coluna

TOA a partir de soluções i..ünceni;raaas ue cloreto ae iiranllo.

III06.I. SEP/ihACiiG C IX) BIS»ül'ü

KElu CliORÍDRICO E EM SOLUÇÕES

DE UK/iNILO

EM

CLUttü,1O

0 comportamento ao bismuto na cuxuna de

HI2Ü3- 1'ÜU foi estudado seguindo -ee a me*

ma orientação dada aos elementos cndnio, prata, ouro e mercúrio.Aβ

experiências demonstraram que o cloreto ae bigmuto ê bem íixaao pe

Iβ pnlna, de sues soluções puras em aCl v,bn- Ê também separaao e-

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ficientemente quanao na presença ae urânio, usando-ae a técnica -

descrita nesta dissertação, Bismuto foi separado ae soxuçÕes de -

cloxeto ae urunixo 0,5M em HCl, varianào-se a concentração do urâ

nio ae 0 a 150 g U/l, sendo quantitativamente retido pela coluna-

neste intervalo.

III.6.ü. ELUIÇnO W

0 bismuto, ora :*. io áciuo, forma compxe -

xos muito erTTvoic com a tiouréia (1;, os

OUBÍS não são extraidos pela 'i'OA. Por outro lado, essa proprx«an-

de pude ser explorada para a exuicau uo bismuto, como Já fore i'ei

to para mercúrio, prata e ouro,

Desta forma, os cxorocompxexos de Bi-Iil,

retidos pela coluna de Al2O, -TOA, foram exuíaos uuanuo-se uma eo

luçao de UNO3 0,5M + t.u. 1 li. Como se poae no>,ar pela figure V, a

exuição ao bismuto ê c-<ceXente Jβ tempuratura ambiente» h elui-

ção fox noompanhada por espeotrofotooetria DOlecuxar e ae absorção

atômica;, quenao se usou o elemento estável, e por radiometïia uean

üo-ae bismuto- 212 cumo tregaaor. Para P aeterminaçSo espectrofoto

métrioa aproveitou-ee da formação ao compxwxo amarelo, sol^Tel, do

bismuto com a tiouréia, paru se fazer as meuxuats uc Oxauiutõ a

mn.

AS experiências envoxver.uo este exeoonto

foram feitas uaanao-ae eoj.uçÕee ue concentração até 4 og Bi/li tan-

to ppra soluções pures quanto en preaença de urânio*

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42

VOL, ELUIÇAO

PIGÎIEA V - cunra d» EluiçSo do Bienruto coa HSO» 0,5» ++ t»u, 1,02

• tenperatura nabienteo teaperatura aprox» 60° C

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43

III.6.3o QONOLUSGES

lo- O bismuto ê bem retiao pela coluna de

Al20j- TOA de suns soluções puras em

nCl 0,5M, e ãe soluções ae cloreto de

uranllo até 150 g U/l.

2 e-A eluiçao do bismuto com MNO~ 0,5M +

t.Uo 1 lá é muito eficiente, já a tem-

peratura ambiente.

III. 7. *• ZIWOO

A extração do zinco por aminas de alto peso mole-

cular foi estudada por iiirza e colab. (35)» com a

tri- n- octilamina - metil isobutil cetona, assim como por Abrao ,

(1), com TOA-benzeno e "ÜOA- xileno, em concentrações de HCl abai-

xo ae 1 M<

jun cromatografia de extração tem-se alguns traba-

que tratam da separação do zinco de outros elementos, usando,

também aminas de alto peso molecular em diversos suportes (18,42),

com bons resultados.

Mikuleki (27;, usando 'ÜÚA como fase estacionaria eu

um suporte de teflon, separou o zinco de alguns lentanídeoe ea melo

HCl 3 M; » eluiçao do zinco foi conseguida com aoetato üe aeônío.

iteata dissertação nosso objetivo era aseparaçSo e pré- concentração

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44

e a determinação ao bismuto em soluções de cloreto üe urenilo. n

orometografia de extração em coluna AI2O3 - TOA foi teut&üa com es

sa finalidade.

III.7.1.- SEPAHACftO CROMATOGrHitU'ICA JO ZINCO EM MEIO

OIORÍDRICO E EM SOLÜOgES DE OLORCTO DE U-

RANILO.

Confirmando os resultados publicados em

trsbplhos de extração de zinco com ami -

nas de alto peso molecular (1,35)» a retenção cieste elemento pela -

coluna de Al2°3« TOA é quantitativa de suas soluções de HC1 0,5 M.

Nossas experiências demonstraram que tamblm o zinco é* bem retido -

das soluções de cloreto de uranilo 0,5M em HC1, cuja ooncentraçao,

cobre o intervalo 0 - 150 g U/l.

A fixação do zinco na coluna foi estuda-

da usando-ee soluções influentes nas QUPÍS foi adicionado o rp-dio-

isótopo zinco- 65 como traçsdor.

III.7.2. ELUIÇSO DO ZINCO

Por ter propriedades semelhantes ao cádmio,

pensou-se em eluir o zinco com a mistura -

NH^OH (1M) • NH^Cl (1M). Este eluente, no entanto, apresentou resul

tadoe negativos, ou seja, não eluiu o zinco retido pelo coluna de

A12°3 -TOA.

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45

O eluente então utilizado foi HNO, 0,5M e

1 M, obtendo-se boa eluição (figura VI), onde ae observa que HNO,

de maior concentração é levemente mais eficiente. A eluiçao foi

feita à temperatura ambiente.

III.7.3. - CONCLUSÕES

lo- 0 zinco apresenta ótimas condições

de retenção em meio clorídrico 0,5M,

ou em soluções de cloreto de uranilo

no intervalo de 0 a 150 gU/l.

2.- Como eluente pode ser usado HNO, 0,5

-1,OM, à temperatura ambiente, o áci_

do de maior concentração oferecendo

resultados pouco melhores(menor cau

da).

III.8.- OUTRAS SEPARAÇÕES; ÍNDIO, ESTANHO E CHUMBO

III.8.I.- ÍNDIO

Aproveitando as experiências realizadas

com o traçador cádmio-115 nas experiln-

cias do cádmio, procurou-se conhecer o comportamento do índio a-

través do isótopo In, geneticamente ligado ao cádmio. Confir

mou-se(9) que índio é bem retido pela coluna, podendo ser eluído

preferencialmente com água, sendo desta forma separado do cádmio.

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VOL. ELUIÇAO* • ml *

FIGURA VI - Curva de Eluição do Zinco à temp, ambiente

o HNOj 0,5M• HNOj 1,OU

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Exp. 2 o Ag r e t i d a totalmente de uma s o i . ÏÏO9C19-HC1 0,5M( aprox. 75 gUÃX

47

III.8.2. ESTANHO

Usando estanho-113 como traçador, foi con_

firmada a boa extração de estanho(l) na

coluna de Al^O-j-TOA a partir das soluções puras em HC1 0,5M, e de

soluções de cloreto de uranilo O,5M em HC1, num intervalo de 0 a

150 gU/l.

Enquanto a fixação do estanho na coluna é

ef.: ciente, a sua eluição apresentou séria dificuldade. Os eluentes

anteriormente recomendados para os elementos já estudados nesta dis

sertaçao /não foram capazes de reverter o cloreto de estanho para a

fase aquosa.

Foram experimentados (sem sucesso) os se-

guintes eluentess NaOH 0,5 a 1,OM; HNO, 0,5-l,0M; NH^Cl 1,OM; NH^OH

1,OM; NH.OH 1M + NH.C1 1M e álcool etíl-ico. Mesmo com este.-último

eluente, que ê capaz de remover a própria TOA fixada

AlpO,, nao foi possível a desorpçao do estanho.

no suporte

111.8.3. CHUMBO

Apesar de sua tendência à formação de I-

nions em meio clorídrico, o chumbo, que

deveria ser bem extraído por TOA neste meio, apresenta uma extra-

ção apenas razoável no sistema líquido-líquido, dentro de uma lar-

ga faixa de concentração clorídrica (1,35). Também em cromatografia

de extração a dificuldade de reter este elemento em meio clorídrico

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48

tem-se apresentado cons~an~e a vários pesquisadores (28,46), nao -

se conseguindo tão bons resultados quanto para outros elementos(co_

mo por exemplo; Cd, Au, Kç, Zn, etc).

Soluções puras em HC1 0,5M, e soluções de

cloreto de uranilo (150 g U/l) nas quais foi adicionada uma massa

padrão de chumbo, (0,06 ; 0,09 »' 0,15; 0,21 e 0,3 mg Pb em 7,5 g de

U, num volume final de 50 ml), foram percoladas em coluna de AlpO,-

TOA. Para estas experiências usou-se a mesma coluna.Para cada pon-

to do gráfico foi feita a carga, lavagem com HC1 0,5M e eluição do

chumbo em HWO, 0,5M - Tiouréia 1M. A eluição foi quantitativa , o

chumbo foi determinado diretamente no eluido por absorção atômica.

A figura VII mostra as curvas obtidas (absorção atômica) para as

soluções de Pb em HNO, 0,5M - Tu 1 M (curva Padrão) e para o elui-

do ca coluna após a retenção do chumbo de soluções de HC1 0,5M e

de soluções de UOgCl,, 0,5M em HC1.

Chumbo foi também determinado por polaro-

grafia de gota pendente diretamente nas soluções de UO^Clp- HC1

0,5M e nos eluidos da coluna de Al^O,- TOA, neste caso a solução -

tendo sido convertida em HC1 1 M.

As experiências demonstraram que a reten-

ção do chumbo é da ordem de 55$.

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Tmnb&n atarão (1), estuaanao a aeste elemento peu. TO.-err/

49

0.06 -

00

0.02 <-

0.06 01?. 018 024 0.30mg Pb

FIGURA VII - Curva3 de KLuiçãoi o, • ) e de Calibraçâo

( ») para o Chumbo em HNOj 0,5M + t.u. 1,0:

o Pb retido de uma aol. HC1 0,51-î

• Pb retido de uma aol. U02Cl2-i:ci 0,5.'.

(150 gU/1)

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50

CAPÍTULO IV

TËCNICA, MÉTODOS ANALÍTICOS E

APLICAÇÕES

IV.1.- TÉCNICA

ma:

IV.1.1.- PREPARAÇÃO DA COLUNA

No desenvolvimento da técnica de cromatografia de

extração aqui exposta, procede-se da seguinte for

- Tomam-se 5 g de alumina seca, a qual deve ser

tratada com isopor(105 mg) dissolvido em benze_

no, num copo, fazendo-se o empastamento por agi_

tação. 0 solvente é evaporado ao ar.

- A alumina recoberta com isopor adiciona-se 0,5

ml de TOA, dissolvida em álcool, fazendo-se o

empastamento por agitação, 0 álcool é posterior

mente evaporado ao ar.

0 material assim obtido deve ser lavado, em co-

po, com água, de 4 a 5 vezes, a fim de se elimi_

nar os finos e algum provável excesso de amina.

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51

- Apôs s lavagem, o material iilgO-j- uíüâ I transferi

do para uma coluna de viaro, de 0,8 cm de diâme -

tro interna e 20 cm de comprimento, ueveuao-se ter

o cuiuaao parti que o "empacotamento" se processe

de maneira uniforme. Tal meuida aevo ser tomaaa ,

a fim de se evitar a formação de "causas", que ten

na irregularidade ae "empacotamento1 um aos prin-

cipais fatores. 0 leito aa coluna foi preparado u

saneio-se água como veículo de transferência.

Neste trabaino usou-se uma coluna contenao fj ml de

AI2O,- TOA. A capaciaaue ae retenção desta coluna I de aproximada-

mente 0,041 meq/ml de material, em relação ao urânio.

IV.1.2. CONDICIONAMENTO DA COLUNA

Antes do uso a coluna I condicionada percolando-se

um excesso de ácido clorídrico de mesma ooncentra-

çao usada nas experiências. 0 enullíbno com HC1 leva a amina à

forma protonada R,NH Cl.

IV.1.3. SEPARAÇSO DOS KI.EMSWTOS «CTÜLICOS POR EXTRAC20 DE

SEUS OLOROCOMPIEXOS ANIONICOS PELA TOA FIXADA NA

ALUMINA.

De um modo geral oe elementos metálicos de inte -

resse estudados nesta dieuertaçSo eSo eept-rados de

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52

SUPS soluções puras era ácidos clorídrico 0,5M ou de soluções de cio

reto de ur-nilo de concentração variável em urânio, mas com acidea

finpl próxima a HC1 0,5H. As soluções influentes sSo p^rcol^dan com

umn velocidade de 1- 2 ml.cm .min" . As soluçoe? eluentes sno

percolfidRK com a mesma velocidade. Apia a carga, a coluna 4 lavada

com solução apropriada, tendo sido usado aqui H01 0,5M para remover

n solução intersticiai e o excesso de urânio quando este I presente.

IY.2... MÉTODOS ANALÍTICOS

ppra se determinar os elementos utilizou-ee das várias téc

nicas de meãiâas que se seguem*

IV.2.1. - ESPECTROPOTOMBTRIA DE ABSORÇÃO A (2)

í un método prático e rápido, servindo para deter-

minar os elementos presentes na própria solução e-

luída, sem que üaja, r^luicute, intexíerência entre eles»

iv tabela IV indica as conaiçõee de trebaUio, quando

se usou um quelmaaor do tipo de consumo total com chama hiarogenio

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53

TABELA 17

CARACTERÍSTICAS DOS ELEMENTOS DETERMINADOS

POR ABSORÇÃO ATÔMICA

ELEMENTO

Cd

Ag

Au

Hg

Pb

Bi

X (Î)

2288,0

5280,7

2428,0

2536,5

2833,1

3067,7

Corrente do

cátodo oco

( mA )

8

12

9

9

9

9

Voltagem da

fotomulti-

plicadora

(volts)

600

500

600

600

600

600

IV.2.2. POLAROGRAFIA (43)

A tabela V mostra as condições para a determina-

ção de Cd, Pb e U por polarografia convencional

(eletrodo de mercúrio gotejante) à exceção do Pb que foi deter-

minado por polarografia de dissolução anódica (eletrodo de gota

pendente).

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54

TABELA V

CONDIÇÕES PARA A DETERMINAÇÃO

POLAROGRÁPICA DE Cd, Pb e U

ELEMENTO

Cd

Pt

U

^LETRÓLJ.TO

SUPORTE

NK4C1 (1M) +

+ NH4OH (1M)

HC1 1 M

HC1 O^ M

SUPRESSOR

DE MÁXIMO

vermelho

de meti-

la 0,2$

-

cafeína

Vf"

E l / 2 (V)

(ELETRODO

Ag/AgCl)

- 0,77

-0,40 f>

- 0,14 e

- 0,88

(*) Eletrodo de gota pendente.

IV.2.3. COLORIMETRIA (44)

A tabela TI resume as condições para as determi-

nações de Bi e ü por espectrofotometria molecular.

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TABELA VI

CONDIÇÕES PARA A DETERMINAÇÃO

ESPECTROPOTOMÊTRICA DE Bi e U

55

ELEMENTO

Bi

U

\ (run)

430

389

MEIO

HNO, 0,5M +Tiouréia 1M

Na2C0, (20

g/1) + H 20 2

Intervalo deconcentraçãousado.

2 - 8 mg/l

20 - 100mg/l

IV.3. APLICAÇÕES

IV.3.1. SEPARAÇÃO E PRÉ-COHCENTRAÇÃO DE ELEMENTOS TRAÇOS

En razão das dificuldades apresentadas nas determina

çõeo de elementos traços presentes no urânio, o qual

apresenta-se como interferência na maioria dos métodos instrumen-

tais de análise, há necessidade de una separação prévia dos elemen

tos presentes resta matriz como contaminantes indesejáveis.

Aplicando a técnica ds cromatografia de extração aqui

descrita na separação de elenentoa traços presentes no urânio, pu-

demos verificar que elementos como cádsaio, prata, ouro, bienarto,

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• tenperatura aabiente

o temperatura aprox. 60° 0

56

zinco, chumbo e estanho, apesar de se apresentarem nesta matriz nu_

ma concentração abaixo dos limites de deteção instrumental, comu -

mente indicado na literatura, sao pré-concentrados na coluna de

A] 0,-TOA permitindo, assim, reunir uma quantidade do elemento de

interesse numa solução de concentração suficiente para poder ser

determinado por métodos convencionais e sem a interferência do u-

rânio.

IV.3.2. SEPARAÇÃO E DETERMINAÇÃO SE ELEMENTOS TRAÇOS EM

URÂNIO NUCLEARMENTE PURO

Os elementos Cd, Ag, Au, Bi e Hg foram determina-

dos em diuranato de amônio de elevada pureza quí-

mica preparado no Departamento de Engenharia Química do I.E.A.. 50

g do sal forarc dissolvidas com 20 ml de HC1 concentrado, a solução

evaporada até quase secura, retomada com HC1 0,5M e transferida pa.

ra um balão volumétrico de 250 mlífiltração ê desnecessária). Alí-

quotas de 100 ml da solução são percoladas na coluna AlpO^-TOA, la_

vando-se depois com HC1 0,5M até eliminar todo urânio intersticial.

Cádmio é eluído primeiro com 25 ml de HNO, 0,5M, à temperatura am-

biente. Os outros 4 elementos são eluídos juntos, com 25 ml de HNO,

0,5M + tiouréia 1M, a quente{60° C). Os elementos foram determina-

dos por absorção atômica diretamente na solução eluída. Um bronco

ê preparadr de maneira semelhante, pereolando-se a mesma obtida de

HC1 dilui':,, a 0,5'U Os resultados para α-na partida tipo de DUA es-

tão na Tabela VII.

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57

TABELA VII

ANÁLISE DE ALGUMAS IMPUREZAS CONTIDAS

NO DUA OBTIDO PELA USINA PILOTO DO DEQ

Resultados em ug El/gU

ELEMENTO

Cd

Ag

Au

Bi

Hg

DETERMINAÇÃO

1

0,018

0,088

0,190

0,480

4,000

2

0,020

0,093

0,190

0,480

4,300

Ne

3

0,020

0,092

0,210

0,510

4,100

IV.3*3. SEPARAÇÃO E DETERMINAÇÃO DE ELEMENTOS METÁLICOS EM

SAIS BRUTOS DE URÂNIO

A determinação de algumas impurezas no sal bruto de

urânio (diuranato de sódio, DUS) foi também feita p_e

Ia técnica de cromatografia do extração aqui descrita. 50 g do sal

são dissolvidos em 50 ml de HC1 concentrado, adicionando-se o sal sjí

bre o ácido. A solução é evaporada até quase secura. Após a adição

de mais 20 ml de HC1 concentrado, a mistura é diluída com água até

aproximadamente 300 ml e filtrada a quente, para separar a silica coa

guiada. 0 filtro é lavado com água até completar o volume.Alíquotas de

100 ml são percoladaa na coluna para a determinação de Cd,Ag,Au, Bi

e Hg. 0 procedimento I feito a 3eguir conforme descrito em IV.3*2.A

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•58

tateia VIII apresenta os resultados para um DüS tipo.

TABELA VIII

ANALISES DE ALGUMAS IMPUREZAS CONTIDAS EM DIFE-

RENTES ALÍQUOTAS PE UMA MESMA BAT.ELADA DE PUS.

Resultados em ug El/p; U

ELEMENTO

CdAgAuBiHC

DETERMINAÇÃO nfi.

1

0,300,71,55,0

18,8

2

0,300,71,33,1

18,8

3

0,301,01,43,1

23,6

4*

0,340,901,84,321,4

* Método de adição padrão.

IV.3.4. SEPARAÇÃO URÂNIO - CÂDMIO - ZINCO

Ê uma separação que, para a energia nuclear, tem muito interesse, já que o cádraio tem alta eecção de oho

que, e também aparece como produto de flesão ( *°Cd).

A separação I fundamentada na retenção doa elementos

Cd e Zn na fase estacionaria (Ï0A), em meio HC1 0,5H.

Como foi visto no capítulo 111*1., nesta concentração de ácido o u-

rânio não é retido, permanecendo na fase estacionaria apenas os •-

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59

lementos citados.

A determinação do cádmio e zinco pode aer f e i t a pela téçj

nica de absorção atômica, queimando-ae a fase aquosa( eluido de

HNO. 0,5M) diretamente, ou determinando-se por polarografia( n e s -

te co.50 o e l e t r ó l i t o suporte é NH.C1 1M - NH.OH 1M).

IV.3 .5 . - SEPARAÇÃO Cd-Zn-In de URÂNIO

Percolando-se uma solução de 0,5M

na coluna de AlpO,-TOA só o urânio não ê reti_

do. Lava-se a coluna com HC1 0,5M, até teste negativo para urânio

( com ferrocianeto ),

0 índio pode ser eluido primeiro, com água, e

assim separado de Cd e Zn, que permanecem na coluna.

Para a separação Cd-Zn usou-ae uma mistura de

NH. Cl (1M) + NH.OH (1M), que elui apenas o cádmio. Em seguida, elui_

se o zinco com HNO, 0,5 - 1,0 M.

Os métodos de determinação são os meamos cita-

dos no parágrafo anterior.

IV.3.6 - SEPARAÇÃO DE Ag. Hg. Pb e Bi PE URÂNIO

Utilizando-se dos mesmos princípios anteriores e

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60

havendo grande interesse em se determinar estes elementos que apa-

recem como impurezas ao nível de traços no DUA nuclearmente puro ,

em maior presença no DUS e nesmo como raüioisó"topos np família na-

tural do urânio (chumbo- 210 e bismuto -210), podemos separá-loa

do urânio por meio de uma percolação de cloreto de urpnilo em meio

HC1 0,5M na coluna de Al-,0,- TOA.

0 urânio nSo é retido e após lavada a coluna com HC1

0,51!,, eluem-se os elementos retidos com HNO, 0,5M + t.u. 111.

As determinações podem ser realizadas segundo os mé-

todos indicados em IV*2., no ceso de maior presença destes elemen-

tos, ou por técnicas radiométricas quando existir o elemento traça

dor presente.

IV.5.7. URÂNIO

Como já* descrito, a retenção do urânio- VI I conse-

guida pela percolação do cloreto de uranilo em HOl

5M na coluna de AlgOj - TOA, sendo a espécie anionica formada en-

tre os ions UOp e o ligante Cl" retido pela amina.

0 urânio retido é eluiüo da coluna com HC1 0,2M, po-

dendo também ser eluído com água, num volume bem maior üo que aque

le utilisaao pela eluiçSo com ácido clorídrico. 0 urânio ê determi

nado no eluido por oolorimetria, polarografia ou tilulometrie.

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61

UiiPÍTUIiO V

DIbOÜSSKO

Pnce a extração líquiao - líquiuo, s uromatografia de ex

tração apresenta a vantagem de, num volume tem menor de

extrator, eiexuar as mesmas separações utilizando-se da proprieüa

de de rauxtiestágxos que se iass presente neste processo*

Procuramos ressaltar nesta dissertação a eonveniênoia de

se usar amina como extrator, tendo ela a vantagem ãe reter e con -

oentrar vários elemenxos traços em urânio, em um pequeno volume d©

fase estacionaria.

A fase estacionaria escolhida (TOA), prestou-ee muito toem

a este trabflliio, ïxxanao-se bem sobre o suporte ^AlgOj), poaeuinao

uma alta capacidade de retenção, e não sofrendo ataque ae áciaoe ou

bases quer seja na percolação aa solução carga quer seja no ueo aos

aiierentes ementes empregaaos.

0 recobrimento ao suporte (,alumina; com o material inativo

"isopor" veio aumentar a eficiência aa coluna, melhorando sua oapa-

cidaae.De relevância, ±01 o lato oDservauo ae que com o tratamento

com isopor memora muito a fixação âa amina no suporte»

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62

Foram estudados os seguintes elementos : Cd, Ag, Au, Hg,

Bi, Pb, Sn, Zn e In, em meio clorídrico 0,5M e em soluções de

UO2CI2 - HC1 0,5M, no sistema AI2O3 -TOA. Destes, apenas o chum-

bo nao é bem retido (aproximadamente 55f°) •

Utilizando-se Bi, Au, Ag, Hg, Cd, estudou-se o poder de

concentração da coluna cromatográfica, adicionando - se massas co-

nhecidas de padrões dos elementos citados, atê ser atingido o li-

mite de detecção dos métodos de análise instrumental; para tanto ,

foram percolados 50 a 10.000 ml de soluções clorídricas (HC1 0,5M)

contendo os elementos estudadose

As mesmas massas dos elementos acima discriminados, usa-

das em ausência de urânio, foram adicionadas numa matriz urânio,ve

rificando-ae que além do poder de concentração, a coluna consegue—

separar estes elementos da matriz, sem que haja interferência da

mesma. Alguns resultados obtidos, cora e sem nsatriz urânio, podem

ser vistos na Tabela IX.

Os elementos zinco e estpnho, foram estudados apenas so"b

a forma de seus traçadores radioativos, tendo os seus procedimen -

"tos sido descritos em II.7 e III.8.2. Os estudos para o chumbo fo-

ram realizados por comparação entre um? solução de cloreto de urâ-

nio, na qual este elemento foi determinado diretamente por polaro—

grafia, e a mesma solução depois de percolada. Desta forma, pôde-

se constatar que ficaram retidos aproximadamente 55/í de chumbo na

coluna de AI2O3 - TOA. Este resultado foi confirmado pelas curvas

obtidas para a construção da Figura VII.

Os elementos estudados, por outro lado, nao podem ser fi

xados pela coluna de alumina (sem TOA) de suas soluções

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63

TABELA IX

COMPORTAMENTO DE SEPARAÇÃO E CONCENTRAÇÃO DOS ELEMENTOS Cd, Ag, Au,

Hg e Bi pela coluna A^O^

UOoCIo-HCl 0.5M

a partir de soluções HCl 0,5M e

ml

10 000

2 000

' 500

100

200

100

50

50

200

100

Carga

mg/l

0

1

4

20

0

0

0,

0,

0,

0,

,1

,0

,0

,0

,005

02

04

58

37

29

mg

1

2

2

2

0

0

0,

0,

0,

0,

,0

,0

,0

,0

,001

,002

002

029

074

029

El./U

ug/g

CÍDMIO

-

--

-

0,03

PRATA

-

0,40

OURO -

-

2,4

1.9

mlEluído

mg/l mg

- Eluente: NH40H 1M +

meio;

100

50

50

50

meio;

25

HCl 0,5M

9,3 0,94

40,0 2,00

41,8 2,08

40,8 2,04

UO2C12-HC1 0,5M(

0,05 0,001

- Eluente: HNO, 0,5M +

meio;

25

meio;

25

HCl 0,5M

0,08 0,002

Recuperação

NH4C1 1M

r^ 94

A^ 100

rJ 104

r~> 102

155 gU/1)

r>J 100

t,us 1M

r-J 100

UO-Cl^-HCl 0,5M(aprox, 60gU/l )

f0,085 0,0021

Eluente: HNO, 0,5M + t

meio ;

25

meio;

25

25

HCl 0,5M

1,15 0,029

UO2C12-HC1 0,5M(

2,10 0,053

1,10 0,028

r^ 105

Í U , 11.;

<v* 100

150 gU/1)

72 {•)

r^ 97

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64

TABELA IX (con to)

ml

50

200

100

50

50

50

Carga

mg/l

7,16

3,58

3,58

3,58

0,80

0,80

mg

0

0

0

0

0

0

I Ufe/g

MERCÚRIO

,358

,716

,358

,180

-

23,3

23,7

23,12

BISMUTO -

,04

,04

-

5,2

ml

Eluído

mg/l mg

- Eluente: HNO-j 0,5M

meios

25

meio:

25

25

25

HG1 0,5M

13,50 0,34

Recuperação

*

+ teU. 1M

-95

UO2C12-HC1 0,5M( 150 gU/1)

24,61 0,62

14,32 0,36

7,16 0,18

Eluente: HN03 0,5M +

meio:

25

meio:

25

(*) retenção quantitativa pela coluna

temperatura

coluna: diâm, int

ambiente.

0,8 cm; altura= 20

HC1 0,5M

1,60 0,04

89 (*)

/v 100

r*J 100

t.Ua 1M

ÍV 100

UO2C12-HC1 0,5M( 150 gU/l)

1,60 0,04

, mas eluição incompleta à

cm; 5 nil Al2O,-rDOA

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cps ou ae cloreto ae urenil ;o

Vimos, também;, aue o ur?niu nfio int«rifci« u- retenção da-

queles elementos, mesmo em altas concentrações, com excedo ..i pia

ta que sofre grenue inixuêncw neste meio» quanuo a concentração de

urânio «stá acima ae 7;? g/l«

üste métoao serve também para se determinar urânio, aesae

que se faça tJna variação na concentração de hCl, passanao-se a tra

balhar com iiCl 5M, o que possibil i ta sua retenção nas coiuuas ae

ÜI2O3 - TOë A eluição "o urânio processa-se con KCl Ü,2M, permitia

do a sua determinação no eiuídOo

comportamento diferente apresentou o estanüo, que a

ae sur muito bem retiao pela coiuna de A12O,~ ÏOJI, nib pôde ser e

IUIÜO, euiuora ae tenha mesmo utiiizauo como agente eluente o álco

ol et í l ico o qual re t i ra toda a fase estacionaixa (ÍOA)o Ksta, em

bora senuo unia medida drástica, não foi suficiente para a eluiçao

do estanho,.

A nao ser neste caso, os outros elementos puderam ser e -

luidos da coluna com soluções ie HNO 0 ,5 - 1 M; NH OH (1M) + NH C

UM), e solução de HNO 0,5M + tcUo 1 M* Por outro lado, nao foi -

possível a retenção total do chumbo no sistema empregado %

A retenção máxima do chumbo tanto üe soluções de HCl 0,5

M como de soluções de cloreto de ur^nilo até l^0 g V/l, foi de a .

proximadansente 55$o Contudo, a eluiçSc no chumbo retido ne coluna

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ní!O apresentou nenhuma dificuldade.

66

Cnbe, por fim, salientar a vpntapem qUe este mpto^o de se

paranao npresentou sSbre a extração líquido- línuido. Fe- tp, cono

foi visto (2), elementos como c£dnio, -orptr, cnumbo, bisinuto e v\er

cario, ano apenas parcialmente extrpfdop por TOA qurndo nr> TÍT^F ^

;p da matrin urânio, no sistema clorídrico. Em croKatoérafif de -

extração, no entanto, estas rtificula^der são sensdes, pooen^o-se,

com rs restrições indicnd^P no Capítulo III (iuwnto ^ prrtR, e PO

chumbo), separar quantitativamente ertes ?lementop de PUP rr trir

urânio.

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demos verificar que elementos oono cádnio, prata, ouro, bisnaito.

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J

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APÊNDICE

DETERMINAÇÃO PS ELEMENTOS METÁLICOS EM DIÏÏRANATO PE

SÓDIO (PUS) POR ESPECTROFOTOMBTRIA DE ABSORÇÃO ATO-

MICA.

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0,050 -

0,096 0,12 0,24 Cd/ml

FIGURA VIII _ Det. de Cd en DUS por abaorgão attaica(método da adição padrão). 100 ml UO^Cl,(70 gU/ï) pereolado* em coluna A12O,-TOA.

ambiente»ELuentet HNO3 0,5*1(25 al) a temp0,096 ugCd/ittl( 0,34 u«Cd/gü),

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75

0,020 -

0,16 0,ê4 0,48 jug Ag/ml

FIGURA IX - Set. de Ag. em DUS por absorção atômica(método da adição padrão). 100 ml UOgClg(70 gUA) percolados em coluna Al,0,-TOA.ELuentei HNO, 0,5M + t.u. l,0M(25 ml) atemp, ambiente. 0,16 ugAg/ml( 0,90 ugAg/gU).

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74

0,48 0,36 0,72 pq Au/ml

FIGURA X - Det. de Au em DUS por absorção atômica(método da adição padrão). 100 ml UO^Cl»(70 gUA) percoladoe em coluna >12O,-TOA.Eluentet HNO, 0,5M + t.u. l,0»í(25 oi) aaprox. 60° C. 0,48 ugAu/nl( 1,80 ugAu/gD).

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75

M9 Bi/ml

FIGURA XI - Det. de Bi em DUS por absorção atômica(método da adição padrão). 100 ml UO^Cl^(70 gU/L) percolados em coluna AlgOv-TOA.Eluente: HNO^ 0,5K + t.u. l,0M(2í> ml) aaprox. 60° C. 1,20 ugBi/ml( 4,30 ugBi/gU).

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Os elementos estudados, por outro lado, não podem ser fi

xados pela coluna de alumina (sem TOA) de suas soluções cloridri.

76

0,020 -

6,0 14,4 28,8 jjg Hg/ml

FIGURA XII - Det. de Hg em DUS por abeorção atômica

(método da adição padrão). 100 ml UOJZ .

(70 gU/ï) percoladoe em coluna AlgOy-lMj

Eluentei HNO, 0,5M + t.u. l,0M(25 ml) a

eprox. 60° C, 6,0 ugHg/ml( 21,4