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UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA
CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL
Daiane Mara Walker
Implantação de um Sistema de Gestão Ambiental Segundo
a ISO 14001: Estudo de Caso Guaracar Comércio de
Automóveis LTDA
Passo Fundo, 2013.
Daiane Mara Walker
Implantação de um Sistema de Gestão Ambiental Segundo
a ISO 14001: Estudo de Caso Guaracar Comércio de
Automóveis LTDA
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao
curso de Engenharia Ambiental, como parte
dos requisitos exigidos para obtenção do título
de Engenheira Ambiental.
Orientador: Prof. Carlos Alexandre Gehm da
Costa, Mestre.
Passo Fundo , 2013.
Daiane Mara Walker
Implantação de um Sistema de Gestão Ambiental Segundo a ISO
14001: Estudo de Caso Guaracar Comércio de Automóveis LTDA
Trabalho de Conclusão de Curso como requisito parcial para a obtenção do título de
Engenheira Ambiental – Curso de Engenharia Ambiental da Faculdade de Engenharia e
Arquitetura da Universidade de Passo Fundo. Aprovado pela banca examinadora:
Orientador:_________________________
Carlos Alexandre Gehm da Costa
Faculdade de Engenharia e Arquitetura, UPF
___________________________________
Aline Ferrão Custódio Passini
Universidade Federal de Santa Maria, UFSM
___________________________________
Luciana Londero Brandli
Faculdade de Engenharia e Arquitetura, UPF
Passo Fundo, 28 de junho de 2013.
AGRADECIMENTOS
À Deus pela vida, sabedoria e pelo caminho iluminado;
Aos meus pais Enio Francisco Walker e Marlene Neumann Walker, que sempre
estiveram ao meu lado me apoiando e me dando todas as condições para alcançar os objetivos
almejados;
Ao Sr. Celso Menegaz por abrir as portas da sua empresa e a toda equipe da Guaracar
Plus obrigada pela oportunidade, confiança e apoio na realização do trabalho;
Ao meu orientador Prof. Ms. Carlos Alexandre Gehm da Costa pelos ensinamentos,
conselhos passados;
À Emanuela Bazzan e Polyanna dos Santos, pelo apoio, auxilio, conhecimentos
compartilhados na elaboração deste trabalho;
À Aline Baruffi e Ediangili Pivotto, pela paciência, carinho e pela grande amizade;
As minhas amigas Emanuela Bazzan, Polyanna dos Santos, Letícia Canal Vieira e
Karla Ribeiro que tornaram meus dias mais agradáveis, agradeço pela atenção, conselhos nos
cinco anos de cumplicidade e amizade,
Aos colegas da Engenharia Ambiental e de estágio pelo coleguismo e pelos bons
momentos;
Aos professores do curso de Engenharia Ambiental pelos ensinamentos nos momentos
de aprendizagem;
A todos que me ajudaram na realização do trabalho meu eterno agradecimento.
“Insanidade é continuar
fazendo sempre a mesma coisa e
esperar resultados diferentes.”
Albert Einstein
RESUMO
O presente trabalho procura, a partir de um estudo de caso realizado em uma
concessionária no Município de Passo Fundo/RS, descrever o processo de implantação de um
Sistema de Gestão Ambiental (SGA), baseado na NBR ISO 14001. A implantação do SGA na
Guaracar Plus vem ao encontro dos interesses da alta administração na minimização dos
impactos gerados pelas atividades desenvolvidos na empresa e como consequência trazendo
melhorias tanto no ambiente interno como no ambiente externo. Através do levantamento dos
setores e serviços oferecidos na Guaracar Plus foi possível realizar o diagnóstico da empresa,
onde foram avaliados os resíduos gerados, e a partir desse levantamento foram identificados
os aspectos e impactos ambientais. Com o diagnóstico finalizado foi possível elaborar o
Manual Ambiental, conforme a NBR ISO 14001, estabelecendo os objetivos, metas e
programas ambientais a fim de minimizar os impactos gerados, além de diminuir os custos
com energia, água e disposição de resíduos. Para o cumprimento dos requisitos exigidos pela
norma foram realizados procedimentos que contém as instruções para a implementação do
SGA, já para a correta segregação dos resíduos sólidos foi elaborado um Plano de
Gerenciamento de Resíduos sólidos, dependendo dos recursos disponíveis e do
comprometimento de todos para viabilizar o funcionamento da implementação do projeto.
Palavras-chaves: SGA, Concessionárias, ISO 14001, FIAT.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Tripé da Sustentabilidade Empresarial.................................................................... 16 Figura 2 - Modelo de Sistema de Gestão Ambiental ISO 14001 ............................................. 19 Figura 3 - Fluxograma das atividades que foram realizadas na pesquisa ................................. 22 Figura 4 – Localização do município de Passo Fundo no estado do Rio Grande do Sul ......... 24
Figura 5 – Processos existentes na Guaracar Plus. ................................................................... 26 Figura 6 – Elevador automotivo ............................................................................................... 27 Figura 7 – Solda mig ................................................................................................................ 28 Figura 8 – Solda de oxigênio .................................................................................................... 28 Figura 9 – Lixadeira ................................................................................................................. 28
Figura 10 – Spotter ................................................................................................................... 28
Figura 11 – Ciborgue ................................................................................................................ 28 Figura 12 – Rebitadeira ............................................................................................................ 28
Figura 13 – Furadeira ............................................................................................................... 29 Figura 14 – Esmiril ................................................................................................................... 29 Figura 15 – Marreta dinâmica .................................................................................................. 29 Figura 16 – Hookit .................................................................................................................... 30
Figura 17 – Taco ....................................................................................................................... 30 Figura 18 – Carrinho contendo o papel pardo e a fita adesiva ................................................. 30
Figura 19 – Pistola .................................................................................................................... 31 Figura 20 – Cabine de pintura .................................................................................................. 31 Figura 21 – Politriz ................................................................................................................... 32
Figura 22 – Rampa ................................................................................................................... 33 Figura 23 – Carga de gás ar condicionado ............................................................................... 34
Figura 24 – Balanceamento e geometria .................................................................................. 34 Figura 25 – Prensa troca de rolamento ..................................................................................... 34
Figura 26 – Bancada para montar o motor ............................................................................... 34 Figura 27 – Limpeza e teste de bicos injetores ......................................................................... 34
Figura 28 – Regulagem do farol ............................................................................................... 34 Figura 29 – Tambor para armazenamento do óleo lubrificante usado ..................................... 35
Figura 30 - Processo da ETE existente. .................................................................................... 39
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Resíduos gerados na Guaracar Plus e sua classificação. ....................................... 37 Quadro 2 – Destinação dos resíduos Guaracar Plus ................................................................. 40
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 9 2 DESENVOLVIMENTO .................................................................................................... 13
2.1 Revisão Bibliográfica ................................................................................................ 13 2.1.1 As empresas e o meio ambiente ......................................................................... 13 2.1.2 Gestão Ambiental ............................................................................................... 14 2.1.3 Sistema de Gestão ambiental .............................................................................. 15
2.1.3.1 Benefícios da implantação de um Sistema de Gestão Ambiental ............... 16
2.1.4 NBR ISO 14000 ................................................................................................. 17 2.1.4.1 NBR ISO 14001 .......................................................................................... 18
2.1.4.1.1 Estrutura de um SGA segundo a NBR ISO 14001 ................................. 19
2.1.5 Grupo FIAT ........................................................................................................ 20 2.2 Métodos e Materiais ................................................................................................... 22
2.2.1 Delineamento da pesquisa .................................................................................. 22 2.2.2 Revisão da literatura ........................................................................................... 23
2.2.3 Local de estudo ................................................................................................... 23 2.2.4 Levantamento de campo ..................................................................................... 23 2.2.5 Diagnóstico ambiental ........................................................................................ 23 2.2.6 Análise e interpretação dos dados ...................................................................... 23
2.2.7 Manual ambiental ............................................................................................... 24 2.3 Resultados e Discussões ............................................................................................ 24
2.3.1 Diagnóstico Ambiental ....................................................................................... 24 2.3.1.1 Caracterização da empresa em estudo ......................................................... 24 2.3.1.2 Processos ..................................................................................................... 25
2.3.1.2.1 Funilaria .................................................................................................. 26
2.3.1.2.2 Lavagem .................................................................................................. 32 2.3.1.2.3 Oficina .................................................................................................... 33 2.3.1.2.4 Administrativo e vendas ......................................................................... 36
2.3.1.3 Geração de Resíduos ................................................................................... 37 2.3.1.4 Efluente ....................................................................................................... 39
2.3.1.4.1 Destinação dos resíduos .......................................................................... 40
2.3.1.5 Avaliação aspectos e impactos ambientais.................................................. 40 2.3.1.6 Manual Ambiental ....................................................................................... 41
2.3.1.7 Procedimentos ambientais ........................................................................... 42 2.3.1.8 Instruções de trabalho.................................................................................. 42
3 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 43
3.1 Sugestões para trabalhos futuros ................................................................................ 44
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 45
APÊNDICE A .......................................................................................................................... 47 APÊNDICE B ........................................................................................................................... 63
APÊNDICE C ........................................................................................................................... 83 APÊNDICE D ........................................................................................................................ 140
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1 INTRODUÇÃO
Segundo Vilas (2005) observa-se um relevante e crescente comprometimento com o
meio ambiente e o desenvolvimento sustentável, e como consequência as montadoras estão
exigindo cada vez mais atitudes sustentáveis por parte de suas redes de distribuição.
Neste sentido, é evidente um maior compromisso das montadoras no gerenciamento de
todo o ciclo de vida do produto, inclusive no atendimento ao pós-venda, que é feito pelas
concessionárias das marcas e que lidam diretamente com os impactos ambientais gerados pela
manutenção dos veículos ao longo de sua vida útil (VILAS, 2005).
As concessionárias serão o alvo principal das adequações ambientais, sendo que os
impactos mais significativos concentram-se neste setor, nas atividades de funilaria, lavagem
dos veículos e mecânica.
A solução dos problemas ambientais, ou sua minimização, exige uma nova atitude dos
empresários e administradores, que devem passar a considerar o meio ambiente em suas
decisões administrativas tecnológicas buscando a excelência na qualidade ambiental
(BARBIERI, 2006).
O mercado exige cada vez mais atitudes sustentáveis dos empresários, devido um
conjunto de fatores, formado pela acelerada degradação ambiental, pelo aumento das
penalidades regulamentares e pela crescente consciência dos mercados e consumidores que
passaram a exigir produtos e processos ambientalmente corretos, disseminando nas empresas
a urgência com relação à necessidade de implementação de um Sistema de Gestão Ambiental
(TEIXEIRA, 2006).
Qualquer SGA requer um conjunto de elementos comuns que independem da estrutura
organizacional, do tamanho e do setor de atuação da empresa. Em primeiro lugar, está o
comprometimento com a sua efetivação por parte da alta direção, que deve se envolver
ativamente no processo. Um alto grau de envolvimento facilita a integração das áreas da
empresa e permite a disseminação das preocupações ambientais entre funcionários,
fornecedores, prestadores de serviços e clientes. Um bom sistema é aquele que consegue
integrar o maior número de partes interessadas para tratar questões ambientais (BARBIERI,
2006).
A preocupação com o meio ambiente tem apresentado uma dinâmica diferenciada nas
organizações e nas nações nas quais estas se encontram. O mercado não aceita mais o descaso
no tratamento dos recursos naturais. Os consumidores estão interessados em produtos limpos.
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A legislação torna-se mais rígida, imputando sanções aos infratores, obrigando as empresas a
encarar com seriedade e responsabilidade a variável ambiental em sua estratégia operacional
(KRAEMER, 2005).
Os consumidores cada vez mais exigentes e esclarecidos sobre leis forçaram as
montadoras e sua rede de concessionárias, fornecedores, fábricas de autopeças,
transportadoras a inovarem tecnologicamente para poderem atingir um desempenho cada vez
maior (ALMEIDA, 2002). No entanto, embora existam esforços direcionados neste sentido,
muitas empresas não sabem como aplicar essas práticas de desenvolvimento sustentável,
sendo ainda objeto de várias pesquisas.
Muitas empresas não aproveitam a oportunidade para incluir, nas suas atividades
sistema, tecnologias ambientais modernas e proativas, como as de Produção Limpa (PL),
capazes de otimizar a utilização dos recursos disponíveis e prevenir a poluição e a geração de
resíduos, em vez do tratá-los (TEIXEIRA, 2006).
A futura implantação da Inspeção Técnica Veicular (ITV), prevista pelo Código de
Trânsito Brasileiro de 1998, fará com que ocorra um crescimento substancial na demanda de
reposição de autopeças e manutenção veicular, tornando-se imperativo a criação de uma
metodologia de gestão ambiental, até então inexistente em nosso país, para as concessionárias
de veículos e implementos. Essas empresas deverão respeitar as formas corretas de disposição
e descarte dos resíduos gerados tanto pela reposição quanto pela reparação de veículos em
condições inadequadas de uso. É com base nesta necessidade que serão elaborados tanto os
instrumentos de avaliação quanto a proposta final de um Sistema de Gestão Ambiental
(VILAS, 2005).
Dentro desse crescente segmento de mercado, os cuidados com o meio ambiente
deixam de ser uma fonte de despesas para tornarem-se uma fonte geradora de lucros. Sob a
ótica da gestão ambiental, aquilo que antes era um tema sem importância para as empresas –
água, ar, energia, resíduos em geral e sucatas – transformou-se em uma oportunidade para
reduzir, reutilizar e reciclar, agregando valores sustentáveis para as empresas que possuem um
Sistema de Gestão Ambiental (SGA) em funcionamento (VILAS, 2005).
A gestão ambiental vem ganhando um espaço crescente no meio empresarial. O
desenvolvimento da consciência ecológica em diferentes camadas e setores da sociedade
mundial acaba por envolver também o setor empresarial. Naturalmente, não se pode afirmar
que todos os setores empresariais já se encontram conscientizados da importância da gestão
responsável dos recursos naturais. A empresa que não buscar adequar suas atividades ao
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conceito de desenvolvimento sustentável está fadada a perder competitividade em curto ou
médio prazo (KRAEMER, 2005).
A evolução das iniciativas ambientais nas organizações enquanto Sistema de Gestão
Ambiental (SGA) trouxe a necessidade de elementos integrantes como a determinação de uma
política ambiental, o estabelecimento de objetivos e metas, o monitoramento e medição de sua
eficácia, a correção de problemas associados à implantação do sistema, além de sua análise e
revisão como forma de aperfeiçoá-lo, melhorando desta forma o desempenho ambiental geral
(SEIFFERT, 2002).
O SGA é voluntário, ou seja, não existe legislação específica no mundo que obrigue as
empresas a implantar e incorporar estes princípios em suas atividades. Porém, o mercado atual
está muito exigente quanto aos aspectos relacionados ao meio ambiente, e esta preocupação
espontânea por partes das empresas se transforma em um diferencial de mercado, sendo uma
estratégia competitiva, além de apresentar diversos benefícios (CERUTI, SILVA 2009).
Um dos benefícios da criação de um SGA é a possibilidade de obter melhores
resultados com menos recursos em decorrência de ações planejadas e coordenadas
(BARBIERI, 2006).
Outros fatores que certamente influenciam as empresas para adoção de posturas
ambientalmente responsáveis são: percepção das vantagens em termos competitivos; melhoria
na imagem perante a sociedade; redução de custos dos seus processos produtivos; adoção de
programas de gestão específicos – como a racionalização no consumo de recursos e a
minimização de resíduos – voltados à solução de problemas decorrentes dos impactos
ambientais desses processos, gerando assim uma ação com resultados eco eficientes
(ALMEIDA, 2002).
O presente estudo visa mostrar as atividades realizadas a fim de minimizar e controlar
os impactos causados em uma concessionária de veículos, e como consequência a melhoria da
imagem da empresa no mercado através da Implantação do Sistema de Gestão Ambiental.
Diante da questão sobre as problemáticas ambientais envolvidas nos processos
produtivos da empresa cresce o interesse e a necessidade de se aplicar políticas que visem o
desenvolvimento sustentável, apresentado a seguinte questão de pesquisa: Como inserir um
Sistema de Gestão Ambiental em uma Concessionária de veículos?
Tem-se como objetivo geral a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental em uma
Concessionária de veículos.
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Os objetivos específicos foram:
a) Descrever os processos produtivos setoriais da empresa;
b) Avaliação dos aspectos e impactos ambientais gerados;
c) Elaborar um Manual de Sistema de Gestão Ambiental;
d) Criar procedimentos ambientais para a implementação do SGA, conforme a NBR ISO
14001.
Este trabalho é composto por cinco capítulos, sendo que no capítulo 1 é apresentado o
problema de pesquisa, a justificativa, os objetivos e suas delimitações. No capítulo 2
apresenta-se a Revisão Bibliográfica onde são abordados tópicos relacionados aos problemas
ambientais causados pelas empresas, conscientização quanto ao desenvolvimento sustentável,
a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental e sua importância, bem como a estrutura
de um SGA segundo a NBR ISO 14001.
No capítulo 3, descreve-se a metodologia utilizada, contendo o delineamento da
pesquisa, o local de estudo, o levantamento de campo para realização do diagnóstico
ambiental, assim como a análise e interpretação dos dados para a elaboração do Manual
Ambiental.
No capítulo 4, são apresentados e analisados os resultados obtidos com o Diagnóstico
Ambiental da empresa, Avaliação dos Aspectos e Impactos ambientais e a Implantação de um
Sistema de Gestão Ambiental.
No capítulo 5, apresentam-se as conclusões referentes a Implantação de um Sistema de
Gestão Ambiental na Guaracar Comércio de Automóveis LTDA.
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2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Revisão Bibliográfica
2.1.1 As empresas e o meio ambiente
As empresas são as principais responsáveis pelo esgotamento e pelas alterações
ocorridas nos recursos naturais, ocorre que os recursos naturais são empregados como
insumos que, devido a ineficiências internas dos processos, geram resíduos de todo tipo que
contaminam o ambiente (DIAS, 2007).
Segundo o mesmo autor, a penetração do conceito de desenvolvimento sustentável no
meio empresarial tem se pautado mais como um modo de empresas assumirem formas de
gestão mais eficientes, como práticas identificadas com a eco eficiência e a produção mais
limpa, do que uma elevação do nível de consciência do empresariado em torno de uma
perspectiva de um desenvolvimento econômico mais sustentável.
Toda organização precisa assegurar sua capacidade de competição em mercados cada
vez mais exigentes, estando sujeita as crescentes pressões e exigências ambientais de órgãos
públicos, grandes clientes, instituições financeiras, seguradoras e da sociedade em geral
(SELL, 2006).
Seguindo tendências recentes, a legislação e normas ambientais vêm tornando cada
vez mais restritas. Em decorrência disso, os regulamentos aplicáveis aos mais diversos setores
produtivos exigem a adoção de Sistemas de Gestão Ambiental (SGAs) cada vez mais
aprimorados, especialmente quando se considera a natureza multidisciplinar das relações entre
a sociedade humana e o ambiente circundante (ISO 14001).
A gestão ambiental é o principal instrumento para se obter um desenvolvimento
industrial sustentável. O processo de gestão ambiental nas empresas está profundamente
vinculado a normas que são elaboradas pelas instituições públicas (prefeituras, governos
estaduais e federal) sobre o meio ambiente. As normas legais são referencias obrigatórias para
as empresas que pretendem implantar um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) (DIAS, 2007).
A solução dos problemas ambientais, ou sua minimização, exige uma nova atitude dos
empresários e administradores, que devem passar a considerar o meio ambiente em suas
decisões e adotar concepções administrativas e tecnológicas que contribuam para ampliar a
capacidade de suporte do planeta (BARBIERI, 2006).
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Sendo necessária uma gestão ambiental eficiente e eficaz para reduzir os custos
ambientais da empresa e da sociedade, atuais e futuros. E, por fim, a gestão ambiental pode
ter como objetivo obter selos e certificados a serem usados na competição nos mercados de
interesse (SELL, 2006).
2.1.2 Gestão Ambiental
Entende-se por gestão ambiental as atividades administrativas e operacionais, tais
como planejamento, direção, controle, alocação e recursos e outras realizadas com o objetivo
de obter efeitos sobre o meio ambiente, quer reduzindo ou eliminando os danos ou problemas
causados pelas ações humanas, quer evitando que eles surjam (BARBIERI, 2006).
O agravamento das condições ambientais provocou ao mesmo tempo aumento da
consciência dos cidadãos sobre a importância do meio ambiente natural. Neste sentido, as
sociedades estão aumentando suas exigências aos agentes mais diretamente envolvidos,
particularmente administrações públicas e em empresas. No caso do poder público, pelo seu
papel de responsável pelo bem comum; e no caso das empresas, como os principais agentes
visíveis de contaminação do ambiente (DIAS, 2007).
Segundo Dias (2007) o aumento da importância das questões ambientais está fazendo
com que as empresas não ignore mais essa questão como vinha fazendo, pois, além de
interferirem nos custos finais dos produtos, os problemas ambientais podem inclusive afetar a
continuidade do processo produtivo.
A contribuição da ciência e tecnologia tem sido significativa e não seria exagero
afirmar que a maioria dos problemas decorrentes da poluição já teria sido resolvida se as
soluções já conhecidas fossem aplicadas. Porém, questões de ordem política, econômica,
social e cultural estão na raiz dos problemas ambientais retardam ou inviabilizam a adoção de
soluções. Todas essas questões devem ser consideradas quando se pretende enfrentar os
problemas ambientais e isso é o que grosso modo se denomina gestão ambiental (BARBIERI,
2006).
A Gestão ambiental consiste em gerir, controlar e conduzir os processos de produção
de bens e de prestação de serviços de modo a preservar o ambiente físico (água, ar, solo,
fauna, flora e os recursos naturais) e a integridade física e psicoemocional das pessoas, e a
minimizar o consumo e a perda de material, energia e trabalho (SELL, 2006).
Como estratégia aplicada à Gestão Ambiental, a Produção Mais Limpa (PML) é
indicada como uma ferramenta que possibilita o funcionamento da empresa de modo social e
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ambientalmente responsável, ocasionando também influência em melhorias econômicas e
tecnológicas. A PML aplica uma abordagem preventiva na Gestão Ambiental (FILHO,
SICSÚ, 2003).
A Produção Mais Limpa (Cleaner Production) é uma estratégia ambiental preventiva
aplicada a processos, produtos e serviços para minimizar os impactos sobre o meio ambiente,
através da minimização da poluição ao meio ambiente, geração de resíduos e redução no
consumo de recursos naturais principalmente os não renováveis (BARBIERI, 2006).
Somente com o avanço da adoção de Sistema de Gestão por parte das empresas
teremos uma perspectiva de rumarmos para um desenvolvimento minimamente sustentável,
sendo que o grau de envolvimento da empresa com a questão ambiental variará em função da
importância que a organização dá para a variável ecológica. Falta muito para que as empresas
se tornem agentes de um desenvolvimento sustentável, socialmente justo, economicamente
viável e ambientalmente correto (DIAS, 2007).
Segundo o mesmo autor um Sistema de Gestão Ambiental é a sistematização da gestão
ambiental por uma organização determinada. É o método empregado para elevar uma
organização a atingir e manter-se em funcionamento de acordo com as normas estabelecidas,
bem como para alcançar os objetivos definidos em sua política ambiental (DIAS, 2007).
2.1.3 Sistema de Gestão ambiental
Para Souza (2011) o Sistema de Gestão Ambiental é um processo voltado a resolver,
mitigar e/ou prevenir os problemas de caráter ambiental, qualquer que seja o
empreendimento, cujo norte é o desenvolvimento sustentável.
A implantação do SGA em uma organização, parte da premissa da avaliação inicial e
elaboração de sua política ambiental. Então, a implementação do SGA passa para a etapa de
Planejamento, com o objetivo de criar condições para o cumprimento da sua política
ambiental (SOUZA, 2011).
Os Sistemas de Gestão Ambiental constituem processos sob os quais, de forma
sistemática e planejada, se controlam e minimizam os impactos ambientais negativos de uma
organização (DIAS, 2007).
Segundo a NBR ISO 14.001, o SGA é a parte do sistema de gestão global que inclui
estrutura organizacional, atividades de planejamento, responsabilidade, práticas,
procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar
criticamente e manter a política ambiental.
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Como mostra a Figura 1 as preocupações ambientais dos empresários são influenciadas
por três grandes conjuntos de forças que se interagem reciprocamente: o governo, a sociedade
e o mercado. Se não houvesse pressões da sociedade e medidas governamentais não se
observaria o crescente envolvimento das empresas em matéria ambiental (BARBIERI, 2006).
Figura 1 – Tripé da Sustentabilidade Empresarial
Fonte: Barbieri, 2006.
O modelo proposto indica a necessidade das organizações empresariais equilibrarem
as variáveis sociais, ambientais e econômicas ao pensar na sua sustentabilidade. Uma questão
relevante é saber se isto pode ser considerado uma questão central para qualquer organização,
independentemente de seu porte (SILVA, 2008).
A adoção de um Sistema de Gestão Ambiental implica uma mudança de mentalidade
de toda organização, desde os altos escalões até os níveis inferiores da organização. Implica
uma mudança da cultura organizacional com a incorporação da variável ambiental do dia-a-
dia das pessoas que integram a empresa (DIAS, 2007).
A importância das normas da série ISO 14000, e particularmente da ISO 14001, reside
no fato de que estabelecem uma base comum para a gestão ambiental eficaz no mundo inteiro,
sendo aplicável a organizações com os mais variados perfis (ISO 14001).
2.1.3.1 Benefícios da implantação de um Sistema de Gestão Ambiental
Ao optar pela implantação de um SGA, as companhias não recebem apenas benefícios
financeiros, como economia de matéria-prima, menores gastos com resíduos, aumento na
eficiência na produção e vantagens de mercado, mas sim, estão também diminuindo os riscos
de não gerenciar adequadamente seus aspectos ambientais, como acidentes, multas por
descumprimento da legislação ambiental, incapacidade de obter crédito bancário e outros
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investimentos de capitais, e perda de mercados por incapacidade competitiva (MUNHOZ,
2011).
Abaixo são listados os benefícios adquiridos com a implantação de um Sistema de
Gestão Ambiental:
1. Conformidade legal: Menor incidência de custos com multas e processos judiciais e
maior diálogo com os órgãos de controle e fiscalização. Evitando a paralisação das
atividades.
2. Melhoria na imagem da empresa: reconhecimento dos consumidores que preferem
cada vez mais produtos ecologicamente corretos; melhoria da imagem perante os
órgãos públicos e instituições financeiras. Tendo o SGA um diferencial e vantajoso no
mercado.
3. Benefícios internos: aumento da produtividade; melhoria nas relações de trabalho;
menor incidência de acidentes de trabalho.
4. Benefícios econômicos: economia devido a redução do consumo de água, energia e
outros insumos; economia devido à reciclagem, venda e aproveitamento; e eliminação
de risco de passivo ambiental e despesas dele decorrentes.
2.1.4 NBR ISO 14000
A ISO 14000 é um conjunto de normas que definem parâmetros e diretrizes para a
gestão ambiental para as empresas tendo como objetivo diminuir os impactos provocados
pelas empresas ao meio ambiente.
As normas ISO são normas ou padrões desenvolvidos pela International Organization
for Standartization (ISO), organismo internacional não governamental com sede em Genebra.
No Brasil, a única representante da ISO e um dos seus fundadores é a ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas), também conhecida pelo governo brasileiro como Fórum
Nacional de Normalização (DIAS, 2007).
A Avaliação Ambiental inicial deve ser o começo do processo de implementação de um
sistema de gestão ambiental. Na prática, esse procedimento pode ser realizado com recursos
humanos internos ou externos, pois, quando a empresa já dispõe de pessoal habilitado ou
relacionado com questões ambientais (por exemplo, técnicos da área de saúde e segurança do
trabalho ou controle de riscos), essa tarefa poderá ser feita internamente. Outra forma, não
existindo tal possibilidade, é a organização recorrer aos serviços terceirizados, quer seja na
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forma de consultoria ambiental ou prestadores de serviços autônomos. (NBR ISO 14000,
1996).
A série ISO 14000 é um conjunto de 28 normas relacionadas a Sistemas de Gestão
Ambiental, elas abrangem seis áreas bem definidas: Sistema de Gestão Ambiental; Auditorias
Ambientais; Avaliação de Desempenho Ambiental; Rotulagem Ambiental; Aspectos
Ambientais nas Normas de Produtos e Análise do Ciclo de Vida do Produto.
Em um primeiro momento, foram aprovadas cinco normas: ISO 14001, 14004, 14010,
14011 (parte 1 e 2) e 14012, especificadas abaixo.
ISO 14001 (17 requisitos) – Sistema de gestão ambiental, apresenta as especificações.
ISO 14004 – Sistema de gestão ambiental, apresenta diretrizes para princípios,
sistemas e técnicas de suporte.
ISO 14010 – Diretrizes para auditoria ambiental, princípios gerais.
ISO 14011 (parte 1 e 2) – Diretrizes para auditoria ambiental, procedimento de
auditoria.
ISO 14012 – Diretrizes para auditoria ambiental, critérios para qualificação de
auditores.
Hoje, apenas as duas primeiras persistem, enquanto que as três últimas foram
sintetizadas, em 2002, na Norma NBR ABNT ISO 19011 - Diretrizes para Auditorias em
Sistemas de Gestão da Qualidade e/ou Ambiental.
As normas ISO 14000 não estabelecem níveis de desempenho ambiental, especificam
somente os requisitos que um sistema de gestão ambiental deverá cumprir. De uma forma
geral, estabelecem o que deverá ser feito por uma organização para diminuir o impacto das
suas atividades no meio ambiente, mas não prescrevem como o fazer.
2.1.4.1 NBR ISO 14001
Esta Norma especifica os requisitos para que um sistema da gestão ambiental capacite
uma organização a desenvolver e implementar política e objetivos que levem em consideração
requisitos legais e informações sobre aspectos ambientais significativos. Um sistema deste
tipo permite a uma organização desenvolver uma política ambiental, estabelecer objetivos e
processos para atingir os comprometimentos da política, agir, conforme necessário, para
melhorar seu desempenho e demonstrar a conformidade do sistema com os requisitos desta
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Norma. A finalidade geral desta Norma é equilibrar a proteção ambiental e a prevenção de
poluição com as necessidades socioeconômicas (ISO, 14001).
Uma visão sistemática da implantação do SGA em uma organização pode ser vista na
Figura 2, abaixo:
Figura 2 - Modelo de Sistema de Gestão Ambiental ISO 14001
Fonte: NBR ISO 14001: 2004.
Esta Norma é baseada na metodologia conhecida como Plan Do Check Act
(PDCA)/(Planejar–Executar–Verificar–Agir). O PDCA pode ser brevemente descrito da
seguinte forma:
Planejar: Estabelecer os objetivos e processos necessários para atingir os resultados
em concordância com a política ambiental da organização.
Executar: Implementar os processos.
Verificar: Monitorar e medir os processos em conformidade com a política ambiental,
objetivos, metas, requisitos legais e outros, e relatar os resultados.
Agir: Agir para continuamente melhorar o desempenho do sistema da gestão
ambiental.
2.1.4.1.1 Estrutura de um SGA segundo a NBR ISO 14001
As normas de gestão ambiental têm por objetivo prover as organizações de elementos
de um sistema da gestão ambiental (SGA) eficaz que possam ser integrados a outros
20
requisitos da gestão, e auxiliá-las a alcançar seus objetivos ambientais e econômicos (ISO
14001).
A NBR ISO 14001 propõe cinco elementos estruturais para um Sistema de Gestão
Ambienta, são eles: política ambiental, planejamento, implementação e organização,
verificação e análise pela administração.
Abreu (2000) define as etapas para implementação de um SGA:
Política Ambiental – na qual se descreve as ações que serão implementadas, assim como a
forma, quando, por quem e os prazos.
A elaboração da política ambiental está relacionada à forma de como a empresa
pretende reduzir os impactos ambientais de suas atividades, produtos e serviços sobre o meio
ambiente, com o intuito de promover a melhoria contínua, atender os requisitos legais e de
mercado (ALMEIDA et al, 2002).
Planejamento – na qual se estabelece, a partir da identificação dos aspectos e impactos
ambientais da empresa, um Plano de Gestão Ambiental.
Implementação e Operação – na qual se implementa e se operacionaliza o Plano de Gestão
Ambiental definido na etapa anterior.
Verificação e Ação Corretiva – na qual se mede, monitora e avalia o desempenho ambiental
da empresa, a partir do seu Plano de Gestão Ambiental.
Análise Crítica do SGA pela Administração – na qual se avalia criticamente o SGA,
visando a identificar novos caminhos para a empresa atingir uma melhoria contínua do seu
desempenho ambiental.
Estas etapas são conhecidas como ciclo do PDCA, descrito no tópico anterior.
Tornando-se uma ferramenta gerencial utilizada para garantir que as metas sejam alcançadas,
buscando uma melhoria contínua a cada novo ciclo.
2.1.5 Grupo FIAT
À medida que aumentam as preocupações com o meio ambiente, as organizações
preocupam-se com os impactos de suas atividades, produtos e serviços em busca de alcançar
um desempenho organizacional consistente e com comprometimento ambiental (CORÁ,
CORÁ, 2007).
Desde 1990, a Fiat investiu cerca de US$ 90 milhões em tecnologia e projetos para a
preservação e melhoria do meio ambiente. A crescente preocupação com o meio ambiente é
21
resultado de uma profunda reflexão da sociedade mundial onde busca possuir um eficiente
sistema de gestão ambiental que proporcione conscientização entre seus colaboradores e o uso
de tecnologias mais adequadas para o controle de poluição e gestão dos impactos ambientais.
Considerando que a conservação do meio ambiente é essencial para a qualidade de
vida e para o desenvolvimento sustentável, a Fiat Automóveis segue a seguinte política:
Manter um Sistema de Gestão Ambiental para assegurar o atendimento aos requisitos
legais e outros requisitos em seus processos, produtos e serviços.
Promover a utilização otimizada de recursos energéticos.
Gerenciar os resíduos industriais, minimizando a sua geração e otimizando a
reciclagem dos mesmos.
Buscar a melhoria contínua do desempenho ambiental de suas atividades, visando
sempre à prevenção da poluição e aplicando tecnologia economicamente viável.
Produzir veículos condizentes com a legislação ambiental vigente.
Promover a conscientização e o envolvimento dos seus colaboradores, contratados e
subcontratados que trabalham em suas instalações para que atuem de forma
ambientalmente correta.
O Grupo FIAT sempre se preocupou com as questões ambientais. Segundo o
Presidente da Fiat/Chrysler a decisão de continuar a crescer em harmonia com o ambiente e as
pessoas reflete no equilíbrio dos três pilares do desenvolvimento sustentável: o econômico, o
ambiental e o social.
Segundo Vilas (2005) Outra importante metodologia que norteia os programas e
projetos voltados para a sustentabilidade é o World Class Manufacturing (WCM), adotado
pelas empresas do grupo Fiat que têm processo de produção de manufatura. O processo é
focado na eliminação de perdas e desperdícios e na melhoria acentuada de eficiência na
produção. Implantado desde 2007.
Segundo Corá, Corá (2007) o que move os interesses dos acionistas é o lucro, portanto
as empresas sempre preocuparam mais com a gestão dos aspectos econômicos e financeiros.
A idéia de responsabilidade ambiental está ligada a sustentabilidade, na qual se percebe que
os problemas ambientais interferem nos impactos dos negócios e quando isso afeta o lucro a
questão é repensada e com isso as organizações começam a implantar ações ambientais.
Além disso, cada vez mais o mercado exige as certificações e a responsabilidade
ambiental tanto no mercado nacional quanto internacional. Para tanto, é necessário repensar
22
essas questões e mensurar o resultado das ações das empresas e consequentemente garantir
uma gestão ambiental eficiente.
2.2 Métodos e Materiais
2.2.1 Delineamento da pesquisa
A pesquisa foi realizada a partir de um estudo de caso, sendo este realizado de forma
quantitativa. A partir da escolha da empresa realizou-se a avaliação do processo da mesma a
fim de identificar e avaliar seus aspectos e impactos para a elaboração das diretrizes
necessárias para a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental gerando assim um
Manual de Sistema de Gestão Ambiental.
A Figura 3 a seguir descreve de uma forma sistemática as atividades que foram
realizadas no decorrer da pesquisa.
Figura 3 - Fluxograma das atividades que foram realizadas na pesquisa
Fonte: Próprio autor.
23
2.2.2 Revisão da literatura
Para a elaboração do trabalho foram realizados levantamentos bibliográficos,
constituído basicamente de livros e artigos científicos referentes ao tema, buscando assim a
obtenção de informações existentes para melhor entendimento do processo de gestão
ambiental em concessionárias de veículos.
2.2.3 Local de estudo
Realizou-se o estudo na Guaracar Comércio de automóveis LTDA, situada na Avenida
Brasil Oeste, 3120 – Boqueirão, no município de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, Brasil. A
escolha se deve ao grande interesse da empresa em desenvolver práticas ambientais, estando
disposta a aperfeiçoar seus processos a fim de melhorar o ambiente de trabalho e minimizar os
impactos gerados sobre o meio ambiente, outro fator determinante foi o acesso a empresa.
2.2.4 Levantamento de campo
O local de estudo foi visitado inúmeras vezes a fim de realizar os levantamentos tanto
dos processos envolvidos na empresa, matéria prima utilizada, tecnologia, como também os
resíduos gerados nas atividades, para a elaboração do Manual Ambiental.
2.2.5 Diagnóstico ambiental
Para a descrição da empresa em estudo, foi realizado o detalhando dos processos e a
partir deste reconhecimento foi possível apresentar os equipamentos e produtos utilizados
para a realização das atividades, e através deste detalhamento os aspectos e impactos causados
também serão levantados.
2.2.6 Análise e interpretação dos dados
Por meio do levantamento setorial da empresa foi possível analisar os processos e
identificar possíveis externalidades, realizando desta forma a avaliação dos aspectos e
impactos gerados, tendo como base o método apresentado por Seiffert (2007). Após
24
interpretação dos dados levantados apresentou-se sugestões para que as deficiências sejam
minimizadas, contribuindo assim para a melhoria do processo da empresa. Salientando que
nem todos os dados serão positivados devido as restrições existentes.
2.2.7 Manual ambiental
Descrição dos principais requisitos para a implantação do Sistema de Gestão Ambiental,
de acordo os requisitos estabelecidos na NBR ISO 14001. Apresentando a Política Ambiental
da empresa, suas metas e objetivos. Para a elaboração do Manual Ambiental utilizou-se como
base a NBR ISO 14001 e Seiffert (2007).
2.3 Resultados e Discussões
2.3.1 Diagnóstico Ambiental
2.3.1.1 Caracterização da empresa em estudo
A Concessionária de automóveis escolhida para realização do estudo foi a Guaracar
Comércio de automóveis LTDA, fundada em 1975, sendo uma das primeiras concessionárias
FIAT no Brasil. Situada na Avenida Brasil Oeste, 3120 – Boqueirão no município de Passo
Fundo – Rio Grande do Sul.
A Guaracar Plus como é conhecida por todos na região é uma empresa de médio porte
possuindo em seu quadro funcional cerca de 100 funcionários, além da matriz em Passo
Fundo hoje a Guaracar Plus conta com 2 filiais nos municípios de Ijuí e Vacaria. Possui toda a
linha FIAT 0 km, semi-novos multimarcas e conta com a venda de peças genuínas da marca.
É uma concessionária diferenciada pois oferece assistência técnica onde são realizados
serviços de chapeação, pintura, troca de óleo, balanceamento, ou seja de funilaria e oficina em
geral.
Passo Fundo é um município de médio porte, localizado no norte do estado do Rio
Grande do Sul, Região Sul do Brasil. Geograficamente o município está situado nas
coordenadas 28°15’46” de latitude Sul e 52°24’39” de longitude Oeste. A Figura 4 apresenta a
localização do município no estado.
Figura 4 – Localização do município de Passo Fundo no estado do Rio Grande do Sul
25
Fonte: Plano Municipal de Saneamento Básico de Passo Fundo.
Segundo dados do IBGE, atualmente o território municipal abrange uma área de
783,421 km² correspondendo a aproximadamente 0,27% do território estadual. Com uma
população estimada em 2010 de 184.826 habitantes, apresenta uma densidade demográfica de
235,9 hab./km², e uma taxa de urbanização de 97,5%.
O município limita-se ao norte com Pontão e Coxilha, a leste com Mato Castelhano,
ao sul com Ernestina e Marau, e a oeste com Santo Antônio do Planalto e Carazinho.
2.3.1.2 Processos
A Figura 5 apresenta o fluxograma geral dos setores existentes na empresa e os
serviços que são oferecidos, salientando que o veículo não necessariamente passa por todas as
etapas, usufruindo dos serviços conforme a sua demanda.
26
Figura 5 – Processos existentes na Guaracar Plus.
Fonte: Próprio autor.
Abaixo são descritas as atividades realizadas nos setores apresentados na Figura 5.
2.3.1.2.1 Funilaria
A funilaria é composta dos seguintes sub setores: desmontagem, preparação,
isolamento, pintura (cabine 1 e 2) e polimento. Dentro do processo global, esta incluido o
trabalho da tapeçaria, processo esse que não faz parte do setor funilaria.
A desmontagem é a primeira etapa do processo a ser realizado quando o veículo entra
na funilaria. Quando o veículo sofre danos no motor é utilizado o elevador automotivo para
que o mesmo possa ser retirado, caso o veículo sofra apenas danos externos ele é direcionado
para a desmontagem da lataria. O elevador automotivo utilizado pelo setor está ilustrado na
Figura 6.
27
Figura 6 – Elevador automotivo
Fonte: Próprio autor.
Nesta etapa é realizada também uma análise dos danos causados nas peças, com o
objetivo de observar se há a possibilidade do reaproveitamento das mesmas ou não. Na
desmontagem do veículo, as peças quando estão muito danificadas devem ser armazenadas no
depósito de sucatas e identificadas com os dados do veículo e a data de descarte,
permanecendo neste local por no máximo 30 dias até a sua retirada pela seguradora
responsável. Caso isso não aconteça, as peças são encaminhadas para a coletora de sucatas
Sanches.
Após o carro ser desmontado, os reparos começam a ser feitos. Nesse processo são
realizadas várias atividades conforme a necessidade do veículo, como por exemplo, a troca de
peças danificadas por novas, ou até mesmo o seu reparo quando possível. Estas atividades são
realizadas com o auxílio de Solda mig, Solda oxigênio, Lixadeira, Spotter, Ciborgue,
Rebitadeira, Furadeira, Esmiril e Marreta dinâmica, conforme a necessidade do veículo. Os
equipamentos descritos acima estão ilustrados nas Figura 7 a Figura 15.
28
Figura 7 – Solda mig
Fonte: Próprio autor.
Figura 8 – Solda de oxigênio
Fonte: Próprio autor.
Figura 9 – Lixadeira
Fonte: Próprio autor.
Figura 10 – Spotter
Fonte: Próprio autor.
Figura 11 – Ciborgue
Fonte: Próprio autor.
Figura 12 – Rebitadeira
Fonte: Próprio autor.
29
Figura 13 – Furadeira
Fonte: Próprio autor.
Figura 14 – Esmiril
Fonte: Próprio autor.
Figura 15 – Marreta dinâmica
Fonte: Próprio autor.
Com os reparos necessários realizados inicia-se a atividade de preparo tendo como
objetivo fazer a melhoria da lataria do automóvel que possui riscos, concavidades ou outro
defeito, preparando assim o automóvel para o processo de pintura. Todas as peças recuperadas
no processo anterior necessitam da aplicação da massa plástica. Muitas vezes as peças novas
também carecem da aplicação por terem sofrido pequenos danos durante seu transporte ou
armazenamento. O lixamento realizado é a seco o que garante menor impacto ambiental,
menor custo de preparação e melhor qualidade da superfície trabalhada.
O veículo passa por uma avaliação a fim de verificar o acabamento da lixa. Estando
adequado, o veículo é encaminhado para o processo de pintura. As Figura 16 e Figura 17
Figura 17 apresentam o hookit e o taco utilizados neste processo.
30
Figura 16 – Hookit
Fonte: Próprio autor.
Figura 17 – Taco
Fonte: Próprio autor.
Após a realização dos reparos necessários, o automóvel é isolado passando assim para
a próxima etapa, a pintura. O isolamento é feito com o auxílio de papel pardo e fita adesiva
onde ficam alocados em um carrinho para melhor manuseio como demonstrado na Figura 18
abaixo:
Figura 18 – Carrinho contendo o papel pardo e a fita adesiva
Fonte: Próprio autor.
Com o isolamento finalizado os veículos passam para a cabine de pintura, que possui
um sistema de cortina de água, que tem como objetivo reter as partículas emitidas neste
processo evitando assim a poluição atmosférica. É importante que o profissional responsável
por esta atividade esteja sempre equipado com os EPI’s necessários a fim de evitar inalação
do material particulado. A atividade é realizada com uma pistola HVLP a base de solvente,
conforme ilustrado na Figura 19.
31
Figura 19 – Pistola
Fonte: Próprio autor.
A primeira etapa a ser realizada é a limpeza da superfície a ser pintada, usando solução
desengraxante com o intuito de retirar a oleosidade. Com a superfície limpa inicia-se o
processo de pintura que se distingue da seguinte forma: quando a tinta é a base de poliéster é
necessário aplicar verniz HS, caso contrário aplica-se base PU (poliuretano).
Após a pintura o automóvel é transferido para uma área aberta permanecendo neste
local por 8 horas até a tinta estar totalmente seca. Abaixo, na Figura 20, a cabine onde é
realizada a pintura dos automóveis.
Figura 20 – Cabine de pintura
Fonte: Próprio autor.
32
Finalizado todas as etapas de manutenção e preparo das peças, o automóvel passa para
a montagem, onde são instalados os estofados e bancos, quando estes foram removidos,
podendo então passar para a última etapa do processo da funilaria que é o polimento.
O polimento tem como finalidade eliminar as rebarbas, pequenas partículas de sujeiras
e pequenas imperfeições reativando o brilho da superfície, sendo esta atividade realizada com
o auxílio de uma politriz, que contêm boinas de lã e os produtos utilizados são: massa de polir
com base levemente abrasiva onde por meio desta abrasão é removida uma pequena camada
de verniz que está danificada a fim de renovar a pintura automotiva.
Para finalizar é aplicada a cera que serve como um tipo de cobertura para o
acabamento do carro de forma a protegê-lo contra os danos causados pela exposição ao sol,
chuva e demais situações que podem acabar danificando a pintura do veículo. A Figura 21
apresenta a Politriz utilizada.
Figura 21 – Politriz
Fonte: Próprio autor.
2.3.1.2.2 Lavagem
Este processo consiste na limpeza dos automóveis, sendo realizada em carros novos,
para que seja efetuada a sua entrega, e também em carros usados recebidos na troca, além
daqueles danificados que precisam passar pela funilaria ou oficina e se encontram muito
sujos. Sendo que cada setor descrito anteriormente é responsável por encaminhar o veículo
para a lavagem. Em média são lavados 20 carros por dia, porém esse valor varia conforme a
demanda.
33
Para a lavagem do motor do veículo ou até mesmo do chassi quando está muito sujo é
utilizada uma rampa a fim de facilitar a realização desta atividade. A rampa utilizada é
apresentada na Figura 22.
Figura 22 – Rampa
Fonte: Próprio autor.
Para a realização de limpezas pesadas como por exemplo do chassi, motor e tapetes
são utilizados produtos químicos com o auxílio de uma Pistola de lavagem. Antes da
aplicação dos produtos químicos é realizada a diluição dos mesmos. Após a lavagem do
chassi é aplicado Shampoo para a limpeza da lataria e quando o automóvel apresenta manchas
de piche é aplicado produto químico também diluído.
A limpeza interna é realizada com o auxílio de um aspirador e do Tornador onde é
adicionado shampoo para que seja efetuada a limpeza dos bancos.
Com o veículo já limpo é realizada a secagem do mesmo com panos, sem a adição de
produtos químicos. E para finalizar o processo é aplicado produtos nos pneus e nas partes
plásticas do veículo como, por exemplo, painel e parachoque com o objetivo de salientar a cor
e o brilho da superfície.
2.3.1.2.3 Oficina
O setor da oficina desenvolve diversas atividades para seus clientes FIAT, entre as
principais atividades realizadas destacam-se as trocas de óleo lubrificante, troca e regulagem
de peças automotivas, regulagem de motor, troca de baterias, serviços de manutenção
34
mecânica e eletrônica, troca e conserto de pneus, geometria, balanceamento entre outras
atividades conforme as necessidades apresentados no veículo.
Para a realização dessas atividades são utilizados diversos equipamentos conforme
apresentado nas Figura 23 a Figura 28.
Figura 23 – Carga de gás ar condicionado
Fonte: Próprio autor.
Figura 24 – Balanceamento e geometria
Fonte: Próprio autor.
Figura 25 – Prensa troca de rolamento
Fonte: Próprio autor.
Figura 26 – Bancada para montar o motor
Fonte: Próprio autor.
Figura 27 – Limpeza e teste de bicos
injetores
Figura 28 – Regulagem do farol
35
Fonte: Próprio autor.
Fonte: Próprio autor.
A troca de óleo é realizada por gravidade, onde se eleva o carro por meio de um
elevador hidráulico para que o óleo seja removido através da abertura do bujão, sendo o óleo
descartado armazenado no tambor do óleo. Sendo esta a atividade realizada na oficina que
possui maior risco de impacto. A Figura 29 ilustra o tambor onde o óleo é direcionado e
armazenado.
Figura 29 – Tambor para armazenamento do óleo lubrificante usado
Fonte: Próprio autor.
36
2.3.1.2.4 Administrativo e vendas
O setor de vendas e administrativo engloba vários sub-setores que estão envolvidos
nas atividades oferecidas pelo grupo Guaracar Plus. O setor de vendas é o principal processo
existente em concessionárias, sendo responsável pelo aumento da produtividade no ramo
automobilístico. Posteriormente a esse setor existem outros sub setores que estão diretamente
ligados, como por exemplo os serviços de pós vendas, seguro e marketing.
Já o setor administrativo é responsável pela gestão da empresa, isso é possível através
do gerenciamento financeiro, estabelecendo um planejamento das ações a partir de decisões
estratégico-administrativas. Além de ser responsável por cuidar da área jurídica e de todo o
patrimônio da empresa.
Por este motivo o setor administrativo engloba várias sub-setores como por exemplo o
RH, Financeiro, e Contabilidade. O Setor do RH tem como função cotrolar o cartão de ponto,
gerar folha de pagamento, entre outras atividades. Como o próprio noma indica trata das
relaçoes da empresa com os funcionários ou seja é a gestão dos recursos humanos tendo como
objetivo agregar funcionários com alto nível de qualidade pessoal e profissional, através de
treinamentos, controle dos trabalhos dos funcionários da empresa.
Já o financeiro é o setor que fica responsável pela administração dos recursos
financeiros da empresa, isso é possível através da aplicação de uma série de princípios
econômicos e financeiros objetivando a maximização da economia da empresa. Tendo como
função receber e arquivar as notas fiscais, emissão de cobranças, quitação de pagamento de
clientes e fornecedores, entre outras atividades. E a contabilidade tem como responsabilidade
o controle e gerenciamento dos bens da empresa, registrando todas as transações econômico
financeira da mesma.
É necessário salientar sobre a criação de um novo setor no dia 17 de dezembro de
2012 na Guaracar Plus, sendo nomeado como Guaracar EcoPlus. O setor socioambiental foi
criado para a introdução da temática ambiental dentro dos diversos setores da organização,
tendo como objetivo a implementação de ações concretas de desenvolvimento sustentável
buscando atingir o tripé da sustentabilidade empresarial, equilibrando dessa forma as
variáveis sociais, ambientais e econômicas.
O setor socioambiental tem como função integrar todos os funcionários sobre a
importância das práticas diárias em busca da melhoria contínua, ou seja, trabalhar na
conscientização da segregação dos resíduos, consumo de energia elétrica e água, necessidade
37
do uso de EPI’s. Além de propor mudanças através do levantamento dos processos envolvidos
na empresa a fim de identificar melhorias no ambiente de trabalho para os funcionários, tendo
como consequência aumento da produtividade, além da diminuição de impactos ambientais.
Os setores acima citados não apresentam preocupações quanto aos impactos levando
em consideração que os resíduos gerados não estão contaminados podendo dessa forma servir
de matéria-prima novamente através da sua reciclagem. Havendo apenas a necessidade da
conscientização de todos quanto a segregação correta desses resíduos, e o uso racional de
água e energia.
2.3.1.3 Geração de Resíduos
A Guaracar Plus apresenta a geração dos seguintes resíduos sólidos, apresentados no
Quadro 1.
Quadro 1 – Resíduos gerados na Guaracar Plus e sua classificação.
Setor Resíduos Classe
Funilaria
Vidro II B
Bateria I
Sucata de metal II A
Sucata plástica (parachoque,
calota) II B
Abrasivos (lixa, disco de corte) I
Espuma de polietileno II B
Cavaco de ferro II A
Plástico contaminado I
Papel, papelão contaminado I
Fita adesiva contaminada I
Boina polimento I
Pó de lixamento I
Embalagem Plástica I
Pneu II B
Lavagem
Pano I
Pincel I
Esponja I
Oficina
Filtro de óleo I
Filtro de ar II A
Borracha II B
Óleo lubrificante usado I
38
Setor Resíduos Classe
Funilaria, Oficina
Resíduo de varrição I
Lata metálica contaminadas
(massa plástica, primer, tinta, etc) I
Embalagens plásticas (óleo
lubrificante, cera para polimento) I
Funilaria, Lavagem e
Oficina
Estopa I
EPI’s I
Funilaria, Lavagem,
Oficina e Demais
Setores (vendas,
administrativo,
recepção, seguro, entre
outros)
Papel, papelão II A
Plástico II B
Lâmpadas queimadas I
Orgânico II A
Os resíduos foram classificados de acordo com a NBR 10004/2004 que Define e
Classifica os resíduos sólidos em:
Resíduos Classe I – Perigosos: apresentam propriedades como inflamabilidade,
corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade;
Resíduos Classe II - Não perigosos.
Resíduo Classe II A - Não inertes: podem ter propriedades como biodegradabilidade,
combustibilidade ou solubilidade em água.
Resíduos Classe II B – Inertes: Quaisquer resíduos que quando submetidos a um contato
dinâmico e estático com água não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a
concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor,
turbidez, dureza e sabor.
Como pode ser analisado no Quadro 1 a Guaracar Plus possui grande geração de
Resíduos Classe I – Perigosos, isso se deve as atividades realizadas nos setores da Funilaria,
Lavagem e Oficina onde os trabalhos são realizados em peças que contém óleos e graxas, e
também ao fato de ocorrer a contaminação de resíduos com tinta, além da grande geração de
embalagens de produtos químicos, tintas e solventes, óleo lubrificante utilizados nesses
setores.
39
2.3.1.4 Efluente
A Guaracar Plus gera dois tipos de efluentes, sendo um o efluente sanitário gerado
pelo funcionamento geral da empresa principalmente por banheiros e limpeza, sendo este
encaminhado e tratado pelo sistema de esgoto da cidade de Passo Fundo.
E também o efluente proveniente da lavagem dos automóveis, contendo em sua
composição óleo, graxa, produtos químicos utilizados na lavagem entre outras substâncias.
Este efluente é destinado a caixas separadoras de água/óleo através de canaletas existentes no
piso onde é realizado o processo de lavagem.
A ETE conta com o processo de separação de água e óleo, onde é retirado
manualmente com o auxílio de uma peneira o óleo bruto e os sólidos sedimentáveis sendo
estes encaminhados a CETRIC, já o efluente tratado é encaminhado ao manancial hídrico por
gravidade.
A Figura 30 apresenta o fluxograma do processo de tratamento de efluente existente.
Figura 30 - Processo da ETE existente.
40
2.3.1.4.1 Destinação dos resíduos
Os resísuos que tem como destino a UTRESA e a CETRIC, são coletados pela
Coletora JR que tem como responsabilidade encaminhá-los as empresas citadas
anteriormente. Já os demais são destinados pela Guaracar Plus conforme apresentado no
Quadro 2.
Quadro 2 – Destinação dos resíduos Guaracar Plus
RESÍDUO DESTINO
Papel, papelão limpos REPASSO
Plástico limpo REPASSO
Resíduos contaminado CETRIC
Sucata de metal SANCHES
Vidro UTRESA
Diversos UTRESA
Lodo ETE CETRIC
Lâmpadas queimadas CETRIC
Embalagens de óleo lubrificante MB Engenharia
Pneu Ecoponto SMAM
Orgânico COLETA DOMICILIAR
Os resíduos de óleo lubrificante usado proveniente da troca de óleo dos automóveis é
recolhido por um coletor autorizado que destina a empresas a fim de realizar o processo de
rerrefino.
2.3.1.5 Avaliação aspectos e impactos ambientais
A avaliação dos aspectos e impactos ambientais foi realizada de acordo com o
Procedimento Ambiental PA – 01 Aspectos e Impactos ambientais, tendo como base o método
apresentado por Seiffert (2007), . Através do levantamento dos aspectos gerados na Guaracar
Plus pode-se realizar o preenchimento da Matriz A realizando desta forma a correlação entre
os aspectos e os impactos gerados em cada um dos setores da empresa, como também o
Formulário IAI 01 apresentando os aspectos identificados e a avaliação quanto a significância,
abrangência dos impactos. Sendo a Matriz A e o Formulário IAI 01 apresentados no Apêndice
A: Identificação e avaliação dos aspectos e impactos ambientais.
41
Com as informações obtidas através do preenchimento do Formulário notou-se que a
maioria dos aspectos/impactos gerados na empresa foram avaliados como moderados, isso se
deve ao fato da Guaracar Plus possuir grande geração de resíduos perigosos, como por
exemplo resíduos de papel/papelão contaminado, embalagens metálicas, lodo, filtro de óleo,
baterias, entre outros que são provenientes dos setores da Funilaria e Oficina, carecendo de
armazenamento e destinação adequados, caso contrário causarão grandes impactos ao meio
ambiente.
Já as emissões atmosféricas proveniente da pintura dos automóveis é avaliado como
crítico, já que as emissões ocorrem diariamente e em grande escala, causando grandes
impactos como a Alteração da qualidade do ar, como também a saúde dos funcionários.
Sendo necessário medidas visando a diminuição deste impacto para que seja reenquadrado a
categoria de moderado, sendo possível através da implementação das ações propostas no
Manual Ambiental.
O óleo lubricante usado também é classificado como crítico, pois o seu
acondicionamento, transporte e disposição requerem cuidados especiais para que não ocorra a
contaminação da água e do solo, sendo estes de grande magnitude, já que os impactos
excedem os limites da empresa, podendo abranger a região devido as suas características.
Alguns aspectos como o descarte das boinas de polimentos, resíduos de papel/papelão
limpos, plástico e borracha foram avaliados como desprezíveis pois não apresentam grandes
impactos ao meio ambiente já que se trata de resíduos que não apresentam propriedades como
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou patogenicidade, ou seja não são
resíduos perigoso não apresentando riscos a saúde, sendo necessário apenas a segregação
correta para que possam ser reciclados evitando a sua disposição em aterros sanitários.
2.3.1.6 Manual Ambiental
O Manual Ambiental da Guaracar Comércio de Automóveis LTDA descreve os
principais elementos do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) de acordo com os requisitos da
ISO 14001, apresentando desta forma a Política Ambiental da empresa, seus objetivos
ambientais e programas servindo então como guia para a Implementação de um SGA na
Guaracar Plus. Sendo este apresentado no Apêndice B: Manual Ambiental Guaracar
Comércio de Automóveis LTDA.
42
2.3.1.7 Procedimentos ambientais
Os procedimentos ambientais compõe o Manual Ambiental trazendo desta forma
documentos padronizados para o cumprimentos dos requisitos exigidos pela NBR ISO 14001,
com base em Seiffert (2007) onde são especificados como devem ser realizadas tais atividades
para a implementação do Sistema de Gestão Ambiental.
Os procedimentos ambientais são apresentados no Apêndice C: Procedimentos
Ambientais Guaracar Comércio de Automóveis LTDA. Os procedimentos necessários para
implementar e manter o SGA são:
Procedimento PA - 01: Aspectos e impactos ambientais;
Procedimento PA - 02: Requisitos legais e outros;
Procedimento PA - 03: Elaboração de programas ambientais;
Procedimento PA - 04: Identificação de necessidade de treinamento;
Procedimento PA - 05: Comunicação interna e externa;
Procedimento PA - 06: Controle de documentos e controle de registros;
Procedimento PA - 07: Preparação e resposta a emergência;
Procedimento PA - 08: Tratamento de não conformidades, ação corretiva e ação
preventiva;
Procedimento PA - 09: Controle de Registros;
Procedimento PA - 10: Auditoria interna.
2.3.1.8 Instruções de trabalho
As instruções de trabalho apresentam os procedimentos para o gerenciamento dos
resíduos sólidos produzidos na Guaracar Plus, sendo estas instruções apresentadas no
Apêndice D: Instrução Ambiental Guaracar Comércio de Automóveis LTDA.
43
3 CONCLUSÃO
A partir do levantamento dos resíduos gerados na empresa pode-se concluir que a má
segregação dos resíduos faz com que ocorra a contaminação dos demais, sendo necessário
treinamentos e instruções sobre o seu descarte correto. Através do levantamento dos processos
da empresa foi possível analisar as atividades mais impactantes para o meio ambiente e traçar
objetivos, metas e ações a fim de minimizar, eliminar os riscos que podem vir a causar tanto
para o meio ambiente como para a saúde humana.
Pode-se observar que a maior dificuldade encontrada na implementação de um
Sistema de Gestão Ambiental é a mudança da cultura dos funcionários, com isso conclui-se
que é necessário treinamentos e palestras a fim de conscientizá-los da importância dessas
mudanças, para que todos entendam e apliquem essas ações no seu dia a dia dentro da
empresa. Outra barreira encontrada está relacionada ao desprendimento de capital para
investimentos relacionados ao meio ambiente, isso se deve ao fato de as vezes o custo ser
elevado e o retorno não ser imeditato.
Embora o SGA não seja simples de implementar é valido salientar sobre os benefícios
alcançados com sua aplicação, seja no ambiente de trabalho da empresa, fazendo com que
ocorra um aumento na produtividade, diminuição de custos com descarte de resíduos
perigosos, como também na melhoria da sua imagem perante a sociedade.
O Manual Ambiental apresenta todos os requisitos exigidos pela NBR ISO 14001 para
a implementação de um Sistema de gestão ambiental, sendo possível alcançar essas condições
a partir dos Procedimentos Ambientais onde são apresentadas a metodologia e suas
instruções. Para isso é necessário o comprometimento de todos colaboradores juntamente com
o setor socioambeintal, sendo este responsável por várias ações, como o monitoramento dos
processos, a fim de verificar a eficiência das ações estabelecidas, mobilizar os demais setores
garantindo a participação de todos na busca da melhoria contínua.
A partir desse estudo pode-se notar a importância de um Setor Socioambiental
presente nas empresas, sendo este setor o elo entre os demais setores envolvidos, fazendo com
que todos os setores da organização estejam de alguma forma, participando do processo da
implantação do SGA da empresa, dando suporte a equipe dos profissionais envolvidos desde a
alta gerência até os setores operacionais.
44
O setor socioambiental deve continuar disseminando sua metodologia e
implementando novos programas, a fim de positivar o funcionamento do projeto , executar as
ações definidas, fazendo da Guaracar Plus uma empresa sustentável.
3.1 Sugestões para trabalhos futuros
Dar continuidade na implementação do SGA em busca da Certificação ISO 14001.
45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Brigada de Incêndio. Rio de Janeiro, 1999.
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Sistemas de Gestão Ambiental - Procedimentos e diretrizes para auditoria ambiental. Rio de
Janeiro, 2001.
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ambiental – Requisitos com orientações para uso. Rio de Janeiro, 2004.
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Classificação. Rio de Janeiro, 2004.
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BARBIERI, J. C. Gestão Ambiental Empresarial. 1. Ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2006.
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Grupo Fiat. Resende: IV SEGET, 2007.
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DIAS, R. Gestão Ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. 1 ed. São Paulo:
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KRAEMER, M. E. P. Responsabilidade social: uma alavanca para sustentabilidade.
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www.licenciamentoambiental.eng.br/beneficios-da-implementacao-de-sistemas-de-gestao-
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Concessionária Lince Veículos. Universidade Católica de Goiás. Goiânia – GO, 2008.
SEIFFERT, Mari Elizabete Bernardini. ISO 14001: sistemas de gestão ambiental:
implantação objetiva e econômica. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
TEIXEIRA, J. P. B. Implementação de um Sistema de Gestão Ambiental à luz da
produção limpa: O caso da HJ Bahia. 2006. Monografia (Especialista em Gerenciamento e
Tecnologias Ambientais no Processo Produtivo) - Escola Politécnica, Universidade Federal da
Bahia, Salvador, 2006.
46
VILAS, L. H. Gestão Ambiental em Concessionária de Veículos e Implementos.
Disponível em: http://www.cebds.org.br/gestao-ambiental-em-concessionarios-de-veiculos-e-
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FILHO. J. C. G.; SICSU. A. B. Produção Mais Limpa: uma ferramenta da gest]ao
Ambiental aplicada ás empresas nacionais. In: XXIII Encontro Nac. de Eng. de Produção.
Ouro Preto, MG, 2003.
Matriz A – Correlações entre aspectos ambientais e impactos ambientais.
Alt
eraç
ão d
a qual
idad
e
do a
r
Alt
eraç
ão d
a qual
idad
e
da
água
A
lter
ação
da
qual
idad
e
do s
olo
Ocu
paç
ão d
o a
terr
o
Incô
modo a
com
unid
ade
C
onsu
mo d
e re
curs
os
nat
ura
is
Dan
os
a S
aúde
IA -
01
IA -
02
IA -
03
IA -
04
IA -
05
IA -
06
IA -
07
Funilaria
Emissões atmosféricas
(emissões de MP) AR-01 AR11 AR17
Sucata de metal RS-01 RS13 RS14
Descartes de abrasivos (lixas,
discos de corte, discos de
desbaste)
RS-02 RS24
Baterias RS-03 RS32 RS33 RS34
Boina de polimento RS-04 RS44
Resíduo de papel/papelão e
plástico contaminado RS-05 RS53 RS54
Descarte de estopa RS-13 RS133 RS134
Descarte de EPI’s RS-14 RS143 RS144
Resíduo de varrição RS-11 RS113 RS114
Ruído RU-01 RU15
Embalagens metálicas (tinta,
óleo lubrificante, primer, etc) RS-12 RS123 RS124
Consumo de energia elétrica RN-02 RN26
Consumo de água RN-03 RN36
SETOR
ASPECTOS
AMBIENTAIS
IMP
AC
TO
S
AM
BIE
NT
AIS
Cód.
Cód.
Alt
eraç
ão d
a qual
idad
e
do a
r
Alt
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ão d
a qual
idad
e
da
água
A
lter
ação
da
qual
idad
e
do s
olo
Ocu
paç
ão d
o a
terr
o
Incô
modo a
com
unid
ade
C
onsu
mo d
e re
curs
os
nat
ura
is
Dan
os
a S
aúde
IA -
01
IA -
02
IA -
03
IA -
04
IA -
05
IA -
06
IA -
07
Funilaria
Resíduos de papel/papelão e
plástico limpos RS-15 RS154
Lâmpadas fluorescentes RS-16 RS163 RS167
Lavagem
Efluente AG-01 AG12 AG13
Lodo AG-02 AG23 AG24
Descarte de estopa RS-13 RS133 RS134
Descarte de EPI’s RS-14 RS143 RS144
Consumo de energia elétrica RN-02 RN26
Consumo de água RN-03 RN36
Resíduos de papel/papelão e
plástico limpos RS-15 RS154
Lâmpadas fluorescentes RS-16 RS163 RS167
Oficina
Emissões de CO2 AR-02 AR21 AR27
Pincel RS-06 RS63 RS64
Descarte de filtro de ar RS-07 RS74
Descarte de filtro de óleo RS-08 RS83 RS84
Embalagens plásticas RS-09 RS93 RS94
Borracha RS-10 RS103 RS104
Óleo lubrificante usado RN-01 RN12 RN13 RN16
SETOR
ASPECTOS
AMBIENTAIS
IMP
AC
TO
S
AM
BIE
NT
AIS
Cód.
Cód.
Alt
eraç
ão d
a qual
idad
e
do a
r
Alt
eraç
ão d
a qual
idad
e
da
água
A
lter
ação
da
qual
idad
e
do s
olo
Ocu
paç
ão d
o a
terr
o
Incô
modo a
com
unid
ade
C
onsu
mo d
e re
curs
os
nat
ura
is
Dan
os
a S
aúde
IA -
01
IA -
02
IA -
03
IA -
04
IA -
05
IA -
06
IA -
07
Oficina
Descarte de estopa RS-13 RS133 RS134
Descarte de EPI’s RS-14 RS143 RS144
Resíduo de varrição RS-11 RS113 RS114
Ruído RU-01 RU15
Embalagens metálicas (tinta,
óleo lubrificante, primer, etc) RS-12 RS123 RS124
Consumo de energia elétrica RN-02 RN26
Consumo de água RN-03 RN36
Resíduos de papel/papelão e
plástico limpos RS-15 RS154
Lâmpadas fluorescentes RS-16 RS163 RS167
Demais setores
(vendas,
administrativo,
recepção, seguro,
entre outros)
Efluentes sanitários AG-03 AG32 AG33 AG37
Consumo de energia elétrica RN-02 RN26
Consumo de água RN-03 RN36
Resíduos de papel/papelão e
plástico limpos RS-15 RS154
Emergências/riscos Incêndio EM-01 EM11 EM17
Vazamentos/derramamentos EM-02 EM21 EM22 EM23
SETOR
ASPECTOS
AMBIENTAIS
IMP
AC
TO
S
AM
BIE
NT
AIS
Cód.
Cód.
Para a realização da identificação e avaliação dos aspectos e impactos gerados na
Guaracar Plus foi realizado do Formulário IAI 01. Sendo possível através do método descrito
abaixo, onde são apresentados as instruções de preenchimento para cada uma das colunas.
Tabela 1 – Pontuação quanto a consequência de aspectos/impactos ambientais.
DESCRIÇÃO
CONSEQUÊNCIA (pontos)
Abrangência*
Severidade
LOCAL REGIONAL GLOBAL
- Impacto ambiental potencial
de magnitude desprezível;
- Degradação ambiental sem
consequências para o negócio
e para a imagem da empresa,
totalmente reversível com
ações de controle.
BAIXA 20 25 30
- Impacto potencial que não se
enquadra como baixa ou alta,
mas capaz de alterar a
qualidade ambiental;
- Degradação ambiental com
consequências para o negócio
e à imagem da empresa,
reversível com ações de
controle/mitigação.
MÉDIA 40 45 50
- Impacto potencial de grande
magnitude;
- Degradação ambiental com
consequências financeiras e de
imagem irreversível mesmo
com ações de controle.
ALTA 60 65 70
Incidência: Sob controle (SC) ou Sob influência (SI)
Classe: Benéfico (B) ou Adverso (A)
Tabela 2 – Enquadramento de frequência (situação normal/anormal) de aspectos/impactos
ambientais.
Frequência Descrição (Normal/Anormal) Pontos
BAIXA - Ocorre menos de uma vez/mês
- Reduzido número de aspectos ambientais associados ao
impacto
10
MÉDIA - Ocorre mais de uma vez/mês
- Médio número de aspectos ambientais associados ao impacto 20
ALTA - Ocorre diaramente
- Elevado número de aspectos ambientais associados ao impacto 30
Tabela 3 - Enquadramento de frequência (situação emergencial) de aspectos/impactos
ambientais.
Probabilidade Descrição (Emergência) Pontos
BAIXA
- Ocorre menos de uma vez/mês
- Exitência de procedimentos/controles/gerenciamentos
adequados dos aspectos ambientais
10
MÉDIA
- Ocorre mais de uma vez/mês
- Existência de procedimentos/controles/gerenciamentos
inadequados dos aspectos ambientais
20
ALTA
- Ocorre diaramente
- Inexistência de procedimentos/controles/gerenciamentos
dos aspectos ambientais
- Elevado número de aspectos ambientais associados ao
impacto
30
E a partir do somatório das Tabelas 1 e 2 para situação normal e anormal obtem-se a
amplitude dos pontos realizando desta forma o enquadramento conforme apresentado na
Tabela 4. O mesmo foi realizado para situação de emergência onde foi somado a Tabela 1 e 3.
Tabela 4 – Enquadramento de importância de aspectos/impactos ambientais.
ENQUADRAMENTO AMPLITUDE DE PONTOS
Desprezível D Pontuação total menor que 50
Moderado M Pontuação total entre 50 e 70
Crítico C Pontuação total acima de 70
Formulário IAI 01 – Identificação e avaliação de aspectos/impactos ambientais.
IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE ASPECTOS/IMPACTOS AMBIENTAIS
IDENTIFICAÇÃO CARACT. VERIFICAÇÃO DE
IMPORTÂNCIA
AVALIAÇÃO DE
SIGNIFICÂNCIA
CONTROLES
EXISTENTES
Ações de
gerenciamento
Setor Aspecto
ambiental Impacto ambiental Cód.
Sit
uaç
ão
Inci
dên
cia
Cla
sse
Consequên
cia
Frequência/
Probabilida
de
Categoria Requisitos
Legais Enquadramento
Plano
de
ação
Objetivos
e Metas
Fu
nil
ari
a
Emissões
atmosféricas
(emissões de
MP)
-Alteração da
qualidade do ar
-Danos a Saúde
AR11
AR17 E SI A 45 30 C X S NC X X
Sucata de
metal
-Alteração da
qualidade do
solo
-Ocupação do
aterro
RS13
RS14 N SC A 20 30 M X NS CO X X
Descartes de
abrasivos
(lixas, discos
de corte,
discos de
desbaste)
-Alteração da
qualidade do
solo
-Ocupação do
aterro
RS23
RS24 N SC A 20 30 M X NS CO X X
Baterias
-Alteração da
qualidade
da água
-Alteração da
qualidade do
solo
-Ocupação do
aterro
RS32
RS33
RS34
N SC A 20 30 M X NS CO X X
IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE ASPECTOS/IMPACTOS AMBIENTAIS
IDENTIFICAÇÃO CARACT. VERIFICAÇÃO DE
IMPORTÂNCIA
AVALIAÇÃO DE
SIGNIFICÂNCIA
CONTROLES
EXISTENTES
Ações de
gerenciamento
Setor Aspecto
ambiental Impacto ambiental Cód.
Sit
uaç
ão
Inci
dên
cia
Cla
sse
Consequên
cia
Frequência/
Probabilida
de
Categoria Requisitos
Legais Enquadramento
Plano
de
ação
Objetivos
e Metas
Fu
nil
ari
a
Boina de
polimento
-Alteração da
qualidade do
solo
-Ocupação do
aterro
RS43
RS44 N SC A 20 10 D X NS CO X X
Boina de
polimento
-Alteração da
qualidade do
solo
-Ocupação do
aterro
RS43
RS44 N SC A 20 10 D X NS CO X X
Resíduo de
papel/papelã
o e plástico
contaminado
-Alteração da
qualidade do
solo
-Ocupação do
aterro
RS53
RS54 N SC A 20 30 M X NS CO X X
Descarte de
estopa
-Alteração da
qualidade do
solo
-Ocupação do
aterro
RS133
RS134 N SC A 20 30 M X NS CO X X
IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE ASPECTOS/IMPACTOS AMBIENTAIS
IDENTIFICAÇÃO CARACT. VERIFICAÇÃO DE
IMPORTÂNCIA
AVALIAÇÃO DE
SIGNIFICÂNCIA
CONTROLES
EXISTENTES
Ações de
gerenciamento
Setor Aspecto
ambiental Impacto ambiental Cód.
Sit
uaç
ão
Inci
dên
cia
Cla
sse
Consequên
cia
Frequência/
Probabilida
de
Categoria Requisitos
Legais Enquadramento
Plano
de
ação
Objetivos
e Metas
Fu
nil
ari
a
Descarte de
EPI’s
-Alteração da
qualidade do
solo
-Ocupação do
aterro
RS143
RS144 N SC A 20 20 D X NS CO X X
Resíduo de
varrição
-Alteração da
qualidade do
solo
-Ocupação do
aterro
RS113
RS114 N SC A 20 20 D X NS CO X X
Ruído -Incômodo a
comunidade
RU15 N SC A 20 30 M X NS NC X X
Embalagen
s metálicas
contaminad
as
-Alteração da
qualidade do
solo
-Ocupação do
aterro
RS123
RS124 N SC A 20 30 M X NS CO X X
Consumo
de energia
elétrica
-Consumo de
recursos naturais
RN26 N SI A 20 30 M NS NC X X
Consumo
de água -Consumo de
recursos naturais
RN36 N SI A 40 30 M NS NC X X
IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE ASPECTOS/IMPACTOS AMBIENTAIS
IDENTIFICAÇÃO CARACT. VERIFICAÇÃO DE
IMPORTÂNCIA
AVALIAÇÃO DE
SIGNIFICÂNCIA
CONTROLES
EXISTENTES
Ações de
gerenciamento
Setor Aspecto
ambiental Impacto ambiental Cód.
Sit
uaç
ão
Inci
dên
cia
Cla
sse
Consequên
cia
Frequência/
Probabilida
de
Categoria Requisitos
Legais Enquadramento
Plano
de
ação
Objetivos
e Metas
Fu
nil
ari
a
Resíduos
de
papel/papel
ão e
plástico
limpos
-Ocupação do
aterro
RS154 N SC A 20 20 D X NS CO X X
Lâmpadas
fluorescent
es
-Alteração da
qualidade
da água
-Alteração da
qualidade do
solo
-Danos a saíude
RS161
RS163
RS167
N SC A 20 30 M X NS CO X X
Lav
ag
em
Pincel
-Alteração da
qualidade do
solo
-Ocupação do
aterro
RS63
RS64 N SC A 20 30 M X NS CO X X
Efluente
-Alteração da
qualidade da
água
-Alteração da
qualidade do
solo
AG12
AG13 A SI A 45 30 C X S MO X X
IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE ASPECTOS/IMPACTOS AMBIENTAIS
IDENTIFICAÇÃO CARACT. VERIFICAÇÃO DE
IMPORTÂNCIA
AVALIAÇÃO DE
SIGNIFICÂNCIA
CONTROLES
EXISTENTES
Ações de
gerenciamento
Setor Aspecto
ambiental Impacto ambiental Cód.
Sit
uaç
ão
Inci
dên
cia
Cla
sse
Consequên
cia
Frequência/
Probabilida
de
Categoria Requisitos
Legais Enquadramento
Plano
de
ação
Objetivos
e Metas
Lav
ag
em
Lodo
-Alteração da
qualidade do
solo
-Ocupação do
aterro
AG23
AG24 N SI A 40 30 M X NS CO
Lâmpadas
fluorescent
es
-Alteração da
qualidade
da água
-Alteração da
qualidade do
solo
-Danos a saíude
RS161
RS163
RS167
N SC A 20 30 M X NS CO X X
Consumo
de energia
elétrica
-Consumo de
recursos naturais
RN26 N SI A 20 30 M NS NC X X
Consumo
de água -Consumo de
recursos naturais
RN36 N SI A 40 30 M NS NC X X
Resíduos
de
papel/papel
ão e
plástico
limpos
-Ocupação do
aterro
RS154 N SC A 20 20 D X NS CO X X
IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE ASPECTOS/IMPACTOS AMBIENTAIS
IDENTIFICAÇÃO CARACT. VERIFICAÇÃO DE
IMPORTÂNCIA
AVALIAÇÃO DE
SIGNIFICÂNCIA
CONTROLES
EXISTENTES
Ações de
gerenciamento
Setor Aspecto
ambiental Impacto ambiental Cód.
Sit
uaç
ão
Inci
dên
cia
Cla
sse
Consequên
cia
Frequência/
Probabilida
de
Categoria Requisitos
Legais Enquadramento
Plano
de
ação
Objetivos
e Metas
Lavagem
Descarte de
EPI’s
-Alteração da
qualidade do
solo
-Ocupação do
aterro
RS143
RS144 N SC A 20 20 D X NS CO X X
Ofi
cin
a
Ruído -Incômodo a
comunidade
RU15 N SC A 20 30 M X NS NC X X
Embalagen
s metálicas
contaminad
as
-Alteração da
qualidade do
solo
-Ocupação do
aterro
RS123
RS124 N SC A 20 30 M X NS CO X X
Resíduo de
varrição
-Alteração da
qualidade do
solo
-Ocupação do
aterro
RS113
RS114 N SC A 20 20 D X NS CO X X
IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE ASPECTOS/IMPACTOS AMBIENTAIS
IDENTIFICAÇÃO CARACT. VERIFICAÇÃO DE
IMPORTÂNCIA
AVALIAÇÃO DE
SIGNIFICÂNCIA
CONTROLES
EXISTENTES
Ações de
gerenciamento
Setor Aspecto
ambiental Impacto ambiental Cód.
Sit
uaç
ão
Inci
dên
cia
Cla
sse
Consequência
Frequência/
Probabilida
de
Categoria Requisitos
Legais Enquadramento
Plano
de
ação
Objetivos
e Metas
Ofi
cin
a
Emissões
de CO2
-Alteração da
qualidade
do ar
-Danos a Saúde
AR21
AR27 N SI A 40 30 M X S NC
Descarte
de filtro de
ar
-Ocupação do
aterro RS74 N SC A 20 20 D X NS CO X X
Descarte
de filtro de
óleo
-Alteração da
qualidade do
solo
-Ocupação do
aterro
RS83
RS84 N SC A 20 30 M X NS CO X X
Embalage
ns
plásticas
-Alteração da
qualidade do
solo
-Ocupação do
aterro
RS93
RS94 N SC A 20 20 D X NS CO X X
Borracha
-Alteração da
qualidade do
solo
-Ocupação do
aterro
RS103
RS104 N SC A 20 20 D X NS CO X X
IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE ASPECTOS/IMPACTOS AMBIENTAIS
IDENTIFICAÇÃO CARACT. VERIFICAÇÃO DE
IMPORTÂNCIA
AVALIAÇÃO DE
SIGNIFICÂNCIA
CONTROLES
EXISTENTES
Ações de
gerenciamento
Setor Aspecto
ambiental Impacto ambiental Cód.
Sit
uaç
ão
Inci
dên
cia
Cla
sse
Consequência
Frequência/
Probabilida
de
Categoria Requisitos
Legais Enquadramento
Plano
de
ação
Objetivos
e Metas
Ofi
cin
a
Óleo
lubrificant
e usado
-Alteração da
qualidade
da água
-Alteração da
qualidade do
solo
-Consumo de
recursos naturais
RN12
RN13
RN16
N SI A 45 30 C X S CO X X
Lâmpadas
fluorescen
tes
-Alteração da
qualidade
da água
-Alteração da
qualidade do
solo
-Danos a saíude
RS161
RS163
RS167
N SC A 20 30 M X NS CO X X
Descarte
de estopa
-Alteração da
qualidade do
solo
-Ocupação do
aterro
RS133
RS134 N SC A 20 30 M X NS CO X X
Descarte
de EPI’s
-Alteração da
qualidade do
solo
-Ocupação do
aterro
RS143
RS144 N SC A 20 20 D X NS CO X X
IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE ASPECTOS/IMPACTOS AMBIENTAIS
IDENTIFICAÇÃO CARACT. VERIFICAÇÃO DE
IMPORTÂNCIA
AVALIAÇÃO DE
SIGNIFICÂNCIA
CONTROLES
EXISTENTES
Ações de
gerenciamento
Setor Aspecto
ambiental Impacto ambiental Cód.
Sit
uaç
ão
Inci
dên
cia
Cla
sse
Consequência
Frequência/
Probabilida
de
Categoria Requisitos
Legais Enquadramento
Plano
de
ação
Objetivos
e Metas
Dem
ais
set
ore
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end
as,
ad
min
istr
ati
vo
, re
cep
ção
,
segu
ro, en
tre
ou
tro
s)
Efluentes
sanitários
-Alteração da
qualidade da
água
AG32 N SC A 40 30 M X S CO
Lâmpadas
fluorescen
tes
-Alteração da
qualidade
da água
-Alteração da
qualidade do
solo
-Danos a saíude
RS161
RS163
RS167
N SC A 20 30 M X NS CO X X
Consumo
de energia
elétrica
-Consumo de
recursos naturais
RN26 N SI A 20 30 M NS NC X X
Consumo
de água -Consumo de
recursos naturais
RN36 N SI A 40 30 M NS NC X X
Resíduos
de
papel/pape
lão e
plástico
limpos
-Ocupação do
aterro
RS154 N SC A 20 20 D X NS CO X X
IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE ASPECTOS/IMPACTOS AMBIENTAIS
IDENTIFICAÇÃO CARACT. VERIFICAÇÃO DE
IMPORTÂNCIA
AVALIAÇÃO DE
SIGNIFICÂNCIA
CONTROLES
EXISTENTES
Ações de
gerenciamento
Setor Aspecto
ambiental Impacto ambiental Cód.
Sit
uaç
ão
Inci
dên
cia
Cla
sse
Consequên
cia
Frequência/
Probabilida
de
Categoria Requisitos
Legais Enquadramento
Plano
de
ação
Objetivos
e Metas
Em
erg
ênci
as/
risc
os Incêndio
-Alteração da
qualidade
do ar
-Danos a Saúde
EM11
EM17 N SC A 40 10 M X S PAE X X
Vazamentos
/derramame
ntos
-Alteração da
qualidade do ar
-Alteração da
qualidade
da água
-Alteração da
qualidade do
solo
EM21
EM22
EM23
N SC A 45 10 M S PAE X X
SUMÁRIO
1 A ORGANIZAÇÃO ............................................................................................................ 3 2 REQUISITOS GERAIS ....................................................................................................... 4
2.1 Estrutura do SGA ......................................................................................................... 4 2.2 Referência Normativa .................................................................................................. 4
3 POLÍTICA AMBIENTAL ................................................................................................... 5 4 PLANEJAMENTO .............................................................................................................. 6
4.1 Aspectos e impactos ambientais .................................................................................. 6
4.2 Requisitos legais e outros ............................................................................................ 7 4.3 Objetivos, metas e programas ...................................................................................... 8
5 IMPLEMENTAÇÃO E OPERAÇÃO ............................................................................... 11
5.1 Estrutura e responsabilidade ...................................................................................... 11 5.2 Treinamento, conscientização e competência ............................................................ 11 5.3 Comunicação ............................................................................................................. 11 5.4 Documentação do SGA ............................................................................................. 12
5.5 Controle de documentos ............................................................................................ 13 5.6 Controle operacional .................................................................................................. 13 5.7 Preparação e atendimento a emergências .................................................................. 14
6 VERIFICAÇÃO E AÇÃO CORRETIVA ......................................................................... 15
6.1 Monitoramento e medição ......................................................................................... 15 6.2 Não conformidade e ações corretivas e preventivas .................................................. 15
6.3 Registros .................................................................................................................... 16 6.4 Auditorias do SGA ..................................................................................................... 16
7 ANÁLISE CRÍTICA PELA ADMINISTRAÇÃO ............................................................ 17
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1 A ORGANIZAÇÃO
Inaugurada em 1975 a Guaracar Comércio de Automóveis LTDA LTDA foi uma das
primeiras concessionárias FIAT no Brasil. Situada no norte do Estado do Rio Grande do Sul,
no município de Passo Fundo. A Guaracar Plus como é conhecida na região é uma empresa de
médio porte tendo no seu quadro funcional mais de 100 funcionários, contando hoje com 2
filiais nos municípios de Ijuí e Vacaria.
Além de toda linha Fiat 0 km, também possui o maior estoque de seminovos
multimarcas da região. Ainda, conta com venda de peças genuínas FIAT, assistência técnica,
com oficina autorizada, e oferece serviços como corretora de seguros.
O projeto da implantação de uma política socioambiental e um Sistema de Gestão
Ambiental (SGA) na empresa Guaracar Plus vem ao encontro dos interesses da alta
administração e membros participantes, em relação ao meio ambiente e seus componentes
envolvidos no processo de desenvolvimento sustentável da organização.
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2 REQUISITOS GERAIS
2.1 Estrutura do SGA
Com a implantação de um sistema de gestão ambiental, pretende-se minimizar
problemáticas e otimizar os processos que possam dificultar/impedir a continuidade da
construção de uma empresa sustentável. Busca-se também o processo de melhoria contínua e
o atendimento aos requisitos estabelecidos na NBR ISO 14001:2004.
A estrutura deste SGA abrange a totalidade dos setores, atividades e serviços
oferecidos na empresa que possam estar relacionados a aspectos ambientais.
2.2 Referência Normativa
O sistema de gestão ambiental tem sua estrutura baseada nas referências normativas
ISO 14001 – Sistema de gestão ambiental, apresenta as especificações e ISO 14004 – Sistema
de gestão ambiental, apresenta diretrizes para princípios, sistemas e técnicas de suporte.
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3 POLÍTICA AMBIENTAL
A Guaracar Comércio de Automóveis LTDA, concessionária de veículos reconhece a
importância da proteção ambiental e da economia dos recursos naturais. Comprometida com a
melhoria contínua, a Guaracar Plus contribui com o desenvolvimento sustentável através de
um Sistema de Gestão Ambiental baseado nos seguintes princípios:
a) Assegurar o SGA através da aplicação de práticas que visem o desenvolvimento
sustentável promovendo a reciclagem, descarte correto dos resíduos e a redução de
emissões atmosféricas, consumo de energia, água a fim de minimizar a poluição e
geração de impactos no meio;
b) Atender os requisitos legais aplicáveis que se relacionem a seus aspectos ambientais;
c) Buscar a melhoria contínua acompanhando e analisando periodicamente os objetivos e
metas ambientais específico de cada atividade;
d) Documentar os procedimentos implantados com o intuíto de monitorar a efetividade
do desempenho e a conformidade das ações estabelecidas e os objetivos e metas
ambientais da empressa;
e) Manter uma comunicação com os colaboradores, clientes e fornecedores reforçando a
responsabilidade de todos com o desempenho ambiental dos seus serviços;
f) Disponibilizar a Política Ambiental da empresa ao público, tornando acessível as
ações e resultados obtidos com a sua implantação.
A partir do desenvolvimento da Política Ambiental pelos diretores juntamente com o
Setor Socioambiental da empresa, trabalha-se na divulgação desta política, a fim de assegurar
a compreensão e a sua implementação a todos os níveis da empresa para que a Política
Ambiental assim definida seja implementada e mantida.
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4 PLANEJAMENTO
4.1 Aspectos e impactos ambientais
O aspecto ambiental é definido pela NBR ISO 14001 como “...elementos das
atividades, produtos e serviços de uma organização que podem interagir com o meio
ambiente”, que como consequência geram impactos. Para isso foi realizado a identificação e
avaliação dos impactos gerados através do levantamento de cada tipo de aspecto, a frequência
com que é gerado, onde é gerado e em que condições. A partir destas informações pode-se
avaliar a sua relevância e a gravidade do impacto causado no meio ambiente e as pessoas.
Abaixo são citados os aspectos e impactos identificados em todos os setores da
empresa, havendo os específicos e comuns para toda a empresa.
Aspectos Ambientais considerados:
Emissões Atmosféricas;
Resíduos Sólidos;
Efluentes Líquidos;
Consumo de Produtos Químicos;
Ruído;
Emergenciais.
Impactos Ambientais:
Alteração da qualidade do ar;
Alteração da qualidade do solo;
Alteração da qualidade da água;
Incômodo à Comunidade Vizinha.
Para a Identificação e Avaliação de Aspectos e Impactos Ambientais é utilizado o
procedimento ambiental PA - 01.
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4.2 Requisitos legais e outros
Juntamente com a identificação dos aspectos ambientais significativos da empresa, é
necessário verificar que legislação e outros requisitos relativos as atividades realizadas na
empresa se aplicam a eles e se todos estes requisitos estão sendo cumpridos ou não, devendo-
se considerar a esfera municipal, estadual e federal.
Abaixo são listadas os requisitos legais aplicáveis a Concessionárias:
Lei Federal 6.938/81: Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e
mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências;
Lei Federal 12.305/2010: Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo
sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à
gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos;
Lei Estadual 7488/81: Dispõe sobre a proteção do meio ambiente e o controle da
poluição e da outras providencias;
NBR 14276/1999: Programa de Brigada de Incêndio;
NBR 10.151/2000: Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da
comunidade – Procedimento;
NBR 10004/2004: Dispõe sobre a classificação dos resíduos sólidos;
Portaria 05/89: Dispões sobre critérios e padrões de efluentes líquidos a serem
observados por todas as fontes poluidoras que lancem seus efluentes nos corpos d’água
interiores do estado do RS;
Portaria 016/2010: Dispõe sobre o controle da disposição final de resíduos Classe I;
Resolução CONAMA 01/86: Estabalece as definições, as responsabilidades, os critérios
básicos e as diretrizes gerais para o uso e implementação da Avalização de Impactos
Ambiental como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente;
Resolução CONAMA 01/90: Dispõe sobre critérios de padrões de emissão de ruídos
decorrentes de quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais ou recreativas, inclusive as
de propaganda política;
Resolução CONAMA 03/90: Dispõe sobre padrões de qualidade do ar, previstos no
PRONAR;
Resolução CONAMA 237/97 : Disciplina o licenciamento ambiental no Brasil;
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Resolução CONAMA 362/2005: Dispõe sobre o recolhimento, coleta e destinação final
de óleo lubrificante usado ou contaminado;
Resolução CONSEMA 128/06: Dispõe sobre a fixação de Padrões de Emissão de
Efluentes Líquidos para fontes de emissão que lancem seus efluentes em águas superficiais no
Estado do Rio Grande do Sul;
A sistemática para o cadastro dos requisitos legais aplicáveis a Guaracar Plus é
apresentada no procedimento ambiental PA - 02.
4.3 Objetivos, metas e programas
Os objetivos e metas devem ser coerentes a política ambiental, incluindo-se os
comprometimentos com o atendimentos aos requisitos legais, devendo considerar seus
aspectos ambientais em busca do controle, a melhoria e a eliminação dos impactos ambientais
adversos.
Nos objetivos é dito o que se pretende atingir, que situação indesejada se pretende
mudar, já com as metas diz-se quando e quanto de mudança se almeja e nos programas de
gestão ambiental é detalhado como isso será feito, as atribuições e responsabilidades em cada
função, os meios e o prazo do qual os objetivos devem ser alcançados.
Em busca da melhoria contínua foram definidos objetivos, metas e programas de
gestão ambiental para os aspectos mais significativos da empresa, citados no Quadro 1.
Quadro 1 – Objetivos, metas e programas estabelecidos.
Objetivos Metas Programas
1.
Redução de emissão de
material particulado na cabine
de pintura.
Redução em 70% material
particulado exalados pela
pintura, dentro de 8 meses.
Substituição da tinta à
base de solvente por
uma à base de água.
Instalação de uma
cabine de pintura mais
eficiente.
2. Efetivar a correta separação
dos resíduos gerados em cada
Aumentar a venda dos
resíduos gerados em 15%
Instalação de
recipientes em cada
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Objetivos Metas Programas
setor. em 4 meses. setor, para a correta
separação dos
resíduos.
Conscientização dos
funcionários.
3.
Conscientização e
treinamento dos funcionários
quanto ás boas práticas
quanto ao desenvolvimento
sustentável.
Treinar 100% dos
funcionários em 6 meses.
Realização de cursos,
palestras e entrega de
material informativo.
4.
Manutenção dos níveis de
ruídos identificados como
poluição sonora.
Manutenção dos ruídos aos
níveis dentro do
estabelecido de acordo com
a legislação vigente. NR 15
( portaria nº 3.214/78) –
Limites de tolerância para
ruídos contínuos ou
intermitentes, NBR 10.151-
fixa os níveis de ruído
compatíveis com o conforto
acústico em ambientes
diversos. Em 8 meses.
Manutenção dos
equipamentos
geradores de ruído
(lubrificação, ajuste,
aperto, etc.) e
enclausuramento das
partes ruidosas.
5. Fornecimento de EPI’s para
todos os funcionários.
Utilização por 100% dos
funcionários em todos os
setores em 2 meses.
Aquisição de EPI’s.
Fiscalização de uso.
6. Melhoramento da eficiência
da ETE.
Redução da ineficiência em
90% em 6 meses.
Atingir os padrões de
lançamento conforme
CONSEMA 128/2006.
Implantar formas
adequadas de
tratamento de
efluente.
7. Reduzir o consumo de Reduzir em 10% o consumo Realização de
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Objetivos Metas Programas
energia elétrica de eletricidade em 6 meses. palestras
sensibilizando os
funcionários a desligar
as luzes ao sair do
ambiente, e máquinas
quando não forem
utilizadas.
Substituição de telhas
de brasilit por telhas
translúcidas,
utilizando ao máximo
a luz natural.
8. Reduzir o consumo de água Reduzir em 10% o consumo
de água em 6 meses.
Otimizar o uso da
água no processo de
limpeza dos setores.
Monitoramento com o
intuito de evitar
vazamentos.
9. Evitar acidentes de trabalho
Treinar 100% dos
funcionários quanto ao uso
correto dos equipamentos.
Treinamento dos
funcionários a fim de
evitar problemas que
possam vir a causar
riscos ao meio
ambiente e a saúde
dos mesmos.
10. Evitar acidentes ambientais Diminuir/evitar a ocorrência
de possíveis acidentes.
Monitoramento
quanto o
condicionamento,
transporte de resíduos
perigosos e produtos
químicos.
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5 IMPLEMENTAÇÃO E OPERAÇÃO
5.1 Estrutura e responsabilidade
Alguns funcionários foram nomeados a fim de estabelecer, manter e melhorar o SGA,
independentemente de possuir outras atribuições na empresa. Possuindo desta forma,
responsabilidade e autoridades para:
a) Assegurar que os requisitos do SGA sejam estabelecidos, implementados e mantidos
de acordo com essa norma;
b) Relatar à Alta Administração o desempenho do SGA, para análise crítica, como base
para aprimorá-lo.
Esses representantes são os responsáveis pelo cumprimento dos requisitos do SGA
estão definidos nos quadros de reponsáveis em cada um dos procedimentos ambientais (PA)
do SGA.
5.2 Treinamento, conscientização e competência
Todas as pessoas que trabalham na Guaracar Plus precisam contribuir para a
efetivação na gestão ambiental, para isso é necessário realizar treinamentos que visem a
conscientização de todas as pessoas envolvidas em busca de melhorias contínuas.
Para prepará-los executam-se programas de educação ambiental e treinamentos
diferenciados de acordo com as funções e atividades que possam causar um impacto
significativo sobre o meio ambiente.
Para a identificação da necessidade de treinamentos, é utilizado o procedimento PA -
03.
5.3 Comunicação
A comunicação se desdobra em duas formas: interna e externa. A comunicação inclui
o estabelecimento de processos para informar sobre as atividades ambientais da organização
em relação aos seus aspectos e impactos e ao SGA e seu desempenho.
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A comunicação interna da Guaracar Plus é realizada através de murais distribuídos
pela empresa, e-mail, reuniões e treinamentos, tendo como objetivo ampliar a conscientização
dos funcionários.
Já a comunicação externa tem como objetivo manter relações amigáveis com os
diferentes grupos de interesse, aumentando a credibilidade da gestão ambiental externamente,
sendo realizada através do site da empresa e relatórios anuais ou até mesmo através da
visitação pública a empresa.
O procedimento que estabelece os critérios de Comunicação no Sistema de Gestão
Ambiental é o PA - 04.
5.4 Documentação do SGA
A documentação do SGA tem como objetivo descrever os principais elementos do
SGA e a interação entre eles bem como estabelecer e manter as informações atualizadas dos
principais elementos que compõem o sistema para que o mesmo seja adequadamente
atendido. A documentação do Sistema de Gestão Ambiental da Guaracar Plus inclui:
Política Ambiental;
Objetivos e metas;
Procedimento PA - 01: Aspectos e impactos ambientais;
Procedimento PA - 02: Requisitos legais e outros;
Procedimento PA - 03: Identificação de necessidade de treinamento;
Procedimento PA - 04: Comunicação interna e externa;
Procedimento PA - 05: Controle de documentos e controle de registros;
Procedimento PA - 06: Preparação e resposta a emergência;
Procedimento PA - 07: Tratamento de não conformidades, ação corretiva e ação
preventiva;
Procedimento PA - 08: Controle de Registros;
Procedimento PA - 09: Auditoria interna;
Instrução IA – 01: Plano de Gerenciamento de Resíduos;
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5.5 Controle de documentos
Todos os documentos relevantes para o SGA serão datados e devem ser de fácil uso e
compreensão, fácil acesso e após revisões periódicas serão substituídos por versões
atualizadas e disponilibiladas em todos os locais onde serão executadas operações essenciais
ao efetivo funcionamento do SGA, sendo responsabilidade do Setor Socioambiental esta
função. De forma a garantir os objetivos propostos.
Os documentos do Sistema de Gestão Ambiental, que devem ser impressos e anexados
incluem:
a) Certificados Ambientais;
b) Licenças;
c) Instruções operacionais;
d) Planos de monitoramento;
e) Planos de atendimento a emergência e incidentes;
f) Manual Ambiental;
Para o Controle de Documentos e Registros é utilizado o procedimento PA - 05.
5.6 Controle operacional
Após identificação das atividades que estejam associados aos aspectos ambientais
mais significativos são estabelecidas ações a fim de minimizar esses impactos. Para isso a
Guaracar Plus conta com o controle operacional que nada mais é que a verificação periódica
das atividades que geram aspectos ambientais significativos.
O controle operacional tem como objetivo verificar a eficácia do procedimento através
do controle sobre as características e variáveis que possam expressá-la, além de servir de
indicativo para controlar situações onde sua ausência possa acarretar desvios em relação à sua
política e aos objetivos e metas ambientais estabelecidos.
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5.7 Preparação e atendimento a emergências
Através da identificação dos aspectos e avaliação dos seus impactos ambientais é
possível estabelecer, implementar e manter procedimentos para identificar potenciais
situações de emergência, bem como para prevenir os impactos que possam estar associados.
Deve-se sempre que necessário, analisar e revisar os procedimentos de preparação e
atendimento a emergências.
Está definida, em procedimento específico, a manutenção de equipes de brigada de
emergências devidamente treinadas e qualificadas para serem acionadas, sempre que for
necessário.
O procedimento de Preparação e Resposta a Emergência é o PA - 06.
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6 VERIFICAÇÃO E AÇÃO CORRETIVA
6.1 Monitoramento e medição
A Guaracar Plus deve manter procedimentos para monitorar e medir periodicamente as
principais características das suas atividades que possam ter um impacto ambiental
significativo, devendo incluir o registro destas informações para acompanhar o desempenho e
as conformidades com os objetivos e metas ambientais da empresa.
O monitoramento e medição têm como objetivo verificar a confomidade legal, o
alcance dos objetivos e metas ambientais e, sobretudo, verificar o desempenho ambiental, ou
seja, assegurar que o SGA está funcionando e, caso contrário, quais medidas corretivas
deverão ser tomadas.
Para isso, deverão ser monitorados a geração de partículas provenientes da pintura dos
automóveis, evitando a poluição atmosférica, a geração e disposição final dos resíduos
verificando a sua correta segregação a fim de evitar a contaminação dos demais como também
do meio ambiente, como a geração de efluente buscando sempre estar dentro dos padrões de
lançamento exigidos na legislação.
6.2 Não conformidade e ações corretivas e preventivas
As não conformidades referem-se às ocorrências e situações que prejudicam os
comprometimentos, os requesitos do SGA e os aspectos ambientais identificados, podendo-se
entender como qualquer falha ou desvio que comprometa o bom desempenho ambiental da
empresa.
É necessário analisar qualquer não conformidade, determinar sua causa para então
adotar medidas para eliminá-las com ações corretivas e preventivas, devendo sempre registrar
os resultados das ações corretivas e preventivas executadas, com o intuito de constituir um
histórico que permita criar uma base de dados com vista a uma continuada melhoria.
Assegurando que sejam feitas as mudanças necessárias na documentação do SGA.
O procedimento ambiental referente a Tratamento de Não-conformidade, ação
corretiva e ação preventiva é o PA - 07.
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6.3 Registros
A Guaracar Plus deve estabelecer e manter registros para demonstrar conformidade
com os requisitos de seu SGA, bem como os resultados obtidos. Estes devem incluir registro
de treinamento e os resultados de auditorias e análise crítica. Os registros e todos os
documentos devem ser arquivados e mantidos de forma que permita seu fácil acesso.
Para o Controle de Registros utiliza-se o procedimento PA - 08.
6.4 Auditorias do SGA
As auditorias internas do SGA da Guaracar Plus serão realizadas semestralmente pelo
Setor Sociambiental da empresa, baseando-se na ISO 14010 e ISO 14011 tendo como
objetivo avaliar a eficácia e aptidão do SGA. Na Auditoria serão levantadas informações
sobre a situação atual e as compara com o que deveria ser a fim de determinar possíveis falhas
em que o sistema deve ser melhorado.
Já para a realização de auditoras externas com o objetivo da obtenção da certificação
ISO 14001 uma organização externa competente será contratada a fim de verificar se a
Guaracar Plus está em conformidade com os requisitos exigidos.
As conclusões são baseadas em evidências amostrais coletadas por entrevistas, exame
de documentos e observação das atividades realizadas na empresa. As auditorias visam
verificar se o SGA:
Está em conformidade com os arranjos planejados para a gestão ambiental, e os
requisitos da Norma;
Foi adequadamente implantado e está sendo mantido.
Sendo os resultados obtidos a partir da auditoria fornecida à Alta Administração. O
procedimento referente a Auditoria Interna é o PA - 09.
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7 ANÁLISE CRÍTICA PELA ADMINISTRAÇÃO
A alta administração da Guaracar Plus tem como responsabilidade analisar
criticamente o SGA, para assegurar sua conveniência, adequação e eficácia contínua. Sendo
esta análise realizada trimestralmente, onde serão avaliadas todas as atividades realizadas na
empresa avaliando seu desempenho ambiental, inclusive os impactos sobre o seu desempenho
financeiro e competitivo.
Através dos resultados de auditoria a análise deverá abordar a eventual necessidade de
alterar a política, os objetivos e outros elementos do SGA, considerando as mudanças na
legislação, as expectativas e os requisitos das partes interessadas, os avanços científicos e
tecnológicos, as experiências adquiridas de incidentes ambientais, as experiências do mercado
e os relatos da comunidade.
O objetivo dessa análise é verificar a eficácia do SGA num dado período visando o
futuro. Para isso as observações, conclusões e recomendações decorrentes da análise crítica
devem ser documentadas para que as ações necessárias sejam implementadas.
PROCEDIMENTO DE
IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE
ASPECTOS E IMPACTOS
AMBIENTAIS
PA - 01
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 01 de 09
Elaborador(s): Aprovação:
Data:__/__/__
Função: ____________________
Assinatura:__________________
1 OBJETIVO
Estabelecer e manter procedimentos para identificar e avaliar os aspectos e
impactos ambientais resultantes de cada atividade para determinação daqueles que
tenham ou possam ter um impacto ambiental sobre o meio, mantendo essas informações
documentadas e atualizadas.
2 REFERÊNCIAS
Manual de Gestão Ambiental Guaracar Plus;
NBR ISO 14001:2004 - Sistemas de Gestão Ambiental – Especificação e diretrizes
para uso;
NBR ISO 14004: 1996 - Sistemas de gestão ambiental – diretrizes gerais sobre
princípios, sistemas e técnicas de apoio.
3 TERMINOLOGIA
Meio Ambiente: circunvizinhança em que a empresa opera, incluindo ar, água, solo,
recursos naturais, flora, fauna, seres humanos, e todas as suas inter relações.
Aspectos Ambientais: elemento das atividades, dos produtos ou dos serviços que pode
interagir com o meio ambiente.
Impactos Ambientais: qualquer alteração (efeito) causada (ou que pode ser causada)
no meio ambiente pelas atividades da empresa quer seja esta alteração benéfica ou não.
Processos: são os processos de trabalho em que se subdivide a organização da empresa.
Atividade/Operação: são etapas menores em que se subdividem os processos, sendo
que cada atividade/operação é uma unidade de análise para efeitos de
identificação/avaliação de aspectos e impactos ambientais.
PROCEDIMENTO DE
IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE
ASPECTOS E IMPACTOS
AMBIENTAIS
PA - 01
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 02 de 09
Elaborador(s): Aprovação:
Data:__/__/__
Função: ____________________
Assinatura:__________________
4 PROCEDIMENTOS
4.1 Identificar os aspectos e impactos ambientais
Identificar em cada processo de trabalho os aspectos ambientais reais ou um
potencial de serem gerados em cada atividade e seus respectivos impactos utilizando
como referência as informações da Matriz A. Após identificação as informações obtidas
devem ser registradas no Formulário IAI 01.
4.2 Verificação da significância dos aspectos e impactos ambientais
A caracterização apresenta o propósito de permitir uma melhor
avaliação/definição dos métodos de gerenciamento e priorização daqueles
aspectos/impactos considerados significativos, sendo estes avaliados conforme o
Quadro 1, podendo ser normal/anormal ou emergencial.
Quadro 1 – Situação operacional relacionada com cada um dos aspectos identificados.
Situação Descrição Exemplo
Normal (N) / Anormal (A)
Associados a rotina diária
incluside não rotineiras
(manutenção, testes,
aletrações na rotina, etc.)
que acontecem com
bastante frequência.
Geração de resíduos
sólidos na operação da
ETE.
Emergencial (E)
Associados a situações não
planejadas de emergências
(vazamentos,
derramamentos, colapso de
estruturas, incêndios, etc.)
inerentes a atividade que
possam causar impacto
ambiental.
Incêndio.
PROCEDIMENTO DE
IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE
ASPECTOS E IMPACTOS
AMBIENTAIS
PA - 01
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 03 de 09
Elaborador(s): Aprovação:
Data:__/__/__
Função: ____________________
Assinatura:__________________
A verificação de importância quanto a frequência/probabilidade é apresentado
nas Tabelas 1 e 2.
Tabela 1 – Enquadramento de frequência (situação normal/anormal) de
aspectos/impactos ambientais.
Frequência Descrição (Normal/Anormal) Pontos
BAIXA
- Ocorre menos de uma vez/mês
- Reduzido número de aspectos ambientais associados ao
impacto
10
MÉDIA
- Ocorre mais de uma vez/mês
- Médio número de aspectos ambientais associados ao
impacto
20
ALTA
- Ocorre diaramente
- Elevado número de aspectos ambientais associados ao
impacto
30
Tabela 2 - Enquadramento de frequência (situação emergencial) de aspectos/impactos
ambientais.
Probabilidade Descrição (Emergência) Pontos
BAIXA
- Ocorre menos de uma vez/mês
- Exitência de procedimentos/controles/gerenciamentos
adequados dos aspectos ambientais
10
MÉDIA
- Ocorre mais de uma vez/mês
- Existência de procedimentos/controles/gerenciamentos
inadequados dos aspectos ambientais
20
ALTA
- Ocorre diaramente
- Inexistência de procedimentos/controles/gerenciamentos
dos aspectos ambientais
- Elevado número de aspectos ambientais associados ao
impacto
30
4.3 Revisão periódica
Deve ser realizada a revisão a cada dois anos para a verificação e avaliação dos
aspectos e impactos ambientais.
PROCEDIMENTO DE
IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE
ASPECTOS E IMPACTOS
AMBIENTAIS
PA - 01
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 04 de 09
Elaborador(s): Aprovação:
Data:__/__/__
Função: ____________________
Assinatura:__________________
5 RESPONSABILIDADES
Os responsáveis por cada atividade estão identificados no Quadro 2.
Quadro 2 – Responsáveis pela identificação e avaliação dos aspectos e impactos
ambientais.
ATIVIDADE RESPONSABILIDADE
Identificação dos aspectos e impactos ambientais Setor Socioambiental
Verificação da significância dos aspectos e
impactos ambientais Setor Socioambiental
Revisão periódica Setor Socioambiental e auditores
6 REGISTROS
O Formulário IAI 01 apresenta a sistemática para a identificação e avaliação de
aspectos e impactos ambientais.
PROCEDIMENTO DE
IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE
ASPECTOS E IMPACTOS
AMBIENTAIS
PA - 01
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 05 de 09
Elaborador(s): Aprovação:
Data:__/__/__
Função: ____________________
Assinatura:__________________
Formulário IAI 01 – Identificação e avaliação de aspectos/impactos ambientais.
IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE ASPECTOS/IMPACTOS AMBIENTAIS
IDENTIFICAÇÃO CARACT. VERIFICAÇÃO DE IMPORTÂNCIA AVALIAÇÃO DE
SIGNIFICÂNCIA
CONTROLES
EXISTENTES
Ações de
gerenciamento
Setor Aspecto
ambiental
Impacto
ambiental Cód.
Sit
uaç
ão
Inci
dên
cia
Cla
sse
Consequência Frequência/Probabilidade Categoria Requisitos
Legais Enquadramento
Plano
de
ação
Objetivos
e Metas
MATRIZ A TABELA 3 TABELA 1 e 2
TABELA
4
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8)
PROCEDIMENTO DE
IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE
ASPECTOS E IMPACTOS
AMBIENTAIS
PA - 01
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 06 de 09
Quadro 3 – Instruções de preenchimento do Formulário IAI 01.
Campo Instruções de preenchimento
(1) Normal/Anormal ou Emergência
(2) Sob controle (SC) ou Sob influência (SI)
(3) Benéfico ou Adverso
(4) Baixa (10); Média (20) ou Alta (30)
(5) Crítico (C); Moderado (M) ou Desprezível (D)
(6) Indicar com x a existência
(7) Significativo (S) ou Não significativo (N)
(8)
Sistema de tratamento (ST); Monitoramento (M); Controles operacionais
(CO); Planos de atendimento a situações de emergência (PAE) ou Nenhum
controle
PROCEDIMENTO DE
IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE
ASPECTOS E IMPACTOS
AMBIENTAIS
PA - 01
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 07 de 09
Matriz A – Correlações entre aspectos ambientais e impactos ambientais.
SETORES
IMPACTOS
AMBIENTAIS
IMP
AC
TO
S
AM
BIE
NT
AIS
Cód. Cód.
PROCEDIMENTO DE
IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE
ASPECTOS E IMPACTOS
AMBIENTAIS
PA - 01
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 08 de 09
Tabela 3 – Pontuação quanto a consequência de aspectos/impactos ambientais.
DESCRIÇÃO
CONSEQUÊNCIA (pontos)
Abrangência*
Severidade
LOCAL REGIONAL GLOBAL
- Impacto ambiental potencial
de magnitude desprezível;
- Degradação ambiental sem
consequências para o negócio
e para a imagem da empresa,
totalmente reversível com
ações de controle.
BAIXA 20 25 30
- Impacto potencial que não se
enquadra como baixa ou alta,
mas capaz de alterar a
qualidade ambiental;
- Degradação ambiental com
consequências para o negócio
e à imagem da empresa,
reversível com ações de
controle/mitigação.
MÉDIA 40 45 50
- Impacto potencial de grande
magnitude;
- Degradação ambiental com
consequências financeiras e de
imagem irreversível mesmo
com ações de controle.
ALTA 60 65 70
PROCEDIMENTO DE
IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE
ASPECTOS E IMPACTOS
AMBIENTAIS
PA - 01
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 09 de 09
*Nível de abrangência de impactos ambientais.
NÍVEL IMPACTOS
Global
Impacto que excede os limites do Estado, do
Brasil ou do mundo, com potencial para
comprometer a qualidade ambiental.
- Destruição da camada de ozônio;
- Chuva ácida;
- Efeito Estufa;
- Poluição do ar por veículos.
Regional
Impacto que ocorre dentro dos limites da
região ou Estado.
- Locais de despejo de resíduos sólidos (ativos
ou inativos);
- Desmatamento;
- Destruição da biodiversidade;
- Poluição da água por resíduos industriais;
- Despejos de óleo;
- Consumo de recursos naturais;
- Radiação proveniente de resíduos nucleares;
- Vazamento de tanques para subsolo;
- Poluição de águas por estações de
tratamento de esgotos;
- Poluição de águas por estações de
tratamento de efluentes;
- Contaminação de água potável;
- Contaminação do solo por resíduos de
defensivos agrícolas.
Local
Excede os limites da empresa causando
incômodo a comunidade.
- Desmatamento
- Destruição da biodiversidade;
- Consumo de recursos naturais;
- Descarte de resíduos não perigosos
(ocupação de terreno);
- Erosão do solo;
- Alteração da qualidade do ar por ruídos ou
vibrações;
- Alteração da qualidade do ar por emissão de
materiais particulados.
E a partir do somatório das Tabelas 1 e 3 para situação normal e anormal obtem-se a
amplitude dos pontos realizando desta forma o enquadramento conforme apresentado na
Tabela 4. O mesmo foi realizado para situação de emergência onde foi somado a Tabela 2 e 3.
Tabela 4 – Enquadramento de importância de aspectos/impactos ambientais.
ENQUADRAMENTO AMPLITUDE DE PONTOS
Desprezível D Pontuação total menor que 50
Moderado M Pontuação total entre 50 e 70
Crítico C Pontuação total acima de 70
PROCEDIMENTO PARA
REQUISITOS LEGAIS
PA - 02
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 01 de 07
Elaborador(s): Aprovação:
Data:__/__/__
Função: ____________________
Assinatura:__________________
1 OBJETIVO
Manter um procedimento para identificar e ter acesso à legislação e a outros
requisitos por ela subscritos, aplicáveis aos aspectos ambientais das atividades
realizadas na Guaracar Plus. Deve envolver o levantamento e a análise da legislação
aplicável dos três entes da Federação brasileira (União, Estados e Municípios). Dessa
forma será possível manter um banco atualizado de dados relativos às normas aplicáveis
ao SGA.
2 REFERÊNCIAS
Manual de Sistema de Gestão Ambiental Guaracar Plus;
NBR ISO 14001:2004 - Sistemas de Gestão Ambiental – Especificação e
diretrizes para uso;
3 TERMINOLOGIA
ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Requisitos legais: Requisitos contidos na legislação e atos normativos emitidos por
autoridades dos Poderes Executivo, Legislativo e Jurídico. Incluem-se também as
licenças ambientais, os requisitos advindos de suas condicionantes, bem como Normas
Técnicas referenciadas na legislação aplicável.
SGA: Sistema de Gestão Ambiental.
PROCEDIMENTO PARA
REQUISITOS LEGAIS
PA - 02
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 02 de 07
Elaborador(s): Aprovação:
Data:__/__/__
Função: ____________________
Assinatura:__________________
4 PROCEDIMENTOS
4.1 Identificação de Requisitos Legais
A partir da avaliação ambiental e identificação dos aspectos ambientais críticos
serão identificados quais os requisitos legais a cumprir. Sendo esta uma
responsabilidade do Departamento Jurídico juntamente com o Setor Socioambiental da
empresa, que utilizam como fonte de consultoria: Órgãos de Controle Ambiental,
periódicos especializados, licenças ambientais, Legislação Ambiental, Prefeitura
Municipal de Passo Fundo e entidades normalizadoras (ABNT).
4.2 Análise de aplicabilidade
Quando considerado aplicável, o requisito legal é incluído no Formulário RL 01,
sendo preenchido conforme instruções indicadas a seguir no ítem Registros.
Demais requisitos aplicáveis, utilizados como base para elaborar o cadastro de
requisitos legais encontrando-se arquivados es disponíveis para consulta, no Setor
Socioambiental da Guaracar Plus, não sendo consideradas cópias controladas.
4.3 Acesso aos requisitos legais
Sempre que necessário os requisitos legais poderão ser acessados em versões
atualizadas no Setor Socioambiental.
PROCEDIMENTO PARA
REQUISITOS LEGAIS
PA - 02
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 03 de 07
Elaborador(s): Aprovação:
Data:__/__/__
Função: ____________________
Assinatura:__________________
4.4 Atualizações/Revisões
As atualizações e revisões serão realizadas periodicamente em intervalos de no
mínimo três meses para nível federal e estadual e semestralmente para nível municipal.
Tendo como objetivo verificar a alteração ou emissão de novas legislações ou outros
requisitos normativos ou a necessidade de inclusão e/ou exclusão de alguns dos
registros existentes em decorrência de mudanças nas atividades realizadas na Guaracar
Plus.
Quando realizada esta prática o setor(es) afetado(s) pelo novo regulamento deve
ser comunicado através do preenchimento do Campo 1 do Formulário RL 02 para
análise de seu entendimento, posteriormente realizar o preenchimento do Campo 2 e
devolvê-lo ao Setor Socioambiental.
5 RESPONSABILIDADES
O Quadro 1 apresenta os responsáveis por cada etapa.
Quadro 1 – Responsáveis pela avaliação de conformidade legal da Guaracar Plus.
ATIVIDADE RESPONSABILIDADE
Identificação de requisitos legais Depto. Jurídico e Setor Socioambiental
Análise de aplicabilidade Setor Socioambiental
Atualizações/Revisões Setor Socioambiental
6 REGISTROS
O Formulário RL 01 apresenta a sistemática para o cadastro dos requisitos legais
e outros requisitos aplicáveis.
PROCEDIMENTO PARA
REQUISITOS LEGAIS
PA - 02
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 04 de 07
Elaborador(s): Aprovação:
Data:__/__/__
Função: ____________________
Assinatura:__________________
Formulário RL 01 – Cadastro de requisitos legais e outros requisitos aplicáveis.
CADASTRO DE REQUISITOS LEGAIS E OUTROS REQUISITOS APLICÁVEIS
Código
Requisito
legal
Aplicável
Sumário Tema Itens
Aplicáveis
Depto./Setor
Jurídico
Atendimento
Observações Nível
Evidência
objetiva
Data de
validade
Ações
requeridas
A B C D E F G H I J K
PROCEDIMENTO PARA
REQUISITOS LEGAIS
PA - 02
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 05 de 07
Quadro 2 – Instruções de preenchimento do formulário de cadastro dos requisitos legais.
COLUNA INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO
A
A origem a que se refere a legislação ou o outro requisito aplicável (Federal, Estadual,
Municipal, Norma técnica, Licença, Acordo, Termo de Ajuste de Conduta, Código, entre
outros. E seu respectivo código.
F001 Sequência numérica para requisitos legais de âmbito Federal
E001 Sequência numérica para requisitos legais de âmbito Estadual
M001 Sequência numérica para requisitos legais de âmbito Municipal
L001 Sequência numérica de requisitos legais ou outros requisitos estabelecidos em
função de processos de licenciamento
A001 Sequência numérica para requisitos legais ou outros requisitos estabelecidos em
função de acordos documentados. Termos de Ajuste de Conduta firmados, etc.
C001 Sequência numérica de requisitos legais ou outros requisitos estabelecidos em
Convênios, Códigos etc.
N001 Sequência numérica para Normas Técnicas
B Tipo de requisito ou outro aplicável (Lei, Decreto, Portaria, Resolução, Norma, Acordo,
Código, etc.) e seu respectivo número, data de emissão e número de revisão, se pertinentes.
C Resumo, sucinto, com o objeto ou aplicação da legislação ou outro requisito aplicável.
D Tema da legislação ou do outro requisito aplicável (ar, águas, resíduos sólidos, flora/fauna,
ruído/vibração, licenças, compromissos, etc.);
E Itens do requisito legal ou do outro requisito efetivamente aplicáveis à organização (artigo,
parágrafo, inciso, íntegra, itens, etc.);
F Departamento/ Setor(es) onde o requisito legal ou o outro requisito é efetivamente aplicável.
G Nível de conformidade/atendimento de requisito legal ou outro requisito: S (sim); N (não);
PA (parcial).
H
Evidência objetiva (licenças, procedimentos, registros, etc.) de cumprimento do requisito
legal ou de outro requisito. Esta informação visa facilitar a verificação da conformidade
legal, sendo, portanto obrigatória para aqueles casos em que a legislação estabelece
obrigações e/ou proibições a serem obedecidas e não apenas as diretrizes gerais de natureza
administrativa.
I Data da validade da evidência objetiva de cumprimento do requisito legal ou do outro
requisito, quando se aplicar (licenças, alvarás, autorizações, certificados, etc.);
J
Ações requeridas para busca de atendimento/conformidade do requisito legal ou do outro
requisito, pertinente para situações em que o requisito não é atendido de forma parcial. Essas
ações dão definidas pelo Departamento/Setor onde o desvio será detectado.
K
Para facilitar a visualização das modificações em função das atualizações em cada requisito
legal, deve ser inserido um asterisco (*), naquele requisito correspondente que deve ser
mantido até a revisão seguinte.
O Formulário RL 02 apresenta o sistema para comunicado de alterações de itens legal
ou outros requisitos aplicáveis ao(s) setor(es) afetado(s).
PROCEDIMENTO PARA
REQUISITOS LEGAIS
PA - 02
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 06 de 07
Formulário RL 02 - Comunicado novo/revisão de item legal ou outro requisito aplicável.
De: Data:
Para:
CC: Comunicamos que, em .................................... (data), ocorreu a publicação da
................................................... (revisão ou nova legislação ou outro requisito) considerado
aplicável ao seu Departamento/Setor.
Na sequência é apresentado um sumário do novo requisito ou requisito revisado para sua
análise.
SUMÁRIO:
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Solicitamos que seja informado, até _/_/_, o resultado da análise da situação atual de seu
Departamento/Setor, quanto ao nível de conformidade em relação ao requisito novo/revisado,
preenchendo o campo abaixo, colocando um X na coluna que melhor representar a condição
atual.
Para os casos de não-atendimentos ou atendimento parcial, pedimos igualmente informar
quais as ações de gerenciamento requeridas para o devido cumprimento.
Campo 1
PROCEDIMENTO PARA
REQUISITOS LEGAIS
PA - 02
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 07 de 07
RESULTADO DA ANÁLISE DE CONFORMIDADE (Deve ser preenchido pelo Depto.
ao qual o novo requisito pode ser aplicável)
( ) ATENDE ( ) PARCIALMENTE ATENDIDO ( ) NÃO ATENDE
Comentários:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
AÇÕES DE GERENCIAMENTO REQUERIDAS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Campo 2
PROCEDIMENTO DE
IDENTIFICAÇÃO DA NECESSIDADE
DE TREINAMENTO
PA - 03
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 01 de 04
1 OBJETIVO
Estabelecer o método pelo qual a Guaracar Plus executará treinamentos para seus
funcionários, objetivando conscientizá-los sobre a importância da conformidade com a
Política Ambiental, os procedimentos e requisitos do SGA, tornando-os competentes em suas
funções e responsabilidade para atingir a sua conformidade.
2 REFERÊNCIAS
Manual de Gestão Ambiental Guaracar Plus;
NBR ISO 14001:2004 - Sistemas de Gestão Ambiental – Especificação e diretrizes
para uso;
3 TERMINOLOGIA
SGA: Sistema de Gestão Ambiental
Política Ambiental: nada mais é que a descrição do que a alta administração está
comprometida com o SGA estando esta apropriada à natureza, escala e impactos ambientais
de suas atividades, buscando atender aos requisitos legais.
4 PROCEDIMENTOS
4.1 Elaboração ou revisão de um padrão
Sempre que houver alterações nos processos/atividades das áreas, contratação de
novos funcionários e/ou exclusão de documentos do SGA a fim de identificar a necessidade
de novos treinamentos.
PROCEDIMENTO DE
IDENTIFICAÇÃO DA NECESSIDADE
DE TREINAMENTO
PA - 03
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 02 de 04
4.2 Identificação necessidade de treinamento
Através da observação das atividades e objetivos traçados na implantação do SGA
com as diversas áreas que compõem a empresa é possível identificar a necessidade de
treinamentos, sendo estes divididos em três categorias: Conscientização permanente;
Treinamentos operacionais e Treinamentos para responsáveis.
4.3 Treinamentos e meios de aplicabilidade
Conscientização permanente: necessários à manutenção do SGA, onde os funcionários
receberão palestras, cursos, entre outras ações voltadas a temas ambientais com ênfase nos
aspectos ambientais significativos da empresa.
Treinamentos operacionais: necessários para o atendimento dos procedimentos operacionais
do SGA e formação de competências, sendo estes definidos pelo Setor Socioambiental
juntamente com os gerentes dos setores, com observância aos procedimentos operacionais.
Treinamentos para responsáveis: refere-se à capacitação dos responsáveis que ministrarão
os treinamentos, devendo participar de pelo menos uma atualização ou aperfeiçoamento por
ano na sua área de atuação.
4.4 Planejamento
Cabe ao supervisor do setor juntamente com o Setor Socioambiental realizar o
planejamento e a definição da forma e do período em que os treinamentos nos documentos
aplicáveis serão executados. Contratando sempre que necessário um profissional externo
capacitado para a realização do treinamento.
Treinamentos em temas ambientais de caráter geral podem ser ministrados para todos
os funcionários conforme as necessidades da empresa.
PROCEDIMENTO DE
IDENTIFICAÇÃO DA NECESSIDADE
DE TREINAMENTO
PA - 03
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 03 de 04
Os funcionários que executam tarefas associadas a aspectos ambientais significativos
se estejam capacitados através da participação nos treinamentos operacionais realizados.
Aqueles funcionários que desempenham funções especializadas de gestão ambiental
apresentam suas competências asseguradas por treinamentos operacionais e pelo atendimento
a requisitos específicos de experiência e/ou educação estabelecidos em documentação
técnica/administrativa da empresa.
5 RESPONSABILIDADES
As responsabilidades quanto a Identificação da necessidade de treinamento na
Guaracar Plus serão conforme o Quadro 1.
Quadro 1 – Responsáveis por cada atividade referente a Identificação da necessidade de
treinamento na Guaracar Plus.
ATIVIDADE RESPONSABILIDADE
Elaboração ou revisão de um padrão Setor Socioambiental
Identificação da necessidade de treinamento Setor Socioambiental e Gerentes
Planejamento Setor Socioambiental
Registros Setor Socioambiental
6 REGISTROS
Os registros dos treinamentos ministrados para os funcionários serão mantidos em
meio físico, o mesmo será realizado para os treinamentos de integração de contratados
temporários.
PROCEDIMENTO DE
IDENTIFICAÇÃO DA NECESSIDADE
DE TREINAMENTO
PA - 03
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 04 de 04
Formulário CT 01 – Controle dos treinamentos realizados
TREINAMENTO
Data:
Horário:
Objetivo (s):
Conteúdo (s):
Responsável (eis):
Público:
Tipo:
( )Permanente
( )Operacional
Documento(s):
Nome Setor Assinatura
Campos de preenchimento:
Público: Descrever o público participante (terceirizado, contratados permanentes, contratados
temporários).
Tipo de treinamento: indicar se é permanente ou operacional, se for operacional citar os
documentos que serão utilizados no treinamento.
PROCEDIMENTO DE
COMUNICAÇÃO INTERNA E
EXTERNA
PA - 04
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 01 de 05
1 OBJETIVO
Incluir a criação de processos para informar, interna e externamente, sobre as
atividades ambientais desenvolvidas na empresa, com o intuito de ampliar a conscientização
dos funcionários, demonstrar o comprometimento da administração com o meio ambiente,
informando a todos sobre o SGA e o seu desempenho.
2 REFERÊNCIA
Manual de Sistema de Gestão Ambiental Guaracar Plus;
NBR ISO 14001:2004 - Sistemas de Gestão Ambiental – Especificação e diretrizes
para uso;
3 TERMINOLOGIA
Comunicação Externa: comunidade do entorno, organizações, clientes, fornecedores, entre
outros.
Comunicação Interna: troca de informações entre funcionários próprios ou terceirizados.
Demanda de Informações Pertinentes: manifestações das partes interessadas relativas ao
desempenho ambiental da Guaracar Plus, podendo incluir, sugestões, dúvidas e até mesmo
críticas.
SGA: Sistema de Gestão Ambiental
PROCEDIMENTO DE
COMUNICAÇÃO INTERNA E
EXTERNA
PA - 04
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 02 de 05
4 PROCEDIMENTOS
4.1 Comunicação interna
Diversos meios são utilizados para a comunicação interna da empresa como, por
exemplo: quadro mural, divulgação em reuniões de trabalho, informações para recém-
contratados, relatório ambiental interno, folders, material explicativo e email.
4.2 Comunicação externa
Para a comunicação externa foi optado por inserir artigos em jornais especializados,
divulgar regularmente relatórios ambientais, promover visitação pública à empresa,
participação em programas de rádio e anúncios.
4.3 Recebimento de demanda de parte interessada
O recebimento é realizado por meio escrito através de e-mails e verbal por meio de
telefonemas, reuniões ou visitas. Podendo nele conter:
Sugestões do público interno e externo para melhoria do SGA;
Comunicações associadas a situações de emergência.
O Formulário CIN 01 deve ser preenchido no caso de Comunicação interna e o
Formulário CEX 02 deve ser preenchido para Comunicação externa, no caso este estará
disponível para preenchimento na recepção da empresa. Sendo ambos encaminhados para o
Setor Socioambiental da empresa.
PROCEDIMENTO DE
COMUNICAÇÃO INTERNA E
EXTERNA
PA - 05
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 03 de 05
4.4 Análise de pertinência
O Setor Socioambiental avalia a pertinência, se necessário juntamente com o gerente
do setor envolvido. Após a análise dos formulários preenchidos, estes são arquivados por
ordem cronológica em pastas no Setor Socioambiental.
Após análise das demandas de órgãos de fiscalização ambiental, estas são registradas
por ordem cronológica em um livro de registros específico controlado pelo Setor
Socioambiental.
4.5 Ações de adequação
Após análise dos formulários são definidas ações de adequação em função de sua
importância regulamentar/estratégica para a empresa.
4.6 Respostas
A empresa possui um prazo máximo de 15 dias a partir da data de recebimentos do
formulário para responder as demandas.
5 RESPONSABILIDADES
O Quadro 1 apresenta os responsáveis por cada etapa.
Quadro 1 – Responsáveis referente a Comunicação Guaracar Plus.
ATIVIDADE RESPONSABILIDADE
Comunicação Interna Setor Socioambiental e Gerentes do setor
Comunicação Externa Setor Socioambiental
Recebimento de demanda Recepção
PROCEDIMENTO DE
COMUNICAÇÃO INTERNA E
EXTERNA
PA - 04
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 04 de 05
Análise de pertinência Setor Socioambiental e Gerente do setor
Ações de adequação Setor Socioambiental e Gerente do setor
Registros Setor Socioambiental e Departamento
Jurídico
6 REGISTROS
A comunicação interna é realizada através do preenchimento do Formulário CIN 01, já
a interna através do Formulário CEX 02.
Formulário CIN 01 – Comunicação interna da Guaracar Plus
SUGESTÃO VERDE Número:
Data:
Nome:
Departamento/Setor:
Descrição da Situação/Objetivos:
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Sugestão para Solução:
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Recebido pelo Departamento/Setor de ..................................... em: ______________
Providências:
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Respondido em:
PROCEDIMENTO DE
COMUNICAÇÃO INTERNA E
EXTERNA
PA - 04
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 05 de 05
Formulário CEX 02 – Comunicação externa Guaracar Plus
Formulário de Comunicações Ambientais
Externas
Número:
Data:
Dados do interessado:
Nome:_________________________________________________________________
Endereço:______________________________________________________________
Município (DF): _________________________ Telefone:______________________
Dia do Contato: _________________________ Horário: ______________________
Contato feito através de: ( ) Telefone ( ) Pessoalmente ( ) Carta/Fax ( ) E-mail
( ) Outros (especificar)_____________________________
Descrição da situação:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Sugestão do solicitante:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Responsável pelo atendimento:
Ações de adequação necessárias:
1.
2._____________________________________________________________________
3._____________________________________________________________________
4._____________________________________________________________________
5._____________________________________________________________________
6._____________________________________________________________________
7._____________________________________________________________________
8._____________________________________________________________________
Retorno dado ao solicitante: E-mail
Pessoalmente
Outros (especificar)
Nome e assinatura do responsável pelo retorno:______________________________
Data:___________________________________
PROCEDIMENTO DE CONTROLE E
ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS
PA - 05
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 01 de 06
Elaborador(s): Aprovação:
Data:__/__/__
Função: ____________________
Assinatura:__________________
1 OBJETIVO
Definir a metodologia utilizada para controlar todos os documentos exigidos
pela Norma ISO 14001 a fim de assegurar a sua acessibilidade, revisão, atualização
como a sua distribuição.
2 REFERÊNCIAS
Manual de Gestão Ambiental Guaracar Plus;
NBR ISO 14001:2004 - Sistemas de Gestão Ambiental – Especificação e
diretrizes para uso;
3 PROCEDIMENTO
3.1 Identificação da necessidade de elaboração ou revisão do padrão
Os documentos devem ser revisados periodicamente conforme necessidade do
SGA e substituídos pelas versões atualizadas. A necessidade de revisão ou remoção de
um padrão pode ser identificada através de auditorias de padrões de checagem de rotina.
3.2 Elaboração do esboço do documento
A elaboração deve ser feita em consenso com o máximo de pessoas envolvidas
com o processo. Sendo a redação do documento de forma clara e objetiva para facilitar
o entendimento de todos.
PROCEDIMENTO DE CONTROLE E
ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS
PA - 05
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 02 de 06
Elaborador(s): Aprovação:
Data:__/__/__
Função: ____________________
Assinatura:__________________
3.3 Numeração do documento
O padrão para a numeração dos documentos é apresentado no Formulário CD 01
(campo 01), além da numeração deverão ser preenchidos todos os campos do cabeçalho
sendo este modelo utilizado para todos os tipos de padrões.
3.4 Distribuição
No caso de exclusão de documentos, o responsável pela documentação do SGA
(Setor Socioambiental) elimina as cópias físicas daquele documento nos setores e
verifica se há alterações em outros documentos que referenciem o documento excluído,
num prazo de 2 dias úteis, sendo este documento retirado da lista mestra. O documento
original é arquivado no Setor Socioambiental e as cópias entregues nos setores
definidos.
3.5 Arquivamento
Os documentos originais são arquivados na pasta de documentos datados, em
ordem sequencial alfanumérica.
4 RESPONSABILIDADES
O Quadro 1 apresenta os responsáveis pelo controle, elaboração e substituição
dos documentos.
PROCEDIMENTO DE CONTROLE E
ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS
PA - 05
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 03 de 06
Elaborador(s): Aprovação:
Data:__/__/__
Função: ____________________
Assinatura:__________________
Quadro 1 – Responsáveis pelo controle e elaboração de documentos
ATIVIDADE RESPONSABILIDADE
Identificação da necessidade de elaboração ou
revisão do padrão
Supervisor de setor e Setor
Socioambiental
Elaboração do esboço do documento Supervisor de setor e Setor
Socioambiental
Numeração do documento Setor Socioambiental
Distribuição Setor Socioambiental
Arquivamento Setor Socioambiental
5 REGISTROS
O Documento inicial é registrado e incluído na Lista Mestra de Documentos
conforme as instruções do Formulário CD 01. Já para os documentos que são revisados
devem ser adicionados os seguintes dados no Formulário CD 02: Data da revisão e
número da revisão.
Formulário CD 01 – Padrão de procedimentos
Título do
procedimento
Data da revisão: Código: (1)
Data elaboração do
padrão:
Página:
Responsável pela execução do procedimento:
Objetivo do padrão:
Terminologia:
Documento de referência:
O quê (2) Onde/Quem (3) Quando/Como (4) Registro (5)
Anexos: (6)
Responsáveis pela elaboração do documento:
Data:
Função do responsável:
Assinatura: _____________________________________
PROCEDIMENTO DE CONTROLE E
ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS
PA - 05
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 04 de 06
Elaborador(s): Aprovação:
Data:__/__/__
Função: ____________________
Assinatura:__________________
Para o preenchimento do Formulário CD 01 são seguidas as instruções
apresentadas no Quadro 2.
Quadro 2 – Instruções de preenchimento.
Campo Instrução de preenchimento
(1) Identificar o número do procedimento
(2) Definir quais são as etapas do processo ou sistema
(3) Definir onde e quem executará cada etapa
(4) Definir quando e como cada etapa deverá ser executada
(5) Informar nas etapas onde forem aplicáveis os registros pertinentes
(6) Acrescentar os anexos necessários à complementação do procedimento
PROCEDIMENTO DE CONTROLE E
ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS
PA - 05
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 05 de 06
Elaborador(s): Aprovação:
Data:__/__/__
Função: ____________________
Assinatura:__________________
Formulário CD 02 – Lista mestra de documentos ou padrões.
LISTA MESTRA DE DOCUMENTOS DO SGA
Código Título
padrão
Depto.
Emitente
Data Nº da
revisão
Área
receptora
Nº de
cópias
Data Sistema
Registro Revisão Recebimento Devolução
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11)
PROCEDIMENTO DE CONTROLE E
ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS
PA - 05
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 06 de 06
O Quadro 3 apresenta as instruções que devem ser seguidas para o preenchimento do
Formulário CD 02.
Quadro 3 – Instruções de preenchimento para o Formulário CD 02.
Campo Instruções de preenchimento
(1) Colocar código do padrão
(2) Copiar título do padrão
(3) Colocar o departamento emissor
(4) Informar a data em que o padrão foi registrado
(5) Informar a data da revisão do padrão
(6) Informar o número de revisão no qual o padrão se encontra
(7) Listar as áreas em que devem receber o padrão
(8) Caso algum setor receba mais de uma cópia do padrão, deve-se registrar a
quantidade
(9) Definir data do recebimento do padrão pela área
(10) Definir data de devolução do padrão pela área
(11) Quando o documento faz parte do SGA ou Garantia da Qualidade
PROCEDIMENTO DE RESPOSTA A
SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA
PA - 06
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 01 de 05
1 OBJETIVO
Orientar a elaboração de procedimentos operacionais para identificar o potencial de
acidentes e situações de emergência, a fim de prevenir e mitigar os impactos ambientais.
2 REFERÊNCIA
Manual de Gestão Ambiental Guaracar Plus;
NBR ISO 14001:2004 - Sistemas de Gestão Ambiental – Especificação e diretrizes
para uso.
NBR ISO 14276:1999 – Programa de Brigada de Incêndio
3 TERMINOLOGIA
Situação de emergência: desvio da normalidade em atividades, podendo gerar outros
aspectos ambientais.
Brigada de Emergência: grupo organizado de pessoas que são especialmente capacitadas
para que possam atuar na prevenção, abandono da edificação, combate a um princípio de
incêndio, situação de emergência e prestar os primeiros socorros, dentro de uma área pré-
estabelecida.
Mitigar: reduzir, minimizar os riscos, reduzir os impactos, suavizando os danos tanto para o
meio ambiente como as pessoas.
PROCEDIMENTO DE RESPOSTA A
SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA
PA - 06
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 02 de 05
4 PROCEDIMENTOS
4.1 Detecção/Simulação de emergência
Ao detectar ocorrência de emergência, o supervisor do setor deverá ser comunicado
sobre a localização e a natureza da ocorrência. Sendo acionado em seguida o alarme a fim de
alertar todos os funcionários.
4.2 Ação
Analisada a gravidade do incidente deve ser acionada a brigada externa, caso contrário
ficará a cargo da Brigada de Emergência da empresa atender a situação de emergência, sendo
o grupo composto por 10 pessoas devido o porte da Guaracar Plus conforme estabelecido na
NBR 14276: 1999.
Caso seja necessário o abandono do local os funcionários deverão seguir as
orientações para a execução do abandono da área. Sendo que quando há vítimas no local o seu
resgate tem prioridade.
Os principais cenários de emergência possuem suas formas operacionais de combate,
mitigação e extinção, que deverão ser apresentadas no Plano de Ação e Emergência (PAE) da
Guaracar Plus adequado a emergências do tipo: incêndio, vazamento, derramamento e
transbordamento.
4.3 Combate extinção à emergência
O controle de emergência é transmitido por dois toques descontínuos do alarme. Após
o controle de emergência, é preenchido o Formulário CE 01 pelo coordenador de
emergências.
PROCEDIMENTO DE RESPOSTA A
SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA
PA - 06
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 03 de 05
5 RESPONSABILIDADES
As responsabilidades quanto a Resposta a Situações de Emergência na organização
serão conforme o Quadro 1.
Quadro 1 - Responsabilidades de cada atividade referente a Resposta a Situações de
Emergência.
ATIVIDADE RESPONSABILIDADE
Detecção/Simulação de Emergência Colaborador e Supervisor de setor
Ação Brigada de Emergência interna ou externa
Combate extinção a emergência Comitê de Emergência
6 REGISTROS
O Formulário CE 01 apresenta o relatório de emergência ambiental que deverá ser
preenchido pelo coordenador de emergências após o controle da situação.
PROCEDIMENTO DE RESPOSTA A
SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA
PA - 06
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 04 de 05
Formulário CE 01 – Relatório de emergência ambiental.
RELATÓRIO DE EMERGÊNCIA AMBIENTAL Nº
( ) Real ( ) Simulado
Início:________________ Término:________________ Turno: _________________
Área(s) envolvida(s):___________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Tipo: ( ) Incêndio ( ) Vazamento
( ) Explosão ( ) _______________________
Nível de Emergência: ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3
Vítimas: ( ) não ( ) sim Quantas:_____
Recursos Externos: ( ) Não
( ) Sim
Tipo:
( ) Corpo de Bombeiros ( ) Hospital ( ) _______________________
Descrição da Emergência: _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
PROCEDIMENTO DE RESPOSTA A
SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA
PA - 06
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 05 de 05
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES ADOTADAS (Brigada/Operacionais)
Nº Horário Ação
__________ _________ __________________________________________________
__________ _________ __________________________________________________
__________ _________ __________________________________________________
__________ _________ __________________________________________________
__________ _________ __________________________________________________
__________ _________ __________________________________________________
__________ _________ __________________________________________________
Causa(s) Provável(eis): ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
____/____/____ ___________________________ Coordenador de Emergências
ANÁLISE DA OCORRÊNCIA
Participantes: ( ) Segurança industrial Nome:_____________________
( ) Meio Ambiente _____________________
( ) ________________ _____________________
Recomendações/Conclusões:
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
____/____/____ ___________________________
Coordenador de Emergência
PROCEDIMENTO DE
TRATAMENTO DE NÃO-
CONFORMIDADE E
IMPLEMENTAÇÃO DE AÇÕES
CORRETIVAS E PREVENTIVAS
PA - 07
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 01 de 06
Elaborador(s): Aprovação:
Data:__/__/__
Função: ____________________
Assinatura:__________________
1 OBJETIVO
Este procedimento tem como objetivo verificar possíveis não conformidades de
uma atividade, suas causas e responsabilidade bem como sistematizar ações corretivas e
preventivas.
2 REFERÊNCIAS
Manual de Sistema de Gestão Ambiental Guaracar Plus;
NBR ISO 14001:2004 - Sistemas de Gestão Ambiental – Especificação e
diretrizes para uso;
NBR ISO 9001: 2008 - Sistemas de Gestão da Qualidade.
3 TERMINOLOGIA
RNC: Registro de não conformidade.
AC: Ações corretivas.
AP: Ação preventivas.
Não conformidade: divergência ou ausência de uma ou mais características ou
elementos nas atividades desenvolvidas.
Ação corretiva: ação tomada para eliminar as causas de não conformidade existente a
fim de prevenir repetição.
Ação preventiva: ação tomada com o intuito de evitar não conformidades.
PROCEDIMENTO DE
TRATAMENTO DE NÃO-
CONFORMIDADE E
IMPLEMENTAÇÃO DE AÇÕES
CORRETIVAS E PREVENTIVAS
PA - 07
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 02 de 06
Elaborador(s): Aprovação:
Data:__/__/__
Função: ____________________
Assinatura:__________________
4 PROCEDIMENTOS
4.1 Detecção das não conformidades
A não conformidade de uma atividade pode se detectada pelos auditores e
também por manifestações das partes interessadas. A partir da detecção é necessário
tomada de ações para cada caso específico, sendo esta ação responsabilidade do setor
atingido, para isso é realizado um RNC, descrevendo claramente a não conformidade
conforme Formulário RNC 01.
4.2 Classificação das não conformidades
Conforme a NBR ISO 19001 as não conformidades são classificadas em três
categorias, considerando a importância das características a serem verificadas. A
classificação de não conformidade especifica:
Crítica: quando impedem as atividades essenciais ou quando implicam riscos
para a vida humana e para o meio ambiente;
Maiores: quando não impedem as atividades essenciais, mas reduzem a sua
eficiência;
Menores: quando não alteram o desempenho e nem reduzem a eficiência das
atividades.
As não conformidades críticas e maiores não podem ser aceitas em nenhuma
circunstância, devendo sofrer ações corretivas e/ou preventivas, sendo as não
conformidades menores podendo ser aceita conforme implicações da política ambiental
da Guaracar Plus.
PROCEDIMENTO DE
TRATAMENTO DE NÃO-
CONFORMIDADE E
IMPLEMENTAÇÃO DE AÇÕES
CORRETIVAS E PREVENTIVAS
PA - 07
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 03 de 06
Elaborador(s): Aprovação:
Data:__/__/__
Função: ____________________
Assinatura:__________________
4.3 Causas das não conformidades
Controlando-se as causas menores é possível localizar com maior facilidade os
problemas e agir mais prontamente nos efeitos. Por isso é necessário descrever
claramente no RNC a identificação das causas.
Com a identificação das causas das não conformidades é possível determinar no
Formulário RNC 02 o plano de ação.
4.4 Implementar Ações Corretivas ou Ações Preventivas e acompanhar o
resultado
Todos os envolvidos acompanham a implementação das AC ou AP, avaliando os
resultados obtidos com a aplicação das ações determinadas no plano de ação, e através
dos resultados obtidos verificam se as ações foram eficazes ou não, caso afirmativo
registra-se as ações tomadas caso contrário deve-se formular um novo plano de ação. É
registrado no Formulário RNC 01 e Formulário RNC 02.
5 RESPONSABILIDADES
O Quadro 1 apresenta os responsáveis por cada etapa.
Quadro 1 – Responsáveis pela avaliação de conformidade legal da Guaracar Plus.
ATIVIDADE RESPONSABILIDADE
Detecção das não conformidades Supervisor de setor e Setor Socioambiental
Classificação das não conformidades Supervisor de setor e Setor Socioambiental
Causas das não conformidade Supervisor de setor e Setor Socioambiental
Acompanhamento dos resultados Supervisor de setor e Setor Socioambiental
PROCEDIMENTO DE
TRATAMENTO DE NÃO-
CONFORMIDADE E
IMPLEMENTAÇÃO DE AÇÕES
CORRETIVAS E PREVENTIVAS
PA - 07
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 04 de 06
Elaborador(s): Aprovação:
Data:__/__/__
Função: ____________________
Assinatura:__________________
6 REGISTROS
O Formulário RNC 01 e Formulário RNC 01 apresentam a sistemática para o
cadastro das não conformidades bem como o controle de solicitações de ação
corretiva/preventiva.
Formulário RNC 01 – Relatório de não conformidade
RELATÓRIO DE NÃO CONFORMIDADE RNC -
XXX
Emitente: Setor: Data:
Destinatário: Setor: Nº RNC:
( ) Ação corretiva ( ) Ação preventiva
DESCRIÇÃO DA NÃO CONFORMIDADE: Descrever detalhadamente o problema ou a não conformidade. Quando que ocorreu e
quem foi envolvido, onde, como e a razão do ocorrido. No caso de itens de controle, a
descrição deve possuir mais dados quantitativos descrevendo-se qual o resultado
numérico indesejado.
Ao descrever a não conformidade, o emitente, no caso o supervisor de setor, classifica
em ação corretiva ou preventiva e envia uma cópia para o responsável pela solução.
A abertura de RNCs não são obrigatórias para qualquer não conformidade.
DISPOSIÇÃO: Neste campo são definidas ações imediatas para a remoção do sintoma. O responsável
(Setor Socioambiental e supervisores) classifica a não conformidade quanto a
procedência e reincidência, respondendo também para quem a remoção do sintoma foi
delegada, definindo o prazo e o responsável pela implantação da disposição.
INVESTIGAÇÃO DA CAUSA: Para levantamento das causas da ocorrência o responsável pela solução vai preencher
este campo registrando fatos e dados relevantes sobre a ocorrência do problema e
avaliando o problema sob vários pontos de vista. Para isto, recomenda-se a análise do
problema no local da ocorrência, quando apropriado.
O responsável pela solução faz o levantamento das causas e preenche para identificar
claramente as causas da ocorrência de não conformidade, problema ou desvio no item
de controle.
PROCEDIMENTO DE
TRATAMENTO DE NÃO-
CONFORMIDADE E
IMPLEMENTAÇÃO DE AÇÕES
CORRETIVAS E PREVENTIVAS
PA - 07
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 05 de 06
Elaborador(s): Aprovação:
Data:__/__/__
Função: ____________________
Assinatura:__________________
AÇÃO CORRETIVA/PREVENTIVA: Detalhar a ação em forma de plano simplificado, definindo no mínimo como, quem e
quando, para sistematizar a implementação da solução e definido também o prazo
máximo para implantação. O responsável envia uma cópia para o emitente para
avaliação da eficácia da implantação após o vencimento do prazo.
IMPLEMENTAÇÃO DA AÇÃO CORRETIVA/PREVENTIVA: Conforme plano definido na etapa acima.
AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA: Após o vencimento do prazo de implantação, o emitente e/ou seu designado avalia a
eficácia da ações. Caso a ação tenha sido eficaz o supervisor de setor e/ou Setor
Socioambiental fecha o relatório preenchendo e assinando este campo do RNC. Após a
assinatura o responsável pela não conformidade envia uma cópia assinada para o
controle de documentos.
Caso a ação proposta seja considerada ineficaz, é aberta nova ação corretiva ou
preventiva como o mesmo número sendo identificada com o prefixo “R” (Reincidente).
O acompanhamento das AC e/ou AP é de responsabilidade dos emitentes; este
acompanhamento visa evidenciar a eficácia da ação proposta.
No caso de Auditorias Internas o acompanhamento da eficácia das ações propostas é
realizado no próximo ciclo de auditoria interna ou externa.
________________________
EMITENTE
PROCEDIMENTO DE
TRATAMENTO DE NÃO-
CONFORMIDADE E
IMPLEMENTAÇÃO DE AÇÕES
CORRETIVAS E PREVENTIVAS
PA - 07
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 06 de 06
Formulário RNC 02 - Controle de solicitação de ações corretiva/preventiva.
CONTROLE DE SOLICITAÇÃO DE AÇÕES CORRETIVA/PREVENTIVA
Número Data de
abertura Depto.
Envolvido
NÃO-
CONFORMIDADE Não-conformidade
Prazo para
implantação
Prazo
para
eficácia
Número
da nova
AC
aberta
Data de
encerramento
Real Potencial
PROCEDIMENTO DE CONTROLE
DE REGISTROS
PA - 08
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 01 de 03
1 OBJETIVO
Estabelecer sistemática para o processo de identificação, coleta, acesso,
arquivamento/armazenamento, manutenção e disposição de registro do SGA sendo aplicável
tanto para registros de origem internas como externas.
2 REFERÊNCIAS
Manual de Gestão Ambiental da organização;
NBR ISO 14001:2004 - Sistemas de Gestão Ambiental – Especificação e diretrizes
para uso;
NBR ISO 14004: 1996 - Sistemas de Gestão Ambiental – Diretrizes gerais sobre
princípios, sistemas e técnicas de apoio.
3 TERMINOLOGIA
Registros: evidências objetivas que permitem demonstrar conformidade com os requisitos
especificados e a efetiva operação do SGA.
SGA: Sistema de Gestão Ambiental.
4 PROCEDIMENTOS
4.1 Elaboração
Os registros com dados da gestão ambiental; treinamentos; críticas de partes
interessadas; ações e programas implantados são realizados através do preenchimento em
meio eletrônico de formulários. Sendo estes identificados por códigos que se constituem em
abreviações do título.
PROCEDIMENTO DE CONTROLE
DE REGISTROS
PA - 08
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 02 de 03
4.2 Inclusão
Após coleta destes registros nos departamentos geradores, os registros são ordenados
pelos requisitos da Norma ISO 14001. Posteriormente é realizada a inclusão na Lista Mestra
de Registros (Formulário CR 01).
4.3 Acesso
Todos os setores da Guaracar Plus receberão cópias da Lista Mestra de Registros,
podendo assim acessar qualquer registro mediante consulta e solicitação ao Setor
Socioambiental.
4.4 Atualização
O Setor Socioambiental é responsável pelo processo de identificação, coleta, inclusão
e a atualização dos registros como a sua disposição aos setores envolvidos com a ação descrita
no registro.
5 RESPONSABILIDADES
O Quadro 1 apresenta os responsáveis por cada etapa.
Quadro 1 – Responsáveis pela avaliação de conformidade legal da Guaracar Plus.
ATIVIDADE RESPONSABILIDADE
Elaboração Setor gerador
Inclusão Setor gerador
Acesso Setor interessado
Atualização Setor Socioambiental
PROCEDIMENTO DE CONTROLE
DE REGISTROS
PA - 08
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 03 de 03
6 REGISTROS
O Formulário CR 01 apresenta a Lista Mestra de registro para a realização do controle
dos registros do SGA.
Formulário CR 01 – Lista Mestra de Registros.
LISTA MESTRA DE RESGISTROS
Título Código Data Inclusão Setor Doc. De
referência
PROCEDIMENTO DE AUDITORIA
INTERNA
PA - 09
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 01 de 10
Elaborador(s): Aprovação:
Data:__/__/__
Função: ____________________
Assinatura:__________________
1 OBJETIVO
Analisar o SGA em intervalos de 6 meses a fim de assegurar a sua continuidade,
adequação, pertinência e eficácia. Como também avaliar oportunidades de melhoria e a
necessidade de alterações no SGA.
2 REFERÊNCIAS
Manual de Sistema de Gestão Ambiental Guaracar Plus;
NBR ISO 14010:2004 - Sistemas de Gestão Ambiental – Especificação e
diretrizes para uso;
NBR ISO 14011:2001 - Auditoria de Sistemas de Gestão Ambiental -
Procedimentos e diretrizes para auditoria ambiental.
3 TERMINOLOGIA
Auditoria: processo de verificação da eficácia do SGA.
Auditores: responsáveis pela execução da auditoria.
Auditado: responsável por acompanhar os membros de auditoria, que conheça os
aspectos ambientais e outros requisitos apropriados do setor.
Auditor líder: responsável pelo gerenciamento dos trabalhos de auditoria.
RNC: Relatório de não conformidades.
SGA: Sistema de Gestão Ambiental
PROCEDIMENTO DE AUDITORIA
INTERNA
PA - 09
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 02 de 10
Elaborador(s): Aprovação:
Data:__/__/__
Função: ____________________
Assinatura:__________________
4 PROCEDIMENTOS
4.1 Notificação da auditoria
As auditorias internas são estabelecidas no início do ano no Plano Anual de
Auditorias Internas (Formulário AI 01), sendo que o setor ou atividade a ser auditada
deve ser notificado sobre a auditoria interna com duas semanas de antecedência.
4.2 Capacitação de auditores
Para a realização da auditoria, os auditores devem possuir os requisitos mínimos
apresentados no Quadro 1.
Quadro 1 – Descrição de perfil mínimo de Auditores do SGA.
Auditor Auditor Líder
- Concluído no mínimo o segundo grau
completo;
- Participado de treinamento de Formação
de Auditores Internos de SGA (ministrado
internamente ou externamente à empresa)
com conteúdo programático que cubra os
temas: Requisitos Legais e Outros
Requisitos, Conceitos Básicos de Sistema
de Gestão, Norma ABNT ISO 14001 e
Técnicas de Auditoria.
- Atender aos requisitos exigidos para a
função de Auditor, ao lado especificados;
- Participar de, pelo menos, dois ciclos de
auditoria.
Os Auditores mantém suas qualificações participando de ao menos um ciclo completo
de auditoria no período de dois anos ou atendendo o treinamento prático interno, que
prevê a participação em um ciclo de auditoria interna no SGA da empresa, na
qualidade de Auditor em Treinamento.
PROCEDIMENTO DE AUDITORIA
INTERNA
PA - 09
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 03 de 10
Elaborador(s): Aprovação:
Data:__/__/__
Função: ____________________
Assinatura:__________________
4.3 Planejamento das auditorias
No início do ano o Setor Socioambiental elaborará o cronograma de auditorias
das áreas a serem auditadas, assegurando que todos os requisitos da Norma ISO 14001
aplicáveis estejam cobertos durante o período de 6 meses. Caso isso não aconteça
poderão ser agendadas auditorias extras, não previstas no Plano Anual de Auditorias
Internas.
O Plano Anual de Auditorias é estabelecido pelo Formulário AI 01.
4.4 Preparação da auditoria
É definida a equipe de auditores, incluindo a escolha de um auditor líder. A
escolha dos auditores assegura que estes sejam independentes daqueles que tem
responsabilidade direta pela atividade a ser auditada.
O Setor Socioambiental juntamente com o auditor líder, define a programação
da auditoria. Esta programação é repassada para o supervisor do setor a ser auditado. O
auditor líder faz um levantamento dos relatórios de não conformidades (RNC) que
necessitam ser fechados na área a ser auditada.
O Formulário AI 02 apresenta os itens a serem preenchidos para a Programação
de Auditoria.
4.5 Execução da auditoria
Primeiramente é realizado a Reunião de Abertura, conduzida pelo auditor líder, a
fim de estabelecer um clima propício; esclarecer o objetivo da auditoria; apresentar as
pessoas envolvidas e por fim a apresentação da programação da auditoria. Esta reunião
deve ser realizada com a presença dos supervisores de cada setor auditado.
PROCEDIMENTO DE AUDITORIA
INTERNA
PA - 09
Revisão 1
Elaborador
NOME – Coord. SGA
Aprovador
NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 04 de 10
Elaborador(s): Aprovação:
Data:__/__/__
Função: ____________________
Assinatura:__________________
Após a realização da reunião de abertura iniciam-se as auditorias nas áreas,
durante a realização da auditoria, a equipe auditora segue as seguintes orientações.
1. Verificar sempre a conformidade do sistema: procedimento x prática;
2. Fazer anotações precisas, registrando as evidências objetivas e as não
conformidades encontradas e o item da norma ISO 14001 que está relacionado à
não-conformidade encontrada;
3. Não deixar dúvida quanto à existência da não conformidade, junto ao auditado;
4. A auditoria interna não poderá ser conduzida sem a presença de representante da
área;
5. Ao final da auditoria, o auditor líder se reúne com a equipe de auditores para
apontar as não conformidades encontradas, abrindo os RNC correspondentes.
O registro da auditoria interna deve ser realizado conforme o Formulário AI 03.
4.6 Definição e implementação de ações corretivas
Busca-se as causas das não conformidades encontradas e se estabelece ações
corretivas necessárias, registrando-as no Relatório de Não conformidade (RNC),
conforme sistema de Tratamento de Ações Corretivas e Preventivas. O registro é
realizado conforme o Formulário AI 04.
4.7 Acompanhamento das ações corretivas
É avaliada a eficácia das ações corretivas na próxima auditoria interna realizada,
ou através de auditorias extras. O auditor verifica a eficácia da ação corretiva
implantada e registra o resultado no campo especifico do RNC. Caso a ação não seja
eficaz o auditor define uma nova ação corretiva.
PROCEDIMENTO DE AUDITORIA
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PA - 09
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NOME – Coord. SGA
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NOME - Diretor
Data: 13/06/2013
Página: 05 de 10
Elaborador(s): Aprovação:
Data:__/__/__
Função: ____________________
Assinatura:__________________
4.8 Relato para a Alta Administração
O registro da auditoria interna que aponta as conformidades e não conformidade
do SGA é apresentada nas reuniões de análise crítica do SGA.
5 RESPONSABILIDADES
O Quadro 2 apresenta os responsáveis por cada etapa do procedimento de
auditoria interna da Guaracar Plus.
Quadro 2 – Responsáveis pela avaliação de conformidade legal da Guaracar Plus.
ATIVIDADE RESPONSABILIDADE
Notificação da auditoria Setor Socioambiental
Capacitação de Auditores Setor Socioambiental
Planejamento das Auditorias Setor Socioambiental
Preparação da auditoria Setor Socioambiental
Execução da Auditoria Auditor líder e auditores
Definição e implantação da ação corretiva Supervisor de setor auditado e Setor
Socioambiental
Acompanhamento das ações corretivas Auditor líder
Relato para Alta Administração Setor Socioambiental
PROCEDIMENTO DE AUDITORIA
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Data: 13/06/2013
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Elaborador(s): Aprovação:
Data:__/__/__
Função: ____________________
Assinatura:__________________
6 REGISTROS
Formulário AI 01 – Plano anual de auditorias internas.
PLANO ANUAL DE AUDITORIAS INTERNAS
Área auditada Ano
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
PROCEDIMENTO DE AUDITORIA
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Elaborador(s): Aprovação:
Data:__/__/__
Função: ____________________
Assinatura:__________________
Formulário AI 02 – Programação de auditorias internas.
PROGRAMAÇÃO DE AUDITORIAS INTERNAS
Reunião de abertura Reunião de encerramento
Data: Data:
Horário: Horário:
Auditor Líder: Auditores:
Área/setor Data Hora 4.2 4.3 4.3.2 4.3.3 4.3.4 4.4.1 4.4.2 4.4.3 4.4.4 4.4.5 4.4.6 4.4.7 4.5.1 4.5.2 4.5.3 4.5.4 4.6
Início Fim
PROCEDIMENTO DE AUDITORIA
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Data:__/__/__
Função: ____________________
Assinatura:__________________
Legenda:
Requisitos da Norma ISO 14001 utilizados na auditoria:
4.2 Política Ambiental
4.3.1 Aspectos Ambientais
4.3.2 Requisitos legais e outros
4.3.3 Objetivos, metas e programa(s)
4.4.1 Recursos, funções, responsabilidades e autoridades
4.4.2 Competência, treinamento e conscientização
4.4.3 Comunicação
4.4.4 Documentação
4.4.5 Controle de documentos
4.4.6 Controle operacional
4.4.7 Preparação e resposta à emergências
4.5.1 Monitoramento e medição
4.5.2 Avaliação do atendimento a requisitos legais e outros
4.5.3 Não conformidade, ação corretiva e ação preventiva
4.5.4 Controle de registros
4.6 Auditoria interna
PROCEDIMENTO DE AUDITORIA
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Elaborador(s): Aprovação:
Data:__/__/__
Função: ____________________
Assinatura:__________________
Formulário AI 03 – Relatório de auditoria interna.
RELATÓRIO DE AUDITORIA RA - XX
Área auditada: Data:
Auditores:
REQUISITOS AUDITADOS
Requisito 4.2 4.3 4.3.2 4.3.3 4.3.4 4.4.1 4.4.2 4.4.3 4.4.4 4.4.5 4.4.6 4.4.7 4.5.1 4.5.2 4.5.3 4.5.4 4.6
Prazo estabelecido para definição das ações corretivas:
NÃO CONFORMIDADES DETECTADAS
Requisito Evidência objetiva Não conformidade
(1) Descrever claramente as evidências que sustentam a
abertura de não conformidade. Em qual requisito da
norma fundamenta-se a não conformidade.
Descrever qual requisito ou procedimento não está sendo executado
conforme a norma ISO 14001 ou procedimento relacionado.
Iniciar a descrição usando a palavra “NÃO”.
_________________________________
Auditor Líder
________________________________
Responsável pela área auditada
PROCEDIMENTO DE AUDITORIA
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Formulário AI 04 – Relatório de não conformidade.
RELATÓRIO DE NÃO CONFORMIDADE RNC - XX
Emitente: Setor: Data:
Destinatário: Setor: Nº RNC:
( ) AÇÃO CORRETIVA ( ) AÇÃO PREVENTIVA
DESCRIÇÃO DA NÃO CONFORMIDADE:
Descrever detalhadamente o problema ou a não conformidade. Quando ocorreu e quem foi
envolvido, onde, como e a razão do ocorrido. No caso de itens de controle, a descrição
deve possuir mais dados quantitativos descrevendo-se qual o resultado numérico
indesejado.
Ao descrever a não conformidade, o emitente, no caso o supervisor de setor, classifica em
ação corretiva ou preventiva e envia uma cópia para o responsável pela solução.
DISPOSIÇÃO: Neste campo são definidas ações imediatas para a remoção do sintoma. O responsável
(Setor Socioambiental e supervisores) classificam a não conformidade quanto a
procedência e reincidência, definindo o prazo e o responsável pela implantação da
disposição.
INVESTIGAÇÃO DA CAUSA: Para levantamento das causas da ocorrência o responsável pela solução vai preencher este
campo registrando fatos e dados relevantes sobre a ocorrência do problema e avaliando o
problema sob vários pontos de vista.
O responsável pela solução faz o levantamento para identificar claramente as causas da
ocorrência de não conformidade, problema ou desvio no item de controle.
AÇÃO CORRETIVA/PREVENTIVA: Detalhar a ação em forma simplificada, definindo como, quem e quando, para sistematizar
a implementação da solução e definido também o prazo máximo para implantação. O
responsável envia uma cópia para o emitente para avaliação da eficácia da implantação
após o vencimento do prazo.
IMPLEMENTAÇÃO DA AÇÃO CORRETIVA/PREVENTIVA: Conforme plano definido na etapa acima.
AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA:
Após o vencimento do prazo de implantação, o emitente avalia a eficácia das ações. Caso a
ação tenha sido eficaz o supervisor de setor e/ou Setor Socioambiental fecha o relatório
preenchendo e assinando este campo do RNC. Após a assinatura o responsável pela não
conformidade envia uma cópia assinada para o controle de documentos.
Caso a ação proposta seja considerada ineficaz, é aberta nova ação corretiva ou preventiva
como o mesmo número sendo identificada com o prefixo “R” (Reincidente).
___________________
Emitente
PLANO DE GERENCIAMENTO DE
RESÍDUOS SÓLIDOS
IA - 01
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Página: 01 de 09
1 Objetivo
Implementar um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos para a Guaracar Plus
abrangendo todos os setores envolvidos, a fim de realizar a correta segregação dos mesmos
evitando dessa forma a contaminação dos demais, além de evitar a geração de impactos ao
meio ambiente.
2 REFERÊNCIAS
NBR 10004/2004: Dispõe sobre a classificação dos resíduos sólidos;
NBR 12235/87: Armazenamento de resíduos sólidos perigosos;
NBR 11174/89: Armazenamento de Resíduos Classe II A e II B;
Lei Federal 12.305/2010: Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo
sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas
à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos;
Resolução CONAMA nº 275/2001: Estabele o código de cores para os diferentes tipos
de resíduos
3 MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
3.1 Segregação
Consiste na operação de separação dos resíduos por classe, conforme a norma ABNT
NBR 10004, identificando-os no momento de sua geração, buscando formas de acondicioná-
los adequadamente, conforme a NBR 11174/89 (resíduos classe II A e II B) e NBR 12235/87
(resíduos classe I), e a melhor alternativa de armazenamento temporário e destinação final.
A segregação dos resíduos tem como finalidade evitar a mistura daqueles
incompatíveis, visando garantir a possibilidade de reutilização, reciclagem e a segurança no
manuseio, bem como possibilitar o reaproveitamento dos mesmos.
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Elaborador(s): Aprovação:
Data:__/__/__
Função: ____________________
Assinatura:__________________
Dessa forma, a segregação é um passo à reciclagem e reuso de resíduos, que deve ser
facilitada e expandida para reduzir o consumo de matéria-prima, recursos naturais não-
renováveis, água e energia e consequentemente, custos à empresa com a sua disposição.
A segregação proposta a Guaracar Plus de acordo com a sua geração está dividida em:
Azul: Papel/Papelão. Papel/papelão que envolve as peças dos automóveis e papeis gerados no
setor administrativo.
Vermelho: Plástico. Copos, garrafas pet, embalagens que envolvem as peças.
Amarelo: Metal, gerados nos setores da funilaria e oficina, sendo estes: abraçadeira, disco de
corte, serrinha, chapas, ferragens, arames, fios de cobre, parafusos e latas sem contaminação
por óleo, graxa, tinta, etc.
Laranja: Resíduos perigosos, provenientes da funilaria e oficina. Como por exemplo
papel/papelão, plásticos, estopas e metal contaminados com óleo, graxa ou tinta, EPI’s
usados, resíduo de varrição, estopa entre outros. Marrom: Resíduo orgânico, como restos de comida, guardanapo e resíduos de banheiro
como papel higiênico.
Cinza: Não reciclável. Resíduos diversos que não se encaixam nas demais classificações.
Verde: Vidro. Para-brisas, retrovisores.
Os recipientes para armazenamento dos resíduos deverão ser identificados e
adequados em cores, conforme Resolução CONAMA 275/01. De acordo com o que é
demonstrado na Figura 1.
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Figura 1 – Cor específica conforme sua classificação.
3.2 Acondicionamento
A partir do levantamento realizado, foi possível analisar as quantidades geradas em
cada um dos setores e selecionar a melhor forma de acondicionamento destes resíduos,
conforme suas necessidades. Como a geração das diferentes classificações de resíduos não
ocorre de forma uniforme, cada setor e resíduo necessitará de um acondicionamento
específico conforme a sua necessidade levantada. A seguir são apresentados os recipientes
adequados ao armazenamento dos resíduos para os setores da funilaria, oficina, lavagem,
administrativo e vendas.
Para o estabelecimento das capacidades dos recipientes foi levado em consideração que
os resíduos permaneceriam no setor por aproximadamente 3 dias, sendo que este valor poderá
variar conforme a geração dos mesmos.
Salientando que as fotos são apenas para ilustrar o tamanho do recipiente para
acondicionamento dos resíduos.
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3.2.1 Funilaria
O setor da funilaria possui grande geração de resíduos contaminados, sendo necessário
desta forma recipientes com capacidade de 700 litros. Para os resíduos de papel/papelão e
plástico o ideal são recipientes com capacidade de 360 litros e para os resíduos orgânicos, não
recicláveis, metal e vidro são necessários recipientes com 120 litros. As Figura 2, 3 e 4
ilustram os recipiente com esta capacidade.
Figura 2 – Recipiente ideal para Resíduos Contaminados com capacidade de 700 litros.
Fonte: e-marka
Figura 3 – Recipiente ideal para Resíduos de Papel/Papelão e plástico, com capacidade de 360
Litros.
Fonte: e-marka
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Elaborador(s): Aprovação:
Data:__/__/__
Função: ____________________
Assinatura:__________________
Figura 4 – Recipiente ideal para Resíduos orgânicos, não recicláveis, metal e vidro, com
capacidade de 120 Litros.
Fonte: e-marka
3.2.2 Lavagem
A partir do levantamento, foi possível concluir que para o acondicionamento dos
resíduos de papel/papelão, plástico e resíduo contaminado gerados no setor da lavagem é
necessário recipientes com capacidade de 120 litros. Como ilustra a Figura 5.
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Página: 06 de 09
Figura 5 – Recipiente ideal para o setor de lavagem.
Fonte: e-marka
3.2.3 Oficina
Para os resíduos gerados na oficina serão necessários recipientes com capacidades de
700 e 120 litros conforme apresentado nas Figuras 6 e 7.
Figura 6 – Recipiente ideal para Resíduos de papel/papelão e plástico com capacidade de 700
litros.
Fonte: e-marka
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Elaborador(s): Aprovação:
Data:__/__/__
Função: ____________________
Assinatura:__________________
Figura 7 – Recipiente ideal para Borracha, filtro de ar, embalagem de óleo lubrificante e
resíduo contaminado, com capacidade de 120 Litros.
Fonte: e-marka
3.2.4 Administrativo e vendas
Para o setor administrativo será necessário recipientes de 25 litros sendo um destinado
para o acondicionamento de papel/papelão e o outro para plástico. A Figura 8 apresente o
recipiente ideal para os setores administrativo e vendas.
Figura 8 – Recipiente ideal para o setor administrativo e vendas com capacidade de 25 litros.
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3.3 Armazenamento
A Guaracar Plus contém um local específico para o armazenamento temporário desses
resíduos, onde os resíduos são encaminhados quando excedem a capacidade do recipiente
existente no setor. Algumas mudanças deverão ser realizadas buscando a segurança e proteção
ambiental, conforme citado abaixo.
Impermeabilização do piso;
Drenagem de líquidos percolados e derramamentos acidentais;
Isolamento e sinalização;
Os tambores devem ser rotulados e apresentar bom estado de conservação, de modo a
possibilitar uma rápida identificação dos resíduos armazenados.
3.4 Estratégia de minimização
3.4.1 Prevenção, redução e reutilização
A capacitação e treinamento dos funcionários quanto a separação adequada dos
resíduos evitará a contaminação daqueles que podem ser reciclados, diminuindo desta forma a
geração de resíduos perigosos.
Já os resíduos perigosos, como embalagens de tinta, primer, solventes, podem ser
reutilizadas pelas próprias empresas fornecedoras através de uma parceria aplicando a
logística reversa, que nada mais é que a devolução das latas para o seu reaproveitamento.
Sistema esse que é realizado com as embalagens de óleo lubrificante.
3.4.2 Reciclagem
Os resíduos que não poderão ser reduzidos ou reutilizados durante o processo e que
tenham potencial de reciclagem serão vendidos a empresas recicladoras.
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Data:__/__/__
Função: ____________________
Assinatura:__________________
3.5 Estratégias de gerenciamentos dos resíduos
A seguir algumas medidas adotadas para o sucesso implantação do Gerenciamento dos
Resíduos Sólidos:
a) Entendimento e comprometimento da Direção;
b) Treinamento para sensibilização/conscientização dos funcionários;
c) Elaboração de palestras educativas e segurança do trabalho;
d) Registro do gerenciamento dos resíduos;
e) Monitoramento do gerenciamento
3.6 Registros
Os registros devem ser realizados conforme Formulário GRS 01, onde são apresentados os
resíduos gerados, quantidade e sua destinação.
Formulário GRS 01 – Registro resíduos gerados.
RESÍDUO
Destinação final
Data de
entrega
Quantidade
total (kg)
Destino final