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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
AS ETAPAS DA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO
AMBIENTAL, CONFORME ABNT
ISO 14001: 2004, NA EMPRESA RODRIGUES & ALVES
Por: Danielle Rodrigues Pinto
Orientador
Professor: Jorge Tadeu Vieira Lourenço
Rio de Janeiro
2012
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
AS ETAPAS DA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO
AMBIENTAL, CONFORME ABNT
ISO 14001: 2004, NA EMPRESA RODRIGUES & ALVES
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestor de Sistemas
Integrados em QSMS (Qualidade, Segurança, Meio
Ambiente e Saúde).
Por: Danielle Rodrigues Pinto.
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AGRADECIMENTOS
À realização deste trabalho devo minha gratidão:
À minha querida e amada mãe Dora, por estar sempre tão presente na minha vida e me ajudar a chegar até aqui;
À minha família do coração Alves da Silva por toda ajuda e força sempre
dadas, e por estar sempre perto, mesmo que longe;
Ao meu amigo de fé, meu irmão camarada, Hudson;
- Às minhas companheiras do curso, que estiveram ao meu lado durante toda a Pós: Lívia Neves e Mariana Magaldi.
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos
grandes e eternos amores da
minha vida: minha mãe Dora
Rodrigues e Juliano da Silva.
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RESUMO
Este estudo tem por objetivo descrever as etapas para implantação do Sistema
de Gestão Ambiental, de acordo com a Norma ABNT ISO 14001: 2004
(Sistema de gestão ambiental – Requisitos com orientações para uso), de
maneira clara e resumida, na empresa Rodrigues & Alves. Os dados foram
obtidos através de pesquisas e análise de documentos. Concluiu-se ao final do
estudo que, todas as etapas devem ser estudadas anteriormente à
implantação do SGA e todos os requisitos muito bem claros para entendimento
de todos e devidamente implantados para geração de bons resultados, de
acordo com a conformidade dos requisitos definidos pela norma.
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METODOLOGIA
O método utilizado foi pesquisa bibliográfica. As linhas de pesquisa
foram direcionadas para livros, trabalhos monográficos, revistas e algumas
normas da ABNT, com destaque para a norma ABNT NBR ISO 14001: 2004.
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SIGLAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
ISO – International Organization for Standardization
NBR – Norma Brasileira Técnica
SGA - Sistema de Gestão Ambiental
SGI – Sistema de Gestão Integrada
RD – Representante da Administração
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SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO 09
2- SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL 13
3- A RODRIGUES & ALVES 15
4- A RODRIGUES & ALVES E OS REQUISITOS MÍNIMOS DE MEIO
AMBIENTE 17
5- A NORMA ABNT NBR ISO 14001: 2004 – SISTEMAS DA GESTÃO
AMBIENTAL – REQUISITOS COM ORIENTAÇÕES PARA USO 18
6- REQUISITOS PARA IMPLANTAÇÃO DA NORMA ABNT NBR ISO
14001: 2004 20
7- CONCLUSÃO 36
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INTRODUÇÃO
Atualmente, nós vivemos em uma sociedade que possui um mercado
constantemente inovador e a forma de vida está apontada para o consumo
inconsciente. Por ser um mercado com tecnologias sempre renovadas, existe
um ciclo na substituição das tecnologias antigas pelas atuais.
O ato de consumir passou a ser um hábito comum no dia a dia do homem, e a
relação dos homens dentro da sociedade passou a ser julgado através de seu
nível de consumo, como se o ideal fosse ser capaz de acumular a maior
quantidade de bens materiais possíveis, sinalizando sua prosperidade.
Segundo TAUK et al. (1995. p. 50), os padrões das relações sociais não
podem permitir que a sua perfeição, ou alta qualidade, seja maior do que a
capacidade de suporte que os recursos do planeta podem oferecer. É
necessário que os seres humanos se identifiquem com um mundo que é
formado por milhares de componentes interdependentes, e que
constantemente estão ameaçados pelos indivíduos. Indivíduo este que
desenvolve um mecanismo de defesa para esta realidade criando um
confortável estado de alienação.
A cada década, o quadro ambiental torna-se mais preocupante, caracterizado
pela perda da biodiversidade, destruição da camada de ozônio, geração
excessiva de resíduos sólidos e poluição do ar, do solo e da água, em
decorrência da ação acumulativa de toda a população e do crescimento das
atividades industriais, que buscam atender uma interminável demanda de
consumidores (AZEVEDO, 2004). A poluição ambiental sempre existiu, porém,
foi à partir da Revolução Industrial, em meados do século XVIII, que o efeito
das atividades humanas sobre o Meio Ambiente aumentou significativamente,
como consequência da Industrialização, Urbanização e Capitalismo.
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Além da utilização intensiva dos recursos naturais, os rejeitos dos processos
produtivos lançados no meio ambiente resultaram no acúmulo de poluentes
acima da sua capacidade de absorção, gerando a poluição. Essa passa de
uma dimensão local – degradação dos corpos hídricos, dos solos e da
qualidade do ar – para uma dimensão regional e global – aquecimento global.
Esses efeitos negativos sobre o meio ambiente são resultados de decisões e
ações passadas, sugerindo uma interdependência temporal, revelando um
processo de mudanças contínuas e evidenciando incertezas em relação ao
conhecimento dos impactos ambientais resultantes do crescimento econômico
(MAY, 2003, p. 155).
Na década de setenta surgiram alguns textos referindo-se ao meio ambiente,
porém, na década de oitenta, o avanço foi maior, com o marco na Constituição
Federal de 1988, que diz no capítulo VI, que se refere ao Meio Ambiente. O
Art. 225 diz que: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá-lo para a presente e futuras gerações.
Já em 1981, a Lei de Política Nacional do Meio Ambiente, previu uma série de
medidas administrativas com a finalidade de prevenir, reprimir e reparar danos
ambientais. Uma das medidas preventivas é o licenciamento ambiental,
previsto para as atividades que potencialmente trazem riscos ao meio
ambiente, e tem como finalidade a prevenção de danos ao meio ambiente.
(REVISTA ELETRÔNICA DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL, 2008).
À medida que a população e o consumo aumentam, a questão ambiental exige
soluções novas e cada vez mais influencia o planejamento e a tomada de
decisão. Nas três últimas décadas, verificamos um aumento significativo de
conscientização em relação ao meio ambiente. Sociedade, governo e
empresas iniciaram uma importante discussão sobre os caminhos do
crescimento e, em 1987, foi apresentado um novo conceito, elaborado pela
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Comissão Brundtland: o Desenvolvimento Sustentável. Este conceito foi
amplamente divulgado após a Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento de 1992, a Rio-92, e, de forma muito resumida, é
a proposta de desenvolvimento que busca conciliar os aspectos econômicos,
sociais e ambientais. (Manual de Indicadores Ambientais – Sebrae RJ/Firjan,
2008, p.04).
Na definição da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável: “A humanidade é capaz de tornar o desenvolvimento sustentável
de garantir que ele atenda às necessidades do presente sem comprometer a
capacidade de as gerações futuras atenderem também às suas.” (COMISSÃO
MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO
SIUSTENTÁVEL, 1991).
A questão ambiental, no Brasil e no mundo, tornou-se um tema amplamente
debatido em todos os meios, em vista da crescente degradação ambiental
existente e pelo fato de que um ambiente em equilíbrio reflete na qualidade de
vida dos povos.
Porém, um dos últimos grupos que passou a esforçar-se e lutar pela
preservação ambiental foi o setor empresarial. E isso só aconteceu devido à
exigência das leis mais rígidas que começaram a surgir e exigir adequação aos
processos industriais com tecnologias mais limpas, além de seus clientes, que
também passaram requerer o atendimento à legislação.
Com o crescimento das atividades industriais, há uma maior geração de
poluentes e resíduos e essa maior demanda de produtos e serviços
consequentemente força o desenvolvimento de novas tecnologias, visando a
preocupação com o meio ambiente.
E, como o mercado está muito competitivo, as empresas estão em grande
evidência com relação à questão ambiental, sofrendo pressões por parte do
Governo, da comunidade e de seus clientes, à fim de tomar uma postura
ambientalmente correta com relação aos seus processos, geração de resíduos
e poluente e diminuição no consumo de matérias-primas. Portanto, se uma
empresa quer sobreviver, ela deve se ajustar a essa nova realidade, que
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implica constantes mudanças, que a princípio podem parecer um pouco
complicadas e custosas financeiramente, mas que trarão grandes benefícios e
ótima imagem para o mercado.
Um dos meios de gerenciamento ambiental mais difundido e de maior adoção
pelas empresas tem sido o Sistema de Gestão Ambiental, que segue as
Normas Internacionais da Série ISO 14000, abrangendo um conjunto de
normas ambientais não obrigatórias e de âmbito internacional possibilitando a
obtenção da certificação ambiental, porém esta só pode ser obtida por uma
empresa se a mesma implementar um Sistema de Gestão Ambiental (SGA),
que tem como finalidade a redução dos impactos ambientais gerados na
produção, transporte, uso e disposição final do produto.
Este estudo monográfico tem por objetivo descrever as etapas e compreender
o funcionamento destas para implantação do Sistema de Gestão Ambiental,
conforme ABNT ISO 14001: 2004 (Sistema de Gestão Ambiental – Requisitos
com orientações para uso), na empresa Rodrigues & Alves, devido à exigência
de um importante cliente: Dino Bahia.
Este encontra-se dividido em sete capítulos.
O primeiro capítulo é a inclusão da introdução do trabalho.
O segundo capítulo fala sobre o Sistema de Gestão Ambiental (SGA), onde é
desenvolvido e implementado a política ambiental e o gerenciamento dos
aspectos ambientais.
O terceiro capítulo faz um breve resumo sobre a Rodrigues & Alves, seus
produtos e serviços.
O quarto capítulo refere-se ao levantamento realizado pela Rodrigues & Alves
sobre os requisitos mínimos de meio ambiente que ela atende.
O quinto capítulo faz um resumo sobre a Norma ABNT ISO 14001: 2004 –
Sistemas da Gestão Ambiental – Requisitos com orientações para uso.
O sexto capítulo descreve todos os Requisitos para implantação da norma
ABNT NBR ISO 14001: 2004.
E, para finalizar, o sexto capítulo refere-se a conclusão do trabalho realizado.
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2. SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL
O ambiente da globalização econômica está impondo limites e determinações
à sobrevivência de empresas, grandes ou pequenas, em face da questão
ambiental e à consequente necessidade de conhecer e reavaliar, sob a nova
ótica, as diferentes atividades econômicas e, mais que isso, todo o ciclo de
vida dos seus produtos/serviços (ALMEIDA et al., 2000, p. 18).
A solução dos problemas ambientais, ou sua minimização, exige uma nova
atitude dos empresários e administradores, que devem passar a considerar o
meio ambiente em suas decisões e adotar concepções administrativas e
tecnológicas que contribuam para ampliar a capacidade de suporte do planeta.
Em outras palavras, espera-se que as empresas deixem de ser problemas e
façam parte das soluções (BARBIERI, 2007, p. 04).
Apesar disto, a maioria das empresas relutam em destinar recursos próprios
para pesquisa e desenvolvimento de alternativas economicamente viáveis que
objetivem aprimorar, modificar ou substituir, tanto processos como produtos.
Estas empresas ainda consideram prevenção ambiental como sendo mais um
custo a ser somado com os custos da remediação ambiental, o que são
obrigadas a realizar tanto por força de lei como por pressão dos seus clientes e
da opinião pública.
A adoção de tecnologias limpas possibilita que seja revertido um custo em
benefício. Ou seja, o que é visto como um problema para a indústria, como os
gastos para evitar emissões, que pode não ser economicamente viável,
transforma-se em uma vantagem como ganho no rendimento ou na
produtividade da indústria (LEITE, 2006, p. 13).
O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é a parte de um sistema de gestão de
uma organização utilizada para desenvolver e implementar sua política
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ambiental e para gerenciar seus aspectos ambientais [ABNT NBR ISO 14004:
2004, 3.9].
O Sistema de Gestão de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) é um
sistema baseado em duas normas: ISO 14001 e OHSAS 18001. A Norma ISO
14001 refere-se ao Sistema da Gestão Ambiental – Requisitos com
orientações para uso, e tem como objetivo especificar os requisitos relativos a
um sistema de gestão ambiental, permitindo a uma organização desenvolver e
implementar uma política e objetivos que levem em conta requisitos legais e
outros requisitos por ela subscritos e informações referentes aos aspectos
ambientais significativos. Aplica-se aos aspectos ambientais que a organização
identifica como aqueles que possa controlar e aqueles que possa influenciar
[ABNT NBR ISO 14001: 2004, 1]. Já a OHSAS 18001, que significa
Occupational Health and Safety Assessment Series, é uma especificação da
Série de Avaliação da Segurança e Saúde no Trabalho, que fornece os
requisitos para um Sistema de Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional
(SSO), permitindo a uma organização controlar seus riscos de acidentes e
doenças ocupacionais e melhorar seu desempenho. Ela não prescreve
critérios específicos de desempenho da Segurança e Saúde Ocupacional, nem
fornece especificações detalhadas para o projeto de um sistema de gestão
[BSI OHSAS 18001: 2007, 1].
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3. A RODRIGUES & ALVES
A Rodrigues & Alves é uma indústria de médio porte, com aproximadamente
300 empregados comportados em três pavimentos, situada na cidade do Rio
de Janeiro. Ela elabora desde o projeto, até a fabricação e serviços de pós-
venda, de válvulas esferas para a indústria de óleo e gás. Essas válvulas
esferas tem como finalidade bloquear rapidamente o fluxo de gases ou
líquidos, através de uma esfera com movimento rotativo, apoiada em duas
sedes. Sua aplicação é recomendada principalmente para serviços de bloqueio
em linhas de gases, líquidos e vapores. É também aplicável em equipamentos
submarinos até a profundidade de 2500m. Sua faixa de pressão é de até
15.000 psi, a temperatura até 65º C e o material é de aço inox inoxidável e aço
carbono.
A Rodrigues & Alves é uma empresa terceirizada (contratada) por uma
empresa multinacional. Essa multinacional é a Dino Bahia, uma empresa de
grande porte no ramo de exploração, produção, refino, comercialização e
transporte de petróleo e seus derivados no Brasil e no exterior.
Devido à grande quantidade de produção e serviços prestados, a Dino Bahia
tem a necessidade de utilizar mão de obra de terceiros. Ou seja, ela contrata
empresas que sejam compatíveis com suas necessidades, fornecendo bons
produtos e serviços, para auxiliá-la. Por ser uma empresa de grande porte e
multinacional, a Dino Bahia realiza semestralmente auditorias de SMS
(Segurança, Meio Ambiente e Saúde) no site das empresas que são
contratadas por ela, verificando atendimento aos requisitos solicitados, caso a
contratada não seja certificada nas normas ABNT NBR ISO 14001: 2004 –
Sistemas da Gestão Ambiental, SA 8000 – Responsabilidade Ambiental,
ABNT NBR ISO 16001: 2004 – Responsabilidade social, ABNT NBR ISO
18801: 2010 – Sistema de Gestão da segurança e saúde no trabalho ou ABNT
NBR ISO 26001: 2010 – Diretrizes sobre responsabilidade social.
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A Dino Bahia realiza a verificação dos requisitos das referidas normas. Caso
constate desvios, ela comunica à empresa e dá um prazo para que aquele
problema seja devidamente resolvido. Ela impõe algumas exigências, para que
haja um atendimento de requisitos mínimos, funcionando corretamente em
suas contratadas. Em sua última auditoria na Rodrigues & Alves, ela fez a
exigência da implantação da Norma ABNT NBR ISO 14001: 2004 – Sistemas
da Gestão Ambiental – Requisitos com orientações para uso.
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4. A RODRIGUES & ALVES E OS REQUISITOS MÍNIMOS DE MEIO
AMBIENTE
Foi realizado um levantamento, e, com relação ao Meio Ambiente, a Rodrigues
& Alves atende apenas alguns requisitos de legislação, educação e
treinamento do pessoal e gerenciamento de resíduos.
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5. A NORMA ABNT NBR ISO 14001: 2004 – SISTEMAS DA GESTÃO
AMBIENTAL – REQUISITOS COM ORIENTAÇÕES PARA USO.
Organizações de todos os tipos estão cada vez mais preocupadas com o
atingimento e demonstração de um desempenho ambiental correto, por meio
do controle dos impactos de suas atividades, produtos e serviços sobre o meio
ambiente, coerente com sua política e seus objetivos ambientais. Agem assim
dentro de um contexto de legislação cada vez mais exigente, do
desenvolvimento de políticas econômicas e outras medidas visando adotar a
proteção ao meio ambiente e de uma crescente preocupação expressa pelas
partes interessadas em relação às questões ambientais e ao desenvolvimento
sustentável.
Esta Norma especifica os requisitos para que um sistema de gestão ambiental
capacite uma organização a desenvolver e implementar política e objetivos
que levem em consideração requisitos legais e informações sobre aspectos
ambientais significativos. Pretende-se que se aplique a todos os tipos e portes
de organizações e para adequar-se a diferentes condições geográficas,
culturais e sociais. O sucesso do sistema depende do comprometimento de
todos os níveis e funções e especialmente da alta administração. Um sistema
deste tipo permite a uma organização desenvolver uma política ambiental,
estabelecer objetivos e processos para atingir os comprometimentos da
política, agir, conforme necessário, para melhorar seu desempenho e
demonstrar a conformidade do sistema com os requisitos desta Norma. A
finalidade geral desta Norma é equilibrar a proteção ambiental e a prevenção
de poluição com as necessidades socioeconômicas.
A ISO 14001: 2004 é baseada na metodologia conhecida como Plan-Do-
Check-Act (PDCA) / (Planejar-Executar-Verificar-Agir). O PDCA pode ser
brevemente descrito da seguinte forma:
Planejar: Estabelecer os objetivos e processos necessários para atingir os
resultados em concordância com a política ambiental da organização.
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Executar: Implementar os processos.
Verificar: Monitorar e medir os processos em conformidades com a política
ambiental, objetivos, metas, requisitos legais e outros, e relatar os resultados.
Agir: Agir para continuamente melhorar o desempenho do sistema da
gestão ambiental.
[ABNT NBR ISO 14001: 2004].
A Norma ISO 14001 foi desenvolvida para facilitar às empresas a detecção e o
gerenciamento dos riscos ambientais existentes dentro de seu site, e,
consequentemente, estejam constantemente comprometidas com a prevenção
da poluição e com a melhoria contínua.
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6. REQUISITOS PARA IMPLANTAÇÃO DA NORMA ABNT NBR ISO 14001:
2004
A ISO 14001 especifica os registros relativos a um sistema da gestão
ambiental, permitindo a uma organização desenvolver e implementar uma
política e objetivos que levem em conta os requisitos legais e outros requisitos
por ela subscritos e informações referentes aos aspectos ambientais
significativos. Aplica-se aos aspectos ambientais que a organização identifica
como aqueles que possa controlar e aqueles que possa influenciar. [ABNT
NBR ISO 14001: 2004].
6.1 Avaliação ambiental inicial
Antes de qualquer ação, deve ser realizado um levantamento de toda a
situação real com relação ao meio ambiente, na Rodrigues & Alves.
Este diagnóstico ambiental deve ser elaborado para que sejam traçadas as
ações a serem tomadas pela empresa. Nesta etapa, serão examinados o nível
de consciência dos funcionários com relação ao meio ambiente, o consumo de
matérias-primas, o descarte dos resíduos líquidos e sólidos gerados, a
utilização dos produtos químicos, o consumo de água e energia, etc.
Um check-list ou lista de verificação é uma ferramenta muito utilizada nessa
etapa, porque gera as respostas necessárias.
6.2 Definição do escopo do sistema de gestão ambiental
De acordo com a Norma, um escopo deverá ser definido e documentado,
conforme exigência do item 4.1 (Requisitos Gerais).
Na Rodrigues & Alves já havia um escopo definido para a Norma ABNT NBR
ISO 9001: 2008 – Sistemas de gestão da qualidade – Requisitos, e este
mesmo escopo foi utilizado para a ISO 14001.
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6.3 Definição da Política Ambiental
A alta administração deverá definir a política ambiental da Rodrigues & Alves e
assegurar que ela seja eficaz. Esta é, talvez, a parte mais importante de todas
as etapas do processo, porque é ela que direcionará as demais etapas.
A política ambiental deverá conter as diretrizes básicas para a definição e
revisão dos objetivos e metas ambientais da Organização. Ela deve ser
disseminada por toda a Organização, tanto nos setores de produção, como
nos setores administrativos, em todos os níveis e funções.
A política ambiental deverá estabelecer uma maneira de orientar a organização
com relação aos seus princípios e postura para com o meio ambiente.
O propósito maior é alcançar um comprometimento e uma política ambiental
definida para a organização.
Essa política deve estar difundida para toda a organização. Isso quer dizer que
a política deve estar propagada em todas as áreas de produção e
administração, e, em todos os níveis e funções existentes, desde a alta
administração até a produção.
Conforme item 4.2 (Política Ambiental) da ISO 14001, a alta administração
deve definir a política ambiental da organização e assegurar que, dentro do
escopo definido de seu sistema da gestão ambiental, a política:
a) Seja apropriada à natureza, escala e impactos ambientais, produtos e
serviços,
b) Inclua um comprometimento com a melhoria contínua e com a prevenção
de poluição,
c) Inclua um comprometimento em atender aos requisitos legais aplicáveis e
outros requisitos subscritos pela organização que se relacionem a seus
aspectos ambientais,
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d) Forneça uma estrutura para o estabelecimento e análise dos objetivos e
metas ambientais,
e) Seja documentada, implementada e mantida,
f) Seja comunicada a todos que trabalhem na organização ou que atuem em
seu nome, e
g) Esteja disponível para o público.
6.4 Planejamento
Após ser definida a política ambiental da Rodrigues & Alves, deve-se dar início
à segunda parte do processo de implantação da norma, que é o requisito 4.3.
Planejamento da norma.
Nesta etapa, a Rodrigues & Alves deverá realizar um levantamento de seus
aspectos ambientais; requisitos legais e outros e objetivos, metas e
programas.
6.4.1. Aspectos ambientais
De acordo com o item 4.3.1 (Aspectos Ambientais) da Norma, uma forma de
evitar a ocorrência de acidentes ambientais e de obter a melhoria contínua nos
processos, de modo que sejam minimizados os impactos no meio ambiente, é
avaliar as consequências e as interações das atividades da empresa sobre o
meio ambiente. Para isso, deve ser feito um levantamento de aspectos e
impactos ambientais da Rodrigues & Alves.
Podemos dizer que a correta definição dos aspectos ambientais significativos é
um dos mais importantes passos do gerenciamento ambiental. Na Pesquisa
Gestão Ambiental (Firjan, 2006), as empresas foram perguntadas sobre os
principais aspectos ambientais relacionados às suas atividades. Foram
listados resíduos sólidos não perigosos (68,9%); uso intenso de energia e
combustível (59,3%); efluentes líquidos (45,4%); uso intenso de água (30,6%);
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emissões atmosféricas (26,8%); resíduos sólidos perigosos (14,5%); e odor
(12,8%).
Para esta etapa, devem ser enumerados todos os aspectos de processo da
atividade produtiva. Devem ser listados todos os detalhes relacionados ao
consumo de matérias-primas e de produtos químicos; à utilização de energia e
de água; o tratamento de efluentes e de água; ao acondicionamento e
destinação dos resíduos; e às emissões atmosféricas. Resumindo: todas as
entradas e saídas do processo industrial devem ser contabilizadas. (Manual de
Indicadores Ambientais – Sebrae RJ/Firjan, 2008, p.14).
Aspecto ambiental é o elemento das atividades ou produtos ou serviços de
uma organização que pode interagir com o meio ambiente. Já o impacto
ambiental é qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que
resulte, no todo ou em parte, dos aspectos ambientais da organização. [ABNT
NBR ISO 14001: 2004].
Sendo assim, a organização deverá definir quais os processos que estão
sendo utilizados e aqueles que ainda serão utilizados por ela, e que estes,
possam afetar o meio ambiente significativamente. Os aspectos ambientais
devem ser relacionados às atividades, produtos ou serviços sobre os quais a
organização possua controle direto ou onde possam influenciar indiretamente.
As informações devem ser mantidas documentadas sempre de forma
atualizada, com as devidas entradas e saídas. As saídas determinarão o que
deve e como deve ser controlado, permitindo assim, a melhoria do
desempenho da organização.
Existem diferentes maneiras para que os aspectos/impactos ambientais sejam
avaliados. Alguns dos critérios podem incluir: área atingida, severidade,
probabilidade de ocorrência, como a Organização pode controlar tal impacto,
etc.
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A Rodrigues & Alves identificou os aspectos ambientais dentro de seu escopo,
considerando entradas e saídas. Ela verificou os seguintes itens para montar a
sua planilha de aspectos ambientais:
- Os tipos e as quantidades de matérias-primas utilizadas e recursos naturais
extraídos da natureza,
- Todos os resíduos sólidos e líquidos gerados,
- O lançamento das emissões atmosféricas,
- Os lançamentos no solo e em corpos d’água,
- Os tipos de energias emitidas.
6.4.2. Requisitos legais e outros requisitos subscritos pela organização
A Rodrigues & Alves, deverá verificar, em cima dos seus aspectos ambientais,
os requisitos legais e outros, associados a eles, conforme item 4.3.2
(Requisitos legais e outros) da Norma. Ou seja, deverá existir uma metodologia
para realização do levantamento de toda legislação à níveis federal, estadual e
municipal pertinentes às atividades desenvolvidas na Rodrigues & Alves, que
tenham relação com o meio ambiente. Também deverão ser inclusos os
compromissos ambientais assumidos pela organização, ou seja, os outros
requisitos pela Organização subscritos.
É indispensável que o processo do levantamento de requisitos ambientais
interaja diretamente com o levantamento dos aspectos e impactos ambientais.
A Rodrigues & Alves contratou uma empresa de consultoria em direito
ambiental para auxiliar nesta etapa. A empresa contratada foi até o site da
Rodrigues & Alves para visualizar a realidade da empresa. Lá, a empresa de
consultoria pôde constatar a real situação e apontar quais as legislações a
níveis federal, estadual e municipal que deveriam ser cumpridas pela
Rodrigues & Alves. Após esta análise, eles elaboraram uma planilha com toda
a legislação obrigatória e aos poucos, a Rodrigues & Alves deverá se
enquadrar em todas.
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6.4.3. Objetivos, metas e programas
Os objetivos e metas devem ser mensuráveis, quando exequível, e coerentes
com a política ambiental, incluindo-se os comprometimentos com a prevenção
da poluição, com o atendimento os requisitos legais e outros requisitos
subscritos pela organização e com a melhoria contínua. [ABNT NBR ISO
14001: 2004, 4.3.3].
Ou seja, os objetivos e metas devem refletir os aspectos e impactos
ambientais significativos, tendo em vista o desdobramento em metas e
objetivos ambientais a serem alcançados por determinados setores da
Rodrigues & Alves, com responsabilidades, meios e prazos definidos, sendo
fundamental que estas sejam documentadas e divulgadas. Os objetivos e
metas devem ser condizentes e compatíveis com a política ambiental.
Deve ser elaborado um Programa de Gestão Ambiental, que serve como um
roteiro para implantar e manter um sistema de gestão ambiental, onde seja
possível alcançar os objetivos e metas, previamente definidos. Este programa
deve conter um cronograma de execução, permitindo a comparação entre o
realizado e o previsto, recursos financeiros disponibilizados para cada
atividade e definição das responsabilidades.
Um Programa ambiental é essencial para que as organizações obtenham um
melhor desempenho ambiental.
A Rodrigues & Alves elaborou seus objetivos e estabeleceu metas em níveis e
funções relevantes. Ela atribuiu responsabilidades para que os objetivos e
metas sejam atingidos em cada função e nível apropriados da organização, e
os meios e os prazos no qual eles devem ser atingidos.
26
6.5 Implementação e Operação
Esta fase do processo de implantação do sistema de gerenciamento ambiental
é caracterizada pela execução do que foi planejado no estágio anterior.
Devem ser estabelecidos recursos financeiros, físicos e humanos para que os
objetivos e as metas definidos pela organização sejam alcançados.
Conforme item 4.4 da norma, esta etapa subdivide-se em: Recursos, funções,
responsabilidades e autoridades; Competência, treinamento e conscientização;
Comunicação; Documentação; Controle de documentos; Controle operacional
e Preparação e resposta à emergência.
6.5.1. Recursos, funções, responsabilidades e autoridades
Funções, responsabilidades e autoridades devem ser definidas, documentadas
e comunicadas visando facilitar uma gestão ambiental eficaz. [ABNT NBR ISO
14001: 2004, 4.4.1].
A Rodrigues & Alves deve prover recursos financeiros, tecnológicos, recursos
humanos, habilidades especializadas e infraestrutura organizacional. Ela
também deverá escolher alguém como RD (representante da administração),
que, além de suas responsabilidades normais, tenham a responsabilidade de
comunicação com a alta administração e autoridade para assegurar que o
SGA seja implementado de forma eficaz.
6.5.2. Competência, treinamento e conscientização
A Rodrigues & Alves deve estabelecer um procedimento para que sejam
identificadas as necessidades de treinamentos e que seja assegurado que
todas as pessoas cujo trabalho possa criar um impacto ambiental significativo
ao meio ambiente, recebam treinamentos apropriados.
Também devem ser estabelecidos procedimentos para que os empregados
sejam devidamente conscientizados com relação a importância e a
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responsabilidade de atingir a conformidade com a política ambiental; em
avaliar os impactos ambientais significativos, reais ou potenciais de suas
atividades, e até mesmo as potenciais consequências do não cumprimento dos
procedimentos operacionais.
A Rodrigues & Alves deve admitir funcionários que tenham experiência e uma
boa formação ou a empresa deverá fornecer devido treinamento.
Os funcionários devem ser conscientizados, de modo que saibam exatamente
o que está sendo exigido por eles, o porque de estarem realizando tais tarefas
e as consequências de não seguirem as regras.
O requisito 4.2.2 (Competência, treinamento e conscientização) visa
desenvolver o comprometimento do empregado com a gestão ambiental
proposta pela empresa.
6.5.3. Comunicação
A Rodrigues & Alves deve estabelecer um procedimento para que exista
devida comunicação interna entre os diversos níveis e funções dentro da
empresa.
Com relação às comunicações externas, estas deverão ser recebidas,
documentadas e respondidas.
A Organização deve decidir se realizará comunicação externa sobre seus
aspectos ambientais significativos, devendo documentar sua decisão. Se a
decisão for comunicar, a Organização deve estabelecer e implementar
método(s) para esta comunicação externa. [ABNT NBR ISO 14001: 2004,
4.4.3].
28
6.5.4. Documentação
A Rodrigues & Alves deverá manter documentadas todas as informações
pertinentes ao seu SGA.
Conforme item 4.4.4 (Documentação) da ISO 14001, a documentação do
sistema de gestão ambiental deverá incluir:
- Política, objetivos e metas ambientais,
- Descrição do escopo do sistema de gestão ambiental,
- Descrição dos principais elementos do sistema de gestão ambiental e sua
interação e referência aos documentos associados,
- Documentos, incluindo registros, requeridos pela Norma,
- Documentos, incluindo registros, determinados pela Organização como sendo
necessários para assegurar o planejamento, operação e controle eficazes dos
processos que estejam associados com seus aspectos ambientais
significativos. [ABNT NBR ISO 14001: 2004, 4.4.4].
6.5.5. Controle de documentos
A Rodrigues & Alves deverá estabelecer um mecanismo de controle dos
documentos que se referem ao SGA. Deverá existir um rigoroso controle na
distribuição das versões atualizadas e eliminação das versões obsoletas.
Também deverão ser determinados quais funcionários ficarão responsáveis
pelo armazenamento de toda documentação gerada pela implantação do
Programa.
A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) para:
- Aprovar documentos quanto à sua adequação antes de seu uso,
- Analisar e atualizar, conforme necessário, e reaprovar documentos,
- Assegurar que as alterações e a situação atual da revisão de documentos
sejam identificadas,
29
- Assegurar que as versões relevantes de documentos aplicáveis estejam
disponíveis em seu ponto de uso,
- Assegurar que os documentos permaneçam legíveis e prontamente
identificáveis,
- Assegurar que os documentos de origem externa determinados pela
organização como sendo necessários ao planejamento e operação do sistema
da gestão ambiental sejam identificados e que sua distribuição seja controlada,
e
- Prevenir a utilização não intencional de documentos obsoletos e utilizar
identificação adequada nestes, se forem retidos para quaisquer fins. [ABNT
NBR ISO 14001: 2004, 4.4.5].
6.5.6. Controle operacional
De acordo com o item 4.4.6 da norma, a Organização deve identificar e
planejar aquelas operações que estejam associadas aos aspectos ambientais
significativos identificados de acordo com a sua política, objetivos e metas
ambientais para assegurar que elas sejam realizadas sob condições
especificadas. [ABNT NBR ISO 14001: 2004, 4.4.6].
Nesta etapa serão definidos quais os meios utilizados para se obter um
controle sobre tudo o que for considerado muito importante.
O controle operacional é a etapa que serão desenvolvidas as ações que foram
planejadas para que sejam atendidos os compromissos que foram
estabelecidos na Política ambiental, tais como: técnicas de controle,
monitoramento dos processos, controle de materiais, treinamento do operador,
pontos de verificação e manutenção de equipamentos.
A Rodrigues & Alves deverá identificar todas suas operações e atividades
potencialmente poluidoras, modificando processos e produtos, de modo a
prevenir a poluição. Os principais controles ambientais devem ser realizados
30
em cima dos resíduos e efluentes líquidos gerados, lançamento de emissões
atmosféricas, consumo de água e energia.
6.5.7. Preparação e resposta à emergência
A Rodrigues & Alves deverá prevenir-se contra potenciais desastres
ambientais e preparar-se para agir de imediato no caso de eles virem a
acontecer, dispondo de planos de respostas imediatas a emergências. A
Organização deve identificar as possíveis situações de emergência, decidindo
maneiras de mitigar os impactos ambientais, provendo recursos necessários e
treinando periodicamente uma equipe de funcionários para a brigada de
emergências.
6.6 Implementação e Operação
Após devida implantação do SGA na Rodrigues & Alves, este deve ser
submetido constantemente a verificações de todo o trabalho realizado e às
correções de suas falhas, para estar de acordo com a melhoria contínua da
Organização.
Nesta etapa, a Rodrigues & Alves deverá observar os seguintes itens:
Monitoramento e medição; Avaliação do atendimento a requisitos legais e
outros; Não-conformidade, ação corretiva e ação preventiva; Controle de
registros; Auditoria interna e Análise crítica pela administração.
6.6.1 Monitoramento e medição
De acordo com o item 4.5.1 da Norma, a Organização deve estabelecer,
implementar e manter procedimento(s) para monitorar e medir regularmente as
características principais de suas operações que possam ter um impacto
31
ambiental significativo. O(s) procedimento(s) deve(m) incluir a documentação
de informações para monitorar o desempenho, os controles operacionais
pertinentes e a conformidade com os objetivos e metas ambientais da
Organização.
A Organização deve assegurar que equipamentos de monitoramento e
medição calibrados ou verificados sejam utilizados e mantidos, devendo-se
reter os registros associados. [ABNT NBR ISO 14001: 2004, 4.5.1].
A Rodrigues & Alves deverá coletar dados de suas operações através de
monitoramentos e medições. Estes dados deverão ser analisados,
identificando padrões e obtendo informações, possibilitando assim, que essas
informações sejam utilizadas para implementar ações corretivas e ações
preventivas.
A Norma não especifica uma frequência para haver monitoramento e medição,
com exceção se for solicitada por algum requisito legal.
Nesta etapa, estão previstas a utilização de Indicadores de Desempenho
Ambiental.
Os Indicadores de Desempenho Ambiental podem ser entendidos como
parâmetros que fornecem informações a respeito de uma atividade ou um
cenário, em relação aos fatores ambientais, possibilitando a realização de
análises, conclusões e tomadas de decisão estratégicas.
Os Indicadores de Desempenho Ambiental permitem avaliar,
comparativamente, o desempenho ambiental de uma organização com os
diferentes aspectos ambientais, como o consumo de água, o de energia
elétrica e a geração de resíduos. (Manual de Indicadores Ambientais – Sebrae
RJ/Firjan, 2008, p.14).
Comumente, após a implementação de um Sistema de Gestão Ambiental, as
empresas observam uma grande economia de energia, um gerenciamento
mais eficiente de seus resíduos, além de uma notável redução no consumo de
água.
32
Vale ressaltar que a implantação de indicadores de desempenho não é uma
exigência legal. Entretanto, os indicadores podem ser um importante
instrumento para o acompanhamento da gestão ambiental. Por auxiliar a
melhoria de desempenho e aumentar a comunicação, as normas da série ISO
14001, que orientam e padronizam o gerenciamento ambiental, são
consideradas um avanço para a gestão ambiental das empresas. Desenvolver
adequadamente, implementar e divulgar indicadores de desempenho
ambiental demonstram a transparência e o aumento da responsabilidade
ambiental que estão certamente relacionados ao aumento da competividade
do setor empresarial. (Manual de Indicadores Ambientais – Sebrae RJ/Firjan,
2008, p.21).
6.6.2 Avaliação do atendimento a requisitos legais e outros
A Rodrigues & Alves deverá ser capaz de identificar os requisitos legais que
devem ser atendidos por ela. Também deverá demonstrar que ela avalia
periodicamente o atendimento aos requisitos legais identificados e o
atendimento a outros requisitos subscritos por ela.
6.6.3 Não-conformidade, ação corretiva e ação preventiva
O termo não-conformidade significa que o controle foi perdido ou não foi eficaz.
De acordo com o item 4.5.3 da Norma, a Organização deve estabelecer,
implementar e manter procedimento(s) para tratar as não-conformidades reais
e potenciais, e para executar ações corretivas e preventivas. O(s)
procedimento(s) deve(m) definir requisitos para:
a) Identificar e corrigir as não-conformidade (s) e executar ações para
mitigar seus impactos ambientais,
b) Investigar não-conformidade (s) , determinar sua(s) causa(s) e
executar ações para evitar sua repetição,
33
c) Avaliar a necessidade de ação (ões) para prevenir não-
conformidade (s) e implementar ações apropriadas para evitar sua
ocorrência,
d) Registrar os resultados da(s) ações corretivas e preventiva(s)
executada(s), e
e) Analisar a eficácia da(s) ações corretiva(s) e preventiva(s)
executada(s).
As ações executadas devem ser adequadas à magnitude dos problemas e
ao(s) impacto(s) ambiental (is) encontrado(s). [ABNT NBR ISO 14001: 2004,
4.5.3].
6.6.4 Controle de registros
Conforme item 4.5.4 da Norma, a Rodrigues & Alves deverá estabelecer,
implementar e manter procedimentos para identificar, armazenar, proteger,
recuperar, reter e descartar seus registros.
Registro é um tipo de documento que tem finalidade de apresentar resultados
obtidos e fornecer evidências de atividades realizadas. Estes devem ter
definido o tempo de retenção.
Registros ambientais podem ser: registros de treinamento, resultados de
auditorias, registros de aspectos ambientais significativos, resultados de
simulados, análises críticas pela alta administração, dentre outros.
6.6.5 Auditoria interna
Conforme item 4.5.5 da Norma, a Organização deve assegurar que as
auditorias do sistema de gestão ambiental sejam conduzidas a intervalos
planejados para:
a- Determinar se o sistema da gestão ambiental está em conformidade com
os arranjos planejados para a gestão ambiental, incluindo-se os requisitos
desta Norma, e, se foi adequadamente implementado e é mantido.
34
b- Fornecer informações à administração sobre os resultados das auditorias.
Programa(s) de auditoria(s) deve(m) ser planejado (o), estabelecido(s),
implementado(s) e mantido(s) pela organização, levando-se em consideração
a importância ambiental da(s) operação(ões) pertinente(s) e os resultados das
auditorias anteriores. [ABNT NBR ISO 14001: 2004, 4.5.5].
A escolha dos auditores e a maneira como estes irão conduzir as auditorias
devem ser imparcial e objetiva.
6.7 Análise pela administração
As entradas para análise pela administração devem incluir:
- Resultados das auditorias internas e das avaliações do atendimento aos
requisitos legais e outros subscritos pela Organização,
- Comunicação(ões) provenientes(s) de partes interessadas externas, incluindo
reclamações,
- O desempenho ambiental da organização,
- Extensão no qual foram atendidos os objetivos e metas,
- Situação das ações corretivas e preventivas
- Ações de acompanhamento das análises anteriores,
- Mudança de circunstâncias, incluindo desenvolvimentos em requisitos legais
e outros relacionados aos aspectos ambientais, e
- Recomendações para melhoria.
As saídas da análise pela administração devem incluir quaisquer decisões e
ações relacionadas a possíveis mudanças na política ambiental, nos objetivos,
metas e em outros elementos do sistema da gestão ambiental, consistentes
com o comprometimento com a melhoria contínua. [ABNT NBR ISO 14001:
2004, 4.6].
35
Conforme item 4.6, a Análise pela administração, também conhecida por
Análise crítica, é uma ferramenta utilizada periodicamente, onde a alta
administração da Rodrigues & Alves deverá examinar seu sistema de gestão
ambiental e o analisa criticamente, de forma que, sejam realizadas todas as
modificações necessárias para o bom andamento da Organização. Nestas
análises devem ser inclusas todas as oportunidades de melhoria para a
Organização.
36
7- CONCLUSÃO
Concluiu-se, ao final do estudo que, a implantação da norma ISO 14001 na
Rodrigues & Alves foi um pouco difícil no início, com custos altos e muita
resistência por parte dos colaboradores.
Porém, logo após, o proprietário da Rodrigues & Alves começou a ver
resultados positivos em seu gerenciamento ambiental tanto na parte
documental quanto in loco, devido à sua certificação. Os resultados foram
rápidos. A Rodrigues & Alves passou a funcionar de maneira ecologicamente
correta, ficando mais exposta a mídia, aos seus clientes e fornecedores. Seu
leque de produtos aumentou, e, consequentemente, o número de clientes
também.
No início houveram custos altos devido à falta de preparação da Rodrigues &
Alves na área ambiental. Ela cumpria pouquíssimos requisitos da norma.
Só havia uma única colaboradora designada especificamente para a área de
gestão ambiental. E, assim, continuou sendo. Ela foi a responsável pela
implantação da norma na organização.
Não havia uma política. Ela foi criada e difundida para toda a organização, ou
seja, para todas as áreas de produção e administração, e, em todos os níveis e
funções existentes, desde a alta administração até a produção.
Não havia um levantamento de aspectos ambientais e seus consequentes
impactos ambientais. Não havia um controle de quantidade de entradas e
saídas. Não existia um controle sobre os processos por ela utilizados, que
poderiam afetar o meio ambiente significativamente. Então, Rodrigues & Alves
fez um levantamento dos aspectos ambientais e seus respectivos impactos,
elaborando uma planilha para controle destes. Nesta planilha constam todo o
consumo de matérias-primas e de produtos químicos; utilização de energia e
de água; tratamento de efluentes e de água; acondicionamento e destinação
37
dos resíduos; e emissões atmosféricas, ou seja, todas as entradas e saídas
dos processos.
A Rodrigues & Alves possuía uma pasta de leis e normas ambientais,
elaborada e controlada pela própria. Sua revisão era realizada bimestralmente,
com pesquisa nos devidos sites da internet para verificação de leis e normas
em vigor.
Porém, ela contratou uma empresa de consultoria em direito ambiental para
auxiliá-la na parte jurídica. A empresa verificou a situação real e apontou as
legislações a níveis federal, estadual e municipal que deveriam ser cumpridas.
Também elaboraram uma planilha com toda a legislação obrigatória que, a
Rodrigues & Alves já começou à se enquadrar.
Foram documentados objetivos e metas. Também foi elaborado um Programa
de Gestão Ambiental, para que seja possível alcançar os objetivos e metas,
previamente definidos. Este programa contem um cronograma de execução,
permitindo a comparação entre o realizado e o previsto, recursos financeiros
disponibilizados para cada atividade e definição das responsabilidades.
Nas fases de implementação e operação, a Rodrigues & Alves disponibilizou
recursos financeiros, tecnológicos, recursos humanos, habilidades
especializadas e infraestrutura organizacional. Ela também escolheu o seu RD
(representante da administração), que, além de ter responsabilidade de
comunicar tudo que for condizente à alta administração, possui autoridade
para assegurar que o SGA seja implementado de forma eficaz.
Ela estabeleceu um procedimento identificando as necessidades de
treinamentos apropriados. Também estabeleceu procedimentos
conscientizando os colaboradores para a importância e a responsabilidade de
atingir a conformidade com a política ambiental; avaliando os impactos
ambientais significativos, reais ou potenciais de suas atividades, e até mesmo
38
as potenciais consequências do não cumprimento dos procedimentos
operacionais.
A Rodrigues & Alves estabeleceu um procedimento para existir uma devida
comunicação interna entre os diversos níveis e funções dentro da empresa, de
maneira rápida e eficiente.
E, com relação às comunicações externas, foi decidido que estas serão ser
recebidas, documentadas e respondidas.
Foi determinado que a técnica em gestão ambiental será a responsável pelo
armazenamento de toda a documentação gerada pela implementação da
norma e pelo gerenciamento do programa ambiental. Isso inclui a tarefa de
transformar todos os documentos que forem gerados em meio físico, serem
digitalizados em formato eletrônico para maior segurança e controle.
Alguns de seus documentos são política, objetivos, metas ambientais; o
escopo do sistema de gestão ambiental; os principais elementos do sistema de
gestão ambiental e sua interação e os documentos.
A Rodrigues & Alves estabeleceu um mecanismo de controle dos documentos
que se referem ao SGA. Existe um rigoroso controle na distribuição das
versões atualizadas e eliminação das versões obsoletas.
A Rodrigues & Alves identificou todas suas operações e atividades
potencialmente poluidoras, e realizou várias modificações em seus processos,
visando a prevenção a poluição. Os principais controles ambientais foram
realizados em cima dos resíduos e efluentes líquidos gerados, lançamento de
emissões atmosféricas, consumo de água e energia.
Como modo de prevenir-se contra potenciais desastres ambientais e preparar-
se para agir de imediato no caso deles acontecerem repentinamente,
Rodrigues & Alves elaborou planos de respostas a emergências. Ela identificou
possíveis situações de emergência, e analisou maneiras de mitigar os
impactos ambientais, prontificou os recursos necessários e treinou uma equipe
para a brigada de emergências.
39
Na etapa de verificação, a Rodrigues & Alves coletou dados de suas
operações através de monitoramentos e medições que realizou. Estes dados
foram analisados e as informações obtidas foram utilizadas para implementar
ações corretivas e ações preventivas.
Também foi implementado a utilização de Indicadores de Desempenho
Ambiental, que fornecem informações a respeito das atividades e possibilitam
a realização de análises, conclusões e tomadas de decisão estratégicas. Esses
indicadores ambientais foram distribuídos por setores e operações e
demonstram a evolução do Sistema de Gestão Ambiental.
Alguns das operações monitoradas foram o consumo de matéria prima,
consumo de produtos químicos, utilização de água, utilização de energia,
tratamento dos efluentes, destinação dos resíduos líquidos e sólidos gerados e
emissões atmosféricas.
Comumente, após a implementação de um Sistema de Gestão Ambiental, as
empresas observam uma grande economia de energia, um gerenciamento
mais eficiente de seus resíduos, além de uma notável redução no consumo de
água.
Foram estabelecidos e implementados procedimentos para tratar as não-
conformidades reais e potenciais do sistema, e para executar ações corretivas
e preventivas necessárias.
Foram estabelecidos e implementados procedimentos para identificar,
armazenar, proteger, recuperar, reter e descartar os registros da Rodrigues &
Alves.
Alguns dos registros base são os registros de treinamento, resultados de
auditorias, registros de aspectos ambientais significativos, resultados de
simulados, análises críticas pela alta administração.
40
Na análise pela administração, a Rodrigues & Alves deverá examinar seu
sistema de gestão ambiental e o analisá-lo criticamente, sendo realizadas
todas as modificações necessárias para o bom andamento da organização.
Cumprindo-se todas as etapas estabelecidas, será iniciado um novo ciclo,
contendo novas atribuições ao SGA da empresa.
Assim, será mantido um processo de melhoria contínua, sempre aperfeiçoando
o desempenho ambiental da Rodrigues & Alves.
41
BIBLIOGRAFIA
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42
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16- TAUK, S. M. [et al]. Análise ambiental: Estratégias e Ações. T.A. Queiroz/Fundação Salim Farah Maluf. São Paulo: 1995.
43
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SIGLAS 7
SUMÁRIO 8
INTRODUÇÃO 9
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL 13
A RODRIGUES & ALVES 15
A RODRIGUES & ALVES E OS REQUISITOS MÍNIMOS DE MEIO
AMBIENTE 17
5. A NORMA ABNT NBR ISO 14001: 2004 – SISTEMAS DA GESTÃO
AMBIENTAL – REQUISITOS COM ORIENTAÇÕES PARA USO 18
6. REQUISITOS PARA IMPLANTAÇÃO DA NORMA ABNT NBR ISO 14001:
2004 20
6.1 Avaliação ambiental inicial 20
6.2 Definição o escopo do sistema de gestão ambiental 20
6.3 Definição da Política Ambiental 21
6.4 Planejamento 22
6.4.1. Aspectos ambientais 22
6.4.2. Requisitos legais e outros requisitos subscritos pela organização
. 24
6.4.3. Objetivos, metas e programas 25
44
6.5 Implementação e Operação 26
6.5.1. Recursos, funções, responsabilidades e autoridades 26
6.5.2. Competência, treinamento e conscientização 26
6.5.3. Comunicação 27
6.5.4. Documentação 28
6.5.5. Controle de documentos 28
6.5.6. Controle operacional 29
6.5.7. Preparação e resposta à emergência 30
6.6 Implementação e Operação 30
6.6.1. Monitoramento e medição 30
6.6.2. Avaliação do atendimento a requisitos legais e outros 32
6.6.3. Não-conformidade, ação corretiva e ação preventiva 32
6.6.4. Controle de registros 33
6.6.5. Auditoria interna 33
6.7 Análise pela administração 34
CONCLUSÃO 36
BIBLIOGRAFIA 41
ÍNDICE 43