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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS FACULDADE DE PSICOLOGIA
JOYCE TAVARES GOMES
CRENÇAS DE PROFESSORES E ESTUDANTES SOBRE O CURRÍCULO E ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE
PSICOLOGIA DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS
PETRÓPOLIS 2005
JOYCE TAVARES GOMES
CRENÇAS DE PROFESSORES E ESTUDANTES SOBRE O CURRÍCULO E ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE PSICOLOGIA DA
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS
Prof.(o) Orientador (o) Dr. Helmuth Krüger
Petrópolis 2005
Monografia apresentada como requisito para a conclusão da disciplina Monografia em Psicologia II visando a obtenção do grau de Psicólogo no Curso de Psicologia da Universidade Católica de Petrópolis.
JOYCE TAVARES GOMES
CRENÇAS DE PROFESSORES E ESTUDANTES SOBRE O CURRÍCULO E ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE PSICOLOGIA DA
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS
Considerada_________________________ ___________________________________
Petrópolis,______ de ______ de _____.
_______________________________________ Prof.(o) Orientador Dr. Helmuth Ricardo Krüger
_________________________________________________ Prof (a) Examinadora Cléia Zanatta Clavery Guarnido Duarte
_____________________________________ Prof (a) Examinadora Rovena Lopes Paranhos
A monografia apresentada como requisito para conclusão da disciplina Monografia emPsicologia II visando a obtenção do grau de Psicólogo no Curso de Psicologia da Universidade Católica de Petrópolis foi
Aos meus Pais
AGRADECIMENTOS
A Deus, pela força que me deste, por não ter me feito desistir quando isto parecia ser a
coisa mais fácil a ser feita.
Aos meus pais, pela renúncia de tantos sonhos, para a realização do meu.
A Tiago, pela amizade e por ter me acompanhado na realização da pesquisa.
Ao Professor Helmuth, pela sabedoria, simplicidade e compreensão, que tanto
colaborou para a minha formação profissional e pessoal, minha eterna gratidão.
“ Ao realizarmos uma descoberta, sempre temos um
conhecimento imperfeito de outras, que não tínhamos idéia antes. Portanto, não podemos esclarecer uma
dúvida sem criar várias outras novas”
Joseph Priestly
( Introdução à Psicologia Geral, 1999, p.20)
RESUMO
Esta pesquisa teve como objetivo investigar as crenças de estudantes e professores do Curso de Psicologia da Universidade Católica de Petrópolis, relativamente ao currículo e ao estágio supervisionado. A pesquisa foi realizada em uma amostra total de 40 pessoas. Foi elaborado um questionário com 7 fatores, que focam os objetivos, o currículo e disciplinas. Este questionário foi submetido a um pré- teste, cujos resultados foram aproveitados, obtendo- se a partir daí o questionário definitivo. Os resultados obtidos foram analisados segundo a técnica da análise de conteúdo. Tais resultados indicam haver uma grande semelhança entre crenças de professores e de estudantes em relação aos objetivos, disciplinas e carga horária dos estágios, suscitando reflexões críticas acerca de aspectos negativos e positivos do Curso em tela. Palavras chaves: formação em psicologia; estágio supervisionado; crenças
SUMÁRIO
1. Introdução----------------------------------------------------------------------------08
1.1. Tema-------------------------------------------------------------------------------------------09 1.2. Objetivos--------------------------------------------------------------------------------------09
1.3. Justificativa------------------------------------------------------------------------------------10
2. Curso de Formação de Psicólogos no Brasil-----------------------------------11
2.1. Lei 4119 de 1962-------------------------------------------------------------------------------11 2.2. Os Primeiros Cursos de Psicologia no Brasil-----------------------------------------------12
3. O Curso de Psicologia da Universidade Católica de Petrópolis-----------15
3.1. Histórico-----------------------------------------------------------------------------------------15
3.2. Currículo Atual---------------------------------------------------------------------------------16
4. Crenças--------------------------------------------------------------------------------21
4.1. Crenças, opiniões e convicções---------------------------------------------------------------21 4.2. Crenças, comportamentos e condutas--------------------------------------------------------23
5. Pesquisa-------------------------------------------------------------------------------26
5.1 Problema----------------------------------------------------------------------------------------- 26 5.2. Elaboração do Instrumento--------------------------------------------------------------------27 5.3. Participantes-------------------------------------------------------------------------------------27 5.4. Desenvolvimento-------------------------------------------------------------------------------28 5.5. Interpretação dos Dados-----------------------------------------------------------------------29
6. Conclusão-----------------------------------------------------------------------------41
Referências Bibliográficas------------------------------------------------------------43
Anexos------------------------------------------------------------------------------------ 45
1. INTRODUÇÃO
As crenças estão por toda a parte, por isto se faz necessário o seu estudo, uma vez que
influenciam-nos na tomada de decisão e em nosso comportamento. Segundo Krüger
(2004,p.39), “ crenças são conteúdos mentais de natureza simbólica, cuja a influência na
cognição é manifestada na percepção e na interpretação que se faz da experiência social ”. No
ambiente educacional não poderia ser diferente.
Desde a promulgação da lei que regulamenta os cursos de Psicologia no Brasil, ou seja, a
Lei 4119 de 1962, foram criados numerosos cursos de graduação em Psicologia, porém sua
qualidade não raro é questionável.
Atualmente, segundo o Instituto Nacional de Ensino e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (INEP) são identificados cerca de 500 cursos de Psicologia em todo o território
brasileiro. Mesmo com este número, deve-se entender que os objetivos de um Curso de
Psicologia, bem como sua qualidade pedagógica, científica e profissional deva ser
preservada.
Conforme o parecer CNE 329/2004, de 11 de novembro de 2004, inciso II, do art.43, a
educação superior tem por finalidade “formar diplomados nas diferentes áreas de
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no
desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.” É com esta
preocupação que esta pesquisa foi realizada.
Este trabalho destina-se à conclusão do Curso de Graduação em Psicologia. Falaremos
inicialmente acerca dos cursos de Psicologia no Brasil. Depois apresentaremos, um breve
histórico do Curso de Psicologia da Universidade Católica de Petrópolis (UCP); dissertaremos
sobre crenças e relataremos a pesquisa feita junto a estudantes e professores deste Curso, que
realizamos com o objetivo de saber de suas opiniões quanto ao curso.
No último capítulo, apresentamos uma conclusão de todo o trabalho, tanto do estudo quanto
dos resultados da pesquisa.
1.1 Tema
Crenças constituem um tema abrangente e de destaque na Psicologia contemporânea,
tornado-se propósito deste estudo compreender melhor o que são crenças, e quais são as
manifestadas por professores e estudantes de Psicologia, em relação ao próprio curso. Para
fundamentar melhor esta proposta, as informações foram obtidas em pesquisa de campo
colhidas na Universidade Católica de Petrópolis.
1.2 Objetivos
Este trabalho apresenta como objetivos:
- Investigar a percepção de estudantes e professores quanto à estrutura e funcionamento do
Curso de Psicologia.
- Contribuir para uma eventual reformulação curricular da Faculdade de Psicologia da
Universidade Católica de Petrópolis.
- Pesquisar diferenças e semelhanças em crenças de professores e estudantes quanto ao
objeto de pesquisa.
- Contribuir para o estudo das crenças.
1.3 Justificativa
A experiência em sala de aula como estudante de Psicologia na Universidade Católica de
Petrópolis e como bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq), participando inicialmente da pesquisa Crenças e Informática na
Educação e atualmente do Grupo de estudos e pesquisas Cognição, Cultura, Comportamento
e Organizações de Trabalho da UCP, fizeram com que viesse a refletir sobre o ensino em
cursos de Psicologia, os quais influenciam na formação de psicólogos.
Pude perceber algumas falhas no decorrer de minha graduação, quanto à organização do
currículo, compartilhadas por outros estudantes. Elas também afetam a formação dos
psicólogos, assim como em qualquer outra área, pois o currículo de um curso é a base de
sustentação da formação de um profissional.
Pretendo então com este trabalho levantar as opiniões de estudantes e professores quanto
ao curso de Psicologia, procurando identificar as possíveis falhas no currículo vigente.
2. CURSO DE FORMAÇÃO DE PSICÓLOGOS NO BRASIL
No Brasil a profissão de psicólogo foi regulamentada em 1962, através da Lei 4119.
Essa Lei orienta legalmente a formação do psicólogo e configura o seu campo de atuação
profissional.
2.1. Lei 4119 de 1962
O empenho no sentido do reconhecimento da profissão de psicólogo intensificou-se
quando o Ministério da Educação e Cultura (MEC) passou a ouvir profissionais da Psicologia,
por volta de 1959. As preocupações teóricas e práticas de ordem psicológica eram e são
manifestadas em outras áreas, como a Medicina, a Pedagogia e a Filosofia, entre outras, além
da Psicologia.
Segundo Mello ( apud Benedita, M., Mangiere, R. & Nucci, M.,1998):
A profissão surge a partir de necessidades sociais para as quais se busque solução. Na tentativa de resolver problemas, os homens sistematizam procedimentos e produzem intervenções nos eventos que pretendem alterar, visando a obtenção de estados ou de resultados mais satisfatórios. A seqüência de intervenções e de alterações cria, ao longo do tempo, uma tradição na prestação de serviços, gerando um clima favorável para a aceitação social da profissão. É neste momento que, em geral, ocorre a regulamentação de uma profissão. (p.16 ).
A atuação psicológica no Brasil antecede à regulamentação da profissão, só ocorrida,
como afirmamos, através da promulgação da Lei 4.119 de 27 de agosto de 1962, pelo
presidente João Goulart; seguida por ato do Conselho Federal de Educação, que através do
parecer n.º 403 de 1962, fixou o currículo mínimo e obtenção de títulos de bacharelado,
licenciatura e formação de psicólogo. A duração do Curso de Psicologia foi estabelecida para
5 anos.
Segundo Rosas, Rosas e Xavier (1988, p.40), “a criação dos cursos de psicologia e a
regulamentação da profissão de psicólogo foram acontecimentos decisivos para a ampliação
do mercado nas capitais e a extensão de sua área e campos de intervenção.”
O Decreto n.º 53.464 de 21 de janeiro de 1964, que regulamenta a lei nº 4.119,
estabelece parâmetros para o exercício da profissão, da formação, da vida escolar, dos
diplomas e das disposições gerais e transitórias. Com isto, são explicitadas as funções dos
psicólogos, de acordo com o artigo 4º, do decreto n.º 53.464.
Art. 4º - São funções do psicólogo: 1) Utilizar métodos e técnicas psicológicas com o objetivo de:
a) diagnóstico psicológico; b) orientação e seleção profissional; c) orientação psicopedagógica; d) solução de problemas de ajustamento. 2) Dirigir serviços de psicologia em órgãos e estabelecimentos públicos,
autárquicos, paraestatais, de economia mista e particulares. 3) Ensinar as cadeiras ou disciplinas de Psicologia nos vários níveis de ensino,
observadas as demais exigências da legislação em vigor. 4) Supervisionar profissionais e alunos em trabalhos teóricos e práticos de
psicologia, 5) Assessorar, tecnicamente, órgãos e estabelecimentos públicos, autárquicos,
paraestatais, de economia mista e particulares. 6) Realizar perícias e emitir pareceres sobre a matéria de psicologia.
(Brasil, 1964).
Alguns casos isolados de cursos de Psicologia antecederam a regulamentação da
profissão de psicólogo, como poderá ser verificado no próximo item.
2.2 Os Primeiros Cursos de Psicologia no Brasil
Os primeiros cursos de Psicologia foram organizados nas décadas de 50 e 60. Sendo
que no Brasil, de acordo com Fávero (apud Regina Carvalho,1996,p.35), “ a concepção de
universidade foi tardia e burocrática. Visto que a concepção formal de uma universidade se
deu em 1920 pela Universidade do Rio de Janeiro”. As faculdades são entendidas como
cursos de formação profissional de nível superior.
A formação profissional do psicólogo em faculdade teve como pioneiro o Curso de
Psicologia da PUC- RJ, que foi criado em 1953 pelo professor Hanns Ludwing Lippmann.
Logo após, a USP lança também seu Curso de Psicologia, através da lei estadual n.º
3.862 de 26 de maio de 1957, que passa a funcionar a partir de 1958.
Em decorrência disso, estes cursos se tornaram marcos da criação de cursos de
Psicologia no Brasil, que antecederam inclusive a regulamentação da profissão, influenciando
nos rumos que a Psicologia iria tomar no país.
De acordo com Regina Carvalho (1996),
O objetivo primordial da formação é ensinar e aprender. É capacitar o psicólogo para acompanhar criticamente as constantes mudanças e inovações no campo da psicologia. É instrumentalizar o profissional para o desenvolvimento de cuidados avaliativos continuados em relação a sua prática o que estaria a cargo das faculdades. (p.35).
Foram organizados vários cursos de Psicologia no Rio de Janeiro até o final dos anos
70, destacando-se os cursos da UERJ ( à época, Universidade do Estado da Guanabara) e o da
UFRJ ( à época, Universidade do Brasil), ambos criados em 1964.
Após a regulamentação da profissão de psicólogo, foi notório o crescimento da área, o
que acarretou uma maior procura pelo Curso de Psicologia e conseqüentemente o surgimento
de novas instituições de ensino superior, as quais devem no entanto “garantir a esse
profissional o domínio de conhecimentos psicológicos e a capacidade de utilizá-los em
diferentes contextos que demandam a análise, prevenção e intervenção em processos
psicológicos e psicossociais, e na promoção da qualidade de vida”. ( Brasil, 2001).
Esses cursos têm como objetivo formar profissionais com bom nível de conhecimento
sobre temas psicológicos, com habilidades técnicas que os auxiliem na intervenção, dispondo
de competência compatível com a natureza de seu trabalho profissional.
Segundo Bastos (1989),
De 1962 até hoje, experimentamos um grande crescimento do número de psicólogos graduados pelas instituições de ensino, que não vem acompanhado por idêntico
índice de inscrições nos Conselhos Regionais de Psicologia (CRP) condição para a legalidade do exercício profissional.(p.6).
Em 1999, segundo o INEP, eram 161 faculdades de Psicologia atuando no Brasil, hoje
este número saltou para cerca de 500 faculdades de Psicologia. Com um predomínio na região
sudeste com mais da metade das instituições de ensino (272) enquanto que o Norte do país
tem apenas 22 instituições de ensino de Psicologia.
3. O CURSO DE PSICOLOGIA DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS
A Universidade Católica de Petrópolis é uma instituição particular fundada há 52 anos,
cuja orientação se fundamenta na religião católica. O Curso de Psicologia da UCP tem 29
anos de existência.
3.1- Histórico
Em 31 de maio de 1953, o então Bispo Diocesano de Petrópolis, Dom Manoel Pedro
da Cunha Cintra, fundou as Faculdades Católicas Petropolitanas. O seu primeiro curso, o de
Direito, foi instalado em 1954.
A instituição mudou. No inicio dos anos 60, as Faculdades Católicas Petropolitanas
passaram a constituir a Universidade Católica de Petrópolis, o que ocorreu efetivamente no
dia 10 de março de 1962. A partir de então a universidade passou a se desenvolver cada vez
mais, tendo atualmente 21 cursos de graduação, além de pós- graduação lato sensu em
diversas áreas e um stricto sensu em Educação.
O Curso de Psicologia da Universidade Católica de Petrópolis foi autorizado pelo
Conselho Universitário desta Instituição através da resolução 01/76, tendo sido vinculado à
Faculdade de Educação. Seu organizador foi o professor Hanns Ludwing Lippmann, que
também foi o fundador do primeiro curso de Psicologia do país.
O reconhecimento do curso foi obtido através do parecer n.º 303 de 06 de julho de
1983. Em 26 de janeiro de 2000 desvincula-se da Faculdade de Educação por decisão do
Conselho Universitário, que aprovou o projeto de criação da Faculdade de Psicologia.
3.2. Currículo Atual
O currículo do Curso de Psicologia da Universidade Católica de Petrópolis está
organizado de acordo com a legislação educacional brasileira: Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional n.º 9394, de 20 de dezembro de 1996; e Diretrizes Curriculares Nacionais
elaboradas pelo MEC para o Curso de Graduação em Psicologia, aprovadas em 7 de
novembro de 2001, conforme o projeto pedagógico do Curso de Psicologia.
Tendo em vista o recente parecer CNE 329/2004, de 11 de novembro de 2004, que
demanda mudanças por parte das instituições de nível superior nos currículos de seus cursos,
procuramos realizar uma pesquisa empírica, com o objetivo de colaborar nesse processo, no
que tange ao Curso de Psicologia.
O Curso de Psicologia tem como objetivo a formação de psicólogo com ênfase
curricular em clínica, escolar e organizacional.
Os princípios gerais a considerar são os seguintes:
Construção e desenvolvimento do conhecimento científico em Psicologia; Compreensão dos múltiplos referenciais que busquem aprender a amplitude do fenômeno psicológico em suas interfaces com os fenômenos biológicos e sociais; Compreensão crítica dos fenômenos sociais, econômicos, culturais e políticos do país, fundamentais ao exercício da cidadania e da profissão; Atuação em diferentes contextos considerando as necessidades sociais, os direitos humanos, tendo em vista a promoção da qualidade de vida dos indivíduos, grupos, organizações e comunidades; A respeito à ética nas relações com clientes e usuários, com colegas, com o público e na produção e divulgação de pesquisas; Aprimoramento e a capacitação contínua. ( Brasil, 2001).
O Curso de Psicologia desta Faculdade ofereceu 52 vagas no vestibular de julho de
2005, sendo que o Curso atualmente é oferecido no turno da noite, com a duração de 10
semestres para a Formação de Psicólogo.
Com relação aos créditos e carga horária, tem- se atualmente um total de 2940 horas
de disciplinas obrigatórias, 270 horas em disciplinas eletivas, 630 horas de estágios
supervisionados nas áreas de Psicologia Organizacional, Escolar e Clínica e 270 horas em
atividades complementares, totalizando 4110 horas que correspondem a 256 créditos
acadêmicos, exigidos para a conclusão do curso.
Os conteúdos curriculares englobam os fundamentos epistemológicos básicos,
processos psicológicos básicos, bases metodológicas, procedimentos para a investigação
científica e prática profissional, interfaces com campos afins do conhecimento e práticas
profissionais.
Entretanto, o currículo em vigor apresenta uma defasagem em relação a várias
disciplinas da Psicologia e que mereciam certo destaque nos cursos de graduação, conforme
poderemos observar no capítulo 5 . Há disciplinas que são alocadas sem um encadeamento
lógico, como pode ser observado no 10º período, com relação à disciplina Psicologia e
Cultura, período em que o estudante encontra-se voltado para a prática profissional e para a
conclusão do Curso. As ementas das disciplinas também precisam ser revistas, umas vez que
excluem conteúdos importantes e atuais.
A Faculdade de Psicologia da UCP apresenta atualmente o currículo abaixo:
1º Período ( 24 C.A)
Introdução à Filosofia Introdução às Ciências Sociais Metodologia do Estudo e da Pesquisa Linguagem e Redação História da Psicologia Psicologia Geral e Experimental I Psicologia do Desenvolvimento I 2º Período ( 24 C. A) Introdução à Teologia
Psicologia Geral e Experimental II Psicologia de Desenvolvimento II Estatística Aplicada à Psicologia Fund. Biológicos do Comportamento I Psicologia Social I 3º Período ( 24 C.A) Introdução à Teologia II Psicologia Geral e Experimental III Psicologia do Desenvolvimento III Fund. Biológicos do Comportamento II Psicologia Social II Linguagem e Cognição 4º Período ( 24 C.A) Ética Psicopatologia I Psicologia da Personalidade I Téc. de Exame e Aconsel. Psicológico I Pesquisa Aplicada em Psicologia Psicologia Institucional
5º Período ( 24C.A)
Psicopatologia II
Psicologia da Personalidade II Téc. de Exame e Aconsel. Psicológico II Sistemas Psicológicos I Teorias e Técnicas Psicoterápicas I Psicologia Escolar I 6º Período (24 C.A) Téc. de Exame e Aconsel. Psicológico III Sistemas Psicológicos II Teorias e Técnicas Psicoterápicas II Psicologia Escolar II Psicologia Organizacional I Cultura Brasileira Ética Profissional em Psicologia
7º Período ( 28C.A)
Psicofarmacologia Teorias e Técnicas Psicoterápicas III Psicologia Organizacional II Psicodiagnóstico Psicoterapia Infantil Estágio Sup. em Psicologia Escolar 8º Período (28 C.A) Seleção e Orientação Profissional
Teorias e Técnicas Psicoterápicas IV Dinâmica de Grupo e Relações Humanas Psicoterapias Breves Psicologia Clínica Estágio Superv. em Psicologia Organizacional 9º Período (28 C.A) Monografia em Psicologia I Antropologia Filosófica Estágio Superv. em Psicologia Clínica I Estágio Superv. Complementar em Psicologia Escolar * ou Estágio Superv.Complem. em Psicologia Organizacional * Disciplinas Eletivas (*) Neste período o aluno terá a oportunidade de ampliar os seus conhecimentos de acordo com ênfase escolhida, optando por um dos Estágios Complementares, nas áreas de Psicologia escolar ou Organizacional. 10º Período ( 28 C.A) Monografia em Psicologia II Psicologia e Cultura Estágio em Psicologia Clínica II Disciplinas Eletivas 4. CRENÇAS
Este capítulo visa abordar as crenças e as suas variações uma vez que são consideradas
tema da Psicologia e um dos mais importantes conteúdos cognitivos. Esboçando assim um
resumo sob a visão de alguns autores sobre crenças, principalmente a de Krüger (1995).
4.1. Crenças, Opiniões e Convicções
Em toda história podemos observar a profunda influência de crenças e sistemas de
crenças em praticamente todos os processos cognitivos e sociais.
Formamos e mudamos crenças e sistemas de crenças num espaço de tempo muito
curto, em decorrência da influência dos meios de comunicação, mostrando-nos que crenças,
idéias, ideologias não resistem tanto ao tempo. Com o desenvolvimento sociocultural, temos
um incremento da produção de crenças, exigindo de nós uma contínua revisão do nosso
conhecimento e um ajustamento a esse mundo, que está em constante mudança. Ao nos
desenvolvermos como pessoas, vamos construindo nossas crenças acerca do mundo em que
vivemos.
Mas afinal, o que são crenças? Krüger (1986,p.32) define crenças como “proposições
que na sua reformulação mais simples, afirmam ou negam uma relação entre dois objetos
concretos ou abstratos, ou entre um objeto e algum possível atributo deste”.
Sendo assim, para Krüger (1995), as crenças são formadas a partir de dois processos: o
perceptivo e o cognitivo. Diante do que vemos, ouvimos, pensamos, sentimos é que passamos
a ter impressões sobre o mundo que nos cerca.
De outro lado, Bem (1973) interpreta crenças como sendo manifestações do
comportamento verbal, freqüentemente apresentadas em contextos sociais sendo inferidos a
partir do que a pessoa diz ou faz.
Neste sentido, crenças são pessoais, refletindo as nossas características e condições
psicológicas particulares. Podendo haver, entretanto, similaridades entre crenças acolhidas por
diferentes pessoas. As crenças são manifestadas através da fala ou escrita e dos significados
dotados de existência (convicções, opiniões, estereótipos e preconceitos), sendo a sua fonte a
experiência, conforme Krüger ( 1995).
Portanto, as crenças, opiniões e convicções de uma pessoa, formam a compreensão
que ela tem de si mesmo e do seu meio. Conhecendo as crenças de alguém poderemos saber
algo acerca da pessoa. O que buscamos com este trabalho, é conhecer as crenças sobre a
estrutura e funcionamento do Curso de Psicologia da UCP, a partir de opiniões emitidas por
escrito por estudantes e professores.
Segundo o dicionário Larousse (1970, p.242) “as opiniões são reveladoras de seu
caráter, elas informam sobre o sistema de valores ao qual a pessoa esta ligada”.
Podemos considerar crenças, opiniões e convicções pertencentes à mesma família,
sendo as convicções crenças de maior endosso e não um mero modo de ver as coisas como as
opiniões, que possuem baixa aceitação subjetiva. Além disso, as crenças podem ganhar a
dimensão de opinião pública, exercendo influências significativas sobre as motivações sociais
de todos que as aceitam.
As crenças são submetidas a hierarquias pessoais quanto ao seu valor. Rokeach ( apud
Krüger,1995,p.37) hierarquizou as crenças em 5 níveis, partindo da noção de centralidade;
quanto mais central for uma crença, maior valor terá para uma pessoa e assim uma maior
resistência para a sua mudança e vice- versa, causando repercussão no sistema de crenças,
caso ela venha sofrer alteração.
Para Krüger (1995), as crenças apresentam cinco características básicas:
Trata-se de proposições sobre objetos instalados nos três mundos de Popper, aceitas ao menos por uma pessoa, sendo subjetivamente endossadas, segundo níveis qualitativamente diversos de convicção; passíveis de observação quando declaradas ostencivamente; e encontram-se presentes em processos cognitivos de modo geral,
influenciando a percepção e a interpretação dos fatos, a formação das identidades, as relações interpessoais e os processos sociais coletivos. (p.27).
Em razão da grande difusão, crenças também se encontram onde quer que se realizem
práticas educativas, alcançando por conseguinte a todos quantos delas participem.
Para Bem (1973), se modificarmos o comportamento de uma pessoa podemos fazer
com que ela dirija as suas atitudes de forma a se tornarem coerentes com o comportamento
adotado.
4.2 Crenças, comportamentos e condutas
As crenças mantêm relação com as ações, tornando-se muito difícil tentarmos explicar
e compreender condutas e comportamentos se não levarmos em consideração a influência que
elas exercem.
Para termos uma conduta individual ou ações coletivas precisamos de crenças, que
poderão motivar ou não a realização de um objetivo pretendido. Se formos cônscios de nossos
valores e crenças, podemos ultrapassar os obstáculos da conduta em andamento e também
poderemos apresentar com maior probabilidade arrependimento pelo que já fizemos.
De acordo com Krüger (1994), o comportamento apresenta as seguintes características:
Depende sobretudo da consciência imediata não reflexiva; sua determinação decorre principalmente de estímulos, regras e hábitos já aprendidos ou estabelecidos para o controle e direcionamento da conduta e de processos cognitivos e afetivos, sua ocorrência não demanda a interpretação de fatos e situações; e seu domínio de aplicação é intra e interespecífico. (p.20).
Precisamos saber diferenciar os conceitos, para assim chegarmos a conhecê-los. Para
Eysenck (1994, p.261) “ o comportamento é uma atividade observável, respostas do indivíduo
aos estímulos”. Já as condutas, para Krüger (1995, p.76), se distinguem por critérios diversos
de comportamentos, pois demandam uma auto-consciência, têm intencionalidade, dependem
de atribuição de significado. O que para o dicionário Larousse (1970, p.80 ) “ seria uma
maneira de conduzir-se, não se reduzindo a dados materiais e objetivos, trata-se de uma
resposta a uma motivação que põe em jogo elementos psicológicos, motores e fisiológicos”.
Observamos que manifestamos comportamentos a todo momento, pois não exigem de
nós reflexão, ao contrário das condutas, que são mais significativas, o significado atribuído é
mais alto. Mobilizaremos aquilo de que necessitamos para ter uma conduta, precisando de
comportamentos para serem expressas.
A Psicologia social investiga-se as crenças, considerando sua origem, formação e
estrutura de sistemas de crenças, além do grau de aceitação subjetiva e da influência que
exercem tanto sobre o comportamento quanto na conduta.
Não é a realidade como ela se apresenta o que importa a uma pessoa e o que decide
sobre o seu comportamento, mas sim como ela supõe que esta seja.
Crenças estão inter-relacionadas a processos e estados mentais e afetivos,
influenciando a motivação, a tomada de decisão, comportamentos e condutas sociais,
alcançando desta maneira relações interpessoais e processos grupais. A cognição também está
ligada à conduta e ao comportamento. Toda as nossas condutas e comportamentos são
influenciados por valores. Lembre-se mais uma vez: conduta, é mais aplicável a
manifestações pessoais a que damos origem com algum grau de autonomia ou liberdade.
Segundo Krüger (1994), de modo geral, os termos ‘conduta’ e ‘comportamento’
tendem a ser empregados de maneira intercambiável. É possível que no curso da ação
sobrevenham fatos que determinem mudanças em crenças e objetivos estabelecidos
anteriormente. Tais alterações podem determinar a interrupção da conduta, sua reorientação
para outras metas ou produzir alterações secundárias na ação.
O nosso agir depende tanto da realidade sociocultural, quanto de elementos de nossas
características pessoais, condições e processos psicológicos particulares.
A fonte de todas as crenças é a experiência. A educação tem grande influência na
formação de crenças, pensamentos e sentimentos, que podem levar a novas crenças, as quais
podem ser explicadas, se vierem a ser identificadas. As crenças podem fazer com que as
pessoas modifiquem seus comportamentos e dirijam as suas atitudes de forma a se tornarem
coerentes com o comportamento adotado.
Para concluir, em concordância com Krüger (1996,p.64) , se somos seres dotados de
autonomia e capazes de assumir responsabilidades por nossas ações, não deveríamos abrir
mão disso, e nos tornarmos ventrilogos.
5. PESQUISA
A partir de agora trataremos da pesquisa propriamente dita, procurando identificar o
problema e descrever os procedimentos utilizados para obtenção dos resultados. E em seguida
apresentar a análise dos dados.
5.1 Problema
A pesquisa é de natureza empírica, que visa identificar e compreender melhor as
crenças dos estudantes e professores de psicologia quanto à estrutura e funcionamento do
Curso de Psicologia da UCP. Tornando-se oportuno salientar que em virtude da preocupação
que temos com a formação do psicólogo e com a mudança curricular a ser realizada neste ano,
é que surgiu um grande interesse em realizar uma pesquisa, que viesse a fornecer informações
que nos possibilitariam um entendimento mais claro da formação oferecida pela Instituição.
A metodologia utilizada para o desenvolvimento do tema proposto baseou-se em um
estudo empírico de levantamento de dados, com a utilização de questionário, que possibilitou
a comparação das crenças dos estudantes com as dos professores. A partir daí procedemos
estes a análise de conteúdo, que pode ser definida segundo Bardin (1977,p.160) como “ um
conjunto de técnicas de análise da comunicação.”
Pretendíamos ver algumas perguntas respondidas com o decorrer do trabalho, como
por exemplo: se as opiniões de estudantes de Psicologia sobre aspectos relativos a estrutura e
funcionamento do Curso de Psicologia seriam significativamente diferentes das opiniões dos
professores? Em que aspectos são semelhantes? Em que aspectos divergem? Quais as
possíveis crenças que sustentam essas opiniões?
5.2 Elaboração do Instrumento
Utilizou-se uma carta explicativa para os participantes, uma ficha de autorização e um
questionário (anexos I, II e III). Inicialmente, foi realizado um pré-teste para Marconi e
Lakatos (1990,p.90), “este método serve para evidenciar possíveis falhas existentes no
questionário, tendo em vista o seu aprimoramento e a sua validez.” Foram selecionados
aleatoriamente 6 estudantes e 4 professores, ressaltando o fato de apenas 2 professores terem
respondido ao questionário proposto.
Devido à diversidade de respostas e ao número restrito de participantes, optamos por
não alterar o questionário. Sendo assim, o questionário definitivo constou de 6 itens abertos e
1 fechado, relativos ao currículo atual, às disciplinas sugeridas e ao estágio supervisionado.
5.3 Participantes
A amostra pesquisada foi composta de professores e estudantes do Curso de
Graduação em Psicologia da Universidade Católica de Petrópolis.
Os estudantes pesquisados encontravam-se nos três últimos períodos do Curso, tendo
sido os participantes selecionados aleatoriamente.
A amostra foi constituída de 6 professores, de um total de 21 docentes e de 34
estudantes, dentre 86 discentes. Sendo assim, a amostra pesquisada foi de 40 pessoas, como
pode ser visualizado no gráfico 1:
5.4 Desenvolvimento
Os questionários foram aplicados pela pesquisadora no 1º semestre de 2005, tendo
sido encontradas dificuldades para a aplicação dos mesmos. Pouca receptividade e
disponibilidade por parte de alguns estudantes e principalmente dos professores, que não
podiam dispensar algum tempo de seu trabalho para responder ao questionário, o que
esclarece o número reduzido de participantes. De outro lado, observamos que a prática de
pesquisa ainda é muito pouco difundida na UCP. Conforme Branco (1998), a ciência
psicológica exige pesquisa, extensão e ensino reflexivos, críticos e engajados. Mas, a
universidade cria obstáculos ainda mais difíceis de serem ultrapassados, fazendo com que haja
resistência por parte das pessoas, por desconhecimento de sua importância, o que dificulta
trabalhos desta natureza. Para Bock (1997,p 42), uma formação crítica é aquela que “estimule
o aluno à pesquisa. Uma formação que ensine a perguntar, a estranhar o familiar e buscar
novas respostas”
34
6
40
85
15
100
0
20
40
60
80
100
%
N %
População Pesquisada
EstudantesProfessoresTotal
5.5 Interpretação dos Dados
Procuraremos analisar os dados, de acordo com as respostas dadas, procedendo a
comentários e inferências a partir das declarações feitas pelos participantes.
Procuramos descrever a amostra pesquisada, quanto ao seu papel social, o sexo e o
período do curso.
Gráfico 2: Variável Sexo
De acordo com os dados coletados, a maioria dos participantes é do sexo feminino,
tanto de professores quanto de estudantes, num total de 82,5% da população pesquisada.
É notória a predominância do sexo feminino nos cursos de Psicologia de todo o país.
Segundo Rosemberg (apud Yamamoto, Siqueira e Oliveira, 1997),
Aponta três hipóteses para explicar esse predomínio feminino: o processo de socialização vertical reforçando os modelos sexuais tradicionais; a segregação ocupacional e os benefícios para aquelas que necessitam enfrentar o que denomina de ‘dupla perspectiva de vida' ( profissional e doméstica).
0102030405060708090
%
Fem
inin
o %
Mas
culin
o %
Sexo
Estudantes
Professores
Total
Gráfico 3: Amostra em relação ao período dos estudantes pesquisados
Este gráfico indica o período em que os estudantes se encontravam matriculados
quando ocorreu a aplicação dos questionários: 44,12% dos estudantes se encontravam no 9º
período, 35,29% no 10º período e 20,59 % no 8º período.
Ressaltamos que as opiniões apresentadas e que foram sintetizadas nas tabelas a
seguir, foram agrupadas em categorias, segundo as idéia centrais.
Tabela 1: Objetivos de um Curso de Psicologia na opinião dos estudantes e professores.
Estudantes Professores Objetivos N % N % Minimizar conflitos 3 4,76 Possibilitar o conhecimento variado de correntes e técnicas 4 6,35 1 5,263 Desenvolver raciocínio crítico 1 1,59 1 5,263 Obter conhecimento teórico científico atualizado 2 3,17 1 5,263 Proporcionar o exercício prático 5 7,94 1 5,263 Articular a teoria com a prática 2 3,17 Atuar com competência em qualquer área indistintamente 9 14,29 3 15,789 Auxiliar os pacientes que necessitam de ajuda 5 7,94 Preparar o profissional para atuar com o ser humano 5 7,94 2 10,526 Atuar contra qualquer forma de exclusão 1 5,263 Formação integral do psicólogo 2 3,17
0
20
40
60
80
100
%
N %
Período
8º9º10ºTotal
Maior carga horária para prática 2 3,17 Realizar suas funções de acordo com a ética 4 6,35 3 15,789 Favorecer o auto- conhecimento 4 6,35 Formar bons profissionais 3 4,76 Proporcionar boa fundamentação teórica e prática 6 9,52 2 10,526 Tornar o homem técnico 2 3,17 Tornar o profissional amável e confiável 1 1,59 Propiciar a escolha de uma área de atuação para se especializar
1 1,59 1
Levar as pessoas ao equilíbrio e saúde mental 1 1,59 Formar profissionais qualificados para o trabalho em clínica, organizacional e escolar
1 1,59 1
Formar profissionais ativos e criativos 1 5,263 Formar profissionais comprometidos com o social 1 5,263 Total: 63 100 19 100
Através da análise da tabela 1, podemos constatar que grande parte dos estudantes
considera como sendo objetivos de um Curso de Psicologia, a capacidade de atuar com
competência em qualquer área da Psicologia indistintamente (14,29%). Proporcionar boa
fundamentação teórica e prática (9,52%), que permita auxiliar pacientes que necessitam de
ajuda (7,94%), que proporcione o exercício prático da profissão (7,94%) e que prepare os
futuros profissionais para atuar com o ser humano (7,94%).
Os professores destacam como objetivos a capacidade de atuar com competência em
qualquer área da Psicologia indistintamente (15,78%), concordando com os estudantes, e a
realização das funções com ética (15,78%). Para Mello (1989,p.17) “ a ética permeia toda a
questão da má formação dos profissionais.” Declaram também que o Curso de Psicologia visa
preparar os profissionais para atuar com o ser humano (10,52%), devendo portanto ser
proporcionado a eles boa fundamentação teórica e prática (10,52%).
Comparando as respostas dos estudantes com as dos professores, notamos que as
opiniões, quanto aos objetivos, se assemelham em sua maioria.
Conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Psicologia (2001), a
formação de psicólogos deve assegurar “(...) atuação em diferentes contextos considerando as
necessidades sociais, os direitos humanos, tendo em vista a promoção da qualidades de vida
dos indivíduos, grupos, organizações e comunidades.”
Gráfico 4: Se o currículo do curso de psicologia da UCP atende aos objetivos destacados
Analisando o gráfico acima, constatamos que 82,36% dos estudantes e 66,66% dos
professores, consideram que o atual currículo do Curso de Psicologia da UCP não atende aos
objetivos que destacam como sendo essenciais a um Curso de Psicologia, isto corresponde a
80% da população pesquisada. Apenas 10% consideram que a UCP atende por completo aos
objetivos destacados anteriormente.
0102030405060708090
%
Sim
Não
Em p
arte
s
Tota
l
Respostas
EstudantesProfessores
Tabela 2: Crenças, do porquê a UCP não atender aos objetivos de um Curso de
Psicologia
Estudantes Professores Respostas N % N %
Prioriza alguns assuntos em detrimento de outros 1 1,923 Algumas disciplinas deveriam ser reorganizadas na grade curricular
3 5,769
Currículo limitado 3 5,769 1 12,50 Disciplinas desatualizadas e dispensáveis 6 11,538 Falta articulação entre teoria e prática 3 5,769 Falta um melhor planejamento 1 1,923 Baixo número de professores em diferentes áreas e linhas teóricas
2 3,846
Faltam disciplinas que nos oriente em determinadas áreas 7 13,46 Falta rigidez nas avaliações 2 4,846 Má distribuição da carga horária de algumas disciplinas 2 3,846 Enfoque muito mais teórico que prático 5 9,61 Prática só nos últimos períodos 3 5,769 Baseia-se muito em psicanálise 2 3,846 Fazem mudanças prejudiciais 1 1,923 Deveria abranger outras correntes psicológicas 1 1,923 1 12,50 Não abrem espaço para novos profissionais trazerem sua experiência
1 1,923
Alguns programas serem superficiais 1 1,923 Nenhum currículo é perfeito 1 1,923 1 12,50 Falta embasamento teórico e prático 1 1,923 Faculdade com princípios na área de humanas 1 1,923 O não cumprimento dos programas 1 1,923 Revisão do currículo ser feita por pessoas inexperientes e de forma deficitária
1 12,50
O currículo precisa ser constantemente revisto 1 12,50 Não responderam 2 3,846 1 12,50 Iniciar a monografia só no 9º período 1 1,923 Professores com pouca didática 1 1,923 Precisaria uma análise mais acurada para eleição das disciplinas
2 25
Total: 52 100 8 100
A tabela 2 serve para identificarmos as crenças de professores e estudantes, que
explicariam o porquê do Curso de Psicologia da UCP não atender aos objetivos destacados.
Os estudantes apresentam como justificativas a falta de disciplinas que os orientem em
determinadas áreas (13,46%), por terem em sua grade curricular disciplinas desatualizadas e
dispensáveis (11,53%) e por estas apresentarem um enfoque muito mais teórico que prático
(9,61%).
Os professores consideram que isto se deve a uma má análise da eleição das
disciplinas do currículo, o que requer de uma avaliação mais acurada. Esta observação foi
feita por 25% dos professores pesquisados, diferindo da opinião dos estudantes. Weber,
Botomé e Rebelatto (apud Bettoi & Simão,2000, p.21) “criticam o currículo dos cursos de
formação, considerando-o o mais voltado ao ensino de técnicas e modelos de atuação
existentes (e consagrados), do que ao desenvolvimento de atuações profissionais socialmente
significativas.”
As disciplinas parecem, muitas vezes, não estarem articuladas de forma a se tornarem
complementares e a comporem um conjunto lógico. Para Mello (1996), na avaliação de
currículos de Cursos de Psicologia, observa-se que as disciplinas mantêm uma distância feroz
entre si.
Tabela: 3 Disciplinas que deveriam ser incluídas no currículo como obrigatórias
Estudantes Professores Disciplinas N % N %
Psicologia transpessoal 1 1,41 Psicologia e oncologia 1 2,82 Neurofisiologia 3 4,22 Neuroanatomia 4 5,633 1 9,09 Psicomotricidade 2 2,82 Psicopedagogia 4 5,633 1 9,09 Psicologia hospitalar 7 9,85 Psicologia jurídica 4 5,633 Teorias psicológicas 1 1,41 Psicologia comunitária 1 1,41 Psicologia do adolescente 1 1,41
Primeiros socorros 1 1,41 Psicoterapia e abordagens corporais 3 4,22 Psicologia junguiana 2 2,82 Neuropsicologia 5 7,04 Filosofia 1 1,41 1 9,09 Epistemologia 1 9,09 Educação especial 2 2,82 Não respondeu 6 8,45 1 9,09 Técnicas de aconselhamento 1 1,41 Mais estágio de clínica 2 2,82 Outras linhas teóricas 7 9,85 3 27,27 Psicossomática 1 1,41 Psiquiatria 3 4,22 Participação em pesquisa 1 1,41 Farmacologia 1 1,41 Psicodiagnóstico ( várias áreas) 1 Abordagem sistêmica em psicologia 1 9,09 História da psicologia 1 9,09 Psicologia da cultura I e II 1 9,09 Gerenciamento de recursos humanos 1 1,41 Testes psicológicos 1 1,41 Mais estágio de escolar 2 2,82 Terapia ocupacional 1 1,41 Total: 71 100 11 100
Esta tabela indica as disciplinas que deveriam ser incluídas no currículo como
obrigatórias. Para a maior parte dos estudantes deveriam ser incluídas a Psicologia Hospitalar
9,85%, disciplinas de outras linhas teóricas sem ser a Psicanálise 9,85%, e Neuropsicologia,
7,04%.
Leve-se em conta, porém, que 8,45% dos estudantes pesquisados não responderam a
esta pergunta.
Para os professores, deveriam ser oferecidas disciplinas de outras linhas teóricas
27,27%, o que se assemelha à opinião dos estudantes. São oportunas as observações de
Branco (op. cit. ),
A formação do psicólogo deve propiciar a produção do conhecimento no processo de aprender, transformando a realidade, sistematizando e trocando idéias, através de
materiais escritos pelos estudantes que gerem polêmica, re-estudos, novas elaborações. Onde teorias e práticas se articulem.(p.31).
Tabela: 4 Disciplinas que poderiam ser incluídas no currículo como eletivas
Estudantes Professores Disciplinas N % N %
Psicologia e oncologia 2 3,08 Visão psicológica da administração de empresas ( PO ) 1 1,54 Neuropsicologia 3 4,61 1 Psicossíntese 1 1,54 Psicopedagogia 1 1,54 Psicologia hospitalar 3 4,61 1 10 Psicologia jurídica 3 4,61 1 10 Psicologia do ego 1 10 Psicologia das relações objetais 1 10 Psicologia da emoção 1 10 Disciplinas voltadas para o sujeito contemporâneo 1 1,54 2 20 Psicoterapia e abordagens corporais 1 10 Mais prática ( organizacional, escolar e clínica) 3 4,61 Bioenergética 1 1,54 Técnicas alternativas 1 1,54 Psicoterapia do adolescente 1 1,54 Não respondeu 6 9,23 Aplicação de testes psicológicos 1 1,54 Psicopatologia do amor 1 1,54 Psicopatologia do idoso 1 1,54 Psicossomática 2 3,08 Psiquiatria 2 3,08 Psicologia clínica 1 1,54 Nutrição 1 1,54 Teorias e técnicas psicoterápicas 2 3,08 Processos gestacionais e implicações emocionais 1 1,54 Sexologia 1 1,54 Psicopatologia e toxicodependência 3 4,61 Antropologia cultural 1 1,54 Psicologia ambiental 1 1,54 Psicologia e marketing 1 1,54 Psicologia e estresse 1 1,54 Antropologia filosófica 2 3,08 Qualidade de vida na empresa 1 1,54 Psicodiagnóstico 1 1,54 Musicoterapia 2 3,08 Mediação 1 1,54 Luto psicopatológico ( Psicologia da Morte) 2 3,08
Outras linhas teóricas 4 6,15 Psicologia do esporte 2 3,08 1 10 Teologia (CMR) 3 4,61 Total: 65 100 10 100
Pode ser observado acima disciplinas que poderiam ser incluídas como eletivas.
Obtivemos uma diversidade de respostas: para 20% dos professores, deveriam ser oferecidas
disciplinas voltadas para o sujeito contemporâneo. Neste sentido, Dias (2001, p 37) observa
que “ um currículo deve priorizar conteúdos que possibilitam ao futuro profissional responder
às expectativas dos cidadãos, estando o psicólogo apto a lidar com as questões que afetam a
sociedade como um todo.” A opinião dos professores difere da opinião dos estudantes que
consideram que deveriam ser oferecidas disciplinas de outras linhas teóricas sem ser a
Psicanálise 6,15%. Fato este já referido pelos estudantes anteriormente.
Outro aspecto a ser considerado é a falta de respostas concentradas. Se calcularmos a
porcentagem de respostas em branco em relação ao número total de respostas efetivamente
dadas, verificamos um percentual bastante elevado 9,23%.
Gráfico 5: Em relação a carga horária dos estágios
01020304050607080
%
Satis
fató
ria
Insa
tisfa
tória
Respostas
EstudantesProfessoresTotal
A carga horária de estágios oferecida pela Instituição é considerada insatisfatória por
parte dos estudantes 70,59%. Enquanto que a opinião dos professores apresenta-se bastante
dividida , uma vez que 50% dos professores considera a carga horária satisfatória e outros
50% manifestaram opinião contrária.
Contudo, levando em conta a população total pesquisada, temos 67,50% que
consideram insatisfatória a carga horária dos estágios.
Tabela: 5 Organização e condução do estágio supervisionado em suas diversas áreas
Estudantes Professores Respostas N % N %
Com mais seriedade por parte dos professores 5 5,68 Com o mínimo de conteúdo a ser executado 2 2,27 Maior carga horária 10 11,36 Ter mais opções de supervisores e com menos alunos 5 5,68 Do jeito que já vem sendo realizado 3 3,49 2 14,285Todos os estágios serem conduzidos da mesma forma 7 7,95 O estágio de organizacional deveria ser metade da carga horária de supervisão e metade dentro de empresas
1 1,136
Com mais horário para conciliar a prática com a supervisão 1 1,136 As oficinas serem conduzidas como deveriam, como práticas 1 1,136 Ter outras opções de estágio 4 4,54 Maior carga horária para supervisão 2 2,27 1 7,142 O 10º período só com estágio e monografia 1 1,136 Com mais organização 3 3,49 1 7,142 Ser conduzido de forma mais dinâmica 5 5,68 Ocorrer paralelo a teoria ( Seqüencial) 2 2,27 3 21,43 Começar em períodos anteriores ( a partir do 5º ) 6 6,818 Através de convênios 2 2,27 Como auxiliar do profissional da instituição 1 1,136 Estágio de clínica começar antes do 9º período 3 3,49 Ter maior número de pacientes 2 2,27 1 7,142 Ter outras possibilidades de intervenção (terapia de grupo, dinâmica de grupo)
1 1,136
Sem oficinas 4 4,54 Supervisores com diferentes linhas teóricas 3 3,49 Estágio de escolar e organizacional como opcionais 1 1,136 Os convênios estarem fechados antes do início do estágio e os professores estarem informados destes
2 2,27
Acabar com o estágio complementar 1 1,136
Por pessoas mais competentes 1 1,136 Por pessoas com titulação 1 1,136 Capaz de formar profissionais para atuar com o ser humano 1 1,136 Não respondeu 1 1,136 Com mais embasamento teórico 3 3,49 2 14,285Iniciar como Co-terapeutas e fazer a triagem da clínica-escola 2 2,27 Menos cobranças na avaliação 1 1,136 Como forma de pesquisa 1 7,142 Como prestação de serviço à comunidade 1 7,142 Sem ser simulação prática 1 7,142 Carga horária igual em todos os estágios 1 7,142 Total: 88 100 14 100
A tabela 5 tem por objetivo elencar as crenças de como o estágio supervisionado
deveria ser organizado e conduzido em suas diversas áreas. O que pode ser observado em
destaque é que os estudantes entendem que deveria haver uma maior carga horária destinada
aos estágios (11,36%), que os estágios deveriam começar a partir do 5º período (6,81%), que
fossem conduzidos de forma mais dinâmica (5,68%), com mais seriedade por parte dos
professores (5,68%) e com mais opções de supervisores e com menos estudantes por
supervisão (5,68%). Já os professores consideram que os estágios deveriam ser seqüenciais,
oferecidos paralelamente à teoria (21,43%). Segundo Demo (1999),
A prática não se restringe à aplicação concreta dos conhecimentos teóricos, por mais que isto seja parte integrante. Prática como teoria, perfaz um todo e como tal está na teoria, antes e depois. Uma não pode ser isolada da outra. (p.59).
Os professores destacam também, a importância dos estágios serem conduzidos e
organizados com mais embasamento teórico (14,28%) e que deveriam ocorrer da mesma
maneira que os estágios estão sendo realizados (14,28%). De acordo com Gondim ( 2002),
O despreparo profissional está relacionado à qualidade dos estágios curriculares, avaliados como insuficientes e inadequados, o que compromete tanto o perfil profissional, quanto à inserção num mercado que coloca em xeque os limites rígidos entre alguns campos de atuação prática.
Pôde ser observado na análise dos dados, que houve correspondência e semelhança de
crenças apresentadas por professores e estudantes relativamente aos objetivos do Curso de
Psicologia, quanto às disciplinas a incluir no currículo e em relação à carga horária do estágio
supervisionado.
Ressaltando o fato de que, o atual currículo, bem como o funcionamento atual dos
estágios supervisionados devem sofrer correções imediatas. Os participantes destacam a
importância do Curso de Psicologia na formação científica e profissional, mas entendem que
ainda é muito grande a diferença entre a realidade e o que se almeja.
6- CONCLUSÃO
As crenças são representações psicológicas baseadas na experiência. Não sendo
diretamente observadas, mas inferidas a partir do que uma pessoa diz ou faz, organizando-se
de acordo com o grau de importância para o sujeito. Podem variar por exemplo de uma mera
opinião, que é um modo de ver com baixo valor subjetivo, à uma convicção, que é uma crença
de maior endosso.
As crenças influenciam na tomada de decisão e na conduta social, estando vinculadas
diretamente a valores, que fundamentam a maior parte de nossas ações. Sendo assim, através
das opiniões coletadas, de estudantes e professores, é que pudemos conhecer quais eram as
crenças com relação à estrutura e funcionamento do Curso de Psicologia da Universidade
Católica de Petrópolis (UCP).
No que se refere aos resultados da pesquisa, verificamos que em muito se assemelham
as crenças de professores e estudantes no que tange aos objetivos de um Curso de Psicologia.
Destaca-se como de suma importância a necessidade de obter capacidade para atuar em
qualquer área da Psicologia, mediante uma boa fundamentação teórica e prática. De outro
lado, admitem que os estágios deveriam sofrer alterações quanto à carga horária e condições
de funcionamento, a fim de assegurar um bom embasamento prático. Sugerem ainda diversas
disciplinas que deveriam ser incluídas no currículo seja como eletivas seja como obrigatórias,
destacando-se disciplinas de outras linhas teóricas além da Psicanálise. Deixam transparecer a
existência de uma forte tendência psicanalítica no currículo vigente.
A formação profissional está baseada num currículo que consiga abarcar o maior
conteúdo possível, dando condições aos seus graduandos à obtenção de capacidade de exercer
à Psicologia em qualquer área, com competência.
Pudemos através desta pesquisa fornecer alguns dados que possibilitam compreender o
Curso de Psicologia da UCP, na visão de seus principais atores, que são professores e
estudantes.
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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS Faculdade de Psicologia Pesquisa: Percepção de professores e estudantes relativa ao curso de Psicologia da UCP Estudante: Joyce Tavares Gomes Orientador: Prof. Helmuth Krüger
Petrópolis, 13 de maio de 2005. Prezado colega, A pesquisa empírica sobre a Percepção de Professores e Estudantes Relativa ao Curso
de Psicologia que pretendo realizar irá constituir a base para a minha monografia de final de
curso.
Além disso, as informações obtidas através desse levantamento serão colocadas à disposição da Diretoria da Faculdade de Psicologia, podendo ser de alguma utilidade na oportunidade da revisão curricular deste Curso, prevista para o segundo Semestre do corrente. Neste sentido, solicito ao colega responder ao questionário em anexo, assegurando que as respostas dadas nos itens deste instrumento serão consideradas confidenciais e que o relatório conclusivo da pesquisa ficará à disposição dos participantes Cabe lembrar que nesta pesquisa estão sendo observadas as recomendações contidas
na Resolução 196 de 1996 do Conselho Nacional de Saúde.
Cordialmente,
Joyce Tavares Gomes
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Joyce Tavares Gomes e- mail: [email protected]
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS
Faculdade de Psicologia
Pesquisa: Percepção de professores e estudantes relativa ao curso de Psicologia da UCP
Estudante: Joyce Tavares Gomes
Orientador: Prof. Helmuth Krüger
Concordo em participar da pesquisa sobre Percepção de professores e estudantes
relativa ao curso de Psicologia da UCP.
Petrópolis, 13 de maio de 2005
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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS Faculdade de Psicologia Pesquisa: Percepção de professores e estudantes relativa ao curso de Psicologia da UCP Estudante: Joyce Tavares Gomes Orientador: Prof. Helmuth Krüger Por favor, responda aos itens abaixo 1. Em sua opinião, quais são os objetivos de um Curso de Formação em Psicologia? 2. Considerando a resposta anterior, em seu entendimento o currículo atual do Curso
de Psicologia da UCP atende aos objetivos destacados? 3. Se sua resposta foi não na questão anterior, qual seria a explicação para isto? 4. Que disciplinas deveriam ser incluídas no currículo como obrigatórias? 5. Que disciplinas poderiam ser incluídas no currículo como eletivas?
6. Em relação a prática ( estágios) você considera a carga horária satisfatória? ( ) Sim ( ) Não 7.Como deveria ser organizado e conduzido o estágio supervisionado em suas diversas áreas?