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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
O MÓDULO PS DO SAP NO GERENCIAMENTO DE PROJETOS
Por: Rosemary Cardoso da Silva
Orientador
Prof. Nelsom Magalhães
Rio de Janeiro
2011
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
O MÓDULO PS DO SAP NO GERENCIAMENTO DE PROJETOS
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Gestão de
Projetos.
Por: Rosemary Cardoso da Silva.
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AGRADECIMENTOS
A Deus por estar sempre presente em
minha vida e me dar forças para buscar
a realização dos meus sonhos.
Aos meus pais, meu marido e minhas
irmãs que me apoiaram até chegar
essa etapa de minha vida.
Aos professores da AVM e ao
orientador Prof. Nelsom por seu apoio
e orientação.
Aos amigos e colegas pela ajuda e
incentivo.
4
DEDICATÓRIA
Aos meus pais Severino e Maria
Aparecida, meu marido Adilson e
minhas irmãs Roseane e Talita que de
muitas formas me incentivaram e
ajudaram para que fosse possível a
concretização do mesmo.
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RESUMO
A pesquisa tem por objetivo expor como o Módulo PS do SAP pode
ajudar no planejamento e gerenciamento de todas as etapas do ciclo de vida
dos projetos. Esse estudo não tem como propósito ensinar como usar a
ferramenta. A intenção é mostrar quais funcionalidades o sistema disponibiliza
para ajudar nos processo de iniciação, planejamento, execução, controle e
encerramento dos Projetos.
6
METODOLOGIA
Para estudar o funcionamento da versão Standard do Módulo PS do
SAP e como é usado para Gestão de Projetos, este trabalho foi realizado por
estudos bibliográficos.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I – O SAP e o Módulo PS 09
CAPÍTULO II – O Módulo PS no Processo de Iniciação 12
CAPÍTULO III – O Módulo PS no Processo de Planejamento 19
CAPÍTULO IV – O Módulo PS no Processo de Execução 27
CAPÍTULO V – O Módulo PS no Processo de Controle 32
CAPÍTULO VI – O Módulo PS no Processo de Encerramento 39
CONCLUSÃO 41
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 42
BIBLIOGRAFIA CITADA 43
ÍNDICE 44
8
INTRODUÇÃO
Com o passar dos anos os projetos se tornaram mais freqüentes nas
instituições, sendo necessária a contratação de pessoal especializado e
aquisição de sistemas para o gerenciamento desses projetos.
Hoje no mercado existem vários softwares para o gerenciamento de
projetos e um desses softwares é o Módulo PS do SAP. O Módulo PS possui
várias funcionalidades para gerenciar projetos com uma diferença muito
importante, por ser tratar de um software ERP o módulo PS possui integração
com vários outros módulos como MM Módulo de Materiais - para controlar a
aquisição e uso de materiais no projeto, FI Módulos de Finanças - para gestão
da contabilidade financeira e custos realizados, CO Módulo de Controladoria –
uso de objetos desse módulo para planejamento integrado dos custos, e HR
Recursos Humanos – planejamento da força de trabalho, PM – Módulo de
Manutenção, PP – Módulo de Produção e outros módulos.
Com o uso do PS é possível conseguir relatórios, versões dos projetos
e atividades específicas de gerenciamento como datas, custos, recursos,
prioridades, detalhamento do escopo (WBS ou EAP), inclusão de empresas
contratadas e encerramento desses projetos.
A utilização dessa ferramenta possui ainda um grande atrativo: a
possibilidade de extração de diversos relatórios através de uma ferramenta de
BI do SAP chamada BW.
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CAPÍTULO I
O SAP E O MÓDULO PS
O SAP – System Applications and Products in Data Processing – é um
sistema para integração de informações e automatização de processos que
interliga várias áreas de negócio de uma empresa e auxilia no processo
decisório. É um sistema ERP – Enterprise Resource Planning – ou seja, um
sistema integrado para Gestão Empresarial desenvolvido pela empresa alemã
SAP.
O PS – Project System ou Sistema de Projeto – é o módulo do SAP
utilizado para ajudar no gerenciamento de projetos. Com o seu uso é possível
fazer o planejamento de custos, tempo, materiais; definir regras de negócio;
desenvolver estrutura; executar liberação e confirmar atividades; avaliar o
projeto (relatórios) e encerrar o projeto.
Utilizado para auxiliar no Gerenciamento de Projetos, o módulo PS é,
segundo DOWLING (2008), um repositório para planejamento, coleta e
geração de custos e lucros através de uma estrutura que representa o escopo
do projeto em todo seu ciclo de vida. Com sua estrutura de objetos, o PS
permite a criação de uma EAP (Estrutura Analítica de Projeto) ou WBS (Work
Breakdown Structure) conforme a necessidade do Projeto. O Projeto pode ter
uma estrutura com apenas um objeto para registrar custos de HH de um
consultor por exemplo, ou ter uma estrutura complexa que reflete cada
atividade de construção de plataforma de petróleo.
Nos objetos do PS são gravadas informações de como o Projeto irá se
comportar. Com a integração do Sistema SAP e o uso dessa estrutura é
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possível gerar compra de material (já cadastrado no módulo MM ou sem
código para aplicação imediata) e serviços, disparar eventos e agendar
trabalhos necessários para e execução do Projeto.
Ainda sobre a integração do Módulo PS, a Biblioteca SAP afirma que:
“O alto grau de integração entre o Sistema de projetos
(PS) e outros componentes de aplicação do R/3 significa
que é possível planejar, executar e relatar projetos como
parte dos procedimentos comerciais de rotina. Isso
significa que o Sistema de projetos tem acesso constante
aos dados em todos os departamentos envolvidos no
projeto.” (BIBLIOTECA SAP, 2003)
1.1 – Estrutura Organizacional
O Sistema de Projetos não tem estrutura organizacional própria, e
segundo a BIBLIOTECA SAP (2003) o PS se incorpora à estrutura existente ao
fazer atribuições às unidades organizacionais em Logística e Contabilidade. É
isso que permite ao Sistema de Projetos apresentar dados claramente e de
muitas maneiras diferentes.
Segue a estrutura organizacional usada no PS.
11
Figura 1 – Estrutura Organizacional (BIBLIOTECA SAP, 2003)
12
CAPÍTULO II
O MÓDULO PS E O PROCESSO DE INICIAÇÃO
O Processo de Iniciação é a fase inicial do Projeto, quando é feito a
identificação da necessidade, que pode ser de um novo produto, aproveitar
uma oportunidade, atender a uma demanda ou necessidade estratégica,
avanço tecnológico, uma solicitação do cliente ou para resolver um problema.
Nesta fase são identificados todas as partes interessadas, do cliente até a
equipe de Projeto. É o momento também de realizar a análise de viabilidade
do Projeto, definição do escopo, desenvolvimento de cronograma e
levantamento inicial do orçamento.
O PS utiliza estrutura de objetos para planejar o Projeto e esses objetos
são formados pelo Plano de Estrutura de Projeto (PEP). O Plano de Estrutura
de Projeto (PEP) é o desenho de hierarquia organizacional do Projeto que é
constituído de diferentes objetos que facilita o planejamento, a execução e o
controle das fases do Projeto. O Plano de Estrutura de Projeto tem o mesmo
conceito de EAP - Estrutura Analítica do Projeto ou WBS – Work Breakdown
Structure. Segundo DOWLING (2008) a WBS transporta informações como
Organização, Datas, Configurações Especiais, Tipo de Projeto, Quem é o
responsável entre outras.
O Plano de Estrutura de Projeto é constituído pelos seguintes objetos:
� Definição de Projeto
� Elemento PEP
� Diagrama de Rede
� Tarefa
� Elemento de Tarefa
� Marco
� Componente de material
� Texto PS e Anexos
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A área para criação desses objetos no PS é o Project Builder, acessado
pela transação CJ20N, que é dividido em três áreas:
� Estrutura de Árvore – exibe todos os objetos da estrutura do
Projeto (Definição do Projeto, Elemento PEP, Diagrama de Rede,
Tarefa, Elemento de Tarefa, Marcos, Componente, e Texto PS e
Anexo).
� Lista de Trabalho e Modelo – exibe os últimos projetos ou objetos
acessados. É um menu rápido de acesso.
� Área de Trabalho ou funcional – é a área de detalhamento do
objeto selecionado na Estrutura de Árvore. O detalhamento dos
objetos é visualizado por uma estrutura de Abas.
A seguir DOWLING (2008) mostra um exemplo de Estrutura de projeto.
Figura 2 – Estrutura do Projeto com Componente de Material (DOWLING 2008)
14
2.1 – Definição de Projeto
É o objeto inicial de um Projeto, segundo DOWLING (2008) é a
estrutura de todos os elementos PEP criados em um Projeto. É o objeto usado
para identificar o Projeto e agregar todos os outros objetos (elemento PEP,
cabeçalho de diagrama de redes, tarefas, elementos de tarefa,
relacionamento, componentes e marcos). Esse objeto possui informações
organizacionais como Empresa, Centro, Área de Contabilidade de Custos e
Calendário de Fábrica que são válidas para o Projeto inteiro.
A Definição de Projeto possui a descrição e o código do Projeto que é a
identificação dentro do sistema e sua formação (máscara) depende do perfil do
Projeto e da regra de negócio de cada empresa. Os campos Data de Início e
Término também são informações de grande importância na Definição de
Projeto.
2.2 – Elemento PEP
São os elementos estruturais do Plano de Estrutura do Projeto, utilizado
para descrever pacotes de trabalho que podem ser subdividido. O Elemento
PEP é utilizado para definir as fases do Projeto, estruturar hierarquicamente o
Projeto, acompanhar custos e o andamento físico, controlar datas, consolidar
informações e sumarizar valores.
Alguns dados na Definição de Projeto são válidos também para todos os
elementos PEP da estrutura, que só pode ser alterados em algumas
circunstâncias. Algumas informações como empresa e centro podem ser
diferentes para elementos PEP.
Os PEPs de último nível, ou seja que terão atividades (tarefas)
associadas, deverão possuir a informação de Código Operativo:
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� Planejamento de Custos – Deve ser marcado para receber
Planejamento de Custos.
� Classificação Contábil – Deve ser marcado para receber custos
reais.
� Faturamento – Deve ser marcado para receber receitas.
2.3 – Diagrama de Rede
Segundo DOWLING (2008) é uma coleção de atividades que podem se
dividir para representar elementos como trabalho e materiais. São utilizados
como base para o planejamento, análise, controle e monitoramento de datas,
custos e recurso como pessoal, material, serviço e documentos.
Um Diagrama de Rede é composto por:
� Cabeçalho de Diagrama de Rede
� Tarefa
� Elemento de Tarefa
� Marco
As informações de um Cabeçalho de Diagrama de Rede valem para
todo o Diagrama. Essas informações incluem datas de início e fim e datas
reais e programadas, status do sistema e dados organizacionais.
2.4 – Tarefa
São objetos da estrutura utilizados para detalhar as diversas atividades
de um Projeto. As tarefas são executadas em sequência ou em paralelo e são
usadas para planejar, executar e controlar:
� Capacidades de recursos (mão de obra e equipamentos)
� Materiais
� Serviços
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� Custo
Existem três tipos de Tarefas que possuem uma chave de controle,
informação que determina o tipo de Tarefa. As Tarefas são classificadas em:
� Tarefa Interna
� Tarefa de Prestação de Serviços
� Tarefa de Custos
2.4.1 – Tarefa Interna
As Tarefas Internas são usadas para especificar as atividades
executadas por recursos (mão de obras e equipamentos) da Empresa ou
Terceiros agrupados por um Centro de Trabalho. Algumas informações como
quantidade de HH será necessário para a atividade, duração, quanta
capacidade é necessária para executar o trabalho (por exemplo, três
máquinas) são importantes para o correto planejamento da Tarefa Interna.
2.4.2 – Tarefa de Prestação de Serviços
As Tarefas de Prestação de Serviços são usadas para planejar os
serviços que serão executados por Terceiros. Esses serviços podem ser um
pequeno serviço ou serviços medidos em um contrato cadastrado no Módulo
MM.
Com as informações dos serviços cadastrados, o PS cria
automaticamente uma Requisição de Compras que é um documento do
Módulo MM onde é iniciado o processo de compra.
2.4.3 – Tarefa de Custo
São objetos da estrutura utilizados para detalhar as diversas atividades
de um Projeto planejadas por custo. Podem ser utilizadas também para
detalhar atividades que ainda não possuem informações detalhadas. Segundo
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DOWLING (2008), a Atividade de Custo é a forma mais simples de custeio em
redes, são definidas através de chave de controle e transportam quantias na
moeda selecionada.
2.5 – Elemento de Tarefa
São Tarefas subordinadas a outras Tarefas e são utilizadas para
decompor as atividades ou informar mais de um Centro de Trabalho, Classe de
Custos ou Moeda.
Os elementos assumem as informações das Tarefas ao qual estão
subordinados.
2.6 – Marco
Objeto da estrutura que tem como objetivo marcar o início ou fim de fase
ou representar um evento importante. Os Marcos podem ser criados
associados a uma Tarefa ou um Elemento PEP e são definidos por datas, não
possuindo duração.
2.7 – Componente de Material
Objeto da estrutura que identifica os materiais que serão utilizados no
Projeto. Esses materiais podem ter código já cadastrado ou não. Segundo
DOWLING (2008) os Componentes de Materiais representam os materias que
precisam ser planejados no Projeto e pertencem a uma atividade por vez,
formam a base do planejamento de custos, podem disparar uma Reserva ou
Requisição de Compra, podem ser de estoque ou não, formam a base de
aquisição do Projeto e não há restrição quanto a quantidade.
2.8 – Texto PS e Anexos
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O Texto PS é uma funcionalidade do PS que permite usar um editor de
texto para entrada e edição de informações. Os textos ficam armazenados na
estrutura do Projeto e são anexados aos objetos.
Os Anexos são funcionalidade do sistema que permite anexar arquivos
em vários formatos nos objetos do Projeto.
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CAPÍTULO III
O MÓDULO PS E O PROCESSO DE PLANEJAMENTO
O Processo de Planejamento é fase de detalhamento do Projeto. Etapa
de levantamento de tudo que será realizado como alocação de pessoal,
análise de custos, identificar e seqüênciar as atividades. Nessa fase também é
produzido o Plano de Gerenciamento de Projeto com todos os planos do
projeto.
O PS disponibiliza diversos recursos para auxiliar no planejamento do
Projeto como Relacionamento entre as Tarefas, Programação de Datas,
Baseline Física, Planejamento de Custos e Solicitação de Materiais e Serviços.
3.1 – Trabalhando com Datas
As Datas são informações de grande importância no Gerenciamento de
Projetos, e segundo DOWLING (2008) as datas tem papel importante no
planejamento de custo pois a duração das várias WBSs determina onde o
planejamento será mostrado. Elas ocorrem em todos os níveis da estrutura
do Plano de Estrutura de Projeto (PEP). O Módulo PS disponibiliza
programação por datas que faz com que o sistema calcule a duração das fases
e folgas.
O PS trabalha com vários tipos de datas:
� Datas Básicas – São as datas definidas nas Tarefas, depois da
programação essas datas sobem para os outros níveis da estrutura
(diagramas e PEPs).
� Datas de Previsão – São as datas gravadas na Baseline (datas do
primeiro planejamento ou de modificações durante o ciclo de vida do
Projeto). Essas datas são apenas para planejamento.
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� Datas Programadas – São as datas de início e fim atribuídas as
tarefas depois de realizada a programação.
� Datas Reais – São as datas informadas nas confirmações.
� Primeiras e Últimas Datas – São as datas atribuídas aos PEPs e
diagramas calculados pelo sistema que determina a primeira data
mais cedo e a última data mais tarde das tarefas.
� Restrições – São as datas informadas manualmente de acordo com
restrições determinadas no sistema. Ex.: Deve iniciar em, Não pode
terminar antes de, etc.
A tabela a seguir mostra os tipos de datas que são suportados na
estrutura.
Elemento PEP
� Datas Básicas
� Datas de Previsão
� Datas Programadas
� Datas Reais
Cabeçalho de Diagrama de
Rede
� Datas Básicas
� Datas Programadas
� Datas Reais
Tarefas do Diagrama de Rede
� Restrições
� Primeiras Datas
� Últimas Datas
� Datas Reais
Elementos de Tarefa
� Primeiras Datas
� Últimas Datas
� Datas Reais
Tabela 1
3.1.1 – Programação de Datas
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Programação de Datas é o cálculo que o sistema faz para encontrar as
datas mais cedo e mais tarde de início e fim das tarefas, cabeçalhos de
diagrama de rede e elementos PEP. Define as data de início e fim em função
da duração, restrições, folgas, reduções, relacionamentos e calendários. O
Módulo PS disponibiliza três métodos de programação de datas. São eles:
� Top-Down – As datas programadas são transferidas da Definição de
Projeto para os elementos PEP e tarefas.
� Bottom-Up – Depois da programação as datas sobem das tarefas
até o PEP de nível mais alto.
� Programação Livre – A programação é feita de acordo com uma
necessidade específica. As configurações para esse tipo de
programação devem ser definidas no sistema.
3.1.2 – Relacionamento
É o relacionamento entre duas tarefas que determina uma seqüência
cronológica, determinando a ordem das atividades na rede. Esse
relacionamento determina a Tarefa Predecessora, tarefa que determina o
início ou fim da sucessora, e Tarefa Sucessora, tarefa que depende do início
ou fim de outra tarefa. Os Tipos de Relacionamento são:
� Término-Início – A Tarefa Sucessora só começa quando termina a
Tarefa Predecessora. É o tipo de ligação mais usado.
� Término-Término – A Tarefa Sucessora termina com a conclusão da
Tarefa Predecessora.
� Início- Início – A Tarefa Sucessora começa junto com a
Predecessora.
� Início-Término – A Tarefa Sucessora termina assim que começa a
Tarefa Predecessora.
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Podem ser associadas Folgas entre as atividades. Essas Folgas podem
ser positivas ou negativas:
� Folga Positiva – Atrasa a Tarefa Sucessora em relação à Tarefa
Predecessora.
� Folga Negativa – Adianta a Tarefa Sucessora em relação à Tarefa
Predecessora.
3.1.3 – Criação da Baseline
São as datas do primeiro planejamento ou de modificações durante o
ciclo de vida do Projeto. Depois da realizada a primeira programação de datas
(Data Básica) no Projeto é necessário que essas datas sejam copiadas para a
Linha de base do projeto que serão as Datas de Previsão. A cópia de dessas
datas é feita pelo Painel de Planejamento.
A Baseline criada não sofrerá alteração até uma nova necessidade de
criação de Baseline.
3.2 – Planejamento de Custos
É o planejamento dos custos previstos para a realização do Projeto. O
primeiro planejamento do Projeto é uma estimativa de custos, e de acordo com
o andamento, o objetivo é monitorar e controlar os custos realizados e
possíveis desvios custos. Durante as etapas de planejamento e execução os
objetivos são mais específicos:
- No Planejamento – funciona como estimativa inicial de custos.
- Na execução – supervisiona e controla os desvios de custos.
Segundo a BIBLIOTECA SAP (2003) “O Planejamento de custo pode
ser utilizado para comparar os custos reais e planejados e analisar desvios.”
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Para realizar o planejamento são usados o plano de estrutura de projeto
e diagramas de rede. De acordo com a BIBLIOTECA SAP (2003) o
planejamento no plano de estrutura de projeto é utilizado para o planejamento
de projetos de investimentos que requer controle maior do custo e deve ser
feito pelo planejamento manual. O planejamento pelo diagrama de rede não
tem foco no custo, e sim nas datas e recursos humanos e operacionais e tem o
custo calculado com referência na estrutura quantitativa e de preço. Este tipo
de planejamento é para projeto que tem como relevância, além dos custos,
datas e recursos.
Para realizar o planejamento no Plano de Estrutura de Projeto os dados
de custos devem planejados nos objetos de nível inferior na estrutura (Tarefas)
e o sistema sobe com esses valores para os níveis mais altos (PEP).
Após o planejamento, o ideal é que seja feito uma cópia, ou seja, salvar
uma versão do que foi planejado, porque com o passar do tempo esses
valores planejados sofrem alterações durante o ciclo de vida do projeto e com
essas versões gravadas é possível fazer comparações. O primeiro
planejamento de custo executado no projeto é criado automaticamente com o
nome de versão 0 (zero).
O sistema permite ver os valores planejados totalizados, realizar ajustes
para mais ou menos por montante ou porcentagem e também apresentar os
valores planejados por diferentes visões.
Existem algumas mudanças como planejamento de custo que são
documentadas como Partidas Individuais. Essas Partidas são gravadas com
informações como data e dados de quem fez para possam ser rastreadas no
futuro, caso seja necessário. As Partidas Individuais também possuem um
código único que as identificam.
O planejamento em Diagrama de Rede, segundo a BIBLIOTECA SAP
(2003), tem como objetivo planejar serviços, trabalhos e recursos necessários
em operações do diagrama, e o sistema calcula todos os custos planejados,
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considerando as modificações de datas. Os custos planejados são distribuídos
ao longo do tempo como base no período da atividade.
Após ser feito todo o planejamento de custo do Projeto, deve ser criada
a primeira versão do planejamento que é a Baseline de Custo através da
transação CJ9FS. Essa Baseline será usada para comparar com os custos
realizados no Projeto.
3.3 – Solicitação de Material e Serviços
Através da integração com o Módulo MM é possível solicitar material e
serviços de dentro do Módulo PS.
3.3.1 – Solicitação de Material
Para fazer a solicitação de material o PS utiliza o componente de
material atrelado as tarefas de prestação de serviços, tarefas internas ou
tarefas de custos. Fazendo a solicitação dessa forma se consegue fazer o
planejamento dos materiais de acordo com a data da necessidade, planejar a
entrega no prazo especificado, planejar custos, controlar e monitorar o
fornecimento.
O processo de solicitação inicia com a criação do componente de
material associado a uma tarefa. Esse componente deve ter a informação de
Categoria de Item que determina o tipo de material que pode ser do tipo L ou
N. O tipo L significa item inventariado, ou seja, o material é adquirido direto
para estoque, deve ter código cadastrado no Módulo MM. O tipo N significa
item não inventariado, ou seja, o material é adquirido direto para aplicação
imediata ou suprimento direto, não é obrigatório o código da material.
Após a criação do componente de material o sistema analisa a
informação Categoria do Item e determina se o material será suprido por
Reserva (Tipo L), documento do Módulo MM que solicita material cadastrado
25
em estoque, ou Requisição de Compra (Tipo N) que segundo a BIBLIOTECA
SAP (2003) é um documento interno que define a necessidade de material e
serviço que autoriza o departamento de compra a obter o material na
quantidade e data especificado.
3.3.2 – Solicitação de Serviços
A solicitação de serviço pelo Módulo PS é feito através de Tarefa e ou
Elemento de Prestação de Serviços. O serviço solicitado para um Projeto pode
ser:
� Pequeno Serviço – sem a necessidade de um contrato. Esses
serviços são caracterizados pelo valor. Cada empresa tem um limite
de valor para pequenos serviços.
� Contrato de Serviço – é um documento do Módulo MM onde é
possível fazer solicitações através do Módulo PS. As Tarefas ou
Elementos criados no PS para solicitar serviços referentes a um
contrato devem possuir o número do contrato em sua estrutura.
3.4 – Necessidade de Capacidade em Projetos
De acordo com a BIBLIOTECA SAP (2003), são os recursos internos
necessários para executar um Projeto em um determinado tempo. O Ajuste de
Capacidade é uma funcionalidade do sistema que compara a necessidade de
capacidade de um Projeto com a capacidade dos Centros de Trabalho
atribuídos ao Projeto. O sistema faz o cálculo da necessidade de capacidade
baseado em uma fórmula cadastrada na tela de detalhes de capacidade do
centro de trabalho. Para calcular a necessidade de capacidade é preciso que
seja feito a programação do diagrama de rede e para que a programação
funcione as informações de tempo de emprego, fórmula de duração,
calendário e fórmula de necessidade de capacidade devem estar cadastradas
no Centro de Trabalho.
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À medida que os trabalhos são realizados no Projeto a capacidade vai
reduzindo. Isso acontece com a confirmação das Tarefas mensalmente até o
término de suas atividades, confirmação final. Outra forma também de reduzir
a necessidade de capacidade é atribuindo o Status “tecnicamente completo”.
Quando acontece a confirmação final ou atribuição do Status o sistema remove
todas as necessidades de capacidade do diagrama de rede.
3.5 – Planejamento da Força de Trabalho
Planejamento da Força de Trabalho é o planejamento de pessoal nas
atividades do Projeto no tempo específico das tarefas. Para esse
planejamento é usado uma Tarefa de Processamento Interno com informações
de Tipo de Atividade e Centro de Trabalho, que de acordo com DOWLING
(2008), podem representar uma peça de maquinário, um cargo ou um trabalho
individual, e os valores ajustados determinam que uso, os padrões, a
capacidade, agendamento, custeio e técnico. O planejamento da força de
trabalho usa a integração com o Módulo HR que usa o Número Pessoal para
determinar a capacidade e custo real para prover um recurso individual.
Alguns pré-requisitos, segundo a BIBLIOTECA SAP (2003) para alocar
pessoal nas tarefas internas são:
� ter atribuído Centros de Trabalho as Tarefas Internas,
� ter entrado com fórmulas no Centro de Trabalho para determinar as
necessidades de capacidades,
� ter programados as Tarefas.
27
CAPÍTULO IV
O MÓDULO PS E O PROCESSO DE EXECUÇÃO
É o processo onde acontece o andamento do Projeto. Fase em que as
atividades planejadas são executadas, quando os recursos são utilizados e a
equipe de Projeto é gerenciada. É uma das fases com maior duração e com
maior custo realizado.
4.1 – Status
Status são informações atribuídas aos objetos da estrutura do Projeto
que determinam o que pode ser feito ou o que é proibido. Segundo DOWLING
(2008) existem dois tipos de status:
� Status de Sistema – atribuído pelo sistema SAP. Quando definidos em
níveis mais altos afetam todos os níveis abaixo.
� Status de Usuário – atribuído por configuração. Podem ser
configurados para prevenir algumas transações de negócio.
Ao ser criado um Projeto é atribuído automaticamente o status CRTD.
Para manter um histórico de status o Gerenciamento de Status de Perfil do
Projeto deve ser configurado.
O primeiro status a ser usado no Projeto após sua criação é o Liberado.
Ao fazer isso o Projeto recebe a informação para iniciar a receber custos e
outras ações como verificar disponibilidade de material, gerar requisições de
compra, emitir reservas.
Quando o Status REL é atribuído em estruturas de nível mais baixo, a
estrutura acima recebe o Status PREL – Liberado Parcialmente.
Alguns Status são:
� CRTD - Criado
� REL – Liberado
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� PREL – Liberado Parcialmente
� TECO – Tecnicamente Fechado
� CLSD – Fechado
4.2 – Suprimento de Projeto e Administração da Produção
(ProMan)
Devido à grande integração do Módulo PS, algumas atividades
executadas, por exemplo, de suprimento de materiais e serviços geram
documentos em outros módulos. Segundo a BIBLIOTECA SAP (2003) antes a
equipe de gerenciamento de projetos só tinha acesso restrito a informações
relevantes do projeto, embora o projeto acionasse o fluxo de documentos. O
ProMan é a solução que o sistema possui para consolidar informações do
processo de suprimento que são administradas em outros módulo que não o
PS. Com o ProMan é possível acessar informações do Sistema de Projeto, de
Compras, Produção e Administração de Estoques. Todos os documentos são
considerados, inclusive os criados manualmente.
Para acessar o ProMan deve-se selecionar o Projeto na tela inicial, e em
seguida uma tela principal exibe toda a estrutura do Projeto no lado esquerdo
da tela, e do lado direito são exibidas informações em sínteses. As sínteses
disponíveis são componentes, tarefas e elementos, quantidades, datas,
objetos e documentos, remessas e estoque, requisições, pedidos, reservas,
ordens (de produção, de manutenção e planejada) e documentos de material.
Essas sínteses devem ser configuradas no sistema para que sua visualização
fique disponível.
Com o uso do ProMan é possível ter reunido, numa mesma tela, todas
as informações que tem conexão com a estrutura do Projeto.
4.3 – Confirmação
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É a informação que o sistema recebe sobre o andamento das atividades
do Projeto. De acordo com a BIBLIOTECA SAP (2003) Confirmações precisas
são muito importantes para um planejamento real e exato e possibilita o
controle de funções de negócio como redução da capacidade de carga de
centro de trabalho, atualização de custo com base nos dados confirmados,
atualização de duração de trabalho e status em diagramas, atualização das
datas nos PEPs quando sobem das tarefas confirmadas, atualização das datas
reais no marcos associados, lançamento de reservas pendentes e ativar
funções de marco (conforme definição no sistema).
As confirmações podem ser feitas da seguinte forma:
� Confirmação Diretamente no Sistema
� Confirmação via Folha de Horas de Trabalho (CATS)
� Confirmação via Intranet (PS-CON)
� Confirmação em Sistemas Externos (PDO)
� Confirmação Descentralizada
4.3.1 – Confirmação Diretamente no Sistema
É a confirmação cadastrada de forma manual. O percentual executado
da atividade é cadastrado e gravado. As informações entradas podem ser
datas reais, duração, trabalho executado em horas, motivo de desvios,
planejamento previsto para o restante da duração da atividade e código para
status de confirmação. As confirmações podem ser feitas nas tarefas,
elementos e diagramas que precisam estar com Status Liberado.
Após realizada a confirmação o sistema lança a confirmação da data
cadastrada, calcula os custos reais para data do lançamento, copia as datas
reais para o diagrama ou PEP, lança a retirada de mercadorias e aciona as
funções de marco, se necessário.
Quando a Tarefa chegar ao fim, a confirmação deve incluir a marcação
da opção “confirmação final” que indica que a Tarefa chegou a 100% de
conclusão.
30
4.3.2 – Confirmação via Folha de Horas de Trabalho (CATS)
Segundo a Biblioteca SAP (2003) Folhas de Horas de Trabalho (CATS)
é um componente válido para todas as aplicações do Sistema onde as
confirmações são realizadas nos diagramas e copias para o PS. As
confirmações podem ser feitas pelos funcionários da empresa ou funcionários
de empresas contratadas. Para fazer as confirmações é necessário ter Perfil
de Entrada de Dados.
4.3.3 – Confirmação via Intranet (PS-CON)
É a confirmação feita através da solução Intranet da SAP. Essa
funcionalidade é útil em caso de funcionários ou subcontratados estarem em
localidades distantes. As confirmações efetuadas pela intranet são
processadas da mesma forma que as confirmações efetuadas diretamente no
sistema. Algumas vantagens desse tipo de confirmação para os gerentes é
que pode ser montado um layout da tela de confirmação para atender as
necessidades específicas sem alterar o sistema e a confirmação é feita on-line
a tempo de identificar e solucionar problemas de forma rápida. As vantagens
para os usuários é que as confirmações podem ser feitas em qualquer horário
e em qualquer lugar necessitando apenas que o sistema esteja disponível, um
usuário mesmo sem treinamento pode efetuar confirmações e o andamento
das atividades pode ser informado (através das confirmações) sem necessitar
de telefones, fax ou e-mails.
4.3.4 – Confirmação em Sistemas Externos (PDO)
São confirmações realizadas em sistema externo e carregadas para o
SAP via transferência de dados PDO. O processo de transferência consiste
em um download das informações do SAP para o sistema externo e upload
31
das informações atualizadas do sistema externo para o SAP. Todo esse
processo deve estar previamente configurado no sistema.
4.3.5 – Confirmação Descentralizada
São confirmações feitas pela ferramenta MS ACCESS e transferidas
para o SAP. Primeiro as informações são carregadas do SAP para o MS
ACCESS e depois que as informações são atualizadas, são transferidas para o
SAP.
4.3.6 – Cancelamento de Confirmação
Uma Tarefa já confirmada pode ter sua confirmação cancelada. O
cancelamento é feito na tela Estornar Confirmação.
32
CAPÍTULO V
O MÓDULO PS E O PROCESSO DE CONTROLE
É o processo responsável por controlar as atividades realizadas no
Projeto desde o seu planejamento. É a fase que monitora e controla o que
acontece nas fases de planejamento e execução. Tem como objetivo verificar
a situação de cada atividade para que seja executada conforme planejado.
Nesse processo são realizadas comparações do andamento do Projeto com as
baseline gravadas com o objetivo de verificar possíveis desvios, e caso sejam
detectados, são tomadas ações preventivas ou corretivas para que sejam
solucionadas no menor tempo possível.
5.1 – Andamento do Projeto
O PS disponibiliza diversas ferramentas para monitorar e controlar o
andamento dos Projetos. De acordo com a BIBLIOTECA SAP (2003) para
monitoramento e controle dos Projetos são usados:
� Análise de Evolução – determina os valores reais e planejados da
evolução do Projeto e compara essas informações identificando
desvios de atraso ou custo a tempo de tomar medidas corretivas.
� Análise de Tendência de Marco – faz a monitoração usando Marcos
criados em diferentes períodos do Projeto. As tendências e desvios
são identificados no gráfico MTA.
� Previsão de Custos do Projeto – usado para calcular custos previstos
para acontecer entre as datas de início e fim do Projeto com base em
valores planejados e reais. O sistema calcula os custos esperados na
conclusão e também na conclusão.
5.1.1 – Análise da Evolução
33
A Análise da Evolução é uma ferramenta do PS usada para determinar
os valores de andamento do Projeto e comparar valores reais com valores
planejados. Dessa forma é possível identificar possíveis desvios de
planejamento, permitindo a adoção de medidas corretivas. Essa ferramenta é
melhor usada em Projetos onde o tempo é um fator crítico, onde foram
planejados muitos pacotes de trabalho e em Projetos onde o andamento não é
determinado pelo custo realizado.
Para determinar a evolução são necessárias algumas informações:
� Grau de Finalização (POC) planejado - é o valor do trabalho planejado
em um determinado momento, expresso como uma porcentagem total
do trabalho solicitado.
� Grau de Finalização (POC) real - é o valor do trabalho realmente
realizado até um determinado momento.
� Método de Medição - é forma como o sistema vai calcular o grau de
finalização (POC), é uma técnica de como o sistema usa os dados.
As técnicas são: as precisam de confirmação, são elas Regra início-
fim, técnica de marco, estimativas, proporcionalidade de tempo e grau
de processamento; as que o grau de finalização (POC) planejado é
igual ao real: proporcionalidade de quantidade, proporcionalidade
secundária, proporcionalidade de custo e real igual ao planejado.
� Versão de Evolução - é a versão usada para determinar como o grau
de finalização e o valor final serão calculados.
5.1.2 – Análise de Tendência de Marco (MTA)
A Análise de Tendência de Marco é, segundo a BIBLIOTECA SAP
(2003), um método simples de identificar tendências ou desvios do
planejamento realizado. As datas são examinadas e comparadas com dados
já gravados. As datas dos marcos são compradas em vários momentos e os
34
desvios detectados. Essa identificação é feita através do gráfico MTA que
funciona da seguinte forma:
� Quando o andamento do Projeto está de acordo com o planejado a
curva permanece na horizontal;
� Quando é identificado desvio (atraso) a curva sobre;
� Quando as atividades estão adiantadas a curva desce.
Figura 3 – Gráfico MTA (BIBLIOTECA SAP, 2003)
Os requisitos são ter marcos criados no Projeto com a opção Análise de
tendência marcado e ter criado versões do Projeto para as datas de relatório.
5.1.3 – Monitoramento do Andamento
De acordo com a BIBLIOTECA SAP (2003) o Monitoramento do
Andamento é usado para verificar de perto o andamento dos componentes do
diagrama de redes e as solicitações na Administração de Material (MM).
35
O Monitoramento do Andamento utiliza os objetos do diagrama de rede
e os Pedido criados no Módulo MM. A tela de Monitoramento precisa ser
preenchida com os objetos dos componentes ou pedidos para acessar a tela
principal que é de simples utilização. Para monitorar o andamento de um
objeto devem ser configurados no sistema alguns eventos. É possível definir
qualquer evento, como por exemplos marcos, que podem ser usados para
determinar um evento interno ou um processo de compra ou produção.
A análise na tela principal do Monitoramento de Andamento permite
verificar todos os eventos de um determinado objeto de uma só vez.
5.2 – Engenharia Colaborativa e Gerenciamento de Projetos
(CEP)
A CEP é uma funcionalidade do Módulo PS que utiliza os recursos da
internet para integrar a equipe de projetos que está alocada em diferentes
locais, subcontratadas e fornecedores e tem como objetivo facilitar a troca de
informação e aumentar o conhecimento dos envolvidos no Projeto. Essa
funcionalidade permite que em um “proprietário” (gerente do projeto) envie
documentos, estruturas de um Projeto ou de um produto cadastrados do SAP
pela internet para um “participante” (envolvido com o Projeto). Depois de
modificados esses documentos ou objetos retornam para o proprietário para
serem avaliados e retornarem para o SAP.
O processo do CEP começa com o proprietário criando uma pasta no
SAP com toda a estrutura de uma atividade (tarefa, componente de material,
elemento PEP e outros), depois é enviado um e-mail a todos os participantes
selecionados com link para o servidor de onde é feito o download. Os
participantes acessam os arquivos com seus programas locais (MS Office, MS
Project, Sistemas CAD). Após atualizarem os arquivos, os participantes
devolvem esses arquivos modificados para o proprietário que é notificado via
e-mail. O Proprietário analisa as modificações. Com esse processo o sistema
permite que, o usuário que não tem o SAP instalado ou que não sabe utilizar o
sistema possa participar do processamento do Projeto.
36
5.3 – Versões do Projeto
Uma Versão de Projeto são, segundo a BIBLIOTECA SAP (2003),
mostra o estado do Projeto em um determinado momento ou em um
determinado status. É como uma fotografia do Projeto em um momento
específico e não pode ser modificada. Serve como documentação ou um
histórico que pode ser usada para fins de documentação.
Há duas formas de criação das versões:
� Dependente do tempo: são criadas manualmente no PEP, diagrama
de rede ou no sistema de informação.
� Dependente do status: são versões criadas automaticamente pelo
sistema quando há mudança no status do sistema e/ou usuário nos
objetos marcados. O status que aciona a criação da versão deve ser
configurado Customizing do PS.
5.4 – Sistema de Informação de Projeto (Relatório)
O Sistema de Informação de Projeto é uma funcionalidade do Módulo
PS que tem como objeto gerar relatórios para supervisionar e controlar os
dados do Projeto. Os relatórios podem ser do Projeto todo, de uma parte ou
de vários projetos. O Sistema de Informação de Projeto foi desenvolvido com
a finalidade de ajudar no gerenciamento dos Projetos.
Esse componente é integrado ao Módulo BW – Business Information
Warehouse – que é um sistema de informação administrativo, que reúne
informações de todas as áreas da empresa e as tornam disponíveis para
consulta e extração de dados.
O Sistema de Informação de Projeto inclui relatórios com vários níveis
de detalhe e relatório de síntese. De acordo com a Biblioteca SAP:
37
“É possível executar relatórios standard periódicos e criar
relatórios próprios para satisfazer necessidades e tarefas
de informação específicas. Todos os dados podem ser
exibidos no sistema de informação imediatamente após
serem entrados ou após a execução dos relatórios em
background. A análise de relatório inclui um amplo
conjunto de funções. É possível, por exemplo, ramificar
para outros relatórios para obter informações mais
detalhadas, enviar relatórios pelo correio ou imprimi-los.”
(BIBLIOTECA SAP, 2003)
Segue tabela com as Transações utilizadas para acessar os relatórios
de sínteses individuais.
Tabela 2 – Relatórios de Sínteses Individuais (BIBLIOTECA SAP, 2003)
38
5.5 – Controle de Disponibilidade
De acordo com DOWLING (2008) “Controle de Disponibilidade (AC) é o
processo de checagem de gastos em relação a limites permitidos.” O AC
funciona usando limites de tolerância configurados acima ou abaixo do valor do
orçamento e assim determinar qual ação será tomada. Essa funcionalidade é
disparada quando se tenta lançar custos no Projeto que tem o AC ativado.
O PS deve ser configurado para quando o valor da tolerância for
alcançado com as seguintes ações:
� Disparar e-mail de alerta para o responsável pelo Projeto e
opcionalmente bloquear a operação.
� Exibe mensagem de advertência, mas mesmo assim pode permitir
que operação continue.
� Para que Grupo de transações e Elementos de Custos selecionados
possam ser excluídos do AC.
� Quando o limite de tolerância ou o valor do orçamento mudar ele
possa reconstituir o AC automaticamente.
� Caso seja necessário, o AC pode ser ativado através de um trabalho
de lote regular, executado em segundo plano, para verificar se o valor
de tolerância dos Projetos foi alcançado.
39
CAPÍTULO VI
O MÓDULO PS E O PROCESSO DE ENCERRAMENTO
É o processo onde são realizadas atividades referentes ao
encerramento do Projeto. Fase onde são disponibilizadas as sobras de
materiais, onde são encerrados contratos ainda ativos, quando são entregues
documentos técnicos sobre a realização do projeto e documentos de lições
aprendidas e quando é realizada auditoria do trabalho executado. É o
momento de aceite por parte do solicitante, quando o Projeto é formalmente
entregue e encerrado.
6.1 – Repasse
O Repasse deve ser feito em Projetos que receberam custos antes de
realizar o encerramento. De acordo com DOWLING (2008) o Repasse deve
ser realizado pelos seguintes motivos:
� Tem como objetivo zerar o balanço de um Projeto.
� É necessário pelo fato do Projeto ter natureza temporária.
� Pode ser repassado para qualquer outra entidade como um segmento
de rentabilidade, um recurso, um outro Projeto, um material, um centro
de custo.
O Repasse pode ser realizado individualmente ou coletivamente usando
variantes e as regras do repasse podem ser geradas automaticamente.
6.2 – Confirmação de Marcos
Se o Projeto tiver cadastrado em sua estrutura algum Marco que indica
o fim do Projeto este deve ser confirmado.
40
6.3 – Atribuição dos Status de Encerramento
O processo de Encerramento do Projeto no SAP inicia a atribuição dos
Status de encerramento. São dois status usados:
� Status TECO – Tecnicamente Fechado – quando é atribuído na
estrutura do Projeto o sistema remove qualquer Reserva existente e
permite que compromissos pendendentes sejam realizados. Este
status pode ser retirado.
� Status CLSD – FECHADO – é atribuído quando o Projeto já recebeu
todos os custos que ainda estavam pendentes e quando as sobras de
material foram transferidas.
6.4 – Arquivamento
Depois de encerrado o Projeto pode ser arquivado. Para o
Arquivamento de Projetos no PS é necessário ativar o Sinalizador Deletion. O
Indicador de Deletion também precisa ter o modo de lote ativado. O
arquivamento deve ser feito na transação CN80.
De acordo com DOWLING (2008), alguns dados não podem ser
arquivados: versões de simulação, planos de cobrança, custo de unidade para
atividade ou componente de rede, dados de classificação para resumo de
elementos da estrutura, dados de classificação para resumo de ordens de
rede, informações de entrega para redes/estruturas de detalhamento de
trabalho, endereços de entrega para componentes de materiais em ordens de
terceiros, planejamento da força de trabalho e requisições de capacidade.
41
CONCLUSÃO
O Gerenciamento de Projetos nos últimos anos vem se tornando cada
vez mais importante em empresas que desenvolvem estratégias de
crescimento. Para que um Projeto tenha sucesso, é necessária uma ótima
gestão de todos os processos que o envolve como planejamento, execução,
controle e término. Com essas necessidades identificadas, as empresas
começaram a dedicar maior atenção a gestão de Projetos. Assim a busca por
profissionais com experiência em Projetos e ferramentas de apoio a gestão se
tornou cada vez mais freqüente.
Para empresas que já possuam a ferramenta de ERP SAP, que é
usada para gestão empresarial funcionando como integrador de informações
interligando as várias áreas de negócio da empresa e otimizando processos
decisórios, uma ferramenta que pode ser usada para auxiliar na gestão dos
Projetos é o Módulo PS. Como o SAP é integrador de informações, o PS
consegue enxergar informações de qualquer outro módulo, fazendo assim com
que o PS seja possuidor das mais diferentes informações relacionadas a um
Projeto. Com essa gestão integrada, o PS pode, por exemplo, disparar
eventos que refletem em outros módulos como solicitação de suprimentos e
serviços e reservas de material em estoque, que são atividades importantes no
processo de planejamento e execução. No planejamento o PS permite o
trabalho com diversos tipos de datas, relacionamentos e criação de baseline.
Permite também planejar os custos, solicitação de material e serviços e
planejamento da força de trabalho. No processo de execução o PS possui
status que determinam operações no sistema, confirmações que determinam o
andamento da atividade. Para controlar e monitorar o PS possui
funcionalidades para acompanhar a evolução do Projeto, versões do Projeto
durante seu ciclo de vida e um sistema de informação que disponibiliza vários
relatórios de acompanhamento. Para o processo de encerramento o PS
disponibiliza status específicos para fechar o Projeto.
O módulo PS é um dos módulos do SAP mais integrado, permitindo
assim, gerenciar todas as etapas do ciclo de vida do Projeto.
42
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BIBLIOTECA SAP. Sistema de Projetos (PS). Disponível em <
http://help.sap.com/saphelp_470/helpdata/pt/04/926eae46f311d189470000e82
9fbbd/frameset.htm>. Acesso em 01/06/2011 a 10/07/2011.
DOWLING, Kieron N. SAP – Manual do Sistema de Projetos. Rio de Janeiro:
Editora Ciência Moderna Ltda., 2008.
XAVIER, Carlos Magno da Silva... [et al.]. Metodologia de Gerenciamento de
Projetos. Rio de Janeiro: Brasport, 2005.
Outros Autores: Flávio Vivacqua, Luiz Fernando da Silva Xavier, Otualp
Sarmento de Macedo.
43
BIBLIOGRAFIA CITADA
BIBLIOTECA SAP. Sistema de Projetos (PS). Disponível em <
http://help.sap.com/saphelp_470/helpdata/pt/04/926eae46f311d189470000e82
9fbbd/frameset.htm>. Acesso em 01/06/2011 a 10/07/2011.
DOWLING, Kieron N. SAP – Manual do Sistema de Projetos. Rio de Janeiro:
Editora Ciência Moderna Ltda., 2008.
44
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTOS 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I – O SAP e o Módulo PS 09
1.1 – Estrutura Organizacional 10
CAPÍTULO II – O Módulo PS no Processo de Iniciação 12
2.1 – Definição de Projeto 14
2.2 – Elemento PEP 14
2.3 – Diagrama de Rede 15
2.4 – Tarefa 15
2.4.1 – Tarefa Interna 16
2.4.2 – Tarefa de Prestação de Serviços 16
2.4.3 – Tarefa de Custo 16
2.5 – Elemento de Tarefa 17
2.6 – Marco 17
2.7 – Componente de Material 17
2.8 – Texto PS e Anexos 17
CAPÍTULO III – O Módulo PS no Processo de Planejamento 19
3.1 – Trabalhando com Datas 19
3.1.1 – Programação de Datas 20
3.1.2 – Relacionamento 21
3.1.3 – Criação da Baseline 22
3.2 – Planejamento de Custos 22
45
3.3 – Solicitação de Material e Serviços 24
3.3.1 – Solicitação de Material 24
3.3.2 – Solicitação de Serviços 25
3.4 – Necessidade de Capacidade em Projetos 25
3.5 – Planejamento da Força de Trabalho 26
CAPÍTULO IV – O Módulo PS no Processo de Execução 27
4.1 – Status 27
4.2 – Suprimento de Projeto e Administração Produção (ProMan) 28
4.3 – Confirmação 28
4.3.1 – Confirmação Diretamente no Sistema 29
4.3.2 – Confirmação via Folha de Horas de Trabalho (CATS) 30
4.3.3 – Confirmação via Intranet (PS-CON) 30
4.3.4 – Confirmação em Sistemas Externos (PDO) 30
4.3.5 – Confirmação Descentralizada 31
4.3.6 – Cancelamento de Confirmação 31
CAPÍTULO V – O Módulo PS no Processo de Controle 32
5.1 – Andamento do Projeto 32
5.1.1 – Análise da Evolução 32
5.1.2 – Análise de Tendência de Marco (MTA) 33
5.1.3 – Monitoramento do Andamento 34
5.2 – Engenharia Colaborativa e Gerenciamento de Projetos (CEP) 35
5.3 – Versões do Projeto 36
5.4 – Sistema de Informação de Projeto (Relatório) 36
5.5 – Controle de Disponibilidade 38
CAPÍTULO VI – O Módulo PS no Processo de Encerramento 39
6.1 – Repasse 39
6.2 – Confirmação de Marcos 39
6.3 – Atribuição dos Status de Encerramento 40
6.4 – Arquivamento 40
46
CONCLUSÃO 41
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 42
BIBLIOGRAFIA CITADA 43
ÍNDICE 44