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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PEDAGOGIA EMPRESARIAL O USO DA FERRAMENTA DE “PÁGINAS AMARELAS” NA GESTÃO DO CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL Por: Clara Elaine Sousa da Silva Orientador Prof. Luiz Cláudio Lopes Alves D.Sc. Rio de Janeiro 2008

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PEDAGOGIA EMPRESARIAL

O USO DA FERRAMENTA DE “PÁGINAS AMARELAS” NA

GESTÃO DO CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL

Por: Clara Elaine Sousa da Silva

Orientador

Prof. Luiz Cláudio Lopes Alves D.Sc.

Rio de Janeiro

2008

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PEDAGOGIA EMPRESARIAL

O USO DA FERRAMENTA DE “PÁGINAS AMARELAS” NA

GESTÃO DO CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Pedagogia

Empresarial.

Por: . Clara Elaine Sousa da Silva

3

AGRADECIMENTOS

....A Deus acima de tudo e por tudo, aos meus pais pela minha vida,

pelo carinho e dedicação, valores morais e espirituais; à minha família que sentiu

e compreenderam as minhas ausências, especialmente meus filhos Gabrielly e

Lucas; ao meu esposo pela força e companheirismo; ao meu orientador

Professor Luiz Cláudio Lopes Alves, pela paciência ao orientar este trabalho; aos

amigos e colegas do curso de Pós-graduação, especialmente a Jeane Gomes;

Maria José; Elma Passos; Núbia Rezende; Ana e Aldélice Barbosa pela amizade

e companheirismo.

4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a meu esposo

Luciano, que tanto me apoiou durante a

confecção e o aperfeiçoamento. Também a

Gabrielly e Lucas meus filhos, pelo amor e

alegria a mim dispensada.

À Olinda Silva, minha mãe pelo apoio e

ensinamento nesta jornada da vida.

Clara Elaine Sousa da Silva

5

RESUMO

O presente artigo tem como objetivo propor uma alternativa para as

empresas gerenciarem e compartilharem seu conhecimento através de uma

ferramenta que favoreça a Gestão do Conhecimento Organizacional. Diante da

sociedade do conhecimento na qual se vive atualmente torna-se indispensável

à gestão dos processos e rotinas de uma organização, os quais envolvem o

conhecimento e a experiência das pessoas. As organizações precisam

direcionar os seus esforços na aquisição, organização e disseminação do

conhecimento para se manterem no mercado e apresentarem vantagem

competitiva. Desta forma procurou-se verificar através de estudo teórico a

contribuição das “Páginas Amarelas” para a Gestão do Conhecimento . A

metodologia de estão do conhecimento aplicada na ferramenta consiste em

quatro etapas: criar, manter, disseminar e utilizar uma base de conhecimento

construída com a finalidade de obter benefícios tais como: construção de uma

base documentada (memória organizacional), compartilhamento de

experiências entre os funcionários; facilidade de acesso à informação e ao

conhecimento; maior eficiência da equipe etc.

Palavras chave: Gestão do Conhecimento, Páginas Amarelas, Aprendizagem

Organizacional

.

6

METODOLOGIA

Optou-se pela pesquisa exploratória descritiva (revisão bibliográfica), os

instrumentos utilizados para a coleta de dados serão: pesquisa documental e

bibliográfica. A análise dos dados será realizada de modo qualitativo, baseado

na análise do discurso. A discussão e a interpretação dos resultados será feita

no diálogo com os autores levantados na pesquisa bibliográfica. Com isso,

acredita-se estar por um lado, ampliando a sustentação teórica da pesquisa e

por outro lado, definindo-se os caminhos para o entendimento do tema

proposto “A Utilização das “Páginas Amarelas” como ferramenta na Gestão do

Conhecimento Organizacional.

Os principais autores utilizados neste trabalho foram Davenport e

Prusak, Peter Senge, Nonaka e Takeuchi.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I - Conhecimento e sua gênesis

11

1.1 - Conhecimento Explícito e Tácito 13 1.2 - Conversão do Conhecimento 14 1.3 - Conhecimento Organizacional 16 CAPÍTULO II - Gestão do Conhecimento

18

2.1 - Gestão do Conhecimento e Cultura 20 2.2 - Aprendizagem Organizacional 22 2.3 -Profissionais do conhecimento 25 2.4 - Ferramentas na GC 27 CAPÍTULO III - “Paginas Amarelas”

29

3.1 - Conceito 29 3.2 - Objetivos 30 3.3 - Metodologia 31 3.4 - Administração da Informação 32 3.5 - Aplicação 33 3.6 - Resistências

34

CONCLUSÃO

36

ANEXOS

39

INDICE

40

BIBLIOGRAFIA 44

8

INTRODUÇÃO

O presente estudo tem como objeto de investigação e análise o uso da

ferramenta de “páginas amarelas” na gestão do conhecimento Organizacional;

abordaremos seu conceito, objetivo e funcionalidade; propormos elencar um

conjunto de elementos nos quais se articulam mapeamento de dados e o

repositório de informações que se constitui a base para esta ferramenta em

questão; buscando conhecer os desdobramentos deste instrumento e como

este representa um desafio e potencial não só para a área de recursos

humanos, mas para a Organização como um todo; pois gerenciar o

conhecimento para as atividades individuais atrelados a estratégias

organizacionais é um grande desafio das Organizações modernas ante a

globalização. Portanto não basta ter o conhecimento, é necessário aprender a

aprender, o que não significaria estritamente adquirir mais conhecimento, mas

sim expandir a capacidade de produzir resultados eficazes.

De acordo com Peter Senge, as organizações que aprendem são

“organizações onde as pessoas expandem continuamente sua capacidade de

criar o futuro que desejam, onde se estimulam padrões de pensamento novos e

abrangentes (sistêmicos), onde a aspiração coletiva ganha liberdade e onde as

pessoas aprendem continuamente a aprender juntas." Assim, “aprender não

significaria estritamente adquirir mais conhecimento, mas sim expandir a

capacidade de produzir os resultados desejados para a vida”.

Toda organização dispõe de alguma base de conhecimento, portanto, é

de grande importância que sejam criados mecanismos e incentivos para dar

visibilidade aos conhecimentos possuídos pelas pessoas presentes nos

diversos subsistemas e nas redes externas, a fim de, encontrar o que se

precisa, de forma rápida e eficiente. A saída pode estar em estabelecer a

cultura de se compartilhar conhecimento num processo que envolva coletar,

9

assimilar e aproveitar o conhecimento, de modo a gerar uma empresa mais

inteligente e competitiva, valorizando o compartilhamento, isto se torna

fundamental para que a informação possa ser assimilada como conhecimento;

nesse sentido as “Páginas Amarelas”, um importante instrumento e objeto de

nosso estudo, vêm sendo utilizados pelas empresas, cuja idéia principal é que,

os indivíduos e parceiros que desenvolvam o melhor trabalho compartilhem os

conhecimentos, num processo de disseminação, que busca garantir que o

conhecimento circule de forma mais rápida, pelo menor custo, permitindo de

maneira sistemática que as pessoas da organização tenham acesso direto às

fontes do conhecimento; pois através do processo de transferência de

conhecimento as organizações favorecem o aprendizado e se adaptam às

constantes mudanças; dentro desta linha de raciocínio McGee nos alerta “ não

basta promover o aprendizado no relatório anual e mencioná-lo num discurso;

o aprendizado dever ser explicitamente buscado e valorizado em toda a

organização. A abertura para novas idéias e para o aprendizado é vital, (...) A

criação de um ambiente que valorize e encoraje o aprendizado é a medida

mais importante que uma organização poderá tomar para estimulá-lo”.

A dissertação está estruturada em 3 capítulos: o primeiro apresenta a

abordagem dos principais teóricos e pesquisadores onde são apresentados os

conceitos e diferenças entre dado, informação e conhecimento; como o mesmo

se manifesta dentro das organizações; diferenciação entre conhecimento tácito

e explícito e uma abordagem sobre a conversão e a criação do conhecimento.

No segundo capítulo trataremos da Gestão do Conhecimento,

estabelecendo conexões com a cultura e aprendizagem organizacional; dos

profissionais do conhecimento e quais as melhores formas de uso da

tecnologia em favor do desenvolvimento individual e organizacional; e

identificar a necessidade do uso de algumas ferramentas para a gestão do

conhecimento.

10

O terceiro capítulo aborda o uso da ferramenta de “Páginas Amarelas”,

foco do nosso estudo; buscaremos Identificar como o capital intelectual

disponível dentro da Organização favorece a troca de experiências e

transferência de conhecimento, isto é, melhora o acesso ao conhecimento

através do estabelecimento de uma rede de contato com especialistas; e cria

elementos de ligação entre grupos na organização através da disponibilização

de informações de onde se pode encontrar determinado conhecimento interno,

estruturado baseado em competências e habilidades individuais; registros de

técnicas e métodos; conhecimento interno informal, sistematizado a partir das

experiências vivenciadas pelos diversos profissionais dentro da própria

organização; Investigar como o ambiente e a cultura organizacional estimulam

o compartilhamento e a transferência do conhecimento, gerenciando o

conhecimento como um recurso mensurável; de maneira a propiciar uma

interação entre quem detém o conhecimento específico e aquele que busca

esta informação, facilitando a busca do conhecimento previamente

desenvolvido.

Entendemos a importância do desenvolvimento deste estudo devido a

transversalidade da gestão do conhecimento para as diversas organizações, no

sentido que pretendemos apresentar que existe um aumento potencial quando

esta ( GC ) é favorecida por uma ferramenta, neste caso as “Páginas

Amarelas”.

O último capítulo trata das conclusões do trabalho e das recomendações

para pesquisas futuras; é finalizado com as referências consultadas para a

elaboração da dissertação.

11

CAPÍTULO I

CONHECIMENTO EM SUA GÊNESIS

CONCEITO

“Todos os homens , por natureza, desejam conhecimento”.

(Aristóteles)

.

Entender os conceitos e diferenciação entre dado, informação e

conhecimento é necessário para aprofundarmos o tema sobre gestão do

conhecimento e as ferramentas que favorecem o mesmo.

“ A medida que o mundo se torna cada vez mais

complexo e interdependente, a capacidade de pensar

sistemicamente, de analisar os campos de força e seus

efeitos causais abandonando a lógica causal simples em

favos de modelos mentais mais complexos torna-se uma

fator crítico para a aprendizagem. Esta capacidade tem

que ser desenvolvida não apenas pelo líder, mas também

por todas as pessoas que participam da organização”.

(Fleury e Fleury, 1995:32)

Davenport e Prusak (1998) afirmam que conhecimento não é dado,

nem informação, embora esteja relacionado com ambos, e estabelece as

diferenças dos respectivos termos, explicando que “dados são um conjunto de

fatos distintos e objetivos relativos a eventos, num contexto organizacional ,

dados são utilitariamente descritos como registros estruturados de transação”.

Por conseguinte “a informação tem significado e finalidade de mudar o modo

como o destinatário vê algo”. Ela não só da forma ao receptor como tem forma

12

própria organizada para alguma finalidade. Eles definem conhecimento como

“uma mistura fluida de experiência condensada, valores, informação contextual

e insight experimentado. (...) Nas organizações, ele costuma estar embutido

não só em documento ou repositórios, mas também em rotinas, processos.

Práticas e normas organizacionais.” Por outro lado Cabone et alli (2005)

descreve o conhecimento “como conjunto de informações reconhecidas e

integradas pela pessoa dentro de um esquema preexistente”; percebe-se neste

caso a transformação da informação em conhecimento.

Para Drucker (1998) “conhecimento é a informação que muda algo ou

alguém”. Nonaka e Takeuchi (1197) consideram o conhecimento como “a

crença verdadeira justificada”. A informação passa a ser considerada

conhecimento quando através da mesma acontece uma mudança no estado

mental do indivíduo ou da organização que influencia sua capacidade de ação.

A coleta de dados estruturados dá origem à informação, que trabalhada tem

por resultado o conhecimento materializado na opinião, idéia, teoria verificada

e aceita pela comunidade como “capacidade de agir”.

Em síntese os referidos autores caracterizam a informação como um

agente capaz de a partir dos dados provocar mudanças nos indivíduos

envolvidos no contexto. Essa capacidade de absorção de idéias é inerente ao

ser humano, e se manifesta em todas nossas relações. Neste caso o

conhecimento se torna fundamental e objeto de estudos, a partir da

proximidade do mesmo com as tomadas de decisões da daquilo que pode ou

não determinar o tipo de ação a ser tomada.

13

1.1- Conhecimento Explítico e Conhecimento Tácito

Segundo Nonaka e Takeuchi (1997) , o conhecimento, na sua dimensão

epistemológica, pode ser classificado em tácito e explicito.

Para Von Krogh, Ichiro e Nonaka (2001), o conhecimento tácito é

considerado o mais importante enquanto que o conhecimento explícito é

considerado um suporte.

Davenport e Prusak (1998), reconhecem o conhecimento como uma

mistura de elementos intuitivos, de difícil representação e entendimento lógico,

com elementos formalmente estruturados, o que caracteriza a existência dos

componentes tácito e explícito.

O termo explícito vem do latim explicitus, e é uma forma de explicar

através de modelos claros e documentados uma idéia ou conhecimento. O

conhecimento é a base teórica e prática que utilizamos para agir no dia-a-dia,

quando somos confrontados com diferentes tipos de situações; tem como

origem a aprendizagem consciente e não consciente que apreendemos todos

os dias, desde o momento que acordamos e decidimos interagir com o meio

que nos rodeia. Todos os dias somos bombardeados com novas informações

que irão mais tarde ou mais cedo preencher e compor os nossos

conhecimentos em todas as vertentes. O conhecimento explícito envolve

conhecimento dos fatos, é adquirido principalmente pela informação de

maneira formal; pode ser formalizado em textos, desenho, documento,

diagramas, etc, assim como guardado em bases de dados ou publicações.

Geralmente está registrado em artigos, revistas, livros e documentos.

Conhecimento tácito é algo pessoal, formado dentro de um contexto

social e individual, não é propriedade de uma organização ou coletividade; é

aquilo que o indivíduo adquiriu ao longo da vida. Geralmente é difícil de ser

14

formalizado ou explicado a outra pessoa, pois é subjetiva e inerente a

habilidade individual, como "know-how". A palavra tácito vem do latim tacitus

que significa "não expresso por palavras", isto se deve ao fato que lidamos com

algo subjetivo, não mensurável, quase impossível de se ensinar, e se passar

através de manuais ou mesmo numa sala de aula. Este tipo de conhecimento

parece ser mais valioso devido a sua difícil captura, registro e divulgação,

exatamente por ser pessoal. Alguns estudiosos chamam de “verdadeiro

conhecimento”. Todos nós possuímos este conhecimento, que adquirimos com

o passar dos anos e a nossa experiência de vida, mas é difícil de explicá-lo, e

a melhor forma de transmiti-lo é através da convivência, das interações que

fazemos com o grupo que participamos, via comunicação oral, no contato

direto com o próximo. Ambos conhecimentos se completam e se relacionam,

sendo impossível de ser medido em cada indivíduo.

1.2 - Conversão do Conhecimento

Na visão de Nonaka e Takeuchi (1997) O conhecimento tácito e

conhecimento explícito não são entidades totalmente separadas, e sim

mutuamente complementares. Interage um com o outro e realizam trocas nas

atividades criativas dos seres humanos. Este modelo dinâmico da criação do

conhecimento está ancorado no pressuposto crítico de que o conhecimento

humano é criado e expandido através da interação social entre o conhecimento

tácito e o conhecimento explícito. Nesta teoria essa interação é chamada de

“conversão do conhecimento”, que pressupõem quatro modos de conversão,

assim definidos:

a) Socialização - conversão do conhecimento tácito em tácito a partir de

um processo de compartilhamento de experiências, modelos mentais e

habilidades técnicas compartilhadas. Um indivíduo pode adquirir conhecimento

tácito diretamente de outros indivíduos, sem usar a linguagem. Quando as

15

pessoas observam ou imitam o comportamento de outras, elas podem

transformar o conhecimento tácito a partir do compartilhamento de suas

experiências e habilidades. Acontece também nas teorias de processo de

grupos e cultura organizacional.

b) Externalização - conversão do conhecimento tácito em conhecimento

explícito num processo de articulação de conhecimentos. É o processo de

conversão do conhecimento mais importante, a medida que crias novos

conceitos, metáforas, analogias, hipóteses ou modelos. O diálogo e a escrita

são formas de interação que ajudam no processo de externalização.

c) Combinação - conversão do conhecimento explícito em

conhecimento explícito, este processo acontece por intermédio da troca e

combinação de conhecimento dos indivíduos e se dá por meio de documentos,

reuniões formais, conversas por telefone e comunicação por sistema ou rede

de computadores. A reconfiguração das informações existentes através da

classificação, do acréscimo, da combinação e da categorização do

conhecimento explícito (como realizado em bancos de dados de

computadores) pode levar a novos conhecimentos.

d) Internalização - conversão do conhecimento explícito em

conhecimento tácito, e está intimamente relacionada ao “aprender fazendo”.

Quando são internalizadas nas bases de conhecimento tácito dos indivíduos

sob a forma de modelos mentais ou know-how técnico compartilhado, as

experiências através da socialização, externalização e combinação tornam-se

ativos e valiosos. No entanto, para viabilizar a criação do conhecimento

organizacional, o conhecimento tácito acumulado precisa ser socializado com

os outros membros da organização, a fim de se compartilhar o modelo mental e

o conhecimento tácito fazer parte da cultura organizacional; o que alguns

autores chamam de “learning organization ou organização que aprende”.

16

1.3 - Conhecimento Organizacional

Adquirimos mais conhecimento, ou seja, desenvolvemos as informações

que temos através das experiências ao longo dos anos; aprendemos e

evoluímos continuamente. Neste contexto as organizações são constituídas de

uma diversidade cultural muito grande, onde as pessoas possuem valores e

crenças muitas das vezes completamente opostas uma das outras e que

exercem um forte impacto na realidade organizacional; pois é parte integrante

do conhecimento de cada indivíduo, logo se constitui o conhecimento

organizacional. A valorização do conhecimento organizacional é um tema bem

difundido dentro das organizações, mesmo que implicitamente, um exemplo

disto é o fato de que as empresas buscam e contratam as pessoas de acordo

com sua experiência profissional e pelo conhecimento que detém. O

conhecimento organizacional, segundo Nonaka e Takeuchi alimenta a

inovação; é criado dentro da organização sob a forma de produtos, serviços e

sistemas. Esse processo é dinâmico, produzindo duas dimensões diferentes da

espiral da criação do conhecimento.

Na primeira espiral, que ocorre na dimensão epistemológica (teoria do

conhecimento), há a mobilização e conversão do conhecimento. Na segunda

espiral, que ocorre na dimensão ontológica (o conhecimento é criado por

indivíduos), o conhecimento tácito e o conhecimento explícito ocorrem de um

nível inferior até os mais altos. A interação entre o conhecimento tácito e o

conhecimento explícito cria o conhecimento organizacional através da

conversão do conhecimento como vimos anteriormente. Se o conhecimento

não puder ser compartilhado com os outros ou se não for desenvolvido em

nível de grupo ou divisão, o conhecimento não se difunde em espiral na

organização.

17

O conhecimento operacional baseado na experiência dá origem a um

novo ciclo de criação do conhecimento. O conhecimento tácito dos indivíduos é

a base da criação do conhecimento organizacional, que tem de ser mobilizado

e acumulado no nível individual; e que é ampliado "organizacionalmente"

através dos quatro modos de conversão do conhecimento e cristalizado em

níveis ontológicos superiores - a "espiral do conhecimento", na qual a interação

entre o conhecimento tácito e o conhecimento explícito terá uma escala cada

vez maior na medida em que subirem os níveis ontológicos.

18

CAPÍTULO II

GESTÃO DO CONHECIMENTO

A Gestão do Conhecimento é a área preocupada com a administração

do capital intelectual da organização de modo que esta possa aprender e

crescer; permitindo identificar o conhecimento dentro da própria organização;

codificar e mapear essas informações e selecionar quais ferramentas utilizar

para facilitar a identificação deste capital intelectual, dentro deste contexto

surge a idéia da gestão do conhecimento organizacional.

Gerenciar o conhecimento tornou-se um grande desafio para a vida das

pessoas e das empresas, tendo por certo que a criação e a implantação de

processos que gerem, armazenem, gerenciem e disseminem o conhecimento

representam o mais valioso recurso estratégico a ser desenvolvido pelas

empresas. Termos como "capital intelectual", "capital humano", "capacidade

inovadora", "ativos intangíveis" ou "inteligência empresarial" já fazem parte do

dia-a-dia de muitos executivos. O conceito de gestão do conhecimento parte da

premissa de que todo o conhecimento existente na empresa, na cabeça das

pessoas, nas veias dos processos e no coração dos departamentos, pertence

também à organização. Em contrapartida, todos os colaboradores que

contribuem para esse sistema podem usufruir todo o conhecimento presente na

organização. Por isso, deve-se priorizar a criação e a implementação de

processos que organizem e sistematizem a capacidade da companhia de

capturar, armazenar, gerar, criar, analisar, traduzir, compartilhar e fornecer a

informação exata de maneira rápida e precisa. Estes mecanismos e processos

devem ser elaborados para assegurar que a empresa maximize o valor de um

dos mais importantes recursos competitivos nos dias de hoje - o conhecimento.

19

Nesse sentido, Sveiby (1998) menciona que Gestão do conhecimento é

uma arte capaz de agregar valor aos ativos da organização.

Nonaka e Takeuchi (1997) consideram a GC como um processo

interativo de criação do conhecimento organizacional e sua disseminação por

toda estrutura corporativa, incorporando-o a produtos e serviços. Enquanto

Silveira (2000, p37) afirma que “as novas organizações de aprendizagem estão

focando suas estratégias à identificação, captura e alavancagem de seus ativos

de conhecimento”.

O conhecimento é um bem intangível; é uma combinação de dados que,

tratados e contextualizados, fornecem soluções essenciais no processo de

tomada de decisões em todos os níveis de uma corporação. As informações

navegam nas áreas de vendas, marketing, publicidade, serviços, operações e

administração das companhias, colaborando com ações estratégicas e criando

oportunidades de negócios. O sucesso das corporações depende muito da

capacidade de gestão do conhecimento e da manutenção da inteligência

organizacional. É essencial que as empresas busquem a criação de um

mecanismo para gerenciar este conhecimento organizacional.

Somente é possível realizar gestão do conhecimento; entendida como

um "conjunto de estratégias para criar, adquirir, compartilhar e utilizar ativos de

conhecimento, bem como estabelecer fluxos que garantam a informação

necessária no tempo e formato adequados, a fim de auxiliar na geração de

idéias, solução de problemas e tomada de decisão" , em qualquer tipo de

organização, se a cultura organizacional for positiva em relação a geração,

compartilhamento, socialização e transferência de conhecimento.

A gestão do conhecimento é um processo dinâmico, por isso, não é

possível medir onde acaba o conhecimento do indivíduo que o socializou, do

conhecimento gerado por outro indivíduo a partir do conhecimento socializado

pelo primeiro e, assim, sucessivamente. Em outras palavras, a dinâmica é tal

20

que não é possível saber exatamente quando o indivíduo está criando

conhecimento (tácito), do momento que está socializando (explícito).

Exatamente por esse motivo é essencial que todos os indivíduos atuem numa

cultura organizacional positiva em relação a gestão do conhecimento, caso

contrário, não será um processo dinâmico, característica primeira da gestão do

conhecimento.

2.1 - Gestão do Conhecimento e a Cultura Organizacional

A gestão do conhecimento deve está atrelada à cultura e valores

organizacionais; para antropólogos, a palavra cultura é apresentada como tudo

que se aprende na vida, transmitido pelos indivíduos e grupos em sociedade. A

cultura engloba tudo o que os homens aprenderam, viveram, experimentaram e

sentiram através dos séculos

Para Schein (2000) a cultura organizacional é um padrão de

pressupostos que foram aprendidos e desenvolvidos por um determinado

grupo. Este autor classifica o conceito de cultura organizacional em três níveis:

os pressupostos são representados por crenças, percepções, pensamentos e

sentimentos.

Davenport e Prusak (1998) afirmam que, para a criação do

conhecimento em uma organização, sua cultura é fundamental, no entanto, os

métodos devem ser compatíveis com ela.

Nonaka e Takeuchi (1997) consideram que, na maior parte dos estudos

anteriores, em relação à cultura organizacional, não foi dada a devida atenção

à criatividade do ser humano, pois o indivíduo era visto como um processador

de informações e não como um criador, sendo por isso, reduzido o seu poder

de mudar as organizações.

21

A gestão do conhecimento está atrelada a uma nova configuração de

organização, incluindo o desenvolvimento de uma visão compartilhada,

relações interpessoais, novas relações de poder, formas de remuneração e de

reconhecimento, entre outras. Todos estes fatores podem ser resumidos

naquilo que se considerou a cultura organizacional, pois retratam o conjunto de

inter-relações entre crenças e pressupostos organizacionais.

A organização deve ser vista como uma totalidade integrada através de

diferentes níveis de relações, cuja natureza é dinâmica e estruturas flexíveis

embora estáveis. Cada organização seja pública, seja privada tem um modo

próprio de 'olhar o mundo'. A visão e a forma de agir convencionada entre os

indivíduos de uma determinada organização, denomina-se cultura

organizacional. Se por um lado os indivíduos que compõem a organização

influenciam diretamente na formação dessa cultura organizacional, por outro

lado a própria organização, em termos sistêmico, influi na forma que cada

indivíduo atua no seu cotidiano. A cultura organizacional perpassa toda

organização, sendo sua essência a relação entre as pessoas, tanto no

ambiente interno como no ambiente externo à organização. Estabelecer uma

cultura organizacional que favoreça o comportamento voltado à gestão do

conhecimento, não é fácil, porque de modo em geral as pessoas acreditam

que compartilhar conhecimento, significa perder a propriedade intelectual da

idéia, dos métodos, dos processos e acreditam que compartilhar conhecimento,

significa perder o poder frente às outras pessoas da organização, uma vez que

não será o único a pensar sobre aquela possibilidade ou cenário.

Trabalhar a cultura organizacional visando à gestão do conhecimento,

demanda tempo, energia e planejamento. Nesse sentido, a organização

precisa realizar inicialmente um diagnóstico dos fluxos informais naturais de

comunicação e informação existentes estabelecidos a partir das relações

humanas das diferentes unidades (células) de trabalho. Após a identificação, é

necessário mapear de que forma o conhecimento foi compartilhado e ou

22

socializado entre as pessoas, quais são os setores envolvidos e, com qual

finalidade, houve a socialização/compartilhamento. Em seguida, a gestão do

conhecimento necessita verificar se ocorreu de fato a transferência do

conhecimento entre as pessoas, pois caso isso realmente tenha ocorrido, as

pessoas que participaram deste processo de criaram novo conhecimento a

partir daquele recebido. Também é muito importante que seja dado ênfase a

treinamentos e capacitação contínua, inclusive em tecnologias de informação,

já que essas ferramentas tecnológicas são essenciais para dar dinâmica ao

processo.

A cultura organizacional é fundamental para que a gestão do

conhecimento possa ser de fato uma realidade, pois ela possibilita uma

dinâmica positiva à consolidação da ética convencionada pela organização,

estabelecendo princípios, valores e crenças essenciais para a motivação e o

relacionamento humano na organização. Qualquer que seja o modelo de

gestão do conhecimento, implementado por uma organização, sem dúvida

nenhuma afetará profundamente as estruturas organizacionais, as relações

humanas e a atuação dos indivíduos em relação ao negócio da organização. A

cultura é determinante no processo de gestão do conhecimento.

2.2 - Aprendizagem Organizacional

Peters (1998) afirma que do ponto de vista de uma organização,

aprender é um processo que implica entendimento do passado (para evitar a

repetição de erros), capacitação no presente e preparo para o futuro.

A proposta de teóricos e pesquisadores é que as organizações

precisam aprender e o grande desafio é compreender como se processa a

transferência da aprendizagem organizacional.

23

Fernandes (2002) entende o processo de aprendizagem individual como um

ciclo envolvendo as atividades de refletir, formar conceitos, testar e

experimentar. Neste ciclo, uma pessoa assimila um novo dado, reflete sobre as

experiências passadas, chega a uma conclusão e, em seguida age.

Terra (1999) classifica os modelos de aprendizagem individual em: a)

modelo behaviorista, considerando que o aprendizado é verificado à medida

que as pessoas mudam seu comportamento em relação aos estímulos do

ambiente.; b) modelo cognitivo, o aprendizado ocorre a partir de insignts e dá

compreensão das relações lógica entre meios e fins e entre causa e efeito; c)

modelo de aprendizado experimental, considera o aprendizado como um

processo de tensão e conflito que ocorre entre o indivíduo e o ambiente,

envolvendo experiências concretas, reflexões, revisão de conceitos aprendidos.

Quando a aprendizagem individual e o conhecimento gerado são

incorporados à organização, começa o processo de aprendizagem

organizacional que Fleury e Fleury (1995) definem como a capacidade de criar

novas idéias multiplicadas pela capacidade de generalizá-la por toda a

empresa. Dessa forma, a aprendizagem organizacional prepara as pessoas

para a transformação por meio de mudanças nos seus modelos mentais, dos

processos de conversão do conhecimento, de formação de redes, aliança,

parcerias, pesquisa e desenvolvimento.

Senge (1998, p.11) aborda o assunto aprendizado organizacional

criando o conceito de learnig organization ou organização de aprendizagem

como:

“Organizações nas quais as pessoas expandem

continuamente sua capacidade de criar os resultados que

realmente desejam, onde surjam novos e elevados

padrões de raciocínio, onde as aspirações são libertadas

24 e onde as pessoas aprendem continuadamente a

aprender em grupo.”

Assim, Senge (1998) vê as organizações de aprendizagem como

entidades nas quais as pessoas podem e realmente expandem suas

capacidades de criar resultados que, verdadeiramente desejam. No conceito de

organização de aprendizagem, o coletivo supera a individualidade. Sendo que

a busca do conhecimento deve agregar valor à organização e à comunidade ao

seu entorno.

Para Terra (2000), o processo de aprendizado pode ser propriedade da

organização por acumular seus ativos e habilidades, transformando-os em

novos produtos e processos. O que mantém as pessoas conectadas

organizacionalmente são os seus interesses comuns de aprendizado e

desenvolvimento pessoal.

Aprendizagem organizacional pode ser definida como “a aquisição de

conhecimentos, habilidades, valores, convicções e atitudes que acentuem a

manutenção, o crescimento e o desenvolvimento da organização” (GUNS,

1998, p. 33). “Uma organização que aprende é uma organização habilitada na

criação, na aquisição e na transferência de conhecimento e em modificar seu

comportamento para refletir novos conhecimentos e percepções” (KIERNAN,

1998, p. 198). O processo de aprendizagem em uma organização não só

envolve a elaboração de novos mapas cognitivos, que possibilitem

compreender melhor o que está ocorrendo em seu ambiente externo e interno,

como também a definição de novos comportamentos, que comprovam a

efetividade do aprendizado (FLEURY E FLEURY, 1997, p. 20). Para esse novo

processo, tão valoroso para o futuro das empresas, é necessário que existam

condições propícias para o seu surgimento. A organização baseada na

aprendizagem consegue melhorar seu desempenho com o decorrer do tempo,

já que reinveste continuamente em aprendizagem. O desempenho é exigido no

tempo imediato, não pode demorar muito para aparecer, sob pena de causar

25

prejuízos à empresa. Já o aprendizado necessita de um espaço de tempo

maior para começar a apresentar frutos. Enquanto o desempenho tem seus

benefícios ocasionados no curto prazo, a aprendizagem somente começará a

demonstrar benefícios, no longo e talvez médio prazos, pois necessita de

constante reinvestimento para ser sustentado e desenvolvido.

2.3 - Profissionais do Conhecimento

As transformações ocorridas no ambiente organizacional têm levado à

ampla discussão sobre a importância do conhecimento para as organizações,

sobre a necessidade de retê-lo e de valorizar os profissionais que o detêm.

Esta nova abordagem está muito voltada para viabilizar o sucesso das

empresas, aumentando sua vantagem competitiva diante dos concorrentes, o

que envolve vários aspectos, dentre os quais encontra-se o gerenciamento e a

qualidade do conhecimento que é empregado e desenvolvido nas empresas. O

progresso tecnológico teve influência direta nas transformações econômicas e

tecnológicas nas últimas duas décadas. Com o surgimento de uma economia

globalizada, as empresas passaram a sofrer pressões diferentes das que

caracterizavam aquelas existentes na Era Industrial. Este novo modelo

econômico vem exigindo maior adaptabilidade, competência e capacidade de

aprendizagem, tanto das empresas quanto dos seus empregados, além de

permanente inovação e aumento da velocidade de realização de seus

processos.

Mas, afinal, quem é o profissional do conhecimento? Sveiby (1998)

define este profissional como alguém que é altamente qualificado e com alto

nível de escolaridade. Segundo o autor, o trabalho deste profissional consiste,

em grande parte, “em converter informação em conhecimento”, usando para

tal, na maioria das vezes, as suas próprias competências, recorrendo

esporadicamente aos fornecedores de informações ou de conhecimento

26

especializado. Para as empresas cuja maioria de seus profissionais são

profissionais do conhecimento, o valor de seus ativos intangíveis é muito maior

do que o dos ativos tangíveis. A boa gestão do capital intelectual das empresas

(que corresponde aos ativos de mercado, de propriedade intelectual e de infra-

estrutura, além dos ativos humanos) pressupõe integração entre as

competências individuais de seus colaboradores, o que determina o diferencial

competitivo que uma empresa pode construir em dado mercado.

Nonaka e Takeuchi (1997), sugerem a formação de uma equipe de

criação do conhecimento composta por profissionais, engenheiros e gerentes

do conhecimento, que seriam responsáveis pelo acúmulo e pela geração do

conhecimento tácito e explícito. Segundo os autores, os profissionais do

conhecimento precisam tem elevados padrões intelectuais, ampla variedade de

experiências, tanto dentro quanto fora da organização, qualificação na

condução de um diálogo com clientes internos e externos; esses profissionais

devem trabalhar com todos os níveis da organização e com as diversas formas

de conversão do conhecimento.

Davenport e Prusack (1998) distinguem como profissionais necessários

ao processo de gestão do conhecimento os técnicos, integradores, gerentes e

diretor do conhecimento. Os técnicos implantam a infra-estrutura de tecnologia

da informação necessárias à gestão do conhecimento como rede de

computadores, comunicação de dados, bancos de dados, sistemas

especialistas e outros. Os integradores são os profissionais que extraem,

estruturam, mantêm e aprimoram o conhecimento. Bibliotecários e jornalistas

são profissionais adequados à função de integrador. Os gerentes de projetos

de conhecimento são os líderes das equipes dos projetos voltados para a

gestão do conhecimento. O diretor do conhecimento projeta, implementa e

supervisiona a infra-estrutura; administra os relacionamentos externos;

fomentam a criação, uso e o desenvolvimento de estratégias do conhecimento.

27

Conclui-se pelas abordagens dos referidos autores que a criação do

conhecimento em uma organização deve ser resultado do trabalho de todos,

envolvendo diversos níveis hierárquicos. Assim, os profissionais do

conhecimento necessitam reunir aptidões técnicas, emocionais, cognitivas e

comportamentais para facilitar os processos de criação, disseminação e

transferência do conhecimento organizacional.

2.4 - As Ferramentas na Gestão do Conhecimento

O conhecimento está intimamente relacionado, mais do que o dado e a

informação, com a ação, porém como grande parte do conhecimento

organizacional está na cabeça das pessoas, torna-se difícil para uma empresa

gerir o caminho que leva o conhecimento até a ação. A tecnologia da

informação pode propiciar um meio de aliviar a difícil tarefa de gerir o

conhecimento dentro das organizações. Para que a gestão do conhecimento

possa se tornar um forte elemento na obtenção de uma vantagem competitiva,

as organizações não podem abrir mão do uso intensivo de ferramentas

tecnológicas. Porém existem grandes questões, relacionadas com a gestão do

conhecimento, que estão sempre presentes na cabeça dos planejadores de

uma organização, pois uma das mais importantes decisões relacionadas à

Gestão do Conhecimento é a escolha de ferramentas adequadas para captar,

acessar, distribuir informações e conhecimentos nas organizações.

Atualmente, há uma variedade de tecnologias que podem ser aplicadas

ao gerenciamento do conhecimento para qualquer tipo de empresa. A escolha

depende da necessidade da empresa. A engenharia de processos, a dinâmica

organizacional e a tecnologia da informação são ferramentas utilizadas na

prática da Gestão do Conhecimento, trabalhando em conjunto para facilitar e

aprimorar a captura e o envio de dados, informações e conhecimento dentro de

uma organização. O conhecimento vem conquistando valor para as

28

organizações, na medida que surgem possibilidades de sua utilização pelos

agentes do seu ambiente, os quais precisam cada dia mais de novas

tecnologias e novas formas de comunicação. Durante anos, o volume de

informação aumentou lentamente, somente após o avanço da tecnologia a

difusão da informação tornou-se possível. Atualmente o volume de informação

disponível dobra a cada cinco anos e, em breve, estará se duplicando a cada

quatro. O indivíduo necessita aprender: novos conceitos, novos vocabulários,

novas formas de trabalho e novas culturas. A informação é a base na vida de

todos, sobreviver no mercado de trabalho ou mesmo simplesmente atuar na

sociedade, significa ter que absorver o conhecimento que se amplia a cada

minuto.

A Gestão do Conhecimento é muito mais do que tecnologia, porém, não

se pode negar que uma ferramenta tecnológica pode impulsionar o

desenvolvimento da Gestão do Conhecimento à medida que otimizam ou

habilitam processos ligados à conversão do conhecimento. Segundo Davenport

e Prusak (1998), a função mais valiosa da tecnologia na Gestão do

Conhecimento é expandir o alcance e potencializar a velocidade de

transferência do conhecimento. A tecnologia permite que o conhecimento de

um grupo ou de uma pessoa seja capturado, estruturado e utilizado por outras

pessoas da organização e por seus parceiros de negócios.

De acordo com Rossaltto (2003), a infra-estrutura tecnológica é um

conjunto de ferramentas e recursos técnicos necessários à automação dos

processos de negócios, em atendimento às demandas e à realização de ações

associadas à gestão do conhecimento. Neste sentindo a utilização de

ferramentas adequadas, disponibilizadas em um ambiente integrado com o

processo de gestão da organização, são os elementos básicos para a

realização bem sucedida de um projeto de gestão do conhecimento. Neste

sentido nossa atenção está voltada para uma ferramenta específica as

“Páginas Amarelas”, objeto de nosso estudo, que será abordada no próximo

capítulo.

29

CAPÍTULO III

“PÁGINAS AMARELAS”

Trata-se de uma ferramenta da Gestão do Conhecimento que vibializa o

propósito de projetos de acesso ao conhecimento ou na facilitação de sua

transferência entre os indivíduos, através de um catálogo de fornecedores de

serviços e produtos, ou seja, uma lista classificada onde se busca o que

precisa de forma rápida e eficiente. É um repositório de informações que

disponibiliza uma relação de profissionais na qual estejam explicitados os

projetos e os respectivos especialistas envolvidos em cada um deles,

associando-se suas competências às suas contribuições em cada projeto. Em

outras palavras, constitui-se um Banco (de dados) sobre Especialistas em

diversas Áreas de Negócio da Companhia, estruturados para atender às

Comunidades de Práticas das quais estes conjuntos de especialistas fazem

parte, utilizando-se a mesma taxonomia de conhecimento.

KERSTENETZKY(1995) considera as rotinas organizacionais em grande

medida, parte do conhecimento tácito de seus membros, “não sendo

transferível por meios formais e compondo o caráter diossincrático da atividade

empresarial”. Para Davenport e Prusak (1999) as “Páginas Amarelas

eletrônicas editadas com freqüência quase contínua serão mais úteis e

confiáveis do que um documento que, por seu suporte de papel, torna-se cada

vez mais inexato" .

CARVALHO (2001) destaca que as Páginas Amarelas também

conhecida como sistema de mapeamento do conhecimento (Knowledge Map

Systems) como uma importante ferramenta tecnológica para aproximar

pessoas com interesses comuns. Conforme ele descreve, o mapa do

conhecimento provê uma funcionalidade de “localizador de especialista” que

ajuda os usuários a achar o perito que melhor se encaixa para trabalhar em um

problema específico ou em um projeto. Esse sistema categoriza os

30

especialistas de uma organização em catálogos para consulta, tornando mais

fácil identificar as pessoas em termos de quem sabe, o que sabem e quão

proficiente são em relação a uma determinada tarefa. Para TERRA (2000),

essas ferramentas facilitam a troca de conhecimento tácito porque elas

provêem uma busca mais rápida de especialistas e aumentam as chances de

reuniões pessoais. Esta aproximação pode ainda resultar em contatos face-a -

face.

3.2 Objetivos Identificar o capital intelectual disponível dentro da Organização, e

favorecer a troca de experiências e transferência de conhecimento, isto é,

melhorar o acesso ao conhecimento através do estabelecimento de uma rede

de contato com especialistas; e criar elementos de ligação entre grupos na

organização através da disponibilização de informações de onde se pode

encontrar determinado conhecimento interno, estruturado baseado em

competências e habilidades individuais; registros de técnicas e métodos;

conhecimento interno informal, sistematizado a partir das experiências

vivenciadas pelos diversos profissionais dentro da própria organização. De

pouco adianta o conhecimento gerado na empresa se não houver

compartilhamento.”É vital que o conhecimento seja compartilhado e distribuído

dentro dentro de uma organização para que as informações ou experiências

isoladas possam ser usadas por toda a empresa”. (Probust, Raub e Romhardt.

2002)

Desenvolver um ambiente e uma cultura organizacional que estimule o

compartilhamento e a transferência do conhecimento, gerenciando o

conhecimento como um recurso mensurável; de maneira a propiciar uma

interação entre quem detém o conhecimento específico e aquele que busca

esta informação, facilitando a busca do conhecimento previamente

desenvolvido.

31 3.3 - Metodologia

A partir de realização de pesquisas e levantamento de dados, a

organização poderá estabelecer um diagnóstico tabulado indicando quais as

competências e conhecimentos específicos que, muitas vezes, estão

disponíveis através de especialistas lotados em outras unidades, e assim

elaborar uma lista classificada com as indicações de conhecimento sobre

“quem sabe o quê”. Davenport e Prusak (1998) alertam para o fato de que, de

alguma forma, o conhecimento é transferível no ambiente de trabalho, mesmo

que não gerenciemos o processo. Portanto é fundamental que a organização

esteja atenta ao processo de transferência do conhecimento e utilize a

metodologia mais adequada para a elaboração e compilação de dados a

Organização que deverá buscar:

• Identificar que ativos de conhecimento a empresa tem, respondendo ao

seguinte questionamento: Onde está o ativo de conhecimento? No que ele

consiste? Qual o seu uso? Em que forma se apresenta?

• Analisar como o conhecimento pode agregar valor, examinando os seguintes

aspectos: Quais são as oportunidades de uso do ativo de conhecimento?

Quais seriam os efeitos deste uso? Quais os atuais obstáculos a este uso?

Como o valor da empresa seria aumentado?

• Especificar que ações são necessárias para atingir melhor utilização e

agregação de valor, o que significa: Como planejar as ações para usar o ativo

de conhecimento? Como deslanchar as ações? Como monitorá-las?

Com base nas análises e no mapeamento das informações, as “páginas

amarelas” disponibiliza a um conjunto maior de profissionais uma relação na

qual estejam explicitados os projetos e os respectivos especialistas envolvidos

em cada um deles, associando-se suas competências às suas atribuições em

32

cada projeto, assim como seus atuais interesses. Através de um banco de

especialista no qual fiquem registrados:

1. As demandas por conhecimentos específicos;

2. As soluções oferecidas pelos especialistas da Sede ou de outras

Unidades;

3. Os responsáveis pela formulação destas soluções e os seus respectivos

contatos;

4. O referencial técnico no qual estes especialistas haviam se baseado

para formular cada solução.

3.4 - Administração das informações

A Gestão do Conhecimento abrange uma série de ferramentas e

métodos que são núcleo da nova sociedade de comunicação. A capacidade de

gerenciar, distribuir e criar conhecimento com eficiência é fundamental para

que uma organização se coloque em posição vantajosa dentro da sua área de

competência. Dentro da organização, estes conhecimentos repousam em

diferentes locais, e estão distribuídos por toda a organização. Davenport e

Prusak (1998) mencionam que o conhecimento é derivado da informação na

mesma medida em que a informação deriva dos dados, ficando evidente, mais

uma vez, a indissociável relação entre informação e conhecimento. Esta

relação firma-se principalmente no pressuposto de que a primeira faz-se

veículo e insumo para o segundo. A informação facilita e permite a construção

do conhecimento. Neste aspecto, as Páginas Amarelas constituem-se um

centro de informação, cujo objetivo está voltado para a aquisição,

33

processamento, armazenamento e disseminação de informações

especializadas num setor ou área, que deverá ser cuidadosamente

administrado atentando-se para as seguintes práticas:

• Monitorar as estatísticas dos acessos aos documentos e textos mais

utilizados, muito úteis no apoio às decisões de produção e descarte de

conteúdos e na melhoria e correção da comunicação das informações

disponíveis.

• Contabilizar o uso de documentos pelos usuários de uma taxonomia,

revela audiências de conteúdos e permite a localização dos grupos de

informações muito e raramente utilizadas, facilitam a alocação de

recursos para a produção de informação, a gestão de ofertas e serviços

de informação e o foco da produção de conteúdos.

• Identificar os hábitos de leitura dos usuários, no âmbito da aplicação,

possibilita inferir a existência de especialistas e das pessoas com

interesses em comum.

• Revisar o uso do conhecimento para assegurar a agregação de valor,

monitorando os resultados, da seguinte forma: Como o ativo de

conhecimento pode ser mantido para esse uso? O uso desse ativo criou

novas oportunidades?

34

3.5 - Aplicação

Há conhecimento que não é passível de ser codificado e há ainda

conhecimento que não é conveniente registrar, por razões de proteção, custo

ou tempo. Em contrapartida, as tecnologias recentes para triagem,

armazenagem e recuperação de informações são cada vez mais potentes e

acessíveis. Entretanto as atividades que exigem mais discernimento e

colaboração são as que mais precisam receber atenção por parte da Gestão do

Conhecimento, principalmente no que diz respeito à transferência e criação de

conhecimentos tácitos, derivados das experiências pessoais, crenças e

valores, visto que elas não se beneficiam de roteiros pré-formulados ou

procedimentos. Penrose (1959) considera útil o conceito de rotinas

organizacionais e reconhece que muito do conhecimento fundamental para a

diversificação e crescimento da firma existe em sua forma tácita. Por outro

lado, o conhecimento explícito é codificado, transmissível em linguagem formal

e sistemática, normalmente encontrado em manuais, memória organizacional,

universidade coorporativa, dentre outros, de fácil acesso e transferência não se

aplica à ferramenta de páginas amarela, tendo em vista sua acessibilidade.

Desta forma, elaborar um repositório de informações, ou seja, um banco

de dados com relação de especialistas impõe, à Organização a ações

desafiadoras tais como: Sistematizar a aprendizagem e o compartilhamento de

conhecimento ao longo da realização dos projetos e processos da Companhia;

isto é favorecer que os processos que evolvam conhecimentos tácitos sejam

monitorados e mensurados; de maneira a equilibrar a “conexão entre pessoas”

e a “coleta de informação”, através da “corretagem”, identificando quem detém

o conhecimento e respectivamente quem procura por esta informação.

35 3.6 - Resistências

Para Boff (2000), Gestão de conhecimento é o conjunto de processos

para identificar o conhecimento que está presente nas pessoas e proporcionar

condições adequadas de criação, transferência e utilização deste

conhecimento. Dentro deste contexto as organizações deparam-se com

grandes quantidades de dados, informações e conhecimentos e são impelidas

para o novo desafio de gerir ativos intangíveis, em detrimento da tangibilidade

e relativa estabilidade proporcionados pelo paradigma anterior.

A informação coletada, analisada, tratada, organizada e criteriosamente

disseminada é o ponto de partida para outras iniciativas. No entanto, as

organizações muitas das vezes encontram resistências na implementação de

ferramentas de gestão do conhecimento, neste caso das “páginas amarelas”;

pois gerir conhecimento é uma tarefa árdua e deve-se planejar uma estratégia

dentro dos parâmetros organizacionais, levando-se em consideração não só a

estrutura organizacional, bem como algumas barreiras:

ü Cultura Organizacional - (Mudança organizacional implica em quebra de

paradigma, o que normalmente gera muita resistência).

ü Falta de recurso para implantação e gestão - (Os recursos podem ser

financeiros, humano, prazo, tecnológico, entre outros.)

ü Diferença de linguagem ente os diversos setores - (Existe diferença de linguagem técnica nos diversos setores, é preciso disponibilizar as informações de forma generalizada.)

ü Monopolização do conhecimento como forma de manutenção do poder -

(Certas pessoas preferem deter o conhecimento como forma de sentir-se mais

seguro em relação ao cargo que ocupa.)

36

CONCLUSÃO

O conhecimento é hoje uma ferramenta estratégica para a manutenção

da competitividade das empresas e por este motivo, ele precisa ser retido e

codificado, de forma que as perdas eventuais causadas pela saída de um

colaborador possam ser minimizadas. Neste trabalho, foi possível verificar que,

em uma economia globalizada, com acirrada competição entre empresas, os

papéis do profissional do conhecimento e da gestão de pessoas são

determinantes na construção de vantagem competitiva.

A Gestão do Conhecimento é constituída por uma metodologia

adequada à preservação e à boa utilização do conhecimento, de forma que a

organização sobreviva no mercado competitivo. Uma organização necessita de

conhecer com exatidão as ameaças e oportunidades presentes no ambiente

interno e externo. As informações recolhidas devem transformar-se em

conhecimento que possibilite entender as ameaças e as oportunidades e

desencadear as ações decorrentes. Nesse sentido, o desenvolvimento da

gestão do conhecimento passa a assumir um papel fundamental para que a

organização possa atender aos desafios dos componentes ambientais. A

inteligência apoiar-se-á na criação do conhecimento organizacional que,

potencializado pela aprendizagem organizacional, criará as condições

necessárias para que a organização possa adaptar-se à dinâmica e

complexidade das condições ambientais e, conseqüentemente, inovar-se.

Os conhecimentos existentes na organização são na sua maioria tácitos

e, portanto, não estão escritos em nenhum lugar. Persuadir a organização para

a aquisição e para a partilha desses conhecimentos trará um enriquecimento à

organização. Para se transferir estes conhecimentos é preciso construir um

modelo comum que os estruture, permitindo assim uma uniformidade de

37

entendimento. Permite ainda a criação de uma memória organizacional que

concretiza a retenção deste conhecimento. A gestão do conhecimento não é

um problema de tecnologia mas, ela passa pela tecnologia e pela sua utilização

no suporte e na gestão da informação, para auxiliar a avaliação e a

remodelação dos processos, procurando sempre melhorar a produtividade e as

vantagens competitivas. Por vezes, pode envolver mudanças, principalmente, a

nível cultural. As tecnologias da informação contribuem bastante para a gestão

do conhecimento e o seu uso é fundamental nas fases de aquisição,

armazenamento, distribuição e descoberta de novos conhecimentos. As

páginas amarelas são importantes ferramentas da gestão do conhecimento.

Sua principal vantagem é agregar informações de dentro e fora da empresa,

filtrando as desnecessárias ou irrelevantes, independentemente da fonte dos

dados ou de eles estarem melhor ou pior estruturados. Ela é construída à

medida das necessidades organizacionais, pois é praticamente impossível

congregar exatamente as mesmas potencialidades para diferentes empresas,

com diferentes necessidades e realidades.

As Páginas Amarelas potencializa, a colaboração interdepartamental,

otimiza recursos e metodologias existentes e minimiza os custos da cadeia de

valor. Deve-se, no entanto, deixar de focar a análise apenas na tecnologia do

portal corporativo – a mais fácil de entender e controlar – e extrapolar o

entendimento para as dimensões humanas e organizacionais. Isso requer boa

vontade, conhecimento, estratégia e maturidade de gestão. Para que se atenda

às necessidades dos usuários, é preciso ter uma visão integrada e, de forma

prática, conseguir identificar essas necessidades formulando as perguntas

corretas. Não agrega muito valor indagar a eles quais as informações

precisam, pois eles podem não saber com exatidão. A identificação dessas

necessidades requer técnicas específicas, com perguntas sobre as decisões e

os desafios que cada usuário enfrenta, destilando, a partir daí, suas demandas

de informação. O reconhecimento da dimensão tecnológica, realizado de forma

integrada às dimensões

38

A existência de um Sistema de Gestão do Conhecimento facilita o

funcionamento de um Sistema de Inteligência Competitiva na medida em que

facilita o processo de armazenamento, recuperação e disseminação interna

através das redes (DAVENPORT et alli, 1997); desta forma pode ocorrer uma

melhor exploração dos resultados da Inteligência Competitiva pelo ambiente

interno. A existência da ferramenta de “páginas amarelas” favorece o

funcionamento de um sistema de gestão do conhecimento, pois organiza e

sistematiza as informações e os dados oriundos do ambiente externo, a fim de,

se criar uma “espécie de vitrine” coorporativa, proporcionando condições

adequadas à transferência e o compartilhamento do conhecimento, eliminando

custos e tornando a organização mais competitiva.

Os benefícios da implementação da ferramenta de “Páginas Amarelas”

na organização e sua intensidade variam de empresa para empresa e

dependem também do setor de atuação e a forma de gestão; se as ações para

alavancar a troca de conhecimento tácito forem coordenadas e integradas com

as voltadas para o registro e reuso do conhecimento explícito, o resultado

poderá ser muito positivo. No entanto é fundamental que esta iniciativa faça

parte de um projeto maior de gestão do conhecimento alinhado a estratégia da

empresa e seus objetivos corporativos. Mais do que implantação de um pacote,

a ferramenta de “páginas amarelas” exige planejamento e profundo

conhecimento do assunto.

39 ANEXOS

40

BIBLIOGRAFIA

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44

ÍNDICE

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Conhecimento e sua gênesis

11

1.1 - Conhecimento Explícito e Tácito 13 1.2 - Conversão do Conhecimento 14 1.3 - Conhecimento Organizacional 16 CAPÍTULO II - Gestão do Conhecimento

18

2.1 - Gestão do Conhecimento e Cultura 20 2.2 - Aprendizagem Organizacional 22 2.3 -Profissionais do conhecimento 25 2.4 - Ferramentas na Gestão do Conhecimento 27 CAPÍTULO III - “Paginas Amarelas”

29

3.1 - Conceito 29 3.2 - Objetivos 30 3.3 - Metodologia 31 3.4 - Administração da Informação 32 3.5 - Aplicação 33 3.6 - Resistências

34

CONCLUSÃO

36

ANEXOS

39

BIBLIOGRAFIA

40

ÌNDICE 44

45

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

Título da Monografia:

O USO DA FERRAMENTA DE “PÁGINAS AMARELAS” NA GESTÃO DO

CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL

Autor: Clara Elaine Sousa da Silva

Data da entrega: 23/09/2008

Avaliado por: Professor Luiz Cláudio Lopes Alves D.Sc. Conceito: