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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
O NECESSÁRIO CONTROLE DO PROCESSO PRODUTIVO
Por: Antonio Carlos Brito Veloso
Orientador
Prof. Nelson Magalhães
Rio de Janeiro
2010
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
O NECESSÁRIOCONTROLE DO PROCESSO PRODUTIVO
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Gestão de
Projetos.
Por: . Antonio Carlos Brito Veloso.
3
AGRADECIMENTOS
A minha família pela paciência e compreensão e a
Deus por haver concedido as condições
necessárias para a confecção deste trabalho
científico.
4
DEDICATÓRIA
A minha esposa Vânia Veloso que muito contribuiu
para a conclusão deste trabalho e a minha filha
Isabela Veloso meu maior incentivo.
5
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo apresentar um projeto para
implementação do controle no processo produtivo em uma Indústria e
Comércio de Gesso, abordando o controle dos tempos e movimentos de cada
funcionário, o controle da produção diária e o controle da produção mensal.
A aplicação desta estratégia possibilitará, por exemplo, eliminar os
atrasos de produção, elevar a produtividade, reduzir o tempo ocioso e
principalmente aumentar o faturamento da empresa.
Para atingir o objetivo proposto pelo estudo, foram observados os
processos de produção da empresa, e realizada uma entrevistas com
funcionários, onde puderam ser constatadas as dificuldades bem como as
soluções a serem adotadas, procurou-se identificar os critérios mais relevantes
para a definição da estratégia de operações da Empresa de forma a entender
as necessidades para obtenção de vantagens competitivas no seu segmento
de atuação.
6
METODOLOGIA
Nos últimos anos temos acompanhado um crescente aumento na
oferta de produtos e serviços. O número de empresas concorrentes para todos
os setores aumentou muito e a alta competitividade do mercado exige
constante inovação. A qualidade é fator obrigatório nos produtos e nos
serviços, porém nas empresas, os produtos e a qualidade já não são mais os
grandes diferenciais competitivos, preços também passam a serem similares.
Diante do exposto acima, o que fará o cliente optar por uma determinada
empresa ou produto? Numa empresa do ramo de construção civil,
especificamente, numa Indústria e Comércio de Gesso, um controle de
produção onde se pode versar qualidade, estoque abastecido, cumprimento de
prazos na entrega do produto ou serviço, pode resultar em um diferencial,
levando em consideração que um cliente satisfeito, através da divulgação
"boca a boca", fará propaganda do produto ou serviço, levando a empresa a
ser lembrada quando da necessidade das pessoas pelo referido produto ou
serviço.
O referido trabalho se justifica pela importância de ter controle sobre
uma determinada área da empresa onde outros setores dependem dela,
inclusive o cliente final. Criar uma nova sistemática para acompanhamento da
produção pode fazer com que problemas como falta do produto e atraso das
entregas sejam amenizados, pois hoje, fidelizar um cliente é tarefa difícil, logo,
controlar o sistema produtivo, que é a função central das organizações, é ir de
encontro ao objetivo principal da empresa, ou seja, a razão da sua existência.
Para atingir o objetivo proposto neste trabalho, foram definidos os seguintes
critérios:
- Identificar as limitações que o sistema produtivo estudado oferece para
aplicação das técnicas e procedimentos de controle;
- Definir as estratégias de sequenciamento de tarefas que mais se encaixam
ao controle do sistema produtivo;
- Identificar possíveis técnicas de controle aplicáveis ao sistema.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - O Referencial Teórico 09
CAPÍTULO II - O Conceito Kanban 11
CAPÍTULO III – A Implantação do Sistema 13
CONCLUSÃO 20
ANEXOS 22
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 29
BIBLIOGRAFIA CITADA 30
ÍNDICE 31
FOLHA DE AVALIAÇÃO 32
8
INTRODUÇÃO
A empresa DecorGessos Industria e Comércio Ltda. Situada em Vila
Velha – ES atua no ramo da construção civil, é uma empresa de pequeno
porte e de estrutura simples que fabrica peças em gesso (placas, sancas,
blocos, colunas), onde a produção é feita de forma artesanal, a empresa além
de fabricar, também presta serviços de instalação das peças em gesso, conta
com a colaboração de 12 funcionários, as placas são fabricadas, colocadas no
chão, ao lado da mesa onde foram fabricadas para uma pré-secagem e após
são contadas por um funcionário, que informa a quantidade ao gerente, e
posteriormente são transferidas para o secador. Não existe nenhuma
metodologia para incentivar e planejar a produção e muito menos para
controlar o estoque do produto acabado, para saber quando a placa poderá ser
retirada do secador é realizada uma seleção através do tato, placa por placa,
sem nenhum controle especial de quando aquela placa foi fabricada.
O único controle utilizado para saber o que se está produzido na empresa
diariamente é uma planilha, alimentada manualmente e sujeita a falhas.
A apresentação de uma sistemática de controle de produção
padronizada, através de técnicas de sequenciamento da produção e de gestão
visual, baseado na técnica Kanban, proporcionará benefícios tanto ao setor de
produção quanto aos demais setores da empresa e principalmente ao cliente.
9
CAPÍTULO I
O REFERENCIAL TEÓRICO
1.1 Sistemas de Produção Padronizados
De acordo com Tubino (2000), existem diferentes maneiras de
qualificar um sistema produtivo e que estas, por conseguinte, irão influenciar
diretamente no modo de se fazer o controle da produção. Num contexto, as
empresas que atuam no processo produtivo de placas em gesso, onde a
produção é padronizada, buscam o desenvolvimento de sistemas de gestão da
produção que auxiliem no alcance das metas e que visam à eficiência da
organização como: qualidade, redução de custos, aumento da produtividade e
garantia de prazos de entrega.
Segundo Campos (1999, p. 13), controlar uma organização humana
significa “detectar quais foram os fins, efeitos ou resultados não alcançados,
analisar estes maus resultados buscando suas causas e atuar sobre estas
causas de tal modo a melhorar os resultados”.
1.2 Sequenciamento da Produção
Segundo Santos (2006), tão importante quanto saber a seqüência de
produção é definir o tamanho do lote de produção de cada item de forma que a
demanda prevista seja satisfeita e ao mesmo tempo minimize os custos de
manutenção dos estoques.
10
A atividade de programação determina o prazo das atividades a
serem cumpridas, ocorrendo em várias fases das atividades de planejamento
da produção.
Segundo Martins (1993) os objetivos da programação e
sequenciamento da produção são:
• Aumentar a utilização dos recursos;
• Reduzir o estoque em processo;
• Reduzir os atrasos no término dos trabalhos
1.3 Ferramentas de Gestão Visual
Existem diversas ferramentas para auxiliar no sequenciamento de
empresas que atuam com produção padronizada. Especificadamente, buscou-
se uma mais acessível, dinâmica, com menor necessidade tecnológica e de
investimentos, chegando-se então, à gestão visual que é uma ferramenta
muito aplicada em sistemas Lean Manufacturing.
Conforme Saiani (2009), uma das ferramentas mais importantes de
apoio ao trabalho da liderança lean é a Gestão Visual. Ela permite que todos
saibam a real situação de um determinado ambiente, sem precisar perguntar a
ninguém ou ligar um único computador, como proposto pelos sistemas de
sequenciamento de produção vistos anteriormente.
A proposta de gestão visual, para a produção de placas em gesso,
que é padronizada, consiste em um quadro geral que contém informações
como a produção do mês anterior, a produção diária, a quantidade de matéria-
prima utilizada, entre outras, disposto em local de fácil acesso a todos.
O sistema de gestão visual proposto foi baseado no sistema Kanban,
que consiste na utilização de cartões para controle da movimentação do
processo produtivo.
11
CAPÍTULO II
O CONCEITO KANBAN
Imai (1994, p. 15), define Kanban como: Uma ferramenta de
comunicação, no sistema ‘Just in - time’ de controle de produção e inventário,
desenvolvido por Taiichi Ohno na Toyota. Um kanban, ou cartão em japonês, é
anexado a peças especificas na linha de produção, significando a entrega de
uma determinada quantidade. Quando todas as peças tiverem sido
consumidas, o mesmo cartão é enviado de volta a sua origem, onde se torna
um pedido de mais peças.
É importante lembrar que a satisfação do cliente está diretamente
ligada a produção e suprimento, fazer as coisas Just-in-time influenciou a
maneira como é gerida a cadeia de suprimento nas empresas, ou seja o ideal
de materiais fluindo em um ritmo controlado e coordenado alinhado à demanda
do cliente.
Harrison, (2003 p.189). Define que a visão do Just-in-time é uma
abordagem ao controle de materiais com base na premissa de que um
processo deve operar apenas quando um cliente sinalizar a necessidade de
mais peças provenientes desses processos. Quando um processo é operado
no modo JIT, os bens são produzidos e entregues na hora exata (Just-in-time)
de serem vendidos. Tal princípio é aplicado em cascata à rede de suprimento,
com os subcomponentes sendo produzidos e entregues na hora exata (Just-in-
time) de serem transformados em peças fabricadas. Por intermédio da rede de
suprimento, o gatilho para iniciar o trabalho é governado por uma demanda por
parte do cliente, essa descrição de fluxo de bens em uma cadeia de
suprimento é característica de um sistema pull (puxado pela demanda), que
contrasta com o sistema push (que empurra os produtos para o mercado), em
que os produtos são feitos sempre que os recursos se tornam disponíveis.
12
Segundo o Consultor do SEBAE Wilson Gunther Kunde, um problema
muito comum nas empresas é o alto percentual de clientes perdidos pelo não
cumprimento dos prazos de produção o que ocasiona um impacto negativo no
atendimento ao cliente e impede a empresa de conhecer sua verdadeira
demanda afetando sua saúde financeira, não é suficiente planejar um aumento
nas vendas sem antes promover uma melhoria nas condições de atendimento
ao cliente, bem como otimizar os níveis de estoque. Essas melhorias serão
possíveis utilizando-se a técnica Kanban.
No caso da produção de placas em gesso, o sistema de Kanban age
como um controlador dos tempos e movimentos, informando cada operador
sobre sua produção. Sendo assim, o Kanban é utilizado com o intuito de
possuir um controle visual da quantidade de placas produzidas para manter o
estoque e evitar atrasos de entrega.
13
CAPÍTULO III
A IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA
3.1 O processo de fabricação Proposto
A sistemática proposta para controle da produção de placas adota
técnicas de sequenciamento da produção e de gestão visual. Com ela cada
colaborador saberá quanto está produzindo, se deverá acelerar ou não sua
produtividade; terá uma visão geral da quantidade de placas que está sendo
produzida na empresa num intervalo de tempo; fazer um acompanhamento
melhor de projeção de quando o produto estará finalizado para venda.
Avaliar desempenho através de medidas de produtividade tem sido
extensivamente usado por gestores, produtividade é uma medida de eficiência
onde recursos de entrada (insumos) de um sistema de geração de valor são
transformados em saídas (produtos).
Segundo Correa, (2005) medição de desempenho é o processo de
quantificar ação, em que medição é o processo de quantificação da ação que
leva ao desempenho. De acordo com uma visão mais mercadológica, e numa
lógica competitiva, as organizações, para atingirem seus objetivos, buscam
satisfazer seus clientes, e outros grupos de interesse, de forma mais eficiente
e eficaz que seus concorrentes. Avaliar o desempenho em um processo
produtivo é parte integrante do ciclo de planejamento e controle e essencial
para a gestão da produção, pois fornece dados que poderão ser comparados
com determinados padrões e apoiarão na tomada de decisões, alem de
influenciar no comportamento das pessoas envolvidas nos processos de
produção fazendo com que os objetivos sejam alcançados.
Outro ponto importante é o processo de previsão que pode ser
definido como o resultado de um processo de atividades que inclui a coleta de
14
informações, o tratamento dessas informações a busca de padrões de
comportamento fazendo uso de métodos quantitativos de dados do passado,
de fatores qualitativos, projeção de padrões de comportamento e a estimativa
de erros.
Inicialmente para colocar em prática a sistemática proposta será
adquirido um quadro, onde serão desenhadas colunas e linhas para serem
introduzidas as informações como a quantidade total de placas produzidas no
mês anterior, a quantidade de placas produzidas dentro do mês (diariamente),
a quantidade de placas produzidas a cada 2 horas (aproximadamente) e a
quantidade de sacos de gesso (Kg) utilizados diariamente.
Diante do proposto, será elaborado um novo procedimento onde um
funcionário dará suporte a toda à área de produção, aproximadamente a cada
duas horas, ele contará o número de placas produzidas e registrará no quadro,
com total visibilidade de todos os horários e as quantidades por mesa
(funcionário). Estas informações serão atualizadas diariamente. Para os
operadores atuantes na fabricação, o procedimento adotado será o registro na
própria placa, do número da mesa e do dia de sua fabricação.
A figura a seguir (elaborada por Antonio Carlos Brito Veloso – educando),
apresenta o quadro que será utilizado para o controle da produção por mesa.
15
Dia Quantidade 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
Figura 1 – Produção por Mesa
Porem é no Quadro de Controle da Produção de Placas, exibido abaixo,
(elaborada por Antonio Carlos Brito Veloso – educando), as informações serão
inseridas, primeiro a quantidade produzida no mês anterior das duas mesas,
depois a quantidade produzida diariamente, a quantidade produzida a cada 2
horas e por fim, a quantidade de gesso (kg) utilizada (retirada do almoxarifado).
16
Placas Produção mês anterior Mesa 1 Produção 10 h Mesa 2 Mesa 1 Mês atual Mesa 1 Mesa 2 Mesa 2 Produção diária Produção 12 h Mesa 1 Mesa 2 Mesa 1 Dia Quantidade Gesso Kg Dia Quantidade Gesso Kg Mesa 2 04 05 Produção 16 h 06 Mesa 1 07 Mesa 2 08 11 12 13 14 15 18 19 20 21 22 25 26 27 28 29
Figura 2 – Quadro de Controle da Produção de Placas
As informações disponíveis no quadro serão de fundamental importância para
o controle do processo produtivo da empresa e apresentam basicamente três
características:
1 – O controle da quantidade de placas produzidas, que serve para
comparações tanto para os funcionários, a supervisão e até a direção. Este
procedimento ajuda a empurrar a produção, a conquistar o comprometimento
dos operários e a motivá-los.
2 – Transmissão de informação da quantidade de placas produzidas à
empresa que presta serviços de Departamento de Pessoal, para efeito de
pagamento de comissão por placa produzida. Desta forma, o funcionário
também sabe o valor da comissão que irá receber.
17
3 – Controle da matéria - prima utilizada. Como o gesso é utilizado para
confecção de outros produtos, a informação no quadro da quantidade de sacos
de gesso utilizados, auxilia a gerência a medir se há desperdícios no setor
(separadamente).
3.2 Procedimentos para finalização do produto
Para os operadores atuantes na fabricação, o procedimento a ser
implementado será o registro na própria placa, do número da mesa e do dia de
sua fabricação. Este procedimento tem basicamente três finalidades:
1 – Efetivará o controle, pelo registro do dia de produção, da quantidade de
placas produzidas. Funcionará também como instrumento para auxiliar à
gerência, no caso de conferência da quantidade produzida e permitirá
classificar o processo produtivo quanto a padronização, tipo de operação e
natureza do produto conforme definido na figura 3 abaixo, (elaborada por
Antonio Carlos Brito Veloso – educando).
2 - Permitirá uma projeção de quando a placa estará finalizada para venda.
Após a fabricação da placa, esta será colocada no secador onde permanecerá
por cerca de dois ou três dias (média para dias ensolarados) para secagem.
Com a data do dia de fabricação registrada na placa, não será necessário
verificar, placa por placa, se já estão secas, e sim apenas algumas,
aleatoriamente, do mesmo dia de fabricação, que por sinal, estarão estocadas
no secador na mesma fileira.
3 – Trará a satisfação dos colaboradores do setor de produção, pois poderão
trabalhar sem uma supervisão direta tendo eles próprios o controle do
processo produtivo sabendo avaliar a necessidade de acelerar ou não a
produção. Essa satisfação dos funcionários será revertida em produtividade e
motivação para que as pessoas que integram a equipe sugiram melhorias para
o sistema produtivo, para seu controle e para qualquer outro ponto que possa
ser aperfeiçoado na empresa.
18
CRITÉRIO CLASSIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS
Por grau de padronização dos
produtos
Sistemas que produzem
produtos padronizados
Alto grau de Uniformidade
Produção em grande escala
Produtos facilmente encontrados no
mercado
Sistemas que produzem produtos
sob medida
Cliente define o produto
Lotes normalmente unitários
Por tipo de operações
Processos contínuos Os produtos não podem ser
identificados individualmente
Processos discretos Produtos podem ser identificados
individualmente
Pela natureza do
produto
Manufatura de bens Produtos tangíveis (rádio)
Prestador de serviços Produtos intangíveis (consulta
médica)
Figura 3 - Classificação do Processo Produtivo
Como já foi mencionado a empresa DecorGessos é uma empresa de pequeno
porte e de estrutura simples conforme descrito no organograma abaixo.
19
Figura 4 – Organograma da DecorGesso (elaborado por Antonio Carlos Brito Veloso – educando).
20
CONCLUSÃO
A empresa pesquisada está classificada como micro - empresa e fornece
informações que evidenciam a importância da aplicação de todo processo de
Planejamento, Direção, Controle e Organização em uma empresa, as
empresas que possuem sistemas de produção necessitam de um sistema de
controle que interaja com os funcionários, sendo acessível, de fácil
compreensão e principalmente ágil, acompanhando as rápidas mudanças que
ocorrem no mercado e que afetam diretamente ao pessoal de chão de fábrica.
Um sistema produtivo trabalhando para atingir determinados objetivos, como
por exemplo, atender a demanda, cumprir prazos e oferecer um produto com
qualidade, pode ser um diferencial, levando a empresa a ser competitiva.
A falta de um correto gerenciamento num processo produtivo padronizado
pode ocasionar diversos problemas, que abrangem o desperdício de mão de
obra, com operadores ociosos, a falta do produto, o desperdício de matéria-
prima, além do maior de todos os problemas que é o atraso nas entregas. Isto
ocasiona perdas para a empresa, não apenas na área financeira, mas
principalmente, da credibilidade com os clientes, que também trabalham com
prazos apertados.
Diante dessa visível necessidade, este trabalho demonstra a implantação de
um sistema de sequenciamento da produção através da gestão visual, ou seja,
através de um quadro, baseado no modelo Kanban, no qual serão inseridas
informações de acompanhamento de quantidade de placas produzidas para
um setor de produção padronizada.
A ferramenta gestão visual é a mais adequada para a empresa, uma vez que é
visível para todos os funcionários, dinâmico, possui baixo custo de implantação
e não necessita de pagamento de licenças para utilização.
Este modelo de controle, além de sequenciar a produção, também possibilita
elevar a produtividade através de um acompanhamento minucioso da
quantidade de produto produzido.
21
Através do quadro, os operadores passam a conhecer as prioridades de
produção da empresa, logo, suas próprias prioridades no processo produtivo.
Todas essas mudanças pelas quais a empresa passará, exigirão treinamentos
para todos os envolvidos, gerência, supervisão e funcionários, quanto aos
novos procedimentos a serem adotados.
Estas melhorias possibilitarão manter o estoque, reduzir atrasos de entrega e
garantir a satisfação dos clientes.
Além de elevar a produtividade, a sistemática adotada possibilitará redução do
tempo ocioso e o controle para evitar desperdícios, o que gera redução dos
gastos com matéria prima, podendo - se constatar ganhos nos indicadores da
empresa.
Com a produção padronizada de placas, será possível perceber uma
satisfação dos colaboradores em poderem trabalhar sem uma supervisão
direta, já que o Quadro de Controle da Produção possibilitará aos próprios
operadores saberem controlar o processo produtivo, ou seja, quando
necessitarão acelerar a produção. A satisfação dos funcionários será revertida
em produtividade e motivação para que os integrantes da equipe sugiram
melhorias para o sistema produtivo, para seu controle e para qualquer outro
ponto que possa ser aperfeiçoado na empresa.
22
ANEXOS
Índice de anexos
Anexo 1 Indice das Figuras 23
Anexo 2 Internet 24
Anexo 3 Imagens 26
Anexo 4 Matriz Swot 27
Anexo 5 Questionário 28
23
ANEXO 1
ÍNDICE DAS FIGURAS
Figura 1: Produção por Mesa 15
Figura 2: Quadro de Controle da Produção de Placas 16
Figura 3: Classificação do Processo Produtivo 18
Figura 4: Organograma da DecorGesso 19
24
ANEXO 2
INTERNET
http://portal.pr.sebrae.com.br/blogs/posts/gestaoproducao?c=1190
Por Wilson Gunther Kunde - Economista e Consultor do SEBRAE
As empresas enfrentam inúmeros problemas, dos quais muitos se tornam
crônicos. Um problema muito comum é o alto percentual de clientes perdidos
por não cumprir os prazos de produção ou por não entregá-lo no momento
correto. Isto causa um impacto negativo no atendimento ao cliente e impede a
empresa de conhecer qual sua verdadeira demanda por produtos, afetando
sua saúde financeira. Geralmente essas situações acontecem por diversos
problemas como:
- Estoques de matéria prima e embalagem desbalanceada;
- Uso inadequado da capacidade instalada;
- Máquinas e equipamentos em mau estado;
-Pessoal desmotivado.
Não é suficiente planejar um aumento de vendas, sem antes promover uma
melhoria nas condições de atendimento ao cliente, bem como otimizar os
níveis de estoque. Essas melhorias são possíveis utilizando-se a técnica
Kanban, com a qual podemos solucionar muitos dos problemas acima
mencionados. O sistema Kanban é uma técnica relacionada com a filosofia do
Just In Time (JIT) que possui a premissa básica na busca da excelência
através da eliminação contínua de tudo o que não agrega valor ao produto e
centra-se na redução de estoques. O Just In Time é um sistema, destinado a
obter a melhor qualidade possível, menor custo eliminando todos os tipos de
desperdícios nos processos internos, entregar produtos no tempo certo.
25
O Kanban é um sistema que busca resolver problemas de forma definitiva,
onde o principal objetivo é eliminar as causas de desperdícios.
Benefícios
Além dos benefícios tangíveis como redução de desperdícios e do tamanho
dos lotes, redução dos estoques, diminuição de horas extras, fluxo de
produção balanceado, entre outros, o sistema é administrado diretamente pelo
pessoal da fábrica conferindo mais ordem na linha de produção, organiza o
processo de acordo com a demanda do cliente, se conhece antecipadamente
o que vai se produzir e melhora a gestão da ordem, de produção.
O sistema Kanban pode ser implantado a qualquer momento e com qualquer
nível de estoque, não sendo necessário estar vinculado a outras formas de
gestão da produção, trata-se de um sistema baseado na simplicidade e na
comunicação visual, exigindo um bom planejamento e envolvimento do pessoal
na sua implementação.
26
ANEXO 3
IMAGENS
FOTO 1 - SECAGEM
FOTO 2 – PLACAS INSTALADAS
27
ANEXO 4
MATRIZ SWOT
FORÇAS DA
EMPRESA
1. Localização da fábrica no município com logística
favorável ao atendimento,
2.Mão de obra com experiência superior a 2 anos,
3.Estrutura com água e energia suficientes para o
aumento da produção,
4.Direção da empresa com interesse em implementar
melhorias.
FRAQUEZAS DA
EMPRESA
1.Sistemas e processos de produção deficitários.
2.Falta de planejamento e visão de futuro.
3.Recurso financeiro insuficiente para grandes projetos.
4.Baixo padrão de qualidade dos serviços prestado
quanto a pontualidade na entrega.
OPORTUNIDADES 1.Mercado em desenvolvimento e aquecido no setor
construção civil,
2.Credito para pequenos investimentos junto ao
mercado financeiro,
3.Concorrência desatenta para o mercado, lutando
apenas para sobreviver.
AMEAÇAS
1.Entrada de materiais sintéticos – PVC no mercado,
2.Instalação de um novo fabricante de porte maior na
região.
28
ANEXO 5
QUESTIONÁRIO
COMO PLANO DE AÇÃO 5W e 2H
PROBLEMA O QUE FAZER? AONDE FAZER? QUEM FARÁ?
PRODUÇÃO
INEFICIENTE
NÃO
ATENDENDO A
DEMANDA.
IMPLANTAÇÃO
DO SISTEMA
KANBAN COMO
TÉCNICA DE
CONTROLE DE
PRODUÇÃO
NA LINHA DE
PRODUÇÃO DA
FÁBRICA DE
PLACAS DE
GESSO
DECORGESSOS
A DIREÇÃO DA
EMPRESA
JUNTAMENTE
COM A EQUIPE
DE
FABRICAÇÃO,
ORIENTADOS
POR UM
PROFISSIONAL.
POR QUE FARÁ? COMO FARÁ? QUANDO FARÁ?
PARA
AUMENTAR A
CAPACIDADE DE
PRODUÇÃO,
MOTIVAR A
EQUIPE E
MELHORAR O
FATURAMENTO
DA EMPRESA.
ATRAVÉS DO
SISTEMA
KANBAN
ORIENTADO
POR UM
PROFISSIONAL
HABILITADO.
INICIARÁ A
IMPLANTAÇÃO
EM SETEMBRO
DE 2011 E
CONCLUIRÁ EM
NOVEMBRO DE
2011.
29
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CARAVANTES, Geral R. Administração: Teorias e Processos. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2005.
MAXMINIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria Geral da Administração. São
Paulo: Atlas, 2004.
PMI, Project Management Institute. Guia do Conhecimento em Gestão de
Projetos PMBOK 4ª Edição. Pennsylvania, EUA, 2008.
30
BIBLIOGRAFIA CITADA
1 - TUBINO, Dalvio Ferrari. Manual de planejamento e controle da produção.
São Paulo: Atlas, 2000.
2 - CAMPOS, Vicente Falconi. TQC – Controle da Qualidade Total / Vicente
Falconi Campos. Belo Horizonte, MG: Editora de Desenvolvimento Geral,
1999.
3 - SANTOS, A. M. Dimensionamento de lote de produção em um problema de
seqüenciamento de uma máquina com tempo de preparação: aplicação a uma
indústria química, Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Minas
Gerais, Belo Horizonte, 2006.
4 - MARTINS, R. A., Flexibilidade e Integração no novo paradigma produtivo
mundial : estudos de casos. Dissertação de Mestrado, EESC/USP, São Carlos,
1993.
5 - SAIANI LEAN MANUFACTURING. Gestão Visual. Disponível em:
<http://saianileanmanufacturing.blogspot.com - Tópico: Gestão Visual para
apoiar o trabalho padrão das lideranças (2009).
6 - IMAI, Masaaki. Kaizen: A estratégia para o sucesso competitivo. São Paulo,
1994.
7 - CORRÊA, Henrique L. Administração de Produção e de Operação. São
Paulo: Atlas, 2005.
8 - HARRISON, Alan. Estratégia e Gerenciamento de Logística. São Paulo:
Futura, 2003.
31
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
O Referencial Teórico 9
1.1 – Sistemas de Produção Padronizados 9
1.2 – Sequenciamento da Produção 9
1.3 – Ferramentas de Gestão Visual 10
17
CAPÍTULO II
O Conceito Kanban 11
CAPÍTULO III
A Implantação do Sistema 13
3.1 – O Processo de Fabricação 13
3.2 – Procedimentos para Finalização do Produto 17
CONCLUSÃO 20
ANEXOS – INDICE DOS ANEXOS 22
ANEXO I – ÍNDICE DAS FIGURAS 23
ANEXO II – INTERNET 24
ANEXO III – IMAGENS 26
ANEXO IV – MATRIZ SWOT 27
ANEXO V – QUESTIONÁRIO 28
32
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 29
BIBLIOGRAFIA CITADA 30
ÍNDICE 31
FOLHA DE AVALIAÇÃO 32
33
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
Título da Monografia: O NECESSÁRIO CONTROLE DO PROCESSO
PRODUTIVO
Autor: Antonio Carlos Brito Veloso
Data da entrega: 30 de Julho de 2011
Avaliado por: Prof. Nelson Magalhães Conceito: