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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
A IMPORTÂNCIA DA NEUROCIÊNCIA NA APRENDIZAGEM ESCOLAR
Por: Pedro Luiz de França
Orientadora
Profª. Marta Relvas
Rio de Janeiro 2011
2
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
A IMPORTÂNCIA DA NEUROCIÊNCIA NA APRENDIZAGEM ESCOLAR
Apresentação de Monografia à Universidade
Cândido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de Especialista em Neurociência
Pedagógica.
Por: Pedro Luiz de França
3
AGRADECIMENTOS
...Agradeço primeiramente à Deus e aos meus
professores que me incentivaram para realizar
esse sonho. Fortalecendo assim, a minha vida
acadêmica, para continuar me especializando
em prol da educação...
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho de monografia a minha
esposa Sílvia Cristina de Almeida de França,
aos familiares, amigos (as) que contribuíram
para minha formação. A todos, muito obrigado.
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RESUMO
Este trabalho tem como objetivo, mostrar uma nova visão de como a
aprendizagem pode ser mais prazerosa e eficiente na educação quando se tem
um conhecimento da neurociência pedagógica. Além disso, pode despertar um
olhar mais crítico acerca das dificuldades, e, observar por que o aluno não
consegue desenvolver suas atividades.
Abordar uma breve história da Neurociência, fisiologistas, filósofos e
pessoas ligadas à educação que usaram a fisiologia como base de estudo.
Observar os alunos das escolas públicas, transtornos, comportamento dos
estudantes, e ter uma avaliação mais criteriosa no tocante ao fracasso do
aluno.
Mostrar as divisões cerebrais e de como o cérebro se organiza para
mapear o conjunto de informações que se alojam dentro do encéfalo.
Procurando, assim, respostas nas suas dificuldades e estabelecendo um
parâmetro para o resultado mais positivo.
Desvendar alguns segredos da linguagem corporal, e como se podem
identificar alguns sinais característicos que fomenta o aprendizado e
conhecimento do estudante através dos seus movimentos em sala de aula.
Pensar na educação com um meio de estímulo cerebral e organização do
pensamento para que se possa buscar uma formação mais apropriada e
relevante e tratar do estímulo do cérebro. Para aqueles que queiram se
aprofundar nesse campo, há bibliografia recomendadas ao final do trabalho.
6
METODOLOGIA
A compreensão deste trabalho é através da leitura e das teorias de
autores que com vários estudos e descobertas, trouxeram à luz da ciência,
muitos conhecimentos. E foi utilizado como fontes: livros, imagens, Internet,
revistas de autores como: Marta Relvas, José Salomão Schwartzman, Jean
Piaget, Paulo Freire, Lev S. Vygostsky, Henry Wallon e Lou de Olivier,
Lawrence C. Katz, Allan & Bárbara Pease, John J. Ratey, Maria Lúcia de
Arruda Aranha, revistas veja e Galileu.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I Breve História da Neurociência 10 1.1 Lobos 14 1.2 Os Hemisférios e as Teorias Educacionais 16 1.3 Aprendizagem e a Neurociência 20 CAPÍTULO II Dificuldades na Aprendizagem 23 2.1 A memória 27 2.2 A Linguagem Corporal 29 2.3 Estimulando o Cérebro 31 CONCLUSÃO 34 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 36 ÍNDICE 37 AVALIAÇÃO 38
8
INTRODUÇÃO
Cada pessoa adquire experiência ao longo de sua vida. E em cada
profissão, coloca-se em prática o conhecimento com o intuito de melhorar a
cada dia. Mas com o tempo, se descobre que existe uma nova busca. Aprende-
se todos os dias. E algumas descobertas dependem de nós mesmos e outras,
dependem dos outros. Na educação, por exemplo, buscam-se alternativas para
ensinar cada vez melhor.
Um dos grandes ícones da educação Paulo Freire1, postulou em um dos
seus trabalhos “Pedagogia da Autonomia”, em que o professor deixou de ser o
centro das atenções e passou a ser um mediador, entre o saber; e o aluno.
Mostrando que o educando já traz em sua bagagem um conhecimento prévio.
Isso fez com que se repensasse a educação como meio a educar, e não, como
um fim.
A busca pelo ensinamento é antiga e sempre exigiu do professor,
instrutor ou mestre numa perspectiva ampla para levar o aluno a um novo
horizonte da cognição. Com o advento da tecnologia, muitos caminhos se
abriram ao encontro de algumas respostas que estavam em tese ou mesmo,
nas teorias. É claro que não se pode esquecer dos filósofos, teóricos,
estudiosos da educação, que muitos contribuíram para buscar uma solução
educacional em todo o mundo.
Essa evolução chegou à base fisiológica, culminando principalmente no
SNC2. Trazendo novas propostas para a educação e fortalecendo uma teoria
de que o cérebro é o grande responsável pela retenção do ensino e
aprendizagem, isto é, todas as informações aprendidas no meio em que se
vive, acontecem no encéfalo.
E com base científica, foram descobertas algumas dificuldades e
transtornos que desencadeiam a falta de atenção e comorbidades que atingem
as pessoas na hora do aprendizado. Mas segundo José Salomão Schwartzman
“Vivendo em um mundo repleto dos mais variados estímulos, necessita-se o
1 Destacou-se na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência política. 2 SNC: Sistema Nervoso Central
9tempo todo de algum mecanismo que lhe permita selecionar, de alguma forma,
alguns dentre esses diversos estímulos, para que possa exercer qualquer
atividade mental de forma organizada”. Espero que esse trabalho seja tão
importante para o leitor como foi para mim.
10CAPÍTULO I
BREVE HISTÓRIA DA NEUROCIÊNCIA
A neurociência é uma ciência que estuda o Sistema Nervoso Central.
Está relacionada diretamente com o comportamento, aprendizagem/processo
cognitivo e a regulação orgânica do ser humano.
Na antiguidade, Acreditava-se que o coração era o centro da parte
espiritual e que continha a memória. Segundo estudos realizados, a palavra
neurociências surgiu nos anos 70. Os pesquisadores buscavam investigar e
estudar cientificamente o encéfalo isoladamente. Mas se sabe que o cérebro
está ligado holístico e intrinsecamente a uma rede de neurônios.
“Segundo o psicólogo Luiz César Vicinança a
respeito do cérebro, estudos apontavam para
conclusões corretas, mas baseavam-se em
raciocínios equivocados. Em 130 D.C., Galeno
acreditava que o cérebro tinha duas partes: a
da frente, mais macia, que administrava as
emoções e sensações; e a de traz, o cerebelo,
de consistência mais firme que comandava os
músculos. Hoje se sabe que o cerebelo esta
ligado ao equilíbrio, a coordenação de
movimento e não é mais rígido porque mexe
com o músculos”.
http://www.pieron.com.br/index.php?id=145
Muitos cientistas se dedicaram em buscar resposta científica nesse
órgão de 1,5 kg de massa cinzenta e branca. Dentre os pensadores da
comunidade cientifica estão Michael S. Gazzaniga e George A. Miller, este
último, considerado um grande fisiologista.
Paul Broca e Karl Wernicke conseguiram estabelecer algumas áreas
cerebrais que estão ligados à expressão da linguagem e fala respectivamente.
Com o estudo, descobriu-se que estão localizadas no lado esquerdo do
cérebro e que fazem conexões na hora da compreensão da comunicação.
11 A neurociência só foi ganhar destaque nos anos 90, com o
desenvolvimento da tecnologia, surgiram equipamentos que pudessem mapear
o cérebro com mais precisão, entre eles: a tomográfica computadorizada,
ressonância magnética entre outros. Como este avanço tecnológico, muitas
descobertas foram alcançadas e principalmente, algumas funções pré-definidas
do cérebro humano. No mundo moderno, a neurociência tem um papel
relevante e de investigador do comportamento humano. Professores, pais e
educadores de um modo geral, deveriam ter o mínimo de conhecimento das
funções cerebrais, ou direcionamento específico, por profissionais
especializados, somente assim, poderíamos identificar mais cedo, o que
realmente acontece na cabeça, literalmente falando, do ser humano.
Sabe-se que está muito longe de descobrir um caminho para as
soluções do cérebro humano. Existem muitos mistérios e uma grande
complexidade nesse órgão. Precisa-se avançar, pesquisar e caminhar em
detrimento das soluções dessa ciência que trata do desenvolvimento físico,
químico e fisiológico do sistema nervoso central (SNC).
Fonte:http://enerdes.blogspot.com/2010/11/sistema-limbico.html
12Abaixo estão relacionadas algumas Regiões do cérebro
§ Amígdala – Qualquer lesão nas Amígdala faz com que o ser
humano perca sua capacidade do perigo e fica extremamente
dócil as situações mais adversas;
§ Hipocampo – responsável pela memória de longa duração;
§ Tálamo – Sistema de reorganização dos estímulos;
§ Hipotálamo – Tem com função, ativador das atividades
autônomas;
§ Giro Cingulado – Ligam os dois hemisférios cerebrais,
responsáveis pelas emoções à dor e pela regulação dos
comportamentos agressivos;
§ Tronco Cerebral – Uma das principais funções e o ciclo vigília-
sono;
§ Área Segmental Ventral – Está relacionada com área do
prazer;
§ Septo – Áreas relacionadas aos instintos sexuais: orgasmo;
§ Área do Pré-frontal – Área das decisões e domínio
afetivo/emocional.
13Um quadro das Regiões Corticais e suas funções
Área cortical Funções
Córtex Motor Primário
Comportamento Motor
Córtex Sensitivo Primário
Informações Sensitivas do Corpo
Córtex Visual Primário
Estímulos Visuais
Córtex Auditivo Primário
Estímulos Auditivos
Córtex de associação motora
(área pré-motora)
Movimentos Complexos
Fala
Fala Articulada
Córtex de Associação Somestésica
Esquema Corporal
Área Visual
Visão Complexa
Área Auditiva
Audição Complexa
Área de Vernicke
Compreensão da Fala
Área Pré-frontal
Emoção, Julgamento e
Compreensão
Área Parietal e Temporal
Percepção Espacial
Fonte: Neurociência e transtornos de aprendizagem, Marta Pires Relvas – pag 37-38
141.1 Lobos
Cada hemisfério há quatro lóbulos cerebrais: frontal, occipital, parietal e
temporal. Em cada lóbulo, tem sua função. Abaixo relacionaremos os tipos de
lóbulos localizados no encéfalo e suas funções definidas.
http://www.auladeanatomia.com/neurologia/telencefalo.htm
15Lobo Frontal
O lobo frontal está ligado à área do comportamento humano. É nessa
área, que o ser humano consegue fazer seus julgamentos, elaboração de
questões e intenções. Qualquer alteração nessa área pode ocasionar uma
perda de concentração, dificuldade de atenção, motivação, perda do
autocontrole etc.
Lobo Occipital
O lobo occipital fica na parte posterior do cérebro, acima do parietal. Ele
é responsável pela visão, espaçamento, pode detectar o movimento e
reconhecimento de cores. Além de das emoções, imagens e ruídos.
Lobo Parietal
O lobo parietal está associado a temperatura do corpo, a dor, o tato,
recepção de sensações. Está localizados na parte superior do cérebro. Essa
área recebe estímulos do meio ambiente onde são mais sensíveis. Algumas
partes do corpo como os labios, a lingua e a garganta proporcionam um grande
número de estímulos, com isso, essa área é maior.
Lobo Temporal
Os lobos temporais estão localizados na zona por cima das orelhas
tendo como principal função processar os estímulos auditivos. Os sons
produzem-se quando a área auditiva primária é estimulada. Tal como nos lobos
occipitais, é uma área de associação - área auditiva secundária - que recebe os
dados e que, em interação com outras zonas do cérebro, lhes atribui um
significado permitindo ao homem reconhecer o que ouve.
161.2 Os Hemisférios e as Teorias Educacionais
Segundo pesquisa, o cérebro humano é dividido em dois hemisférios: o
esquerdo e o direto. O esquerdo controla o lado direito e o direito controla o
lado esquerdo. Na maioria das pessoas, o lado esquerdo é o dominante.
Assim, pessoas que usam o lado esquerdo do cérebro são aqueles que têm o
raciocínio lógico e uma habilidade na comunicação. Enquanto que o lado direito
do cérebro é responsável pela criatividade, percepção.
Não se pode dizer que um lado do cérebro é mais importante que o
outro. Eles trabalham integrados para que possa ter uma real sintonia nos
comandos tanto cognitivo quanto motor. De acordo com a figura abaixo, cada
parte do cérebro tem uma função definida para o funcionamento perfeito de
suas capacidades.
Seria fundamental se todos os educadores soubessem reconhecer qual
a parte do hemisfério cerebral estimular e direcionar sua atividade para que
tenham melhor rendimento com seus alunos. Isso mostra que é relevante o
conhecimento da neurociência pedagógica e viabilizaria uma avaliação mais
precisa em relação ao ensino/aprendizagem.
Fonte: http://pnl-portugal.blogspot/ 1 de agosto de 2011
17Falar da perspectiva de diversas teorias educativas e de teóricos que
são ensinados no ambiente escolar e buscar compreender o comportamento
da natureza humana. Como isso, o interesse pelo diálogo com a ciência,
representou um avanço significativo nas pesquisas realizadas na educação.
Para Lev S. Vygostsky, as concepções do funcionamento do cérebro humano
são desenvolvidas ao longo de sua vida dentro da sociedade. Ele rejeita a
ideia de que as funções mentais são fixas e imutáveis. Para o teórico, há uma
grande plasticidade cerebral ao desenvolvimento individual.
Jean Piaget, um dos ícones da educação, postulou em seu livro sobre
uma de suas teorias sobre a inteligência.
“A inteligência humana somente se desenvolve
no indivíduo em função de interações sociais
que são, em geral, demasiadamente
negligenciadas.”
Com todas essas teorias em discussão, testes foram realizados. Entre
os pioneiros dessa etapa, destacamos o psicólogo Alfred Binet, a finalidade do
teste era diagnosticar crianças com retardo mental e crianças consideradas
normais. Mas foi em 1983 que Howard Gardner desenvolveu um conceito para
a inteligência.
Mas o que é inteligência? Inteligência pode ser determinada como a
capacidade mental de raciocinar, planejar, resolver problemas, desenvolver
ideias, compreender ideias e linguagens e aprender. Para outros, inteligência é
a capacidade de sobrevivência. Há autores que definem a inteligência com
habilidade de controlar seus sentimentos. Pois quando você controla a ira, você
deixa de ter atitudes incoerente com a sua personalidade.
Não se pode também esquecer que a memória e o raciocínio podem ser
bem treinados para um bom desempenho escolar. Segundo pesquisa de
Neurociências foi criado programas para promover ganhos de memória,
concentração e agilidade mental.
Exercícios práticos para funções específicas e bem definidas, traduzem
em ganhos significativos para o desempenho do aluno. Precisa-se tirar o
cérebro da zona de conforto. Compreender as habilidades desenvolvidas e não
18desenvolvidas pelo cérebro. Ser mais competitivos, produtivos e criativos.
Lembrar de conteúdos para fazer atividades que requeiram essas
necessidades.
Em razão disso, Gardner atribuia que crianças que aprendiam
matemática ou outra disciplina não era mais inteligente que outra. Em
contrapartida, esse mesma criança teria mais dificuldade em outras áreas. Em
outras palavras, pode saber em que habilidades uma pessoa é melhor para ter
um alto desenvolvimento.
Eis as Habilidades Múltiplas segundo Howard Gardner:
Lógico-matemática
§ Capacidade de resolver problemas matemáticos e raciocínio dedutivo.
Os cientistas e filósofos como Albert Einstein têm essa capacidade
matemática.
Linguística
§ Têm habilidades de comunicação e domínio pelos idiomas. Cantores,
poetas, escritores e linguistas, como Noam Chomsky, têm essa
característica.
Musical
§ Ter um bom ouvido, compor música com facilidade, aprender com sons
são caraceterísticas de habilidades musicais. É predominante em
compositores, maestros, músicos. Podemos destacar com essa
habilidade: Mozart.
Espacial
§ Percepção, compreensão do mundo visual com precisão, atravez de
distancia são caracteristicas de uma habilidade espacial. Os arquitetos,
19artistas, escultores e até jogadores de xadrez, com destaque, Garry
Kasparov, possuem essa habilidade.
Corporal-cinestésica
§ Capacidade de se movimentar com facilidade, praticar dança ou
esportes, controlar certos movimentos predominam essa habilidade do
cisnestésico-corporal. Podemos destacar com essa habilidade o jogador
Romário.
Intrapessoal
§ Pessoas mais comeditas consigo mesmas. Com um bom grau de
concentraçao e capacidade de se conhecer. Sigmund Freud e um
desses exemplo.
Interpessoal
§ Compreender as intenções, motivações e desejoas dos outros são
encontrados nessa habilidade. Encontra-se mais em políticos, religiosos,
professores, como Pedro Luiz.
Naturalista
§ São pessoas que têm afinidades com a natureza. Reconhece e
classificam plantas, animais , minerais e conhecem uma variedade de
fauna, flora, componentes no meio ambiente. Um dos grandes nomes
que têm esse tipo de intelegência é Charles Darwin.
Existencial
§ São pessoas reflexivas que têm como características fundamentais, a
questão da existencialidade. São pensadores filosóficos e grandes
lideres espirituais, por exemplo, Dalai Lama.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Intelig%C3%AAncias_m%C3%BAltiplas
201.3 Aprendizagem e a Neurociência
Pesquisa realizada na escola pública do CIEP 354 Martins Pena, ensino
médio, procura-se saber qual a causa do baixo-rendimento dos estudantes. Os
alunos passam todos os anos pelo sistema educacional e poucos conseguem
se formar com um rendimento satisfatório. Eles são obrigados a irem à escola,
devido aos gênios que dirigem o sistema educacional.
Estudantes entram nas escolas no ensino fundamental todos os anos e
muitos não conseguem chegar ao ensino médio. No entanto, aqueles que
conseguem concluir, não têm base suficiente para disputar um vestibular nas
universidades públicas.
Embora o sistema educacional tenha uma política de inclusão e um
sistema de regras definidas para o ano letivo, o sistema público de ensino não
seleciona os alunos, apenas fazendo parte da estatística do sistema
educacional.
Muitos chegam com algum transtorno como: a falta de atenção, por
exemplo, inclusive, sendo acrescentado pela falta de estímulo prático e essa
dificuldade, reflete em sala de aula, ou melhor, o professor fica impossibilitado
de avançar nas disciplinas básicas, mesmo sabendo que o individuo agrega
conhecimento prévio, o professor sem conhecimento dos estímulos neurais,
acaba não desenvolvendo uma aula com consistência.
Alguns jovens e adolescentes vão à escola apenas com o intuito de se
formar e pegar um diploma. Muitos outros procuram os cursos porque seus
pais obrigam a estudar, com isso, a formação fica realmente abalada e
prejudicada. Mas sem a consciência de que o mais importante não é a
formação, mas sim; a transformação. O individuo deixa de incorporar a sua
cultura, relevantes momentos que se perderão com o tempo, pois nada foi
contextualizado, ou estimulado.
E a cada ano que passa, são criadas no sistema educacional, novas
competências, regras, conceitos para mascarar fracasso em detrimento a
várias questões políticas e econômicas. Segundo pesquisas, muitos alunos não
sabem interpretar e são denominados como analfabetos funcionais.
21Em função disso, experiências mostram que muitos dos alunos, não
prestam atenção no que é dito em sala de aula. Às vezes, ficam usando o
celular, conversando com o colega, distraindo-se com jornais e revistas. Isso
faz com que sua atenção fique comprometida. Deixando de lado, coisa
relevante que pode contribuir para o desenvolvimento dele próprio, e do grupo
possivelmente.
O próprio governo nos últimos anos vem amargando resultados
negativos na educação. Em muitas pesquisas, estamos aquém de países que
estão abaixo da linha da pobreza. Já se sabe que a maioria dos países que
conseguiu ascensão mundial, investiu maciçamente em educação, qualificação
do professor, escolas equipadas com computadores, psicólogos,
fonoaudiólogo, psicopedagogo, pois; são exemplos de uma educação de
qualidade.
E como esse aluno aprende? Na escola, o cérebro do aluno é
condicionado muitas vezes a aprender numa postura passiva. O professor fala,
o aluno escuta, depois faz uma avaliação. O aluno não faz análise crítica e
comparativa dos conteúdos ensinados. Isso mostra que alguma coisa precisa
ser revista.
A partir do conhecimento científico da Neurociência, muitos caminhos se
abriram, o cérebro humano pôde ser visto como uma ferramenta dentro do
espaço escolar. O estímulo em algumas áreas do cérebro vem contribuindo
para uma nova tendência cognitiva que proporciona um resultado positivo no
decorre de sua aprendizagem. Um desses caminhos são os
Neurotransmissores que são elementos que estimulados com conhecimento e
funcionalidade, dando com exemplo, a acetilcolina que influencia a atenção por
meio do SRAA3 e pode participar com a memória e afetividade. É claro que
muitos neurotransmissores podem atingir, mesmo que indiretamente, a
atenção: endorfinas, serotonina e ácido gama-amino-butírico.
Então quando se alia a função pedagógica com a neurociência,
constroem-se uma estrutura de pensamento que pode culminar com uma nova
perspectiva de aprendizagem. Esse resultado predominantemente orientado e
3 SRAA: Sistema Ativador Reticular Ascendente.
22bem estimulado pelo professor, vai ao encontro de uma citação segundo a
professora de neurociência da AVM Faculdade Integrada – Universidade
Candido Mendes, Marta Relvas.
“Não existe ninguém burro, apenas; mal estimuladas.” (Marta
Relvas, 2009).
Então, conceitua-se que o cérebro está sempre aprendendo, essa
aprendizagem está ligada a várias conexões que são realizadas em função do
meio ambiente em que vivemos. Pode ser uma questão genética ou empírica.
Portanto, podemos dizer que aprender é nada mais do que a Plasticidade
Cerebral.
23CAPÍTULO II
DIFICULDADE NA APRENDIZAGEM
Sabe-se que o espaço nas escolas públicas não é tão atrativo para o
aluno e que ele precisa ser estimulado acerca do que aprende. Deveria ser
prazeroso e ser um ambiente confortável. Muitos deles somente vão à escola,
devido a sua certificação. Como isso, dificulta e muito, o trabalho do educador.
Alguns educando apresentam grandes dificuldades de aprendizagem. Muitos
com transtornos.
Falta de concentração, déficit de atenção, leitura descoordenada são
comportamento inaceitável no espaço escolar e são características visíveis
dessas dificuldades. Segundo a professora de Neurociências Marta Relvas
“É o nosso grande desafio como educador
conhecer o cérebro de nossos aprendizes, e
tão logo o funcionamento, pois cada um tem as
suas próprias características.”
Em decorrência dessas dificuldades, algumas comorbidades serão
mostradas abaixo e definidas para cada tópico:
Déficit de atenção
§ Podemos caracterizar que o transtorno do déficit de Atenção é uma
anomalia do cérebro que não funciona adequadamente. Pois
recebem interferências de impulsos rápidos e está atribuído a:
desatenção, hiperatividade e impulsividades.
O autismo
§ O autismo é uma anomalia geral do desenvolvimento do individuo e
atinge diretamente a habilidade de comunicacão, de viver em
sociedade, afeta o lado comportamental que está no meio ambiente.
24Cientificaemente, essa sindrome e chamado de transtorno global do
desenvolvimento.
Epilepsia
§ Esse distúrbio é um descontrole cerebral que é impulsionado pela
atividades elétricas. Ela pode ser temporaria e revesível. Expressa-
se como neurovegetativa ou psíquica, motora, sensitiva e sensoriais.
Síndrome de Down
§ Trissomia do cromossoma 21 ou mais conhecido como Sindrome de
Down. É uma anomalia genética causada pela má divisão do
cromossomo 21, extra, parcial ou totalmente.
Hiperatividade
§ Falam em demasia, não conseguem acabar aquilo que começam. Na
escola, frequentemente deixa a cadeira em sala de aula, não
consegem brincar nem se envolver em atividades que precisa de
atenção.
“A imagem do lado esquerdo mostra um cérebro
sem hiperatividade. Ao lado direto, mostra um
cérebro com hiperatividade. Comorbidade com
outros transtornos.”
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Adhdbrain.gif)
25Dislexia
§ Uma grande dificuldade na leitura, troca algumas letras,
principalmente o “b” para “d”. Uma deficiência também na
gramaticalidade e escrita. Geralmente, são hereditários, vindo dos
pais para os filhos.
Fora o fato do senso comum da realidade do aluno, às vezes, depara-se
com problemas que não é tão fácil de identificar. Contudo, não se conhece bem
o aluno para pode identificar as dificuldade deles. Esses problemas não estão
apenas ligados ao biológico, mas pode ser uma alteração sócio-econômica,
ambiental, pessoal ou até mesmo, emocional.
Compreender esses transtornos e identificar suas causas porque esse
educando não aprende, é reverter o processo do fracasso desse aluno e
restabelecer uma autoestima e superação para que ele possa ser inserido na
espaço da escola.
Um desses transtornos é a compreensão de textos e dificuldade de
expressão. Uma dificuldade que deveria ser avaliada no início da fase escolar:
Na Alfabetização.
No contexto das instituições educacionais pode-se dizer que não há
profissionais capazes de avaliar o desempenho do aluno na formação básica.
Tornando mais difícil e complexo o desenvolvimento das habilidades cognitivas
do estudante.
Precisa-se de atenção nas atividades em sala de aula, para que se
avalie de forma consciente e consistente, os alunos que por ventura
apresentam algum tipo de transtorno. Sem se esquecer de que existem outros
profissionais capacitados e que podem ser consultados na hora da avaliação.
Entre esses profissionais cita-se o psicólogo, o psicopedagogo, o
fonoaudiólogo e o pedagogo.
Com um trabalho em conjunto, a avaliação diagnóstica e preventiva se
torna uma ferramenta imprescindível para o melhor desenvolvimento cognitivo
e pragmático do aprendente.
26Entretanto, para ter um bom rendimento escolar e aproveitamento
relevante que vão ao encontro dos objetivos dos alunos, o ambiente escolar
precisa de um bom espaço físico, uma boa iluminação interna, higiene,
disponibilidade de material didático, responsabilidade e com bom
aproveitamento, metodologias que atentam as necessidades do aluno,
professores capacitados e estímulos.
272.1 A memória
Na antiguidade, acreditava-se que em cada neurônio era responsável
por uma parte especifica de uma operação, isto é, o cérebro desempenhava
isoladamente esta função em cada seção.
Com o surgimento de instrumentos modernos, foi visto que o encéfalo é
bem parecido com um ecossistema ativo e diferente de um computador que
vem com sua programação pré-definida. Mostrando que não existe uma função
para visão, consciência, emoção, linguagem e memória.
Uma curiosidade dos cientistas era saber onde está armazenada a
memória? É na percepção, no hipocampo, é quando se vê algo pela primeira
vez, e no lobo pré-frontal, onde estão as decisões, em todos eles ou nenhum.
Mas a pergunta mais correta seria dizer: O que e a memória?
Um destacado pesquisador Endel Tulving, da Universidade de Toronto,
memória não é detectável. Ela pode está espalhada em toda parte do encéfalo.
Então a memória se forma quando é solicitada.
A formação da memória e a recordação dependem de cada emoção, ato
do ambiente ou uma súbita lembrança. Por isso, mesmo vendo os mesmos
fatos, as recordações são distintas.
Para que uma memória ocorra, ela deve ser acionada pela amígdala.
Esse efeito traz um rótulo emocional, isso faz com se aglutine as peças. Com
isso se explica como o estado emocional atinge a amígdala e a lembrança
pode ser agradável ou desagradável.
O neurologista, Antônio Damásio, em Descarte’s Error, estabeleceu a
zona de convergência, que fica próximo dos neurônios sensoriais que em
primeiro lugar, registram os acontecimentos. Mas algo se tem a certeza. O
hipocampo que fica no hemisfério esquerdo e direito, sem ele não poderia
aprender ou mesmo recordar nada.
Sabe-se que o sono pode desempenhar um papel crucial dentro da
memória. Quando uma pessoa é interrompida diversas vezes no sono REM,
pode ficar com a aprendizagem bloqueada. Sem esse sono REM não se ter
uma memória duradoura.
28 A memória pode ser formada por: memória de longa duração, memória
de curta duração, memória operacional, memória subjetiva, memória explicita,
memória implícita, memória episódica, memória semântica, memória sensorial,
memória motora, memória visuoespacial e linguagem e memória verbal. Dentre
todas as funções da memória, destaca-se a linguagem e memória verbal.
Sabe-se que para ter uma boa memória é fundamental a linguagem.
Estas conexões se desenvolveram nas áreas motoras e sensoriais, mais
precisamente nas áreas de Wernicke e área de Broca.
http://www.mundodastribos.com/como-prevenir-a-falta-de-memoria.html
292.2 A linguagem corporal
Entender a complexidade e o funcionamento da mente humana é uma
das principais preocupações dos neurocientistas. Atualmente, muitos deles
tentam decifrar as regras as quais bilhões de neurônios obedecem para se
organizar em redes formando uma única estrutura coerente que chamamos de
cérebro. Os estudos têm por base interações gênicas e protéicas e até chips de
computadores. Ainda levará muito tempo até o objetivo ser alcançado, mas
compreender mais alguns aspectos desse sistema pode fornecer pistas para
decifrar as origens de transtornos como esquizofrenia e demência. O tema é
discutido no artigo “100 trilhões de conexões”, do jornalista C. Zinner, na edição
nº 105 da Scientific American Brasil.
Por essa razão, a visão do professor em sala de aula deve ser ampla e
corresponder à expectativa do aluno. Não só a neurociência deve ser
compreendida pelo educador, mas as expressões que são características dos
seres humanos.
Por isso, não é tão fácil ou simplesmente perceber quando uma pessoa
está mentindo. Há um conjunto de situações que podem colaborar para isso.
Porém quando se tem um conhecimento da linguagem corporal, fica mais fácil
identificar quando uma pessoa está enganando. Existem estudos que
comprovam essa evidência. No livro, “Desvendando os segredos da linguagem
corporal”, os autores mostram que com treinamento e muita observação é
possível saber se uma pessoa esta mentindo ou não.
“Apesar das imensas diferenças culturais, os
sinais básicos da linguagem corporal são os
mesmos em todos os lugares.” (Desvendo os
segredos da linguagem corporal, pág. 24)
Mesmo quando se mente o cérebro humano não responde como
mentira, ele quer dizer a verdade. Apesar disso, um professor com essa
referência de conhecimento, pode aplicar uma avaliação e perceber se o aluno
30consegue ou não desenvolver suas habilidades, a expressão corporal é inata,
não tem com enganar o cérebro.
Então, a percepção é fundamental para uma boa avaliação. Um
professor bem treinado pode aplicar diversas atividades, e apurar se essa
atividade é, ou não, relevante para o desenvolvimento cognitivo do aluno.
Qualquer gesto do educando pode ser percebido e automaticamente
identificado pelo professor. O cérebro está em plena atividade, e para isso,
saber qual o tipo de estímulo que se deve buscar para motivar o educando é
estabelecer uma saída para a melhor aprendizagem.
312.3 Estimulando o cérebro
No mundo moderno, há uma grande preocupação com a saúde. São
feitos diversos tipos de exercícios para emagrecer, para ganha peso, e como
se veem, todos voltados para a aparência física. Milhares de produtos são
lançados no mercado para manter a beleza e manter corpos em plena
atividade.
E o cérebro? Será que é tão relevante manter o cérebro em plena
atividade? Como fazer para que o cérebro se modifique? Já se sabe que
quanto mais a pessoa se esforça, mais ela aprende, e com a prática, o
encéfalo fica cada vez melhor. Manter o cérebro ativo é fundamental para evitar
as perdas de memória que vêm como o envelhecimento. Não existe melhor
remédio do que usar a própria memória e o raciocínio, em outras palavras, é
mais barato e não precisa de nenhuma droga, somente estímulo.
http://saude.abril.com.br/edicoes/0325/bem_estar/conteudo_574761.shtml?pag=2
32Para isso, motivação é relevante. Quando se consegue ver seu
desempenho, mais confiança se ganha e sua autoestima melhora. Então, é
preciso de estímulo nos hemisférios tanto o esquerdo quanto o direito. Em se
tratando de hemisférios, qual é o mais representativos em cada um de nós.
Pesquisas realizadas mostram que não existe um hemisfério mais
dominante que o outro. Segundo o neurocientista Roberto Lent
“Apesar de o nosso cérebro ser divido em dois
hemisférios não existe relação de dominância
entre eles, pelo contrário, eles trabalham em
conjunto, utilizando-se dos milhões de fibras
nervosas que constituem as comissuras
cerebrais e se encarregam de pô-los em
constante interação. O conceito de
especialização hemisférica se confunde com o
de lateralidade (algumas funções são
representadas em apenas um dos lados,
outras nos dois) e de assimetria (um hemisfério
não é igual ao outro)”.
http://www.nce.ufrj.br/ginape/publicacoes/trabalhos/renatomate
rial/neurociencia.htm
Curiosamente, algumas pessoas têm o maior domínio no hemisfério
esquerdo, pois é uma característica da maioria das pessoas. A estimativa é
que 98% dos seres humanos sejam destros. É um lado que estabelece o
pensamento lógico e competência comunicativa. Enquanto o hemisfério direito,
é responsável pelo pensamento de símbolos e criatividade.
Nas pessoas canhotas as funções são o contrário. O hemisfério
esquerdo diz-se dominante, pois nele se localiza duas áreas especializadas: a
Área de Broca, o córtex responsável pela motricidade da fala, e a Área de
Wernicke, o córtex responsável pela compreensão verbal.
33 Quando se fala de ligação, não se esqueça do corpo caloso que está
localizado no fundo da fissura inter-hemisférica, ou fissura sagital, é a estrutura
responsável pela conexão entre os dois hemisférios cerebrais. Essa estrutura,
composta por fibras nervosas de cor branca (feixes de axônios envolvidos
numa gordura chamada de mielina), é responsável pela troca de informações
entre as diversas áreas do córtex cerebral.
Abaixo, mostra uma tabela dos dois hemisférios e cada um predomina.
Hemisfério esquerdo Hemisfério direito Verbal: usa palavras para nomear, descrever e definir;
Não-verbal: percepção das coisas com uma relação mínima com palavras;
Analítico: decifra as coisas de maneira sequencial e por partes;
Sintético: unir coisas para formar totalidades;
Utiliza um símbolo que está no lugar de outra coisa. Por exemplo o sinal + representa a soma;
Relaciona as coisas tais como estão nesse momento;
Abstrato: extrai uma porção pequena de informação e a utiliza para representar a totalidade do assunto;
Analógico: encontra um símil entre diferentes ordens; compreensão das relações metefóficas;
Temporal: mantem-se uma noção de tempo, uma sequência dos fatos. Fazer uma coisa e logo outra, etc.;
Atemporal: sem sentido de tempo;
Racional: extrai conclusões baseadas na razão e nos dados;
Não-racional: não requer uma base de informações e fatos reais; aceita a suspensão do juízo;
Digital: utiliza números; Espacial: ver as coisas relacionadas a outras e como as partes se unem para formar um todo;
Lógico: extrai conclusões baseadas na ordem lógica. Por exemplo: um teorema matemático ou uma argumentação;
Intuitivo: realiza saltos de reconhecimento, em geral sob padrões incompletos, intuições, sentimentos e imagens visuais;
Linear: pensar em termos vinculados a ideias, um pensamento que segue o outro e que em geral convergem em uma conclusão;
Holístico: perceber ao mesmo tempo, concebendo padrões gerais e as estruturas que muitas vezes levam a conclusões divergentes.
http://www.ced.ufsc.br/yoga/hemisferios.html
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CONCLUSÃO
Com o advento da tecnologia, vários meios de comunicações passaram
a ilustrar suas informações pelos modernos computadores e muitas pessoas
utilizam essas máquinas como locais de pesquisa. Com isso, muitas
metodologias, principalmente, educacionais foram substituídas.
Quando se pergunta ao aluno se ele gosta de ler, a resposta é sempre
quase a mesma. A leitura não é atrativa e acham que perdem muito tempo com
coisa sem importância, assim, deixando de fazer algo mais interessante. Um
exemplo é conversar em site de relacionamento. Em detrimento ao uso do
computador, demasiadamente, observo-se que existe uma deficiência na
leitura e escrita.
Pesquisas revelam que ao ler, a pessoa adquiri habilidades e seu
cérebro é estimulado para área da cognição, fortalecendo suas conexões. A
uma comprovação que os neurônios de pessoas de todas as idades quando
estimuladas modificam, regeneram com exercícios mentais. Mas como
desenvolver este trabalho na escola? Pois segundo a Lei 9.394/96, lei de
diretrizes e bases da educação.
“A educação é um direito de todos e dever do
Estado, assim define a Constituição Federal no
seu artigo 205. A constituição diz ainda, que o
ensino será ministrado com base no princípio
de igualdade de condições para o acesso e
permanência na escola, entre outros.”
Partindo do pressuposto que todas as pessoas que trabalham com
educação dentro ou fora da sala de aula, deveriam restabelecer um foco na
busca pelo conhecimento. Pois o grau de responsabilidade é viabilizado pela
estratégia imposta em sala de aula. Busca capacitações, aprimoramento,
formação continuada são contribuições para estabelecer uma relação mais
confiável no tocante à avaliação do aluno.
35 Para isso, necessita-se de profissionais qualificados para analisar e
estabelecer metas educacionais que fortaleçam significadamente uma didática
relevante para o educando. Então, a neurociência vem ao encontro das
necessidades desse viés, estabelecendo uma conexão: cérebro e educação.
Entretanto, a neurociência não veio como panacéia para a educação.
Mas ela pode vir como um instrumento de auxílio no diálogo entre a cognição e
a aprendizagem.
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando: introdução. São Paulo: Moderna, 1986. DAMÁSIO, António. O erro de Descartes. São Paulo: Cia das Letras, 1996.
KATZ, Lawrence C. Mantenha o seu cérebro vivo. Rio de Janeiro: Sextante,
2000.
OLIVIER, Lou. Distúrbios de aprendizagem e de comportamento. Rio de
Janeiro. Wak Editora, 2006.
OSBORNE, Richard. Freud para principiantes. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
PEASE, Allan & Barbara. Desvendando os segredos da Linguagem do corpo.
Rio de Janeiro. Sextante, 2005.
PIAGET, VYGOSTSKY, LEV Semenovich. Teorias psicogenéticas em
discussão/Yves de La Taille, Marta Kohl de Oliveira, Heloysa Dantas. São
Paulo: Summus, 1992.
RATEY, John J. O cérebro – um guia para o usuário. Rio de Janeiro: Objetiva,
2002.
RELVAS, Marta Pires. Fundamentos Biológicos da Educação: Despertando
inteligências e afetividade no processo de aprendizagem. Rio de Janeiro: Wak
Editora, 2009.
RELVAS, Marta Pires. Neurociência e Transtorno da Aprendizagem. Rio de
Janeiro: Wak Editora, 2009.
SALOMÃO, José Schwartzman. Transtorno de Déficit de Atenção. São Paulo:
editora Memnom, 2008.
37
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTO 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I 10
Breve História da Neurociência 10
1.1 Lobos 14
1.2 Os Hemisférios e as Teorias Educacionais 16
1.3 Aprendizagem e a Neurociência 20
CAPÍTULO II 23
Dificuldade na Aprendizagem 23
2.1 A memória 29
2.2 A Linguagem Corporal 28
2.3 Estimulando o Cérebro 31
CONCLUSÃO 34
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 36
ÍNDICE 37
38
AVALIAÇÃO
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
DEPARTAMENTO
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM NEUROCIÊNCIAS
TÍTULO: A NEUROCIÊNCIA NO AMBIENTE ESCOLAR