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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
CONTABILIDADE GERENCIAL: FERRAMENTA PARA AUXILIAR NA GESTAO EMPRESARIAL
Reísa Pereira da Silva Nascimento
Orientador: Prof.ª Luciana Madeira
RIO DE JANEIRO 2012
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
O PAPEL DA CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA PARA AUXILIAR A GESTAO EMPRESARIAL
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Auditoria e Controladoria Por Reísa Pereira da Silva Nascimento
RIO DE JANEIRO 2012
AGRADECIMENTOS
A minha família, colegas do curso Pós-Graduação “Lato Sensu” em Auditoria
e controladoria e aos mestres.
DEDICATÓRIA
A Deus,
Aos meus pais Reinaldo silva do
Nascimento e Elisia Pereira da Silva
Nascimento.
RESUMO
Esta pesquisa discorre sobre a importância da contabilidade gerencial para as empresas no auxilio de sua gestão, mostrando a necessidade de ser ter acesso as informações que possibilitem ao gestor administrar se negocio de maneira eficiente Para ilustrar o tema proposto, serão feitas reflexões sobre O Surgimento da Contabilidade e seus Princípios, A responsabilidade do contador no processo das tomadas de decisão, A importância da reformulação das técnicas e demonstrações contábeis e Ferramentas da Contabilidade Gerencial como recurso eficiente e útil nas tomadas de decisão. Em um contexto econômico instável e competitivo a implantação da contabilidade Gerencial como ferramenta, ajudará no controle interno da empresa e facilitará o alcance dos objetivos e metas planejadas, pois com todas essas ferramentas as informações úteis geradas serão cruciais para a permanência da empresa no mercado.
Palavras-chave: Contabilidade. Gerencia. Administração.
METODOLOGIA
Essa pesquisa tem como caráter exploratório, pois através de levantamento
bibliográficos e pensamentos de alguns autores auxiliará em um melhor
entendimento sobre a importância das Ferramentas Gerenciais no levantamento das
informações que serão utilizadas pelos gestores na tomada de decisão.
Este trabalho foi realizado através do método de pesquisa exploratória, por
um levantamento bibliográfico com o objetivo de permitir uma construção de um
material de apoio sobre Contabilidade Gerencial.
A revisão de literatura foi efetuada mediante pesquisas em publicações
científicas de diversas fontes, artigos, teses, dissertações, conforme descritas na
bibliografia, e tem como principais autores como Sergio Iudicibus, Eliseu Martins e
Clovis Luis Padoveze, no período compreendido entre 1997 a 2008.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 8
1.1 PROBLEMA ........................................................................................................ 8
1.2 HIPÓTESES ........................................................................................................ 9
1.3 JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 10
1.4 OBJETIVOS ...................................................................................................... 11
1.4.1 Objetivo Geral ................................................................................................ 11
1.4.2 Objetivos Especificos ................................................................................... 11
2 A CONTABILIDADE E SEUS PRINCÍPIOS ........................................................ 13
2.1 PRINCÍPIOS CONTABEIS ................................................................................ 14
2.2 A CONTABILIDADE AO LONGO DOS ANOS .................................................. 16
3 CONTABILIDADE GERENCIAL .......................................................................... 19
3.1 FERRAMENTAS GERENCIAIS ........................................................................ 23
3.2 ORÇAMENTO ................................................................................................... 24
3.3 PROCESSO DE ELABORAÇÃO ...................................................................... 25
3.4 RELAÇÃO CUSTO X VOLUME X LUCRO ...................................................... 26
3.5 CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS ........................................................................ 27
3.6 PONTO DE EQUILIBRIO .................................................................................. 28
3.7 CUSTEIO VARIÁVEL ........................................................................................ 30
3.8 CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES (ABC) ................................................ 31
3.9 CUSTO PADRÃO .............................................................................................. 32
4 HABILIDADES NECESSARIAS PARA O PROFISSIONAL DE CONTABILIDADE34
4.1 DEVERES DO TRABALHO .............................................................................. 34
4.2 HABILIDADES NECESSÁRIAS ....................................................................... 35
4.3 EDUCAÇÃO ...................................................................................................... 35
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 37
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 39
8
INTRODUÇÃO
Com as constantes mudanças e aumento na competitividade entre as
empresas brasileiras, torna-se cada vez mais importante adotar técnicas de gestão
especializadas. Na realidade brasileira, entretanto, muitas empresas não estão
estruturadas para enfrentar tal desafio. Alem disso as dificuldades aumentam na
medida em que o fluxo de informações necessárias para uma boa gestão fica maior
e mais complexa.
O planejamento é um dos principais pontos de partida para o
desenvolvimento empresarial, sendo um importante processo que precede a tomada
de decisão. A habilidade do gestor em utitlizar-se da Contabilidade Gerencial como
ferramenta de gestão e suporte ao planejamento, contribui fortemente para o
sucesso da empresa.
1.1 PROBLEMA
Como o Contador pode contribuir com os gestores e administradores nas
tomadas de decisão? Como podem Auxiliar para que os objetivos da empresa sejam
alcançados? Quais as habilidades que o profissional de contabilidade tem que
desenvolver para atender as necessidades das empresas que são cada vez maiores
devido à constante mudança econômica e a competitividade.
9
Como as organizações não suportam as pressões normais do cotidiano a
acabam encerrando suas atividades, os empresários defendem que instabilidade
econômica seria uma das maiores razões para o fechamento de uma empresa. Os
argumentos são reforçados por exemplos relacionados ao financiamento para
aquisição de equipamentos e capital de giro, juros altos, dentre outros.
1.2 HIPÓTESES
Segundo Rampazzo (2004, p.36), “hipótese é suposição de uma causa ou de
uma lei destinada a explicar provisoriamente um fenômeno, ate que os fatos
venham a contradizê-la ou afirmá-la”.
Se a maioria da empresas tem dificuldade em permanecer no mercado,
podendo muita das vezes não completar seu primeiro ano de existência por
deficiência de aspectos gerenciais, então a implantação e utilização da
Contabilidade Gerencial poderia colaborar para interromper a solução de
continuidade.
Se a falta de Gestores qualificados para interpretar e analisar o que foi
desenvolvido pelo setor contábil da empresa baseado nas técnicas da contabilidade
Gerencial faz com que esses profissionais da área “os contadores” passam a ser
visto não só para atender as obrigações fiscais e sim como ferramenta de auxilio a
gestão.
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1.3 JUSTIFICATIVA
A Relevância social do problema a ser investigado consiste que as empresas
necessitam de uma gestão eficaz. Neste cenário a contabilidade tem um papel de
importância, será através dos profissionais da área contábil e das informações
fornecidas pelos mesmos que auxiliaram uma gestão eficiente e eficaz.
Nesse atual contexto econômico as empresas buscam cada vez mais um
bom controle interno, para que seus objetivos e metas possam ser alcançadas com
mais facilidade.
Essa pesquisa visa evidencia a importância da implantação de uma
Contabilidade Gerencial dentro de uma empresa, pois através dos controles
gerenciais ações corretivas podem ser aplicadas para que a empresa tenha um bom
desenvolvimento. No decorre do trabalho veremos técnicas que significativamente
ajudarão neste desenvolvimento empresarial.
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1.4 OBJETIVOS
1.4.1 Objetivo Geral
Objetivo geral pode ser delineado sucintamente como sendo o que o
pesquisador pretende buscar responder em sua pesquisa, o motivo da pesquisa em
si.
De acordo com Santos (1999, p.60), o objetivo geral pode ser definido como:
[...] um projeto de pesquisa cientifica é sua espinha dorsal. Deve expressar claramente aquilo que o pesquisador pretende conseguir com sua investigação. Não é o que ele vai fazer (isto se prevê nos procedimentos), mas o que pretende conseguir como resultado intelectual final de sua investigação.
Diante do exposto, para atender o tema proposto foi delineado o seguinte
objetivo geral: “Descrever a importância da Contabilidade Gerencial nas tomadas de
decisão”.
1.4.2 Objetivos Especificos
Os objetivos específicos, de acordo com Beuren (2003, p.65), “devem
descrever ações pormenorizadas, aspectos específicos para alcançar o objetivo
geral estabelecido”.
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Desta forma, a pesquisa procurará:
• Verificar o surgimento da Contabilidade e relacionar seus Princípios;
• Demonstrar a importância do contador no processo das tomadas de
decisão;
• Demonstrar as ferramentas gerenciais mais eficientes e eficazes para
uma boa gestão.
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2 A CONTABILIDADE E SEUS PRINCÍPIOS
Genericamente a contabilidade pode ser conceituada como sendo a ciência
que controla e registra (por meio de suas técnicas) atos e fatos incorridos num
determinado período dentro de uma organização, em seu patrimônio.
De acordo com Resolução do Conselho Federal de Contabilidade – CFC – nº
774/941 – que dispõe sobre os Princípios Fundamentais da Contabilidade:
a contabilidade possui objetivo próprio – o Patrimônio das Entidades – e consiste em conhecimentos obtidos por metodologia racional, com as condições de generalidade, certeza e buscam das causas, em nível qualitativo semelhante as demais ciências sociais. A Resolução alicerça-se na premissa que a contabilidade é uma ciência social com plena fundamentação epistemológica.
No ponto de vista de ludicibus (2000), a contabilidade “repousa mais na
construção de um “arquivo básico de informação contábil”, que possa ser utilizado,
de forma flexível, por vários usuários, cada um com ênfases diferentes, porem,
extraídos todos os informes do arquivo básico ou “data base” estabelecido pela
Contabilidade.
Na contabilidade, o objetivo é sempre o conjunto de bens, direitos e
obrigações (patrimônio) de uma entidade, independente de sua constituição (física
ou jurídica), e suas mutações.
1 Disponível em http://www.crcsp.org.br/portal_novo/legislacao_contabil/resolucoes/Res774P1.htm. Acesso em 15 fev. 2012.
14
Deste modo, a contabilidade permite que sejam fornecidas informações
econômicas e financeiras para que seus usuários, com base nesse conhecimento
fiel a realidade, tenha uma ferramenta para a tomada de decisão e gerenciamento
do negócio, e não apenas para débitos e créditos com é dito.
O campo de aplicação da contabilidade, segundo Professores da FEA/USP
(2001, p. 280), “é bastante amplo, abrangendo todas as entidades físicas ou
jurídicas, com ou sem fins lucrativos, que exerçam atividades econômicas visando
atingir determinada finalidade”.
Assim, existindo econômica em uma organização, independente de qual tipo
de entidade seja a contabilidade estará sempre presente.
2.1 PRINCÍPIOS CONTABEIS
A contabilidade é regida por alguns princípios, princípios esses que
representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade,
os “Princípios Fundamentais da Contabilidade”, citados na Resolução CFC nº
750/932, passam a denominar-se “Princípios da Contabilidade”, por força da
Resolução CFC 1.282/2010.
São Princípios da contabilidade:
2 Disponível em http://www.crcsp.org.br/portal_novo/legislacao_contabil/resolucoes/Res774P1.htm. Acesso em 15 fev. 2012.
15
Entidade – reconhece o patrimônio como objetivo da Contabilidade e afirma
autonomia patrimonial. O patrimônio não se confunde com os de seus sócios ou
proprietários no caso de sociedade ou instituição.
Continuidade – Entende-se que a entidade continuará em operação em seu
futuro, e, portanto, a mensuração e apresentação dos componentes do patrimônio
levam em conta essa circunstancia.
Oportunidade – refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos
componentes patrimoniais para produzir informações integras e tempestivas.
Regime pelo valor original – determina que os componentes do patrimônio
devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações,
expressos em moeda nacional.
Competência – determina que as transações que devem ser registradas e
reconhecidas no momento em que ocorrem independente do recebimento do
pagamento. Pressupões a simultaneidade de confronto de receitas e despesas.
Prudência – determina a adoção do menor valor para os componentes do
ativo e maior valor para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas
igualmente validas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o
Patrimônio Liquido.
Observância Obrigatória – é obrigatória no exercício da profissão e constitui
obrigação de legitimidade nas Normas Brasileira de Contabilidade.
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2.2 A CONTABILIDADE AO LONGO DOS ANOS
Mais importante do que fala do conceito da contabilidade e falar do caráter
evolutivo ao longo do tempo.
A Contabilidade não surgiu como é vista hoje em dia, trata-se de uma
evolução continua acompanhando as necessidades e exigências do meio
empresarial e social, contudo
“não sabemos quem inventou a contabilidade. [...] Sabemos, porem que sistemas de escrituração por partidas dobradas começaram a surgir gradativamente, nos séculos XIII e XIV [...] no norte da Itália” (HENDRIKSENe VAN BREDA, 1999, p.39).
O primeiro a citar a contabilidade ainda na Itália (Veneza) foi um frei
franciscano chamado Luca Pacioli, onde, com seu livro “Summa de arithmetica,
geométrica, proporcioni et proportionalitá”, datado de 1494, proporcionou uma
enorme difusão da essência contábil.
A summa era principalmente um fratado de matemática, mas inclua uma seção sobre o sistema de escrituração por partidas dobradas, [...], e apresenta o raciocínio em que se baseavam os lançamentos contábeis (HENDRIKSEN e VAN BREDA, 1999, p.39)
Mesmo a contabilidade tendo a mesma essência desde a Renascença,
algumas mudanças foram vistas ao longo dos anos.
A primeira mudança é que o principal objetivo da contabilidade era produzir
informações ao proprietário, sendo assim, as contas eram mantidas em sigilo
(HENDRIKSEN e VAN BREDA, 1999).
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A segunda mudança é que antigamente o patrimônio do sócio não era
separado do patrimônio da empresa, hoje há um principio da contabilidade onde o
patrimônio dos sócios não se confunde com o da empresa e vice e versa.
Uma terceira mudança refere-se ao chamado exercício contábil, o qual
apurava o lucro de uma empresa somente quando a mesma fosse encerrada, assim
inexistindo a idéia atual de continuidade das empresas.
Mesmo a contabilidade tendo sido concebida na Itália, ou pelo menos tenha
sido difundidas por meio de registros históricos, muitas outras civilizações da
antiguidade contribuíram para esta ciência ser o que hoje é.
A contabilidade atualmente é reflexo de uma evolução continua ao decorrer
do tempo. Cada vez mais difundida, a contabilidade teve como característica
sempre se adaptar as novas realidades da época em que figurava, e, como
historicamente estas adaptações ocorreram, futuramente há de se esperar maiores
mudanças, já que usuários de diferentes perfis a utilizam.
A contabilidade tem peculiaridade em relação as demais ciências; tem como
característica se adaptar de acordo com as necessidades de seus usuários.
De acordo com Horngren,Sundem e Stratton (2004), o tipo de informação
contábil demandada difere de usuário, ou seja, cada usuário vai necessitar de uma
informação especifica para o seu uso. Estes usuários é que iram influenciar a
contabilidade para gerar informações cada vez mais exclusivas, assim forçando a
diversidade da contabilidade.
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Neste contexto a função do contador tende-se a sobre uma mudança, ou
seja, o contador deixa de trabalhar somente para satisfazer o fisco e as obrigações
legais com os órgãos fiscalizadores e passa a produzir informações úteis aos
usuários da contabilidade para a tomada de decisão.
A contabilidade gerencial auxilia aos contadores a produzir essas
informações úteis à administração, facilitando tomada de decisão em meio à
economia moderna e complexa em que se vive.
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3 CONTABILIDADE GERENCIAL
A contabilidade Gerencial, para muitos, é um mero jargão de mais uma
vertente da contabilidade. Entretanto inclui tanto informações históricas quanto
informações estimadas que os gestores utilizem na conduta das operações diárias,
planejamento de operações futuras e desenvolver estratégias empresariais.
Conceitualmente, Contabilidade Gerencial segundo a visão de Atkinson et al.
(2000, p.36):
É o processo de produzir informações operacionais e financeiras para funcionários e administradores, tal processo deve ser direcionado pelas necessidades informacionais dos indivíduos internos da empresa e deve orientar suas decisões operacionais e de investimentos.
Já para a COSIF, Contabilidade Gerencial:
É a aparte da contabilidade que se se refere o fornecimento de informações e de subsídios para a tomada de decisões de caráter corrente e as de natureza estratégicas permitindo também efetuar avaliações de desempenho e fixação do preço de venda baseado no custo, no mercado e no concorrente [...].
Na visão de Horngren, sundem e Stratton (2004, p.4)
Contabilidade Gerencial é o processo de identificar, mensurar, acumular, analisar, preparar, interpretar e comunicar informações que auxiliem os gestores a atingir objetivos organizacionais.
Para Ricardinho (2005, p.9)
a contabilidade gerencial, num sentido mais profundo, esta voltada unicamente e exclusivamente para a administração da empresa, procurando supri informações que se “encaixem” de maneira variável e efetiva no modelo decisório do administrador.
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Pode-se notar que os autores ao conceituarem Contabilidade Gerencial
utilizam de uma mesma linha de raciocínio: do pressuposto que a contabilidade
Gerencial serve de ferramenta de tomada de decisão. Porem não pode resumir
tanto o campo de atuação desta vertente da contabilidade.
De acordo com Neves e Viceconte (1998), a contabilidade Gerencial não se
atém apenas nas informações produzidas, desenvolvidas dentro da contabilidade,
mas também se ampara de outros campos do conhecimento não vinculados
diretamente a área contábil, como por exemplo, a administração financeira,
estatística, analise financeira, dentre outros.
Segundo Lopes e Martins (2005, p.95), concernentes ao enfoque acima
citado, discorrem que:
[...] podemos identificar duas atividades básicas que devem ser realizadas para que as corporações atinjam seus objetivos: coordenação e motivação. As várias atividades de firma precisam ser adequadamente coordenadas e os gestores e demais envolvidos precisam estar motivados para realização de suas funções. Para a realização dessas funções, um elemento é primordial: informação. Para que as atividades sejam bem coordenadas, os gestores precisam receber informações sobre seu desenvolvimento. Para que esses mesmos gestores adequadamente motivados, é necessário que sistemas [...] sejam implementados como base para a remuneração. Assim, as firmas precisam de sistemas capazes de fornecer informações com a finalidade de coordenação e motivação dos agentes econômicos envolvidos em suas atividades. Daí surge a contabilidade gerencial.
Conforme Ludicibus (1998, p.21)
A contabilidade Gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um enfoque especial conferido as varias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na Contabilidade Financeira, na Contabilidade de Custos, na Analise Financeira de Balanços etc. colocados numa perspectiva [...] e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gestores das entidades em seu processo decisório.
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Os últimos enfoques citados diferenciam-se dos demais, pois ampliam a
Contabilidade Gerencial como sendo uma técnica que não se utiliza apenas das
informações da Contabilidade convencional, mas também de outras áreas da
empresa, sendo muito abrangente do que apenas analisar registros contábeis para
tomadas de decisão futuras. Desta forma, a Contabilidade Gerencial pode-se ate a
vir a ser confundida com a área de conhecimento de Administração de Empresa.
Reforçando a idéia acima citada de Lopes e Martins (2005), para se ter uma
influente Contabilidade Gerencial, necessita-se de um bom sistema de
Contabilidade Gerencial, o qual, segundo Atkinson et al. (2000, p.36) é conceituado
como: “[...] sistemas de informação que relatam os custos de atividades, processos,
produtos, serviços e clientes da empresa, que são usados para uma variedade de
tomadas de decisão e de melhorias de atividades”.
Tais sistemas de informação, segundo Horngren, Datar e foster ( 2004),
deverão ser elaborados de acordo com os anseios dos administradores da empresa,
sendo os mais comuns:
• Foco no cliente – refere-se a adicionar valor para o cliente, defendendo
sempre à satisfação do cliente nas transações entre ambas as partes
(fornecedor e cliente). A contabilidade gerencial deverá administrar
como está a satisfação do cliente para com a empresa.
• Cadeia de valor e analise de cadeia de suprimentos – refere-se a
seqüência de função de um negocio em que são adicionadas
utilidades aos produtos e serviços de uma empresa. A contabilidade
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gerencial estará influenciando todos os processos nos diferentes níveis
de processo do produto. Onde estiver sendo adicionado valor ao
produto, lá estará à contabilidade gerencial influenciando o processo.
• Fatores críticos de sucesso – refere-se a pontos relevantes a ser
estudados para o desenvolvimento de um sistema de informações
contábeis. Os principais fatores críticos se sucesso de uma empresa
são: Custo e eficiência, qualidade, tempo e inovação.
• Melhoria contínua e benchmarking – refere-se diretamente com o foco
do cliente, pois, para satisfazer os anseios do cliente, de certa forma, a
empresa estará melhorando algum processo produto. Benchmarting
mede, compara os produtos oferecidos pela empresa com os melhores
produtos já inseridos no mercado, sendo estes últimos, base para
comparação, onde, deste comparativo, tem-se a percepção do que o
produto pode se melhorado para galgar mais mercado.
A Contabilidade Gerencial é parte integrante no processo de gestão das
empresas, pois suas informações são elaboradas para que os administradores
possam otimizar o processo de gestão estratégica, através do planejamento,
organizacional, direção e ações a serem tomadas para que a organização alcance
seus objetivos com eficácia e eficiência. Além de ser uma ferramenta na avaliação
do desempenho da empresa, também representa uma importante ferramenta para
que essas empresas possam desenvolver um planejamento ideal, a fim de melhorar
os resultados e o andamento desses empreendimentos.
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3.1 FERRAMENTAS GERENCIAIS
Apesar de não haver uma padronização das praticas gerenciais, o que
dificulta o estabelecimento das normas, estas deverão estar relacionadas às etapas
do processo contábil, uma vez que o que muda é o ambiente no qual este processo
é desenvolvido. O foco da contabilidade Gerencial é a comunicação no âmbito dos
vários níveis hierárquicos de empresa, e serve para a tomada de decisão dos
gestores da mesma e não ao publico externo.
[,,,] com o conseqüente aumento da distancia entre administrador e ativos e pessoas administradas, passou a contabilidade de custo a ser encarada como uma eficiente forma de auxilio no desempenho dessa nova missão, a gerencial ( MARTINS, 2006, p.21)
De acordo com Lopes e Martins (2005, p.99).
[...] os instrumentos utilizados pela contabilidade gerencial ( orçamento, sistemas de custeio , etc.) influenciam diretamente os interesses dos gestores. Essa influencia, no entanto não é unidirecional, ou seja, os gestores também influenciam as praticas de contabilidade gerencial.
Pode-se através dos sistemas de Contabilidade Gerencial avaliar o
desempenho de determinada empresa ou setor, o que esta muitas vezes atrelada
ao sistema de remuneração e promoção da instituição.
A seguir serão apresentadas algumas das ferramentas da contabilidade
Gerencial, mais utilizadas pélas organizações para auxiliar nos processos de
planejamento e decisão.
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3.2 ORÇAMENTO
A fase de planejamento dos resultados de uma empresa parte da elaboração
de um orçamento, que definirá os objetivos que esta pretende atingir e possibilitará
o futuro controle e mensuração dos resultados obtidos.
Para Garrison e Noreen (2001, p.262), orçamento empresarial é: “orçamento
é uma plano detalhado da aquisição e do uso de recursos, financeiros ou de outra
natureza, durante um período especifico. Representa um plano para o futuro,
expresso em termos quantitativos”.
O conceito de orçamento empresarial para Padoveze (2003, p.189).
O orçamento pode e deve reunir objetivos empresariais, na busca da expressão do plano e controle de resultados. Portanto, convém ressaltar que o plano orçamentário não é apenas prever o que vai acontecer e seu posterior controle. O ponto fundamental é o processo de estabelecer e coordenar objetivos para todas as áreas da empresa, de forma tal que todos trabalhem sinergicamente em busca dos planos de lucro.
Para Padoveze (2003), um orçamento é composto por diversas metas pré
estabelecidas em termos de atividades de vendas, produção, distribuição, do
consumo de recursos e financeira, e geralmente produz documentos como fluxo de
caixa, demonstrações de resultados e balanço patrimonial previstos. É ferramenta
muito útil no controle das operações por parte da administração da empresa, com o
intuito de atingir os objetivos inicialmente definidos.
Diversos benefícios podem ser atingidos por meio da utilização de
orçamentos, como por exemplo, o de transmitir os planos da administração para
todos os níveis da companhia, canalizado desta forma os esforços para um objetivo
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comum. Auxilia também a gerencia no controle e ajustes nos processos sob sua
responsabilidade, aplicando seu tempo de forma mais eficiente.
Através do processo orçamentário pode-se também identificar possíveis
gargalos e pontos críticos nos processos da empresa e desta forma estabelecer
planos para eliminar ou minimizar o efeito dos mesmos.
3.3 PROCESSO DE ELABORAÇÃO
De acordo com Padoveze (2003 apud LAURENTINO et al., 2008), em linhas
gerais, o processo de elaboração consta de três grandes fases:
• Previsão
• Reprojeção
• Controle
A fase de previsão comporta todo de calculo propriamente dito em que se
coloca no papel aquilo que a empresa espera e prevê que irá acontecer para o
próximo exercício. É a etapa de elaboração dos quadros orçamentários.
Esta primeira fase deve ser iniciada ao redor de seis meses antes do
exercício a ser orçado, e é quando se verificam as condições atuais da conjuntura
econômica, das políticas de controle de preços, estimativas de inflação, etc. em
26
geral, é nesta etapa que são desenhados os cenários econômicos imagináveis ou
possíveis, considerados sempre dentro de condições probabilísticas. Informações
como: tamanho e variação do PIB, tamanho do mercado, participação de empresa
no mercado, força concorrências, consumo efetivo versus consumo teórico etc.
devem ser consideradas para o processo de previsão.
Na segunda fase, os dados orçados são submetidos aos setores
responsáveis. Após o retorno das peças orçamentárias e respectivas criticas, será
feitos o acerto das previsões iniciais. Esses dados deverão estar prontos entre um e
dois meses antes do inicio do exercício, de forma que os responsáveis por todas as
áreas de empresa já se programem para o ano que se iniciará.
A etapa de controle é a ultima fase, onde se verifica se os objetivos previstos
foram atingidos, através da analise das variações, em que serão analisados o
desempenho das áreas de responsabilidade e eventuais correções necessárias a
serem feitas.
O orçamento, através da sua elaboração e controle, pode auxiliar os
administradores a atingir as metas previamente estabelecidas, possibilitando a
tomada de decisão, quando necessário para corrigir eventuais desvios.
3.4 RELAÇÃO CUSTO X VOLUME X LUCRO
Comportamento dos custos refere-se à maneira em que os custos mudam
em relação às mudanças e uma atividade correlata. Conhecer o comportamento dos
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custos é útil para vários propósitos na gestão das empresas. Por exemplo, conhecer
como os custos se comporta permite a gerencia projetar lucros com as mudanças
no volume de vendas e produção. Conhecer o comportamento dos custos também é
útil na sua projeção (LAURENTINO et al., 2008)
Para entender o comportamento dos custos, dois fatores devem ser
considerados. Primeiro deve ser identificados à atividade relacionada na geração do
custo. Segundo especificar o intervalo de atividade onde as mudanças nos custos
são de interesse da gerência. Esse intervalo de atividade geralmente chamado de
intervalo de relevância (LAURENTINO et al., 2008)
3.5 CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS
Uma classificação usual e muito importante dos custos é a que leva em
consideração a relação entre valor total de um custo e o volume de atividades numa
unidade de tempo. Esta classificação divide os custos em fixos e variáveis.
Custos variáveis são custos que variam na proporção direta do nível de
atividade, quando o nível de atividade é mensurado em unidades produzidas,
material direto e mão-de-obra direta são, geralmente, classificados como custo
variável.
Custo fixo é aquele cujo total permanece constante, independentemente das
alterações no nível da atividade. Diferentemente dos custos variáveis, os custos
fixos não são afetados pelas alterações da atividade. Em conseqüência, enquanto o
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nível de atividade sobe ou desce, o total do custo fixo permanece constante, e
menos que seja influenciado por algum fator externo, com variações de preço
(GARRISON e NOREEN, 2001, p.337 apud LAURENTINO et al., 2008).
3.6 PONTO DE EQUILIBRIO
Para se entender a analise do ponto de equilíbrio, é fundamental entender
também o conceito de margem de contribuição.
Segundo Garrison e Norren (2001, p.144), “margem de contribuição é o valor
remanescente das receitas de vendas após a dedução das despesas variáveis.
Esse valor contribui para cobrir as despesas fixas e, em seguida para os lucros do
período”.
De acordo com Padoveze (2003, p. 368):
Margem de contribuição é a margem bruta obtida pela venda de um produto ou serviço que excede seus custos variáveis unitários; em outras palavras, é o mesmo que lucro variável unitário, ou seja, preço de venda unitário do produto deduzido dos custos e despesas variáveis necessários para produzir e vender o produto.
As receitas de vendas podem variar de acordo com o volume de vendas ou o
preço e podem ser não lineares. Dependendo da sensibilidade do mercado em
relação ao preço praticado, um aumento no preço de vendas pode não representar
um aumento proporcional na receita, uma vez que poderá haver uma queda no
volume.
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Já os custos variáveis, como expostos anteriormente, variam de acordo com
o volume, o que pode levar a conclusão que uma alteração no preço de vendas ou
no volume de vendas pode alterar a margem de construção de determinado
produto, uma vez que o aumento da receita pode ser desproporcional ao aumento
dos custos variáveis, resultando numa nova margem de contribuição.
O ponto de equilíbrio, por sua vez, representa o volume de produção e
vendas, necessários para que com determinada margem de contribuição os custos
fixos sejam cobertos.
Denominamos ponto de equilíbrio o volume de atividades onde o total da margem de contribuição da quantidade de venda/produzida se iguala aos custos e despesas fixos. Em outras palavras, o ponto de equilíbrio mostra o nível de atividade ou volume operacional quando a receita total das vendas se iguala ao somatório dos custos variáveis totais mais os custos e despesas fixos (PADOVEZE, 2003, p.369).
Segundo Garrison e Noreen (2001, p.168), “No ponto de equilíbrio, o lucro e
zero. Desse modo, o ponto de equilíbrio pode ser determinado encontrando - se os
pontos em que as vendas igualam as despesas variáveis totais mais as despesas
fixas”.
Conclui – se que o ponto de equilíbrio demonstra a quantidade mínima onde
a empresa deve operar para que não obtenha prejuízo. É neste ponto que a
empresa consegue cobrir os custos fixos e variáveis das unidades produzidas e
vendidas. A partir deste ponto o lucro começa a crescer de forma mais acentuada,
pois quanto maior o volume vendido, maior será a margem de construção adicional
aos custos e consequentemente maior o lucro, uma vez que os custos fixos já foram
totalmente cobertos (LAURENTINO et al., 2008).
30
3.7 CUSTEIO VARIÁVEL
Outra ferramenta gerencial muito utilizada é a do custeio variável, que apesar
de não ser aceita pelo fisco, parece ser de grande contribuição para a analise e
gerenciamento da empresa.
O custeio variável surgiu como uma forma alternativa de custeamento devido
às dificuldades na apropriação dos custos fixos aos produtos, bem como da
importância do conhecimento dos custos variáveis e da margem de contribuição
(MARTINS, 2006).
No custeio variável somente os custos de produção que variam com a
produção são considerados custos do produto. Isto normalmente leva em conta
materiais diretos, mão-de-obra direta e a parte variável do custo indireto de
fabricação. Neste método, o custo indireto de fabricação fixo não é considerado
custo do produto, mas sim despesa do período e tal como as despesas de venda e
administrativas são confrontadas inteiramente com as receitas do período.
Conseqüentemente, no método do custeio variável, o custo de uma unidade do
produto em estoque ou em custo dos produtos vendidos não contem qualquer
elemento de custo indireto fixo.
Os dados do custeio variável facilitam a estimativa da lucratividade dos
produtos, dos clientes e de outros segmentos dos negócios. Por outro lado, no
custeio por absorção, a lucratividade é ocultada por alocação arbritária dos custos
fixos. Também o lucro líquido apresentado pelo custeio variável esta mais próximo
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do fluxo liquido de caixa do que o lucro liquido segundo o custeio por absorção. Isto
é particularmente importante para empresas que tem problemas de fluxo de caixa.
Dessa forma a utilização deste tipo de custeio, pode auxiliar o gestor a
identificar os produtos que geram mais lucro e estabelecer um planejamento
estratégico baseado nestas analises.
3.8 CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES (ABC)
O custeio baseado em atividades procura diminuir o problema causado pelas
necessidades de atribuição dos custos indiretos de fabricação.
[...] surgiu um novo método de custeamento denominado Activity Based Cost (Custeio Baseado em Atividades – ABC), que procura aprimorar o custeamento dos produtos através de mensurações corretas dos custos fixos indiretos, em cima das atividades geradoras desses custos, para acumulação diferenciada ao custo dos diversos produtos da empresa (PADOVEZE, 2003, p.331).
Conforme Martins (2006, p.87) ”o custeio baseado em atividades, conhecido
como o ABC, é um método de custeio que procura reduzir sensivelmente as
distorções provocadas pelo rateios arbitrários dos custos indiretos”.
Padoveze (2003) conceitua os custos ABC como um método de custeamento
que atribui primeiro os custos para as atividades e depois aos produtos, baseados
no uso das atividades de cada produto. O custeamento com base em atividades é
fundamentado no seguinte conceito: produtos consomem atividades, atividades
consomem recursos.
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A utilização desta ferramenta pode possibilitar ao administrador observar os
custos totais relacionados a cada produto de forma mais justa e precisa, o que pode
refletir de forma na tomada de decisão.
3.9 CUSTO PADRÃO
Existem vários conceitos de custo padrão. Muitas das vezes é entendido
como sendo o custo ideal de produção de um determinado bem ou serviço. Seria
então o valor conseguido com o uso dos melhores materiais possíveis, com a mais
eficiente mão-de-obra viável, a 100% da capacidade de empresa, sem nenhuma
parada por qualquer motivo, a não ser as já progamadas em função de uma perfeita
manutenção preventiva etc.
Conforme Martins (2006) existe outro conceito de custo padrão muito mais
valido e pratico. Trata-se do custo-padrão corrente. Este diz respeito ao valor que a
empresa fixa como meta para o próximo período para um determinado produto ou
serviço, mas com a diferença de levar em conta as deficiências sabiamente
existentes em termos de qualidade de materiais, mão-de-obra, equipamentos,
fornecimento de energia etc. é um valor que a empresa considera difícil de ser
alcançado, mas não impossível.
O objetivo do custo padrão é o de fixar uma base de comparação entre o que
ocorreu de custo e o que deveria ter ocorrido. Desta forma, induz a conclusão de
que custo padrão não é uma outra forma, método ou critério de contabilização de
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custos, mas sim uma técnica auxiliar. Não é uma alternativa, mas sim um
coadjuvante. A utilização do custo-padrão não significa a eliminação de custos a
valores reais incorridos; pelo contrario, só se torna eficaz na medida em que exista
um custo real, para se extrair, da comparação de ambos, as divergências existentes
(MARTINS, 2006).
O custo padrão é uma das técnicas para avaliar e substituir a utilização do custo real. Independentemente de a empresa utilizar o método de custeio direto ou custeio por absorção, ela pode utilizar o conceito de custo-padrão, o qual se diferencia do custo real no sentido de que ele é normativo, objetivo, proposto ou um custo que se deseja alcançar. (PADOVEZE, 2003, p.345).
Segundo Padoveze (2003), o custo real representa o custo acontecido. Como
instrumento de planejamento estratégico ou operacional, o custo real não tem
nenhum significado. Para avaliação de inventario, ele serve apenas para atender as
necessidades legais e fiscais da contabilidade empresarial. O custo real tem
validade apenas no sentido em que após a analise de suas variações, em cima de
um custo padrão, se identificam às causas do por que das variações e, através
delas, se permita corrigir os rumos atuais.
Um dos pontos chaves na elaboração do custo-padrão, que contem metas a
serem atingidas, é a sua verificação junto ao custo real. Tem-se, então, a analise
das variações entre o custo-padrão, que é o que deveria ser atingido, e o custo real,
que é o que aconteceu. Diante das analises, verificam-se os problemas e se tomam
medidas corretivas para que os padrões possam ser alcançados (PADOVEZE,
2003).
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4 HABILIDADES NECESSARIAS PARA O PROFISSIONAL DE
CONTABILIDADE
Muitas posições da carreira existem para os indivíduos interessados na
contabilidade: contadores públicos, auditores contábeis do imposto, analistas do
orçamento e contabilistas diretivos, por exemplo. Segundo estatísticas de trabalho
esperam-se que as carreiras na contabilidade cresçam mais rapidamente que a
média nacional para todas as ocupações até o ano de 2018. O aumento no número
de negócios que precisam serviços da contabilidade é responsável pelo crescimento
de trabalho. Os indivíduos com certificações terão as melhores oportunidades de
emprego.
4.1 DEVERES DO TRABALHO
Os contabilistas são responsáveis por garantir os registros de estatísticas de
uma companhia para que operem eficientemente, que os impostos sejam pagos e o
negócio esteja de acordo com regulamentações federais e de estado com respeito a
finanças.
Os deveres de indivíduos que trabalham na contabilidade dependem da
posição e do padrão do trabalho. Alguns indivíduos que trabalham em carreiras da
contabilidade se centram somente em impostos, outros registram os custos e o
crédito da companhia. As carreiras da contabilidade podem estender desde a oferta
de consultorias e ofertas com relação a vantagens do cuidado médico do
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empregado, até projetar uma contabilidade interna e um sistema de processo de
dados. Os indivíduos com posições da contabilidade podem oferecer a negócio seus
serviços como consultores ou trabalhar como empregados que gerenciam as
funções da contabilidade de suas organizações.
4.2 HABILIDADES NECESSÁRIAS
As habilidades necessárias para a contabilidade incluem capacidades
analíticas e uma aptidão para a matemática. Os indivíduos devem ter a capacidade
de interpretar e de comparar fatos rapidamente.
As capacidades de comunicação são necessárias compartilhar os resultados
de seu trabalho com os colegas de trabalho, os supervisores e o pessoal de outros
departamentos dentro da organização. Os indivíduos na contabilidade devem
possuir habilidades de informática e ser familiares com os sistemas empresariais.
Muitos empresários preferem contratar indivíduos com habilidades em pacotes
básicos dos programas informáticos de contabilidade. Devem também ter altos
padrões éticos porque as decisões financeiras se baseiam sobre seu trabalho.
4.3 EDUCAÇÃO
O nível da educação necessário em carreiras da contabilidade depende da
posição do trabalho. Os contabilistas e os auditores devem ter pelo menos uma
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licenciatura na contabilidade ou um campo relacionado. Alguns empresários
preferem funcionários com MBA em Administração da Contabilidade, das finanças
ou de negócios. Os contadores têm tipicamente um grau ou diploma de uma
universidade de primeiro e segundo ano ou de uma escola técnica.
Potencializar os cenários formativos com situações profissionais, que
respondam à realidade profissional do contexto, constitui uma necessidade na
formação transdisciplinar dos universitários. Quando esta formação inclui o
desenvolvimento das tecnologias de informação e as comunicações, oferece uma
formação integral nos profissionais.
A carreira de Contabilidade e Finanças possui estas potencialidades. Dessa
forma, apresentar um sistema de ações que integre e contextualize a formação dos
contadores, desenvolvendo habilidades profissionais para seus futuros
desempenhos é de importância fundamental.
A partir da problemática existente propõe-se um sistema de ações
integradoras e contextualizadas que contribuam, através da matéria Sistema de
Contabilidade Automatizados, que contribua ao desenvolvimento das habilidades
necessárias para o futuro desempenho profissional dos estudantes.
Entre a metodologia empregada encontram-se os métodos de nível teórico,
os empíricos, e o critério de especialistas para corroborar os resultados, os quais
expressam que a proposta é factível, aplicável, generalizável, apropriada, e que
gerará um alto impacto no cenário da globalização.
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CONCLUSÃO
Com base na revisão bibliográfica efetuada em torno do tema central deste
trabalho, pode ser concluído que, o homem desde tempos memoráveis está
determinado a levar um controle exaustivo de todos os movimentos financeiros que
se executam nas pequenas, médias ou grandes empresas. Portanto, apoiou-se em
diversas formas para conseguir seu fim.
Em princípio, realizou processos muito simples, no entanto com o decorrer do
tempo, o avanço tecnológico e as exigências empresariais os processos e técnicas
contábeis têm evoluído. Atualmente pode ser afirmado que o processo de contar e
registrar dados financeiros se desenvolve de uma maneira mais simples com o
apoio do contador, mas, é preciso aclarar que se seguem regendo pelos princípios
estabelecidos para executar a contabilidade empresarial.
A informação contábil, e portanto a contabilidade, não é uma linguagem
exata, nem pela natureza dos fatos que registra nem pela carência de um código
contábil único, completo e imperativo. Existe, por tanto, uma margem de
discrecionalidade legítima, justa e honesta no registro, interpretação e utilização dos
dados que proporciona.
O sistema de informação contábil é um sistema na qual nos facilita a
realização dos registros contábeis que em qualquer empresa se executam, por outro
lado também nos dá a facilidade de realizar tais operações de uma maneira fácil e
rápida. Para que a mesma empresa ponha a disposição de seus trabalhadores a
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informação interna bem como externa para poder verificar o funcionamento da
administração e da qualidade da empresa e chegar a tomar melhores decisões para
que assim tenha competitividade perante as demais.
Durante as últimas décadas o desenvolvimento dos computadores têm vindo
evoluindo de maneira muito rápida, a tal ponto que se vieram criando novas formas
de comunicação, que cada vez são mas aceitas pelo mundo atual.
A presente pesquisa expôs a importância da contabilidade Gerencial como
instrumento de apoio na gestão dos negócios, que em um mercado altamente
competitivo, torna-se imprescindível ter conhecimento de sua empresa e administrá-
la de maneira eficiente e eficaz.
Com relação ao objetivo geral que era “Descrever a importância da
contabilidade Gerencial nas tomadas de decisão”, pode-se apurar que se faz
necessário que o empresário tenha conhecimento da importância as realização de
uma contabilidade completa e eficiente que reflita a realidade da empresa,
possibilitando assim elaborar demonstrações contábeis que sirvam de base para
gerar informações úteis para a gestão dos negócios.
Desta forma, com a presente pesquisa pode-se concluir que a contabilidade
gerencial é de grande importância para a empresa, pois com a implementação desta
a empresa possuirá mais recursos de gestão para continuarem no mercado, sendo
assim não interrompendo tão prematuramente sua continuidade. Assim sendo, com
a implementação da contabilidade gerencial fará com que as empresas no Brasil
tenham mais oportunidade de se manter no mercado e sendo competitiva.
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