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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO Por: Elizabeth Oliveira da Silva Lepletier Orientador: Professor Vinícius Calegari Rio de Janeiro 2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO

Por: Elizabeth Oliveira da Silva Lepletier

Orientador: Professor Vinícius Calegari

Rio de Janeiro

2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do grau

de especialista em Gestão de Recursos Humanos.

Por: Elizabeth Oliveira da Silva Lepletier

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço à Deus por ter me dado a

oportunidade e proporcionado condições

para eu fazer a pós graduação.

4

DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho aos meus filhos que

tanto se privaram da minha presença no

período das aulas. Ao apoio incondicional do

meu marido e da minha família.

5

RESUMO

As organizações vêm passando ao longo do tempo por um processo de

mudança, em que a competitividade passou a ser cada vez maior, nesse ambiente

o capital humano passa a ser o diferencial. Nesse contexto o líder tem um papel

importante, o de manter suas equipes motivadas para o auto-desempenho.

Embora a motivação seja intrínseca ao ser humano, o líder exerce influência na

motivação de sua equipe, uma vez que é o responsável pelos objetivos, metas e

pelo clima da empresa. O ambiente externo também influencia a motivação. A

motivação é resultante das necessidades de cada indivíduo, estas podem ser

físicas e psicológicas, onde o que vai predominar é a necessidade mais intensa

em determinado momento. A liderança é a capacidade de inspirar e motivar as

pessoas ao alcançarem as suas metas e ultrapassar os seus limites. É a

habilidade de tornar a visão clara e atraente para todos, bem como de inspirar

confiança. O líder é capaz de influencias as pessoas a atingirem seus próprios

objetivos e os da organização, para isso é necessário compreender o

comportamento humano e o que o motiva, ou seja, as suas necessidades para

poder facilitar o processo motivacional e aumentar a produtividade. Não podemos

mais conceder que não conheça e nem pratique os princípios da liderança no

sentido de obterem as melhores condições humanas de trabalho. Diante desses

fatos, torna-se evidente que a liderança se tornou importante para a sobrevivência

das organizações. Esse é um processo de atributos pessoais e estruturas de

grupos. Cabe as organizações cultivar esses líderes de forma a agir como

verdadeiros agentes de mudanças dentro da organização. O estudo da liderança e

da cultura organizacional é elemento fundamental para a definição dos objetivos

da missão e da visão de uma organização, pois proporciona a melhor modelagem

para os diferentes ramos de atuação no mercado sendo uma área de investigação

6

de extrema importância, resultando na produtividade e na satisfação dos

colaboradores.

Palavras-chave: organizações – liderança – colaboradores.

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METODOLOGIA

Para a execução deste trabalho foram utilizadas as seguintes formas de

pesquisa: levantamentos bibliográficos, pesquisa exploratória desenvolvida com

as experiências presentes na empresa em que trabalho. Obsevou-se que as

pessoas estam sujeitas a serem motivadas e a motivarem. Isso dependerá

diretamente das circunstâncias do momento, do meio em que estam, da forma

como interpretam a mensagem que o líder que passar da forma como se colocam

na organização.

Todos os dias é um novo desafio para o colaborador, cabe a ele estar

suscetível ou não aquilo que lhe foi sugerido. Na empresa em que trabalho, o

comportamento dos colaboradores oscilam bastante e quase não há motivação

por parte dos líderes. Com isso, aumenta ainda mais o grau de insatisfação e

conseqüentemente a procura de nova oportunidade de trabalho fora da empresa.

Muitos acabam deixando a organização e outros continuam na busca da

satisfação e realização profissional e mais ainda “pessoal”.

Foram sugeridos alguns incentivos para que os colaboradores pudessem

interagir melhor na empresa como: coffee break, happy hour, dinâmicas de grupo,

entrevistas, pesquisas de clima. Houve sucesso num primeiro momento, mas no

decorrer dos dias, me pareceu que tudo estava voltando novamente, a mesma

desmotivação de antes.

Como foi relatado na monografia, a motivação é um processo contínuo e

está diretamente ligado com o meio em que estamos, a situação presente, o

ambiente, o líder em questão. É todo um processo que precisa andar junto.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 9

CAPÍTULO I - Conceito de Liderança 11

CAPÍTULO II - Teorias de Liderança 22

CAPÍTULO III – Afinal o que é motivação? 30

CAPÍTULO IV - - As empresas querem funcionários motivados, mas não sabem

como motivá-los. 41

CONCLUSÃO 46

BOBLIOGRAFIA 49

ANEXOS 48

ÍNDICE 51

9

INTRODUÇÃO

Trabalho em uma grande empresa e tenho contato diário com várias

pessoas, percebo que muitas dessas pessoas não se conhecem, não se

cumprimentam, não se sentem motivadas. É como se elas estivessem ali,

cumprindo mais um dia de trabalho, mas sem motivação. Não há troca entre essas

pessoas, por isso, percebo que há necessidade de ter um líder onde possa

mostrar com exemplos como é importante o relacionamento interpessoal na

empresa. A escolha do tema deve-se ao fato do grande aumento da procura de

pessoas com espírito de liderança pelas empresas, e pela necessidade de

conhecer quais os requisitos para que se possa liderar alguém a ponto de motivá-

las.

Conhecer meios de manter as equipes motivadas para desenvolver suas

funções, é buscar qualidade, sucesso e lucratividade. Como não há um

dispositivo motivacional consciente e aplicável a todos, a motivação no trabalho é

de ordem individual, por isso o desafio dos líderes de motivar as pessoas de uma

organização como um todo.

O trabalho tem como objetivo analisar as principais teorias sobre

motivação e liderança. E apresentar a visão de alguns autores acerca de como

elas se dão nas organizações. Buscará também definir o conceito de motivação e

liderança, compreender porque estímulos semelhantes têm efeitos diferentes nas

pessoas e apresentam comportamentos motivacionais presentes em cada uma

delas. Mostrar a importância de uma boa liderança na motivação dos

colaboradores para se ter uma boa eficácia na operação e resultados. Discriminar

elementos para motivação da equipe e analisar possíveis resultados a serem

obtidos através da motivação influenciada pela liderança.

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Avaliar a postura dos líderes e futuros líderes que hoje estão sendo muito

visados pelas empresas, compreendendo as influências que sua liderança e

formas de liderar podem exercer sobre a motivação de seus liderados.

Compreender como é possível influenciar pessoas, motivá-las para que

desempenhem o papel que é esperado pelo seu líder.

A pesquisa apresentada foi de caráter exploratório, foi desenvolvida com

experiências na empresa em que trabalho, artigos e referências bibliográficas.

Organizada em quatro capítulos no qual definem o conceito de liderança, perfil do

líder, teorias da liderança, conceitos sobre motivação, importância da motivação

pessoal e profissional, seus desafios, como as organizações podem motivar seus

colaboradores, questões sobre motivação como um fator crítico de sucesso,

dentre outros.

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CAPÍTULO 1 – Conceito de Liderança

As pessoas não querem ser administradas. Querem ser lideradas. Quem já ouviu falar de um

gerente mundial? Líder mundial, sim. Líder educacional. Líder político. Líder religioso. Líder

escoteiro. Líder comunitário. Líder trabalhista. Líder empresarial. Eles lideram. Eles não

administram. Você pode guiar seu cavalo em direção a água, mas não pode fazê-lo com que ele

beba. Se você quer administrar alguém, administre-se a si mesmo. Faça isso direito e você estará

pronto para deixar de administrar. E começar a liderar.

Wall Street Journal

A liderança é o poder de influenciar as pessoas. Manifestar isso no outro

poder parecer fácil, mas não é. Ser líder é uma característica pessoal e não são

todas as pessoas capazes de articular bem suas idéias, de expor sua opinião, de

delegar o que o outro precisa fazer para que o resultado esperado seja alcançado.

Saber liderar é saber pensar além sa expectativa, é fazer um bom

planejamento estratégico medindo as consequências daquilo que é esperado e de

possíveis imprevistos.

Quando Stoner(1999, p.344) diz que “liderança é o processo de dirigir e

influenciar as atividades relacionadas às tarefas dos membros de um grupo”, ou

seja, conduzir a equipe e fazer com que todos os membros desta equipe acredite

naquilo que ele defende e atribui como processo do que está sendo pretendido na

organização.

1.1. Liderança

Pessoas que são tanto líderes como gerentes, são um recurso muito valioso na

organização. Essas pessoas cumprem suas tarefas com eficácia, exigindo

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lealdade e respeito dos seus colaboradores. Pessoas assim enfrentam muitos

desafios e o seu sucesso está diretamente relacionado com esses desafios. Em

como ele saberá lidar e administrar tais desafios.

“Líderes precisam ter habilidades interpessoais, especialmente aquelas associadas à

comunicação, poder de persuação e tato. Líderes precisam ter habilidades conceituais,

especialmente aquelas à resolução de problemas. E líderes precisam de habilidades técnicas e

administrativas.” CAREVANTES, Reinaldo R; PANNO, Cláudia C; KLOECKNER, Mônica C., 2005.

1.2. Liderança no Século XXI

O fator liderança adquire espantosa importância dentro do contexto organizacional.

Como as empresas podem ser consideradas predominante formadas de grupos de

pessoas que precisam ser coordenadas em seus esforços individuais, a fim de que

metas e objetivos sejam alcançados, cada dia mais tem valorizado aqueles que

patentemente usam com eficácia seus recursos pessoais no cumprimento das

responsabilidades de bem dirigir subordinados. BERGAMINI (1982,p.94).

O comportamento dos líderes nas empresas passou a ser um dos fatores

mais relevantes no alcance das metas e objetivos organizacionais.

Liderança é um dos assuntos mais discutidos e estudados no mundo

organizacional. Existem algumas estratégias de desenvolvimento nas empresas

como treinamentos, palestras, avaliação de desempenho dos mais variados

segmentos para aprimorar o potencial dos líderes.

Aprimorar toda essa melhoria nos relacionamentos interpessoais é um dos

maiores desafios dos líderes, já que estes são o caminho para o surgimento de

uma equipe de sucesso.

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1.3. Para liderar é preciso, antes, se conhecer.

Conhecer que nós somos é muito importante para uma liderança de

sucesso e eficaz. É comum alguns líderes conseguirem níveis de liderança, mas

quando se avaliam, acabam falhando.

Todos os seres humanos são compostos por características boas e ruins

como, arrogância, inveja, vaidade, prepotência. E boas como, benignidade,

mansidão, amor, serenidade, respeito. Diante de tais características, o líder busca

construir laços com seus liderados onde se faz presente manter o respeito, o

entendimento.

Para liderar com eficácia é necessário o conhecimento do seu eu, sua

natureza humana. Aceitar que erramos e acertamos e com isso, buscar o

equilíbrio emocional.

É preciso entender que as pessoas que lideramos também possuem

características iguais aos dos líderes, portanto o respeito é de ambas as partes.

Líderes e liderados precisam ter uma mesma visão, precisam de parceria para

alcançarem o mesmo objetivo.

Existem líderes que conseguem passar para a equipe tudo aquilo que

deseja sem estar presente. Há um entrosamento entre eles e a confiança é

notória. Quando líderes precisam estar presentes para ter suas tarefas

executadas, encontra-se a idéia de chefe(gerente). Sabe-se que líder é diferente

de gerente.

LÍDERES GERENTES

• São intuitivos * São objetivos • Arranjam tempo * São ocupados • São espontâneos * Seguem rotinas • São criativos * São disciplinados • Arriscam * Não arriscam • Encorajam

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O LÍDER O GERENTE

• Inova * Administra • É um original * É uma cópia • Constrói compromissos * Se apóia em controles • Provocam impactos e desafia * Resultados imediatos • Aprende pela educação * Aprende pelo treinamento

Diferenças entre gerentes e lideres segundo Chiavenato: “Gerente:

administra, mantém e focaliza o sistema e a estrutura, tornado uma visão de curto prazo para

ser um Líder precisa: inova,desenvolve, focaliza as pessoas, perspectiva de longo prazo.” (2004, p.337)

ASPECTOS DE TRANSIÇÃO DE GERENTE À LÍDER

Gerente

• Foco nos processos, apego ao passado; • Resultados são frutos pessoais; • Poder do cargo; • Formalidade na gestão de pessoas; • Diz como as coisas devem ser feitas; • Prática reduzida de feedback.

Líder

• Foco no futuro, não mais no passado, por mais sucesso que tenha tido; • Maior reconhecimento do time; • Poder nas pessoas baseado na competência; • Mais informalidade e abertura; • Aprende e incentivam os outros a aprender; • Feedback constante.

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A Liderança, portanto é um termo usado de forma generalizada, sendo

aplicada com sinônimo de chefia, gerência, administrador. O conceito de líder é

muito amplo e muitas vezes não bem definido entre gerentes. “Ser líder não é

gerenciar pessoas”. Líder é aquele que busca nas pessoas uma forma de fazer

com que elas desenvolvam atividades que tragam a elas uma satisfação pessoal,

como profissional e com ser humano.

“Nem todo chefe é um líder e que nem todo líder é chefe, cargos de chefia nem

sempre são ocupados por lideres (...) Dificilmente, missão, visão e objetivos seriam

alcançados sem que houvesse liderança.” VERGARA (2000, p.74).

1.4. Perfil de um Líder

““Os líderes deveriam possuir certas características de personalidade especiais que seriam

basicamente as principais facilitadoras no desempenho do papel de liderança. Assim, os líderes

passaram a ser entendidos como seres diferentes das demais pessoas pelo fato de possuírem

alguns traços de personalidade considerados como profundos, responsáveis não só por fazê-los

emergir como tal como também por mantê-los em suas posições.” A este conceito a autora

acrescenta: “Isso permite concluir que os líderes já nascem como tal, não havendo a probabilidade

de ‘fazê-los’ posteriormente por meio do uso de técnicas de desenvolvimento pessoal.”

BERGAMINI, 1994.

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Para ser líder, é preciso antes de tudo dar exemplos. As ações do líder é

sempre observada pelas pessoas. O líder precisa ter credibilidade.

As organizações estam sempre em busca de profissionais éticos. Por isso,

ter uma boa índole, uma boa conduta é um dos requisitos mais cogitados nos

líderes.

Outra característica de um bom líder é saver reconhecer o talento do seu

liderado. O líder jamais omitirá isso, caso perceba essa qualidade em algum

membro da sua equipe.

As organizações são formadas por pessoas, o sucesso ou o fracasso da

organização serão consequências das atitudes dessas pessoas.

Bons líderes lideram sabiamente porque são modestos e humildes, tendo

cuidado com suas ações, buscando agir de maneira correta, se envolvendo e

permitindo-se mudar se necessário for para alcançar o sucesso.

O líder sempre influenciará as pessoas tanto para o lado bom quanto para o

ruim. Então ter uma liderança bem intencionada é fundamental para que ocorra os

melhores resultados.

QUALIDADES DO LÍDER:

• Inteligência; • Firmeza;

• Otimismo; • Motivação intrínseca;

• Empatia; • Habilidades de Comunicação;

• Autocontrole; • Confiança nos outros;

• Persistência; • Flexibilidade;

• Empenhamento, dedicação e responsabilidade; • Estimam e Ajudam os outros;

• Identificam e corrigem problemas;

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Personalidade dos Líderes

Ø Traços Físicos: energia, aparência pessoal, estatura e peso; Ø Traços intelectuais: adaptabilidade, agressividade, entusiasmo e

autoconfiança; Ø Traços sociais: cooperação, habilidades interpessoais e habilidade

administrativa; Ø Traços relacionados com a tarefa: impulso de realização, persistência e

iniciativa.

“Gestores precisam permanentemente atuar como líderes, já que liderança nada

mais é do que a forma de direção baseada no prestígio e na aceitação dos subordinados.” GIL

(2001,p.220).

1.5. O que o líder precisa transmitir

O líder precisa ter a capacidade de motivar, ou seja, precisa despertar

motivos, algo que não estava presente no pensamento da pessoa, mas que por

uma ação externa venha a fazer parte de suas necessidades ou vontades

internas. Ele precisa exercer autoconfiança, motivar o liderado para executar as

tarefas atribuídas.

O líder verdadeiro se inclui, tem iniciativa e participa ativamente das

decisões. Ele tem boas idéias, sabe falar e convencer tem capacidade de ação e

afirmação. O verdadeiro líder afirma aquilo que é capaz de fazer e está pronto

para arregaçar as mangas na hora que for necessário. Ele tem o poder da

influência, o mesmo precisa ser impactante, convencer as pessoas de suas idéias

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e do investimento delas. O líder tem a capacidade de levar as pessoas a lugares

que elas jamais iriam sozinhas.

“Liderar é, antes de mais nada, ser capaz de administrar o sentido que as pessoas dão àquilo que

estão fazendo”, acrescentando que “essa administração do sentido implica o conhecimento e

domínio das características da cultura da organização, ao mesmo tempo em que liderar exige

também o conhecimento do sentido que cada um dá à atividade que desempenha”, para finalizar

reconhecendo que “no cruzamento dessas duas fontes de significado é que o líder se tem

proposto, cada vez de forma mais clara, como elemento-chave dentro das organizações”

BERGAMINI, 1994.

1.6. Liderança e Poder

As organizações precisam de liderança forte e administração forte para atingir sua eficácia ótima.

No mundo dinâmico de hoje, precisamos de líderes que desafiem o status quo, criem visões de

futuro e sejam capazes de inspirar os membros da organização a querer realizar essas visões.

Também precisamos de administradores para elaborar planos detalhados, criar estruturas

organizacionais eficientes e gerenciar as operações do dia-a-dia. ROBBINS, 2002.

A base da liderança é o poder. Líderes têm poder sobre seus seguidores e

manejam esse poder para exercer sua influência. Os vários tipos de poder podem

ser usados de muitas maneiras diferentes.

O caráter relacional é uma competência da liderança, ou seja, relação entre

duas ou mais pessoas com o mesmo fundamento. Desperta o desejo, o interesse,

o entusiasmo no outro como um comportamento cumpridor de tarefas. A liderança

também pode ser situacional, ou seja, determinada pelas circunstâncias.

A liderança é um exercício de poder e não caminha isoladamente.

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1.7. Tipos de Poder

• Poder por coerção: esse poder é baseado em punição pelo líder. Seu

subordinado fica sujeito a supostas punições do líder, podendo fazê-la caso

seu subordinado não cumpra a tarefa que lhe foi passada. Essas tarefas

normalmente são indesejáveis e o líder costuma delegar de maneira

grosseira e com ameaças verbais e não-verbais. Diante disso o líder

precisa tomar cuidado para não ser caracterizado como assédio moral.

• Poder por recompensa: esse poder visa o interesse. O líder propõem

incentivos e recompensas como forma de gerar comprometimento na sua

equipe. Por vezes esse poder é visto como alternativa pelos líderes porque

sabemos que o ser humano é ambicioso. Seu risco é relacionar isso como

forma de motivação somente quando há algum retorno palpável. Isso de

certa forma pode enfraquecer a credibilidade do líder.

• Poder por competência: visa o respeito, os liderados reconhecem a

competência do líder, seus conhecimentos e habilidades e o respeitam por

isso. Suas atitudes são dignas e respeitosas diante do cargo que ocupa.

• Poder por legitimidade: é o poder por hierarquia seguindo sua colocação no

organograma. Essa autoridade é legal, mas não é necessariamente aceita

pelos subordinados.

• Poder por informação: o líder possui informações privilegiadas, acesso a

dados. Seu conhecimento exerce poder sobre as pessoas que precisam

dessas informações.

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• Poder por persuasão: o líder usa seus argumentos racionais e emocionais

para convencer seus liderados para realizar suas tarefas. Eles buscam

inspiração e sedução para alcançar seus objetivos pretendidos.

• Poder por ligação: esse poder baseia-se nas relações interpessoais do

líder. Sua rede de relacionamentos o ajuda a alcançar favores e alcançar

vantagens profissionais.

• Poder de carisma: esse poder caracteriza-se pela admiração. Seus

liderados desejam ser como ele, porque o admiram. O líder tem uma

postura envolvente e positiva.

Lliderança é a capacidade de influenciar um grupo em

direção ao alcance de um objetivo”. Um líder tem o poder de se destacar dentre os demais em

um determinado grupo, exatamente por saber influenciar as pessoas em segui-lo. Robbins (2002,p.304)

Diante dessas categorias não é possível afirmar que existe uma forma

específica para praticar um poder específico. O líder precisa saber qual é o perfil

da sua equipe, quais são os objetivos que ele deseja alcançar para então adequar

uma melhor maneira para delegar suas pretensões aos seus subordinados. Saber

diferenciar a melhor forma para liderar sua equipe é pessoal e varia de acordo

com cada líder, cada organização, com situações distintas.

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1.8. Limites e Resultados do Poder

O fator liderança adquire espantosa importância dentro do contexto organizacional.

Como as empresas podem ser consideradas predominante formadas de grupos de

pessoas que precisam ser coordenadas em seus esforços individuais, a fim de que

metas e objetivos sejam alcançados, cada dia mais tem valorizado aqueles que

patentemente usam com eficácia seus recursos pessoais no cumprimento das

responsabilidades de bem dirigir subordinados. BERGAMINI (1982,p.94).

As pessoas podem ser influenciadas, mas é importante saber dosar essa

influência. O líder possui habilidades e precisa ter limites em relação ao seu poder.

Os liderados manifestam três atitudes quando o líder o influencia:

• Comprometimento: quando o gerente exerce papel de líder e gerente. A

resposta é positiva na tentativa de influenciar.

• Submissão: os liderados executam o que foi solicitado, mas não há

interesse por parte deles. A pessoa que delega as tarefas é somente um

gerente sem nenhuma qualidade de liderança.

• Resistência: o gerente não tem fundamentos relevantes, seus argumentos

são incoerentes. Os liderados não se sentem confiantes e tentam

influenciá-los de outra maneira.

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CAPÍTULO 2 – Teorias de Liderança

Há duas teorias de líder, o formal e o informal. O líder formal é aquele que

foi oficialmente investido de autoridade e poder organizacional e geralmente

recebe o título de gerente, supervisor ou diretor. O nível do seu poder está

diretamente relacionado com a posição que ele exerce na organização. Ocorrem

dentro das organizações as políticas de promoções, para garantir as pessoas com

essas habilidades técnicas e de liderança a ocuparem posições de poder.

Já o líder informal, exercerá uma função de liderança, porém sem o título de

liderança oficial. Ele não tem autoridade formal, designação de poder e

responsabilidade. Mas por mérito pessoal ou desempenho, pode influenciar outros

a exercer a função de liderança.

Diante dessas teorias relacionadas á liderança surgem algumas conclusões

de ordem prática para o líder dirigir as pessoas. Há quatro tipos específicos de

liderança: líder apoiador, onde se preocupa com os assuntos, bem-estar e

necessidades dos subordinados; líder diretivo, aquele que conta aos subordinados

exatamente o que pretende fazer; líder participativo, aquele que consulta os

subordinados a respeito das decisões, encorajando-os a participar delas e utiliza

as idéias dos liderados e líder orientado para metas ou resultados, aquele que

formula objetivos claros e desafiadores para os subordinados e os motiva a

alcançá-los.

2.1. Teorias dos Traços

Se as teorias dos traços tivessem sido comprovadas, teriam proporcionado uma base para a

seleção das pessoas ‘certas’ para assumir posições formais em grupos e organizações em busca

de liderança. Em comparação, se a abordagem comportamental conseguisse identificar os

determinantes críticos do comportamento dos líderes, seríamos então capazes de treinar as

23

pessoas para a liderança. A diferença entre as abordagens dos traços e a comportamental, em

termos de aplicabilidade, está em suas premissas básicas. Se as teorias dos traços estiverem

certas, os líderes são natos: ou nascem ou não nascem líderes. Por outro lado, se existissem

comportamentos específicos que identificassem os líderes, a liderança poderia ser ensinada –

poderíamos elaborar programas para implantar esses padrões comportamentais nos indivíduos

que desejassem tornar-se líderes eficazes. (...) Se o treinamento funcionasse, teríamos um celeiro

inesgotável de líderes eficazes. Robbins, 2002.

O resultado da combinação dos traços enfatiza especialmente as

qualidades pessoais do líder, onde o mesmo deveria possuir certas características

de personalidade especiais que seriam facilitadoras no desempenho da liderança.

Tal teoria é enfatizada qualidades intrínsecas da pessoa permitem concluir

que os líderes já nascem como tal, não havendo a probabilidade de fazê-los

posteriormente por meio do uso de técnicas de desenvolvimento pessoal.

Ainda é um fato popular a visão de que os líderes já nascem feitos e não

aprendem a serem líderes. Essas características passaram a ser estudadas

dentro de uma perspectiva universalista, como elementos entre si mesmos. Em

relação a natureza, esses traços são considerados como produtos do meio.

Características pessoais inatas surgem diante desse enfoque teórico.

Essa abordagem da consistência da teoria dos traços de personalidade,

mostrou que o líder não é o mesmo, não age sempre da mesma forma, já que

falhou ao identificar as características únicas que os identificariam. Portanto,

identificou traços constantemente associados à liderança, que podem proporcionar

sucesso por diferenciarem os líderes dos não-líderes, tal como, desejo de liderar,

honestidade e integridade, autoconfiança e ambição.

O comportamento do líder é observado na abordagem situacional, diante de

uma determinada situação. Não é considerada hipotética habilidade ou

potencialidade inata ou adquirida de liderança.

A teoria dos traços de personalidade levou os estudiosos a buscarem uma

outra teoria que deu-se o nome de teoria comportamental, devido a difícil

aplicabilidade na teoria dos traços.

24

2.2. Teoria do Comportamento

“Os líderes deveriam possuir certas características de personalidade especiais que seriam

basicamente as principais facilitadoras no desempenho do papel de liderança. Assim, os líderes

passaram a ser entendidos como seres diferentes das demais pessoas pelo fato de possuírem

alguns traços de personalidade considerados como profundos, responsáveis não só por fazê-los

emergir como tal como também por mantê-los em suas posições.” A este conceito a autora

acrescenta: “Isso permite concluir que os líderes já nascem como tal, não havendo a probabilidade

de ‘fazê-los’ posteriormente por meio do uso de técnicas de desenvolvimento pessoal.” Bergamini,

1994.

Muitos estudos foram realizados sobre traços e suas comparações e não

ficou comprovado que o líder eficaz não apresentavam nenhuma relação entre os

traços. Os pesquisadores resolveram buscar novas descobertas no

comportamento, diferentes da teoria dos traços.

O comportamento podem ser aprendidos e pessoas treinadas podem

apresentar uma liderança mais eficaz.

Os pesquisadores tomaram o cuidado em adequar o que estudaram na

situação real em que estava sendo aplicado. Comportamentos de liderança

poderiam ser apropriadas em determinada situação e em outra não seria

aconselhado. Foram feitas várias tentativas de comparação entre líderes eficazes

e ineficazes. Uma liderança eficaz dependia de um determinado conjunto de

traços relacionados ao que estava acontecendo naquela determinada situação.

Traços como inteligência, iniciativa e auto-afirmação, estavam associadas com

altos níveis de desempenho.

25

2.3. Teoria Contigencional ou Situacional

Teoria que procura identificar quais dos fatores situacionais é mais

importante e prever o estilo de liderança que será mais eficaz em determinada

circunstância. Não existem estilos de liderança universalmente adequados.

Determinados estilos têm necessariamente impactos sobre vários resultados em

algumas situações, porém não em outras, onde aumentaram as variáveis a serem

estudadas. Eles começaram a valorizar a ação do liderado, o aspecto motivacional

e o ambiente entre si, como elementos cruciais dentro do processo todo da

liderança. Nas teorias mais modernas sobre a liderança, tenta-se a partir de

esquemas pré-estabelecidos, encaixarem estilos, baseando-se na observação real

das características da personalidade ou no comportamento do dia-a-dia.

A eficácia do líder é o princípio fundamental das teorias situacionais, em

sua capacidade de responder ou ajustar-se a determinada situação.

Alguns autores acreditam que a liderança vem do interior das pessoas e

algumas vezes o líder está apenas habilitado a acender sua autoconfiança que já

existe dentro de cada um. O foco em questão é uma nova forma de liderança, indo

à busca da auto-liderança dentro de cada pessoa. É visto também a habilidade de

aumentar as qualidades dos outros, a guiarem seus destinos eficazmente.

Já as pessoas que não possuem essas características de liderança, podem

ajudar de outra forma, criando ambientes favoráveis, conhecendo e abordando as

pessoas para conseguirem um objetivo comum.

A eficácia organizacional e grupal depende não só do treinamento do líder,

como também da perspectiva de proporcionar um ambiente no qual ele possas

sair-se bem.

“as teorias contingenciais, também conhecidas como situacionais, exploram aquelas variáveis que

cercam o processo de liderança, não deixando de lado os diferentes tipos de comportamentos dos

líderes”, e que “o objetivo a atingir é o de determinar de que forma o comportamento de um líder

pode influenciar os resultados da interação líder subordinado” Bergamini, 1994.

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2.4. Teoria de Liderança Transacional

Vale ainda ressaltar os estudos realizados acerca da liderança transacional

e transformacional. Na liderança transacional, existe uma troca entre o líder e o

seguidor, enquanto ambos acreditarem que isso irá beneficiá-los. É uma

transação, pura e simples.

2.5 Teoria de Liderança Transformacional/Empreendedora

“Liderança é a capacidade de influenciar um grupo em

direção ao alcance de um objetivo”. Um líder tem o poder de se destacar dentre os demais em

um determinado grupo, exatamente por saber influenciar as pessoas em segui-lo. ROBBINS (2002,p.304)

Na liderança transformacional, pessoas engajam-se com outras a fim de

que tanto líderes ou seguidores elevem um ao outro a níveis mais altos de

motivação e moral. Líderes eficazes possuam uma grande sensibilidade a respeito

das necessidades dos liderados, onde os mesmos conheçam as suas próprias a

ponto de não projetá-las nos seguidores.

O líder procura motivos potenciais nos seguidores, para satisfazer

necessidades de alto nível e assume o seguidor como uma pessoa total. Na

liderança transformacional há consideração individualizada, isto é, há atenção

pessoal, o líder trata cada empregado individualmente, treina pessoalmente,

aconselha.

Um relacionamento de estímulo mútuo é o resultado dessa liderança que

transforma os seguidores em líderes, podendo também torná-los agentes morais.

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Essa liderança cria um vínculo forte na influência mútua havendo uma relação

favorável onde o líder e liderados aprendem diariamente o que vivenciam.

A liderança pode ser aprendida e aprimorada tosos os dias, é um

aprendizado diário. O líder percebe que isso é importante para o grupo e para seu

próprio crescimento para então priorizar suas decisões.

A conseqüência disso tudo é muito proveitosa já que há troca de

experiências entre líderes e seguidores, com características e qualidades dos

mesmos, trocando habilidades, enquanto o próprio líder aprende mais.

2.6. Teoria da Atribuição

Essa teoria parte do princípio de que existe uma pessoa, um grupo ou

mesmo uma nação como condição para que lhe possa ser atribuída tal

característica. Não é um processo unilateral de autodeterminação da liderança, há

um resgate na questão de que o reconhecimento da figura do líder passa pelo

consentimento do grupo. Tal consentimento será o resultado de várias opiniões

individuais contemporizadas para que determinado indivíduo seja rotulado como

líder. As pessoas organizam e interpretam suas impressões sensoriais na intenção

de dar sentido ao ambiente. Claro que isso varia de pessoa para pessoa, de

maneira diferente de acordo com o significado que cada uma atribui a um

determinado comportamento.

Isso demonstra que se alguém não pode ser líder, pode então pelo menos

parecer um líder, ao se colocar na posição dos liderados para que possa ter uma

visão com os olhos dos seguidores. Com isso, o líder desenvolverá sua percepção

sob a perspectiva dos liderados, fortalecendo sua relação com o grupo.

28

2.7. Teoria da Liderança Carismática

Esta liderança também está ligada ao processo dinâmico de atendimento

das necessidades dos liderados. Na virada do século XX ressurge um estilo de

liderança muito próximo da motivação e dos estudos comportamentais do ser

humano. Neste sentido, não como forma de dominação, mas como um processo

de influenciar pessoas, surge o líder carismático, que é aquele que promove

revoluções, renova paradigmas, evoca sonhos e é visto como um agente de

mudanças porque conduz seus seguidores a transcender interesses pessoais na

realização de determinada ação em prol do sucesso do grupo.

A ligação entre líder e liderados no processo carismático é carregada pelo

conteúdo moral da missão fruto de determinada crença que conduz os liderados à

participação tendo, exclusivamente como recompensa, a realização da missão ou

a tentativa de realizá-la. A percepção “agente de mudanças” do líder carismático,

ao expressar característica da liderança como a capacidade de imaginar cenários

ideais e realizar feitos extraordinários através da transmissão de uma visão, que

sugere uma orientação de futuro a ser alcançado.

O líder transformador e o líder carismático assemelham-se por estarem

imbuídos deste sentimento de visão que os qualifica na condução de pessoas

promovedoras de mudanças, pois inspiram liderados a darem o sangue no

alcance das metas do grupo sem esquecer das necessidades de desenvolvimento

individuais, induzindo-os, à mudanças de percepções ao estimularem a troca de

velhos problemas por novas oportunidades.

2.8. Teoria da Liderança Genética

A crença de que a habilidade de liderança é transmitida geneticamente é a

explicação mais antiga de liderança na abordagem genética. A frase “um líder é

inato, não feito” resume essa abordagem. A força da abordagem genética é que

29

ela prontamente explica as origens da liderança: se você é um líder é porque

herdou genes de liderança ou de sua mãe ou de seu pai ou de ambos...

A Teoria de liderança Genética fracassou porque o mundo mudou. Ocorreu

um declínio das habilidades de liderança, mudanças essa comparada com o

surgimento de uma liderança industrial.

No ambiente dos negócios foram feitos muitos estudos sobre liderança

nessa abordagem comportamental. A abordagem comportamental da liderança

focaliza o indivíduo e não a tarefa, diz que a liderança pode ser aprendida e deve

ser flexível, ou seja, não existe um estilo certo de liderança.

Fatores situacionais, características pessoais do gerente, natureza do

trabalho, natureza da organização e as características do funcionário, influenciam

a eficácia de um estilo de liderança. Todas as teorias apontam para o fato de que

as organizações podem atingir maiores níveis motivacionais de seus empregados

ao favorecer a realização pessoal, demonstrar reconhecimento pelo valor

profissional, oferecer oportunidades de promoção, atribuir responsabilidades a

cada um, tornar o trabalho agradável e possibilitar o crescimento do indivíduo.

30

CAPÍTULO 3 – Afinal o que é motivação?

A maior parte das nossas decisões é tomada inicialmente em razão do que sentimos ou

acreditamos. Só depois racionalizamos para justificar nossas escolhas. A pessoa verdadeiramente

sábia é sempre humilde. A arrogância é sinal de insegurança. Os grandes pensadores são sempre

humildes. Eles compreendem que a vida está mais ligada à fé do que ao conhecimento (Baker;

Mark W, 2005, p. 13).

“Para uma motivação completa é necessário que a pessoa ou individuo esteja

satisfeito”CHIAVENATO(2004,p.234).

“A motivação das pessoas é mais uma habilidade de fundamental importância

para a liderança.” CHIAVENATO (2004,p,345).

Motivação é o ato de motivar, de expor motivos, causas. É um conjunto de

fatores psicológicos conscientes ou não, de ordem fisiológica, intelectual, afetiva,

que determina a conduta de alguém. Com isso, motivação está relacionada aos

motivos. Os motivos que você quer para sua vida, tais como pessoais e

intransferíveis. Esses motivos são abstratos porque só tem significado para você.

3.1. Motivação

A motivação vem do coração, é manifestada individualmente, porque é

pessoal. Pessoas motivadas podem sensibilizar outras pessoas, fazendo-as

pensar de uma maneira mais positiva. A busca da motivação das pessoas é vital

para atingir bons resultados nos negócios. Não é possível concretizar metas sem

31

motivação. Motivação é sempre auto-motivação, pois é o indivíduo que escolhe

estar motivado ou não.

Há recursos para a busca da motivação, como os perenes e os voláteis, ou

seja, que se conectam com as causas e outros mais ligados aos efeitos. Esses

recursos causam impactos positivos para o motivado como palestras, encontros,

workshops. Quanto mais recursos como esses forem implantados na organização,

maior será a possibilidade de manter a equipe motivada.

Os líderes criam situações para motivar a equipe da mesma maneira que

podem desmotivar essa equipe. Na busca da motivação de suas equipes, os

líderes podem criar condições para que ela floresça.

Há muitos colaboradores insatisfeitos com seus líderes dentro da

organização. É muito importante tratar esse assunto criando oportunidade para

ambos os lados. Saber analisar os fatos para então expressar adequadamente

estas questões é o começo para um bom entendimento. Com isso, haverá uma

melhor alternativa para resolver questões em comum, já que líderes e liderados

precisam trabalhar em equipe.

A evolução humana impulsiona os desejos, o nosso crescimento individual,

nossas possibilidades maiores. A motivação humana auxilia na abertura de novos

horizontes, novas descobertas e aprendizagens.

As empresas precisam investir nas pessoas, pois são nelas que estão o

poder da decisão, em fazer ou não fazer, em fazer tudo ou só uma parte, em fazer

correto ou mais ou menos, em fazer agora ou depois. Com isso, os gestores

devem estar ligados a esse novo tempo, definindo a sobrevivência e a imagem de

uma equipe funcional.

3.2. Motivação Pessoal

Não há receita ou fórmula para o colaborador ter motivação na organização.

A motivação que as organizações buscam nas pessoas está dentro de cada um. A

psicologia explica que quando estamos com algum problema psicológico é

32

necessário procurar ajuda de um profissional. O mesmo passa a medicação para

o sintoma apresentado, mas a resposta para essa medicação funcionar está

dentro de cada um. Somente o próprio indivíduo poderá vencer as dificuldades e

poderá lutar contra esse mal. Apenas ele conseguirá buscar condições de

felicidade para então colher bons resultados e melhor qualidade de vida

profissional e pessoal.

A motivação é um sentimento de dentro para fora, está presente em nós,

podendo estar adormecido, mas pronta para ser utilizada.

Nas grandes organizações há a necessidade de comunicação com os

gestores. Isso é muito relevante e importante quando o assunto é motivação. O

feedback é um recurso que pode manifestar a motivação no colaborador, mais o

gestor precisa ter cuidado com tal recurso para não ocorrer o contrário. A boa

comunicação e o relacionamento interpessoal é muito procurado dentro das

organizações. Basta um bom relacionamento nessa questão para o liderado se

sentir motivado.

3.3. A importância da motivação profissional

A motivação profissional é importante para o sucesso da empresa. A falta

dessa motivação da abertura para o desinteresse no trabalho, onde o indivíduo

cumpre suas tarefas mecanicamente.

Ambientes motivados faz diferença no desempenho da organização. O

colaborador dedica suas habilidades para alcançar o resultado esperado, tanto

pela empresa quanto para o cliente.

Cada pessoa se motiva de maneiras diferentes, essas diferenças abrange

diversas formas e está contextualizada na essência de cada um. Alguns gestos

33

dentro da organização são importantes para aumentar a motivação no colaborador

como, um elogio, possibilidade de crescimento, ser bem compreendido.

É fácil perceber que as pessoas, no geral, costumam chegar à empresa, no seu primeiro dia de

trabalho, já motivadas. Ao aceitarem um novo emprego, essas pessoas acham-se cheias de

esperanças e expectativas, sendo, assim, portadoras de necessidades que acreditam poderem ser

atendidas pela empresa na qual acabam de entrar. O potencial sinergético contido em tais

necessidades, compondo um reservatório básico de forças pessoais, é o recurso do qual cada um

dispõe para entrar em ação e avançar na direção daqueles objetivos ou fins que fazem sentido, ou

melhor, pelos quais acreditam valer a pena trabalhar.(Bergamini, 1994: 78).

3.4. Os desafios da Motivação

A motivação deveria ser sempre uma preocupação para as empresas. É

através da motivação que há melhoria nas atividades internas da organização, na

comunicação com os colaboradores, com os clientes, envolvendo sempre

comprometimento. Se faz necessário aplicar pesquisa de satisfação nas empresas

para aumentar a produtividade e o desenvolvimento.

Existem muitas organizações que oferece um pacote de benefícios aos

funcionários como atrativo. E sem dúvida muitos desses benefícios mantém o

funcionário na empresa fazendo diferença no seu salário e deixando-o motivado.

As pessoas são motivadas de forma diferente de acordo com as

necessidades de cada um. Sabemos que o ser humano está sempre buscando

uma nova satisfação quando a anterior foi sanada. Achar que a motivação é

baseada somente através do salário é puro engano e infelizmente muitos

empresários pensam assim. Não se importam com o bem estar do funcionário,

somente com a sua produtividade. O fato desse funcionário buscar outra

oportunidade fora da empresa não o deixa recioso. Uma vez que o pensamento

34

desse empresário é exatamente isso. Sem dúvida acontecimentos assim causam

desmotivação interna.

O envolvimento e a motivação das pessaos com o trabalho diminuiu nos

últimos anos. Pessoas realizam sua atividades por obrigação não acrescentando

sentido algum nessas atividades. Estam ali para executar, cumprir sua jornada de

trabalho e pronto. Nada mais que isso!

Diante desse cenário que entra os profissionais de recursos humanos. Seu

desafio é motivar essas pessoas, juntamente com a organização. E aquando isso

não acontece, o caos é ainda maior. Oferecer benefícios, festa de final de ano,

cestas de natal no último mês do ano não vai apagar a desmotivação que ficou

instalada nos onze meses anteriores. O que acontece é uma motivação

momentânea e para alguns funcionários nem isso. Estes acreditam que a empresa

fez apenas a sua obrigação.

A motivação precisa estar presente no funcionário para ele se sentir

valorizado. O setor de recursos humanos busca ferramentas para cultivar essa

motivação através de estímulos, integração social, valorização pessoal e

profissional. O funcionário precisa se sentir integrante da empresa e não somente

um seguidor de regras. O papel da empresa nesse processo é o de propiciar

condições e incentivos. E o relacionamento com os colegas de trabalho e chefia é

um fator muito importante para a motivação.

A competição é outro aspecto existente no ambiente de trabalho. E quando

bem administrada dá bons resultados, caso contrário trás consequências não

muito favoráveis para a empresa e tudo aquilo que defendemos para buscar a

motivação acaba não acontecendo.

A empresa precisa tomar cuidado quando nega a possibilidade ao

funcionário em criar resultado, gerando desmotivação, descomprometimento. O

negativismo se instala na empresa.

O indivíduo criativo é regido pela auto-realização, está atento a tudo que

acontece. Ele busca desafios, cria o novo, busca soluções para os problemas,

tornando-se motivante e auto-motivador. A criatividade no trabalho favorece a

35

participação ativa levando à motivação. Quando isso não acontece ocorre o

desinteresse, não há mais vontade de opinar, de se evoluir.

3.5. Contexto Histórico

De acordo com Bergamini (1997, p.19) “antes da Revolução Industrial, a principal

maneira de motivar consistia no uso de punições, com a Revolução Industrial foram feitos

investimentos cada vez mais pesados com objetivo de terem recompensadores retornos”.

Bergamini (1997, p.24) “motivação é considerada agora como um aspecto

intrínseco às pessoas; ninguém pode por isso mesmo, motivar ninguém, sendo que a

motivação especifica para o trabalho depende do sentido que se dá a ele”.

“Os motivos é que impulsionam e mantêm o comportamento dos indivíduos. São

por assim dizer, as molas da ação”. GIL (2001, p.203).

Antigamente não havia preocupação com a motivação dos colaboradores.

O trabalho era longo, não havendo problemas com a utilização dos esforços

humanos e com a motivação. Isso ocorrera antes da Revolução Industrial, onde as

técnicas de produção eram mais mecanicistas e muito pouco preocupadas com o

colaborador na forma como executava essas atividades.

As indústrias, fábricas e capitais cresceram, com isso, houve o aumento

das produtividades. O melhor incentivo para o trabalhador era o dinheiro já que ele

tornou-se ainda mais elemento de produção.

Taylor defendia: todos os colaboradores eram iguais e a administração

científica aumentaria a satisfação do trabalhador. As verdadeiras necessidades da

motivação humana começaram a aparecer, e a administração científica chegou a

ter um número crescente de fracassos.

Finalmente Elton Mayo, que realizou uma série de experiências,

reconhecendo que os colaboradores buscavam mais do que dinheiro no trabalho e

36

necessitavam de outros estímulos. Verificou que eles desejavam pertencer a um

grupo. Muitos incentivos estavam sendo incluídos como segurança, afiliação,

estima, interesse pelo trabalho e êxito. Mayo iniciou assim, o movimento de

relações humanas.

A pesquisa desenvolvida por Mayo tinha por objetivo responder a uma

pergunta:

Quais os fatores, presentes no ambiente físico e social de uma pessoa que

trabalha em uma organização, capazes de afetar seu desempenho no trabalho e

sua satisfação pessoal com a tarefa realizada?

A partir da experiência de Hawthorne (Elton Mayo):

1. Ocorreu como um movimento contrário à Teoria Clássica da Administração;

2. Visa tratar a organização sob o ponto de vista das pessoas;

3. Visa à eficiência organizacional observando o indivíduo e o grupo.

Nesta abordagem é dada a ênfase no papel do sujeito como principal

elaborador do conhecimento humano. Da ênfase ao crescimento que dela se

resulta, centrado no desenvolvimento da personalidade do individuo na sua

capacidade de atuar como uma pessoa integrada.

Comparação entre Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas

• Organização como máquinas; * Organização como grupo • Enfatiza tarefas; de pessoas; • Autoridade centralizada; * Enfatiza as pessoas; • Sistemas de engenharia. * Delegação de autoridade;

* Sistemas de psicologia.

37

A Teoria Comportamental denominou-se Era Industrial Neoclássica

entre 1950/1990, que deu ênfase à Teoria das Relações Humanas.

Os antigos conceitos como organização formal, disciplina,

departamentalização, cedeu lugar para conceitos atuais como, liderança,

motivação, organização informal, recompensas, grupos sociais. A origem

das Relações Humanas proporcionou esta mudança para o atual cotidiano

organizacional.

Outro fator que esta teoria trouxe de benéfico foi as necessidades do bom

relacionamento com as pessoas, a oportunidade que as pessoas tem em

participar da administração da organização de forma mais dinâmica. Com

isso, houve a necessidade de um profissional mais inovador, onde surgiu

então o perfil do líder, para melhorar essa ponte profissional que se fazia

entre as pessoas e buscar a motivação de trabalho mais favorável e

amigável.

A Teoria Comportamental trouxe novos conceitos sobre

comunicação, liderança e motivação, onde o perfil era mais amigável e

humano.

Em relação a motivação, há muitas teorias e uma das teorias mais

relevantes é a suposição de que o dinheiro é o principal motivador, quanto

mais for a recompensa financeira, maior será a motivação.

Hierarquia

rquia das necessidades de Maslow

Fonte: Scrip

38

: Scriptorium Virtual

39

Segundo Maslow havia algumas necessidades que contemplava o ser humano

tais como:

• Necessidades fisiológicas ou biológicas: é o nível mais baixo de todas as

necessidades humanas, como necessidade de alimentação, sono, repouso,

abrigo e desejo sexual. Estam relacionada com a existência do ser humano.

• Necessidades de segurança: esta é o segundo nível das necessidades

humanas. Quando as necessidades fisiológicas estão relativamente

satisfeitas, surgem as de segurança. As pessoas tentam se proteger de

qualquer perigo real ou imaginário, físico ou abstrato. Surge o desejo da

estabilidade, de coisas mais previsíveis.

• Necessidades sociais: está relacionada com a vida social do indivíduo com

outras pessoas, ou seja, de participação, associação, aceitação. E se essas

necessidades não estiverem da maneira como o indivíduo deseja, ele tende

a ficar mais hostil, resistente com as outras pessoas, dando conseqüência à

falta de adaptação e à solidão.

• Necessidades de estima: necessidade em que a pessoa se avalia, ou seja,

com a sua auto-avaliação e auto-estima. Está relacionado com a sua auto-

confiança, sua necessidade de ser reconhecido e apreciado, com seu

prestígio, status e consideração. O indivíduo que se satisfaz com essas

necessidades apresenta sentimentos de autoconfiança, força, poder,

capacidade, sente-se útil. Caso ele sinta-se frustrado, o conduzirá à

fraqueza, desamparo, sentimento de inferioridade levando-o ao desânimo.

40

• Necessidades de auto-realização: esta é a mais elevada das necessidades.

Cada indivíduo realiza suas próprias questões pessoais, desenvolvendo

seu potencial dia após dia.

A prática da motivação têm estado conosco por muito tempo. A motivação

pode causar aumentos substanciais na produtividade e na satisfação no trabalho,

além de substanciais reduções nas faltas, nos atrasos, nos agravos e daí por

diante.

41

CAPÍTULO 4 - As empresas querem funcionários motivados, mas não sabem

como motivá-los.

“A motivação das pessoas é mais uma habilidade de fundamental importância

para a liderança.” CHIAVENATO (2004,p,345).

Bergamini atesta que :

No mundo todo, a cada dia, mais as empresas têm evidenciado sua preocupação em

contar com profissionais altamente qualificados, que sejam capazes de promover o

aproveitamento máximo dos recursos humanos de que dispõem, dentro de um clima

que facilite o ajustamento e leve ao conseqüente bem-estar, como clima

predominante de trabalho...Lidar com pessoas dentro das organizações deixou de

ser atividade de simples bom-senso, para investir –se de um caráter administrativo

sistemático que abrange técnicas especiais capazes de diagnosticar situações que

realmente merecem atenção especial. BERGAMINI (1982,P.51).

Ainda não se sabe distinguir se o comportamento é causado por fatores

intrínsecos ou extrínsecos ao indivíduo ou ao grupo, entre o que é causa e o que é

efeito no comportamento motivado. As pessoas possuem comportamentos

distintos e isso leva às empresas a terem dificuldade numa melhor definição para

motivar pessoas em igualdades condições.

É um desafio para os gestores motivar e manter os colaboradores

motivados. Liderar essas equipes requer habilidades que o gestor precisa ter para

saber diferenciar um colaborador individualmente e a equipe como um todo.

Colaboradores capacitados e preparados a assumirem responsabilidades

para enfrentar desafios, envolvendo também a habilidade de aprimorar o

conhecimento.

Líderes desmotivados jamais terão colaboradores plenamente motivados.

Essa motivação é decisiva para o bom relacionamento entre as pessoas e na

42

execução das atividades na organização. A desmotivação é pessoal e possui o

mesmo poder que a motivação, seus reflexos são sentidos em todo o grupo.

Segundo entendimento de Vergara (2005):

Porque a motivação é intrínseca, também não podemos dizer que motivamos os outros a isso ou aquilo. Ninguém motiva ninguém. Nós é que nos motivamos, ou não. Tudo o que os de fora podem

fazer é estimular, incentivar, provocar nossa motivação. Dito de outra maneira, a diferença entre motivação e estímulo é que a primeira está dentro de nós e o segundo, fora.

Já, Chiavenato (2000) vai além disso, ele salienta que:

Té óbvio que as pessoas são diferentes no que tange á motivação: as necessidades variam de

indivíduo para indivíduo, produzindo diferentes padrões de comportamento; os valores sociais também são diferentes; as capacidades para atingir os objetivos são igualmente diferentes; e

assim por diante. Para complicar ainda mais, as necessidades, os valores sociais e as capacidades variam no mesmo indivíduo conforme o tempo.

4.1. A Pior Maneira de Motivar Alguém

Há casos em que nas organizações as críticas são expressas mais como

ataques pessoais do que como reclamações específicas. Uma das formas mais

comuns de crítica destrutiva no local de trabalho é a maneira como é dita, como as

palavras são expressas, o tom de voz que é usado. Quando feita num tom duro,

sarcástico, inamistoso, que não abre espaço para um argumento ou sugestão de

como fazer melhor.

Ter cuidado em criticar é a melhor maneira para não tornar essa crítica

desastrosa o que ocasionará a desconfiança, os confrontos entre gestor e

colaborador, o conflito no trabalho será inevitável. Uma crítica áspera e hostil

deixa a moral baixa e a pessoa tende a não se esforçar mais para o trabalho.

A falta de elogio e reconhecimento deixa os liderados com a sensação de

que só são vistos e reconhecidos no trabalho quando cometem erros. Alguns

líderes tendem a não elogiar, isso desmotiva o colaborador.

43

4.2. Criticar com Habilidade

Feedback é a “ informação que o emissor obtém da reação do receptor à sua

mensagem, e que serve para avaliar os resultados da transmissão”.Originalmente,

essa palavra vem da teoria de sistemas que se aplica aos sistemas abertos como os

seres vivos e as organizações.O feedback também deve ser positivo.Um elogio, um

incentivo sobre o que outro está fazendo de bom, também é feedback e precisa ser

mais usado por todos em seus relacionamentos. A conclusão com uma palavra de

estímulo sobre sua capacidade de melhorar nos pontos que abordamos, tem o poder

cicatrizante de qualquer ferida que o feedback negativo pudesse causar.No trabalho

um chefe que não dá nenhum feedback, positivo ou negativo, para seus

subordinados, acaba gerando uma insegurança que só deteriora seu desempenho e

motivação. (SANTOS,2007)

-7 Nenhum líder ou empreendedor chegará muito longe se não desenvolver

intensamente a capacidade de dar e receber feedback . Uma empresa onde todos

ficam amordaçados pode até ser lucrativa a curto prazo, mas com certeza será um

ambiente tóxico de trabalho e terá que mudar se quiser crescer a longo prazo. São

coisas que todos sabemos, mas infelizmente, na correria do dia-a-dia, raramente

temos tempo de parar para estudar. È muito importante ressaltar isto: lidar com

pessoas é a parte mais dificil de qualquer liderança empreendedora. Finanças,

Marketing, estratégia, tudo muito importante. Mas no final o que realmente faz a

diferença são as pessoas.( CANDELORO,2007)

É levado em consideração o que a pessoa fez, como foi realizado o que foi

atribuído. Se foi feito de maneira certa ou não. Não faz parte dessa avaliação

analisar o caráter da pessoa. Baseando-se nisso, é importante primeiro apresentar

44

as qualidades do indivíduo, valorizando tais qualidades para o sucesso da

empresa, depois mencionar os defeitos, sugerindo alternativas para melhorar o

que não agradou. O feedback é uma ferramenta que deve ser utilizada de maneira

apropriada para buscar soluções nas questões produtivas da organização.

4.3. Motivação e Movimento

O termo “ser posta em movimento” é quando a pessoa faz algo para ganhar

recompensa ou evitar punição, percebemos que o impulso inicial não partiu dela,

mais de uma terceira pessoa. Ela só fez algo para evitar uma conseqüência que

poderia acontecer se não o fizesse. Se esta iniciativa parte da própria pessoa,

porque ela percebeu que é necessário, porque deseja fazer aquilo, podemos dizer

que ela está motivada. Esta motivação precisa ser constante e as metas e os

objetivos é que dão origem à motivação. Caso esses estímulos diminuam, tudo

retrocede.

Alcançar resultados da motivação é um caminho longo, difícil, porém

duradouro. Já no movimento é rápido, fácil e com resultados rápidos.

4.4. Motivação um fator crítico de sucesso

O segmento motivacional está ligado em alcançar metas e objetivos, sendo eles

uma necessidade humana. Chiavenato (2004,p.234).

“Enquanto a necessidade

satisfeita gera um estado de satisfação e conseqüente bem-estar, uma necessidade não satisfeita

pode gerar frustração, conflito e estresse.”

“Para uma motivação completa é necessário que a pessoa ou individuo esteja

satisfeito”CHIAVENATO(2004,p.234).

45

A motivação pessoal é sem dúvida um fator crítico de sucesso dentro das

organizações.

Quando não há motivação no colaborador, nenhum outro recurso por mais

sofisticado que seja fará a organização prosperar. As empresas investem em

recursos para motivar o colaborador como avaliação de desempenho, plano de

carreira, participação nos lucros da empresa, bônus para cumprimento de metas.

O que ela espera como resultado é que se manifeste a motivação intrínseca do

colaborador. A empresa oferece bons “motivos” e espera o retorno, como a

motivação.

Pensar num cenário onde tudo acontece positivamente, onde à satisfação

pessoal vem através do resultado esperado é o que as organizações almejam e

para isso é necessário um trabalho bem realizado, um trabalho feito em equipe.

46

CONCLUSÃO

“Antes de proceder a uma intervenção do diagnostico organizacional (DO) como

instrumento de mudança organizacional, deve se observar o comportamento da empresa,

formulando os motivos pelos quais o mesmo ocorre.” CARVALHO , NASCIMENTO

(2004,p.17).

“O DO desempenha importante missão na área da Administração de Recursos

Humanos:diz respeito às responsabilidade de planejar e acompanhar o crescimento

organizacional, no seu todo, ao longo garantindo que os objetivos estrategicamente traçados

mantenham-se no rumo.” MARRAS (2003,p.299).

Diante de todos os fundamentos teóricos que foram analisados na pesquisa

apresentada, observou-se que a prática diária e a intenção de buscar motivação e

transmiti-la, é um requisito necessário para o sucesso pessoal e profissional. Não

existe uma receita para despertar motivação no outro, mesmo porque o liderado

precisa estar aberto a receber estímulos do líder para florescer a motivação.

Foi feita um levantamento de possíveis trabalhos a serem realizados no

decorrer do ano para assim buscar uma melhor integração com os colaboradores

da organização, tais como: pesquisa de clima organizacional, avaliação de

desempenho, plano de cargos e salários, análise do papel profissional.

É necessário avaliar a análise do papel profissional para a elaboração de

um treinamento, se preciso for. Sabemos que a customização da análise do papel

profissional é muito menor que uma demissão, treinar é melhor que demitir. A

reciclagem profissional gera menos custo para a organização que a demissão.

É importante resaltar que a motivação é vital no processo evolutivo do ser

humano. Não somente dentro da organização, como também fora dela, no

relacionamento diário como um todo. Estar motivado é estar aberto a novas

47

oportunidades, em saber lidar e aceitar críticas dando consequência ao

aprendizado humano.

Os recurso humanos, outrossim, contam-se entre os principais meios de que

dispõem as organizações para atingir suas metas. Via de regra, quanto mais

orientadas para esse enfoque, tanto mais eficiente elas são.Os empregados

satisfeitos trabalham mais e melhor que os frustrados.Dentro de certos limites, a

felicidade eleva a eficiência nas organizações e, inversamente, sem organizações

eficientes, não há que pensar em nossa felicidade.Entretanto toda organização

chega –se a um ponto em que a felicidade e a eficiência dependem de se sustentar

mutuamente. Nem todo trabalho pode ser bem pago, nem todas as regras e ordens

podem ser observadas. CURY( 2000,p.104)

48

ANEXOS

Steve Jobs – o gênio da tecnologia responsável por revolucionar ao menos

três segmentos da indústria (computação pessoal, música, e telefonia) e inovar

outra (animação para filmes).

Tanta exigência teve seu preço. Jobs passou a ser conhecido como um

chefe implacável, que podia demitir um funcionário no elevador caso ele não

tivesse na ponta da língua resposta sobre um produto em desenvolvimento na

companhia. Em outras situações de trabalho, era comum que os colaboradores

fossem interrompidos logo que pronunciavam as primeiras palavras de um

raciocínio: "Já entendi. Mas o que penso sobre esse assunto é o seguinte..."

O executivo não era surdo às críticas, e chegou a explicar suas razões.

"Algumas pessoas não estão acostumadas com um ambiente onde se espera

excelência", disse certa vez. Em outra oportunidade, mostrou o peso de ser líder:

"É doloroso trabalhar com algumas pessoas que não as melhores do mundo e

precisar livrar-se delas. Mas constatei que minha função, às vezes, consiste

exatamente nisso: descartar algumas pessoas que não correspondem às

expectativas." A melhor autodefinição, contudo, talvez seja a seguinte: "Meu

trabalho não é ser fácil com as pessoas. Meu trabalho é torná-las melhores."

Fonte: Revista Veja, edição especial-2238-ano 44 – 12 de outubro de 2011.

Veja0001.pdf Veja0002.pdf Veja0003.pdf Veja0006.pdf Veja0005.pdf

49

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WEIL, Pierre; TOMPAKOW, Roland. Relações Humanas na Família e no Trabalho. Editora Vozes.

51

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 7

SUMÁRIO 8

INTRODUÇÃO 9

CAPÍTULO I - Conceito de Liderança 11

1.1. Liderança 11

1.2. Liderança no Século XXI 12

1.3. Para liderar é preciso, antes, se conhecer. 13

1.4. Perfil de um Líder 15

1.5. O que o líder precisa transmitir 17

1.6. Liderança e Poder 18

1.7. Tipos de Poder 19

1.8. Limites e Resultados do Poder 21

CAPÍTULO II - Teorias de Liderança 22

2.1. Teorias dos Traços 22

2.2. Teoria do Comportamento 24

2.3. Teoria Contigencional ou Situacional 25

2.4. Teoria de Liderança Transacional 26

2.5. Teoria de Liderança Transformacional/Empreendedora 26

2.6. Teoria da Atribuição 27

2.7. Teoria da Liderança Carismática 28

2.8. Teoria da Liderança Genética 28

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CAPÍTULO III – Afinal o que é motivação? 30

3.1. Motivação 30

3.2. Motivação Pessoal 31

3.3. A importância da motivação profissional 32

3.4. Os desafios da Motivação 33

3.5. Contexto Histórico 35

CAPÍTULO IV - - As empresas querem funcionários motivados, mas não sabem

como motivá-los. 41

4.1. A Pior Maneira de Motivar Alguém 42

4.2. Criticar com Habilidade 43

4.3. Motivação e Movimento 44

4.4. Motivação um Fator Crítico de Sucesso 44

CONCLUSÃO 46

ANEXOS 48

BIBLIOGRAFIA 49

ÍNDICE 51

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