um sentido maior para viver

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Ninguém vai querer abandonar a jornada quando se tem UM SENTIDO MAIOR PARA VIVER. Um livro emocionante, baseado em exemplos reais de superação, amor e fé, tocando profundamente o coração de milhares de pessoas. AUTOR: Cleiton Basso

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Um sentido

maior para

VIVER

Cleiton Basso

Ebook

www.cleitonbasso.com.br

www.facebook.com/cleitonbasso

www.youtube.com/cleitonbasso

“Ninguém pode livrar o homem da dor, mas será bendito aquele que fizer

renascer neles a coragem para suportar. (Selma Lagerlof)”

Óbs. Esta não é a versão final de texto, nem gráfica. Este material está em revisão ortográfica e em

lapidação. No decorrer das correções e melhorias este arquivo será atualizado. A versão final será

impressa.

Introdução

A vida em preto e branco

Eu olhava para as coisas e nada mais estava colorido. Um homem cheio

de sonhos, planos e alegria e que passou os últimos anos levando mensagens

de motivação, fé e valorização à vida estava nocauteado. Embora jamais tenha

passado pela cabeça a ideia de pular do barco, nada mais fazia sentido. Uma

casa linda, exatamente do que jeito que foi sonhada, uma profissão baseada no

dom especial de uma bela voz, o que permitiu montar um negócio fazendo o

que amava, mesmo tendo nascido com fissura labial (uma grave ameaça à

dicção). Um filho que mal acabava de chegar ao mundo e vencia uma batalha

pela vida que beirava o impossível. Dois outros filhos maravilhosos. Nada

disso impediu que minha vida perdesse toda a cor viva que tinha. Acordar

toda a manhã e perceber que a cor não existia mais era algo estranho para

mim. Participar de projetos que antes davam prazer e entusiasmo, agora se

concentrava em apenas uma pergunta: “Que sentido tem isso?”. Em

momentos importantes da profissão, com pessoas importantes da cidade –

lugares que qualquer pessoa gostaria de estar - e na minha mente: “- O homem

faz coisas insignificantes se tornarem importantes, só pode. Só agora fui

perceber isso. Quanta coisa sem sentido”.

Na verdade eu estava vivendo uma espécie de depressão com causa – a

perda da esposa no nascimento do nosso terceiro filho. A vida me traiu no

melhor momento da minha história, da história da Laiane e de nossas vidas.

Eu que falava com a Laiane que a gente não tinha nada do que reclamar

como a maioria das pessoas fazia, e assim tínhamos poucas lições próprias de

superação de grandes dificuldades e durezas que muitos enfrentam. A vida

toda, embora cheia de desafios, era uma subida rumo ao topo, era um sonho

maravilhoso. Iniciar uma carreira no rádio com 14 anos de idade, e dois anos

depois se tornar o primeiro locutor oficial da primeira grande emissora a

operar em FM numa cidade de quase quarenta mil habitantes – ah! - isso foi

uma das maiores alegrias da minha vida, algo que só pode ser comparado hoje

a ser chamado para trabalhar na Globo. Imagine seu filho de 16 anos sendo

locutor na primeira FM de uma cidade bacana? Mas o que importava tudo

isso. O que importava ter sido feliz, se uma das principais causas da minha

felicidade - a pessoa que era a minha principal inspiração para lutar pela

felicidade não existia mais?

Pois bem, agora eu tinha uma lição, talvez uma das mais duras que um

ser humano pode suportar. E não tinha mais ao meu lado o principal apoio e

confidente que sempre tive. Agora entendia o que as pessoas com depressão

sentem, afinal, embora tivesse essa causa clara, eu também estava sentido a

mesma coisa. Conheci na pele o que a pessoa depressiva sente quando alguém

chega e diz: "Força e coragem".

Absolutamente Nada!

Mas algo ainda me mantinha de pé e me fazia apostar que tinha

que seguir em frente.

O UNIVERSO DA MENTE DAS PESSOAS

NÃO APARECE NAS FOTOS

Neste mundo tão corrido, onde a nossa pseudo felicidade está

estampada nas fotos das redes sociais, cada vez mais aumenta a quantidade de

pessoas que não tem mais sentindo algum para levar a vida adiante. Não

faltam motivos reais: Luto, falência, dívidas, violência sexual dentro de casa,

relacionamentos falidos, sonhos desfeitos, um passado traumático, excessiva

cobrança para que alcemos vôos cada vez mais altos, metas insuportáveis,

filhos viciados, jovens drogados, filhos - meninos e meninas lindas envolvidas

em encontros e músicas decadentes – que insinuam ou cantam claramente

verdadeiros enredos pornográficos – incentivando a bebida sem controle,

principalmente para as mulheres - mal sabem elas que estão sendo usadas de

todas as formas. Sem contar, quantas pessoas você conhece que estão na

batalha contra o câncer, na luta pela recuperação de um grave acidente, ou

então, casais que sonham em ter filhos, mas vêem o tempo passando e a

concepção parece cada vez apenas um sonho. Ou ainda mães que chegaram a

isso, sonharam tanto, e num momento descobrem que o sonho se esvaiu.

Enfim, são tantos os motivos que afetam o universo onde realmente

existimos – o nosso pensamento, que não é de se surpreender por tanta gente

infeliz.

Seria uma ingenuidade de minha parte querer lançar algumas coisas

motivacionais aqui e fazê-lo acreditar que por estes aspectos o mundo vai

melhorar. Porque não vai. Acidentes, tristeza e dor vão continuar existindo e

as mais diferentes causas continuarão nos desafiando todos os dias.

QUANDO NÃO HÁ MOTIVOS

Mas há também um universo de pessoas que não têm motivos aparentes

e ainda assim sentiram o drama de acordar uma determinada manhã e

descobrir que todo o colorido da vida havia sumido. E essa cor não voltava no

dia seguinte, nem no outro, nem no outro. Tudo tão internalizado, que a gente

olha, conversa, sorri e dialoga com essa pessoa - e não faz nem ideia da barra

que ela enfrenta. Não saber o que realmente deixa nossa alma aflita, parece ser

ainda mais preocupante do que quando temos os motivos às claras.

Dia desses falei com uma amiga que vou chamar pelo pseudônimo de

“Iza”. Chamou-me a atenção por demonstrar em sua face, em seu sorriso -

muita paz, um brilho que só quem está de bem com a vida pode ter. Pedi a ela

se sempre foi assim, ou em outras palavras: se algum dia lhe faltou o sentido

da vida. O que ela respondeu, tenho certeza vai de encontro ao que muitos

podem estar vivendo agora. Veja o que ela escreveu:

“Sim! Já tive momentos em minha vida que parecia que não fazia sentido

viver, que a minha vida não tinha sentido algum. Por muitos dias estive

triste. Era uma luta diária toda manhã ao acordar tentar encontrar

motivos para levantar da cama. E depois que levantava passava um tempo

pensando sobre por que eu tinha que ir trabalhar, ou, que importância

tinha minha vida. Sempre pensei muito em meus familiares, no quanto

seria difícil para eles se eu não estivesse mais aqui, e de alguma forma eu

pensava também em uma forma de encontrar algo de valor em mim, algo

que não me deixasse desistir de mim, dos meus sonhos, queria de volta a

minha alegria de viver. Busquei vários tipos de ajuda: religiosa (na igreja

que sempre frequentei), psicológica, psiquiátrica, amorosa (na época eu

tinha namorado). Tentei me aproximar mais dos meus familiares, enfim,

busquei bastante ajuda, pois apesar da tristeza e do desânimo que

tomavam conta de mim, eu queria vencer isso. Era uma luta diária...”

Antes de continuar com o depoimento e partir para respostas, deixe-me

perguntar algo para você leitor. E o mundo? E as pessoas? E você? Como

julga quem está passando pelo vale da dor e da tristeza da alma?

Exceto os melhores amigos e pessoas bem intencionadas e instruídas, e

profissionais e organizações que trabalham com a psique humana, todo o resto

parece conspirar contra qualquer pessoa que esteja mergulhada na dor e no

sofrimento. Se a pessoa não tem motivo e fica depressiva, ela é

incompreendida por muitos e geralmente condenada – o que só faz aumentar a

dor interna. Se tem motivo, da mesma forma – e boa parte é explorada.

Quantos adultos que nunca deveriam ter sido homossexuais ou drogados, mas

foram empurrados pela falta de compressão do mundo, da família e dos

amigos, por características simples, como um jeito de falar ou por apreciarem

uma arte ou um esporte diferente do que dizem que um homem ou mulher

deveria apreciar? Ou então, simplesmente por não suportarem a carga diária

da vida? Parece que quanto mais a pessoa é mergulhada na dor, mais carga

vem sobre suas costas.

Lendo assim, parece que o mundo está caindo. Claro que há ainda

muita alegria por aí. Evidente que tem momentos bons, festas, tem muita coisa

boa acontecendo. Evidentemente estamos colocando zoom nos problemas

para melhor analisá-los. Agora para quem está vivendo com o mundo em

preto e branco, não é bem assim. O mundo realmente não está nada bem.

Moro num ponto alto da cidade e isso me permite olhar pela sacada boa

parte de casas e prédios da redondeza quase toda noite. Pergunto-me o que se

passa por debaixo daqueles tetos? No meio do cotidiano diário, do vai e vem

da vida, quantas daquelas pessoas experimentam uma vida bacana mesmo, e

quantas estão prestes a desistir de tudo? Seja por tudo o que já foi citado, seja

porque não se sentem belas como queriam ou porque a briga com a balança

parece impossível de ser vencida, ou porque a carreira dos sonhos não decola

como deveria, ou porque todo esforço do curso universitário demora tanto

para se converter em sucesso, ou então, ou então – o misterioso sumiço da

princesa ou do príncipe encantando no casamento, enfim, quantos motivos!

Quantos depoimentos que recebi de pessoas pedindo ajuda sobre como

enfrentar a tristeza profunda. Boa parte deles dizia da minha dura experiência

de dor, e buscavam resposta de algo em mim que perceberam ter dado força

de verdade para superar. Diziam: "- Mesmo arrebentado você ainda inspira

paz".

Não era o Cleiton que inspirava paz. Era algo que estava me

sustentando e protegendo a mim e minha família quando mais precisamos

disso.

Mas que algo é isso?

E o que pode te ajudar de fato a se apaixonar pela vida no ano novo?

“- Cleiton! Fala logo! Está parecendo propaganda da PoliShop!”

Está bem. Vamos lá!

Não pense que eu vou reinventar a roda ou te contar um segredo de

outro planeta. Mas quero te dizer sobre algo que já foi dito a você – mas quero

fazê-lo de forma diferente ou de outra perspectiva. Não se decepcione antes

do fim. Por favor, continue a leitura. Talvez você imediatamente vai partir

para o preconceito, ou uma opinião inabalável. Mas lembre-se: Eu não estou

te vendendo nada, não estou te cobrando nada para ler isso, não tenho

nenhuma pretensão, a não ser fortalecer em você algo que foi bom para mim

num momento decisivo da minha vida. Esse algo é o mesmo algo que fez a

diferença na vida de Iza - a amiga do depoimento anterior. Ela continua

contando sobre sua vida. Veja como é maravilhoso quando alguém encontra

de novo o sentido pleno, ou melhor, um sentido muito maior do que sentiu em

toda a sua vida:

“Em algum momento no meio disso tudo, um colega de trabalho começou

a me falar de Deus e das coisas que ele tinha aprendido em uma

determinada igreja e me convidou para ir conhecê-la. Até então eu nunca

tinha ido a uma igreja diferente. A primeira vez que fui, já fui tocada, mas

ainda resisti. Achei que conseguiria enfrentar tudo sozinha. Passou um

tempo, meu namoro acabou e então logo percebi que sozinha não iria

conseguir vencer. Fui buscar Deus - de uma forma que eu nunca tinha

buscado, e fui me encontrando. E cada vez mais sentindo a presença de

Deus em minha vida, e entregando a minha vida a Ele. E se você me

perguntar: mas por que não tinha sentido a sua vida? Não sei. Eu sempre

tive tudo que eu precisei. Não tive nenhuma perda traumática ou algo

concreto que pudesse me entristecer profundamente. Mas eu sentia um

vazio. Tinha um trabalho bom, um namorado legal, uma família perto de

mim, saúde. Acredito que eu não tinha motivos para reclamar, mas eu não

estava feliz. Acho que faltava o mais importante: a presença de Deus.

Agora vai fazer um ano que comecei essa busca que mudou a minha vida.

Hoje eu não me vejo em outro lugar e faço parte de um grupo que canta

músicas Cristãs e é algo maravilhoso, é algo que eu tenho gostado cada

vez mais, e acredito que Deus tem confirmado isso pra mim, pois eu nunca

havia cantado antes em lugar algum, e agora eu tenho um dom que Deus

me deu.”

Bem... Num primeiro momento alguém decepcionado com o que

mudou a vida de Iza pode dizer: “- Pronto: Tá explicado! Deus de novo para

alguém em dificuldade. Para com isso Cleiton! Pra quem está pra baixo

qualquer coisa serve!”. Definitivamente não. Primeiro porque ela não está

falando de "qualquer coisa". Por isso não quero apenas algo motivacional pra

você. Isso está cheio na internet. Conheço muito de livros de inspiração, auto-

ajuda, motivação, psicologia, me especializei em psicopedagogia, e

definitivamente, sabendo isso, reconheço a importância de tudo o que vem

para ajudar, melhorar, tratar, mas está muito claro que tem um algo na fé que

faz uma diferença muito especial – ela tem “VIDA”.

Mas o que eu quero dizer aqui é de algo que transcende o padrão fé que

estamos acostumados. Tem fé que ultrapassa todos os padrões de motivação

deste mundo e alcança os limites da vida humana. O que Iza encontrou não foi

necessariamente uma nova igreja - que apenas foi usada para que ela

encontrasse algo maior. Ela conseguiu se apaixonar verdadeiramente por

Jesus. No ambiente encontrou pessoas queridas, que a acolheram, de forma

simples e inocente, exatamente o que mais nós precisamos nos dias atuais.

Quando entendemos que esta fé é muito mais simples do que toda a

complexidade do emaranhado de regras, dogmas e figuras celestiais que

geralmente nos apresentam, descobrimos um Deus amoroso e que fala alto no

coração: “- Você tem valor para mim!”.

Isso não nos blinda de momentos desafiadores no futuro – ou que um

dia possamos nos decepcionar com pessoas, igreja, ou algo assim. Mas,

certamente nossas vidas nunca mais serão as mesmas.

Foi esse Deus que também me segurou de pé.

Eu já vinha fortalecendo a fé por alguns anos. Mas, quando a vida me

colocou onde colocou, foi então que realmente percebi que só Deus poderia

voltar a dar sentido a tudo, principalmente sentido à perda.

Muita coisa que acreditava acabava de cair por terra. Mas, quando

ainda estava absorvendo a realidade, duas ou três experiências - que nunca

experimentei na vida - me fizeram abrir plenamente os olhos para perceber

que definitivamente não estamos sozinhos.

ERIC – A HISTÓRIA DE UM MILAGRE

Ele nasceu praticamente sem vida mesmo! Depois da perda da mãe,

nossa luta era pela vida dele, e que batalha! No nono dia de UTI, um domingo,

o Eric foi retirado dos tubos que o mantinham respirando artificialmente,

ficando até o dia seguinte com CPAP nasal (auxílio respiratório). Isso nos deu

alegria e mais esperança. Na segunda foi retirado o CPAP nasal, ficando com

o auxílio de uma campânula, espécie de capacete de acrílico, que faz aumentar

a concentração de oxigênio ao redor da cabeça. Assim, pela primeira vez o

Eric passou a respirar sozinho. Ainda apresentava hipoatividade, hipotonia e o

coração mantinha a tendência de sempre: bradicardia (batimentos mais lentos

do que o normal). No entanto, na madrugada do dia seguinte algo aconteceu.

Paradas cardiorrespiratórias, mais de uma, e o Eric teve que ser reanimado

para voltar a batalhar pela vida, voltando imediatamente aos equipamentos de

respiração artificial.

Às oito horas do dia seguinte, como sempre vinha fazendo, mantive

contato telefônico para saber como ele passara a noite. Quando fui informado

do que aconteceu na madrugada, novamente o mundo desabou. Durante a

manhã restou-me, junto com meus amados, entregar definitivamente e

integralmente tudo às mãos de Deus. Coloquei-me mais do que nunca na total

dependência de Jesus Cristo, não que isso não já vinha sendo feito. Mas, não

sabia mais o que falar, o que pedir, o que dizer, o que fazer, o que esperar. Em

meio ao pranto, choro e medo, oramos ainda mais, apenas dizendo que não

tínhamos mais o que fazer a não ser pedir a Deus por algo diferente. E esse

algo aconteceu.

No mesmo telefonema da manhã, a médica falou duas coisas. A

primeira era que não tinha uma boa notícia do Eric, e contou sobre os

acontecimentos da madrugada. Mas que já nas primeiras horas após a

reanimação ele parecia ter voltado mais ativo.

Ao meio dia, depois desta manhã gelada em nossos corações, eu e a

mãe da Laiane fomos visitá-lo. Percebemos realmente que, embora dormindo,

havia alguns movimentos mais firmes, principalmente nas mãos. Os

profissionais reafirmaram que ele havia voltado diferente. Ficamos felizes

com isso, embora ainda muito apreensivos.

Retornei à tarde, desta vez com minha mãe. Embora as enfermeiras

falassem que ele abria os olhos de vez em quando, até aquele dia nós nunca o

tínhamos visto acordado. Depois de tudo o que passei naquele dia, sentindo

que talvez realmente o destino do Eric fosse também não ficar conosco,

inexplicavelmente pude pela primeira vez ver ele acordado, e bem acordado.

Não contive as lágrimas, pois seu lindo olhar transpassou minha alma e deu

cura ao meu coração.

Depois deste dia o Eric nunca mais foi o mesmo. De todas as demais

visitas que fiz, e eram duas por dia, o vi dormindo apenas três vezes. As

demais, ou estava acordado ou se acordava com a voz do pai. O coração

simplesmente passou a ter o ritmo de batimentos desejado pelos médicos.

Dois dias depois novamente retirado dos tubos e rapidamente todos os

medicamentos foram ficando desnecessários. Reflexos que antes estavam

fracos ou inexistiam, passaram a ser claros e firmes. Uma terceira

ultrassonografia transfontanelar foi realizada e não encontrou mais sinais de

isquemia, como as primeiras apresentavam. Ainda assim, sequelas só

poderiam ser identificadas com o tempo e com tomografia cerebral, que seria

feita depois de pelo menos 30 dias.

Quatro dias depois das paradas cardiorrespiratórias, atendendo um

pedido meu, uma rara exceção foi aberta. E com o apoio médico e das

profissionais da UTI e psicóloga - pude levar nossos outros dois filhos para

conhecer o irmão. Era 12 de outubro, dia das crianças. Para aquele momento a

Dra. Liana presenteou o Eric com um short e uma camiseta. E assim, pela

primeira vez ele estava vestido além da fralda. Ver o Cauê - de oito anos e o

Ryan - de quatro anos acariciando o maninho foi algo das cenas mais

emocionantes e felizes da minha vida. Perceber que, enquanto segurava o

bebê no colo e enquanto os dois acariciavam o irmão, estávamos rodeados por

toda a equipe da UTI neonatal, que em meio às lágrimas e emoção formava

um círculo ao nosso redor, nos passando um imenso carinho e amor, também

é algo que nunca mais irei esquecer. É algo divino. É aquele sentimento que

diz que realmente somos filhos de algo maior. Só a natureza não poderia nos

dotar de tal sensibilidade, comoção, AMOR. Como algo regido por leis fixas e

duras como a natureza poderia criar seres dotados de sentimentos tão nobres?

Meu coração, tão exposto durante um dos dramas mais fortes que alguém

poderia passar, não consegue ver outra coisa a não ser que há muito, muito

mais do que o nosso intelecto consegue ver e compreender e que um dia tudo

isso será muito claro aos nossos olhos.

Depois disso tudo, a verdade é que o Eric realmente surpreendeu a

todos e de forma inexplicável. Entre o pior cenário que um bebê pode

enfrentar e o melhor que ele poderia sair, simplesmente ele saiu no melhor

cenário possível. Na manhã da quinta-feira, 17 de outubro, nem a doutora

chefe da UTI conseguia segurar a curiosidade e esperar para depois dos 30, 40

dias. Solicitou uma tomografia cerebral. Acompanhei o exame durante a

manhã. No final da tarde - nunca mais vou esquecer - a médica chegando com

um papel com timbres verdes, com os resultados do exame, e sorrindo disse:

“- Tenho uma ótima notícia. O resultado da tomografia do Eric deu dentro da

normalidade. Isso quer dizer que, pelos reflexos normais que ele apresentou

nos últimos dias e pela incrível evolução apresentada, foram diminuídas

praticamente à normalidade as chances de ele apresentar eventuais

sequelas”.

Foi a melhor notícia que eu pude receber desde que o Eric nasceu. Pois

os alertas médicos sempre indicavam da grande probabilidade de sequelas.

Um choro gostoso, de vitória, de alegria, de gratidão a Deus molhou

minha face. Numa janela logo acima de onde estava o Eric na UTI, pude

observar as nuvens, o céu - foi para lá que olhei muitas vezes durante as

visitas. Para lá olhei naquele instante, reconhecendo que tinha sim que

agradecer a tudo o que os profissionais fizeram pela vida do bebê, mas que, o

vendo ali olhando para mim, perfeitamente normal e acima de tudo, sobrando

vida, eu, pela primeira vez na minha vida estava diante de um milagre ou uma

intervenção realmente de Deus.

“- Eric, Eric... Quem te viu, quem te vê!” disse uma das doutoras ao se

despedir dele. Perguntei a outra médica, o que levou ele a ter uma claríssima

divisão entre o antes das paradas cardiorrespiratórias e o depois? Ela olhou

para mim e perguntou: “- Você acredita em Deus?”, e não disse mais nada.

Outra médica afirmou que todo médico sabe que, “não sempre, mas que de

vez em quando acontecem coisas inexplicáveis, e esse era um dos casos” - mal

sabia essa profissional, que seis meses depois um acidente automobilístico

levaria sua própria vida. Felizmente ela depositava em Deus o motivo das

evoluções inexplicáveis presenciadas por profissionais de Unidades de

Tratamento Intensivo. Sempre acreditei que médicos são os principais

testemunhos da existência de um poder superior. Seja pelas questões

inexplicáveis, ou por conhecerem internamente a mais complexa máquina do

universo: o corpo humano. A diferença é que alguns preferem achar que tudo

isso é produto da natureza. E outros, percebendo tal complexidade não

conseguem achar nenhum argumento, que não seja DEUS. A questão que não

sabemos e nos questionamos sempre, é por que algumas vezes isso (milagres)

acontece, mas na maioria não. Um dia saberemos.

Veja que para um comunicador bastante conhecido, alguém que sempre

foi aficionado pela ciência, estar aqui dividindo publicamente algo como estou

fazendo, é bastante desafiador. Preciso de coragem para enfrentar eventuais

críticas de quem não compreende que verdadeiramente o que coloco aqui foi

real. Sei que boa parte das coisas extraordinárias que acontecem por aí são

fantasiosas. Mas há fatos inexplicáveis e verdadeiros acontecendo também. Eu

mesmo condenei muitos deles e hoje preciso reconhecer que há sim algo além

do que podemos ver.

UM SINAL EXTRAORDINÁRIO

Outra situação que realmente impactou de forma diferente do que tudo

o que já havia experimentado, aconteceu na noite de 07 de novembro de 2013.

Na mesma noite para não esquecer ou confundir, escrevi o que experimentei:

“Desde que minha vida foi mudada dramaticamente, muitas coisas

inexplicáveis aconteceram. Uma delas me deixou profundamente tocado.

Hoje, quinta-feira, (07/11) acordei sentindo uma alegria diferente. Em meio a

dias de dor, saudade e tristeza, acordar sentindo alegria é algo bom, ainda

mais se for uma alegria que vem do profundo da sua alma. Durante todo o

dia senti isso. No final do dia, antes de buscar meu filho Ryan na escola,

resolvi esticar uma quadra e fui até onde a Laiane repousa. Nem em meio às

lágrimas durante palavras que proferi naquele momento, deixei de sentir esta

doce sensação de alegria daquele dia em meu íntimo. À noite, depois do

jantar, diante desta sensação me senti impelido a ir até o jardim - um

gramado em frente a nossa casa. Lá, olhei para o céu e pedi perdão a Deus

por muitas vezes querer sinais extraordinários para comprovar sua

existência. Ao longo da minha vida, muitas vezes fraquejei na fé e pedi a ele

provas de sua existência. Queria algo claro, algo evidente – as experiências

dos outros não me bastavam. Desta vez, sentindo alegria simplesmente disse a

Deus que não precisava mais pedir sinais. Na vida do Eric, no amor que senti

de tantas pessoas, enfim, em tantas coisas percebia a mão de Deus. Fui um

pouco mais a frente no jardim e encontrei um lugar à sombra de um cipreste,

onde me senti mais a vontade e livre de qualquer olhar alheio na noite. Ali fiz

o que meu coração desejava naquele momento. Fiquei de joelhos e olhando

para o céu falei em voz alta e com alegria: “Meu Jesus: hoje quero mais uma

vez me render totalmente a ti senhor. Dou graças por salvar minha vida, por

lá na cruz do calvário ter dado sua vida por mim para o perdão dos meus

pecados e para que hoje eu pudesse ter esperança verdadeira em meio à dor.

Sinto alegria Jesus, simplesmente porque creio que a tua palavra foi

integralmente, de Gênesis a Apocalipse inspirada por Deus, e isto me basta

para confirmar a sua existência, o seu poder e a sua salvação, por isso não

lhe peço mais sinais”.

Foi quando pretendia concluir a última frase com as palavras “meu único e

suficiente salvador”, que meus olhos fixos para o alto, no exato lugar em que

estava olhando, viram cruzar o céu uma linda estrela cadente, daquelas que

vez em quando vemos na noite ou na madrugada. Já tinha visto meteoritos

várias vezes ao longo da vida, pois sempre apreciei observar o céu. Este

cruzou muito rapidamente, deixando um risco no céu, como se fosse um mini

cometa, com algumas faíscas no rastro, desaparecendo num piscar de olhos.

Fiquei arrepiado e meu coração palpitou quando isso aconteceu. A alegria

que sentira durante todo o dia ficou ainda mais forte. Parecia que iria saltar

de meu íntimo para fora. Levantei e retornei para dentro da casa, indo

diretamente para a cozinha onde, visivelmente feliz, compartilhei a

experiência com minha sogra e minha irmã.

Muitas vezes olhei para o céu pedindo sinais assim para Deus. Você pode

dizer que isso é uma coincidência, mas sinceramente, por que ali, naquela

hora, daquele jeito, no final da oração? Eu não consigo pensar da mesma

forma. Talvez não tenha sido nada de anormal o fato de o meteorito surgir na

atmosfera, mas eu ter sido impelido a estar ali naquele momento é algo que

me faz pensar profundamente.

Nesta noite, quando expressei a Deus que não desejava mais provas ou sinais

de sua existência, quando exaltei a bíblia como sua Palavra, então no exato

instante em que terminava a oração, um sinal cruza o céu de forma

magnífica. Acho que nunca mais esquecerei esta experiência. Compartilho

com você, pois por muitos anos fui extremamente arisco em acreditar

firmemente em determinados fatos. Das vezes que acreditei, muitas vezes

também fui superficial. Sou o tipo de pessoa que tem medo de cair num

engano, por isso não é qualquer coisa que entra na minha razão. Continuo

pensando assim em relação à maioria das coisas. Mas em relação a Deus e a

Jesus Cristo, por tudo o que tem acontecido na minha vida, já não posso mais

ser tão exigente".

Os fatos inexplicáveis me venceram. Hoje quero muito contribuir com a

sua fé, mesmo que neste momento ela não exista em seu íntimo. Gostaria de

lhe dizer que talvez seja a hora de começar a perceber algumas coisas que lhe

indicam um caminho diferente. Um caminho que lhe trará alegria neste mundo

de tantos desapontamentos e frustrações. Um caminho onde, não importam as

coisas que aconteçam, ainda assim você terá um motivo real para estar de pé e

ter sentido em seu coração. Um caminho que, mesmo com as lágrimas

umedecendo sua face, ainda assim, a esperança estará vibrando em seu íntimo.

Não quero lhe induzir a acreditar imediatamente no que Jesus tem pra

você. Mas apenas desejo que abra uma janela para esta perspectiva e tente

analisar de forma diferente de tudo o que tem feito. Se crê, tente perceber se

realmente crê com convicção e profundidade. Se não crê por questionar a

existência de Deus - também questione a possibilidade de sua opinião estar

errada ou ter sido formada em bases de outras opiniões equivocadas. É eu sei:

O universo é soberano, incrível e grandioso. Carl Sagan – o mais popular

astrofísico dos últimos tempos viveu deslumbrado com o Universo – e por

isso – desconsiderava Deus. Foi sua escolha.

Talvez você também esteja firme na ideia de que algo tão

extraordinário não precise de um criador. É esta crença que eu gostaria, de

com sua permissão, pedir que tente vislumbrar por um outro ângulo, uma

outra perspectiva, pelo menos uma vez. Para fortalecer minha fé, muitas vezes

eu também olhei pelo ângulo da dúvida, da incerteza, da perspectiva de que

tudo não precisaria de uma inteligência superior. Fiz a contra mão da fé que

sempre tive, mas sempre fui compelido a retroceder. Na verdade é isso que

estou pedindo a você. Tente ao menos uma vez ir na contra mão da sua

descrença. Não receio que irá retroceder, pois se for sincero nesta busca, tenho

absoluta convicção de que encontrará as respostas necessárias e inteligentes

para reconhecer que tem uma mente suprema por trás de algo tão

surpreendente como o universo e a vida.

Quando deixamos de ser rígidos em demasia, a existência de Deus é

algo auto-evidente. Percebemos que átomos não se materializam por acaso, e

eles não estão criando inteligência. A única força criativa é a inteligência. E

essa inteligência está intrínseca em todas as leis deste universo e no seu corpo,

nos seus olhos, na sua mente, no seu DNA, na vida que está sendo gerada na

barriga de uma mulher e no amor que está sendo despertado no coração de

alguém. O átomo definitivamente não ama, não cria: Ele segue leis. Mas de

onde vêm essas leis?

Deus tem sido deixado de lado por muitos, pelos erros humanos e as

trapalhadas de alguns religiosos. Não seja você mais um a cair na descrença

por estar olhando para o lado errado. Não olhe para o homem, olhe para o

alto! Não espere perfeição do que é imperfeito. Alguém também poderia

dizer: “- Mas que Deus é esse que levou a mulher do cara e deixou o filho

dele em estado crítico?”. Exatamente por isso que você deveria considerar a

Bíblia como algo realmente provocado por Deus para nos instruir. Ela conta a

nossa história e lá estão mostrados os motivos reais que levam ao sofrimento

humano e por que a dor afeta tanto as pessoas más, quanto as boas.

Não culpo Deus pelo que aconteceu comigo. Seria muita pretensão

minha achar que tudo de ruim poderia ser permitido aos outros, menos para

mim. Em Deus eu coloco a certeza de sua fidelidade e que ele mesmo vai

fazer cumprir o que sonhou para mim. Um dia entenderei tudo. Talvez fazer

chegar até você este texto seja um dos seus propósitos para minha vida.

Não espere grandes milagres, grandes sinais para crer. O maior sinal de

Deus quando sua fé brotar vigorosa e viva em seu coração será uma vida com

esperança e sentido. Quando isso acontecer, nunca mais você cogitará a

possibilidade de abandonar sua jornada, por mais dura que ela esteja.

No depoimento de Iza, na minha experiência e na de muitas, muitas

pessoas ao longo da história - está a resposta para despertar o melhor que você

pode ser, algo que pode perdurar por toda a sua vida e até para a eternidade.

Descubra formas de se apaixonar por Jesus, cante, louve, olhe para as

estrelas falando com esse Pai maravilhoso, coloque canções Cristãs na sua

casa, no seu carro, no seu dia, ore, use a sua palavra para despertar este amor,

inclusive para se despertar para o amor à vida, tente começar a ter mais

orgulho das pessoas que estão a sua volta, enfim - tente descobrir este Deus

que garante: Você não está sozinho. Uma das maneiras mais especiais de

encontrar este Jesus que pode mudar sua vida é conversar com pessoas que já

experimentam essa fé apaixonada. Fique de olho. Sempre tem alguém perto de

você que vive esse amor e está disposto a compartilhá-lo.

Não pense mais em abandonar sua jornada, sua vida, nem deixe isso

voltar no futuro. Têm sim muitas pessoas maravilhosas que te amam, te

valorizam e o querem sempre presente, algumas que você jamais imagina

quem são. Uma delas sou eu, caso contrário não estaria escrevendo isso.

Não sei nada sobre você, mas sei que é um companheiro ou uma

companheira de viagem minha e de toda a humanidade. Estamos todos juntos

nesta nave azul. Todos nós temos um valor precioso. E você também! Se os

pensamentos lhe traem, use a sua palavra para dizer quem manda em você. A

vida é assim mesmo: altos e baixos. Não pense que o baixo de ontem ou hoje

significa que amanhã não poderá ser melhor. Nos preocupamos tanto com os

outros, com o que vão pensar, com o que fazem com a gente, com a beleza,

com isso e com aquilo, com o que fizeram conosco no passado, que

esquecemos que o melhor da minha vida sou eu, ou que o melhor da tua vida é

você e que o passado não tem o poder de construir o futuro. O futuro está

sendo construindo no presente, agora!

Dane-se o que os outros vão pensar ou achar, ou acham, ou o que

fizeram ou o que vida fez com você até aqui. Se for preciso fazer mudanças

para encontrar este Deus, faça! Inclusive de opinião. A pior escolha a ser feita

é revoltar-se com a vida, com as pessoas, com a família e principalmente com

Deus. Quando isso acontece, rompemos a linha mais importante que temos

com o existir, e perigosamente podemos andar a beira do precipício.

Pegue um exemplo: Na boa, se seu melhor amigo se descobrisse com

um câncer, qual a maneira mais provável dele vencer a doença? Indo a luta,

insistindo com um sorriso na face - mesmo que não reflita toda a realidade

interna, acreditando que é possível, buscando o tratamento, colaborando,

sendo compreensivo com os familiares – que também sentem o impacto,

depositando sua fé em Deus, orando, enfim acreditando que se ele tem uma

batalha, o melhor a fazer é ir à luta com toda a sua força? Ou seria melhor

desistir de tudo, se revoltar, colocar em Deus toda a culpa e cair no desespero,

ficando uma pessoa amarga e intolerante?

Sua resposta diz tudo. E a mesma vale para qualquer dificuldade da sua

vida.

Perdoe! Se perdoe! Não perca mais tempo guardando mágoas,

mantendo relacionamentos rompidos pela simples falta de um "Eu te perdôo"

ou por não dizer: "Tá legal, não precisamos encontrar culpados". Embora

Deus permita, ele não é o causador da nossa tristeza, pelo contrário, ele é a

esperança, e através de Jesus ele usa nossas tristezas para nos fazer pessoas

melhores. Aceite isso, e sem medo, sem vergonha, encontre o Jesus que está te

esperando de braços abertos. Depois de encontrá-lo você vai conseguir

perdoar verdadeiramente as pessoas.

Em qualquer idade, da adolescência até a velhice, olhar para o alto,

ficar de pé, sorrir, garantir o melhor relacionamento possível com as pessoas e

com Deus e acreditar, sempre será o jeito mais provável de vencer. E algo me

diz que se você colocar Deus em primeiro lugar – com esta fé apaixonada,

todas as armas estarão à disposição na hora que precisar, mesmo que um dia

descubra que a batalha não poderá ser vencida, mas ainda tudo terá valido a

pena, porque você não desistiu e sabe que o melhor, mas o melhor mesmo,

ainda está por vir. Já o contrário, quando se deseja armas antes de Deus, me

parece que nem sempre Deus ajuda e as armas aparecem.

Você também pode dizer: “Mas eu já encontrei, e não aconteceu nada

demais!”. Impossível encontrá-lo de verdade e nada acontecer. Quando o

encontro é verdadeiro, a mudança acontece. Duvido que aquele

relacionamento quebrado entre irmãos, entre marido e mulher, entre você e a

vida não seja reconciliado. Se ainda não aconteceu isso na sua vida, é porque a

fé apaixonada ainda não chegou ao seu coração. Por isso disse que a fé que

estou tentando lhe mostrar é diferente da tradicional fé que geralmente temos.

Quando a fé é apaixonada por Jesus, não se deseja ficar perdendo

tempo mantendo mágoas no coração. Quando a fé apaixonada entra de

verdade em nossos corações, não precisamos de grandes espetáculos

emocionais na vida ou nas igrejas, então só desejamos uma coisa: Viver a

inocência de amar, perdoar, sorrir, sem medo de ser feliz - ou sem medo de

sofrer - ou sem se importar em tentar sempre estar com a razão. Descobrimos

que muita coisa do que fazemos no decorrer do dia é pura perda de tempo

diante de tantas coisas maravilhosas que podemos fazer apenas sentindo a

plenitude do amor que está em Jesus!

O cenário onde estamos diz o que para você?

Eu também concordo que crer é desafiador, mas se a gente quiser, logo

descobre que crer na existência de um Criador é bem mais lógico do que não.

E mesmo que tenhamos tantas lutas nesta vida, ainda assim devemos erguer as

mãos - porque existimos, porque você existe. Você é ciente de que tem vida,

que tem lutas. Só quem existe sabe disso: “Penso, logo existo” – lembra?

Mesmo sofrendo e sabendo que sofre, é preferível ainda assim estar neste

jogo.

Olha só no que estamos metidos, mesmo que com a presença de dor e

sofrimento. Você consegue imaginar o que significa a palavra “eternidade”? É

algo que nunca, nunca, jamais teve começo, e da mesma forma, nunca, mas

nunca mesmo terá fim - isso é o que Deus diz de si e de sua dimensão, e mais:

que por seu filho Jesus, mesmo que tenhamos tido um início, um dia teremos

encontro com o que não terá mais fim: a tal eternidade. Isso quer dizer:

simplesmente pra sempre! Forever! Mas a garantia é ainda maior: Sem dor,

sem morte, nem sofrimento, sem violência, sem tudo de ruim que há aqui.

Quer ter apenas um relance do que pode ser isso? Então Imagine o planeta

terra e toda a sua beleza, sem todas as coisas ruins que temos? Deus promete

que será melhor e infinitamente mais belo.

E sobre o universo que conhecemos? Pegue uma nave e viaje a 300 mil

quilômetros por segundo - eu disse 300 mil quilômetros POR SEGUNDO até

a estrela mais próxima do sol e você levará quatro anos para chegar até ela

(pense quanto tempo levaria viajando com um carro de fórmula 1 em toda sua

velocidade). Que dizer então de todas as 100, 200 bilhões de estrelas que tem

só na nossa galáxia, que é apenas uma das 400, 500, ou sabe-se lá quantas

bilhões de galáxias que existem no universo, com outras tantas bilhões de

estrelas?

Por outro lado, pense que se a gente existe, se estamos aqui lendo este

artigo é porque somos cientes de que existe algo além do nada. E se existe

esse algo, é porque tudo é possível em qualquer lugar, em qualquer tempo, a

qualquer distância, a qualquer momento. O que pode haver nos limites dos

confins, dos confins do universo? E não há limite! Assim, fica fácil

compreender que Deus não é questão de possibilidade. Ele apenas diz: “Eu

Sou!”. É o que ele afirma do princípio ao fim da bíblia. Ele diz que é maior do

que tudo isso e é único.

É neste cenário surreal que estamos metidos, e ele é tão incrível que

sugere um Pai Criador e Amoroso; sugere que uma dimensão celestial é

possível e real e está em algum lugar dessa eternidade; sugere que esse nosso

princípio da nossa vida - que é Deus - pode sim também ter colocado Jesus de

forma sobrenatural aqui conosco e o mais incrível: Tê-lo ressuscitado! Sugere

que ele pode sim ter inspirado a bíblia e feito qualquer coisa que desejasse

fazer. Sugere que ao crer nós estamos carimbando um passaporte para algo

que nunca mais terá fim: a vida eterna. Sugere que: um dia a mãe que vive o

desespero de nunca mais poder rever um filho que se foi, sim! Ela poderá

reencontrá-lo!

Pascal, um dos maiores matemáticos e físicos da história criou o que

ficou conhecido como a aposta de Pascal, que diz isso (tente entender):

"Se você acredita em Deus e estiver certo, você terá um ganho infinito;

Se você acredita em Deus e estiver errado, você terá uma perda finita;

Se você não acredita em Deus e estiver certo, você terá um ganho finito;

Se você não acredita em Deus e estiver errado, você terá uma perda infinita.”

Crer sempre foi, é e sempre será muito mais vantajoso. E se você

conseguir convencer seu coração que o mais incrível está por vir, então você

redescobrirá a arte de voltar a ser feliz ou continuar a ser feliz – se já superou

suas tristezas, porque aprenderá a ver a vida a partir da perspectiva da

eternidade.

O que está por vir não é o nosso breve futuro aqui na terra. Mesmo que

talvez Deus fale tão pouco com você hoje, saiba que ele é eterno e, portanto

ele sabe que 50, 70, 80 anos de sofrimento de um ser humano na terra não

representam nada se ele aceitar viver tudo o que a eternidade vai lhe oferecer.

Porém, quando recusamos a oferta da vida dada por ele, corremos um sério

risco de recusar todo o melhor que está por vir. Por isso: Seja o dono dos seus

pensamentos. Caso algum venha sobrevoar sua mente, abra a boca, vá para

frente do espelho e fale quem manda no pedaço.

Acima dos sentimentos de tristeza e recusa da vida, deve estar a razão,

e ela pode ser despertada pela sua palavra. Não é assim que podemos botar pra

correr quem nos incomoda? Pela palavra fale com Deus e ouça a palavra dele,

leia a bíblia, comece pelas partes mais fáceis, agradeça tudo o que você tem, e

diga a ele que você espera sim o dia deste grande encontro, mas que sabe

também, que o dia e a hora jamais devem ser marcados por você. Só Deus

sabe a hora certa. E sobre o que temos pela frente, sobre o melhor que está por

vir, há uma frase que diz: “O Céu pagará qualquer prejuízo que possamos ter

para ganhá-lo, mas nada, absolutamente nada poderá recompensar o prejuízo

por perdê-lo”.

Por que tem ser assim, ou por que tem ser assado não importa. O que

importa é que a chegada valerá a pena!

Por essa perspectiva da eternidade, também podemos entender como

podemos fazer a diferença na vida das pessoas. O mundo sempre esteve e

sempre estará carente de anjos. E estes não são seres alados, com asas -

voando por aí. São pessoas, dispostas a dar a mão a quem precisa. Dispostas a

levar adiante o mais famoso discurso de Cristo. O fato é que, onde estivermos

devemos influenciar pessoas a serem melhores e encontrarem um sentido para

a vida. Eu não encontrei outra forma melhor até hoje do que tentar convencer

que Deus é real e Cristo é a garantia da esperança que vai além do que os

olhos vêem. Por isso hoje, sou mais um dos tantos que tentam convencê-lo,

não a mudar de religião, mas a viver de forma apaixonada por Jesus. Só assim

vamos encontrar o sentido da vida, e ele só será completo se chegar até a

eternidade.

As igrejas têm problemas sim, mas elas são mecanismos que auxiliam

para que o caminho da fé possa ser encontrado mais facilmente. Nelas,

devemos ser fontes de paz, reconciliação, receptividade, amor, alegria. O

maior erro que podemos cometer dentro de um ambiente assim é propagar o

ódio, a fofoca, a incompreensão, seja como quer que seja. Se nesses ambientes

não acontecer o perdão, a cordialidade, a diplomacia, a tolerância o que

podemos esperar do resto? E como elas poderão ajudar quem de fato precisa?

Nestes lugares devemos manifestar nossa gratidão, nossa inocência, nossa fé,

nosso sorriso, e jamais querer fazer nossas expectativas prevalecerem, sejam

elas do cotidiano ou espirituais. Só assim, estes lugares serão palco de

transformações de vida e muitas alegrias. Faça isso no local onde estiver. Seja

luz! Seja Anjo!

Pessoalmente ficarei feliz em saber que você descobriu uma fé

apaixonada em Cristo e que isso fez seu ano novo e sua vida ser muito mais

cheia de sentido, independentemente do que possa acontecer. Lembre-se de

minha experiência, lembre-se do depoimento da amiga que não encontrava

mais sentido para a vida, e encontrou. E é feliz. E eu também posso lhe

garantir que a vida voltou a ser colorida para mim. Tanto eu, quanto ela,

quanto milhões de pessoas ao longo da história humana encontraram a mesma

superação, no mesmo lugar, na mesma fonte: OLHANDO PARA O ALTO!

Dizem que a infelicidade é coisa certa, basta não fazer nada. Mas para

ser feliz é preciso querer. Queira! Quando sentimos essa fé apaixonada,

descobrimos que não estamos sozinhos. Jesus estará no seu coração - vivo - e

você se apaixonará cada vez mais por ele e sentirá uma alegria tão intensa, tão

inocente, tão simples, tão especial, como nunca sentiu: A alegria de quem

sabe que o caminho da fé apaixonada tem um final feliz. Esse caminho é o que

dá sentido a tudo, inclusive a morte. Sem encontrar esse caminho, nada faz

muito sentido, inclusive a vida.

Seja feliz, pois percorrendo esse caminho, tudo terá um sentido

diferente e uma certeza muito, muito especial: O NOSSO DESTINO SERÁ O

CÉU!

“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao

Pai, senão por mim” João 14:6

FIM

Leia também: - A BUSCA PELO GRANDE AMOR DA SUA

VIDA –

Cleiton Basso tem 39 anos – mora no Paraná. É formado em

gestão de mercado, com especialização em psicopedagogia

clínica e institucional. É escritor, palestrante e comunicador.