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Centralize fotos, músicas e vídeos na sala com um media center. Monte o seu! RAFAEL RIGUES Imagine concentrar todas as suas músicas, fotos e vídeos digitais em um único local. E o melhor — de um jeito que você consiga compartilhar tudo isso com a família e os amigos, sem ficar apertado em volta da mesa do computador. Se você imaginou esta cena na sala de estar, está correto. E, desenhados para elas, começam a chegar ao Brasil os media centers, PCs que agregam em um único ponto acesso a todas as formas de multimídia em sua casa, sejam fotos, músicas, vídeos das férias, seus filmes em DVD, CDs de áudio, TV aberta e a cabo. Ligado à TV da sala —geralmente a maior "tela" na casa— ele tem uma interface gráfica fácil de usar , projetada para ser vista à distância e comandada com um controle remoto. A maioria dos "media centers" atuais também engloba a função de sintonizador de TV, com recursos como a capacidade de gravar e pausar TV ao vivo (chamada de Timeshifting) e está conectada à Internet, o que permite compartilhar e exibir arquivos armazenados em outros micros da casa ou acessar conteúdo online. Ou seja, um media center substitui, de uma vez só, seu videocassete, aquela estante lotada de CDs e DVDs num canto da sala e os álbuns de fotos empoeirados no fundo do armário.

É uma idéia interessante, mas nova aqui no Brasil. Até o ano passado não havia praticamente nenhum produto nesta categoria no mercado. Não por falta de interesse dos consumidores, ou por falta de know-how dos fabricantes —mas por falta de um sistema operacional. O mais usado neste tipo de aparelho, o Windows XP Media Center Edition (ou Windows MCE) nunca ganhou versão em português. E sem um sistema adaptado ao país, os fabricantes se recusavam a lançar o produto. A situação só mudou com a chegada do Windows Vista, no início deste ano. O novo sistema operacional traz o Windows Media Center em português integrado às suas versões Home Premium e Ultimate. Com isso, os fabricantes finalmente puderam começar a oferecer aos usuários máquinas feitas sob medida para a sala de estar. Hoje é possível encontrar no mercado nacional media centers de vários fabricantes, de grandes nomes como a HP a empresas menores, como Syntax e Daten. Mas você não precisa se contentar com o que está nas lojas: com um pequeno investimento em tempo e dinheiro, você pode construir seu próprio media center. Comprar ou montar? Comprar um media center pronto tem suas vantagens: todo o hardware e software já vêm integrados, e o máximo de trabalho que você terá será o de desempacotar o brinquedo, plugá-lo à TV e sintonizar os canais. Os modelos comerciais também usam gabinetes especiais, menores e com visual mais adequado à sala de

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estar, e são montados com componentes projetados para gerar menos calor e fazer menos barulho, para não atrapalhar sua diversão. Mas fazer você mesmo também pode ser interessante: você pode reaproveitar um computador que está encostado ou, se quiser começar do zero e estiver disposto a pesquisar, pode chegar a uma configuração de hardware tão eficiente quanto barata, além de adicionar opcionais não encontrados no mercado e remover recursos que não vai usar. Dependendo da solução escolhida, o software também pode ser personalizado e ganhar recursos inexistentes no Windows Media Center, como cópia de DVDs para o disco rígido, exibição de notícias, previsão do tempo, download de trailers dos novos filmes em cartaz, rádio via Web, jogos e muito mais. A experiência também pode servir como aprendizado: com certeza, ao final do processo você terá uma compreensão muito melhor de como as coisas funcionam. Pronto para pôr a mão na massa? Agora o UOL Tecnologia vai mostrar o que você precisa para montar seu próprio media center. Listamos o hardware necessário, o software disponível no mercado, onde consegui-lo, seus prós e contras e dicas e precauções que devem ser seguidas durante a construção e uso. Preparado? Luzes, câmera, ação! 1. MONTE SUA CENTRAL DE MÍDIA Imagine concentrar todas as suas músicas, fotos e vídeos digitais em um único local. E o melhor — de um jeito que

você consiga compartilhar tudo isso com a família e os amigos, sem ficar apertado em volta da mesa do computador. Se você imaginou esta cena na sala de estar, está correto. E, desenhados para elas, começam a chegar ao Brasil os media centers, PCs que agregam em um único ponto acesso a todas as formas de multimídia em sua casa, sejam fotos, músicas, vídeos das férias, seus filmes em DVD, CDs de áudio, TV aberta e a cabo. Ligado à TV da sala —geralmente a maior "tela" na casa— ele tem uma interface gráfica fácil de usar , projetada para ser vista à distância e comandada com um controle remoto. A maioria dos "media centers" atuais também engloba a função de sintonizador de TV, com recursos como a capacidade de gravar e pausar TV ao vivo (chamada de Timeshifting) e está conectada à Internet, o que permite compartilhar e exibir arquivos armazenados em outros micros da casa ou acessar conteúdo online. Ou seja, um media center substitui, de uma vez só, seu videocassete, aquela estante lotada de CDs e DVDs num canto da sala e os álbuns de fotos empoeirados no fundo do armário. É uma idéia interessante, mas nova aqui no Brasil. Até o ano passado não havia praticamente nenhum produto nesta categoria no mercado. Não por falta de interesse dos consumidores, ou por falta de know-how dos fabricantes —mas por falta de um sistema operacional. O mais usado neste tipo de aparelho, o Windows XP Media Center Edition (ou Windows MCE) nunca ganhou versão

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em português. E sem um sistema adaptado ao país, os fabricantes se recusavam a lançar o produto. A situação só mudou com a chegada do Windows Vista, no início deste ano. O novo sistema operacional traz o Windows Media Center em português integrado às suas versões Home Premium e Ultimate. Com isso, os fabricantes finalmente puderam começar a oferecer aos usuários máquinas feitas sob medida para a sala de estar. Hoje é possível encontrar no mercado nacional media centers de vários fabricantes, de grandes nomes como a HP a empresas menores, como Syntax e Daten. Mas você não precisa se contentar com o que está nas lojas: com um pequeno investimento em tempo e dinheiro, você pode construir seu próprio media center. Comprar ou montar? Comprar um media center pronto tem suas vantagens: todo o hardware e software já vêm integrados, e o máximo de trabalho que você terá será o de desempacotar o brinquedo, plugá-lo à TV e sintonizar os canais. Os modelos comerciais também usam gabinetes especiais, menores e com visual mais adequado à sala de estar, e são montados com componentes projetados para gerar menos calor e fazer menos barulho, para não atrapalhar sua diversão. Mas fazer você mesmo também pode ser interessante: você pode reaproveitar um computador que está encostado ou, se quiser começar do zero e estiver disposto a pesquisar, pode chegar a uma configuração de hardware tão eficiente quanto barata, além de adicionar

opcionais não encontrados no mercado e remover recursos que não vai usar. Dependendo da solução escolhida, o software também pode ser personalizado e ganhar recursos inexistentes no Windows Media Center, como cópia de DVDs para o disco rígido, exibição de notícias, previsão do tempo, download de trailers dos novos filmes em cartaz, rádio via Web, jogos e muito mais. A experiência também pode servir como aprendizado: com certeza, ao final do processo você terá uma compreensão muito melhor de como as coisas funcionam. Pronto para pôr a mão na massa? Agora o UOL Tecnologia vai mostrar o que você precisa para montar seu próprio media center. Listamos o hardware necessário, o software disponível no mercado, onde conseguí-lo, seus prós e contras e dicas e precauções que devem ser seguidas durante a construção e uso. Preparado? Luzes, câmera, ação! 2. REQUISITOS DE HARDWARELista de compras: conheça as peças básicas para montar seu media center Para poder funcionar a contento como um media center, seu PC precisa preencher alguns requisitos de hardware. Felizmente a lista não contém nada muito extravagante, e dependendo da idade do seu micro pode ser que ele já tenha vindo de fábrica com a maioria dos componentes necessários.

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O primeiro item é um processador poderoso o suficiente, ou seja, capaz de fazer rapidamente a conversão do vídeo para gravação no HD e a codificação em MPEG2 para gravação em DVD sem atrapalhar o restante das operações da máquina. Um processador dual-core, como um Pentium D, Intel Core Duo, Intel Core 2 Duo, AMD Turion 64 X2 ou Athlon 64 X2 é fortemente recomendado. Um media center não é particularmente intensivo no consumo de memória, mas certifique-se de ter pelo menos 512 MB (se usa o Windows XP/Linux) ou 1 GB (se usa o Windows Vista) de RAM para evitar problemas. Espaço em disco é, talvez, o item mais importante: acredite, espaço nunca é demais, e discos rígidos custam cada vez menos. Invista no máximo que puder, mas podemos dizer que 120 GB é o mínimo para começar. Pode parecer muito, mas você vai ver como todo este espaço "some" rapidinho à medida em que for ocupado por suas músicas, vídeos e programas de TV favoritos. Sintonia de TV Claro, para sintonizar TV você vai precisar de uma placa sintonizadora de TV. A escolha do modelo depende dos recursos que você quer. Os modelos PCI mais baratinhos, para instalação interna no micro, podem ser encontrados por cerca de R$ 100 na maioria das lojas de informática e dão conta do básico: sintonizam TV e rádio FM, gravam diretamente em MPEG2 (aliviando o trabalho do processador) e vêm com um controle remoto. Alguns modelos um pouco mais sofisticados também gravam em MPEG4, o que resulta em arquivos com a mesma

qualidade de imagem do MPEG2 (as imagens dos DVDs), mas com tamanho menor, ajudando a economizar espaço em disco. Se você não quer abrir o micro ou pretende transformar seu notebook em um media center, vai precisar de um sintonizador externo como o Pinnacle PCTV Pro USB (cerca de R$ 500). Atenção: se você pretende basear seu media center no Linux, fique atento à compatibilidade da placa com o sistema operacional. A melhor aposta são as placas internas baseadas no sintonizador BT848/BT878. Um modelo comum e barato é a PlayTV MPEG2, da PixelView. Em caso de dúvida, procure informações no site do fabricante ou consulte o site do projeto Video4Linux. Vale notar que, até o momento, não existem sintonizadores de TV para PC compatíveis com o Sistema Brasileiro de Televisão Digital, o SBTVD, que entra em operação em São Paulo no dia 2 de dezembro. Todos os modelos no mercado são sintonizadores analógicos, mas você pode conseguir um "upgrade" para digital comprando uma caixinha conversora (a famosa set-top-box) e ligando-a a uma das entradas de vídeo da placa de TV. Você não conseguirá uma imagem em alta definição, mas poderá sintonizar todos os canais digitais disponíveis em sua região. Para substituir o DVD player Voltando à lista, você também vai precisar de uma placa de vídeo com saída para TV, para ligar o micro ao televisor. A maioria das aceleradoras 3D recentes da ATI e Nvidia, mesmo as mais baratinhas, já tem saídas de vídeo

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composto e S-Video, as conexões mais comuns nas TVs no mercado nacional. Alguns modelos high-end da ATI já trazem saída HDMI, que permite a conexão a uma TV de Plasma ou LCD de alta definição. Isso pode ser uma boa pedida se você pretende equipar o micro com um leitor/gravador de discos Blu-Ray ou HD-DVD —se bem que esta é uma opção extremamente salgada atualmente: só o drive sai por cerca de R$ 3.000 por aqui. Mais barato, e suficiente para a maioria das pessoas, é um gravador de DVDs, que pode ser encontrado na maioria das lojas de informática por menos de R$ 200. A única precaução na hora da compra é certificar-se de que ele suporta discos dupla camada, também conhecidos como Dual Layer ou DL. Com discos próprios para isso você poderá gravar até 8,7 GB de dados por disco, contra os 4,3 GB de um DVD gravável de camada única. A maioria dos micros atuais, mesmo os equipados com placas "onboard", tem saída de som em 5.1, portanto você provavelmente não vai precisar se preocupar com isso se quiser "som de cinema" na sua sala. Por fim, se possível equipe seu micro com um leitor de cartões de memória, para facilitar a descarga das fotos diretamente da câmera digital, e se quiser jogar invista em um bom joystick USB. O joystick com fios do XBox 360 não é caro, tem um bom design, é confortável, resistente e há na Internet drivers que permitem usá-lo no Windows, Linux ou Mac OS X.

3. OPÇÕES DE SOFTWARE Além do hardware mínimo para começar a montar uma sala de estar multimídia, você precisará de um software específico —o coração de um media center, que integra todas as tarefas de sintonia de TV, reprodução de vídeo, gravação de DVDs e outras em uma interface fácil de usar, operada com um bom e velho controle remoto. Há várias opções no mercado, das quais citaremos apenas quatro. Você pode escolher o método mais rápido e fácil, com o Windows Vista e Windows Media Center; ou então manter o Windows XP se não tiver medo de "fuçar" (MediaPortal). Mas também há a alternativa baseada em software livre (MythTV) ou uma solução que, além de media center, pode funcionar como casa do futuro (LinuxMCE). Vamos conhecer um pouco mais de cada opção. Windows Media Center Originalmente uma versão especializada do Windows, o Windows Media Center agora é parte das edições Home Premium e Ultimate do Windows Vista. Não é necessário instalar ou configurar nada separadamente, o programa é instalado junto com o sistema operacional e pode ser acessado via ícone no menu Iniciar.

Mais: Windows Media Center em detalhes

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MediaPortal O Media Portal é um programa gratuito, desenvolvido como Software Livre, e uma opção para quem quer montar um Media Center sem abandonar o Windows XP.

Mais: MediaPortal em detalhes MythTV O MythTV é o sistema media center baseado em Linux mais popular no mercado, e usá-lo como base para seu media center tem algumas vantagens. A principal, e mais óbvia delas, é o preço. Uma licença do Windows Vista Home Premium, que já inclui o Windows Media Center, custa perto de R$ 500. Já uma cópia da versão mais recente do Fedora ou Ubuntu mais o MythTV custa zero: ambos podem ser baixados gratuitamente da Internet.

Mais: MythTV em detalhes LinuxMCE Este novato no mundo dos Media Centers também roda sobre o Linux, mais especificamente sobre o Kubuntu, uma distribuição derivada do popular Ubuntu que usa o ambiente gráfico KDE. Longe de ser apenas um media center, ele é uma solução de automação doméstica completa, e com o hardware adequado (módulos de automação doméstica compatíveis com o protocolo X10) pode controlar aparelhos eletrônicos espalhados pela casa.

Mais: LinuxMCE em detalhes

WINDOWS MEDIA CENTER Originalmente uma versão especializada do Windows, o Windows Media Center agora é parte das edições Home Premium e Ultimate do Windows Vista. Não é necessário instalar ou configurar nada separadamente, o programa é instalado junto com o sistema operacional e pode ser acessado via ícone no menu Iniciar. O Windows Media Center oferece tudo o que você pode precisar em um media center básico, inclusive opções de gravação e reprodução de TV ao vivo. Com hardware extra, você pode fazer o computador simular um controle remoto para comandar o decodificador de TV a cabo e agendar gravações sem falhas mesmo estando fora de casa. A programação deste recurso é meio maçante: a maioria dos decodificadores de TV a cabo no mercado nacional não consta na lista do Windows Media Center, e você terá de fazer a programação manual, apertando cada botão do controle remoto várias vezes até o micro aprender os comandos. Infelizmente, o recurso mais interessante do Media Center (e isso também vale para os outros softwares citados) não está disponível no Brasil: o guia eletrônico de programação. Com ele é muito mais fácil agendar gravações: basta apontar e clicar sobre o nome do

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programa na grade de programação e o software faz o resto. Sem isto, é necessário programar a gravação manualmente, com data e horário de início e fim, de forma não muito diferente dos velhos videocassetes. O programa também só reconhece controles remotos específicos para o Windows Media Center, você não vai poder usar o que acompanha sua placa de TV. Se você tem um XBox 360, pode ter um bom motivo para usar o Windows Media Center. Ele pode funcionar como um "Media Center Extender", ou seja, uma "interface" para um servidor media center que pode estar em qualquer outro lugar da casa: a configuração deste recurso é bastante simples, basta colocar o console e o PC na mesma rede, ligar ambos e seguir as instruções na tela do micro. A partir daí, basta acessar a aba Media na interface do XBox 360, ou pressionar o grande botão verde com o logo do Windows no controle remoto do console, para ver na tela da TV todos os seus arquivos armazenados no PC. Desenvolvedor: Microsoft (site oficial) Preço: de R$ 500 (Windows Vista Home Premium) a R$ 860 (Windows Vista Ultimate)

MEDIAPORTALO MediaPortal é um programa gratuito, desenvolvido como Software Livre, e uma opção para quem quer montar um Media Center sem abandonar o Windows XP.

Baixe o MediaPortal

Por padrão ele tem módulos para TV, vídeo, fotos, música, rádio (FM ou via Internet) e previsão do tempo, mas pode ser expandido de acordo com suas necessidades com o uso de um das centenas de plugins encontrados no site oficial, que permitem baixar trailers de filmes da Internet ou transformar o PC em "front-end" para executar seus jogos e emuladores favoritos. Os requisitos de hardware do MediaPortal são menores que os do Windows Media Center, o que permite que você o rode em máquinas menos potentes e reaproveite hardware mais antigo. A aparência do MediaPortal também é personalizável com uma das muitas "skins" encontradas no site, que podem deixá-lo com a cara do Windows Media Center ou transformar o programa em um bicho totalmente diferente. Entre seus recursos estão o suporte a múltiplos formatos de vídeo (incluindo o popular DiVX), download automático de capas e informações sobre o álbum em arquivos MP3, capacidade de gravar qualquer tipo de arquivo (e não apenas programas de TV) em DVDs e um sistema de agendamento de gravações que evita conflitos, coloca o micro em hibernação quando não há atividade e o "acorda" automaticamente quando há uma gravação agendada.

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Também há suporte a múltiplos sintonizadores de TV (para que você possa gravar um programa enquanto assiste outro), e é possível escolher o formato de vídeo usado para o armazenamento dos programas no HD, com várias opções de qualidade. O programa tem até alguns jogos simples embutidos, que podem ser jogados com o controle remoto. Infelizmente, a pouca documentação sobre os vários plugins disponíveis complica a configuração para quem quer fugir dos recursos padrão. Além disso, muitos dos plugins mais legais, como o MyCinematique, que permite ver os filmes em cartaz no cinema e comprar ingressos online sem levantar do sofá, não funcionam no Brasil. Uma pena. Desenvolvedor: Equipe Media Portal (site oficial) Preço: gratuito

MYTHTVMedia center: MythTV é opção com software livre O MythTV é o sistema media center baseado em Linux mais popular no mercado, e usá-lo como base para sua sala de estar multimídia tem algumas vantagens.

Baixe o MythTV para LinuxA principal, e mais óbvia delas, é o preço. Uma licença do Windows Vista Home Premium, que já inclui o Windows Media Center, custa R$ 500. Já uma cópia da versão mais

recente do Fedora ou Ubuntu mais o MythTV custa zero: ambos podem ser baixados gratuitamente da Internet. Outra vantagem é a modularidade: o MythTV pode ser configurado com plugins e temas que o deixam funcionando exatamente do jeito que você quer e podem adicionar recursos que não existem no Windows Media Center, como previsão do tempo, notícias, telefonia via Internet (VoIP) e mais. E, por fim, o sistema é mais leve e exige menos hardware que o Vista, o que evita gastos com upgrade. Claro, é verdade que configurar um sistema com Linux + MythTV não é tão simples quanto configurar um Windows Media Center. Prepare-se para ler documentação, editar arquivos de configuração e perder um tempinho até conseguir fazer as várias peças do quebra-cabeça se encaixarem direito. É por isso que existem distribuições como o KnoppMyth, MythDora e Mythbuntu que automatizam o processo. Distribuídas em um CD, elas incluem um sistema Linux básico e o MythTV pré-configurados: você só precisa definir algumas informações básicas, como data, hora e configuração de rede, criar um usuário e mais tarde, na interface do próprio MythTV, configurar o sintonizador. Na área de recursos, o MythTV não deixa a desejar: é capaz de pausar TV ao vivo (timeshifting), tem um sistema inteligente de agendamento de programas que evita conflitos de gravação, pode ser administrado remotamente via Web, pode controlar seu decodificador

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de TV a cabo usando um acessório chamado IRBlaster, analisa os programas gravados para pular automaticamente os comerciais, tem recurso de reprodução acelerada com ajuste automático do som para evitar distorção e muito mais. Há até plugins para "ripar" DVDs para o HD, facilitando a criação de uma versão "digitalizada" e de rápido acesso de toda a sua videoteca. Outra característica interessante é a divisão interna do programa em duas partes. Isso permite que os usuários mais avançados rodem o back-end, a parte que cuida das gravações, conversão e gerenciamento de arquivos, em um micro mais potente e melhor equipado instalado em um canto qualquer da casa, e rodem apenas a interface gráfica em uma máquina menos potente, mas muito mais silenciosa, ligada à TV da sala. É um conceito parecido com o dos Media Center Extenders no Windows Media Center. Desenvolvimento: Isaac Richards e outros (site oficial) Preço: gratuito

LINUXMCEMedia center: LinuxMCE serve para a casa do futuro Este novato no mundo dos Media Centers também roda sobre o Linux, mais especificamente sobre o Kubuntu, uma distribuição derivada do popular Ubuntu que usa o ambiente gráfico KDE.

Baixe o LinuxMCE

Longe de ser apenas um media center, ele é uma solução de automação doméstica completa, e com o hardware adequado (módulos de automação doméstica compatíveis com o protocolo X10) pode controlar aparelhos eletrônicos espalhados pela casa, a iluminação ambiente, o sistema de segurança e até mesmo o sistema de telefonia, usando a tecnologia VoIP (voz sobre IP,ou telefonia pela Internet), criando uma verdadeira "casa do futuro". A solução de vídeo, que é o que nos interessa, funciona com um conceito similar ao dos Media Center Extenders, porém é mais poderosa. Um PC central funciona como servidor, armazenando vídeo, músicas e cuidando da recepção de TV via cabo, satélite ou sinal aberto. Espalhados pela casa estão PCs mais simples (Thin Clients) chamados "Directors", com os quais o usuário interage para assistir ao conteúdo no servidor. O ponto interessante é a possibilidade de interação entre os directors: sem sair do quarto do casal é possível, por exemplo, mandar o sistema exibir um DVD na TV do quarto das crianças, enquanto a TV do quarto do casal continua exibindo a novela. Também é possível fazer o vídeo "seguir" o usuário pela casa, pulando de director em director com apenas um toque no controle remoto. Com isso, é possível começar a assistir um programa na sala e terminar na cozinha, sem complicação. DVDs podem ser "ripados" com apenas um clique, e

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informações como capa do disco, sinopse e elenco podem ser obtidas automaticamente na Internet e adicionadas à base de dados do programa. Para controlar tudo isso é possível usar o controle remoto que veio com sua placa de TV, um controle do Windows Media Center, o controle próprio do LinuxMCE, que é equipado com um giroscópio e pode interpretar gestos do usuário como comandos, um PDA ou tablet com acesso à Internet (rodando a interface Web) ou até mesmo um celular. As várias opções de interface gráfica se adequam ao dispositivo usado como controle e ao poder de processamento de seu PC: de uma simples série de menus 2D a versões com efeitos em 3D, sombras e transparências. Desenvolvimento: Projeto LinuxMCE (site oficial) Preço: gratuito

Confira 5 dicas práticas para montar sua sala multimídia Agora que você já acertou o hardware e escolheu o software ideal para sua sala de estar multimídia, é hora de botar a mão na massa. Mas antes de pegar sua caixa de ferramentas, atente para cinco pontos que podem

fazer você ganhar tempo e montar um media center matador: 1. Gabinete Ao montar seu media center, atenção ao gabinete: internamente, certifique-se de prover espaço e ventilação adequada para todos os componentes, escolha um bom conjunto de ventilador/dissipador para o processador e instale um bom ventilador no gabinete, para ajudar a remover o ar quente. Gaste um pouco mais e invista em ventiladores silenciosos: modelos com o chamado "rolamento fluido" (fluid bearing) são mais caros que os tradicionais, mas fazem menos barulho. Externamente, tenha cuidado para não bloquear as saídas de ar do gabinete, para evitar o super-aquecimento da máquina. A regra é deixar 20 cm de espaço livre para cada lado do gabinete. Não instale o computador em locais que recebam luz direta do sol durante grande parte do dia, especialmente se você mora nas regiões mais quentes do país. 2. Rede Na hora de decidir como colocar seu novo media center na rede doméstica, dê preferência a uma rede cabeada. Redes sem fio são práticas, mas sujeitas a interferência por outros aparelhos (como microondas e telefones sem fio) que atrapalham seu funcionamento. Além disso, redes cabeadas tem mais banda: até mesmo

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as placas de rede e HUBs mais baratinhos transmitem a 100 Mb/s, o dobro da velocidade de uma rede 802.11g (54 Mb/s) em condições ideais. Isso faz diferença na hora de transmitir conteúdo de um micro para o outro via streaming, especialmente se você quiser brincar com vídeo de alta definição. 3. Dois discos Para maior segurança dos dados armazenados, instale dois discos rígidos de alta capacidade dentro do seu computador e configure-os para trabalhar como um array RAID 1. Nesse modo, um disco é "espelhado" no outro, o que cria um backup automático de todos os dados. Se um dos discos falhar, o outro assume automaticamente a posição e você não perde nada. Pode parecer desperdício: usar dois discos rígidos de 250 GB, por exemplo, em RAID 1, resulta em apenas 250 GB de espaço (contra 500 GB em RAID 0, onde o espaço nos discos é combinado), mas só quem já perdeu arquivos em um crash de disco rígido consegue entender plenamente a importância de um backup. 4. Qualidade da mídia Ao passar as gravações de seus programas favoritos para DVD, fique de olho na qualidade da mídia. Discos DVD-R (ou +R) baratinhos podem ser encontrados em todo canto, mas geralmente são dor de cabeça na certa: quando não dão problema na hora da gravação, apresentam erro de leitura logo em seguida ou com o

tempo amarelam e descascam, e lá se vão os arquivos gravados neles. Prefira marcas mais conhecidas, como Verbatim, Sony, Maxell, Imation e afins. Cuidado com as falsificações, o mercado está cheio de lojinhas que vendem DVDs "Sony" tão legítimos quanto uma nota de R$ 7. Desconfie de preços baixos demais, embalagens diferentes do padrão e discos com impressão ruim (borrada, torta ou desfocada) na face. Na dúvida, consulte o Blank DVD Media Quality Guide (guia de qualidade de mídia DVD virgem) do site DigitalFAQ.com 5. Segurança Se usar o Windows como sistema operacional em seu media center, não se esqueça da segurança! Afinal ele ainda é um PC, tão vulnerável quanto os outros computadores da casa. Um conjunto de aplicativos que engloba anti-vírus, firewall e anti-spyware, como o Kaspersky Internet Security 7 ou Norton 360, ajuda a proteger a máquina e evita que ela se transforme em um "zumbi" em uma rede para envio de spam ou, pior, que você descubra, só na hora de gravar seu seriado predileto, que o sistema está tão infectado com vírus e worms a ponto de ser praticamente inútil. Ou use o Linux, fique protegido desde o primeiro instante e evite gastar com mais software.

MythTV é um poderoso aplicativo que funciona como uma central de entretenimento completa, gerenciando seus vídeos, músicas e mais. Além disso, com o hardware

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certo, pode transformar seu computador num verdadeiro Home Theater! O programa utiliza a tecnologia PVR (Personal Video Recorder), dispositivo que permite gravar a programação da TV em tempo real, permitindo pausar, retroceder e avançar programas "ao vivo", além de agendar gravações e mantê-las no seu HD.

Roda em Gerenciador de janelas do Linux, Gerenciador de janelas do Linux, Ambiente gráfico do Linux

Informações sobre compra

Este software é um GPL (formato código-aberto geralmente gratis) que, por definição, não perderá suas funcionalidades.

TV Digital & MythTV Por Fernando Caprio

Acredito que a maior parte das pessoas já pensem em adquirir uma TV digital, seja LCD ou plasma. Quem não quer assistir pr0n em alta definição? :-) Mesmo que os custos ainda sejam altos, eles tendem a cair cada dia que passa com a fabricação cada vez maior do número de paineis LCD/Plasma.

No Brasil, existe uma tendência de “enganar” as pessoas vendendo TVs 480p como HDTV, o que não é verdade. Para se chamar HDTV a resolução teria de ser 720p/1080i, 1080p, and so on. Os aparelhos que são de fato HDTV infelizmente custam mais caro. Uma televisão

LCD de 32” HDTV 720p é o preço de uma TV de plasma de 42” 480p.

Obtendo o aparelho, fica a questão do conteúdo. Nada adiantaria ter uma TV HDTV para ver Globo/SBT com uma antena externa. A NET, aqui no RS, tem um pacote chamado NET digital. �. ume pena, pois apesar do aparelho receber o conteúdo digitalmente, o aparelho não possui saídas de sinal de vídeo digital. O “box” da net digital, suporta na melhor das hipóteses RGB. Apesar de ter uma saída óptica para áudio digital, não existe saída HDMI/DVI para vídeo digital.

Com tudo isso, o que uma pessoa poderia ver na sua HDTV com qualidade? Out-of-the-box, apenas Xbox360 e o PC. O Xbox360, que recentemente foi anunciado que será vendido no Brasil, possui saída de vídeo e áudio digital. No caso do PC, pode-se utilizar a saída DVI da placa de vídeo para ligar na entrada HDMI do televisor (com um adaptador).

Fica em aberto, no entanto, o acesso ao conteúdo de TV comum (filmes, seriados, etc.). Algumas pessoas estão esperando as transmissões por sinal de TV digital (padrão japonês). Existe alguma outra alternativa?

Existe um software de código aberto sendo desenvolvido ha quase 4 anos, o MythTV. Semelhante ao Windows Media Center e algumas soluções comerciais como o iTV da Apple, o mesmo provê uma solução interessante para quem quiser assistir conteúdo de qualidade na sua TV. O

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mesmo roda sobre o sistema operacional Linux e é gratuito.

Com esse software, pode-se asssitir a filmes (mesmo com legendas), seriados e até mesmo conteúdo de TV (caso o usuário tenha algum sistema de captura - analógico ou digital). O aplicativo permite, por exemplo, que o usuário pause um seriado que está vendo na NET e vá atender a porta. Quando voltar, basta apertar play para continuar de onde parou. O que o MythTV faz, por baixo dos panos, é seguir gravando em formato comprimido o que o usuário estava vendo em tempo real.

E o conteúdo digital? O conteúdo digital pode ser qualquer seriado, filme, etc. que o usuário obtenha da Internet. Baixem seus torrents e basta sentar no sofá, apertar play no controle remoto e usufruir de um conteúdo com áudio e vídeo de fundamento.

Diversos plugins podem ser instalados para ter funções adicionais, tais como ver trailers online, ver vídeos no youtube, previsão do tempo, RSS feeds, etc.

Criando um DVR doméstico – guia do hardware

Em 2001, a última moda era utilizar um PC antigo para compartilhar a conexão, utilizando alguma mini-distribuição Linux, como o Coyote. Na época, ainda não existiam modems ADSL com funções de roteador, de forma que usar um 486 para a tarefa era uma opção tentadora.

Hoje em dia, compartilhar o ADSL é muito mais simples, já que você precisa apenas ativar o compartilhamento no modem. Em compensação, temos agora outro desafio, que é compartilhar a conexão via cabo e usar um PC para gravar os programas da TV.

Seguindo a mesma linha dos meus tutoriais sobre o Coyote, que publiquei em 2001, vou agora mostrar como utilizar um PC antigo (para os padrões atuais) para compartilhar a conexão via cabo, gravar os programas da TV e permitir que você os assista tanto em outros PCs, quanto no seu palm ou pocket PC e também desempenhar outras funções, aproveitando os ciclos livres, como, por exemplo, servir como um fliperama doméstico. :)

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As regras que escolhi para o projeto são simples: agregar o máximo de funções em um único PC e utilizar apenas componentes baratos, permitindo que você aproveite as sobras do upgrade. A configuração não precisa ser necessariamente simples, mas resultado final deve ser fácil de usar.

O primeiro passo é montar o PC que será utilizado. Compartilhar a conexão é uma tarefa simples, que praticamente qualquer PC, por mais antigo que seja pode executar (como no caso dos 486 com o Coyote) mas, para gravar os programas da TV e rodar os games de arcade é necessário um PC um pouco mais parrudo. Considere como mínimo um Athlon ou Duron de 1.0 GHz, com 256 MB de RAM.

No meu caso, estou utilizando um Sempron 2800+, soquete A. A frequência original do processador é 2.0 GHz, mas fiz um underclock leve para 1.2 GHz (reduzindo o FSB de 166 MHz para 100 MHz no Setup) com o objetivo de gastar menos energia. Como o DVR vai ficar ligado 24 horas por dia, qualquer redução significativa no consumo acaba representando uma economia perceptível no final do mês. Só para efeito de exemplo, reduzindo a frequência e a tensão do processador, consegui uma redução de 40 watts no consumo global do equipamento, o que representa uma economia de cerca de 15 reais mensais na conta de luz.

Para poder gravar os programas da TV, você vai precisar também de uma placa de captura. No meu caso estou

utilizando uma PixelView PlayTVpro, uma das placas mais comuns e baratas. Você chega a encontrá-la por menos R$ 100 nos sites de leilão. Você pode utilizar qualquer placa de captura, verifique apenas a compatibilidade com o Linux antes de comprar. Veja meu guia anterior sobre placas de captura compatíveis com o Linux aqui:

http://www.guiadohardware.net/guias/07/index5.php A placa de captura recebe o sinal da TV através do cabo coaxial e é ligada à entrada de audio da placa de som. Como a entrada de audio não é amplificada, o som pode ficar muito baixo; uma opção neste caso é utilizar a entrada do microfone. Como o sinal da TV a cabo analógica é mono de qualquer forma, o uso da entrada do microfone acaba não fazendo muita diferença.

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Usando a placa de captura, você pode usar o próprio micro para assistir TV, utilizando o TVtime ou o Mythtv que veremos mais adiante. Neste caso você pode utilizar um monitor e caixas de som comuns. Se você preferir a própria TV como monitor, vai precisar também de uma placa de vídeo com saída de vídeo e os cabos apropriados. No meu caso estou utilizando um cabo composite, mas se a TV oferecer a entrada para cabo S-Video, seu uso é recomendável, já que resulta em uma qualidade de imagem um pouco melhor. Se possível, recomendo que utilize uma placa da nVidia, pois elas incluem opções de configuração para a saída analógica que vem bem a calhar.

O cabo que liga a saída P2 da placa de som nas entradas RCA da TV é um pouco mais difícil de encontrar. No meu caso improvisei utilizando o cabo de uma câmera da Sony. Embora o cabo fosse destinado a transmitir o sinal de vídeo e audio mono, também funcionou perfeitamente como cabo estéreo. O cabo de vídeo seria originalmente amarelo e o de áudio vermelho, mas no meu caso calhou das cores dos cabos ficarem trocadas :).

Utilizei também um splitter para o cabo da TV, permitindo que a TV recebesse uma extensão do cabo. Isso permite que ela possa ser usada enquanto o micro estiver desligado.

Precisaremos também de uma placa de rede extra (para compartilhar a conexão), um drive de CD ou DVD (opcional, se você quiser usar o micro também como DVD-Player) e HDs com espaço suficiente para guardar os programas gravados, ROMs e outros arquivos que pretenda armazenar no DVR. Como de praxe, uma das placas de rede é ligada ao cable-modem, enquanto a segunda é ligada ao hub da rede local.

Para completar, adicionei também um ponto de acesso. Assim como muitos modelos vendidos atualmente, este modelo da Encore inclui um hub de 5 portas, o que permite centralizar o cabeamento da rede. Este modelo da foto não é exatamente um produto recomendável, pois o alcance é muito ruim, as opções de configuração são limitadas e a qualidade geral é baixa. Os únicos pontos

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positivos são que ele é muito barato e que não pegou fogo ao ser ligado:

Com o micro montado e tudo conectado, o próximo passo é fazer a instalação da distribuição Linux que pretender utilizar. No meu caso estou utilizando o Kurumin 7, já que ele é bem compatível com esta configuração, mas você pode utilizar qualquer distribuição com que tiver familiaridade.

A imagem da TV ao ser usada como monitor é realmente muito ruim, já que ela trabalha com apenas 60 Hz (interlaçados) de refresh e (no PAL-M) apenas 525 linhas de resolução. Na maioria das placas, você pode utilizar resoluções mais altas (até 1024x768), mas a placa de vídeo descarta parte dos pixels ao gerar o sinal para a TV, resultando em uma imagem ainda menos nítida. O ideal é configurar o vídeo para 640x480 ou no máximo 800x600, utilizando neste caso fontes e ícones grandes.

Uma opção é ligar o micro em um monitor externo para fazer a instalação do sistema e configuração inicial e ligá-lo na TV depois que estiver tudo pronto. Outra opção é fazer apenas a instalação do sistema e configuração básica da rede e depois fazer o restante da configuração remotamente, conectando-se via SSH a partir de outro micro da rede.

Usando o Mythtv

O Mythtv é um software relativamente complexo, dividido em dois componentes. O "mythtv-backend" é o componente principal, que acessa a placa de captura e realiza a sintonia dos canais, gravações e outras funções. O "mythfrontend" é a interface gráfica, que se conecta ao mythtv-backend. Normalmente, ambos são executados na mesma máquina, mas existe a possibilidade de instalar apenas o mythtv-backend no servidor e instalar o mythfrontend em outra máquina da rede.

Ambos os componentes utilizam o MySQL para armazenar informações diversas, de forma que ele também precisa esta instalado no servidor.

Instalar o Mythtv não é particularmente difícil, pois os scripts de pós-instalação executados pelos pacotes do Debian e do Ubuntu realizam boa parte da configuração automaticamente, mas ainda assim persiste um certo nível de dificuldade.

No caso do Ubuntu, os pacotes do Mythtv fazem parte dos

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repositórios oficiais, por isso você precisa apenas verificar se as linhas referentes ao repositório "universe" estão descomentadas

Mythbuntu 7.10 - entretenimento com GNU/Linux

Mythbuntu é uma distribuição de GNU/Linux, baseada no Ubuntu, que permite criar um sistema de entretenimento poderoso com pouco esforço. Com o Mythbuntu pode ver filmes, ouvir música, capturar vídeo e até ver televisão.

O lançamento do Mythbuntu 7.10 vem com algumas novidades interessantes. Foi adicionado um novo template para o MythTV, a distribuição pode ser executada através de uma sessão em LiveCD e a configuração do LIRC já pode ser feita através de um interface gráfico. Foi também incluído o BulletProofX, para que o utilizador não tenha que usar o terminal se a placa gráfica não for configurada corretamente.

Se pretende criar um sistema de entretenimento em sua

casa, o Mythbuntu é uma opção a ter em conta. Mas há outras. Que recomenda o leitor?

LinuxMCE Software para automação doméstica. Dentre suas principais funções, trabalha como centro de mídia, agrupando músicas, vídeos e fotos.

Trabalha com rede de PCs, com um computador central funcionando como servidor, armazenando os arquivos e recebendo sinal de TV, por exemplo, e outros aparelhos que exibem o conteúdo em qualquer parte da casa.

Ao iniciar o programa, você coloca seu nome e especifica a região onde está e cadastra os cômodos da casa onde verá as mídias. Vem com manual falado, onde uma mulher o guia pelos passos de configuração e ajuste do soft. A interface é personalizável, é possível usar menus em 2 e 3D, transparências e sombras.

As imagens são exibidas em tela cheia e o menu de opções só aparece quando solicitado. Ele é configurado para ser acionado com apenas três botões do controle remoto. Você vai precisa de um dispositivo compatível com o protocolo X10 para usar o controle remoto. O controle do próprio LinuxMCE é equipado com um giroscópio e interpreta gestos do usuário como comandos (como o controle do videogame Wii).

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Dá para alterar a programação de um ambiente estando em outro, fazer o arquivo ir saltando de um computador para outro, por exemplo, se você quiser mudar de lugar e deixar de ver o vídeo no PC e passar para a TV da sala. Ele ainda copia DVDs e busca informações de filmes e músicas na Internet.

Ele pode também controlar aparelhos eletrônicos, iluminação, segurança e telefonia via VoIP. Veja vídeo de demonstração (em inglês).

No link de download, baixe e rode as duas imagens de CDs.

Requisitos do sistema Kubuntu

Pontos positivos

Você pode ter a casa do futuro com esse programa, que permite que você controle várias funções com controle remoto e direto do computador. Assim, seus arquivos ficam organizados e as tarefas mais fáceis

Pontos negativos

Versão apenas em inglês