tundra, campo, deserto, florestas boreal, temperada e tropical
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UNIVERSIDADE DE CUIABÁ – UNIC
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
CAMPUS NOVA OLÍMPIA
ANA CAROLINA SILVA VILHENA
ELCYANNA BATISTA FEU
BIOMAS TERRESTRES
NOVA OLÍMPIA/MT
2011
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................02
2 BIOMAS TERRESTRES......................................................................................................04
2.1 TUNDRA............................................................................................................04
2.2 FLORESTA BOREAL........................................................................................06
2.3 FLORESTA TEMPERADA................................................................................08
2.4 FLORESTA TROPICAL....................................................................................11
2.5 CAMPO.............................................................................................................13
2.6 DESERTO.........................................................................................................14
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................17
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................18
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1 INTRODUÇÃO
Biomas são um conjunto de diferentes ecossistemas, que possuem certo
nível de homogeneidade. São as comunidades biológicas, ou seja, as populações de
organismos da fauna e da flora interagindo entre si e interagindo também com o
ambiente físico chamado biótopo.
O termo "Bioma" (bios, vida, e oma, massa ou grupo) foi utilizado pela
primeira vez em 1943 por Frederic Edward Clements definindo-o como uma unidade
biológica ou espaço geográfico cujas características específicas são definidas pelo
macroclima, a fitofisionomia, o solo e a altitude. Podem, em alguns casos, serem
caracterizados de acordo com a existência ou não de fogo natural. Com o passar
dos anos, a definição do que é um bioma passou a variar de autor para autor.
Classificação dos Ambientes
Existem três tipos de biociclos: epinociclo, talassociclo e limnociclo.
Epinociclo
O epinociclo é o biociclo terrestre. É o conjunto dos seres vivos que vivem sobre
terra firme e apresenta quatro biócoros bem distintos: as florestas, as savanas, os
campos e os desertos.
A biócora floresta aparece em diversos biomas diferentes, exemplos:
Bioma da Floresta Amazônica;
Bioma da Mata Atlântica;
Bioma da Taiga.
Alguns exemplos de biomas que apresentam a biócora savana:
Bioma Cerrado a savana do centro-oeste brasileiro;
Bioma Caatinga a savana seca do nordeste brasileiro;
Bioma Pantanal a savana alagada do centro-oeste brasileiro;
Bioma Serengueti nas savanas da África.
Alguns exemplos de biomas que apresentam o biócoro campo:
Bioma Pampas gaúcho no sul do Brasil;
Bioma pradarias;
Bioma estepes.
Alguns exemplos de biomas que apresentam o biócoro deserto:
Bioma Deserto do Saara;
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Bioma Deserto da Líbia;
Bioma Deserto da Arábia;
Bioma Deserto de Calaári.
Talassociclo
O talassociclo é o biociclo marinho. É o conjunto dos seres vivos que vivem em água
salgada representados pelo plâncton, nécton e benton. O plâncton são seres
microscópicos, tanto como o fitoplâncton quanto o zooplâncton; o nécton são os
seres vivos macroscópicos que nadam livremente como, por exemplo, os peixes, os
golfinhos etc. O benton são os seres vivos que passam a maior parte do tempo
parados afixados nas rochas ou enterrados na areia do fundo dos mares e oceanos
como, por exemplo, corais, ostras, mariscos etc. O talassociclo apresenta três
biócoros distintos:
Biócoro da zona nerítica, que vai da superfície a até 200 metros de
profundidade;
Exemplo: Bioma nerítico do arquipélago de Fernando de Noronha.
Biócoro da zona batial, que vai de 200 a até 2000 metros de profundidade;
Exemplo: Bioma batial do arquipélago de Fernando de Noronha.
Biócoro da zona abissal, que vai de 2000 a até o fundo do oceano em
profundidades que variam em torno de 11.000 metros abaixo da superfície dos
oceanos;
Exemplo: Bioma abissal do arquipélago de Fernando de Noronha.
Limnociclo
O limnociclo é o biociclo dulcícola, ou seja, é o conjunto dos seres vivos que vivem
em água doce e apresenta dois biócoros distintos:
O biócoro das águas lênticas: Águas lênticas são águas paradas como
pântanos, brejos, poças d’ água e lagoas de água doce e parada; exemplo bioma da
Lagoa da Conceição, na Ilha de Santa Catarina, bioma da lagoa da Messejana etc.
O biócoro das águas lóticas: Águas lóticas são águas correntes como riachos,
ribeirões, rios e lagos de água doce e corrente; exemplo 'bioma do Rio Amazonas,
bioma do Rio Tietê etc.
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2 BIOMAS TERRESTRES
2.1 TUNDRA
O termo Tundra deriva da palavra finlandesa Tunturia, que significa planície
sem árvores.
É o bioma mais frio da Terra. Alguns cientistas consideram existir dois tipos
de tundras: Tundra Ártica e Tundra Alpina. Tendo como principal diferença a
razão pela qual são tão frias. No entanto são muito parecidas.
A Tundra Ártica surge a sul da região dos gelos polares do Ártico e estende-
se pela Escandinávia, Sibéria, Alasca, Canadá e Groelândia. Situada próximo do
pólo norte, recebe pouca luz e pouca chuva, apresentando um clima polar, frio e
seco.
O solo da tundra é chamado de permafrost, que em uma tradução literal
significa “sempre congelado”, e é justamente essa característica que dá a tundra
suas feições naturais. O permafrost é um solo típico das regiões antárticas composto
por terra, pedras e gelo. Sua profundidade pode alcançar até mais de 1 metro e ele
é totalmente impermeável. O solo permanece gelado e coberto de neve durante a
maior parte do ano.
Apresenta invernos muito longos, com uma duração do dia muito curta não
excedendo a temperatura os -6ºC. Durante as longas horas de escuridão a neve que
vai caindo acumula-se, devido aos fortes ventos, nas regiões mais baixas, obrigando
os animais a permanecerem junto ao solo e apenas a procurar comida para se
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manterem quentes. As quantidades de precipitação são muito pequenas, entre 15 e
25 cm, incluindo a neve derretida. Apesar de a precipitação ser pequena, a Tundra
apresenta um aspecto úmido e encharcado, em virtude da evaporação ser muito
lenta e da fraca drenagem do solo.
No Verão, que tem a duração de aproximadamente 2 meses, em que a
duração do dia é cerca de 24 h e a temperatura não excede os 10 ºC, a camada
superficial do solo descongela, mas a água não consegue infiltrar pelas camadas
inferiores se encontrarem geladas, forma-se então charcos e pequenos pântanos. A
duração do dia é muito longa e ocorre uma explosão de vida vegetal, o que permite
que animais herbívoros sobrevivam - bois almiscarados, lebres árticas, renas e
lemingues. Estes por sua vez constituem o alimento de outros animais, carnívoros,
como os arminhos, raposas árticas e lobos. Existem também algumas aves como a
perdiz-das-neves e a coruja-das-neves.
A vegetação predominante é composta de líquenes, musgos, ervas e
arbustos baixos, devido às condições climáticas que impedem que as plantas
cresçam em altura. As plantas com raízes longas não se podem desenvolver, pois o
subsolo permanece gelado. Por outro lado, como as temperaturas são muito baixas,
a matéria orgânica decompõe-se muito lentamente e o crescimento da vegetação é
lento.
Uma adaptação que as plantas destas regiões desenvolveram é o
crescimento em maciços, o que as ajuda a evitar o ar frio. Apesar das condições
inóspitas, existe uma grande variedade de plantas que vivem na Tundra Ártica.
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A maioria dos animais, sobretudo aves e mamíferos, apenas utilizam a Tundra no
curto Verão, migrando, no Inverno, para regiões mais quentes. Os animais que ali
vivem permanentemente, como os ursos polares, bois almiscarados e lobos árticos,
desenvolveram as suas próprias adaptações para resistir aos longos e frios meses
de Inverno, como um pêlo espesso, camadas de gordura sob a pele e a hibernação.
Os répteis e anfíbios são poucos ou encontram-se completamente ausentes devido
às temperaturas serem muito baixas.
Já na Tundra Alpina encontra-se em vários países e situa-se no topo das
altas montanhas, com altitudes excessivas é muito fria e ventosa e não tem árvores.
Embora as temperaturas médias costumem ser muito baixas, o subsolo não fica
congelado o ano inteiro. O solo apresenta uma boa drenagem e não apresenta
permafrost. Quanto à vegetação predominam pequenos arbustos e plantas
herbáceas, exceto nos cumes mais altos, onde se desenvolvem somente musgos e
liquens. Encontram-se animais como as cabras da montanha, alces, pequenos
roedores, insetos.
2.2 FLORESTA BOREAL
Também conhecida como Floresta de Coníferas ou floresta de Taiga é um
tipo de floresta tipicamente do hemisfério norte do planeta, em regiões aonde a
temperatura chega a -54ºC e raramente passa dos 21ºC. Abrange a Ásia, América
do Norte e Europa e está limitada ao norte com a Tundra, e ao sul com a Floresta
Temperada.
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O clima é subártico, com ventos fortes e gelados durante o ano todo. Estas
florestas são frias e recebem pouca precipitação, 40-100 cm anualmente. As
estações do ano são duas, Inverno que é muito frio longo e seco havendo
precipitação sob a forma de neve e os dias são pequenos e Verão, que é muito curto
e úmido e os dias são longos.
O solo é fino, pobre em nutrientes e cobre-se de folhas e agulhas caídas das
árvores tornando-se ácido e impedindo o desenvolvimento de outras plantas. As
florestas boreais demoram muito tempo a crescer e há pouca vegetação rasteira.
Aparecem, no entanto, musgos, líquenes e alguns arbustos. As árvores demonstram
a existência de adaptações ao meio. Sendo de folha persistente, conservam, quando
a temperatura baixa, a energia necessária à produção de novas folhas e assim que
a luz solar aumenta, podem começar de imediato a realizar a fotossíntese. Embora
haja precipitação, o solo gela durante os meses de Inverno e as raízes das plantas
não conseguem água. A adaptação das folhas à forma de agulhas limita, então, a
perda de água, por transpiração. Também a forma cônica das árvores contribui para
evitar a acumulação da neve e a subsequente destruição de ramos e folhas.
Os animais aqui existentes são alces, renas, veados, ursos, lobos, raposas,
esquilos, morcegos, coelhos, lebres e aves diversas como, por exemplo, pica-paus e
falcões. Os charcos e pântanos que surgem no Verão constituem um ótimo local
para a procriação de uma grande variedade de insetos. Muitas aves migradoras vêm
até à floresta para nidificar e alimentar-se desses insetos. Tal como na tundra, não
aparecem répteis devido ao grande frio.
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Muitos animais,
sobretudo aves, migram para climas mais quentes assim que a temperatura começa
a baixar. Outros ficam, encontrando-se adaptados através das penas, pêlos e peles
espessas que os protegem do frio. Por vezes adaptam-se à mudança de estação
através da mudança de cor das suas penas ou pêlos. Que muito das vezes ajuda o
animal a camuflar-se e a proteger-se dos seus predadores.
2.3 FLORESTA TEMPERADA
Típico de certas regiões da Europa e do leste da América do Norte, Japão,
Austrália e extremidades da América do Sul onde o clima é temperado e as quatro
estações do ano são bem delimitadas. Também conhecida como floresta decídua
temperada, ou ainda, floresta caducifólia, por causa da queda das suas folhas no
período do Inverno, Situa-se, abaixo da floresta boreal.
As temperaturas médias anuais são moderadas, embora a temperatura média
vá cariando ao longo do ano. Os índices pluviométricos atingem médias entre 75 a
100 centímetros por ano. A energia solar que vai incidindo nas regiões de florestas
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temperadas é maior do que, por exemplo, nas tundras, e consegue atingir mais
facilmente o solo, pois existem espaços maiores entre a copa das árvores do que,
nas florestas tropicais.
Abaixo da camada rasteira encontra-se o solo da floresta, O solo destas
florestas é muito rico em nutrientes devido, sobretudo, ao processo natural de
decomposição das folhas que vai enriquecendo o solo em nutrientes. A acumulação
de matéria orgânica dá-se, sobretudo nos primeiros horizontes do solo, que
possuem, por isso, uma cor mais escura.
As raízes das plantas penetram o solo alguns metros e adicionam matéria
orgânica quando morrem. Os espaços deixados pelas raízes mortas e pelos fungos,
pelas minhocas e outros animais pequenos, fazem do solo uma esponja, que
conserva água e minerais. A terra que já foi coberta de floresta temperada é então
muito boa para a agricultura.
A vegetação das florestas temperadas é variada, desde as coníferas e
árvores com folhas largas caducas, como as de folhas largas que se mantêm verdes
todo o ano, típicas da Flórida e Sul da Nova Zelândia. Há vários tipos de florestas
temperadas, mas as árvores de folha caduca são predominantes, embora
apresentem também árvores de folha persistente, cujas folhas se encontram
transformadas em agulhas.
A vegetação apresenta variações sazonais e o seu crescimento ocorre,
sobretudo, na Primavera e no Verão.
Embora predominem as árvores, existem também arbustos e plantas
herbáceas.
A cobertura vegetal pode apresentar até quatro estratos, desde grandes
árvores até plantas rasteiras.
Nas florestas temperadas chega a haver quatro camadas de vegetação:
Uma camada de árvores, cujas copas formam uma cobertura contínua, com
cerca de 8 metros a 30 metros de altura;
Uma camada de arbustos, com cerca de 5 metros;
A camada de capins e outras plantas herbáceas (não lenhosas), que florescem
tipicamente na primavera antes das árvores refazerem as frondes (copa);
A camada rasteira, que consiste de musgos e hepáticas, cobertas por uma
camada de folhas caídas.
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Em relação a fauna, a floresta abriga várias espécies de mamíferos, entre eles os
veados, javalis, raposas, leões da montanha e doninhas, além de pequenos
mamíferos arborícolas (que vivem nas árvores) como esquilos e arganazes. As aves
também estão presentes nessa floresta, como as corujas, muitos insetos, répteis e
aves diversas, Aparecem ainda muitos invertebrados
Exceto no inverno, a floresta é um lugar barulhento, na primavera as aves
anunciam seus territórios, os esquilos tagarelam e gritam e as rãs e os insetos
fazem o coro nas noites de verão. Quando chega o outono, o silêncio começa a
invadir a floresta. Geralmente, mais de 75% das aves emigram, as demais
abandonam seus territórios e se reúnem em bandos, à procura de abrigo em
florestas ou nos vales dos rios.
Os mamíferos se protegem do frio em troncos ocos. Os morcegos hibernam. Os
ursos que adquiriram gordura durante todo o verão mantêm a temperatura do corpo.
A maioria dos insetos e de outros invertebrados abandona as árvores e arbustos e
migra para o solo. Muitas espécies sobrevivem somente em forma de ovos ou outros
estágios imaturos, ou ainda como organismos dormentes ou semidormentes, para
emergir na primavera, quando a vida volta à floresta.
Mesmo que as florestas temperadas não apresentam uma biodiversidade a se
comparar com as florestas tropicais, são encontradas espécies únicas de fauna e
flora.
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2.4 FLORESTA TROPICAL
As florestas tropicais também conhecidas como florestas fluviais abrigam uma
das maiores biodiversidades do mundo. Encontramos este tipo de floresta em
regiões situadas, em sua grande maioria, na faixa entre os trópicos. A maior
incidência de florestas tropicais ocorre nas seguintes regiões: África (bacia do rio
Congo e Libéria), América Central, América do Sul (Floresta Amazônica e Mata
Atlântica), Ásia (Vietnã, Laos, Camboja e Tailândia) e regiões da Oceania (Nova
Guiné, Bornéo e costa norte da Austrália). Somando-se todas estas áreas temos
aproximadamente 17 milhões de km² de florestas tropicais, isto significa que 20%
das terras do planeta ainda estão com razoável cobertura vegetal, apesar das
tentativas dos seres humanos em destruí-las.
Bromélias e Tucanos são alguns exemplos de flora e fauna de uma floresta tropical.
Suas principais características são:
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- Biodiversidade riquíssima com grande quantidade de espécies vegetais e animais.
Muitas destas espécies são ainda desconhecidas do ser humano.
- Solo com cobertura de húmus (de 30 a 50 cm), proveniente da decomposição de
folhas, frutos, fezes e cadáveres de animais mortos. Os solos das florestas tropicais
são geralmente pouco férteis. Muitos são constituídos de argila vermelha, esses
solos são chamados lateritas. Quando o solo laterítico é desmatado, sofre erosão
rápida ou forma crostas espessas, impenetráveis que não podem ser cultivadas
depois de uma ou duas estações. De regra, os solos são deficientes em minerais. A
maior parte de nitrogênio, fósforo, cálcio e de outros nutrientes que ao invés de
ficarem no solo, fixam-se nas plantas. Devido a deficiência desses nutrientes os
solos das florestas tropicais são pobres para a agricultura.
- Grande presença de sombra, pois as árvores encontram-se muito próximas umas
das outras. Estas árvores possuem, em média, de 30 a 50 metros de altura.
- Umidade elevada em função do alto índice pluviométrico (média de 1300 mm de
chuvas por ano);
- Calor quase o ano todo, com temperaturas médias anuais de 20° C.
Algumas curiosidades sobre as florestas tropicais
- Mamíferos típicos de florestas tropicais: mico-leão-dourado, orangotango, macaco-
aranha, onça-pintada, capivara, lontra (ariranha), porco do mato (cateto), paca,
tamanduá-bandeira.
- Insetos típicos de florestas tropicais: gafanhoto, borboleta, mosca-dragão,
besouros, grilo.
- Pássaros típicos de florestas tropicais: papagaio, cegonha, arara, pica-pau, tucano,
pombo, pavão, mutum-preto, garça.
- O uso de plantas para se produzir remédios, matérias-primas para a produção de
vestimentas, corantes, essências de perfumes; insumos para a indústria alimentícia
ou ainda o corte de árvores feitos de maneira incorreta, trazem prejuizos para esse
bioma
- Comemora-se em 17 de julho o Dia de Proteção às Florestas.
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2.5 CAMPOS
Localização: cerrado do Brasil, Pampas da América do Sul.
Fauna: Varia em cada região, por exemplo, nas savanas há mamíferos de grande
porte como leões, elefantes e no cerrado há o veado, lobo-guará
Flora
Vegetação pouco exuberante, composta por arbustos e grama e poucas árvores
espaçadas.
No Brasil encontra-se esse tipo de bioma em dois lugares distintos: os
campos de terra firme (savanas de gramíneas baixas) são característicos do norte
da Amazônia, Roraima, Pará, Ilha do Bananal e Ilha de Marajó, enquanto os campos
limpos (estepes úmidas) são típicos da Região Sul.
Os campos sulinos, conhecidos como pampas ou pradarias, abrangem o
centro-sul do estado do Rio Grande do Sul, que apresenta clima subtropical, com
verão muito quente e inverno rigoroso.
Sua biodiversidade animal é bastante típica, mas não muito rica, pois é
formada basicamente por roedores, felinos e aves.
Muitas áreas desse bioma já foram descaracterizadas pela ação humana, devido à
pecuária extensiva (que desgasta o solo), ao plantio de soja e trigo (que diminui a
fertilidade do solo) e aos desmatamentos e queimadas irregulares (que causam
erosão, perda de matéria orgânica e desertificação).
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Quadro com exemplos da fauna e flora dos campos brasileiros:
Arvores Nativas Animais do Bioma
Cabreúva Arara-Azul
Canafístula Cachorro Vinagre
Açoita-Cavalo Capivara
Cedro Cateto
Tarumã Ema
Erva-Mate Jaguatirica
Tamboriu Urubu
Jabuticabeira Raposa do Campo
2.6 DESERTO
Deserto, em geografia, é uma região que recebe pouca precipitação
pluviométrica. Como consequência, os desertos têm a reputação de serem capazes
de sustentar pouca vida. Comparando-se com regiões mais úmidas isto pode ser
verdade, porém, examinando-se mais detalhadamente, os desertos frequentemente
abrigam uma riqueza de vida que normalmente permanece escondida
(especialmente durante o dia) para conservar umidade. Aproximadamente 20% da
superfície continental da Terra são desérticos.
As paisagens desérticas têm alguns elementos em comum. O solo do deserto
é principalmente composto de areia, e dunas podem estar presentes. Paisagens de
solo rochoso são típicas, e refletem o reduzido desenvolvimento do solo e a
escassez de vegetação. As terras baixas podem ser planícies cobertas com sal. Os
processos de erosão eólica (isto é, provocados pelo vento) são importantes fatores
na formação de paisagens desérticas.
Os desertos algumas vezes contêm depósitos minerais valiosos que foram
formados no ambiente árido ou que foram expostos pela erosão. Por serem locais
secos, os desertos são locais ideais para a preservação de artefatos humanos e
fósseis. Sua vegetação é constituída por gramíneas e pequenos arbustos, é rala e
espaçada, ocupando apenas lugares em que a pouca água existente pode se
acumular (fendas do solo ou debaixo das rochas). As maiores regiões desérticas do
globo situam-se na África (deserto do Saara) e na Ásia (deserto de Gobi).
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Desertos não existiram sempre na superfície da Terra. Pelo menos a maior
parte deles foi formulada como conseqüência da ação do homem. Na época em que
o império romano dominava o mundo ocidental, a cerca de dois mil anos, o Saara
era coberto de vegetação semelhante à das savanas e campos cerrados de hoje.
Rebanhos de ovelhas pastavam no meio dos arbustos e ervas que aí vicejavam em
abundancia. Os próprios carneiros foram, em parte, responsáveis pela
transformação, pela sua forma típica de pastar arrancando a vegetação ao invés de
cortá-la, mas a principal responsabilidade de desertificação cabe diretamente ao
homem, por causa do hábito que tem, ainda hoje, de queimar a vegetação a fim de
cultivar ou fazer outras utilizações do solo. A medida em que o homem foi
queimando as matas ou utilizando os prados como pastagem, o solo, sem sua
cobertura vegetal, começou a sofrer os danos causados pela erosão. As chuvas
arrastam para o fundo dos vales o manto de terra fértil superficial e o deserto
progride. Com essa rápida transformação das matas em desertos, os animais fogem
da região ou adaptam-se às novas condições.
Vivem no deserto, animais de hábitos alimentares muito especiais, como por
exemplo, pássaros e mamíferos que se alimentam de cactos, de sementes ou de
outros animais aí abundantes como insetos, aranhas e lagartos. Principalmente
aqueles que cavam tocas no solo, conseguindo um ambiente úmido, como algumas
espécies de ratos ou os que enterram seus ovos, como os gafanhotos ou , ainda, os
que suportam altas temperaturas e protegem a prole, como os escorpiões. Plantas
que, como os cactos e outras de aspecto semelhante, armazenam grande
quantidade de água e animais que, como o camaleão, não consomem muita água
(por suportarem grandes variações de temperatura interna) bastando-lhes a que
encontram nas próprias plantas que comem. Todos esses seres adaptados às
condições áridas do deserto formam uma comunidade equilibrada e completa em si
mesma.
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Foto: Deserto do Atacama - Chile
Principais desertos:
Deserto do Saara
Deserto da Arábia
Deserto de Kalahari
Deserto de Mojave
Deserto de Sonora
Deserto da Líbia
Deserto do Atacama
Deserto de Nazca
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos que o nosso planeta é rico em ecossistemas que formam os mais diversos
tipos de florestas. Tendo cada uma suas particularidades em relação a clima, solo,
vegetação e animais, tornando possível o desenvolvimento de variadas espécies,
cada uma com seu nicho ecológico.
Apesar de toda essa diversidade muitas florestas estão se tornando escassas
devido à poluição e degradação provocada principalmente pelo ser humano, com o
passar dos anos chegaremos a situações que veremos que, onde encontramos hoje
uma das maiores florestas num futuro próximo poderemos encontrar um deserto
mudando completamente a vida dos seres ali existentes e muitos serão levados a
extinção podendo ainda algumas espécies nem terem sido descobertas.
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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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