trocadores de calor - professor paul

Upload: gaiashow

Post on 07-Apr-2018

232 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 8/6/2019 Trocadores de Calor - Professor Paul

    1/31

    Universidade Federal do ParanDepartamento de Engenharia Qumica

    TPICOS DOS CONHECIMENTOS BSICOSNO ESTUDODE TROCADORES DE CALOR

    ..

    Capa: http://www.apv.com/us/eng/products/heatexchangers/Heat+exchangers.htm

    Prof. Paul Fernand Milcent

    Primeira edio: Segundo semestre de 2007.Primeira tiragem: 70 exemplares.

  • 8/6/2019 Trocadores de Calor - Professor Paul

    2/31

    SUMRIO

    DETERMINAO DO COEFICIENTE GLOBAL 01Transferncia de calor por conduo 02Transferncia de calor por conveco 04Deduo do coeficiente global de transferncia de calor para tubo 04Deduo do coeficiente global de transferncia de calor para parede plana 06Coeficiente global de transferncia de calor para parede plana bimetlica 07Fator de incrustao (fouling) 07Deduo do coeficiente global de transferncia de calor para parede plana

    com sujeira em ambas as faces1 08Magnitude do coeficiente de transferncia e sua influncia no coeficienteglobal 09Exemplo A 09Exemplo B 10Superfcies estendidas 10Deduo do coeficiente global de troca trmica para trocadores comsuperfcies estendidas. 10Expresso do coeficiente global de troca trmica para uma superfcie tubular

    aletada em ambas as faces 13Deduo do coeficiente global de troca trmica para trocadores de caloraletados e incrustados em ambas as faces das paredes; superfcie tubular. 13Considerao final 15Exerccio C 16

    DIFERENA DE TEMPERATURA REPRESENTATIVA EMESCOAMENTOS EM PARALELO OU EM CONTRACORRENTE PUROSPerfis de temperatura 17

    Perfis de temperatura para escoamento em paralelo e contracorrente puros 19Diferena de temperatura representativa para escoamento em paralelo 20Exerccio D 24Consideraes adicionais 26Exerccio E 27Casos especiais 27

    1A natureza nos d a capacidade de sermos virtuosos. Tal capacidade seaperfeioa pelo hbito.

  • 8/6/2019 Trocadores de Calor - Professor Paul

    3/31

    Tpicos dos conhecimentos bsicos no estudo de trocadores de calor

    DETERMINAO DO COEFICIENTEGLOBAL2

    Nos trocadores de calor convencionais, uma parede separa dois fluidos. Em taiscasos temos transferncia de calor por conveco nos dois lados da parede etransferncia de calor por conduo pelo seu interior.Esquematizemos um trecho de parede de um trocador, considerando que a regiomais quente a regio interna:

    Na figura acima chamamos:

    q = taxa de transferncia de calorT = temperaturaA = rea da face

    Os ndices empregados significam:

    i = internoe = externok = conduo pela parede

    b = bulk, no seio do fluido

    2Toda arte e toda investigao, bem como toda ao e toda escolha, visam a umbem qualquer; e por isso foi dito, no sem razo, que o bem aquilo a que ascoisas tendem.

    3

    qk

    TiTib

    i

    qe

    Teb

    Te

    Ai

    Ae

    condu oconvecointerno

    convecoexterno

  • 8/6/2019 Trocadores de Calor - Professor Paul

    4/31

    Tpicos dos conhecimentos bsicos no estudo de trocadores de calor

    Quando temos mais de uma etapa de transferncia de calor envolvida, instrumento facilitador dos clculos empregar-se um coeficiente de transfernciadito global ou integral. A frmula que permite calcular tal coeficiente varia com as

    caractersticas do problema envolvido, porm a equao deduzida de modo quesempre seja verdadeira a expresso:

    TAUqTOTAL =

    Onde:

    qTOTAL = calor total transferidoU = coeficiente global de transferncia de calor, tal como definido

    A = rea de troca de referncia, empregada na deduo de UT = diferena de temperatura representativa entre o fluido quente e o fluido frio

    A forma da expresso do coeficiente global depende da forma das expresses dastaxas de transferncia para cada um dos mecanismos envolvidos.

    Transferncia de calor por conduo3

    Consideremos que: a transferncia de calor se d por um tubo; unidirecional pelo

    raio; regime permanente; sem gerao de calor na parede. Sob tais condies seemprega a lei de Fourier:

    dr

    dTkAqk =

    Onde

    qk = taxa de transferncia de calor por conduok = um coeficiente de transferncia por conduo (condutividade trmica)r = raio do tubo

    Observe que a transferncia de calor ocorre da regio de maior temperatura para ade menos temperatura. Desta forma, dT negativo. Observe tambm que a reanormal ao sentido do escoamento de calor depende do raio.

    3Se h somente um fim absoluto, ser esse o que estamos procurando; e se h maisde um, o mais absoluto de todos ser o que estamos buscando.

    4

  • 8/6/2019 Trocadores de Calor - Professor Paul

    5/31

    ri

    re

    Tpicos dos conhecimentos bsicos no estudo de trocadores de calor

    Efetuando a simplificao de que a condutividade trmica constante com atemperatura, podemos encontrar a expresso finita da taxa de transferncia de calor

    por conduo atravs de um tubo.

    dr

    dTrLkqk )2( =

    Onde L o comprimento total do tubo4

    =e

    i

    e

    i

    k dTLkr

    drq 2

    ( )TiTeLkri

    reqk =

    2ln

    ( )rireTiTeLkqk

    ln

    )(2

    4Chamamos de absoluto e incondicional aquilo que sempre desejvel em simesmo e nunca no interesse de outra coisa.

    5

  • 8/6/2019 Trocadores de Calor - Professor Paul

    6/31

    Tpicos dos conhecimentos bsicos no estudo de trocadores de calor

    Transferncia de calor por conveco

    O coeficiente de transferncia de calor por conveco definido de modo que a

    expresso abaixo seja verdadeira:

    ThAqCONVECO =

    Onde

    qCONVECO = taxa de transferncia de calor por convecoh = coeficiente de transferncia de calor por conveco

    Desta forma, para cada uma das faces, as expresses so:

    )( iibiii TTAhq =

    )( ebeeee TTAhq =

    O sinal das expresses trocado caso o calor siga sentido inverso.

    Deduo do coeficiente global de transferncia de calor para tubo5

    A diferena de temperatura total entre o fluido quente e o frio igual a somatriadas diferenas de temperatura em cada setor do sistema considerado:

    = PARCIAISTOTAL TT

    Assim

    )()()( TebTeTeTiTiTibTTOTAL ++=

    J vimos tambm que

    JJ

    TOTALTOTAL UA

    qT =

    5A finalidade da vida poltica o melhor dos fins e o principal empenho dapoltica fazer com que os cidados sejam bons e capazes de nobres aes.

    6

  • 8/6/2019 Trocadores de Calor - Professor Paul

    7/31

    Tpicos dos conhecimentos bsicos no estudo de trocadores de calor

    Onde:

    UJ = coeficiente global de troca trmica empregando uma dada rea de referncia

    AJ = rea de refernciaAssociando estas duas ltimas equaes com aquelas das transferncias de calor

    por conduo e conveco, obtemos:6

    )heAe

    qe

    Lkri

    reqk

    hiAi

    qi

    UA

    qT

    JJ

    TOTALTOTAL ++==

    2

    ln

    Mas o regime permanente. No h acmulo de calor em nenhum setor do sistemaconsiderado. Desta forma, a taxa de transferncia de calor a mesma em cada setore igual a taxa global de transferncia. Simplificando portanto temos:

    )heAeLk

    rire

    hiAiUA JJ

    1

    2

    ln11++=

    Em geral, a rea adotada como referncia a rea externa dos tubos

    LrAeA eJ 2==

    A expresso do coeficiente global de transferncia de calor ento se torna:

    ( )Lrh

    Lr

    Lkri

    reLr

    Lrh

    Lr

    U ee

    ee

    ii

    e

    e

    2

    2

    2

    ln2

    2

    21++=

    ( )e

    e

    ii

    e

    e hkri

    rer

    rh

    r

    U

    1ln1++=

    Deduo do coeficiente global de transferncia de calor para parede plana7

    6Parece que o homem verdadeiramente poltico aquele que estudou a virtude

    acima de todas as coisas, visto que ele deseja tornar os cidados, homens bons eobedientes s leis.7Tornamo-nos virtuosos praticando a virtude.

    7

  • 8/6/2019 Trocadores de Calor - Professor Paul

    8/31

    Tpicos dos conhecimentos bsicos no estudo de trocadores de calor

    Para a expresso da taxa de transferncia de calor por conduo, partimos da lei deFourier:

    dx

    dTkAqk =

    Onde x a espessura da parede

    Numa parede plana no aletada, a rea de transferncia uma constante. A rea detransferncia interna igual a rea de transferncia externa. A equao acimaquando integrada, assume a forma:

    x

    TiTekAqk

    )( =

    As expresses para a transferncia de calor por conveco permanecem as mesmas.

    )( iibii TTAhq =

    )( ebeee TTAhq =

    A metodologia da deduo igualmente no se altera.

    )()()( TebTeTeTiTiTibTTOTAL ++=

    heA

    qe

    kA

    xq

    hiA

    qi

    AU

    q kTOTAL ++=

    hek

    x

    hiU

    111++=

    Coeficiente global de transferncia de calor para parede plana bimetlica8

    8Os legisladores tornam bons os cidados por meio de hbitos que lhes incutem.

    8

  • 8/6/2019 Trocadores de Calor - Professor Paul

    9/31

    Tpicos dos conhecimentos bsicos no estudo de trocadores de calor

    Normalmente a parede de um trocador de calor constituda por um s material.Pode ser oportuno no entanto, que se empregue uma parede bimetlica, cada uma

    mais adequada a ficar em contato com o fluido existente em um dado lado daparede. De forma anloga pode ser tecnicamente interessante revestir uma paredemetlica com uma cobertura plstica, por exemplo, para evitar corroso.Cada camada apresentar uma resistncia passagem do calor por conduo. Cadauma delas ter uma determinada condutividade trmica. Se pode deduzir que emtais casos, a expresso do coeficiente global de transferncia de calor toma aforma:

    hek

    x

    k

    x

    hiU

    111

    2

    2

    1

    1 +++=

    Fator de incrustao (fouling)

    Quando o trocador de calor vem de fbrica de se esperar que suas superfciestenham camada oxidada fina, leo e outros empecilhos transferncia de calor queno existiriam se a superfcie metlica fosse lisa e limpa.Como veremos posteriormente nesta disciplina, quando o trocador entra emoperao, a camada de impurezas diversas aumenta com o tempo, aumentando aresistncia passagem do calor. Com o aumento da espessura das pelculasresistivas, a taxa de transferncia de calor vai gradualmente diminuindo e adiferena de temperatura entre os fluidos aumentando. O trocador de calor vai setornando ineficiente. Se a resistncia adicional no for considerada; se o trocadorno for algo superdimensionado, este nunca trabalhar dentro das especificaesdesejadas. O superdimensionamento feito de forma arbitrria de modo que hajaum tempo razovel de operao entre as paradas para limpeza e manuteno.A literatura especializada traz resistncias de incrustao (fatores de incrustaosugeridos) ( Ri) A tabela abaixo traz exemplos de valores sugeridos para este

    parmetro.

    FLUIDO R i (m2K/W)gua de alimentao de caldeira tratada 0,0002

    Lquidos refrigerantes 0,0002leo combustvel 0,0009

    gua de rio 0,0002 a 0,001Como vimos, a resistncia da incrustao (fator de incrustao) uma resistncia

    passagem de calor, dada por exemplo em m2.K/W

    9

  • 8/6/2019 Trocadores de Calor - Professor Paul

    10/31

    Tpicos dos conhecimentos bsicos no estudo de trocadores de calor

    Para efeitos deduo do coeficiente global, a resistncia da incrustao funcionacomo o inverso de um coeficiente de transferncia de calor por conveco. Istoapesar do fato de sabermos que o mecanismo provvel de transferncia de calor

    pela sujeira ser o de conduo. Desta forma:

    hsRi

    1=

    SSS TAhq =

    Onde

    qS = taxa de transferncia de calor pela incrustaoA = rea original antes da incrustao ( observe que a rea de transferncia aps aincrustao varivel e no conhecida)hS = coeficiente de incrustao (scale coefficient) W/m2.oCTS = diferena de temperatura atravs da incrustao

    Deduo do coeficiente global de transferncia de calor para parede planacom sujeira em ambas as faces9

    As equaes de transferncia so:

    )( siibii TTAhq =

    )( iSiSiSi TTAhq =

    x

    TiTe

    kAqk)(

    =

    )( SeeSeSe TTAhq =

    )( ebSeee TTAhq =

    A metodologia da deduo no se altera.

    9A natureza nos d a capacidade de sermos virtuosos. Tal capacidade seaperfeioa pelo hbito.

    10

  • 8/6/2019 Trocadores de Calor - Professor Paul

    11/31

    Tpicos dos conhecimentos bsicos no estudo de trocadores de calor

    )()()()()( TebTseTseTeTeTiTiTsiTsiTibTTOTAL ++++=

    Ah

    q

    Ah

    q

    kA

    xq

    Ah

    q

    Ah

    q

    AU

    q

    E

    E

    SE

    SEK

    SI

    SI

    I

    ITOTAL

    ++++=

    ESESII hhk

    x

    hhU

    11111++++=

    E

    IEII

    I h

    R

    k

    xR

    hU

    111++++=

    Magnitude do coeficiente de transferncia e sua influncia no coeficienteglobal10

    A tabela abaixo d uma idia da ordem de magnitude dos coeficientes detransferncia de calor para escoamentos sem mudana de fase.

    h (W/m2.K )

    conveco natural de gases 5 a 25gases escoando 10 a 250lquidos no metlicos escoando 100 a 10.000

    Pela tabela acima observa-se que o coeficiente de transferncia de calor paralquidos muito maior do que para gases.Exemplo A - Determine o coeficiente global de transferncia de calor paratransferncia lquido-lquido atravs de placa plana de ao de espessura de 3mm.

    Dados: hi = 1800 W/m2.K ; he = 1250 W/m2.K ; Rii = 0,0002 m2.K/W ;Rie = 0 ; k = 50 W/m.K. ( resposta: 617 W/m2.K )

    Resolvendo o exemplo A, voc observar que a resistncia transferncia de calorimposta pela parede bem baixa. Isto explica o fato de que alguns autoreseventualmente a desprezem nos clculos.

    10Esse o propsito de todos os legisladores e quem no consegue alcanar talmeta, falha no desempenho de sua misso e exatamente neste ponto que reside adiferena entre a boa e a m constituio.

    11

  • 8/6/2019 Trocadores de Calor - Professor Paul

    12/31

    Tpicos dos conhecimentos bsicos no estudo de trocadores de calor

    Exemplo B - Resolva o exemplo anterior, substituindo um dos lquidos escoandopor um gs. Dado: he = 50 W/m2.K (resposta: 48 W/m2.K )

    Com este exemplo voc observou a forte influncia do coeficiente do gs nareduo do coeficiente global

    Pode-se contornar tal inconveniente, aumentando a rea de troca no lado do gscom a adio de aletas. Observe que a expresso da taxa de transferncia de calor

    por conduo para o lado do gs :

    GGGG TAhq = ..

    Assim um valor baixo de hG pode ser compensado por um aumento de AG.

    Superfcies estendidas11

    Pelo visto acima, um trocador de calor aletado pode ser usado quando um dosfluidos um gs e/ou para torn-lo mais compacto. O material de construo daaleta deve ter condutividade trmica alta para minimizar a diferena de temperaturaexistente entre sua base e sua extremidade. A aleta dita plana caso esteja fixadanuma superfcie plana. dita anular se fixa numa superfcie tubular. A princpio,

    uma dada superfcie pode ser aletada em ambas as faces. As aletas podem ser dosmais diferentes formatos. Como exemplo, o radiador de automvel um trocadorde calor aletado compacto. Igualmente so aletados o motor da motocicleta e ostubos do sistema de ar condicionado.

    Deduo do coeficiente global de troca trmica para trocadores comsuperfcies estendidas.

    Consideremos a ttulo de exemplo uma parede plana estendida com aletas

    longitudinais retas de altura L e seo transversal constante.

    11 pela ao que se gera ou se destroi uma virtude.

    12

    AU AF

  • 8/6/2019 Trocadores de Calor - Professor Paul

    13/31

    L

    Tpicos dos conhecimentos bsicos no estudo de trocadores de calor

    Onde:12

    Au = superfcie total no aletada.Af = superfcie total das aletas (fin).Tb = temperatura no seio do fluido envolvente.T = temperatura da parede. Devido a alta condutividade dos metais, espera-se que

    esta temperatura seja aproximadamente a mesma na parede e na aleta.h = coeficiente de transferncia de calor por conveco, caso o calor se transferissetotalmente em direo normal parede. Coeficiente para superfcie no aletada.q = calor transferido.L = altura da aleta. = espessura da aleta.

    Desta forma,

    BTTT =q total = q transferido pelas aletas + q transferido pela parte no aletada

    Para levar em conta o escoamento no inteiramente normal do calor, definamosuma eficincia da aleta:

    F = eficincia da aleta.

    12Alguns homens se tornam temperantes e amveis, outros intemperantes eirascveis, portando-se de um ou de outro modo nas mesmas circunstncias.

    13

    Tb

    h

    T

    q

  • 8/6/2019 Trocadores de Calor - Professor Paul

    14/31

    Tpicos dos conhecimentos bsicos no estudo de trocadores de calor

    Assim temos:13

    ThAThAq UUFFF +=

    e consideraremos

    hhh UF ==

    Chamando

    A = rea total

    fcil ver que

    FU AAA =

    Podemos ento escrever

    +=+=A

    AA

    A

    ATAhAAThq FF

    FUFF )(

    ( )

    =

    A

    ATAhq FF11

    O termo entre colchetes pode ser chamado de eficincia global da superfciealetada.(O). A expresso da transferncia de calor por conveco a partir de umasuperfcie aletada fica ento:

    TAhq O = ...

    A princpio a eficincia da aleta depende de sua forma e a eficincia global, dotamanho desta aleta e do nmero de aletas em relao a superfcie coberta.Equaes que exprimem a eficincia de aletas de formatos mais comuns,

    provavelmente podem ser encontradas em livros de transferncia de calor. Vide porexemplo, o de Incropera e Dewitt. Grficos para uso simplificado tambm estodisponveis. Para a aleta em questo, a seguinte expresso vlida:

    13Para explicar as coisas invisveis, devemos recorrer evidncia das coisassensveis.

    14

  • 8/6/2019 Trocadores de Calor - Professor Paul

    15/31

    Tpicos dos conhecimentos bsicos no estudo de trocadores de calor

    ( )

    Lm

    LmF

    .

    .tanh=

    Fk

    hm

    .

    .2

    =

    Onde

    tanh( ) = tangente hiperblica.kF = condutividade trmica da aleta.

    Expresso do coeficiente global de troca trmica para uma superfcie tubularaletada em ambas as faces14

    Pelo que acabamos de ver, a expresso abaixo pode ser deduzida.

    )IIOIEEOEJJ AhLk

    rire

    AhAUq

    T

    1

    2

    ln11++==

    Deduo do coeficiente global de troca trmica para trocadores de caloraletados e incrustados em ambas as faces das paredes; superfcie tubular.

    As equaes de transferncia so:

    ( )SIBIIIOII TTAhq =

    ( )ISIISIOISI TTAhq =

    I

    E

    EIK

    rr

    TTkLq

    ln

    ).(...2 =

    ( )SEEESEOESE TTAhq =

    14O homem que tem medo de tudo e de tudo foge, no enfrentando nada, torna-seum covarde; e de outro lado, o homem que no teme absolutamente nada eenfrenta todos os perigos, torna-se temerrio.

    15

  • 8/6/2019 Trocadores de Calor - Professor Paul

    16/31

    qi qsi qk qse qe

    Tpicos dos conhecimentos bsicos no estudo de trocadores de calor

    ( )BESEEEOEE TTAhq = 15

    A diferena de temperatura total a soma das diferenas de temperatura parciais.

    ( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ]BISISIIIEESESEBE TTTTTTTTTTT ++++=

    Substituindo:

    ++==ISIOI

    SI

    IIOI

    I

    JJ

    total

    Ah

    q

    Ah

    q

    UA

    qT

    15As virtudes so destrudas pelo excesso e pela deficincia e preservadas pelamediania.

    16

    Tbi Tsi Ti Te Tse Tbe

    Ai Ae

  • 8/6/2019 Trocadores de Calor - Professor Paul

    17/31

    Tpicos dos conhecimentos bsicos no estudo de trocadores de calor

    EEOE

    E

    ESEOE

    SEI

    EK

    Ah

    q

    Ah

    q

    kL

    rr

    q

    ++

    +...2

    ln

    Mas o calor transferido o mesmo em cada setor e igual ao calor total transferido.

    EEOEEOE

    IEI

    E

    IOI

    II

    IIOIJJ AhA

    R

    kL

    rr

    A

    R

    AhUA

    1

    ...2

    ln11

    ++

    ++=

    A rea de referncia normalmente a rea externa.

    16

    EOEOE

    IEI

    EE

    IOI

    IIE

    IIOI

    E

    E h

    R

    kL

    rrA

    A

    RA

    Ah

    A

    U

    1

    ...2

    ln1

    ++

    ++=

    EOEOE

    IEI

    EE

    IOI

    IIE

    IIOI

    E

    E h

    R

    k

    rrr

    r

    Rr

    rh

    r

    U

    1ln

    1

    ++

    ++=

    Considerao final

    Eventualmente o coeficiente global no ser calculado formalmente na resoluode um dado problema de engenharia. possvel o emprego de coeficientesaproximados, baseados em experincia anterior.

    Exerccio C - Para auto avaliao de seu aprendizado, deduza as expresses docoeficiente global de transferncia de calor apresentadas at aqui, com um mnimode consulta ao texto.17

    16 habituando-nos a desprezar e enfrentar coisas temveis, que nos tornamoscorajosos e quando nos tornamos corajosos que somos mais capazes de fazer

    frente a elas.17O prazer ou a dor que sobrevm aos atos, devem ser tomados como sinaisindicativos de nossas disposies morais.

    17

  • 8/6/2019 Trocadores de Calor - Professor Paul

    18/31

    Tpicos dos conhecimentos bsicos no estudo de trocadores de calor

    prof. Paul Fernand Milcent, em 29/09/2007.

    As notas de rodap so algumas poucas idias extradas da obra tica aNicmaco de Aristteles (384 a.C. - 322 a.C). Editora Martin Claret, 2006. Estelivro facilmente adquirido e comercializado num preo bem acessvel.

    Se dirigir no beba. Se beber, no dirija.

    18

  • 8/6/2019 Trocadores de Calor - Professor Paul

    19/31

    Tpicos dos conhecimentos bsicos no estudo de trocadores de calor

    DIFERENA DE TEMPERATURAREPRESENTATIVA EM ESCOAMENTOS

    EM PARALELO OU EMCONTRACORRENTE PUROS.18

    A diferena de temperatura representativa, entre o fluido quente e o fluido frio, aquela que torna verdadeira a expresso:

    MTUAq = ..

    Onde:

    TM = diferena de temperatura representativa

    Vejamos a ttulo de esclarecimento, alguns casos especficos:

    Perfis de temperatura

    Podemos estar trabalhando com um trocador de calor que realiza uma operaounitria de evaporao. De um lado da parede est a soluo que evapora emtemperatura constante. De outro temos o fluido de aquecimento que pode ser vaporsaturado condensante. Caso tracemos um grfico, colocando na ordenada atemperatura e na abcissa o comprimento da superfcie de troca, obteremos oseguinte perfil:

    18Devemos tornar-nos virtuosos praticando atos virtuosos.

    19

    T

    L ou A

    T

    Fluido uente

    Fluido frio

  • 8/6/2019 Trocadores de Calor - Professor Paul

    20/31

    T T

    Tpicos dos conhecimentos bsicos no estudo de trocadores de calor

    Neste caso a diferena de temperatura entre o fluido quente e o fluido frio umaconstante. Este valor constante obviamente a diferena de temperatura

    representativa.Consideremos agora um tanque agitado com serpentina, operando em regimecontnuo. Dentro do tanque h uma soluo quente. Pela serpentina passa o fluidode resfriamento. Se traarmos o perfil de temperatura, obteremos agora:

    O fluido frio se aquece ao circular pela serpentina. fcil observar que neste casoa diferena de temperatura entre o fluido quente e o fluido frio no permanececonstante. Vrios outros casos podem ser observados, onde a diferena detemperatura no permanece constante.19

    19Como praticamos atos virtuosos, j temos a virtude dentro de ns, pelo menosem potncia.

    20

    T

    L ou A

    Fluido uente

    Fluido frio

    T

  • 8/6/2019 Trocadores de Calor - Professor Paul

    21/31

    Tpicos dos conhecimentos bsicos no estudo de trocadores de calor

    Perfis de temperatura para escoamento em paralelo e contracorrente puros.20

    Para contextualizar, representemos junto ao perfil, um esquema de um trocador de

    calor de duplo tubo.

    20 pela prtica de atos justos que o homem se torna justo.

    21

    contracorrente

    paralelo

    T

    L

    T

    L

  • 8/6/2019 Trocadores de Calor - Professor Paul

    22/31

    Tpicos dos conhecimentos bsicos no estudo de trocadores de calor

    Pelo exposto necessrio determinar-se uma diferena de temperatura querepresente adequadamente o fenmeno observado. Isto efetuado atravs dededuo formal.

    Diferena de temperatura representativa para escoamento em paralelo.21

    A deduo efetuada com o auxlio dos seguintes esquema e notao:

    Onde:

    A = rea de troca trmicaT = temperaturaq = taxa de transferncia de calor (velocidade de transferncia de calor)a e b = extremidades do trocador de calor1 e 2 = entrada e sada dos fluidosh e c = indica os fluidos quente e frio

    Desta forma, no escoamento em paralelo, os dois fluidos entram pela mesmaextremidade. O fluido quente se resfria. O fluido frio recebe calor. A diferena detemperatura entre o fluido quente e o fluido frio vai se reduzindo na medida que se

    21 pela prtica de atos temperantes que o homem se torna temperante.

    22

    TaT

    dq

    Tb

    dTh

    dTc

    AdA

  • 8/6/2019 Trocadores de Calor - Professor Paul

    23/31

    Tpicos dos conhecimentos bsicos no estudo de trocadores de calor

    avana do ponto de entrada at o ponto de sada dos fluidos. Num elemento de readA do trocador de calor, ocorre a transferncia de uma pequena quantidade de calordq. O fluido quente tem sua temperatura diminuda numa pequena quantidade dTh.

    O fluido frio tem sua temperatura aumentada em dTc.Na deduo a seguir, se considera o trocador de calor perfeitamente isolado. Isto ,o calor cedido pelo fluido quente totalmente transferido e aproveitado pelo fluidofrio; no h perdas. Considera-se tambm possvel o trabalho com uma capacidadecalorfica a presso constante mdia e um coeficiente global de transferncia decalor mdio.A quantidade de calor cedida ou recebida por cada fluido dada por:22

    HHH dTcpmdq*

    =

    CCC dTcpmdq*

    =

    Onde:

    =

    *

    m

    vazo mssica (Kg/s)

    cp = capacidade calorfica (J/Kg.OC)

    Neste ponto podemos definir:

    cpmC .*

    =

    Onde C pode ser denominado como taxa de capacidade calorfica (W/oC). Indica

    a quantidade de calor transferida por grau. Empregando esta definio, as equaesacima tomam a forma:

    HHdTCdq = (equao B)

    CCdTCdq = (equao C)

    Mas o calor cedido ou recebido igual ao calor transferido:

    22Sem essa prtica ningum tem sequer a possibilidade de tornar-se bom.

    23

  • 8/6/2019 Trocadores de Calor - Professor Paul

    24/31

    Tpicos dos conhecimentos bsicos no estudo de trocadores de calor

    TdAUdq = .. (equao D)

    Onde T a diferena de temperatura local; numa determinada posio.

    CH TTT = (equao A)

    Pode-se comprovar que:

    ( ) ( ) CHCH dTdTTTdTd ==

    Associando equao acima, as expresses (B) e (C):

    ( )

    +==

    CHCH CCdq

    C

    dq

    C

    dqTd

    11

    Podemos agora substituir dq pela expresso (D):

    ( )

    +=

    CH CCTdAUTd

    11..

    O nosso desejo no entanto obter uma equao que nos d em termos finitos adiferena de temperatura representativa para o caso (escoamento em paralelo)Integremos ento a expresso acima, de uma extremidade at a outra.23

    ( )

    +=

    B

    A

    B

    ACH

    dACC

    UT

    Td 11

    +=

    CHA

    B

    CCUA

    T

    T 11ln (equao E)

    23Porm a maioria das pessoas no procede assim. Refugiam-se na teoria epensam que esto sendo filsofos e dessa forma se tornaro bons, de certo modoparecendo com enfermos que escutassem atentamente os seus mdicos, mas nada

    fizessem do que estes lhes houvessem prescrito. Assim como a sade destes ltimosno pode restabelecer-se com esse tipo de tratamento, a alma dos primeiros no

    se tornar melhor com um tal curso de filosofia.

    24

  • 8/6/2019 Trocadores de Calor - Professor Paul

    25/31

    Tpicos dos conhecimentos bsicos no estudo de trocadores de calor

    Mas tambm em termos finitos, as equaes (B) e (C) ficam expressas:24

    ( )12 HHH TTCq =( )12 CCC TTCq =

    Substituindo em (E):

    +

    =

    q

    TT

    q

    TTUA

    T

    T CCHH

    A

    B 1212ln

    ( ) ( )[ ]1122ln CHHCA

    B TTTTq

    UA

    T

    T+

    =

    [ ]ABA

    B TTq

    UA

    T

    T=

    ln

    Reordenando:

    =

    A

    B

    AB

    T

    T

    TTUAq

    ln

    Como visto inicialmente, queremos a expresso de uma temperatura representativatal, que torne verdadeira a expresso:

    MTUAq = ..

    Por comparao, vemos que neste caso - escoamento em paralelo puro - aexpresso :

    24Somos chamados bons ou maus por nossas virtudes e vcios.

    25

  • 8/6/2019 Trocadores de Calor - Professor Paul

    26/31

    Tpicos dos conhecimentos bsicos no estudo de trocadores de calor

    =

    A

    B

    ABM

    TT

    TTT

    ln

    O termo em colchetes uma mdia logartmica. Assim esta importante expressoda diferena de temperatura representativa denominada Diferena deTemperatura Mdia Logartmica (DTML). Em ingls a sigla LMTD(Logarithmic Mean Temperature Difference).Observao importante: Um ponto no qual os estudantes costumam errar o

    computo das diferenas. Observe que TA e TB so as diferenas de temperaturaentre o fluido quente e o fluido frio nos extremos do trocador de calor.

    Exerccio D - Comprovar que a DTML tambm a diferena de temperaturaapropriada para o escoamento em contracorrente puro.25

    Indicativos para a resoluo: A figura anloga aquela para o escoamento emparalelo.

    O que se altera na deduo so alguns sinais. Adotando como positivo o sentido daesquerda para a direita, a equao (C) toma a forma:

    CCdTCdq = (equao C)

    Desta forma d(T) expresso como:

    ( )

    =+= CHCH CCdqCdq

    C

    dq

    Td

    11

    ( )

    =

    CH CCTdAUTd

    11..

    25Um homem no louvado (ou censurado) por sentir medo ou clera, nem censurado por simplesmente estar encolerizado mas sim por estar encolerizado decerta maneira (por agir com clera).

    26

  • 8/6/2019 Trocadores de Calor - Professor Paul

    27/31

    Tpicos dos conhecimentos bsicos no estudo de trocadores de calor

    Aps a integrao a equao se torna:26

    =

    CHA

    B

    CCUA

    T

    T 11ln (equao E)

    Sendo 1 e 2 os sub ndices indicativos das extremidades do trocador de calor, emtermos finitos, a equao (C) fica expressa:

    ( )12 CCC TTCq =

    Substituindo as expresses das taxas de capacidade calorfica em (E):

    +

    =

    q

    TT

    q

    TTUA

    T

    T CCHH

    A

    B 1212ln

    26Para as aes tambm existe excesso, carncia e um meio termo.

    27

    Ta

    dq

    Tb

    dTh

    dTc

    AdA

    T

  • 8/6/2019 Trocadores de Calor - Professor Paul

    28/31

    Tpicos dos conhecimentos bsicos no estudo de trocadores de calor

    O que leva mesma expresso da diferena de temperatura representativa(DTML).

    Consideraes adicionais

    27

    Se convencionarmos os sub ndices 1 e 2 como indicativos das condies deentrada e sada das correntes teremos, para escoamento em contracorrente:

    Neste caso, TA=TH1-TC2 e TB=TH2-TC1

    J para escoamento em paralelo:

    Agora, TA=TH1-TC1 e TB=TH2-TC2

    O escoamento em contracorrente fornece a mxima diferena de temperaturarepresentativa para a transferncia de calor. Para as mesmas temperaturas deentrada e sada, a diferena de temperatura representativa para escoamento emcontracorrente maior que aquela para escoamento em paralelo.

    No escoamento em paralelo, as temperaturas de sada teoricamente se igualam comum comprimento infinito do trocador de calor.

    No escoamento em contracorrente, a temperatura de sada do fluido frio pode sermaior que a temperatura de sada do fluido quente, como ilustramos abaixo:

    27Em essncia a virtude uma mediania.

    28

    TH1

    TC2

    TH2

    TC1

    TH1

    TC1

    TH2

    TC2

    TH1

    TC2

  • 8/6/2019 Trocadores de Calor - Professor Paul

    29/31

    Tpicos dos conhecimentos bsicos no estudo de trocadores de calor

    No entanto as linhas indicativas das temperaturas nunca podem se cruzar. Istosignificaria que o fluido quente passaria a ser o fluido frio no interior do trocadorde calor e vice versa.As linhas indicativas das temperaturas so cncavas ou convexas caso a taxa decapacidade calorfica do fluido quente seja maior ou menor que a taxa decapacidade calorfica do fluido frio.

    Exerccio E - Um fluido quente entra em um trocador de calor a 80oC e sai a 60oC.O fluido frio entra a 35oC e sai a 50oC. Determine a diferena de temperaturarepresentativa para: (a) Escoamento em paralelo.(Resp. 23,3oC) (b) Escoamentoem contracorrente.(Resp. 27,4oC)Com o exemplo acima voc observou que a diferena de temperaturarepresentativa em escoamento em contracorrente maior que a diferena detemperatura representativa no escoamento em paralelo, desde que as temperaturasde entrada e sada permaneam as mesmas. Caso as demais variveis igualmenteno se alterem, a rea de troca trmica de um trocador de calor em contracorrenteser menor que aquela de um trocador de calor com escoamento em paralelo.28

    Casos especiais

    Se a temperatura de apenas um dos fluidos for varivel e a do segundo fluidopermanecer constante, pode-se empregar a diferena de temperatura mdialogartmica ou mesmo a diferena de temperatura mdia aritmtica.Caso as taxas de capacidade calorfica dos fluidos sejam iguais:

    HC CC =

    Sempre valero as expresses: CC TCq = HH TCq =

    28As pessoas que esto nos extremos, tendem a julgar que esto no meio termo.

    29

    TH2

    TC1

  • 8/6/2019 Trocadores de Calor - Professor Paul

    30/31

    Tpicos dos conhecimentos bsicos no estudo de trocadores de calor

    Considerando que o calor cedido pelo fluido quente igual ao calor recebido pelofluido frio e substituindo temos:29

    HC Tq

    Tq =

    HC TT =

    De modo que neste caso as diferenas de temperatura extremas so iguais. Estaser a diferena de temperatura representativa.

    MBA TTT ==

    Observe que a tentativa de usar a expresso da DTML neste caso resultar emindeterminao.

    01lnln ==

    B

    AT

    T = DTMLT

    prof. Paul Fernand Milcent, em 03/10/2007.

    As notas de rodap so algumas poucas idias extradas da obra tica aNicmaco de Aristteles (384 a.C. - 322 a.C). Editora Martin Claret, 2006. Estelivro facilmente adquirido e comercializado num preo bem acessvel.

    Se dirigir no beba. Se beber, no dirija.

    29Se as virtudes residem em potncia no ser humano, igualmente os vcios.

    30

  • 8/6/2019 Trocadores de Calor - Professor Paul

    31/31

    Tpicos dos conhecimentos bsicos no estudo de trocadores de calor 31