tricograma
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Escola profissional de cabeleireiro e estética/cosmetologia
Formaçaão em cabeleireiro unisexo
TRICOGRAMA
Cristiana Marques Nº9
Esgueira
Janeiro, 2014
Tricograma
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Índice TRICOGRAMA ................................................................................................................................ 1
Introdução ................................................................................................................................. 3
O cabelo: introdução ................................................................................................................. 4
Composição quimica do cabelo................................................................................................. 4
Propriedades do cabelo: ........................................................................................................... 5
Estrutura tubular do cabelo ...................................................................................................... 5
Ciclo de vida do cabelo .............................................................................................................. 5
Oleosidade do cabelo ................................................................................................................ 6
TRICOGRAMA ............................................................................................................................ 7
Como se faz? ............................................................................................................................. 7
Material necessário para realizar um tricograma: .................................................................... 7
Regiões de extração dos cabelos .............................................................................................. 8
Tricograma normal/ tricograma patológico ............................................................................ 10
Em que doenças podemos indicar o tricograma? ................................................................... 11
Deve ser utilizado só uma vez ou pode ser mais vezes? ......................................................... 11
Porque usar o tricograma nos casos de calvície? .................................................................... 11
Quais as causas mais comuns para a queda de cabelo? ......................................................... 12
Exemplo de um caso real ........................................................................................................ 12
Conclusão ................................................................................................................................ 13
Bibliografia .............................................................................................................................. 14
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Introdução
Este trabalho foi proposto com objectivo de aprofundar os meus conhecimentos sobre
o tricograma. É o único sistema existente para um diagnóstico completo da queda do cabelo entre outros. Com este trabalho irei mostrar tudo o que que aprendi sobre este tema, começando por falar um pouco sobre o que consiste, para que serve, como se usa, entre outros.
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O cabelo: introdução
O cabelo é um órgão anexo da pele,
queratinizado, morto e a sua estrutura tubular é
produzida na base do folículo piloso. É constituído por
duas partes, a haste (que é visivel externamente) e a
raiz (que se encontra inserida na derme).
O cabelo tem como órgãos anexos o folículo
piloso, o músculo erector e a glândula sebácea. O
folículo piloso suporta a raiz. Junto a ele encontramos
a glândula sebácea e o músculo erector. O músculo
erector tem como função eriçar o pelo. As glândulas
sebáceas têm como função produzir sebo, hidratar,
proteger a cutícula do cabelo. Na base do folículo
piloso encontra-se o bolbo piloso que é constituído
pela papila dérmica (responsável pela nutrição e
oxigenação do cabelo) e pela matriz (local de
produção do cabelo). Ele só está vivo no folículo
piloso.
Composição quimica do cabelo
O cabelo é constituído quimicamente por azoto, oxigénio, hidrogénio, enxofre e
carbono. Isto junta-se e transforma-se em melanina, em sais minerais, em queratina e em
gordura.
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Propriedades do cabelo:
Resistente à tracção
É elástico
É moldável
Retém água e agentes poluentes
Arde com facilidade
É resistente à putrefacção
Tem poder electrostático
Estrutura tubular do cabelo
O cabelo possui três camadas:
Córtex: corresponde a 75% do fio de cabelo. É constituído
por algum queratina mas essencialmente melanina.
Cutícula: é a camada mais externa, ocupa 10% do total do
fio de cabelo e é constituída completamente
queratinizadas e muito coesas. Protege o cabelo.
Medula: constitui 15% do fio de cabelo. Possui alguma
queratina, alguma melanina e gordura.
Ciclo de vida do cabelo
Fase anagénica: Nesta fase o cabelo nasce e
cresce. Tem uma duração média de 3 a 4 anos,
podendo chegar aos sete.
Fase catagénica: Fase de repouso do crescimento do cabelo, porque se desprende da
papila dérmica. Tem uma duração média de 3 a 5 semanas.
Fase talogénica: O cabelo morre e cai. Tem uma duração média de 3 a 5 meses.
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Oleosidade do cabelo
Quando à oleosidade do o cabelo
poder ser seco, normal ou oleoso. O
cabelo seco apresenta se com volume,
áspero, quebradiço, com pontas duplas,
sensibilizado. Deve ser bem massajado
para activar a produção do sebo e a
circulação do sangue. Não deve ser muito
exposto ao secador. O cabelo oleoso
apresenta-se com um brilho oleoso,
empastado, com aspecto sujo, sem volume. Na lavagem não deve ser muito massajado para
não estimular produção do sebo, a água não deve ser muito quente. O cabelo normal
apresenta-se com brilho, saudável, é aveludado fácil de pentear e por isso deve ser apenas
hidratado.
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TRICOGRAMA
Serve para detectar alterações no ciclo biológico do paciente podendo ser usado para
o diagnóstico e para a evolução das doenças que atingem os cabelos. Através deste exame, o
médico poderá escolher o tratamento mais adequado. O tricograma determina o número de
cabelos, sua densidade e quantifica a proporção destes nas diferentes fases de seu
crescimento. O tricograma digital, diferentemente do método convencional, é rápido e
indolor. É o único sistema para um diagnóstico completo da queda do cabelo entre outros.
Como se faz?
Realiza-se o corte do cabelo em uma pequena área de 1cm2 e após 3 dias é feito o
registo microscópico e análise dos fios.
Material necessário para realizar um tricograma:
Pinças para a extracção dos cabelos
Pente para separar as partes dos cabelos
Microvisor de 80 a 100 aumentos – microscópio ótico
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Regiões de extração dos cabelos
1 – Região frontal: 2 cm desde a linha de inserção e 2 cm à direita ou à esquerda da linha
média, seguindo uma trajectória até à zona da coroa.
2 – Região occipital: 2 cm à direita ou à esquerda da coroa; esta zona é muito importante
porque é a zona mais “tensa” da cabeça.
3 – Região parietal: 3 cm por cima da zona auricular (serve como referência, pois que esta
zona é a menos afectada durante os casos de anomalias).
Nos casos de alopécia circunscrita ou localizada, a recolha de cabelos para este teste realiza-se
nas margens da calva alopécia e na região circundante não afectada. Para realizar uma análise
capilar é imprescindível não ter cortado nem lavado o cabelo pelo menos há 3 ou 4 dias.
Necessitam-se pelo menos 30/35 cabelos por cada colheita .
Na microvisualização, as raízes dos cabelos podem apresentar-se de várias formas:
Anagénese trófico: É aquela raiz que se encontra na sua forma ideal de
crescimento;
Tem uma forma cilíndrica e diferenciam-se duas
zonas mais escuras: a base (em que se encontram
melanócitos e células da matriz que se estão a
dividir) e a zona queratogénica, situada um pouco
mais acima;
As bandas ou baínhas próprias do cabelo são bem
visíveis;
A banda ou baínha externa resulta bastante mais larga e observa-se um pouco mais
escura que a interna;
Desta distinguimos dois estratos: a capa de Henle e a de Huxley.
Anagénese displásico: Este bolbo não se encontra na forma ideal, já que é o
resultado de uma pequena duração do ciclo de crescimento do
cabelo;
A dita alteração pode ser devida a diferentes motivos:
hipersecreção sebácea, hiperidrose, pitiriasis simplex, sabões ou
shampôs demasiado agressivos, etc;
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A interferência sobre a atividade de crescimento é tal que se reduz em boa parte à
atividade mitótica (multiplicação celular) a nível da matriz bulbar;
O bolbo apresenta-se escuro na base mas com os limites bastante irregulares e com
uma falta parcial das bandas ou baínhas próprias do cabelo. Por vezes uma raiz
displásica pode ser devida a uma má formação.
Anagénese distrófico:
Caracteriza-se pela ausência do engrossamento típico
da raiz, da zona queratogénica e das bandas ou
baínhas;
O cabelo apresenta um bolbo em “ponto
exclamativo”, mas de facto, pode adotar as formas
mais diversas;
Isto deve-se ao facto das células da matriz terem sido danificadas seriamente durante
a fase anagénica;
Não se excluem causas que possam levar a uma vasocontracção periférica, com a
consequente falta de oxigénio e pouco sangue a nível do couro cabeludo;
Também não se descartam as lavagens demasiado
agressivas.
Catagénese:
Raramente encontramos esta raiz no tricograma (só
1% dos cabelos se encontram neste estado);
O bolbo não apresenta zonas escuras, estando só
pigmentado na sua parte central;
É visível no extremo o chamado cordão epitelial, o qual constitui o único elo de união
entre o bolbo e a papila dérmica;
As bandas ou baínhas estão ausentes ou muito adelgaçadas.
Telogénese:
É o clássico bolbo em forma de “moca”, no qual cessou
por completo qualquer atividade mitótica e que será
expulso em 2 ou 3 meses;
Não se observam zonas escuras, mas sim claras ao
centro, com contornos limpos e bem delimitados.
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Tricograma normal/ tricograma patológico
Tricograma normal:
As percentagens dos cabelos variam conforme a idade, sexo e ainda, as diferentes
zonas do couro cabeludo;
No que respeita à idade, um recém-nascido tem mais ou menos 90% do total dos seus
cabelos em fase telogénica. Durante o primeiro ano de vida esta percentagem
mantém-se entre os 70 e os 80%;
Lentamente, a proporção modifica-se a favor dos cabelos em fase anagénica e na
infância a relação é de 90%. Após a puberdade, a dita relação estabiliza-se
aproximadamente em 83/16 (para o homem) e em 87/12 (para a mulher). Os
restantes 1% correspondem aos cabelos em fase catagénica;
Portanto, quando se realiza o tricograma a uma pessoa que crê ter uma excessiva
queda e as proporções se ajustam às referências, pode-se tranquilizá-la, já que
provavelmente se trata de uma queda sazonal.
Tricograma patológico:
É um tricograma telogénese, caracterizado por um aumento dos cabelos em
telogénese, em referência aos que estão em anagénese;
Um caso típico é o da alopécia, na qual, o aumento da atividade de uma determinada
enzima (5-cx-redoctasa) conduz a um aumento da concentração de didrotestosterona
(hormona). Esta última aumenta a velocidade do ciclo vital do cabelo, o que provocará
um aumento dos cabelos em fase telogénica (a fase anagénica é cada vez mais curta);
Por sua vez, o tricograma distrófico é caracterizado pela presença de cabelos em
anagénese displásico (se a anomalia é ligeira) ou em anagénese distrófico (se é grave);
Estas raízes são características em alopécia de curso agudo, nas alopécias por
fármacos, e nos aclaramentos (falhas) depois de tratamentos cosméticos demasiado
agressivos. Neste último caso, além de nos encontrarmos com cabelos em anagénese
distrófico, podemo-nos defrontar com um aumento de cabelos em telogénese;
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Na alopécia circunscrita de curso crónico temos raízes distróficas nas margens da calva
e cabelos em telogénese ou anagénese na região oposta e sem anomalias;
Na tricotilomania há um tricograma caracterizado por uma redução dos cabelos em
telogénese até 0% nos limites da calva; nas zonas circundantes, clinicamente sem
problemas, há uma normal relação A/T. O motivo é fácil de prever, pois os cabelos são
arrancados antes de alcançarem o estado terminal.
Em que doenças podemos indicar o tricograma?
Em todos os tipos de queda de cabelos, para determinar um diagnóstico mais preciso.
Pode ainda ser utilizado após a instituição do tratamento local ou sistêmico para avaliar sua
resposta.
Deve ser utilizado só uma vez ou pode ser mais vezes?
A execução periódica do tricograma pode avaliar o estado evolutivo de uma
determinada doença, bem como analisar os resultados de um tratamento.
Porque usar o tricograma nos casos de calvície?
Este tipo de queda de cabelo, apesar de muito frequente nos consultórios
dermatológicos, na sua fase inicial pode ainda não apresentar características clínicas que
permitam o seu diagnóstico.
Na calvície a redução dos cabelos ocorre por um processo contínuo de miniaturização
dos folículos pilosos, transformando pêlos espessos em pêlos curtos e finos. No inicio da
queda, o tricograma é de grande importância para o diagnóstico precoce, para avaliar a
evolução e mensurar o efeito da medicação utilizada no seu tratamento.
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Quais as causas mais comuns para a queda de cabelo?
Alopecia androgenética (calvície)
Alterações hormonais na mulher
Alterações da tiróide
Dietas para emagrecimento
Stress físico e emocional
Pós cirurgias e partos
Uso de alguns medicamentos
Febre de qualquer etiologia
Desnutrição grave
Psoríase, dermatite seborreica
Alopécia areata (pelada)
Uso de produtos capilares excessivos, tais como cores permanentes, água oxigenada, descolorantes, etc
Exemplo de um caso real
"Tricograma Digital (realizado comTrichoscan V 2.0)
Exame realizado na região parietal direita. Foram analisados 106 fios e detectada a presença
de 24% de fios telógenos e 76% de fios
anágenos, caracterizando:
TRICOGRAMA DE PADRÃO TELÓGENO
Considerações de padrão normal
Anágenos- 80 a 90%
Telógenos- 10 a 20%
Distróficos- 2%
Dermatoscopia do Couro Cabeludo
Observam-se fios miniaturizados (velus) na região fronto-parietal em maior proporção, quando
comparado ãaregião occipital. Na região fronto-parietal encontramos, ainda, um espaçamento
maior entre os folículos pilosos e óstios foliculares vazios. Esses achados são sugestivos de
alopecia androgenética.
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Conclusão
Com este trabalho cheguei à conclusão que apesar de não haver muita informação
sobre o tricograma, a que existe mostra que é bastante útil para analisarmos o nosso cabelo.
Caso tenhamos algum problema capilar a pessoa que analisar os resultados do tricograma vai
saber indicar o tratamento adequado. Porém para conseguirmos obter um diagnóstico
correcto devemos dialogar com o paciente, tentando angariar mais informações, visualizar o
couro cabeludo da cliente e observar com a ajuda do microvisor as raízes capilares recolhidas
de diferentes zonas. É óptimo saber que graças à ciência existem cada vez mais formas de
descobrir e tratar problemas capilares, entre outros. Para mim este trabalho foi bastante
enriquecedor.
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Bibliografia
Sítios da Internet:
www.cabeleireirospt.com
www.hairboutique.com
www.revistacabeleireiros.com
www.hair-factory.com
www.cabelosonline.pt
www. diagcel.com.br
www.dermatoscopiadf.com.br