trecho de nas garras da graça

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7/25/2019 Trecho de Nas Garras Da Graça http://slidepdf.com/reader/full/trecho-de-nas-garras-da-graca 1/34 Não apenas um preço tem sido pago, como um voto tem sido feito. “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?” !m ".#$. O batismo não era um costume casua%, ou um ritua%. O batismo era, e &, “o compromisso de uma boa consci'ncia diante de (eus” ) *e #+) N-$. / e%evada consideração de *au%o pe%o batismo & demonstrada no fato de que e%e sabia que seus %eitores tin0am sido inteirados da import1ncia do mesmo. “Ou vocês não sabem que todos n2s, que fomos batizados em Cristo  Jesus, fomos batizados em sua morte?” !m ".# N-, it3%ico meu$. 4ue esp&cie de amn&sia & esta? Como uma noiva 0orrorizada ao ver seu marido 5ertando com outras mu%0eres na festa do casamento, *au%o pergunta6 “7squeceram+se de seus votos?” (e fato, o batismo & um voto8 um voto sagrado que o crente faz de seguir a Cristo. /ssim como o casamento ce%ebra a fusão de dois coraç9es, o batismo ce%ebra a união do pecador com o :a%vador.  ;ornamo+nos parte de Cristo ao sermos batizados. / noiva e o noivo compreendem todas as imp%icaç9es do casamento? Não. Con0ecem cada desa<o ou ameaça que enfrentarão? Não. 7ntretanto, e%es sabem que se amam, e =uram ser <&is at& o <m. 4uando um coração disposto entra nas 3guas do batismo, con0ece as imp%icaç9es do voto? Não. Con0ece cada tentação ou desa<o? Não. Con0ece por&m o amor de (eus, e o est3 correspondendo. *or favor, entenda, não & o ato que nos sa%va. >as e%e simbo%iza como fomos sa%vos / ação invis@ve% do 7sp@rito :anto & visive%mente dramatizada na 3gua.  A imersão nas águas correntes foi como uma morte; a pausa momentânea, antes que eles viessem para cima, como um sepultamento; e o pôr-se ereto novamente no ar e à lu solar, como uma ressurrei!ão"  ;ire os sapatos, curve a cabeça, dobre os =oe%0os8 este & um evento sagrado. Aatismo não & para ser tratado %evianamente. !etornar ao pecado ap2s se%ar nossas a%mas no batismo, & como cometer... bem, & como cometer adu%t&rio em p%ena %ua+de+me%. Onde a graça de (eus & omitida, nasce a amargura. *or&m onde a graça de (eus & abraçada, 5oresce o perdão. Na carta que muitos acreditam ser a B%tima de *au%o, e%e instiga ;im2teo6 “orti<ca+te na graça que 03 em Cristo Jesus” ;m .)$.

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Não apenas um preço tem sido pago, como um voto tem sido feito.“Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristofomos batizados na sua morte?” !m ".#$.O batismo não era um costume casua%, ou um ritua%. O batismo era,e &, “o compromisso de uma boa consci'ncia diante de (eus” ) *e#+) N-$.

/ e%evada consideração de *au%o pe%o batismo & demonstrada nofato de que e%e sabia que seus %eitores tin0am sido inteirados daimport1ncia do mesmo.“Ou vocês não sabem que todos n2s, que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados em sua morte?” !m ".# N-, it3%ico meu$.4ue esp&cie de amn&sia & esta? Como uma noiva 0orrorizada ao verseu marido 5ertando com outras mu%0eres na festa do casamento,*au%o pergunta6

“7squeceram+se de seus votos?”(e fato, o batismo & um voto8 um voto sagrado que o crente faz deseguir a Cristo. /ssim como o casamento ce%ebra a fusão de doiscoraç9es, o batismo ce%ebra a união do pecador com o :a%vador. ;ornamo+nos parte de Cristo ao sermos batizados./ noiva e o noivo compreendem todas as imp%icaç9es docasamento? Não.Con0ecem cada desa<o ou ameaça que enfrentarão? Não.7ntretanto, e%es sabem que se amam, e =uram ser <&is at& o <m.

4uando um coração disposto entra nas 3guas do batismo, con0eceas imp%icaç9es do voto?Não. Con0ece cada tentação ou desa<o? Não. Con0ece por&m oamor de (eus, e o est3 correspondendo.*or favor, entenda, não & o ato que nos sa%va. >as e%e simbo%izacomo fomos sa%vos / ação invis@ve% do 7sp@rito :anto & visive%mentedramatizada na 3gua. A imersão nas águas correntes foi como uma morte; a pausamomentânea, antes que eles viessem para cima, como umsepultamento; e o pôr-se ereto novamente no ar e à lu solar, comouma ressurrei!ão" ;ire os sapatos, curve a cabeça, dobre os =oe%0os8 este & um eventosagrado. Aatismo não & para ser tratado %evianamente.!etornar ao pecado ap2s se%ar nossas a%mas no batismo, & comocometer...bem, & como cometer adu%t&rio em p%ena %ua+de+me%.Onde a graça de (eus & omitida, nasce a amargura. *or&m onde a

graça de (eus & abraçada, 5oresce o perdão. Na carta que muitosacreditam ser a B%tima de *au%o, e%e instiga ;im2teo6 “orti<ca+te nagraça que 03 em Cristo Jesus” ;m .)$.

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4uão criteriosa & esta B%tima eDortação. *au%o não insta com ;im2teoa que se=a forte na oração, ou no estudo b@b%ico, ou na benevo%'ncia,por mais vita% que se=a cada uma destas coisas. 7%e quer que seu<%0o na f& especia%ize+se em graça. !eivindique este campo. /poie+se nesta verdade. :e voc' deiDar passar a%go, que não se=a a graçade (eus. 4uanto mais passeamos no =ardim, mais seme%0ante ao

das 5ores & o nosso aroma. 4uanto mais imergimo+nos na graça,mais graça concedemos. *oderia isto ser a c0ave do mist&rio para o<m da ira? *oderia ser que o segredo estivesse não em eDigirpagamento, mas em considerar o pagamento do seu :a%vador?/ c0ave para perdoar os outros & deiDar de foca%izar o que e%es %0e<zeram, e começar a concentrar+se no que (eus fez por voc'.:ervos imperdoadores sempre acabam na prisão. *risão da raiva, dacu%pa, da depressão. (eus não nos p9e numa ce%a8 n2s mesmos a

criamos. “Em morre na força da sua p%enitude, estando todo quieto esossegado... 7 outro morre, ao contr3rio, na amargura do seucoração, não 0avendo provado do bem” J2 ).#+F$.(eiDe+me ser mais c%aro. O 2dio %0e empanar3 as vistas e acabar3por quebrar+%0e as costas. O fardo da amargura & pesado demais.:eus =oe%0os dobrar+se+ão sob a carga, e de desgosto partir+se+3 seucoração. / montan0a G sua frente =3 & bastante @ngreme sem aopressão do 2dio em suas costas. / esco%0a mais s3bia H a Bnicaesco%0a H & voc' arriar o fardo do 2dio.

-oc' nunca ser3 so%icitado a dar a a%gu&m mais graça do que (eus =3 %0e tem dado.(urante a guerra mundia%, um so%dado a%emão pu%ou para dentro deuma trinc0eira em desuso. /%i, encontrou um inimigo ferido. Oso%dado abatido estava enc0arcado de sangue, e a poucos minutosda morte. Comovido com a situação do 0omem, o so%dado a%emãoofereceu+%0e 3gua.*or este pequeno gesto de bondade, um v@ncu%o foi estabe%ecido. Omoribundo apontou para o bo%so de sua camisa8 o so%dado a%emãotirou de%e uma carteira, e encontrou a%guns retratos de fam@%ia. 7%eos segurou de modo que o 0omem ferido pudesse o%0ar para seusamados uma B%tima vez. Com as ba%as zunindo acima de%es, e aguerra G sua vo%ta, esses dois inimigos foram, embora por poucosminutos, amigos.O que aconteceu naque%a trinc0eira? Cessou todo o ma%? O que eraerrado tornou+se direito? Não. O que aconteceu foi simp%esmenteisto6 dois inimigos viram+se um ao outro como 0umanos, precisando

de a=uda. sto & perdão. O perdão começa por %evantar+se acima daguerra, o%0ar a%&m do uniforme, e esco%0er ver o outro, não como umadvers3rio, ou mesmo um amigo, mas simp%esmente como umcompan0eiro combatente, ansiando pe%a segurança do %ar.

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A Vida a Bordo do Barco da Comunhão

#omanos $%"&'êem uma calorosa acol(i)a a qualquer irmão que )ese*e unir-se avocês, mesmo que a sua f+ se*a fraca" ão o censurem por ele teri)+ias )iferentes )as suas a respeito )aquilo que está certo ouerra)o"

#omanos $"$ ./ 0ortanto, aceitem-se uns aos outros, )a mesma forma como 1ristoos aceitou, a2m )e que vocês glori2quem a 'eus" #omanos $%"& /3/ graça faz tr's proc%amaç9es.*rimeira, apenas (eus pode perdoar meu ate@smo. “4uem podeperdoar pecados, senão (eus?” >c .I$. ;ratar com os meuspecados & responsabi%idade de (eus. 7u me arrependo8 eu confesso.*or&m somente (eus pode perdoar. 7 7%e o faz$.

:egunda, apenas (eus pode =u%gar o pr2Dimo. “4uem &s tu que =u%gas o servo a%0eio? *ara seu pr2prio sen0or e%e est3 em p& ou cai8mas estar3 <rme, porque poderoso & (eus para o <rmar” !m ).$. ;ratar com o meu vizin0o & responsabi%idade de (eus. 7u devoconversar8 eu devo orar. >as somente (eus pode convencer. 7 7%e ofaz$. ;erceira, eu devo aceitar como (eus aceita. “*ortanto, recebei+vos uns aos outros, como tamb&m Cristo nos recebeu para a g%2riade (eus” !m )F.I$. (eus me ama e faz de mim um <%0o seu. (eusama meu vizin0o, e faz de%e um irmão meu. >eu privi%&gio &

comp%etar o tri1ngu%o, fec0ar o circuito, amando a quem (eus ama.>ais f3ci% fa%ar do que fazer. “-iver %3 em cima com aque%es a quemamamos, o0, ser3 a g%2ria. -iver aqui embaiDo com esses quecon0ecemos, o0, & outra 0ist2ria.” *osso imaginar me%0or a situação,%endo a%go como isto...Balançando o Barco(eus tem nos a%istado em sua marin0a de guerra, e nos co%ocado emseu navio. / embarcação tem um prop2sito H transportar+nos emsegurança G outra margem.7ste não & um navio de cruzeiro8 & um couraçado de guerra. Nãofomos c0amados a uma vida de %azer8 fomos convocados a uma vidade serviço. Cada um de n2s tem uma tarefa diferente./%guns, preocupados com os que se afogam, estão arrebatandopessoas da 3gua. Outros estão ocupados com o inimigo, assim e%esguarnecem os can09es da oração de da adoração. /inda outrosdevotam+se G tripu%ação, a%imentando e treinando seus membros.7mbora diferentes, estamos na mesma. Cada um pode contar de um

encontro pessoa% com o capitão, pois cada um recebeu umac0amada pessoa%. 7%e ac0ou+nos entre os barracos G beira do cais, econvidou+nos a segui+%o. Nossa f& nasceu G vista de seu afeto, eassim n2s fomos.

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 ;odos o seguimos, pe%a pranc0a da sua graça, para o mesmo barco.K3 um Bnico capitão e um Bnico destino. 7mbora a bata%0a se=aferoz, o barco & seguro, pois. nosso capitão & (eus. O navio nãoafundar3. *or isso, não 03 inquietação.K3 preocupação, no entanto, com a desarmonia da tripu%ação.4uando subimos a bordo, compreendemos que a tripu%ação era feita

de outros iguais a n2s.*or&m, conforme vagueamos pe%o tombadi%0o, fomos encontrandocuriosos convertidos, com apar'ncias curiosas. /%guns usandouniformes que nunca vimos, esti%os esportivos que =amaiscon0ecemos.H *or que voc's t'm esta apar'ncia? H *erguntamos.H 7ngraçado H rep%icam e%es. H 7st3vamos nos perguntando amesma coisa a respeito de voc's.

/ variedade das vestimentas nada & perto da perturbadoramisce%1nea de opini9es. K3 um grupo, por eDemp%o, que se a=untatodas as man0ãs para s&rios estudos. 7%es promovem discip%inar@gida e eDpress9es sombrias.H :ervir o capitão & coisa s&ria H eDp%icam e%es. Não & porcoincid'ncia que e%es tendem a se reunir na popa.)K3 um outro regimento profundamente devotado G oração. 7%es nãoapenas acreditam em oração8 acreditam em oração de =oe%0os. *oresta razão, voc' sempre sabe onde %oca%iz3+%os8 e%es estão na proa

do navio.7 então tem aque%es que acreditam <rmemente que o vin0o deveser usado na Ceia do :en0or.-oc' os encontrar3 do %ado do porto #./inda 03 um outro grupo que se posiciona pr2Dimo ao motor. 7%espassam 0oras eDaminando os parafusos e porcas do navio. :ãocon0ecidos por <carem no conv&s inferior.Ocasiona%mente, são criticados pe%os que se demoram notombadi%0o, sentindo o vento nos cabe%os e o so% na face.H O que interessa não & o que voc's aprendem H argumentamesses da borda do navio H, mas o que voc's sentem.7, o0, como tendemos a nos agrupar./%guns acreditam que, uma vez que se est3 no navio, não se podesair.Outros dizem que voc' deve ser to%o por eDagerar, mas a esco%0a &sua.Ens acreditam que voc' & vo%unt3rio para o serviço8 outros, que

voc' foi destinado para e%e antes de o navio ser constru@do./%guns vaticinam que uma tempestade de grande tribu%ação abater+se+3 antes de desembarcarmos8 outros, que e%a não vir3 enquantonão estivermos seguros em terra <rme.

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K3 aque%es que fa%am com o capitão numa %@ngua pessoa%. 7 03aque%es que ) N.;.6 *opa6 O autor faz um trocadi%0o com a pa%avraing%esa stern, que a%&m de popa, signi<ca tamb&m severo, rigoroso,austero, r4gi)o" N.;.6 *roa6 O voc3bu%o ing%'s para proa & bo5, que tamb&m tem osentido de )obrar, curvar o corpo ou a cabe!a em sinal )e

reverência"# N.;.6 *orto6 (o ing%'s port, tamb&m signi<ca vin(o )o 0orto" /c0amque tais %@nguas são eDtintas.Ens ac0am que os o<ciais devem usar mantos8 outros, que não deve0aver o<ciais. 7 ainda 03 quem ac0e que todos somos o<ciais etodos devemos usar mantos.7, o0, como tendemos a nos agrupar.7 então 03 aque%a discussão dos encontros semanais, onde o capitão

& agradecido, e suas pa%avras são %idas. ;odos concordam sobre aimport1ncia desses encontros, por&m poucos concordam quanto asua natureza. /%guns o querem baru%0ento8 outros, si%encioso. /%gunsdese=am rituais8 outros, espontaneidade. /%guns querem ce%ebrar a<m de poderem meditar8 outros querem meditar, a <m de ce%ebrar./%guns querem um encontro para esses que t'm ido para o mar.Outros querem a%cançar esses que foram para ornar, mas sem ir aomar, e sem neg%igenciar os que estão a bordo.7, o0, como tendemos a nos agrupar.

/ consequ'ncia & um navio ba%ouçante. K3 agitação no tombadi%0o.(isputas t'm surgido. >arin0eiros t'm se recusado a fa%ar uns comos outros.Ocasi9es 03, em que um grupo se recusa at& mesmo a recon0ecer apresença do outro no navio. 7 o que & mais tr3gico, a%guns G derivat'm preferido não subir a bordo, por causa das riDas dosmarin0eiros.H O que fazemos?H gostar@amos de perguntar ao capitão. H Comoestar em 0armonia no barco?Não precisamos ir %onge para ac0ar a resposta.Na B%tima noite de sua vida, Jesus fez uma oração que se %evantacomo uma forta%eza para todos os cristãos66in(a ora!ão não + apenas por eles" #ogo tamb+m por aqueles quecrerão em mim, por meio )a mensagem )eles, para que to)os se*amum, 0ai, como tu estás em mim e eu em ti"7ue eles tamb+m este*am em n8s, para que o mun)o creia que tume enviaste" 9:o $&"<, $ /3=

4uão preciosas são essas pa%avras. Jesus, sabendo que o <m est3perto, ora uma B%tima vez por seus seguidores. :urpreendente, não?7%e não orou pe%o sucesso de%es, nem por sua segurança, ou por sua

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fe%icidade. 7%e orou por sua unidade. Orou para que amassem unsaos outros.7nquanto orava por e%es, Jesus tamb&m orou por “aque%es quecrerão em mim, por meio da mensagem de%es.” 4uis dizer n2s 7msua B%tima oração, Jesus orou para que voc' e eu fLssemos um.(e todas as %iç9es que podemos eDtrair deste vers@cu%o, não perca a

mais importante6 unidadeimporta para (eus. O *ai não quer que seus <%0os briguem.(esunião o incomoda. *or qu'? *orque “nisto todos con0ecerão quesois meus disc@pu%os, sevos amardes uns aos outros” Jo )#.#F$./ unidade produz crença. Como o mundo acreditaria que Jesus foienviado por (eus? Não seconcordarmos uns com os outros. Não se reso%vermos cada

controv&rsia. Não se formosun1nimes em cada votação. Não se nunca cometermos um errodoutrin3rio. >as se nosamarmos uns aos outros./ unidade promove a crença. / desunião nutre a incredu%idade.4uem quer embarcar numnavio com marin0eiros brig9es? / vida no oceano pode serborrascosa, mas pe%o menos asondas não nos insu%tam.

*au% Ai%%0eimer pode muito bem estar certo quando diz6“As cont4nuas e freq>entes fragmenta!?es )a 3gre*a tem si)o oescân)alo )o s+culo" @emsi)o a estrat+gia maior )e atanás" O peca)o )a )esunião tem feitomais almas per)i)asque to)os os outros peca)os *untosB"“;odos con0ecerão que sois meus disc@pu%os, se vos amardes unsaos outros”. *are e pense umminuto neste vers@cu%o. Não seria a união a c0ave para a%cançar omundo para Cristo?:e a união & a c0ave para o evange%ismo, não deveria e%a terprioridade em nossas oraç9es?Não dever@amos n2s, como recomendou *au%o, fazer “todo o esforçopara conservar a unidadedo 7sp@rito pe%o v@ncu%o da paz”? 7f .# N-$.:e a unidade importa para (eus, não deveria importar tamb&m paran2s? :e a unidade &

prioridade no c&u, não deveria s'+%o tamb&m na terra?(e qua%quer modo, em %ugar a%gum foi+nos dito para construir (equa%quer modo, em %ugar a%gum foi+nos dito para construir unidade.

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oi+nos ordenado, simp%esmente, que a conservássemos" (aperspectiva divina, 03 “um s2reban0o e um s2 pastor” Jo )M.)"$. / unidade não precisa sercriada8 precisa ser protegida.Como fazemos isto? Como nos empen0amos na conservação daunidade?

sto signi<ca conci%iar nossas convicç9es? Não. :igni<ca abandonaras verdades queaprecio? Não. :igni<ca, por&m, dar uma o%0ada <rme e demoradanas atitudes quesustentamos.O navio de (eus & uma grande embarcação. /ssim como um navio tem muitas depend'ncias,o reino de (eus tem %ugar para muitas opini9es. *or&m, assim como um navio tem um deque,o reino de (eus tem uma base comum6 o sacrif@cio todo su<ciente de Jesus Cristo.

 A gra!a + algo que nunca se po)e tomar, mas apenas receber" ão se po)e gan(á-la ou merecê-la oucontrolá-la, assim como não se po)e merecer o gosto )a framboesa ou )o creme gan(ar uma boaaparência ou controlar seu pr8prio nascimento""Cma boa noite )e sono + gra!a e assim tamb+m os son(os" A maioria )as lágrimas são gra!a" O c(eiro)a c(uva + gra!a" Algu+m que ama você + gra!a" Amar algu+m + gra!a" :á tentou querer amaralgu+mD"Cma eEcentrici)a)e crucial )a f+ cristã + a a2rma!ão )e que as pessoas são salvas pela gra!a" ão (ána)a que você ten(a )e faer" ão (á na)a que você tenha )e faer" ão (á na)a que você ten(a)e fazer ""9Fre)ericG .uec(ner, Listening to Your Life, p" HI="

 ;en0o pensado muito sobre a fe%icidade nos B%timos dias. *rimeiro foi a %eitura em oração dos :a%mo)). Comparti%0ei essa %eitura com meus irmãos da gre=a *resbiteriana de CriciBma e com meus

queridos parentes em A%umenau. 7m min0a compreensão, entendi a fe%icidade como fruto da graça de

(eus.

7m min0as re5eD9es, %embrava+me sempre da canção do querido amigo Jorge Camargo6 “/ e%icidade”,

uma das coisas mais be%as que =3 ouvi sobre o tema. Ema be%a re5eDão a partir de uma frase de

ieregaard6 “/ porta da fe%icidade abre s2 para o eDterior8 quem a força em sentido contr3rio acaba

por fec03+%a ainda mais”. / mensagem & muito c%ara e forte6 a ess'ncia da fe%icidade & comparti%0ar. 7

isso me faz %embrar de outro amigo, Person Aorges, cu=o moto &6 “/ g%2ria de (eus & comparti%0ar”.

>as isso & tema para outro post.

*are um pouco e assista ao be%o v@deo do Jorge6

/ e%icidade

Na semana, enquanto aguardava min0a consu%ta no cardio%ogista, %i um teDto do rederic Auec0ner

que mudou min0a concepção um pouco. 7u que sempre co%ocava a fe%icidade acima da a%egria. *ara

mim, a a%egria sempre me pareceu menor, mais cotidiana, prosaica, enquanto a fe%icidade tin0a ares de

eternidade. / visão de Auec0ner & um pouco diferente, ta%vez mais pr2Dima da de C.:. QeRis quando

escreveu o urpreen)i)o pela Alegria. (iz rederic Auec0ner6

ão (á ningu+m que *á não ten(a si)o toca)o em algum lugar pela alegria, )e mo)o que, para torná-la

real para n8s, para mostrá-la, seria su2ciente para :esus simplesmente lembrar-nos )ela, lembrar-nos

)os momentos )e alegria em nossas pr8prias vi)as" 6esmo assim, não + fácil, pois ironicamente esses

momentos são os que geralmente não associamos com religião" @en)emos a pensar que a alegria não

+ propriamente religiosa, mas at+ mesmo oposta à religião" @en)emos a pensar que a eEperiência

religiosa consiste em sentar-se im8vel e antiss+ptico e um pouco ente)ia)os e que alegria + riso e

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liber)a)e e bra!os esten)i)os para abra!ar a @erra enorme e impressionante e que + tão bela que às

vees parece quase eEplo)ir os nossos cora!?es" 0recisamos ser lembra)os que em sua âmago o

1ristianismo + alegria e que o riso e a liber)a)e e o abra!o são a sua essência" 0recisamos ser

lembra)os tamb+m que a alegria não + o mesmo que felici)a)e" Felici)a)e + constru4)a pelo ser

(umano J um lar feli, um casamento feli, relacionamentos felies com nossos amigos e em nosso

lugar )e trabal(o" 3sso eEige esfor!o e, se formos cui)a)osos e sábios e se tivermos sorte, po)emos

conseguir" A felici)a)e + uma )as mais nobres realia!?es a que somos capaes, e quan)o a

conseguimos, recebemos o cr+)ito por ela, )e mo)o at+ apropria)o" 6as n8s *amais po)emos recebercr+)ito por nossos momentos )e alegria, pois sabemos que eles não são realia)os (umanamente e

 *amais seremos realmente responsáveis por eles" Kles vêm quan)o vêm" ão sempre repentinos e

breves e irrepet4veis" Ls vees a alegria ineEplicável )e apenas estar vivo" O milagre às vees )e

sermos apenas quem somos )ebaiEo )o c+u aul e sobre a grama ver)e*ante, os rostos )os nossos

amigos e as on)as )o mar, sen)o apenas o que eles são" A alegria )e relaEar, )e sentir-se bem

repentinamente quan)o (av4amos esta)o )oentes, )e ser per)oa)o quan)o antes nos sent4amos

envergon(a)os e com me)o, )e nos sabermos ama)os quan)o antes estávamos per)i)os e soin(os"

 A alegria )e amar, que + uma alegria tanto )a carne quanto )o esp4rito" Kntretanto, ca)a um )e n8s

 po)e prover-se )e seus pr8prios momentos, pelo menos em )uas coisas mais" Cm + que a alegria +

sempre abrangente; não (á na)a mais em n8s para ser o)ia)o ou temi)o, para sentir-se culpa)o ouser ego4sta" A alegria + on)e o ser inteiro aponta para uma s8 )ire!ão, e + algo que por sua naturea o

(omem *amais po)e acumular, mas sempre repartir" egun)o, a alegria + um mist+rio porque ela po)e

acontecer em qualquer lugar, em qualquer tempo, mesmo sob as circunstâncias mais complica)as,

mesmo no meio )o sofrimento, com lágrimas nos ol(os" 6esmo pen)ura)o a uma cruB 9Fre)ericG

.uec(ner, Mistening to Nour Mife, p" H-&="Havendo tratado da questão da linhagem, Paulo agora enfoca o problema da tatuagem. Ele voltasua atenção ao mais sagrado emblema judaico: a circuncisão. A circuncisão simbolizava aproximidade que Deus desejava com o seu povo. Deus pôs uma faca para nossa autossuficiência.Ele quer ser parte de nossa identidade, de nossa intimidade, e até de nossa potencialidade. A

circuncisão atesta que não há nenhuma área em nossa vida demasiadamente privada, oupessoal demais, para Deus.Ora, em lugar de ver a circuncisão como um sinal de submissão, os judeus viam-na como sinalde autoridade. Com o tempo, passaram a confiar mais no símbolo que no Pai. O apóstolo Paulodestrói esta ilusão ao proclamar: “Não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem écircuncisão a que é meramente exterior e física. Não! Judeu é quem o é interiormente, ecircuncisão é a operada no coração, pelo Espírito, e não pela lei escrita. Para estes o louvor nãoprovém dos homens, mas de Deus” (Rm 2.28,29 NVI).Mais tarde, Pauto indaga: Deus aceitou Abraão antes ou depois de ele haver sido circuncidado?(Rm 4.10). Pergunta importante. Se Deus somente aceitou Abraão após a circuncisão, então

 Abraão foi aceito de acordo com os seus méritos, e não por causa de sua fé.Qual é a resposta de Paulo? Abraão foi aceito antes de sua circuncisão (v.10). Ele foi aceito porDeus em Gênesis 15, e circuncidado em Gênesis 17. Quatorze anos separam os dois eventos!Se Abraão já tinha sido aceito por Deus, então por que a circuncisão? Paulo responde a questãocom o seguinte verso: “Ele recebeu a circuncisão como sinal, selo da justiça que ele tinha pela fé,quando ainda não fora circuncidado” (Rm 4.11 NVI).O ponto de Paulo é crucial: A circuncisão era simbólica. Seu propósito era mostrar o que Deus já

tinha feito.

QUE DEUS!!

Considere o feito de Deus. Ele não fecha os olhos ao nosso pecado, nem compromete seu critério.Ele não ignora nossa rebelião, nem afrouxa suas exigências.Em vez de descartar nosso pecado, Ele o assume e, inacreditavelmente, sentencia a si próprio.

  santidade de Deus é honrada. !osso pecado é punido e... nós somos redimidos.

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Deus faz o "ue não podemos fazer, e assim podemos ser o "ue nem ousamos sonhar# perfeitos diante

de Deus.

Minha única qualificação para escrever um livro sobre a graça é a roupa que uso. Deixe-meexplicar.Durante anos, possui um elegante terno, com paletó, calça, e até um chapéu. Considerava-metotalmente garboso nesse conjunto, e estava certo de que os outros eram da mesma opinião.

 As calças, talhei-as do tecido de minhas boas obras, fortemente urdido de trabalhos realizados eprojetos completados. Alguns estudos aqui, alguns sermões ali. Muita gente elogiava minhascalças, e, confesso, eu tinha a tendência de puxá-las em público para que as pessoas pudessemnotá-las.O paletó era igualmente impressionante; tecido de minhas convicções. A cada dia, eu me vestiaem profundo sentimento de fervor religioso. Minhas emoções eram absolutamente fortes. Tãofortes que, para dizer a verdade, muitas vezes eu era solicitado a exibir meu manto de zelo empúblico, a fim de inspirar a outrem. Claro, eu aquiescia feliz.Enquanto isso, tinha também de expor meu chapéu — um quepe emplumado de sabedoria, feitopor minhas próprias mãos, tecido com fibras de opinião pessoal. Eu o usava orgulhosamente.Certamente, Deus está impressionado com minhas vestes,pensava eu com freqüência.

Ocasionalmente, impertigava-me em sua presença para que Ele pudesse elogiar meus trajesfeitos sob medida. Ele nunca falava.Seu silêncio deve significar admiração,convenci a mimmesmo.Mas então o meu guarda-roupa começou a deteriorar-se. O tecido de minhas calças esgarçou-se.Minha melhor obra, ei-la a desintegrar-se. O que eu fazia já não podia concluir, e o pouco queintentava já não me constituía motivo de orgulho.Não há problema,pensei.Vou trabalhar duro.Mas o trabalho duroeraum problema. Havia um

 buraco em meu paletó de convicções. Minha determinação estava puída. Um vento frio golpeou-me o peito. Agarrei meu chapéu, e puxei-o firmemente para baixo. A aba rasgou-se em minhasmãos.

 Após um período de poucos meses, meu guarda-roupa de justiça própria desfez-secompletamente. De cavalheiro vestido sob medida, passei a mendigo esfarrapado. Receandopudesse Deus agastar-se com os meus trapos, remendei-os melhor que pude, e cobri meus erros.

 As roupas porém estavam muito gastas. E o vento era gelado. Desisti. Voltei para Deus. (O quemais podia fazer?)Numa quinta-feira invernal, entrei em sua presença, buscando não aplausos, mas aconchego.Minha oração foi débil.

 — Sinto-me nu. — Vocêestánu. E tem estado assim por um longo tempo. O que Ele fez a seguir, jamaisesquecerei.

 — Tenho algo para lhe dar — disse-me ele. E gentilmente removeu o restante dos fiapos, eapanhou um manto — um manto real, uma veste de sua própria bondade. Colocou-o em tornode meus ombros. Suas palavras soaram cheias de ternura: — Meu filho, agora você está vestidocom Cristo. (Ver Gl 3.27).Embora houvesse cantado o hino milhares de vezes, só então o compreendi:$estido unicamente de sua %usti&a,'rrepreens(vel perante o trono.

 Tenho o pressentimento de que alguns de vocês sabem do que estou falando. Você vem usandoum traje feito por si mesmo. Você tem confeccionado suas vestimentas, honrado suas obrasreligiosas, e... já notou um rasgo no tecido. Antes que você comece a remendar-se a si próprio,

gostaria de partilhar com você alguns pensamentos sobre a maior descoberta de minha vida: agraça de Deus.Minha estratégia é que gastemos algum tempo escalando as montanhas da Epístola de Paulo aosRomanos. Escrita para auto-suficientes, essa epístola contrasta a posição de pessoas quepreferem envergar trajes feitos por si próprias, com a daquelas que, alegremente, aceitam o

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manto da graça. Romanos é o maior tratado já escrito sobre a graça. Você achará o ar fresco e a visão clara.Martinho Lutero chamou Romanos de “A parte fundamental do Novo Testamento e...

 verdadeiramente, o mais puro Evangelho”. Deus usou o livro de Romanos para mudar as vidas (eo guarda-roupa) de Lutero, John Wesley, João Calvino, William Tyndale, Agostinho, e milhões deoutros.Há inúmeras razões para pensar que Ele fará o mesmo a você.

Max LucadoMemorial Day, 1996

1. A Parábola do Rio Romanos 1.21-32

Havia outrora cinco irmãos, que moravam com o pai num castelo, no alto de uma montanha. Omais velho era um filho obediente. Seus quatro irmãos, todavia, eram rebeldes. O pai tinha-lhesgrande cuidado por causa do rio; já lhes havia implorado que ficassem distante da margem, paraque não fossem varridos pelo refluxo da maré. Mas eles não ligavam; a atração do rio era-lhesdemasiadamente forte.

 A cada dia, os quatro irmãos rebeldes arriscavam-se cada vez mais perto do rio, até que, uma

 vez, um deles atreveu-se a tocar a água. — Segurem a minha mão — gritou ele. — Assim não cairei.E seus irmãos o fizeram. Quando ele porém tocou a água, o repuxo arrastou-o com os outrostrês para dentro da correnteza, rolando-os rio abaixo.Foram despencando de rocha em rocha, girando no leito do rio. Arrastados pelas vagas, eles seforam. Seus gritos de socorro perderam-se na fúria do rio. Embora se debatessem tentandorecuperar a estabilidade, foram impotentes contra a força da correnteza. Depois de horas deesforço, renderam-se ao puxão do rio. As águas finalmente lançaram-nos à margem, numa terraestranha, num distante país. O lugar era estéril. Um povo selvagem habitava aquela terra. Nãoera segura como o lar que eles tinham.

 Ventos frios gelavam a terra. Não era quente como o lar que possuíam.Montanhas inóspitas assinalavam a terra. Não era convidativa como o lar que conheciam.Embora não soubessem onde estavam, de uma coisa tinham certeza: não haviam sido feitos paraaquele lugar. Por um longo tempo, os quatro jovens irmãos ficaram deitados na margem,atordoados com a queda, e sem saber para onde se voltarem. Após algum tempo, reuniramcoragem e tornaram a entrar na água, esperando andar rio acima. Mas a correnteza erademasiadamente forte. Tentaram caminhar ao longo da margem, porém o terreno era íngremedemais. Consideraram a possibilidade de subir as montanhas, contudo, o cimo era muito alto.

 Além de tudo, não conheciam o caminho.Finalmente, fizeram um fogo, e sentaram-se à volta.

 — Não deveríamos ter desobedecido nosso pai — admitiram eles. — Estamos a grande distânciade casa.Com o passar do tempo, os filhos aprenderam a sobreviver na terra estranha. Encontraramnozes para alimento, e mataram animais para ter as peles. Eles tinham determinado nãoesquecer a terra natal, nem abandonar as esperanças de retornar. A cada dia, os quatroaplicavam-se à tarefa de achar alimento e construir abrigo. A cada noite, acendiam o fogo econtavam histórias de seu pai e do irmão mais velho, ansiando por vê-los novamente.Então, numa noite, um dos irmãos ausentou-se da fogueira. Os outros o encontraram, namanhã seguinte, no vale com os selvagens. Ele havia construído uma choupana de barro epalha.

 — Tenho me cansado de nossas conversas — confessou ele. — De que adianta recordar? Além deque, esta terra não é tão ruim. Vou construir uma grande casa e estabelecer-me aqui. — Mas aqui não é nosso lar. — Objetaram os outros. — Não. Mas será, se vocês não pensarem no verdadeiro — Mas, e nosso pai?

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 — O que tem ele? Ele não está aqui. Não está por perto. Devo viver para sempre na expectativade sua chegada? Estou fazendo novos amigos; estou aprendendo novos caminhos. Se ele vier,muito que bem, mas eu não vou parar minha vida.E assim, os outros três deixaram o construtor de cabanas, e se foram. Eles continuaram a seencontrar em volta do fogo, falando do lar e sonhando com o retorno.

 Alguns dias depois, o segundo irmão faltou ao encontro da fogueira. Na manhã seguinte, osoutros dois o acharam no alto de uma ladeira, fitando a cabana de seu irmão.

 — Que desgosto — desabafou ele, quando os dois se aproximaram. — Nosso irmão é um fracassototal. Um insulto ao nome de nossa família. Podem imaginar um ato mais desprezível?Construindo uma cabana, e esquecendo nosso pai?!

 — O que ele está fazendo é errado — concordou o mais jovem. — Mas o que fizemos é igualmentemau. Nós desobedecemos. Tocamos o rio. Ignoramos as advertências de nosso pai.

 — Bem, podemos ter cometido um ou dois enganos, mas comparados àquele coitado dachoupana, nós somos santos. Papai vai perdoar nosso pecado, e castigar a ele.

 — Venha — instaram os dois irmãos. — Volte ao fogo conosco. — Não. Acho que devo manter o olho em nosso irmão. Alguém precisa conservar uma recordaçãode seus erros para mostrar a papai.

 Assim, os dois retornaram, deixando um irmão construindo e o outro julgando.Os dois filhos remanescentes ficaram perto do fogo, encorajando-se mutuamente e falando dolar. Então, ao acordar numa manhã, o mais novo achou-se sozinho. Procurou pelo irmão, eencontrou-o perto do rio, amontoando pedras.

 — As coisas não são assim — explicou o amontoador de pedras, enquanto trabalhava. — Meupai não vem a mim. Eu devo ir a ele. Eu o ofendi. Insultei-o. Falhei com ele. Há apenas umaopção: construirei um caminho de pedras sobre o rio, e irei até a presença de nosso pai. Pedrasobre pedra, eu as amontoarei até que sejam suficientes para eu viajar rio acima, em direção aocastelo. Ao ver quão duro eu tenho trabalhado, e quão diligente tenho sido, nosso pai não teráescolha: aluirá a porta, e me deixará entrar em sua casa.

O último irmão não soube o que dizer. Voltou a sentar-se sozinho junto ao fogo. Certa manhã,ouviu atrás de si uma voz familiar. — Papai mandou-me buscar vocês, e levá-los para o lar. Levantando os olhos, ele viu a face deseu irmão mais velho.

 — Você veio buscar-nos! — Gritou ele. E ambos ficaram abraçados por um longo tempo. — E os outros? — Perguntou finalmente o mais velho. — Um fez uma casa aqui. O outro o está olhando. E o terceiro está construindo um caminhosobre o rio.E assim, o primogênito pôs-se a procurar os irmãos. Foi primeiro à choupana de palha, no vale.

 — Fora, estranho! — enxotou o seu irmão, pela janela. — Você não é bem-vindo aqui!

 — Eu vim para levá-lo ao lar. — Mentira! Você veio pegar minha mansão! — Isto não é uma mansão — ponderou o primogênito — É uma choupana. — É uma mansão! A mais bela da planície. Eu a construí com minhas próprias mãos. Agora, váembora. Você não pode ficar com minha mansão.

 — Você não se lembra da casa de seu pai? — Não tenho pai. — Você nasceu num castelo, numa terra distante, onde o ar é cálido, e os frutos, abundantes. Você desobedeceu a seu pai, e acabou nesta terra estranha. Eu vim a fim de levá-lo para casa.O irmão perscrutou a face do primogênito através da janela, como se estivesse vendo um rosto já

 visto num sonho. Mas a pausa foi curta, pois, de repente, os selvagens atopetaram a janelatambém.

 — Vá embora, intruso! — exigiram eles. — Esta casa não é sua.

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 — Vocês estão certos — respondeu o primogênito. — Mas vocês não são nada dele.Os olhos dos dois irmãos encontraram-se novamente. Mais uma vez o construtor sentiu umaperto no coração, mas os selvagens haviam conquistado sua confiança.

 — Ele quer apenas a sua mansão — gritaram eles. — Mande-o embora! E ele o mandou.O primogênito foi procurar o segundo irmão. Não teve de ir muito longe. Sobre a ladeira, próximoà cabana, ao alcance da vista dois selvagens, estava o irmão acusador. Ao ver o primogênitoaproximando-se, ele alegrou-se:

 — Que bom que você está aqui para ver o pecado de nosso irmão! Você está sabendo que ele voltou as costas ao castelo? Está sabendo que ele nunca mais falou de casa? Eu sabia que você viria, e tenho anotado cuidadosamente as ações dele. Castigue-o! Eu aplaudirei a sua ira. Ele amerece! Trate dos pecados de nosso irmão.O primogênito falou suavemente:

 — Precisamos cuidar de seus pecados primeiro. — Meus pecados? — Sim, você desobedeceu o papai.O irmão deu uma risada sarcástica, e esmurrou o ar.

 — Meus pecados não são nada. Lá está o pecador — acusou ele, apontando para a cabana.

Deixe-me contar-lhe dos selvagens que ficam lá... — Prefiro que me fale de si mesmo. — Não se preocupe comigo. Deixe-me mostrar a você quem é que precisa de ajuda — insistiu ele,correndo em direção à choupana. — Venha, nós espiaremos pela janela. Ele nunca me vê. Vamos

 juntos. — E ele chegou à cabana, antes de perceber que seu irmão mais velho não o seguira.Depois disso, o primogênito encaminhou-se para o rio. Lá, achou o terceiro irmão, afundado naágua até os joelhos, amontoando pedras.

 — Papai mandou-me levar você para casa. O outro nem levantou os olhos. — Não posso conversar agora. Devo trabalhar. — Papai sabe que você caiu. Contudo, ele o perdoará.

 — Ele pode — interrompeu o irmão, esforçando-se por manter o equilíbrio contra a correnteza.Mas antes tenho de chegar ao castelo. Devo construir um atalho sobre o rio. Primeiro lhemostrarei que sou digno. Então, pedirei sua misericórdia.

 — Ele já teve misericórdia de você. Eu o transportarei rio acima. Você jamais será capaz deconstruir um atalho. O rio é tão comprido! A tarefa é grande demais para você. Papai mandou-me carregá-lo para casa. Eu sou forte.Pela primeira vez, o amontoador de pedras olhou para cima.

 — Como você ousa falar com tanta irreverência? Meu pai não irá me perdoar facilmente. Eupequei. Cometi um grande pecado! Ele nos disse para evitarmos o rio, e nós desobedecemos. Souum grande pecador. Preciso trabalhar muito.

 — Não, meu irmão, você não precisa de muito trabalho. Você precisa de muita graça. Você nãopossui força nem pedras suficientes para construir a estrada. Foi por isso que nosso pai meenviou. Ele quer que eu o leve para casa.

 — Está dizendo que não consigo? Está querendo dizer que não sou suficientemente forte? Vejameu trabalho. Veja minhas rochas. Eu já posso dar cinco passos!

 — Porém ainda faltam cinco milhões à frente!O irmão mais novo fitou o primogênito com raiva.

 — Eu sei quem é você. Você é a voz do mal. Está tentando seduzir-me e afastar-me de meu santotrabalho. Para trás de mim, serpente! — E ele jogou no primogênito a pedra que ia pôr no rio.

 — Herético! - gritou o construtor de estrada. - Deixe esta terra. Você não pode me fazer parar!Construirei esta passagem, e apresentar-me-ei ante meu pai. Então ele terá de perdoar-me. Euconquistarei o seu favor. Serei merecedor da sua compaixão.O primogênito balançou a cabeça.

 — Favor conquistado não é favor. Compaixão merecida não é compaixão. Eu lhe imploro, deixe-me transportá-lo rio acima.

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 A resposta foi outra pedrada. Então o primogênito virou-se e saiu. O irmão mais jovem estavaesperando junto ao fogo, quando o primogênito retornou.

 — Os outros não vêm? — Não. Um preferiu indultar-se; o outro, julgar; e o terceiro, trabalhar. Nenhum deles escolheunosso pai.

 — Então eles permanecerão aqui?O primogênito balançou a cabeça devagar.

 — Por enquanto. — E nós voltaremos ao pai? — indagou o mais novo. — Sim. — Ele me perdoará? — Teria ele me enviado, se não fosse assim?E então, o mais jovem subiu nas costas do primogênito, e iniciaram a jornada para o lar.

*** Todos os irmãos receberam o mesmo convite. Cada um teve a oportunidade de ser carregado peloirmão mais velho. O primeiro disse não, preferindo uma choupana de palha à casa de seu pai. Osegundo disse não, preferindo analisar os erros de seu irmão, em vez dos seus próprios. O

terceiro disse não, achando que seria melhor causar uma boa impressão que fazer uma confissãohonesta. E o quarto disse sim, escolhendo a gratidão em lugar da culpa.“Serei indulgente comigo mesmo” — resolveu um dos filhos. “Compararei os outros a mimmesmo” — optou o outro.“Eu mesmo serei o meu salvador” — determinou o terceiro. “Confiar-me-ei a você” — decidiu oquarto.Posso fazer-lhe uma indagação crucial? Lendo sobre esses irmãos, qual deles descreve seurelacionamento com Deus? A exemplo do quarto filho, você tem reconhecido sua incapacidade defazer sozinho a jornada para o lar? Você tem aceitado a mão estendida de seu Pai? Você estápreso nas garras da sua graça? Ou você tem agido como um dos outros três filhos?

Um hedonista. Um judicialista. Um legalista. Iodos ocupados consigo mesmos, rejeitando o pai.Paulo discorre sobre esses três nos primeiros três capítulos de Romanos. Demos uma olhada em

cada um.

 Pecado, o Problema UniversalPorém o que nos separa de Deus não é uma corda e uma política de acampamento. O que nossepara de Deus é o pecado. Não somos fortes o suficiente para removê-lo, e não somos bons o

 bastante para apagá-lo. Apesar de todas as nossas diferenças, há um problema que todospartilhamos: estamos separados de Deus.)!ão h* um %usto, nem um se"uer. !ão h* ninguém "ue atenda+ não h* ninguém "ue bus"ue a Deus

-m /.01,00, it*lico meu2.Não lhe parece que Paulo está tentando dizer-nos alguma coisa?Cada pessoa sobre o verde jardim de Deus o tem pisoteado. Os hedonistas pisotearam-no porquecentralizaram-se no prazer, e não em Deus. Os judicialistas pisotearam-no porque se inclinaramà arrogância, e não a Deus. Os legalistas pisotearam-no porque foram conduzidos pelo esforço, enão pela graça.O construtor de cabanas busca prazer, o censor busca impunidade, o amontoador de pedras

busca piedade. O primeiro neg%igencia (eus, o segundo procura distrair (eus, e o terceiro

espera compensar (eus. *or&m cada um de%es fa%0a com (eus. :ão todos @mpios.

Nen0um & como o quarto <%0o, que dependeu do p%ano do pai para %ev3+%o ao %ar.

Morte, a Condição UniversalSabe qual o grande complemento que falta à humanidade? Estamos a uma longa distância doPai, e não temos um indício de como chegar a Ele.

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Ouça como Paulo compreende o papel do juiz investigador, e descreve o cadáver do pecador:)3ua garganta é um sepulcro aberto.)Com a l(ngua tratam enganosamente.)4e&onha de *spides est* debaixo de seus l*bios.)3ua boca est* cheia de maldi&ão e amargura.

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)3eus pés são ligeiros para derramar sangue.-$e%a m /.0/,05,062.Que anatomia repulsiva! Gargantas como sepulcros abertos. Língua mentirosa. Lábios de víbora.Boca cheia de vulgaridades. Pés que marcham em direção à violência. E para resumir, Pauloapresenta a causa de tudo isso: “Não há temor de Deus diante de seus olhos” (v. 18).O pecado infecta a pessoa inteira, desde os olhos até os pés. O pecado não apenas contaminacada ser humano, mas contamina o ser de cada humano. Mais para a frente, na carta aosRomanos, Paulo diria isso ainda mais claramente: “O salário do pecado é a morte” (Rm 6.23).O pecado é uma doença fatal.O pecado tem-nos sentenciado a uma morte lenta e dolorosa.O pecado faz com a vida o que a tesoura faz a uma 5or. Em corte no ta%o separa a 5or da

fonte da vida. nicia%mente, a 5or & atraente, ainda viçosa e c0eia de cor. >as o%0e para e%a

depois de um certo tempo8 as fo%0as estarão murc0as, e as p&ta%as, ca@das. Não importa o

que voc' faça, a 5or não vo%tar3 a viver. >ergu%0e+a na 3gua. inque o ta%o na terra. Aatize+a

com adubos. Co%e a 5or de vo%ta ao cau%e. aça o que quiser. / 5or est3 morta.

Separada de Deus, a alma murcha e morre. A conseqüência do pecado, não é um dia ruim, ou

um mau humor, mas uma alma morta. O sinal de uma alma morta é claro: lábiosenvenenadores e boca blasfemadora, pés que se encaminham à violência e olhos que não vêem aDeus.

 Agora você sabe porque as pessoas podem ser tão profanas. Suas almas estão mortas. Agora você compreende como alguns religiosos podem ser tão opressivos. Eles não têm vida. Agora vocêentende porque o traficante de drogas pode dormir à noite, e o ditador pode viver em paz com aconsciência. Ele não a possui./ função do pecado & matar a a%ma.

 Até este ponto da carta de Paulo, todo o empenho para a salvação tem vindo da terra. O homemtem inflado seu balão com seu próprio ar quente, e não tem sido capaz de deixar a atmosfera.

Nossos pretextos de ignorância são inescusáveis (Rm 1.20). Nossas comparações com outros sãoinadmissíveis (Rm 2.1). Nossos méritos religiosos são inaceitáveis (Rm 2.29). A conclusão éinevitável: auto-salvação simplesmente não funciona. O homem não tem como salvar a simesmo.No entanto, Paulo anuncia queDeus tem um meio.Onde o homem falha, Deus sobressai. Asalvação desce do céu; não sobe da terra. “Do alto nos visitará o sol nascente” (Lc 1.78 NVI).“Toda boa dádiva e todo dom perfeito vem do alto” (Tg 1.17).Por favor, note: A salvação é dada por Deus, movida por Deus, autorizada por Deus, e originadaem Deus. A dádiva não é do homem para Deus. É de Deus para o homem. “Nisto consiste oamor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho

para propiciação pelos nossos pecados” (1 Jo 4.10). A graça é criada por Deus e dada ao homem. “Destilai vós, céus, dessas alturas, e as nuvenschovam justiça; abra-se a terra, e produza-se salvação, e a justiça frutifique juntamente; eu, oSenhor, as criei” (Is 45.8).Com base neste único ponto, o cristianismo está à parte de qualquer outra religiãonomundo.“Nenhum outro sistema, ideologia, ou religião, proclama o livre perdão e a nova vida a esses quenada têm feito a fim de merecê-los, e que merecem, em vez disso, o juízo”.Para citar John MacArthur: “No que diz respeito à salvação, há apenas duas religiões que omundo sempre conheceu, ou sempre conhecerá — a religião divinamente efetuada, que é ocristianismo bíblico, e a religião humanamente empreendida, que inclui todas as outras espécies

de religiões, não importa o nome que tenham”.Qualquer outra tentativa de aproximação de Deus é um sistema de troca; se eu fizer isto, Deusfará aquilo. Desse modo, sou salvo pelo esforço (o que faço), pelas emoções (o que experimento),ou pelo conhecimento (o que sei).

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 Ao contrário, o cristianismo não tem ares de negociação. O homem não é o negociador; na verdade, o homem não tem com que negociar. Aqueles que se aproximaram de Deus compreenderam isto. Aqueles que se acercaram dele nuncase orgulharam de seus feitos; na verdade, estavam muitíssimo desgostosos com a idéia de auto-salvação. Eles descrevem o legalismo em termos repulsivos. Isaías afirmou que nossos atos de

 justiça são “como trapo da imundície”, referindo-se à roupa menstrual (Is 64.6). Paulo igualounossas credenciais religiosas aos montes malcheirosos que você evita no pasto das vacas: “...as

considero como esterco” (Fp 38).Podemos resumir os primeiros três capítulos e meio de Romanos com três palavras:nós temos

 falhado. Temos tentado alcançar a lua, contudo, mal tiramos os pés do chão. Tentamos atravessar o Atlântico a nado, mas não conseguimos ir além dos recifes. Tentamos escalar o Evereste dasalvação, porém mal conseguimos sair da base, quanto mais ascender o aclive. A realidade estána cara: não precisamos de mais suprimentos, ou músculos, ou técnicas; precisamos de umhelicóptero. Não pode ouvi-lo pairando?Deus tem um meio de tornar as pessoas retas perante 3i. -m /.702.É vital que abracemos esta verdade-. O mais alto sonho de Deus não é fazer-nos ricos, bem-

sucedidos, populares ou famosos. O sonho de Deus é fazer-nos justos diante dele.O Dilema da GraçaComo Deus nos torna retos perante Si? Retornemos à companhia seguradora e façamos algumasindagações. Primeiro: ela foi injusta em rejeitar-me como cliente? Não. Posso ter achado suadecisão ofensiva, desagradável, e mesmo desanimadora, mas não posso chamá-la de injusta. Elaapenas fez o que dissera que faria.

 Assim fez nosso Pai. Ele avisou a Adão: “Se você comer do fruto dessa árvore, você morrerá” (Gn2.17). Nenhum sinal obscuro. Nenhum apontamento secreto. Nenhum furo ou termo técnico.Deus não tem jogado conosco. Ele tem sido claro. Desde o Éden, o salário do pecado tem sido amorte (Rm 6.23).

 Assim como dirigir descuidadamente tem suas conseqüências, o viver descuidado também astem. Assim como não tive defesa perante a companhia seguradora, não tenho defesa peranteDeus. Minhas lembranças me acusam. Meu passado me convence.

 Agora, suponha que o fundador da companhia de seguros preferisse ter compaixão de mim.Suponha que, por alguma razão, ele quisesse conservar-me como cliente. O que poderia elefazer? Poderia fechar os olhos e fingir que não cometi erros? Por que ele não pegou minha ficha enão a rasgou? Duas razões.Primeira: a integridade da companhia seria comprometida. Ele teria de relaxar o padrão daorganização, algo que não poderia nem deveria fazer. Os ideais da firma são valiosos demais paraserem abandonados. A companhia não pode abandonar seus preceitos, e ainda assim manter a

integridade. Segundo, os erros do motorista seriam encorajados. Se não houvesse um preço paraminhas faltas, por que eu dirigiria com cuidado? Se o presidente permitisse minhas falhas, o queme impediria de dirigir como bem quisesse? Se ele está disposto a ignorar quaisquer asneiras,

 vamos aprontar!É esse o alvo do presidente? É essa a meta de sua clemência? Baixos padrões e motoristasineficientes? Não. O presidente enfrenta este dilema: Como posso ser clemente e justo ao mesmotempo? Como posso oferecer graça sem apoiar erros?Ou, pondo em termos bíblicos, como pode Deus punir o pecado e amar o pecador? Paulo tornouisto claro: „A ira de Deus é revelada do céu contra toda impiedade e injustiça dos homens quesuprimem a verdade pela justiça” (Rm 1.18). lria Deus rebaixar seu padrão para que fôssemos

perdoados? Iria Deus olhar para o outro lado e fingir que nunca pequei? Desejaríamos nós umDeus que alterasse as regras e abrisse exceções? Não. Queremos um Deus “em quem não hámudança, nem sombra de variação” (Tg 1.17), e para quem “não há acepção de pessoas” (Rm2.11).

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Ignorar meu pecado é endossá-lo. Se não há um preço por meus pecados, então vamos pecar! Semeu pecado não traz punição, continuemos pecando! De fato “Façamos males, para que venham

 bens” (Rm 3-8). É esta a intenção de Deus? Comprometer sua santidade e possibilitar nossomal?C%aro que não 7ntão o que & que 7%e faz? Como pode 7%e ser =usto e amar o pecador? Como

pode amar o pecador e punir o pecado? Como pode 7%e satisfazer seus crit&rios e perdoar

meus erros? K3 a%gum modo de (eus 0onrar a integridade do c&u sem me vo%tar as costas?

 A Decisão da Graça A santidade exige que o pecado seja punido. A misericórdia constrange a que o pecador sejaamado. Como pode Deus fazer ambas as coisas? Posso responder a questão, retornando aodiretor da seguradora? Imagine-o convidando-me ao seu escritório e dizendo-me estas palavras:

 — Senhor Lucado, achei um meio de lidar com as suas faltas. Não posso passá-las por alto; fazê-lo seria injusto. Mas aqui está o que posso fazer: Encontramos em nossos registros uma pessoacom um passado imaculado. Esse homem nunca quebrou a lei. Nenhuma violação, nenhumatransgressão, nenhuma multa de trânsito. Ele quer, voluntariamente, trocar de registro com

 você. Ele tomará seu nome e o colocará na ficha dele, e pegará o próprio nome e colocará em sua

ficha. Nós puniremos a ele pelo que você fez. Você, que transgrediu, será tornado correto. Ele,que agiu certo, será tornado incorreto.Minha resposta?

 — Você está brincando! Quem faria isso por mim? Quem é esta pessoa?E o diretor responderia:

 — Eu.Sc você está esperando que um diretor de seguradora lhe diga isso, nem prenda a respiração. Elenão o fará. Ele não pode. Mesmo que quisesse, ele não poderia. Ele não tem um registro perfeito.Contudo, se você está esperando que Deus lhe diga essas palavras, pode respirar aliviado. Ele ofaz. Ele pode. “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os

seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação... Aquele que não conheceu pecado, otornou pecado por nós, para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Co 5.19,21).

 A ficha limpa de Jesus foi dada a você, e a sua ficha imperfeita foi dada a Ele. Jesus não tinhaculpa, mas “padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus” (1 Pe3.18). Como resultado, a santidade de Deus é honrada, e seus filhos são perdoados.Por sua vida perfeita, Jesus cumpriu as exigências da lei. Pela sua morte, satisfez a exigência dopecado. Jesus sofreu, não assemelhando-se a um pecador, mascomoum pecador. Por que maisele clamaria “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mt 27.46).Considere o feito de Deus. Ele não fecha os olhos aos nossos pecados, nem compromete seuscritérios. Não ignora nossa rebelião, nem afrouxa suas exigências. Em vez de descartar nosso

pecado, Ele o assume e, inacreditavelmente, sentencia a si próprio. A santidade de Deus éhonrada. Nosso pecado é punido. E nós somos redimidos. Deus ainda é Deus. O salário dopecado ainda é a morte. E nós somos tornados perfeitos.É isto: perfeito.“Porque, por meio de um único sacrifício, ele aperfeiçoou para sempre os queestão sendo santificados” (Hb 10.14 NVI).Deus justifica (torna perfeito), e então santifica (torna santo). Deus faz o que não podemos fazer,e assim podemos o ser o que nem ousamos sonhar: perfeitos diante de Deus. Ele simplesmente

 justifica o injusto.E o que ele fez com a nossa pobre carteira de motorista? “Cancelou o escrito de dívida queconsistia de ordenanças, o qual se nos opunha. file o removeu pregando-o na cruz” (Cl 2.14 NVI).

E qual deveria ser sua resposta? Retornemos mais uma vez à companhia de seguros. Volto aomeu agente e peço-lhe para puxar meu arquivo. Ele o faz, e fita descrente a tela do computador. — Max Lucado, você tem um passado perfeito. Seu desempenho é impecável.Minha resposta? Se eu for desonesto e ingrato, cruzarei os braços e direi num tom de vozprofundo:

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 — Você está certo. Não é fácil ser assim.Se eu for honesto e agradecido, simplesmente sorrirei e direi:

 — Não mereço tal cumprimento. Na verdade, não mereço esse registro. Ele foi e é umindescritível presente da graça.De qualquer modo, tenho uma nova companhia seguradora de automóvel. Eles cobraram-me umpouco mais por eu ter sido excluído de uma concorrente. E quem sabe? Talvez eu receba maisalgumas cartas antes que o contrato termine.

Minha alma imortal está sob cobertura celeste, e Jesus não é conhecido por rejeitar clientes. Eleé conhecido por pagar prêmios. E eu estou com minha vida quitada. Com Ele, estou em boasmãos.

 Antes de ir para o próximo capítulo, deixe-me tratar de uma questão. Alguns estão com a mãolevantada desde o último parágrafo da página 74. Pois não? Você está achando isto demais.... oquê?Desculpe, ainda não entendo... bom demais para ser o quê? Bom demais para serverdade?

 Ah... bem. Você não é o primeiro. De fato, Paulo sabia que muitos de nós questionariam esseponto. Foi por isso que ele escreveu o capítulo 4 de Romanos. E é por isso que escrevi o próximocapítulo.

Pois não? Você tem outra pergunta? Sim, você me parece familiar. Você me vendeu o quê? Apólice de seguro? E depois cancelou? Hmmm. Aposto que você passou por um duro momento

compreendendo a graça.

)3endo %ustificados gratuitamente pela sua gra&a, mediante a reden&ão "ue h* em Cristo 8esus, ao"ual Deus prop9s como propicia&ão, pela fé, no seu sangue -m /:75,7;2.Simplesmente pôr: O custo de seus pecados é mais do que você pode pagar. O presente do seu

Deus é maior do que você imagina. “O homem é justificado pela fé”, conclui Paulo, “sem as obras

da lei” (v.28).

7sta pode muito bem ser a verdade espiritua% mais dif@ci% de se compreender. *or a%guma

razão, as pessoas aceitam a Jesus como :en0or, antes de aceit3+%o como :a%vador. 7 mais

f3ci% compreender seu poder que a sua miseric2rdia. Ce%ebramos o tBmu%o vazio bem antes

de nos a=oe%0armos perante a cruz. N2s, como ;om&, morrer@amos por Cristo, antes de ter de

deiDar Cristo morrer por n2s.

Esta é a indagação do pragmatista. O que nos impede de sairmos desenfreados? Se a adoraçãonão nos salva, por que adorar? Se o dízimo não salva, por que dizimar? Se minha moralidadenão me salva, então atenção, mulheres, cheguei! Judas adverte contra esta atitude quando fala

de pessoas que “convertem em dissolução a graça de Deus” (Jd 4).Mais tarde, Paulo atacaria com a questão “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, paraque a graça seja mais abundante? De modo nenhum!” (Rm 6.1). Ou, como escreveu um tradutor,“Que pensamento horrível!” (Phillips).Um pensamento horrível, de fato. Graça promovendo mal? Misericórdia endossando pecado?Que idéia terrível! O apóstolo usa o termo mais forte possível do idioma grego para repudiar aidéia:Me genoito! A frase significa literalmente “Nunca!” Como ele já dantes expressou, “a

 benignidade de Deus te leva ao arrependimento” (Rm 2.4).Compreenda de uma vez: Alguém que vê a graça como permissão para pecar, tem perdidointeiramente a graça. Misericórdia compreendida é santidade desejada. “O qual [Jesus] se deu a

si mesmo por nós, para nos remir de toda iniqüidade e purificar para sium povo seu especial,zeloso de boas obras”(Tt 2.14, itálico meu). Atenção para a última frase: “povo seu especial, zeloso de boas obras”. A graça cria uma ânsiapelo bem. Ela não gera um desejo de pecar. Alguém que verdadeiramente abraçou a dádiva de

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Deus não irá escarnecer dela. Na realidade, é de se pensar que jamais conheceu a graça de Deusalguém que a use para pecar.Quando meu pai me deu o seu cartão, não anexou a ele uma lista de regulamentos. Não houveum contrato para eu assinar, ou regras para eu ler. Ele não me mandou pôr a mão sobre a Bíbliae jurar reembolsá-lo por quaisquer despesas. Na verdade, não me pediu pagamento algum.Conforme decorreram as coisas, passei um bom tempo sem usá-lo. Por quê? Porque ele me deramais que um cartão; dera-me sua confiança. E onde eu poderia quebrar suas regras, eu não

estava disposto a abusar de sua confiança. A confiança de Deus torna-nos zelosos do bem. Tal é a índole da graça. A lei pode mostrar-nos

onde erramos, mas não pode fazer-nos zelosos do bem. A graça pode. Ou, como esclarece Paulo,

a fé leva-nos a ser aquilo que a lei verdadeiramente quer (Rm 3-31).

“e Abraão foi *usti2ca)o pelas obras, tem )e que se gloriar, mas não )iante )e 'eus" 0ois, que )i a

KscrituraD 1reu Abraão em 'eus, e isto l(e foi imputa)o como *usti!aB 9#m ",P="

Estas palavras devem ter atordoado os judeus. Paulo aponta Abraão como protótipo da graça. Os judeus enalteciam a Abraão como um homem que fora abençoado por causa de sua obediência à

lei. O caso não é bem assim, argumenta Paulo. O primeiro livro da Bíblia diz que Abraão “creuno Senhor, e foi-lhe imputado isto por justiça” (Gn 15.6). Foi a sua fé, não as suas obras, que otornou justo diante de Deus. A mensagem reproduz-se em Rm 4.2: Abraão confiou em Deus paratorná-lo justo, em vez de tentar ser justo por si mesmo.Cinco vezes em seis versículos, Paulo usa a palavra crédito. O termo é comum no mundo

financeiro. Creditar numa conta é fazer um depósito. Se eu credito em sua conta, eu aumento

seu saldo, ou abaixo seu débito.

Como prova, Paulo apanhou o arquivo de dois mil anos, marcado “Abraão de Ur”, e puxou umextrato. O extrato tinha sua quota de

débitos. Abraão estava longe da perfeição. Houve algumas vezes em que ele preferiu confiar nos

egípcios, em vez de confiar em Deus. Ele até mentira, dizendo a Faraó que Sara, sua esposa, era

sua irmã. Mas Abraão teve uma atitude que mudou-lhe a vida para sempre: “Abraão creu em

Deus, e isto lhe foi creditado como justiça” (Rm 4.3 NVI).

 Aqui está um homem justificado pela fé, antes de sua circuncisão (v.10), antes da lei (v.13), antesde Moisés e os dez mandamentos. Eis aqui um homem justificado pela fé, antes da cruz! Osangue do Calvário, que cobre pecados, estende-se tanto ao passado longínquo quanto ao futuro.

 Abraão não é o único herói do Antigo Testamento que colocou-se sob a graça de Deus. “Davi diz a

mesma coisa, quando fala da bem-aventurança do homem a quem Deus credita justiça,

independente de obras: „Bem-aventurados aqueles cujas transgressões são perdoadas, cujos

pecados são cobertos. Bem-aventurado é o homem cujo pecado o Senhor jamais leva em conta‟”

(Rm 4. 6-8 NVI).

Não devemos ver a graça como uma provisão feita depois de a lei haver falhado. A graça foioferecida antes de a lei ter sido revelada. Na verdade, a graça foi oferecida antes de o homemhaver sido criado!)3abendo "ue não foi com coisas corrupt(veis, como prata ou ouro, "ue fostes resgatados da vossa vã

maneira de viver, "ue por tradi&ão recebestes dos vossos pais, mas com precioso sangue, como de um

cordeiro sem defeito e sem mancha, o sangue de Cristo, o "ual, na verdade, foi conhecido ainda antes

da funda&ão do mundo, mas manifesto no fim dos tempos por amor de vós -0 4e 0.0<:712.

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Compreenda, por favor, Deus não nos quer pecando. Ele não nos deu a graça porquepecaríamos. Mas Ele conhece seus filhos. “Ele que forma o coração de todos eles, que contemplatodas as suas obras” (Sl 33-15). “Pois ele conhece a nossa estrutura, e sabe que somos pó” (Sl103-14). E Ele sabia que, algum dia, precisaríamos da sua graça.

 A graça não é algo novo. A misericórdia de Deus pré-data Paulo e seus leitores, pré-data Davi e

 Abraão; pré-data até mesmo a criação. Ela certamente pré-datou qualquer pecado que você

tenha cometido. A graça de Deus é mais remota que o seu pecado, e maior que este também.Bom demais para ser verdade?

Nosso passado estéril traz à memória do apóstolo o ventre estéril de Sara.Deus prometera um filho a Sara e Abraão. De fato, o nome Abrão significa “pai exaltado”. Deusaté mudara o nome de Abrão para Abraão — “pai de muitos”, contudo, nada de filho. Quarentaanos se passaram antes que a promessa fosse honrada. Você não acha que a conversa tornou-seterrivelmente rotineira a Abraão?

 — Qual o seu nome? — Abraão.

 — Oh, “pai de muitos”! Que grande título? Diga-me, quantos filhos você tem? Abraão suspirava e respondia: — Nenhum.Deus prometera uma criança, porém Abraão não tinha filho. Saíra de sua cidade para uma terradesconhecida, contudo nenhum filho havia nascido. Superara a fome, mas ainda não tinha filho.Seu sobrinho Ló viera e se fora, mas nenhum filho ainda. Encontrara-se com os anjos e comMelquizedeque, continuava porém sem herdeiro.Entrementes, estava Abraão com noventa e nove anos, e Sara não muito mais jovem. Elatricotava, e ele encaixava as peças de um quebra-cabeça. E ambos acalentavam a idéia de

 balançar nos joelhos ossudos um menino robusto. Ele perdera os cabelos, ela, os dentes. E

nenhum passava muito tempo desejando o outro. Não obstante, nunca haviam perdido aesperança. Ocasionalmente, Abraão pensava na promessa de Deus, e então piscava para Sara.Ela dava-lhe um sorriso e pensava: “Bem, Deus prometeu-nos um bebê, não prometeu?”Quando as coisas pareciam impossíveis, Abraão ainda cria, apoiando-se não no que elenão

 podiafazer, mas naquilo que Deus disseraque faria...

 Abraão não focalizou a própria impotência e disse “É impossível. Este velho corpo de cem anosnunca poderia ter um filho”. Tampouco avaliou as décadas de infertilidade de Sara e desistiu. Elenão ficou roendo as unhas em volta da promessa de Deus, e fazendo perguntas cépticas. Elemergulhou na promessa, e veio à tona forte, pronto para Deus. Por causa disso foi dito: “Abraão,contra toda esperança, em esperança creu... e isto lhe foi também creditado como justiça” (Rm

4.18,22 NVI). Tudo se fora. Não mais juventude. Não mais vigor.Não mais força. O levante-se-e-ande tinha se levantado e ido. Tudo o que o velho Abraão e a

 velha Sara tinham era um carnê do seguro social e uma promessa do céu. Porém Abraãoresolveu confiar na promessa, em vez de fixar-se nos problemas. Como resultado, o ProgramaGovernamental de Assistência de Saúde aos Casais Idosos foi o primeiro a ter um berço naenfermaria.E nós, temos mais que eles? Realmente não. Não há um de nós que não tenharrac-rraqueado

mais faturas do que poderia pagar. Porém não há um de nós que deva permanecer em débito. Omesmo Deus, que deu um filho a Abraão, prometeu graça a nós.O que é mais inacreditável Sara dizendo a Abraão que ele era papai, ou Deus declarando justos

 vocês e eu? Ambas as coisas absurdas. Ambas boas demais para ser verdade. Mas ambas vindas

de Deus.

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Bênção 1: Temos Paz Com Deus)8ustificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus -v.02.Paz com Deus. Que feliz conseqüência da fé! Não meramente paz entre países, paz entre

 vizinhos, ou paz no lar; salvação traz paz com Deus.Uma vez, um monge e seu aprendiz viajaram da abadia para a aldeia vizinha. No portão dacidade, eles separaram-se, combinando encontrar-se na manhã seguinte, após completaremsuas tarefas. De acordo com o planejado, encontraram-se e iniciaram a longa viagem de volta à

abadia. O monge notou que o jovem estava estranhamente quieto. Perguntou-lhe se algo saíraerrado.

 — Por que o interesse? — veio a resposta lacônica. Agora o monge tinha certeza de que algo perturbava o seu irmão; não disse nada, porém. Adistância entre os dois começou a aumentar. O aprendiz andava lentamente, como se paraseparar a si mesmo do mestre. Quando a abadia surgiu à vista, o monge parou no portão eesperou o aluno.

 — Diga-me, meu filho. O que lhe perturba a alma?O jovem pôs-se a disfarçar de novo, mas ao ver a cordialidade nos olhos do mestre, seu coraçãoderreteu-se.

 — Cometi um grande pecado — soluçou ele. — À noite passada, dormi com uma mulher, equebrei meus votos. Não sou digno de entrar na abadia ao seu lado.O monge pôs o braço ao redor dos ombros do pupilo e afirmou:

 — Vamos entrar juntos na abadia. E entraremos juntos na catedral. E, juntos, confessaremos oseu pecado. Ninguém, mas somente Deus, saberá quem de nós caiu.Isso não descreve o que Deus tem feito por nós? Quando calamos sobre nossos pecados,

afastamo-nos dEle. Vemo-lo como um inimigo. Esquivamo-nos de sua presença. Mas a confissão

de nossas faltas altera nossa percepção. Deus não é mais um adversário, mas um amigo.

Estamos em paz com Ele. Deus fez mais que o monge, muito mais. Mais que partilhar de nosso

pecado, Jesus foi “moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele”

(Is 55.3). Ele aceitou o opróbrio (Hb 12.2). Ele introduz-nos à presença de Deus.

Bênção 2: Temos um Lugar Com DeusSer introduzido à presença de Deus é a segunda bênção que Paulo descreve, “...por meio denosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a estagraça na qual estamos firmes; e gloriemo-nos na esperança da glória de Deus” (Rm 5.1,2).Observe a frase “por intermédio de quem obtivemos acesso”. A palavra grega significa “introduzirà presença da realeza”. Duas vezes em Efésios, Paulo recorda nosso direito de adentrarmos à

presença de Deus.)4or causa da"uilo "ue Cristo fez por nós podemos ir a Deus o 4ai -Ef 7.0< =$2.)gora podemos entrar sem medo nenhum na presen&a de Deus... -Ef /.07 =$2.

Cristo encontra voc' do %ado de fora da sa%a do trono, toma+o pe%a mão, e o introduz G

presença de (eus. Ema vez a%i, encontramos graça, não condenação8 miseric2rdia, não

punição. Onde nunca nos seria permitido uma audi'ncia com o rei, somos agora bem+vindos

em sua presença.

 Jesus prometeu: “Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu oconfessarei diante de meu Pai, que está nos céus” (Mt 10.32). Porque somos amigo do Filho,

temos entrada à sala do trono. Ele introduz-nos nesta bênção da graça de Deus, de que agoradesfrutamos.Esta dádiva não é uma visita ocasional a Deus, mas um permanente “acesso pela fé a esta graça

na qual agora estamos firmes” (Rm 5.2 NVI). É aqui que termina minha analogia com os

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 jogadores substitutos de beisebol. Eles sabiam que seustatusera temporário. Seus privilégios

durariam enquanto durasse a greve. Não é assim conosco. Nossos privilégios duram enquanto

dura a fidelidade de Deus, e esta nunca foi questionada. “Se somos infiéis, ele permanece fiel;

porque não pode negar-se a si mesmo” (2 Tm 2.13). Isaías descreve a fidelidade de Deus como o

“cinto à volta dos seus rins” (Is 11.5). Davi anuncia quea <de%idade de (eus c0ega at& os c&us

:% #".F$

/ntes de ir adiante, note a seqS'ncia destas b'nçãos. / primeira b'nção re%aciona+se ao

nosso passado8 temos paz com (eus porque o nosso passado est3 perdoado. / segunda

b'nção trata do presente. ;emos paz com (eus porque Jesus tem+nos apresentado ao *ai.

Bênção 3: Partilhamos a Sua Glória Acertou: nosso futuro, “...e nos gloriamos na esperança da glória de Deus” (Rm 5.2). A graça de Deus é a razão de havermos passado de pessoas cujas “gargantas são como sepulcros

abertos” (Sl 5.9) a participantes da glória de Deus. Tínhamos sido atirados para fora; agora

fomos chamados e postos para dentro.

“6as 'eus prova o seu amor para conosco em que 1risto morreu por n8s, sen)o n8s ain)a peca)ores"B 

#omanos %"H

/ admissão de nossa fome & a Bnica eDig'ncia, pois, “Aem+aventurados os que t'm fome e

sede de =ustiça, porque serão fartos” >t F."$. Nossa fome, então, não & um anseio a ser

evitado, mas antes, um bem+vindo dese=o a ser atendido. Nossas fraquezas não são para

serem re=eitadas, mas confessadas. Note s& não & este o 1mago das pa%avras de *au%o,

quando escreve6 “(e fato, no devido tempo, quando ainda &ramos fracos, Cristo morreu pe%os@mpios. (i<ci%mente 0aver3 a%gu&m que morra por um =usto8 pe%o 0omem bom ta%vez a%gu&m

ten0a coragem de morrer. >as (eus demonstra seu amor por n2s pe%o fato de Cristo ter

morrido em nosso favor quando ainda &ramos pecadores.” !m F."+T N-$.

O Retrato de Um IndigenteO retrato que Paulo faz de nós não é nada atrativo. Nós éramos “incapazes de ajudar a nósmesmos”, “vivendo contraDeus”, “pecadores”, “inimigos de Deus” (Rm 5.6,8,10). Tais são as pessoas por quem Cristo

morreu.O terapeuta familiar, Paul Faulkner, conta do homem que resolveu adotar uma adolescenteproblemática. Alguém questionaria a lógica do pai. A menina era destrutiva, desobediente edesonesta. Um dia, ela veio da escola para casa, e revirou tudo à procura de dinheiro. Quandoele chegou, ela já se fora, e a casa estava de pernas para o ar.

 Ao saber do fato, os amigos insistiram com ele para que não finalizasse a adoção. — Deixe-a ir — aconselharam. — Afinal, ela não é realmente sua filha. A resposta dele foi simples: — Sim, eu sei. Mas eu disse a ela que era.Deus, também, fez um acordo para adotar o seu povo. E seu pacto não é invalidado por nossa

rebelião. Uma coisa é amar-nos quando somos fortes, obedientes, e cordatos. Porém, e quando vasculhamos-lhe a casa, e roubamos o que é dele? Esta é a prova do amor.E Deus passa na prova. “Mas Deus prova seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós,

sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8).

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Como um irmão incômodo, seu passado o segue onde quer que você vá. Não há ninguém que o veja pelo que você é, e não pelo que você faz? Sim. Existe um que o vê pelo que você é. Seu Rei.Quando Deus fala de você, não menciona sua situação, dor, ou problema; ele o deixa partilharda sua glória. Ele o chama de filho.)!ão repreender* perpetuamente, nem para sempre conservar* a sua ira.!ão nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui segundo as nossas ini">idades.4ois "uanto o céu est* elevado acima da terra, assim é grande a sua benignidade para com os "ue otemem.

?uanto o oriente est* longe do ocidente, tanto tem ele afastado de nós as nossas [email protected] um pai se compadece de seus filhos, assim o 3enhor se compadece da"ueles "ue o temem.4ois ele conhece a nossa estrutura+ lembra:se de "ue somos pó -3l 01/.A:052.

De igual modo, seu Rei é conhecido por dizer o mesmo. Já notou que a maioria das ordensrepetidas pelos lábios de Jesus era: “Não temas”? Já observou que a ordem celeste para nãotemer aparece em cada livro da Bíblia?Mefibosete fora chamado, encontrado, e resgatado, mas ainda precisava de garantia. O apóstoloaponta a cruz como nossa garantia do amor de Deus. “Deus prova o seu amor para conosco emque Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8). Deus provou seu amor por nósatravés do sacrifício de seu Filho.

No passado, (eus enviara profetas a pregar8 agora, enviou seu i%0o para morrer. No passado,(eus comissionara an=os a a=udar8 agora, ofereceu seu i%0o para redimir. 4uando trememos,

e%e aponta o sangue derramado no madeiro e conforta6 “Não ten0a medo”

Filhos da realeza, aleijados por uma queda, permanentemente desfigurados pelo pecado. Vivendode modo parentético nas crônicas da terra, apenas para ser lembrado pelo rei. Movido não pornossa formosura, mas por sua promessa, ele chamou-nos a si, e convidou-nos a tomar lugar àsua mesa. Embora às vezes coxeemos mais do que andamos, tomamos nosso lugar junto aoutros pecadores-tornados-santos, e partilhamos a glória de Deus.Posso partilhar com você algumas das coisas que o esperam na mesa do rei?

 Você está além da condenação (Rm 8.1). Você está liberto da lei (Rm 7.6). Você está perto de Deus (Ef 2.13). Você está livre do poder do mal (Cl 1.13).

-oc' & um membro do reino de (eus C% ).)#$.

 Você está justificado (Rm 5.1). Você é perfeito (Hb 10.14). Você foi adotado (Rm 8.15). Você tem acesso a Deus a qualquer momento (Ef 2.18). Você é uma parte de seu sacerdócio (1 Pe 2.5).

 Você nunca será abandonado (Hb 13.5). Você tem uma herança imperecível (1 Pe 1.4). Você partilha da vida de Cristo (Cl 5.4),de seus privilégios (Ef 2.6)de seus sofrimentos (2 Tm 2.12),e de seu serviço ) Co ).U$.

 Você é um:

Membro do seu corpo (1 Co 12.13).Ramo na videira (Jo 15.5).Pedra no edifício (Ef 2.19-22).

Noiva ataviada (Ef 5.25-27).Sacerdote na nova geração (1 Pe 2.9).Kabitação do 7sp@rito ) Co ".)U$.

 Você possui (guarde isto!) todas as bênçãos espirituais possíveis

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)=endito o Deus e 4ai de nosso 3enhor 8esus Cristo, o "ual nos aben&oou com todas as bên&ãos

espirituais nos lugares celestiais em Cristo -Ef 0./2.

Este é o presente oferecido ao mais humilde pecador da terra. Quem poderia fazer tal oferta,senão Deus? “E todos nós recebe-mos também da sua plenitude, com graça sobre graça” (Jo1.16).Paulo declara-nos tudo ao perguntar:

 Você já experimentou algo como este extravagante amor de Deus, esta profunda sabedoria? Estáalém de nossa mente. Nunca o calcularemos com exatidão.)B profundidade da ri"ueza da sabedoria e do conhecimento de Deus ?uão insond*veis são os seus

 %u(zos, e inescrut*veis os seus caminhos?uem conheceu a mente do 3enhoru "uem foi seu conselheiro?uem primeiro lhe deu para "ue ele o recompense4ois dele, por ele e para ele são todas as coisas.

  ele se%a a glória para sempre mém. -m 00.//:/6

nde a gra&a de Deus é omitida, nasce a amargura. nde a gra&a de Deus é abra&ada, floresce o perdão.

?uanto mais passeamos no %ardim, mais semelhante ao das flores é o nosso aroma.?uanto mais imergimo:nos na gra&a, mais gra&a concedemos

A Graça Funciona Romanos 6.11,12

!ós, os "ue morremos para o pecado, como podemos continuar vivendo nele omanos 6.7 !$' Às vezes dou dinheiro no final do sermão. Não para pagar os ouvintes (embora alguns possamachar que o mereçam). Ofereço um dólar a qualquer um que o aceite. Dinheiro de graça. Um pre-sente. Convido qualquer um, que queira o dinheiro, a vir pegá-lo.

 A reação é previsível. Uma pausa. Alguns pés se arrastam. Uma esposa cutuca o marido, e elesacode a cabeça. Um adolescente começa a levantar-se, mas então se lembra de sua reputação.Uma criança de cinco anos começa a mover-se pelo corredor, e sua mãe a puxa de volta.Finalmente algum corajoso (ou pobre de espírito) levanta-se e anuncia:

 — Eu irei pegá-lo.O dólar é dado, e a aplicação se inicia.

 — Por que vocês não aceitaram a minha oferta? — Pergunto ao restante. Alguns dizem que ficaram embaraçados. O ganho não compensa o sofrimento. Outros temiamuma pegada. E há aqueles cujas carteiras estão gordas. O que significa um dólar para que temcem?E então vem a indagação óbvia: “Por que as pessoas não aceitam o dom gratuito de Cristo?” Asrespostas são similares: Alguém está muito embaraçado. Aceitar perdão é admitir pecado, umpasso que somos lentos em dar. Outros temem um truque. Quem sabe se não há algum detalhedo acordo escrito em letras miúdas na Bíblia? Outros pensam: Quem precisa de perdão, quandose é tão bom quanto eu?Embora a graça seja disponível a todos, é aceita por poucos. Muitos preferem sentar e esperar,enquanto poucos escolhem levantar e confiar.Comumente, esse é o fim. A lição é completada, eu fico um dólar mais pobre, alguém fica umdólar mais rico, e todos nós ficamos um pouco mais sábios. De qualquer modo, aconteceu algo,há umas duas semanas, que deu à prática uma nova dimensão. Myrtle foi quem disse sim aodólar. Eu fizera a oferta, e estava esperando por um aceitador, quando ela levantou a voz:

 — Eu aceito!

Ela veio rapidamente, e eu dei-lhe o dólar. Ela retornou ao assento, eu terminei minha prédica, etodos voltamos para casa.Procurei-a, alguns dias depois, e perguntei-lhe pelo dinheiro de meu sermão.

 — Você ainda está com o dólar?

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 — Não. — Gastou-o? — Não, dei-o embora — respondeu ela. — Quando voltei a sentar, um menino perguntou-me sepoderia ficar com ele. “Claro”, disse eu. “Foi um presente para mim; é um presente para você”.Puxa, isto não diz nada? Tão simplesmente como o recebeu, ela o deu. Tão facilmente quanto

 veio, se foi. O menino não implorou, nem ela relutou. Como podia ela, a quem fora dado umpresente, não dar outro em retribuição? Ela estava presa nas garras da graça.

Usaremos estes últimos capítulos para discutir o impacto da graça. Agora que já consideramos adesordem que fizemos, e o Deus que temos, vamos refletir sobre a diferença que a graça faz emnossas vidas.

 A Pena Foi PagaPense deste modo. O pecado aprisionou você. O pecado trancou você atrás das grades da culpa,da vergonha, da decepção e do medo. O pecado não fez nada, mas acorrentou você ao muro damiséria. Então Jesus veio e pagou sua fiança. Cumpriu a sua pena; satisfez a penalidade ecolocou-o em liberdade. Cristo morreu, e quando você lançou sua sorte com Ele, seu velho eutambém morreu.O único modo de se ver livre da prisão do pecado é cumprindo a sua penalidade. Neste caso, a

pena é a morte. Alguém tem de morrer; você ou um substituto celeste. Você não pode deixar aprisão a menos que haja uma morte. Porém esta ocorreu no Calvário. E quando Jesus morreu,

 você morreu para a reivindicação do pecado em sua vida. Você está livre.Próximo a São José dos Campos, em São Paulo, Brasil, há algo simplesmente notável. Há vinteanos, o governo brasileiro colocou um presídio sob a direção de dois cristãos. A instituiçãorecebeu o novo nome de Humaitá, e o plano era fazê-la funcionar dentro dos princípios cristãos.Excetuando-se o trabalho das duas equipes de tempo integral, todo o serviço era feito pelosreclusos. Famílias de fora da prisão adotavam um recluso e trabalhavam com ele, durante edepois de sua pena. Chuck Colson visitou a prisão, e escreveu esta reportagem:?uando visitei Fumait*, encontrei os reclusos sorrindo G particularmente o assassino "ue segurava as

chaves, e "ue abriu o portão e deixou:me entrar. 4or onde andei, vi homens em paz. $i recintoslimpos, e pessoas trabalhando industriosamente. s paredes estavam decoradas com vers(culosb(blicos, dos livros de 3almos e 4rovérbios... Heu guia escoltou:me I cela outrora usada para torturas.Fo%e, contou:me ele, o cub(culo abriga um Jnico recluso. ?uando chegamos ao final do longo cor:redor de concreto, ele p9s a chave na fechadura. Kez então uma pausa, e perguntou:me#G Lem certeza de "ue "uer entrarG Claro epli"uei impaciente. G Lenho visto celas de isolamento em todo o mundo.$agarosamente, ele empurrou a pesada porta, e eu avistei o prisioneiro da"uela solit*ria# um crucifixolindamente esculpido pelos reclusos G o prisioneiro 8esus Cristo, pendurado na cruz.G Ele est* fazendo a vez de todos nós G disse meu guia, suavemente.Cristo tomou o seu lugar. Você não precisa permanecer na cela. Já ouviu um prisioneiro libertodizer que quer continuar preso? Nem eu. Quando as portas se abrem, os prisioneiros se vão. É

inconcebível o pensamento de alguém preferindo a jaula à liberdade. Uma vez paga a penalidade,por que viver em cativeiro? Você está solto da penitenciária do pecado. Por que, ó céus, vocêhaveria de querer pôr os pés nessa prisão outra vez?Paulo recorda-nos: “O nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecadoseja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado, porque aquele que está morto, está

 justificado do pecado” (Rm 6.6, 7).Ele não está dizendo que é impossível ao crente pecar; mas que é estupidez fazê-lo. “Não é aimpossibilidade literal... mas a incongruência moral”, de um salvo retornar ao pecado.O que tem a prisão para que você a deseje? Está sentindo falta da culpa? Está com saudades dadesonestidade? Tem lembranças ternas da vida mentirosa? A vida era melhor quando você era

rejeitado e escorraçado? Você tem vontade de ver outra vez um pecador no espelho?Não faz sentido voltar à prisão.

O Voto Foi Feito

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Não apenas um preço tem sido pago, como um voto tem sido feito. “Ou não sabeis que todosquantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?” (Rm 6.3).O batismo não era um costume casual, ou um ritual. O batismo era, e é, “o compromisso de uma

 boa consciência diante de Deus” (1 Pe 3-21 NVI). A elevada consideração de Paulo pelo batismo é demonstrada no fato de que ele sabia que seusleitores tinham sido inteirados da importância do mesmo.“Ou vocês não sabemque todos nós,que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados em sua morte?” (Rm 6.3 NVI, itálico meu).

Que espécie de amnésia é esta? Como uma noiva horrorizada ao ver seu marido flertando comoutras mulheres na festa do casamento, Paulo pergunta: “Esqueceram-se de seus votos?”De fato, o batismo é um voto; um voto sagrado que o crente faz de seguir a Cristo. Assim como ocasamento celebra a fusão de dois corações, o batismo celebra a união do pecador com oSalvador. Tornamo-nos parte de Cristo ao sermos batizados.

 A noiva e o noivo compreendem todas as implicações do casamento? Não. Conhecem cadadesafio ou ameaça que enfrentarão? Não. Entretanto, eles sabem que se amam, e juram ser fiéisaté o fim.Quando um coração disposto entra nas águas do batismo, conhece as implicações do voto? Não.Conhece cada tentação ou desafio? Não. Conhece porém o amor de Deus, e o está

correspondendo.Por favor, entenda, não é o ato que nos salva. Mas ele simboliza como fomos salvos! A açãoinvisível do Espírito Santo é visivelmente dramatizada na água.

  imersão nas *guas correntes foi como uma morte+ a pausa momentMnea, antes "ue eles viessem para cima, como um sepultamento+ e o p9r:se ereto novamente no ar e I luz solar, como umaressurrei&ão.

 Tire os sapatos, curve a cabeça, dobre os joelhos; este é um evento sagrado. Batismo não é paraser tratado levianamente.!etornar ao pecado ap2s se%ar nossas a%mas no batismo, & como cometer... bem, & comocometer adu%t&rio em p%ena %ua+de+me%.

Coração Honesto, Adoração Honesta

Neemias conhecia o valor da honestidade. Ao ouvir dos muros caídos de Jerusalém, culpouDeus? Responsabilizou o céu? Improvável. Leia sua oração: “Estejam, pois, atentos os teusouvidos, e os teus olhos, abertos, para ouvires a oração do teu servo, que eu hoje faço perante ti,de dia e de noite, pelos filhos de Israel, que pecamos contra ti; também eu e a casa de meu paipecamos. De todo nos corrompemos contra ti e não guardamos os mandamentos, nem osestatutos, nem os juízos que ordenaste a Moisés teu servo” (Ne 1.6,7).

 Aqui está o segundo homem mais poderoso do reino, olhando para dentro de si mesmo,assumindo a responsabilidade pela decadência de seu povo. Todavia, a cena de sua confissãopessoal nada é, comparada ao dia do arrependimento nacional. “E a geração de Israel se apartoude todos os estranhos, e puseram-se em pé e fizeram confissão dos seus pecados e das

iniqüidades de seus pais. E, levantando-se no seu posto, leram no livro da Lei do Senhor, seuDeus, uma quarta parte do dia; e na outra quarta parte, fizeram confissão; e adoraram o Senhor,seu Deus” (Ne 9. 2,3).-oc' pode imaginar o evento? Centenas de pessoas passando 0oras em oração, não fazendopetiç9es, mas con<ss9es. “:ou cu%pado, (eus”. “;en0o fa%0ado contigo, *ai”.

 Tal honestidade pública é comum na Escritura. Deus instruiu o sumo sacerdote: “E Arão poráambas as mãos sobre a cabeça do bode vivo e sobre ele confessará todas as iniqüidades dosfilhos de Israel e todas as suas transgressões, segundo todos os seus pecados; e os porás sobre acabeça do bode... Assim aquele bode levará sobre si todas as iniqüidades deles à terra solitária.E o homem enviará o bode ao deserto” (Lv 16.21,22).

*or força desse drama, o povo aprendeu que (eus despreza o pecado e trata de%e. *ara que aadoração fosse 0onesta, os coraç9es tin0am de ser 0onestos.

 A Motivação da Verdade A confissão é para a alma o que o preparo da terra é para o campo. Antes de semear, o fazendeirotrabalha a terra, removendo pedras e arrancando tocos. Ele sabe que a semente cresce melhor

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quando o solo é preparado. A confissão é um convite para Deus passear pelos acres de nossocoração. “Há uma pedra de ganância aqui, Pai; eu não consigo removê-la. E aquele tronco deculpa perto da cerca? Suas raízes são longas e profundas. E, posso mostrar-lhe o solo seco,encrostado demais para o plantio?” A semente de Deus cresce melhor se o solo do coração éroçado.7 então, o *ai e o i%0o andam =untos pe%o campo8 cavando e arrancando, preparando ocoração para fruti<car. / con<ssão convida o *ai a traba%0ar o so%o da a%ma.

 A confissão busca o perdão de Deus, não a anistia. Perdão presume culpa; anistia, derivada damesma palavra grega paraamnésia,“esquece” a suposta ofensa sem imputar culpa. A confissãoadmite erro e busca remissão; a anistia nega o erro e reivindica inocência.>uitos proferem um pedido de perdão, quando na rea%idade estão pretendendo uma anistia.Consequentemente, nossa adoração & fria *or que agradecer a (eus por uma graça de quenão necessitamos?$, e nossa f& & fraca Qidarei com os meus erros sozin0o, obrigado$. :omosme%0ores em manter (eus de fora do que em convid3+%o a entrar. No domingo de man0ã,ocupamo+nos em preparar o corpo para adorar, preparar o cabe%o para adorar, preparar asroupas para adorar... >as e o preparo da a%ma?Praça signi<ca estar <na%mente seguros para vo%tar+nos G n2s mesmos.

 Aqui está uma boa regra prática: Aqueles que de Deus guardam segredos, guardam também

distância. Aqueles que com Deus são honestos vão para perto dele.Não há nada de novo nisto. Acontece entre pessoas. Se você me empresta seu carro, e eu odanifico, ficarei desejoso de ver você outra vez? Não. Não é por coincidência que ocomportamento resultante do primeiro pecado foi meter-se sob os arbustos. Adão e Eva comeramo fruto, ouviram Deus no jardim, e esgueiraram-se para trás da folhagem.

 — Onde estão vocês — perguntou Deus, não porque precisasse. Ele sabia exatamente onde elesestavam. A questão era espiritual, não geográfica. — Examinem onde vocês estão, filhos. Vocêsnão estão onde estavam. Vocês estavam ao meu lado; agora estão escondidos de mim.O segredo ergue uma cerca8 a con<ssão constr2i uma ponte. *ecados confessados tornam+seuma ponte sobre a qua% podemos camin0ar de vo%ta G presença de (eus.

“Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis” (Tg 5.16).

)3e confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e %usto para nos perdoar os pecados e nos purificar detoda in%usti&a -0 8o 0.A2.O fugitivo vive em temor, por&m o penitente vive em paz.“O :en0or o%0a desde os c&us e est3 vendo a todos os <%0os dos 0omens8 da sua moradacontemp%a todos os moradores da terra. 7%e & que forma o coração de todos e%es, quecontemp%a todas as suas obras” :% ##.)#+)F$.

 Você sabe quando Deus sabe. Você sabe quando Ele está olhando. Seu coração lhe diz. SuaBíblia lhe fala. Seu espelho lhe conta. Quanto mais você corre, mais complicada fica a vida.Porém tão logo você confessa, mais leve se torna o seu fardo. Davi sabia disso. Ele escreveu:En"uanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo odia.

4or"ue a tua mão pesava dia e noite sobre mim+ e o meu vigor se tornou em se"uidão de estio.Confessei:te o meu pecado e a minha ini">idade não mais ocultei+Disse# confessarei ao 3enhor as minhas transgress@es+ e tu perdoaste a ini">idade do meu pecado. -3l /7./:;2.Uma vez preso nas garras da graça, você está livre para ser honesto. Faça uma introspecçãoantes que as coisas piorem. Você achará satisfação.:er3 0onesto com (eus.

(eiDe+me dar+%0e a segunda verdade para %evar ao campo de bata%0a. / primeira & a suaposição6 voc' & um <%0o de (eus. / segunda & o seu princ@pio6 a *a%avra de (eus.

Por essa razão, Paulo apressa-se em recordar-nos: “A lei é santa; e o mandamento, santo, justo e

 bom” (Rm 7.12). A raiz da palavrasantoéhagios,que significa “diferente”. Os mandamentos deDeus são santos porque vieram de um mundo diferente, de uma esfera diferente, de umaperspectiva diferente.De certo modo, a placa “Sentido Proibido” de minha aléia interditada era de uma esfera diferente.Os pensamentos de nossos legisladores não são como os meus pensamentos. Eles estão

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interessados no bem público. Eu, em conveniência pessoal. Eles querem o que é melhor para acidade. Eu, o que é melhor para mim. Eles sabem o que é seguro. Eu sei o que é rápido. Noentanto, eles não criam leis para o meu prazer; criam-nas para a minha segurança.O mesmo é verdade com Deus. O que consideramos atalho é visto por Ele como desastre. Ele nãodeu as leis para o nosso prazer. Deu-as para a nossa proteção. Em tempos de conflito, devemosconfiar em sua sabedoria, nãona nossa. 7%e pro=etou o sistema8 7%e sabe do que necessitamos.

 A graça livrou-nos do medo, contudo, quão depressa retornamos. A graça disse que não temos

de passar a vida olhando por cima do ombro, mas observe nossa olhadela atrás. A graçagarante-nos que fomos libertos da culpa, no entanto, olhe para as manchas de pêra em nossas

 bochechas, e para a culpa em nossas consciências.Não sabemos bem? O que aconteceu conosco? Por que somos tão rápidos em retroceder aos

 velhos caminhos? Ou, como Paulo tão francamente escreveu:)Hiser*vel homem "ue eu sou ?uem me livrar* do corpo desta morte -m N.752.-oc' est3 sa%vo, não por causa do que voc' faz, mas pe%o que Cristo fez. 7 voc' & especia%,não por causa do que voc' faz, mas por causa daque%e a quem voc' pertence. 7 voc' & d7%e.

O Hábito do Ódio Todos estão feridos; consequentemente, todos devem decidir: quantos pagamentos exigirei?

Podemos não requerer que o ofensor preencha cheques, mas temos outros meios de desforrar aofensa.Silêncioé uma técnica popular. (Ignore-os quando eles falarem.)Distânciaé igualmente eficaz.(Quando eles vierem em seu caminho, passe para o outro lado.)Resmungaré a terceiraferramenta da vingança. (“Oh, vejo que você ainda tem dedos nas mãos. Engraçado você nãousá-los para discar meu número”. “Oh, Jô, que amável de sua parte levar a melhor no jogo de

 xadrez”)É espantoso o quão criativo podemos ser na desforra. Se eu posso manchar numa noite, frustrarnum dia, derrotar numa sexta-feira, então a justiça é feita, e eu fico satisfeito.Por ora. Até eu pensar em você outra vez. Até eu ver você outra vez. Até acontecer algo que metraga à memória o que você fez; então eu exijo outro cheque. Não posso deixar você sarar antesde mim. Enquanto eu sofro, você sofre. Enquanto me magôo, você se magoa. Você me feriu, e eu

 vou fazer você sentir-se mal enquanto sangro, mesmo se eu próprio tiver de reabrir a chaga.Chame-o de mal hábito. Nós o iniciamos bastante inocentemente, indultando com doses de raivaa quem nos feriu. Não muito, apenas uma agulhada ou duas de rancor. A ira adormece a ferida,então voltamos para mais uma dosagem; desprezamos não apenas o que ele fez, mas quem ele é.Insultamo-lo. Humilhamo-lo. Ridicularizamo-lo. A onda energiza. Entorpecidos na malícia,invertemos os papéis; não somos a vítima, somos o vencedor. Sentimo-nos bem. Logo odiamos aele e a qualquer um como ele. (“Todos os homens são estúpidos”. “Todos os pregadores sãomercenários”. “Não se pode confiar em mulher”.) A progressão é previsível. A ferida transforma-se em ódio, e o ódio, em fúria; e nós tornamo-nos viciados, incapazes de passar um dia semintolerância e amargura.Como será desagravada a ofensa? Como rompo o ciclo? Quantos pagamentos exijo? Pedro tinhauma pergunta similar para Jesus: “Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, eeu lhe perdoarei? Até sete?” (Mt 18.21).Pedro está preocupado quanto a perdoar demais um ofensor. A lei judaica estipulou que oofendido perdoasse três vezes. Pedro está disposto a dobrar e ainda dar mais uma de lambujem.Sem dúvida, ele pensa que Jesus ficará impressionado. Mas não. A resposta do Mestre ainda nosespanta. “Não te digo que até sete, mas setenta vezes sete” (v.22).Se você parou para multiplicar setenta vezes sete, está perdendo o ponto principal. Manter ocontrole de sua misericórdia, Jesus esta dizendo, não é ser misericordioso. Se você está

regulando a sua graça, não está sendo gracioso. Não deveria haver nenhum ponto onde a nossagraça fosse exaurida.

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 A esta altura, os ouvintes de Jesus estão pensando nos Kevin Tunells do mundo. “Mas e quantoao pai que me abandonou quando eu era criança?” “E minha esposa que me desprezou por ummodelo mais novo”. “E meu patrão que me despediu, embora meu filho estivesse doente?”Nosso débito vai muito além do que podemos pagar.Nossos bolsos estão vazios, e nosso débito é de milhões. Não precisamos de um salário;precisamos de um presente. Não necessitamos de lições de natação; necessitamos de um salva-

 vidas. Não carecemos de um lugar para trabalhar; carecemos de alguém que trabalhe em nosso

lugar. Este “alguém” é Jesus Cristo. “Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo... ao qualDeus propôs para propiciação pela fé no seu sangue” (Rm 3. 22, 25).Como pode um perdoado não perdoar? Como pode um homem livre não se apressar em libertaroutros?Parte da resposta é encontrada nas palavras de Jesus: “Aquele a quem pouco é perdoado, poucoama” (Mt 7.47).

 Acreditar que estamos completa e eternamente livres da dívida não é fácil. Mesmo sehouvéssemos estado de pé diante do trono, e o ouvíssemos do próprio rei, aindaduvidaríamos. Como resultado, a muitos é perdoado apenas um pouco. Não que a graçado rei seja limitada, mas porque a fé do pecador é pequena.Como pode um perdoado não

perdoar? Como pode um homem livre não se apressar em libertar outros?Parte da resposta é encontrada nas palavras de Jesus: “Aquele a quem pouco é perdoado, poucoama” (Mt 7.47).

 Acreditar que estamos completa e eternamente livres da dívida não é fácil. Mesmo sehouvéssemos estado de pé diante do trono, e o ouvíssemos do próprio rei, aindaduvidaríamos. Como resultado, a muitos é perdoado apenas um pouco. Não que a graçado rei seja limitada, mas porque a fé do pecador é pequena.Deusest3 disposto a perdoar tudo. 7st3 disposto a passar uma espon=a no passado. 7%e %eva+nos aotanque da miseric2rdia, e convida+nos ao ban0o. /%guns mergu%0am ne%e8 outros apenastocam a superf@cie. 7stes saem sentindo+se imperdoados.

 A Cura para o ÓdioOnde a graça de (eus & omitida, nasce a amargura. *or&m onde a graça de (eus & abraçada,5oresce o perdão. Na carta que muitos acreditam ser a B%tima de *au%o, e%e instiga ;im2teo6“orti<ca+te na graça que 03 em Cristo Jesus” ;m .)$.4uanto mais passeamos no =ardim, mais seme%0ante ao das 5ores & o nosso aroma. 4uantomais imergimo+nos na graça, mais graça concedemos. *oderia isto ser a c0ave do mist&riopara o <m da ira? *oderia ser que o segredo estivesse não em eDigir pagamento, mas emconsiderar o pagamento do seu :a%vador?

Seu amigo quebrou a promessa? Sua patroa não manteve a palavra? Sinto muito, porém antesde tomar uma decisão, responda: Como Deus age, quando você quebra uma promessa feita?

 Você tem sido ludibriado? Isto fere. Porém antes de cerrar o punho, pense: Como Deus reage

quando você falha com Ele?-oc' tem sido neg%igenciado? 7squecido? (eiDado atr3s? / re=eição fere. >as antes de tirardesforra, se=a 0onesto consigo mesmo6 voc' nunca neg%igenciou (eus? -oc' tem atendidosempre a sua vontade? Ningu&m de n2s o tem feito. Como 7%e reagiu quando voc' oneg%igenciou?/ c0ave para perdoar os outros & deiDar de foca%izar o que e%es %0e <zeram, e começar aconcentrar+se no que (eus fez por voc'.

 Veja o que acontece quando nos recusamos a perdoar: “E, indignado, o seu senhor o entregouaos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia” (Mt 18.34).:ervos imperdoadores sempre acabam na prisão. *risão da raiva, da cu%pa, da depressão.(eus não nos p9e numa ce%a8 n2s mesmos a criamos. “Em morre na força da sua p%enitude,

estando todo quieto e sossegado... 7 outro morre, ao contr3rio, na amargura do seu coração,não 0avendo provado do bem” J2 ).#+F$.O 2dio %0e empanar3 as vistas e acabar3 por quebrar+%0e as costas. O fardo da amargura &pesado demais. :eus =oe%0os dobrar+se+ão sob a carga, e de desgosto partir+se+3 seu coração./ montan0a G sua frente =3 & bastante @ngreme sem a opressão do 2dio em suas costas. /

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esco%0a mais s3bia H a Bnica esco%0a H & voc' arriar o fardo do 2dio. -oc' nunca ser3so%icitado a dar a a%gu&m mais graça do que (eus =3 %0e tem dado.O perdão começa por %evantar+se acima da guerra, o%0ar a%&m do uniforme, e esco%0er ver ooutro, não como um advers3rio, ou mesmo um amigo, mas simp%esmente como umcompan0eiro combatente, ansiando pe%a segurança do %ar.

 A graça faz três proclamações.Primeira, apenas Deus pode perdoar meu ateísmo. “Quem pode perdoar pecados, senão Deus?”(Mc 2.7). Tratar com os meus pecados é responsabilidade de Deus. Eu me arrependo; eu

confesso. Porém somente Deus pode perdoar. (E Ele o faz).:egunda, apenas (eus pode =u%gar o pr2Dimo. “4uem &s tu que =u%gas o servo a%0eio? *araseu pr2prio sen0or e%e est3 em p& ou cai8 mas estar3 <rme, porque poderoso & (eus para o<rmar” !m ).$. ;ratar com o meu vizin0o & responsabi%idade de (eus. 7u devo conversar8eu devo orar. >as somente (eus pode convencer. 7 7%e o faz$.

 ;erceira, eu devo aceitar como (eus aceita. “*ortanto, recebei+vos uns aos outros, comotamb&m Cristo nos recebeu para a g%2ria de (eus” !m )F.I$. (eus me ama e faz de mim um<%0o seu. (eus ama meu vizin0o, e faz de%e um irmão meu. >eu privi%&gio & comp%etar otri1ngu%o, fec0ar o circuito, amando a quem (eus ama. >ais f3ci% fa%ar do que fazer. “-iver %3em cima com aque%es a quem amamos, o0, ser3 a g%2ria. -iver aqui embaiDo com esses quecon0ecemos, o0, & outra 0ist2ria.” *osso imaginar me%0or a situação, %endo a%go como isto...

6in(a ora!ão não + apenas por eles" #ogo tamb+m por aqueles que crerão em mim, por meio )amensagem )eles, para que to)os se*am um, 0ai, como tu estás em mim e eu em ti" 7ue eles tamb+meste*am em n8s, para que o mun)o creia que tu me enviaste" 9:o $&"<, $ /3=De todas as lições que podemos extrair deste versículo, não perca a mais importante: unidadeimporta para Deus. O Pai não quer que seus filhos briguem. Desunião o incomoda. Por quê?Porque “nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo13.35).

 A unidade produz crença. Como o mundo acreditaria que Jesus foi enviado por Deus? Não seconcordarmos uns com os outros. Não se resolvermos cada controvérsia. Não se formosunânimes em cada votação. Não se nunca cometermos um erro doutrinário. Mas se nosamarmos uns aos outros.

 A unidade promove a crença. A desunião nutre a incredulidade. Quem quer embarcar num naviocom marinheiros brigões? A vida no oceano pode ser borrascosa, mas pelo menos as ondas nãonos insultam.Paul Billheimer pode muito bem estar certo quando diz:)s cont(nuas e fre">entes fragmenta&@es da 'gre%a tem sido o escMndalo do século. Lem sido aestratégia maior de 3atan*s. pecado da desunião tem feito mais almas perdidas "ue todos os outros

 pecados %untos.“Todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”. Pare e pense umminuto neste versículo. Não seria a união a chave para alcançar o mundo para Cristo?Se a união é a chave para o evangelismo, não deveria ela ter prioridade em nossas orações? Nãodeveríamos nós, como recomendou Paulo, fazer “todo o esforço para conservar a unidade doEspírito pelo vínculo da paz”? (Ef 4.3 NVI). Se a unidade importa para Deus, não deveriaimportar também para nós? Se a unidade é prioridade no céu, não deveria sê-lo também naterra?De qualquer modo, em lugar algum foi-nos dito paraconstruirunidade. Foi-nos ordenado,simplesmente, que aconservássemos.Da perspectiva divina, há “um só rebanho e um só pastor”(Jo 10.16). A unidade não precisa ser criada; precisa ser protegida.Como fazemos isto? Como nos empen0amos na conservação da unidade? sto signi<caconci%iar nossas convicç9es? Não. :igni<ca abandonar as verdades que aprecio? Não.:igni<ca, por&m, dar uma o%0ada <rme e demorada nas atitudes que sustentamos./ unidade não começa com o eDame do outro, mas de si mesmo. Não começa eDigindo que

os outros mudem, mas admitindo que n2s mesmos não somos perfeitos./ceitação. O primeiro passo para a unidade? /ceitação. Não conc2rdia8 aceitação. Nãounanimidade8 aceitação. Não negociação, arbitragem, ou %aboração. 7ssas podem vir maistarde, por&m s2 depois do primeiro passo H aceitação.

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Onde 03 f&, arrependimento, e um novo nascimento, 03 um cristão. 4uando encontro um0omem cu=a f& est3 na cruz, e os o%0os no :a%vador, encontro um irmão. Não era assim com*au%o? 4uando escreveu G igre=a em Corinto, e%e dirigiu+se a um grupo de cristãos cu%padosde todos os pecados H desde abuso da ceia do :en0or a disputas sobre o 7sp@rito :anto. Nãoobstante, como se %0es dirigiu? “!ogo+vos, por&m, irmãos” ) Co ).)M$.

 A Questão da Proteção“Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8.31).

 A questão não é simplesmente, “Quem será contra nós?” Você poderia responder essa. Quem écontra você? Enfermidade, inflação, corrupção, esgotamento. Enfrentar calamidades, e temer aprisão. Fosse a pergunta de Paulo, “Quem será contra nós?”, e poderíamos alistar nossosadversários mais facilmente que lutar com eles. Todavia, não é esta a questão. A questão é:SEDEUS É POR NÓS,quem será contra nós?Perdoe-me por um momento. Quatro palavras neste versículo merecem-lhe a atenção. Leiadevagar a frase “Deus é por nós”. Por favor, pare um instante antes de prosseguir. Leianovamente, em voz alta. (Minhas desculpas à pessoa perto de você).Deus é por nós.Repita afrase quatro vezes, enfatizando cada palavra. (Vamos você não está com tanta pressa).Deus é por nós.(eus & por n2s.

Deus é por nós.Deus é por nós.Deusé por você. Seus pais podem tê-lo esquecido, seu professor pode tê-lo negligenciado, seusirmãos podem tê-lo humilhado; mas ao alcance de suas orações está o Criador dos oceanos.Deus!Deusépor você. Não que Ele “pode ser”, não que Ele “tem sido”, não que Ele “era”, não que Ele“seria”, mas “Deus é!” Eleépor você. Hoje. Nesta hora. Neste minuto. Enquanto você lê estasentença. Não precisa esperar numa fila, ou voltar amanhã. Ele está com você. Ele não estariamais perto do que está neste momento. Sua lealdade não aumenta se você é melhor, nemdiminui se você é pior. Eleépor você.

Deusé por você. Volte-se para a linha lateral; é Deus animando-lhe a corrida. Olhe para a linhade chegada; é Deus aplaudindo lhe a marcha. Ouça-o na arquibancada, gritando-lhe o nome.Cansado demais para continuar? Ele o carregará. Desencorajado demais para lutar? Ele oreabilitará. Deusé por você.Deus é porvocê. Tivesse Ele um calendário, seu aniversário seria assinalado. Dirigisse Ele umcarro, seu nome estaria no para-choque. Houvesse no céu uma árvore, Ele entalharia seu nomena casca. Sabemos que Ele tem uma tatuagem, e sabemos o que ela significa. “Na palma dasminhas mãos te tenho gravado”, declara Ele. (Is 49.16).“Pode uma mulher esquecer-se tanto do filho que cria que se não compadeça dele, do filho doseu ventre?” Inquire Deus, em Is 49.15. Pergunta extravagante. Você, mãe, pode imaginar-se

alimentando seu filhinho, e então, depois, perguntar: “Qual o nome desse bebê?” Não. Eu atenho visto cuidar de seu filhote. Você afaga-lhe os cabelos, toca-lhe a face, canta-lhe o nome,

 vezes sem conta. Pode uma mãe se esquecer? De jeito nenhum. Mas “ainda que esta seesquecesse, eu, todavia, não me esquecerei de ti” garante Deus (Is 49.15).Deus é com você. Sabendo disto, quem é contra você? Pode a morte feri-lo agora? Pode aenfermidade roubar-lhe a vida? Pode o seu propósito ser tirado, ou o seu valor diminuído? Não.Embora o próprio inferno possa levantar-se contra você, nada pode derrotá-lo. Você estáprotegido. Deus é com você.)"uele "ue não poupou a seu próprio Kilho, mas o entregou por todos nós, como não nos dar*,

 %untamente com ele, gratuitamente todas as coisas -m <./7 !$'2.

“4uem intentar3 acusação contra os esco%0idos de (eus? 7 (eus quem os =usti<ca. 4uem oscondenar3? *ois & Cristo quem morreu ou, antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qua%est3 a direita de (eus, e tamb&m intercede por n2s” !m T.##,#$.

Ele fez-se carne e habitou entre nós.Ele pôs a mão no ombro da humanidade e disse: — Vocês são um tanto especiais.

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Sem se limitar pelo tempo, Ele nos vê. Todos. Das matas da Virgínia ao centro comercial deLondres; dosvikingsaos astronautas; do homem das cavernas aos reis; do construtor de cabanas ao acusador, e ao amontoador de pedras, Ele nos vê. Vagabundos e esfarrapados, Elenos viu antes que houvéramos nascido.E Ele ama o que vê. Inundado pela emoção. Acima do orgulho, o Criador das estrelas volta-separa nós, olha um por um, e diz: — Você é meu filho. Eu o amo ternamente. Estou consciente deque um dia você se afastará de mim, e andará ausente. Porém quero que saiba que já lhe

providenciei um caminho de volta.E para prová-lo, Ele fez algo extraordinário.(escendo do trono, e%e removeu seu manto de %uz, e evo%veu+se em pe%e6 pigmentada pe%e0umana. / %uz do universo penetrou a escuridão, ban0ou o ventre. 7%e, a quem os an=osadoram, anin0ou+se na p%acenta de uma camponesa, nasceu numa noite fria, e então, dormiunum coc0o.

“Pode alguma coisa fazer-me parar de amar você?” Pergunta Deus. “Observe-me falar sua língua,dormir em sua terra, e sentir suas dores”. Olhe para o Criador da visão e do som, enquanto Eleespirra tosse e funga. Você pergunta se eu entendo como se sente? Olhe dentro dos olhosdançantes do menino de Nazaré; é Deus indo para a escola. Pense no pequenino à mesa deMaria; é Deus derramando o leite.

“Você pergunta até quando durará o meu amor? Encontre sua resposta numa cruz alcantilada,sobre um monte escarpado. Esse que você vê lá em cima é o seu Criador, o seu Deus, furadocom pregos, e sangrando. Coberto de cuspe, e encharcado em pecado. É o seu pecado que estousentindo. É a sua morte que estou morrendo. É a sua ressurreição que estou vivendo. É como euamo você.”“Pode alguma coisa interpor-se entre você e eu?” Indaga o Primogênito.Ouça a resposta, e firme o seu futuro sobre as triunfantes palavras de Paulo: “Pois estouconvencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem ofuturo, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa nacriação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm

8.38,39).Na metade deste livro, lembrei-me de Billy Jack. Ele teria compreendido a ideia da graça. Elesaberia que graça implica em colocar-se totalmente aos cuidados de alguém. Não partilhei comele “A Parábola do Rio” (ainda não fora escrita), mas sei com qual irmão ele teria se parecido.O mais jovem. O que deixou o irmão mais velho carregá-lo rio acima. Ele não teria entendido ostrês que recusaram a oferta do primogênito. Por que não entregar-se aos cuidados de alguémmais forte?

 Você o tem feito?Muitos não têm. Somos sofisticados, maduros. Uma epístola para desafiar o autossuficiente,Romanos foi escrita para pessoas como nós. Confissão de necessidades é admissão de fraquezas

 — algo que somos lentos em fazer. É por isso que eu penso que Billy Jack teria entendido agraça. Ocorreu-me que ele era a pessoa mais segura naquele voo. Houvesse acontecido algumproblema com o avião, ele teria recebido primazia na assistência. Os funcionários teriam medeixado de lado, e acorrido a ele. Por quê? Ele se havia entregado aos cuidados de alguém maisforte.Novamente eu pergunto: você o tem feito?Uma coisa é certa: você não pode salvar-se a si mesmo. O rio é forte demais; a distância é grandedemais. Deus enviou o seu Primogênito para carregá-lo ao Lar. Você está firme nas garras dagraça? Oro para que esteja. Orosinceramentepara que esteja.

 Antes de concluirmos nosso tempo juntos, você poderia gastar algum tempo com as questões a

seguir? Possa o Espírito Santo usá-las para revelar alguma resistência que, por ventura haja emsua mente, para com a graça de Deus.

 Você se apressa em contar aos outros das pedras que tem amontoado? Ou você prefere orgulhar-se da força de seu irmão mais velho?

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 Você vive temeroso de nunca fazer o bastante? Ou vive agradecido, sabendo que o que já foi feitoé suficiente?

 Você vive num círculo fechado, aceitando apenas os poucos que trabalham iguais a você? Ou vivenum círculo amplo, aceitando a todos os que amam a quem você ama?

 Você adora para impressionar Deus? Ou adora em gratidão a Ele? Você pratica boas obras a fim de ser salvo? Ou as pratica

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porque é salvo? Você ora: “Deus, obrigado porque não sou como outras pessoas que roubam, traem, ou tomamparte em adultério”?Ou voc' confessa6 “(eus, tem miseric2rdia de mim, pecador”?