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JOELMA CRISTINI SCHIDOLSKI TRATAMENTO HlDROCINESIOTERAplCO PELO METODO FELDENKRAIS EMPREGADO EM DORES LOMBARES Monografia apresentada como requisito parcial it obteny80 do grau de Especialista em Fisioterapia Ortopedica, Traumato16gica c Desportiva. Curso de Fisioterapia, Setor de Ciencias da Saude da Universidade Tuiuti do Parana. Orientadores: Doutor Deodato Cesar Casas Profa. Sidinalva Wawzyniak CURlTIBA 2001

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JOELMA CRISTINI SCHIDOLSKI

TRATAMENTO HlDROCINESIOTERAplCO PELO METODO FELDENKRAISEMPREGADO EM DORES LOMBARES

Monografia apresentada comorequisito parcial it obteny80 dograu de Especialista emFisioterapia Ortopedica,Traumato16gica c Desportiva.Curso de Fisioterapia, Setor deCiencias da Saude da UniversidadeTuiuti do Parana.

Orientadores:Doutor Deodato Cesar CasasProfa. Sidinalva Wawzyniak

CURlTIBA2001

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AGRADECIMENTO

Agradcccr 6 admitir que houve urn momentoem que precisoll de alguem;

E reconhecer que 0 homern jamais podcra lograr para sio dam de ser auto suficiente.

\linguem crescc sozinho, scmpre e preciso urn olhar de apoio, uma palavrade incentivo, urn gesto de compreensao.

A 1 dos aquc\es que compartilharam dos meus ideais, que cncontram-se tao felizesluanlO eu, que me encorajaram, a minha mais profunda gratidiio e respeito.

AO PACIENTE

Muito obrigado a voce que cnriqueceu minim mente,que cnchcu de amor e ternura 0 meu coracyao,

que me animou, que soniu para mim.Muito obrigado a voce,

nao importa quantos nomes voce tenha

Agradccimento especial ao Doutar Deodato Cesar Casas,por tcr confiado em meu trabalho, encaminhando seus pacicntes.

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RESUMO

Neste trahalho abordamos 0 tratamenta de pacientcs com problema de dor iombar.

I1ll "uo Feldenkrais utilizado em piscina tennica. Para tal, contamos com a colaborac;ao

)(1 p. lcntcs ponadores de 5 tipos de patologias lombares.

Destes pacientes, 10 deles cram portadores de dor lamba •.aguda, 2 portadores de

tIC \1 Illbar,2 portadaTes de protusao diseal a nlvel de L4-L5, 4 portadores de dor lombar

nica .2 portadorcs de cspondilolistese.

A versatilidade do movimcnto e atribuido as propricdades fisicas da propria agua

) tall ,Ie que a relac;ao dcssas com 0 carpo humane modifica-se de pessoa para pessoa.

Antes da primeira sessao oa piscina 0 paciente e avaliado quanta a elegibilidade

a hit dtcrapia. Esta avaliac;ao idcntifica precauc;oes e contra-indica90es para hidroterapia,

1 cor () considera90cs quanta a seguranc;a na agua.

A primeira sessao na piscina consiste em uma introdu9ao e avalia9ao do paciente

,lrl'<I :a piscina, seguida por uma avalia9ao dentro da agua. Abordamos desde os fatores

":(IS ( t..:rapcuticos da agua, a descric;ao de cada patologia, 0 metodo em si e sua abordagem.

1\;\,; avaliac;ao e resultados obtidos.

Os objctivos da hidroterapia devem ser seme1hantes aos do programa de solo e

1l'11) ( nnplementa-Io, ao inves dc repcH-lo.

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Nos nao apresentamos nenhuma tccnica de tratamento nova ou radical, mas

tanH dcserever procedimentos compreensiveis de exercicios de fonna concisa e clara.

Este trabalho foi realizado visando ao interesse de nossos pacientes, a fim de que

ham ,1I11anova perspectiva de retornar as suas atividades, sendo que a maioria destes

,~ll! 1.lde superior a 50 anos.

Obtivemos urn resultado positivo com eerea de 85% dos pacientes, os quais

crall lllclhora do quadro illgico e retorno as suas atividades diarias nonnais.

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SUMARIO

,UV J .•• IV

IWIII<;:Ao ..vlB ,;;AMENTO TEORICO ..

I'ril ipios e propriedades da agua ..

\1<1 .1 ..

Rei ;:\0 entre massa e peso ..

Del ,Idade ..

Del .11Iade relativa (gravidade especifica) ..

Flu' :t(,':ao ..

Pre' 30 hidrostatica ...

4

4

6

Rc~ ,tcncia ..

I "j ..:osidade ..

']'(; nrcratura ..

R•. ·a~ao ..

Bl \..'ficios fisiol6gicos ....

~ Rt .:ficios da flutuac;ao

f( Illato das sessoes ..

II

12

12

13

13

14

15

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19

20

21

l:h dicios do condicionamento cardiovascular o.

Bl dicios psico16gicos .

III rocinesioterapia.

r:t :\05 fisicos ..

J. EI tOS fisiologicos ..

I. l'~ da profundidade da <l,!:.'Ua para aprimorar os movimentos ..

Ft .1pamentos para racilitar os exercicios na piscina ..

PI; 10 de tratamento (seis fases) ..

Ol ac,:ao da terapia .. '

Fr· qilcncia .. 22

PI ~ode tratamenlo para a col una 10m bar dentro das seis fases ..

Cl ...-;ifica~ao do pacientc ..

22

23

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"l. Cl .lrgia da col una ..

<I. b'rulura e funQ80 da coluna vertebral.

J. A partes anat6micas ..

o 'llusculos e suas a~oes ..

_. Pl. llogias comuns da coluna lombar ..

\1 ·:-.hcFeldenkrais .

-t. Tl Iria e filosofia ..

". Fl lliamentos do metodo Feldenkrais ..

IIA'I RIAL E METODO"

\I'R 'ENTA<;:AO DOS DADOS" ,

',II ·{PRETA<;:AO DOS RESULTADOS,

0\ "USOES .. ,

24

25

26

27

28

32

33

34

36

38

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41

42

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55

56

,I,XI I ~ Ficha de Avalia980 ..

~EX( .! ~ Exercicios ..

,l:XI ')~Aprescnta980 dos dados ..

FER '1CIA BIBLIOGRAFICA .. '

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INTRODU<;:AO

Entrar na agua e uma experiencia unica que fomcee para todos uma oportunidade

llnpJ If tisica, mental e psicologicamente seus conhecimentos e habilidades.

A expansao do usa da hidroterapia, que sera chamada tarnhem de exercicio

<llic( '(:rapcutico (EAT), reabilitac;ao aqu<itica ou terapia na piscina, esta evidenciada peia

1 fen ;to de novas dependencias e program as de hidroterapia. Embora tradicionalmente a

pIa I I agua fosse utilizada no tratamento do deficiente fisieD e mental, basicamente nos

'llem "neuroiogicos, cIa agora esta sendo usada em programas de controle da dor cronica,

rata] H:nto de pacientes em p6s-mastectomia, na reabilitac;ao cardiaca, e cada vez mais no

(l on 'pedico.

Os problemas de reabilitac;ao de coluna estao entre muitas areas da ortopedia nas

IS a J ;droterapia pode promover pronta restaurayao da funyao.

Os pacientes relatam que 0 movimento na agua nao apenas fica mais filcil, mas

hem :llenos doloroso, promovendo uma reabilitayao mais rapida. Muitos experimentam

lcnt{ do relax amen to, diminuiyao do espasmo e dor muscular e um aumento da amplitude

nO\1 'lento e forya durante as sessoes de hidroterapia. Eles relatam tambem que sentem-se

hor pas a terapia na piscina e freqlientemente observam melhora no desempenho de

ldad -;da vida cotidiana.

o EAT (exercicio aquitico terapeutico) e a uniao dos exercicios aquiticos com a

pia -;ica. E uma abordagem terapeutica abrangente que utiliza os exercicios aquilticos

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I atl'! liar na reabilitayuo de patologias. Cada programa e organizado levandowse em

l ~idct .-;ao componcntes especificos: aquecimento, alongamento, resistencia, forya

,...:ula c relaxamento. Cada urn dcstes componentes requer uma percentagem especifica de

po.

Nos ultimos tempos, a freqiiencia de exercicios em grupo na terapia em piscina

.entado. Em geral, exercitarwse ern grupo ajuda a estabelecer camaradagem e

lprnl etimento, pode dispensar sentimentos de isolamento, raiva, depressao ou ansiedade

COllllncnte acompanharn 0 processo de lesao ou doenc;:a.

A hidroterapia facilita 0 movimento por meio da reduyao das [oryas

)C \ ltac Inais combinada com efeitos da flutuac;:ao, prcssao hidrostatica e temperaturas.

A reabilitay30 pode ser tao frustrante mental e emocionalmente para pacientes em

I)(;:a •.) trabalho como para atletas au pessoas que sequer conseguem realizar atividades

\JlOS uma lesao, muitas pessoas experimentam uma grande sensac;:ao de perda.

o valor da hidroterapia nas perspectivas fisiologicas e psicologicas ainda esta por

IOta illcnte explorado por rneio de cstudos cientiticos. As mesmas qualidades que

1111cI 0 movimento precoce tornam passive] para muitos pacientes uma motivayao para

l In;:nr~I~ao maximo. Estes elementos promovem relaxamento, socializayao, autoconfianya,

lent( (:a auto estima e uma sensayao de realizayao e de progresso mmo a recuperayao, 0

I)l\ it. aumentar 0 intcresse do paciente em continuar em urn programa de

,lici( :lamento na agua.

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.~IB\SAMENTOn:ORICO

Os principios c propricdades da ligua

A agua e 0 exercicio - Embora ambos, 0 aT e a u!.'1la sejam fluidos, eles possuem

Tell! " propriedades e tern regras unicas na reabilitac;:ao. Como meio para exercitar-se, a

a po·''': seT muito benefica para aque\es que compreendem seus principlos e propriedades.

las , ' rotinas dos EAT devem teT como metas dois importantcs fatores: a res posta

lIng iI do corpo que esta sendo imerso na agua e as propriedades fisicas da agua.

A pessoa que ini desenvolver 0 programa deve ter uma boa compreensao desses

leipi pois eles influenciam muito os exercicios. Quando urn exercicio e realizado Ila

d. {) leito da gravidade e aposto a forc;:a da flutuac;ao. Dai, a maior parte da resistencia ao

\ l111l IW vern relativamente da resistencia do fluido aquatico e nao do peso da perna.

Quantidade de materia que llma substancia compreende.

Pes

A for9a com a qual a subs tan cia e aU'aida no sentido do centro da Terra.

R('II~'ao entre massa e peso

A massa e inalteravel e e medida em qui/ogramas. a peso e 0 efeito da gravidade

a '/lassa e altera-se de aem'do com a posi9iiO da substancia em reia9iio a Terra. A

lade Ie medida do peso e Newtoll.

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I)cn~idade

A densidade de Hmasubstallcia e a relar;iioentre a slla massa e sell volume. A

1 (> "tlisdet/sa a qualro gralls centigrados expandindo-se em temperatllras mais altas e

1('1111 m(uras baLms. Substallcias misturadas na agua aumelltam a slla dellsidade. Par

(/ a,~./(1 do mar e mais del/sa do que a agua pllra.

Dcn"idade reJativa (gravidadc especifica)

A dellsidade re/ativa de um objeto e a propriedade que determina se e/e vai

.\sa densidade e a re/ar;iioentre a massa do objeto e a igllal massa de volume de

,I de ,ocado. Se es(e valor/or maior que 1.0 ° objeto a/ul/dara, se/or menor que 1.0 0

rof! illtara, a mesmo acol1tecendose/or igual a 1.0. A densidade relativa de lim corpo

Clld( 1:1 slla composir,;iio.A gravidade especfjica da massa gorda, ossos e massa magra

resl ctivamente 0.8, 1.5, 1.0, conseqiientemellte lima pessoa magra tende a afimdar, e

I olh 11 ajlutllar. I

A densidade relativa dos rnernbros tambem varia. A gravidade espedfica de urn

nhro pode variar de acordo com a media entre 0 tecido adiposo e muscular. Membros

diSH! \)~ au fracos tern menor rnassa muscular e por isso sua gravidade espedfica e menor

o la:n nao envolvido.

Flu 11:11;30

A flutuayao e a densidade relativa estao muito ligadas. 0 principia de Archimedes

l thclc c que quando urn corpo esti total ou parcialrnente imerso em liquido em rcpauso, ele

\ II:::S \ndrca c HANSON, Nann. Exercicios Aquiiticos Tcrapellticos. Sao Paulo: Manole,1988. p. 21.

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\.: ~'I'lm ilIa urn empuxo para cima igual ao peso do volume deslocado. A flutualtao pode ser

...tida I'csistida ou de suportc. Esta for~a assiste qualqucr movimento em dire~ao a

~Ttk .' da agua e resiste a qualquer movimento na dire~ao oposta a superficie da agua.

o ponto peio qual a for~a da flutua~ao atua e chamado de CENTRO DE

Tl \(AO. E urn empuxo de baixo para cima que atua na dire~ao oposta a da for~a da

\!dat ..:. Dentro da agua nosso corpo esta submetido a duas for~as contrarias: gravidade

let all lyeS do centro de gravidade) e flutua~ao (atua atraves do centro de f1utua~ao- centro

~ra\" li.dedo liquido desiocado).

Caso os dois centros se encontram na mesma linha vertical, 0 corpo pennanece

I:qlll lhrio estatico; se isto nao acontece, 0 corpo fica rolando ate acontecer este equilibrio.

A f1ulUa~aopode ser utilizada no auxilio do movimento, quando 0 membro e

\ ld~ 1) Ira superficic da agua, e como resistencia ao movimento quando 0 membro vern da

llTti~ ..::para a linha vertical do corpo.

Quanto maior a aiavanca maior sera a resistencia oferecida pela agua. Esta

:..,ICI \] oferecida pela agua podera ser awnentada ainda mais se utilizannos flutuadores,

"que ,:ste caso a posi~ao do centro de flutualtao sera alterada; a distancia deste ponto e 0

1110 t:n tomo do qual a forlta de flutuayao cxerce seu efcito e mais curta e 0 momento de

..;aa .nenta. Se estivcnnos com agua ao nivel dos ombros 0 peso corporal na agua fica

11I/!~ em quase 90% do peso real. Sendo que coluna, articulm;:6ese musculos ficam livres

l111p ":::0.

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Pn.'~':'io hidrost:itica

A agua cxerce uma pressao adicional sobre cada particula da superficie de urn

·rso. LEI DE PASCAL- essa pressiio e exercida iglialmellle sob,.e todas as areas da

r/ic. de lim cmpo imerso em repollso, a lima dada profimdidade. A pressQo aumenta

1I d '/Iidade do liqllido e com a profimdidade. Um individllo em pe no agua safre maior

•\{/O s pes do qlle flO rcwax.2

A agua e muito mais resistente do que 0 ar, exigindo assim maior esfon;:o para

WH': <l dos exercicios (fortalecimento muscular). A resistencia c a sobrecarga natural que

)pm, ,lOS pacientes iniciantes (scm necessidade de uso de materiais)

o atrito ou fricyao que ocorre entre as moleculas de urn liquido e que causa

-;\(::n )CI ao fluxo do mesmo. Uquidos com muita viscosidade (oleo) fluem lentamente e

n PI) ..:3viscosidade (agua) fluem rapidamentc.

A viscosidade e uma resist€mciaao movimento porque as moleculas de urn liquido

d~1l1 \ sc aderir na superficic de urn corpo movendo-se atnis do rnesmo. A turbulencia

l1~nt ~om a velocidade. que aumenta a resistencia (quanto maior a viscosidade, maior a

hile a e maior a resistencia). Porcm, se este liquido for aquecido, sua viscosidade

)N~ I VES, Vera Lucia. Trcinamcnto em Hidrogimistica. Silo Paulo: ieone, 1996. p. 3.

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mui ;)I)rque as moIeculas do liquido ficam mais scparadas. A viscosidade da agua da

'ina ( menor que a agua do mar.

A tllrbulellcia ocorre quando a velocidade do liqllido e aumentada aJem da

lJIad velocidade critica. Liqllido com alta viscosidade possui alta velocidade critica.

o flllXO fllrbulento e um movimento irregular do liquida. Este jluxo cria

lOS rota/arias: redemoinhos - mavimentas aleatarios das mo/ecu/as da agua.

iluk r).fluxo do liquido e alillhado, a resistencia e diretamente proporcional ao quadrado

\'clo( dade.

A resistencia oferecida pelo jllCW alinhado e resultado do atrito entre mo/eell/as

iI'fe!i lis do Iiquido3. Quanta mais rapido 0 movimento maior a turbulencia. Desta [anna,

kml graduar a ve10cidade do mesmo de acordo com nossos grupos.

1 I. TI Illperatura

o calor especifico da agua e milhares de vezes 0 do ar, e a perda de calor na agua

~ V(.:, ,:-; maior que a do ar em detenninada temperatura. Esta perda de calor pode acontecer

to PI (:onduy8o (movimento da energia tennica de a1go mais quente para alga mais frio),

pm l II1VeCy80 (perda causada pelo movimento da agua contra 0 corpo mesmo se a agua e

llrpo ~·"tiverem na mesma temperatura). Se ha maior perda de calor para a agua, isso afeta

nUSl dos e 0 paciente sente frio.

)~(" I YES, Vera Lucia. Trcillamcnto em Hidroginastica. Sao Paulo: ieone, 1996. p. 13.

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Conseqlientemente ambos, a temperatura da abJUa e a quanti dade de calor

luzi( 1 pelo corpo, precisam ser considerados oa detenninayao de uma temperatura

!()t1<'1 l'l onde se exercitar. Exercicios vigorosos executados em agua aquecida resultam

llm , .llnento da temperatura corporal central e pode oeOITer fadiga prematura. Exereicios

lroS( ~ em agua fria levam a uma queda da temperatura corporal central e uma inabilidade

·ontr.,:J.o muscular.

A temperatura ideal para exercicios vigorosos esta entre vinte e oito e trinta graus

l ligra .l)S. Para as exercicios terapeuticos indicados, e sugerida que a temperatura da agua

una "cina terapeutica situe-se entre trinta e tres e trinta e cinco graus centigrados.

2. Rl fra~ao

Nada mais e do que a deflayao de urn raio de luz quando ele passa de urn meio

~Iour \) dc densidade diferente. Refrayuo e a razuo pela qual as piscinas aparentam ser mais

I~ d( que realmente sao. Os membros de uma pessoa exercitando-se oa agua tambem

rent •.n estar destorcidos. As partes que ficam submersas pareeem estar flexionadas alem

nom :tl do nivel da agua. Todavia, sempre que 0 paciente estiver na posiyao vertical, a

IUrallITeta deve ser refon;:ada.

1 3. Bl ncficios fisiologicos

Ap6s uma lesao, cirurgia ou imobilizayao, a hidroterapia facilita 0 movimento par

!ll di reduyao das foryas gravitacionais, combinada com os efeitos da flutuayao, pressao

rust" I!.:a e temperaturas mais elevadas da agua. Paeientes incapacitados de realizar

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cici{ ~ com sustcntayao de peso podem comeyar a reabilitayao mais cedo na piscina grayas

111m; ..;J.oda forc;a de compressao sobre as articulac;oes sustcntadoras de peso.

A flutuac;ao atua como suporte as articulac;oes enfraquecidas e e capaz de

)<)r('1 'nar assistencia e progressivamente, resistencia ao movimento na agua, enquanto a

:-iaO illdrostatica ajuda na estabilizayao das articulac;oes enfraquecidas. A pressao

\lSt{l' ,:a tambem ajuda a diminuir 0 edema e melhorar a circuiayao.

o aumento da circuiayao periferica melhora a condiyao da pele que foi afetada por

rgi3 IU imobiiizayao e acelera a cura ao impiementar a nutriyao na area lesada. A

ula~, ) tambem aumenta com a adic;ao de calor, como em temperaturas mais elevadas da

;1 (3: - 35 graus). Temperaturas mais elevadas da agua ajudam a diminuir aespasticidade,

l mub Ido 0 relaxamento dos tecidos moles e, em alguns casas, reduzindo a dor.

Com a reduc;ao da espasticidade c da dor, 0 movimento pode ser iniciado mais

3)1 ':-' 3 Jesao, cirurgia ou imobilizac;ao. A movimentayao prccoce restaura a funyao

) .;cula por meio da melhora da circulac;ao (portanto, melhor nutriyao das estruturas lesadas)

1mn III tude de movimento articular. A movimentayao precoce tambem diminui a atrofia

) .;culi, c a fonnayao de tccido cicatricial (fibrose intramuscular e artrofibrose).

o excesso de tecido cicatricial pode ser resultante da inatividade devido a

!bilii'!<;ao prolongada apos uma lesao ou cirurgia. Como 0 tecido cicatricial pode restringir

l·ratT :nte 0 movimento, e benefico iniciar 0 quanta antes exercicios de ADM,

~ide:llldo-se os limitcs do paciente.

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to

A hidroterapia pode ser particulannente valiosa durante a fase deremodelagem da

por ,<'trias semanas, quando 0 movimento no solo pode ser doloroso e dificil. Durante

fast 0 movimento oferece urn cstimulo para a configura~ao apropriada das fibras

gena L 0 desenvolvirnento da funyao articular saudavel.

A sequencia e a execuyao apropriadas de pactroes de movimento podem ajudar oa

l[H;:[H de tccido intramuscular que mais se assemelhe ao tccido mole adjacente.

!lam :1to de marcha e exercicios de flutuac;ao assistida e sustentada sao opc;oes para a

lJnCI larraO prccace durante a fase de remodelagem da cura.

Durante a fase de manuteOC;3,o da cura (varios meses), 0 estresse medinico e 0

Ime' \ll articular continuos sao importantes oa manutcnc;ao da intc!:,YJidade funcional dos

(( IS d 11lSeryao de musculos e iigamentos. Isso pode ser alcanyado na piscina com 0 usa de

pam 'ntos de resistencia em exercicios de amplitude articular e flutuayao resistida e

iici{)'lamento fisico.

Por fim, durante a fase de regenerayao, 0 aumento da atividade fisica pode ajudar

duzi ,I fonnayao de gordura que pode infiltrar-se na regiao da cirurgia e comprometer os

hos ( .: forya muscular. Atividades de condicionamento fisico, como andar, pedalar, nadar

l lITer. lItilizam glicose e gordura como fonte de energia e podem ser beneficas no controle

()mp ,siyao corporal.

Pacientes menos motivados que relutam em participar de exercicios aer6bicos de

que estejam incapacitados de realiza-Ios, podem apreciar os exercicios de

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11

licio ~lmento fisico na agua. Estes podem ser menos dolorosos e mais faceis para 0

cnte ,lIra de forma, obeso au idoso, uma vez que as [oryas gravitacionais sabre 0 carpo

\ re( ,ILidas. 0 aumcnto da tolerancia permite que os pacientes exercitem-se por mais

II "10 (,umentando a utilizac;:ao de gordura como fonte de energia) e pode melhorar 0

pro! climento com urn programa regular de exercicios de condicionamento fisico.

1 I. Bencficios da flutuac;ao

Entre os !TIuitos beneficios da hidroterapia ja mencionados, a reduyao da forc;:a

nat.: 1I1al 6 particulannente benetica fla reabilitayao. A fOfc;:a gravitacional diminui fla

J em azao da sua densidade e da flutuay80 do carpo humano. Como 0 carpo humane e de

rma flutuante, muitos pacientes consideram a atividade fisica na agua rnais facil que

.;ulo. I-;so capacita pessoas corn outras cornplica90es a participar e alcan9ar sucesso na

r· liiitn ,10.

A flutum;ao e a redU9aO da fon;a gravitacional cOlltribuem para a redw;ao da

item ;/ cardiaca durante 0 exercicio aqllatico cardiovascular. com lUna determinada

!u d( !mba/ho, quando comparado aos do exercicio de solo.

As propriedades fisicas da agua podem ser usadas para melhorar a for9a. A

';ida, 'e a viscosidade da aglla agem como resistencia ao movimento, a qual e afetada

I \'C! I( idade mesmo, Movimentos que opoem a f!Utlla9aO tambem podem me/horar a

(/ -t (,-; pacientes hipertensos experimentam uma redu9ao da pressao sangilfnea durante 0

l "cicil na agua !,'Ta9as aDs efeitos da pressao hidrostatica,

)LR) Joanne M, Programa de Fisioterapia Aqu:itica. Sao Paulo: Manole, 2000. p. 3,

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Pressao hidrostfHica e a pressao da agua sabre 0 corpo e os vasos sangiiineos

, IS 6 I larrison, (988), portanto, quanta mais profundo Uln corpo for imerso, maiores os

\ IS d prcssao hidrostatica.

AJcm da diminuir;ao na pressao sangiiinea arterial em razao da pressao

,lst,il..:tI. 0 edema dos mcmbros inferiores c aliviado durante 0 exercicio na agua.

\)feli ,,(in Davis & Harrison, (988), atribui 0 aumento da produ9ao renal ao deslocamento

Iluir '" corporais dos membros para 0 torax.

1 ;. Br:H'ficios do condicionamento cardiovascular

Os exercicios de resistencia e condicionamento cardiovascular na agua, incluem

1[". l '[TCr, pular, nadar, chUlar e outras atividades ritmicas condnuas que elevam 0

.1001 ,lnO e melhoram a funyao cardiovascular. Esses tipos de movimentos agrupados

!I..'ne 'lmcnte e realizados por urn tempo e com uma intensidade significantes sao 0

(It.'n· para produzir urn beneficia de treinarnento.

I. Ut"ll'ficios psicologicos

o valor da hidroterapia das perspectivas fisio16gicas e psico16gicas ainda esta por

:ola 'lcnte explorado. A hidroterapia pode proporcionar variedade e mesmo algum

·,·tin' 'ntO ao programa de reabilita~ao. Felizmente, a maioria das pessoas tern prazer com 0

Illll' :0 na agua e experirnenta uma profunda sensa~o de relaxamento no ambiente

.ltlC( (l que deve ser motivo do aprirnoramento da sociaiizal(ao durante as sess6es de

h ]11<1 1 t piscina.

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A combina~ao de relaxamento e recreayao favorece a camaradagem entre os

l..'ntL:~c pode estabclecer 0 aumento do comprometimento e uma atitude positiva em

.;ao , rccuperayao.

Muitos pacientcs de hidroterapia aguardam com entusiasmo suas sessoes na

expressam desapontamcnto quando a reabilita9ao tennina. Para pacientes

non .:nte nao condicionados, a hidroterapia pode seT 0 inicio de uma jomada para uma

hm uulidade de vida. Segundo Howley e Franks (1986), a qualidade de vida ideal

l loba's componentes intelectual, fisico, social e espiritual a vida humana.

7.llj,jrocincsioterapia

Exercicios terapeuticos realizados oa agua. A fisioterapia de reabilita9ao

"<lqu, ""':3 compreende exercicios, movimentos e tccnicas detenninados pel a necessidade

cdti I de cada individuo. Realizamos esta modalidade terapeutica utilizando as

pric, .llleS fisicas e fisiol6gicas da agua, como tamb6n os princfpios gerais da

csiu\ mpia para reeducar;3o dos movimentos, tanto podendo atuar nos niveis preventivo,

<I!i\\ c reabilitador.

A hidrocinesioterapia tambem apresenta caracteristicas que penni tern sua

lizi:li, em fase precoce de recuperar;8o. Apresenta as articulayoes e rnusculos urn

.1CCIl .I..'l1tocontinuo durante todo 0 tratamento.

IX. l- fl'itos fisicos

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,'an, .,.ao de densidade relativa do carpo humano, au seja, onde ele afundanl au flutuara-

_'lJuilhrio;

'on( .;oes de flutuayao: farya do empuxo em 3913.0apasta a da gravidade, alivio do peso;

Pres'to hidrostatica: pressao exercida pela agua sabre tadas as superficies do corpo

rurh lIencia: redw;:ao da pressao au empuxo na flutuayao (facilita e resiste ao movirnento).

I. Ef~ itos fisiol6gicos

Em uma piscina aquecida, as respostas fisio16gicas sao resultados normais de urn

'ciei, cxecutado, senda produzidas de fanna generalizada e continua. As respostas variam

ICnIT \ com:

d iel' peratura da agua;

~l prt ,,,;]0 da agua;

,] du ,j~ao do tratarnento;

d intnsidade do exercicio;

qual 1 a dor e ao edema: 0 calor relativo da agua reduz a sensibilidade das tennina90es

·"as sensitivas, proporcionando a diminui980 da dor e, sob a9ao da pressao

hldr, ,,,tatica, a diminui9ao do edema;

qua! :n a musculatura: a partir do aquecimento dos musculos, ocorre a diminui9ao do

tonll muscular, favorecendo 0 relaxamento e a diminui9ao do cspasmo muscular. 0

al/Ul Imento possibilita tambem 0 alongamento muscular, fortalecimento e aumento da

rcsi~ cncia muscular;

Qua ,to ao equilibrio e ao esquema corporal: utilizam-se as propriedades fisicas da agua

para favorecer 0 equilibrio, a recupera9ao e a conscientiza9ao do esquema corporal;

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)uan •a reeduca<;ao da marcha: a utiliza<;ao da relayao entre a profunrlidade da piscina e

1 dc~ .lrga do peso corporal favorece a etapa de suporte gradual do peso corporal na

l'cch dyllO da marcha. Entao, a descarga do peso corporal e inversarnente proporcional a

wort.ldidade da piscina, au seja, quanta mais profunda, menor a descarga do peso

:orp! eli nos mcmhros inferiores;

)uaJ 1 a preven93.0 de defonnidades: a hidroterapia pode manter eu aumentar a

.Il11pltude de movimento, pais proporciona uma ayao cinetica, ajudando a superar a

nihi· :Ill funcional, aJCm de favorecer 0 processo de reabilita<;ao e prevenir possiveis

Jdc)] nidades;

0uaJ " a articula9ao: facilita a rnobilidade e a manuten9ao da amplitude articular com

l11elll r CSfOf90.

I. Cs ) da profundidadc da agua para aprimorar os movimentos

A execw;ao apropriada dos rnovirncntos depende principairnente do

ncnto corporal e da profundidade da agua. Muitos exercicios, no inicio do

IlllCl ,\1, sao cxecutados numa profundidade entre a cintura e 0 t6rax e pessoas que nao

am r ltiem ficar limitadas quase exclusivamcnte a essas profundidades.

individuos que nao nadam, por excmplo, podem ficar extremamente

(; ..;onli niweis, tensas e possivelmente amedrontadas se nao scntirem os pes apoiados

I l":l1ll He no chao. No tratamento para reCUperayaO de trauma ou cirurgia recente, a perda

.'qui] hrio pode fazer a pessoa cair para frente ou mesmo realizar movimentos indescjados

..:nta .•a de manter 0 equilfbno. Mesmo ao rcalizar movimentos mais simples executados

pos Jo ereta, como andar, tomam-se mais dificeis de coordenar com 0 aurnento da

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LIndh..de da agua, uma vez que 0 aumento da fOfy8 da flutuay80 toma 0 carpo mais

importante selecionar a profundidade da agua em reia9ao a altura da pessoa.

,(em lIleo pontos pniticos que podem atuar como marcos anatomicos na detenninar;ao da

und Ltdc de imersao em agua rasa:

l':-'Pl" 1<1 iliaca nntero-superior (ElAS);

~lci1 'ura (localizada aproximadamentc nos corpos vertebrais LS Oll L4);

II pr, -.I.:SSO xif6ide;

() {() ,,(localizado aproximadamente no ponto medio entre 0 processo xif6ide e 0 corpo

\ en "lral de C7);

,1 pl ,:ot;:o (localizado na altura do corpo vertebral de C7).

A relat;:ao entre a profundidade de irnersao e a altura da pessoa e chamada de

-:cnl .'!,l!m de imersao (Harrison, Hillman & Bulstrode. 1992). Na fase inicial da

,;tl11l' I,), quando a sustenta930 de peso no solo e restrita, exercicios de sustenta980 parcial

p~M podem scr iniciados com agua na profundidade ao nive! do processo xi f6ide ou do

.l\..

Pacientes que estejam impedidos ou incapazes de tolerar sustenta980 parcial de

~ll Pl lcm se hcneficiar da terapia em agua profunda. 0 uso de equipamentos de fiutua930,

I..'rcu . .IS de mcmbros infcriores, como andar, pedalar, abdu980 C adu~o bilateral de quadril

:In.:ll 'i com membros inferiores na vertical podem ser feitos numa pOSiC;:80suspensa em

'eli.! P lunda, que tambem pode ser bastante util para fortalecimento de tronco, estabiliza930

h it.:;, I.: ADM. Tra9ao cervical, tambem pode ser indicada nestas profundidades.

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Embora a rerapia em agua projimda seja altamellte bemijica para muitos pessoas,

1••.:111.!~lImas desvalllagens, tais como paciel/les rellllallles ao Iralamenta. entre/anlo,

lipo de paciel/le e necessaria garon/I,- a segurall{:a, seleciollando equipamentos

'/11"11los de Sllsrelltaqoo e estabi/izar;iio do terapeuta para transmit;,. cOlljianr,:a.

Pessoas exfremamellle jllltliolltes padem tel' dificuldade em manter 0 equilibria no

,I. p, I-a isto as vezes e necessaria acrescental' peso ao individllo por meia de colr;ados

(iller Oil pesos 1I0S lamaze/as5, devendo-se tomar extremo cuidado para nao

rcr.:al.:gar indevidamente articuia90es lesadas Oll criar uma fOTy8de tra9ao indesejada.

A profundidade da agua faz parte do plano de tratamcnto na hidroterapia, que

hem nclui elementos, desde posicionamento corporal e equipamentos. Para se criar urn

!!r<ln que melhore 0 movimento, deve-se selecionar a pro fundi dade ideal para cada

t n:icl A segurant;:a c a maior preocupar;:ao na selec;:aa da profundidade da agua. Na fase

1<11 (,I tratamenta, a scJec;:ao da profundidade da agua deve considerar restrit;:6es na

~nW ,\0 de peso, alinhamento da postura e habilidades aquaticas do individuo. 0

dicH lamcnto fisico para 0 paciente ja familiarizado com 0 ambiente aquitico pode inc1uir

H.·ici "scm impacto.

Na fase intcnnediitria, mudanr;:as na profundidade da agua podem ser usadas para

hl)r,. d coordenar;:ao e 0 condicionamento. Pacientes cujos programas foram conduzidos

:":IP, ;ncnte em agua profunda jit sao capazes de tolerar exercicios com sustentar;:ao parcial

Il:R'l 10anneM. Programa de Fisioterapia Aquatica. Sao Paulo: Manole, 2000. p.37.

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',:S() ~>m agua ao nlvel do processo xif6ide. Difercntes combinaryocs de exercicios e

casm aguas profundas e rasas trazcm significante melhora.

Na fase final do tratamento hidrocinesiotenlpico, as profundidades menores

em l dcvem ser usadas para preparar 0 pacicnte para 0 retorno a vida diaria.

1. Equipamentos para facilitar os cxcrcicios on piscina

o usc de equipamentos aurnenta a versatilidade das instalaryocs e program as de

'"oIL" lpia e possibilita aos pacientes com diferentes tipos corporais e les5es exercitarern-se

n SLl 1..',50 na agua.

o cquipamento de hidrotcrapia pode ser categorizado pelo seu usa. Aparelhos

III a~ htencia da flutuaryao incJucm flutuadores, manguitos de flutuaryao e swirnmies. Esses

,!!"cll 's aumentam a flutuabilidade dos membros para aux.iliar no movimento e melhorar a

'\lhi dade. Alguns aparelhos, como 0 eolar de flutua~ao, proporcionam assistencia e

...terr I\,;aoao movimento.

Aparelhos de assistencia a flutua~ao inc1uem itens flutuaveis como barras-beias,

.mel I". cintos de flutuayao e eoletes de flutuaryao. A finaJidade dos aparelhos de assistencia

nun 1(,·5.0 C proporeionar a intensidade apropriada de flutuabilidade com a finalidade em

Isici nar 0 paciente para 0 exercicio. Aparelhos de assistencia a flutua~ao sao indispensaveis

~!1~ll lltaryao do tratamento. Barra de sustentaryao na parcde da piscina, tambem e necessaria

,Ira :-.!..•tcnta9ao do paciente.

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Aparelhos de treinamento de resistencia padem incluir ilens que aumentem 0

l In.;l) '(;cessario para veneer a flutuabilidade OU aumentam 0 arrasto. 0 equipamento de

-,ten'l<I de membros inferiores inclui manguitos de flutuayao, nadadeiras e botas. 0

IpUll ,-ontode resistencia de membros superiores inclui halteres flutuadores, luvas, palmares

dH~rl~de resistencia.

Ao se inc1uir equiparnentos de rcsistencia peIa prirneira vez, os movimentos

1..'111 ,I..'f executados lentamente. Gradualmcnte, padcm-se aumentar a vclocidade, as

L'I1~{ ::'0 e as series de cxcrcicios .

., PLllIO de tratamento (scis fases)

Cad a fase desse plano incorpora urn componente educacional que promove

Ihol 10ta1 da saude do paciente anteriormentedescondicionado . Este plano de tratamento

'lllh. lesenvolver urn programa de tratamenlo exclusivo para cada paciente que aborda os

Idi\· " eSlabelecidos a curto e longo prazo. Os objetivos da hidroterapia devem ser

nl;lh ntcs aos do programa de solo e padem complementa-lo.

FASE 1- inc/ui a avaliQ(;:iio do paciente para elegibilidade e competellcia nas

I'ili(/ les aqmiricas, educQ(;iio para segurOlIl;a de Iml programa inicial de hidrorerapia

/"(/d nillitir dor e Olllllelllar ADM.

FASE 2- i1Jtroduz 0 programa de jorralecimellfo. 0 jorlalecimellto e seguido

ii:::w lo-se a viscosidade do aguo como lim meio de resistencia. Exercicios illiciais de

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Iicil, ,Imento cardiovascular e tecllicas de olllo-alollgamemo fambem siio illlroduzidos

,I/O

FASE 3- elljalizQ me/hom do equilibria e do coordeIlQr;Qo, a jim de preparar 0

.'t '/Ill 'ara padriies de movimeniO mais complexos 110 agua e 110 solo. HIl a inlel1sificar;iio

'!/It! IOI/amenia cardiovascular. preparolldo 0 pacieflte para 0 trabalho.

FASES 4 £ 5- enJatizam exercicios IIGpiscilla orientados para tare/as que podem

iW(lI '1lOvimentos lIsados 110 esporte e 110 troba/ho. 0 condiciollamelllo cardiovascular ed.. diador, com ;IIrrodllr;iio de intervalos de troha/ho ollaer6bico. illcluilldo cOllceitos

l'Ctil 11(;00 postural dillcimica e cuidados com a colulla e, lambem. orientar;oes para 0

l'ida diaria.

FASE 6- programa de malllllenr;iio do desempenllO fisico para aqueles que

',.,.el 'OIltillllar 0 exercitor-se 110 aguo Oll IIGO10leram exercicios no solo. 6

I \. Formato das sessoes

E importante estabelecer urn plano abrangente durante a fase inicial de tratamento,

pal muitos pacientes a hidroterapia sent a fanna primiria de tratamento.

Todas as sessoes de hidroterapia devem comec;ar com uma adaptac;ao a agua e urn

'Ido It: aquecimento, seguido por condicionamento de forc;a e condicionamento fisico. Urn

)do ...:desaquecimento, treinarnento de flexibilidade e relaxarnento deve conduir cada

ILR ~ loannc M. Program:! de Fisiotcrapia Aquatica. Sao Paulo:2000 . p. 63,64.

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:10. .lem de beneficios fisiologicos 6bvios, urn fonnato emhasado para as sess5es de

(l\cJ"(.)ia ajuda 0 pacientc a controlar seu Titmo e sentir-se satisfeitos aD tennino do

As sessoes de hidroterapia devem atcr-se 0 maximo possivel aD problema

:cifil enquanto trabalham em torna da Icsao para exercitar todD 0 corpo. Para encorajar 0

I.:nl(' <l comc9ar a trabalhar mais independentemente, a sequencia de exercicios deve

nam.lT urn tanto constante de uma sessao a Dutra, de modo que 0 paciente passa lembrar-

:--< l(..'iln cnte dos exercicios.

Muitos [atores podem afetar a habilidade de urn paciente para alcanyar melhoTa

nao- 'omprometimento com urn program a de exercicios em casa;

(alta j sessao;

..;unI '''posta a tratamentos anteriores;

- ,-ell l ~lado de espirito;

<llnl ~Ides de lazer ou trabalho extenuantes.

Quando hi necessidade de modificar 0 tratamento deve-se infonnar 0 paciente

.". f\ csperanrya do paciente e capaz de utilizar essa informayao para modificar seus

~ram ,'0 de terapia, orienta-Io trani maior confianrya durante e depois da reabilitayao.

I L [)u ra~:io da terapia

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Nas sess5es iniciais, aproxima-se de 20 a 30 minutos a hora programada de cada

:!O~( tempo restante pode seT usado para orientayuo e relaxamento do paciente na agua.

Gradualmente, a medida que os exercicios ficam mais intensos, as sess6es de

(llcr: :m:l padem durar aproximadamente 45 a 60 minutos, aumentando-se a intcnsidade

excr I..:ios com a mesma quantidade de trabalho em urn periodo menor.

Frl'qiicncia

A freqih~ncia das scss6es de hidroterapia variam com base na intensidade e

(iel1l .1 das sess5es de exercicios corresponrlentes e na disponibilidade e flexibilidade da

,;ram ,\:50 da piscina. Para se estahelecer urn alto nivel de comprometirnento, urn minima

: a 4 ~(;ss6es por semana durante as sernanas iniciais de tratamento. Esta freqi.iencia pode

~lrdt ,'cordo com 0 estado fisico, habilidade ou inabilidade do paciente.

I l. PI:!Ilo de tratamcnto para a coluna lombar dentro das seis fases

COLUNA LOMBAR- a dor lombar e lima das queixas de smide mats

10/(,( !Ires em nossa sociedade. Estima-se que 60 a 80% da populQ/;iio tenha esta queixa.

loJ' I mbar reiacionada a atividade pode ser descrita como uma dor que resulta da

(/((, de sobrecarga aos segmentos da I'egiiio lombar que excede as capacidades fisicas

L'cid

Tanto segmelltos normais. como anormais, podem estar sujeitos a dol' lombar

, wion Ida a atividade7• Em geral, na lesao de coluna relacionada a atividade, e importante

H.R'l .loanne M. I'rograma de Fisioterapia Aqulitica. Sao Paulo: 2000. p. 201.

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1"11111' as sobrecargas mecanicas que causam e aliviam os sintomas. 0 tratamenlo e11(/0 "I hisroria da dor. SIlO /ocalizQ(;tio, gravidade e duraqao dos sintomas, quando se

,mho '0 diagllosrico exato. Eta pode ser classificada como:

lur I ,;cos/as scm irradiaqQo;

lor I '.costas com irradiar;iio para 0 membra proxima/mente;

(()!' I IS coslas com irradiar;iio para 0 membra distalme1l1e;

lor I membra maior do que nos costas;

lor I IS costas com irradiQ(;tio e sinais nCllro/6gicos;

,fa, 110S- cirtirgico (mel/ores que 6 Oil maiores de 6 meses);

n/(Il ,me da dor crfmica.

I ',Cl.l •.sifica~ao do paciente

A maioria dos paciemes com dor [ambo!" relacionada a a/ivldode pode ser

luda ill umQ das Ires categorias:

I('W/! .Igllda;

I"<..'CI' la, exacerbar;Ciode lesiio anterior;

,illd !!lIe da dor cronica.!I

Os pacientes com lesao aguda sao aqueles cuja resposta fisiol6gica a aplica~ao de

L:nh sobrecargas e proporcional tanto ao tempo decorrido apos a lesao quanto ao trauma

'0 Ie do.

JI, R ~ ,Ioanne M. Program3 de Fisioterapia Aquatica. Sao Paulo: 2000. p. 202.

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Os pacientes com recidiva sao aqueles com lcsao recorrcnte e epis6dios de dor nas

~lS q\~' cles descrevem como senda semelhantes a dor cxperimentada anterionnente. Ao

I. a::.; ,:.:idivas naD se resolvem por si, tomando necessario a procura de urn medico.

Os individuos corn sindrome da dor cr6nica tornam-se emocional, fisica e

It.'ell! mente incapacitados pela dor. Sua dor tern longa dura~ao, ha urn grau maior de

uJ1ya sccundaria. Toma-se progressivamente uma condiyao resistente ao tratamento

1(0 t ;ldicional.

A hidroterapia e extensivarnente utilizada no tratamento das dores lombares

.:s de diversas causas, incluindo-se dores p6s-cirurgicas, Jes5es de tccidos moles,

tc, f Il.uras e patologias dos discos. E vital que uma avalia980 completa em solo determine

usa ( ,IS dores lombares para que se possa administrar 0 tratamento apropriado.

A hidroterapia pode ser muito eficaz na diminui9aO da rigidez lombar e na

hora LIADM. Cuidados especiais sao necessarios com os pacientes com dores agudas nas

as p. a que nao alonguem demais na piscina ou realizem movimentos repentinos.

1 L Ci Ilrgia de coluna

Incluindo a discectomia, laminectomia ou fusao vertebral de urn ou mais niveis,

lilCit lIes podem iniciar a hidroterapia caso se apresentem clinicarnente estaveis, corn a

a de ·utura fechada e sem evidencias de infec90es. Isso pode acontecer quatro dias depois

amir I.."domia Oll mais tarde nas fusoes vertebrais.

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Todos os regimes de exercicios dcvem levar ern conta as instruyoes especificas

.:lfUI :Ioes ortopedicos.

1 ). E:'Ilrutura e fun~aoda coluna vertebral

A coluna vertebral consiste ern 33 vertebras que se estendem desde os condilos

pltaJ jo pescoyo ate a base do c6ccix. A coluna cervical (scte vertebras); coluna dorsal

I,mil ~'a, (doze vertebras); coluna lombar (cinco vertebras); sacro (cinco vertebras

ilda:. e coccix (quatro vertebras fundidas de modo variavel).

Cada vertebra e urn segmento movel individual. As vertebras esHio alinhadas urna

.ltra, e elas tern virias caracteristicas anatornicas em comum: 0 corpo vertebral; dois

lCU\c e duas laminas, os quais englobam 0 [orame vertebral; 0 processo espinhoso; dois

·CSS( " trans versos; e quatro processos articulares, dais articulando com a vertebra acima e

CO]' ,.\ vertebra abaixo. A cstrutura e a fonna dos componentes vertebrais influenciam a

)litw ~'de movimento pennitida em cada regi1'io da col una.

Par exemplo, os processos articulares superior e inferior da vertebra adjacente na

.10 L'rvical sao rclativamente achatados. Desta fonna, esta regiao pode mover-se

CInCI tc. Na regiao tonicica, as articulayoes intervertebrais pennitem uma menor liberdade

t nOVl lenta devido ao tamanho das espinhas vertebrais sobrepostas (0 plano das facetas). 0

nato JJS articulayoes na regiiio lombar restringe a rota980 da coluna, mas perrnite relativa

'rdad, de movimento nos dais pianos,

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Cada vertebra e separada por urn disco intervertebral. Cada disco atua como

~. de choque para a coluna vertebral, a tim de pennitir compressao e distOf9ao e

,m ~ .Ill de movimento em tadas as dircyoes. Carla disco tem uma massa central

atin( -'01" chamada nueleD, farmada por tibras ehlsticas, 0 anula all anel.

FOfyas externas agem na coluna defonnando 0 nueleo do disco. A maneira como

llSC(1 mtervertebrais reagem a essa pressao depende do tipo e magnitude da fon;:a. Urn

() sa ,dilvel retoma rapidamente a sua posiyao normal ap6s a farya ter sido removida.

As lcsoes que afetarn as discos intervertebrais OCQrrem mais comurnente em

'IS n ''; quais hit uma troca de mobilidade para estabilidade da coluna. Os Iocais mais

lera\ ';.s parecem seT no nivel de L5-S 1 e L4-LS, na regiao lombar, e C5-C6 e C6-C7, na

lila l ·['vical. As lesoes mais comuns sao protusao e extrusao discaL

Com 0 envelhecimento do disco, hi uma perda na fluidez do nucleo, de forma que

tip, de lesao e mais comum em individuos jovens, geralmente entre 20 e 55 anos.

;nnc: loS fortes estaa presentes em tada a extensao da coluna vertebral, 0 ligamento

~itu( nal posterior atras dos corpos vertebrais. Uma serie de ligamentos eiasticos, 0

linen·,) amarelo, conecta as laminas das vertebras e ajuda a restaurar a postura ereta ap6s

a He :10.

I O. A •. partes anatomicas

Falaremos agora especificamente da coluna lombar. E formada de cinco vertebras.

pos :io ereta, elas formam uma curvatura normal (lordose). As vertebras sao grandes e

1..:5 l ~:onferem estabilidade para a parte inferior das costas. Nesta regHio, a forma das

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<lSa; I...:ulares limita a quanti dade de flexilo, extensao, flexae lateral e TotayaO produzida a

nivl A maior parte da flexao do tranco ocorre entre L5 e a Sl, 15% a 70% Qcorre entre

5. c rcstante das vertebras sao responsaveis por 5% a 10% da flexao do tronea.

Extensao e a posiyao mais compacta da regiao lombar (a posiy8.o onde as facetas

ularl'> cstao mais cornpactas). A rotayao e minima TIa coluna lomhar.

A regiao da col una lombar e freqlientemente urn local onde ocorre dor cr6nica ou

:I!lic degeneray30 vertebral e numcrosos procedirncntos clrurgicos. Umabiomedinica da

na il ":,,)freta e talvez a causa mais comum de dor, espasmos, tensao e escoliose.

1 1. 0 •.musculos c snas a~oes

Reto Ibdominal- tern origem oa crista pubica e insere-se nas cartilagens costais das

..:ostl dS 5 a 7 e sua aryao e a tlexao do tronco. Movimento aeess6rio faz a tlexao lateral do

~rolll para urn lado.

Ob1i, lIO extemo- tern origem no ligamento in!:,JUinal, linha alba, pubis e crista iliaca,

:nSCI '-se na superticie externa das oito costelas inferiores. Sua aryao e a tlexao do troneo,

lend. como movimento acess6rio girar 0 troneo para 0 mesmo lado.

Obli LO interno- tern origem no ligamento inguinal, crista iliaca e fascia lornbar, insere-se

nas urtilagens costais das costelas de 8 a 10 no processo xif6ide e linha alba.

Jran,\'erso abdominal- com origem ligamento inguinal, crista iHaca, cartilagemcostal das

(OStl ciS de 6 a 12 e fascia lombar, com inseryao no processo xif6ide, linha alba e pubis.

Sua ...;.:10 e a de eomprimir a abdomen, tlexao do tronco e tern como movimento acess6rio

<lssi~,r a respiraryao forryada.

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)uad ado lombarw com origem na crista iliaca e vertebras da regiao 10mbar inferior,

n:-;el\ -:-;c nas vertebras lomhares superiores e 12 castela . Tern como principal a~ao

':-,:tel ,,:0 do tranco (regiao inferior do tronco), seu movimento acess6rio e a flexao lateral

)ara .1'1 lado.

)ulfl" musculos envolvidos com a extensao do tronco: ERETOR DA COLUNA,

iRA ,DE DORSAL, INTERESPINHAIS entre outros .

. Palologias comuns da coluna lombar

1- Artrite lombar - 0 (erma ar/rite reJere-se simplesmente a qua/quer illjlamar;iio

drticular;iio. E comllmente considerada uma manifestar;iio de uma palolagia

II/ial I"ia cr6nica com tim importante grail de degenerar;iio articular, membrana sillovial e

,"/a 'Iieu/ar.

A artrite lIa l'egiiio lamba,. da coluna pade ser resultado de lesoes previas de

). II( \' e1as podem causal' lima diminlli9iio na Slla altura. A artrite pode ser simp/esmente

11I!r(. 10 de anos de desgaste.

E/a pode envoI vel' wlrios componel1les. A doem;:a degenerativa do disco ellvolve

lu Ii allura do disco. 0 material discal faz protusiio, torna-se calcificado e forma

;riio /slo reslllta numa diminui9iio do tamanho do forame e estreilamento do canal

lilJa, i~·ste esfreitamento do callal, e cOllhecido como Eslenose Espinhal, leva a espasmos

\ dos nervos e vasos que passam pe/o canal. Artrite das facetas envolve a illflama9iio

lac( IS articldares.

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Sinais c sintomas - a estCllose espinha/ e caracterizada pelo aumelllo da dor

nsao e caminhada, exercicios de jlexa.o diminuem a dol'. A doem;a degenerativa do

d em 1(1 lima dol' do fipo que varia com atividade. A dor pade scr apol/tada durante a

rho ..10 aguda. A dimilluif;iio da amplitude de movimento varia de pessaa para peSSOQ,

Partes do corpo afctadas: vertebras; mlisculos paravertebrais; ligamentos

,i/wi /lavos; discos efacetas articulates.

2. Dor aguda na regHio lombar - pade ser cOllsiderada aguda se nao estiver

J() r ( ~ellte pOl' lim IOllgo tempo. A dor que demora mais de (res meses e gem/mente

idel ,ja dor cronica. E jreqiientemente cQllsada por incidentes traumaticos, tais como

II' "forcer e levQntar". Pode tambem decorrerpor estresse repetitivo. A ma postura

,'1111 agravanre. E~pasmos muscll/ares SeCllfidarios dos mllscu/OS adjacentes que

rem ,/)OS as lesoes slio sempre piores do que a original.

Sinais e sintomas - a dor aguda caracteriza-se por ''ponradas'' e diminui9QO da

II ,lli(/(' fl'. A dor aumellta com a atividade e diminui com 0 descanso.

Partes do corpo afctadas: w}rtebras; nllJsculos paraverlebrais; ligamentos

lliIw lIervos; discos eJacetas articulares.

3. Protusao dis cal - parte do lIlic/eo do disco Jaz protuslio em uma area

II({lIt ida oufissllrada do ane/. 0 mecanismo mats comum e a leslio de torcer a coluna OIl

mar .!In objelO do solo. Freqiientemente um disco protrai porqlle 0 levantamento eIll(/( quando a co/una nlio esta preparada para sllportar 0 estresse neste momento. A

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/' '(StlO ,'.rerce pressiio sabre 0 ligamenta longitudinal, 0 que pade causal' dor intellsa. Se

!!.rm. /e pade causar pressiio na raiz do ncrvo. ISIO pade resllitar em dOrl1u!ncia.

:iga/ <'lito oujraqucza nos »/lISCU/OS supridos por esta raiz.

Sinais e sintomas - dormencia, /ormigamel1lo e jraqueza. Hd aumento do dol' ao

teste da elevar;QO da perna estendida.

Partes do corpo afctadas: vertebras; mitScu/Os paravertebrais; ligamentos

,11/(11 !lervas; discos efacetas artiell/ares.

4. Dor cronica na regUio 10m bar - como em O1llras condh;oes, cronica significa

" pn 'elite pOl' mais de 3 meses. Pade iniciar com llllla lesiio aguda, com fi'eqiie,lcia lui

/J 'Josfl a. Norma/mente, nao lui 0 processo inflamat6rio aguda.

Sinais e sintomas - diminuir;:Jo da ADM na lombar e extremidades inferiores. A

<.!;en mel/Ie altmenla se 0 paciente manliver posif;iio estatica Oll aumentar 0 nEvel de

,dad

Partes do corpo afctadas: vertebras; museulos paravertebrais; ligamelllos

uhm nervos; discos efacetas articu/ares.

5. Fratura por compressao - e uma lesiio par esmagamento de um Oll mais

,·tebrais. Pode ser de origem traumaliea all espolltaneamente se 0 ossa estiver

<lqll( ida pe/a osteoporose. Norma/mente, levam de 6 a 8 semanas para 0

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dw/( !l1Iento. Nao lui necessidade de imobiliza~ao durante 0 processo de cOllsofidQ(;iio.

(., . a medii/a espillhal e as mizes do nerVQ "ao estiio afetadas, mas !tavera lima

Iii '\PO,I tio a alferaqoes nu co/ulla.

Sinais e sintomas - qlleixa mais COmll11le a dor localizada. Aumellta com

larll que ellvolvamjlexiio.

Partes do corpo afctadas: vertebras; 1m/sell/os paravertebrais; ligamentos

IJiIO, nervos; discos efacetas articu/ares.

6. Fusao vertebral - e 11mprocesso cinjrgico que eJlvolve fimdir dUGS vertebras

S lisa lido um ellxerto osseo. t realizado apenas para degeneraqiio articular grave.

mlece lias fraturas, 11111 enxerto osseo leva de 6 a 8 semanas para se cOl/solida,. ..

Sinais c sintomas - a dol' dimil/Ili com a cirllrgia. Uma dimilllliqiio generalizada

JD' I (' daforr,:a e 11IIIitocom ""'.

Partes do corpo afctadas: vertebras; nll/scu/os paravertebrais,' ligamentos

f)illh \";I/ervos; discos eJace/as articu/ares.

7. Espondilolistesc - ellvolve 0 deslizamefl/o para a /rente de uma vertebra sabre

fllln . como instabilidade lIaque/e nivel. Gera/mente. representa 11m deJeito congenito,

/llIin J pode ser trallmatico par wna /ratura insl!ft'cienlemente cOllsolidada.

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Sinais e sin tom as - hipermobilidade, hd jl-eqiientemente lim degrau palpcivel no

do, 'Istabilidade quando a coluna do pacientejica estendida.

Partes do corpo afetadas: vertebras; mllscLl/OS paravertebrais; ligarnentos

Ii/wi /Iervas; discos efacetas arlicH/ares.

A hidroterapia e extellsivamcnte utilizada no tratamento das dores p6s-cil1lrgicas,

t s d fccidos moles, arlrite, Jraturas e patologias de discos9• E vital que a avalia~ao

plet: t:m solo detennine a causa das dores lombares para que se possa administrar 0

11l1etYll apropriado.

o tratamento na agua pode ser muito eficaz na diminui'Yao da rigidez lombar e

hora la ADM. Cuidados especiais necessarios corn as pacientes com dores agudas devem

ll!TIa lus para que nao realizem rnovimentos repentinos. Estes pacientes desfrutam 0 apoio

r da agua, mas podem facilmente exagerar nos exercicios se nao forem

.TV]S -nados de perto.

Ap6s uma avalia98.0 completa do paciente escolheremos 0 metoda pelo qual sera

Ido. ,<cstc trabalho escolhemos 0 metodo desenvolvido por MOSHE FELDENKRAIS,

nmi] ldo "FELDENKRAIS".

I t i\lu ..•hc Fcldcnkrais

(iU] \ I~DO, Valeria. Hidrotcrapia com mCtodo Feldenkrais, Londrina. Parana, Imperial. 1998.

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Fisico conhecido na Segunda Guerra Mundial por ter participado da eiaborar;ao do

pi ro ' lhmarino at6mico. Anas mais tarde, jogando futebol, Feldenkrais sofreu uma lesao

ell' -nis!.. '. sendo seu progn6stico favoravel de 50% para um tratamento cirurgico.

Feldcnkrais optou por rcpouso absoluto durante seis meses. Neste tempo,

(11 \ au ' sequencia do desenvolvimento motor em bebes e resolveu utiliza-Ia como

11.:10 diarios. 0 resultado foi a eliminar;ao completa da dor.

. Tet ria c filosafia

Em rodas as IlO$sas atividades do vida diaria, seja 110 compUlador, dirigilldo

J, I "OIlSO, 110 espor/e, etc., apresenlamos hdbitos de ratina que limitam /lOSSOS

lido ~. causal/do desean/arlO e estresse sabre liDS mesmos. Algulls desles eSlresses e

I~'()l \"aO devidos a lesoes passadas e eslresse emociolJal.

Tais padroes resultam em 1/111 desequilibrio eorporeo, 0 que trani padroes

Ipen lorios resuitallles de assimetrias ar/ieu/ares e muscu/ares. 0 metodo Feldenkrais

nova illforma~iio que colabora lIa qllcbra de lais padroes, atraves da illtrodlt~iioda

'Ihill' lio de movimelltos, que irao co/aboral"com lima nova cOllexiioa serfeita denlro do

nervoso. Tal combillar;iio de movimentos segue a mesma seqUencia do

,imcllto motor normal, permitilldo ao cerebro lima adaptar;iiomais tacit, pois esle ja

dice, ,'alseqiiencia:

/lIi( ;-se com a il/ibir;iio de ar;oes niio inlel/ciol/ais e, literalmel/te; IOrnar-se mais

{'fie I1leefimciollal;

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.(11'a cOllsciellcia cOlpara! para execll~iio de tarefas e habilidodes, para que a

:0 de peso seja dislribllida simetricamellle e projela 0 cO/po como 11m lodo. A

'qiiL 'ia e imporlal/te. 0 cerebra aceita /lovas idaas assim que mais partes sao

liral ,:::idas e automot;camente illc01poradas:

) pi esso desacelerado, Feqiiememellie com a inibh;iio do mavimento. noraremos

lisa ('om padrijes incorretos que tendem a predamina,.. Tais padroes poderao ser

,hsci Idos aO'aves de pequenos movimen/os;

elimillw;iio da {ensiio. a museu/alum libera as padroes illcorretos permitindo

, alillhame1110 postural;

\/ellI a do 011/0 respeito e relaciollamen/o illleipessoal .

. FUlldamentos do Metodo Fcldcnkrais

,() { 0 de limilat;iio, alterar;iio fisica all posiryiio, para que a seqiiellcia seja executada de

'lalllral e de maneira niio fon;ada "menos e mais" 110sistema de aprel1dizagem;

\10\ nento suave e lelllo. Isto permitira 0 awnenlO do conhecimento e desenvo/vimellto

I" s( sillvidade;

\',to ;a auto-critico. Somellle observe aforma de como voce executa os movimentos;

"""ill IIrerlido. niio tenha sensa de e:t.plorat;iio;

\fOI '-se de forma confortavel. Se ocorrer dol', esta refon;ara os padroes neurologicos

dolo. )SOS, qlle inibira 0 aprendizado. /slo estimlliara a defesa cOlporea, allmenlalldo

a tellsiio. Se nao for possivel a execllt;iio do movime1lfO, somellle visualize-a, iSlo

Sill tiara as vias nervosas, perll/itiudo ao fllI/SClllo a captQ(;iio do mellsagem;

Pel"! Ia 101/tempo de descanso entre as movimentos;

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7· Manlel/ita a respirar;iio continua. Respirat;iio illterrompida Ii sinal de que hOllve esfon;o

excessivo;

8- Depots do sessQo umQ camillhada e acollse/luivel. Esta permitirit lim maior tempo de

assimilar;iio e abson;iio qlle Ii necessaria I/O processo de aprendizagem lias atividades da

vida diaria. Observe mudanr;as postllrais cOlljorrGveis. JO

10SCHOEDrNGER, Peggy .. Hidrotcrapill com Metodo Fcldenkrais. Sao Paulo. Imperial: 1998. p.5-6.

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2. MATERIAL E METODO

Esta pesquisa roi realizada com 20 pacientes portadores de lombalgia causada por

diversos fatores como a art'rite lombar, dores agudas lombares, protusao discal, dores cronicas

nn rcgHio lombar, espondilolistesc_

Destes pacientes, 10 cram portadores de dor 10mbar aguda, 2 portadores de artrite

iombar, 2 portadores de protusao discal, 4 portadorcs de dor lombar cr6nica e 2 portadores de

espondilolistese. Totalizando, entao, as 20 pacientes pesquisados.

Para a reaiiz8cyao desta pesquisa foi necessaria urn espar;:o, tendo como universo a

piscina tennica da academia Trampolirn, na Cidade de Itajai, no Estado de Santa Catarina.

Convem lemhrar que os pacientes suhmetidos ao tratamenlo foram enviados em

sua grande maioria pelo Ooutar Deadato Cesar Casas, e que ja os cncaminhou com urn

atestado medico condizente com 0 seu estado de saude e sua aptidao para frequentar a piscina.

o tratamento consistiu de 15 sessoes de hidrocinesioterapia, sendo divididas em 2

sessoes semanais, 0 que resultou, aproximadamcnte, em 2 meses de tratamento.

o metodo utilizado tern como base fundamental os principios da h~cnicaJ metodo

"Feldenkrais" utilizado na hidrocinesioterapia. Adotando-se exercicios e manipuia90es

suficientes para 0 alivio da dor e do espasmo muscular, Iimita9ao da locomoc;iio, fraqueza de

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rnembros inferiores, restriryao para a sustcntay30 do peso, melhora da condiryao de vida diaria

do paciente, ampliando 0 esforryo voluntario de carla urn.

Efetuou-se uma avaliary30 da elcgibilidade do paciente para participar do

program a e da sua habilidade em exercitar-se com seguranry3 e, indcpendentemente, na

piscina. Com base na avaliaC;3o, pode-se estabelecer 0 tratamcnto. ( Modelo da ficha de

avaliaryao em ancxo 1).

Cada meta precisa ter objetivos ou resultados mensuf<lveis e seT reavaliada em

bases regulaTes. As atividades aquaticas basearam-se nos seguintes exercicios, descritos a

seguir e que foram realizados pOT todos os pacientes durante as 15 sessoes realizadas. ( Vcr

anexo 2 ).

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3. APRESENTA<;:AO DOS DADOS

o principal objetivo deste trabalho foi obter alivio da sintomatologia dolorosa nos

pacientcs participantes, com intuito em melhorar as suas condi90es fisicas e psiquicas para

visualizayao da cficacia da tecnica, bern como sua aceitayao pelos mesmos durante 0 decorrer

das 15 sess6es.

A tabela e amilise abaixo demonstram as resultados obtidos com 0 tratamento e

subdividido de acordo com as diferenryas das patologias apresentadas:

PACIENTES I RESULTADOS

20 Pacientes submetidos a 15 sessoes de hidrocinesioterapia

17 Pacientes obtiveram melhora de t 00% da sintomatologia dolorosa

01 Pacicnte desistiu do tratamento

02 Pacientes obtiveram pequena melhora, persistindo quadro aigico moderado

(Vcr grafico rcprcscntahvo em ancxo 3)

Leitura da tabela:

1- 85% dos pacientes apresentaram-se sem dor;

2- 10% dos pacientes ainda hit persistencia de quadro algi co modcrado;

3- 5% dos pacientes nao concluiu 0 tratamcnto.

Dcntre os 20 pacientes:

10 portadores de dor lorn bar aguda;

2 portadores de artrite 10mbar;

2 portadores de protusao discal;

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4 portadores de dor croniea;

2 portadores de espondilolistese.

Pcrccntualmcnte:

50% portadores de dor aguda;

10% portadorcs de artrite 10mbar;

10% portadores de protusao discal;

20% portadores de dor croniea;

10% portadores de espondilolistesc.

Resultados:

10 pacientes portadores de dor lombar aguda apresentaram melhoTa no quadro;

2 pacientes portadorcs de artritc 10mbar apresentaram melhora no quadro;

2 pacientes portadores de protusao discal ~ I desistcnte e I aprcsentou melhoTa no quadro;

4 pacientes portadorcs de dor croniea - 3 com melhoTa no quadro e 1 apresentando quadro

itlgico moderado;

2 pacienlcs portadores de espondilolistcse - I com melhora no quadro e I apresentando

quadro ttigico moderado.

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4.INTERPRETAC;:AO DOS RESULTADOS

Atingidos os objetivos visados, podcmos enHio afinnar que nossas suposi<;oes

com~am a se tamar realidadc.

o born rcndimento dos pacientcs do grupo era espcrado. Sendo que mais da

mclade (85%) dos pacientes relataram me1hora da sintomatologia do quadro fligico e que

apenas 10% tern quadro illgico persistenle, porem com grande diminuicrao da sintomato!ogia,

seodo que, guase ccrtamente, com a continuidade do tratamento tcremos tambcm a resoluyao

destc quadro.

Apenas 5% dos pacientes desistiram do tratamento por motivQs de dificuldade de

locomoc;ao ate 0 local do tratamento, e estc numero, em nossa populacyao, representa apenas I

pacicnte.

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5. CONCLUSOES

Podemos, com certcza, afinnar que a hidrocinesiterapia aplicada com 0 metoda

FELDENKRAIS para diminuiyao da sintomatologia dolorosa da coluna lombar, e eficaz e

nos d<i condiyOcs de maximizar 0 desenvolvimento de cada componente da condicrao fisica e

ao mesmo tempo em que aumenta a adesao do paciente a carla estagio da reabilitayao.

Em gera!, 0 tratamento hidroterapico para a dor lombar baseia-se na iocaiizayao,

gravidade c durayao dos sintomas. A hidrocinesioterapia vern ganhando sempre mais espayo,

evidenterncnte, porque, alt~m de proporcionar beneficios terapeuticos efetivos, e uma

atividade praticada num ambiente descontraido e confortavel, como a agua, 0 que proporciona

prazer e relaxamcnto; portanto bem-estar fisico e mental.

Desenvolvemos neste trabalho conceitos basicos da hidroterapia atraves do

metodo FELDENKRAIS, sem dcixar de abordar as efeitos terapeuticos que da agua advem.

o meio hidrico facilita a at;:ao cinetica, ajudando a superar a inibi~ao funcional e a

tensao psicossomatica, transfonnando uma atividade receosa em uma atividade otimista,

construtiva e prazerosa.

A facilidade na execuyao dos excrcicios subaquaticos em comparayao com os

exercicios realizados em terra, reside em uma de suas principais vantagens, pennitindo a

realizayao de movimentos suaves. Apresentamos esquemas de planejamento das atividades

das sessoes, oferecendo suporte para evitar a rotina.

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ANEXO 1 - FICHA DE AVALlAI;AO

Nome:_---co-:o--::- Idade: -------Sexo: Profissao: __ -:=-:- _Altura: Peso: Endcrcyo _Telefone:-._-,---=_---,-,,--Medico: _Data e motivo da ultima visita ao medico: _

• ANAMNESE

• fNSPE<;:AO

• PALPA<;:AO

• MENSURA<;:AO

• TESTES DE FOR<;:A MUSCULAR! AMPLITUDES/

• EXAMES COMPLEMENTARES

• Avaliay30 subjetiva (deve fornecer detalhes que possam influenciar no resultado dotratamento):

1- Infonnac;oes do paciente;2- Historico geral familiar;3- Historico da patologia ou qualquer historico rclacionado, datas da lesao Oll inicio da dor;4- Cornportamento c sintomas num perfodo superior a 24 horas;5- Condic;ao p6s-cirurgica ;6- A valiac;8.o das habilidades aquiticas ou tendencia a hidrofobia

• Avaliar;8.o fisica: traz os dados mensunlvcis necessarios para a evoluc;ao das metas eobjetivos do programa:

1- Anonnalidades posturais;2- Nivei da possibilidade de andar e anonnalidade da marcha;3- Habilidades nas atividades da vida diaria ou capacidade funcional;4- Amplitude articular do movimento (ativa e passivamente);5- Testes de resistencia muscular;6- Aparencia (edema, atrofia, etc.);7- CoordenaC;8o neuromuscular.

Historia c1inica pcssoal

1- Ja teve ou tern qualquer das seguintes condic;ocs clinicas? Citar datas.

Alergias ..Anemia ..

Hipotensao ..Doenc;a renal ..

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Angina ..Aneurisma ..Artrite ...Asma.Pe-de-atleta ..Diabetes ..Hepatite ..Tuberculosc ..Doenl~avalvular ..Infec«rao viral.

Osteoporose ..Marca passo ..Infec9ao respiratoria ..Infecyii.o cutanea ..AVC ..Tromhoflebite ..HIV ..Hipertensao ..Hipoglicemia ...

2- lit teve um eletrocardiograma anonnal? (ECG)

Em rcpouso ( ) sim () naoDurante teste de esfon;o ( ) sim ( ) naoNunca fez urn ECG ( )

3- Seu medico ja aconselhou a razer exercicio?

( )sim ( )naoPorque? _Quando _

4- Submeteu-se a alguma cirurgia recentemente?

()sim () naoPorque? _

5- lit teve !onturas ou desmaios?

( )sim ( ) nao

6- Voce esta tomando algum medicamento de forma regular?

( )sim ( ) naoSe sim cite, os motivos: _

7- Voce lorna calmantes, tranqiiiiizantes, analgcsicos ou qualqucr tipo de rnedicamento paradonnir?

( )sim ( )nao

8- Voce toma estimulantes, pilulas para emagrecer ou qualquer Dutro medicamento quealtere 0 humor?

( )sim ( ) nao

9- Voce ingere behidas a1co61icas?

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( ) sim ( ) naoSe sim, com que frequencia: _

10- Voce fuma ou fumou cigarro, charuto, etc?

( )sim ( )nao

11- Voce esta fazendo alguma dicta especial?

()sim ()n50Se sim, descreva-a: _

12- Voce esta sob 0 cuidado de Dutro medico no momenta?

( )sim ( ) naoPorque? _

13- Sente-se cansado ou fatigado a maior parte do dia?

( ) sim ( )naoSe sim, a que hora do dia: _

14- Voce tern alguma deficiencia fisica ou visual?

( ) sim ( ) naoSe sim, especifique: _

15- Voce usa 6culos de grau ou lentes de contata?

()sim ()naoSe sim, especifique: _

16- Voce tern alergia a produtos quimicos de piscina, como bromo au cloro?

( )sim ( ) nao

17- Voce tern problemas de Quvido, 01h05, nariz ou sinusite?

( ) sim ( ) nao

Nivcl de atividade

\- Seu emprego exige atividade fisica?

()sim ()naoSe sim, descreva-o: _

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2- Voce esta envolvido em alguma atividade recreacional I lazer ( cite e descreva afrequencia) _

3- Voce esta atualmente envolvido em algum programa de exercfcios regulaTes OUesportc?

( )sim ( )naoSe sim, descreva as atividades, freqiiencia e dura~ao do programa:

Pesquisa das atividades aqmiticas

1- Voce gosta de atividades aquitticas?

( )sim ( )nao

2- Ji participou ou participa de esportes aquaticos?

( ) sim ( ) nao

3- 18 teve alguma instrw;ao fannal de nata~ao?

( ) sim ( )nao

4- Voce consc.bJUe andar confortavelmente com agua ao nive! do torax?

( )sim ( ) nao

5- Voce consegue ficar em pe a partir de uma posilYao de flutu8lYao?

()sim ()nao

6- Voce consegue flutuar?

( )sim ( )naoRosto para cima ( )Rosto para baixo ( )

7- Voce consegue ficar na vertical em agua profunda?

( )sim ( )nao

8- Voce tern medo de entraT em piscina?

( )sim ( )nao

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9- Voce ja utilizou algum tipo de acess6rio de flutuar;3.o?

( )sim ( )nao

Avalia~ao das habilidadcs aquaticas

TALVEZ NAo POSSA SER POSSiVEL OU pRATlco ANALISAR TODOS ESTESITENS DURANTE A sEssAo INICIAL, EM VIRTUDE DE LIMITA<;:OES FislCASRELACIONADAS COM A PATOLOGIA.

\- A valic a habilidade do paciente em cntrar e saiT da piscina:

Assistida;nao-assistida;com aparelho de sustent8ryao.

2- Avalie a habilidadc do paciente em andar em diferentes profunrlidades da agua:

ao nlvel da cintura;ao nivel do processo xif6ide;ao nlvel do tcrax;ao nlvel do pesco90.

Observe marcha, equilibrio, coordenac;:ao e seguranC;:8 em cada nivel

3- Avalie a habilidade do paciente em tlutuar:

com uso de acessorios;scm acessorios;prono;supino.

4- Avalie a incapacidade do paciente em flutuar em agua rasa em razao de:

merlo;falta de habilidade;tipo e densidade corporal;restri~5es ao movimento devido a lesao ou deficiencia;

5- Se apropriado, avaliar a habilidade do paciente entrar em agua profunda:

sem ajuda de acess6rio;com ajuda de acess6rio;com ajuda de acess6rio e estabiliza~ao.

6- Avalie a incapacidade do paciente em entrar em 8!,,'llaprofunda em razao de:

medo;

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falta de habiJidade;restriyoes de movimento devido a patologia;

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ANEXO 2 - EXERCicIOS REALIZADOS DURANTE 0 TRATAMENTO

• RELOGIO PELVICO

POSI<;AO 1- em pe, costas na parede. Flexionar os joelhos de fanna que a lomhar toque a

parede. Pes nivelados com os quadris, maos laterais e voltadas para baixo tocando levemente

a parede para equilibria.

1- pressionar a cintura contra a parede, contraindo ao abdominais (12 horas);

2- empurrar os abdominais para fora e Tolar a pelvis para baixo para 0 c6ccix toque a parede

(06 horas);

3- repetir 0 rolamento da pelvis de 12 para 06

DESCANSO· caminhar oa piscina

4- flexao do joclho da parede. Rolar a pelvis de um Iado para Dutro e observar 0 pequeno

movimenlo dos joelhos a frente. (03 horas E- 09 horas D)

DESCANSO

5- iniciar as 12 horas, pressionar cada nurncro do Telogia atraves da pelvis na parede.

Observar como estc quadrantc pode tocar a parede.

6- Inverter 0 lado do rel6gio.

• MOBILIDADE DE QUADRIL

POSI<;AO 1- em pi:. coluna apoiada na parede. loelhos semi flex.ionados. Abduyao de MS.

um pouco abaixo do nivel dos ombros e perpendicular a coluna.

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1- rota~iio extema do pc (D), de fonna que 0 joelho (D) possa abduzir passivamcnte e rctome

para a posi~ao neutra.

2- com joelho na rotatyao cxtema deslizar 0 pc (D) borda lateral, para cima na parcde 0 mais

alto e confortavei possivel.

3- ao mesmo tempo, olhar para a (E) virando a cabcty8, de fenna proporcionai a rota~ao

extern a do M I.

4- deslizc 0 MJ para baixo em dircc;:ao ao chao e centralize (ncutro) a cabctya e MI ao mcsmo

tcmpo.

DESCANSO· caminhar e verificar se hit maior liberdade nos flexores de quadriL

POSI<;AO 2- reassumir a posiyao de semi flexao de joelho, coluna contra a parede e abduc;:ao

de MMSS.

1- inicie deslizando 0 joclho CD) para cima + abduc;:ao e rotac;ao (E) da cabcc;a. Agora levar 0

joe\ho ao centro (neutro), de fenna que 0 pc fique alinhado contra a parede. Centralizar a

cabe~a na mesma velocidade.

2· novamente, rOta93.0 extema de joelho (D), com rota9ao (E) de cabc9a. Deslizar 0 pe (D)

para 0 chao e centralizar 0 MI e cabe9a ao mesmo tempo.

DESCANSO· eaminhe e observe a diferen9a nos flexores de quadril. Observar discrepancia

deMM11.

POSI(:AO 3· reverter a dire9aO: Ml para (E) e cabcya para (D).

POSl(:AO 4- reassumir a posi9aO de semi flexao de joelho, coluna contra a parede e MMSS

em abdu93o.

I· rotayao intcrna de joclho (D), em dire930 a esqucrda atraves do pe (cabc9a do metatarso).

2· depois da rota930 intcma do joelho, deslize para cima 0 areo plantar do pe (D) contra a

parede, de fonna que 0 joelho (D) posicione-se por cima do (E). rotayao para a direita da

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cabcya- dircc;ao apasta ao joclho- nao prcssionar. Deslizar 0 MI para 0 chao, e lcntamcnte

retornar a cabcyu e MI para 0 centro aD mesmo tempo.

3- rota930 interna de joelho (0) deslizando 0 pc para cima oa paredc, enquanto faz-se a

rota930 da cabcya a direita. Centralizar 0 joclho e a cabcy3 simuitancamente, pcnnitindo

que a planta do pc toque a parcde.

4- rotaerao intcma de joclho e rOta9aO da cabcyu a direita. Abaixar 0 MI e centralizar a

cabcya.

DESCANSO

POSI<;:AO 5- reverter e repetir com 0 MI (E).

POSIC;AO 6- reassumir a pOSiy30 de semi flexao de joelho, coluoa encostada oa parede e

abduyao de MMSS, iniciar combinando as duas dircyoes.

1- rOlacy:aO extema dejoclho (D) deslizando-o para cima oa parede, com rotayao da cabcya a

esquerda. PC direito apoiado na parede, ccntralizar a cabeya. Passar a posiyao neutra sem

estacionar para levar 0 joelho (D) em rotayao interna e cabcya em rotayao para a direita.

Abaixar os MI centralizando-os com a cabcya simultaneamente.

2- Inicie com 0 deslizamento interno do joelho (D), olhar a direita. Cruzar a linha media com

o joclho e passar para rota9iio externa com a cabe9a em rota9uo para a esquerda. Abaixar 0

MI e centralizar a cabeya.

DESCANSO- observe posicionamento dos pes e pelvis.

POSI<;:AO 7- reverter 0 numero 6 para 0 lado (E).

• LIBERDADE DE OM BROS

POSII:;AO 1- em pc, agua ao nlve! do torax, lado esquerdo contra a parede, joelhos semi

flexionados, abdu980 de MS.

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1- dcslize 0 MS (D) ao 10ngo do MS (E), mantendo 0 cotovelo em extensao. As falanges

distais da mao (D) deslizam aiem das falanges distais da mao (E). deslize 0 MS para tras a

partir da espinha da cscitpula. para cima do antehra<;o, mantcndo contata com 0 MS (E);

pennita pequena rota<;:ao da cabc9a com 0 movimento;

observe 0 envolvimento das costelas;

observe se 0 quadril (D) esta conectado com 0 movimento.

DESCANSO· penni!. flutu.<;iio do MS (D)

2- agora repetir com 0 polegar (D) tDeanda 0 MS e palma da mao (E). observe como este

novo angula afeta a espinha da escapula.

DESCANSO

3- repetir sem a palma da mao (D) toeanda 0 MS (E).

DESCANSO

4- rota9ao de MS deslizando para fora- palma, polcgar, dorsa da mao- c rotar;ao extcma com

deslizamento para dentro.

DESCANSO· caminhar- pes afastados, joelhos semi flexionados. Rotayao lateral (D) e (E) de

tronco, com MMSS balanceando passivamente. Comparar 0 ombro (D) com (E).

POSI<;AO 2- em pc, lade (E) contra a parede. MS (E) em abduyao encostado na parede,

perpendicular ao ombro (E), MS (D), na altura do ombro, palma (D) voltada para a frente.

Deslize 0 MS para fora e para dentro, a partir da espinha da escapula, cotovelo ern extensao.

Sinta a espinha da escapula deslizar em dircyao oposta a col una. Olhar para a esquerda

(sentido oposto ao rnovimento da mao) assim que 0 MS e deslizado para fora e olhar em

direyao a mao com 0 deslizamento do ombro para dentro.

DESCANSO

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1· rcpctir com 0 polegar (D) virado para frente (palma para baixo). Observe e interconexao

com as costelas, espccialmentc as proximas a regiiio axilar.

DESCANSO- certificar-se de qualquer diferenY8.

POSI<;:AO 3- inicie com 0 lado (E) apoiado na parede, MS (E) na parede e a sua frente, a

nivel do ombro. Posicione a mao (D) na fronte. dedos sabre as sohrancclhas. Virar a cabc(fa

com a mao devagar e simultaneamente, scguindo 0 cotovelo com os alhos. Mova-se devagar

ate que a espinha da escapuJa (D) toque a parcdc atnls. Mantenha a posiyi'i.o da espinha da

escapu\a e fay3 a cxtensao do MS (D) a sua frente (em dircyao da piscina). Fay8 urn

alongamento do MS (D) para fora e para tn15 de fonna que a espinha escapular passa tocar e

afastar-se da parede.

1- Tolar a cabcya para (E), quando 0 MS movimenta-se para fora e para a (D) e a espinha

eseapular toear a parede.

2- agora rolar a eabec;a em dire9ao opasta. Olhar para a direita quando 0 MS movimenta-se

para fora e para (E), e a cspinha escapular tocar a parede.

3- rota93o de MS com 0 movimento para fora e para dentro, com a rotac;ao de cabec;:a e as

duas combinac;:oes de (D) e (E) movimentando-se para dentro e para fora.

4- quando a espinha escapular tocar a paredc, abduzir 0 MS (D) em dircc;:ao a paredc (atnis).

Devagar, olhar de urn MS para outro.

DESCANSO- caminhar e verificar a maneira com que 0 corpo faz a rotac;:ao mais campI eta.

Reverter todos acima e repetir com 0 MS (E).

• FLEXIBlLIDADE EM PE

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POSICAO 1- em pc, costas para a parcde da piscina, joelhos em semi flexao, pes alinhados

com quadril, MS (E) ao longo do corpo. MS (D) por sobre a CabCY3.

Realizar rota930 lateral de troco para a esquerda. Voltar a posi930 ncutra.

DESCANSO

POSICAO 2- inverter a posicyao de MS

DESCANSO

• REL6GIO PELVICO NAO CENTRALIZADO

POSIC;AO- supine, joelhos flexionados.

1- terapeuta posiciona-se na frente do paciente e rcaliza 0 folar da pelvis para cima- abdomen

para cima 12 horas. Rolar a pelvis para baixo, abdomen para baixo 06 horas.

2- executar 3 e 9 horas.

3- desenhar circulos (pequcna amplitude, de fonna confortavel) .

• RODAS

Alongamento de IT e relaxamento da col una lombar, descompens3cy8.0 e alinhamento de

quadris, escapulas e costelas. Esta sessao pode ser feita sentado em urna cadeira ou em urn

degrau da piscina.

1- de pe, lado (E) apoiado na piscina. loelhos flexionados. Cruzar 0 tomozelo (E) por cima

do joelho (D). Agora, sente-se mais baixo flexionando 0 joelho (D) mais ou menos.

Observe 0 alongamento de IT do MI (E).

2- mao (D) apoia a sola do pe- polegar e dedos juntos.

3- elevar e abaixar 0 MI.

4- MI a frente, lateral e aWlS. Pcnnita que 0 Ml mova 0 MS.

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DESCANSO

5- cleve 0 MI na altura mediana e "ROCK THE BABY" . MI para (D) e (E), de maneira que

o joelho va a parede, e os pes em dircr;ao aD meio da piscina.

DESCANSO- caminhar e observar 0 quadril na fase de oscilaC(ao

6- em pe, costas para a piscina- joelhos flexionados, elevar pc (E), POfem agora segurar os

dedos (E) com a mao (E).

A- extensao de MI, para frente e para tnls, sua dirCCf8.0e dircyao contniria.

B- agora MI para (E) em cad a extensao ate conseguir tocar a parede, (pennita 0 pc (D) virar

quando necessario). Deslizar 0 pC:(E) para dentro e para fora, no lado da piscina. Pennita

a cabcya movimentar-se para fora em dircyao ao joelho simultaneamente com 0

movimento de MI para fOTa.

DESCANSO

c- extensao e retra930 do MI (E) com a mao (E), deslizando para dentro e para fora .

• GRILO

1- coluna contra paredc. Deslizar joelho (D) abduyao e elevayao.

2- desenhar urn circulo na parede com 0 pc (borda lateral).

3- deslizar pc (D) por tn1s do MI (E)- abdu91io novarnentc.

4- segurar 0 grande pododactilo (D) com a mao (E).

5- rcpelir deslizando de urn lade para outro com contato na mao (E).

DESCANSO- colocar 0 paciente em fiutua9ao com 0 auxilio do terapeuta, sustenta-lo e fazer

movimcntos rotatorios com 0 tronco do paciente. Tambem movimentos laterais. Tentar

conseguir maior relaxamento possive!.

la. em pc realizar uma caminhada com respira9iio Icnta e profunda.

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ANEXO 3 (APRESENTA<;:AO DE DADOS)

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RESULTADOS Melhora do undro DesistenciaMelhora arcialP:lcientcs 17 02 01

5%

o Melhora do Quadro

II! Melhora parcial

o Oesistencia

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REFERENCIA BIBLIOGRAFICA

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