transgênicos - ciências 2

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  • 8/17/2019 Transgênicos - Ciências 2

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    U M B R E V E A P A N H A D O

    TRANSGÊNICOS

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    INTRODUÇÃO

    Seleção artificial Muito antes de Darwin e Wallace,

    fazendeiros e agricultores estavam usando aideia de seleção para causar mudanças nascaracterísticas de suas plantas e animais aolongo de décadas.

    Fazendeiros e agricultores permitiram areprodução apenas de plantas eanimais com característicasdesejáveis, causando a evolução doestoque da fazenda.

    Esse processo é chamado de seleçãoartificial porque são as pessoas (ao invésda natureza) que selecionam quaisorganismos vão se reproduzir.

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    INTRODUÇÃO

    O cão de RhodesianRidgeback (ou leão-

    da-rodésia)

    Criadosespecificamente paracaçar leões africanos,

    esses cães sãograndes, rápidos,

    fortes e têmexcelente visão.

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    INTRODUÇÃO

    Enquanto o embrião está

    se formando, a pele não

    consegue se formar

    corretamente, e não

    crescem penas, escamas

    ou esporas.

    Olho de bolha. Nele crescem

    enormes sacos cheios de líquido.

    Essas bolhas podem desinflareventualmente, mas isso não muda

    o fato do peixe ter olhos

    malformados, uma espinha curvada

    severamente e nenhuma nadadeira

    dorsal.

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    ORGANISMOS GENETICAMENTEMODIFICADOS

    São organismos que sofreram algum tipo demanipulação do seu genoma. Exemplos:

    Deleção de um gene - retirada de uma parte do DNA.

    Modificação de bases nitrogenadas específicas.

     Adição de bases nitrogenadas.

     A inserção de um genes exógenos da espécie manipulada

    (Transgênico).

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     ALIMENTOS TRANSGÊNICOS

    O que são alimentos transgênicos  Aqueles cujas sementes foram alteradas com o DNA de outro

    ser vivo (como uma bactéria ou fungo) para funcionarem comoinseticidas naturais ou resistirem a um determinado tipo de

    herbicida. Surgimento 1972 –  foram ligadas duas cadeias de DNA. Uma era de

    origem animal, a outra bacteriana. Esta foi a primeira

    experiência bem sucedida onde foram ligadas duas cadeiasgenéticas diferentes.

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    DNA RECOMBINANTE

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     ALIMENTOS TRANSGÊNICOS

    Segundo empresas, produtores e cientistas nova tecnologia que vai aumentar a produtividade e baratear o

    preço do produto, além de permitir a redução dos agrotóxicosutilizados

    Segundo ambientalistas e outra parcela depesquisadores produto perigoso: ainda não se conhece nem os seus efeitos

    sobre a saúde humana nem o impacto que pode causar ao meio

    ambiente. torna a agricultura e os agricultores reféns de poucas empresas

    que detêm a tecnologia

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     ALIMENTOS TRANSGÊNICOS

    Muitos consideram um modelo insustentável O aumento no uso de agroquímicos coloca em cheque o futuro

    dos nossos solos e de nossa biodiversidade agrícola

    Diante da crise climática em que vivemos preservação da biodiversidade funciona como uma garantia de

    que teremos opções viáveis de produção de alimentos nofuturo e estaremos prontos para os efeitos das mudançasclimáticas sobre a agricultura

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    HISTÓRIA DA POLÊMICA

    Pesquisadores garantem que os transgênicos são seguros;

    mais testados que qualquer outro alimento

    Estima-se que 3% do orçamento no mundo para pesquisa

    na área de biodiversidade seja destinado a pesquisas

    independentes de biossegurança

    Métodos e as técnicas para se avaliar os impactos dos

    transgênicos ainda não estão definidos

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    HISTÓRIA DA POLÊMICA

     A partir de 70, 2 movimentos ocorreram:

    Fusão: empresas de agrotóxicos e fármacos passaram a atuar

    também no ramo de sementes

    Concentração: através do qual a grande maioria das sementeiras

    nacionais (em quase todos os países) foi parar em mãos de um

    reduzido grupo de empresas multinacionais.

     Ao mesmo tempo, criação e/ou modificação das leis

    nacionais para garantir o “patenteamento” de determinadas

    formas de vida e os direitos e remuneração dos melhoristas.

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    HISTÓRIA DA POLÊMICA

    Cenário favorável, já que:

    Sementes transgênicas patenteadas e geneticamente

    modificadas para o uso combinado com os agrotóxicos.

    Tecnologia disponível, mercado altamente concentrado e

    legislações nacionais e internacionais simpáticas ao direito

    monopólico de exploração das sementes.

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    HISTÓRIA DA POLÊMICA

    Falta garantir que não houvesse processos regulatórios ou

    exigência de grande transparência

    Para isso seria necessário convencer que os transgênicossão “similares aos alimentos convencionais”. 

    Criou-se o conceito da “equivalência substancial” 

    Se um transgênico tiver composição química equivalente a desua contraparte não-transgênica, a segurança dos dois é a

    mesma.

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    HISTÓRIA DA POLÊMICA

    Discussão que o gene tal “é seguro, pois ocorre na natureza” 

    Isso não significa que o organismo transgênico que o tenha recebido

    também seja seguro Transferência de um gene de uma espécie para outra depende de um

    conjunto de fatores.

    Para um gene “seguro”, conjunto desses elementos no organismo receptor

    também é conhecido e seguro? o comportamento desse organismo em um

    dado ecossistema é previsível e estável?

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     O DILEMA DOS TRANGÊNICOS

    Problemática dos transgênicos

    O homem ajuda ou combate a natureza?

    O que fazer?

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    PROBLEMÁTICA DOS TRANSGÊNICOS

    Em geral, as preocupações em torno dostransgênicos se dão em três ordens de problemas:

    Segurança alimentar

    Meio ambiente

     Aspectos socioeconômicos

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    PROBLEMÁTICA DOS TRANSGÊNICOS

     Em relação a segurança alimentar, tem-se uma

     preocupante situação, pois é reconhecido pelos próprios

     pesquisadores o fato de que ainda não se sabe como

     funcionam as toxinas ou as substâncias alergênicas nos

     produtos modificados.

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    PROBLEMÁTICA DOS TRANSGÊNICOS

    Quanto ao meio ambiente, ainda não se sabe: Como é possível controlar a eventual criação imprevista de

    novas plantas e de plantas daninhas;

    Como se pode controlar a transferência de genes para parentes

    próximos de maneira a não poluir outras plantações;

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    PROBLEMÁTICA DOS TRANSGÊNICOS

    Quanto ao meio ambiente, ainda não se sabe: Como calcular as eventuais perdas em termos de

     biodiversidade e, portanto, como controlar o desperdício derecursos biológicos;

    Como prever efeitos adversos aos vários ciclos ecológicos;

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    PROBLEMÁTICA DOS TRANSGÊNICOS

    Quanto aos aspectos socioeconômicos, ainda não sabe: Como limitar o poder oligopólico das empresas produtoras de

    sementes;

    Como controlar a concentração do conhecimento;

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    PROBLEMÁTICA DOS TRANSGÊNICOS

    Quanto aos aspectos socioeconômicos, ainda não sabe:

    Como regular a questão da propriedade intelectual;

    Como atenuar a competitividade no setor agrícola;

    Como reduzir, de fato, a fome no mundo.

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     ARGUMENTOS CONTRÁRIOS

    Cientistas e ambientalistas alertam que os produtos geneticamente

    modificados são um risco e não uma contribuição para a produção de

    alimentos

     Na França, agricultores se queixam que os cultivos com

    modificações genéticas contaminam os orgânicos

     Partículas de transgênicos podem ser transportadas muito longe pelo

    vento e pela água e contaminar plantações

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     ARGUMENTOS CONTRÁRIOS

    Uso contínuo das sementes

     Aumenta resistência de ervas daninhas e insetos, o que por sua

     vez leva o agricultor a aumentar a dose de agrotóxicos ano a

    ano

    Brasil em 2008

    Tornou-se o maior consumidor mundial de agrotóxicos Cerca de dez anos de plantio de transgênicos

    Mais da metade do agrotóxicos destinados à soja

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     ARGUMENTOS CONTRÁRIOS

    Mesmo desconsiderando o fator saúde da questão,

    transgênicos não são uma opção para a crise alimentar.

     A maioria das modificações feitas nos cultivos

    pretendem torná-los mais resistentes a pragas e ervas

    daninhas, mas,  não objetivam um aumento na

    produção  As plantações modernas sem modificações genéticas têm

    maiores produções do que as sementes transgênicas

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     ARGUMENTOS CONTRÁRIOS

    Genes desconhecidos e alterações inesperadas nometabolismo da planta da soja transgênica "Roundup

    Ready “. Causa: Genes desconhecidos inseridos

    acidentalmente.

    Equipe de médicos descobriu que ratos alimentados com

    soja transgênica RR apresentaram alterações nas estruturas

    internas das células do fígado e do pâncreas.

    Semente é mais cara por conta dos royalties a serem pagos,

    o que aumenta o custo de produção.

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     Após vários anos de questionamentos os cientistas desenvolveram um

    argumento, para defender a adoção dos organismos modificados:

    O de que os produtos vegetais e animais já começaram a ser

    modificados desde que os homens se dedicaram ao pastoreio e àagricultura.

    O HOMEM AJUDA OU COMBATE ANATUREZA?

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    O HOMEM AJUDA OU COMBATE ANATUREZA?

    Mas seria mesmo esse argumento relevante?Nos procedimentos tradicionais o homem propõe,

    mas quem realiza a modificação ainda é a natureza,

     já que os cruzamentos propostos respeitam os

    processos naturais. Se a natureza não conseguir

    fazer a operação de forma satisfatória para o

    homem, este aceita e formula outra proposta.

    De maneira bem diferente, com a engenhariagenética o homem impõe suas decisões à natureza,

    sendo as operações realizadas através de métodos

    que aquela desconhece.

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    O HOMEM AJUDA OU ATRAPALHA ANATUREZA?

     A ciência tem traçado uma linha que separa o “artificial”, aquilo que é

    produzido pelo homem com a natureza, do “natural”.

    O homem civilizado domesticou seus alimentos e a sociedade urbana

    moderna os industrializou.

     A industrialização da agricultura tem levado a um extraordinário

    aumento da capacidade de produzir alimentos. Isto permite gerar uma

     justificativa moral para seu desenvolvimento e universalização: sua

    capacidade de resolver o problema da fome no mundo. Porém, não é

     verdade que o objetivo do desenvolvimento industrial seja aliviar a

    fome no mundo.

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    O QUE FAZER?

    Em primeiro lugar, deixar de pensar que osparâmetros econômicos e o lucro das empresas sãoos fundamentais instrumentos de avaliação da hojesuperestimada “eficiência”.

    E assumir que a verdadeiraeficiência deve estar ligada àprodução de bens e serviçossocialmente úteis e à utilização

    inteligente de toda a força detrabalho disponível, mesmo queisso reduza os lucros no breveperíodo.

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    O QUE FAZER?

    Em matéria de alimentos, o verdadeiro problema hoje não éa quantidade, o problema é o oposto, o que se refere àpopulação que se alimenta em excesso ou se alimentaerradamente, que também passa a ser grave.

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    De fato, um problema tão grave quanto a falta de alimentosque se projeta para o futuro a médio e longo prazos refere-se à qualidade dos produtos para nossa alimentação.

    O QUE FAZER?

    Os transgênicos representam o maior

    passo (após a quimicização da

    agricultura e a industrialização dosalimentos) de nossa separação da

    natureza.

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    LEGISLAÇÃO

    DECRETO Nº 4.680, DE 24 DE ABRIL DE 2003. Regulamenta o direito à informação, assegurado pela Lei no 8.078,de 11 de setembro de 1990, quanto aos alimentos e ingredientesalimentares destinados ao consumo humano ou animal quecontenham ou sejam produzidos a partir de organismosgeneticamente modificados, sem prejuízo do cumprimento dasdemais normas aplicáveis.

     Art. 1o

      Este Decreto regulamenta o direito à informação, assegurado pela Lei no

     8.078, de 11 desetembro de 1990, quanto aos alimentos e ingredientes alimentares destinados ao consumo humano ouanimal que contenham ou sejam produzidos a partir de organismos geneticamente modificados, semprejuízo do cumprimento das demais normas aplicáveis.

     Art. 2o  Na comercialização de alimentos e ingredientes alimentares destinados ao consumohumano ou animal que contenham ou sejam produzidos a partir de organismos geneticamentemodificados, com presença acima do limite de um por cento do produto, o consumidor deverá serinformado da natureza transgênica desse produto.

    § 1o  Tanto nos produtos embalados como nos vendidos a granel ou in natura, o rótulo daembalagem ou do recipiente em que estão contidos deverá constar, em destaque, no painel principal eem conjunto com o símbolo a ser definido mediante ato do Ministério da Justiça, uma das seguintesexpressões, dependendo do caso: "(nome do produto) transgênico", "contém (nome doingrediente ou ingredientes) transgênico(s)" ou "produto produzido a partir de (nomedo produto) transgênico".

    § 2o  O consumidor deverá ser informado sobre a espécie doadora do gene no local reservadopara a identificação dos ingredientes.

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    LEGISLAÇÃO

    30/04/2015

    Câmara aprova lei que dispensa símbolo da transgenia em rótulosDe acordo com o Instituto de Defesa do Consumidor, com a nova lei, as

    pessoas comprarão óleos, bolachas, margarinas, enlatados e papinhas de bebêssem saber exatamente o que suas embalagens contêm. "Nossa posição é detotal repúdio a essa lei, porque ela fere um direito básico previstono Código de Defesa do Consumidor, que é o direito à informação",diz Renata Amaral, do Instituto.

    De acordo com um documento publicado pelo Instituto Nacional doCâncer (INCA), as sementes geneticamente modificadas exigem o usode grandes quantidades de agrotóxicos, já que são mais resistentes aessas substâncias. A liberação do cultivo e consumo dos alimentos transgênicos,

    segundo o INCA, foi uma das grandes responsáveis por colocar o Brasil noprimeiro lugar do ranking de consumo de agrotóxicos, posição que é mantidadesde 2008.

    http://brasil.elpais.com/brasil/2015/04/29/politica/1430318732_866908.html

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    O QUE FAZER?

    Concluindo... Defender o “princípio  de precaução”  não significa

    propor a paralisia e a volta a formas antigas com

    medo do desconhecido, nem mesmo defender o fimda pesquisa ou da engenharia genética. Ao contrário,significa exigir:

    1) Que se realizem mais e mais pesquisas;

    2) Que possa ser socialmente controlado o poder que a indústria tem

    de impor seus produtos;

    3) Que o estado seja vigilante, eficiente e eficaz no seu papel de

    assegurador da vida da população;

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    O QUE FAZER?

    Concluindo... 4) Que a esta sejam dadas todas as informações necessárias para que suas

    escolhas se tornem conscientes;

    e 5) Que se suspendam a produção ea comercialização dos alimentos

    geneticamente modificados, até que

    tenhamos conhecimentos mais

    sólidos a respeito de seus efeitossobre a vida dos consumidores, o

    meio ambiente e a biodiversidade.