trabalho realizado para -...
TRANSCRIPT
1
PESQUISA DE MERCADO VENEZUELA PRODUTO: FILMES E SACOS PARA ACONDICIONAMENTO
Trabalho realizado para:
Export Plastic
São Paulo – Setembro de 2007.
2
SUMÁRIO EXECUTIVO ..................................................................................................................................... 4 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 6 2 PERFIL GEOGRÁFICO E POLÍTICO ....................................................................................................... 8
2.1 Principais cidades e População ............................................................................................ 9 2.2 Principais portos e aeroportos............................................................................................. 11 2.3 Zonas Francas.......................................................................................................................... 12
3 ASPECTOS ECONÔMICOS................................................................................................................... 14 3.1 Panorama geral........................................................................................................................ 14 3.2 Evolução do PIB por setor .................................................................................................... 16 3.3 Taxa de câmbio e regime cambial ..................................................................................... 17 3.4 Recursos Naturais................................................................................................................... 18 3.5 Indicadores Econômicos e sociais ..................................................................................... 19 3.6 Setor Industrial ......................................................................................................................... 20 3.7 Comércio exterior anual ........................................................................................................ 21
3.7.1 Exportação ....................................................................................................................... 22 3.7.2 Importação ....................................................................................................................... 23 3.7.3 Balança comercial do setor plástico......................................................................... 25 3.7.4 Regulação do comércio exterior................................................................................ 27
3.8 Mercado Venezuelano de Produtos Plásticos................................................................ 27 4 LEGISLAÇÃO.......................................................................................................................................... 31
4.1 Tributação .................................................................................................................................. 31 4.2 Acordos comerciais................................................................................................................. 31 4.4 Normas e regulamentações sobre: qualidade, certificado sanitários, embalagens
de transporte, segurança e meio ambiente ................................................................................... 35 4.5 Disposição sobre marcas e patentes ................................................................................ 36 4.6 Legislação anti-dumping e medidas compensatórias .................................................. 36 4.7 Disposição para o envio de amostras comerciais originárias do Brasil ................. 37 4.8 Preferências por acordos e restrições a importações do Brasil ............................... 37 4.9 Canais de distribuição............................................................................................................ 38
5 MERCADO DE FILMES E SACOS PLÁSTICOS INDUSTRIAIS PARA ACONDICIONAMENTO........... 40 5.1 Mercado...................................................................................................................................... 40 5.2 Concorrência............................................................................................................................. 41
Concorrência Internacional...................................................................................................................... 41 Concorrência no Território....................................................................................................................... 43
3
5.3 Aspectos Interpessoais.......................................................................................................... 44 5.4 Aspectos Promocionais ......................................................................................................... 44 5.5 Comercialização ...................................................................................................................... 45 5.5 Conclusões................................................................................................................................ 45
6 RELAÇÃO DE CONTATOS .................................................................................................................... 46 6.1 Agentes Comerciais................................................................................................................ 55
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................................................. 56
4
SUMÁRIO EXECUTIVO
Esse estudo, realizado para o Export Plastic, tem a missão de facilitar as ações voltadas à abertura e
sedimentação de mercados no exterior, nesse caso particular, na Venezuela.
A Venezuela está localizada no extremo norte da América do Sul e seu território compreende, além
dos 23 Estados e 1 Distrito, 72 Dependências Federais (ilhas no mar do Caribe). As principais cidades
venezuelanas são: Caracas, Maracaibo, Valencia e Barquismeto. A língua oficial, do país, é o espanhol. A
moeda é o Bolívar Venezuelano e as principais economias são: indústria petroleira, agricultura, pecuária e a
pesca. Caracas é a capital da Venezuela, fica no norte do país com aproximadamente 4,0 milhões de
habitantes. Na Grande Caracas o porto mais próximo é o Porto La Guairá que divide com o Porto Cabello o
principal volume de cargas transportadas para a região e para o centro do país.
A economia venezuelana é impulsionada pela indústria petrolífera o que, consequentemente, a torna
dependente dos preços internacionais do petróleo, a maior fonte de receitas do país, que responde por cerca
de 75% das exportações. Destaca-se a abundância de recursos minerais, incluindo bauxita, carvão, minério
de ferro e ouro, cujas reservas são estimadas em aproximadamente 12% das reservas mundiais conhecidas.
A Venezuela tem de longe o maior volume de reservas de recursos energéticos das Américas, tornando-a
uma potência mundial quando o assunto é petróleo, além da indiscutível liderança no mercado regional de gás
natural. O país tem praticamente 60% das reservas de gás natural da América Latina.
O setor petroleiro, analisado em separado da indústria extrativa mineral, representa
aproximadamente 25% do PIB e 80% das exportações do país.
A Venezuela tem histórico de saldos comerciais positivos, visto que, as exportações são bem
maiores que as importações, principalmente no período 2002 a 2006. Cerca de 60% das exportações, em
valor, têm como destino os EUA. Os principais produtos de exportação são os Produtos Minerais.
Os princiapis produtos importados são os de Materiais Elétricos, tendo como principal país
fornecedor para Venezuela o Estados Unidos.
Em termos de produtos plásticos, as importações venezuelanas totalizaram US$ 1359 milhões em
2006. Já as exportações de resinas e produtos plásticos tiveram um significativo decréscimo a partir do ano
de 2005. No ano 2006 as exportações tiveram uma queda de 74% em relação ao ano anterior.
5
No mercado venezuelano, a industria petroquímica local está predominantemente constituída por
estatais, entre elas a Pequiven, ora subordinada à PDVSA, ora independente do ponto de vista
organizacional. Distribui-se por três pólos regionais: Morón (estado de Carabobo), El Tablazo (Zulia) e em
Jose (Anzoátegui). As resinas termoplásticas produzidas no país são: PEAD, PEBD, PEBDL, PP e PVC.
Atualmente os segmentos de processos principais no país são: o processo de injeção (37%),
extrusão/sopro (22%) e extrusão (17%). E cerca de 22% dos produtos plásticos produzidos, na venezuela,
são bombonas, em seguida as embalagens descatáveis (21%), filmes (11%) e tampas (10%).
Em relação a aplicação das prferências outorgadas pelo governo venezuelano, as aliquotas de
impostos de importação há intenção de serem reduzidas até zero no ano 2018, exceto listas de exceções.
A Venezuela é um país com enorme potencial de consumo embora os entraves não-tarifários
estejam em expansão quantitativa e qualitativa. Ainda assim, muitas empresas continuarão a depender das
importações para a própria sobrevivência, em grau cada vez maior, dada a incapacidade local de atender a
demanda. Os venezuelanos estão dispostos a arcar com o custo das operações de importação pois
praticamente não têm escolha.
As empresas colombianas já têm uma fatia importante do mercado, juntamente com as empresas
equatorianas e norte-americanas. As primeiras contam com isenção de imposto de importação proporcionado
pelos acordos via Comunidade Andina (CAN).
Já os produtos brasileiros pagam imposto de importação e costumam ter que lidar com custos de produção
superiores. Porém, dada a previsão de escassez de resinas, é crescente a necessidade de complementação
da oferta pela via das importações, ainda que determinados entraves burocráticos tornem o processo menos
eficiente.
6
1 INTRODUÇÃO
Este estudo “Pesquisa de Mercado da Venezuela” foi realizado para o programa Export Plastic
Nacional, por sua vez uma iniciativa conjunta da APEX Brasil (Agência para Promoção da Exportação do
Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior), da Petrobras, dos Produtores de Resinas
Termoplásticas e das Indústrias de Produtos Plásticos.
O objetivo deste programa é de facilitar as ações voltadas à abertura e sedimentação de mercados
no exterior através de qualificação técnico-gerencial, da disponibilização de informações estratégico-
comerciais e de serviços especializados às empresas associadas. Sendo o objetivo principal da Pesquisa de
Mercado a informação sobre o mercado alvo para os produtos definidos, que sirva para conhecer e avaliar a
existência de oportunidades de exportação para os produtos “made in Brazil” utilizando-se dos vários canais
de distribuição que deverão ser pesquisados e relatados pela empresa contratada.
Tais informações referem-se a: (1) identificar a demanda no território e relacioná-la com as
possibilidades de produzir e exportar que o setor de transformação de plástico brasileiro possui em cada um
dos produtos pesquisados; (2) conhecer as vantagens tributárias e alfandegárias outorgadas por intermédio
de acordos com os países e o território que abrangem os produtos pesquisados, assim como os acordos
existentes e que beneficiam empresas concorrentes, localizadas em outros países, para os mesmos produtos;
(3) conhecer as formas de acesso ao mercado, suas exigências, barreiras tarifárias, regulamentações e
normas legais e também (4) conhecer a estrutura dos canais de distribuição existentes no território (aspectos
mercadológicos, clientes finais, logística, distribuição, entre outros).
Para elaboração deste trabalho os produtos e mercados pesquisados no território geográfico da
Venezuela foram: Filmes Plásticos Termoencolhíveis e Estiráveis, Utensílios Domésticos, Geomebranas,
Sacos de Ráfias, Big Bags e Sacos/Bobinas. Para cada produto foi elaborado um relatório com informações
específicas de cada um dos produtos, além de informações aplicáveis a todos os produtos.
Todas as informações comuns aos produtos foram incluídas na primeira parte do relatório e foram
distribuídas conforme detalhamento a seguir: informações referentes a questões geográficas, população,
número de habitantes por cidades, portos e aeroportos, aspectos econômicos como composição do PIB por
setor, taxa de câmbio, renda per capita. Foram, também, elaborados informações em relação à legislação
(para cada produto) incluindo preferências tarifárias, regimes alfandegários (tarifas de importações), restrições
para importações, zonas livres, normas e regulamentações (qualidade, certificados sanitários, embalagem de
transporte, segurança e meio ambiente), disposições sobre marcas e patentes, assim como, regulamentações
de etiquetagens, embalagens e operações aduaneiras.
7
A análise específica dos produtos está baseada nas informações de mercado, comercialização e
promoção como consumo aparente das resinas, demanda dos produtos, marcas dominantes, sazonalidade,
crescimento, restrições às importações, feiras, prazos de venda, canais, entre outros. Além desses, foram
elencadas relações de contatos realizados, entre potenciais compradores e concorrentes. Também foram
buscadas informações sobre agentes comerciais, além de fatores culturais e políticos que possam influenciar
as importações dos produtos brasileiros analisados.
As informações incluídas foram pesquisadas através de dados de fontes primárias e secundárias.
Para a análise de fontes secundárias foram analisados dados de órgãos do governo, entidades da indústria
petroquímica, de transformadores de plástico e de bancos venezuelanos. No caso de fontes primárias, foram
contatadas diretamente empresas petroquímicas, indústrias de produtos plásticos, revendedores e potenciais
clientes que atuam no mercado venezuelano.
8
2 PERFIL GEOGRÁFICO E POLÍTICO
A Venezuela é uma República Federal, localizada no extremo Norte da América do Sul. Limita-se ao
norte pelo mar do Caribe e oceano Atlântico; a leste pela Guiana; ao sul pelo Brasil (2.200 km de fronteira) e a
oeste pela Colômbia.
Existem no país quatro regiões bem definidas: as terras baixas de Maracaibo, a noroeste; as
montanhas do norte, que se estendem em amplo arco no sentido leste-oeste da fronteira com a Colômbia, ao
longo do Mar do Caribe; as amplas planícies do Orinoco, na parte central; e as terras altas da Guiana, a
sudeste. As montanhas existentes ao longo do Mar do Caribe são a extensão máxima da Cordilheira dos
Andes a Nordeste da América do Sul. As serras a sudeste do lago de Maracaibo abrigam alguns dos mais
altos picos do país, como o Bolívar, de 5.007m.
A capital da Venezuela é Caracas e está situada em um vale entre duas serras que correm
paralelamente. As terras altas da Guiana, ao Sul e ao Norte do rio Orinoco, constituem uma das mais antigas
formações geológicas da América do Sul. O elemento topográfico de destaque na região é a Gran Sabana,
um vasto altiplano com profundas erosões, que formam precipícios de até 800 m.
O clima em todo o país é o tropical, com estações marcadas mais pela diferença de precipitação do
que de temperatura, que oscila entre 24° e 36° Celsius. Chove principalmente de abril a maio e de setembro a
outubro.
Nas cordilheiras, onde habita a maior parte da população, prevalecem temperaturas de 10° a 25°C,
próprias de zonas temperadas, lugares situados entre os 1000 e os 1600 metros de altitude. Subindo até aos
2300 metros de altitude, encontra-se um clima temperado mais suave, com temperaturas médias que rondam
os 16° C. E a partir daí, nas grandes altitudes, registram-se marcas negativas. As chuvas variam também
segundo a região. No litoral situam-se na faixa de 400 a 800 mm; nos planaltos atingem até 1.600 mm; e no
maciço guiano chegam a ultrapassar 3.000 mm. Em todo o país, a precipitação é, em geral abundante durante
todo o ano, de forma torrencial. Geralmente, esta ocorre sob a forma de neve a partir dos 3000 m de altitude.
Na Ilha Margarita, na zona de El Yaque, são freqüentes os ventos, que, de forma constante, sopram em
determinados pontos desta área.
A Venezuela adota o sistema República Federativa e Presidencialista. É composta por 23 Estados,
um Distrito Federal (inclui parte da cidade de Caracas) e 72 Dependências Federais (ilhas no Caribe). O
Poder Legislativo é unicameral, com a Assembléia Nacional integrada por 165 membros eleitos para mandato
de cinco anos. A Constituição em vigor é de 1999.
9
O Poder Executivo está representado pelo Presidente da República, eleito por um voto popular,
direto e secreto por maiores de 18 anos, e tem funções de chefe de estado e chefe do governo. A duração do
mandato é de 6 anos e um presidente pode ser reeleito para um único mandato consecutivo. O presidente
nomeia o vice-presidente e decide o tamanho e a composição do governo, fazendo as nomeações dos seus
membros, envolvendo no processo o parlamento.
Como foi comentado anteriormente, a capital da Venezuela é Caracas e outras cidades importantes
são: Maracaibo, Valencia e Barquismeto. A língua oficial é o espanhol. Em torno de 93% da população é de
religião católica. A moeda é o Bolívar Venezuelano e as principais economias são: industria petroleira,
agricultura, pecuária e a pesca.
2.1 Principais cidades e População
Com uma população de 25,5 milhões de habitantes (dado de Junho de 2007) a Venezuela possui uma
área de 916.445 km2 e a maioria da população vive em áreas urbanas na parte norte do país, no litoral. Apesar
da metade da área terrestre situar-se ao sul do rio Orinoco, esta região contém apenas 5% da população.
As principais cidades venezuelanas são descritas a seguir:
Caracas
Caracas é a capital da Venezuela. Fica no norte do país, seguindo
os contornos de um estreito vale montanhoso aos pés do monte Ávila, com
quase 2400 m de altitude. O clima é temperado, e a área urbana fica entre
760 e 910 m acima do nível do mar. A população da cidade é de
aproximadamente 4,0 milhões de habitantes.
Maracaibo
No lado mais ocidental da Venezuela, no estado de Zulia, encontra-
se Maracaibo, a segunda maior cidade da Venezuela, situa-se à margem do
lago que leva o seu nome. A cidade é moderna e dinâmica, em constante
movimento, com um horizonte dominado por grandes torres extratoras de
petróleo no lago, sendo o mais importante centro petrolífero do país. Não
existe muito turismo, ainda que existem na cidade muitos exemplos de
arquitetura colonial e museus de interesse. Atualmente tem
aproximadamente 3,3 milhões de habitantes.
10
Valencia
Valencia, a capital do estado de Carabobo, está situada a mais ou
menos 150 km a oeste de Caracas. É uma cidade com perfil industrial. A
atividade industrial está bastante desenvolvida, especialmente no que se
refere a veículos, à indústria metal-mecânica, química e petroquímica, de
combustíveis, asfalto, gás liquefeito, cerâmicas e manufatura de papel,
bebidas alcoólicas e gasosas, alimentos em geral, medicamentos e
fertilizantes. Nesta cidade estão a petroquímica de Morón e a refinaria El
Palito. São aproximadamente 2,2 milhões de habitantes.
Barquisimeto
A cidade Barquisimeto é a capital do estado Lara. É a cidade com
maior fortalecimento e desenvolvimento comercial e industrial do país. O
potencial econômico destaca-se as atividades vinculadas na indústria, no
comércio (principalmente de alimentos) e nos serviços, assim como na
exploração e transformação de minerais e na produção agrícola, em
particular do café. Além dos alimentos, representam suas principais
atividades no ramo de indústrias minerais, plásticos, têxtil, indústria
automobilística, de papel, lácteos, agropecuários, etc. A população da cidade é de, aproximadamente, 741,4 mil habitantes.
Figura 1: Principais Cidades da Venezuela
Brasil
Colômbia
11
2.2 Principais portos e aeroportos
Os portos da Venezuela, na situação atual, dividem-se em:
Portos públicos de uso comercial;
Portos públicos de uso privados;
Portos privados.
O sistema portuário venezuelano é formado por mais de cem portos. Muitos deles são terminais
independentes ou operados por empresas estatais (Petróleos de Venezuela, S.A. - PDVSA) ou por
companhias confidenciais. Este sistema inclui:
8 portos de uso comercial;
39 terminais petroleiros;
4 portos fluviais para manipulação mineral de ferro;
5 portos fluviais para carga geral;
12 terminais cimenteiros;
1 terminal para manipulação de sal;
16 portos pesqueiros;
4 terminais petroquímicos;
5 portos para ferrys;
No entanto, existem oito portos comerciais na Venezuela, chamados de “portos públicos de uso
comercial” que são: Porto Sucre, Porto Carúpano, Porto de Guanta, Porto El Guamache, Porto Guaranao,
Porto La Guaira, Porto de Maracaibo e Porto Cabello. Sendo os três últimos os mais importantes em relação
ao volume geral de exportações e importações.
Quadro 1: Principais Portos da Venezuela PRICNCIPAIS PORTOS WEB SITE / E-MAIL
Porto Sucre www.puertosdesucre.com.ve / [email protected]
Porto Carúpano www.puertosdesucre.com.ve / [email protected]
Porto de Guanta www.puertodeguanta.gob.ve / [email protected]
Porto El Guamache [email protected]
Porto Guaranao Nd
Porto La Guaira www.plgsa.gov.ve
Porto de Maracaibo www.puertodemaracaibo.com / [email protected]
Porto de Cabello [email protected]
Fonte: Pesquisa de Campo, MaxiQuim Assessoria de Mercado, 2007
O Porto La Guaira é o mais próximo da região da Grande Caracas e divide com o Porto Cabello o
principal volume de cargas transportadas para a região e para o centro do país. Já o Porto de Maracaibo é o
mais utilizado para transporte de produtos para a região ocidental da Venezuela.
12
Em relação ao transporte aéreo, entre os principais aeroportos, da Venezuela, destacam-se: o
Aeroporto Internacional Simon Bolívar, o Aeroporto General José Antonio Anzoátegui, e o Aeroporto
internacional La Chinita.
Quadro 2: Principais Aeroportos da Venezuela AEROPORTOS LOCALIZAÇÃO
Aeroporto Internacional Simon Bolívar Maiquetía (Distrito Federal)
Aeroporto General José Antonio Anzoátegui Barcelona (Anzoátegui)
Aeroporto internacional La Chinita Maracaibo (Zulia)
Fonte: Pesquisa de Campo, MaxiQuim Assessoria de Mercado, 2007
A Venezuela mantém conexão aérea com quase todos os países do mundo, direta ou indiretamente,
através das operadoras instaladas no país.
As linhas aéreas locais da Venezuela são:
Aeropostal
Aserca Airlines
Avenca
Anvior
Comeravia
Conviasa
Laser
Santa Bárbara Airlines
Transaven
Venezuela
A conexão com o Brasil pode ser feita diretamente via vôos Varig, diários a partir de Guarulhos,
diretos ou com escala em Manaus. Também há possibilidades via Avianca, com escala em Bogotá na
Colômbia, ou via Taca, com escala em Lima, no Peru. Alternativamente, quem viaja à Caracas pode ainda
usar a conexão via Miami, porém com custos e tempo de viagem maiores.
2.3 Zonas Francas
Zona Franca é a área de terreno fisicamente delimitada, sujeita a um regime fiscal especial regulado
de forma geral pela Lei das Zonas Francas da Venezuela.
13
Dentro deste território, é possível que as pessoas jurídicas autorizadas para instalarem-se,
dediquem-se à produção e comercialização de bens para a exportação, assim como a prestação de serviços
vinculados com o comércio internacional.
No território venezuelano, de acordo com o Conselho Nacional de Promoção de Investimentos
(CONAPRI), está estabelecido duas Zonas Franca importante:
1. Zona Franca Industrial, Comercial e de Serviços de Paraguaná: localizada na península de
Paraguaná, no estado de Falcón, publicada na Gazeta Oficial Extraordinária N°5.145 em 30 de Abril
de 1997.
2. Zona Franca Industrial, Comercial e de Serviços ATUJA (ZOFRAT): localizada no município São
Francisco da cidade de Maracaibo, Estado Zulia, publicada na Gazeta Oficial N° 36.097 em data 29
de Novembro de 1996.
Existem outros tipos de regimes territoriais vigentes na Venezuela, que são:
Os Portos Livres: localizados em Santa Elena de Uairén no Estado Nueva Esparta;
As Zonas livres: formadas pelas Zonas Livre Cultural, Científica e Tecnológica do Estado
Mérida e a Zona Livre, para a Promoção de Investimentos Turísticos da península de
Paraguaná.
14
3 ASPECTOS ECONÔMICOS
3.1 Panorama geral
A principal atividade econômica da Venezuela é a exploração e o refino de petróleo para a
exportação e o consumo interno. O petróleo é o recurso natural mais abundante, o qual é processado pela
indústria estatal petroleira: Petróleos da Venezuela S.A. (PDVSA). Sua exploração oficial iniciou em 1875 e
logo foi construída a primeira refinaria na qual processavam produtos como gasolina, querosene e gasóleo. A
partir de 1922 teve início a exploração petroleira em grande escala, desencadeando eventos que mudaram
drasticamente o rumo do país. Hoje a Venezuela participa também da OPEP, Organização dos Países
Exportadores de Petróleo, o cartel que domina as políticas de produção e comercialização dessa commodity.
Em 2000 e 2001, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi, respectivamente, de 3,7% e 3,4%.
Um aumento significativo dos preços internacionais do petróleo permitiu recuperar a economia de uma forte
recessão ocorrida durante o ano 1999, recorrente nos principais países emergentes e latino-americanos. No
entanto, com um setor petroleiro importante no contexto econômico, aliado à queda nos preços do petróleo,
impediu que a recuperação fosse maior.
No início de 2002, o governo alterou o regime de taxas de juros de um regime indexado para um sistema
de livre flutuação, o que fez com que o bolívar se desvalorizasse significativamente. Em 2003, em conseqüência da
séria instabilidade política, os conflitos sociais diversos e a greve geral da principal empresa estatal petroleira
PDVSA, a economia Venezuelana sofreu economicamente, resultando em uma queda de de 7,7% do PIB.
Variação Anual do PIB da Venezuela
6,59,7
6,1
0,3
-2,3
4,0
-0,2
6,4
0,3
-6,0
3,7 3,4
-8,9 -7,7
9,4 10,3
17,9
-15
-10
-5
0
5
10
15
20
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Varia
ção
(%)
Figura 2: Crescimento do PIB na Venezuela entre 1990 a 2006
Fonte: Instituto Nacional de Estadistica (INE) e Banco Central da Venezuela, 2007.
Elaboração: MaxiQuim Assessoria de Mercado, 2007
15
Durante o ano de 2004 a Venezuela experimentou um crescimento de 17,9% em seu PIB (um dos
mais altos do mundo de acordo com números oficiais do FMI), recuperando-se, conseqüentemente, das
quedas precedentes. Mais precisamente, a recuperação começou no último trimestre de 2003.
Em 2005 o país teve crescimento de 9,4%, o maior entre os paises do continente. Também registrou
a inflação mais baixa dos últimos sete anos caindo para 8,9% segundo o Banco Central da Venezuela.
Conforme publicações do Banco Central da Venezuela, em 2006 o PIB venezuelano teve um
incremento de 10,3%. Logo, verifica-se que, desde o final de 2003, a economia vem crescendo rapidamente.
Não é possível prever ainda o grau de sustentabilidade do modelo de crescimento venezuelano. O fato é que
apesar dos elevados preços do petróleo que movem esse importante segmento da economia, o país tem
seguidos déficits fiscais, muito em função do enorme orçamento destinado a programas sociais.
Também é óbvio que a dependência da economia do petróleo é relevante e que qualquer fragilidade
das cotações dessa commodity poria em risco a sustentabilidade do crescimento da economia do país.
COMPARAÇÃO DE PREÇOS DE PETRÓLEO
60 61 6164 63
54
50 5053
5053
58 5963
7068
48
40
45
50
55
60
65
70
75
80
A2006
M J J A S O N D J2007
F M A M J J A*
US$/Barril
Venezuela WTI Brent
*Preliminar
Figura 3: Preços de Petróleo da Venezuela e de Referências Internacionais
Fonte: Ministério de Energia e Petróleo da Venezuela, 2007.
Elaboração: MaxiQuim Assessoria de Mercado, 2007
Além disso, deve ser considerado que o petróleo venezuelano tem preços inferiores às médias dos
mercados internacionais, dadas suas características, como mostra a figura anterior.
16
Para 2007 a expectativa é de um ritmo menor de expansão da economia que deve atingir um
crescimento entre 5 e 6%, conforme dados de analistas. Ainda assim, trata-se de uma taxa de crescimento
relevante.
3.2 Evolução do PIB por setor
O produto interno bruto (PIB) da Venezuela registrou, conforme vimos antes, um aumento de 10,3%
em 2006, e espera-se que o ano seguinte cresça entre 5% e 6%, anunciado pelo presidente do banco central.
“A expansão da demanda agregada interna foi a principal determinante do crescimento econômico”, indicou o
diretor do banco central em nota oficial. A Tabela 1 mostra a evolução do PIB por setor em 2006 e também o
primeiro trimestre de 2007.
Tabela 1: Evolução do PIB por Setor Produto Interno Bruto
Por clase de atividade econômicaA preços constantes
(Variacão percentual em relação ao mesmo período do ano anterior)
2007 2006Setores I Trim Ano 2° Trim IV Trim III Trim 1° Sem. II Trim I Trim
Consolidado 8,8 10,3 11,0 11,8 10,1 9,6 9,4 9,8
Atividade petroleira (5,6) (1,9) (3,7) (3,7) (3,7) 0,0 0,6 (0,6)
Atividade não petroleira 10,6 11,7 12,4 13,1 11,7 10,9 10,3 11,7 Mineira (4,9) 3,9 4,9 2,2 7,9 2,7 3,9 1,6 Manufatura 7,8 10,4 11,1 12,4 9,8 9,6 6,8 12,9 Eletricidade e água 4,6 6,2 7,2 6,6 7,7 5,3 5,3 5,2 Construção 26,5 32,1 34,1 30,5 38,1 29,6 30,6 28,3 Comércio e serviços de reparação 20,8 19,9 20,5 22,7 18,0 19,2 19,5 18,9 Transporte e armazenamento 16,4 12,3 13,4 15,2 11,4 11,0 11,6 10,5 Comunicação 18,3 23,2 21,2 20,9 21,5 25,3 21,3 29,3 Instituições financeiras e seguros 26,2 39,2 35,4 32,5 38,8 43,9 44,8 42,9 Serviços imobiliário, empresariais e de alugueis 6,7 8,2 7,9 8,5 7,3 8,5 8,2 8,8 Serv. comunitários, soc. e pessoais e prod. de serviços sem fim lucrativos 14,8 16,3 18,4 19,7 16,9 13,6 12,6 14,7 Prod. serviços do Governo Geral 3,5 3,8 3,1 3,6 2,5 4,6 4,6 4,6 Outros 1/ 2,9 5,1 5,9 5,6 6,1 4,3 5,0 3,6 Serviços de intermediação financeira: Sifmi 2/ 26,3 44,7 39,0 34,0 45,0 51,7 54,0 49,2
Imposto líquido sobre os produtos 18,9 19,9 23,1 26,2 20,0 16,1 17,6 14,6
1/ Inclui: Agricultura privada, Restaurantes e hotéis privado e Atividades diversas públicas.2/ Serviços de intermediação financiera medidos indiretamente.
Fonte: Banco Central da Venezuela, 2007
Elaboração: MaxiQuim Assessoria de Mercado, 2007
A economia do setor não petroleiro teve um aumento anual de 11,7%. As atividades não petroleiras
com maior crescimento foram: instituições financeiras e seguros (39%), da construção (32%), das
17
comunicações (23%), do comércio e dos serviços de reparação (20%). A atividade manufatureira registrou um
aumento de 10%.
De acordo com o Banco Central da Venezuela (BCV), os números preliminares mostram uma
tendência de crescimento para este ano do superávit global da balança comercial de US$ 4,585 bilhões (2,7%
do PIB). As importações continuaram com uma tendência de crescimento e subiram a US$ 31,344 bilhões
durante todo 2006, que representa 18,6% do PIB.
Para o ano 2007, o BCV prevê a continuação do contexto internacional favorável, significativo e
generalizado crescimento da economia venezuelana e redobrados esforços para a diminuição da inflação.
Calcula-se que em 2007o índice dos preços suba entre de 10% e de 12%.
3.3 Taxa de câmbio e regime cambial
O Bolívar venezuelano é a moeda corrente oficial da Venezuela desde 1823. Teoricamente o
mercado cambial é regulado pelas normas da livre oferta e demanda. Na prática o Bolívar flutua dentro de
uma banda cambial determinada pelo Banco Central. Em 2003, a taxa de câmbio oficial alcançou, em janeiro,
o nível máximo de 1649,64 Bs/US$ e no período de março de 2003 a janeiro de 2004 manteve-se em 1596,00
Bs/US$. Em 2004, no mês de março atingiu o máximo de 1915,20 Bs/US$ e manteve-se constante até
fevereiro de 2005. Desde abril de 2005, até o período atual de julho de 2007 a taxa cambial está em 2144,60
Bs/US$.
Dada a atual necessidade de financiamento do governo e a falta de liquidez em moeda conversível, o
governo tem limitado a saída de recursos do país e por tal razão as empresas multinacionais instaladas na
Venezuela são impedidas de retirar os lucros das operações venezuelanas. Além disso, têm sido colocadas
diversas etapas burocráticas para a obtenção de dólares para o pagamento de importações, o que limita as
empresas habilitadas para tais operações. Importadores relatam ser necessário o cumprimento de 37 etapas
burocráticas e manter um total de 102 documentos em dia para permitir a realização de operações de compra
de divisas para honrar as importações. No entanto, grandes empresas mantém em seus departamentos de
comércio exterior profissionais dedicados a tais assuntos, reduzindo as chances de problemas durante as
operações, ainda que haja diversos casos de morosidade na efetivação dos pagamentos.
Apenas um dos entraves burocráticos é a determinação, vigente desde dezembro de 2006, da
necessidade de uma autorização do Ministério das Indústrias Ligeiras e Comércio (MILCO), para serem
efetuadas importações. A empresa solicitante tem que provar que a oferta local é insuficiente, inexistente, ou
que a demanda não é satisfeita, tornando necessárias as importações. É um processo bastante burocrático.
No entanto, foram relatados diversos casos em que o principal argumento para possibilitar as importações era
a garantia da “segurança alimentar”, o que sempre é visto como algo prioritário para o governo local e torna os
trâmites menos demorados.
18
Essa determinação, porém, exclui de tal obrigação operações de importações de países da ALADI,
como é o caso do Brasil, e cria um mecanismo de proteção contra importações de países de fora do bloco, o
que se apresenta como uma oportunidade para as empresas.
TAXA DE CÂMBIO NA VENEZUELA
0
250
500
750
1.000
1.250
1.500
1.750
2.000
2.250
2.500
J03
FMA M J JA SOND J04
FMA M J JA SOND J05
FMAM J J A SOND J06
FMA MJ JA SONDJ07
FMA M J J
Bs / US$
Taxa de Câmbiode Referência
Figura 4: Evolução da Taxa de Câmbio da Venezuela
Fonte: Banco Central da Venezuela, 2007.
Elaboração: MaxiQuim Assessoria de Mercado, 2007
3.4 Recursos Naturais
A Venezuela caracteriza-se por sua grande quantidade de recursos naturais com destaque para o
gás natural e os minerais, tais como: petróleo, ferro, bauxita, carvão, ouro e diamante, que constituem a base
econômica do país.
A Venezuela tem de longe o maior volume de reservas de recursos energéticos das Américas,
tornando-a uma potência mundial quando o assunto é petróleo, além da indiscutível liderança no mercado
regional de gás natural. Isso pode ser melhor analisado na figura a seguir. O país tem praticamente 60% das
reservas de gás natural da América Latina.
19
RESERVAS DE GÁS NATURAL NA AMÉRICA LATINA
Venezuela59,7%
Bolívia9,4%
México5,7% Argentina
6,3%
Trinidad Tobago7,4%
Outros3,9%
Brasil4,2%
Peru3,4%
Total de Reservas: 255 Tcf
Figura 5: Reservas de Gás Natural por País da América Latina
Fonte: EIA – Administração de Informações de Energia - EUA, 2007.
Elaboração: MaxiQuim Assessoria de Mercado, 2007
3.5 Indicadores Econômicos e sociais
Na tabela a seguir estão mostrados os indicadores sócio-econômicos elaborada a partir de dados
Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) e do Banco Central da Venezuela (BCV).
Tabela 2: Evolução dos Indicadores Econômicos 2002 2003 2004 2005 2006 2007 (1)
População (milhares) 25.218 25.672 26.125 26.577 27.031 27.484
PIB em Dólares correntes (milhões de US$) 92.889 83.442 112.800 143.443 181.608 219.372
PIB corrente per capita (US$) 3.683 3.250 4.318 5.397 6.719 7.982
PIB (crescimento ) -8,9% -7,7% 17,2% 9,3% 10,0% 7,0%
Índice de preços ao consumidor (2) 31,2% 27,1% 19,2% 14,4% 15,8% ND
Taxa de Câmbio (Bs por Dólar) média do ano 1.159 1.605 1.881 2.105 2.145 2.145
Taxas de Juros (média do ano) 28,1% 13,1% 4,9% 4,9% 5,4% 5,6% (3)
Exportações (milhões de US$ FOB) 23.987 24.974 33.626 51.695 60.769 ND
Importações (milhões de US$ CIF) 11.673 8.358 14.697 21.848 29.553 ND
Saldo Comercial (milhões de US$) 12314 16616 18.929 29.847 31.216 ND
Reservas Internacionais (milhões de US$) 14.890 21.366 24.208 30.368 37.440 25.213 (4)
(1) Dado provisório ou estimado preliminar
(2) variações percentuais de dezembro a dezembro
(3) dado até julho
(4) dado até junho
20
Tabela 3: Evolução dos Indicadores Sociais
2002 2003 2004 2005 2006 2007* População Economicamente Ativa 11.673.915 12.008.739 12.105.294 12.095.908 12.269.632 12.211.757Ocupados 9.786.176 9.993.806 10.417.612 10.711.268 11.104.624 11.079.716Desocupados 1.887.739 2.014.913 1.687.682 1.384.640 1.165.008 1.132.041 Taxa média anual de desemprego 15,8% 18,0% 15,3% 12,4% 9,8% ND Índice de remunerações (base:1997=100) 281,0 304,9 372,1 443,2 528,9 606,75**
* 1° Semestre ** Até junho ND: Não disponível
Fonte: BCV e INE, 2007.
Elaboração: MaxiQuim Assessoria de Mercado, 2007
3.6 Setor Industrial
Na Venezuela as principais indústrias são: refino de petróleo, petroquímica, aço, alumínio, cimento,
materiais de construção, têxtil, cervejaria, processamento de alimentos, fertilizantes, veículos,
telecomunicação, bebidas, roupas, calçados, produtos químicos e plásticos.
No setor primário, a agropecuária é um dos setores mais importantes da economia, contribuindo com
quase 5% do PIB ocupando 10% da mão-de-obra da população ativa. As exportações agrícolas representam
cerca de 3% do total. Apesar do setor se caracterizar pela sua diversidade, o país é um importador de
alimentos, de forma que 70% dos alimentos consumidos são importados. Os principais produtos agrícolas são
milho, arroz e sorgo. Superada a crise de 2002-2003 o crescimento do setor foi de 5,5% em 2004 e 7,4% em
2005. A atividade agrícola está muito longe do potencial de riqueza do campo, em grande parte devido ao
petróleo que tem desincentivado a produção e favorecido o êxodo do campo para a cidade.
A mineração é o setor menos significativo no PIB venezuelano. Em 2005 representava 0,65% da
atividade econômica. Os recursos do país se distribuem entre o ferro, sal, ouro, carvão, bauxita, diamantes e
outros. A variação percentual do PIB relacionado à mineração segue uma evolução variável com períodos de
forte crescimento e outros de queda acentuada da produção. Os motivos que levam a essa variação são: a
flutuação do mercado internacional, as conseqüências das crises econômicas que deprimem a demanda do
setor e a ineficiente administração das empresas de mineração com uma forte participação do estado.
O setor petroleiro, analisado em separado da indústria extrativa mineral, representa
aproximadamente 25% do PIB e 80% das exportações do país. A receita do governo procedente do setor
petrolífero situa-se acima de 50% do total, que se deve ao aumento dos preços do barril de petróleo e dos
impostos que o governo aplica ao setor. Esse setor estratégico da economia venezuelana é a principal
21
locomotiva do recente crescimento econômico do país. As variações do setor têm um forte efeito multiplicador
para os outros setores.
O setor terciário é o mais dinâmico da economia venezuelana. Tanto o transporte, como as
telecomunicações e o comércio têm seguido uma tendência de crescimento continuado nos últimos cinco
anos. O setor representou em 2005 uma parcela de 28% do PIB. Entre os diferentes sub-setores, os serviços
de telefonia e internet registraram um aumento notável. Isso devido à liberalização do setor, que tem permitido
a entrada de novas operadoras no mercado, atingindo uma situação de competição que gerou serviços
melhores a preços mais convidativos.
3.7 Comércio exterior anual
Na figura abaixo apresenta-se a evolução da balança comercial da Venezuela. Observa-se que o
crescimento das exportações torna-se mais acentuado a partir de 2004, aumentando de 45,1% em relação ao
ano de 2003. No período de janeiro a junho de 2007, a Venezuela, registrou um superávit na balança
comercial de US$ 8.185 milhões.
As importações vêm evoluindo a uma taxa média anual de 10,1% ao ano, de 2000 a 2006.
Balança Comercial da Venezuela
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
80.000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007*
US$
milh
ões,
FO
B
Exportação Importação Balança Comercial
Figura 6: Evolução da Balança Comercial da Venezuela
Fonte: Banco Central da Venezuela , 2007.
Elaboração: MaxiQuim Assessoria de Mercado, 2007
* Dados de janeiro – junho 2007
22
3.7.1 Exportação
As exportações no período de janeiro a abril de 2007 tiveram queda de 28,0% em relação ao mesmo
período de 2006, no valor das exportações efetuadas pela Venezuela segundo país de destino. Na Figura 7
apresenta-se a distribuição dessas exportações por país de destino.
Verifica-se pela distribuição das exportações por país de destino (figura a seguir) que nos primeiros
quatros meses de 2007 cerca de 60,1% das vendas externas da Venezuela têm os EUA como destino, ainda
que tais exportações tenham apresentado uma variação negativa de 26,6% em comparação com os quatros
primeiros meses de 2006. Já para o Brasil a variação das exportações da Venezuela teve um aumento de
3,9%.
VALOR DAS EXPORTAÇÕES EFETUADAS PELA VENEZUELA POR PAÍS DE DESTINO (Jan - Abr / 2007)
Brasil1,4%
Espanha1,8%
Holanda2,5%
Japão2,3%
Antilhas Holandesas
2,3%
México2,9%
Colombia5,8%
Equador1,3%
Alemanha1,3%
Itália6,0%
EUA60,1%
Canadá1,2%
Outros11,2%
Figura 7: Distribuição das Exportações da Venezuela por País de Destino
Fonte: INE , 2007.
Elaboração: MaxiQuim Assessoria de Mercado, 2007
Nos quatros primeiros meses de 2007, as exportações, feitas pela Venezuela por setor econômico,
tiveram com maior representatividade os seguintes itens: em primeiro lugar, os “Produtos Minerais” com
64,2% do total, tendo variação negativa (-27,0%) em relação ao mesmo período de 2006. Como podemos
observar na tabela a seguir.
23
Tabela 4: Valor das Exportações da Venezuela de Jan - Abr (2006 e 2007)
Setor econômico 2006
(US$ MM) 2006 (%)
2007 (US$ MM)
2007 (%)
Variação (%)
Total 4.838 100 3.489 100 -28
Produtos Minerais 3.079 63,3 2.247 64,2 -27,0
Metais Comuns 1.038 21,4 674 19,3 -35,1
Produtos Químicos 371 7,6 408 11,7 10,0
Material de Transporte 126 2,6 92 2,6 -27,0
Plástico e Manufatura 57 1,2 23 0,7 -59,6
Alimentos, Bebidas e Tabaco 44 0,9 10 0,3 -77,3
Material Elétrico 45 0,9 17 0,5 -62,2
Outros 78 1,6 18 0,5 -76,9
Fonte: INE , 2007.
Elaboração: MaxiQuim Assessoria de Mercado, 2007
Em segundo lugar o setor “Metais Comuns” com uma participação de 19,3% sobre o total e uma
variação negativa de 35,1% ao passar de 1,038 bilhões de dólares no período de janeiro a abril de 2006 para
674 milhões de dólares em igual período de 2007.
O setor “Produtos Químicos” alcançou participação de 11,7% no período em estudo e uma variação
positiva de 10,0% em comparação com igual período de 2006. Já o setor “Material de Transporte” apresentou
uma variação negativa de 27,0% com participação de 2,6% do total, sendo o quarto item mais importante na
pauta de exportações do país.
3.7.2 Importação
Conforme mostram os dados do INE no que se refere às importações segundo o país de origem no
período de janeiro a março de 2007, os Estados Unidos é o principal fornecedor da Venezuela com 27% do
total e um montante de 2,375 bilhões de dólares, apresentando um crescimento de 27% na comparação com
o mesmo período de 2006. Esta distribuição das importações feitas pela Venezuela por país de origem está
representada na figura a seguir.
A seguir encontra-se a Colômbia com 11% de participação, refletindo num aumento de 62% das
importações feitas pela Venezuela no primeiro trimestre de 2007 em comparação com o primeiro trimestre do
ano anterior. A terceira posição é da China com 10% de participação sobre o total importado e teve
crescimento das compras de 166% em comparação com o mesmo período de 2006.
O Brasil participa com 10% das importações venezuelanas, registrando um aumento de 52% no
período em questão, ao passar de 569 milhões de dólares de janeiro a março de 2006 para 863 milhões de
dólares no mesmo período de 2007. Os outros países com importações relevantes são México, Japão, Itália,
24
Argentina, Alemanha, Panamá, Coréia do Sul e Espanha, nesta ordem, com uma participação conjunta de
22% para o período em estudo.
VALOR DAS IMPORTAÇÕES EFETUADAS PELA VENEZUELA POR PAÍS DE ORIGEM (Jan - Mar / 2007)
Outros20,7%Espanha
2,1% EUA26,9%
Colombia11,0%
Coréia do Sul2,1%
Panamá2,2%
China9,9%Brasil
9,8%
Itália2,7% Japão
3,0% México4,2%
Argentina2,6%
Alemanha2,6%
Figura 9: Distribuição das Importações por país de origem
Fonte: INE , 2007.
Elaboração: MaxiQuim Assessoria de Mercado, 2007
Em relação aos produtos importados pela Venezuela segundo o setor econômico pode –se analisar a
Tabela 5. O comportamento por setor econômico no primeiro trimestre de 2007, foi de maior de “Matérias
Elétricos”, com 35%, aproximadamente, de participação alcançando 3.047 milhões de dólares atingindo um
crescimento de 48% em comparação com 2.054 milhões de dólares em igual período de 2006, posteriormente
encontra-se o setor “Material de Transporte”, com 21% das compras externas para o período em análise e um
crescimento de 72% das importações efetuadas no primeiro trimestre de 2007 em comparação com o mesmo
período de ano anterior.
Em terceiro lugar fica o setor “Produtos Químicos” com uma participação de 9% e um aumento de
18%, aproximadamente, em relação ao mesmo período do ano anterior. Destacou-se no crescimento das
importações de papel com variação de 88% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo
período de 2006.
25
Tabela 5: Valor das Importações da Venezuela de Jan - Mar (2006 e 2007)
Setor econômico Milhões de US$ 2006
2006% Milhões de US$ 2007
2007% Variação %
Total 5.930 100,0 8.818 100,0 48,7%
Material Elétrico 2.054 34,6 3.047 34,6 48,3%
Material de Transporte 1.087 18,3 1.872 21,2 72,2%
Produtos Químicos 703 11,9 826 9,4 17,5%
Outros 635 10,7 929 10,5 46,3%
Metais Comuns 404 6,8 559 6,3 38,4%
Alimentos, Bebidas e Tabaco 293 4,9 391 4,4 33,4%
Agrícola e Vegetal 275 4,6 473 5,4 72,0%
Plástico e Manufatura 272 4,6 344 3,9 26,5%
Papel 164 2,8 309 3,5 88,4%
Minério 43 0,7 68 0,8 58,1%
Fonte: INE , 2007.
Elaboração: MaxiQuim Assessoria de Mercado, 2007
3.7.3 Balança comercial do setor plástico
A Tabela 6 abaixo mostra a balança comercial do mercado de matérias-primas e produtos plásticos
em 2006, em US$, por macro-região. N
Tabela 6: Balança Comercial do Setor Plástico US$ milhões - 2006 Importação Exportação
Mercosul 51,4 5,9
Comunidade Andina 185,0 26,8
G-3 167,2 21,8
Outros 955,4 21,5
Total 1.359,0 76,0
Fonte: Associação Venezuelana da indústria Plástica (AVIPLA)
No que se refere ao saldo da balança comercial de Plásticos e Manufaturas na Figura 10 está
representada a evolução deste saldo, a partir de 2002 até o primeiro trimestre de 2007.
26
Balança Comercial de Plásticos e Manufaturas
275
1359
344
2376
292
157240
1067
814
503582
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
2002 2003 2004 2005 2006 1° trim 07
US$ milhões
Exportação Importação Déficit
Figura 10: Evolução do Saldo da Balança Comercial de Plásticos e Manufatura na Venezuela
Fonte: Associação Venezuelana da indústria Plástica (AVIPLA)
Elaboração: MaxiQuim Assessoria de Mercado, 2007
Em relação à figura anterior, verifica-se que as exportações de resinas e produtos plásticos tiveram um
significativo decréscimo a partir do ano de 2005. Já e as importações não param de crescer, impulsionadas
pela forte demanda e incapacidade da indústria local de abastecer o mercado.
Como normalmente ocorre na maior parte dos países, os fluxos de comércio exterior da rubrica “plásticos
e manufaturas” são normalmente maiores na análise das resinas comercializadas. Em grande parte, as
importações de resinas para a Venezuela ocorrem devido à falta de matérias-primas para a indústria
petroquímica, principalmente em função da incapacidade da PDVSA de entregar gás natural ou etano às
unidades petroquímicas em El Tablazo, o principal pólo produtor de resinas na Venezuela. Assim, a indústria
local tem de complementar suas necessidades via importações. Em geral, a responsável pelas importações é
a própria Pequiven. Mas também há alguns poucos empreendedores dedicados à distribuição de resinas, que
fazem as próprias importações, lutando contra uma impressionante burocracia, mas ainda assim obtendo
bons resultados propiciados pela crescente demanda e incapacidade da estatal Pequiven de atingir
determinados nichos de mercado.
27
3.7.4 Regulação do comércio exterior Documentação Básica para efetuar uma exportação na Venezuela
• Declaração alfandegária;
• Fatura comercial definitiva;
• Cópia do conhecimento do embarque, da guia aérea, da guia de encomenda, segundo o caso;
• As exigências legalmente para esses fins, segundo o tipo de mercadorias que se trata;
• Planilha de Intenções de Explorar (IE).
Documentação Básica para efetuar uma importação na Venezuela
• Manifesto de Importação e Declaração de Valor;
• Determinação dos direitos de Importação; Imposto do Consumo Massivo de vendas ao atacado;
• Autorização de importação por parte do Ministério competente;
• Documentação especiais, quando exigidos.
Importações Incentivadas
São quando se beneficiam de isenção ou redução tributária quando da entrada das mercadorias no
país. Existem mecanismos da não-tributação da importação de matérias-primas e bens intermediários que
sejam destinados a reexportação. Esses bens adquiridos deverão ser utilizados pelo contribuinte em um
período superior a três anos.
E, ainda, tem um incentivo indireto, através de alíquotas alfandegárias mínimas ou da redução
temporária do imposto de importação, para matérias-primas e bens de capital não produzidos no país e que
sejam necessários para a produção local.
3.8 Mercado Venezuelano de Produtos Plásticos
A evolução histórica da industria petroquímica venezuelana pode-se resumir da seguinte maneira:
• 1953 - criou-se a Petroquímica Nacional;
• 1956 - a entidade anterior transforma-se no Instituto Venezuelano da Petroquímica (IVP);
• 1972 - inaugura-se as primeiras instalações do Complexo Petroquímico de Tablazo;
• 1978 – depois da nacionalização do petróleo, o IVP converte-se em uma sociedade anônima
(Pequiven), que tem como empresa matriz à empresa Petróleos de Venezuela (PDVSA) e;
• 1985: entra em funcionamento o Complexo Criogênico do Oriente, mediante a qual localiza-se a
base de uma futura industria petroquímica na zona oriente do país.
28
O desenvolvimento da industria básica tem uma grande significação econômica, pois a indústria
petroquímica na Venezuela está estreitamente vinculada na planificação petroleira e de forma mais específica
na etapa de refino. Os produtos petroquímicos constituem, em grande escala, insumos para outros tipos de
industrias e a atividade desta indústria contribui a estimular as atividades agrícolas do país, mediante da
produção de todo tipo de fertilizantes.
A indústria petroquímica venezuelana está predominantemente constituída por estatais, entre elas a
Pequiven, ora subordinada à PDVSA, ora independente do ponto de vista organizacional. Distribui-se por três
pólos regionais: Morón (estado de Carabobo), El Tablazo (Zulia) e em Jose (Anzoátegui).
A principal vantagem comparativa com que conta o país para o desenvolvimento desta industria é a
grande abundância de gás natural, além do petróleo, indispensável para a produção de olefinas e resinas
termoplásticas. A cadeia produtiva de plásticos contempla: a produção de insumos básicos (eteno e propeno)
e produtos aromáticos (hidrocarbonetos e seus derivados, incluindo benzeno, tolueno e orto-xileno), e a
produção de resinas termoplásticas (polietileno de alta e baixa densidade, polipropileno, poliestireno e
policloreto de vinila). Nas Tabelas 6 e 7 estão as capacidades dos insumos básicos e das resinas
termoplásticas, respectivamente.
Tabela 7: Evolução da Capacidade Instalada de Insumos Básicos
Capacidades em 1.000 toneladas Insumos Básicos Produtores
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Eteno Pequiven 600 600 600 600 600 600 600
Pequiven 175 175 175 175 175 175 175 Propeno
Profalca 140 140 140 140 140 140 140
Total 915 915 915 915 915 915 915 Fonte: MaxiQuim Assessoria de Mercado - HANDBOOK, 2007
Tabela 8: Evolução da Capacidade Instalada de Resinas Termoplásticas
Capacidades em 1.000 toneladas Resinas Produtores
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
PEAD Polinter 310 310 310 310 310 310 310
PEBDL Polinter 210 210 210 210 210 210 210
PEBD Polinter 85 85 85 85 85 85 85
PP Propilven 84 84 84 84 84 110 110
PVC Pequiven 185 185 185 185 185 185 185
Total 874 874 874 874 874 900 900
Fonte: MaxiQuim Assessoria de Mercado - HANDBOOK, 2007
29
Como já referido anteriormente, embora tais capacidades sejam relevantes do ponto de vista
regional, desde a crise de 2002 a Pequiven não tem conseguido operar suas unidades de forma satisfatória
em função da restrição da oferta de etano (fração do gás natural que é craqueada para produção de eteno).
Com essa restrição, a produção real tem se mantido próxima a 50% da capacidade nominal, restringindo a
oferta de matérias-primas para a indústria de produtos plásticos e, por conseqüência, fazendo crescer as
importações do setor.
Tabela 9: Consumo Aparente de Resinas Termoplásticas
Em 1.000 toneladas Resinas
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
PEBD 68 69 57 50 54 30 73
PEBDL 41 36 55 72 72 53 75
PEAD 89 85 87 89 91 93 102
PP 70 77 67 65 68 76 102
PS 24 27 21 15 9 5 20
PVC 42 66 61 19 74 33 55
PET 13 19 32 39 58 57 65
Total 347 379 380 349 426 347 492 Fonte: MaxiQuim Assessoria de Mercado - HANDBOOK, 2007
A seguir são representados nas Figuras 11 e 12 a segmentação por mercados e processos
produtivos da Indústria de Produtos Plásticos do país no ano de 2006.
30
SEGMENTAÇÃO POR PROCESSO DA INDÚSTRIA DE PRODUTOS PLÁSTICOS DA
VENEZUELA
Termoformagem7,4%
Outros5,8%
Injeção/Sopro9,1%
Extrusão17,4%
Extrusão/Sopro21,5%
Rotomoldagem1,7%
Injeção37,2%
Figura 11: Segmentação de Processo da Indústria de Plástico da Venezuela, 2006
Fonte: Associação Venezuelana da indústria Plástica (AVIPLA)
Elaboração: MaxiQuim Assessoria de Mercado, 2007
SEGMENTAÇÃO POR MERCADO DA INDÚSTRIA DE PRODUTOS PLÁSTICOS DA VENEZUELA
Calçados2,0%
Outros12,0%
Artigos Domésticas
10,0%Artigos toucador
4,0%
Lâminas3,0%
Filme11,0%
Bombonas22,0%
Geomembrana1,0%
Agrícola1,0% Cestas e Gaiolas
3,0%
Embalagens descartáveis
21,0%Tampas
10,0%
Figura 12: Segmentação de Mercado da Indústria de Plástico na Venezuela, 2006
Fonte: Associação Venezuelana da indústria Plástica (AVIPLA)
Elaboração: MaxiQuim Assessoria de Mercado, 2007
31
4 LEGISLAÇÃO
4.1 Tributação
Direitos tarifários
1. Tarifas Alfandegárias
A classificação de mercadorias utilizada pela Venezuela segue a “Nomenclatura Aduaneira Comum
dos Países Membros do Acordo de Cartagena (Pacto Andino) – NANDINA”, baseada do Sistema
Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias do Conselho de Cooperação Aduaneira –
NCCA de Bruxelas. As importações venezuelanas são taxadas de acordo com o Arancel de Aduanas de
Venezuela com direitos “ad-valorem”. A taxa imposta ad-valorem é de 5 a 20%.
2. Taxas de Armazenagem
Os usuários dos armazenamentos, pátios e demais dependências inscritas nas alfândegas, desde o
vencimento do prazo legal previsto (5 dias úteis) pagarão uma taxa mensal ad-valorem que vai entre o 2% a
20% do acordo dos dias de permanência nos armazenamentos.
3. Taxas por Serviços Alfandegários
1% ad-valorem, pelas mercadorias que se introduzem por vias marítimas, aérea e terrestre;
2% ad-valorem, pelas mercadorias que se introduzem por vias de volumes postais.
4.2 Acordos comerciais
A República Bolivariana da Venezuela é membro ativo da Comunidade Andina de Nações (CAN),
Grupo dos Três (G3), Associação Latino-Americana de Integração (ALADI), acordo CAN-Mercosul e goza de
vantagens tarifárias que são outorgadas pelos países desenvolvidos através do Sistema Generalizado de
Preferências. Serão descritos a seguir alguns dos principais aspectos relacionados à participação da
Venezuela em organizações comerciais, tratados de livre comércio e acordos bilaterais, conforme dados do
Banco do Comércio Exterior da Venezuela (BANCOEX).
32
Comunidade Andina de Nações (CAN)
Acordo para estabelecer uma Zona de Livre Comércio constituída entre: Colômbia, Equador,
Venezuela, Peru e a Bolívia. A CAN funciona entre seus membros como Zona de Livre Comércio, porque o
intercâmbio das mercadorias originais de cada um dos países integrantes encontra-se livre de restrições e de
direitos de importação na subregião. Data da assinatura: 12/05/1987. A Venezuela ficará fazendo parte deste
acordo até mais ou menos por uns três anos.
Grupo dos Três (G3)
O Grupo dos Três é um tratado de livre comércio que contempla um programa de dedução linear e
automática (redução tarifária de 10% anual) que deveria conduzir a uma Zona de Livre Comércio para o ano
de 2005 entre seus membros. Além dos assuntos propriamente ditos comerciais incluem-se no acordo normas
sobre inversão, serviços, propriedade intelectual e compras governamentais. A data da assinatura deste
tratado foi dia 13 de junho de 1994. Atualmente a Venezuela não é mais um país membro deste Grupo.
Associação Latino Americana de Integração (ALADI)
A ALADI propicia a criação de uma área de preferências econômicas na região, com objetivo final de
conseguir um mercado comum latino americano em forma gradual e progressiva. Os países membros do
ALADI são: Argentina, Venezuela, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México, Paraguai, Peru e Uruguai.
Com data de assinatura: 12/08/1982 (Tratado Montevidéu 1980).
Tipos de Acordo do Âmbito da ALADI:
Conforme os objetivos firmados em determinada negociação, os acordos podem ser classificados:
Acordo de Alcance Regional;
Acordo de Alcance Parcial
Abaixo serão detalhados os tipos de acordo de Alcance Regional ou Parcial em que a Venezuela e o
Brasil fazem parte, conforme divulgação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e a
Associação Latino-Americana de Integração.
1. ACORDO DE ALCANCE REGIONAL:
Acordo de Preferência Tarifário Regional nº. 04 – APTR 04:
Esse Acordo, assinado por todos os países–membros da ALADI, estabelece a Preferência Tarifária
Regional (PTR), conforme previsto no Art. 5 do Tratado de Montevidéu – TM 80. Nele, os países – membros
33
outorgam preferências tarifárias de acordo com sua respectiva categoria. Estabelece em 5% a taxa básica da
PTR.
No primeiro Protocolo Adicional aprofunda para 10% a preferência básica, estabelecendo em favor
dos países de menor desenvolvimento econômico relativo mediterrâneos e limita a extensão das listas de
exceções. No segundo Protocolo Adicional aprofunda para 20% a preferência básica e reduz a extensão das
listas de exceções.
Acordos de Alcance Regional de Abertura de Mercados - AM:
Estes Acordos são formados por listas negociadas de produtos, conhecidas como Listas de Abertura
de Mercados – LAM, e visam promover um melhor nivelamento econômico da região por intermédio de
concessões aos Países de Menor Desenvolvimento Econômico Relativo. Cada país membro, em caráter
unilateral, sem reciprocidade, sem prazo de vigência e sem cláusura de denúncia, concede total eliminação de
gravames tarifários e não tarifários às importações de uma série de produtos. A Venezuela concedeu 3
LAM´s, para os países de origem das importações (Bolívia, Equador e Paraguai) de uma série de produtos.
2. ACORDO DE ALCANCE PARCIAL: AAPs
AAPs de Complementação Econômica - CE
Os Acordos de Complementação Econômica têm por objetivo impulsionar o desenvolvimento dos
países-membros da Associação mediante a complementaridade dos sistemas produtivos da região. Os ACEs
comportam desde sistemas de integração sub-regional, como o Mercosul e a Comunidade Andina das Nações
e acordos de livre comércio, a simples acordos de preferências tarifárias fixas, a Venezuela, concede ao
Brasil, os seguintes Acordos de Complementação Econômica:
• AAP CE 27
• AAP CE 39
• AAP CE 56
• AAP CE 59
Merece destaque o AAP CE 59 (ou ACE 59): Acordo entre Mercosul – Colômbia, Equador e
Venezuela. Este acordo tem, entre outros objetivos, estabelecer o marco jurídico e institucional de cooperação
e integração econômica e física que contribua para a criação de um espaço econômico ampliado que vise a
facilitar a livre circulação de bens e serviços e a plena utilização dos fatores produtivos, em condições de
concorrência entre as Partes Contratantes, assim como formar uma área de livre comércio entre as Partes
Contratantes mediante a expansão e a diversificação do intercâmbio comercial e a eliminação das restrições
tarifárias e não-tarifárias que afetam o comércio recíproco. A Venezuela concede ao Brasil tarifas
preferenciais estabelecidas por este acordo ACE 59 que serão vistas no capítulo, a seguir, sobre Regime
Alfandegário.
34
Acordo de Complementação Econômica inscrita entre os Governos Membros do MERCOSUL com Colômbia, Equador e Venezuela, países membros da Comunidade Andina de Nações - CAN
Este acordo tem objetivo de criação de um espaço econômico que venha a facilitar a livre circulação
de bens e serviços e a plena utilização dos fatores positivos, em conduções de competências. A configuração
de uma área de livre comércio, mediante da expansão e diversificação do intercâmbio comercial e a
eliminação de gravames, restrições e demais obstáculos que afetem o comércio recíproco. Também tem
como objetivo alcançar o desenvolvimento harmônico da região, levando em consideração as assimetrias dos
países.
Assim como, promover o desenvolvimento e a utilização da infraestrutura física que permita a
diminuição de custos e a geração de oportunidades competitivas, promover e impulsionar as inversão e a
complementação e cooperação econômica, energética, científica e tecnológica.
Este acordo incorpora as preferências tarifárias negociadas com antecedência entre as Partes
Signatárias nos Acordos de Alcance Parcial e Regional no marco do ALADI. Data de assinatura: 16/12/2003.
Acordo sobre comércio e inversão entre Venezuela e a Comunidade do Caribe – CARICOM
Promulgado mediante Resolução do Ministério das Relações Exteriores publicada na Gazeta Oficial
N° 4508 Extraordinário de 30 de dezembro de 1992. Por médio deste Acordo as mercadorias originais dos
países do CARICOM, estão submetidas ao seguinte programa de liberação:
• Anexo I: Lista de produtos provenientes do CARICOM que ingressarem a Venezuela excluídos do
pagamento do imposto alfandegário, porém se estão submetidos ao Regime Legal Indicado.
• Anexo II: Os produtos compreendidos neste anexo, estão submetidos a uma redução gradual dos
gravames a partir de 1° de janeiro de 1993 até 1° de janeiro de 1996 que se aplicará um tratamento
livre de tarifa.
• Anexo III: Contem a Lista de exceção que a Venezuela aplica nas mercadorias provenientes do
CARICOM, quer, dizer, não gozam das oportunidades estabelecidas aos produtos incluídos nos
outros anexos.
Sistema Geral de Preferências (S.G.P)
O Sistema Generalizado de Preferências é um esquema promovido pelos países desenvolvidos,
através do qual estes lhe outorgam conceições comerciais (totais ou parciais) aos países menos
desenvolvidos.
35
O SGP permite aos países em vias de desenvolvimento exportar aos países desenvolvidos mediante
direitos preferenciais, e estes são outorgados sempre e quando os países beneficiários, se aderirem aos
acordos internacionais sobre proteção medioambiental, acordo de proibição de trabalho dos menores e dos
trabalhos forçados, assim como a luta com narcotráfico, entre outros aspectos. Os principais Sistemas
Generalizados de Preferências são: S.G.P. Europa, S.G.P. Estados Unidos, S. GP. Japão.
4.4 Normas e regulamentações sobre: qualidade, certificado sanitários,
embalagens de transporte, segurança e meio ambiente
Em geral, as importações beneficiadas por tratados, acordos ou convênios internacionais necessitam
de certificado de origem para entrar na Venezuela. Produtos alimentícios para consumo humano, perfumaria,
cosméticos, medicamentos, produtos farmacêuticos para uso humano e veterinário, inseticidas, raticidas,
fungicidas e herbicidas, entre outros.
Alguns produtos possuem requisitos específicos de rotulagem e/ou de embalagem, tais como:
alimentos, bebidas, refrigeradores, congeladores, produtos naturais para fins terapêuticos, produtos
homeopáticos, medicamentos e cosméticos para uso veterinário, têxtil, calçados etc.
O órgão encarregado da elaboração e aplicação de normas industriais é a “Comisión Venezuelana
de Normas Industriales “ (COVENIN), órgão subordinado ao Ministério da Indústria e Comércio, que atua em
conjunto com o “Fondo para la Normalización y Certificacíon de Calidad – FONDONORMA”. E atuam nas
seguintes áreas: têxtil, couros, calçados, automobilística, eletro-eletrônica, materiais de construção, petróleo e
derivados, alimentos, agropecuária, química, etc.
Os produtos registrados junto ao Ministério da Indústria e Comércio, e que são feitos testes de
certificação e qualidade, adquirem a certificação NORVEM, selo oficial de qualidade que comprova terem sido
fabricados de acordo com as normas venezuelanas da COVENIN e produzidos com rigorosos sistemas de
controle.
A COVENIN encarrega-se de verificar a qualidade dos produtos nacionais ou importados, mediante
análise em laboratórios especializados. Os referidos Certificados de Qualidade deverão conter resultados de
testes e estar legalizados nos Consulados venezuelanos localizados no país de origem.
Em relação a embalagem e rotulagem em todas as caixas ou pacotes de produtos importados
deverão constar, no exterior da embalagem, em espanhol, as seguintes informações de forma legível:
Nome da empresa do país fornecedor;
Endereço da empresa;
Natureza do produto;
36
Nome do produto;
País de origem;
Peso líquido e bruto em quilogramas;
Número de unidades;
Tipo comercial;
Representação gráfica do produto;
Ingredientes de composição dos produtos, no caso forem alimentos.
Os rótulos podem ser etiquetas aderidas firmemente ou diretamente impressos na embalagem. Para
produtos de fácil deterioração deve-se conter a palavra “Frágil”.
4.5 Disposição sobre marcas e patentes
No ano de 1955 a Venezuela ratificou o Acordo Internacional de Paris sobre marcas e patentes. O
registro de marcas e patentes pode ser feito por qualquer pessoa física ou jurídica, exceto os registros que já
estejam sendo utilizados no país.
As marcas comerciais registradas na Venezuela usufruem de proteção por 15 anos, renovável por
igual período e é concedido ao primeiro requerente.
As patentes de modelos industriais e as patentes de invenções são protegidas pelo prazo de 5 a 10
anos, a contar da data de registro no “Registro de Propriedad Industrial” do “Servicio Autônomo Registro de La
Propriedad Industrial-SARPI” do Ministério da Indústria e Comércio-MIC.
4.6 Legislação anti-dumping e medidas compensatórias
Na Venezuela a legislação prevê a aplicação de medidas compensatórias independentemente dos
direitos de aduana e outros impostos estabelecidos, mediante a comprovação de dano causado a indústria
nacional, decorrente da importação de bens ou mercadorias com preços subsidiados ou inferiores ao seu
valor corrente no mercado internacional. Dentre os produtos que são freqüentemente objeto de imposição de
direitos “anti-dumping” está o poliestireno, cristal e de alto impacto, produzido nos Estados Unidos pela
empresa Fina Oil & Chemical Company.
Os importadores de produtos similares aos que estão submetidos a direitos “anti-dumping” deverão
apresentar, na alfândega habilitada, o original do Certificado de Origem.
37
4.7 Disposição para o envio de amostras comerciais originárias do Brasil
A regulamentação permite a importação de amostras sem valor comercial, com peso até 25 quilos,
livres de impostos de importação. Essas amostras sem valor comercial não requerem fiança e sua
reexportação é opcional.
Para a entrada no país de amostras sem valor comercial , deverá ser apresentada na alfândega a
fatura comercial original, com discriminação indicando os dados:
Nome comercial de cada item;
Material de que é constituído;
Valor comercial;
Dimensões e outras informações que contribua para a identificação.
Para as importações de amostras de valor comercial, que certamente serão reexportadas, e para o
excedente dos 25 quilos das amostras sem valor comercial exigi-se depósito de caução, calculado sobre a
base dos impostos de importação vigentes à data de chegada das amostras ao porto venezuelano. Os
requisitos para admissão de amostras com valor comercial são:
Devem ser de propriedade estrangeira e sirvam com o único objetivo para exposição ou exibição em
território venezuelano;
Não devem ser comercializadas enquanto permanecerem no território venezuelano;
Devem ser identificadas quando for efetuada a reexportação;
Deve ser declarado o lugar de permanência ou exibição das mesmas.
Também, deverá ser apresentada na alfândega, para entrada no país de amostras com valor
comercial, a fatura comercial original, contendo os dados: nome comercial de cada item, material de que são
feitos, valor comercial, dimensões e outros dados para melhor contribuição para a sua exata determinação.
É necessário que as amostram com valor comercial sejam reexportadas no prazo de um ano. Caso
isso não aconteça ou sem que tenham sido apresentados os comprovantes de que a reexportação efetuou-se
por outra alfândega, o valor da caução será recolhido.
4.8 Preferências por acordos e restrições a importações do Brasil
Com a aplicação das preferências outorgadas pelo governo venezuelano, as alíquotas vigentes tem
um cronograma de desgravamento indicado na tabela abaixo. Dentro do corpo desse acordo de preferências
existe a intenção de serem reduzidas as alíquotas de impostos de importação até zero no ano 2018, exceto
listas de exceções, que não incluem os produtos tema desse estudo.
38
Tabela 10: Alíquotas de Imposto de Importação para Produtos Brasileiros NCM 2007 2008 2009 2010 2011
39201090 14,6% 13,2% 12,0% 10,6% 9,2%
39232100 12,4% 10,8% 9,2% 7,8% 6,2%
39232900 14,6% 13,2% 12,0% 10,6% 9,2% Fonte: ALADI, 2007.
Elaboração: MaxiQuim Assessoria de Mercado, 2007
4.9 Canais de distribuição
O mercado venezuelano apresenta uma estrutura de comercialização que define-se por redes de
atacadistas/distribuidores, agentes e varejista, que cobrem as principais regiões econômicas do país. A
comercialização e distribuição de produtos são, no entanto, dominada pela rede de atacadistas e varejistas da
área metropolitana de Caracas, cujas atividades irradiam-se em todo o país. A capital da Venezuela continua
sendo o ponto geográfico privilegiado de acesso ao mercado interno, onde as principais empresas do setor
privado mantêm escritórios para operações de comércio, embora muitas tenham transferido as instalações
fabris para o interior.
O comércio atacadista importador concentra-se principalmente em produtos primários, alimentos
processados e produtos manufaturados. O importador-atacadista, normalmente, que não opera com local de
vendas ao público mantém uma equipe de vendedores, para atende aos varejistas, e uma rede de assistência
técnica, no caso de produtos que exijam manutenção e reposição de peças. É comum, também que o
importador-atacadista atue como representante da empresa estrangeira, para garantir um melhor mercado
para o produto importado, especialmente para bens que requerem manutenção e assistência técnica.
O comércio varejista importador na Venezuela, especialmente nas principais cidades (Caracas,
Valencia, Maracaibo, Barquisimeto, Puerto Ordaz), é altamente diversificado e inclui alguns estabelecimentos
sofisticados.
O importador-varejista que mantém local de venda ao público normalmente importa para si e
completa o sortimento junto aos atacadistas. Vende igualmente aos varejistas sem condições de importar por
conta própria.
No que diz respeito às práticas de comercialização a legislação comercial venezuelana prevê
diferentes modalidades legais para a implantação de escritório de representação comercial.
Empresas de capital 100% estrangeiras recebem o mesmo tratamento dado às empresas nacionais,
sempre que a atividade for devidamente registrada e autorizada de acordo com a regulamentação para
39
investimentos estrangeiros. Os sócios-proprietários são registrados no Registro Mercantil com o nome da
pessoa física.
As empresas subsidiárias, filiais ou as “joint ventures”, de acordo com a lei venezuelana, recebem o
mesmo tratamento que as corporações domésticas, no que respeita ao pagamento de tributos. Não há
exigências formais para a formação de uma “joint ventures” (consórcio ou sociedade em conta de
participação), mas deve existir um acordo por escrito onde são declarados os direitos e as obrigações de
ambas as partes.
Companhias estrangeiras estão autorizadas a fazer negócios na Venezuela por meio de um agente,
representante comercial ou um distribuidor.
40
5 MERCADO DE FILMES E SACOS PLÁSTICOS INDUSTRIAIS PARA
ACONDICIONAMENTO
5.1 Mercado
Os produtos analisados são amplamente utilizados no meio industrial. Podem ser comercializados na
forma de sacos, ou bobinas, dependendo das necessidades do cliente. No primeiro caso encontram-se as
empresas que fazem a operação de embalagem pela via manual, utilizando sacos valvulados. No segundo,
normalmente são empresas que inserem os produtos nas embalagens em operações de empacotamento
automático. Os filmes ou os sacos são utilizados em diversas aplicações, como para transporte de cereais,
grãos, fertilizantes, resinas petroquímicas, entre outros. Ambos são fabricados em polietilenos, sendo as
mesclas de PEBD e PEBDL preponderantes sobre os demais materiais. Eventualmente pode haver
determinados produtos confeccionados com mesclas de PEAD ou PP, porém muito menos comuns.
No Brasil, as classificações fiscais mais usuais são 3920.1090, descrita como Outras chapas de
polímeros de etileno não reforçadas; 3923.2110, descrita como Sacos, bolsas, cartuchos, de polímeros de
etileno, capacidade inferior a 1000 centímetros cúbicos; e 3923.2190, citada na norma como Outros sacos,
bolsas e cartuchos de polímeros de etileno
Na Venezuela, as referidas classificações resumem-se a:
- 3920.100010: Placas, lâminas, folhas, etc, não estratificadas, não alveolares, não
reforçadas de polímeros de etileno, que cumpram com as condições estabelecidas na Nota
Complementária 2 desse capítulo;
- 3920.100090: Placas, lâminas, folhas, etc, não estratificadas, não alveolares, não
reforçadas de polímeros de etileno, outras;
- 3923.2100: Artigos de transporte ou embalagem, sacos, bolsas, de polímeros de etileno.
A Nota Complementária 2, referida profere o seguinte: “Somente se classifica na subpartida
3920.10.00.10, as lâminas e tiras de polímeros de etileno, de largura superior ou igual a 100 mm mas inferior
ou igual a 175 mm, de espessura superior ou igual a 0,45 mm mas inferior ou igual a 1,70 mm, com um valor
de porosidade igual a 45% e um valor típico de absorção de 6,0 segundos, apresentadas em rolos.”
Não foram relatadas restrições tarifárias impostas a produtos brasileiros ou de qualquer outra
nacionalidade. No entanto, há barreiras não-tarifárias relevantes contra produtos de fora da ALADI, sendo o
entrave burocrático relativo à autorização do MILCO, citado anteriormente, o mais relevante deles.
41
5.2 Concorrência
Concorrência Internacional
Esse tipo de produto tem como característica a concorrência regional pelas questões logísticas, que
permitem um custo de transporte diluído por uma razoável quantidade de produtos. Nota-se que a fatia de
mercado desse tipo de produtos importados é relevante, cada vez mais presente na oferta local.
Como mostra o gráfico a seguir, as importações vêm crescendo de forma acelerada nos últimos 7
anos, devendo ter superado os US$ 40 milhões em 2006.
IMPORTAÇÕES VENEZUELANAS DE FILMES E SACOS DE POLIETILENOS
4239
29272423
21
16
77
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006*
US$ milhões
Filmes de Polietileno Sacos de Polietileno
Figura 13: Exportações de Filmes e Sacos de Polietileno para a Venezuela Fonte: ALADI
*Estimado
Elaboração: MaxiQuim Assessoria de Mercado, 2007.
A característica do mercado de filmes plásticos é de mercados regionalizados, sem ser tão sensível a
aspectos como preços, dado o alto grau de desenvolvimento conjunto que uma relação de fornecedor e
cliente acaba por criar.
Talvez por isso sejam mais freqüentes as importações de países vizinhos como o Equador e a
Colômbia. Isso pode ser visto nos gráficos a seguir. Tanto os filmes como os sacos importados têm como
principal fonte de fornecimento esses países, dadas as características similares de consumo, a integração
alfandegária, as distâncias mais curtas e o fato de necessitar uma proximidade entre as partes.
42
IMPORTAÇÕES VENEZUELANAS DE FILMES DE POLIETILENOS
2524
1719
151313
9
0
5
10
15
20
25
30
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006*
US$ milhões
Outros
México
Brasil
EUA
Chile
Colômbia
Figura 14: Importações de Filmes de Polietileno para a Venezuela por País de Origem Fonte: ALADI
*Estimado
Elaboração: MaxiQuim Assessoria de Mercado, 2007.
No caso dos filmes, citamos como importantes empresas:
- Flexo Springs (www.flexosprings.com.co), da Colômbia, produtora de diversos tipos de
embalagens para alimentos, além de filmes como os em estudo.
- Monplast (http://monplast.com.co), empresa que também opera no segmento de
embalagens em PE, sacolas de supermercado e filmes plásticos para construção civil.
Já no caso dos sacos, citamos:
- Colombiana Flexografica de Plasticos – Coldeplast (www.coldeplast.com.co), empresa que
dispõe de larga gama de produtos de embalagem como os referidos nesse relatório.
- Alfan Empaques (www.alfan.com.co), pertencente à multinacional Global Pack, que opera
mais em mercados de embalagem em volumes pequenos, além de rótulos e laminados
plásticos com papel, porém tem produtos como os referidos em sua carteira.
- Produtos Paraíso del Ecuador (www.paraisodelecuador.com) que conta com ampla linha
de produtos plásticos dentro do segmento de filmes e sacos, como de uso industrial,
sacolas, bobinas e filmes para cobertura de estufas. A empresa tem unidades em Quito e
43
Guayaquil e tem capacidade para processar até 2000 toneladas por mês de resinas, sendo
um importante player na região.
IMPORTAÇÕES VENEZUELANAS DE SACOS DE POLIETILENOS
17
14
12
8
910
8
677
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006*
US$ milhões
Outros
EUA
Colômbia
Equador
Figura 15: Importações de Filmes de Polietileno para a Venezuela por País de Origem Fonte: ALADI
*Estimado
Elaboração: MaxiQuim Assessoria de Mercado, 2007.
Concorrência no Território
De acordo com a AVIPLA, a produção local de produtos como Filmes Plásticos e Embalagens
Flexíveis somam 11% e 21%, respectivamente. Isso significa que cerca de 158 mil toneladas de resinas
plásticas seriam transformados em produtos como os que estamos analisando nesse relatório.
Há empresas como:
- Rotoven (Rotograbados Venezuelanos), especializada em embalagens flexíveis,
pertencente ao Grupo Polar (www.empresas-polar.com.ve), importante produtor de
bebidas como refrigerantes, cervejas, água mineral, e outros produtos. A Rotoven não é a
única fornecedora, nem tampouco fornece exclusivamente para o Grupo Polar. A Rotoven
indica possuir capacidade para transformar mais de 11 mil toneladas anuais de resinas.
44
- Amerpack (www.amerpack.com), produtora de sacolas plásticas e filmes shrink e stetch,
além de bobinas para empacotamento automático, localizada na região industrial de Las
Minas, mas com escritórios de vendas em Caracas.
- Plásticos Martinez- Plamar (www.plamar.com), de Valencia, Estado Carabobo, produtora
de filmes shrink e stetch, sacos FFS, bobinas para empacotamento automático, entre
outros produtos.
Os concorrentes locais estão bem posicionados, em alguns casos integrados aos clientes e têm a
vantagem de contar com preços de resinas normalmente abaixo das cotações internacionais. Por outro lado,
algumas empresas queixam-se de escassez de matérias-primas, dada a elevada demanda e a falta de
projetos para ampliação da produção no curto-prazo, o que pode se converter em boa vantagem para os
produtores brasileiros.
5.3 Aspectos Interpessoais
Os venezuelanos são muito orgulhosos de seu país e de suas principais belezas naturais, como as
montanhas, ou o litoral caribenho, por exemplo, além de suas riquezas minerais. Também se orgulham do
grande número de concursos de beleza que as mulheres venezuelanas já conquistaram. Alguns, no entanto,
estão descontentes com as direções que a política tem tomado, sendo esse um assunto delicado e apenas se
recomenda abordá-lo se o interlocutor assim o fizer.
De resto, os venezuelanos são formais como qualquer habitante de países de língua espanhola no
trato profissional. De modo geral, a maior parte dos venezuelanos reconhece no Brasil características de líder
da região latino-americana, admirando-o por seu tamanho, economia e grau de desenvolvimento. Mais
recentemente, com o crescimento do futebol como esporte na Venezuela, o Brasil passou a ser mais
admirado por uma grande parcela da população, abrindo as portas para relacionamentos comerciais menos
rígidos, algo que não desfrutam outros países, como os EUA por exemplo.
5.4 Aspectos Promocionais
O principal evento do país no que se refere à indústria do plástico é a AVIPLAST, que costuma
ocorrer de dois em dois anos na cidade de Caracas, utilizando as instalações dos pavilhões do Poliedro, um
conhecido centro de eventos na capital da Venezuela. A última edição foi em março de 2006, devendo voltar
ao calendário de eventos em 2008. Os contatos para participação em tal evento devem ser feitos via AVIPLA,
a Associação Venezuelana da Indústria do Plástico (www.avipla.org).
45
5.5 Comercialização
Dadas as restrições não-tarifárias aplicadas a produtos de países fora da ALADI, além das restrições
para obtenção de divisas impostas a importadores venezuelanos, recomenda-se a abertura de carta de
crédito, direcionando o recebimento do pagamento via CCR. É a única forma de recebimento viável para
exportadores brasileiros atualmente. Ainda assim, o pagamento deverá ser feito em prazos de até 120 dias,
sem a possibilidade de pagamento antecipado.
Não há casos de default relevantes, de acordo com fontes locais e empresas que operam há anos na
Venezuela, embora os prazos de pagamento das dívidas possam ser continuamente alongados,
principalmente por força dos entraves burocráticos e regulatórios aplicados pelas autoridades venezuelanas.
Por essas razões recomenda-se muita prudência no caso das primeiras vendas ao país. Uma vez bem
conhecido e entendido o processo, seus atalhos e suas armadilhas, poderá haver grande potencial de vendas.
Recomendam-se vendas em que se responsabilize pelo transporte até o porto e liberação da carga
no local, sem a responsabilidade do transporte até o cliente. Os venezuelanos estão mais acostumados a
esse tipo de transação e não convém aos exportadores brasileiros assumirem responsabilidades em território
venezuelano.
5.5 Conclusões
A Venezuela é um país com enorme potencial de consumo embora os entraves não-tarifários
estejam em expansão quantitativa e qualitativa. Ainda assim, muitas empresas continuarão a depender das
importações para a própria sobrevivência, em grau cada vez maior, dada a incapacidade local de atender a
demanda. Os venezuelanos estão dispostos a arcar com o custo das operações de importação pois
praticamente não têm escolha.
As empresas colombianas já têm uma fatia importante do mercado, juntamente com as empresas
equatorianas e norte-americanas. As primeiras contam com isenção de imposto de importação proporcionado
pelos acordos via Comunidade Andina (CAN).
Já os produtos brasileiros pagam imposto de importação e costumam ter que lidar com custos de
produção superiores. Porém, dada a previsão de escassez de resinas, é crescente a necessidade de
complementação da oferta pela via das importações, ainda que determinados entraves burocráticos tornem o
processo menos eficiente.
46
6 RELAÇÃO DE CONTATOS
1 Empresa: Acidos y Minerales de Venezuela Porte: Média Resp. por Compras: Jenifer Gimenez Tipo: Indústria
Endereço: Av Fuerzas Armadas Parcelas 9 e 10 Cidade: Puerto Ordaz, Bolivar Fone: 286-994-27-00 / 286-808-59-86
E-mail: [email protected]
Website: www.amv.com.ve Produtos: Sulfato de aluminio
2 Empresa: Agrinova CA Porte: Média Resp. por Compras: Lena García Tipo: Indústria
Endereço: Centro Empresarial Uniaragua 4o andar Cidade: Maracay, Aragua Fone: 246-62-82 / 246-67-70
E-mail: [email protected]
Website: www.agrinova.com.ve Produtos: Herbicidas, inseticidas
3 Empresa: Alimentos Heinz Porte: Grande Resp. por Compras: Lisete Ribeiro Tipo: Indústria
Endereço: Final Avda Intercomunal de Antimano, Edif PB-B Cidade: Caracas Fone: 212-210-00-00
E-mail: [email protected]
Website: www.heinz.com Produtos: Alimenticios
4 Empresa: Arch Química Andina CA Porte: Média Resp. por Compras: Isabel Cerrada Tipo: Indústria
Endereço: Calle Guaicaipuro C/C Rohedano Torre Hener 3o andar sala 3 El Rosal Cidade: Caracas Fone: 212-953-82-22 / 212-951-25-14
E-mail: [email protected]
Website: www.archurethanes.com Produtos: Álcool e emulsficantes
47
5 Empresa: Arrocera Chispa Porte: Grande Resp. por Compras: Miguel Angel Tipo: Indústria
Endereço: Carretera Via el Jobal (a 2 km de la carretera nacional Turem) Cidade: Esteller, Portuguesa Fone: 256-514-50-09
E-mail: [email protected]
Website: www.arrocerachispa.com Produtos: Arroz. Suas subsidiárias estão nos negócios de agroquímicos e aqüicultura.
6 Empresa: BASF Porte: Grande Resp. por Compras: Hidalia Mendez Tipo: Indústria
Endereço: Av. Bolívar y Av. Miranda Torre Sindoni 1o andar Cidade: Caracas Fone: 243-231-16-60
E-mail: Não informam, fazer contato via site
Website: www.basf-venezoelana.com Produtos: Agroquímicos, sementes, tintas, produtos químicos diversos
7 Empresa: Biscay CA Porte: Pequena Resp. por Compras: Frank Antonio Escobar Tipo: Indústria
Endereço: Zona Industrial Municipal Sur Final Av Henry Ford Edif Biscay Cidade: Caracas Fone: 241-832-89-17
E-mail: [email protected]
Website: www.biscay.net Produtos: Produtos químicos
8 Empresa: CA Nacional de Grasas Lubrificantes Porte: Média Resp. por Compras: Luis Carlillo Tipo: Indústria
Endereço: Av Retiro c/ Av Libertador Torre Exa 5o andar Entro sala 524 Cidade: Caracas Fone: 212-952-63-69
E-mail: [email protected]
Website: www.venoco.com Produtos: Lubrificantes
48
9 Empresa: CA Venezolana de Pinturas Porte: Média Resp. por Compras: Simon Pedro Tipo: Indústria
Endereço: Av. Rio de Janeiro entre Caroni e New York Cidade: Caracas Fone: 241-874-21-64
E-mail: [email protected]
Website: www.venezolanadepinturas.com Produtos: solventes, esmaltes
10 Empresa: Cargill Porte: Grande Resp. por Compras: Alexandre Gonzales Tipo: Indústria
Endereço: Avda Principal Coropo Nro 3 - Sector Coropo Cidade: Maracay, Aragua Fone: 243-271-3544 / 271-0297
E-mail: [email protected]
Website: www.cargill.com.ve Produtos: Alimentos, bebidas e tabaco
11 Empresa: CAVENPI - Cia Venezolana de Pigmentos Porte: Pequena Resp. por Compras: Nelson Guevara Tipo: Indústria
Endereço: Lope Mendoza Goiticoa Nro 102, Urb. Ind. San Diego Cidade: Valencia, Carabobo Fone: 241-613-7001
E-mail: [email protected]
Website: www.domcol.com Produtos: Pigmentos, produtos químicos
12 Empresa: Cavim CA Venezoela de Industrias Militares Porte: Grande Resp. por Compras: Alexis Hércules Tipo: Indústria
Endereço: Jalisco Ed. CAVIM Urb Las Mercedes Cidade: Caracas Fone: 212-993-52-11
E-mail: [email protected]
Website: www.cavim.com.ve Produtos: Detonadores e emulsões explosivas
49
13 Empresa: Central El Palmar SA (CEPSA) Porte: Grande Resp. por Compras: Daniel Buitrago Tipo: Indústria
Endereço: Carretera Nacional San Mateo - La Encrucijada Km 96 Cidade: San Mateo, Aragua Fone: 244-390-1100 / 390-1101
E-mail: [email protected] / [email protected]
Website: www.elpalmar.com.ve Produtos: Açúcar, fibras e fertilizantes
14 Empresa: Clariant Porte: Média Resp. por Compras: Darwin Tipo: Indústria
Endereço: Av. Anton Philips Zona Indl San Vicente I Maracay Edif Aragua Cidade: Caracas Fone: 243-550-3200
E-mail: [email protected]
Website: www.clariant.com Produtos: Substâncias químicas para setor alimentício
15 Empresa: Del Monte Andina CA Porte: Média Resp. por Compras: Zoveira Perez Tipo: Indústria
Endereço: Av Rio Caura, Torre Humboldt, 10o andar, sala 10-14 Urb Prados Cidade: Caracas Fone: 212 975-4239
E-mail: [email protected]
Website: www.delmonte.com.ve Produtos: alimentos
16 Empresa: Distribuidora Rodatlântica Porte: Média Resp. por Compras: Soraida Tipo: Comércio
Endereço: Calle 9, Edf. María de Jesús, PB, Loc. 3. Cidade: Caracas Fone: 212-352-2614
E-mail: não divulga
Website: não tem Produtos: Pinturas, tintas, embalagens
50
17 Empresa: Dominguez Cia - Caracas Porte: Grande Resp. por Compras: Jesus Reyes Tipo: Indústria
Endereço: Av San Juan Bosco entre 2da e 3era transversal, Edif. Centro Altamira, piso 4 Cidade: Caracas Fone: 212-262-1050
E-mail: [email protected]
Website: www.domcia.com Produtos: Emabalagens de aluminio, plastico e papel
18 Empresa: Envases Venezolanos SA Porte: Média Resp. por Compras: Yureima Pacheco Tipo: Indústria
Endereço: Edif Torre Multinvest, 8o andar, Pza Castellana Cidade: Caracas Fone: 243-246-63-11
E-mail: [email protected]
Website: www.envasesvenezolanos.com.ve Produtos: Embalagens em aço, vidro e alumínio
19 Empresa: Estireno Del Sulia CA Porte: Grande Resp. por Compras: Paco Dominguez / Martin Tipo: Indústria
Endereço: Av. Ppal. Los Cortijos de Lourdes, Centro Empresarial Bravasol, P-3, Ofc. 3-A Cidade: Caracas Fone: 212-952-9523
E-mail: [email protected]
Website: www.grupophoenix.com Produtos: Poliestireno
20 Empresa: Fabrica de Velas La Soledad Porte: Pequena Resp. por Compras: Jose de Abreu Tipo: Indústria
Endereço: Zona Industrial Las Tapias Km 9 Galpao A-1 Fila de Maniche Cidade: Caracas Fone: 212-532-07-30
E-mail: [email protected]
Website: não tem Produtos: Velas
51
21 Empresa: Fama de America Porte: Média Resp. por Compras: Milyn Moreno Tipo: Indústria
Endereço: 2a Calle La Yaguara, Carretera Antimano Cidade: Caracas Fone: 212-600-32-62
E-mail: [email protected]
Website: www.famadeamerica.com Produtos: Café
22 Empresa: Fonterra Porte: Grande Resp. por Compras: Dalila Delis Tipo: Indústria
Endereço: Torre Forum 14o andar - sala B-14 - Urb. El Rosal Cidade: Caracas Fone: 212-952-89-29
E-mail: [email protected]
Website: www.fonterra.com Produtos: Matéria-prima lácteo
23 Empresa: Galletas Puig Porte: Média Resp. por Compras: Marcos Bentancourt Tipo: Indústria
Endereço: Final 2da Tranversal dos Cortijos de Lourdes - Edif Puig Cidade: Caracas Fone: 212-239-18-46 / 212-239-69-56
E-mail: [email protected]
Website: www.galletaspuig.com Produtos: Alimentos
24 Empresa: Grupo Bimbo Porte: Grande Resp. por Compras: Tamara Silva Tipo: Indústria
Endereço: Av. II, Ed. Bombo de Venezuela, Guarenas, Edo. Miranda Cidade: Guarenas, Miranda Fone: 212-360-22-22
E-mail: [email protected]
Website: www.grupobimbo.com Produtos: Alimentos
52
25 Empresa: Heinz Porte: Grande Resp. por Compras: Victor Tobar Tipo: Indústria
Endereço: Calle Orinoco Torre I - Piso I - Las Mercedes Cidade: Caracas Fone: 212-909-19-99 / 212-993-25-13
E-mail: [email protected]
Website: www.heinz.com Produtos: Alimentícios
26 Empresa: Hermo - Ind. Alimenticias Hermo de Venezuela Porte: Média Resp. por Compras: Hilda Ramos Tipo: Indústria
Endereço: Av. Lamas Urbanización Mevica Cidade: Santa Tereza - Valle del Fone: 239-231-0222
E-mail: [email protected]
Website: www.hermo.com Produtos: Alimentos
27 Empresa: Holanda Venezuela CA Porte: Média Resp. por Compras: Ximena Benavidez Tipo: Indústria
Endereço: Av. Francisco de Miranda, Torre Delta Piso 14 - Altamira Sur Cidade: Caracas Fone: 212-263-4633
E-mail: [email protected]
Website: www.brenntagla.com Produtos: Distribuição de matérias-primas para indústria farmacêutica , cosmética, abrasivos
28 Empresa: Inquiport Porte: Média Resp. por Compras: Alison Geribao Tipo: Indústria
Endereço: Av. Pioneros Ed. Inquiport Araure Ed. Pertuguesa Cidade: Caracas Fone: 212-256-10-75
E-mail: [email protected]
Website: www.inquiport.com Produtos: Agroquímicos, defensivos
53
29 Empresa: Molinos Nacionales CA Monaca Porte: Grande Resp. por Compras: Jose Gregorio Martinez Tipo: Indústria
Endereço: Zona Instrial El Ique - Av Octavio Viana Cidade: Calabozo, Guarico Fone: 246 871-2104 / 871-3242
E-mail: [email protected]
Website: www.monaca.com.ve Produtos: Alimentos (milho e arroz, principalmente)
30 Empresa: Reinco CA Porte: Média Resp. por Compras: Escarle Giorene Tipo: Indústria
Endereço: Carretera Nacional Ocumare – Santa Teresa del Tuy, Km 8 Cidade: San Francisco de Yare, Fone: 239-222-9515
E-mail: [email protected]
Website: www.reincovenezuela.com Produtos: Produtos químicos
31 Empresa: Rhodia Sílices Porte: Grande Resp. por Compras: Carmín Alvarez Tipo: Indústria
Endereço: Urb. Ind. Combibar II - Carrera 3 - A- Parcela 3 Barquisimeto Cidade: Barquisimeto, Lara Fone: 251-269-09-79
E-mail: [email protected]
Website: www.rhodia.com Produtos: Pó de sílica
32 Empresa: Sealed Air Porte: Grande Resp. por Compras: Edgard Arévalo / Carlos Ortega Tipo: Indústria
Endereço: Av Manuel Iribarren Borges, parcela Nro 6-5 Ind Sur Cidade: Valencia, Carabobo Fone: 241-839-2000 / 839-2030
E-mail: [email protected] / [email protected]
Website: www.sealedair.com Produtos: Embalagens para industria de alimentos
54
33 Empresa: Serviquim CA Porte: Média Resp. por Compras: Adriano Ribeiro Tipo: Indústria
Endereço: Avda Fco de Miranda, Pque Cristal Torre Este, Piso 7 - Los Palos Cidade: Chacao, Miranda Fone: 212-285-40-44 / 285-10-11
E-mail: [email protected]
Website: www.serviquim.com Produtos: Detergentes, ceras, prod. quimicos para industria de alimentos
34 Empresa: Suelatex Porte: Pequena Resp. por Compras: Gladyz Altamar Tipo: Indústria
Endereço: Calle 1 La Yaguara (a meia quadra de Insp Transito) Cidade: Caracas Fone: 212-471-0070
E-mail: [email protected]
Website: não tem Produtos: Chapas de borracha para calçado
35 Empresa: Ultrafluidos Corp SA Porte: Grande Resp. por Compras: Roberto Yanez / Antonio Colarusso Tipo: Indústria
Endereço: Calle Pantin, Sector El Retiro, Edif Ultralub Chacao Cidade: Caracas Fone: 212-471-62-12 / 212-471-70-12 / 212-472-75-65
E-mail: [email protected] / [email protected]
Website: www.ultralub.com Produtos: Óleos lubrificantes
55
6.1 Agentes Comerciais
Empresa: Worldplast C.A. (Distribuidora de Matérias-Primas e Insumos) Contato: Dr. Ing. Franco Bellini
Endereço: C.C La Grieta Local 2N-2 Av. San Felix con Calle 139-A, El Viñedo
Cidade: Valencia, Carabobo Fone: 241-618-6436
E-mail: [email protected]
Website: www.worldplast.com
56
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASOCIACIÓN VENEZOLANA DE INDUSTRIAS PLÁSTICAS – AVIPLA. Informações sobre o setor plástico
(on line) 2007. http://www.avipla.org
BANCO CENTRAL DE VENEZUELA. Dados Macroeconômicos (on line) 2007. http://www.bcv.gov.ve
(acesso 30/07/2007)
BANCO DE COMÉRCIO EXTERIOR – BANCOEX.Dados Macroeconômicos (on line 2007) .
http://www.bancoex.gov.ve (acesso 25/07/2007)
BRAZIL TRADE NET. Dados do Comércio do Exterior (on line) 2007. www.braziltradenet.com.br (acesso
20/07/2007)
CIBERAMÉRICA. Portal Ibero Americano (on line) 2007. www.ciberamerica.org (acesso 30/07/07)
GLOBAL 21. Guia do Exportador. (on line) 2007. http://www.global21.com.br (acesso 03/07/2007)
INSTITUTO NACIONAL DE ESTADÍSTICA DE VENEZUELA – INE. Dados de Mercado (on line 2007)
http://www.ine.gov.ve (acesso 25/07/2007)
INSTITUTO NACIONAL DE LOS ESPACIOS ACUÁTICOS E INSULARES – INEA. Informações sobre Portos (on line) 2007. http://www.inea.gov.ve (acesso 03/07/2007)
MIPUNTO.COM – VENEZUELA VIRTUAL. Informações sobre perfil geográfico e político (on line) 2007.
http://www.mipunto.com (acesso 04/07/2007)
SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE COMÉCIO DO EXTERIOR - ALADI. Dados do comércio (on line) 2007.
http://www.aladi.org (acesso 06/08/2007)
WIKIPÉDIA. Banco de informações (on line) 2007. http://es.wikipedia.org (acesso 26/07/2007)