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Matrizes Progressivas de Raven Escala Geral
São Leopoldo, 2008São Leopoldo, 2008
UNIVERSIDADE DO VALE DOS SINOS - UNIVERSIDADE DO VALE DOS SINOS - UNISINOSUNISINOS
CURSO DE PSICOLOGIAProcessos de Avaliação Psicológica I
PROFESSOR:
Maycoln Leoni Martins Teodoro
Diogo de Alcântara PereiraCamila Schonerwald
Grasiele Deitos Matheus Cantanhêde da Rosa
Matrizes Progressivas – Escala Geral
Apresentação
O teste de Raven possui mais de 50 anos de existência. E
continua sendo um instrumento clássico para avaliação do
potencial intelectual humano.
Histórico
O Teste das Matrizes Progressivas de Raven foi
desenvolvido por John C. Raven na Universidade de
Dumfries, Escócia, sendo padronizado e publicado em 1938.
Histórico
No Brasil ele foi introduzido na década de 40. Foi aplicado
em 1949 pelo ISOP na Escola de Cadetes do Ar, de
Barbacena. A partir desse ano passou a formar parte de
muitas baterias de seleção, tanto para profissões elementares
como para cargos de nível superior. Matrizes Progressivas
Standard (Standard Progressive Matrices– SPM), é
conhecida no Brasil como Escala Geral.
As Matrizes Progressivas de Raven (1938) foram
elaboradas como base na Teoria Bifatorial de Charles
Spearman (1927).
A Teoria Bifatorial de Spearman é uma das teorias sobre a
inteligência que partem da hipótese de que a inteligência é
composta por um conjunto de diferentes capacidades
cognitivas, e estas, por fatores.
Principais Conceitos
Segundo a teoria Spearman existe uma capacidade
intelectual geral, que ele define como - fator "g".
Principais Conceitos
Fator "g".
Capacidade “Z”
Capacidade “X”
Capacidade “Y”
Esse fator “g” é composto por dois componentes:
Capacidade Reprodutiva
e
Capacidade Edutiva
Principais Conceitos
A capacidade reprodutiva diz respeito ao domínio, a
lembrança e a reprodução de materiais que formam a fonte
de conhecimentos do indivíduo.
Esta capacidade reprodutiva é avaliada por testes de
vocabulário, como as escalas Mill Hill e Crichton, não
publicadas no Brasil.
Principais Conceitos
A capacidade edutiva refere-se à habilidade que um
indivíduo possui de extrair novas compreensões e
informações de algo que já é conhecido por ele. É a
capacidade de ir além do que é dado, e perceber o que não é
imediatamente óbvio.
É precisamente esta a capacidade avaliada pelo Teste de
Matrizes Progressivas de Raven.
Principais Conceitos
Validação
O teste Raven tem sido submetido a freqüentes estudos de
validação com outros testes consagrados como o AGCT,
Wechsler e Terman-Merrill.
Tem servido também como critério de validação de muitos
testes, nele inspirado ou não, como o D48, o INV e o
Goodenough.
Validação
No Brasil, o CEPA (Centro editor de psicologia aplicada)
procedeu em 2002 um estudo com uma amostra composta
de 1759 pessoas, de idades e origem social diversificadas, e
com nível de escolaridade variando do Ensino Fundamental
Incompleto ao Nível Superior Completo.
O objetivo deste estudo foi atualizar os dados, a ordem das
figuras e as tabelas referentes as normas do teste.
A Escala Geral das Matrizes Progressivas é composta por
60 problemas divididos em 5 séries (A, B, C, D e E) com 12
problemas cada uma.
A resolução destes problemas revelam a capacidade que o
indivíduo possui para descobrir as relações que existem
entre diferentes figuras, e concluir qual a figura que
completa o sistema.
Sobre o Teste
Em cada série de 12 problemas, o 1º problema tem solução
óbvia. Sendo que, os problemas sucessivos aumentam
gradualmente sua dificuldade.
O grau de dificuldade também aumenta entre as séries, que,
de A até E, apresentam problemas cada vez mais complexos.
Sobre o Teste
Série A – Problema 4
Sobre o Teste
Série E – Problema 10
Sobre o Teste
Aplicação
O teste pode ser aplicado em adultos e também em crianças.
Sendo que todos sujeitos recebem as mesmas séries na
mesma ordem.
Sua aplicação pode ser individual ou coletiva, ou mesmo
auto-aplicada.
Aplicação
As aplicações individual e coletiva exigem que o
examinador explique o funcionamento do teste aos
participantes.
É necessário dizer que o teste é constituído por 60 imagens,
cada qual com um pedaço faltando, e que o papel do
participante será analisar cada imagem a fim de descobrir
qual a lógica que lhe permitirá saber qual é o pedaço que
completa a figura.
Aplicação
A aplicação do teste geralmente dura cerca de 30 minutos.
Após a aplicação o examinador deve conferir a folha de
respostas para garantir que todas as respostas foram
colocadas no lugar correto e de forma compreensível. Caso
o participante assinale mais de uma resposta, apenas a
última deve ser considerada, estando correta ou não.
Interpretação dos resultados
A partir do número total de acertos, espera-se um
determinado resultado em cada série, conforme indicam as
tabelas A-1 e A-2. A diferença entre os resultados reais e os
esperados é chamada discrepância, variando entre –2 e +2.
Discrepância maiores invalidam o teste, mas discrepâncias
de mais de dois pontos podem ser consideradas
relativamente válidas quando ocorrerem apenas nas séries
iniciais.
Interpretação dos resultados
O resultado do teste deve ser comparado com a tabela de
percentis a fim de obter o percentil do participante.
Interpretação dos resultados
Interpretação dos resultados
Este percentil baseia-se na freqüência com que resultado
semelhante aparece em indivíduos da mesma idade,
indicando a capacidade intelectual comparada com a de
indivíduos da mesma idade e a freqüência com que se pode
esperar uma capacidade intelectual semelhante em pessoas
da mesma idade.
Interpretação dos resultados
• Indício de deficiência mental,
• Inteligência definitivamente inferior à média,
• Inteligência inferior à média,
• Inteligência mediana,
• Inteligência superior à média,
• Inteligência definitivamente superior à média,
• Inteligência superior.
O percentil indica, também, a categoria em que o
participante se encontra:
Referências
BANDEIRA, Denise Ruschel et al . The Raven's coloured progressive
matrices: norms for Porto Alegre, RS. Psicol. estud. , Maringá, v. 9, n. 3,
2004.
LEON, Viviane de, BOSA, Cleonice, HUGO, Cristina et al. Propriedades
psicométricas do Perfil Psicoeducacional Revisado: PEP-R. Aval. psicol.
[online]. jun. 2004, vol.3, no.1 [citado 20 Maio 2008], p.39-52.
NORONHA, Ana Paula Porto et al . Psychometric parameters in
intelligence test directions. Psicol. estud. , Maringá, v. 8, n. 1, 2003.
Referências
RAVEN, J.C. Manual: Teste das matrizes progressivas escala geral. Cepa:
Rio de Janeiro, 2002.